pódio - 7 de dezembro de 2014

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Em 10 jogos disputados entre clubes, Arena da Amazônia Vivaldo Lima arrecadou cerca de R$ 13 milhões, mostrando a potência de atrair grandes eventos esportivos para o Estado. Pódio E3 Elefante dourado MANAUS, DOMINGO, 7 DE DEZEMBRO DE 2014 [email protected] DIEGO JANATÃ

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Pódio - Caderno de esportes do jornal Amazonas EM TEMPO

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Page 1: Pódio - 7 de dezembro de 2014

Em 10 jogos disputados entre clubes, Arena da Amazônia Vivaldo Lima arrecadou cerca de R$ 13 milhões, mostrando a potência de atrair grandes eventos esportivos para o Estado. Pódio E3

Pódio E2 e E3DIEGO JANATÃ

Elefantedourado

MANAUS, DOMINGO, 7 DE DEZEMBRO DE 2014 [email protected]

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E2 MANAUS, DOMINGO, 7 DE DEZEMBRO DE 2014

Uma coisa se diga, quem trouxe a Copa do Mundo para cá, quem ins-creveu Manaus como sede foi o Dissica da Federação Amazonense de Futebol. Eu fui o segundo presidente a colocar Ma-naus como candidata, mesmo sem consultar o prefeito e o governador

Eu vejo muitas crí-ticas nas redes sociais e intervenho muitas ve-zes. Existem garotos que são entusias-mados, mas muitas das vezes desin-formados. É preciso que haja informa-ção, que se conheça mais para se fazer críticas e comentários

Presidente da Fede-ração Amazonense de Futebol (FAF) há 23 anos, Dissica Va-

lério Tomaz conversou com o PÓDIO sobre sua gestão. Ele se defendeu das críti-cas, se posicionou quanto à realização da Série B do Campeonato Amazonense e sobre a Associação dos Clu-bes Profi ssionais do Estado do Amazonas (ACPEA).

PÓDIO - Como você avalia a fundação de uma associa-ção de clubes?

Dissica Valério Tomaz - A minha percepção é que tudo que seja feito para melhorar o futebol tem que ser conside-rado. Se é para fazer críticas, para contribuir, qualquer que seja o objetivo, para mim é válido. Tem o meu apoio inte-gral, não resta a menor dúvida. Qualquer grupo de pessoas que queira se unir, que te-nha boas intenções e queira contribuir conosco, vem so-mar. É preciso que todos os segmentos que envolvem o futebol se unam e façam com que as coisas aconteçam, é exatamente isso que tenho que apoiar, é isso que tenho que prestigiar.

PÓDIO - A Série B corria o risco de ser extinta do calendário deste ano. Ela faz parte do calendário em 2015?

DVT - Veja bem, a minha ideia era acabar com a Série B. Para você ver o quanto é democrático a nossa gestão. Hoje nós temos 15 clubes profi ssionais, nós temos uma estrutura do futebol amazo-nense, o legado da Copa, que nos proporciona um mínimo de seis praças esportivas, para serem realizadas nos-sas competições. Então, você tem dez cubes na Série A, aí você fi ca com a Série B em dúvida, se o time a, b ou c, que não tem estrutura, se ele vai participar ou não. Aí fi ca difícil você fazer uma Série B como fi zemos ano passado, com três times. É desmora-lizante, porque quando nós criamos a Série B com os clubes, era exatamente para darmos oportunidades aos no-vos valores, tanto é que nos dois anos iniciais o Nacional entrou com o time b, se eu não me engano o Fast também, e

isso proporcionou a revelação de muitos jogadores que não tinham oportunidade no time a, nos titulares do profi ssional. Nós temos dúvida até que ponto alguns clubes profi ssio-nais vão permanecer. As exi-gências legais que hoje estão sendo muito cobradas terão que ser aplicadas em toda sua plenitude. É preciso que um clube profi ssional tenha sede, mil sócios, é preciso que tenha toda uma estrutura de profi ssional, ou não se enqua-drará mais nessa categoria. Eu tenho certeza absoluta que isso vai enxugar.

PÓDIO - A FAF preza em seu estatuto a obrigação dos clubes em trabalhar as categorias de base?

DVT - Traz e já acordamos com todos os clubes profi s-sionais que eles deverão ter categoria de base, se não ele não participará de competi-ções envolvendo a categoria de cima. Isso todos os clubes, inclusive os que não tinham até esse ano, eles fi zeram par-ceria com algumas escolinhas que são franquias, adotaram e tem sido um sucesso o cam-peonato infantojuvenil.

PÓDIO - Na última sema-na, a tentativa de agres-são de um goleiro no in-fantil marcou a rodada do Estadual de base. Por que os jogos são sempre em horários de muito ca-lor e sem a presença da Polícia Militar?

DVT - Agora nós já temos a possibilidade de colocar os jogos da base no Zamith e na Colina, mas antes as partidas eram disputadas em campos sem a iluminação adequada. Tem que começar duas horas da tarde. Na minha época que era escolinha começava duas horas, não tinha jeito. Por que às 14h, às 16h e às 18h já estava escuro, e aí? O que eu vou fazer? É difícil. Faz parte das nossas limita-ções em relação à estrutura, que já melhorou. E tem outro problema também, 100% dos clubes que jogam base não tem estádio. A federação é que tem que buscar o espaço, e é obrigação de todo o clube disponibilizar para a entidade um local de jogo. Mas é isso que eu digo, aí porrada na federação, amigo. Aí é fácil, tira a responsabilidade do a e do b e jogar no f. Em relação à polícia, nós mandamos a

tabela, o ofício para a polícia. Em 99% dos jogos não há pro-blema, porque entende-se que os próprios clubes trabalham isso com os garotos. Onde já se viu um infantil querer dar porrada em árbitro?! É falta de alguma coisa. Tem alguma coisa errada aí. Ou vai ter que se ter polícia em todos os jogos de crianças, de meninos? Nós temos 15 times jogando em diversos lugares, haja polícia.

