pódio - 1º de março de 2015

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MANAUS, DOMINGO, 1º DE MARÇO DE 2015 [email protected] Liderança em Jogo O estádio do Maracanã será o palco do clássico Botafogo e Flamen go neste domingo. Além da ri validade, o duelo p õe em jogo a liderança do Campeonato Car ioca Pódio E 8

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Pódio - Caderno de esportes do jornal Amazonas EM TEMPO

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Page 1: Pódio - 1º de março de 2015

MANAUS, DOMINGO, 1º DE MARÇO DE 2015 [email protected]

Liderança em Jogo

O estádio do M a r a c a n ã será o palco

do clássico Botafogo e

Flamengo neste domingo. Além da

rivalidade, o duelo põe em jogo a liderança do Campeonato Carioca Pódio E8

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Page 2: Pódio - 1º de março de 2015

E2 MANAUS, DOMINGO, 1º DE MARÇO DE 2015

Vamos ser otimistas. Eu espero que o fute-bol melhore em 2015, e aí eu estou falando das equipes e que com essa melho-ra a arbitra-gem brasilei-ra também evolua e cresça

Após diversos lances polêmicos marcarem a primeira rodada do Campeonato Amazo-

nense 2015, o PÓDIO traz uma entrevista exclusiva com a ex-árbitra e agora instrutora de arbitragem da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ana Paula Oliveira. A musa do apito esteve em Manaus como convidada da Federa-ção Amazonense de Futebol (FAF) para ministrar palestra aos árbitros locais, durante a pré-temporada deles para o Barezão.

PÓDIO – Após erros e acertos como bandeirinha, você está de volta a arbi-tragem nacional. Desta vez como instrutora. Qual tipo de trabalho feito por você nesta nova função?

Ana Paula Oliveira - Ex-árbitra e agora instrutora. Quem bom voltar dessa for-ma, estou feliz por estar de volta. Vou completar um ano agora em maio na CBF como instrutora e retornando a Ma-naus, o lugar onde eu estive a honra de apitar dois jogos e agora voltei como instruto-ra. É um passo importante e numa fase em que eu venho como convidada para contri-buir um pouco mais com os conhecimentos e aproximar critérios. Quando a gente diz aproximar critérios o que é? O árbitro estadual aproximado do árbitro nacional, que é um conceito que a CBF busca hoje. Nós temos árbitros aqui também que pertencem ao quadro nacional e a ideia é trazer o que tem de novo.

PÓDIO – Existe algum tema em especial que você aborda nas suas palestras pelo Brasil?

APO - A questão da mão na bola, controle de jogo, autori-dade do árbitro, impedimento, interferência no jogo, interfe-rência no adversário, jogar de forma deliberada... São temas que em todo campeonato vem à tona, gera polêmica. Então, temos que trabalhar sempre com afi nco a isso para que o

árbitro esteja pronto, para que quando esse tipo de problema surgir na frente dele ele tome a decisão correta.

PÓDIO – O Brasileirão do ano passado foi marcado por uma série de polê-micas sobre os pênaltis marcado de toque de mão na bola. Afinal, qual o critério para apitar este tipo de infração?

APO - Não é na linha da CBF, é na linha da Fifa. São três itens: mãos coladas ao corpo, movimento natural e antinatu-ral. Se as mãos estão coladas ao corpo, não é infração. Se o jogador fi nge um movimento que é antinatural. O que é isso? Se ele abrir em demasiado o braço e ocupar um espaço além e essa bola toca no seu braço, cabe ao árbitro a interpretação de entender que houve mão na bola. E o jogador quando vai para a disputa de bola cor-re o risco. Quando é correr o risco? Quando ele vai disputar essa bola num movimento que pode ser considerado natural, mas que ele usa a amplitude desses braços, ele correu o ris-co e vai pagar por esse risco. Agora, deixar bem claro: não é toda bola que toca na mão que deve ser punido. Houve um grande equívoco na temporada passada em algumas rodadas do Campeonato Brasileiro, em que houve a interpretação por parte de alguns que entendiam que toda bola que se tocava não mão devia ser marcada. Não é isso que diz a regra. São esses três itens que devem ser levados em consideração.

PÓDIO – Polêmicas à parte, qual a importância de palestras como estas que ministrou aos árbitros amazonenses?

APO - É importantíssimo, como eu disse anteriormente, o que nós, instrutores do quadro nacional vimos fazer é aproxi-mar critério, porque inicia-se a temporada no Estadual, então assim como as equipes, o time de futebol começa a aquecer os seus motores, o árbitro também começa a aquecer o seu traba-lho na temporada no Estadual. E quando começa, como aqui já começou a Copa Verde, nós

temos também a Copa Nor-deste, que são campeonatos organizados pela confederação, nós temos Copa do Brasil e Campeonato Brasileiro em que esses árbitros irão atuar, eles já estarão próximos dos critérios utilizados pela CBF. Provavel-mente retornaremos ao Estado para atuar especifi camente com os árbitros do quadro nacional, que aí é a exigência e a pre-paração que a CBF espera dos seus árbitros que pertencem ao quadro nacional, para a tempo-rada dela, dos campeonatos que ela organiza, mas essa convi-vência é fundamental porque todos ganham.

PÓDIO – Até quem não faz parte do quadro nacional acaba sendo benefi ciado com esse tipo de orien-tação?

APO - Os árbitros locais também que não pertencem ao quadro nacional, já tem a informação do que a Fifa espera, do que a CBF espera, e já começa a se projetar. Ele fala assim: “Ó, um dia eu sonho em ser Fifa. Um dia em sonho em ser nacional. O que pensa um árbitro nacional? O que pensa um árbitro interna-cional?”. Quando ele tem esse contato conosco ele já começa a vislumbrar a sua carreira. Então, isso é um fator mo-tivacional muito importante para o árbitro local.

PÓDIO – Qual a sua avaliação sobre o cená-rio atual da arbitragem no Brasil?

