organizações criminosas

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Organizações criminosas cers

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Aula 18- Organizaes CriminosasLEI N 12.850, DE 2 DE AGOSTO DE 2013.Art. 1oEsta Lei define organizao criminosa e dispe sobre a investigao criminal, os meios de obteno da prova, infraes penais correlatas e o procedimento criminal a ser aplicado. 1oConsidera-se organizao criminosa a associao de 4 (quatro) ou mais pessoas estruturalmente ordenada e caracterizada pela diviso de tarefas, ainda que informalmente, com objetivo de obter, direta ou indiretamente, vantagem de qualquer natureza, mediante a prtica de infraes penais cujas penas mximas sejam superiores a 4 (quatro) anos, ou que sejam de carter transnacional. 2oEsta Lei se aplica tambm:I - s infraes penais previstas em tratado ou conveno internacional quando, iniciada a execuo no Pas, o resultado tenha ou devesse ter ocorrido no estrangeiro, ou reciprocamente;II - s organizaes terroristas internacionais, reconhecidas segundo as normas de direito internacional, por foro do qual o Brasil faa parte, cujos atos de suporte ao terrorismo, bem como os atos preparatrios ou de execuo de atos terroristas, ocorram ou possam ocorrer em territrio nacional.Observaes iniciais: 1- Em 1995 foi editada uma lei visando a represso as organizaes criminosas. Nessa lei, contudo, no houve definio de organizao criminosa. O objeto da lei ficou vazio. Passou-se assim a utilizar a definio de crime organizado na Conveno de Palermo. Crticas desse conceito e do emprstimo do conceito:a- A definio dada pela Conveno muito ampla, violando-se a taxatividade. b- A definio dada vale para nossas relaes com o direito internacional, e no com o direito interno. Definies dadas pelas convenes ou tratados internacionais jamais valem para reger nossas relaes internas de direito penal. No Brasil, somente lei cria crime e comina pena. Tratado no pode criar crime e cominar pena. Essa crtica foi acolhida pelo STF. OU seja, o STF no permitia a adoo da conveno de palermo para fins de conceituao de organizaes criminosas.

2- Foi em virtude desse julgado do STF que surgiu a lei 12964/12. Art. 2o Para os efeitos desta Lei, considera-se organizao criminosa a associao, de 3 (trs) ou mais pessoas, estruturalmente ordenada e caracterizada pela diviso de tarefas, ainda que informalmente, com objetivo de obter, direta ou indiretamente, vantagem de qualquer natureza, mediante a prtica de crimes cuja pena mxima seja igual ou superior a 4 (quatro) anos ou que sejam de carter transnacional.

3- A lei 12.850/2013 reviu esse conceito- essa a definio vlida. 1o Considera-se organizao criminosa a associao de 4 (quatro) ou mais pessoas estruturalmente ordenada e caracterizada pela diviso de tarefas, ainda que informalmente, com objetivo de obter, direta ou indiretamente, vantagem de qualquer natureza, mediante a prtica de infraes penais cujas penas mximas sejam superiores a 4 (quatro) anos, ou que sejam de carter transnacional.

Mudanas: Lei 12964/2012Lei 12850/2013

Associao de 3 ou mais pessoas. Associao de 4 ou mais pessoas.

Diviso estrutural de tarefas. Diviso estrutural de tarefas.

Vantagem de qualquer natureza.Vantagem de qualquer natureza.

Crimes cujas penas mximas sejam igual ou superior a 4 anos ou de carter transnacional. Infraes penais cujas penas sejam iguais ou superiores a 4 anos ou de carter transnacional. Permite que contraveno seja praticada por organizao criminosa.

OBS- a lei 12964 no foi revogada. S a definio que foi revogada. Ambas as leis coexistem. A lei 12964/2012 criou a possibilidade de julgamento colegiado.

Lei 9034/95Lei 12694/2012Lei 12850/2013

Meios especiais de investigao. OBS- no definiu organizao criminosa. Definiu organizao criminosa, e criou possibilidade de julgamento colegiado de primeiro grau. Essa lei coexistia pacificamente com a lei 9034/95. Definiu organizao criminosa e tratou dos meios especiais de obteno de prova. Criou ainda novos delitos. Essa lei revogou apenas a lei 9034/95 e revogou tambm a definio de organizao criminosa dada pela lei 12694/2012.

Os meios de provas previsto na lei 12850/2013 podem ser utilizados mesmo ausente organizao criminosa? Ex: pode haver ao controlada ou agente infiltrado na represso de crimes no cometidos por organizaes criminosas? R- O 2 do art. 1 da lei 12850/2013 autoriza, desde que reunidos alguns requisitos. Ou seja, dispensa organizao criminosa no caso de terrorismo ou crime a distncia. Ex: trfico internacional de pessoas (art. 231 do CP). Ou seja, os mecanismos especiais de prova nem sempre dependem da presena de organizao criminosa. 2oEsta Lei se aplica tambm:I - s infraes penais previstas em tratado ou conveno internacional quando, iniciada a execuo no Pas, o resultado tenha ou devesse ter ocorrido no estrangeiro, ou reciprocamente;II - s organizaes terroristas internacionais, reconhecidas segundo as normas de direito internacional, por foro do qual o Brasil faa parte, cujos atos de suporte ao terrorismo, bem como os atos preparatrios ou de execuo de atos terroristas, ocorram ou possam ocorrer em territrio nacional.Lei 12850/2013AntesDepois

Organizao criminosa no era crime. No tinha pena, somente consequncias. Ex: RDD. Organizao criminosa crime, com pena privativa de liberdade.

Art. 2o Promover, constituir, financiar ou integrar, pessoalmente ou por interposta pessoa, organizao criminosa: Pena - recluso, de 3 (trs) a 8 (oito) anos, e multa, sem prejuzo das penas correspondentes s demais infraes penais praticadas.

OBS1- Com a nova lei, a figura da organizao criminosa deixou de ser apenas forma de se praticar crimes para se tornar delito autnomo punido com recluso. OBS2- Trata-se de novatio legis incriminadora, obviamente irretroativa. No alcana os fatos esgotados antes da sua vigncia. Se o fato persistir (comear antes e continuar) aplica-se a lei nova.

Anlise do tipo penal: Crime de organizao criminosa: Art. 2o Promover, constituir, financiar ou integrar, pessoalmente ou por interposta pessoa, organizao criminosa: Pena - recluso, de 3 (trs) a 8 (oito) anos, e multa, sem prejuzo das penas correspondentes s demais infraes penais praticadas.

Bem jurdico tutelado- paz pblica, como toda associao criminosa. De acordo com a maioria, trata-se de crime de perigo abstrato.

Sujeito ativo- mnimo de 4 pessoas. Estruturalmente ordenada com o fim de praticar infraes penais para obter vantagem. Crime comum, plurisubjetivo (de concurso necessrio), de condutas paralelas (um as auxiliando as outras). OBS1- No nmero mnimo de 4 associados, computam-se eventuais inimputveis ou pessoas no identificadas. OBS2- No se computa agente infiltrado. O agente infiltrado no tem o animus associativo. O seu dolo o desmantelar a sociedade criminosa.

Sujeito passivo- sociedade, logo temos um crime vago.