PÓDIO - Como você lida com as críticas que sofre à frente da federação?

DVT - Eu vejo muitas críticas nas redes sociais e intervenho muitas vezes. Existem garotos que são entusiasmados, mas muitas das vezes desinfor-mados. É preciso que haja informação, que se conheça mais para se fazer críticas e comentários. A federação está sempre aberta a qual-quer pessoa que queira con-tribuir. Nós temos o nosso site, que não está legal, nós estamos em parceria com o companheiro que fez o site do Nacional, nós vamos dar uma repaginada boa. Nós va-mos fazer um espaço aberto para que aquele companheiro que queira participar, sugerir, que o faça. E é o momento para fazer agora, já que nós vamos discutir o futebol até o dia 15. Que faça para que possamos levar ao conselho técnico à discussão.

PÓDIO - Por que ninguém monta uma chapa para con-correr às eleições da FAF?

DVT - Olha, veja bem, a lógica em relação à associa-ção e entidade esportiva é um dirigente de clube, isso aí é a ordem natural que acontece. Vim gente de fora que não está no meio é difícil, porque não vai ter o apoio até dos próprios clubes, do colégio eleitoral, o problema é esse, porque enquanto desejo, ali naque-le meio tem três ou quatro que desejam a mesma coisa. Assim é difícil. Não é assim. Para você chegar ali, você tem que passar por aqui, tem que cumprir etapas.

PÓDIO - Presidente, ao fi nal do seu mandato você completará 26 anos à frente da FAF. Você não acha que em algum mo-mento uma renovação terá de acontecer?

DVT - Sem dúvidas. Mas

o problema é o seguinte, é preciso que as pessoas en-tendam que a federação é os clubes. O futebol é feito pelos clubes, tudo que nós fazemos é oriundo dos clubes. A fe-deração tem que ter alguém que seja imparcial, que não vista a camisa de ninguém, como aconteceu muitas ve-zes. Porque que comigo dez clubes diferentes ganharam o título? Mostra que não há esse negócio de puxar brasa para a sardinha de ninguém. Do interior, três ganharam título. Não tem esse negócio de a federação favorecer alguém. Ela cumpre o que determina os seus estatutos e acabou. Você não acha que seria injusto a gente arcar com esse fute-bol? Trouxemos quatro vezes a seleção brasileira aqui, corri atrás do governo para resolver problema da ajuda aos clubes. Uma coisa se diga, quem trou-xe a Copa do Mundo para cá, quem inscreveu Manaus como sede foi o Dissica da Federa-ção Amazonense de Futebol. Eu fui o segundo presidente a colocar Manaus como can-didata, mesmo sem consultar o prefeito e o governador. Aí você tem um legado desses, consegue uma arena dessa, depois o governo abraçou e a federação não tem mais nada a fazer. Era injusto pegar ago-ra, tudo bonzinho, tudo legal e chegar um e dizer “agora eu quero ser presidente”. Aí vão dizer, “tão vendo, entrou outro e o futebol melhorou. Era o Dissica que não tinha capacidade mesmo”. Está jus-to isso? Não é justo. Eu me sinto entusiasmado e tenho ideias. Eu sei que as coisas vão acontecer, não a curto ou a médio prazo, mas eu sei que vão acontecer.

PÓDIO - Qual sua ex-pectativa para o Estadual de 2015?

DVT - Eu tenho boas ex-pectativas. Boa mesmo. Com o Rio Negro chegando à Série A, com mais um clube que vem do interior, com o Penarol que já é uma comunidade, mais alguns componentes que for-talecem o grupo. Seria ruim você ter outros componentes que não tivessem referência, mas esses dois clubes tem, o Princesa tem, o Penarol tem, o Fast também tem referência. Então, eu estou muito otimis-ta. Acredito que o campeo-nato pode ser o melhor dos últimos 10 anos.

‘A federação está sempre aberta PARA QUALQUER PESSOA que queira contribuir’

Dissica Valério TOMAZ

Qualquer grupo de pessoas que queira se unir, que tenha boas intenções e queiram contribuir conosco, vem somar. É preciso que todos os segmentos que envolvem o futebol se unam e façam com que as coisas aconte-çam, é exatamente isso que tenho que apoiar, é isso que tenho que prestigiar

FOTOS: RAIMUNDO VALENTIM

ANDRÉ TOBIASEquipe EM TEMPO

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E3MANAUS, DOMINGO, 7 DE DEZEMBRO DE 2014

R$ 13.712.085,00. Esse é o valor total arrecadado em dez partidas realiza-das entre clubes, neste

ano, na Arena da Amazônia Vi-valdo Lima. Do montante, apenas R$ 1.314.806,50 voltou para os cofres públicos. Os números são referentes ao aluguel do campo, cobrado no valor de 10% em cima da renda bruta da arrecadação de cada jogo disputado. A análise foi feita de acordo com os borderôs divulgados no site da Federação Amazonense de Futebol (FAF) e da Confederação Brasileira de Futebol (CBF).

Dentre as grandes arreca-dações, chama a atenção o jogo disputado entre Botafogo x Flamengo. Nessa partida, o valor total recebido foi de R$ 4.118.040,00 e o mandante da partida foi o Alvinegro carioca. Nas quatro linhas, o Glorioso derrotou o Rubro-Negro por 2 a 1 diante de 42.391 torcedores pagantes, com gols de Rogério e Wallyson. O brasileiro natura-lizado croata Eduardo da Silva descontou para os rivais.

