organizações declarantes

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MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE SECRETARIA DAS MUDANÇAS CLIMÁTICAS E QUALIDADE AMBIENTAL DIRETORIA DE QUALIDADE AMBIENTAL NA INDÚSTRIA GERÊNCIA DE RESÍDUOS PERIGOSOS R egistro de E missão e T ransferência de P oluentes – RETP Volume 4 - Manual Setorial: Organizações declarantes Agosto 2010

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MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE SECRETARIA DAS MUDANÇAS CLIMÁTICAS E QUALIDADE AMBIENTAL

DIRETORIA DE QUALIDADE AMBIENTAL NA INDÚSTRIA

GERÊNCIA DE RESÍDUOS PERIGOSOS

Registro de Emissão e Transferência de Poluentes – RETP

Volume 4 - Manual Setorial: Organizações declarantes

Agosto 2010

Registro de Emissões e Transferências de Poluente – RETP. Vol. 4 Manual Setorial: Organizações Declarantes Pág. 2 de 100

MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE SECRETARIA DAS MUDANÇAS CLIMÁTICAS E QUALIDADE AMBIENTAL

DIRETORIA DE QUALIDADE AMBIENTAL NA INDÚSTRIA

GERÊNCIA DE RESÍDUOS PERIGOSOS

Registro de Emissão e Transferência de Poluentes – RETP

Volume 4 - Manual Setorial: Organizações declarantes

MMA. Ministério do Meio Ambiente. Registro de Emissão e Transferência de Polu-entes – RETP. Manual Setorial: Organizações decla-rantes. Volume 4. 2010.

1. Poluentes. 2. Emissões. 3. Transferências. 4. Gestão Ambiental

MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE 2010 

Registro de Emissões e Transferências de Poluente – RETP. Vol. 4 Manual Setorial: Organizações Declarantes Pág. 3 de 100

MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE 2010 

NOTA PRÉVIA

Este texto é de livre acesso e poderá ser reproduzido, no todo ou em

parte, por toda e qualquer parte interessada, desde que reconhecida a

fonte.

Nele são descritos os elementos, mecanismos e instrumentos para o

funcionamento do RETP - Registro de Emissão e Transferência de

Poluentes, integrado ao Cadastro Técnico Federal do IBAMA e opera-

cionalizado através do Portal RETP, na página eletrônica do Ministé-

rio do Meio Ambiente.

Espera-se que os usuários contribuam para o aperfeiçoamento do tex-

to, a fim de que o entendimento do conteúdo seja cada vez mais bem

aproveitado por leitores com diferentes interesses.

O RETP é um sistema de coleta e processamento, com divulgação

livre e irrestrita baseada no princípio do direito público de acesso à

informação.

Ministério do Meio Ambiente

Secretaria de Mudanças Climáticas e Qualidade Ambiental

Diretoria de Qualidade Ambiental na Indústria

Esplanada dos Ministérios – Bloco B – 8º andar

70068-900 - Brasília - DF - Brasil

Telefone +55-61-2028-1215

Página na Internet www.mma.gov.br

Registro de Emissões e Transferências de Poluente – RETP. Vol. 4 Manual Setorial: Organizações Declarantes Pág. 4 de 100

MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE 2010 

Texto elaborado pela consultoria Intertox Ltda., segundo Contrato de Prestação

de Serviços nº BRA 10-07502/2009, e pela equipe técnica a ela associada:

EQUIPE TÉCNICA

Coordenador Geral Moysés Chasin

Coordenador Técnico João Salvador Furtado

Consultores Ademar Haruo Yamada

Alice A. da Matta Chasin

Fabriciano Pinheiro

Fausto Antonio de Azevedo

Marcus E. M. da Matta

Rafael Candido de Oliveira

COORDENAÇÃO MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE

Sérgia de Souza Oliveira Diretora do Departamento de Qualidade Ambiental na Indústria

Zilda Maria Faria Veloso

Gerente de Resíduos Perigosos

Revisão Técnica Mirtes Vieitas Boralli Técnica Especializada

Registro de Emissões e Transferências de Poluente – RETP. Vol. 4 Manual Setorial: Organizações Declarantes Pág. 5 de 100

MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE 2010 

Conteúdo

1.  O que é o RETP ................................................................ 10 

1.1.  Apresentação resumida  10 

2.  Elementos essenciais do RETP ........................................ 15 

2.1.  Missão  15 2.2.  Visão  15 2.3.  Objetivos  15 2.4.  Abrangência  16 2.5.  Marco legal  17 2.6.  Modelos mentais no RETP  18 2.7.  Avaliação anual  18 2.8.  Direcionadores de desempenho do RETP  18 

3.  ASPECTOS OPERACIONAIS ...................................... 23 

3.1.  Relações entre a Coordenadoria de Gestão e as organizações declarantes  23 3.2  .  Relações entre organizações declarantes e os demais grupos de interesse  23

   3.3  .  Declaração anual ao RETP: entendimentos e rotinas  253.3.1. Recomendações para a organização declarante ..................................................... 27

   3.3.2. Atividades produtivas e lista de poluentes do RETP ............................................ 30

   3.4  que   .  O comunicar e como efetuar a comunicação?  53

 3.4.1. Limiares ou linha de corte ............................................................................................... 55

 3.4.2.  Declaração de emissões e transferência de poluentes no formulário ........... 55

   3.4.3.  Emissões para o ar,  a água e o solo ............................................................................. 57

   3.4.3.1. Emissões para o ar .............................................................................................................. 61

........... 62

........... 64 3.4.3.2. Emissões para a água ..............................................................................................3.4.3.3.  Emissões para o solo ...............................................................................................

 is 

3.4.3.4. Transferências para fora do local de poluentes presentes em águas a5.   

residu 64 

   3.4.3. Transferências de resíduos para fora do local ........................................................ 66

   3.4.4. Condição de sigilo ............................................................................................................... 673.4.5. Controle de Qualidade das Informações .................................................................... 693.4.6.  Declaração de Práticas de Aprimoramento .............................................................. 72 

Anexo I - Prevenção na geração de emissões e resíduos ........ 74 

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MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE 2010 

INTRODUÇÃO

Este Manual Setorial descreve o RETP - Registro de Emissões e Transferência de

Poluentes e apresenta os procedimentos para orientar as organizações declarantes

no fornecimento anual de dados por meio do formulário eletrônico para o Cadastro

Técnico Federal, incluído o Relatório de Atividades sob a gestão do IBAMA.

O RETP é um sistema de coleta, tratamento e divulgação de informações, usado em

vários países, a respeito de atividades geradoras ou que se utilizam de substâncias

químicas selecionadas que causam ou têm o potencial de causar riscos ou danos ao

ambiente ou à saúde humana.

O RETP Brasil é criação do Ministério do Meio Ambiente e administrado pela Co-

ordenadoria de Gestão. Os dados e informações de interesse para o RETP foram in-

cluídos no formulário eletrônico utilizado para a declaração anual que é feita pelas

organizações a fim de atender as exigências do Cadastro Técnico Federal

CTF/IBAMA.

Os dados coletados para o RETP são transferidos automaticamente para o Portal

RETP, via web service elaborado pelo Centro Nacional de Telemática-

CNT/IBAMA. O Portal é gerenciado pela Coordenadoria de Gestão e disponibiliza-

dos, livremente, sob a forma de relatórios e outros tipos de informações.

As seguintes informações são consideradas importantes para o conhecimento das

organizações declarantes.

• O fornecimento de dados pelas organizações declarantes é imediato, mas a

análise, interpretação, avaliação e uso delas serão implementados de acordo

com o cronograma definido pela Diretoria de Qualidade Ambiental na Indús-

tria do MMA, por ação da Coordenadoria de Gestão do RETP, de maneira

gradativa, e de acordo com a estratégia de institucionalização do RETP.

• A nomenclatura usada neste documento, da mesma forma que as estruturas e

funções descritas, está sujeita a adaptações e modificações específicas que

atendam às atribuições e aos limites político-administrativos e, especialmen-

te, jurídicos do MMA, sem negligenciar as diretrizes de aperfeiçoamento

continuado e efetivo de boas práticas dos grupos interessados no RETP.

Registro de Emissões e Transferências de Poluente – RETP. Vol. 4 Manual Setorial: Organizações Declarantes Pág. 7 de 100

MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE 2010 

• É importante ficar atento para as possíveis modificações vindouras e que po-

derão ser inseridas no presente texto. Prevê-se também, o surgimento de no-

vas propostas, partindo-se de análises jurídicas mais profundas, novos mar-

cos legais e instrumentos de estímulo econômico, ambiental e social criados

para as partes envolvidas e que afetam os procedimentos no RETP.

• A operacionalização do RETP Brasil está descrita por inteiro, no Volume 1

Manual descritivo e Volume 2 - Instruções Complementares e em documen-

tos que fazem parte do processo de concepção, de posse do MMA.

• A operacionalização do RETP Brasil fortalece a mudança mental – de co-

mando-e-controle para o de desempenho preventivo com qualidade – impli-

cando, portanto, na demanda de modificações de marcos legais e criação de

instrumentos de incentivos não necessariamente fiscais, como aconteceu

com semelhantes instrumentos em outros países.

• A missão do RETP Brasil apoia-se na Política Nacional de Meio Ambiente,

e se insere no âmbito do SISNAMA - Sistema Nacional do Meio Ambiente,

para oferecer, ao público nacional e internacional, mecanismo competente,

eficaz e eficiente para registrar, em bases correntes, as emissões e as transfe-

rências das substâncias poluentes e, dessa maneira, melhorar a gestão das or-

ganizações, a qualidade de vida e do ambiente.

• No Brasil, o RETP está alicerçado no compromisso assumido pelo país du-

rante o III Foro Intergovernamental de Segurança Química, em Salva-

dor/BA, no ano de 2000, contando como a 4ª Prioridade do Plano de Ação

para Segurança Química do Ministério do Meio Ambiente.

Neste sentido, os gestores do RETP deverão reforçar a mensagem da utilidade do

sistema para diferentes grupos de interesse, sob vários aspectos, como os ilustrados

a seguir.

O RETP constitui importante recurso para formulação de políticas públicas, gestão

ambiental e, especialmente, gerenciamento de risco, para uso nas esferas Federal,

Estadual e Municipal.

No âmbito das corporações e de outras empresas privadas, o Sistema representa ba-

se técnica para tomada de decisões e de ações efetivas para aprimoramento de pro-

Registro de Emissões e Transferências de Poluente – RETP. Vol. 4 Manual Setorial: Organizações Declarantes Pág. 8 de 100

MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE 2010 

cessos produtivos, redução de custos de produção e aperfeiçoamento da Responsabi-

lidade Socioambiental Empresarial.

Para as associações industriais, o RETP revela o desempenho nos respectivos seto-

res e fornece indicadores para políticas setoriais, emprego de melhores práticas, ges-

tão econômica e fortalecimento do valor da marca e imagem dos participantes do

segmento.

Os demais grupos de interesse terão oportunidade de acompanhar o desempenho das

organizações, graças ao princípio do direito público de acesso à informação e exer-

cício da cidadania individual e coletiva.

O propósito é o de fortalecer o desempenho e consolidação do sistema – como fer-

ramenta, de uso internacional, para levantamento, tratamento, acesso e divulgação

pública de dados (elementos alfanuméricos) e informações (dados tratados e com ju-

ízo de valor) sobre as emissões para os compartimentos ambientais ar, água e solo e

a transferência para variados fins de substâncias poluentes que efetivamente causam

ou que tenha potencial de causar riscos ou danos para a saúde humana e ambiental.

• Uma vez em operação, o sistema RETP Brasil contribuirá para a formulação

e o desempenho efetivo de políticas governamentais.

• Na esfera corporativa, o sistema poderá subsidiar decisões e ações efetivas

no campo da Responsabilidade Social Empresarial, devido, principalmente,

ao papel desse setor no fornecimento dos dados e informações, através de

declarações ao CTF/IBAMA.

• Economicamente, o RETP contribuirá para os setores industriais envolvidos

diretamente com a declaração de dados e informações, no aprimoramento

dos processos produtivos, com o emprego das melhores práticas disponíveis,

garantindo menor nível de emissão e de transferência de poluentes.

• A sociedade, por sua vez, terá garantido seu direito de acesso à informação e

participará na tomada de decisão, como exercício de cidadania. Neste senti-

do, o envolvimento, engajamento e corresponsabilidade das organizações in-

teressadas constitui elemento importante para a objetividade do RETP, pe-

rante a sociedade em geral, seja por iniciativa própria ou como participante

institucionalizado sob a condição de Grupo ad hoc.

Registro de Emissões e Transferências de Poluente – RETP. Vol. 4 Manual Setorial: Organizações Declarantes Pág. 9 de 100

MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE 2010 

• No contexto do RETP, o Grupo ad hoc constitui denominação genérica para

designar todo e qualquer grupo, formal ou informal de pessoas físicas espe-

cialmente convidadas pelo MMA para executar atividades específicas, de ca-

ráter colaborativo, mas que não faz, nem fará parte da administração institu-

cional do RETP.

São considerados vários tipos de Grupo ad hoc, dos quais são esperados comentá-

rios, idéias, sugestões, recomendações ou tarefas especialmente pré-definidas. Os ti-

pos de grupo ad hoc são abordados mais à frente, neste documento. A memória téc-

nica-organizacional do RETP contém documentos representados por: Manual Geral

do RETP; Manual de Gestão pela Coordenadoria de Gestão; textos resultantes da

concepção e elaboração do projeto; vários tipos de Anexos, nos quais estão apresen-

tadas metodologias para definição de atividades geradoras de poluentes, lista de

substâncias, critérios para medições, condutas em RETPs de outros Países, glossá-

rio, listagem de técnicas para medições e respectivas fontes; outras informações per-

tinentes à concepção e funcionamento do RETP; Manuais orientadores para que os

diferentes grupos de interesse possam identificar a maneira de contribuir e de inte-

ragir com base nos produtos informativos que são disponibilizados pelo Portal

RETP.

Registro de Emissões e Transferências de Poluente – RETP. Vol. 4 Manual Setorial: Organizações Declarantes Pág. 10 de 100

1. O que é o RETP

1.1. Apresentação resumida

O RETP Brasil (Fig. 1) é iniciativa do Ministério do Meio Ambiente do Governo do

Brasil e integrado ao Cadastro Técnico Federal/IBAMA. Está fundamentado em

marco regulatório federal e constitui ferramenta de uso internacional1, como sistema

de levantamento, tratamento, acesso e divulgação pública de dados (elementos alfa-

numéricos) e informações (dados tratados e juízo de valor) sobre as emissões e as

transferências de poluentes constantes de lista oficial, presentes em atividades pro-

dutivas, que causam ou têm o potencial de causar impactos maléficos, para os com-

partimentos ambientais, ar, água e solo.

Figura 1 – Macroestrutura de comunicação Institucional do RETP Brasil

MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE 

1 Internacionalmente, a denominação no idioma inglês é Pollutant Release and Transfer Registers (PR-TR).

2010 

Registro de Emissões e Transferências de Poluente – RETP. Vol. 4 Manual Setorial: Organizações Declarantes Pág. 11 de 100

MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE 2010 

Fazem parte do RETP os seguintes agentes ou atores.

• Coordenadoria de Gestão, para execução das atividades correntes

• Grupo Nacional do RETP, de caráter consultivo e normativo, formado por

representantes qualificados de múltiplas partes interessadas

• Grupos sociotécnicos, convocados para colaboração sob demanda

• Órgãos colaboradores, representados por unidades governamentais especiali-

zadas, de diferentes áreas geopolíticas do Brasil

• Organizações e pessoas físicas, que declaram suas atividades ao

CTF/IBAMA

• Grupos de interesse, para manutenção de diálogo para convergência de ex-

pectativas no âmbito de atuação do RETP. A estes são agregados os grupos

de pressão que não se relacionam objetivamente com o RETP mas que, jun-

tamente com o público em geral, são reconhecidos como fontes de demandas

e de manifestação de expectativas de diversos setores socioeconômicos, com

ou sem relações diretas com o RETP.

Coordenadoria de Gestão do RETP

Unidade administrativa, no âmbito institucional público do MMA, encarregada da

implementação administrativa das deliberações do MMA, incorporadas com as su-

gestões, no que couber:

(i) das recomendações do Grupo Nacional,

(ii) das demandas emanadas das rotinas gerenciais,

(iii) das sugestões feitas por Colaboradores, Grupos sociotécnicos, por outros

grupos ad hoc e pessoas especialmente convidadas,

(iv) das análises feitas com base em demandas e expectativas de grupos de inte-

resse ou de pressão, e

(v) agentes e atores interessados no RETP; (vi) da gestão do Portal RETP e das

atividades de aprimoramento no âmbito geral do RETP Brasil.

A Coordenadoria de Gestão é também responsável pela gestão administrativa do

Portal RETP, sob a responsabilidade direta do MMA.

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MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE 2010 

Grupo Nacional

O Grupo Nacional do RETP2 Brasil constitui elemento superior, de caráter eminen-

temente consultivo e de orientação, com a incumbência especial de recomendar a-

ções deliberativas, pelo MMA, para o bom desempenho da Política e do Sistema de

Governança do RETP, cujas atribuições e procedimentos estão descritos no Manual

de Gestão sob a responsabilidade da Coordenadoria de Gestão do RETP.

O Grupo Nacional é composto de convidados do MMA, procedentes de Ministé-

rios, de organizações privadas e não governamentais, bem como de pessoas físicas

com interesses econômicos, sociais e ambientais, que sejam capazes de expressar

(i) as expectativas, (ii) a contribuição esperada dos diferentes segmentos e (iii) mo-

bilizar a cooperação e responsabilidade compartilhada da sociedade, para os objeti-

vos do RETP. Os membros do Grupo Nacional originam-se ou dispõem de conhe-

cimentos no âmbito do RETP no contexto das seguintes organizações ou segmen-

tos: Ministério do Meio Ambiente e outros Ministérios do Governo Federal; Órgãos

Ambientais Estaduais; IBAMA/Cadastro Técnico Federal; Setor industrial; Organi-

zações Não Governamentais; Trabalhadores; Sociedades científicas e tecnológicas;

Universidades e institutos de pesquisa e desenvolvimento.

O Grupo Nacional deve ser composto por pessoas nominalmente designadas pelo

MMA, cujo perfil demonstre, objetivamente:

• conhecimento, experiência e interesse pessoal na política, governança, mis-

são, visão, objetivos e, sempre que possível, conteúdo sociotécnico das ques-

tões abrangidas pelo RETP;

• domínio de informações e representatividade para expressar, demonstrar e,

idealmente, assumir compromissos formais em nome de Ministérios, de or-

ganizações públicas ou privadas, de grupo de pessoas ou de comunidades,

para o envolvimento, engajamento e a participação efetiva no âmbito das ati-

vidades previstas no RETP;

2 A representatividade e funções do Grupo Nacional correspondem ao que se aplica à Comissão Nacional do RETP de outros países. A autoridade superior do MMA estabelecerá a estrutura e os limites de compe-tências para ações deliberativas ou decisórias do RETP no âmbito do MMA e dará ciência a todas as partes interessadas.

Registro de Emissões e Transferências de Poluente – RETP. Vol. 4 Manual Setorial: Organizações Declarantes Pág. 13 de 100

MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE 2010 

• disponibilidade de meios e recursos para divulgar o RETP e suas realizações,

bem como, idealmente, mobilizar a cooperação e as responsabilidades a se-

rem assumidas pela organização, pelo segmento ou pelos diferentes segmen-

tos da sociedade que representam ou tenham potencial para representar.

Grupos ad hoc

Os Grupos ad hoc são formados por pessoas físicas e representantes de organiza-

ções públicas e privadas, que atuam como colaboradores externos, como formadores

de opinião ou grupos de pressão importantes para o aperfeiçoamento do funciona-

mento do RETP. São reconhecidos como os seguintes tipos:

Grupo de colaboradores

Agentes públicos, de diferentes instâncias governamentais, nos níveis federal, esta-

dual e municipal que, a convite da Coordenadoria de Gestão, venham a executar

funções e práticas operacionais efetivas para a melhor gestão do RETP, em seus

respectivos espaços institucionais e geográficos. Apesar deste grupo ser ad hoc, ele

está separado na figura 1, pois esses agentes públicos podem ter a função específica

como gestor RETP.

Grupo sociotécnico

Grupos de pessoas físicas ou de representantes de pessoas jurídicas que, a convite

do MMA, por sugestão do Grupo Nacional ou da Coordenadoria de Gestão, contri-

buam com opiniões, sugestões, recomendações ou outros elementos, para temas de

natureza técnica, econômica e social, relacionados ao RETP, com base nas experi-

ências, vivências ou conhecimentos nos respectivos segmentos ou setores da socie-

dade nos quais executam suas atividades efetivas.

Grupo de interesse

Conjunto de pessoas físicas ou representativas de organizações, de natureza pública,

privada, não-governamental ou de grupos não-organizados, cujos interesses são le-

vados em consideração, por que afetam ou são afetados pelas atividades realizadas

no âmbito do RETP.

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MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE 2010 

Grupo de pressão

Conjunto de pessoas, físicas ou jurídicas, cujas atividades representem pressões po-

sitivas ou negativas para o bom desempenho do RETP, seja diretamente sobre as in-

formações geradas ou sobre as informações declaradas pelas organizações que de-

vem fornecer informações através do CTF/IBAMA.

Declarantes ao RETP

O RETP funciona a partir da captura de dados e informações que são declaradas,

obrigatoriamente, numa periodicidade anual, por organizações de pessoas jurídicas,

por meio de formulário eletrônico do Cadastro Técnico Federal – CTF/IBAMA, a-

dequado às exigências do RETP.

O declarante deverá criar e manter sistema próprio de dados e informações para a-

tender às exigências do RETP, baseado no formulário do CTF/IBAMA, - abrangen-

do identificação do declarante, cálculo anual e registro de emissões para os compar-

timentos ambientais ar, água e solo e transferência de poluentes pela destinação de

resíduos associadas às atividades produtivas.