APO - Eu entendo que vi-vemos um momento de tran-sição na arbitragem brasilei-ra, em que grandes nomes deixaram de apitar. Tem o Wilson Senemi, Paulo César de Oliveira, entre tantos outros nomes que eu não vou fi car aqui citando porque é uma lista enorme, e que veio uma geração de jovens árbitros que precisam amadurecer. Eu entendo que um árbitro que amadureceu nessa tempora-da foi o Ricardo Marques, que foi eleito o melhor árbi-tro. Era um árbitro que vinha numa fase de crescimento, que viveu transformações e que agora ganhou a sua ma-

turidade. Então, a arbitragem brasileira está passando por esse momento de matura-ção. Assim como o jogador jovem precisa passar por esse momento de maturação, a arbitragem também passa por esse processo. Acredito que neste ano teremos uma temporada melhor do que foi 2014, porque alguns árbitros já começaram a ganhar essa maturação. Outros vão come-çar, mas alguns já ganharam. Em relação a regra 11, hou-ve uma melhora. Melhoramos 3%. Almejamos que para esse ano de 2015 possamos melho-rar não só três, mas quem sabe 6%. Até porque é uma regra difi cílima quando se trata de impedimento. Sabemos que isso interfere diretamente na partida, mas houve uma me-lhora, então vamos trabalhar mais em relação a isso.

PÓDIO – Quais árbitros você destaca para esta temporada?

APO - Falando mais do ár-bitro, acho que vivemos trans-formações, mudanças. Hoje, jovens árbitros ingressaram no quadro internacional e posso falar do Raphael Claus, do (An-derson) Daronco, do Luis Flávio, são nomes que chegaram no quadro internacional e podem contribuir com essa geração de agora, para 2015. Então assim, vamos ser otimistas. Eu espero que o futebol melhore em 2015, e aí eu estou falando das equi-pes e que com essa melhora a arbitragem brasileira também evolua e cresça.

PÓDIO – Você é a favor ou contra o auxílio da tec-nologia ao árbitro?

APO - Eu entendo que é bem-vinda (a ajuda). Assim, a linha gol, o sistema gol, foi de grande valia na Copa do Mundo, acho que acres-centou e muito. A utilização do spray é uma tecnologia que veio para agregar, para somar, então foi um avanço. O bipe, que se a gente for falar da bandeira eletrônica não existia e hoje passou a existir. Então, a tecnologia quando ela é bem aplicada, bem utilizada e treinada, é sempre bem-vinda.

Ana Paula OLIVEIRA

Vivemos UM MOMENTO de transição NA ARBITRAGEM brasileira

Houve um grande equívoco na tempo-rada passada em al-gumas rodadas do Campeonato Brasileiro, em que houve a inter-pretação por parte de alguns que entendiam que toda bola que se tocava não mão devia ser marcada. Não é isso que diz a regra

ANDRÉ TOBIASEquipe EM TEMPO

ALBERTO CÉSAR ARAÚJO

Assim como as equipes, o time de fute-bol começa a aquecer os seus moto-res, o árbitro também começa a aquecer o seu trabalho na tempora-da noEstadual

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Page 3: Pódio - 1º de março de 2015

E3MANAUS, DOMINGO, 1º DE MARÇO DE 2015

Confronto da reabilitaçãoIranduba e Rio Negro medem forças na tarde deste domingo no estádio Colina, buscando marcar os primeiros pontos no Campeonato Amazonense, já que perderam na primeira rodada para Fast e Nacional, respectivamente

Iranduba e Rio Negro en-tram em campo na tarde deste domingo (01) para apagar a má impressão

que deixaram na primeira ro-dada do campeonato ama-zonense. Ambas as equipes foram goleadas nas partidas contra Faz e Nacional, res-pectivamente. Mandante do duelo, o Iranduba foi derrotado no último sábado (21) por 4 a 1 pelo Rolo Compressor e ocupa a lanterna da competição. A equipe alviverde é comandada pelo treinador Frederico Braz, que começou o treinamento duas semanas antes do inicio da competição. Para o jogo contra o Rio Negro, o técnico deve manter o mesmo time que iniciou a última partida.

Já pelo lado do Rio Negro, o Galo da Praça da Saudade perdeu o clássico Rio – Nal na última quinta-feira (26) por 3 a 0 no estádio da Colina. Apesar do resultado, o time do treina-dor Sergio Duarte conseguiu em determinados momentos de a partida envolver o forte Nacional.

Para Carlinhos, o Rio Negro se postou bem dentro de cam-po diante do Nacional. Para o confronto diante do Iranduba, o experiente jogador acredita que o time terá mais ritmo de jogo e isso fará toda a diferen-ça no decorrer da partida.

“A equipe se postou bem na partida. Ficamos bem posta-dos. Como é um elenco jovem, pecamos em detalhes. Isso em clássico é mortal. Atrás disso, perdemos a partida,

mas se formos analisar o jogo em si, pressionamos bem o Nacional. Tanto que eles cansaram. Ainda temos 17 partidas pela frente. Vamos atrás do ritmo de jogo agora. Temos que colocar a cabeça no lugar contra o Iranduba e fortalecer nosso jogo. Vamos continuar trabalhando. Sabe-mos das nossas difi culdades e de tudo que enfrentamos no dia-a-dia. Acredito que vamos levantar a cabeça e buscar o resultado contra o Iranduba”, afi rmou o lateral

que ainda completou dizen-do que o treinador Sergio Duarte ajustou os detalhes que faltavam no último trei-namento feito pela equipe. Um dos pontos mais focado pelo comandante foram as bolas paradas.

“Vamos ajustar as peças que precisamos para fazer um jogo bom e se tudo der certo, vamos sair de campo com a vitória. Não podemos cometer os mesmos erros que cometemos contra o Na-cional”, disse Carlinhos.