Se por um lado o clássico carioca foi o responsável pela maior público e arrecadação em partidas disputadas na Arena da Amazônia Vivaldo Lima nesta temporada, o duelo envolvendo o Nacional x São Luiz decep-cionou nesses quesitos. Sob os olhares de 3.183 pagantes, o Leão da Vila Municipal bateu os gaúchos por 2 a 1 na quarta partida disputada no estádio, sendo o primeiro time a triunfar no local, já que as três partidas anteriores haviam terminadas empatadas. A arrecadação foi de apenas R$ 124.700,00.

‘Arena carioca’Por possuírem grandes tor-

cidas na capital amazonense, a Arena da Amazônia Vival-do Lima se tornou reduto dos

clubes cariocas – recebendo cinco jogos -, que em algumas oportunidades nem chegaram a mandar suas partidas no lo-cal, atuando como visitantes. O maior exemplo disso é o Vasco. Recém-promovido à elite do fu-tebol brasileiro, o clube carioca disputou duas partidas em Ma-naus, ambas como visitante.

A primeira foi contra o conter-râneo Resende, em duelo válido pela Copa do Brasil. Com um time recheado de reservas, o Cruz-Maltino frustrou os 40.189 torcedores pagantes e não saiu do 0 a 0 com o time do interior do Rio de Janeiro. Apesar do resul-tado chocho, a arrecadação foi excelente: R$ 2.122.210,00.

Diante do Oeste, o resultado

foi semelhante: empate – por 1 a 1 - num jogo recheado de po-lêmicas e erros de arbitragem. Ao menos o camisa 10 Douglas fez a alegria dos vascaínos e marcou o primeiro gol do time carioca na Arena da Amazônia Vivaldo Lima. 26.621 torcedo-res pagaram ingresso e foram responsáveis por uma arrecada-ção de R$ 1.101.570,00.

O estádio amazonense tam-bém recebeu os duelos entre Bo-tafogo x Corinthians e Flamen-go x Vitória. No primeiro jogo, o público pagante foi de 21.969, arrecadando R$ 1.497.730,00. Já no confronto entre rubro-negros, a torcida fl amenguista comprou 20.057 ingressos, acu-mulando R$ 1.520.495,00.

Arena arrecada mais de R$ 13 milhões em 10 jogosPartidas realizadas entre clubes no novo templo do futebol local levou mais de 227 mil torcedores às arquibancadas

ANDRÉ TOBIASEquipe EM TEMPO

FICOU EM CASAO Nacional foi o time que mais partidas disputou na Arena da Amazônia. Foram três jogos, com uma vitó-ria sobre o São Luiz (RS), um empate com o Remo (PA) e derrota para o Corinthians (SP)

Dos mais de R$ 13 milhões arrecadados na partida entre clubes na Arena da Amazônia Vivaldo Lima em 2014, ape-nas R$ 3.352.040,00 foi em jogos envolvendo clubes da terra. O único jogo de clube amazonense que superou a

casa de R$ 1 milhão foi entre Nacional x Corinthians, válido pela Copa do Brasil. Na oca-sião, 35.773 torcedores paga-ram ingresso para assistir à vitória paulista por 3 a 0.

Os clubes amazonenses ar-rastaram 76.379 pagantes à

Arena da Amazônia Vivaldo Lima. Em cinco partidas em “casa”, o único time local que venceu no estádio foi o Leão da Vila Municipal – ele tam-bém tem o maior número de partidas no local: três. O adversário foram os gaúchos

do São Luiz, em partida váli-da pela Copa do Brasil. Nos demais duelos, o mesmo Na-cional empatou com o Remo e perdeu para o Corinthians, enquanto que o Princesa não saiu da igualdade com o Fast e caiu diante do Santos.

Times locais foram os que menos lucraram

Inauguração da arena teve 9.875 pagantes

Final do primeiro turno foi disputada no estádio

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E4 E5MANAUS, DOMINGO, 7 DE DEZEMBRO DE 2014

Lutando contra as barreiras do preconceitoBuscando saúde e defi nição dos músculos, muitas mulheres estão invadindo as academias de muay thai em Manaus. Segundo relatos de professores, muitas delas mostraram potencial e já estão se preparando para lutar profi ssionalmente

Antigamente trata-do como um espor-te violento, o muay thai a cada dia ganha

mais espaço nas academias de Manaus. A arte marcial de origem tailandesa come-çou a conquistar um grande número de adeptos, após o sucesso de lutadores, como o brasileiro Anderson Silva, no maior evento de MMA do mundo, o Ultimate Fighting Championship (UFC).

E se engana quem pensa que o esporte caiu no gosto so-mente dos homens. Segundo o treinador da equipe Top Life, Ricardo Gomes, mais conheci-do como Ricardo Thai, o suces-so de lutadoras, em eventos como UFC e Rei da Selva, ajudou a mostrar para as mu-lheres que o muay thai não é exclusivo para homens.

“Sem sombras de dúvidas, a explosão do UFC no mundo infl uenciou nesse aumento da procura, porque acabou mos-trando para as mulheres que elas não têm nada de sexo frágil. Elas podem competir de igual para igual com outro homem. A própria Cris Cyborg, que foi pio-neira no Brasil, mostrou isso ao mundo. Mostrou que é possível ser mulher, ser feminina e ser lutadora”, explicou o mestre que ainda revelou que as mulheres, quando entram pela primeira vez na academia, procuram o esporte, pois querem melhorar a estrutura corporal e a estética, fato comprovado por pesquisas

feitas na última década.“Nos últimos anos, foi des-

coberto com a ajuda da edu-cação física, pelo menos nove benefícios do muay thai. Isso ajudou a atrair novos adep-tos como crianças, idosos e mulheres. Atributos como a queima de calorias, o combate total do estresse, o comba-te da depressão, a ajuda na melhora estética e na defesa pessoal. 90%, ao menos nos primeiros meses, querem me-lhorar a saúde e a estética. Depois de um tempo, esse

número muda. A mulherada começa de fato a querer co-nhecer a modalidade e compe-tir. Por essa razão que vemos muitas mulheres competindo em diversas modalidades de luta”, ressaltou Ricardo.