As regras, procedimentos e instrumentos do RETP são divulgados para conhecimen-

to público e para uso de todos os grupos de interesse. Dessa maneira, as organiza-

ções ou estabelecimentos terão acesso às instruções para efetuar as declarações e os

demais interessados do assunto para a qualificação técnica e contribuição objetiva,

desejadas para o aprimoramento do RETP.

Os instrumentos, mecanismos e procedimentos do RETP estão descritos neste Ma-

nual, incluídos nas instruções para preenchimento do formulário eletrônico ao

CTF/IBAMA e poderão ser acessados, livremente, no Portal RETP Brasil.

Para orientação dos declarantes, alguns aspectos são ressaltados.

• O RETP utiliza-se de parte dos campos do CTF/IBAMA e outros que são

específicos para o RETP.

• Os dados e informações destinados ao RETP são transferidos do

CTF/IBAMA para o Portal RETP Brasil e hospedados na página eletrônica

do Ministério do Meio Ambiente. A partir daí, são processados para geração

de produtos informativos e disponibilizados para acesso público livre, gratui-

to e irrestrito.

Registro de Emissões e Transferências de Poluente – RETP. Vol. 4 Manual Setorial: Organizações Declarantes Pág. 15 de 100

MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE 2010 

• Sob determinadas circunstâncias, alguns dados do RETP não serão acessa-

dos, divulgados, nem incluídos nos relatórios, por razões metodológicas ou

jurídicas, cujas bases ou fundamentos são objeto de transparência pública.

Isto será devido, por exemplo, no caso da adoção de metas para avaliações

anuais, ou de atendimento à condição de sigilo. Os critérios para as condi-

ções são públicos, da mesma forma como o são para contestações e interpo-

sição de recursos contraditórios.

2. Elementos essenciais do RETP

2.1. Missão

Disponibilizar informações objetivas e confiáveis de emissões e transferências de

substâncias poluentes selecionadas, que causam ou têm o potencial para causar da-

nos à saúde humana e ambiental, oriundas de atividades produtivas em organizações

privadas ou públicas.

2.2. Visão

Tornar-se instrumento permanentemente aprimorado, no âmbito do SISNAMA, pa-

ra gerar informações confiáveis a respeito de emissões e transferências de determi-

nados poluentes e, com isso, contribuir para melhorar a qualidade de vida humana e

ambiental.

2.3. Objetivos

O objetivo geral do RETP é capturar, anualmente, informações sobre as emissões e

as transferências de poluentes selecionados, derivados de processos produtivos, em

bases anuais e promover a divulgação ampla, gratuita e irrestrita das informações

previstas.

Este objetivo se alinha a propósito maior do MMA que é o de estimular a mudança

das práticas de produção de bens e serviços do modelo fim-de-tubo para o de pre-

venção de emissões na fonte.

Os objetivos específicos

• Estabelecer, anualmente – com base em avaliação da realidade brasileira e

mediante contribuição de grupos sociotécnicos qualificados – a porcentagem

Registro de Emissões e Transferências de Poluente – RETP. Vol. 4 Manual Setorial: Organizações Declarantes Pág. 16 de 100

MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE 2010 

a ser adotada como limiar (ou linha de corte) para divulgar as emissões e

transferências, a partir dos dados e informações declarados ao CTF/IBAMA.

• Analisar, as condutas operacionais das organizações declarantes em relação

às emissões e transferências de poluentes.

2.4. Abrangência

O RETP Brasil abrange as pessoas jurídicas obrigadas a preencherem o formulário

eletrônico do CTF/IBAMA, cujas atividades produtivas envolvem a emissão ou

transferência de uma ou mais substâncias da lista oficial de poluentes definida pelo

MMA em conjunto com as partes interessadas.

O RETP estabelece as correlações entre (i) atividades (como fontes geradoras de po-

luição), (ii) substâncias poluentes selecionadas, (iii) emissão para compartimentos

(ar, água e solo) ou (iv) transferência de resíduos para diferentes finalidades (rea-

proveitamento, descarte ou incineração).

O RETP lida com duas categorias de informações.

• Informações obrigatórias, determinadas por marcos regulatórios do

CTF/IBAMA, consideradas necessárias para a melhor gestão dos efeitos ma-

léficos efetivos ou potenciais, provocados por substâncias poluentes.

• Informações voluntárias, que, por livre iniciativa da declarante, resultam de

aprimoramento de processos produtivos na organização declarante. Estas in-

formações abrangem, por exemplo, prevenção de perdas de matérias-primas,

de produtos, energia ou de água.

As informações voluntárias são reconhecidas como fruto do esforço para a-

primoramento de práticas. Servem para iniciativas promocionais, pelo

RETP, visando o reconhecimento de ações pró-ativas de organizações dife-

renciadas, uma vez que representam progressos na cadeia de suprimentos.

As informações coletadas constituirão banco de dados de emissões e transferências

de poluentes no Brasil com importantes características ou finalidades, como as se-

guintes.

• Acesso individual e amigável

Registro de Emissões e Transferências de Poluente – RETP. Vol. 4 Manual Setorial: Organizações Declarantes Pág. 17 de 100

MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE 2010 

nte”;

• Busca por elementos históricos e georreferenciados

• Uso de dados e informações por usuário não-técnico e usuário-orientado, pa-

ra entendimento das informações quanto à natureza, conteúdo, potencial de

impacto causado e outras variáveis ou elementos descritivos.

• Apresentação de quantidades ou valores, detalhados e agregados

• Estudos sobre as emissões e/ou transferências de poluentes, sob diferentes

ângulos ou aspectos e atendimento sob demanda

2.5. Marco legal

A obrigatoriedade na prestação dos dados e informações pelos declarantes decorre

das exigências estabelecidas por instrumentos legais alinhados ao CTF/IBAMA. Em

questão de legislação, o RETP está pautado fundamentalmente em quatro pontos:

• Constituição Federal Artigo 2253, parágrafo 1, inciso V, citação in verbis:

“V – controlar a produção, a comercialização e o emprego de técnicas, mé-

todos e substâncias que comportem risco para a vida e o meio ambie

• Lei Federal n° 7.3474, de 24 de julho de 1985, que disciplina a ação civil pú-

blica de responsabilidade por danos causados ao meio ambiente e dá outras

providências;

• Lei Federal nº 10.1655, de 27 de dezembro de 2000, que regulamenta as ati-

vidades potencialmente poluidoras e aquelas que se utilizam de recursos na-

turais, com destaque para o Manual do Relatório de Atividades do Cadastro

Técnico Federal/IBAMA;

3 Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constitui%C3%A7ao.htm 4 Lei Federal que disciplina a ação civil pública por danos causados ao meio ambiente. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L7347orig.htm 5 Lei Federal que altera a Política Nacional do Meio Ambiente, estabelecendo categorias de atividade potencialmente poluidoras e utilizadoras de recursos naturais. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L10165.htm

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• Política Nacional do Meio Ambiente, Lei Federal nº 6.9386, de 31 de agosto

de 1981, que criou um sistema de meio ambiente com o objetivo da preser-

vação, melhoria e recuperação da qualidade ambiental.

O funcionamento do RETP está ancorado na conformidade legal e obrigatória para

as organizações declarantes ao CTF/IBAMA, mas oferece instrumentos e mecanis-

mos de reconhecimento de informação voluntária, por organizações que vão além-

da-conformidade.

2.6. Modelos mentais no RETP

O processo de coleta de informações é amigável e orientado para o modelo de jane-

la única. Assim, buscou-se proporcionar praticidade ao declarante e evitar o esforço

de fornecimento repetitivo e informações. Para isso, os requisitos do RETP são in-

corporados e harmonizados ao formulário eletrônico utilizado na declaração CTF/

IBAMA.

2.7. Avaliação anual

Todos os dados do CTF/IBAMA são passíveis de captura para o RETP. Entretanto,

a determinação de metas para avaliação anual poderá resultar na aplicação de filtros

para transferência de dados em cada ano de reporte.

O primeiro nível de filtro é representado pela seleção do poluente. Para isso existe a

lista oficial de poluentes do RETP, a qual é construída com base em conjunto de

múltiplos critérios técnicos, administrativos e socioambientais.

O segundo nível de filtro é criado por categorias de atividades que constitui as fon-

tes de emissão e transferência de poluentes. O terceiro nível será estabelecido, se for

utilizado limiar ou linha de corte, para obtenção apenas dos dados de emissões re-

presentativas do total emitido pelas atividades, baseado em critérios técnicos.

2.8. Direcionadores de desempenho do RETP

Além dos aspectos referentes ao controle de qualidade dos dados e informações de-

clarados ao CTF/IBAMA, e dos procedimentos de controle de qualidade do RETP,

6 Lei Federal que dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L6938.htm

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propriamente dito, o desempenho geral do RETP será objeto de análise e avaliação

por diferentes partes interessadas.

De acordo com a política de transparência adotada, é oportuno mencionar os indica-

dores ou direcionadores, listados em seguinte, que servirão para orientar as análises

e avaliações feitas pelos agentes interessados.

• Proteção, enquanto caracterizada por medidas destinadas a: defender e valo-

rizar os interesses e expectativas de todas as partes envolvidas no RETP; o-

timizar os benefícios globais e específicos, desde que não discriminatórios;

zelar pela qualidade, institucionalização e perenidade do RETP, em seus

componentes de sustentabilidade econômica, ambiental e social.

• Identificação, representada pelo ato de reconhecer ou tornar iguais ativida-

des, linhas de investigação, grupos, projetos, de elevado potencial para trans-

ferência de conhecimento, melhores práticas e outras iniciativas no âmbito

do RETP.

• Aconselhamento, como processo de orientação por meio de parceria conti-

nuada, de modo estruturado, com o objetivo de auxiliar ações para o reco-

nhecimento, análise, avaliação e tomada de decisões para prevenção de con-

flitos e a busca de resultados superiores ou aprimorados, quanto aos propósi-

tos do RETP.

• Orientação, como procedimento metodológico para organizar os esforços,

de caráter geral; propor diretrizes para a gestão; construir a rota de ações e

cuidar das iniciativas estratégicas implementadas, com vista ao atendimento

dos objetivos ou dos alvos desejados, a fim de determinar a organização e

sustentação de projetos, grupos, alvos, metas, objetivos, atividades, entre ou-

tros aspectos do RETP.

• Catalisação, representada por iniciativas destinadas a disseminar idéias, re-

cursos informativos e outros instrumentos, com o objetivo de estimular e en-

corajar o envolvimento dos participantes e provocar a ampliação, expansão,

reprodução e multiplicação dos instrumentos, mecanismos e participação dos

agentes no RETP.

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• Relacionamento, como processo para estabelecer conexões entre pessoas e

grupos, internos e externos no âmbito do RETP, com vistas a estabelecer e-

los na cadeia de interesses, aceitação e validação das iniciativas entre os di-

ferentes públicos.

• Supervisão, como prática efetiva de monitoramento, análise e avaliação, que

resulte na orientação, em plano superior, da estrutura, logística, operações,

bens e serviços, com o propósito de acompanhar o planejamento e expandir e

aprimorar o horizonte das ações no âmbito do RETP.

• Deliberação, enquanto iniciativas de intervenção, como competência, para a

consecução de procedimentos adequados ao desempenho estratégico, dife-

renciado e aprimorado do RETP, com emissão de atos regulatórios e instru-

mentos gerenciais apropriados ao nível organizacional do Grupo Nacional.

• Comunicação, como ato de manter aberto todos os canais para se transmitir

e receber mensagens, notícias, informações e instruções, envolvendo os a-

gentes, atores e demais grupos de interesse abrangidos pelas atividades do

RETP.

• Liderança, expressa pela capacidade de conduzir e comandar iniciativas,

como a grande força condutora para o desenvolvimento e aprimoramento do

RETP.

• Reconhecimento e valorização, como iniciativas para zelar pelos interesses

dos diferentes grupos; identificar o desempenho diferenciado de agentes e

grupos de interesse qualificados e de elevada reputação e idoneidade, envol-

vidos nas atividades do RETP.

Espera-se que as Organizações declarantes façam o melhor uso de comentários, re-

comendações, sugestões e outros subsídios das demais partes interessadas, tomando-

se como base em questionamentos ou situações, como os seguintes.

• Como se chegou a determinada situação ou condição.

• Características dos marcos de referência relevantes.

• Direção ou caminho seguido e consequências em relação ao que era espera-

do.

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• Posição assumida ou defendida por determinado agente ou ator.

• Situação, condição ou estágio alcançado em relação ao padrão de desempe-

nho adotado.

• O que deve ser feito para se chegar ou alcançar o que não foi obtido.

• Objetivos, temas ou questões que não foram plenamente alcançados ou aten-

didos, do ponto de vista de indicadores tangíveis e intangíveis.

• Correções a serem feitas em relação ao desempenho geral; superação de me-

tas; relacionamentos e outros aspectos relevantes que foram detectados.

• Revisão das prioridades correntes e em relação à visão de futuro na evolução

qualitativa e quantitativa do RETP.

• Análise e avaliação do desempenho geral do RETP em relação ao que se pre-

tendia atingir ou alcançar, preservar, evitar ou eliminar

• Identificação de causas e efeitos; condutas reativas e pró-ativas; medidas

corretivas

• Correlação do desempenho à política, governança, missão e visão propostas

para o RETP

• Opiniões de interessados qualificados e relevantes e seus efeitos

• Resultados de relacionamento e comunicação com diferentes grupos de inte-

resse

• Lições aprendidas; treinamento alcançado; oportunidades para aprimoramen-

to aproveitadas e não atendidas; contribuições para formulação de políticas

públicas e privadas; diferenciação do RETP Brasil em relação ao cenário in-

ternacional; conduta dos participantes do RETP Brasil em relação a questões

econômicas, sociais e ambientais globais; eventos relacionados a temas sele-

cionados como Princípio da precaução, Responsabilidade objetiva, Direito

de acesso público à informação.

• Marcos de referência para atividades futuras.

• Qualidade dos relacionamentos envolvendo as Organizações interessadas,

entre si e com os gestores do RETP Brasil, do ponto de vista de iniciativas

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de: (i) sensibilização, (ii) envolvimento, (iii) engajamento, (iv) comprometi-

mento e (v) cooperação e compartilhamento de atividades nos fluxos, opera-

ções, produção e uso de informações sobre substâncias poluentes derivadas

de atividades produtivas nas organizações declarantes.

• Intensidade e qualidade do diálogo democrático entre as partes interessadas e

destas com os gestores do RETP, a fim de, em especial, animar a continuida-

de e perenidade do processo, através da participação voluntária, ativa e cons-

trutiva.

• Efeito do processo de reconhecimento, valorização e recompensas de organi-

zações diferenciadas, com visão além-da-conformidade em seus desempe-

nhos em relação a: processos (fluxos), métodos (identificação, medição,

classificação), produtos (dados e informações), melhores práticas e outras i-

niciativas que demonstrem a mudança do comportamento fim-de-tubo para o

preventivo.

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3. ASPECTOS OPERACIONAIS

3.1. Relações entre a Coordenadoria de Gestão e as organizações declarantes

A Coordenadoria de Gestão do RETP deve elaborar o Plano e programa específico

para gerenciar as atividades do RETP e orientar as relações entre as organizações

declarantes, para o preenchimento do formulário eletrônico; promover os eventos

virtuais que envolvem os dados declarados, as atividades dos gestores do

CTF/IBAMA; a transferência virtual, automática dos dados de interesse do RETP

para o Portal RETP gerenciado pela própria Coordenadoria de Gestão e a elabora-

ção dos produtos informativos para uso público.

Portanto, a Coordenadoria de Gestão manterá relacionamento com as organizações

declarantes, idealmente por meio de interlocução qualificada e o uso de mecanismos

e instrumentos de caráter informativo e livre acesso, por intermédio do Portal

RETP.

3.2. Relações entre organizações declarantes e os demais grupos de interesse

As informações analíticas que serão produzidas, com base nos dados de emissões e

transferência de poluentes declarados, são de caráter público e sujeitas à análise e

avaliação crítica por pessoas e organizações com interesse objetivo nas atividades

do RETP, bem como por membros de outros grupos de pressão com interesses indi-

retos ou difusos.

Portanto, espera-se que os comentários e outras formas de manifestação sejam utili-

zados pelas Organizações declarantes como subsídios para o aprimoramento de

processos produtivos e de produtos, alinhado à harmonização de aspectos sociotéc-

nicos relativos aos poluentes químicos e de expectativas econômicas, sociais e am-

bientais no âmbito da sociedade e, mais especificamente, do mercado.

É oportuno reconhecer que o sucesso do RETP será tanto melhor quanto mais quali-

ficada for a participação dos agentes e atores e da capacidade de diálogo e aprovei-

tamento das opiniões, no âmbito do RETP Brasil. As atitudes, comportamentos e i-

niciativas dos comentaristas são considerados fundamentais para o bom desempe-

nho do sistema e o aprimoramento da conduta das organizações declarantes.

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A construção e operação do RETP Brasil consideram, portanto, que cada parte ou

grupo de interesse tem expectativas a serem atendidas e responsabilidades a serem

cumpridas.

A estrutura geral do RETP – ilustrada anteriormente (Fig. 1) – mostra a necessidade

e interlocução entre as Organizações declarantes e as demais organizações interes-

sadas. A visão geral do fluxo e das expectativas do RETP em relação às organiza-

ções interessadas (Fig. 2) indica o potencial de contribuição das organizações inte-

ressadas para a avaliação da qualidade e da sinalização das rotas para aprimoramen-

to do sistema.

Figura 2 – Síntese do fluxo geral do RETP Brasil

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3.3. Declaração anual ao RETP: entendimentos e rotinas

A declaração de dados e informações pelo estabelecimento ou organização decla-

rante deve ser realizada diretamente nos campos do formulário eletrônico do

CTF/IBAMA.

É oportuno enfatizar que o RETP é dinâmico, atualizável e objeto de aprimoramento

corrente, para revelar aperfeiçoamentos alcançados pelo sistema produtivo e evolu-

ção nos processos de gestão ambiental. Por isso, os campos do formulário poderão

ser modificados ao longo do tempo, conforme as práticas de melhoria contínua se-

jam implementadas pela Coordenadoria de Gestão e pela coordenação do

CTF/IBAMA.

O RETP se vale de rotinas declaratórias praticadas pelas organizações que executam

atividades produtivas emissoras de poluentes e já fornecem dados ao CTF/IBAMA.

Mas, são solicitados, de fato, dados e informações novos ou modificados, obrigató-

rios, para atender ao RETP, como, por exemplo: quantificação de poluentes para os

compartimentos ambientais; uso e identificação de métodos de medição.

Outros elementos, de interesse para o RETP, não têm caráter de obrigatoriedade e

poderão ser, futuramente, incluídos no Portal com o propósito de identificar, valori-

zar e promover as organizações que adotam ou venham a adotar melhores práticas e

com isso, tornarem-se diferenciadas em seu segmento. Estão, nestas condições, no-

vas políticas de uso de melhores práticas e melhores resultados focados em preven-

ção de emissões e transferência, reuso, reaproveitamento.

A declaração de dados e informações pelo formulário eletrônico do CTF/IBAMA,

como ilustrado no fluxo (Fig. 3), requer a configuração e implementação de sistema

e de rotinas internas de (a) identificação da tipologia de dados e informações reque-

ridos; (b) coleta, registro, análise, avaliação, controle de qualidade e alinhamento às

demandas e características estabelecidas pelo RETP e (c) inclusão dos dados e in-

formações nos campos do formulário eletrônico.

É recomendável que a natureza, características e demais elementos que definem ca-

da tipo de categoria e respectivos dados e informações requeridos sejam tratados

adequadamente e transformados em registros internos. Sugere-se que o registro dos

elementos informativos sejam idealmente gerenciados segundo as melhores práticas

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de governança organizacional e adicionados de informações a respeito dos efeitos e

impactos causados.

Figura 3 – Procedimentos para a declaração ao formulário eletrônico

A estrutura e elementos do formulário eletrônico serve de parâmetro para a organi-

zação declarante estruturar seus procedimentos e fornecer os dados previstos nos

blocos ou categorias mencionadas na ilustração.

A abordagem dos tópicos seguintes visa favorecer o fornecimento de dados e infor-

mações pela Organização declarante

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3.3.1. Recomendações para a organização declarante

A organização declarante é a pessoa jurídica representada por empresa privada

ou empresa pública, órgão público, fundação privada ou fundação pública, as-

sociação, ou cooperativa, dentre outros, classificada em uma ou mais categorias

de atividade e em um ou mais elementos descritivos, conforme as atividades

potencialmente poluidoras listadas na Lei n° 10.165 de 2000.

Nesse sentido a declaração anual ao RETP favorece o modelo de janela única,

adotado pelo uso do formulário eletrônico do CTF/IBAMA, dentro das rotinas

e dos prazos de declaração já estabelecidos no sistema. Os novos declarantes ao

cadastro devem utilizar as orientações e respeitar as especificações no Manual

do CTF/IBAMA7.

Organizações que não estão sujeitas à declaração obrigatória ao CTF/IBAMA,

mas que desejarem introduzir os dados de emissões e transferências de poluen-

tes no banco de dados do RETP poderão fazê-lo voluntariamente, quando dis-

ponível, via Portal do RETP. Neste, as Organizações declarantes encontrarão

as instruções apropriadas. Organizações declarantes diferenciadas serão benefi-

ciadas pelos mecanismos de divulgação e promoção que serão implementados

por meio do RETP.

Os dados requeridos para o RETP estão identificados no formulário eletrônico

do CTF/IBAMA e mencionados na ilustração dos procedimentos (Fig. 3). To-

davia, as seguintes instruções são enfatizadas, por serem consideradas úteis pa-

ra a Organização declarante.

(1) O RETP apóia-se no fornecimento de dados por organizações que são obrigadas

a fazer a declaração anual ao CTF/IBAMA e na declaração voluntária de emis-

sões e transferências de poluentes da lista oficial por organizações não alcança-

das pelo marco regulatório.