Conduta:1- Promover. 2- Constituir. 3- Financiar. 4- Integrar.

Pessoalmente ou por interposta pessoa.

Exige uma associao estruturalmente ordenada.

OBS1- Partindo da definio de organizao criminosa fica claro que a associao, alm da pluralidade de agentes, demanda estabilidade e permanncia com estrutura ordenada e diviso de tarefas.

Se no houver estabilidade e permanncia- posso ter concurso de pessoas. Faltando estrutura ordenada e diviso de tarefas- pode ter associao criminosa.

Organizao: 1- Nmero plural de agentes (4). 2- Estabilidade e permanncia (Faltando- coautoria e participao- concurso de pessoas).3- Estrutura ordenada e diviso de tarefas. (Faltando- associao criminosa).

OBS2- imprescindvel que a reunio seja efetuada antes da deliberao dos delitos. Primeiro se associa, depois delibera os delitos. Se primeiro delibera os delitos, e ai vai atrs de pessoas para praticar crimes certos e determinados isso mero concurso de agentes.

A associao deve ser prvia. A associao no pode ser depois da deliberao dos crimes. Voluntariedade- dolo. Exige-se um fim especial de agir- obter direta ou indiretamente vantagem de qualquer natureza.Consumao- com a societatis criminis, sendo indispensvel a estrutura ordenada com diviso de tarefas. No precisa cometer qualquer crime. crime permanente, logo o agente pode ser preso em flagrante enquanto no desfeita/ abandonada a associao. Ou seja, admite flagrante durante toda a permanncia. O termo inicial da prescrio se d com o fim da permanncia. Enquanto no cessada a permanncia, aplica-se a lei nova ainda que mais grave (Smula 711 do STF). Havendo delitos praticados pela associao? R= concurso material entre os crimes cometidos + organizao criminosa. Ou seja, a organizao criminosa autnoma, logo independe da prtica de qualquer crime pela associao. Se tais crimes vierem a ser cometidos, aplica-se a regra do cumulo material. Tentativa? R= de acordo com a maioria no possvel a tentativa. E os atos praticados com a finalidade de formar a organizao? R= tratam-se de atos preparatrios impunveis. 1o Nas mesmas penas incorre quem impede ou, de qualquer forma, embaraa a investigao de infrao penal que envolva organizao criminosa.Embaraar as investigaes tambm crime. Pune, com as mesmas penas da organizao criminosa, a obstruo da persecuo penal que envolva organizao criminosa. Seja impedindo, seja embaraando. Bem jurdico tutelado- Administrao da Justia e no mais a paz pblica. Sujeito ativo- crime comum, monosubjetivo (de concurso eventual e no necessrio). OBS- o agente no pode estar envolvido ou ter concorrido, de qualquer modo, para a formao ou funcionamento da organizao criminosa. Ou seja, a pessoa no pode integrar organizao criminosa. Se integra a organizao, o embarao da investigao ps fato no punvel. Esse pargrafo exige pessoa estranha a organizao. Sujeito passivo- estado administrao. Conduta punida- impedir, ou de qualquer modo embaraar a investigao penal que quevolva a organizao. O legislador esqueceu da obstruo do processo judicial- duas correntes:a- A omisso no pode ser suprida, pois seria analogia incriminadora, violando o princpio da legalidade. a posio do professor Bittencourt.

b- A omisso pode ser Suprida, abrangendo a fase do processo atravs da interpretao teleolgica ou extensiva. Ex: Rogrio Sanches, LFG, Nucci.

o mesmo raciocnio que o STF utiliza para abranger o ingresso irregular de acessrios do celular em presdio.No processo no deixa de haver uma extenso da investigao.

Cuidado- esse crime de execuo livre. Pode ser praticado com violncia, grave ameaa, fraude, etc. Se usar violncia ou grave ameaa contra autoridade ou outra autoridade no h que se falar em coao no curso do processo. Prevalece, no caso, o princpio da especialidade.Ex: Fulano embaraa investigao de organizao criminosa da qual no faz parte ameaando pessoas no ligadas a persecuo penal. Art. 2, 1 da Lei 10850. Ex2: Fulano ameaada o delegado/testemunhas com o mesmo objetivo? R= configura o mesmo crime, com pena de 3 a 8 anos. No pode configurar o art. 344 do CP, pois a pena desse muito pequena. Trabalha-se com os princpios da especialidade, proporcionalidade e razoabilidade. Voluntariedade- dolo. Consumao- a- Impedir- com o efetivo impedimento. Com a efetiva obstruo da investigao. possvel tentativa. crime material.

b- Embaraar- basta o dificultar. O crime de mera conduta, sendo dispensado o resultado naturalstico, consumando-se o crime com qualquer conduta indicativa da obstruo. Tambm admite tentativa. Tenta, mas no consegue praticar conduta impeditiva por circunstancias alheias a sua vontade.

2o As penas aumentam-se at a metade se na atuao da organizao criminosa houver emprego de arma de fogo.Ou seja, as penas aumentam-se at a metade se praticado mediante a utilizao de arma de fogo. Essa causa de aumento incide mesmo que o aumento no seja apreendido e periciado. Nesse caso, caber ao ru demonstrar que a arma no tinha potencialidade lesiva.

Agravante de pena: 3o A pena agravada para quem exerce o comando, individual ou coletivo, da organizao criminosa, ainda que no pratique pessoalmente atos de execuo.

Ou seja, o mentor tem pena aumentada. Trata-se de agravante semelhante a do art. 62, I do CP.

Novas causas de aumento: 4oA pena aumentada de 1/6 (um sexto) a 2/3 (dois teros):I - se h participao de criana ou adolescente;II - se h concurso de funcionrio pblico, valendo-se a organizao criminosa dessa condio para a prtica de infrao penal;III - se o produto ou proveito da infrao penal destinar-se, no todo ou em parte, ao exterior;IV - se a organizao criminosa mantm conexo com outras organizaes criminosas independentes;V - se as circunstncias do fato evidenciarem a transnacionalidade da organizao.Transnacionalidade elementar do crime de organizao criminosa- de carter transnacional (qualquer pena) e nacional (superior a 4 anos). Assim, no que diz respeito ao inciso V, o aumento ficar sem aplicao, pois essa circunstncia aparece como elementar do delito de organizao criminosa.

Medida cautelar- afastamento do cargo com remunerao. 5oSe houver indcios suficientes de que o funcionrio pblico integra organizao criminosa, poder o juiz determinar seu afastamento cautelar do cargo, emprego ou funo, sem prejuzo da remunerao, quando a medida se fizer necessria investigao ou instruo processual.Tal medida j estava prevista no art. 319, VI do CPP. Pressupe o binmio- a- Periculum in mora. b- Fummus boni juris. Pode ser decretada em qualquer fase da persecuo penal (investigao ou processo penal).Efeitos da condenao- 6o A condenao com trnsito em julgado acarretar ao funcionrio pblico a perda do cargo, funo, emprego ou mandato eletivo e a interdio para o exerccio de funo ou cargo pblico pelo prazo de 8 (oito) anos subsequentes ao cumprimento da pena. Perda automtica do cargo. um efeito extrapenal da sentena definitiva.O efeito aqui automtico. No depende de qualquer motivao. Assim como na lei de tortura, a perda automtica. O efeito automtico.

