pódio - 29 de março de 2015

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Nadando contra as DIFICULDADES MANAUS, DOMINGO, 29 DE MARÇO DE 2015 [email protected] Após vi ver seu auge ao co nseguir representar o Brasil nos jogos olímpicos com Eduardo Pic cinini em Barcelona 199 2, natação do Amazonas vive um momento de superação e busca patrocí nios para reviver os temp os de êxito em nível internacional . Pódio E4 e E 5. ALBERTO CÉSAR ARAÚJO

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Pódio - Caderno de esportes do jornal Amazonas EM TEMPO

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Page 1: Pódio - 29 de março de 2015

Pódio E2 e E3DIEGO JANATÃ

Nadando contra asDIFICULDADES

MANAUS, DOMINGO, 29 DE MARÇO DE 2015 [email protected]

Após viver seu auge ao conseguir representar o Brasil nos jogos olímpicos com Eduardo Piccinini em Barcelona 1992, natação do Amazonas vive um momento de superação e busca patrocínios para reviver os tempos de êxito em nível internacional. Pódio E4 e E5.

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E2 MANAUS, DOMINGO, 29 DE MARÇO DE 2015

No futebol, eu tenho uns 50% do co-nhecimento que eu tenho no futsal, se for fazer uma compa-ração. Não nego que no futebol tenho muito o que apren-der, tenho muito o que me qualifi car

Sabe aquela imagem de técnico razinza, que trata mal a imprensa e se acha o centro do

universo? Pois é, o treinador do Rio Negro, Roberley Assis, é o inverso. Sempre muito solicito e educado, o comandante rio-negrino tem a árdua missão de manter o jovem time alvinegro na elite do futebol baré.

Conhecido por seus feitos como técnico de futsal, Ro-berley tem no Galo o primeiro desafi o como treinador pro-fi ssional de futebol. Para ele, nenhum bicho-papão. Focado e dedicado, o comandante ad-mite ser um aprendiz no espor-te bretão, mas já mostrou que pode surpreender com elenco que tem nas mãos.

PÓDIO – Quais os pontos positivos e negativos de aceitar o desafi o de come-çar a carreira de técnico assumindo um dos clubes com a camisa mais pesada do Amazonas?

Roberley Assis - O lado negativo é que pegamos numa situação desfavorável, após o time sofrer duas derrotas. O lado positivo é que a gente pega um elenco que já vem conosco desde a base, onde 80% dos jogadores conhe-cem nosso trabalho. Então, já tem uma identifi cação no modelo de jogo. O desafi o meu de assumir o Rio Negro independente da situação, é um prazer, um orgulho. É uma meta minha ser treinador pro-fi ssional e tive a oportunidade de o Rio Negro abrir as portas para eu começar minha carrei-ra como técnico profi ssional. Espero durar muito tempo no Rio Negro, seguir uma carreira e continuar buscando qualifi -cações para aumentar ainda mais o meu conhecimento.

PÓDIO – Você pegou a equipe após um início de campeonato muito ruim. Que tipo de trabalho você teve de fazer?

RA - Logo no nosso primeiro jogo, os 5 a 0, procuramos tirar algum proveito daque-la derrota. A gente procurou fazer os ajustes, ver quem ia fi car, quem não ia, porque se no jogo contra o Manaus a gente tivesse empatado, nós não teríamos detectado al-gumas falhas. Essas falhas estão sendo corrigidas, até questão de estrutura do clube com os atletas, e com isso a gente vai arrumando a casa, com muito profi ssionalismo, muito trabalho, muita serie-dade. Como o trabalho vem sendo sério e com muito com-prometimento, mais cedo ou mais tarde as vitórias iriam aparecer. E apareceu contra o Borba, onde fi zemos uma grande partida, tivemos uma semana de treino muito boa, de correções e vencemos.

PÓDIO – A vitória em Borba foi uma resposta para quem pensava que o Rio Negro seria o saco de pancada do Barezão?

RA - Até falei que o gigante acordou. O Rio Negro é um gi-gante adormecido, é um clube centenário que merece muito respeito, merece muita moral de quem é amazonense. A partir daquele jogo, fechamos. Sempre com o intuito de fazer grandes jogos, surpreendendo as pessoas que acharam que o Rio Negro seria um saco de pancada, até mesmo os comentaristas e a imprensa. Quando fomos para Borba falaram que o time da casa ia fazer saldo na gente. Ca-ladinhos continuamos traba-lhando e fomos lá buscar os três pontos. Depois fi zemos uma excelente partida con-tra o Princesa, uma equipe que vai brigar pelo título e está disputando várias com-petições. Nós fi zemos uma bela partida diante deles, com sete atletas da base entre os titulares jogando de igual para igual. Isso já foi um prêmio. Mostra que o nosso trabalho com a base vem dando certo e nós não vamos abandonar. Independente dos resultados,

vamos manter. Lógico, algu-mas peças estão chegando para complementar o trabalho até o fi nal da competição.

PÓDIO – Muita gente fi cou surpresa quando você foi confi rmado como técnico do Rio Negro para o Estadu-al. Me fala um pouco sobre a tua trajetória e envolvi-mento com o clube.

RA - Eu comecei no Rio Negro como estagiário na escolinha de futsal. Depois a gente assumiu o cargo de professor ainda como acadê-mico e com isso começamos a colocar o clube em com-petições estaduais de futsal. Então, o futsal e o futebol nós sempre trabalhamos mui-to paralelo. Em 2013, eu fi z um pronunciamento dizendo que eu iria parar com o futsal. Foram dez anos dedicados ao futsal, muitos cursos e muitas viagens, onze títulos estadu-ais, três brasileiros, duas Liga Norte. Resolvi focar somente no futebol.

