pódio - 13 de março de 2016

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Pódio [email protected] 3090-1075 E1 MANAUS, DOMINGO, 13 DE MARÇO DE 2016 ESTÁDIO Zamithão já tem história para contar Pódio E7 DIVULGAÇÃO Cadê o público? Público nos jogos do Nacional neste início de ano tem sido bem abaixo do esperado, e direção do clube teve prejuízos nos amistosos realizados. Pódio E5 ARQUIVO EM TEMPO

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Pódio - Caderno de esportes do jornal Amazonas EM TEMPO

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[email protected]

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MANAUS, DOMINGO, 13 DE MARÇO DE 2016

ESTÁDIO

Zamithão já tem história para contar

Pódio E7

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AÇÃO

Cadê o

público?Público nos jogos do Nacional neste início de ano tem sido bem abaixo do esperado, e direção do clube teve prejuízos nos amistosos realizados. Pódio E5

ARQUIVO EM TEMPO

público?Público nos jogos do Nacional

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MANAUS, DOMINGO, 13 DE MARÇO DE 2016E3PódioPódio E3Pódio

Willian D’Ângelo

Colunista do pódio

Onofre Aluísio Batista, o Tiquinho, ex-atacante com passagens por equipes como Botafogo-RJ, Ceará, Ferrovi-ária de Araraquar- SP e Rio Negro, nasceu no Rio de Ja-neiro (RJ) no dia 7 de janeiro de 1956. Filho de Sabará, ex-ponta-direita do Vasco nos anos 1950, Tiquinho, apesar do início promissor no Bota-fogo, consagrou-se mesmo foi no Ceará, imortalizado pelo gol do tetracampeonato es-tadual em 1978.

Entre 1975 e 1976, o atleta teve uma rápida passagem pela seleção Brasileira, jogan-do ao lado de jogadores como o goleiro Carlos, Rosemiro, Cláudio Adão, Alberto Legue-lé, Batista e Edinho. Foram quatro jogos com a camisa canarinho (três vitórias e um empate) e um gol marcado (no dia 14 de outubro de 1975, quando o Brasil bateu a Costa Rica por 3 a 1 em partida válida pelo Pan-americano do Méxi-co). Tiquinho conquistou com a camisa amarela a medalha de ouro do Pan-Americano de 1975 e o título Pré-Olím-pico de 1976, quando atuou em duas partidas, frente o Uruguai e Argentina.

Os Jogos Pan-Americanos de 1975 ofi cialmente seriam realizados na cidade de San-tiago, capital do Chile. As obras vinham sendo feitas, mais o

Tiquinho foi campeão na dupla [email protected]

Túnel do tempo

Entre 1975 e 1976, o atleta teve uma rápi-da passagem pela seleção brasileira, jogando ao lado de joga-dores como o goleiro Carlos, Rosemiro, Cláudio Adão, Alberto Legue-lé, Batista e Edinho. Foram quatro jogos com a camisa canarinho (três vitórias e um empate) e um gol marcado (no dia 14 de outubro de 1975) quando o Brasil bateu a Costa Rica por 3 a 1

golpe militar de 1973, que colo-cou Augusto Pinochet no poder e destituiu o então presidente Salvador Allende do cargo es-tremeceu. Isso comprometeu a realização do Pan, e no mesmo ano, Santiago do evento.

San Juan, capital de Porto Rico, seria a sede indica-da, mais preferiu sediar o Pan seguinte, em 1979. Foi quando a competição acon-teceu no México, que vinha se consolidando “capital

mundial dos esportes”.No dia 20 de dezembro de

1978, no estádio do Castelão, foi dele o gol da vitória por 1 a 0 do Ceará frente ao arquir-rival, Fortaleza, aos 45 minu-tos do segundo tempo e que garantiu, à equipe alvinegra, o tetracampeonato estadual. O ex-jogador foi campeão tam-bém pelo Ríver (PI) em 1989.

Tiquinho foi ídolo no Ceará Sporting Clube e teve uma carreira cigana. Em 1982 che-

gou ao futebol amazonen-se para ser campeão pelo o Atlético Rio Negro Clube, em uma competição que contou também com Nacional, Sul América, América, Penarol, Fast e Libermorro. O técnico do Galo da Praça da Saudade era Ivan Gradim.