O experiente professor ad-mite que todos os envolvidos no esporte foram pegos de surpresa com o aumento na procura pela modalidade. Se-gundo o próprio, isso gerou uma revolução no modo com que as academias lidavam com o muay thai.

“Tivemos que nos adaptar. Para nós que já estamos no muay thai há muito tempo, realmente foi uma surpresa, porque a modalidade é consi-derada no mundo inteiro um esporte de contato. Por essa razão, acabava afastando as mulheres. Porém, muitas jo-vens de 15 até 28 anos come-çaram a procurar. A partir dai, outras faixas etárias aparece-ram. Costumo dizer que para começa a praticar, a primeira coisa que precisa é disposi-ção. A segunda é a força de vontade, porque, para praticar uma modalidade como o muay thai, tem que ter muita força de vontade. Os treinamentos são puxados. Não é à toa que você queima até mil calorias por treino. Depois disso, o material de segurança básico como caneleira e luva”, expli-cou o professor.

Apesar de todo o sucesso do esporte, Ricardo Thai fez um alerta para as pessoas que pretendem ingressar na mo-dalidade e lembrou que acima de tudo, os atletas devem to-mar cuidados com a saúde.

“Quem quiser conhecer o muay thai, procure uma aca-demia credenciada que conte com professores especializa-dos. É muito importante que você conte com isso. Hoje não é apenas uma luta, mas sim, saúde. Se praticar errado, vai acabar prejudicando seu cor-po. Venha praticar, o esporte é maravilhoso e benéfi co para qualquer pessoa, mas com res-ponsabilidade sempre”, fi nali-zou Ricardo.

THIAGO FERNANDOEquipe EM TEMPO

RAINHA THAIA lutadora amazonense Mayana Kellem, deten-tora do título de Rainha da Selva, ao vencer o Rei da Selva Combate, ingressou no mundo das lutas, após se apaixonar pelo muay thai, esporte que pratica diariamente

Professor de muay thai e lu-tador de MMA, Cosme Junior vê como natural o sucesso que o esporte faz com o público feminino. Segundo o instru-tor, as mulheres acabam se apaixonando pela luta a partir do momento em que veem resultados no corpo.

“De dois anos para cá, a procura está intensa pelo esporte devido ao marke-ting que os famosos vêm fazendo. As meninas que en-tram no muay thai buscam a defi nição corporal, múscu-los torneados, a resistência física e autoestima elevada. Quando você melhora seu corpo, acaba fi cando mais feliz. A maioria vem por ho-bbie e estética, mas algu-mas, que têm talento natu-

ral, acabam migrando para o MMA visando isso como profi ssão”, observou Cosme, que é treinador da lutadora amazonense Ketlen Souza, detentora do cinturão do Mr. Cage. O professor dará um aulão de muay thai na Ponta Negra, neste domingo (7), às 8h. Segundo Cosme, é uma ótima oportunidade para quem deseja conhecer o esporte. A atividade será gratuita e aberta para pes-soas de todas as idades.

Outra lutadora que mi-grou do muay thai para o MMA foi Mayana Kellem. A atleta vem de vitória recente no evento Rei da Selva Combat 4 sobre Karol Queiroz e, provavelmente, lutará contra Ketlen Souza

pelo cinturão do evento na próxima edição.

Atualmente, o muay thai é considerado fundamen-tal para qualquer atleta que deseja fazer sucesso no MMA. Um exemplo disso é a lutadora Bethe Correia, uma das representantes do Brasil no UFC. Com nove vitórias em seu cartel, a paraibana admitiu que vem treinando diariamente muay thai para melhorar seu arsenal de luta.

Bethe é uma das favoritas para enfrentar a campeã, Ronda Rousey na próxima disputa de cinturão da ca-tegoria, caso a americana vença Cat Zingano no evento que será realizado no dia 28 de fevereiro.

Esporte virou ‘isca’ para o MMA

Mulheres “pintaram” de rosa as academias de muay thai em Manaus

Esporte utiliza os co-tovelos e joelhos como armas de combate

“Acabou o mito que as mulheres são o sexo frágil. Isso só serve para quem desiste cedo. Na luta, li-beramos o lado feroz que existe dentro da gente”, disse a praticante de muay thai, Micaela Oliveira, 20. A jovem começou a prati-car o esporte por acaso e, no último fi nal de semana, conquistou a sua primeira vitória na modalidade que mudou a sua vida.

“Comecei no esporte por hobbie. Tentei ma-lhar, mas não gostei. No mesmo dia vi uma aula de muay thai e fui me enxe-rindo para ver como era. Fiz uma aula e comecei a gostar. Pouco tempo de-pois, meu antigo treinador falou que tinha futuro e me levou para treinar com profi ssionais na academia

dele. Fui e vi que realmen-te tinha talento. Fiz minha primeira luta e ganhei. Agora pretendo continu-ar, apesar do preconceito da minha família que não aceita muito. Porém, não quis nem saber, meti a cara e estou treinando”, revelou a atleta.