THIAGO FERNANDOEquipe EM TEMPO

Vamos ajustar as peças que precisa-mos para fazer um jogo bom e se tudo

der certo, vamos sair de campo com

a vitória

Carlinhos, volante do Rio Negro

FICHA TÉCNICA

IRANDUBATéc.: Frederico Braz

RIO NEGROTéc.: Sergio Duarte

Local: Estádio Ismael Benigno (Colina)Horário: 16hÁrbitro: Maks Jean

MandaguaGabriel

Pastor

Somália

Vidinha

Kastor

Hilário

Rogério Pedra

William

Alex

Ithon

Marcelinho

Filho

Victor

Douglas

Rondineli

Serginho

Felipe

Carlinhos

T. Amazonense

Carlos Henrique Lucas Peteca

DIEGO JANATÃ

Frederico Braz dando ins-truções aos seus comanda-dos na beira do gramado

Penarol e Naça Borbense se enfrentam em Itacoatiara

Mais uma vez o estádio Floro de Mendonça, em Manacapu-ru, vai ferver. Penarol e Nacio-nal Borbense se enfrentam às 15h30 (de Manaus) em partida valida pela segunda rodado do Campeonato Amazonense, nesta domingo (1).

O Leão da Velha Serpa en-tra em campo na busca pela segunda vitória no Estadual. O time comandado pelo técnico Marquinhos Piter venceu na estréia por 1 a 0 o Manaus FC. Para o jogo deste domin-go, o treinador deve manter a mesma equipe que entrou em campo na primeira roda-da. Apesar disso, para Piter o time precisa melhorar na parte tática para sair vence-dor de campo.

“Estreamos bem e a vitória serve para motivar os joga-dores. Foi uma partida difícil, mas conseguimos sair com os três pontos. Porém, para o jogo contra o Nacional de Borba, precisamos melhorar. Treinamos durante a sema-na o posicionamento do time. Não podemos dar espaço, pois o nosso adversário é bom e rápido. Estamos confi antes e sabemos que nossa torcida estará presente no estádio para nos apoio. Vamos atrás da nossa segunda vitória”, afi rmou Marquinho.

Explorar os contra-ataques, essa será a tática do Nacional Borbense. A equipe comanda-da pelo treinador Robson Sá perdeu na estréia do campe-onato amazonense, dentro de

casa e de virada para o São Raimundo por 3 a 2 no último sábado (21) .Para se recuperar na competição, o Leão de Borba pretende surpreender o Penarol em Itacoatiara.

Da equipe que começou a última partida, três peças foram modifi cadas. Duas mu-danças aconteceram no setor ofensivo, é o que adiantou Sá que admitiu buscar as jogadas de velocidade para sair com os três primeiros pontos na competição.

“Fizemos alguns ajustes para o próximo confronto. Ar-rumamos a parte tática que falhou diante do São Rai-mundo. Mudamos também a equipe. Nosso goleiro diante do Penarol será o Douglas. As outras mudanças serão no ataque. Não por defi ciência técnica, mas por opção tática. Vamos fechar a casinha atrás e explorar os contra-ataques. Sabemos da força do nosso adversário em Itacoatiara”, revelou Robson Sá.

BAREZÃO

FICHA TÉCNICA

PENAROLTéc.: Marquinhos Piter

NACIONAL BORBENSETéc.: Robson Sá

Local: Estádio Floro de Men-donçaHorário: 15h30Árbitro: Francisco da Concei-ção Costa

RafaelEndy

Peru

Mael Célio

TetyBinho

Felipe Cristiano

Maceió

Robson

Guilherme Franco

Douglas

Adalto

Thompson

Araújo

Luiz Gustavo

Beto Bahia

Alberoni

Márcio

Murilo Jeff erson

REPRODUÇÃO

Após dois anos no Prin-cesa, Marquinhos Piter assumiu o Penarol

INCENTIVOPelo segundo jogo se-guido o Penarol terá um reforço a mais: a torcida perolense. O time de Ita-coatiara promete apro-veitar o incentivo vindo das arquibancados do Floro de Mendonça para vencer o Borbense

Ficha técnica

x Penarol: Rodson, Endy, Maceió, Peru e Rafael; Filipe

Cristiano, Thompson, Célio, Mael; Binho e Tety.

Téc: Marcos Pitter

Nacional: Douglas, Franco, Adalto, Araújo e Guilherme; Luiz Gustavo, Alberoni, Márcio e Beto Bahia; Jerff erson e Murilo.

Téc: Robson Sá.

Estádio: Floro de MendonçaHorário:15h30 (de Manaus)Arbitro: Francisco da Conceição Costa

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Page 4: Pódio - 1º de março de 2015

E4 E5MANAUS, DOMINGO, 1º DE MARÇO DE 2015

Colina e Zamith estreiam no ‘Barezão’Estádios construídos para ser Campos de Treinamento da Copa do Mundo (COTs) fi caram de legado para o futebol local e os clubes da cidade têm conforto para mandar seus jogos

Entre as melhores coi-sas na vida está a pos-sibilidade de se morar em um apartamento

ou casa recém-construída. O torcedor amazonense sabe bem o que é pisar em uma nova “casa”; não somente uma, mas duas. A primeira praça esportiva já era velha conhecida do afi cionado por futebol baré: o Estádio Ismael Benigno ou Estádio da Coli-na; o segundo, tem nome de guardião da história do Ba-rezão, mas é novinho: Estádio Carlos Zamith.

Ambos os estádios vieram para receber, primeiramente, as seleções que disputaram a Copa do Mundo de 2014 e foram projetados, inicialmen-te, para ser COT’s (Campo Ofi cial de Treinamentos). Pos-teriormente, serviriam, como já estão servindo, como está-dios que atendem à demanda do futebol na capital. Colina e Zamith como são conhe-cidos, vem sendo utilizados desde o ano passado e trazem um misto de modernidade e nostalgia; design diferente e detalhes a ser corrigidos.

Estádio da ColinaInaugurado em 19 de fe-

vereiro de 1961, o Estádio Ismael Benigno, conhecido como Colina, foi originalmente denominado Estádio Gilberto Mestrinho e já recebia parti-das do Campeonato Amazo-nense antes mesmo de Sport e São Raimundo fazerem o jogo amistoso inaugural da praça esportiva. Em 1967, a Colina promove sua “Festa da Luz”. O amazonense passa a ter a satisfação que o futebol propicia no turno da noite. Fi-nalmente, em 1977, o estádio é “rebatizado” com o nome Ismael Benigno, em homena-gem a um dos presidentes do

São Raimundo, que, segundo relatos históricos, foi um dos mais atuantes e dedicados.

