pódio - 6 de março de 2016

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Pódio [email protected] 3090-1075 E1 MANAUS, DOMINGO, 6 DE MARÇO DE 2016 ARENA o legado da Copa NACIONAL Colombiano fala sobre expectativa Pódio E2 DIEGO JANATA IONE MORENO Na próxima quarta-feira (9), a Arena da Amazônia completa dois anos de existência. O estádio é o maior legado deixado pela Copa do Mundo, realizada no Brasil em 2014. Nesta matéria especial, conheça as curiosidades e relembre os principais fatos ocorridos na praça esportiva. Pódio E4 e E5

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Pódio - Caderno de esportes do jornal Amazonas EM TEMPO

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[email protected]

E1

MANAUS, DOMINGO, 6 DE MARÇO DE 2016

ARENAo legado da Copa

NACIONAL

Colombiano fala sobre expectativa

Pódio E2

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Na próxima quarta-feira (9), a Arena da Amazônia completa dois anos de existência. O estádio é o maior legado deixado pela Copa do Mundo, realizada no Brasil em 2014. Nesta matéria especial, conheça as

curiosidades e relembre os principais fatos ocorridos na praça esportiva. Pódio E4 e E5

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MANAUS, DOMINGO, 6 DE MARÇO DE 2016E2 PódioPódio

PÓDIO – Por qual motivo você aceitou a proposta do Nacional?

TRESSOR MORENO – É um novo desafi o na minha carreira, porque o Nacional tem muitas coisas para fazer neste ano. Queremos fazer uma Série D muito boa para acender um pouco e conseguir jogar no ano que vem a Série C. É um desafi o difícil, mas não impossível. Temos que traba-lhar muito para conseguir tudo isso. As primeiras impressões do elenco foram muito boas, porque o time tem qualidade e a gente pode fazer muitas coisas no Nacional.

PÓDIO – Qual foi a sua

primeira impressão da es-trutura do clube: centro de treinamento, fi sioterapia, vestiários?

TM – Aqui encontrei uma estrutura de clube de Série A. O clube tem tudo. A gente

Apesar de ser colombiano, sua primeira equipe profi ssional foi o Alianza Lima, do Peru, em 1998. Agora, aos 37 anos, o meia Tressor Moreno desembarca em Manaus com a missão de ser um dos motores do Nacional na temporada 2016. Com muita experiência internacional, o atleta coleciona passagens por clubes como Once Caldas (Colômbia) e Necaxa (México). Fora isso, durante três temporadas defendeu as cores do Metz, da França. Moreno também defendeu a seleção de seu país durante 10 anos. Em 2011, o meia teve sua primeira passagem pelo futebol canarinho, quando participou da campanha do Bahia que terminou na 3ª colocação no Estadual.Mais experiente, Tressor aceitou o desafi o de ser o camisa 10 do Leão da Vila Municipal neste ano. Em um rápido bate-papo com o PÓDIO, o jogador revelou a sua expectativa para a temporada, as primeiras impressões do novo clube e o seu começo de carreira como profi ssional.

‘AQUI ENCONTREI uma estrutura DE CLUBE DE Série A’

Tresso MORENO

só tem que trabalhar a cada dia para melhorar e poder agradar os torcedores. Todos queremos que o clube come-ce a jogar bem e ganhar. Isso nos ajudará a chegar ao final do ano com o acesso para a Série C.

PÓDIO – Como chegou a

proposta do Nacional?TM – Foi por meio do meu

empresário, Jeferson Fernan-des. Ele conseguiu falar com o senador (Omar Aziz-PSD) e com os diretores do clube, e a proposta chegou rapidinho. Gostei de tudo, da cidade, do clube, da possibilidade de disputar várias competições, então, espero trabalhar bem para logo começar a jogar.

PÓDIO – Como você ava-

lia a sua primeira passa-gem pelo futebol brasileiro, quando defendeu o Bahia em 2011?

TM – A passagem pelo Bahia foi muito boa. A torcida tinha muito carinho para comigo. Eu também gostei, mas fi quei apenas oito meses. Cheguei e logo comecei a atuar, mas o Bahia trocou de treinador e foi ruim para mim. Gostei muito, trabalhei sério, fi quei feliz com tudo na equipe, mas fi cou difícil continuar por causa da relação com o treinador.

PÓDIO – O que a torcida

do Nacional pode esperar de Tressor Moreno?

TM – Não gosto de falar de mim. Prefi ro que os torcedores possam tirar suas próprias conclusões após as partidas. Mas venho há muito tempo jogando futebol e espero sa-tisfazer os torcedores. Porém, o mais importante é satisfazer o treinador e ajudar o elenco a alcançar todos os objetivos.

PÓDIO – Como foram os

seus primeiros passos no futebol?

TM – Apesar de ser co-lombiano, comecei a minha carreira profi ssional no Peru. Logo em seguida, voltei para a Colômbia. Daí fui para a França, México, onde atuei por muitos anos, joguei nos

THIAGO FERNANDO

FOTOS: DIEGO JANATÃ

Estados Unidos e Chile nos úl-timos anos. Minha experiência no futebol é boa e espero que possa passar tudo por aqui.

PÓDIO – Era um sonho de

criança atuar pela seleção do seu país?