Mandato eletivo- a doutrina e a jurisprudncia discutem se a questo matria interna corporis do Congresso Nacional ou no.

Participao de policial- 7o Se houver indcios de participao de policial nos crimes de que trata esta Lei, a Corregedoria de Polcia instaurar inqurito policial e comunicar ao Ministrio Pblico, que designar membro para acompanhar o feito at a sua concluso. O objetivo do dispositivo assegurar a eficcia da investigao, impedindo omisses decorrentes de corporativismo. Ou seja, busca-se evitar o corporativismo. Decorrncia do controle externo exercido pelo MP.O MP poder, mesmo assim, conduzir investigao autnoma contra o policial. Demais crimes- a lei 12850 anunciou diversos meios de obteno de provas, notadamente a colaborao premiada, agentes infiltrados e quebra de sigilo de dados. O legislador criou crimes para inibir comportamentos que prejudiquem esses meios extraordinrios de obteno de provas. Crimes: Art. 18. Revelar a identidade, fotografar ou filmar o colaborador, sem sua prvia autorizao por escrito: Pena - recluso, de 1 (um) a 3 (trs) anos, e multa.

O art. 5, inciso III assegura ao agente colaborador sigilo quanto a identidade. A finalidade de tais segredos preservar o meio de obteno de provas, mas tambm a segurana do agente colaborador. Bem jurdico tutelado- segurana do agente infiltrado e eficcia da obteno da prova. Sujeito ativo- qualquer pessoa. Crime comum. Sujeito passivo- Estado (periclitado na tarefa de obteno de provas) + prprio agente colaborador (segurana).Conduta- crime de conduta alternativa. condio que o autor do crime haja sem prvia autorizao por escrito do agente colaborador. Precisa de autorizao por escrito. Caso contrrio o fato tpico. Dolo eventual- se houver dvida acerca de se o agente ou no agente infiltrado. Ou seja, pune-se o dolo eventual. Consuma-se com a pratica de qualquer um dos ncleos, sendo perfeitamente possvel a tentativa.

Art. 19. Imputar falsamente, sob pretexto de colaborao com a Justia, a prtica de infrao penal a pessoa que sabe ser inocente, ou revelar informaes sobre a estrutura de organizao criminosa que sabe inverdicas: Pena - recluso, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa.Ou seja, est colaborando de forma fraudulenta. a falsa colaborao. Bem jurdico tutelado a Administrao da Justia; tutela-se tambm, de forma mediata, a honra da pessoa inocente a quem o colaborador imputou a prtica da infrao penal. Sujeito ativo- o agente colaborador. Logo, crime prprio. O agente colaborador renuncia, na presena de seu defensor, o direito ao silencio e presta o compromisso de dizer a verdade. (art. 4, 14 da Lei 12850/2013). A vitima imediata o Estado. A vtima mediata a pessoa ofendida em sua honra. Modo de execuo: comportamentos alternativas. a- Colaborao caluniosa- em que o agente imputa falsamente a pratica de infrao penal a pessoa (a pessoa deve ser certa e determinada) que sabe ser inocente. O agente imputa a algum infrao penal sabidamente falsa.

OBS- haver o crime quando o fato imputado jamais ocorreu. Ou quando real o acontecimento, no foi a pessoa apontada seu autor. Ou seja, a falsidade pode recair sobre o fato ou sobre a autoria do fato.

No se confunde com a denunciao caluniosa (art. 339 do CP), dispensa que da falsa imputao seja instaurado procedimento em face do caluniado. Na denunciao caluniosa exige-se que se instaure algum processo contra a pessoa que est sendo injustiada.

b- Colaborao fraudulenta- divulgar informaes inverdicas sobre a organizao. A lei orienta, sempre que possvel, sejam registrados os atos decorrentes da colaborao. Isso necessrio, inclusive, para se demonstrar a materialidade desse delito. Esse crime punido a ttulo de dolo. indispensvel que o agente tinha conhecimento de que a imputao/informaes so falsas. A dvida pode configurar dolo eventual. Deve saber que as informaes reveladas so inverdicas. Dvida- dolo eventual na colaborao caluniosa. J na colaborao fraudulenta, no punido. Ou seja, na colaborao fraudulenta no se admite dolo eventual. A boa-f afasta o crime. Consumao- basta a informao falsa/ fraudulenta. Crime formal, tentativa cabvel, pois o crime plurisubsistente.

Art. 20. Descumprir determinao de sigilo das investigaes que envolvam a ao controlada e a infiltrao de agentes:Objetivo- garantir o xito das investigaes (sem desconsiderar a necessidade de preservar os protagonistas das diligencias) o art. 20 incrimina a violao do sigilo envolvendo ao controlada e infiltrao de agentes. Sujeito ativo- personagem que atua na persecuo penal de organizao criminosa e que tenha o dever de sigilo. O crime prprio. Isso no impede que o particular concorra para o crime. Sujeito passivo- estado administrao, bem como indiretamente aqueles que foram colocados em risco.Conduta- descumprir determinao (legal ou judicial) de sigilo de investigaes que envolvam ao controlada ou infiltrao de agentes. Art. 9: 2o A comunicao ser sigilosamente distribuda de forma a no conter informaes que possam indicar a operao a ser efetuada. 3o At o encerramento da diligncia, o acesso aos autos ser restrito ao juiz, ao Ministrio Pblico e ao delegado de polcia, como forma de garantir o xito das investigaes.Art. 10. A infiltrao de agentes de polcia em tarefas de investigao, representada pelo delegado de polcia ou requerida pelo Ministrio Pblico, aps manifestao tcnica do delegado de polcia quando solicitada no curso de inqurito policial, ser precedida de circunstanciada, motivada e sigilosa autorizao judicial, que estabelecer seus limites. OBS- O crime pode ser praticado por ao ou omisso. OBS1- Existe o crime, mesmo que a revelao se d a outro funcionrio sem acesso ao segredo. OBS2- Protege-se o sigilo das investigaes. Sigilo processual configura o art. 325 do CP. OBS3- Havendo justa causa para a revelao do sigilo, poder ser excludo o carter criminoso do fato. Consumao- revelao do sigilo. Se praticado por ao, admite tentativa. Se por omisso, no admite tentativa. A tentativa tambm cabvel em se tratando de omisso imprpria.

Art. 21. Recusar ou omitir dados cadastrais, registros, documentos e informaes requisitadas pelo juiz, Ministrio Pblico ou delegado de polcia, no curso de investigao ou do processo:Pena - recluso, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa.Pargrafo nico. Na mesma pena incorre quem, de forma indevida, se apossa, propala, divulga ou faz uso dos dados cadastrais de que trata esta Lei.Bem jurdico tutelado- administrao da justia. Cuida-se de crime comum. Se quem se recusar a prestar a informao for funcionrio pblico, cometer o crime de prevaricao. Sujeito passivo- Estado Administrao. Conduta- recusar atender, omitir informaes requisitadas por autoridades. No s o juiz, mas tambm delegado e MP tero acesso a determinados dados cadastrais (art. 15, 16 e 17). Os dados sero de acesso de todas essas autoridades. Estou pedindo apenas os dados. As informaes devem estar restritas aos dados cadastrais. punido ttulo de dolo, e se consuma com a recusa ou omisso. Logo, trata-se de crime omissivo prprio, no admitindo tentativa.

