nov-2014 - atps - fundamentos históricos e teórico-metodológicos do serviço social iii.docx
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UNIVERSIDADE ANHANGUERA – UNIDERP - CAMPUS MR
CENTRO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
CURSO: SERVIÇO SOCIAL
DISCIPLINA: FUNDAMENTOS HISTÓRICOS E TEÓRICO-METODOLÓGICOS DO
SERVIÇO SOCIAL III
Angélica Lis Lacerda de Pontes - RA: 7527592335
Cristiana Gonçalves De Lima – RA: 7189537571
Jossineide Souza Costa - RA: 8137734847
Silvia de Andrade Souza– RA: 8137734700
Valmir Pereira Santana – RA: 7336552046
O PAPEL DO ASSISTENTE SOCIAL DIANTE DAS POSSIBILIDADES DE ATUAÇÃO
EM UM MUNDO GLOBALIZADO.
TUTURA PRESENCIAL: PROFA. KENIA FAGUNDES
SÃO PAULO – SP – NOVEMBRO/2014
1
SUMÁRIO
ETAPA 1......................................................................................................................03
Passo 1...............................................................................................................03
Passo 2...............................................................................................................05
Passo 3...............................................................................................................09
ETAPA 2......................................................................................................................10
Passo 1...............................................................................................................10
Passo 2...............................................................................................................13
Passo 3...............................................................................................................14
ETAPA 3......................................................................................................................17
Passo 1..............................................................................................................17
Passo 2..............................................................................................................18
Passo 3..............................................................................................................18
Passo 4..............................................................................................................23
ETAPA 4.....................................................................................................................25
Passo 1..............................................................................................................25
Passo 2..............................................................................................................25
Passo 3..............................................................................................................25
Passo 4..............................................................................................................25
REFERÊNCIAS.........................................................................................................27
2
ETAPA I
Passo I: A IMPORTANCIA DO SERVICO SOCIAL NOS DIAS DE HOJE
O profissional formado em Serviço Social é habilitado a compreender a realidade
social e intervir pela proposição, gestão, execução e avaliação de políticas, programas e
projetos sociais em instituições públicas e privadas. O assistente social caracteriza-se pela
visão crítica e pela capacidade de intervir em diversas áreas, desenvolvendo serviços,
programas e projetos sociais, bem como realizando visitas, perícias técnicas, laudos,
informações e pareceres sociais. Atualmente a profissão é regida pela Lei Federal 8.662/93
que estabelece suas competências e atribuições.
O Conselho Federal e os Conselhos Regionais atuam na normatização e na defesa da
categoria, visando a qualidade dos serviços prestados à sociedade. A prática profissional da/o
assistente social é orientada pelos princípios e direitos firmados na Constituição de 1988 e
pelas legislações complementar referente às políticas sociais e aos direitos da população. Não
pode haver qualquer tipo de discriminação no atendimento profissional.
Portanto, de acordo com a Lei Orgânica da Assistência Social – LOAS - Lei nº 8.742,
de 7 de dezembro de 1993:
Art.1º A assistência social, direito do cidadão e dever do Estado, é Política de
Seguridade Social não contributiva, que provê os mínimos sociais, realizada através de um
conjunto integrado de ações de iniciativa pública e da sociedade, para garantir o atendimento
às necessidades básicas.
Partindo do que diz a Lei , hoje o Serviço Social se tornou uma profissão interventiva
que busca principalmente a garantia e o acesso de direitos às camadas populares trabalhadoras
,tendo como objetivo a contribuição para a construção de uma ordem social, política e
econômica menos desigual que a atual. Reconhecendo nos determinantes estruturais e nas
dificuldades da realidade social, os limites e as possibilidades do trabalho profissional,
rebelando-se contra os problemas das injustiças, que afetam os desamparados socialmente.
Historicamente o Serviço Social foi considerado vocação, habilidade, ocupação, ofício ou até
mesmo arte. Atualmente é reconhecido como profissão, uma especialização do trabalho
coletivo, inscrita na divisão social e técnica do trabalho, de nível superior. De acordo com
Netto (1999, p. 102),enquanto profissão, não dispõe de uma teoria própria, nem é uma
ciência; isto não impede, entretanto, que seus profissionais realizem pesquisas, investigações 3
etc. e produzam conhecimentos de natureza teórica, inseridos no âmbito das ciências sociais e
humanas.
O Serviço Social é uma profissão reconhecida na sociedade na medida em que é
socialmente necessária e exercida por um grupo social específico, uma categoria profissional
que compartilha um sentimento de pertencimento e possui uma identidade profissional.
As mudanças na concepção que se tem da profissão de assistente social são
conseqüências de processos históricos, e dependem do significado social que se atribui à
profissão, que é fruto de movimentos da categoria e também da sua relação com a dinâmica e
o desenvolvimento do conjunto da sociedade. Atualmente, além de ser uma profissão, o
Serviço Social é considerado trabalho.
Alguns elementos realçados por Iamamoto também são sinalizados neste espaço para
subsidiar a abordagem do processo de trabalho do assistente social, pois esse documento
aponta a centralidade da categoria trabalho como fundamental ao debate contemporâneo do
Serviço Social, porque o trabalho é "uma atividade fundamental do homem, pois mediatiza a
satisfação de suas necessidades diante da natureza e de outros homens . O trabalho é, pois, o
selo distintivo da atividade humana" (Iamamoto,2012, p. 60).