TM – Este é um sonho de todas as crianças que come-çam a jogar futebol. Jogar na seleção de seu país é um objetivo para tordos os jo-gadores. Joguei de 2000 até 2010 pela Colômbia. Aprendi muito. Joguei diversas compe-tições. Foi muito bom. É uma experiência que levamos para o resto da vida.

PÓDIO – Como avalia o momento do futebol sul-a-mericano, principalmente por ser um mercado que exporta muitos jogadores para as principais ligas do mundo?

TM – A América do Sul passou a exportar muitos jo-gadores. Isso desde a cate-goria de base. Agora todos olham para cá. Isso é muito bom e temos que aproveitar. O mercado da Europa e Ásia sempre procuram jogadores daqui. Isso abre oportunidades para os atletas.

PÓDIO – Em quanto tempo

estará à disposição para estrear pelo Nacional?

TM – Espero que possa estar relacionado para o próximo jogo do Nacional que acon-tecerá na quarta-feira (9). Es-pero estar regularizado. Estou treinando, vou me esforçar para aprimorar a parte física e quero estar pronto para jogar, mas quem decide quem entra em campo é o treinador.

PÓDIO – Quais foram as

suas referências no espor-te, tanto no futebol, quanto em outras modalidades?

TM – Gostei muito do Ro-naldo. Na Colômbia, gostava muito do Asprilla. Tem muitos jogadores bem, mas o meu favorito sempre foi o Ronaldo.

PÓDIO – Em qual posição

você acredita que rende mais e onde o técnico pode te escalar?

TM – Eu posso jogar atrás do centroavante e também, as vezes posso jogar pelos lados. Depois posso falar com o trei-nador para saber o que ele acha melhor para mim e para o time. O maior desafi o vai ser sempre jogar melhor. Temos que jogar bem e criar uma aliança com os torcedores. Estou trabalhando a pouco tempo com o treinador. Tenho que mostrar serviço. As-sim, ele vai saber onde posso ajudar e como tirar o meu me-lhor rendimento dentro do jogo. Tudo pode acontecer no futebol.

Eu posso jogar atrás do centro-avante e tam-bém, as vezes posso jogar pelos lados. De-pois posso falar com o treinador para saber o que ele acha melhor para mim e para o time. O maior desafio vai ser sempre jogar melhor. Temos que jogar bem e criar uma alian-ça com os torce-dores”

Queremos fa-zer uma Série D muito boa para acender um pouco e con-seguir jogar no ano que vem a Série C. É um desafio difícil, mas não impos-sível. Temos que trabalhar muito para conseguir tudo isso. É um desafio difícil, mas não impos-sível. Temos que trabalhar muito para conseguir tudo isso”

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MANAUS, DOMINGO, 6 DE MARÇO DE 2016E3PódioPódio E3Pódio

Willian D’Ângelo

Colunista do PÓDIO

José Benedito Tobias nas-ceu em Agudos (SP), no dia 13 de maio de 1949. Ainda menino, foi morar na ci-

dade de Piracicaba e praticava basquete pelo Esporte Clube XV de Novembro, retornando mais tarde para Agudos aos 12 anos de idade.

Ainda jogando basquete, de-butou no futebol em um time de várzea mantido por uma cerve-jaria, quando foi notado por um dirigente do E.C. Noroeste de Bauru, cidade localizada a 15 quilômetros de sua terra natal.

Desde 1963 nas categorias de base do Noroeste, iniciou sua carreira profi ssional al-guns anos depois. Ganhou experiência e credenciais su-fi cientes para ser pretendido pelo Guarani, equipe que o contratou em 1968.

Tobias foi o herói da semifi nal do Campeonato Brasileiro de 1976, frente ao Fluminense, no famoso jogo da Invasão Corin-tiana no Maracanã. Muralha durante a partida, ele defendeu exatos três pênaltis, levando a equipe à fi nal do Brasileiro. Na disputa contra o Tricolor carioca, Tobias jogou ao lado de craques como Zé Maria, Moisés, Givanildo, Wladimir, Ruço e Geraldão.

No ano de 1982, Tobias chegou ao Atlético Rio Negro Clube para a disputa do cer-tame amazonense e brasileiro.

Tobias no Galo da Praça da Saudade em [email protected]

Túnel do tempo

Tobias foi o herói da semifinal do Campeonato Brasileiro de 1976, frente ao Flumi-nense, no famoso jogo da Invasão Corintiana no Mara-canã. Mura-lha durante a partida, ele defen-deu exatos três pênal-tis, levando a equipe à final do Bra-sileiro”

O time do técnico Ivan Gra-dim contou com Jair, Marcão, Darinta,Tonho, Dalmo, Patru-lheiro, Berg, Pedrinho, Alcindo, índio, Tiquinho, Beto, Zelito, Jai-me, Charligton, Renato, Adão-zinho, Toinho, Bosco, e Aarão na campanha do título. Ele ainda assinou com o Bangu, onde per-

maneceu até 1986, encerrando defi nitivamente sua carreira profi ssional. Participaram do Campeonato Amazonense de 1982 as equipes do Rio Negro (campeão), Nacional, Sul Amé-rica, América, Penarol, Fast e Libermorro.