Ao longo dos seus 54 anos de existência, a Colina pas-sou por muitos altos e baixos. Ostracismo e abandono nas épocas ruins, reavivamen-to e melhorias nas épocas boas. Em meados de 1997 era praticamente impossível ter espetáculos barés no es-tádio, além de um péssimo ambiente para os torcedores, pois as arquibancadas esta-vam destruídas. Já no início dos anos 2000, a tradicional praça esportiva já tinha uma estrutura melhor a oferecer, chegando a receber capaci-dade máxima de lotação. Mais alguns anos na frente, nova decadência e necessidade de um soerguimento.

Com a vinda da Copa do Mundo a Manaus e a necessi-dade de se ter dois COT’s para receber as seleções, a Colina voltou a entrar na rota dos jogos do Barezão. Com estru-turas modernas e diferencia-das, o Estádio Ismael Benigno tem sido uma opção um tanto mais rentável para as equipes locais e segue sendo uma das mais importantes praças es-portivas amazonenses.

A reforma reduziu a capaci-dade da Colina de 15.000 para aproximadamente 12.000 torcedores. Um dos pontos muito bons do estádio é a acessibilidade do torcedor e atende bem às necessidades dos cadeirantes, por exemplo. As arquibancadas são amplas e acomodam bem quem vai assistir às partidas.

A iluminação é de excelente qualidade, embora a impres-são que se tem das arquiban-cadas atrás dos gols é que seja um pouco escuro. Quem gosta de fazer o famoso lanche de campeonato, conta com a comodidade de espaço para a compra de lanches e bebidas e lojas que podem a vir ser utilizadas.

Remodelada, Colina tem estrutura de dar inveja a muito estádio de time de Série A do Brasil

Pequeno porém aconche-gante, é desta maneira que o torcedor vê o está-dio Carlos Zamith

CÍCERO JR WILLIAN D’ANGELORádio Em Tempo

O estádio ainda conta com mais oito banheiros para utili-zação pública (4 masculinos e 4 femininos), sala para coletiva, dois vestiários completos com 12 chuveiros, vestiários para ár-bitros masculinos e femininos, sala médica, sala de exame, sala de massagem, sala de preleção e para comissão técnica. O local de aquecimento dos jogadores tem grama sintética no piso. Algo muito diferente do cenário de anos atrás.

O gramado foi reparado no

fi nal do ano de 2014 por con-ta da grande quantidade de partidas amadoras realizadas nas dependências do estádio e já está recebendo as partidas ofi ciais do Barezão 2015. Para evitar que isso aconteça, um limite de 16 partidas ao mês foi estabelecido.

Pontos negativosTalvez um dos pontos mais

contestados no recém-refor-mulado estádio diz respeito à falta de cobertura nas arqui-

bancadas deixando o torcedor a mercê do sol e da chuva. “Eu gostaria de fazer um apelo às autoridades para que re-vissem a situação de quem vai à Colina.”, apela Orleans, ex-jogador do Fast e fi el fre-quentador do futebol local.

Para quem transmite as par-tidas, o novo Estádio Ismael Benigno desafi a o golpe de vista dos locutores quando a cobrança do escanteio vai ser executada. Além disso, a cabine de rádio é dividida pela boa

vontade dos cooperadores da imprensa, pois não há divisórias que designam o espaço e que evitam o vazamento de som.

“Quando a Colina foi proje-tada, o projeto tinha em mente um espaço próprio para o COT e, embora tenha sido deixada como legado para receber jo-gos ofi ciais, estes detalhes não foram atentados. Em um futuro ainda não defi nido, as adequa-ções podem surgir.”, afi rmou Ariovaldo Malízia em entrevis-ta à Rádio Em Tempo.

Estádios não têm cobertura nas arquibancadas

Com nome de um dos mais renomados historiadores do futebol amazonense, o segundo COT foi construído no bairro do Coroado ao lado da mini-vila olímpica. O Estádio Carlos Zamith está operando com metade de sua capacidade que é de até 5.000 torcedores e, apesar da sua pequenez no tama-nho, tem estrutura de “gente grande” e moderna.

A estrutura dada aos atle-tas é de primeiro mundo. Há salas de massagem, para exames e os vestiários estão impecáveis propiciando mui-to conforto aos times. Além desta infraestrutura dada aos atletas, há salas de coletiva de imprensa e o espaço da Zona Mista é muito bom para o trabalho dos jornalistas, não esquecendo que os árbitros têm um excelente espaço para sua preparação pessoal.

A acessibilidade do torce-dor é outro ponto de desta-que. Assim como na Colina, o torcedor cadeirante não encontra problemas em se

deslocar internamente de um lado a outro. Os banhei-ros estão bem localizados e são bem dimensionados, atendendo às demandas do torcedor.

Por fi m, a iluminação do estádio é de excelente qua-

lidade e proporciona uma boa visão de jogo para o torcedor que vai ao Carlos Zamith assistir às partidas de futebol do Campeo-nato Amazonense.

Pontos negativosAssim como na Colina,

o Carlos Zamith foi pro-jetado para ser Centro de Treinamento da Copa do Mundo de 2014 e isso fez com que determinadas es-truturas não atendessem de imediato às necessida-des do certame local. Por exemplo, há apenas uma cabine de rádio com duas bancadas a serem dividi-das entre as emissoras. “O espaço é bem pequeno, em-bora confortável. Apesar de menos pontos cegos (ape-nas um na linha de fundo) que na Colina, a questão da divisão para as emis-soras ainda é complicada.”, afirma Klauson Dutra, co-mentarista, que ameniza a situação ao elogiar que o espaço da imprensa nas ca-bines, além de climatizado, possui banheiro.