PÓDIO – E como você começou sua trajetória no futebol de campo?

RA - Em 2013, retornei ao futebol profi ssional pelo Sul América. O Rio Negro não estava na primeira divisão. Fiquei no Sul América e quan-do terminou o campeonato o presidente Thales fez o con-vite para a gente coordenar uma equipe permanente, que seria trabalhada o ano todo com idade de juniores e que em seguida alimentou a base para o profi ssional da Série B, que subiu. Devido a coisas do futebol, o treinador teve que sair, acabei assumindo com muita tranquilidade, sabendo da minha respon-sabilidade em dirigir um clube centenário.

PÓDIO – No futsal você é um cara vencedor, um dos melhores técnicos do Amazonas. Como é migrar para o futebol?

RA - Eu costumo dizer que no futsal eu tenho um conhe-

cimento de nível Brasil, ou até mundial. Meu conhecimento no futsal hoje é muito grande e compartilho isso com várias equipes, quando a gente pode dar uma assessoria, até mes-mo como comentarista de TV. Já no futebol, eu tenho uns 50% do conhecimento que eu tenho no futsal, se for fazer uma comparação. Não nego que no futebol tenho muito que aprender, tenho muito que me qualifi car, mas a respon-sabilidade foi dada a mim e sou muito grato ao presidente, além de me sentir preparado para assumir a equipe do Rio Negro. Cada jogo, cada sema-na de treino é uma novela, é uma sensação, uma expecta-tiva para o jogo seguinte. A gente procura virar a página a cada semana, fi car com as coisas boas e corrigir as ruins. Vendo a evolução do time e ele pontuar, isso já é um prêmio para mim.

PÓDIO – Com ânimo re-novado após duas vitó-rias, o que a torcida pode esperar do Galo da Praça da Saudade até o fi nal do campeonato?

RA - Pode esperar muito comprometimento, vontade, dedicação, profi ssionalismo. Apesar de ser jovem, é uma equipe bastante responsável, que nos primeiros jogos sentiu o peso da camisa, sentiu que o Rio Negro é um time de mas-sa, um time de torcida. Após a vitória de Borba, senti que os meninos tiraram um peso das costas. Eles já estão mais leves. O Ronan já está jogando bem, o Bruno, o Peteca... Eles estão se sentindo como se estivessem no juniores. Não comparando, mas sentido o momento deles. Não tem mais aquela pressão. A torcida já está apoiando e acreditan-do no projeto e eles podem esperar isso: um trabalho sério, profi ssional, com uma comissão técnica de grande respeito. Se continuar nessa crescente, tem jogos em que o Rio Negro vai surpreender muita gente.

Roberley ASSIS

NÃO NEGO que no FUTEBOL tenho muito QUE APRENDER

Como o trabalho vem sendo sério e com muito comprometi-mento, mais cedo ou mais tarde as vitórias iriam aparecer. E apa-receu contra o Borba, onde fizemos uma grande partida

ANDRÉ TOBIASEquipe EM TEMPO

FOTOS: RAIMUNDO VALENTIM

O Rio Negro é um gigan-te adorme-cido, é um clube cen-tenário que merece mui-to respei-to, merece muita moral de quem é amazonense

Técnico do Galo fala de sua primeira experiência como técnico de futebol

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Page 3: Pódio - 29 de março de 2015

E3MANAUS, DOMINGO, 29 DE MARÇO DE 2015

Para manter 100% em casa

Com três vitórias dentro de casa, o Penarol é conhe-cido no Campeonato Ama-zonense como o mandante mais perigo da competição. Seu status vai ser testa-do mais uma vez na tarde deste domingo (29). Dessa vez, o adversário será o Fast. A equipe treinada por Marquinhos Pitter vem de derrota e espera se recu-perar na tabela diante do rolo compressor.

“Precisamos vencer essa partida para continuar na zona de classifi cação do Estadual. A cada dia, nosso time vem se acertando. A derrota na última partida já é passado”, afi rmou Kitó.

Destaque do tricolor na competição, o volante Rober-to Dinamite afi rma que sabe da difi culdade que o Fast enfrentará fora de casa.

“Vai ser um jogo difícil. É um confronto direto. Um jogo de seis pontos. Sabemos que o Penarol é um time qualifi -cado e muito veloz. Eles vão jogar dentro de casa com a sua torcida empurrando. Estamos conscientes da nos-sa obrigação. Não podemos entrar em campo se não for para buscar os três pontos. Essa vitória pode nos colocar, novamente, na liderança da competição”, afi rmou Dina-mite que ainda lembrou que o Fast tomará cuidado com as arrancadas do talentoso Junior Neymar.

PENAROL

Time de Manacapuru enfrenta o Manaus no estádio Carlos Zamith buscando se aproximar das primeiras colocações do Campeonato Amazonense 2015

Princesa quer colar no topo

Buscando se aproximar dos primeiros co-locados do

Barezão, Manaus FC e Princesa do Solimões se enfrentam neste do-

mingo, às 16h no es-tádio Carlos Zamith. A partida é valida

pela sétima rodada do Campeonato Ama-

zonense. Quem vencer o duelo se aproxima dos lideres do Es-tadual e se fi rmam na zona de classifi cação da competição.

Vindo de vitória sobre o Na-cional Borbense, fora de casa, o Manaus FC busca embalar e voltar para a zona de classifi -cação diante do Princesa. Com nove pontos e contando com o meio-campo Célio em ótima fase, a equipe treinada pelo comandante Fabio Luiz vai a campo com o mesmo time da última partida. Outro destaque do é o rápido atacante, Clau-dinei. Para o camisa 11 do Gavião do Norte, o duelo contra o Princesa será difícil, porém,

acredita que o momento pode ajudar a equipe alviverde.