Assim, o Serviço Social como trabalho significa considerar os elementos que integram
o processo de trabalho dos assistentes sociais como partes indissociáveis, reconhecendo que o
assistente social é um trabalhador que desenvolve um processo de trabalho.O trabalho do
assistente social na sociedade capitalista produz um valor de uso o serviço oferecido ao
usuário, aos grupos, à comunidade, às organizações e às instituições, e um valor de
troca,preço pago por este serviço no mercado de trabalho.
Compreendo que a relação do serviço social com a questão social, não deve ser vista
como um posicionamento único e acabado, pois é uma discussão que deve acompanhar o
movimento da própria realidade, aonde novas demandas e novas atribuições vai surgindo à
profissão.Assim entendo que os assistentes sociais trabalham com as expressões da questão
social em seu cotidiano, trabalham também diretamente com os sujeitos que vivenciam as
expressões da questão social, onde requer um profissional criativo, competente, e que desvele
as expressões da questão social, como também desvele quais as alternativas, opções e
caminhos para à reverter.
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As demandas que o Serviço Social tem foco a atender são diversas, portanto todas
emergidas do sistema capitalista, onde a divisão de classe tem sido cada vez mais fortalecida e
diferenciada. Assim o profissional tem várias dimensões para atender as necessidades que
esse sujeito, grupos, comunidades, enfim esse publica requer, como a organização em grupos
para o acesso e defesa dos direitos civis, sociais e políticos; a melhoria das condições de vida
da comunidade, a ampliação de espaços democráticos e participativos, dentre outros.
Para isso, busca-se um profissional capacitado, criativo e comprometido, a fim de
romper com o feitiço da caridade, da ajuda, do filantropismo.
O trabalho do assistente social esta interligado as relações sociais vigentes nessa
sociedade, onde o desenvolvimento capitalista traz muitas alterações na realidade em que
intervém.
Em fim, compreendo que a profissão tem sua intervenção direcionada, principalmente,
pelos parâmetros éticos políticos coletivamente construídos, na direção de afirmação dos
direitos sócia, e para a contribuição de uma sociedade que supere a questão social como
matéria de trabalho, a fim de se conquistas uma sociedade mais justa e igualitária.
Passo 2: EXEMPLOS DAS PRINCIPAIS TENDÊNCIAS NO MERCADO DE TRABALHO
O trabalho do Assistente social está voltada para a intervenção nas diferentes
manifestações da questão social com vistas a contribuir com a redução das desigualdades e
injustiças sociais, como também fortalecer os processos de resistências dos sujeitos,
materializados em organizações sociais, movimentos sociais, conselhos de direitos, na
perspectiva da democratização, autonomia dos sujeitos e do seu acesso a direitos.
Para tanto, o assistente social deverá imprimir em sua intervenção profissional uma
direção, sendo necessário, para isto, conhecer e problematizar o objeto de sua ação
profissional, construindo sua visibilidade a partir de informações e análises consistentes,
atitude investigativa. Concomitantemente, o trabalho do AS deverá ser norteado por um plano
de intervenção profissional objetivando construir estratégias coletivas para o enfrentamento
das diferentes manifestações de desigualdades e injustiças sociais, numa perspectiva histórica
que apreenda o movimento contraditório do real.
O AS exerce sua atividade profissional em diversos espaços, âmbitos, áreas,
segmentos populacionais, criança e adolescente, idoso, pessoas portadoras de necessidades
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especiais, família e em diferentes setores ,seguridade social, saúde, previdência social,
assistência social,educação, trabalho, habitação e na questão agrária. Dessa multiplicidade de
possibilidades de atuação advém também uma variedade de processos de trabalho, o que
exige desse profissional um arsenal de conhecimentos variados e essas são exemplos claros
das principais tendências na sua área de atuação.
Meio Ambiente
Os fatores que justificam a intervenção do profissional nesta aérea são justamente as
novas situações que são geradas não só pelo confronto que passa a existir entre a população,
na condição de expropriados e a concessionária, mas também pelos efeitos causados pelos
empreendimentos.
No caso das construções de Usinas Hidrelétricas, o objetivo do Serviço Social é o de
incrementar as ações que vão possibilitar o desenvolvimento da política energética através de
maior geração de eletricidade justificada pela necessidade de atender a demanda causada pelo
desenvolvimento econômico regional. Diante dessa justificativa as empresas estatais
desapropriam terras, desalojam populações e criam situações de conflito em diferentes
momentos,antes da construção, durante e após o término do empreendimento.
O Assistente Social enquanto pesquisador do meio ambiente
O Serviço Social poderá, como qualquer outra área do conhecimento estudar os
impactos ambientais causados pela construção de Usinas Hidrelétricas ou vir a compor uma
equipe de pesquisadores que tem como objetivo o estudo dos impactos causados no meio
ambiente por essas Usinas.
Saúde
Os assistentes sociais se inserem no processo de trabalho em saúde, como agente de
interação entre os níveis do Sistema Único de Saúde – SUS com as demais políticas sociais,
sendo que o principal objetivo de seu trabalho no setor é assegurar a integralidade e
intersetorialidade das ações.
O profissional desenvolve, ainda, atividades de natureza educativa e de incentivo à
participação da comunidade para atender as necessidades de co-participação dos usuários no
desenvolvimento de ações voltadas para a prevenção, recuperação e controle do processo
saúde/doença. O que vale ainda ressaltar na inserção atual do assistente social na área de 6
saúde é o fato de que essa prática não é mais mediada pela ideologia da ajuda e sim pela
perspectiva da garantia de direitos sociais.
