notícias das gerais nº 51

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Encontro AMM reforça parceria com as Microrregionais Seca Mais de 100 municípios foram afetados pela falta de chuva www.portalamm.org.br Número 51 . Agosto 2014

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Informativo da Associação Mineira de Municípios de agosto de 2014

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  • Encontro

    AMM refora parceria com as Microrregionais

    Seca

    Mais de 100 municpios foram afetados pela falta de chuva

    www.portalamm.org.br

    Nmero 51 . Agosto 2014

  • Centro de Qualicao para Gesto Pblica

    Qualificao das prticas de gesto pblica por meio de cursos de capacitao de curta durao

    Capacitao dos gestores pblicos municipais por meio de visita do corpo tcnico da AMM

    AMM em Ao

    Ensino a DistnciaConhecimento disponibi-lizado pela internet, que viabiliza a aproximao de alunos e professores.

    PesquisaConstruo, desenvolvi-mento e ampliao de conhecimentos acerca das temticas municipais

    Ps-Graduao

    Conhecimento aprofun-dado nas reas tcnicas da Administrao Pblica

    Graduao e Tecnolgico

    Formao profissional de nvel superior e tcnico-cientfico

    Certicao OcupacionalAvaliao de pessoas, estabelecendo critrios mnimos de conhecimentos e habilidades tcnicas visando a ocupa-o de cargos municipais

    O Instituto AMM tem por finalidade contri-buir com as organizaes pblicas e priva-das por meio do ensino, da pesquisa e da extenso, oferecendo solues para as prin-cipais demandas municipais e viabilizando a excelncia na gesto pblica.

    institutoamm.org.brNOTCIAS DAS GERAIS . AGOSTO DE 2014

  • Mais uma vez a queda das receitas dos municpios decorrente das deso-neraes de impostos adotadas pelo governo federal, e da retrao das ati-vidades econmicas do pas, que viven-cia recesso tcnica, o tema princi-pal desta edio. A poltica econmica em curso tem causado forte impacto aos j sobrecarregados cofres munici-pais e exorbitantes R$ 7 bilhes no foram repassados aos municpios nos ltimos anos. As consequncias so os prejuzos nas reas da sade, edu-cao, transporte, assistncia social e investimentos inadiveis nos servios bsicos ofertados populao. Enten-demos que a Unio Federal, respon-svel pela economia nacional, somente cumpre sua misso quando possibilita que os demais entes da federao pos-sam desenvolver razoavelmente suas atividades, com aes, servios e pol-ticas pblicas adequadas s necessida-des da populao, com as quantidades e qualidades adequadas.

    Os municpios brasileiros tentam, h anos, equilibrar suas finanas, mas sempre acabam impactados por fatos

    que fogem ao seu controle. Os ges-tores municipais vivenciam a maior crise financeira da histria federativa brasileira, causadas em parte pelas medidas de de-soneraes fiscais do governo federal, que penalizam economicamente as administra-es locais, sem as devidas compensaes. Em outro plano, os municpios sofrem com a crise econmica, que reduz a ar-recadao dos setores pblicos, sempre pressionados pelo aumento das deman-das da populao. A situao, j quase insustentvel, teve como desdobramento o levantamento, pela AMM, junto aos pre-feitos mineiros, de levantamentos para o ajuizamento de ao que visa a recupe-rao das perdas do Fundo de Partici-pao dos Municpios - FPM. Todos os detalhes podero ser conferidos em nossa reportagem principal.

    Outra situao alarmante retratada em nossas pginas o quadro de pen-ria de mais de 140 municpios mineiros que decretaram estado de emergncia devido ao prolongado perodo de seca e estiagem que assola regies do Esta-do. Com a falta dgua, as economias das cidades so abaladas, resultando na reduo crescente da renda das fam-lias. A agropecuria o setor mais atin-gido. O pequeno produtor e/ou criador rural, sobretudo do norte do Estado, est sem recursos para saciar a sede at mesmo do gado, e a situao j afeta at os que dependem da lavoura e da criao para a prpria subsistncia. Muitas cidades clamam por uma simples gota dgua.