“Estamos evoluindo e nos acertando aos poucos. Sabe-mos que o jogo vai ser difícil, mas a equipe está confi ante. Trabalhamos bem durante a se-mana. Admito que a equipe não conhece muito do Princesa. Fi-zemos um amistoso contra eles, porém, aconteceram mudanças. Vamos buscar informações com amigos de outras equipes. Assim vamos defi nir nossa forma de jogo”, disse Claudinei.

Pelo lado do Tubarão, o técnico Zé Marco também não tem problemas para o duelo. Diante do Manaus FC, o comandante do time de Manacapuru confi rmou que repetirá a escalação que deu certo contra o Penarol. Assim, o atacante Léo Paraíba nova-mente fi cará responsável por comandar o ataque.

“Esperamos fazer um bom jogo. Sabemos que vai ser um jogo difícil, mas esperamos sair de campo com três pontos. Vencer um adversário forte como o Penarol deu ânimo e confi ança para o restante do Estadual”, observou Paraíba.

FICHA TÉCNICA

MANAUS FCTéc.: Fabio Luiz

PRINCESA Téc.: Zé Marco

Local: Uesclei Regison Pereira dos SantosHorário: 16hÁrbitro: Estádio Carlos Zamith

Kemerson Gelvane

Fábio GomesMartony

Jonathan

Célio

Jérson Wanderlan

Claudinei Titton

Jaime ÉmersonGilsonDeurick

Raiscifran

Baé

Leo ParaíbaCanutama

Douglas

Bruno Silva

Amaralzinho

Sandro Goiano

Manaus FC: Jonathan, Kemerson, Martony, Fábio Gomes e Gelvane; Bruno Silva, Wan-

derlan, Jerson e Célio; Claudinei e Titton. Téc: Fabio Luiz.

Princesa: Raiscifran, Emerson, Gilson, Deurick e Jaime; Amaral, Baé, Douglas, Edinho Canutama e Léo Paraíba; Sandro Goiano. Téc:

Zé Marco.

THIAGO FERNANDOEquipe EM TEMPO

Destaque do Tubarão do Norte nesta temporada, atacante Leo Paraíba está confi rmado no time interiorano

DIEGO JANATÃ

Time de Manacapuru enfrenta Carlos Zamith buscando se aproximar das primeiras colocações do Campeonato Amazonense 2015

Princesa quer colar no topo

Buscando se aproximar dos primeiros co-locados do

Barezão, Manaus FC e Princesa do Solimões se enfrentam neste do-

mingo, às 16h no es-tádio Carlos Zamith. A partida é valida

pela sétima rodada do Campeonato Ama-

zonense. Quem vencer o duelo se aproxima dos lideres do Es-tadual e se fi rmam na zona de classifi cação da competição.

Vindo de vitória sobre o Na-cional Borbense, fora de casa, o Manaus FC busca embalar e voltar para a zona de classifi -cação diante do Princesa. Com nove pontos e contando com o meio-campo Célio em ótima fase, a equipe treinada pelo comandante Fabio Luiz vai a campo com o mesmo time da última partida. Outro destaque do é o rápido atacante, Clau-dinei. Para o camisa 11 do Gavião do Norte, o duelo contra o Princesa será difícil, porém,

acredita que o momento pode ajudar a equipe alviverde.

“Estamos evoluindo e nos acertando aos poucos. Sabe-mos que o jogo vai ser difícil, mas a equipe está confi ante. Trabalhamos bem durante a se-mana. Admito que a equipe não conhece muito do Princesa. Fi-zemos um amistoso contra eles, porém, aconteceram mudanças. Vamos buscar informações com amigos de outras equipes. Assim vamos defi nir nossa forma de jogo”, disse Claudinei.

Pelo lado do Tubarão, o técnico Zé Marco também não tem problemas para o duelo. Diante do Manaus FC, o comandante do time de Manacapuru confi rmou que repetirá a escalação que deu certo contra o Penarol. Assim, o atacante Léo Paraíba nova-mente fi cará responsável por comandar o ataque.

“Esperamos fazer um bom jogo. Sabemos que vai ser um jogo difícil, mas esperamos sair de campo com três pontos. Vencer um adversário forte como o Penarol deu ânimo e confi ança para o restante do Estadual”, observou Paraíba.

THIAGO FERNANDOEquipe EM TEMPO

Destaque do Tubarão do Norte nesta temporada,

está confi rmado no time

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Page 4: Pódio - 29 de março de 2015

E4 E5MANAUS, DOMINGO, 29 DE MARÇO DE 2015

Técnico de Piccinini nas Olimpíadas de 1992, em Bar-celona, Aly Almeida enumera alguns fatores pelos quais o Estado não conseguiu reve-lar atletas com condições de disputar novamente os Jogos Olímpicos. “O problema todo não é a falta de atleta nem a falta da estrutura. É a falta de apoio de empresas. Veja, Manaus tem cerca de 500 empresas no Distrito e gran-de parte delas patrocina algo no eixo Rio-São Paulo. As coisas locais essas empresas não fazem”, lamenta.