Quadrilha ou bando- no mais punido, mas sim associao criminosa.

Aula 19- Organizaes Criminosas- Continuao.ASPECTOS PROCESSUAIS

1o Considera-se organizao criminosa a associao de 4 (quatro) ou mais pessoas estruturalmente ordenada e caracterizada pela diviso de tarefas, ainda que informalmente, com objetivo de obter, direta ou indiretamente, vantagem de qualquer natureza, mediante a prtica de infraes penais cujas penas mximas sejam superiores a 4 (quatro) anos, ou que sejam de carter transnacional.

4 ou mais pessoas, com diviso de tarefas. Com o objetivo de cometer infraes penais. Para associao criminosa bastam 3 pessoas.

Objeto dessa lei: Art. 1o Esta Lei define organizao criminosa e dispe sobre a investigao criminal, os meios de obteno da prova, infraes penais correlatas e o procedimento criminal a ser aplicado.Art. 3o Em qualquer fase da persecuo penal, sero permitidos, sem prejuzo de outros j previstos em lei, os seguintes meios de obteno da prova: I - colaborao premiada; II - captao ambiental de sinais eletromagnticos, pticos ou acsticos; III - ao controlada; IV - acesso a registros de ligaes telefnicas e telemticas, a dados cadastrais constantes de bancos de dados pblicos ou privados e a informaes eleitorais ou comerciais; V - interceptao de comunicaes telefnicas e telemticas, nos termos da legislao especfica; VI - afastamento dos sigilos financeiro, bancrio e fiscal, nos termos da legislao especfica; VII - infiltrao, por policiais, em atividade de investigao, na forma do art. 11; VIII - cooperao entre instituies e rgos federais, distritais, estaduais e municipais na busca de provas e informaes de interesse da investigao ou da instruo criminal.

Essas provas podem ser utilizadas em qualquer fase da persecuo penal. A lei 12850 dispe sobre ao controlada, colaborao premiada, obteno de dados telefnicos, infiltrao policial. Ou seja, no so todos os meios que esto regulamentados.

Meio de prova X meio de obteno de provaOutros conceitos: 1- Fonte de prova- pessoas ou coisas exteriores ao processo que tem algum conhecimento sobre o fato delituoso. So de onde se consegue a prova. Esto diretamente relacionada ao fato e podem trazer algum conhecimento em relao a eles. So anteriores ao processo. Sua introduo no processo ocorre atravs dos meios de provas.

2- Meio de obteno de prova/ procedimentos investigatrios- um procedimento investigatrio realizado sem o conhecimento prvio do investigado, cujo objetivo p conseguir provas matrias e que podem ser realizados por outros funcionrios que no o juiz. Ou seja, so meios de investigao, e sua principal caracterstica a surpresa. Ex: Busca domiciliar. Dentro desses meios de obteno de prova, d-se especial importncias as tcnicas especiais de investigao. Essas TEI so tcnicas especiais, para certos crimes. So novos e modernos procedimentos investigatrios. Caractersticas: a- Sigilo. b- Dissimulao. Essas tcnicas inicialmente eram utilizadas para o trfico, e depois passaram a ser utilizadas para organizaes criminosas.

3- MEIOS DE PROVA- so os instrumentos atravs dos quais as fontes de provas so introduzidas no processo. Os meios de provas se referem a atividades endoprocessual. So produzidos em contraditrio e ampla defesa. Contraditrio e ampla defesa so inerentes aos meios de provas.

Colaborao premiada- Art. 4oO juiz poder, a requerimento das partes, conceder o perdo judicial, reduzir em at 2/3 (dois teros) a pena privativa de liberdade ou substitu-la por restritiva de direitos daquele que tenha colaborado efetiva e voluntariamente com a investigao e com o processo criminal, desde que dessa colaborao advenha um ou mais dos seguintes resultados:I - a identificao dos demais coautores e partcipes da organizao criminosa e das infraes penais por eles praticadas;II - a revelao da estrutura hierrquica e da diviso de tarefas da organizao criminosa;III - a preveno de infraes penais decorrentes das atividades da organizao criminosa;IV - a recuperao total ou parcial do produto ou do proveito das infraes penais praticadas pela organizao criminosa;V - a localizao de eventual vtima com a sua integridade fsica preservada. 1oEm qualquer caso, a concesso do benefcio levar em conta a personalidade do colaborador, a natureza, as circunstncias, a gravidade e a repercusso social do fato criminoso e a eficcia da colaborao. 2oConsiderando a relevncia da colaborao prestada, o Ministrio Pblico, a qualquer tempo, e o delegado de polcia, nos autos do inqurito policial, com a manifestao do Ministrio Pblico, podero requerer ou representar ao juiz pela concesso de perdo judicial ao colaborador, ainda que esse benefcio no tenha sido previsto na proposta inicial, aplicando-se, no que couber, oart. 28 do Decreto-Lei n 3.689, de 3 de outubro de 1941 (Cdigo de Processo Penal). 3oO prazo para oferecimento de denncia ou o processo, relativos ao colaborador, poder ser suspenso por at 6 (seis) meses, prorrogveis por igual perodo, at que sejam cumpridas as medidas de colaborao, suspendendo-se o respectivo prazo prescricional. 4oNas mesmas hipteses docaput, o Ministrio Pblico poder deixar de oferecer denncia se o colaborador:I - no for o lder da organizao criminosa;II - for o primeiro a prestar efetiva colaborao nos termos deste artigo. 5oSe a colaborao for posterior sentena, a pena poder ser reduzida at a metade ou ser admitida a progresso de regime ainda que ausentes os requisitos objetivos. 6o O juiz no participar das negociaes realizadas entre as partes para a formalizao do acordo de colaborao, que ocorrer entre o delegado de polcia, o investigado e o defensor, com a manifestao do Ministrio Pblico, ou, conforme o caso, entre o Ministrio Pblico e o investigado ou acusado e seu defensor. 7oRealizado o acordo na forma do 6o, o respectivo termo, acompanhado das declaraes do colaborador e de cpia da investigao, ser remetido ao juiz para homologao, o qual dever verificar sua regularidade, legalidade e voluntariedade, podendo para este fim, sigilosamente, ouvir o colaborador, na presena de seu defensor. 8oO juiz poder recusar homologao proposta que no atender aos requisitos legais, ou adequ-la ao caso concreto. 9oDepois de homologado o acordo, o colaborador poder, sempre acompanhado pelo seu defensor, ser ouvido pelo membro do Ministrio Pblico ou pelo delegado de polcia responsvel pelas investigaes. 10. As partes podem retratar-se da proposta, caso em que as provas autoincriminatrias produzidas pelo colaborador no podero ser utilizadas exclusivamente em seu desfavor. 11. A sentena apreciar os termos do acordo homologado e sua eficcia. 12. Ainda que beneficiado por perdo judicial ou no denunciado, o colaborador poder ser ouvido em juzo a requerimento das partes ou por iniciativa da autoridade judicial. 13. Sempre que possvel, o registro dos atos de colaborao ser feito pelos meios ou recursos de gravao magntica, estenotipia, digital ou tcnica similar, inclusive audiovisual, destinados a obter maior fidelidade das informaes. 14. Nos depoimentos que prestar, o colaborador renunciar, na presena de seu defensor, ao direito ao silncio e estar sujeito ao compromisso legal de dizer a verdade. 15. Em todos os atos de negociao, confirmao e execuo da colaborao, o colaborador dever estar assistido por defensor. 16. Nenhuma sentena condenatria ser proferida com fundamento apenas nas declaraes de agente colaborador.Art. 5oSo direitos do colaborador:I - usufruir das medidas de proteo previstas na legislao especfica;II - ter nome, qualificao, imagem e demais informaes pessoais preservados;III - ser conduzido, em juzo, separadamente dos demais coautores e partcipes;IV - participar das audincias sem contato visual com os outros acusados;V - no ter sua identidade revelada pelos meios de comunicao, nem ser fotografado ou filmado, sem sua prvia autorizao por escrito;VI - cumprir pena em estabelecimento penal diverso dos demais corrus ou condenados.Art. 6oO termo de acordo da colaborao premiada dever ser feito por escrito e conter:I - o relato da colaborao e seus possveis resultados;II - as condies da proposta do Ministrio Pblico ou do delegado de polcia;III - a declarao de aceitao do colaborador e de seu defensor;IV - as assinaturas do representante do Ministrio Pblico ou do delegado de polcia, do colaborador e de seu defensor;V - a especificao das medidas de proteo ao colaborador e sua famlia, quando necessrio.Art. 7oO pedido de homologao do acordo ser sigilosamente distribudo, contendo apenas informaes que no possam identificar o colaborador e o seu objeto. 1oAs informaes pormenorizadas da colaborao sero dirigidas diretamente ao juiz a que recair a distribuio, que decidir no prazo de 48 (quarenta e oito) horas. 2oO acesso aos autos ser restrito ao juiz, ao Ministrio Pblico e ao delegado de polcia, como forma de garantir o xito das investigaes, assegurando-se ao defensor, no interesse do representado, amplo acesso aos elementos de prova que digam respeito ao exerccio do direito de defesa, devidamente precedido de autorizao judicial, ressalvados os referentes s diligncias em andamento. 3oO acordo de colaborao premiada deixa de ser sigiloso assim que recebida a denncia, observado o disposto no art. 5o.