(2) As informações requeridas abrangem três categorias de elementos, variáveis ou

aspectos: (i) as atividades produtivas que se utilizam de poluentes da lista oficial

do RETP, que emitem, transferem ou têm potencial para emissão ou transferên-

cia de tais poluentes; (ii) as substâncias da lista oficial propriamente ditas, rela-

7 Ibama. Serviços On-Line http://servicos.ibama.gov.br/cogeq/index.php

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cionadas às atividades e (iii) os compartimentos ambientais para onde os poluen-

tes são emitidos ou transferidos.

As demais variáveis do RETP constituem detalhamento dos elementos básicos,

cuja sistematização está em harmonia com os modelos implantados em diver-

sos países e que constituem produtos informativos importantes para uso local e

harmonização internacional.

(3) A declaração deve ser feita para cada planta industrial ou instalação equivalente.

No caso de plantas industriais em locais adjacentes e com o mesmo CNPJ será

possível uma única declaração. Em plantas industriais onde existir mais de uma

organização, com diferentes CNPJs, cada uma deverá fazer a respectiva declara-

ção ao formulário eletrônico do CTF/IBAMA, mesmo que as emissões e transfe-

rências aconteçam no único processo industrial de produção.

Toda declaração terá os responsáveis legais devidamente identificados no

CTF/IBAMA, na forma de pessoas físicas de funcionários ou prepostos, os

quais responderão pelas informações prestadas. O caminho para atualização

destas informações no CTF/IBAMA está apresentado na figura 4.

Dessa forma, os responsáveis legais serão:

• a autoridade maior da planta e

• o responsável técnico pela declaração.

Além desses, a Organização declarante deverá identificar, nominalmente, o

responsável pelo atendimento público e pela interface com as partes interessa-

das em geral.

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Figura 4 – Atualização de dados cadastrais no Cadastro Técnico Federal do IBAMA

Os dados e informações solicitados para o RETP, por intermédio do formulário ele-

trônico do CTF/IBAMA são de dois tipos: (a) escolha de resposta, como vocabulá-

rio pré-determinado e (b) texto discursivo.

No segundo caso, recomenda-se que o responsável pela declaração descreva a con-

dição ou situação com objetividade e clareza, em benefício da própria organização

declarante, por ocasião da divulgação dos relatórios por meio do Portal RETP.

É oportuno enfatizar, entretanto, que seria bastante desejável que as organiza-

ções que implementarem boas práticas divulguem os procedimentos e resulta-

dos alcançados no Portal, pois, serão utilizados para promoção e valorização do

desempenho diferenciado, por meio do Portal RETP.

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3.3.2. Atividades produtivas e lista de poluentes do RETP

Atividades geradoras de poluentes

Para o RETP Brasil, as atividades geradoras de poluentes são as listadas na Lei

10.165, de 27 de dezembro de 2000, conforme consta no Manual do

CTF/IBAMA. As atividades estão classificadas em 25 Categorias de Ativida-

des que se desdobram em 173 Elementos Descritivos (cuja lista é inserida a se-

guir).

N° Código CTF Categoria Elemento Descritivo

1 21-4

Atividades diversas

Análises laboratoriais 2 21-5 Experimentação com agroquímicos 3 21-1 Reparação de aparelhos de refrigeração

4 21-2 Reparação de maquinas, aparelhos e equipa-mentos

5 21-3 Usuários de substâncias controladas pelo Pro-tocolo de Montreal

6 1-2

Extração e Tratamento de Minerais

Lavra a céu aberto, inclusive de aluvião, com ou sem beneficiamento

7 1-4 Lavra garimpeira 8 1-3 Lavra subterrânea com ou sem beneficiamento

9 1-5 Perfuração de poços e produção de petróleo e gás natural

10 1-1 Pesquisa mineral com guia de utilização 11 23-4

Gerenciador de Projeto

Atividades Nucleares e/ou radioativas 12 23-6 Duto 13 23-13 Empreendimento militar 14 23-14 Exploração e produção de petróleo off shore 15 23-8 Ferrovia 16 23-9

Gerenciador de Projeto

Hidrovia 17 23-5 Linha de transmissão 18 23-12 Mineração 19 23-15 Outras atividades 20 23-2 Pequena central hidroelétrica 21 23-10 Ponte 22 23-11 Porto 23 23-7 Rodovia 24 23-1 Usina hidroelétrica 25 23-3 Usina termoelétrica 26 9-1

Indústria de Borracha

Beneficiamento de borracha natural.

27 9-2 Fabricação de câmara de ar, fabricação e re-condicionamento de pneumáticos.

28 9-4 Fabricação de espuma de borracha e de artefa-tos de espuma de borracha, inclusive látex.

29 9-3 Fabricação de laminados e fios de borracha.

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N° Código CTF Categoria Elemento Descritivo

30 10-2

Indústria de Couros e Peles

Curtimento e outras preparações de couros e peles.

31 10-3 Fabricação de artefatos diversos de couros e peles

32 10-4 Fabricação de cola animal. 33 10-1 Secagem e salga de couros e peles

34 7-3

Indústria de Madeira

Fabricação de chapas, placas de madeira a-glomerada, prensada e compensada

35 7-4 Fabricação de estruturas de madeira e de mó-veis.

36 7-2 Preservação de madeira 37 7-1 Serraria e desdobramento de madeira.

38 7-6 Usina de preservação de madeira piloto (pes-quisa).

39 7-7 Usina de preservação de madeira sem pressão.49 7-5 Usina de preservação de madeira sob pressão.41 6-2

Indústria de Material de Transporte

Fabricação e montagem de aeronaves.

42 6-1 Fabricação e montagem de veículos rodoviá-rios e ferroviários, peças e acessórios.

43 6-3 Fabricação e reparo de embarcações e estrutu-ras flutuantes.

44 5-3

Indústria de material Elétrico, Eletrônico e

Comunicações

Fabricação de aparelhos elétricos e eletrodo-mésticos.

45 5-2 Fabricação de material elétrico, eletrônico e equipamentos para telecomunicação e infor-

mática.

46 5-1 Fabricação de pilhas, baterias e outros acu-muladores.

47 8-3 Indústria de Papel e Celulose

Fabricação de artefatos de papel, papelão, cartolina, cartão e fibra prensada.

48 8-1 Fabricação de celulose e pasta mecânica. 49 8-2 Fabricação de papel e papelão.

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N° Código CTF Categoria Elemento Descritivo

50 16-5

Indústria de Produtos Alimentares e Bebidas

Beneficiamento e industrialização de leite e derivados

51 16-1 Beneficiamento, moagem, torrefação e fabri-cação de produtos alimentares

52 16-14 Fabricação de bebidas alcoólicas

53 16-13 Fabricação de bebidas não-alcoólicas, bem

como engarrafamento e gaseificação e águas minerais

54 16-12 Fabricação de cervejas, chopes e maltes

55 16-3 Fabricação de conservas

56 16-9 Fabricação de fermentos e leveduras

57 16-10 Fabricação de rações balanceadas e de alimen-tos preparados para animais

58 16-11 Fabricação de vinhos e vinagre

59 16-6 Fabricação e refinação de açúcar

60 16-2 Matadouros, abatedouros, frigoríficos, char-queadas e derivados de origem animal

61 16-4 Preparação de pescados e fabricação de con-servas de pescados

62 16-8 Produção de manteiga, cacau, gorduras de origem animal para alimentação

63 16-7 Refino e preparação de óleo e gorduras vege-tais

64 12-2 Indústria de Produtos de Matéria Plástica.

Fabricação de artefatos de material plástico.

65 12-1 Fabricação de laminados plásticos.

66 2-1

Indústria de Produtos Minerais Não Metálicos

Beneficiamento de minerais não metálicos, não associados a extração

67 2-2

Fabricação e elaboração de produtos minerais não metálicos tais como produção de material

cerâmico, cimento, gesso, amianto, vidro e similares

68 13-1 Indústria do Fumo Fabricação de cigarros, charutos, cigarrilhas e outras atividades de beneficiamento do fumo.

69 4-1 Indústria Mecânica Fabricação de máquinas, aparelhos, peças,

utensílios e acessórios com e sem tratamento térmico ou de superfície.

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Código CTF Categoria Elemento Descritivo

70 3-1

Indústria Metalúrgica

Fabricação de aço e de produtos siderúrgicos

71 3-10 Fabricação de artefatos de ferro, aço e de me-tais não-ferrosos com ou sem tratamento de

superfície, inclusive galvanoplastia

72 3-9 Fabricação de estruturas metálicas com ou

sem tratamento de superfície, inclusive galva-noplastia.

73 3-7 Metalurgia de metais preciosos. 74 3-8 Metalurgia do pó, inclusive peças moldadas.

75 3-3 Metalurgia dos metais não-ferrosos, em for-mas primárias e secundárias, inclusive ouro.

76 3-2 Produção de fundidos de ferro e aço, forjados, arames, relaminados com ou sem tratamento

de superfície, inclusive galvanoplastia.

77 3-4 Produção de laminados, ligas, artefatos de

metais não-ferrosos com ou sem tratamento de superfície, inclusive galvanoplastia.

78 3-6 produção de soldas e anodos.

79 3-5 Relaminação de metais não-ferrosos, inclusive ligas

80 3-11 Têmpera e cementação de aço, recozimento de arames, tratamento de superfície.

81 3-12 Usuário de mercúrio metálico - metalurgia dos

metais não-ferrosos, em formas primárias e secundárias, inclusive ouro.

82 15-3

Indústria Química

Fabricação de combustíveis não derivados de petróleo

83 15-8 Fabricação de concentrados aromáticos natu-rais, artificiais e sintéticos

84 15-11 Fabricação de fertilizantes e agroquímicos 85 15-14 Fabricação de perfumarias e cosméticos

86 15-6 Fabricação de pólvora, explosivos, detonan-tes, munição para caça-desporto, fósforo de

segurança e artigos pirotécnicos

87 15-9 Fabricação de preparados para limpeza e po-

limento, desinfetantes, inseticidas, germicidas e fungicidas

88 15-17 Fabricação de preservativos de madeiras

89 15-18 Fabricação de produtos derivados do proces-samento de petróleo - Res. CONAMA N°.

362/2005

90 15-2 Fabricação de produtos derivados do proces-samento de petróleo, de rochas betuminosas e

da madeira

91 15-16 Fabricação de produtos e substâncias contro-lados pelo Protocolo de Montreal

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Código CTF Categoria Elemento Descritivo

92 15-12

Indústria Química

Fabricação de produtos farmacêuticos e vete-rinários

93 15-5 Fabricação de resinas e de fibras e fios artifi-ciais e sintéticos e de borracha e látex sintéti-

cos 94 15-13 Fabricação de sabões, detergentes e velas

95 15-10 Fabricação de tintas, esmaltes, lacas, vernizes, impermeabilizantes, solventes e secantes

96 15-15 Produção de álcool etílico, metanol e simila-res.

97 15-19 Produção de óleos - Res. CONAMA N°. 362/2005

98 15-4 Produção de óleos, gorduras, ceras, vegetais e animais, óleos essenciais, vegetais e produtos

similares, da destilação da madeira

99 15-1 Produção de substâncias e fabricação de pro-dutos químicos

100 15-7 Recuperação e refino de solventes, óleos mi-nerais, vegetais e animais

101 11-1

Indústria Têxtil, de Ves-tuário, Calçados e Arte-

fatos de Tecidos

Beneficiamento de fibras têxteis, vegetais, de origem animal e sintética.

102 11-4 Fabricação de calçados e componentes para calçados.

103 11-2 Fabricação e acabamento de fios e tecidos

104 11-3 Tingimento, estamparia e outros acabamentos

em peças do vestuário e artigos diversos de tecidos

105 14-2 Indústrias Diversas Usinas de produção de asfalto. 106 14-1 Usinas de produção de concreto. 107 99-2 Moto-serras - Lei

7803/89 Comerciante de moto-serras.

108 99-1 Proprietário de moto-serras. 109 22-5

Obras civis

Abertura de barras, embocaduras e canais 110 22-2 Construção de barragens e diques 111 22-3 Construção de canais para drenagem 112 22-7 Construção de obras de arte 113 22-8 Outras construções 114 22-4 Retificação de curso de água 115 22-1 Rodovias, ferrovias, hidrovias, metropolitanos116 22-6 Transposição de bacias hidrográficas

117 17-4

Serviços de Utilidade

Destinação de resíduos de esgotos sanitários e de resíduos sólidos urbanos, inclusive aqueles

provenientes de fossas

118 17-3 Disposição de resíduos especiais tais como: de agroquímicos e suas embalagens; usadas e de

serviço de saúde e similares

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Código CTF Categoria Elemento Descritivo

119 17-5

Serviços de Utilidade

Dragagem e derrocamentos em corpos d´água120 17-8 Estações de tratamento de água 121 17-10 Geração de energia hidrelétrica

122 17-7 Interceptores, emissários, estação elevatória e tratamento de esgoto sanitário

123 17-1 Produção de energia termoelétrica;.

124 17-6 Recuperação de áreas contaminadas ou degra-dadas

125 17-9 Transmissão de energia elétrica

126 17-2 Tratamento e destinação de resíduos industri-ais

127 18-6

Transporte, Terminais, Depósitos e Comércio

Comércio de combustíveis, derivados de pe-tróleo

128 18-10 Comércio de produtos e substâncias controla-das pelo Protocolo de Montreal

129 18-8 Comércio de produtos perigosos -mercúrio metálico

130 18-7 Comércio de produtos químicos e produtos perigosos

131 18-13 Comércio de produtos químicos e produtos perigosos - Res. CONAMA N°. 362/2005

132 18-5 Depósitos de produtos químicos e produtos perigosos

133 18-3 Marinas, portos e aeroportos

134 18-4 Terminais de minério, petróleo e derivados e produtos químicos

135 18-11 Transportador de produtos florestais

136 18-1 Transporte de cargas perigosas

137 18-14 Transporte de cargas perigosas - Res. CO-NAMA N°. 362/2005

138 18-15 Transporte ferroviário

139 18-2 Transporte por dutos

140 19-1 Turismo Complexos turísticos e de lazer, inclusive parques temáticos.

141 20-17

Uso de Recursos Naturais

Atividade agrícola e pecuária 142 20-10 Centro de triagem da fauna silvestre

143 20-24 Comercialização de fauna silvestre nativa e exótica, partes produtos e subprodutos

144 20-9 Consumidor de madeira, lenha ou carvão ve-getal

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Código CTF Categoria Elemento Descritivo

145 20-23

Uso de Recursos Naturais

Criação comercial de fauna silvestre nativa e exótica

146 20-14 Criador com fins científicos de fauna silvestre nativa e exótica

147 20-11 Criador conservacionista de fauna silvestre nativa

148 20-13 Criador de passeriformes silvestres nativos

149 20-2 Exploração econômica da madeira ou lenha e subprodutos florestais

150 20-16 Federações, associações e clubes

151 20-21 Importação ou exportação de fauna nativa brasileira

152 20-22 Importação ou exportação de flora nativa bra-sileira

153 20-15 Importador ou exportador de fauna silvestre exótica

154 20-26 Introdução de espécies exóticas

155 20-20 Introdução de espécies geneticamente modifi-cadas (CONAMA 305)

156 20-25 Jardim zoológico 157 20-28 Manejo de fauna exótica invasora 158 20-29 Manejo de fauna nativa em desequilíbrio 159 20-6 Manejo de recursos aquáticos vivos 160 20-30 Manejo de fauna sinantrópica 161 20-12 Mantenedor de fauna silvestre exótica 162 20-27 Pescador amador 163 20-18 Projetos de assentamento colonização

164 20-19 Promoção de eventos esportivos de pesca a-madora

165 20-1 Silvicultura

166 20-8 Utilização da diversidade biológica pela bio-tecnologia

167 20-5 Utilização do patrimônio genético natural 168 98-2

Veículos Automotores - Pneus - Pilhas e Baterias

Comerciante de pneus e similares

169 98-4 Importador de baterias para comercialização de forma direta ou indireta

170 98-6 Importador de baterias para uso próprio

171 98-1 Importador de pneus e similares

172 98-5 Importador de veículos para uso próprio

173 98-3 Importador de veículos automotores - fins comerciais

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Para o RETP, a origem do poluente deve ser relacionada à atividade potencial-

mente poluidora e elemento descritivo, conforme consta no Manual do

CTF/IBAMA (fig.5).

Figura 5 – Declaração de Atividades Desenvolvidas no Cadastro Técnico Federal do

IBAMA

Substâncias poluentes

A lista oficial de poluentes para o RETP está disponível a todas as partes inte-

ressadas, no formulário eletrônico do CTF/IBAMA e no Portal RETP.

A lista é dinâmica, uma vez que terá que ser ajustada a novas realidades e ava-

liações, a fim de que expresse os principais elementos que causam ou tenham

potencial de causar impactos danosos para a saúde humana e o ambiente.

A eleição do poluente levou e deverá levar em conta, de modo recorrente, múl-

tiplos critérios, considerando-se, entre outros, eventos que:

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afetem – de forma imediata, mediata ou de longo prazo – a qualida-

de dos diferentes ecossistemas, presentes nos compartimentos am-

bientais ar, água e solo;

prejudiquem ou potencialmente possam prejudicar a saúde, a segu-

rança e o bem-estar de populações;

afetem as condições sanitárias e/ou estéticas do meio ambiente;

liberem matérias (como material particulado e fuligem) em desa-

cordo com os padrões ambientais estabelecidos por lei ou regula-

mentações;

alterem as propriedades físicas, químicas ou biológicas dos diferen-

tes corpos d’água, como rios, lagoas, águas subterrâneas e mares,

bem como eventuais reservatórios destinados ao consumo da popu-

lação;

prejudiquem, direta ou indiretamente, a biodiversidade aquática;

criem condições nocivas, ofensivas ou inadequadas para fins do-

mésticos, agropecuários, industriais, e a outros segmentos de ativi-

dades sócio-econômicas.

A metodologia utilizada para construção da lista de poluentes do RETP Brasil

foi eletiva e baseada em passos e critérios, como os seguintes.

Elaboração de lista geral, inicial, com 316 substâncias poluentes re-

sultantes da combinação de listagens dos RETPs de diversos países

e de outras fontes como protocolos internacionais e organismos na-

cionais, segundo a adoção de distintos critérios técnicos;

Construção de lista de base, contendo 194 substâncias poluentes,

fruto de depuração da lista geral, segundo princípios de ajuste das

variáveis às condições brasileiras;

Revisão da tipologia dos elementos estruturantes ou variáveis a res-

peito dos poluentes da lista de base;

Discussão e validação dos poluentes da lista de base, por represen-

tantes de múltiplas partes interessadas8.

8 Reunião de especialistas, em 19 de novembro de 2008.

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A elaboração da primeira lista considerou, com grande peso, a relevância e as

experiências em países industrializados na construção dos modelos de REPT

(PRTR) implantados. Documentos elaborados no âmbito da União Européia,

por exemplo, dão destaque para o consenso transnacional atingido depois de

exaustivos debates.

Neste sentido, foram consideradas as decisões no Reino Unido, Canadá e Ja-

pão, com tecnologias e economias avançadas; México, pela proximidade ao

Brasil, quanto ao patamar tecnológico e industrial, aspectos culturais e de orga-

nização social, econômica e política; Austrália, pelo aspecto tecnológico, cli-

mático e extensão territorial.

Assim sendo, a lista geral de poluentes ficou representada por:

combinação de substâncias poluentes extraídas das listas de Austrá-

lia, Canadá, Japão, México, Protocolo de Kiev, Reino Unido e do-

cumento geral da União Européia e;

adição de substâncias poluentes incluídas em importantes protoco-

los, convenções e documentos internacionais de cooperação, consi-

deradas relevantes para a saúde humana e para a qualidade do meio

ambiente, tais como Protocolo de Aarhus (Metais Pesados), Proto-

colo de Estocolmo (POPs), Protocolo de Gothenburg (Acidifica-

ção); Protocolo de Kyoto (aquecimento global); Protocolo de Mon-

treal (camada de ozônio); Convenção de Rotterdam – PIC (Consen-

timento Prévio Informado).

Análise crítica da lista geral resultou na identificação de substâncias indispen-

sáveis para a lista do RETP Brasil, tanto pela natureza do efeito, como por con-

formidade legal.

A revisão da lista geral gerou a lista de base, com 194 poluentes, direcionada

para a realidade brasileira, considerando-se elementos como os volumes de

produção, importação e exportação e o uso de matéria prima.

Para isso, foram utilizadas fontes de dados oficiais nacionais, como MDIC-

AliceWeb - O Sistema de Análise das Informações de Comércio Exterior e

CTF/IBAMA – Cadastro Técnico Federal, bem como os de organizações na-

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cionais não-governamentais, representados, por exemplo, por Anuários e Rela-

tórios da Abiquim – Associação Brasileira da Indústria Química.

A lista de base passou a incluir poluentes capazes ou com potencial para causar

toxicidade ou perigo, direto ou indireto, abrangendo efeitos adversos e possibi-

lidade de causarem situações de calamidade (fogo e explosão), questões epi-

demiológicas, alterações ambientais caracterizadas por efeitos perceptíveis em

escala de importância, como mudança climática, entre outros.

A lista de 194 poluentes foi previamente analisada para discussão em grupo de

múltiplas partes interessadas. A avaliação em grupo9 e a reavaliação pós-

reunião resultaram na inserção de ajustes e validação da lista oficial, inicial pa-

ra o RETP Brasil, como aparece no Quadro 1.

9 Reunião ocorrida em 19 de novembro de 2008, com partes interessadas oriundas de governo federal e estadual, associações, universidades e organi-

zações não governamentais.