Escolhido por uma multi-nacional – a Kibon – para desenvolver um projeto olímpico de olho nos Jo-gos de 1992, Aly garantiu o patrocínio por conta do de-sempenho que teve nas pis-cinas junto com seu atleta, Eduardo Piccinini. O apoio bancou tudo o que era ne-cessário para desenvolver um esportista e treinador

de alto rendimento.“Quanto que foi gas-

to comigo para ter esse conhecimento que eu não teria condição de pagar se não fosse o patrocínio de uma multinacional que patrocinou a confedera-ção num ciclo olímpico de quatro anos? Eu não teria condição. Aqui na minha terra eu nunca recebi para ser treinador uma moeda de um centavo”, recorda o atual diretor-presidente da Fundação Vila Olímpica.

De acordo com Aly, falta investimento para que no-vos talentos surjam e des-pontem como esperanças de participação nos maio-res campeonatos do mun-do. “O Estado do Amazonas tem talento, mas nós não temos apoio de nada. Falta montar a estrutura para trabalhar e desenvolver o conhecimento para as pes-soas envolvidas”, aponta.

‘Não temos apoio de nada’, diz Aly

Dono de medalhas de ouro em campeonatos brasileiros e norte-nor-deste, o paratleta Sim-plício Campos, 28, treina diariamente em busca de uma vaga nos Jogos Pa-rapan-Americanos 2015, que será disputado em Toronto, no Canadá. Ví-tima de um acidente de carro que o amputou o braço esquerdo, o servi-dor público encontrou na natação uma forma de

superar seus limites.“A natação me auxiliou

na parte de conhecer no-vas perspectivas de vida, conhecer pessoas que são envolvidas com o movi-mento paralímpico, que é muito forte no Brasil, além de ter criado a possibili-dade de eu me relacionar com pessoas de várias idades, sexo ou gênero, que nos mostram outros princípios e nos fazem crê na vida”, destaca o espe-

cialista na prova dos 100 metros peito.

Simplício treina no Ins-tituto Pedro Nicolas Sena da Silva, que foi criado para apoiar desportistas na modalidade de nata-ção. A entidade leva o nome do jovem nadador amazonense morto por contra de um atropela-mento na cidade de Vitó-ria (ES), onde disputaria o Campeonato Brasileiro Infantil de Natação.

O sonho do paratleta Simplício

Atual presidente da FVO, Aly foi técnico de atleta olímpico

Nadador tem a espe-rança de disputar os jogos Parapan-Ame-ricanos

FOTOS: ALBERTO CÉSAR ARAÚJO

EMANUEL MENDES SIQUEIRADIVULGAÇÃO

Nos Jogos Olím-picos de Barce-lona, em 1992, a natação ama-

zonense viveu o melhor momento de sua história. Treinado por Aly Almeida, Eduardo Piccinini entrou para história ao ser o único nadador local a participar de uma Olimpíada. De lá para cá, o Estado não con-seguiu formar nenhum ou-tro atleta capaz de superar ou até mesmo igualar o feito de 23 anos atrás.

De acordo com o atual presidente da Federação Amazonense de Desportos Aquáticos, Vitor Façanha, mais conhecido como Bo-tinho, não se pode usar o desempenho de Aly e Picci-nini como parâmetro para avaliar o atual momento da natação baré. Ele rechaça a ideia de que a modalida-de está em decadência no Estado e compara as duas eras com cautela.

“Nós não estamos em decadência. Eu poderia dizer isso se nós esti-véssemos sem pódio em (campeonatos) Brasilei-ros. Naquela época eles tinham uma equipe mul-tidisciplinar, onde tinha tudo, além do nadador. Estamos precisando de investimento. Naque-la época eles tiveram e hoje nós não temos”, argumenta Botinho, lem-brando do patrocínio e

apoio recebido por Aly e Piccinini da Kibon.

Outro fator citado por Botinho é o momento de transição pelo qual pas-sa na natação no Amazo-nas. Para ele, essa é uma fase importante dentro de qualquer modalidade esportiva e que também pesa quando o assunto é sequência e resultados. Mesmo assim, o presiden-te da Fada faz questão de exaltar o desempenho dos

atletas locais.“A natação passa por um

momento de duas reno-vações. Em que sentido? Dos atletas e de técni-cos. Então, isso acontece em qualquer esporte, por isso é importante realizar continuamente o trabalho de base. Mesmo assim, temos 12 atletas que vão para Brasileiros. Cerca de cinco vão para pódio. Não fi camos fora de pódio em Brasileiro há mais de 20 anos”, explica o presidente

da Fada.Os caminhos para, quem

sabe, fi gurar novamente na disputa de um Jogos Olímpicos, Botinho sabe. Segundo ele, um dos pano-ramas que devem mudar é a falta de investimento no profi ssional por parte dos clubes e do governo. “Fal-ta incentivo. Um professor ganha cerca de R$ 1.800, como é que ele vai inves-tir na carreira?”, pondera. “Precisa investir. Mandan-do atletas fazer intercâm-bio em outros Estados, assim como os técnicos. Aqui eu sou médico, pai, psicólogo”, continua.

“Paitrocínio”Apesar das difi culdades,

a natação amazonense vem tendo participações satisfatórias a nível nacio-nal, como explicou Botinho. “A natação está sempre viva. Temos cerca de mil nadadores, entre aspiran-tes e graduados. Há cinco anos atrás não chagáva-mos a 500”, conta.

De acordo com ele, a ajuda dos pais também é muito importante. “Esse nível a gente vem conseguindo manter na marra. Muito por conta dos paitrocinadores. O pai paga nutricionista, médico, alimentação, touca, óculos, prancha, corda elástica e tudo que o atleta precisa para ter um bom desempenho nas piscinas”, expõe o presidente da Fada.