O atleta esteve defendendo

também as cores alvinegras do time da Praça da Saudade no Campeonato Brasileiro de Fu-tebol de 1983, originalmente nomeado de Taça de Ouro pela CBF, foi a vigésima sétima edi-ção do Campeonato Brasileiro e foi vencido pelo Flamengo (RJ), que se tornou o quarto

clube brasileiro a conquistar um bicampeonato (como San-tos, Palmeiras e Internacional), e o terceiro a chegar a três títulos, igualando os feitos de Internacional, Palmeiras e San-tos. O arqueiro jogou ainda em equipes como Guarani (SP), Sport (PE) e Atlético (PR).

Goleiro Tobias (camisa de mangas compridas) foi um dos craques do futebol nacional que jogaram no Amazonas na década de 1980

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E4 Pódio

Arena da Amazônia

realizações edesafi os do futebol

Na semana em que completa seu segundo ano de existência, a Arena da Amazônia Vivaldo Lima festeja a oportunidade de receber mais um grande evento esportivo, desta vez os jogos de futebol das Olímpiadas

Na próxima quarta-feira (9), a Arena da Amazônia Vival-do Lima completa

seu segundo ano de vida e nem em seus melhores sonhos, o amazonense po-deria imaginar que um dia teria a possibilidade de ver de perto grandes estrelas do futebol mundial desfi lando suas habilidades e classe em gramados locais. Feras como Cristiano Ronaldo, eleito pela Fifa como o melhor do mundo em três oportunidades, Ste-ven Gerrard, ídolo e princi-pal jogador do Liverpool por mais de 10 anos, e Gianluigi Buff on, considerado um dos melhores goleiros de todos os tempos, passaram por Manaus em 2014.

Construída para receber quatro jogos da Copa do Mundo, a Arena da Amazônia foi o palco por onde passa-ram esses e muitos outros craques. Acostumados com os estádios europeus, eles não tiveram do que reclamar no novo santuário do futebol amazonense, que não deixa a desejar a nenhum complexo esportivo do mundo, seja no quesito beleza ou instalações.

Mais do que um estádio apto a receber apenas parti-das de futebol, o novo comple-xo esportivo baré tornou-se um espaço multiuso, capaz de acomodar grandes shows, eventos, feiras e visitações.

Com algumas adaptações, jo-gos de beach soccer, futsal, vôlei e até mesmo basquete podem ser disputados no lo-cal. Porém, são matrizes ain-da não exploradas por quem o administra.

Localizada no coração de Manaus, no mesmo espa-ço ocupado pelo antigo Vi-valdão, o estádio chama a atenção pela imponência e arquitetura, que, inspirada na Floresta Amazônica, tem sua fachada e cobertura compos-tas por uma única estrutura metálica com design seme-lhante ao um grande cesto de palha indígena.

Com suas obras iniciadas em junho de 2010, o estádio, com capacidade para receber 44,3 mil torcedores, fi cou pronto poucos meses antes da Copa do Mundo. Inaugura-da em 9 de março de 2014, dois “reis da selva” tiveram a honra de debutar no gra-mado da Arena da Amazônia: Nacional x Remo. Em duelo válido pela segunda fase da Copa Verde, o jogo acabou empatado por 2 a 2 e o time amazonense se despediu da competição regional.

ANDRÉ TOBIAS

Autor do primeiro e do se-gundo gol da arena, o zaguei-ro Max, do Remo, recorda os momentos que antecederam o duelo frente ao Nacional. Dada a importância da par-tida - já que ela valia vaga na semifi nal do torneio -, a expectativa entre os joga-dores do time paraense era ainda maior pelo fato de se tratar da inauguração do estádio, que meses depois receberia jogos da Copa do Mundo 2014.

Ciente de que o principal objetivo dos defensores é evitar gols, o zagueiro remis-ta lembra do momento em que escreveu seu nome na história da Arena da Amazô-nia. “Fui feliz em abrir o placar do jogo, mas no calor da partida e pela importância do jogo nem estava pensando na situação. Quando veio o intervalo foi que a fi cha caiu que eu estava entrando para a história de uma arena da Copa. Na volta para o segun-do tempo fui feliz em fazer o segundo gol do jogo e do estádio, ou seja, inaugurei as duas traves”, brinca.

A partida inaugural con-tou com 23.034 mil pesso-as, capacidade liberada para aquele confronto por ser o primeiro teste do estádio antes da Copa do Mundo.

O primeiro jogo na Arena da Amazônia Vivaldo Lima válido pelo Campeonato Amazonense aconteceu no dia 15 de março de 2014, na fi nal do primeiro turno do certame, entre Fast e Princesa do Solimões. Na ocasião, 11 mil torcedores viram o empate em 0 a 0 entre as duas equipes.

A primeira vitória de um

time da terra dentro da arena só veio na quarta partida dentro do estádio. No dia 9 de abril, em duelo válido pela primeira fase da Copa do Brasil, o Nacional fez 2 a 1 no São Luiz-RS e avançou na competição. Porém, 21 dias depois, a equipe acabou eliminada após perder por 3 a 0 para o Corinthians, no primeiro jogo vencido por goleada dentro do estádio.

Passada a Copa do Mun-do, a arena recebeu alguns jogos de times cariocas válidos pela Série A do Campeonato Brasileiro, shows e eventos religio-sos, além de um torneio amistoso disputado entre Flamengo, São Paulo e Vas-co no começo de 2015. E foi neste mesmo ano, após 19 jogos, que o estádio viu o primeiro amazonense ba-lançar suas redes. No duelo entre Nacional x Princesa do Solimões, pela grande fi nal do Barezão, o veterano atacante Nando, do time de Manacapuru, escreveu seu nome na história do estádio.