Educação
A presença dos assistentes sociais nas escolas expressa uma tendência de compreensão
da própria educação em uma dimensão mais integral, envolvendo os processos sócio-
institucionais e as relações sociais, familiares e comunitárias que fundam uma educação
cidadã, articuladora de diferentes dimensões da vida social como constitutivas de novas
formas de humana, nas quais o acesso aos direitos sociais é crucial.
Assistência Social
O Assistente social como trabalhador da Assistência Social tem como finalidade
básica o fortalecimento dos usuários como sujeito de direitos e o fortalecimento das políticas
públicas. Tendo em vista que o Assistente Social é um profissional comprometido com a
autonomia dos sujeitos, com a crença no potencial dos moradores e das famílias das
populações referenciadas pelo CRAS, para que rompam com o processo de exclusão e
marginalização, assistencialismo e tutela.
O profissional de Serviço Social trabalha na emancipação de famílias e comunidades,
sendo que, uma das mais importantes dimensões do papel do assistente social, sempre na
perspectiva de cumprir com o desafio de integrar as políticas sociais. Uma integração que,
respeitadas as especificidades de cada área, se dá pelo ponto que têm em comum, a defesa da
vida, da dignidade e do desenvolvimento social que possibilite a mais justa distribuição de
bens e riquezas no país.
Empresa
No processo de inserção do Serviço Social no mundo privado do trabalho pode se afirmar que
sua atuação nessa direção gira em torno tanto do funcionário quanto da empresa, na resolução
ou na contenção de situação conflituosa e de dificuldades na produção, nas relações sociais
cuja atuação em alguns casos é estendida à família dos funcionários.
Assessória e Consultoria
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Área de atuação profissional que requer preparo técnico, embasamento teórico e
comprometimento ético político. Um profissional capaz de formular, gerir, implementar e
avaliar políticas, projetos sociais, elaborar estudos e pesquisas .
ONGs
Atividades predominantes são o esclarecimento de direitos sociais, benefícios e
serviços institucionais, o planejamento de programas e projetos sociais, a assessoria,
acompanhamento a grupos sociais, orientação, encaminhamento de serviços e benefícios
sociais.
Atuação do Assistente Social no Judiciário
O Serviço Social tem seu espaço de trabalho dentro do judiciário, atuando como
“peritos” e com isso poderão assumir responsabilidade sobre a vida de pessoas que estão em
situações de vulnerabilidade social, que necessitam de proteção judicial.
Os Assistentes Sociais utiliza o estudo social como instrumento para análise da
realidade encontrada pelos autores das ações judiciais podendo ser chamados a dar opiniões,
fazer laudos e pareceres sociais. Sendo que estes constituem subsídios para instrumentos as
decisões e analise da situação e posicionamento diante dos fatos apresentados.
O Assistente Social na área de consultoria
O Assistente Social como consultor através da atuação junto a empresa e seus gestores
e colaboradores pode oferecer alternativas que repercutem positivamente na empresa
principalmente nas áreas de:
Elevação da produtividade
Melhoria do clima organizacional
Redução de acidentes do trabalho
Redução do absenteísmo
Melhor imagem positiva da Empresa
Melhor utilização dos Benefícios oferecidos pela Empresa
Mapeamento Social, Diagnóstico Social e Clima Organizacional
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Administração de Benefícios, Convênios, Auto-Gestão
Sinistralidade de Convênios
Terceirização: controles administrativos, implantação de rotinas, suporte à área de RH, de
acordo com o perfil e necessidade do cliente.
O Assistente Social exerce suas funções através de palestras, atendimentos individuais,
grupais, dinâmicos e pesquisas, atua também promovendo reflexos sobre a origem dos fatores
levando o cliente,colaborador a ser capaz de decidir sua própria vida e carreira.
O Assistente Social na área da Habitação
A atuação do Assistente Social na habitação estar norteada pelo Caderno de
Orientação Técnico Social ( COTS ) que tem a finalidade de orientar as equipes técnicas
sociais dos Estados, Distrito Federal, Municípios, responsáveis pela implantação dos
programas habitacionais.Esta intervenção técnico-social é norteada pelos seguintes eixos
básicos:
Apoio à mobilização e organização comunitária.
Condominial, capacitação profissional, geração de trabalho renda.
Educação, sanitária/patrimonial.
Trabalho sócio-ambiental e ações informativas.
Características sociais e econômicas da população a ser beneficiada.
Para que seja possível ao assistente social fortalecer seus espaços de atuação profissional na
contemporaneidade é necessário um aprendizado da interdisciplinaridade, apreendida como
uma possibilidade no exercício profissional, em que os esforços conjuntos sejam conjugados
em prol da população usuária, onde seja possível despir a alma dos profissionais de
preconceitos e despertá-los para "aprender a desaprender" para intervir de forma consistente,
crítica, competente e, principalmente, propositiva e coletiva.
Passo 3: DESAFIOS ENCONTRADOS NA PROFISSÃO
Falar sobre a importância do Serviço Social na atualidade é falar também de desafios e
oportunidades no decorrer do exercício profissional, uma vez que o/a Assistente Social
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trabalha em meio às múltiplas questões sociais, sendo assim, mediante as condições impostas
pelo sistema capitalista, o/a profissional passa a ser um mediador, e é nessa mediação onde
vemos a enorme importância do Serviço Social.