Trata-se de regramento geral, que se aplica a todos os crime, e no s para as organizaes criminosas. Est relacionada a traio. Origens no direito anglo-saxo (crow witgss- testemunha da coroa) e muito utilizada no direito italiano no combate a mfia. uma tcnica especial de investigao, por meio do qual o Estado oferece ao coautor ou partcipe um prmio legal em troca de informaes relevantes para a persecuo penal. uma verdadeira negociao. O Estado reconhece sua insuficincia e incapacidade de investigao. Distino entre colaborao e delao premiada- Hoje, a tendncia utilizar colaborao premiada. Colaborao premiada o gnero, do qual a delao premiada uma espcie. A delao exige a incriminao dos demais comparsas. Tambm conhecida como chamamento de corru. Por sua vez, a colaborao no exige, necessariamente, a identificao dos comparsas. O agente pode ser til de outro modo. Ex: indicar onde est a vtima. tica, moral e motivao do colaborador- Alguns autores so contrrios a colaborao premiada ao argumento de que ela seria incompatvel como a tica e com a moral. Seria uma institucionalizao de comportamentos antiticos e imorais. Argumento contrrio- falar em tica e moral dentro de uma organizao ao menos contraditrio. Motivao do colaborador- irrelevante. Qualquer que seja o fundamento est OK. A motivao no interessa. DIREITO AO SILNCIO- O direito ao silencia apenas um dos elementos do privilgio contra a no autoincriminao. A colaborao premiada perfeitamente compatvel com o direito ao silncio. Antes de prestar as informaes, o preso ser comunicado do direito ao silncio. Quando for celebrado o acordo obrigatria a presena do defensor. A presena do defensor obrigatria em homenagem ao direito ao silncio. 14. Nos depoimentos que prestar, o colaborador renunciar, na presena de seu defensor, ao direito ao silncio e estar sujeito ao compromisso legal de dizer a verdade.Ele renuncia ao direito ao silncio, estando sujeito ao compromisso de dizer a verdade. Fica sujeito ao compromisso de dizer a verdade, cometendo, inclusive, crime se mentir (em certos casos).Renuncia ao direito ao silncio, e pode cometer crime, inclusive. Na realidade no se trata de renncia (pois o direito fundamental ao silncio irrenuncivel), mas ele opta por no utilizar o direito ao silncio. Art. 19. Imputar falsamente, sob pretexto de colaborao com a Justia, a prtica de infrao penal a pessoa que sabe ser inocente, ou revelar informaes sobre a estrutura de organizao criminosa que sabe inverdicas:O direito ao silncio no d ao acusado o direito de praticar o crime de falsa identidade. Previso legal: evoluo: 1- CP- Reforma da Parte Geral- Arrependimento posterior, algumas atenuantes, etc. J tnhamos alguns instrumentos de colaborao premiada no CP.2- Lei 8072/90: Art. 8:Pargrafo nico. O participante e o associado que denunciar autoridade o bando ou quadrilha, possibilitando seu desmantelamento, ter a pena reduzida de um a dois teros.3- CP: art. 159, 4. Extorso mediante sequestro. Reduo de pena. Reduo de 1 a 2/3.4- Crimes contra o sistema financeiro. Reduo de pena: 1 a 2/3. 5- Lei 8137/90- Crimes contra a Ordem tributria. Reduo de pena de 1 a 2/3. 6- Lei 9613: Lavagem. Diminuio de pena, regime aberto ou semiaberto (independentemente dos requisitos do art. 33 do CP). Faculta-se ainda ao juiz deixar de aplicar a pena ou substitu-la (sem observncia do art. 44). H, portanto, previso de perdo judicial. 5o A pena poder ser reduzida de um a dois teros e ser cumprida em regime aberto ou semiaberto, facultando-se ao juiz deixar de aplic-la ou substitu-la, a qualquer tempo, por pena restritiva de direitos, se o autor, coautor ou partcipe colaborar espontaneamente com as autoridades, prestando esclarecimentos que conduzam apurao das infraes penais, identificao dos autores, coautores e partcipes, ou localizao dos bens, direitos ou valores objeto do crime. (Redao dada pela Lei n 12.683, de 2012)

Requisitos:a- Colaborao espontnea (rectos voluntariamente). De livre vontade. Basta ter a liberdade de escolher entre colaborar ou no. Basta que a colaborao seja voluntria. No se exige espontaneidade.

b- Apurao das infraes/OU identificao dos coautores ou partcipes/OU localizao de bens, direitos ou valores. Todos esses benefcios so alternativos.

7- Lei de proteo as testemunhas: Art. 13. Poder o juiz, de ofcio ou a requerimento das partes, conceder o perdo judicial e a conseqente extino da punibilidade ao acusado que, sendo primrio, tenha colaborado efetiva e voluntariamente com a investigao e o processo criminal, desde que dessa colaborao tenha resultado: I - a identificao dos demais co-autores ou partcipes da ao criminosa; II - a localizao da vtima com a sua integridade fsica preservada; III - a recuperao total ou parcial do produto do crime.