Assim como no Estádio da Colina, o torcedor que vai ao Carlos Zamith não terá o conforto de se proteger do sol ou chuva, já que não há cobertura disponível nas arquibancadas

Zamith: um estádio, uma lembrança

HOMENAGEMO nome do estádio loca-lizado na Zona Leste é uma homenagem a um dos mais entusiastas jornalistas espotivos do Amazonas. Zamith foi o escritor do livro Baú Velho, que aborda a his-tória do futebol local

Com média de público pequena, as competições locais estão bem servidas com o Zamithão

Apesar de sua capaci-dade real ser para 5 mil torcedores, atualmente o Estádio Carlos Zamith está operando com apenas 50% dela. Isto por conta da falta de um alambrado nas ar-quibancadas do outro lado das cabines de rádio. Uma pequena grade separa o tor-cedor do gramado e, em um salto, qualquer pessoa pode adentrar o gramado.

No lado que está fun-cionando normalmente, foi colocada uma rede prote-ção nas barras das arqui-bancadas afi m de evitar acidentes, especialmente com crianças. Ainda não há previsão de quando o

alambrado será instalado, devolvendo assim a capaci-dade original do estádio.

EmoçãoPara Carlyle Zamith, fi lho

de Carlos Zamith, ver o nome do pai estampado no novo estádio é motivo de muita alegria e emoção. “Meu pai merecia tal homenagem. Fez muito pelo futebol amazo-nense e cuidou de cada re-gistro com muito carinho. Passar na frente do estádio me trás emoção em ver seu nome estampado em um lo-cal que contribuirá e muito com o futebol local.”, emocio-na-se Carlyle em entrevista à Rádio Em Tempo.

Capacidade segue reduzida

Arquibancada do Zamith não tem cadeiras e nem alambrados

ALBERTO CÉSAR ARAÚJODIVULGAÇÃO

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E4 E5MANAUS, DOMINGO, 1º DE MARÇO DE 2015

Colina e Zamith estreiam no ‘Barezão’Estádios construídos para ser Campos de Treinamento da Copa do Mundo (COTs) fi caram de legado para o futebol local e os clubes da cidade têm conforto para mandar seus jogos

Entre as melhores coi-sas na vida está a pos-sibilidade de se morar em um apartamento

ou casa recém-construída. O torcedor amazonense sabe bem o que é pisar em uma nova “casa”; não somente uma, mas duas. A primeira praça esportiva já era velha conhecida do afi cionado por futebol baré: o Estádio Ismael Benigno ou Estádio da Coli-na; o segundo, tem nome de guardião da história do Ba-rezão, mas é novinho: Estádio Carlos Zamith.

Ambos os estádios vieram para receber, primeiramente, as seleções que disputaram a Copa do Mundo de 2014 e foram projetados, inicialmen-te, para ser COT’s (Campo Ofi cial de Treinamentos). Pos-teriormente, serviriam, como já estão servindo, como está-dios que atendem à demanda do futebol na capital. Colina e Zamith como são conhe-cidos, vem sendo utilizados desde o ano passado e trazem um misto de modernidade e nostalgia; design diferente e detalhes a ser corrigidos.

Estádio da ColinaInaugurado em 19 de fe-

vereiro de 1961, o Estádio Ismael Benigno, conhecido como Colina, foi originalmente denominado Estádio Gilberto Mestrinho e já recebia parti-das do Campeonato Amazo-nense antes mesmo de Sport e São Raimundo fazerem o jogo amistoso inaugural da praça esportiva. Em 1967, a Colina promove sua “Festa da Luz”. O amazonense passa a ter a satisfação que o futebol propicia no turno da noite. Fi-nalmente, em 1977, o estádio é “rebatizado” com o nome Ismael Benigno, em homena-gem a um dos presidentes do

São Raimundo, que, segundo relatos históricos, foi um dos mais atuantes e dedicados.

Ao longo dos seus 54 anos de existência, a Colina pas-sou por muitos altos e baixos. Ostracismo e abandono nas épocas ruins, reavivamen-to e melhorias nas épocas boas. Em meados de 1997 era praticamente impossível ter espetáculos barés no es-tádio, além de um péssimo ambiente para os torcedores, pois as arquibancadas esta-vam destruídas. Já no início dos anos 2000, a tradicional praça esportiva já tinha uma estrutura melhor a oferecer, chegando a receber capaci-dade máxima de lotação. Mais alguns anos na frente, nova decadência e necessidade de um soerguimento.

Com a vinda da Copa do Mundo a Manaus e a necessi-dade de se ter dois COT’s para receber as seleções, a Colina voltou a entrar na rota dos jogos do Barezão. Com estru-turas modernas e diferencia-das, o Estádio Ismael Benigno tem sido uma opção um tanto mais rentável para as equipes locais e segue sendo uma das mais importantes praças es-portivas amazonenses.

A reforma reduziu a capaci-dade da Colina de 15.000 para aproximadamente 12.000 torcedores. Um dos pontos muito bons do estádio é a acessibilidade do torcedor e atende bem às necessidades dos cadeirantes, por exemplo. As arquibancadas são amplas e acomodam bem quem vai assistir às partidas.

A iluminação é de excelente qualidade, embora a impres-são que se tem das arquiban-cadas atrás dos gols é que seja um pouco escuro. Quem gosta de fazer o famoso lanche de campeonato, conta com a comodidade de espaço para a compra de lanches e bebidas e lojas que podem a vir ser utilizadas.

Remodelada, Colina tem estrutura de dar inveja a muito estádio de time de Série A do Brasil

Pequeno porém aconche-gante, é desta maneira que o torcedor vê o está-dio Carlos Zamith

CÍCERO JR WILLIAN D’ANGELORádio Em Tempo

O estádio ainda conta com mais oito banheiros para utili-zação pública (4 masculinos e 4 femininos), sala para coletiva, dois vestiários completos com 12 chuveiros, vestiários para ár-bitros masculinos e femininos, sala médica, sala de exame, sala de massagem, sala de preleção e para comissão técnica. O local de aquecimento dos jogadores tem grama sintética no piso. Algo muito diferente do cenário de anos atrás.