Um dos maiores desafios que o assistente social vive no presente é desenvolver sua
capacidade de decifrar a realidade e construir propostas de trabalho criativas e capazes de
preservar e efetivar direitos, a partir de demandas emergentes no cotidiano. É um momento de
mudanças significativas, de um perfil profissional executor terminal de políticas sociais para
um profissional qualificado na execução, gestão e formulação de políticas sociais públicas, de
uma postura crítica, mas também criativa e propositiva. Um profissional que possa responder,
em seu exercício profissional, com ações qualificadas que detecte tendências e possibilidades
impulsionadoras de novas ações, projetos e funções, rompendo com as atividades rotineiras e
burocráticas.
As mudanças históricas que estão hoje alterando a divisão social e téc. ética do
trabalho materializadas em mudanças nas relações Estado sociedade e nas formas de
organização e gestão do trabalho afetam diferentes especializações do trabalho coletivo,
inclusive o Serviço Social.
Um exemplo disto é a formação de uma nova pobreza definida pelos estoques de força
de trabalho descartáveis que não tem mais lugar no mercado de trabalho, ampliando não
apenas uma demanda quantitativa de novos atores portadores de antigas necessidades de
trabalho, renda, consumo, como também gerando novas necessidades e demandas quanto à
questão da insegurança e medo em relação ao trabalho, à expectativa em relação as suas
próprias vidas, e às possibilidades de satisfazerem suas necessidades. Ao mesmo tempo,
temos o convívio com trabalhadores altamente qualificados, em organizações com padrões e
condições de trabalho de altíssimo nível, primando pela qualidade na produção e no produto,
com forte apelo social, exigindo dos profissionais que nelas atuam respostas mais qualificadas
na implementação de sistemas mais eficientes de gerenciamento de pessoas e envolvimento
dos trabalhadores com a comunidade.
Estas situações têm implicado um conjunto de aspectos e novas dimensões que se
apresentam como novas requisições para o trabalho dos assistentes sociais como a
universalização dos serviços sociais, a descentralização participativa, e a qualificação dos
serviços prestados pelas diferentes organizações públicas, privadas ou não-governamentais,
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além das novas exigências de qualificação,habilidades e qualidades pessoais que são
colocadas aos próprios profissionais de Serviço Social.
Desta maneira, verificamos hoje um forte direcionamento das funções
socioinstitucionais do Serviço Social não mais para a execução de políticas sociais, mas para
uma base organizacional situada na função gerencial, seja das próprias políticas, seja de seus
serviços, seja de pessoas, no interior das organizações públicas, privados e não-
governamentais.
Esta nova função gerencial vem exigindo um nível de conhecimento bem mais amplo,
tanto para compreensão crítica das condições políticas em que estas exigências são colocadas
principalmente no que se refere ao desmonte das políticas sociais por parte do Estado como da
fragilização dos direitos sociais, seja dos serviços ou benefícios na área do trabalho, bem
como, as novas e velhas formas de filantropia e solidariedade que se reorganizam.
É preciso, portanto, uma apropriação crítica desta nova função gerencial para que se
possa compreender que o processo de reestruturação produtiva pelo qual passamos traz, no
seu bojo, novas formas de gestão que atualizam as formas antigas de reprodução da força de
trabalho. O que antes era evidenciado como políticas compensatórias, hoje é redirecionado
através de alguns programas de qualidade e produtividade e, inclusive, de incentivo à
participação.
Admitimos, portanto, que a trilha por onde caminham os desafios aos profissionais do
Serviço Social considerada as particularidades do seu trabalho, são as novas modalidades de
produção e reprodução social da força de trabalho. Essas últimas, mediadas pelo mercado de
trabalho profissional, passam a exigir a refuncionalização de procedimentos operacionais,
também determinando um rearranjo de competências técnicas e políticas.
Vale ainda destacar que administrar pessoas, recursos e serviços não é algo novo
dentro do Serviço Social. Desde a gênese da profissão, devido às situações contingenciais e
situacionais que fazem o cotidiano organizacional, público ou privado, trabalhar com a gestão
social sempre constituiu-se o nosso objeto formal e principal de atuação, mas hoje, esta
função social vem se tornando exigência em nosso fazer profissional para além das ações
antes voltadas e limitadas à execução de políticas sociais.
Neste espaço de concorrência e competitividade do mercado de trabalho, mesmo com
as alterações que se fazem o assistente social, continua sendo requisitado em sua função, ou 11
seja, como intermediador das relações empregador x empregado, como mecanismo de
ampliação da produtividade. Por isto, cabe a preocupação de que, dentre as novas formas de
gestão, o Assistente Social sirva apenas de instrumento capacitador dos gerentes, num cargo
de assessor/consultor/supervisor, abrindo espaço para que eles se apropriem do conhecimento
do Serviço Social e este perca seu espaço.
É preciso, portanto, reconstruir o perfil sócio técnico e ideopolítico do profissional de
Serviço Social. Mas isso implica conhecimento do profissional sobre os contextos de gestão
privada e pública, suas diferenças, especificidades e interações. E, mesmo assim, o Serviço
Social precisa responder às especificidades locais sim, mas não pode adequar-se a um
receituário e nem deixar-se excluir do quadro de serviços por indisposição ao estudo e
capacitação intelectual, bem como, do conhecimento de novas culturas e formas de trabalhar,
pois o importante é a garantia dos direitos sociais e o conteúdo a ser repassado na formação de
novos valores, contemplando a direção social apontada pelo projeto ético-político da
profissão.
[...] um dos maiores desafios que o assistente social vive no presente é desenvolver
sua capacidade de decifrar a realidade e construir propostas de trabalho criativas e capazes
de preservar e efetivar direitos, a partir de demandas emergentes no cotidiano. Iamamoto
(2012, p. 113).