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Quadro 1 - Lista Oficial de Poluentes RETP Brasil Substância Sinonímia Código - Lista Única Ibama

Acetaldeído Aldeído acético ; Etanal ; Etilaldeído 20.292.620

Acetato de éter monometílico de etileno-glicol

2-Metoxietanol acetato ; 2-Metoxietil acetato 109-86-4

Acetato de vinila Etanoato de etenila ; MVA ; Vinil a monômero 20.222.080

Acetona 2-Propanona ; Dimetilcetona 20.292.040

Ácido acético (glacial ou solução) Ácido acético ; Ácido de vinagre ; Ácido etanóico 20.292.050

Ácido acrílico Ácido propenóico 20.222.090

Ácido cianídrico Solução Ácido hidrociânico ; Ácido prússico ; Cianeto de hidrogênio 28.111.950

Ácido clorídrico Ácido muriático ; Cloreto de hidrogênio em solução aquosa

Cloreto de hidrogênio em solução aquosa - 280610.20

Cloreto de hidrogênio - 2806.10.10

Ácido cloroacético Ácido monocloroacético 2915.40.10

Ácido fluorídrico Ácido fluorídrico solução; Fluoreto de Hidrogenio 20.192.330

Ácido fórmico Ácido metanóico 2915.11.00

Ácido fosfórico Ácido ortofosfórico 20.192.020

Ácido nítrico Aqua fortis; Ácido azótico 20.122.020

Ácido sulfúrico Ácido fertilizante ; Ácido para bateria ; Óleo de vitríolo ; Sulfato de hidrogênio 20.122.030

Acrilamida Amida acrílica 50% ; Propenamida 50% 2924.19.31

Acrilonitrila Cianeto de etileno ; Cianeto de vinila ; " Fumigrain " ; Propenonitrila 20.222.130

Acroleína 2-Propenal ; Acraldeído ; Acrilaldeído ; Aldeído acrílico 107-02-8

Alaclor 2-cloro- 2,6-dietil-N-(Metoximetil)acetanilida 2924.29.42

Aldrin 1,4:5,8-Dimetanonaftaleno,

1,2,3,4,10,10-hexacloro-1,4,4a,5,8,8a-hexahidro-, endo,exo-

2903.52.10 2903.59.10

Amianto (ver também crocidolita) asbesto exceto crocidolita - 2524.90.00 Crocidolita - 2524.10.00

Amileno trimetiletileno 513-35-9

Amônia anidra Amônia; Amônia anidra, liquefeita; Amoniaco 2814.10.00

Anidrido ftálico

1,3-Dioxoftalano ; Ácido anidrido 1,2-benzenodicarboxílico ; Ácido anidridoftá-lico ; Ftalanodiona; Ácido benzeno-1,2-

dicarboxílico

20.222.170

Anidrido maléico 2,5-Furanodiona ; Anidrido toxílico ; cis-Anidrido butenóico 20.222.180

Anidrido trimelítico 20.222.190

Anilina Aminobenzeno; Fenilamina; Óleo de anilina 2921.41.00

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Substância Sinonímia Código - Lista Única Ibama

Antimônio e compostos Stibium

Antimônio bruto - 8110.00.10 Obras de antimônio - 8110.00.90

Desperdícios e resíduos de antimônio - 8110.1020

Antimônio em pós - 8110.20.00 Trióxido de antimônio - 2825.80.90

Outros óxidos de antimônio - 2825.80.10

Outros cloretos de Antimônio - 2827.39.50

Outros sulfatos de antimônio - 2833.29.10

Arsênio e compostos Arsênico Arsênio - 2804.80.00 Tricloreto de arsênio - 2812.1015

Atrazina 2-Cloro-4-etilamino-6-isopropilamina-S-triazina ; Herbicida Aatrex 2933.69.13

Benomil Agrocit; Benlate 2933.99.51

Benzeno Benzol, ciclohexatrieno 20.212.010

Benzidina Anfetamina Outros sais dos produtos Benzidina e seus derivados - 2921.59.19

Berílio e compostos Glucínio Berílio em forma bruta e pó - 8112.12.00

Bifenila Bifenil, Difenila, Difenil 20.292.560

Bifenila Polibromada (PBB) PBB 29036924

Bifenilas policloradas (PCBs) Aroclor ; Ceras halogenadas ; Policloro-polifenilas 1336-36-3

Binapacril Dinoseb metacrilato; Dinoseb, 3,3-dimetilacril éster 485-31-4

Boro e compostos Boro

Carboneto de Boro - 2849.90.10 Nitreto de boro - 2850.00.10 Boro; telúrio - 2804.50.00

Outros óxidos de boro e ácidos bóricos - 2810.00.90

Brometo de metila Bromometano ; M - B - C - Fumegante ; Monobromometano 74-83-9

Bromo Flúor; bromo - 2801.30.00

Bromoclorometano Brometo de clorometila 74-97-5

Bromodifeniléteres (PBDE) Bromkal 70 60371-14-4

1,3-Butadieno Bietileno ; Butadieno, inibido ; Divinil ; Viniletileno 106-99-0

Butil álcool (sec-) 2-Hidroxibutano ; Álcool sec-butílico ; Metiletilcarbinol 2905.14.20

Butil álcool (tert-) 2-Metil-2-propanol ; Álcool terc-butílico ; t-Butanol ; Trimetilcarbinol 2905.14.30

Butileno (todos os isômeros) 1-Buteno; Etiletileno; n-Buteno; n-Butileno

Buteno (butileno) não-saturado - 2021.2030;

Buteno (butileno) não-saturado - 2021.2030

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Substância Sinonímia Código - Lista Única Ibama

Cádmio e compostos Cádmio

Cádmio em formas brutas - 8107.20.10;

Cádmio em formas de Pó - 8107.20.20; Desperdícios e resíduos de cádmio -

8107.30.00; Cloretos, oxicloretos e hidroxicloretos;

brometos e oxibrometos; iodetos e oxiiodetos de cádmio - 2827.39.91

Captafol Difolatan; Difosan 2930.90.92

Carbofurano Furadan; Kenofuran 20.512.050

Carbono orgânico total (COT)

Chumbo e compostos (exceto o chumbo tetraetila e o tetrametila) Plumbum

Desperdícios e resíduos de chumbo - 7802.00.00

Cinzas e resíduos contendo chumbo - 2620.20.00

Outros óxidos de chumbo - 2824.90.00 Sulfetos de chumbo - 2830.90.14

Lamas de gasolina contendo chumbo e lamas de compostos antidetonantes

contendo chumbo - 2620.21.00

Chumbo tetraetila 78-00-2

Chumbo tetrametila 75-74-1

Cianetos Cianetos exceto cuproso ou cúprico, oxicianetos e cianetos complexos n.e - 2019.2130

Ciclo-hexano Hexahidrobenzeno ; Hexametileno ; Hexanafteno 20.292.300

Cipermetrina 2926.90.23

Clordano 1,2,4,5,6,7,8,8-Octacloro-2,3,3a,4,7,7a-hexahidro -4,7-metanoindeno ; Octa-klor

; Toxiclor 2903.52.20

Clordecon 143-50-0

Clordimeforme Clorfenamidina 2925.21.00

Cloreto de etila Cloroetano ; Éter hidroclórico ; Éter muriático ; Monocloroetano 29.031.120

Cloreto de metila Clorometano ; Gás refrigerante R 40 29.031.110

Cloreto de vinila Cloroeteno; Cloroetileno; Monômero Vinil C 20222240

Clorfenvinfos Apaclor 2919.00.60

Cloro e compostos inorgânicos (exceto HCl)

20.112.030

Clorobenzeno Monoclorobenzeno; Cloreto de benzeno; Cloreto de fenila; MCB 2903.61.10

Clorobenzilato 2918.18.00

Clorofenóis (di, tri, tetra) Diclorofenóis e seus sais - 2908.19.12 Triclorofenóis e seus sais - 2908.19.14

Tetrafenóis e seu sais - 2908.19.15 Clorofórmio Triclorometano 2903.13.00

3-Cloropropionitrila 1-Cloro-2-cianoetane; 3-Cloropropanonitrila 542-76-7

Clorpirifós Cloropirifós 20.512.080

Cobalto e compostos

Cobalto em formas brutas - 8105.20.10 Outros cloretos de cobalto - 2827.39.97 Cobalto em forma de pós - 8105.20.20

Desperdício e resíduos de cobalto - 8105.30.00

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Substância Sinonímia Código - Lista Única Ibama

Cobre e compostos

Outros produtos de cobre refinado em forma bruta - 7403.19.00

Ligas de cobre e zinco (latão) em forma bruta - 7403.21.00

Ligas de cobre e estanho (bronze) em forma bruta - 7403.22.00

Ligas de cobre e niquel e cobre niquel zinco em forma bruta - 7403.23.00

Outras ligas de cobre em forma bruta - 7403.29.00

Desperdícios e resíduos de cobre - 2443.2070

Ligas mãe de cobre - 7405.00.00 Cloreto de cobre I - 2827.39.10

Outros fosfatos de cobre - 2835.29.30 Cianeto de cobre I - 2837.19.14 Cianeto de cobre II - 2837.19.15

Outros óxidos e hidróxidos de cobre - 2825.50.90

Compostos orgânicos halogenados absor-víveis (expressos em AOX - adsorbable organic halogen)

41.009.003

Compostos orgânicos voláteis não-metânicos (COVNM) 41009004

Cresol Ácido cresílico; Hidroxitolueno; Oxitolu-eno; Ácido de alcatrão; Metilfenol 20.222.250

Crocidolita (ver também amianto) Amianto azul; Asbesto amorfo 2524.10.00

Cromo e compostos Crômio

Cromo em bruto - 8112.20.10 Cromo em pó - 8112.21.20

Obras de cromo, desperdício e resíduos de cromo - 8112.20.90 Desperdícios

e resíduos de cromo - 8112.22.00

Cumeno 2-Fenil-propano ; Isopropilbenzeno 20.292.490

DDT 1,1,1-Tricloro-2,2-bis(p-clorofenil)etano ; Diclorodifenil tricloroetano ; pp' DDT 2903.62.20

Di(2-Etilhexil) ftalato Ácidoftálico di (2-etilhexil)éster ; Dioc-tilftalato; DEHP 117-81-7

Dibrometo de etileno 1,2-Dibromoetano; Dibromoetileno; Etilenodibrometo; Glicol dibrometo

1,2- dibromoetano - 2903.30.22 Dibrometo. De etileno (iso) (1,2 di-

bromoetano) - 2903.31.00

Dibutilftalato Ácidoftálico dibutil éster; Butilftalato; DBP 84-74-2

Diclorobenzeno (mistura de isômeros orto e para) P-diclorobenzeno - 29036130

o-diclorobenzeno - 29036120

Dicloroetano DCE 20.222.020

Diclorometano Cloreto de metileno; Dicloreto de metile-no; DCM 2903.12.00

Dieldrin HEOD 2910.40.00 2910.90.20

Dietanolamina D E A ; 2,2 dihidroxidietilamina ; 2,2 iminodietanol ; di ( 2 - hidroxietil ) amina 2922.12.00

Difenilamina Anilinobenzeno; n-Fenilanilina 2921.44.10

Diisocianato de tolueno Naconato 100 ; TDI ; Tolueno 2,4-diisocianato 20222270

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MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE 2010 

Substância Sinonímia Código - Lista Única Ibama

Dimetilamina DMA 2921.11.21

Outros sais de dimetilamina - 2921.1129

Dimetilformamida DMF 2924.19.22

Dinitro-orto-cresol e sais DNOC 2908.99.11

Dinitrotolueno (mistura de isômeros) DNT 2904.20.30

Dinoseb 2915.36.00

Dioxano 1,4-Dioxano; Di(óxido de etileno) ; p-Dioxano 123-91-1

Dióxido de carbono Anidrido carbônico; Gás carbônico ácido; CO2 20.142.040

Dioxinas e furanos* PCDD; PCDF

Dissulfeto de carbono Bissulfeto de carbono ; Sulfureto de carbono 2813.10.00

Diuron Anduron; Ansaron; DMCU 20512090

Endossulfan Thiodan 2920.90.21 Endrin Hexadrin 2910.90.30

Epicloridrina 1-Cloro- 2,3-epóxipropano ; Cloridrina ; Cloro metiloxirano ; Epicloridrina crua ;

gama-Cloro óxido-propileno 20.222.010

Estanho e compostos

Compostos organoestánicos (como Sn total) - 2931.00.49

Estanho não ligado em forma bruta - 8001.10.00

Ligas de estanho em forma bruta - 8001.20.00

Desperdício e resíduos de estanho - 8002.00.00

Hidróxido de trifenilestanho - 2931.00.41

Acetato de trifenilestanho - 2931.00.44

Estireno Estirol ; Feniletileno ; Vinilbenzeno 20.222.280

Etanol Álcool; Álcool de cereais; Álcool etílico

Álcool etílico desnaturado - 1931.2010; Álcool etílico não desnaturado, com teor alcoólico em volume menor que

80% - 1931.2020; Álcool etílico não desnaturado, com teor alcoólico em volume maior ou

igual a 80%, anidro ou hidratado para fins carburantes - 1931.2030;

Álcool etílico não desnaturado, com teor alcoólico em volume maior ou

igual a 80%, para fins não carburantes - 1931.2040

Éter monoetílico de etilenoglicol Celossolve; Etileno-glicol-monoetil éter; Etilglicol; Glicol monoetil éter 2909.44.11

Éter monometílico de dietilenoglicol Dowanol DM; Metil carbinol 2909.44.21

Éter monometílico de etilenoglicol 2-Metoxietanol ; Dowanol EM ; Glicol monometil éter ; Metil celossolve 109-86-4

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MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE 2010 

Substância Sinonímia Código - Lista Única Ibama

Etilbenzeno Etilbenzol ; Feniletano 20.222.290

Etilbutilcetona 106-35-4

Etileno Eteno ; Etileno líquido refrigerado ; Gás oleificante ; Hidrogênio bicarburetado 20.212.040

Etilenoglicol 1,2-Dihidrixietano ; 1,2-Etanodiol ; Etileno dihidratado ; Monoetilenoglicol 20.222.300

Etilenotiouréia 2-Imidazolina-2-tiol; 2-Mercapto-2-imidazolina 96-45-7

Fenóis (como C total) Oxibenzeno; Ácido Fênico; Álcool fenílico 20.222.310

Flúor e compostos inorgânicos (como HF)

Flúor - 7782-41-4 Fluorssilicatos, fluoraluminatos e

outros sais complexos de flúor, exceto Fluoretos e o fluoreto de hidrogênio -

2019.2340

Fluoretos

Fluoreto de hidrogênio (ácido fluorídri-co) - 2019.2330

Outros fluoretos - 2826.19.90 Fluoreto ácido de amônio - 2826.19.20 Outros fluoretos de amônio ou de sódio

- 2826.11.90 Fluoreto de alumínio - 2826.12.00

Fluoroacetamida Amida do ácido fluoracético 29241210

Formaldeído Aldeído fórmico; Formalina; Metanal; Oximetileno 20.222.370

Fosfamidon Famfos 2924.12.20

Fósforo total

Heptacloro Heptachlor; Velsicol 2903.52.30

Hexaclorobenzeno (HCB) HCB 2903.62.10

Hexaclorobutadieno (HCBD) 87-68-3

1,2,3,4,5,6-Hexaclorociclohexano (mistu-ra de isômeros) [ver lindano]

HCH (chamado erroneamente de BHC, embora seja designação consagrada no

Brasil) 2903.51.10

Hexafluoreto de enxofre 2551-62-4

Hexano n-hexano 19222080

1-Hexeno Butiletileno; Hexileno 592-41-6

Hidrazina Diamina; Hidrazina anidra 2825.10.10

Hidrobromofluorocarbonetos (HBFCs)*

Hidrocarbonetos aromáticos policíclicos (HAPs)*

Clorofluorocarbonetos (CFCs)*

Hidroquinona 1,4-Benzenodiol; Ácido pirogentísico; Hidroquinol; p-Dihidroxibenzeno 2907.22.00

Isopreno beta-Metildivinil 2901.24.20

Isoproturon

Lindano [ver 1,2,3,4,5,6-hexaclorociclohexano] hexaclorociclohexano isômero gama 2903.51.10

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Substância Sinonímia Código - Lista Única Ibama

Manganês e compostos

Manganês em formas brutas (lingotes, placas, etc.) e semimanufaturadas (barras, perfis, chapas, etc.); pós;

desperdícios e resíduos - 2449.2140 Cloreto de manganês - 2827.39.95 Fosfato de manganês - 2835.29.60 Dióxido de manganês - 2019.2260

Aglomerados de minérios de manganês e seus concentrados - 2602.00.10

Outros minérios de manganês e seus concentrados - 2602.00.90

Mercúrio e compostos Azougue; Quicksilver, mercúrio metálico

Mercúrio - 2805.40.00 Óxidos de mercúrio - 2852.00.11

Cloreto de mercúrio I (cloreto mercu-roso) - 2852.00.12

Cloreto de mercúrio II (cloreto mercú-rico) para uso fotográfico, pronto para

utilização - 2099.2030 Cloreto de mercúrio II (cloreto mercúrico), apre-sentado de outro modo - 2852.00.14 Acetato de mercúrio - 2852.00.21

Timerosal - 2852.00.22 Estearato de mercúrio - 2852.00.23 Lactato de mercúrio - 2852.00.24

Salicilato de mercúrio - 2852.00.25

Metacrilato de metila 2-Metil-2-propenoato de metila ; Ácido metacrílico, metil éster ; Alfa-metacrilato

de metila ; Monômero metacrilato 2916.14.10

Metamidofós Acefate-met; Amidor 2930.50.20

Metano Gás natural ; Gás de pântano Gás natural gasoso - 2711.1121

Metanol Álcool colonial; Álcool columbia; Álcool de madeira; Álcool metílico 20212070

Metiletilcetona 2-Butanona ; Etilmetilcetona ; MEK 2914.12.00

Metilisobutilcetona 4-Metil-2-pentanona ; Hexona ; Isobutil-metilcetona ; Isopropilacetona ; MIBK 2914.13.00

Metil-tert-butiléter MTBE 20932160

Mirex Percloropentaciclodecano 2903.59.40

Monocrotofós Azodrin; Corofós; Croton 20512190

Monóxido de carbono Monóxido 630-08-0

Níquel e compostos

Catodos de níquel não ligados em forma bruta - 7502.1010

Outras formas de níquel bruto não ligado - 7502.10.90

Ligas de níquel em forma bruta - 7502.20.00

Desperdícios e resíduos, de níquel - 7503.00.00

Pós e escamas, de níquel não ligado - 7504.00.10

Outros pós e escamas de níquel - 7504.00.90

Barras de níquel não ligado - 7505.1110

Barras de liga de níquel - 7505.1210 Cloreto de níquel - 2827.35.00 Sulfato

de níquel - 2019.2720 Óxido niqueloso - 2825.40.10

Outros óxidos niquelosos - 2825.40.90

Nitroanilina (isômero para) 1-Amino-4-nitrobenzeno ; 4-Nitroanilina 29.214.231

Nitrobenzeno Nitrobenzol 2904.20.51

Nitrogênio total 20.142.070

Nitroglicerina Trinitrato de glicerina; Trinitrato de glicerol 2920.90.32

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Substância Sinonímia Código - Lista Única Ibama

Nonilfenóis e nonilfenóis etoxilados (NF/NFE) Nonilfenol 25154-52-3

Octilfenóis etoxilados p-Octilfenol; 4-octilfenolato 1806-26-4

Óxido de etileno Oxirano; Óxido de eteno; Óxido de etileno com nitrogênio 20292840

Óxido de magnésio 1309-48-4

Óxido de propileno 1,2-Epoxipropano ; Metil oxirano ; Óxido de propeno 20.292.750

Óxido nitroso Gás hilariante ; Monóxido de dinitrogê-nio 10024-97-2

Óxidos de enxofre (SOx) Dióxido de enxofre - 2019.2250

Óxidos de nitrogênio (NOx) Dióxido e monóxido de nitrogênio 11104-93-1

Parafinas cloradas de cadeia curta, C10-C13 Cloroalcanos 85535-84-8

Paration Ácido fosforotióico; Etil paration; Parati-on etílico 292011.10

Paration metílico Metil paration 2920.1120'

Partículas (PM10) 41009030

Pentaclorobenzeno 608-93-5

Pentaclorofenol Dowicide 7; Penta; Santophen 20; PCP 29.081.016

Perfluorcabonos PFC

Permetrina 20.512.210

Piridina Azobenzeno 2933.31.10

Propileno Metiletileno; Propeno Não saturado - 2021.2100

Selênio e seus compostos 2804.90.00

Simazina Gesaran; Gesatop 2933.69.14

Sulfeto de hidrogênio Ácido sulfídrico ; Hidrogênio sulforoso 7783-06-4'

2,4,5-T e sais ácido triclorofenoxiacético 2918.91.00

Terfenilas policloradas (PCT) Policloradaterfenila 61788-33-8

Tetracloreto de carbono Benzinaform; Necatorina; Perclorometa-no; Tetraclorometano; TCM 2903.14.00

1,1,2,2-Tetracloroetano Tetracloroetano ; Tetracloreto de acetile-no 79-34-5

Tetracloroetileno Percleno; Percloroetileno; Perk; Perc; Tetracloroeteno; PCE 2903.23.00

Thiram Arasan; Atiram; Tiotox 2930.30.21

Tiouréia 2930.90.21

Tolueno Metilbenzeno; Metilbenzol; Toluol 20.212.110

Toxafeno Octaclorocanfeno 8001-35-2

Tributilestanho e compostos Hidreto de tri-n-butilestanho 688-73-3

Triclorobenzeno TCB 2903.69.14

1,1,2-Tricloroetano Tricloreto de vinila 2903.19.20

1,1,1-Tricloroetano Cloroteno ; Metilclorofórmio 2903.19.10

Tricloroetileno Tricleno ; Tricloroeteno ; TEC 2903.22.00

Trifenilestanho e compostos Hidreto de trifenilestanho 892-20-6

Trifluralina Treflan 2921.43.22

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Substância Sinonímia Código - Lista Única Ibama

Tris (2,3-dibromopropil) fosfato TRIS; TDBPP 2919.10.00

Vanádio e compostos

Ferrovanádio - 7202.92.00 Vanádio - 81124000

Pentóxido de divanádio - 2825.30.10 Outros óxido e hidróxidos de vanádio -

2825.30.90

Xileno Metiltolueno; xilol

Xilenos (O-xileno, m-xileno ou p-xileno) - 2021.2120

Mistura de isômeros do xileno - 2021.2080

2,4-Xilenol 2,4-Dimetilfenol 105-67-9

Zinco e compostos

Cloreto de zinco - 2827.39.98 Tubos, canos e seus acessórios (uniões, coto-

velos, luvas, etc.), de zinco - 2449.2190 Ligas de zinco - 7901.20.90 Desper-

dícios e resíduos, de zinco - 7902.00.00 Poeiras de zinco - 7903.10.00

* Grupos químicos especificados nos Quadros 2 a 5.