Fã do lutador amazo-nense de MMA, José Aldo, Micaela cita que se sur-preendeu com a procura do público feminino ao esporte, que comemora, pois isso ajuda a divulgar a modalidade no Estado.

“Ultimamente, venho me surpreendendo com o aumento das meninas. Antes, era raro. Quase não via. Muitas começavam e logo desistiam. Agora, elas estão vindo e fi can-do”, relatou Micaela.

Não tem isso de sexo frágil

Atleta ajeita a luva antes de começar o treino de muay thai

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Mulheres mostram desenvoltura durante os treinamentos

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E4 E5MANAUS, DOMINGO, 7 DE DEZEMBRO DE 2014

Lutando contra as barreiras do preconceitoBuscando saúde e defi nição dos músculos, muitas mulheres estão invadindo as academias de muay thai em Manaus. Segundo relatos de professores, muitas delas mostraram potencial e já estão se preparando para lutar profi ssionalmente

Antigamente trata-do como um espor-te violento, o muay thai a cada dia ganha

mais espaço nas academias de Manaus. A arte marcial de origem tailandesa come-çou a conquistar um grande número de adeptos, após o sucesso de lutadores, como o brasileiro Anderson Silva, no maior evento de MMA do mundo, o Ultimate Fighting Championship (UFC).

E se engana quem pensa que o esporte caiu no gosto so-mente dos homens. Segundo o treinador da equipe Top Life, Ricardo Gomes, mais conheci-do como Ricardo Thai, o suces-so de lutadoras, em eventos como UFC e Rei da Selva, ajudou a mostrar para as mu-lheres que o muay thai não é exclusivo para homens.

“Sem sombras de dúvidas, a explosão do UFC no mundo infl uenciou nesse aumento da procura, porque acabou mos-trando para as mulheres que elas não têm nada de sexo frágil. Elas podem competir de igual para igual com outro homem. A própria Cris Cyborg, que foi pio-neira no Brasil, mostrou isso ao mundo. Mostrou que é possível ser mulher, ser feminina e ser lutadora”, explicou o mestre que ainda revelou que as mulheres, quando entram pela primeira vez na academia, procuram o esporte, pois querem melhorar a estrutura corporal e a estética, fato comprovado por pesquisas

feitas na última década.“Nos últimos anos, foi des-

coberto com a ajuda da edu-cação física, pelo menos nove benefícios do muay thai. Isso ajudou a atrair novos adep-tos como crianças, idosos e mulheres. Atributos como a queima de calorias, o combate total do estresse, o comba-te da depressão, a ajuda na melhora estética e na defesa pessoal. 90%, ao menos nos primeiros meses, querem me-lhorar a saúde e a estética. Depois de um tempo, esse

número muda. A mulherada começa de fato a querer co-nhecer a modalidade e compe-tir. Por essa razão que vemos muitas mulheres competindo em diversas modalidades de luta”, ressaltou Ricardo.

O experiente professor ad-mite que todos os envolvidos no esporte foram pegos de surpresa com o aumento na procura pela modalidade. Se-gundo o próprio, isso gerou uma revolução no modo com que as academias lidavam com o muay thai.

“Tivemos que nos adaptar. Para nós que já estamos no muay thai há muito tempo, realmente foi uma surpresa, porque a modalidade é consi-derada no mundo inteiro um esporte de contato. Por essa razão, acabava afastando as mulheres. Porém, muitas jo-vens de 15 até 28 anos come-çaram a procurar. A partir dai, outras faixas etárias aparece-ram. Costumo dizer que para começa a praticar, a primeira coisa que precisa é disposi-ção. A segunda é a força de vontade, porque, para praticar uma modalidade como o muay thai, tem que ter muita força de vontade. Os treinamentos são puxados. Não é à toa que você queima até mil calorias por treino. Depois disso, o material de segurança básico como caneleira e luva”, expli-cou o professor.

Apesar de todo o sucesso do esporte, Ricardo Thai fez um alerta para as pessoas que pretendem ingressar na mo-dalidade e lembrou que acima de tudo, os atletas devem to-mar cuidados com a saúde.

“Quem quiser conhecer o muay thai, procure uma aca-demia credenciada que conte com professores especializa-dos. É muito importante que você conte com isso. Hoje não é apenas uma luta, mas sim, saúde. Se praticar errado, vai acabar prejudicando seu cor-po. Venha praticar, o esporte é maravilhoso e benéfi co para qualquer pessoa, mas com res-ponsabilidade sempre”, fi nali-zou Ricardo.

THIAGO FERNANDOEquipe EM TEMPO

RAINHA THAIA lutadora amazonense Mayana Kellem, deten-tora do título de Rainha da Selva, ao vencer o Rei da Selva Combate, ingressou no mundo das lutas, após se apaixonar pelo muay thai, esporte que pratica diariamente

Professor de muay thai e lu-tador de MMA, Cosme Junior vê como natural o sucesso que o esporte faz com o público feminino. Segundo o instru-tor, as mulheres acabam se apaixonando pela luta a partir do momento em que veem resultados no corpo.

“De dois anos para cá, a procura está intensa pelo esporte devido ao marke-ting que os famosos vêm fazendo. As meninas que en-tram no muay thai buscam a defi nição corporal, múscu-los torneados, a resistência física e autoestima elevada. Quando você melhora seu corpo, acaba fi cando mais feliz. A maioria vem por ho-bbie e estética, mas algu-mas, que têm talento natu-

ral, acabam migrando para o MMA visando isso como profi ssão”, observou Cosme, que é treinador da lutadora amazonense Ketlen Souza, detentora do cinturão do Mr. Cage. O professor dará um aulão de muay thai na Ponta Negra, neste domingo (7), às 8h. Segundo Cosme, é uma ótima oportunidade para quem deseja conhecer o esporte. A atividade será gratuita e aberta para pes-soas de todas as idades.