“Aos 38 anos consegui escrever meu nome na his-tória no principal estádio

do Amazonas. Eu até não corri atrás em ser o primeiro amazonense a marcar um gol na Arena da Amazônia, tanto é que quando termi-nou o jogo falaram isso para mim e eu não sabia, mas sou muito feliz por isso”, declara o atacante.

Apesar de ter marcado, Nando viu o Nacional ven-cer aquela partida por 2 a 1 e levantar o primeiro tro-féu de Campeonato Ama-zonense na arena. Neste ano, o principal palco do futebol baré ganhará mais um capítulo em sua curta história. Escolhida para ser uma das sedes do torneio de futebol olímpico, o es-tádio receberá seis jogos pelas Olimpíadas do Rio de Janeiro.

Passados os testes era hora de apresentar um dos estádios mais bonitos do Brasil ao mundo. E o jogo não podia ser melhor: In-glaterra x Itália. Manaus iniciava ali sua participa-ção na Copa. Pelo lado dos britânicos tinha Hart, Johnson, Baines, Terry, Ger-rard, Rooney e Sturridge. Os italianos não fi cavam por baixo e contavam com Buff on, Chiellini, Marchisio, Candreva, Pirlo e Balotelli.

Eram cinco títulos mun-diais em campo (quatro da Itália e um da Inglaterra). Nas arquibancadas e nos arredores da arena, os in-gleses fi zeram a festa, mas dentro de campo a camisa azul pesou e a os italianos venceram a partida por 2 a 1. O meio-campista da Ju-ventus, Marchisio marcou o primeiro gol na arena na Copa do Mundo. O ata-cante do Liverpool, Sturri-dge, deixou tudo igual. Na segunda etapa, Balotelli garantiu a vitória italiana em Manaus.

No segundo jogo do Mun-dial, a Croácia não tomou conhecimento da seleção camaronesa e enfi ou im-piedosos 4 a 0. Titular no ataque do Bayern de Mu-nique, Mandzukic marcou

duas vezes, enquanto Olic e Perisic fi zeram um gol cada.

Na penúltima partici-pação da arena na Copa todas as atenções esta-vam voltadas para o as-tro português, Cristiano Ronaldo. Considerado um dos melhores jogadores do mundo, o CR7 desfi lou seu futebol no gramado baré. Contudo, diante dos americanos, ele viu sua seleção fi car no 2 a 2 com os Estados Unidos. Pouco inspirado, o craque luso não empolgou, mas os amazonenses puderam apreciar de perto um dos maiores atletas de todos os tempos.

Considerado o duelo me-nos badalado do estádio, Suíça x Honduras fecharam a participação da Arena da Amazônia Vivaldo Lima na Copa do Mundo. Apesar de reunir seleções pouco tradicionais, o confronto entrou na história do es-tádio por dois motivos: o meia-atacante suíço Sha-qiri é, até hoje, o artilheiro da arena, ao marcar os três gols da vitória da seleção europeia sobre os hondu-renhos, além disso, o duelo registrou o maior público já recebido pelo estádio, com 40.322 torcedores.

Primeiro gol foi paraense

Atrações pós-Copa do Mundo

Copa do Mundo em casa

ZAGUEIRO

Rede balançou pela primeira vez pelos pés do zagueiro Max, do Clube do Remo (PA). Duelo de time paraense foi contra o Nacional que empatou em 2 a 2 pela segunda fase da Copa Verde

Construída para ser uma das sedes da Copa do Mundo 2014, a Arena da Amazônia Vivaldo Lima custou

R$ 605 milhões

CURIOSIDADE FOTO

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Arena da Amazônia

realizações edesafi os do futebol

Na semana em que completa seu segundo ano de existência, a Arena da Amazônia Vivaldo Lima festeja a oportunidade de receber mais um grande evento esportivo, desta vez os jogos de futebol das Olímpiadas

Na próxima quarta-feira (9), a Arena da Amazônia Vival-do Lima completa

seu segundo ano de vida e nem em seus melhores sonhos, o amazonense po-deria imaginar que um dia teria a possibilidade de ver de perto grandes estrelas do futebol mundial desfi lando suas habilidades e classe em gramados locais. Feras como Cristiano Ronaldo, eleito pela Fifa como o melhor do mundo em três oportunidades, Ste-ven Gerrard, ídolo e princi-pal jogador do Liverpool por mais de 10 anos, e Gianluigi Buff on, considerado um dos melhores goleiros de todos os tempos, passaram por Manaus em 2014.

Construída para receber quatro jogos da Copa do Mundo, a Arena da Amazônia foi o palco por onde passa-ram esses e muitos outros craques. Acostumados com os estádios europeus, eles não tiveram do que reclamar no novo santuário do futebol amazonense, que não deixa a desejar a nenhum complexo esportivo do mundo, seja no quesito beleza ou instalações.

Mais do que um estádio apto a receber apenas parti-das de futebol, o novo comple-xo esportivo baré tornou-se um espaço multiuso, capaz de acomodar grandes shows, eventos, feiras e visitações.

Com algumas adaptações, jo-gos de beach soccer, futsal, vôlei e até mesmo basquete podem ser disputados no lo-cal. Porém, são matrizes ain-da não exploradas por quem o administra.