Quadro 2 - Lista dos perfluorcarbonos (PFCs) Nome da substância Número CAS Código - Lista Única Ibama 2-Cloro-1,1,1-trifluoroetano 75-88-7 75-88-7 1,1,1,2-Tetrafluoretano 811-97-2 811-97-2 1,1,1-Trifluoretano 420-46-2 420-46-2

1,1,2-Tricloro-1,2,2-trifluoretano 76-13-1 76-13-1 1,1-Difluoretano 75-37-6 75-37-6 Difluormetano 75-10-5 75-10-5 Fluoreto de etila 353-36-6 353-36-6 Fluoreto de metila 41009031 Hexafluoretano 76-16-4 76-16-4 Pentafluoretano 354-33-6 354-33-6 Trifluormetano 75-46-7 75-46-7

Quadro 3 – Clorofluorcarbonos, hidroclorofluorcarbonos, bromoclorofluormetano, bromofluorocarbonos, tetracloreto de carbono, 1,1,1-tricloroetano, hidrobromofluorcar-bonos, hidrobromoclorometano, brometo de metila. Nome da substância Número CAS Código - Lista

Única Ibama Triclorofluorometano (CFC-11) 75-69-4 75-69-4 Diclorodifluorometano (CFC-12) 75-71-8 75-71-8 Triclorotrifluoroetano (CFC-113) 76-13-1 76-13-1 1,2-Diclorotetrafluoroetano (CFC-114) 76-14-2 76-14-2 Monocloropentafluoroetano (CFC-115) 76-15-3 76-15-3 Bromoclorodifluorometano (halon-1211) 353-59-3 353-59-3 Bromotrifluorometano (halon-1301) 75-63-8 75-63-8 1,2-Dibromotetrafluoroetano (halon-2402) 124-73-2 124-73-2 clorotrifluorometano (CFC-13) 75-72-9 75-72-9 Pentaclorofluoroetano (CFC-111) 354-56-3 354-56-3 1,2-Difluorotetracloroetano (CFC-112) 76-12-0 76-12-0 Heptaclorofluoropropano(CFC-211) 422-78-6 422-78-6 Hexaclorodifluoropropano (CFC-212) 3182-26-1 3182-26-1 Pentaclorotrifluoropropano(CFC-213) 2354-06-5 2354-06-5' Tetraclorotetrafluoropropano (CFC-214) 29255-31-0 29255-31-0 1,2,2-Tricloropentafluoropropano (CFC-215) 1599-41-3 1599-41-3

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Quadro 3 – continuação Nome da substância Número CAS Código - Lista

Única Ibama 1,2-Dicloro-1,1,2,3,3,3-hexafluoropropano (CFC-216) 661-97-2 661-97-2 Heptafluoropropil chloride (CFC-217) 422-86-6 422-86-6 Carbon tetrachloride 56-23-5 56-23-5 1,1,1-tricloroetano (metil cloroform) 71-55-6 71-55-6 Dicloromonofluorometano (HCFC-21) 75-43-4 75-43-4 clorodifluorometano (HCFC-22) 75-45-6 75-45-6 clorofluorometano (HCFC-31) 593-70-4 593-70-4 1,1,2,2-Tetracloro-1-fluoroetano (HCFC-121) - 2 isômeros 354-14-3 354-14-3 1,1-Difluoro-1,2,2-tricloroetano (HCFC-122) - 3 isômeros 354-21-2 354-21-2 2,2-dicloro-1,1,1-trifluoroetano (HCFC-123) - 3 isômeros 306-83-2 306-83-2 2-cloro-1,1,1,2-tetrafluoroetano (HCFC-124) - 2 isômeros 2837-89-0 2837-89-0 HCFC-131 - 3 isômeros 134237-34-6 134237-34-6 Diclorodifluoroetano (HCFC-132) - 4 isômeros 25915-78-0 25915-78-0 HCFC-133 41009005 HCFC -141 - 3 isômeros 41009006 1,1-dicloro-1-fluoroetano (HCFC-141b) 1717-00-6 1717-00-6 HCFC-142 - 3 isômeros 41009007 1-cloro-1,1-difluoroetano (HCFC-142b) 75-68-3 75-68-3 HCFC-151 - 2 isômeros 41009008 HCFC-221 - 5 isômeros 134237-35-7 134237-35-7 HCFC-222 - 9 isômeros 134237-36-8 134237-36-8 HCFC-223 - 12 isômeros 134237-37-9 134237-37-9 HCFC-224 - 12 isômeros 134237-38-0 134237-38-0 HCFC-225 - 9 isômeros 41009009 3,3-Dicloro-1,1,1,2,2-pentafluoropropano (HCFC-225ca) 422-56-0 422-56-0 1,3-Dicloro-1,1,2,2,3-pentafluoropropano (HCFC-225cb) 507-55-1 507-55-1 HCFC-226 - 5 isômeros 134308-72-8 134308-72-8 HCFC-231 - 9 isômeros 134190-48-0 134190-48-0 HCFC-232 - 16 isômeros 134237-39-1 134237-39-1 HCFC-233 - 18 isômeros 134237-40-4 134237-40-4 HCFC-234 -16 isômeros 127564-83-4 127564-83-4 HCFC-235 - 9 isômeros 134237-41-5 134237-41-5 HCFC-241 - 12 isômeros 134190-49-1 134190-49-1 HCFC-242 - 18 isômeros 134237-42-6 134237-42-6 HCFC-243 - 18 isômeros 134237-43-7 134237-43-7 HCFC-244 - 12 isômeros 134190-50-4 134190-50-4 1,1,3-Tricloro-1-fluoropropano (HCFC-251) - 12 isômeros 818-99-5 818-99-5 HCFC-252 - 16 isômeros 134190-52-6 134190-52-6 HCFC-253 - 12 isômeros 134237-44-8 134237-44-8 1,1-Dicloro-1-fluoropropano (HCFC-261) - 9 isômeros 7799-56-6 7799-56-6 HCFC-262 - 9 isômeros 134190-53-7 134190-53-7 2-cloro-2-fluoropropano (HCFC-271) - 5 isômeros 420-44-0 420-44-0 Dibromofluormetano (1 isomer) 41009010 Dibromofluorometano (HBFC-22B1) (1 isomer) 1868-53-7 1868-53-7 Bromofluorometano (1 isomer) 373-52-4 373-52-4 Tetrabromofluoretano (2 isômeros) 41009011 Tribromodifluoretano (3 isômeros) 41009012 1,2-Dibromo-1,1,2-trifluoroetano (3 isômeros) 354-04-1 354-04-1 1,1,1,2-Tetrafluoro-2-bromoetano (2 isômeros) 124-72-1 124-72-1 Tribromofluoretano (3 isômeros) 41009013 1,2-Dibromo-1,1-difluoroetano (4 isômeros) 75-82-1 75-82-1 1,1,1-Trifluoro-2-bromoetano (3 isômeros) 421-06-7 421-06-7 1,2-Dibromo-1-fluoroetano (3 isômeros) 358-97-4 358-97-4 1-Bromo-1,1-difluoroetano (3 isômeros) 420-47-3 420-47-3 1-Bromo-2-fluoroetano (2 isômeros) 762-49-2 762-49-2 Hexabromofluorpropano (5 isômeros) 41009014 Pentabromodifluorpropano (9 isômeros) 41009015 Tetrabromotrifluorpropano (12 isômeros) 41009016

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Quadro 3 – continuação Nome da substância Número CAS Código - Lista

Única Ibama Tribromotetrafluorpropano (12 isômeros) 41009017 Dibromopentafluorpropano (9 isômeros) 41009018 1-Bromo-1,1,2,3,3,3-hexafluoropropano (5 isômeros) 2252-78-0 2252-78-0 Pentabromofluorpropano (9 isômeros) 41009019 Tetrabromodifluorpropano (16 isômeros) 41009020 1,2,2-Tribromo-3,3,3-trifluoropropano (18 isômeros) 41009021 1,3-Dibromo-1,1,3,3-tetrafluoropropano (16 isômeros) 41009022 Bromopentafluorpropano (8 isômeros) 41009023 Tetrabromofluropropano (12 isômeros) 41009024 1,2,3-Tribromo-3,3-difluoropropano (18 isômeros) 41009025 2,3-Dibromo-1,1,1-trifluoropropano (18 isômeros) 431-21-0 431-21-0 Bromotetrafluorpropano 41009026 Tribromofluorpropano (12 isômeros) 41009027 1,3-Dibromo-1,1-difluoropropano (16 isômeros) 460-25-3 460-25-3 3-Bromo-1,1,1-trifluoro-2-propanol (12 isômeros) 88378-50-1 88378-50-1 Dibromofluorpropano (9 isômeros) 41009028 Bromodifluorpropano (9 isômeros) 41009029 1-Bromo-3-fluoropropano (5 isômeros) 352-91-0 352-91-0 Bromoclorometano 74-97-5 74-97-5 metil bromide 74-83-9 74-83-9

Quadro 4 – Lista dos Hidrocarbonetos Aromáticos Policíclicos (HAP)

Nome da substância Número CAS Código - Lista Única Ibama

Acenafteno 83-32-9 83-32-9 Acenaftileno 208-96-8 208-96-8 Antraceno 120-12-7 120-12-7 Benzo(a)antraceno 56-55-3 56-55-3 Benzo(a)pireno 50-32-8 50-32-8 Benzo(b)fluoranteno 205-99-2 205-99-2 Benzo(e)pireno 192-97-2 192-97-2 Benzo(g,h,i)perileno 191-24-2 191-24-2 Benzo(j)fluoranteno 205-82-3 205-82-3 Benzo(k)fluoranteno 207-08-9 207-08-9 Coroneno 191-07-1 191-07-1 Criseno 218-01-9 218-01-9

Dibenzo(a,e)fluoranteno 5385-75-1 5385-75-1

Dibenzo(a,e)pireno 192-65-4 192-65-4 Dibenzo(a,h)acridina 226-36-8 226-36-8 Dibenzo(a,h)antraceno 53-70-3 53-70-3 Dibenzo(a,h)pireno 189-64-0 189-64-0 Dibenzo(a,i)pireno 189-55-9 189-55-9 Dibenzo(a,j)acridina 224-42-0 224-42-0 Dibenzo(a,l)pireno 191-30-0 191-30-0 7H-Dibenzo(c,g)carbazole 194-59-2 194-59-2 Dibenzotiofeno 132-65-0 132-65-0 9,10-Dimetilantraceno 781-43-1 781-43-1

7,12-Dimetilbenzo(a)antraceno 57-97-6 57-97-6 Fenantreno 85-01-8 85-01-8 Fluoranteno 206-44-0 206-44-0 Fluoreno 86-73-7 86-73-7 Indeno(1,2,3-c,d)pireno 193-39-5 193-39-5 3-Metilcolantreno 56-49-5 56-49-5 5-Metilcriseno 3697-24-3 3697-24-3 1-Metilfenantreno 832-69-9 832-69-9 2-Metilfenantreno 2531-84-2 2531-84-2 1-Metilnaftaleno 90-12-0 90-12-0

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Quadro 4 – Continuação Nome da substância Número CAS Código - Lista Única

Ibama 2-Metilnalftaleno 91-57-6 91-57-6 Naftaleno 91-20-3 91-20-3

1-Nitropireno 5522-43-0 5522-43-0 Perileno 198-55-0 198-55-0 Pireno 129-00-0 129-00-0

Quadro 5 – Lista das Dioxinas e furanos Nome da substância Número CAS Código - Lista Única Ibama 2,3,7,8-Tetraclorodibenzo-p-dioxina 1746-01-6 1746-01-6 1,2,3,7,8-Pentaclorodibenzo-p-dioxina 40321-76-4 40321-76-4 1,2,3,4,7,8-Hexaclorodibenzo-p-dioxina 39227-28-6 39227-28-6 1,2,3,7,8,9-Hexaclorodibenzo-p-dioxina 19408-74-3 19408-74-3 1,2,3,6,7,8-Hexaclorodibenzo-p-dioxina 57653-85-7 57653-85-7 1,2,3,4,6,7,8-Heptaclorodibenzo-p-dioxina 35822-46-9 35822-46-9 Octaclorodibenzo-p-dioxina 3268-87-9 3268-87-9 2,3,7,8-Tetraclorodibenzofurano 51207-31-9 51207-31-9 2,3,4,7,8-Pentaclorodibenzofurano 57117-31-4 57117-31-4 1,2,3,7,8-Pentaclorodibenzofurano 57117-41-6 57117-41-6 1,2,3,4,7,8-Hexaclorodibenzofurano 70648-26-9 70648-26-9 1,2,3,7,8,9-Hexaclorodibenzofurano 72918-21-9 72918-21-9 1,2,3,6,7,8-Hexaclorodibenzofurano 57117-44-9 57117-44-9 2,3,4,6,7,8-Hexaclorodibenzofurano 60851-34-5 60851-34-5 1,2,3,4,6,7,8-Heptaclorodibenzofurano 67562-39-4 67562-39-4 1,2,3,4,7,8,9-Heptaclorodibenzofurano 55673-89-7 55673-89-7 Octaclorodibenzofurano 39001-02-0 39001-02-0

Vale repetir que o RETP é um sistema dinâmico, sujeito ao aprimoramento ao

longo do tempo, e que a lista estará sujeita a alterações quanto ao número e às

espécies químicas, com base em mecanismo de consulta às partes interessadas

e participação pública.

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3.4. O que comunicar e como efetuar a comunicação?

As emissões e as transferências de poluentes a comunicar representam a soma

das emissões e das transferências para fora do local de todas as atividades in-

tencionais, acidentais, de rotina e não programadas desenvolvidas no local do

estabelecimento.

Emissões rotineiras: quando previstas e que podem ser computadas

e aferidas de forma metódica e periódica.

Emissões intencionais: aquelas sem a previsão de rotina periódica,

mas, sabendo-se da intenção de que serão liberadas pelos processos

e atividades envolvidos.

Acidentais: todas as emissões não-intencionais que resultam de si-

tuações não controladas durante a execução de um processo ou ati-

vidade.

Não programadas: as provenientes da execução de processos e ati-

vidades com caráter extraordinário, podendo conduzir ao aumento

de emissões de determinado poluente.

As emissões para o ar, a água e solo devem incluir todas as emissões proveni-

entes de todas as fontes incluídas nas atividades da Lei 10.165.A Coordenado-

ria de Gestão do RETP informará por meio do Portal do RETP as categorias de

atividades que devem contabilizar as emissões fugitivas e difusas dos estabele-

cimentos.

Todos os poluentes da Lista oficial do RETP relevantes para os processos

realizados no estabelecimento devem ser considerados para o registro anual do

RETP. Não são apenas os poluentes discriminados na licença do

estabelecimento que devem ser tomados em consideração.

Uma atividade está geralmente associada a um determinado grupo de emissão

de poluentes. No Portal do RETP Brasil está disponibilizada uma lista

orientativa de poluentes susceptíveis de serem libertados durante a execução de

uma determinada atividade relevante para efeitos do RETP.

Essa listagem de correlação atividade x poluente é meramente indicativa, não

devendo ser interpretada como uma lista taxativa de parâmetros para subsetores

específicos. Para decidir que parâmetros são relevantes para cada instalação

Registro de Emissões e Transferências de Poluente – RETP. Vol. 4 Manual Setorial: Organizações Declarantes Pág. 54 de 100

específica, a listagem deve ser conjugada com as informações constantes das

Avaliações de Impacto Ambiental (AIA), pedidos de licença, relatórios das

inspeções ao local, diagramas dos processos, balanços dos materiais,

comparações com operações similares de outras instalações, avaliações

técnicas, literatura publicada, bem como os resultados de medições anteriores.

Consequentemente, é possível que, para uma determinada atividade, tenham de

ser considerados menos ou, eventualmente, mais poluentes do que o indicado

na lista.

A lista contendo as relações entre atividades e poluentes também estará sujeita

a revisões, como tarefa importante a ser cumprida sob a responsabilidade do

Grupo Nacional, podendo ser ouvido grupos ad hoc, especialmente o Grupo

sociotécnico, sob convocação.

A declaração de emissões e transferências está articulada a outras variáveis e

situações, como: critérios técnico-científicos, especialmente os limiares; pro-

cessos de tratamento de dados CTF/IBAMA; desdobramentos para os compar-

timentos ar, água e solo e transferências de poluentes, tanto no espaço interno,

quanto externo da instalação ou empreendimento (Fig. 6).

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Figura 6 - Representação esquemática para a declaração de emissões e transferências de poluentes previstos no RETP Brasil.

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3.4.1. Limiares ou linha de corte

A critério da Diretoria de Qualidade Ambiental na Indústria, poderá ser estabe-

lecido o valor limiar10 para a declaração de poluente da lista oficial. Se isso

ocorrer, o limiar será divulgado pela Coordenadoria de Gestão, ouvido o Grupo

Nacional do RETP ou derivado de iniciativa deste. Instruções a respeito do li-

miar que for estabelecido – entre outras questões técnicas e operacionais relati-

vas ao RETP – ficarão disponíveis no Portal do RETP Brasil.

Os limiares levarão em conta critérios técnico-científicos – da mesma forma

como é feito em RETPs em funcionamento em outros países – e servirão para

ajustar as quantidades declaradas ao formulário do CTF/IBAMA para a base de

dados do RETP. Quantificações anuais abaixo do limiar serão classificadas

como menor (<) do que o limiar. Se ficarem acima, a quantidade declarada no

formulário será mantida.

Os procedimentos acima serão idênticos, quando se tratar de declarações vo-

luntárias feitas no formulário disponível no Portal RETP, com os mesmos

campos do CTF/IBAMA. Neste caso, porém, o declarante poderá, se quiser, le-

var em consideração o valor do limiar. Se a quantidade da emissão estiver a-

baixo do limiar, apenas registrar, no campo apropriado, que o valor emitido ou

transferido foi abaixo do limiar correspondente.

3.4.2. Declaração de emissões e transferência de poluentes no formulário

A emissão é, por definição, o ato ou o efeito antrópico de liberar substâncias

químicas poluentes na forma de resíduos (também chamado de não-produtos),

oriundos de um processo produtivo ou do consumo de determinado produ-

to/matéria-prima, os quais são descarregados nos compartimentos ambientais

representados por ar, água e/ou solo.

Transferência consiste no transporte de poluentes para fora do perímetro de um

estabelecimento, sítio, ou planta industrial, realizada por diferentes meios e que

tem por finalidade promover algum tipo de tratamento final. Assim, para RETP

10 Linha de corte corresponde à tradução do termo inglês threshold

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Brasil, transferência é a movimentação do poluente RETP para fins de armaze-

namento, tratamento, reutilização, reciclagem, recuperação ou destinação final.

A declaração anual de emissões e transferência de poluentes deve ser realizada

via formulário do CTF/IBAMA, acessando relatórios das atividades da Lei

10.165 (Fig 7).

Figura 7 – Relatório de atividades da Lei 10.165 no CTF/IBAMA

No link das atividades da Lei 10.165, o declarante encontrará o caminho para registrar

os poluentes emitidos e transferidos para os compartimentos ambientais conforme apre-

sentado no quadro 6.

Quadro 6 – Declaração de emissões e transferência de poluentes no relatório de ativi-dade da Lei 10.165 no CTF/IBAMA.

Link no CTF/IBAMA para declaração Compartimento ambiental Tipo de registro Potencial Poluidor - Emissões Gasosas >> Unidade Poluidora ar emissão

Efluentes Líquidos água emissão água transferência

Resíduos Sólidos solo transferência Resíduos Sólidos transferência

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3.4.3. Emissões para o ar, a água e o solo

Os declarantes devem comunicar as emissões para o ar, a água e o solo de

qualquer dos poluentes especificados na Lista Oficial do RETP.

Todos os dados sobre emissões devem ser expressos em massa/ano do poluente

ton/ano, Kg/ano, g/ano, mg/ano e adotar três dígitos significativos. O arredon-

damento não se refere à incerteza estatística ou científica, e sim à precisão dos

dados comunicados, como se pode constatar nos seguintes exemplos.

Quadro 7 - Exemplos do arredondamento para três dígitos significativos

Resultado original da determinação das emissões

Resultado a comunicar (em três dígitos significativos)

0,0123456 kg/ano 0,0123 kg/ano 1,54789 kg/ano 1,55 kg/ano

7 071,567 kg/ano 7 070 kg/ano 123,45 kg/ano 123 kg/ano 10 009 kg/ano 10 000 kg/ano

O declarante deve informar a tipologia de metodologia empregada para cada

poluente quantificado. O formulário do RETP possibilita a seleção de três tipo-

logias de quantificação: (M) Medição, (C) Cálculo e (E) Estimativa.

• Medição ocorre quando os dados sobre as emissões de um estabelecimento

são extraídos dos resultados do acompanhamento direto de processos ou de

elementos descritivos específicos, com base em medições efetivas, continuas

ou periódicas.

• Cálculo se vale de dados relativos à atividade (como volume de combustível

utilizado, taxa de produção), fatores de emissão ou balanço de massa.

• Estimativas sobre as emissões baseiam-se em estimativas não-normalizadas

(ausência de metodologias reconhecidas), por meio de conjecturas ou hipóte-

ses formuladas por peritos.

O Portal do RETP Brasil disponibiliza relação de métodos para quantificação

de poluentes por compartimento ambiental, os quais foram coletados a partir

das seguintes fontes.

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,

• Levantamento e análise de bibliografia de organizações internacionais que se

envolvem com a construção de RETPs nos diferentes países, para identificar

os métodos e critérios gerais empregados para reconhecimento, medição,

cálculo, e de outros processos de aferição de poluentes emitidos por diferen-

tes tipos de atividades produtivas e respectivos elementos descritores.