Esse o primeiro dispositivo que no trata da colaborao restrita a determinado crime. Tratava-se de um verdadeiro regramento geral.

8- Lei de Drogas. 9- Lei 12529- CADE. Acordo de lenincia, brandura ou doura. Nada mais do que uma espcie de colaborao premiada em crimes contra a ordem econmica.

10- Lei de organizaes criminosas:

Art. 4o O juiz poder, a requerimento das partes, conceder o perdo judicial, reduzir em at 2/3 (dois teros) a pena privativa de liberdade ou substitu-la por restritiva de direitos daquele que tenha colaborado efetiva e voluntariamente com a investigao e com o processo criminal, desde que dessa colaborao advenha um ou mais dos seguintes resultados: I - a identificao dos demais coautores e partcipes da organizao criminosa e das infraes penais por eles praticadas; II - a revelao da estrutura hierrquica e da diviso de tarefas da organizao criminosa; III - a preveno de infraes penais decorrentes das atividades da organizao criminosa; IV - a recuperao total ou parcial do produto ou do proveito das infraes penais praticadas pela organizao criminosa; V - a localizao de eventual vtima com a sua integridade fsica preservada.

Benefcios: a- Reduo de pena em at 2/3. No h valor mnimo (usa 1/6 que o menor). b- Substituio por restritiva de direito. c- Perdo judicial.

Se aplica a quais crimes? R= Os benefcios podem ser concedidos ao crime de organizao criminosa, bem como aos crimes praticados por essa organizao. Objetivos: I - a identificao dos demais coautores e partcipes da organizao criminosa e das infraes penais por eles praticadas; II - a revelao da estrutura hierrquica e da diviso de tarefas da organizao criminosa; III - a preveno de infraes penais decorrentes das atividades da organizao criminosa; IV - a recuperao total ou parcial do produto ou do proveito das infraes penais praticadas pela organizao criminosa; V - a localizao de eventual vtima com a sua integridade fsica preservada.

Os requisitos so alternativos.Devem ser analisas as circunstancias do caso concreto (impossvel perdo, p. ex. para um agente policial que colabora com criminosos).

2o Considerando a relevncia da colaborao prestada, o Ministrio Pblico, a qualquer tempo, e o delegado de polcia, nos autos do inqurito policial, com a manifestao do Ministrio Pblico, podero requerer ou representar ao juiz pela concesso de perdo judicial ao colaborador, ainda que esse benefcio no tenha sido previsto na proposta inicial, aplicando-se, no que couber, o art. 28 do Decreto-Lei n 3.689, de 3 de outubro de 1941 (Cdigo de Processo Penal).Havendo discordncia aplica o 28 do CPP. Iniciativa do juiz ou do delegado. O STF tem julgado antigos de que a colaborao premiada no pode ser concedida no comeo do processo. Por mais que o indivduo queira colaborar, deve ele ser denunciado. AP 470- O STF entendeu que para fins de perdo judicial, ele s pode ser concedido ao final do processo. necessrio que antes se reconhea a prtica criminosa. 3o O prazo para oferecimento de denncia ou o processo, relativos ao colaborador, poder ser suspenso por at 6 (seis) meses, prorrogveis por igual perodo, at que sejam cumpridas as medidas de colaborao, suspendendo-se o respectivo prazo prescricional.

Suspenso do prazo para oferecer o benefcio, das investigaes e do prazo prescricional. Por at 6 meses, prorrogveis. 4o Nas mesmas hipteses do caput, o Ministrio Pblico poder deixar de oferecer denncia se o colaborador: I - no for o lder da organizao criminosa; II - for o primeiro a prestar efetiva colaborao nos termos deste artigo.OU seja, o MP pode deixar de oferecer denncia. Isso novidade.

No se analisa, aqui, eventual arrependimento do acusado. O que importa a relevncia das informaes. A colaborao deve ser efetiva e voluntria. No basta o mero arrependimento. O que de fato interessa que as informaes prestadas sejam objetivamente eficazes. Analisa-se a colaborao de modo objetivo.

ACORDO DE COLABORAO PREMIADA- na prtica tudo informal (mas isso muito inseguro para o acusado). Art. 6oO termo de acordo da colaborao premiada dever ser feito por escrito e conter:I - o relato da colaborao e seus possveis resultados;II - as condies da proposta do Ministrio Pblico ou do delegado de polcia;III - a declarao de aceitao do colaborador e de seu defensor;IV - as assinaturas do representante do Ministrio Pblico ou do delegado de polcia, do colaborador e de seu defensor;V - a especificao das medidas de proteo ao colaborador e sua famlia, quando necessrio.

O delegado pode at propor, mas para a celebrao do acordo obrigatria a participao do MP e do defensor. Pela lei, o delegado poderia celebrar o acordo, por si s.OBS- no condio sine qua non para a concesso do premio legal. Ou seja, a colaborao pode ser concedida fora do acordo.

Papel do juiz: No se deve permitir que o juiz tenha papel de protagonista. 6o O juiz no participar das negociaes realizadas entre as partes para a formalizao do acordo de colaborao, que ocorrer entre o delegado de polcia, o investigado e o defensor, com a manifestao do Ministrio Pblico, ou, conforme o caso, entre o Ministrio Pblico e o investigado ou acusado e seu defensor.O juiz no participa das negociaes. O MP sempre deve ser ouvido. Juiz se nega a conceder o prmio- correio parcial. Hoje, o juiz s homologa e analisa a legalidade do ato. O juiz no participa das tratativas, e nem analisa o mrito das negociaes. Sua interveno posterior e para fins de homologao. Essa homologao importante, pois confere segurana jurdica. 8o O juiz poder recusar homologao proposta que no atender aos requisitos legais, ou adequ-la ao caso concreto.Para adequ-la aos requisitos legais ou adequ-la ao caso concreto.

Momento: 1- Fase investigatria. 2- Fase processual. Pode ser celebrada aps o transito em julgado de sentena penal condenatria? R= o 5 fala colaborao a qualquer tempo.Hoje, pode ser celebrada em qualquer momento, mesmo aps o transito em julgado de sentena penal condenatria. 5o Se a colaborao for posterior sentena, a pena poder ser reduzida at a metade ou ser admitida a progresso de regime ainda que ausentes os requisitos objetivos. OU seja, pode ser celebrada mesmo aps o transito em julgado de sentena condenatria. O prprio juiz da execuo que deve homologar esse acordo. Ele aplicar o benefcio. Aps a sentena:1- Reduo de pena at a metade. 2- Progresso mesmo sem preencher os requisitos objetivos. VALOR PROBATRIO DA COLABORAO PREMIADA- VALOR RELATIVO.Pode at usar para deflagrar uma investigao, mas jamais podero ser utilizadas para condenar (por si ss). Regra de corroborao- no basta fazer as declaraes. Tem que trazer elementos de provas que as comprovem. Tenho que trazer elementos capazes de confirmar minha assertiva. Ex: o Guto est envolvido, anota o telefone e faa a interceptao.