Localizada no coração de Manaus, no mesmo espa-ço ocupado pelo antigo Vi-valdão, o estádio chama a atenção pela imponência e arquitetura, que, inspirada na Floresta Amazônica, tem sua fachada e cobertura compos-tas por uma única estrutura metálica com design seme-lhante ao um grande cesto de palha indígena.

Com suas obras iniciadas em junho de 2010, o estádio, com capacidade para receber 44,3 mil torcedores, fi cou pronto poucos meses antes da Copa do Mundo. Inaugura-da em 9 de março de 2014, dois “reis da selva” tiveram a honra de debutar no gra-mado da Arena da Amazônia: Nacional x Remo. Em duelo válido pela segunda fase da Copa Verde, o jogo acabou empatado por 2 a 2 e o time amazonense se despediu da competição regional.

ANDRÉ TOBIAS

Autor do primeiro e do se-gundo gol da arena, o zaguei-ro Max, do Remo, recorda os momentos que antecederam o duelo frente ao Nacional. Dada a importância da par-tida - já que ela valia vaga na semifi nal do torneio -, a expectativa entre os joga-dores do time paraense era ainda maior pelo fato de se tratar da inauguração do estádio, que meses depois receberia jogos da Copa do Mundo 2014.

Ciente de que o principal objetivo dos defensores é evitar gols, o zagueiro remis-ta lembra do momento em que escreveu seu nome na história da Arena da Amazô-nia. “Fui feliz em abrir o placar do jogo, mas no calor da partida e pela importância do jogo nem estava pensando na situação. Quando veio o intervalo foi que a fi cha caiu que eu estava entrando para a história de uma arena da Copa. Na volta para o segun-do tempo fui feliz em fazer o segundo gol do jogo e do estádio, ou seja, inaugurei as duas traves”, brinca.

A partida inaugural con-tou com 23.034 mil pesso-as, capacidade liberada para aquele confronto por ser o primeiro teste do estádio antes da Copa do Mundo.

O primeiro jogo na Arena da Amazônia Vivaldo Lima válido pelo Campeonato Amazonense aconteceu no dia 15 de março de 2014, na fi nal do primeiro turno do certame, entre Fast e Princesa do Solimões. Na ocasião, 11 mil torcedores viram o empate em 0 a 0 entre as duas equipes.

A primeira vitória de um

time da terra dentro da arena só veio na quarta partida dentro do estádio. No dia 9 de abril, em duelo válido pela primeira fase da Copa do Brasil, o Nacional fez 2 a 1 no São Luiz-RS e avançou na competição. Porém, 21 dias depois, a equipe acabou eliminada após perder por 3 a 0 para o Corinthians, no primeiro jogo vencido por goleada dentro do estádio.

Passada a Copa do Mun-do, a arena recebeu alguns jogos de times cariocas válidos pela Série A do Campeonato Brasileiro, shows e eventos religio-sos, além de um torneio amistoso disputado entre Flamengo, São Paulo e Vas-co no começo de 2015. E foi neste mesmo ano, após 19 jogos, que o estádio viu o primeiro amazonense ba-lançar suas redes. No duelo entre Nacional x Princesa do Solimões, pela grande fi nal do Barezão, o veterano atacante Nando, do time de Manacapuru, escreveu seu nome na história do estádio.

“Aos 38 anos consegui escrever meu nome na his-tória no principal estádio

do Amazonas. Eu até não corri atrás em ser o primeiro amazonense a marcar um gol na Arena da Amazônia, tanto é que quando termi-nou o jogo falaram isso para mim e eu não sabia, mas sou muito feliz por isso”, declara o atacante.

Apesar de ter marcado, Nando viu o Nacional ven-cer aquela partida por 2 a 1 e levantar o primeiro tro-féu de Campeonato Ama-zonense na arena. Neste ano, o principal palco do futebol baré ganhará mais um capítulo em sua curta história. Escolhida para ser uma das sedes do torneio de futebol olímpico, o es-tádio receberá seis jogos pelas Olimpíadas do Rio de Janeiro.

Passados os testes era hora de apresentar um dos estádios mais bonitos do Brasil ao mundo. E o jogo não podia ser melhor: In-glaterra x Itália. Manaus iniciava ali sua participa-ção na Copa. Pelo lado dos britânicos tinha Hart, Johnson, Baines, Terry, Ger-rard, Rooney e Sturridge. Os italianos não fi cavam por baixo e contavam com Buff on, Chiellini, Marchisio, Candreva, Pirlo e Balotelli.

Eram cinco títulos mun-diais em campo (quatro da Itália e um da Inglaterra). Nas arquibancadas e nos arredores da arena, os in-gleses fi zeram a festa, mas dentro de campo a camisa azul pesou e a os italianos venceram a partida por 2 a 1. O meio-campista da Ju-ventus, Marchisio marcou o primeiro gol na arena na Copa do Mundo. O ata-cante do Liverpool, Sturri-dge, deixou tudo igual. Na segunda etapa, Balotelli garantiu a vitória italiana em Manaus.

No segundo jogo do Mun-dial, a Croácia não tomou conhecimento da seleção camaronesa e enfi ou im-piedosos 4 a 0. Titular no ataque do Bayern de Mu-nique, Mandzukic marcou

duas vezes, enquanto Olic e Perisic fi zeram um gol cada.