Após viver o ápice ao participar dos Jogos Olímpicos de 1992, natação amazonense vive de pódios nacionais e da expectativa de mais apoio

ANDRÉ TOBIASEquipe EM TEMPO

Amazonenses em com-petição nacional de

natação

Falta incentivo. Um professor ga-nha cerca de R$ 1.800, como é

que ele vai inves-tir na carreira?

Vitor Façanha, presidente da Fada

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E4 E5MANAUS, DOMINGO, 29 DE MARÇO DE 2015

Técnico de Piccinini nas Olimpíadas de 1992, em Bar-celona, Aly Almeida enumera alguns fatores pelos quais o Estado não conseguiu reve-lar atletas com condições de disputar novamente os Jogos Olímpicos. “O problema todo não é a falta de atleta nem a falta da estrutura. É a falta de apoio de empresas. Veja, Manaus tem cerca de 500 empresas no Distrito e gran-de parte delas patrocina algo no eixo Rio-São Paulo. As coisas locais essas empresas não fazem”, lamenta.

Escolhido por uma multi-nacional – a Kibon – para desenvolver um projeto olímpico de olho nos Jo-gos de 1992, Aly garantiu o patrocínio por conta do de-sempenho que teve nas pis-cinas junto com seu atleta, Eduardo Piccinini. O apoio bancou tudo o que era ne-cessário para desenvolver um esportista e treinador

de alto rendimento.“Quanto que foi gas-

to comigo para ter esse conhecimento que eu não teria condição de pagar se não fosse o patrocínio de uma multinacional que patrocinou a confedera-ção num ciclo olímpico de quatro anos? Eu não teria condição. Aqui na minha terra eu nunca recebi para ser treinador uma moeda de um centavo”, recorda o atual diretor-presidente da Fundação Vila Olímpica.

De acordo com Aly, falta investimento para que no-vos talentos surjam e des-pontem como esperanças de participação nos maio-res campeonatos do mun-do. “O Estado do Amazonas tem talento, mas nós não temos apoio de nada. Falta montar a estrutura para trabalhar e desenvolver o conhecimento para as pes-soas envolvidas”, aponta.

‘Não temos apoio de nada’, diz Aly

Dono de medalhas de ouro em campeonatos brasileiros e norte-nor-deste, o paratleta Sim-plício Campos, 28, treina diariamente em busca de uma vaga nos Jogos Pa-rapan-Americanos 2015, que será disputado em Toronto, no Canadá. Ví-tima de um acidente de carro que o amputou o braço esquerdo, o servi-dor público encontrou na natação uma forma de

superar seus limites.“A natação me auxiliou

na parte de conhecer no-vas perspectivas de vida, conhecer pessoas que são envolvidas com o movi-mento paralímpico, que é muito forte no Brasil, além de ter criado a possibili-dade de eu me relacionar com pessoas de várias idades, sexo ou gênero, que nos mostram outros princípios e nos fazem crê na vida”, destaca o espe-

cialista na prova dos 100 metros peito.

Simplício treina no Ins-tituto Pedro Nicolas Sena da Silva, que foi criado para apoiar desportistas na modalidade de nata-ção. A entidade leva o nome do jovem nadador amazonense morto por contra de um atropela-mento na cidade de Vitó-ria (ES), onde disputaria o Campeonato Brasileiro Infantil de Natação.

O sonho do paratleta Simplício

Atual presidente da FVO, Aly foi técnico de atleta olímpico

Nadador tem a espe-rança de disputar os jogos Parapan-Ame-ricanos

FOTOS: ALBERTO CÉSAR ARAÚJO

EMANUEL MENDES SIQUEIRADIVULGAÇÃO

Nos Jogos Olím-picos de Barce-lona, em 1992, a natação ama-

zonense viveu o melhor momento de sua história. Treinado por Aly Almeida, Eduardo Piccinini entrou para história ao ser o único nadador local a participar de uma Olimpíada. De lá para cá, o Estado não con-seguiu formar nenhum ou-tro atleta capaz de superar ou até mesmo igualar o feito de 23 anos atrás.

De acordo com o atual presidente da Federação Amazonense de Desportos Aquáticos, Vitor Façanha, mais conhecido como Bo-tinho, não se pode usar o desempenho de Aly e Picci-nini como parâmetro para avaliar o atual momento da natação baré. Ele rechaça a ideia de que a modalida-de está em decadência no Estado e compara as duas eras com cautela.

“Nós não estamos em decadência. Eu poderia dizer isso se nós esti-véssemos sem pódio em (campeonatos) Brasilei-ros. Naquela época eles tinham uma equipe mul-tidisciplinar, onde tinha tudo, além do nadador. Estamos precisando de investimento. Naque-la época eles tiveram e hoje nós não temos”, argumenta Botinho, lem-brando do patrocínio e

apoio recebido por Aly e Piccinini da Kibon.

Outro fator citado por Botinho é o momento de transição pelo qual pas-sa na natação no Amazo-nas. Para ele, essa é uma fase importante dentro de qualquer modalidade esportiva e que também pesa quando o assunto é sequência e resultados. Mesmo assim, o presiden-te da Fada faz questão de exaltar o desempenho dos

atletas locais.“A natação passa por um

momento de duas reno-vações. Em que sentido? Dos atletas e de técni-cos. Então, isso acontece em qualquer esporte, por isso é importante realizar continuamente o trabalho de base. Mesmo assim, temos 12 atletas que vão para Brasileiros. Cerca de cinco vão para pódio. Não fi camos fora de pódio em Brasileiro há mais de 20 anos”, explica o presidente

da Fada.Os caminhos para, quem

sabe, fi gurar novamente na disputa de um Jogos Olímpicos, Botinho sabe. Segundo ele, um dos pano-ramas que devem mudar é a falta de investimento no profi ssional por parte dos clubes e do governo. “Fal-ta incentivo. Um professor ganha cerca de R$ 1.800, como é que ele vai inves-tir na carreira?”, pondera. “Precisa investir. Mandan-do atletas fazer intercâm-bio em outros Estados, assim como os técnicos. Aqui eu sou médico, pai, psicólogo”, continua.