O gramado foi reparado no

fi nal do ano de 2014 por con-ta da grande quantidade de partidas amadoras realizadas nas dependências do estádio e já está recebendo as partidas ofi ciais do Barezão 2015. Para evitar que isso aconteça, um limite de 16 partidas ao mês foi estabelecido.

Pontos negativosTalvez um dos pontos mais

contestados no recém-refor-mulado estádio diz respeito à falta de cobertura nas arqui-

bancadas deixando o torcedor a mercê do sol e da chuva. “Eu gostaria de fazer um apelo às autoridades para que re-vissem a situação de quem vai à Colina.”, apela Orleans, ex-jogador do Fast e fi el fre-quentador do futebol local.

Para quem transmite as par-tidas, o novo Estádio Ismael Benigno desafi a o golpe de vista dos locutores quando a cobrança do escanteio vai ser executada. Além disso, a cabine de rádio é dividida pela boa

vontade dos cooperadores da imprensa, pois não há divisórias que designam o espaço e que evitam o vazamento de som.

“Quando a Colina foi proje-tada, o projeto tinha em mente um espaço próprio para o COT e, embora tenha sido deixada como legado para receber jo-gos ofi ciais, estes detalhes não foram atentados. Em um futuro ainda não defi nido, as adequa-ções podem surgir.”, afi rmou Ariovaldo Malízia em entrevis-ta à Rádio Em Tempo.

Estádios não têm cobertura nas arquibancadas

Com nome de um dos mais renomados historiadores do futebol amazonense, o segundo COT foi construído no bairro do Coroado ao lado da mini-vila olímpica. O Estádio Carlos Zamith está operando com metade de sua capacidade que é de até 5.000 torcedores e, apesar da sua pequenez no tama-nho, tem estrutura de “gente grande” e moderna.

A estrutura dada aos atle-tas é de primeiro mundo. Há salas de massagem, para exames e os vestiários estão impecáveis propiciando mui-to conforto aos times. Além desta infraestrutura dada aos atletas, há salas de coletiva de imprensa e o espaço da Zona Mista é muito bom para o trabalho dos jornalistas, não esquecendo que os árbitros têm um excelente espaço para sua preparação pessoal.

A acessibilidade do torce-dor é outro ponto de desta-que. Assim como na Colina, o torcedor cadeirante não encontra problemas em se

deslocar internamente de um lado a outro. Os banhei-ros estão bem localizados e são bem dimensionados, atendendo às demandas do torcedor.

Por fi m, a iluminação do estádio é de excelente qua-

lidade e proporciona uma boa visão de jogo para o torcedor que vai ao Carlos Zamith assistir às partidas de futebol do Campeo-nato Amazonense.

Pontos negativosAssim como na Colina,

o Carlos Zamith foi pro-jetado para ser Centro de Treinamento da Copa do Mundo de 2014 e isso fez com que determinadas es-truturas não atendessem de imediato às necessida-des do certame local. Por exemplo, há apenas uma cabine de rádio com duas bancadas a serem dividi-das entre as emissoras. “O espaço é bem pequeno, em-bora confortável. Apesar de menos pontos cegos (ape-nas um na linha de fundo) que na Colina, a questão da divisão para as emis-soras ainda é complicada.”, afirma Klauson Dutra, co-mentarista, que ameniza a situação ao elogiar que o espaço da imprensa nas ca-bines, além de climatizado, possui banheiro.

Assim como no Estádio da Colina, o torcedor que vai ao Carlos Zamith não terá o conforto de se proteger do sol ou chuva, já que não há cobertura disponível nas arquibancadas

Zamith: um estádio, uma lembrança

HOMENAGEMO nome do estádio loca-lizado na Zona Leste é uma homenagem a um dos mais entusiastas jornalistas espotivos do Amazonas. Zamith foi o escritor do livro Baú Velho, que aborda a his-tória do futebol local

Com média de público pequena, as competições locais estão bem servidas com o Zamithão

Apesar de sua capaci-dade real ser para 5 mil torcedores, atualmente o Estádio Carlos Zamith está operando com apenas 50% dela. Isto por conta da falta de um alambrado nas ar-quibancadas do outro lado das cabines de rádio. Uma pequena grade separa o tor-cedor do gramado e, em um salto, qualquer pessoa pode adentrar o gramado.

No lado que está fun-cionando normalmente, foi colocada uma rede prote-ção nas barras das arqui-bancadas afi m de evitar acidentes, especialmente com crianças. Ainda não há previsão de quando o

alambrado será instalado, devolvendo assim a capaci-dade original do estádio.

EmoçãoPara Carlyle Zamith, fi lho

de Carlos Zamith, ver o nome do pai estampado no novo estádio é motivo de muita alegria e emoção. “Meu pai merecia tal homenagem. Fez muito pelo futebol amazo-nense e cuidou de cada re-gistro com muito carinho. Passar na frente do estádio me trás emoção em ver seu nome estampado em um lo-cal que contribuirá e muito com o futebol local.”, emocio-na-se Carlyle em entrevista à Rádio Em Tempo.

Capacidade segue reduzida

Arquibancada do Zamith não tem cadeiras e nem alambrados

ALBERTO CÉSAR ARAÚJODIVULGAÇÃO

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E6 MANAUS, DOMINGO, 1º DE MARÇO DE 2015

Com olhar de torcedor

Após um ano e dez me-ses longe da elite do futebol amazonense, o Rio Negro voltou a

disputar uma partida de Série A do Barezão. O retorno não foi o esperado: derrota por 3 a 0 para o maior rival, Nacional. O jogo também marcou o re-torno de um ídolo rio-negrino aos estádios: o lateral-direito Jair, que atuou com a camisa barriga preta de 1980 a 1985 e desde então não pisada em um dos palcos do futebol local para assistir o clássico de maior rivalidade do Estado.

Ao passar do portão que dá acesso a arquibancada do estádio Ismael Benigno – a colina, o ex-lateral-direito do Galo notou o primeiro fator que diferenciou o clássico da última quinta-feira (26) para aqueles em que ainda atuava como jogador: o público. “Está muito vazio para um Rio-Nal. Achei que daria casa cheia. Penso que faltou mais divulgação, e essa troca de estádio em cima da hora acabou atrapalhando os torcedores”, opina.