Outra lutadora que mi-grou do muay thai para o MMA foi Mayana Kellem. A atleta vem de vitória recente no evento Rei da Selva Combat 4 sobre Karol Queiroz e, provavelmente, lutará contra Ketlen Souza

pelo cinturão do evento na próxima edição.

Atualmente, o muay thai é considerado fundamen-tal para qualquer atleta que deseja fazer sucesso no MMA. Um exemplo disso é a lutadora Bethe Correia, uma das representantes do Brasil no UFC. Com nove vitórias em seu cartel, a paraibana admitiu que vem treinando diariamente muay thai para melhorar seu arsenal de luta.

Bethe é uma das favoritas para enfrentar a campeã, Ronda Rousey na próxima disputa de cinturão da ca-tegoria, caso a americana vença Cat Zingano no evento que será realizado no dia 28 de fevereiro.

Esporte virou ‘isca’ para o MMA

Mulheres “pintaram” de rosa as academias de muay thai em Manaus

Esporte utiliza os co-tovelos e joelhos como armas de combate

“Acabou o mito que as mulheres são o sexo frágil. Isso só serve para quem desiste cedo. Na luta, li-beramos o lado feroz que existe dentro da gente”, disse a praticante de muay thai, Micaela Oliveira, 20. A jovem começou a prati-car o esporte por acaso e, no último fi nal de semana, conquistou a sua primeira vitória na modalidade que mudou a sua vida.

“Comecei no esporte por hobbie. Tentei ma-lhar, mas não gostei. No mesmo dia vi uma aula de muay thai e fui me enxe-rindo para ver como era. Fiz uma aula e comecei a gostar. Pouco tempo de-pois, meu antigo treinador falou que tinha futuro e me levou para treinar com profi ssionais na academia

dele. Fui e vi que realmen-te tinha talento. Fiz minha primeira luta e ganhei. Agora pretendo continu-ar, apesar do preconceito da minha família que não aceita muito. Porém, não quis nem saber, meti a cara e estou treinando”, revelou a atleta.

Fã do lutador amazo-nense de MMA, José Aldo, Micaela cita que se sur-preendeu com a procura do público feminino ao esporte, que comemora, pois isso ajuda a divulgar a modalidade no Estado.

“Ultimamente, venho me surpreendendo com o aumento das meninas. Antes, era raro. Quase não via. Muitas começavam e logo desistiam. Agora, elas estão vindo e fi can-do”, relatou Micaela.

Não tem isso de sexo frágil

Atleta ajeita a luva antes de começar o treino de muay thai

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Mulheres mostram desenvoltura durante os treinamentos

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E6 MANAUS, DOMINGO, 7 DE DEZEMBRO DE 2014

A Corrida Internacional de São Silvestre é especialmente desa-fi adora para Matheus

Freitas. Além de se preparar para enfrentar os 15 quilôme-tros pelas ruas de São Paulo, o corredor de 1,46 metro está sujeito a bullying e agressões. Em 2014, participará da pro-va disputada no último dia do ano pela décima vez.

Matheus é chamado cons-tantemente de “anão”, em-bora o termo seja aplicável apenas a homens com altura inferior a 1,45 metro. Acom-panhado pela reportagem, ele visitou o vão do Masp, na tar-de da última quarta-feira (3), e, como de costume, atraiu olhares curiosos na região de largada da São Silvestre.

“Já me chamaram de baixi-nho, anão, ligeirinho, camun-dongo veloz. Eu não levo a sério, até gosto. Se levasse, poderia fi car doente. Na São Silvestre de 2010, quando es-tava subindo a Brigadeiro, um homem sentado na calçada disse: ‘Está mole, hein, anão!’. Eu parei e respondi: ‘Por que você não levanta e termina a prova comigo?’”, contou.

Do público, Matheus tam-bém ouve aplausos e pala-vras de incentivo ao longo

do percurso, principalmente por parte das mulheres. En-tre os corredores, há quem não goste de competir com um atleta de baixa esta-tura, a ponto de responder com agressões.

“É muito raro encontrar pessoas da minha altura nas provas. O pessoal até brinca: ‘Cuidado para não ser atro-pelado pelos grandões’. Já cheguei a tomar uma coto-velada na largada da São Sil-vestre. Muitos disseram que foi proposital, mas eu espero que não tenha sido”, contou Matheus, persistente.

“Em outra ocasião, um corredor não gostou de ser ultrapassado por mim e me empurrou para fora do per-curso no viaduto do Chá. Na hora, tive vontade de revidar, mas decidi provar no ritmo. No final do percurso, na al-tura da Brigadeiro, voltei a ultrapassá-lo e mostrei que o que ele fez não adiantou nada”, contou.

Embora trabalhe como técnico administrativo, Matheus tem um calendá-rio intenso de corridas e costuma disputar duas ma-ratonas por ano, sempre na categoria geral. Ao longo do tempo, percebeu que precisa

gastar mais energia para acompanhar os concorren-tes, já que a amplitude de sua passada é menor.

“Eu corro junto com o po-vão. Não quero ter o privi-légio de participar de uma categoria especial. Sou ca-paz de disputar entre os normais. A parte mais com-plicada para mim é manter

o ritmo forte na briga com os adversários. Já fiz uma análise e chego a dar cinco passadas a mais que uma pessoa normal para manter o mesmo ritmo”, contou.

Hoje com 23 anos, Ma-theus trocou o futebol pela corrida aos 12 e, incentivado pela mãe, começou a treinar ao lado de alguns amigos. Único remanescente do gru-

po, ele lançou o livro “Ta-manho é Documento?” em 2014 e atualmente ministra palestras motivacionais.