    Em outra reportagem, os milhares de quilmetros que compem as es-tradas vicinais mineiras se transfor-mam em grande peso para os munic-pios. Eles continuam responsveis pela sua manuteno, especialmente tapan-

    do os buracos. Os trechos precrios podero, em breve, ter seu estado agra-vado pelas chuvas que comeam a che-gar, com a eroso do solo e circulao de veculos pesados.

    Abordamos, ainda, o complexo ndice extrado do Valor Adicionado Fiscal VAF, que consiste no valor econmico-financei-ro apurado a partir das operaes com produtos que constituem fato gerador do ICMS. um indicador econmico-contbil utilizado pelo Estado para calcular o repas-se, aos municpios, de receita do ICMS e do IPI nas operaes de exportao. Ele espelha o movimento econmico muni-cipal e o potencial que o municpio tem para gerar receitas pblicas.

    Ganham destaque, tambm, em nossas pginas, os temas discutidos na reunio com os secretrios executivos das Asso-ciaes Microrregionais de Minas Gerais. O evento, em Belo Horizonte, teve como objetivo a troca de experincias e a discus-so de assuntos de interesse das entida-des. As Associaes Microrregionais so depositrias de informaes e de conhe-cimento vasto do ambiente municipalis-ta, e por isso so fontes necessrias para o trabalho da AMM.

    Desejamos uma boa leitura, es-pecialmente para os que se preocu-pam com a temtica municipalista. E na esteira dessa viso, aproveitamos para convidar o leitor a participar de nossas futuras edies, com o encami-nhamento de sugestes de temas para reportagens e entrevistas.

    PALAVRA DO PRESIDENTE

    cofrES mUNicipAiS Em QUEDA livrE

    ANTNIO CARLOS ANDRADAPresidente AMM e prefeito de

    Barbacena

    Centro de Qualicao para Gesto Pblica

    Qualificao das prticas de gesto pblica por meio de cursos de capacitao de curta durao

    Capacitao dos gestores pblicos municipais por meio de visita do corpo tcnico da AMM

    AMM em Ao

    Ensino a DistnciaConhecimento disponibi-lizado pela internet, que viabiliza a aproximao de alunos e professores.

    PesquisaConstruo, desenvolvi-mento e ampliao de conhecimentos acerca das temticas municipais

    Ps-Graduao

    Conhecimento aprofun-dado nas reas tcnicas da Administrao Pblica

    Graduao e Tecnolgico

    Formao profissional de nvel superior e tcnico-cientfico

    Certicao OcupacionalAvaliao de pessoas, estabelecendo critrios mnimos de conhecimentos e habilidades tcnicas visando a ocupa-o de cargos municipais

    O Instituto AMM tem por finalidade contri-buir com as organizaes pblicas e priva-das por meio do ensino, da pesquisa e da extenso, oferecendo solues para as prin-cipais demandas municipais e viabilizando a excelncia na gesto pblica.

    institutoamm.org.br

    ANTNIO CARLOS ANDRADAPresidente AMM e prefeito de

    NOTCIAS DAS GERAIS . AGOSTO DE 2014 3

  • Nmero 51 . Agosto 2014

    DESTAQUES8 - Entrevista - Economista do Observatrio de Informaes Municipais fala sobre o impacto das desoneraes tributrias no FPM10 - Acontece por Minas - Novidades e projetos lanados pelas administraes municipais 12 - AMM Notcias - Novos projetos e parcerias da AMM 14 - Instituto AMM - Faculdade Municipalista d incio ao seu primeiro curso de Direito 16 - Planejamento - Parceria entre AMM e PwC prepara os municpios para o futuro20 - Qualificao - Leia matria sobre os cursos promovidos pelo CQGP com temas importantes para a gesto municipal22 - Reportagem de capa - Desoneraes tributrias impactam diretamente os municpios mineiros, que so afetados pela queda do FPM26 - Inovao - Prmio Mineiro de Inovao pretende atrair pblico de vrias partes do Estado27 - Boas Prticas - Gesto do VAF discutida em matria e mostra os resultados conquistados pelo municpio de Ouro Preto39 - Artigo - Leiam o artigo tcnico da assessora Vivian Bellezzia sobre a Transferncia dos Ativos de Iluminao Pblica 42 - Clvis de Barros - Professor da USP fala sobre corrupo e tica