“Paitrocínio”Apesar das difi culdades,

a natação amazonense vem tendo participações satisfatórias a nível nacio-nal, como explicou Botinho. “A natação está sempre viva. Temos cerca de mil nadadores, entre aspiran-tes e graduados. Há cinco anos atrás não chagáva-mos a 500”, conta.

De acordo com ele, a ajuda dos pais também é muito importante. “Esse nível a gente vem conseguindo manter na marra. Muito por conta dos paitrocinadores. O pai paga nutricionista, médico, alimentação, touca, óculos, prancha, corda elástica e tudo que o atleta precisa para ter um bom desempenho nas piscinas”, expõe o presidente da Fada.

Após viver o ápice ao participar dos Jogos Olímpicos de 1992, natação amazonense vive de pódios nacionais e da expectativa de mais apoio

ANDRÉ TOBIASEquipe EM TEMPO

Amazonenses em com-petição nacional de

natação

Falta incentivo. Um professor ga-nha cerca de R$ 1.800, como é

que ele vai inves-tir na carreira?

Vitor Façanha, presidente da Fada

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E6 MANAUS, DOMINGO, 29 DE MARÇO DE 2015

Nova linha de pensamentoPara atrair mais pessoas, a academia Gracie Humaitá aposta na interação da família no esporte

Por muitos anos, as academias de lutas foram vistas com certo desprezo pela

sociedade brasileira. Em de-terminada época, quem pra-ticava uma arte marcial como jiu-jítsu ou luta livre, era con-siderado marginal. Hoje, com a popularização dos esportes e o sucesso de eventos como UFC e Bellator, as pessoas mudaram o modo de ver as modalidades e passaram a buscar sua prática para me-lhorar a saúde e aprender uma forma de defesa.

Na última década, as aca-demias tiveram um boom no Amazonas. Modalidades como muay thai e jiu-jítsu passaram a ser procuradas, tanto por homens quanto por mulheres. Pensando em abranger todos os públicos, o faixa preta de jiu-jítsu André Juliano decidiu abrir a primeira Gracie Humaitá no Estado. A academia fi ca localizada no bairro São Jorge e tem como diferencial a preocupa-ção com a família. Fugindo da regra básica de outras acade-mias de Manaus, a Gracie tem espaço para lutas como muay thay e MMA Fora isso, ainda realizam no local, treinos fun-cionais para quem quiser sair do sedentarismo.

“A academia está funcio-

nando há um mês e está di-vidida em treinos de jiu-jítsu, muay thai, boxe e MMA. Fora isso, ainda temos o treino funcional e a hidroginásti-ca. A recepção está sendo muito boa. As pessoas res-peitam o nome Gracie e isso abre portas. Quem procura a academia sabe da seriedade do local e dos professores”, citou Juliano.

Pensando no bem estar de suas clientes, a Gracie Humai-tá foi pioneira no treinamento específi co para as mulheres. Toda terça e quinta-feira, a academia tem horários exclu-sivos para as meninas. Para Juliano essa iniciativa ajuda a espalhar o esporte pela cidade. O Mestre revelou que muitas praticantes sentiam vergonha de treinar com ho-mens, pois o jiu-jítsu é um esporte de contato.

“Somos pioneiro nessa questão de treinos exclusi-vos para as mulheres. Temos uma turma só para mulheres. Ensinamos defesa pessoal e o jiu-jítsu esportivo. Pra-ticando essas modalidades, elas ganham confi ança e per-dem a timidez. Fora isso, tem a parte da atividade física. Elas buscam isso e estão sempre se movimentando para alcançar os objetivos”, disse o professor que acre-dita que atitudes como essa pode estimular o crescimen-to do esporte no país.

THIAGO FERNANDOEquipe EM TEMPO

Fora as mulheres, a aca-demia Gracie Humaitá também se preocupou em implantar uma nova fi losofi a na turma das crianças. Para o mestre André Juliano, os ensinamentos da academia serão fundamentais para os jovens, não só na hora da prática do esporte, mas du-rante toda vida.

“Temos um trabalho anti-bulliyng. Ensinamos a crian-ça se defender disso. Temos cinco passos que passamos para as crianças. Toda se-mana tocamos nesses pon-tos, até que elas aprendem e passam a adotar no dia a dia. Elas sabem que não po-dem utilizar o que aprender aqui, fora. Isso é legal, por-

que os pais gostam”, afi rmou Juliano.

Sobre a recepção dos pais ao método uti-lizado na academia, o pro-fessor afi rma que está sendo boa e a procura aumenta a cada dia. Para Juliano, o fun-damental é passar para aos jovens a disciplina milenar da arte marcial.

“As crianças gostam de treinar. Nesse período, o mais importante é ensinar disci-plina. Isso deve ser a base para os jovens. Começamos a ensinar cedo para que eles cresçam tendo essa fi losofi a de vida. Respeito o próximo sempre”, fi nalizou Juliano que é faixa preta graduado pelo mestre Paulo Coelho.