Portanto, evidencia-se a existência concreta de novas exigências socioinstitucionais
colocadas no processo de trabalho dos assistentes sociais no interior das organizações que
podem implicar em mudanças das funções profissionais dos assistentes sociais.
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ETAPA II
Passo 1: (Pesquisa)
Filantropia é uma palavra de origem Grega que significa amor a humanidade,os
donativos a organizações humanitárias, pessoas, comunidades, ou o trabalho para ajudar os
demais, direta ou através de organizações não governamentais sem fins lucrativos, assim
como o trabalho voluntário para apoiar instituições que têm o propósito específico de ajudar
os seres vivos e melhorar as suas vidas, são considerados atos filantrópicos.
Instituições de ensino filantrópicas são mantidas por entidades sem fins lucrativos, que
desempenha atividades, paralelas ou em conjunto com o Estado, sem ser remuneradas,
diferente das instituídas Com Fins Lucrativos que são mantidas por uma ou mais pessoas
físicas e/ou jurídicas de direito privado, que constituem-se em entidades de caráter comercial,
sendo esta apenas sua missão maior, não sendo obrigadas a fazer atividades de cunho
beneficente, embora, se quiserem, possam lhes desempenhar.Instituições filantrópicas podem
ser Laicas ,sem vínculo religioso ou Confessionais, mantidas por instituições religiosas.
Concluímos que, para muitas pessoas, assistência social é sinônimo de filantropia,
assistencialismo, assistência social, filantropia, é o que parece, mais não é verdade.
Filantropia a meu ver é algo emotivo e pessoal, significa amor a humanidade, ao contrário do
amor a si próprio, quer dizer caridade. Ela é pura doação não escolhe causas, podendo essa
doação ser por dinheiro ou outros bens a favor de instituições que desenvolvam atividades de
grande mérito social. As ações ficam condicionadas à vontade do doador em benefício da
sociedade. A sociedade produziu historicamente formas associativas para atuar na esfera
pública em nome da reciprocidade, solidariedade e compaixão. Esses princípios funcionaram
como modos de regulação civil no trato de questões relacionadas proteção social.
Passo 2: (Pesquisa - Apontamentos)
E o assistencialismo vem do(Latim ) o significado è, estar junto, por-se junto por sua
vez apresenta práticas paternalista e clientelistas, marcadas por doações aos pobres: feitas com
finalidade de manter uma relação de dependência entre a pessoa que recebe e a que doa. Esta
ligada ao voluntariado, á doação, á boa vontade, ao favor. É o ato de prestar assistência aos
menos favorecidos, ao invés de trabalhar as causas de carência. Suas ações partiram da
atuação das instituições religiosas e voluntárias, através das políticas de ajuda, a assistência,
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oferece a proteção e amparo ás pessoas menos favorecidas com direito do cidadão e dever do
estado.
A assistência deve ser feita através de planejamento e políticas públicas de direito,
que garantam as mínimas condições de sobrevivências aqueles que estão em situação de
fragilidade, estimulando, orientando, e capacitando-as, criando condições melhor de vida. O
assistencialimo-ação de pessoas, organizações governamentais ou entidades da sociedade civil
junto as camadas mais pobres da comunidade, com objetivo de apoiar ou ajudar forma
pontual, oferecendo alimentos, medicamentos entre outros gênero de primeira necessidade.
Assistencialismo é o contraponto do direito, da proteção social,.com o assistencialismo
não há garantia de cidadania. Suas ações decorem das pessoas, organizações de qualquer
natureza ou entidades da sociedade civil realizada junto as camadas mais carentes da
sociedade, é conseguido através do favor, a espera da boa vontade e interesse de alguém com
o objetivo de apoiar ou ajudar de forma pontual, oferecendo alimentos, medicamentos, entre
outros gêneros de primeira necessidade, não transformando a realidade social. Esta prática
assistencial hoje foi superada com a promulgação da Constituição federal de 1988 e pela Lei
orgânica de assistência Social, uma vez que a Assistência social configura-se como direito do
Cidadão e do dever do Estado.
Já Assistência Social é uma política pública de atenção e de direitos, regulamentada
pela Lei Orgânica da Assistência Social. Com a Constituição de 1988, tem início a construção
de uma nova concepção sobre o Serviço Social e regulamentado pela LOAS, em dezembro de
1993, como política social pública, o Serviço Social trabalha em prol da universalização dos
acessos e da responsabilidade estatal Cabe à assistência social ações de prevenção e
provimento de um conjunto de garantias ou seguranças que cubram, reduzam ou previnam
exclusões, riscos de vulnerabilidades sociais, bem como atendam às necessidades emergentes
ou permanentes decorrentes de problemas pessoais ou sociais de seus usuários, com o
objetivo de superar exclusões sociais e defender e vigiar os direitos de cidadania e dignidade
humana.
Passo 3: (Discussão - Apontamentos - Texto com os dois conceitos)
Percebemos que a Assistência Social no Brasil é reconhecida legalmente como direito
social tendo como marco a Constituição de 1988. Porem enfrentou e ainda enfrenta restrições
e limites para a consolidação na pratica como política social pública efetiva. Neste sentido
14
percebemos que o Serviço Social delimitou sua intervenção em superar a concessão de
auxílios de caráter emergencial, dedicando-se a formulação de técnicas e procedimentos que
pudessem romper com o perfil voluntário e filantrópico das praticas assistenciais
tradicionais,fugindo, assim, do assistencialismo, buscando a promoção social através da
negação do assistencialismo e do reconhecimento aos direitos sociais, mudando a visão da
Assistência Social de "favor" para "cidadania".