• Levantamento de metodologias analíticas adotadas por instituições brasilei-

ras, por meio da verificação da literatura disponível e de entrevistas dirigi-

das, com o objetivo de harmonizar ou ajustar a seleção de métodos para nos-

sa realidade.

• Avaliação comparativa de propostas metodológicas para seleção e recomen-

dações para o RETP do Brasil.

As técnicas mais comuns recomendadas pela OECD11 para se estimar, ou de

fato mensurar, as emissões dos poluentes para os três compartimentos ar – água

– solo são listadas em seguida

a. Técnicas de medição

Monitoramento direto

O monitoramento direto, contínuo ou periódico, aplica-se a uma grande parcela

dos poluentes, ou para suas características químicas (exemplo, pH), quando na

impossibilidade de se rastrear individualmente um poluente. O monitoramento

direto e contínuo serve para poluentes como óxidos de enxofre ou chumbo, por

exemplo, entretanto algumas questões relevantes na escolha desta técnica são

variáveis como custo e dificuldade de implementação. Já o monitoramento di-

reto periódico possui uma freqüência de mensuração distinta, podendo ser diá-

rio, semanal, mensal.

b. Técnicas de cálculos

Balanço de massa

O balanço de massa de um processo é uma metodologia conceitualmente sim-

ples se comparada com as demais. Entretanto, pode apresentar complexidade

quando colocada em prática. Este método conta com um princípio fundamen-

tal: as matérias de entrada (input) devem sair (output) na forma de produtos

11 OECD. Resourse compendium PRTR release estimation techniques. Part 1: summary of point source techniques. Paris, 2002. 79 p.

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manufaturados ou como emissões, ou sofrer alteração química para formar ou-

tro composto:

∑ output = ∑ input – ∑ consumo + ∑ geração12

Na prática, em virtude de muitos processos terem múltiplas emissões e sistemas

complexos, a simplicidade conceitual desta metodologia é compensada por

uma intensa coleta de dados, por meio de uma acentuada quantidade de infor-

mação a respeito da somatória dos insumos e materiais processados. O balanço

de massa se aplica para emissões de poluentes para os três compartimentos:

Ar – utilizado para quantificar emissões geralmente provenientes de fontes di-

fusas, envolvidas com elementos descritivos que utilizem ou processem, por

exemplo, solventes. Em um processo, se conhecido o valor de somatória da

massa de um solvente, a massa de reagente e de geração, e a somatória da mas-

sa residual destinada como efluente, as emissões para o ar poderão ser aferidas

por subtração. Estas abordagens podem ser usadas em complexas operações pa-

ra emissões fugitivas, resultantes de pontos potenciais de liberação, como vál-

vulas e tubos. A equação básica usada para se estimarem estas emissões é:

∑ ar = ∑ input – (∑ reagente – ∑ geração + ∑ produto + ∑ água + ∑ resíduo) 13, onde: ∑ ar: soma de solvente liberado para o ar; ∑ input: soma de solvente fornecido na entrada do processo; ∑ reagente: quantidade total de solvente reagente ao longo do processo; ∑ geração: quantidade total de solvente gerado ao longo do processo; ∑ produto: total de solvente foi incorporado ao produto manufaturado; ∑ água: total de solvente presente na água residual; ∑ resíduo: total de solvente liberado na forma de resíduo, incluindo as quantidades destinadas para tratamento e reciclagem.

Água – esta metodologia é bem apropriada para a quantificação das emissões

em situações difíceis e complexas. A abordagem é semelhante ao exemplo do

solvente emitido no compartimento ar. A equação de balanço de massa ficaria

então:

∑ água = ∑ input – (∑ reagente – ∑ geração + ∑ ar + ∑ resíduo),

12 Com base no documento “Resource compendium PRTR release estimation techniques”, OECD, 2002. p. 21. 13 Com base no documento “Resource compendium PRTR release estimation techniques”, OECD, 2002. p. 22.

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onde: ∑ água: soma do poluente emitido na água; ∑ input: soma de substância química fornecida na entrada do processo; ∑ reagente: quantidade total de substância química que reagem ao longo do proces-so;

∑ geração: quantidade total de substância química gerada ao longo do processo; ∑ ar: somatória de emissões para o ar; ∑ resíduo: soma de substância química liberada na forma de resíduo, incluindo as quantidades destinadas para tratamento e reciclagem.

Solo – o balanço de massa é uma boa metodologia para quantificação se utili-

zada juntamente com um monitoramento direto. A equação básica é a mesma

do que nos casos anteriores. Como exemplo, processos químicos geralmente

produzem lamas ou lodo na forma de não-produto.

c. Fatores de emissão específicos

Algumas fontes de emissão não são facilmente representadas por uma função

linear ou relação direta entre um parâmetro do processo e a taxa de emissão re-

sultante. Assim, a grande vantagem associada a esta técnica é proporcionar, pa-

ra muitos tipos de fontes, a possibilidade de terem suas emissões quantificadas

por meio de uma parcela ou fração do processo apenas, como forma de repre-

sentar o todo do processo.

Basicamente, os fatores de emissão podem ser baseados em diversas variáveis,

como volume de um reagente na entrada de um processo, quilowatts de energia

gerada, número de veículos produzidos ou quantidade de solo utilizado, poden-

do assim ser representado por uma inúmera quantidade de unidades de medidas

(por exemplo, m³ de madeira ou km² de cultivo).

d. Técnicas de estimação

Cálculos de engenharia, perpassando por monitoramento indireto,

modelagem matemática, cálculos diversos e fatores de emissão não

específicos, conforme extensamente desenvolvido, por exemplo, no

documento da OECD antes mencionado14.

14 OECD. Resource compendium PRTR release estimation techniques. Part 1: summary of point source techniques. Paris, 2002. 79 p

Registro de Emissões e Transferências de Poluente – RETP. Vol. 4 Manual Setorial: Organizações Declarantes Pág. 61 de 100

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Análise e julgamento técnico de engenharia, técnicas baseadas em

propriedades físico-químicas, combinações de diferentes técnicas15.

3.4.3.1. Emissões para o ar

Os poluentes que comprometem o ar são oriundos de processos que envolvem:

geração de energia ou aquecimento por queima de material combustível, trans-

portes, destinação de resíduos, agricultura, manufatura de químicos e defensores

agrícolas.

Na maioria dos casos, os poluentes são quantificados por métodos de estimativa

de emissão que apresentam alta qualidade de informação. Portanto, os resultados

podem ser extrapolados e adaptados, com expressiva margem de segurança, para

outras atividades que envolvam diferentes tipos de queima, tais como metalurgi-

a, fabricação de papel, indústria química e farmacêutica, manufatura de equipa-

mentos eletrônicos e indústria têxtil.

O Portal do RETP Brasil fornece lista de orientação dos poluentes atmosféricos

da Lista Oficial do RETP emitidos por categoria de atividade da Lei 10165. Esta

lista enumera os poluentes atmosféricos mais comuns e ajuda a identificar os po-

luentes relevantes num determinado estabelecimento.

A figura 8 apresenta a tela do CTF/IBAMA para declaração de emissões para o

compartimento ambiental ar. Devem-se adicionar todos os poluentes relaciona-

dos com a categoria de atividade e seu detalhe (Lei 10165). O nome do poluente

RETP pode ser inserido utilizando o código IBAMA apresentado na Lista de Po-

luentes do RETP. Devem ser informadas separadamente as emissões de processo

e emissões acidentais.

No RETP Brasil, as emissões rotineiras e intencionais estão agrupadas, com-

pondo o grupo das emissões de processo. As emissões não programadas são re-

unidas às acidentais, para fins de declaração.

Emissões rotineiras: quando previstas e que podem ser computadas

e aferidas de forma metódica e periódica.

15 Idem referência 84.

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Emissões intencionais: aquelas sem a previsão de rotina periódica,

mas, sabendo-se da intenção de que serão liberadas pelos processos

e atividades envolvidos.

Acidentais: todas as emissões não-intencionais que resultam de si-

tuações não controladas durante a execução de um processo ou ati-

vidade.

Não programadas: as provenientes da execução de processos e ati-

vidades com caráter extraordinário, podendo conduzir ao aumento

de emissões de determinado poluente.

Figura 8 - Declaração de emissões para o compartimento ambiental ar no CTF/IBAMA

3.4.3.2. Emissões para a água

As emissões para água podem ter origem de diversas fontes pontuais, como

efluentes industriais ou estações de tratamento de efluentes.

A água é usada para uma variedade de processos industriais de produção e,

em muitos casos, é um dos materiais ou insumos de elevado custo. Conse-

quentemente, seu uso é controlado e bem regulado nos processos que a em-

pregam.

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Alguns dos usos para este elemento são: (a) atuação como solvente ou con-

dutor iônico; (b) reagente; (c) limpeza de superfícies; (d) formação de barrei-

ra líquida, evitando ou reduzindo a emissão para o ar de uma substância; (e)

produção de vapor ou geração de energia para aquecimento; (f) resfriamento

de superfícies ou peças manufaturadas.

2010 

Registro de Emissões e Transferências de Poluente – RETP. Vol. 4 Manual Setorial: Organizações Declarantes Pág. 63 de 100

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Assim, as águas residuais podem absorver e/ou carregar diferentes tipos de

poluentes. Nestes casos, a medição direta é a maneira eficaz de coletar os

dados necessários. O monitoramento indireto, baseado no volume proporcio-

nal aferido, pode também ser método utilizado;

O Portal do RETP Brasil fornece lista de orientação dos poluentes emitidos

da Lista Oficial do RETP emitidos para o compartimento ambiental água por

categoria de atividade da Lei 10165. Esta lista enumera os poluentes hídricos

mais comuns e ajuda a identificar os poluentes relevantes num determinado

estabelecimento.

A figura 9 apresenta a tela do CTF/IBAMA para declaração de emissões pa-

ra o compartimento ambiental água. Para registrar a emissão para o compar-

timento ambiental água, o declarante deve selecionar no cadastro o compar-

timento água e tipo de emissão direta. Deverá em seguida categorizar a clas-

se do corpo receptor (Resolução CONAMA N° 357/05), descrever o nome e

as coordenadas geográficas.

O declarante deve adicionar todos os poluentes relacionados com a categoria

de atividade e seu detalhe (Lei 10165). O nome do poluente RETP pode ser

inserido utilizando o código IBAMA apresentado na Lista de Poluentes do

RETP. Devem ser informadas separadamente as emissões de processo e e-

missões acidentais, conforme critério apresentado para emissões para o com-

partimento ambiental ar.

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Figura 9 - Declaração de emissões para o compartimento ambiental água no CTF/IBAMA.

3.4.3.3. Emissões para o solo

Os diferentes tipos de resíduos industriais, contendo poluentes na composi-

ção, podem ser dispostos no solo como material sólido ou em partição líqui-

da (composto aquoso ou em base orgânica), assumindo diversos estados co-

mo lama, pó, sedimentos, entre outros.

Os RETPs procuram identificar, nestes resíduos, traços de determinadas

classes de poluentes específicos, como: metais níquel e cádmio; vestígios de

dioxinas; hidrocarbonetos aromáticos policíclicos (HAPs); solventes como

benzeno ou tolueno. Geralmente, os tipos de poluentes e suas quantidades

podem ser determinados por monitoramento direto e permanente sistema de

contabilidade dos dados.

A declaração de “emissões para o solo” apenas é aplicável aos poluentes pre-

sentes em resíduos que sejam objeto das operações de eliminação “landfar-

ming” ou “injeção em profundidade”. Se os resíduos forem objeto deste tipo

de tratamento, as emissões apenas terão de ser comunicadas pelo declarante

do estabelecimento gerador dos resíduos. Essas emissões serão contabiliza-

das a partir do tratamento dos dados de transferência de resíduos.

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3.4.3.4. Transferências para fora do local de poluentes presentes em águas residuais

2010 

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Por transferência para fora do local entende se o transporte para fora do períme-

tro de um estabelecimento de poluentes presentes em águas residuais destinadas

a tratamento, incluindo o tratamento de águas residuais industriais. A transferên-

cia para fora do local pode ser realizada por meio da rede de esgotos ou por

qualquer outro meio, tal como em contentores ou caminhões-cisterna.

A figura 10 apresenta a tela do CTF/IBAMA para declaração de transferências

de poluentes em efluentes líquidos. Para tanto, o declarante deve selecionar no

cadastro o compartimento água e tipo de emissão indireta. Deverá em seguida

selecionar o tipo de receptor, bem como, selecionar na lista do CTF/IBAMA uti-

lizando filtro por nome ou CNPJ a empresa receptora do efluente.

O declarante deve adicionar todos os poluentes relacionados com a categoria de

atividade e seu detalhe (Lei 10165). O nome do poluente RETP pode ser inseri-

do utilizando o código IBAMA apresentado na Lista de Poluentes do RETP.

Devem ser informadas separadamente as emissões de processo e emissões aci-

dentais, conforme critério apresentado para emissões para o compartimento am-

biental ar.

Figura 10 - Declaração de transferência de poluentes presentes em águas

residuais no CTF/IBAMA.

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Registro de Emissões e Transferências de Poluente – RETP. Vol. 4 Manual Setorial: Organizações Declarantes Pág. 66 de 100

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3.4.3.5. Transferências de resíduos para fora do local

Por transferência de resíduos para fora do local entende-se o transporte do resí-

duo para fora do perímetro de um estabelecimento destinados a armazenamen-

to, reutilização, recuperação, reciclagem, recuperação, tratamento e disposição

final.

• Armazenamento em diferentes recipientes, como tambor, granel, caçamba,

tanque, bombona ou lagoa.

• Reutilização/recuperação/reciclagem são formas de tratamento geralmente

conduzidas com o estabelecimento de um agente receptor do material fora da

planta industrial, sítio, empreendimento ou facility.

• Tratamento segundo diferentes formas definitivas de processamento abran-

gendo: incineração, neutralização, compostagem, tratamento biológico entre

outras.

• A disposição final incorpora a forma como os resíduos são deslocados e de-

positados, respeitando-se os critérios técnicos e aspectos legais para: aterros

sanitários de Resíduos Sólidos Urbanos, resíduos Industriais Perigosos e não

perigosos, rede de esgoto e outros meios e procedimentos associados.

Entende-se por resíduos, conforme conceito apresentado pela ABNT NBR 10004:

“Resíduos sólidos: resíduos nos estados sólido e semi-sólido, que resultam de ati-

vidades de origem industrial, doméstica, hospitalar, comercial, agrícola, de servi-

ços e de varrição. Ficam incluídos nesta definição os lodos provenientes de siste-

mas de tratamento de água, aqueles gerados em equipamentos e instalações de

controle de poluição, bem como determinados líquidos cujas particularidades tor-

nem inviável o seu lançamento na rede pública de esgotos ou corpos de água, ou

exijam para isso soluções técnica e economicamente inviáveis em face à melhor

tecnologia disponível.”

A figura 11 apresenta a tela do CTF/IBAMA para declaração de transferências de

poluentes em resíduos. O declarante deve cadastrar todos os resíduos transferidos

pela empresa. O resíduo deve ser classificado conforme a ABNT NBR 10004

(Classe I ou Classe II), deve-se registrar o volume do resíduo transferido, bem

como a finalidade da destinação. O receptor deste resíduo deve ser identificado u-

tilizando a ferramenta de filtro por nome e CNPJ do CTF/IBAMA. Os poluentes

Registro de Emissões e Transferências de Poluente – RETP. Vol. 4 Manual Setorial: Organizações Declarantes Pág. 67 de 100

da lista RETP presentes no resíduo devem adicionados ao resíduo, seleção de no-

me do poluente, total (massa/ano) e método de medição.

Figura 11 - Declaração de transferência de poluentes presentes em águas

residuais no CTF/IBAMA.

3.4.4. Condição de sigilo

A organização declarante poderá pleitear a condição de sigilo de um poluente

emitido ou transferido, marcando a opção no formulário do CTF/IBAMA e in-

serido a justificativa para tal requisição.

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Registro de Emissões e Transferências de Poluente – RETP. Vol. 4 Manual Setorial: Organizações Declarantes Pág. 68 de 100

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Os deveres e os direitos sobre a confidencialidade de dados e informações de

emissões e transferência de poluentes devem ser objeto de abordagem jurídica

apropriada, principalmente se forem considerados os modelos, critérios e prin-

cípios de ordem global que são adotados em RETPs de outros países.

Fundamentalmente, toda e qualquer informação sobre a liberação e transferên-

cia de poluentes, que se refira à proteção do ambiente, é de livre acesso públi-

co, com base no entendimento de que o ambiente é um bem comum a ser pre-

servado e defendido por todos (Constituição Federal, Art. 5º).

Entretanto, a organização declarante tem o direito de pleitear a condição de si-

gilo para dados e informações objetivamente identificadas – desde que de ma-

neira for-mal e devidamente justificada.

As condições para sigilo constituem componente do RETP Brasil que deverá

merecer análise jurídica em profundidade, de maneira transparente e com en-

volvimento de todas as partes interessadas.

Os pedidos de sigilo são aceitos para análise quando o dado ou a informação

envolver situações como as seguintes:

• Segurança nacional e as relações internacionais;

• Ações judiciais em curso, sob condição de sigilo de justiça;

• Informações comerciais e industriais sob a proteção de legislações aplicáveis

e que afetam a revelação de elementos que comprometem o desempenho e-

conômico competitivo.

Neste caso, a decisão para o sigilo deverá levar em conta o equilíbrio entre in-

teresses privados e o interesse público derivado dos impactos sociais e ambien-

tais causados pelas emissões e transferências do(s) poluente(s) envolvido(s).

O interesse público tem privilégio sobre o interesse privado, quando se trata da

qualidade ambiental. Portanto, a decisão para a condição de sigilo deve ser cui-

dadosa e recusar o pleito da organização declarante quando a alegação de pre-

juízo do interes-se privado não for genuína.

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3.4.5. Controle de Qualidade das Informações

É altamente recomendável que a Organização declarante disponha e coloque

em funcionamento processo de controle de qualidade de suas próprias análises,

avaliações e comentários.

O processo de controle de qualidade deve permear o modelo de governança ou

gestão da organização; identificar as partes internas que estão envolvidas no

processo; criar indicadores de qualidade para seu desempenho, que sejam apli-

cáveis a todas as fases e etapas de busca, coleta, armazenagem, tratamento,

análise, avaliação e comentários envolvendo os dados e informações alvo que

foram utilizados; e considerar seu próprio mecanismo de transparência e res-

ponsabilidade (accountability).

O controle de qualidade da organização declarante deve gerar credibilidade a-

cerca dos procedimentos, métodos e produtos informativos gerados. Para isso,

é recomendado o uso dos indicadores de qualidade: acurácia, comparabilida-

de; completeza; consistência; transparência das informações geradas.

• Acurácia significa que o dado ou a informação deve ser gerado com cuidado

e exatidão, e que a afirmação e, em especial, a medição deve ser feita com o

uso de instrumentação precisa, aferida, e com processos isentos de erros sis-

temáticos.

Portanto, a medição e a interpretação do dado não deve incluir, sistematica-

mente, resultados acima ou abaixo do padrão estabelecido e a incerteza deve

ser tão baixa quanto possível.

São elementos importantes, para a qualidade da informação: a fidedignidade da

procedência ou origem e o uso correto da metodologia para o cálculo e a men-

suração da emissão; os critérios adotados pela organização declarante para es-

colha da metodologia utilizada; a identificação precisa da unidade declarante; a

identificação dos responsáveis intra-organizacional; os critérios adotados para

estruturação dos dados e informações intra-organizacional e o alinhamento ao

modelo adotado para o RETP Brasil de acordo com o CTF/IBAMA.

Registro de Emissões e Transferências de Poluente – RETP. Vol. 4 Manual Setorial: Organizações Declarantes Pág. 70 de 100

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• Comparabilidade expressa a qualidade do dado ou da informação quando

confrontado ou cotejado a outro e, dessa forma, considerado análogo ou se-

melhante.

Para isso, devem ser respeitados elementos como: nomenclatura-fonte harmo-

nizada; formatos padronizados de reporte (declaração); técnicas e métodos de

medição, estimativa, cálculo e outras metodologias estabelecidas; limiares ou

linhas de corte definidos.

• Completeza significa que o dado ou informação incluído no reporte ou decla-

ração, é perfeito, exato, total, cabal e que nada falta do que pode ou deve ter

ou significar.

Isto quer dizer que a organização deve relatar todas as emissões e transferên-

cias dos poluentes considerados pelo RETP Brasil nas atividades praticadas,

levando-se em consideração os limiares estabelecidos.

• Consistência implica na harmonização descritiva das manifestações ao mo-

delo de declaração; no atendimento aos critérios e exigências quanto aos ti-

pos de dados e informações e suas relações aos campos pertinentes.

Significa concordância, uniformidade, racionalidade e constância do dado ou

da informação elaborada. Para tanto, é preciso considerar, por exemplo, a ex-

pressão não-ambígua e uniforme de conceitos, definições e entendimentos; dos

elementos ou objetos das análises, avaliações e comentários feitos a respeito

deles; das metodologias e resultados das medições que foram efetuadas e das

demais variáveis ou elementos descritivos que são objeto de análises criticas. É

importante que dados reportados sejam comparados a declarações anteriores

(séries históricas) a casos de referencia (benchmarking).

• Transparência invoca a lucidez, clareza e a revelação da maneira como o

dado ou informação foi coletado, medido, interpretado e comentado.

É oportuno esclarecer que o controle de qualidade de dados e informações deve

ser praticado por todos e em todos os níveis dos fluxos e processos no RETP.

• A Coordenadoria de Gestão irá avaliar a qualidade do RETP, em todos os

níveis.

Registro de Emissões e Transferências de Poluente – RETP. Vol. 4 Manual Setorial: Organizações Declarantes Pág. 71 de 100

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• Os gestores do CTF/IBAMA estabelecerão, no momento adequado e apro-

priado, o controle da qualidade das informações incluídas no formulário ele-

trônico, no que disser respeito a elementos como fidedignidade e confiabili-

dade de todos os elementos ou variáveis de dados e informações previstos no

formulário eletrônico.

• As organizações declarantes são instadas a montar seu sistema de controle de

qualidade interno e recomendadas para criação de processo de verificação e

auditoria interna e externa (independente) dos dados.