Continuao- Direito Processual

Ao controlada- consiste no retardamento da interveno do aparato estatal para que ocorra no melhor momento para fins de colheita de provas. 1- Lei 9034/95 (Lei antiga de organizaes).2- Lei 9613/98. 3- Lei 11343/06- depende de autorizao judicial. Art. 8o Consiste a ao controlada em retardar a interveno policial ou administrativa relativa ao praticada por organizao criminosa ou a ela vinculada, desde que mantida sob observao e acompanhamento para que a medida legal se concretize no momento mais eficaz formao de provas e obteno de informaes. 1o O retardamento da interveno policial ou administrativa ser previamente comunicado ao juiz competente que, se for o caso, estabelecer os seus limites e comunicar ao Ministrio Pblico. 2o A comunicao ser sigilosamente distribuda de forma a no conter informaes que possam indicar a operao a ser efetuada. 3o At o encerramento da diligncia, o acesso aos autos ser restrito ao juiz, ao Ministrio Pblico e ao delegado de polcia, como forma de garantir o xito das investigaes. 4o Ao trmino da diligncia, elaborar-se- auto circunstanciado acerca da ao controlada. Art. 9o Se a ao controlada envolver transposio de fronteiras, o retardamento da interveno policial ou administrativa somente poder ocorrer com a cooperao das autoridades dos pases que figurem como provvel itinerrio ou destino do investigado, de modo a reduzir os riscos de fuga e extravio do produto, objeto, instrumento ou proveito do crime.Ao contrrio da antiga lei de organizaes, hoje podem ser retardadas medidas policiais ou administrativas. Ex: Procedimentos Administrativos, como corregedoria. Na antiga lei de organizaes no se exigia autorizao judicial. Era o que se chamava de ao controlada descontrolada. Lei de Drogas tambm exige autorizao judicial. A lei de organizao no exige autorizao, mas sim comunicao. Basta prvia comunicao ao juzo. Na Lei de organizao, a ao controlada independente de prvia autorizao judicial, mas demanda prvia comunicao ao juzo. Deve comunicar o juzo, mas no precisa de autorizao. Sinnimos- flagrante retardado, prorrogado ou diferido. uma exceo ao flagrante retardado. Nos crimes de lavagem, a priso em flagrante continua sendo obrigatria (a ao controlada s para a preventiva ou temporria). Flagrante retardado- drogas e organizaes. Pode ser preso aps o trmino do flagrante? R= sim. A priso subsequente no pode, salvo se mantido o flagrante. A priso no pode ser efetuada a qualquer momento. S pode ser preso durante a manuteno do flagrante. S pode ser preso em flagrante em estando em situao de flagrante, prprio ou imprprio.

Entrega vigiada- permitir a remessa ilcita de valores a fim de identificar os autores.Outro caso a remessa de coisas ilcitas entre dois lugares. Retarda a apreenso e identifica o beneficirio. Esse conceito decorre da Conveno de Palermo. Espcies: a- Limpa- substituio do contedo. b- Suja- no h substituio do contedo. AGENTE INFILTRADO- TCNICA Especial de investigao, por meio da qual um agente estatal inserido, dissimuladamente, no seio de uma organizao, visando a desarticula-la. Previso legal: 1- Lei 9034/95. A infiltrao era feita por agentes da ABIN. STJ- HC 149250- Operao Satiagrarra (ambulncias). Agentes da ABIN no pode levar a cabo procedimentos tpicos de investigao.

2- Lei de Drogas. Art. 53. Autorizao judicial. 3- Lei 12850- Nova lei de organizao criminosas atual.

Da Infiltrao de AgentesArt. 10. A infiltrao de agentes de polcia em tarefas de investigao, representada pelo delegado de polcia ou requerida pelo Ministrio Pblico, aps manifestao tcnica do delegado de polcia quando solicitada no curso de inqurito policial, ser precedida de circunstanciada, motivada e sigilosa autorizao judicial, que estabelecer seus limites. 1oNa hiptese de representao do delegado de polcia, o juiz competente, antes de decidir, ouvir o Ministrio Pblico. 2oSer admitida a infiltrao se houver indcios de infrao penal de que trata o art. 1oe se a prova no puder ser produzida por outros meios disponveis. 3oA infiltrao ser autorizada pelo prazo de at 6 (seis) meses, sem prejuzo de eventuais renovaes, desde que comprovada sua necessidade. 4oFindo o prazo previsto no 3o, o relatrio circunstanciado ser apresentado ao juiz competente, que imediatamente cientificar o Ministrio Pblico. 5oNo curso do inqurito policial, o delegado de polcia poder determinar aos seus agentes, e o Ministrio Pblico poder requisitar, a qualquer tempo, relatrio da atividade de infiltrao.Art. 11. O requerimento do Ministrio Pblico ou a representao do delegado de polcia para a infiltrao de agentes contero a demonstrao da necessidade da medida, o alcance das tarefas dos agentes e, quando possvel, os nomes ou apelidos das pessoas investigadas e o local da infiltrao.Art. 12. O pedido de infiltrao ser sigilosamente distribudo, de forma a no conter informaes que possam indicar a operao a ser efetivada ou identificar o agente que ser infiltrado. 1oAs informaes quanto necessidade da operao de infiltrao sero dirigidas diretamente ao juiz competente, que decidir no prazo de 24 (vinte e quatro) horas, aps manifestao do Ministrio Pblico na hiptese de representao do delegado de polcia, devendo-se adotar as medidas necessrias para o xito das investigaes e a segurana do agente infiltrado. 2oOs autos contendo as informaes da operao de infiltrao acompanharo a denncia do Ministrio Pblico, quando sero disponibilizados defesa, assegurando-se a preservao da identidade do agente. 3oHavendo indcios seguros de que o agente infiltrado sofre risco iminente, a operao ser sustada mediante requisio do Ministrio Pblico ou pelo delegado de polcia, dando-se imediata cincia ao Ministrio Pblico e autoridade judicial.Art. 13. O agente que no guardar, em sua atuao, a devida proporcionalidade com a finalidade da investigao, responder pelos excessos praticados.Pargrafo nico. No punvel, no mbito da infiltrao, a prtica de crime pelo agente infiltrado no curso da investigao, quando inexigvel conduta diversa.Art. 14. So direitos do agente:I - recusar ou fazer cessar a atuao infiltrada;II - ter sua identidade alterada, aplicando-se, no que couber, o disposto noart. 9oda Lei no9.807, de 13 de julho de 1999,bem como usufruir das medidas de proteo a testemunhas;III - ter seu nome, sua qualificao, sua imagem, sua voz e demais informaes pessoais preservadas durante a investigao e o processo criminal, salvo se houver deciso judicial em contrrio;IV - no ter sua identidade revelada, nem ser fotografado ou filmado pelos meios de comunicao, sem sua prvia autorizao por escrito.

Atribuio para infiltrao- agentes policiais. S. Hoje, agentes de inteligncia no podem se infiltrar. Hoje s agentes de polcia. Agentes de inteligncia no podem mais se infiltrar.Pode ser polcia civil ou federal. Deve ter atribuio para a atividade de polcia judiciria. Assim, a PM no pode se infiltrar. Polcia Militar s pode para crimes militares.