O atacante também foi cam-peão pelo Nacional em 1985, jogando ao lado de jogadores como Beto, Artur, Oberdã, Ma-rinho Macapá, Murica, Paulo

Galvão, Hidalgo, Luís Florên-cio, Sérgio Duarte, Camarão, Tojal, Raulino, Celani e Tita.

Vencido pelo vício da bebi-da, o ex-jogador morreu aos 53 anos, no dia 15 de junho de 2009, de falência múltipla dos órgãos, em decorrência de cirrose, hepatite e hiper-tensão. Tiquinho ganhou este apelido das enfermeiras que trabalharam em seu parto, pois nasceu de sete meses e era muito pequeno.

Tiquinho (quinto da esquerda para direita) com seleção brasileira que participou dos Jogos Pan-Americanos de 1975, na Cidade do México

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MANAUS, DOMINGO, 13 DE MARÇO DE 2016E4 PódioPódioO atletismo brasileiro na história das OlimpíadasJá que os Jogos Olímpicos do Rio estão chegando, saiba mais sobre uma das modalidades favoritas dos brasileiros

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AÇÃO

Joaquim Cruz conquista a medalha de ouro na prova dos 800 metros livres, nos jogos de Los Angeles, em 1984

Rio de Janeiro (RJ) - O atletismo pode ser considerado uma das modalidades esporti-

vas mais antigas do mundo. Registros apontam que os gre-gos já praticavam esse esporte por volta do século 14 a.C. As corridas eram praticadas em encontros esporádicos, que mais para frente originaram os Jogos Olímpicos.

Dentro do atletismo são dis-putadas as provas de corrida, lançamento e salto. As mais famosas são as de corrida. É nessa categoria que acontece a disputa do homem mais rápido do mundo, nos 100 metros rasos. Quase todas as provas de atletismo, exceto a maratona, são disputadas em estádio e a modalidade faz parte dos Jogos Olímpicos desde a era moderna.

A corrida, que também po-dem ser chamada de prova de pista, divide-se em curta distância (100, 200 e 400 me-tros), média distância (800, 1,5 mil e 3 mil metros) e longa distância (cinco mil me-tros, 10 mil metros e 42,195 quilômetros). Há também as corridas com barreiras e obstáculos, além da marcha atlética e dos revezamentos.

Todas essas provas são re-

alizadas na pista de atletismo dentro do estádio. Ela contém oito raias, cada uma com um metro e 25 centímetros de largura. No formato oval, a pista tem 400 metros de comprimento.

Brasil na OlimpíadaO Brasil participa dos Jogos

Olímpicos desde 1920. Du-rante todos os anos de partici-pação as primeiras medalhas brasileiras no atletismo fo-ram conquistadas nos Jogos Olímpicos de Helsinque (FIN), em 1952. Adhemar Ferreira da Silva recebeu o ouro no salto triplo masculino e José Telles Conceição o bronze, no salto em altura.

Nas olimpíadas de 1956, em Melbourne (AUS), Adhemar

conquistou novamente o ouro. Sua medalha foi a única do Brasil no evento. Já em 1968 foi a vez de Nelson Prudêncio levar a prata no salto triplo. Em Munique (ALE) no ano de 1972, ele também fi cou com o bronze. Com o passar dos anos o Brasil mostrou que dentro do atletismo a modalidade mais forte era o salto triplo. João do Pulo garantiu o bronze da mo-dalidade em 1976 e em 1980.

Depois de longos anos sem o tão sonhado ouro no atletis-mo, Joaquim Cruz fi nalmente conquistou a primeira redonda dourada nos 800 metros rasos das Olimpíadas de Los Angeles, em 1984. Na outra Olimpíada, em 1988, ele foi prata.

Já em 1996, em Atlanta (EUA), o Brasil foi bronze no revezamento 4x100 metros com André Domingos, Arnal-do Oliveira, Edson Luciano e Robson Caetano. Os meninos brasileiros evoluíram e leva-ram a prata em 2000, mas com outros dois novos inte-grantes: Claudinei Quirino e Vicente Lenilson.

Em Atenas 2004 Vanderlei Cordeiro de Lima conquistou o bronze na Maratona, além da Medalha Barão Pierre de Coubertin, após o incidente envolvendo um padre irlandês.