A descentralização também se constitui na possibilidade de resolver alguns problemas
de organização e gestão das políticas públicas. Nesse sentido, ela surge como exigência para
efetivação dos direitos sociais e de cidadania. Finalmente observamos a importância da
relação entre filantropia, assistencialismo e o serviço social.
Assistencialismo é a ação de pessoas, organizações não governamentais (Ong’s) e
entidades sociais junto ás camadas sociais mais desfavorecidas, marginalizadas e carentes
pela ajuda momentânea, filantrópica e pontual, como doações de alimentos e agasalhos. Esta
prática, desprovida de teoria, não é capaz de transformar a realidade social dessas
comunidades ou das pessoas que necessitam. Em nossa opinião, assistencialismo e filantropia
, são conceitos totalmente antagônicos, haja vista que a assistência social é regulamentada por
lei em nosso país e dispõe de metodologias específicas para tratamento e controle de políticas
sociais para àqueles que perderam, ou estão prestes a perder sua dignidade.Ao passo que o
assistencialismo é uma prática prejudicial à cidadania e confrontante com os anseios de
crescimento de uma determinada comunidade.
Para distinguir tais conceitos podemos aqui exemplificar tais ações que as
caracterizam. Um bom modelo de ação baseada na assistência social é o programa Bolsa –
Família do governo federal. Já um exemplo clássico de assistencialismo são os corriqueiros
amparos dos políticos, levando os menos favorecidos a hospitais ou simplesmente “doando”
cestas básicas. Tal prática é normalmente vinculada à troca e interesses eleitorais.
Cabe ressaltar que, o assistencialismo sempre será tratado como um “câncer” da
sociedade moderna por isso, nós enquanto profissionais do serviço social temos que lutar para
que os efetivos direitos dos cidadãos seja garantidos.
O profissional atua na perspectiva do direito,no exercício do direito e da cidadania,
pois a profissão já não mais atua como o braço do Estado para simples amenizador de
conflito. A profissão, diante de um código de ética comprometido com a sociedade, na defesa
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de um projeto ético-político estruturado, leva a cabo a defesa irredutível dos direitos de seu
usuário. A atuação de profissionais competente na Filantropia, comprometidos e
participativos se faz de fundamental importância, dentre eles, o assistente social. Há a
necessidade da inserção profissional, nesse contexto deve ocorrer de forma equilibrada e
cuidadosa, crítica e construtiva, discernindo claramente a contribuição que o assistente social
pode trazer para um trabalho de qualidade social no âmbito da filantropia.
O Assistente Social em sua atuação cotidiana percebe com olhar crítico as manobras
do Estado e as investidas cada vez mais cruéis do mercado capitalista sobre a classe
trabalhadora, cuja defesa de direitos tornou-se marco de rompimento com as antigas práticas
profissionais.
A Assistência Social enquanto direito é ato de cidadania. E enquanto necessidade
básica é dever do Estado. Nestes sentidos tão singulares e complexos está à atuação de um
profissional que atua na contrapartida da garantia de direitos e humanização do sistema com o
comprometimento ético político da profissão.
16
ETAPA III
Passo 1 - (Pesquisa - Leitura - Interpretação)
Após análise do material estudado, acreditamos que na contemporaneidade a demanda
por profissionais formados em serviço social é crescente no país. Após a saúde, de acordo
com Ivanete, a segunda área que mais emprega é a de políticas de assistência social. “O
Ministério do Desenvolvimento Social estabeleceu que todos os municípios devem ter um
Centro de Referência de Assistência Social. E a presença do assistente social, junto da do
psicólogo, é obrigatória nesses centros”.
Embora a profissão do Assistente Social - AS esteja em ascensão existe uma grande
desigualdade de salários muito pelo Brasil, tanto que em alguns municípios, principalmente
do interior do país, tem salários baixos. Mas já há alguns estados com valorização razoável”,
afirma Ivanete. “A média salarial de um profissional sem mestrado está em torno de R$. 1.500
e R$ 2.000. Pode haver salários superiores e outros em torno de R$ 800, em determinadas
áreas”.
Áreas de atuação
Verificamos que a quantidade de áreas que necessitam de assistente social é enorme,
também é evidente que este profissional pode conseguir sua vaga tanto no serviço público,
quanto em empresas particulares, um exemplo de empresas que precisam de serviço social são
as universidades. Para a concessão de bolsas, é esse setor o responsável pela triagem e
classificação dos candidatos. As secretarias estaduais e municipais de assistência social,
hospitais, clínicas, centros de saúde, presídios, abrigos, creches, escolas, sindicatos,
conselhos, secretarias municipais, estaduais, ministérios e ONGs são alguns dos
empregadores dos assistentes sociais.
Para trabalhar
É importante saber que quem quiser trabalhar como assistente social precisa ter
registro no conselho profissional da região, pois a profissão é regulamentada desde 1957 e
apenas o assistente social é habilitado para fornecer pareceres socioeconômicos, utilizados em
avaliações.
17
Um fator também deve ser observado: os conselhos regionais acompanham e
fiscalizam o exercício profissional, assim quem não se inscrever e exercer a atividade pode
sofrer sanções do órgão, que vão da advertência e multa até a perda do diploma.