Ensinando respeito aos pequenos

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Mulheres se sentem mais à vontade sem

os homens

Cada vez mais mulheres têm pro-curado academias

para aprender artes marciais

Crianças aprendem o respeito ao próximo na academia

lizado na academia, o pro-fessor afi rma que está sendo boa e a procura aumenta a cada dia. Para Juliano, o fun-damental é passar para aos

Ensinando respeito aos pequenos

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E7 MANAUS, DOMINGO, 29 DE MARÇO DE 2015

Brasil enfrenta Chile para manter 100%Seleção pega os chilenos em amistoso disputado no Emirates Stadium, em Londres na Inglaterra

Londres (Inglater-ra) - Após uma vitó-ria convincente sobe a França por 3 a 1 em

Paris, a seleção brasileira volta a campo neste domin-go (29) para encarar o Chile, às 10h (de Manaus) em mais um amistoso internacional. Na partida que será dispu-tada no Emirates Staduam, a esquadra canarinha co-locará em jogo sua inven-

cibilidade na nova era do técnico Dunga à

fren-

te da amarelinha. Fazendo testes para defi -

nir a lista fi nal dos convoca-dos para a disputa da Copa América este ano, Dunga dará folga a alguns atle-tas que jogaram contra a França. A tendência é de um time misto para encarar a seleção chilena, que foi rival do Brasil nas oitavas de fi nal da Copa do Mundo.

O técnico brasileiro não adiantou quem começará jogando e nem se mudará o sistema tático. “Não va-mos trocar os 11, vamos

manter a base, mas teremos que mudar por isso e pelas características dos jogado-res do Chile”, disse.

O técnico ainda aprovei-tou para fazer um alerta a quem vai jogar contra o Chile: “quem entrar vai ter que entrar com a respon-sabilidade de ganhar. Tem que saber jogar com essa

pressão e equili-brar prazer com

p r e s s ã o ” , concluiu.

O adver-sário do Brasil vem

de der-

rota para o Irã por 2 a 0, mas o técnico Jorge Sam-paoli mandou à campo no meio da semana somente os reservas. O ex-gremista Eduardo Vargas jogou, mas não conseguiu ajudar sua seleção a triunfar.

Duelo particularO jogo, além de ser um

clássico mundial, coloca frente a frente dois dos principais jogadores em ati-vidade no futebol europeu: Neymar e Alexis Sanchez.

“Alexis pode ser um ma-tador cara a cara com o gol e um pesadelo para

os zagueiros, mas Neymar também está indo muito bem, é habilidoso e pode fazer a diferença para o Brasil em apenas um ata-que”, afi rmou o ex-jogador da seleção brasileira e do Gilberto Silva.

Com a incrível marca de 46 gols em 60 jogos pela seleção brasileira, Neymar é hoje o quinto maior go-leador da seleção e já se aproxima dos três maiores artilheiros do Brasil. Os nú-meros são tão promissores que o ex-jogador Romá-rio acredita que em pou-co tempo Neymar u l -

trapassará a marca de Pelé, que em sua carreira marcou 77 gols com a camisa do Brasil.

Alexis, por suavez, já se igualou a Marcelo Salas, com a marca de 11 gols pelo Chile. Com 26 anos, o atacante tem tudo para se tornar o maior goleador da seleção chilena.

“Será muito bom ver os dois se enfrentando. Os dois são jogadores de muito ta-lento e será uma oportuni-dade única vê-los jogando”, disse o ex-jogador do Arse-nal e da seleção Edu.

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Seleções se enfrentam pela

primeira vez após a Copa do Mundo, quando duelaram pelas oitavas de fi nal

Vasco e Botafogo fazem clássicoRio de Janeiro (RJ) – Com

29 pontos somados no Cam-peonato Carioca, Vasco e Bo-tafogo se enfrentam neste do-mingo (29), às 15h (de Manaus) para saber quem se mantém na ponta da tabela de classi-fi cação da competição.

Ambas as equipes vêm de jo-gos difíceis no meio da semana. O Vasco venceu no sufoco o Boa Vista por 2 a 1 de virada e gol de pênalti aos 46 minutos do segundo tempo, já o Glorioso vem de empate com o modesto Barra Mansa por 1 a 1.

Para enfrentar o Botafogo, o técnico Cruz-Maltino Doriva deve utilizar a formação que enfrentou o Flamengo, mas sem Dagoberto, que sofreu

uma pancada no tornozelo e fi cará fora de três a quatro semanas. Martín Silva perma-nece com a seleção do Uruguai, e Jordi fará seu segundo jogo seguido. Além dele, completam o time: Madson, Rodrigo, Luan e Christiano, Serginho, Guiñazu, Julio dos Santos e Jhon Cley; Bernardo e Gilberto.

O entrosamento da equipe e o ritmo de jogo mais apurado em todas as partidas do ano fazem a diferença na escala-ção, explicou o treinador do Vasco. Mais uma vez Marcinho segue fora da equipe. Será a quarta partida consecutiva que o antigo camisa 10 fi ca de fora até do banco de reservas. Nesta tarde, ele fez circuito físico no

campo de São Januário.“Todos vão voltar à equipe

titular, até porque temos que ser criteriosos. Eu sempre uso esse mesmo critério. Foi por lesão ou por cartão que fi ca-ram de fora. Mas estão vol-tando. Jogam com frequência, estão em um bom ritmo. Per-demos esses jogadores para esse jogo do meio da semana, mas com certeza contarei com eles para esse jogo contra o Botafogo”, disse Doriva.

BotafogoO técnico René Simões tem

problemas para escalar o time titular do Botafogo para o clás-sico. Diego Jardel e Rodrigo Pimpão, ambos com problemas

musculares ainda não têm pre-sença garantida.

Fora os problemas físicos, René Simões não poderá contar com Marcelo Mattos e Fernandes, suspensos. An-dreazzi e Diérson disputam uma vaga de volante ao lado de Willian Arão.