OURO EM 2008

A história de sucesso do Brasil no atletis-mo olímpico foi abri-lhantada na edição de 2008, em Pequim, na China, quando a paulista Maurren Maggi conquistou a medalha de ouro no salto em distância

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Com uma torcida exigente e que gosta de ver futebol de qualidade, o público do futebol amazonense

continua ausente dos estádios. Uma análise baseada em bor-derôs cedidos pela Federação Amazonense de Futebol (FAF) indica que o Nacional já chegou a ter prejuízo de mais de R$ 50 mil reais em um jogo, devido à baixa venda de ingressos. O PÓ-DIO ouviu dirigentes de clubes e uma torcedora sobre o assunto. O time feminino do Iranduba, que vem ganhando a con-fi ança do torcedor, apresenta números estáveis.

Para o coordenador de base do Nacional, James Furtado, vários fatores contribuem nos números. “Em grande parte se deve ao período que ainda é de início de temporada. Outra é que o torcedor também não tem rivalidade pelos outros clubes.

O que atrai o público é um bom espetáculo, boas equipes. Então o torcedor está desconfi ado. O Nacional tem ganhado de 1 a 0, de 2, mas o torcedor quer ver goleada. Também, hoje em dia, não temos mais ídolos no futebol local. O torcedor não sabe a escalação do seu time”, avalia.

O amistoso entre Nacional e Genus-RO do dia 21 de fevereiro teve um público pagante de 375 pessoas na Arena da Amazônia. O faturamento de R$ 4.560 não cobriu as despesas de R$ 32.206 com o jogo, deixando um défi cit de R$ 28.786 nas contas do Leão.

James avaliou que os preços altos dos ingressos nos últimos jogos do Naça não infl uenciam no público. “Estamos em crise fi nanceira, então precisa ter ar-recadação. Aquele pessoal que gosta realmente de futebol não vai ligar para preço. Se colocar R$ 10 ele vai para o jogo, se colocar R$ 20 ele vai, se colocar

um quilo de alimento ele vai. Até se trouxer equipes de grande marca, do Nordeste, do Sul, para jogar em Manaus, pode colocar até de R$ 30 que ele vai. Então esses preços não infl uenciam na presença do público”, afi rma.

No dia 14 de fevereiro o Na-cional enfrentou o Remo, do Pará, e conseguiu levar 4.757 pagantes à arena, faturando R$ 49.440 com a venda de ingressos. Porém, as despesas alcançaram o número de R$ 104.035, o que deixou prejuízo de R$ 54.595.

Para a torcedora fanática do Nacional Jéssica Diely, o torcedor merece melhores preços nos ingressos e os clubes têm que investir mais em marketing e divulgação dos jogos para atrair o torcedor. “Vejo que o Iranduba está em competições ofi ciais, enquanto que o Nacional só tem jogado amistosos. Então são cenários diferentes. Nos jo-gos do Iranduba, vão torcedores

de outros clubes locais para prestigiar. Enquanto que pelo Nacional, apesar de serem amis-toso, os preços dos ingressos estão caros, e a torcida reclama. Acredito que isso infl uencie, sim, na presença dos torcedores. No jogo contra o Remo eles pediram R$ 40 e com muita pressão da torcida baixaram para R$ 30. A diretoria não pensa no torcedor, acaba pensando só no lucro”, diz Jéssica.

E esse tão sonhado lucro veio somente em um dos seis jogos amistosos de pré-temporada do Leão da Vila Municipal. O con-fronto contra o São Raimundo do Pará rendeu um saldo de R$ 8.194. A arrecadação de R$ 13.800 veio dos 1025 ingres-sos vendidos no estádio Carlos Zamith no dia 21 de janeiro. A despesa foi de R$ 5.606.

A FAF cedeu apenas três borderôs dos seis amistosos disputados pelo Nacional na pré-temporada.

JOANDRES XAVIER Levando em conside-ração o padrão baixo de público do futebol amazo-nense e o fato de ser um time feminino, o número de torcedores que prestigiam o Iranduba é acima da mé-dia, tanto que o clube não teve prejuízos com os jogos neste início de ano.

No dia 27 de janeiro, o Hulk da Amazônia levou ao estádio Ismael Benigno, contra o Santos-SP, pelo Campeonato Brasileiro Fe-minino, 849 torcedores pa-gantes, faturando R$ 7.490 em ingressos. As despesas somaram R$ 5.524. O lucro fi nal foi de R$ 1.965.

O chefe de gabinete do clube, Alicelmo Santos, acredita que a contratação de jogadores de renome e as boas apresentações em campo foram funda-mentais para a direção não ter prejuízos.