Passo 2 - (Discussão - Experiências)
Após uma a exposição dos colegas em relação as suas compreensões do Passo 1, como
também as suas experiências profissionais, chegamos as seguintes conclusões sobre o
proposto no Passo 2:
1. As condições de trabalho no setor público são geralmente mais satisfatórias do
que aquelas verificadas no setor privado, com exceções (Grandes Empresas
Privadas), pois o seu exercício normalmente está acompanhado de direitos
protegidos por sindicatos muito bem preparados e por normas legais que
garantem direitos como a estabilidade e gratificações diversas.
2. Em relação as condições de trabalho no setor privado podemos dividir em dois
grandes blocos, estes distintos entre si, pois o primeiro podemos dizer: grandes
empresas, estas normalmente oferecem muitos benefícios e um bom salário, já
as pequenas empresas normalmente não remuneram os seus profissionais com
os mesmos benefícios, estes profissionais também não dispõe de estabilidade
ficando protegido apenas por regras da Consolidação das Leis do Trabalho -
CLT.
3. O terceiro setor, em nossa opinião, ainda está em pior desvantagem, pois além
de remunerar muito mal os seus profissionais ainda costumam trabalhar em
forma de convênios, estes que tem um tempo determinado para o começo e o
seu fim, ficando assim o profissional Assistente Social sem poder fazer um
planejamento mais adequado para o seu Futuro.
Passo 3 - (Pesquisa - Estatística)
Os indicadores do perfil geral da(o) assistente social no Brasil são: sexo, idade,
religião, pertença étnico-racial, orientação sexual, situação conjugal e número de filhos:
Perfil Geral:
Gênero: Sexo → Masculino 3% → Feminino 97%
18
Idade:
Religião:
19
Assiduidade Religiosa - Praticante:
Perfíl Étnico-Racial:
Quantidade de Vínculos Empregatícios na Área do Serviço Social:
20
Local de Trabalho x Local de Moradia:
Natureza da Instituição do Principal Vínculo Empregatício:
21
Passo 4 - (Enumeração dos dados coletados)
22
Segundo o gráfico 11, p. 10, e considerando a Anexo 1, p. 11, fizemos os seguintes
apontamentos em relação as nossas percepções sobre os dados apresentados:
1. Quase metade dos profissionais Assistentes Sociais (40,97%) declararam que tem como
vínculo principal a Administração Pública Municipal.
É muito claro, principalmente após a Constituição Federal de 1988 que garantiu
direitos importantes a população, como também a implantação do Sistema Único do Serviço
Social - SUAS, que os investimentos públicos na área da Assistência Social seriam muito
maiores do que aqueles da Iniciativa Privada, e os números mostram isto. Este grande
percentual, quase metade dos trabalhadores investidos em cargo público Municipal demonstra
as finalidades das políticas de direitos adotadas em consonância com os objetivos da
descentralização de poder, passando ao Município a administração operacional da rede SUAS.
Os Municípios vem implantando os Centros de Referência em Assistência Social -
CRAS, os Centros de Referência Especializados em Assistência Social - CREAS, os Centros
de Apoio Psicossocial - CAPS, entre outros, formando assim a rede socioassistencial e
empregando muitos profissionais AS em seus quadros de trabalhadores, bem como outros
profissionais compreendidos nesta grande rede, como: Psicólogos, Contadores,
Administradores, Sociólogos, Pedagogos, entre outras profissões reconhecidas como
importantes na Norma Operacional Básica - NOB-RH/SUAS.
2. Cerca de 78,16% dos AS pesquisados declararam ter como vínculo principal a
Administração Pública (Federal/Estadual/Municipal). Somando-se 6,81% do Terceiro
Setor com mais 0,65% da Autarquia Federal, acaba por perfazer um total de 85,62% de
investimento do Estado.
Fica comprovado através destes percentuais expressivos que a maior parte dos
investimentos e contratações dos profissionais AS são dos poderes públicos constituídos
(Servidores Estatais), evidenciando as políticas públicas do governo como um direito da
população e uma obrigação do Estado. Demonstra também que o Terceiro Setor, ou seja,
grande parte das Organizações Não Governamentais também tem atuado expressivamente nas
contratações dos AS e investido nestes profissionais com recursos repassados através dos
convênios, estes com recursos públicos vindos das três esferas de governo
(Federal/Estadual/Municipal).
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Ainda existe uma grande necessidade da contratação dos profissionais AS no serviço
público, não apenas para cumprir as determinações apresentadas pela Lei SUAS no tocante
aos serviços públicos em quantidades necessárias para atender a um determinado número de
habitantes do município, mas também para melhorar a qualidade destes serviços prestados
pelo governo, e assim atingir um ponto de equilíbrio entre a enorme demanda por serviços
públicos com a sua oferta.
3. Um percentual de 13,19% dos AS declararam como vínculo principal a Iniciativa Privada,
e os outros 1,19% dos entrevistados declararam como o seu vínculo principal em outras
instituições.
As empresas privadas, sejam elas industriais, comerciais, e, ou prestadoras de serviços
sabem da importância de contratarem os AS para os seus negócios, porém nem sempre os
objetivos destes empregos estão em consonância com as políticas públicas de direitos, mas
sim com interesses das próprias empresas.
Através das lutas e das vitórias da carreira dos AS, entre elas o período de 6 horas para
o profissional ofereceu uma oportunidade muito importante e necessária para este
trabalhador(a) ter condições de atuar melhor no seu emprego, bem como trabalhar em outra
atividade legal e assim contribuir para uma melhoria das suas remunerações e com isso poder
se qualificar melhor.