A boa noticia é que o late-ral-direito Luis Ricardo, recu-perado de uma lesão na coxa direita, treinou e pode ajudar os companheiros.

Antes do treino da última sexta-feira, dirigentes do clu-be fi zeram uma reunião com os jogadores. A conversa teve como motivo acabar de uma vez por todas com um possível clima ruim no elenco. Meia Bernardo atuará no ataque do Vasco ao lado de Gilberto

FRAM

E NO MARACANÃ

um amistoso internacional. Na partida que será dispu-tada no Emirates Staduam, a esquadra canarinha co-locará em jogo sua inven-

cibilidade na nova era do técnico Dunga à

fren-

França. A tendência é de um time misto para encarar a seleção chilena, que foi rival do Brasil nas oitavas de fi nal da Copa do Mundo.

O técnico brasileiro não adiantou quem começará jogando e nem se mudará o sistema tático. “Não va-mos trocar os 11, vamos

Chile: “quem entrar vai ter que entrar com a respon-sabilidade de ganhar. Tem que saber jogar com essa

pressão e equili-brar prazer com

p r e s s ã o ” , concluiu.

O adver-sário do Brasil vem

de der-

seleção a triunfar.

Duelo particularO jogo, além de ser um

clássico mundial, coloca frente a frente dois dos principais jogadores em ati-vidade no futebol europeu: Neymar e Alexis Sanchez.

“Alexis pode ser um ma-tador cara a cara com o gol e um pesadelo para

Com a incrível marca de 46 gols em 60 jogos pela seleção brasileira, Neymar é hoje o quinto maior go-leador da seleção e já se aproxima dos três maiores artilheiros do Brasil. Os nú-meros são tão promissores que o ex-jogador Romá-rio acredita que em pou-co tempo Neymar u l -

pelo Chile. Com 26 anos, o atacante tem tudo para se tornar o maior goleador da seleção chilena.

“Será muito bom ver os dois se enfrentando. Os dois são jogadores de muito ta-lento e será uma oportuni-dade única vê-los jogando”, disse o ex-jogador do Arse-nal e da seleção Edu.

o sistema tático. “Não va-mos trocar os 11, vamos

Seleções se enfrentam pela

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Page 8: Pódio - 29 de março de 2015

E8 MANAUS, DOMINGO, 29 DE MARÇO DE 2015

Alonso é a novidade no Grande Prêmio da MalásiaApós fi car fora do primeiro grid do ano na Austrália, piloto espanhol volta às pistas neste domingo para pilotar sua McLaren

Sepang (Malásia) - A temporada do Mun-dial de Fórmula 1 começou da mesma

maneira que terminou em 2014. As Mercedes dominan-do e Lewis Hamilton no lugar mais alto do pódio. As grandes novidades foram as trocas nas equipes e a chegada de mais um brasileiro na competição (Felipe Nasr). Uma das novi-dades foi a volta de Fernando Alonso à McLaren. No entanto, o primeiro GP do ano não teve o espanhol no grid de largada, já que ainda se recuperava de uma batida sofrida durante os treinamentos de pré-tempo-rada em Barcelona, no mês de fevereiro.

Neste domingo (29), às 3h (de Manaus) os motores vão roncar no circuito de Se-pang, na Malásia e o piloto espanhol, que é bicampeão de Fórmula 1, retorna ao co-ckpit da escudeira britânica. A McLaren por sinal voltou a ter motores Honda e ainda não conseguiu uma boa po-tencia em 2015. Na primeira corrida do ano, o experiente Jeason Button chegou em último lugar.

Fernando Alonso, no en-tanto, admitiu que ainda não

está 100% fi sicamente. “Eu me senti super bem no carro hoje. Depois de treinar na academia e no simulador, voltar ao carro é sempre diferente, então me diverti bastante guiando hoje. As condições aqui na Malásia são extremas e como não estou 100% fi sicamente, pois passei duas semanas

no sofá, não foi fácil”, disse após os treinos classifi cató-rios na sexta-feira (27).

BrasileirosQuarto colocado no GP da

Austrália, Felipe Massa afi r-mou, durante a semana, que a principal briga da Williams não é tentar chegar na Merce-des e sim ser superior à Fer-rari, do tricampeão mundial

Sebastian Vettel. Segundo ele, o time italiano foi me-lhor que o seu em Melbour-ne, mesmo fi cando atrás na classifi cação fi nal.

“Na Austrália a Ferrari es-tava com um ritmo muito melhor que a gente, mas conseguimos nos recupe-rar na classifi cação, en-tão temos que trabalhar”,disse o brasileiro.

Já Felipe Nasr vem com o peso de ter sido o quinto colocado na última corrida, o que lhe garantiu a melhor estreia de um canarinho na principal categoria do auto-mobilismo. O brasiliense, em entrevista antes dos treinos classifi catórios, destacou o potencial da Sauber e avaliou que este é o momento para a equipe aproveitar a falta de confi abilidade dos carros dos concorrentes para somar mais pontos nas primeiras provas da temporada.

“Eu acho que nós preci-samos tirar o lucro dessas primeiras corridas para maxi-mizar nosso potencial e apro-veitar as oportunidades. Eu acho que ainda há equipes lutando para terminar as cor-ridas, e precisamos usar isso como uma vantagem para nós”, disse Nasr.

RETORNOAusente do GP da Austrália por problema nas costas, Valtteri Bottas teve a partici-pação no GP da Malá-sia deste fi m de sema-na liberada pela FIA. No entanto, o fi nlandês ainda não está 100%

Carros da Mercedes dão mostras que vão continuar bem acima dos concorrentes neste ano

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