Jair não destaca um Rio-Nal em especial durante sua carreira como jogador. Ele que também disputou dois Cam-peonatos Brasileiros com a camisa do Nacional, recorda com saudosismo da época em que ele era jogador de futebol. De acordo com o ex-lateral-direito, mesmo com um poder aquisitivo menor por parte dos clubes no passado, o nível téc-nico não deixava a desejar.

“Teve um ano que nós dis-putamos 12 Rio-Nal. Não teve um em especial, todos marca-ram. Hoje em dia esse clássico é jogo de cumpadre. Antiga-mente, tinha dividida ríspida, peitada entre os jogadores, a gente chutava a bola em cima do adversário e esse tipo de atitude contagiava os tor-

cedores nas arquibancadas”, relembra Jair.

TransiçãoAntes de atuar com a camisa

do Rio Negro, Jair se destacou atuando com a camisa do Santos, do bairro Educandos. No futsal, ele levantou sete troféus do Campeonato Ama-zonense e ajudou a transfor-mar a equipe baré em terceira força do futebol de salão do Brasil. A transição para o fu-tebol de campo não foi fácil, mas bem preparado fi sica-mente, o ex-lateral-direito se destacou logo.

“Senti bastante (a transi-ção), porque a dimensão do campo, em relação ao salão, é muito diferente e a gente tinha um preparo físico condiciona-do aquele espaço. Eu lembro que peguei um baile aqui nos primeiros clássicos do Cam-peonato Brasileiro. Contra o Paysandu, eu enfrentei um ponta-esquerda muita bom chamado Lupercínio, que já faleceu. Em contra-partida eu encarei ele quando fui para o Botafogo, quatro anos depois. Fui fazer um teste e tinha que ser aprovado em cima dele e graças a Deus tudo deu certo” conta o ex-jogador.

Uma história que marcou e Jair faz questão de relembrar foi de um Rio-Nal disputado no próprio estádio da Colina. Em uma jogada disputada no ar entre o zagueiro Marcão, do Rio Negro, e o atacante Dentinho, do Nacional, houve um choque de cabeça com ca-beça. O massagista do Galo da Praça da Saudade era seu Rai-mundo, que também era pai do centroavante leonino. Ao entrar no campo para atender Marcão, o atleta rio-negrino logo se levantou. Preocupado com o fi lho, seu Raimundo prestou socorro a Dentinho. O zagueiro rio-negrino fi cou bravo e xingou o massagista do próprio time.

ANDRÉ TOBIASEquipe EM TEMPO

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Durante a partida – assis-tida no lado da arquibancada reservada à torcida rio-ne-grina, Jair não passou por despercebido por entre os fãs alvinegros. O bombozeiro Má-rio Dirane, torcedor do Galo da Praça da Saudade, parou para conversar com o ex-lateral-direito. Ao olhar para o ídolo, ele lamentou: “Ah se fosse no

teu tempo hein, Jair”.“Bons tempos era quando

ele (Jair) jogava. Todo Rio-Nal nessa Colina era casa cheia. Se o jogo começasse às 20h, às 17h já não en-trava ninguém no estádio”, ao relembrar. “Esse aqui (Jair) deu um show de bola no jogo contra o Flamengo. O Zico não fez nada em

cima dele. Ele era muito bom. Apoiava bem. Toda vez que ele ia para frente o Rio Negro se dava bem”, descreve Mário.

Sobre essa mesma parti-da – contra o Flamengo em duelo válido pelo Campe-onato Brasileiro de 1983, o atleta rio-negrino cita outro fato curioso que só

pertence ao futebol baré. “Aqui na Colina não dava para fazer cera, porque a cada dois metros tinha muita casa de formiga. Aí não dava para cair, parece brincadeira, mas é verdade. Quando o Zico caiu para fazer o tempo passar, ele se levantou coçando todo”, conclui Jair.

Reconhecimento do torcedor na arquibancada

Antes dentro das quatro linhas, o ex-lateral Jair voltou à Colina para assistir ao Rio-Nal. Desta vez, “do lado de cá”

Jair recebendo o carinho do torcedor rio-negrino, que viu o ex-lateral direito fazer história com a camisa do Galo da praça da Saudade

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E7 MANAUS, DOMINGO, 1º DE MARÇO DE 2015

Buscando aumentar o leque de atividades na cidade de Ma-naus, a Associação

dos Funcionários Fiscais do Amazonas (Affeam) promo-verá no dia 1º de março a Corrida da Mulher Amazôni-ca. O evento dará início às homenagens alusivas ao Dia Internacional da Mulher.

Com percurso de cinco quilômetros, a prova tem o objetivo de destacar a impor-tância da mulher amazônica

nas diferentes instâncias da sociedade. A disputa ocorre-rá nas categorias individual feminino, casal, cadeirantes, deficiente visual e deficien-te auditivo. As premiações serão valores entre R$ 100 até R$ 1 mil.

No ano passado, a primei-ra edição da corrida teve a participação de mais de 600 pessoas e arrecadou 500 kg de leite, que foram doados às instituições Lar Batista Janell Doyle, Lar das Marias,

Instituto Novo Mundo, Asilo São Vicente de Paula e Insti-tuto Dona Val, beneficiando mais de mil crianças.

A 2ª Corrida da Mulher Amazônia terá uma progra-mação especial com a rea-lização de alguns procedi-mentos ligados à saúde dos corredores como a aferição de pressão, glicemia, mas-sagens e vacinação.

Além disso, com foco vol-tado para a preservação do meio ambiente, serão plan-

tadas mudas de Pau Rosa, árvore amazônica utilizada como principal fixador do perfume Chanel Nº 5 e que está em extinção. Também ocorrerá a doação do leite arrecadado, na entrega dos kits, para instituições filan-trópicas da capital.