Infiltrao por particulares- no. Somente agentes de polcia podem. Alguns doutrinadores entendem seja possvel que a colaborao premiada seja utilizada concomitantemente com a infiltrao. Agente infiltrado + colaborao premiada- OK. Requisitos para a infiltrao-

1- Circunstanciada, motivada e sigilosa autorizao judicial (prvia). 2- Autorizao pelo juiz competente. 3- Oitiva do MP.4- Fumus comissi delicti- nesse caso basta indcios da pratica da infrao penal. 5- Periculum libertatis. 6- Indispensabilidade da infiltrao. Ou seja, deve observar o princpio da proporcionalidade (deve considerar ainda o risco inerente a infiltrao). 7- Concordncia do agente de polcia. direito do agente recusar ou fazer cessar a atuao infiltrada. Deve-se buscar o procedimento menos gravoso. Admite-se infiltrao de agentes: Organizao criminosa terrorismo crimes internacionais.Teoria do juzo aparente- OK, tanto para a interceptao, como para a organizao. Ato praticado por juiz aparentemente competente vlido. O juiz competente deve ser analisado de acordo com os elementos probatrios ento existentes. Prazo- o prazo de 6 meses, sem prejuzo de futuras renovaes. Prazo de at 6 meses, podendo ser prorrogado. Juiz pode fixar prazo menor. 6 meses o limite.Precisa de deciso prorrogando. Se no tiver prorrogao a prova ilcita. Por isso sempre deve prorrogar. 1 ms sem autorizao- prova ilcita.Agente infiltradoAgente provocador

Agente passa a integrar, dissimuladamente, a organizao. Atuao inerte. No deve incentivar novas prticas delituosas. Acaba caracterizando um flagrante esperado. No h qualquer atividade de induzimento. Posio passiva. Induz a pratica do delito, mas toma medidas para que ele no se consume. Posio ativa, mas evita a consumao do delito.

Pode haver flagrante preparado, logo crime de ensaio (delito putativo por obra do agente provocador). crime impossvel.Crime impossvel por absoluta ineficcia do meio. O flagrante ser relaxado, caso constate o flagrante preparado.

Smula 145 do STF.

Responsabilidade criminal do agente infiltrado- Limites so fixados pelo juiz. Obviamente que no comete o crime de organizao criminosa.O ideal que o juiz pode autorizar, no mximo, crimes de perigo.Pode tambm cometer trfico de drogas.Mas no pode permitir homicdios, crimes contra a liberdade.Pode ainda cometer crimes de perigo, mas no crimes de dano. E se diante da situao ftica o agente se ver obrigado a cometer um crime de dano? R= inexigibilidade de conduta diversa.H ntida causa de excluso de culpabilidade. O agente deve guardar a proporcionalidade de sua atuao. Pode ser determinado que o agente faa relatrios. No punvel, quando for inexigvel do agente conduta diversa. Mecanismos de proteo do agente infiltrado- Direitos do agente: 1- Recusar ou fazer cessar a infiltrao. 2- Ter seu nome alterado e demais medidas de proteo de testemunha. 3- Nome, qualificao, imagem, voz e demais informaes alterados (salvo determinao em contrrio). 4- No ter sua identidade revelada, nem ser fotografado ou filmado pelos meios de comunicao sem sua previa autorizao por escrito.

Direito de confronto exige conhecimento da testemunha. Esse direito ao confronto no tem natureza absoluta. Assim, admite-se o sigilo do agente infiltrado. No se revelam dados, etc. O inciso III, do art. 14 traz a figura da testemunha annima. Essa testemunha no tem sua identidade revelada. No so informados seus dados qualificadores. vlida a testemunha annima (STF).Julgamento do HC 90321. Entendeu que perfeitamente possvel que a testemunha seja annima, desde que haja deciso fundamentada demonstrando a importncia de preservar seus dados pessoais. No coloca a qualificao da testemunha. No coloca o nome da testemunha. Geralmente ouvida por meio de videoconferncia.

OBTENO DE DADOS CADASTRAIS- Art. 15. O delegado de polcia e o Ministrio Pblico tero acesso, independentemente de autorizao judicial, apenas aos dados cadastrais do investigado que informem exclusivamente a qualificao pessoal, a filiao e o endereo mantidos pela Justia Eleitoral, empresas telefnicas, instituies financeiras, provedores de internet e administradoras de carto de crdito. Bastante semelhante ao art. 17-B da lei 9613/98. Ter acesso aos dados cadastrais, independentemente de autorizao judicial. O acesso exclusivo aos dados cadastrais. No h violao a intimidade. No deve ser superdimensionada a proteo da intimidade. s sigilo dos dados. No terei acesso as contas telefnicas.

Art. 17. As concessionrias de telefonia fixa ou mvel mantero, pelo prazo de 5 (cinco) anos, disposio das autoridades mencionadas no art. 15, registros de identificao dos nmeros dos terminais de origem e de destino das ligaes telefnicas internacionais, interurbanas e locais.FORMAO DE JUZOS COLEGIADOS EM PRIMEIRA INSTNCIA PARA JULGAR CRIMES COMETIDOS POR ORGANIZAES CRIMINOSAS. LEI 12694.Origem- 1- Est relacionado ao homicdio de 4 juzes.Constou, inclusive, do 2 Pacto Republicano.Ideia bsica- conseguir tornar a deciso mais impessoal. O objetivo despersonalizar. Na deciso judicial no vai haver meno a eventual voto divergente.

2- ADI 4414- Lei do Estado de Alagoas (Lei 6806/2007).

Lei Estadual no pode conceituar organizao criminosa. Isso viola a legalidade (lex populli). S lei federal pode conceituar organizao criminosa.

Lei Estadual pode dispor sobre organizao judiciria (organizao judiciria). S para os crimes cometidos por quadrilha, bando ou associao criminosa (pois organizao criminosa ainda no tinha sido definida).

3- STF entendeu que est OK o juzo colegiado.

Esse juzo no a regra. Pode haver. S o caso concreto que determinar a existncia ou no do juzo colegiado. Est de acordo com o juiz natural- juiz imparcial, independente. Juiz ameaado no imparcial. O juzo colegiado garante a imparcialidade do magistrado. Observaes- 1- Juiz sem rosto- criada em alguns pases da Amrica do Sul (Colmbia e Peru).

2- Juiz colegiado- tem rosto, mas trs rostos. A qualificao conhecida. um juiz em relao ao qual no tem conhecimento algum (nome, quem , etc). a deciso apcrifa.

6o As decises do colegiado, devidamente fundamentadas e firmadas, sem exceo, por todos os seus integrantes, sero publicadas sem qualquer referncia a voto divergente de qualquer membro.Todos os integrantes assinaro a pea.Requisitos: 1- Crimes praticados por organizaes criminosas. 2- Risco a integridade fsica. 3- Deciso fundamentada. 4- Conhecimento a corregedoria.Essa lei trouxe um conceito de organizao em seu artigo 2.Problema- os conceitos so diferentes. Esse artigo 2 foi tacitamente revogado, sendo que hoje o conceito de organizao criminosa extrado da lei 12850/2013. Ambas leis esto em vigor. Atos que podem ser praticados: qualquer ato processual, especialmente. A formao do juzo pode ocorrer em qualquer fase: investigao, instruo e julgamento. Um juzo colegiado para o processo todo e no por ato. O colegiado ser formado pelo juiz do processo + 2 por sorteio eletrnico em 1 grau de jurisdio. O juiz, jamais, poder escolher os outros 2. Sero eles sorteados eletronicamente. No precisam ser da mesma comarca.