“Aconteceu uma integra-ção entre município e clube, coisa que não tinha antes. Com isso, brotou um senti-mento de patriotismo sobre o (futebol) feminino, o que também melhorou o nú-mero de público”, destaca.

Contra Portuguesa-SP, também pelo Brasileirão, o púbico pagante foi de 611 pessoas e o faturamento R$ 4.830. As despesas soma-ram R$ 4.998, deixando um pequeno défi cit de R$ 168.

“Nesses últimos jo-gos tivemos gastos com transportes e estadia das jogadoras adversárias. Lu-cro não tem, mas fi camos no limite. Em breve, como o Iranduba feminino está virando atração nacional, tenho certeza que vai ter fa-turamento para fazer caixa. Quando o time apresenta qualidade o público corres-ponde”, disse.

Iranduba consegue se manter

Clássico com Remo na arena teve público bem abaixo do esperado

DIEGO JANATÃ

Ausência da torcida ‘castiga’ fi nanças do

NacionalAmistosos de pré-temporada dão prejuízo para o clube. Já no Iranduba, caixa está equilibrado

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Carlos Zamith, Pesquisador e historiador, Carlos Zamith foi testemunha ocular de momentos importantes e históricos no esporte local. Hoje, seu nome está eternizado na fachada do estádio da Zona Leste

amante do futebol amazonense

A ele foi dado o nome de um dos maiores (se-não o maior) jornalis-tas, cronistas, contistas,

poetas e escritores do futebol amazonense. Apesar da pouca idade, nele já treinaram grandes equipes do futebol brasileiro. Ficará eternizado, porém, por um momento histórico para os torcedores do Fast. Em 30 de outubro de 2015, o “Rolo Com-pressor” saiu da fi la e voltou a conquistar um título de futebol profi ssional, algo que não acon-tecia há 44 anos.

Os fatos narrados acima são algumas das histórias passadas no estádio Carlos Zamith, o “Za-mithão”. Inaugurado em 24 de maio de 2014, o complexo foi construído às margens de uma

das principais vias de acesso à Zona Leste - alameda Cosme Ferreira - para receber sele-ções durante a Copa do Mundo daquele mesmo ano, algo que sequer chegou a acontecer.

De Campo Ofi cial de Treina-mento (COT) durante o Mundial, se tornou um dos principais pal-cos do futebol baré, receben-do partidas das duas divisões do Campeonato Amazonense e da Copa Amazonas, além de servir de CT para grandes equipes do futebol brasileiro que vêm a Manaus, como é o caso do Flamengo.

É estádio na concepção da palavra. Com apenas dois “lan-ces” de arquibancada, ambas paralelas às linhas laterais, o “Zamithão” está longe de ter características de arena, aque-las que tentam transformar o

torcedor brasileiro em meros espectadores de um espetáculo.

Sem a mesma pompa de ou-tros estádios, sua inauguração aconteceu em 24 de maio de 2014, de forma discreta, e teve apenas o “pontapé” do gover-nador, José Melo. Já no dia 6 de julho de 2014, foi disputada a primeira partida, entre os ju-niores de Manaus FC e Manaus EC. Quem se deu melhor foi o Manaus FC, também conhecido como “Gavião do Norte”, que venceu por 2 a 1 e entrou para a história pelo fato de ter o primeiro jogador a marcar gol no “Zamithão”. Huendel Alves foi o autor da façanha. Ele guarda na memória, com carinho, o momento em que balançou as redes do local.

“Meu companheiro foi à linha de fundo e cruzou para mim. Eu

consegui completar de cabeça e fazer o primeiro gol do estádio. Antes do jogo, no ônibus, eu estava confi ante que iria fazer esse gol, falei até para os meus companheiros. Foi uma alegria poder fazer o primeiro gol do estádio que foi um dos centros de treinamento para Copa do Mundo. Fiquei muito feliz”, conta Huendel, que naquele mesmo jogo acabou sendo expulso.

Fim do jejumCom passagens por grandes

palcos do futebol europeu, quan-do defendeu o Rabotnicki, da Macedônia, o volante Roberto Dinamite fala com propriedade do “Zamithão”. Para ele, o local é bem localizado, familiar e o

principal para um jogador de futebol: tem ótimo gramado, o que permite a apresentação de um bom espetáculo.