Na penúltima partici-pação da arena na Copa todas as atenções esta-vam voltadas para o as-tro português, Cristiano Ronaldo. Considerado um dos melhores jogadores do mundo, o CR7 desfi lou seu futebol no gramado baré. Contudo, diante dos americanos, ele viu sua seleção fi car no 2 a 2 com os Estados Unidos. Pouco inspirado, o craque luso não empolgou, mas os amazonenses puderam apreciar de perto um dos maiores atletas de todos os tempos.

Considerado o duelo me-nos badalado do estádio, Suíça x Honduras fecharam a participação da Arena da Amazônia Vivaldo Lima na Copa do Mundo. Apesar de reunir seleções pouco tradicionais, o confronto entrou na história do es-tádio por dois motivos: o meia-atacante suíço Sha-qiri é, até hoje, o artilheiro da arena, ao marcar os três gols da vitória da seleção europeia sobre os hondu-renhos, além disso, o duelo registrou o maior público já recebido pelo estádio, com 40.322 torcedores.

Primeiro gol foi paraense

Atrações pós-Copa do Mundo

Copa do Mundo em casa

ZAGUEIRO

Rede balançou pela primeira vez pelos pés do zagueiro Max, do Clube do Remo (PA). Duelo de time paraense foi contra o Nacional que empatou em 2 a 2 pela segunda fase da Copa Verde

Construída para ser uma das sedes da Copa do Mundo 2014, a Arena da Amazônia Vivaldo Lima custou

R$ 605 milhões

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Trio do Amazonas fi cou na 19ª colocação entre 60 equipes que participaram do Monstar Games 2016, realizado em fevereiro na cidade de São Paulo

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Amazonenses se destacam em competição de Crossfi tEsporte que virou “febre” na cidade já começa a revelar talentos no Amazonas. Caio Rodrigues, 21, é um deles

Força, condicionamento físico e resistência. Essas são algumas das capaci-dades que os atletas do

crossfi t precisam ter. O esporte, que apesar de novo, tem cada vez mais reunido adeptos por todo o mundo. Recentemente no Brasil, os adeptos pude-ram participar do Campeonato Monstar Games 2016 – edição São Paulo, que foi disputado entre 18 e 21 de fevereiro no ginásio Geraldo José de Almeida no Complexo do Ibirapuera. O evento contou com a participa-ção de cinco atletas amazonen-ses. Uma etapa Norte/Nordeste está prevista para acontecer de 26 a 29 de maio, com cidade sede a ser defi nida.

O evento foi dividido em di-versas categorias entre: scale individual, scale times, amador individual, amador times, RX individual, RX times e elite indi-vidual, tanto para participantes masculinos quanto femininos, que receberam troféus e meda-lhas, assim como prêmios em dinheiro para os três primeiros colocados. Aproximadamente R$ 50 mil foram distribuídos em premiação.

De acordo com o participante amazonense, Caio Rodrigues, 21, embora esta tenha sido a primeira participação de sua equipe, a 19º colocação serviu de incentivo para outras cate-gorias. Ele participou do cam-peonato com mais dois amigos, Felipe Guimarães, 25 e Ewerton Rodrigues, 30.

“De 60 equipes selecionadas, fi camos em 19º lugar. Foi a nossa primeira participação no evento, o que gerou uma sensa-ção muito boa, de dever cum-prido. Eu também treino judô há mais de 15 anos e conheci o crossfi t e me interessei. Treino crossfi t há pouco mais de cinco meses e a participação no cam-peonato foi maravilhosa para todos do nosso Estado, uma vez que participaram atletas de toda a América Latina”, disse.

Entre os programas de trei-namento, o atleta conta com atividades físicas com ferra-mentas básicas, como cordas, pesos, caixas, elásticos, corren-tes, entre outros que auxiliam na execução de alguns exercícios.

“É um misto de diversas téc-nicas de esportes. Denomino como um circuito, pois é uma mistura de ginástica olímpica com levantamento de peso e você usa muita força, veloci-dade e toda a sua resistência”, explicou Caio.

Auxiliando o desempenho da equipe, Felipe Guimarães, 25, disse que fi cou sabendo do esporte após infl uência de ami-gos. “Meus amigos estavam se envolvendo com o esporte e me disseram que era muito bom. Então eu resolvi comparecer aos treinos e me identifi quei. Ele me ajudou a perder peso e ganhar defi nição corporal”, complementou.

Participante do campeonato realizado em São Paulo, pela ca-tegoria scale individual, Felipe Chaves, 28, explicou que já pra-tica o exercício há sete meses. Ele, que também treina jiu-jitsu, foi apresentado ao esporte por amigos. “De 866 atletas ins-critos, 40 foram selecionados e desse número eu fi quei em oitavo lugar”, comemora.

Em altaCriado com o objetivo de

treinar equipes militares dos Estados Unidos, o crossfi t é um programa de treinamento de força e condicionamento geral

que proporciona a mais ampla adaptação fi siológica possível para qualquer pessoa, inde-pendente de idade ou nível físico. A aula de ginástica, que nasceu na década de 1990, se popularizou nos últimos anos no Brasil. Em Manaus, diversas academias oferecem o serviço da atividade, com preço médio de R$ 200 a mensalidade.