“Meu gosto pela corrida é um caso de amor à pri-meira vista. Hoje, o pessoal me reconhece, mas antes falavam: ‘Você é louco, com essa estatura não vai chegar a lugar algum’. No começo, eu não queria vencer, mas sim provar. Se você tem um sonho, pode alcançá-lo, in-dependentemente das difi-culdades”, disse.

manho é Documento?” em 2014 e atualmente ministra

“Meu gosto pela corrida

meira vista. Hoje, o pessoal me reconhece, mas antes falavam: ‘Você é louco, com essa estatura não vai chegar a lugar algum’. No começo, eu não queria vencer, mas sim provar. Se você tem um

Tamanho não é documento para correr a São Silvestre

sonho, pode alcançá-lo, in-dependentemente das difi-culdades”, disse.

Atleta corre também contra o preconceito

Corredor de 1,46 metro de altura desafi a bullying e agressões por décima disputa da São Silvestre em sua carreira FERNANDO DANTAS/GAZETAPRESS

PREPARAÇÃOMatheus percorre um mínimo de dez quilô-metros diários como treinamento e investe na estratégia de fazer tiros na subida, seu ponto forte. A fi losofi a é provar a própria capaci-dade e chegar ao auge

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E7 MANAUS, DOMINGO, 7 DE DEZEMBRO DE 2014

Palmeiras tenta controlar ansiedade para ‘decisão’Time alviverde precisa vencer o Atlético-PR para permanecer na elite do futebol brasileiro. Dorival convoca a torcida

Última rodada do Campeonato Bra-sileiro. Estádio lotado. Despedida

alviverde do ano de seu cen-tenário. E a equipe brigando contra o rebaixamento para a Série B. Mesmo depen-dendo apenas das próprias forças para se manter na elite do futebol nacional, os palmeirenses lutam para controlar a ansiedade e fa-zer com que o emocional se transforme em um incentivo ao time no duelo contra o Atlético-PR, neste domingo (7), na arena.

Internamente, o grupo é trabalhado com “tática de guerra”. O objetivo é estar preparado para todas possí-veis adversidades que o time possa vir a enfrentar dentro de campo. Além da partida contra o Furacão, os alviver-des estarão de olho também nas partidas do Vitória e do Bahia, concorrentes diretos contra o descenso no Cam-peonato Brasileiro.

“Podem acontecer todos os fatos possíveis, uma equi-pe dos outros jogos sair na frente e, de repente, o nosso gol não acontecer, mas te-mos de ter equilíbrio e tran-quilidade porque jogaremos

com varias situações. Não podemos perder a nossa or-ganização e confi ança. E que também não exista uma an-siedade excessiva para que possamos jogar dentro de uma normalidade que esta-mos trabalhando”, avaliou o técnico Dorival Júnior.

Apesar de toda a prepara-ção durante a semana, o trei-nador sabe que a resposta só virá com o pontapé inicial

do árbitro a partir das 15h (de Manaus). Para controlar o time, o aspecto emocional foi trabalhado diariamente, aliado aos trabalhos técni-cos e táticos.

“Era lógico que estivésse-mos mais atentos com a par-te emocional, mas tentamos aliar com ao trabalho tático

e técnica porque isso é fun-damental. Claro que tirando um pouco da quantidade de trabalho para que tenhamos uma equipe inteira no domin-go e com força”, afi rmou.

“Quem administra (o emo-cional) é o atleta. Você alerta e tenta falar a todo instante, passar aquilo que já tenha vivenciado para que exista o equilíbrio. Em campo, a partir do momento que a bola come-ça a rolar q você vai sentir se a sua equipe vai estar ou não em condições de aproveitar emocionalmente o momento ou não”, completou.

Com expectativa de casa cheia para o confronto mais importante do ano neste do-mingo (7), Dorival pede para que a torcida seja uma aliada da equipe. Segundo o treina-dor, o apoio da arquibancada será fundamental para que o Palmeiras consiga superar o Atlético-PR e garantir sua permanência na Série A do Brasileirão.

“Vamos ter uma partida muita complicada e temos de contar muito com o apoio do torcedor. Se não jogar ao lado da equipe, fatalmen-te teremos um desconforto muito grande ao longo dos 90 minutos”, concluiu.

MAURO HORITA/AGIF

Fernando Prass sabe que a paciência e tranquilidade serão fundamentais no jogo

JOGAR SÉRIOO técnico Claudinei Oliveira, do Atléti-co-PR, negou que o time possa facilitar o jogo para o Palmeiras por não ter nenhuma pretensão na última rodada do Campeona-to Brasileiro

Vitória muda para pegar o SantosO técnico Ney Franco con-

tinua em busca da formação ideal para o Vitória, e deve mandar a campo uma equi-pe diferente para encarar o Santos, neste domingo (7) no Barradão às 15h (de Manaus), no último e decisivo jogo da tempoarada. Em vez de Man-sur na lateral esquerda, Ri-charlyson foi deslocado para a posição. A vaga no meio de campo, então, foi ocupada pelo paraguaio Cáceres.

A atividade que aconteceu

na tarde da última sexta foi a última aberta para a impren-sa. Em mais um coletivo em campo reduzido, Ney Franco orientou o posicionamento dos jogadores e insistiu nas jogadas de bolas aéreas, ofensivas e defensivas.

A equipe que treinou e deve entrar em campo no domingo tem Gatito Fer-nández; Ayrton, Kadu, Edinei e Richarlyson; Neto Coru-ja, José Welison, Cáceres e Marcinho; Vinívius e Dinei.

O único gol da atividade foi marcado por José Welison, em chute de fora da área.