As organizações declarantes deverão dar especial atenção ao processo sistemá-

tico de conferência abrangendo: natureza, conteúdo e significado dos dados (e-

lementos alfanuméricos) e informações (dados tratados e, especialmente, com

juízo de valor).

O propósito é respeitar os requisitos e padrões estabelecidos, os quais, no pre-

sente caso, visam atender aos objetivos do RETP Brasil, em geral, e das partes

interessadas, em particular.

Portanto, é altamente recomendável que a organização declarante também esta-

beleça o controle de qualidade de suas manifestações, articulado ao design dos

processos operacionais, aos padrões e normas de conformidade e, idealmente,

aos aspectos além-de-conformidade.

As manifestações das Organizações interessadas permitirão diferenciar as or-

ganizações avançadas das tradicionais, que operam no limite da conformidade

e outras exigências legais, baseadas no modelo atual de comando-e-controle

(cumprimento de limites e padrões estabelecidos por lei).

As organizações declarantes além-da-conformidade serão aquelas que adota-

rem práticas de melhorias contínuas baseadas em Produção Mais Limpa, Ecoe-

ficiência, Carbono-zero, Fatores 4 e 10, Emissão Zero, entre outras.

Registro de Emissões e Transferências de Poluente – RETP. Vol. 4 Manual Setorial: Organizações Declarantes Pág. 72 de 100

Para isso, são sugeridos indicadores de qualidade (Fig. 13) ancorados em pro-

cesso de governança total, atendimento das expectativas das partes envolvidas

e da atribuição e cumprimento de responsabilidades por todos.

Figura 13 – Elementos para controle de qualidade na organização declarante

na gestão do RETP

3.4.6. Declaração de Práticas de Aprimoramento

A organização declarante poderá fornecer no Portal em caráter voluntário, in-

formações de ações que resultaram no aprimoramento de processos produtivos.

Estas informações abrangem, por exemplo, prevenção de perdas de matérias-

primas, de produtos, de energia ou de água e redução de emissão de poluentes e

de geração de resíduos.

As seguintes práticas de aprimoramento são preconizadas para utilização no RETP:

1. Auditoria externa;

2. Certificação ambiental;

3. Avaliação de Ciclo de Vida do produto;

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Registro de Emissões e Transferências de Poluente – RETP. Vol. 4 Manual Setorial: Organizações Declarantes Pág. 73 de 100

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4. Logística reversa16;

5. Prática de Ecodesign;

6. Prática de ecoeficiência;

7. Prática de Produção Mais Limpa (P+L);

8. Programa de redução no consumo de água;

9. Programa de redução no consumo de energia;

10. Prática de redução de Emissões e Transferências;

11. Prática de redução voluntária de GEE;

12. Programa de Carbono-zero.

O Grupo Nacional definirá e comunicará no Portal o período que o RETP Brasil re-

ceberá os registros dessas práticas. Os declarantes que realizarem o registro de e-

missões e transferência de poluentes por meio do CTF/IBAMA poderão acrescentar

as práticas de aprimoramento diretamente no Portal do RETP. O anexo 1 aprofunda

algumas práticas de aprimoramento e são sugestões a serem utilizadas pelos decla-

rantes.

16 Instrumento de desenvolvimento econômico e social, caracterizada por um conjunto de ações, procedi-mentos e meios, destinados a facilitar a coleta e a restituição dos resíduos sólidos aos seus geradores.

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Anexos

Anexo I - Prevenção na geração de emissões e resíduos

Os seguintes elementos, de caráter geral, são sugeridos por representarem instrumentos

para mudança no estabelecimento gerador de emissões e transferência de poluentes pre-

vistos no RETP Brasil.

• Redução do comportamento segundo o modelo fim de tubo (end-of-pipe), a-

través da instalação de equipamento de controle de poluição:

o precipitadores;

o filtros: tecidos, biológicos, carvão ativado;

o lavadores;

o circuladores;

o queimadores;

o redutores catalíticos

o incineradores, etc.

• Minimização programada e prevenção da geração de resíduos na fonte. P2

(Prevenção da Poluição) e P+L (Produção Mais Limpa):

o práticas de arrumação da casa (housekeeping) e supervisão gerencia-

da (stewardship);

o mudança de solventes orgânicos para outros à base de água;

o revisão do fluxograma para alimentação otimizada de insumos no

processo produtivo;

o racionalização e otimização da logística no processo;

o introdução de equipamentos de controle automatizado no processo;

o mudança de matérias-primas para insumos com maior eficiência am-

biental;

o mudança de especificações para produto ambientalmente mais ami-

gável;

Registro de Emissões e Transferências de Poluente – RETP. Vol. 4 Manual Setorial: Organizações Declarantes Pág. 75 de 100

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o introdução de equipamentos para maior eficiência energética e pou-

pança de água;

o modificação de embalagens para melhores resultados ambientais;

o controle de derrames, vazamentos e emissões de poeira;

o prevenção de riscos e danos para a saúde humana e o ambiente, se-

gundo a visão do ciclo de vida do produto.

• Ecoeficiência e responsabilidade corporativa total – Produção Limpa, através

de ações adicionais à P+L, já mencionadas:

o foco no Princípio do Poluidor Pagador e no sistema de produto, tam-

bém chamado do berço à cova ou, melhor ainda, do berço ao renas-

cimento, com o uso da equação industrial circular e o fechamento de

ciclos no processo de produção a montante (upstream) e a jusante

(downstream);

o aplicação dos Princípios da Precaução, da Prevenção, do Direito Pú-

blico de Acesso Público à Informação sobre segurança e uso de pro-

cesso e produtos e do Controle Democrático da Tecnologia;

o introdução de parâmetros socioambientais para a concepção de pro-

cessos e produtos (Design para o Ambiente ou Ecodesign);

o definição de elementos ou variáveis socioambientais e os respectivos

indicadores métricos, de ordem global, nacional, local e negócio ou

atividade específicos;

o contabilização ambiental e uso de auditorias independentes para ava-

liação do desempenho ambiental;

o aferição da ecoeficiência, representada pelo cálculo do resultado eco-

nômico da empresa ou organização, determinado pela relação entre

produção/produto (numerador), dividido pela influência ou efeito

ambiental (denominador) observado;

o adoção de códigos de conduta transparentes e de modelos de relatório

de desempenho socioambiental focado no Desenvolvimento Susten-

tável (Resultado Final Tríplice ou Triple Bottom Line Report).

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O aprofundamento de alguns desses aspectos é feito a seguir.

(1) Objetivo de processos de aproveitamento

Este item define conceitos e estabelece a Metodologia e os Documentos bási-

cos a serem gerados, para a execução de um Projeto tendo por objetivo a pre-

venção, minimização e redução das emissões de poluentes, quer seja em novos

empreendimentos quer em ampliações e melhorias extensivas ou localizadas

das instalações produtivas.

O texto foi elaborado com base em conhecimentos acumulados e leva em conta

a publicação de manual contendo práticas para prevenção de emissões de resí-

duos no nível de chão de fábrica17. Ao longo do texto são introduzidas notas

para integração do presente manual ao referido acima.

Normas

Como complementação às normas e padrões da empresa serão utilizadas nor-

mas e procedimentos nacionais e internacionais consagrados e aplicáveis, na

sua última edição, dos seguintes órgãos: ABNT - Associação Brasileira de

Normas Técnicas e ISO - International Standard Organization.

Abrangência

Este anexo aplica-se tanto a novos empreendimentos como a ampliações e mo-

dificações em qualquer fase do projeto, envolvendo as diversas disciplinas en-

volvidas com o objetivo de agregar valor, reduzir o impacto das emissões de

poluentes e mesmo eliminar etapas e atividades desnecessárias para as ativida-

des fins da empresa.

Com relação a outras partes interessadas e na subcontratação de serviços de

terceiros, deverá ser verificada a sua observância e controle.

Definições

Para fins de padronização do entendimento são consideradas as seguintes defi-

nições:

17 Furtado, J.S. (coord) e col. 1998. Prevenção de Resíduos na Fonte & Economia de Água e Energia.

Manual de Avaliação na Fábrica. 210 pp. Acesso livre em: www.teclim.ufba.br, subsite jsfurtado ma-cropágina: Produção limpa.

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• Projeto de Processo

O Projeto de Processo compreende um conjunto de atividades necessárias à

consolidação de uma rota idealizada de processo em instalações físicas onde

ela é levada a efeito na prática. As operações unitárias no fluxo de matérias-

primas e na sua transformação em produtos, subprodutos e rejeitos permitem, à

luz dos princípios da estequiometria, estabelecer parâmetros, procedimentos,

rotinas de cálculos, balanços de massa e energia, dimensões e especificações

dos equipamentos e demais componentes de um processo produtivo.

• Unidade de Processo

Instalação constituída de equipamentos estacionários e rotativos, tubulações e

instrumentos destinados à obtenção, a partir de matérias-primas, de produtos

intermediários ou acabados, com características determinadas.

• Disciplinas de Projeto

Em virtude da complexidade de uma unidade completa de processo, usualmen-

te são envolvidos os profissionais das seguintes disciplinas típicas de projeto:

DESCRIÇÃO PROCESSO MECÂNICA ELÉTRICA INSTRUMENTAÇÃO CIVIL ESTRUTURA METÁLICA TUBULAÇÃO PLANEJAMENTO

Documentos Básicos de Projeto

Os Documentos básicos que constituem um Projeto de Processo são tipicamen-

te os relacionados e descritos a seguir, havendo maior ou menor abrangência

conforme a escala ou complexidade do empreendimento:

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• Memorial de Dados Básicos de Projeto

Documento com as informações necessárias para determinação das condições

que orientam um Projeto. Referem-se às características das instalações e prefe-

rências técnicas e econômicas do proprietário, incluindo as facilidades e dados

existentes para aplicação no projeto.

Os principais Dados Básicos de Projeto são:

o Descrição do Processo.

o Esquema de Produção, Armazenamento e Escoamento de Produto.

o Capacidade de Produção e Armazenamento.

o Especificação da Matéria-Prima e dos Produtos.

o Lista de Efluentes.

o Características para Escoamento dos Produtos.

o Condição de Recebimento da Matéria-Prima.

o Facilidades e Utilidades Disponíveis.

o Condições Climáticas.

o Restrições sobre Poluição Ambiental.

o Características sobre Sistemas de Controle e de Segurança.

o Flexibilidade Operacional Desejada.

o Características de Equipamentos.

o Área Disponível para Construção.

o Características de Prédios.

o Previsões para Ampliações.

• Diagrama de Blocos do Processo

Documento onde cada área de processamento da planta ou unidade em projeto

é representada por blocos com descrição e capacidade indicadas, interligados

por correntes de processo.

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• Fluxograma de Processo

O Fluxograma de Processo é a representação gráfica dos balanços materiais e

de energia e contém os principais controles de processo. Indicam ainda para as

principais correntes:

o Equipamentos de processo, excluídos os equipamentos reserva.

o Linhas de processo.

o Linhas de utilidades diretamente ligadas ao processo.

o Vazão, composição, propriedades físico-químicas e estado físico dos

fluidos.

o Cargas térmicas.

o Indicação dos pontos onde há aporte ou retirada de calor.

o Pressões e temperaturas de operação.

o Principais controles de processo.

• Fluxograma de Engenharia (P&ID)

O Fluxograma de Engenharia, também conhecido como “P&I Diagram”, é a

representação gráfica e funcional com informações de tubulação, equipamen-

tos, instrumentação e instruções de operação, com o seguinte conteúdo:

o Representação e identificação de todos os equipamentos (incluindo

os reservas) com seus respectivos bocais e eventual necessidade de

isolamento.

o Todas as linhas de processo e de utilidades, incluindo seu diâmetro,

identificação, especificação de materiais e eventual isolamento e a-

quecimento elétrico ou a vapor.

o Representação das malhas de controle com indicação de intertrava-

mento, alarme e outras funcionalidades.

o Dispositivos de segurança.

o Todas as válvulas, acessórios e instrumentação de monitoração.

o Elevações mínimas.

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o Requisitos e instruções especiais.

• Planta de Arranjo Básico

Desenho executado em escala, mostrando um arranjo preliminar dos equipa-

mentos, unidades, edificações e outros componentes de uma instalação. Nor-

malmente, tem por objetivo representar e facilitar o desenvolvimento de um de-

terminado projeto ou estudo.

• Lista de Equipamentos

Documento contendo uma relação de todos os equipamentos mecânicos que

constam dos Fluxogramas de Engenharia, com suas características principais

(dimensões, material, tipo, potência, carga térmica, peso).

• Folha de Dados de Processo para Equipamentos

Contém os dados principais dos equipamentos de processo, os quais serão utili-

zados para o dimensionamento definitivo pelas disciplinas competentes.

• Folhas de dados de Processo para Instrumentos

Apresentam os dados operacionais (máximos, mínimos e normais) e proprieda-

des físico-químicas requeridas para a especificação de todos os instrumentos de

controle, segurança, vazão, pressão e temperatura indicadas nos Fluxogramas

de Engenharia.

• Memória de Cálculo de Processo

Documentos onde estão registrados os cálculos relativos ao projeto, com indi-

cação dos coeficientes, valores admissíveis, métodos, constantes, correlações, e

referências empregadas:

o transferências de momento, de massa e de energia no sistema;

o propriedades físico-químicas das substâncias;

o leis de conservação de momento, massa e energia;

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o correlações empíricas aplicáveis a equipamentos, tubulações, proces-

sos ou sistemas de utilidades;

o conceituações em geral, que de alguma forma se relacionam com o

projeto, operação, segurança, eficiência, equipamentos, instrumentos

e tubulações.

Requisitos

• Geral

Pressupõe-se que haja um sistema de gerenciamento ambiental já implantado

dentro da empresa.

Todas as normas, procedimentos e legislação ambiental federal, estadual e mu-

nicipal aplicáveis ao lugar onde se localizará o empreendimento deverão estar

relacionados no curso do projeto. Serão sempre preferidos os códigos e normas

nacionais ou internacionais já consagrados que venham a contribuir e orientar o

projeto.

Os requisitos e metas ambientais deverão estar refletidos nas diretrizes de pro-

jeto.

Obter informações sobre os produtos a serem armazenados, número e volume

dos tanques; prever a vazão de drenagem de água de fundo de tanque através da

experiência de projetos executados ou de pesquisa em instalações similares e-

xistentes;

Obter as estimativas e quantificações das emissões planejadas e acidentais ao

longo do período previsto de produção, e outras que não necessariamente se

destinem a tratamento.

No caso do projeto básico de uma instalação existente devem ser obtidas as va-

zões e características físico-químicas principais dos efluentes do processo que

serão tratados, assim como todos os dados de campo das instalações existentes

(desenhos, descrição das utilidades existentes/disponíveis, etc.) necessários à

execução do projeto.

(Ver também PARTE III – TABELAS PADRONIZADAS – Manual de Avali-

ação na Fábrica – material de acesso online em www.teclim.ufba.br)

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• Avaliação Econômica

A dimensão da empresa, da fase ou da etapa do processo avaliado permite que

a avaliação econômica possa ser feita de maneira simplificada. Avaliação em

maior escala requer avaliação econômica mais elaborada.

Em qualquer um dos dois casos é necessário fazer comparações entre os gastos

atuais (correntes) e as perspectivas de modificação das planilhas de custos, le-

vando-se em conta as alterações das condições nas áreas, departamentos, uni-

dades operacionais ou fluxograma atual de produção.

É possível que a Empresa tenha necessidade de contratar especialista, a fim de

lidar com as diferentes informações levantadas e abordadas em seguida. Em

certos casos, os benefícios poderão ser inaparentes ou não quantificados (por

exemplo: redução dos riscos de responsabilidade civil e ações movidas de a-

cordo com o Código do Consumidor, dentre outras).

Algumas reações em cadeia poderão acontecer. A redução na emissão de resí-

duo resultará na diminuição no custo de matérias-primas, no custo do tratamen-

to ou no custo de transporte de resíduos para fora da planta. O mesmo poderá

acontecer com mudanças nas matérias-primas usadas no processo.

Poderá haver uma situação reversa: a alteração de matéria-prima ou de proces-

so resultará em geração de outros tipos de resíduos que poderão afetar outras

operações, com resultados indesejáveis.

Um dos primeiros passos consiste em apurar os custos de processo e de trata-

mento de resíduos.

• Indicadores intangíveis

Redução/eliminação de custos potenciais de responsabilidade civil.

Redução/eliminação de custos para a saúde do trabalhador.

Redução/eliminação de custos com segurança do produto.

• Indicadores tangíveis

Tempo de amortização.

Retorno do investimento.

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Custo de acordo com valores presentes.

• Comparativos

Redução de custos de matérias-primas versus perdas no processo.

Redução de resíduos sólidos versus substituição de matérias-primas.

Redução de emissões gasosas versus substituição de matérias-primas.

Redução de uso de solventes e/ou reagentes líquidos versus substituição

de matérias-primas.

Redução física e de instalações da planta, unidade ou processo de trata-

mento.

• Modelos de abordagem

EMPRESA PEQUENA - avaliação simples, sem maiores preocupações

para demonstrar vantagens na adoção das opções selecionadas.

PLANTA DE GRANDE PORTE - avaliação elaborada, para modificação

de projeto.

(2) Análise de Risco Ambiental

Deverão ser estabelecidos critérios e metas ambientais no início do projeto para

avaliação dos riscos quanto ao efeito das emissões e despejos e com isso eco-

nomizar recursos que seriam gastos caso tais riscos fossem identificados em es-

tágios mais avançados do empreendimento.

Para isso normalmente se realiza a Análise Preliminar de Risco (APR) tanto pa-

ra a fase inicial de um projeto quanto para a fase operacional para revisão de

riscos. A técnica consiste em uma análise qualitativa relacionada aos detalhes

disponíveis do projeto, com recomendações para reduzir os riscos durante sua

fase final.

A APR é um método que poderá ser sucedido por análises mais detalhadas ou

específicas principalmente para novas plantas com novos processos.

Registro de Emissões e Transferências de Poluente – RETP. Vol. 4 Manual Setorial: Organizações Declarantes Pág. 84 de 100

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A equipe requerida envolve os profissionais das disciplinas de projeto bem co-

mo o pessoal de operação e outros que estejam normalmente envolvidos (ins-

peção de equipamentos, instrumentação, etc.).

Devem ser consideradas as seguintes categorias:

SEVERIDADE: I - CATASTRÓFICA II - CRÍTICA III - MARGINAL IV - DESPREZÍVEL

FREQUÊNCIA: A - PROVÁVEL B - RAZOAVELMENTE PROVÁVEL C - REMOTA D - EXTREMAMENTE REMOTA

As categorias de frequência e severidade podem ser combinadas para se gerar

as categorias de risco.

RISCO = FREQUÊNCIA X SEVERIDADE

RISCO: 1 - CRÍTICO 2 - MODERADO 3 - NÃO CRÍTICO

FREQUÊNCIA SEVERIDADE A B C D

I 1 1 1 2 II 1 1 2 3 III 1 2 3 3 IV 2 3 3 3

A tabulação típica de uma Análise Preliminar de Risco (APR) é apresentada a-

diante:

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ANÁLISE PRELIMINAR DE RISCO - APR

SISTEMA: TRANSFERÊNCIA

EVENTO CAUSA EFEITO S F R

MEDIDAS PRE-VENTIVAS OU CORRETIVAS Nº

1 Vazamento de flui-dos

-Furos em linhas / equipamentos / acessórios

-Contaminação do meio ambien-te

IV D 3

-Instalação de sistema adequado de detecção e combate a incêndio e manutenção

-Erro humano (drenos e válvulas de amostragem deixados abertos)

-Formação de poças, com pos-sível incêndio

-Treinamento e cons-cientização

02 Transbordamento do tanque de diluição de inibidor de corrosão

Erro humano (con-trole manual)

-Contaminação do meio ambien-te

III D 3

-Verificar possibilida-de de instalação de alarme de alta? e de ladrão para canaleta -Treinamento e consci-entização

03 Liberação de vapores de hidrocarbonetos / sal-moura

Envio de salmoura quente para o “quench”

-Efeitos tóxicos para o meio am-biente

III D 3

-Informar os operado-res sobre efeitos e medidas a serem to-madas quanto à sal-moura -Monitorar salmoura para o “quench”

(3) Produtos químicos

(Ver também 3.1. Entradas: Qualificação e Quantificação – Manual de Avalia-

ção na Fábrica - material de acesso online www.teclim.ufba.br)

Examinar e extrair informações de:

o registro de compras.

o controle de uso.

o condições de armazenagem e manipulação.

o registro de perdas e suas causas como: evaporação, vazamentos, con-

taminações, prazos de validade, etc.

o determinação do consumo por operação ou da média de utilização.

• Sugestões práticas

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Produtos químicos sólidos: registrar a quantidade de sacos estocados no início

da semana, antes da operação e resultado, ao final da operação. Pesar alguns

sacos para conferir as especificações de peso e medidas.

Produtos químicos líquidos: conferir a capacidade de armazenamento do tan-

que e quando o tanque foi preenchido. Monitorar os níveis do tanque e o núme-

ro de tanques que chegarem à planta ou área de produção a ser avaliada.

Produtos químicos gasosos: conferir a capacidade de armazenamento dos tan-

ques e cilindros e quando eles foram cheios. Monitorar as pressões do tanque

e/ou dos cilindros e o número de tanques e/ou de cilindros que chegarem à

planta.

• Interrogativas recomendadas

O inventário de produtos químicos proporciona a minimização de perdas por

manipulação de estoques?

O potencial de perda poderia ser minimizado pela redução da distância entre a

armazenagem e a unidade de consumo do produto?

Produtos químicos diferentes, com possibilidade ou risco real de contaminação

cruzada, são estocados no mesmo tanque ou compartimento?

Os sacos ou vasilhames são completamente esvaziados? Há sobras?

No caso de produtos químicos viscosos, seria possível eliminar perdas residuais

nos tambores?

A área de armazenagem de produtos químicos é segura? O prédio é trancado à

noite? A área está ou poderia ser cercada, para permitir apenas o acesso restri-

to?