Segundo o treinador de crossfi t, o professor Gustavo Maquiné Batista, 34, muitos benefícios podem ser adqui-ridos para quem pratica o esporte. “A pessoa que treina, ganha força, fl exibilidade, au-toestima, tira o estresse, au-menta a energia, entre outros. São inúmeros benefícios que podem ser adquiridos. Embora tenha crossfi t kids (desenvol-vido para crianças), o esporte é indicado para maiores de 16 anos”, orientou.

CuidadosEmbora o esporte esteja em

pleno crescimento no Brasil

e no mundo, a cardiologista Márcia Regina Silva e Silva, explicou que para iniciar uma rotina de treinos como o caso do crossfi t, é necessário reali-

zar alguns exames para verifi -car as condições cardiológicas de um determinado paciente.

“Qualquer pessoa, quando pensa em praticar qualquer

exercício físico, deve reali-zar avaliações para que não se tenha surpresas indesejá-veis no decorrer de treinos. O médico verifi ca questões

cardiológicas e verifi ca ain-da as contraindicações do paciente, para que o mesmo não realize esforços além do permitido”, lembrou.

LUIS HENRIQUE OLIVEIRA

Esporte requer muito preparo físico de seus participantes

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AÇÃO

De 60 equipes seleciona-das, fi camos em 19º lugar. Foi a nossa primeira par-ticipação no evento, o que gerou uma sensação muito boa, de dever cumprido. Eu treino judô há mais de 15 anos e conheci o crossfi t e me interessei

Caio Rodrigues,atleta de crossfi t

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MANAUS, DOMINGO, 6 DE MARÇO DE 2016E7PódioPódio

Após uma semana de trabalho pesado, o designer Juscelino Cle-mentino, 44, mais co-

nhecido como Duti, não pensa outra coisa no fi m de semana que não seja reunir os amigos e “bater” a tradicional pelada de sábado. A atividade já é uma realidade há 32 anos, e segundo ele, é o momento em que recarrega as baterias para do stress da labuta.

“Se eu não jogar minha pelada eu adoeço. É um momento de diversão e comunhão com os meus amigos. Não sei o que seria de mim sem meu futebol. Ele é sagrado”, afi rma.

A história de Juscelino é com-partilhada por várias pessoas Brasil afora. Diversão e lazer nos fi ns de semana, a pelada de futebol proporciona momen-tos de confraternização com os amigos e, claro, algumas horas de atividade física. No

entanto, adotar cuidados para evitar problemas de saúde é fundamental, principalmente para prevenir as lesões.

“Atletas de fi m de semana realizam um esforço que seu or-ganismo não está acostumado, não está preparado para execu-tar. A pressão arterial pode ele-var-se a níveis preocupantes, além dos riscos de infarto, de arritmias e até de morte súbita”, alerta o cardiologista Anderson Rodrigues. “Convém lembrar também dos riscos ortopédi-cos como torções, contusões, fraturas”, adverte o médico.

O especialista recomenda a prática da pelada, desde que os “profi ssionais” obedeçam a sua condição física. Nada de exagerar na corrida atrás da bola. O ideal é evitar a fadiga, que pode levar tanto à queda quanto ao aumento da pressão arterial, um risco para a saúde. “O condicionamento físico é a resistência que o atleta possui para realizar exercícios aeróbi-cos (corridas, peladas, natação,

vôlei) e anaeróbicos (levanta-mento de pesos)”, diz Anderson Rodrigues. Ele explica que fazer aquecimento antes do jogo é essencial para preparar o corpo a executar um esforço maior.

“É importante fazer um exer-

cício preliminar para fortalecer o coração. A falta de condicio-namento físico deixa o coração menos fortalecido e bombeará uma menor quantidade de san-gue em cada batimento. Assim, o sangue bombeado liberará menos oxigênio para todo o

organismo. O risco é um mal sú-bito”, comenta o cardiologista.

Não há, segundo o médico, recomendação específi ca para medir a pressão antes da pe-lada. Mas não custa nada fa-zer avaliação médica periódica. “Caso seja identifi cado algum problema, há tempo para a interrupção da atividade física (ou treinamento) na presença de sintomas ou elevações na pressão arterial”, diz Rodrigues. “Em indivíduos hipertensos, é bom evitar esforços prolonga-dos como em jogo de futebol”, recomenda. Afi nal, o que im-porta na pelada é a diversão e não se submeter a algum risco de saúde.

O preparador físico do Na-cional Futebol Clube, Hudson Barros, destacou a importân-cia de o atleta amador prati-car qualquer tipo de atividade física durante a semana, e não deixar para realizar apenas aos sábados e domingos. “Tem vários espaços e locais para praticar atividades físicas. As

prefeituras hoje colocam pra-ças, pistas de caminhadas ou pistas de bicicletas e para você cuidar da sua saúde você tem que praticar uma atividade física regulamen-tar, não só a sua peladinha de sábado. Se você puder ir para academia durante algum dia antes do fi nal de semana, fi zer uma bicicleta ou qual-quer tipo de atividade física, já ajuda’’, afi rma.

Hudson deixou claro que o quanto mais cedo a pessoa procurar um acompanhamen-to e tentar se cuidar, melhor será sua saúde no futuro, não importando o sexo.