VetadoEm lance pelo alto, o za-

gueiro Roger Carvalho subiu para cabecear uma bola, chocou-se com um compa-nheiro e deixou o treino mais cedo. Ele se dirigiu para o departamento médico e, cerca de 30 minutos de-pois, foi vetado da partida deste domingo.

ÚLTIMA RODADA

Técnico Ney Franco espera que mudanças possam surtir efeito no duelo deste domingo

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Bahia tenta permanecer na eliteEm busca da permanên-

cia na Série A do Brasileiro, o Bahia visita o Coritiba neste domingo (7), às 15h (de Manaus).

Para escapar do rebaixa-mento, o Bahia precisa ga-nhar e torcer para que o Vi-tória não vença e o Palmeiras perca. Na 18ª posição, com 37 pontos, o time de Salvador está a um ponto de distância de seu rival local -o Vitória,

com 38 pontos-, e a dois do Palmeiras, com 39 pontos, que começa a última rodada fora da zona da degola.

O técnico Charles Fabian tem os desfalques dos ata-cantes Kieza e Maxi Bian-cucchi, do lateral Railan e do meia Emanuel Biancucchi, vetados pelo departamento médico do time. Precisando marcar gols neste domingo (7), o Bahia deve jogar com

William Barbio e Henrique no ataque, sendo armados pelos meias Bruno Paulista e Guilherme Santos.

Já o Coritiba entra em cam-po sem grandes objetivos, mas confi ante pela sequência de três jogos sem derrotas, resul-tados que livraram o time da zona de rebaixamento. Com 44 pontos, o time paranaense está na 14ª posição, na zona intermediária da tabela.

EM CURITIBA

Após a vitória sobre o Grêmio, na última rodada, jogadores ainda acreditam na permanência

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AÇÃO

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E8 MANAUS, DOMINGO, 7 DE DEZEMBRO DE 2014

Flu visita o Cruzeiro no jogo da entrega da taçaTime carioca espera conquistar quinta colocação do Brasileirão e garantir entrada na Copa do Brasil só nas oitavas

No jogo de despedida do Campeonato Bra-sileiro, o Fluminense vai ao Mineirão en-

frentar o campeão Cruzeiro, às 15h (de Manaus), deste domin-go (7). A meta do time tricolor é fi car com o quinto lugar na competição e garantir vaga nas oitavas de fi nal da próxima Copa do Brasil.

A vaga nas oitavas pode vir até com a sexta posição, desde o Flu fi que à frente do Grêmio. O time carioca tem 61 pontos e é o atual quinto colocado, empatado com o Atlético-MG e com um ponto a mais que os gremistas.

“Esse jogo vale a quinta co-locação. Se conseguirmos, na próxima temporada nós ganha-remos algumas datas, e isso no calendário do futebol brasileiro é importantíssimo. A artilharia seria muito legal para o Fred e nem precisa perguntar que teria um gosto especial por tudo que ele passou após a Copa do Mundo”, afi rmou o treinador Cristóvão Borges.

O camisa 9 do Flu tem 17 gols, dois a mais que o cru-zeirense Ricardo Goulart e o palmeirense Henrique.

No Cruzeiro, o técnico Marcelo Oliveira já defi niu a equipe. Sem Fábio, poupado, e Elisson, que

bateu a cabeça na trave no treino desta sexta, Rafael será o titular no gol. No setor ofen-sivo, Éverton Ribeiro, Ricardo Goulart e Marcelo Moreno estão confi rmados para o jogo

Pelo recordeSerá um jogo de festa, de en-

trega das faixas, volta olímpica e taça erguida pelo goleiro e capitão Fábio. O Cruzeiro garan-tiu o título brasileiro com duas

rodadas de antecipação e entra em campo sem pressão, neste domingo, contra o Fluminense, no Mineirão. Ainda assim, o time celeste tem razões para se mo-tivar. Uma deles é um recorde. Se vencer o Tricolor carioca, chegará aos 80 pontos na tabe-la, superando o São Paulo - que em 2006 somou 78, e é o clube

com a maior pontuação desde 2006, quando o Brasileirão por pontos corridos passou a contar com 20 clubes.

Superar o São Paulo já havia sido uma meta no ano passado. Em 2013, o Cruzeiro confi rmou o título com ainda maior ante-cedência. E o recorde de pontos foi um dos objetivos usados pelo técnico Marcelo Oliveira para motivar os jogadores nas quatro rodadas seguintes. Não deu. O Cruzeiro somou apenas três dos últimos doze pontos disputados, parando nos 76.

O time de 2014 pode superar o do ano passado anterior na quantidade de pontos, mas difi cilmente (para não dizer que é impossível) marcará mais gols que em 2013. O Cruzeiro tem, novamente, o melhor ataque da competição, com 65 marcados. No entanto, balançou as redes 77 vezes no Brasileirão do ano passado.

Apesar disso, o Cruzeiro segue na briga para ter o artilheiro do Brasileirão, algo que não aconteceu em 2013. No último ano, Borges foi o maior goleador da Raposa, com dez gols. Nesta temporada, Ricardo Goulart e Marcelo Moreno podem ultra-passar Fred, artilheiro com 17 gols. O primeiro tem 15, enquan-to o boliviano soma 14.

RUAN

OCA

RNEIRO

/AGIF

Em meio a incertezas, Cris-tovão Borges pode fazer seu último jogo pelo Flu

ARTILHARIAFred foi muito contes-tado durante a Copa do Mundo. Em meio ao fi as-co da seleção e do pró-prio jogador, o atacante do Fluminense deve acabar 2014 bem, como artilheiro do Brasileirão. Hoje tem 17 gols

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