“Ele não é bom somente para os atletas, mas para os torce-dores também. Ele apresenta excelentes vestiários, é bem aconchegante. A estrutura, em si, comporta o que se pede para ser apresentado um bom futebol. Quem ganha com isso é o jogador, que pode mostrar um bom trabalho, um bom es-petáculo num ótimo gramado e o torcedor”, explica Dinamite.

A relação do volante com o “Zamithão”, aliás, fi cou ainda mais estreita em outubro de 2015. Com a camisa do Fast e a braçadeira de capitão, ele foi

o responsável, junto com seus companheiros, por conquistar o primeiro título de futebol pro-fi ssional dentro do estádio e, após 44 anos, colocar o Rolo Compressor no lugar mais alto do Pódio, com a conquista da Copa Amazonas.

“Eu, como capitão, tive a hon-rar de tirar o Fast dessa ‘fi la’ depois de 44 anos sem título. Acho que por onde você passar, precisa entrar na história de al-guma forma, e eu entrei por um lado bom. Ofi cialmente, o Fast foi o primeiro clube a levantar um troféu dentro do Carlos Za-mith. Fico muito feliz e honrado por esse acontecimento, de ter entrado na história do estádio e do clube”, afi rma o atleta.

Nascido em Manaus, em 20 de fevereiro de 1926, o jornalista Carlos Zamith se tornou referência quando o assunto era o passado do futebol amazonense. Pes-quisador e historiador, ele foi testemunha ocular de momentos importantes e históricos no esporte local. Hoje, seu nome está eterni-zado na fachada do estádio da Zona Leste. O contador de histórias entrou para a história.

Responsável pelo acer-vo do pai, Carlyle Zamith lembra quando foi avisado de que um dos COTs da Copa do Mundo receberia o nome de Carlos Zamith.

“Foi emocionante. A fa-mília toda foi pega de sur-presa. Minha mãe chorou, nós choramos, porque o estádio Carlos Zamith vai eternizar o nome dele, o legado que ele deixou para essa terra, que é a história do futebol, que não pode ser, de forma alguma, es-quecida”, enaltece Carlyle.

O fi lho lembra do tempo em que o pai se ausentava de casa e passava horas nas bibliotecas pesquisan-do em publicações antigas tudo sobre o futebol ama-zonense.

“A estreia do estádio, na verdade, aconteceu no dia do enterro dele, que foi quando soubemos que o nome do estádio seria Car-los Zamith. Foi comovente. É uma honra a gente ter um estádio simbolizando a vida e a história do meu pai”, pontua o herdeiro do acervo futebolístico mais rico do Amazonas.

Homenagem ao historiador do futebol

Orgulho e grati-dão são senti-mentos comuns aos familiares de Carlos Zamith

Zamith escreveu seu nome na história do Amazonas ao documentar as proezas do futebol baré

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São Paulo e Palmeiras se enfrentam no PacaembuClássico Choque-Rei movimenta a 9ª rodada do Campeonato Paulista. Duelo será disputado às 10h (de Manaus)

FOTOS: MARCELO D. SANTS/FRAME

Goleiros Dênis e Fernando Prass serão alguns dos protagonistas do clássico paulista no Pacaembu

São Paulo (SP) – Por conta dos protestos contra a presidente Dilma Roussef (PT)

programados para tarde des-te domingo (13), o clássico entre São Paulo e Palmeiras, pela 9º rodada do Campeonato Paulista será às 10h (de Ma-naus), no estádio do Pacaem-bu. O horário não é nenhuma novidade para os times, que experimentaram a sensação de jogar partidas profi ssionais no turno matutino no Campeo-nato Brasileiro do ano passado.

O duelo é uma oportunidade de dar a volta por cima por ambos os clubes. Enquanto o Alviverde vem de derrota pela Libertadores, que culminou com a demissão do técnico Marcelo Oliveira, o São Paulo, mesmo empatando fora de casa com o River Plate pelo torneio continental, vive sob o jugo da desconfi ança de sua torcida. Um clássico, em um momento como este é uma oportunidade de dar a volta por cima e ganhar moral.