“De maneira geral, sendo homem ou mulher, a pessoa deve praticar atividade físi-ca. Isso é bom para a saúde e para o futuro. Então a gente costuma deixar fi car mais velho, aparecer os problemas para praticar alguma ativida-de regulamente, e isso não está certo. Temos que apro-veitar as vantagens quando

está mais novo e entrar em uma academia. Quem não gosta de fi car restrito ao espaço de uma academia, deve praticar atividades ao ar livre mesmo, qualquer que seja, como caminhadas, pa-tins, corridas e skate.

O estudante de Odontologia, Paulo Melo, disse que não tem um acompanhamento especi-fi co para praticar suas rotinas de peladas no fi nal de semana. Segundo ele, muitas pessoas, por falta de tempo, seja pelo trabalho ou estudo, acabam não dando tanta atenção para esse detalhe tão importante de cuidar da saúde. “Os cui-dados que eu tenho quando eu vou jogar é tentar jogar calça-do e fazer aquele aquecimento básico antes de começar a pelada. Não uso caneleiras e nem esses outros equipamen-tos. Alimentação eu não faço nenhuma coisa em especial, apenas as três alimentações básicas do dia para dar con-sistência”, confessa.

‘Pelada’: lazer que requer cuidados para ser saudávelSaiba o que os peladeiros de fi ns de semana devem fazer para não tornarem a diversão um problema para a saúde

LINDIVAN VILAÇA EDANIEL PRESTES

SEDENTARISMO

Jogar futebol é uma ótima forma de pra-ticar atividade física prazerosa e sair do sedentarismo, que segundo a Organi-zação Mundial de Saúde (OMS) mata mais de 300 mil bra-sileiros por ano

Amigos se reúnem todo sábado para se confraternizar jogando a tradicional pelada

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MANAUS, DOMINGO, 6 DE MARÇO DE 2016E8 PódioPódio

Santos (SP) – Em mo-mentos opostos, San-tos e Corinthians se enfrentam neste do-

mingo (6), às 15h (de Manaus), na Vila Belmiro, pela oitava rodada do Campeonato Pau-lista. Enquanto o Timão vem embalado pela vitória sobre o Independiente Santa Fé, pela Libertadores da América no meio de semana, o Peixe vive ambiente pesado após a der-rota por 2 a 0 para o RB Brasil na última rodada, e o atraso de salário dos jogadores.

Santos e Corinthians são lí-deres dos Grupos A e D, com 12 e 17 pontos, respectivamente.

Mesmo em meio a difi culda-de, o clássico é visto pelo elenco santista como oportunidade para dar a volta por cima. Se o clima não é dos melhores no CT Rei Pelé, o técnico Dorival Junior ao menos tem motivos para comemorar. O goleiro Vanderlei e o atacante Ricardo Oliveira, recuperados de dores no joelho direito e virose esta-rão à disposição para o derby. O zagueiro David Braz também deve ser relacionado.

A tendência é de que o Peixe seja escalado para o clássi-co com Vanderlei, Victor Fer-raz, Lucas Veríssimo, Gustavo Henrique, Zeca, Thiago Maia, Renato, Serginho, Lucas Lima, Gabriel e Ricardo Oliveira.

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AÇÃO

Mesmo líderes de seus grupos no Paulistão, Peixe e Timão vivem momentos diferentes neste início de ano. Alvinegro da capital deve jogar com time misto

Santos e Corinthians se enfrentam na Vila Belmiro

CorinthiansEm uma maratona de jogos

neste início de temporada, o técnico Tite vive um di-lema para o clássico deste domingo: poupar jogadores para preservar o condicio-

namento físico ou mandar o time titular para entrosar a equipe? A resposta fi nal será dada somente minutos antes da bola rolar, porém, é possível que o zagueiro Felipe e o meia Rodriguinho

tenham descanso.O Timão deve ir a campo

com: Cassio, Fagner, Yago, Balbuena, Uendel, Bru-no Henrique, Giovanni Au-gusto, Maycon, Guilherme,Lucca e André.

Rio de Janeiro (RJ) – O Botafogo enfrenta neste domingo (6), às 15h (de Manaus), em São Januário, o Boavista pela última roda-da do Campeonato Cario-ca. Para o duelo, o técnico Ricardo Gomes confi rmou que o atacante Neilton e o meia uruguaio Salgueiro começam jogando.

Neilton lesionou a coxa direita no início do ano e retornou ao time contra a Cabofriense, há duas se-manas. Entrou no segundo tempo e marcou, de pênalti, o gol da vitória. Depois, atuou na etapa fi nal dos clássicos contra Fluminen-

se e Vasco.Já o uruguaio Salgueiro

foi contratado como um dos principais reforços para a temporada, mas foi usado apenas alguns minutos nos dois últimos confrontos. Ambos são tra-tados como titulares.

Dos jogadores que vi-nham atuando, apenas o goleiro Jéff erson e o atacan-te Ribamar devem começar entre os titulares. O time deve ter a seguinte forma-ção: Jéff erson, Diego, Emer-son Silva, Renan Fonseca, Jean, Diérson, Fernandes, Gervasio Núñez, Salgueiro, Neilton e Ribamar.

BOTAFOGO

Neilton e Salgueiro serão novidade contra Boavista

Atacante Ricardo Oliveira volta ao time titular do Santos no clássico após ser novamente convocado para seleção

Meia Salgueiro terá sua primeira oportunidade como titular

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