Os produtos sensíveis à luz estão protegidos?

Há problemas de pó resultante de empilhamento de produtos?

Bombas e equipamentos para transferência de materiais estão funcionando com

eficiência? A manutenção é rotineira?

Há derrames que poderiam ser evitados?

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O processo é conduzido apropriadamente pelo operador?

Como está sendo monitorada a entrada de produtos químicos?

Algum equipamento necessita ou requer conserto?

O encanamento é autodrenável?

Há possibilidade de reutilização ou reciclagem de algum produto químico?

• Emissão de Resíduos

(Ver também 5.2. Identificação de Opções para PR – Manual de Avaliação na

Fábrica - material de acesso online www.teclim.ufba.br)

Para fins deste documento, a designação de resíduo engloba todo material (in-

clusive energia) que não representar o produto-fim ou primário da manufatura.

A emissão de resíduo deverá ser prevenida ou minimizada através de ações dis-

cretas ou combinadas como:

• Boa Prática Operacional

É importante que a Equipe de Avaliação leve em conta os procedimentos já a-

dotados na indústria, do ponto de vista administrativo ou institucional, que con-

tribuem para a prevenção ou minimização de emissões, em particular as ques-

tões adiante mencionadas:

o Programas similares já existentes ou que foram anteriormente im-

plantados.

o Práticas de gestão e de pessoal - treinamento, incentivos, bônus e ou-

tros instrumentos, orientados para a prevenção ou minimização de

emissões.

o Práticas de inventário e manipulação de materiais - prevenção da má

manipulação, da expiração do tempo de prateleira de materiais sensí-

veis e de más condições de armazenagem.

o Prevenção de perdas por transbordamentos e vazamentos.

o Segregação dos resíduos perigosos dos não perigosos.

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o Práticas de contabilização de custos: alocação de custos com trata-

mento e destinação de resíduos diretamente aos departamentos ou

grupos geradores.

o Esquemas de produção que reduzam a frequência de uso e consumo

de materiais para limpeza e manutenção de equipamentos.

• Mudança de tecnologia

Considerar as questões tecnológicas que afetam ou determinam o tipo de

projeto, especialmente:

o as mudanças no processo de produção

o as mudanças no equipamento, leiaute e tubulações

o o uso de controles e de automação

o as mudanças nas condições operacionais como vazões, temperaturas,

pressões, tempos de residência e outros fatores que atendam às práti-

cas pretendidas.

(4) Modificação na entrada (input) de materiais

Identificar os materiais que contribuem, através de estratégias de:

• purificação de materiais e

• substituição de materiais clássicos por ecomateriais

(5) Modificação do produto

Levar em conta que o objetivo poderá ser alcançado através de:

• substituição de produto

• conservação de produto

• mudança na composição do produto

(6) Adoção de processos de reciclagem

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A reciclagem representa outra ferramenta indispensável para a geração de op-

ções, a partir de estratégias de:

• recuperação e reutilização de matéria-prima empregada no processo original

• reorientação de resíduos gerados para uso em outros processos ou

• recuperação, para venda, de resíduos valiosos.

É importante reforçar o fato de que, para o modelo de gestão industrial preten-

dido, a reciclagem deverá ser atóxica, com baixo consumo de água e energia.

(7) Energia

(Ver também 3.1.5. Energia – Manual de Avaliação na Fábrica - material de

acesso online www.teclim.ufba.br)

A energia deverá ser analisada e tratada quanto ao controle, substituição e mi-

nimização de consumo.

A substituição de óleo combustível por gás natural pode melhorar a eficiência

energética com prevenção de emissões de SOx e particulados na atmosfera.

A adoção de motor térmico de baixo NOx pode reduzir a emissão da energia.

Por outro lado, a questão do uso de energia é muito mais particularizada, difi-

cultando a criação de critérios aplicáveis à maioria das situações. As recomen-

dações a seguir são de ordem geral.

É necessário recordar que muita da energia gasta no ambiente industrial não es-

tá diretamente relacionada ao produto/processo, mas às pessoas envolvidas no

processo. Até agora, o objetivo foi chegar a um mapa de distribuição de energia

por operação. Por isso, o balanço de energia mostrará, via de regra, uma menor

percentagem da energia total consumida quando comparado ao balanço de ma-

terial.

(4) Uso no processo

Fontes: renováveis ou não? É possível adaptação? Estas fontes trazem algum

tipo de emissão gasosa?

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Transporte: qual a perda por transporte entre operações? A mudança do leiaute

pode favorecer a diminuição das perdas?

(5) Uso em operações

Quanta energia é gasta em cada operação? Criar tabelas de conversão entre as

diversas formas de energia

Tipo de uso de energia: aquecimento, reação, transporte, outros

Frequência de uso

Quantidade utilizada em cada ação

(6) Recomendações especiais

Considerar que todo o gasto de energia deve ser racionalizado. Para tanto, de-

vem ser institucionalizadas desde atitudes simples até medidas de controle em

equipamentos. Fazer medições de luminosidade em salas, verificar a tempera-

tura de sistemas de ar condicionado, etc.

Controlar os sistemas de produção do mesmo modo citado no item anterior.

Verificar se as temperaturas estipuladas estão sendo corretamente utilizadas.

Garantir a calibração dos instrumentos, etc. Procurar fuga no sistema elétrico.

Verificar se a manutenção está sendo feita corretamente. Inspecionar equipa-

mentos elétricos que estão apresentando “aquecimento acima do esperado”.

Quando necessário, instalar medidores individuais nos equipamentos.

Evitar operações desnecessárias ou duplicadas. Considerar que, via de regra,

qualquer operação consome energia. Evitar transportes desnecessários de maté-

ria-prima e de produto acabado.

A troca de tecnologia e/ou de equipamento favorece a diminuição do gasto?

(7) Tratamento de Resíduos

(Ver também PARTE IV – QUADROS DE REFERÊNCIA – Manual de Ava-

liação na Fábrica - material de acesso online)

As tecnologias físico-químicas de tratamento de resíduos foram amplamente

desenvolvidas e empregadas em função do maior domínio do conhecimento e

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de um controle melhor, ou da menor necessidade de monitorar e controlar os

diversos parâmetros.

Os métodos químicos apresentam a vantagem de serem controláveis estequio-

metricamente. Assim, é fácil quantificar a proporção de hipoclorito de sódio

(NaClO) requerido para oxidar cianetos (CN-) em cianatos inócuos (CNO-), ou

a proporção de metabissulfito de sódio (Na2S2O5) requerido para reduzir o

cromo hexavalente em cromo trivalente.

A desvantagem é que o consumo desses reagentes segue a mesma proporção

estequiométrica.

Experiências demonstram que determinados micro-organismos são capazes de

realizar essas conversões oferecendo condições adequadas.

Os aterros parecem ser uma solução simples e prática, porém ocultam diversas

implicações. O local deverá ser adequado e aceito pela comunidade. Isto posto,

normalmente deverá haver transporte do material contaminado por uma consi-

derável distância. Deverá haver escavação do local e deslocamento de um vo-

lume de solo e todo o trabalho de impermeabilização e implantação de um sis-

tema de monitoração.

Com o esgotamento da sua capacidade, o aterro não deve ser simplesmente a-

bandonado. A responsabilização e os contaminantes permanecem eternamente.

Em muitos desses casos a solução definitiva pode ser a biorremediação no local

através da criação de condições adequadas de desenvolvimento microbiano

com o ajuste do pH, oxigenação e adição de nutrientes inorgânicos e orgânicos

no sítio contaminado. A compostagem de resíduos de elevado teor de matéria

orgânica pode mineralizar as substâncias perigosas e gerar um rico fertilizante.

A presença de metais pesados torna a biorremediação uma solução de difícil

aplicação, pois a sua metabolização causa apenas a sua conversão em outros

compostos que podem voltar a liberar aqueles elementos químicos.

O encapsulamento talvez seja a melhor solução neste caso. Este termo engloba

tanto a imobilização de material em uma massa polimerizada ou vitrificada a-

brangendo uma área como também a difusão de átomos de metais pesados em

grãos de sílica através da incineração em fornos de cimento.

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O Reino Unido praticou o despejo de resíduos em alto mar sob o regime do

"Dumping at Sea Act 1974" que permitia o lançamento de compostos de arsê-

nio e antimônio em águas profundas, proibindo, contudo, o mercúrio e o cád-

mio, entre outros. Devido a pressões internacionais, a atividade foi se reduzin-

do cada vez mais.

A incineração é um método direto de ataque aos compostos perigosos e que

permite na maioria dos casos a redução do volume e peso inicial dos resíduos.

É muito eficaz quando o resíduo possui elevado poder calorífico e apresenta al-

to teor de substâncias perigosas. Permite, assim, a autossuficiência energética

de queima e muitas vezes gera um saldo positivo de energia através da produ-

ção de vapor em caldeiras de recuperação. Porém os gases de combustão arras-

tam material particulado, óxidos de nitrogênio e, quando substâncias halogena-

das estão presentes, haverá a geração de ácidos halogenados e dioxina.

A presença desses subprodutos significa que outros equipamentos devem ser

agregados em conjunto com o incinerador. Para reter os materiais particulados

é requerido um precipitador eletrostático ou um filtro de mangas. Os ácidos de-

vem ser removidos através de lavadores de bandejas ou recheios e a dioxina,

que surge em pequenas quantidades quando da queima em conjunto de organo-

clorados e compostos orgânico cíclicos, deve ser removida em leitos de carvão

ativado.

O sistema de incineração completo, além de envolver toda a complexidade de

operação e custo operacional, requer elevada imobilização de capital. Todos os

equipamentos de recuperação de energia somente minoram o elevado desperdí-

cio.

Uma das saídas encontradas para resíduos possuindo um mínimo de poder ca-

lorífico e com determinadas restrições quanto ao teor de halogenados e metais

pesados é o processamento na forma de combustível para fornos de cimento.

As elevadas temperaturas, o tempo de residência e a capacidade de encapsula-

mento de determinados elementos químicos perigosos o tornam atrativo para

certos casos particulares.

A extração, nos seus diversos estados físicos, pode ser empregada para a remo-

ção de contaminantes. Assim, são conhecidas a lavagem do solo com água ou

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outros solventes, a extração líquido-líquido, a extração do solo com vapor ou ar

e a dessorção de componentes voláteis da água com ar ou vapor ("stripping").

Realizada a extração, é necessário dar a destinação ao extrato, não havendo di-

ficuldades quando se trata de reciclá-lo. Porém, muitas vezes é necessário dar a

destinação final como o aterro ou a incineração.

Ao invés de simplesmente se realizar a extração, o fluxo poderia percorrer um

filtro de leito biológico onde haveria a metabolização dos compostos perigosos

em dióxido de carbono, água e íons.

No caso de correntes de ar contaminado, o tratamento usual tem sido a adsor-

ção em leitos de carvão ativado e a sua regeneração cíclica quando da satura-

ção, ou o emprego de queimadores catalíticos regenerativos que por regra re-

querem combustível auxiliar. Muitos trabalhos demonstraram a viabilidade de

um filtro biológico que se caracteriza por destruir os compostos orgânicos atra-

vés do metabolismo e não simplesmente adsorvê-los, transferindo o problema,

como os filtros de carvão ativado.

Aparentemente os custos de sua implantação são da mesma ordem de grandeza,

porém o custo operacional é menor devido ao ciclo de regeneração maior e,

principalmente quando há a presença de compostos orgânicos halogenados, o

filtro biológico mineraliza os halogênios dispensando a sua remoção com lava-

dores dispendiosos.

Para o tratamento de efluentes líquidos são empregados os reatores biológicos,

sendo mais conhecidos e tradicionais os tanques em batelada onde são contro-

ladas as condições de desenvolvimento da flora microbiana desejável para rea-

lizar a remoção de determinados contaminantes. Muitas vezes a diversidade de

contaminantes requer reatores em série para que micro-organismos distintos

complementem a tarefa. Assim, foi observado que os efluentes de unidades de

coqueificação podem ser tratados eficazmente por lodo ativado comum quanto

aos fenóis e DBO/DQO sendo, porém, insuficientes para eliminar o benzopire-

no, SCN-,CN- entre outros, requerendo outras etapas com diferentes condições

e outras floras microbianas.

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(8) Projeto

O momento mais propício e eficaz para a implementação das metas de preven-

ção e minimização de emissões é na etapa de projeto conceitual que permitirá

de forma integrada a adoção das melhores tecnologias e soluções do ponto de

vista ambiental e eficiência geral da unidade, significando, muitas vezes, a eco-

nomia de matéria-prima, energia, durabilidade e passivo ambiental.

Um sistema de verificação ambiental deverá ser incluído nas diversas fases do

projeto (conceitual, básico, detalhamento e liberado para construção) de forma

a assegurar a implementação das metas.

(9) Documentos Básicos do Projeto

As informações do Projeto são encontradas ou deverão ser desenvolvidas no

seu curso nos seguintes documentos básicos:

• Memorial de Dados Básicos de Projeto.

• Diagrama de Blocos do Processo.

• Fluxogramas de Processo com Balanço de Massa e Energia.

• Fluxogramas de Engenharia (P&ID).

• Plantas de Arranjo.

• Manuais de Operação.

• Lista de equipamentos.

• Folhas de dados e especificação de equipamentos.

• Folhas de dados e especificação de instrumentação.

(10) Filosofia de Projeto

Devem ser estabelecidas as premissas que serão adotadas e as variáveis, de a-

cordo com as características de cada projeto, que podem não se limitar aos tó-

picos abaixo relacionados:

• Definição de reuso e reciclo de correntes de processo para a prevenção ou minimização das emissões.

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• Retorno ao processo ou controle da emissão de gases tóxicos, com a utili-zação de cobertura nos equipamentos / caixas / tanques e condensadores ou filtros de coleta de vapores.

• Sensores e alarmes para monitoração de emissões tóxicas.

• Nível de automação para os diversos equipamentos.

• Sistema de automação a ser utilizado na drenagem de fundo dos tanques de armazenamento e o destino destas águas contaminadas.

• Tempo desejado para drenagem de bacias e fundo de tanques.

• Concentrações e vazões dos efluentes a serem tratados que, no caso de projetos básicos para unidades novas, devem ser estimados com base em projetos similares.

• Definição das áreas que deverão possuir cobertura para cálculo das vazões de chuva das áreas contaminadas e oleosas.

• Tipos de válvulas e conexões a serem usadas com o mínimo de emissões fugitivas.

• Tipo de selagem de equipamentos rotativos com o mínimo de emissões fugitivas.

Estabelecimento de qual será o destino de todos os efluentes líquidos e resí-

duos sólidos.

• Estabelecimento de como deverá ser a drenagem e coleta e qual o tipo de escoamento dos diversos sistemas (canaletas, tubulação, por gravidade ou bombeamento).

• Definição do sistema de segregação dos diversos sistemas, com vistas à minimização do aporte à estação de tratamento.

• Especificação de equipamentos de controle como Incineradores, Filtros de Mangas, Precipitadores Eletrostáticos, Sistema de Tocha, etc.

(11) Metodologia de Redução na Fonte

A primeira e mais efetiva técnica é a prevenção e a redução de emissões na

fonte que podem ser implementadas desde o projeto até o nível operacional

conforme os exemplos tabelados (Quadro 1):

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Quadro 1 - Técnicas para prevenção e redução de emissões na fonte REDUÇÃO NA FONTE

PONTO DE GERAÇÃO

MEDIDAS RECOMENDADAS

Todas as Fontes de Resíduos

1) Usar materiais de maior pureza 2) Usar matérias-primas menos tóxicas 3) Usar materiais não corrosivos 4) Converter os processos por batelada em contínuos 5) Efetuar inspeção e manutenção mais rigorosas de equipa-

mentos 6) Melhorar o treinamento dos operadores 7) Efetuar supervisão contínua 8) Adotar práticas operacionais adequadas 9) Eliminar ou reduzir o uso de água para limpeza de derra-

mamentos 10) Implementar técnicas adequadas de limpeza de equipa-

mentos 11) Usar sistemas de monitoramento aprimorados 12) Usar bombas com selo mecânico duplo

Reação e Processamento

1) Desenvolver catalisadores mais seletivos 2) Otimizar o projeto do reator e das variáveis da reação 3) Otimizar método de adição de reagentes 4) Eliminar o uso de catalisadores tóxicos

Catalisadores gastos e perdas

1) Desenvolver um suporte de catalisador mais seguro 2) Usar filtro dentro da borda livre do reator 3) Regenerar e reciclar catalisadores gastos

Derramamentos e Vazamentos

1) Instalar bacias de contenção 2) Maximizar o uso de juntas soldadas em relação às flange-

adas 3) Prevenir transbordamentos nos tanques 4) Instalar barreiras contra respingos e coletores de goteja-

mentos

(12) Metodologia de Redução no Final de Linha

As emissões que não puderam ser eliminadas ou reduzidas no processo podem

ainda ser reduzidas no final de linha (Quadro 3):

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Quadro 3 – Metodologias para redução de emissões no final de linha IDENTIFICAÇÃO MÉTODO DESCRIÇÃO

AMÔNIA Tratamento biológico (Sistema de lodo ativado, leito de filme fixo, leito de discos rotativos)

Parte da amônia é removida pelo próprio crescimento bio-lógico, o restante sofre nitrifi-cação para nitritos e nitratos a seguir.

Oxidação por cloro em clo-roamina

Reação química direta, porém o custo dependerá da DQO do efluente.

Stripping A amônia sofre um arraste por fluxo de ar em contracor-rente numa torre de aspersão ou de recheio.

Osmose reversa Pelo principio da osmose a amônia é separada da corrente principal.

CIANETOS Sistema de lodo ativado A alta concentração de micro-organismos em meio aeróbico causa a degradação dos ciane-tos.

Polissulfeto Os polissulfetos reagem com os cianetos gerando tiocianatos mais inócuos.

Oxidação química Geralmente se utilizam hipo-cloritos ou peróxido para a oxidação dos cianetos em cia-nato.

FENÓIS Sistema de lodo ativado Alta concentração de microor-ganismos em meio aeróbico causa a degradação dos fenóis.

Adsorção em leito de carvão ativado

O carvão ativado adsorve os fenóis do efluente.

Oxidação química (O3, H2O2, Ácido peracético)

Oxidantes comuns são eficazes na degradação de fenóis. A combinação de raios UV com O3 ou H2O2 é ainda mais eficaz.

SULFETOS Sistema de lodo ativado A alta concentração de micro-organismos em meio aeróbico causa a oxidação dos sulfetos.

Lago de aeração O oxigênio do ar e o tempo de residência permitem a oxida-ção dos sulfetos.

Oxidação química (Ácido peracético, H2O2 e O3)

Os sulfetos sofrem fácil oxida-ção pelos reagentes usuais como o H2O2 e O3.

Resina de troca iônica Um leito de resina aniônica adsorve o anion S-2.

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HIDROCARBONE-TOS

Decantação O óleo livre facilmente emerge na superfície e pode ser meca-nicamente escumado e remo-vido.

Flotação com ar dissolvido Baixas concentrações de óleo são aderidas nas bolhas de ar e emergidas na superfície.

Coagulação química Aplicado para óleo emulsifi-cado, a coagulação química causa a coalescência das partí-culas em outras maiores per-mitindo a sua remoção.

HIDROCARBONE-TOS VOLÁTEIS (VOC)

Stripping O efluente líquido pode ser esgotado por corrente de arras-te por ar ou vapor em torres de recheio.

Carvão ativado A maior parte dos VOC’s pode ser adsorvida em leito de car-vão ativado

• Fontes de Informações Adicionais

Ver também 5.1. Fontes Externas para Opções de PR – Manual de Avali-

ação na Fábrica - material de acesso online)

A Equipe de Projeto tem o recurso de identificar outras informações e

fontes que atendam a necessidades específicas do empreendimento além

das normas e procedimentos estabelecidos.

• Engenheiros e operadores da planta industrial

Sugestões e recomendações, na Empresa, procedentes de pessoas consi-

deradas competentes ou conhecedoras do problema.

Opinião pessoal das mesmas pessoas sobre a opção sugerida.

• Publicações (literatura)

Textos obtidos em revistas técnicas, jornais de negócios, relatórios go-

vernamentais, resumos e resenhas de pesquisas envolvendo temas ou

problemas correlatos.

• Agências ambientais locais e estaduais

Conteúdo de programas de assistência técnica, informação específica, bi-

bliografias, etc.

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Informações sobre indústria similar.

• Fornecedores de equipamentos

Informações sobre mudanças tecnológicas, sistemas semelhantes em in-

dústrias correlatas.

Sugestões a respeito de máquinas e equipamentos que poderão ser utili-

zados para a implantação de alternativas tecnológicas.

Opiniões sobre o desempenho de equipamentos de concorrentes, já utili-

zados.

• Consultores

Opiniões, sugestões ou recomendações sobre técnicas de prevenção e minimi-

zação de emissões, particularmente quando se tratar de trabalho já realiza-

do e, ainda mais importante, quando o trabalho tiver sido feito em campo

de atuação da Empresa em questão.

• Comunidade

Levantamento de críticas, comentários e sugestões da vizinhança da fá-

brica a respeito de problemas, situações ou questões do sistema de fabri-

cação que afeta os moradores.

• Organizações não-governamentais

Opiniões, críticas e comentários sobre a Empresa ou sobre a natureza de

processos de produção ou de produtos similares ou parecidos com os da

Empresa.

Campanhas e outros projetos mantidos por tais organizações, dos quais

poderão ser extraídos indicadores ou subsídios importantes para o projeto

a ser implantado pela Empresa.

• Seguradoras e agências de financiamento de projetos industriais

Documentos, comentários, critérios e outros subsídios que possam orien-

tar a Empresa no momento de selecionar as opções.

Registro de Emissões e Transferências de Poluente – RETP. Vol. 4 Manual Setorial: Organizações Declarantes Pág. 100 de 100

MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE 2010 

Histórico de exigências e sinistros em casos envolvendo a geração de resíduos

ou ações contra empresas por conta de produtos e processos semelhantes ao da

Empresa avaliada.