Técnico interino enquan-to o Palmeiras não defi ne o substituto de Marcelo Oliveira, Alberto Valentim apostou em treinos fechados durante a semana para escalar o time que vai para o clássico. Se o auxiliar mantiver o que faz quando tem chances de co-mandar a equipe, a formação

sofrerá alterações.Valentim já teve três passa-

gens como treinador interino do Verdão, e sempre mexeu em peças dos seus anteces-sores. O lateral direito Lucas não vem rendendo e uma possibilidade é a entrada do volante Arouca no meio-cam-po, transformando Jean em lateral. Na armação, Robinho, que também está deixando a desejar, pode ceder sua vaga

para o argentino Allione.Com essas possibilidades,

a escalação palmeirense no Choque-Rei tende a ser: Fer-nando Prass, Lucas (Arouca), Thiago Martins (Roger Carva-lho), Vitor Hugo, Zé Roberto, Thiago Santos, Jean, Robinho (Allione), Dudu, Gabriel Jesus e Cristaldo (Rafael Marques).

São Paulo com time mistoO desgaste acumulado pe-

los jogadores são-paulinos depois do empate por 1 a 1 contra o River Plate, na quinta-feira (10), no Monumental de Núñez, fez o técnico Edgardo Bauza confi rmar a presença de um time reserva no clássico. O Choque-Rei é a chance que o Tricolor tem nas mãos para recuperar a liderança do Grupo C do Paulistão e fazer as pazes com a torcida.

Entre os relacionados deve constar o nome do atacante Calleri, que recebeu o terceiro cartão amarelo diante do River e terá de cumprir suspensão automática no jogo da pró-xima quarta-feira, contra o Trujillanos, na Venezuela. Caso o argentino não se recupere a tempo de ir a campo, Bauza optará pela escalação do ex-palmeirense Alan Kardec no comando do ataque.

Outro que possivelmente es-tará em campo é Denis, cuja recuperação física é mais rápi-da do que a apresentada pelos jogadores de linha. Presença confi rmada no time é a de Ro-drigo Caio. O zagueiro, titular em quase toda a temporada, foi poupado por Bauza no due-lo contra o River Plate. Além de ter priorizado a experiência da dupla Lugano e Maicon, o Patón disse que tomou a de-cisão pensando na sequência de jogos importantes que o defensor terá pela frente.

NO RIO

Rio de Janeiro (RJ) - O Flumi-nense não deu sorte na ordem da tabela da Taça Guanabara, segunda fase do Campeonato Carioca. Isso porque vai pegar logo dois clássicos nas duas primeiras rodadas, sem contar que no dia 23 de março já tem a semifi nal da Primeira Liga contra o Internacional. Apesar da sequência que promete ser das mais complicadas, o Trico-lor evita pensar muito longe e garante que o foco está todo no duelo deste domingo (13), às 17h30 (de Manaus), diante do Botafogo, no Estádio Raulino de Oliveira, em Volta Redonda (RJ).

“O Fluminense avançou na Primeira Liga e vai jogar as semifi nais. Porém, o importan-te agora é virarmos a chave e nos concentrarmos na par-tida contra o Botafogo, pois é um clássico e precisamos do resultado positivo. A Taça

Guanabara é uma competição de tiro curto e qualquer trope-ço pode ter um preço muito alto. Portanto, o momento é de trabalharmos muito para ga-nharmos”, afi rmou o zagueiro Renato Chaves.

O zagueiro Henrique e o volante Pierre, advertidos com o terceiro cartão amarelo na vitória de 1 a 0 sobre o Amé-rica, cumprem suspensão e fi cam de fora. O meia Diego Souza e os atacantes Marcos Junior e Magno Alves serão analisados pelo departamento médico, que já vetou o arti-lheiro Fred. No entanto, o trio ofensivo deve estar em campo.

O técnico Levir Culpe, que já começa a dar sua cara ao time tricolor, deve mandar a campo a seguinte formação: Diego Cavalieri, Wellington Silva, Marlon, Renato Chaves, Gio-vanni, Edson, Cícero, Marcos

Junior, Diego Souza, Gustavo Scarpa e Osvaldo.

Salgueiro titularPrincipal contratação do

Botafogo para a disputa do Campeonato Carioca, o meia uruguaio Juan Salgueiro co-meçou como titular na vitória de 1 a 0 sobre o Boavista, no último fi m de semana. Se movimentou bem no primeiro tempo, deu bons passes, mas mostrou que ainda está longe da melhor forma física. Mes-mo assim, o técnico Ricardo Gomes, confi rmou que o atleta começa jogando o clássico. O parceiro do gringo no ataque será o jovem Ribamar.

O Botafogo deve ir a campo com: Jeff erson, Luis Ricardo, Emerson Santos, Joel Carli, Diogo Barbosa, Aírton, Bruno Silva, Rodrigo Lindoso, Gegê, Juan Salgueiro e Ribamar.