Na contemporaneidade temos percebido que a grande maioria das empresas não tem
como objetivo que o seu profissional contratado AS atue no mesmo sentido das políticas de
Assistência Social, mas sim façam um controle e acompanhamento dos demais profissionais
da instituição para que os mesmos consigam trabalhar e produzir sem preocupações com
outras coisas que divirjam do seu trabalho, ocasionando assim uma maior produtividade e um
melhor controle dos trabalhadores.
As políticas adotadas na iniciativa privada, com exceções, tem caráter de controle e
fiscalização, diferenciando daquelas oferecidas pelo poder público, mas os AS estão alertas e
bem informados quanto a isto e procuram na medida do possível exercer as suas atividades
apoiados em seu código de ética profissional. Há muitas oportunidades a serem desbravadas
pelos AS na Iniciativa Privada, acreditamos que grandes oportunidades apareceram devido a
importância de se investir na classe trabalhadora, respondendo assim aos anseios da mesma.
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ETAPA IV
Passo 1 (Pesquisa - Leitura, Apreciação e Análise)
Passo 2 (Complementação da Pesquisa - Principais tendências)
Passo 3 (Elaboração Texto - Obrigatoriamente (2) Duas Páginas)
Serviço Social é a profissão que atua no campo das Políticas Sociais com o
compromisso de defesa e garantia dos Direitos Sociais da população, usando o fortalecimento
da Democracia.
Nesta presente pesquisa optamos em abordar o papel do assistente social junto a saúde
pública, enfatizando o entendimento das funções e atribuições do Assistente Social no
contexto específico das Unidades Básica de Saúde do Estado de São Paulo.
O trabalho do assistente social capta uma grande importância na conscientização e
seleção do atendimento oferecido pelo serviço.
O projeto privatista vem requisitando ao assistente social, entre outras demandas, a
seleção socioeconômica dos usuários, atuação psicossocial por meio de aconselhamento, ação
fiscalizatória aos usuários dos planos de saúde, assistencialismo por meio da ideologia do
favor e predomínio de práticas individuais. O projeto da reforma sanitária vem apresentando
como demandas que o assistente social trabalhe nas seguintes questões: democratização do
acesso as unidades e aos serviços de saúde; estratégia de aproximação das unidades de saúde
com a realidade; trabalho interdisciplinar; ênfase nas abordagens grupais; acesso democrático
às informações e estímulo à participação popular. Considera-se o Código de Ética da
profissão apresenta ferramentas imprescindíveis para o trabalho dos assistentes sociais na
saúde em todas as suas dimensões: na prestação de serviços diretos à população, no
planejamento, na assessoria, na gestão e na mobilização e participação social.
As competências e atribuições dos assistentes sociais, nessa direção com base na Lei
de Regulamentação da Profissão, requisitam do profissional algumas competências gerais que
são fundamentais à compreensão do contexto sócio-histórico em que se situa sua intervenção,
como:
Apreensão crítica dos processos sociais de produção e reprodução das relações sociais
numa perspectiva de totalidade;
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Análise do movimento histórico da sociedade brasileira, apreendendo as
particularidades do desenvolvimento do capitalismo no país e as particularidades regionais;
Compreensão do significado social da profissão e de seu desenvolvimento sócio -
histórico, nos centenários internacional e nacional, desvelando-se as possibilidades de ações
cotidianas na realidade;
Identificação das demandas presentes na sociedade, visando formular respostas
profissionais para o enfrentamento da questão social, considerando as novas articulações entre
o público e o privado.
As dificuldades encontradas para atuação nesse âmbito, é a devolutiva da própria
população e do poder público. Muitas vezes o profissional se vê diante da uma situação onde
não se identifica uma resolução dos processos tendenciando em muitas vezes em intervenções
mais severas visando a sobrevivência do próprio paciente. Com desafios encontramos
inúmeras famílias em situação de alta vulnerabilidade social, com componentes adictos,
desempregados, filhos fora da escola, enfim uma área total e completa para atuação de um
profissional multidisciplinar.
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Bibliografia
Pesquisas na Internet
GLOBO.COM. Mercado De Trabalho De Serviço Social Está em Crescimento. Disponível
em: http://g1.globo.com/Noticias/Vestibular/0,,MUL296404-5604,00-
MERCADO+DE+TRABALHO+DE+SERVICO+SOCIAL+ESTA+EM+CRESCIMENTO.ht
ml. Capturado em 25/10/2014.
SERVIÇO SOCIAL E SOCIEDADE. O Assistente Social Como Trabalhador Assalariado.
Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0101-
66282011000300003&script=sci_arttext. Capturado em 25/10/2014.
CONSELHO FEDERAL DE SERVIÇO SOCIAL - CFESS. Assistentes Sociais no Brasil.
Disponível em: http://www.cfess.org.br/pdf/perfilas_edicaovirtual2006.pdf. e
http://www.cfess.org.br/visualizar/menu/local/perguntas-frequentes. Ambos capturados em
25/10/2014.
Pesquisas em materiais impressos
NETO. João Paulo. Ditadura e Serviço Social: uma análise do serviço social no Brasil pós-64.
9l. ed. São Paulo: Cortez, 1998, p. 24-39.
RICO. Elizabeth de Melo. O empresariado, a filantropia e a questão social. In: Terceiro setor
e movimentos sociais hoje. Revista Serviço Social e Sociedade, ano XIX, n. 58, São Paulo:
Cortez, 1998, p. 24-39.
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