Cuidado com corpoPara o administrador Gui-

lherme Vieira, 25, a corrida é uma ótima forma de ho-menagear as mulheres ama-

zônicas. Segundo o atleta de finais de semana, além da lembrança pelo seu dia, a prova ajudará as mulheres a melhorar a parte física e conhecer os benefícios da prática das corridas de ruas, bastante em evidência na cidade de Manaus.

“Correr é um ótimo es-porte. Essa prova é nova, mas já tem sua importância no calendário do Amazonas. Além do percurso ser bom (cinco quilômetros) e bem

competitivo, ele estimula aos novos praticantes do esporte a completar o desa-fio. Um fato legal da corrida é que tem a categoria casal. Assim, você acaba chaman-do sua esposa, namorada ou amiga para competir. Isso também ajuda a estimular a entrada de outros prati-cantes. O esporte só ajuda e melhora a vida das pessoas”, disse Guilherme que par-ticipa de corridas ao lado dos familiares.

Corrida com foco na mulherPara celebrar o Dia Internacinal da Mulher, comemorado no próximo dia 8 de março, a Associação dos Funcionários Fiscais do Amazonas (Aff eam) promove a corrida que terá cinco quilômetros de percurso e pagará R$ 1 mil de premiação

Mulheres reunidas na chegada da corrida da mulher do ano passado

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E8 MANAUS, DOMINGO, 1º DE MARÇO DE 2015

Botafogo e Flamengo se enfrentam no Maracanã pela sétima rodada da competição. Quem vencer assume a ponta do certame

Clássico defi ne liderança do Campeonato Carioca

Rio de J a -n e i -r o

(RJ) - Botafo-go e Flamengo

fazem o clássico da sétima rodada

do Campeonato Carioca neste domingo, às 15h (de Manaus), no Maracanã. O duelo, coloca frente a frente os dois melho-res times da competição até o momento. A equipe de General Severiano soma 16 pontos em seis jogos. Já os Rubro-Negros têm 14. A partida vai defi nir se a liderança muda ou não de mãos.

Durante a semana, o atacan-te Bill, do Botafogo, prometeu marcar gol no clássico e ainda afi rmou que Marcelo Cirino, do rival, não balançará as redes . A afi rmação causou reação nos jogadores do Flamengo. O próprio Cirino foi um dos que “chiou”. “Se ele falou que vai fazer, deixa ele falar. Agora fazer, aí é que eu quero ver se ele vai fazer mesmo”, afi rmou Marcelo Cirino, que ganhou coro de Alecsandro: “Quem tem boca fala o que quer. Tem que falar é depois do jogo. Vamos ver”, disse.

Para apimentar mais o clássico, durante o treino de sexta-feira no Maracanã, pessoas do staff botafoguen-

se identifi caram um espião do Flamengo. O profi ssional foi convidado a se retirar do local, sem grandes problemas.

AdeusO clássico será especial para

Leonardo Moura. Após 10 anos de Flamengo, esse será o último jogo do lateral-direito com a camisa 2 Rubro-Negra. O joga-dor vai se transferir para o Fort Lauderdale Strikers, dos Estados Unidos, clube do qual Ronaldo Fenômeno é um dos parceiros.

Ausência confirmada é do meia-atacante Everton, com edema muscular na coxa. O volante Victor Cáceres tam-bém é dúvida. O Flamengo deve entrar em campo com: Paulo Victor, Léo Moura, Wallace, Samir e Pará; Már-cio Araújo, Canteros e Arthur Maia; Nixon, Marcelo Cirino e Eduardo da Silva.

BotafogoPelo menos no que diz res-

peito à escalação, o Botafo-go não terá mistério para o clássico contra o Flamengo, neste domingo. Em treino re-alizado na tarde sexta-feira, René Simões manteve Diego Jardel, recém-recuperado de lesão muscular, e praticamen-te confi rmou a equipe que vai a campo no clássico do Maraca, pela sétima rodada

do Campeonato Carioca.Sendo assim, o Alvinegro

deve ir a campo com Jeff erson, Gilberto, Roger Carvalho, Re-nan Fonseca e Carleto; Marce-lo Mattos, Willian Arão, Diego Jardel e Tomas; Jobson e Bill. Mesmo assim, René Simões não permitiu que fossem fei-tas imagens do trabalho es-pecífi co ontem, quando ele fez algumas mudanças táticas.

Adeus 2O atacante Pimentinha,

último reforço do Botafogo para a disputa do Campeo-nato Carioca, voltou para o Sampaio Corrêa-MA. O joga-dir fi cou apenas três sema-nas em General Severiano e não disputou nenhuma par-tida. Já em São Luís, capital maranhense, ele não quis re-velar o motivo de ter deixado o Rio, mas deu a entender que houve algum problema. Em nota ofi cial, o Alvinegro explicou que o atleta se re-cusou a realizar exame no púbis e preferiu retornar ao clube nordestino.

“Voltei para o Sampaio. Aconteceram umas coisas que vou falar no momento. Desculpe-me, mas no momen-to realmente não posso falar nada”, disse o jogador, sem confi rmar se o motivo é um problema no púbis.

Pará vai atuar mais uma vez improvisado na late-

ral-esquerda do Flamengo

Botafogo e Flamengo se enfrentam no Maracanã pela sétima rodada da competição. Quem vencer assume a ponta do certame

Clássico defi ne liderança do Campeonato Carioca

R(RJ) - Botafo-

go e Flamengo fazem o clássico da sétima rodada

do Campeonato Carioca neste domingo, às 15h (de Manaus), no Maracanã. O duelo, coloca frente a frente os dois melho-res times da competição até o momento. A equipe de General Severiano soma 16 pontos em seis jogos. Já os Rubro-Negros têm 14. A partida vai defi nir se a liderança muda ou não de mãos.

Durante a semana, o atacan-te Bill, do Botafogo, prometeu marcar gol no clássico e ainda afi rmou que Marcelo Cirino, do

Botafogo e Flamengo se enfrentam no Maracanã pela sétima rodada da competição. Quem vencer assume a ponta do certame

Clássico defi ne liderança do Campeonato Carioca

Pará vai atuar mais uma vez improvisado na late-

ral-esquerda do Flamengo

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