Flu e Botafogo duelam na Taça Rio

Atacante uruguaio Juan Salgueiro será titular no clássico contra o Fluminense e espera “ganhar” a torcida

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Neto de sérvios, za-gueiro Lyanco, 19, do São Paulo, foi convocado pela se-leção europeia, para dia 19 de março atuar contra Dina-marca, Montenegro e França

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PAULISTÃO

Timão e Botafogo-SP se enfrentam no interior

São Paulo (SP) – Após ser derrotado pelo Cerro Porteño fora de casa pela Copa Libertadores por 3 a 2 no meio de semana, o Corinthians volta a cam-po neste domingo (13), às 15h (de Manaus), no estádio Santa Cruz, para enfrentar o Botafogo-SP, pela 9º rodado do Cam-peonato Paulista.

Por conta da maratona de jogos neste início de ano, o técnico Tite deve mandar à campo um time misto, a com intuito de preservar o condiciona-mento físico de alguns jo-gadores. O lateral-direito Fagner e os meias Bruno Henrique e Guilherme são alguns dos nomes ausen-tes para o duelo.

Dessa forma, a ideia

seria encaixar as novas peças e testá-las no jogo deste domingo. Maycon e Willians são os possíveis substitutos de Rodrigui-nho, enquanto Danilo e Luciano disputam a vaga deixada por André.

O provável Corinthians que entra em campo é: Cassio, Edilson, Felipe, Balbuena, Guilherme Arana, Willians, May-con, Giovanni Augus-to, Alan Mineiro, Lucca e Luciano (Danilo)

Com seis pontos em três jogos, o Corinthians é o segundo colocado de seu grupo na Libertadores. No Paulistão, o time vive situ-ação bem mais tranquila e é líder disparado do Grupo D, com 17 pontos somados em oito partidas.

Cruz-Maltino inicia Taça Rio enfrentando a equipe Alvirrubra. Atacante Riascos, machucado, não vai ao jogo e será substituído, mais uma vez, pelo jovem Thalles

Vasco encara Bangu pelo segundo turno do Carioca

Rio de Janeiro (RJ) – In-victo no primeiro turno do Campeonato Cario-ca, o Vasco coloca em

jogo sua boa fase neste início de temporada contra o Bangu, às 15h (de Manaus), deste domingo (13), pela estreia da Taça Rio, o segundo turno do Cariocão. O duelo será no estádio de São Januário.

Para manter o pique do iní-cio da competição, o técnico Jorginho mandará o que tem de melhor à campo. Durante os treinamentos da semana, a ordem foi pressionar o ad-

versário desde o apito inicial do árbitro.

“Vamos jogar em casa, dian-te de nossa torcida e por isso mesmo precisamos pressio-nar desde os primeiros mi-nutos. Respeitamos a equipe do Bangu, sabemos que ela não se classifi cou à toa para essa fase da competição, mas o nosso compromisso quando jogamos em São Januário é o de conseguirmos o resultado positivo. A nossa ideia é co-meçar impondo o ritmo forte de sempre e que nos permitiu, inclusive, abrir vantagem cedo

em algumas ocasiões”, analisa o lateral-direito Madson.

O Vasco está defi nido para o jogo. O zagueiro Luan e o meia Andrezinho, poupados na vitória de 3 a 1 sobre o Bonsucesso, reaparecem nas vagas de Jomar e Éder Luis, respectivamente. O primeiro foi preservado pelo risco de lesão, enquanto o segundo estava pendurado com dois cartões amarelos. Thalles vai permanecer como o substitu-to do atacante colombiano Riascos, vetado por conta de um edema na coxa direita.

Dessa maneira, se nada de anormal acontecer até a hora da partida o técnico Jorginho mandará a campo a seguinte escalação: Martin Silva, Madson, Luan, Rodrigo, Julio Cesar, Marcelo Mattos, Julio dos Santos, Andrezi-nho, Nenê, Jorge Henriquee Thalles.

Na primeira fase, o Vasco terminou o grupo A com 20 pontos na liderança da chave. Já o Bangu, se classifi cou para a Taça Guanabara em quarto lugar com 11 pontos também no grupo A.

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AÇÃO

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AÇÃOMeia Nenê durante treinamento em São Januário durante a semana. Ele será o principal responsável pela criação no meio de campo do Vasco

Goleiro Cassio será um dos poucos titulares do Timão no jogo

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