    GeraisNOTCIAS DAS

    NOTCIAS DAS GERAIS . AGOSTO DE 2014

    DIRETORIA EXECUTIVAPRESIDENTE

    Antnio Carlos Andrada

    1 VICE-PRESIDENTE

    lder Cssio de Souza Oliva

    2 VICE-PRESIDENTE

    Mrcio Reinaldo Dias Moreira

    3 VICE-PRESIDENTE

    Antnio Jlio de Faria

    CONSELHO FISCAL

    Marco Tlio Lopes Miguel

    Jeov Moreira da Costa

    Antnio Dianese

    SUPLENTES

    Maurlio Soares Guimares

    Jos Geraldo de Oliveira Silva

    Ari Pinto Constantino dos Santos

    SUPERINTENDENTE GERAL

    Cristina Mrcia Mendona

    SUPERINTENDENTE DO INSTITUTO AMM

    Gustavo Nassif

    DEPARTAMENTO DE COMUNICAOGERNCIA DE COMUNICAO

    Daniel Tolentino - Registro MG 07567JP

    JORNALISTA RESPONSVEL

    Fran Dornelas - Registro: MG 07088JP

    REDAO

    Flvio Campos

    Mayra Castro

    Nayara Vianna

    Rosalves Sudrio

    DESIGN GRFICO

    Tamirys de Oliveira Freitas

    Impresso: Grfica Formato

    Tiragem: 8.000 exemplares

    Periodicidade: Mensal

    Distribuio Gratuita

    ASSOCIAO MINEIRA DE MUNICPIOS

    Av. Raja Gabglia, 385 - Cidade Jardim BH

    Minas Gerais - Cep: 30380 - 103

    Tel.: (31) 2125-2400

    Fax: (31) 2125-2403

    [email protected]

  • MINAS SO VRIAS

    Mobilidade - Veja a matria sobre as dificuldades dos gestores em manter as estradas vicinais em boas condies - PG 30

    Desenvolvimento - PNAE uma boa oportunidade para gerar renda para os pequenos agricultores da cidade de Sete Lagoas - Pg 34

    Ttulo: Maria FumaaAutor: Rodrigo Melo

    Cidade: Tiradentes

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  • FALE COM A REDAO

    MINAS PASSA POR AQUI

    A AMMTV mais um canal de comunicao entre a AMM e o municpio. Feita especialmente para as administraes pblicas de Minas, aborda temas de interesses das gestes municipais e disponi-biliza reportagens, entrevistas e coberturas de eventos em sua pgina no youtube, para facilitar o

    acesso de todos os municpios.

    Inscreva-se em nosso canal e faa parte desta rede de informaes.

    youtube.com/ammtvminas

    A revista da AMM ajuda a fazer uma integrao entre os municpios, a conhecer boas prticas administrativas, divulga experincias positivas. Todos os veculos que integram as aes e mostram a luta de cada prefeito muito bem-vindo, porque o cotidiano da administrao as vezes nos impede de conhecer novas experincias, a revista nos chama aten-o para isso. Parabenizo os jornalistas e todos aqueles que trabalham para que a revista faa essa interao municipal.

    Agnaldo PeruginiPrefeito de Pouso Alegre

    Eu tenho recebido a revista, sempre leio as reportagens que me despertam mais interesse. muito importante, principal-mente para os municpios menores, terem um veculo que in-forma sobre as mudanas na legislao, as boas prticas dos municpios e que ressalta o movimento municipalista. A revista merece meus cumprimentos e incentivo para que continue nesta linha.

    Mrcio LacerdaPrefeito de Belo Horizonte

    Matria Piso Salarial dos ACS

    @AMM_MG Foi um avano para os profis-sionais, por outro lado coloca os municpios em situao delicada com a obrigao dos encargos sociais.

    Marcos Mota Tezulino

    SUA OPINIO CONTA.

    A AMM quer saber a opinio dos gestores e servidores que atuam nos 853 munic-pios mineiros. Por isso, abrimos espao para que nossos leitores comentem sobre os contedos da revista, dos eventos e contem as novidades das suas cidades.

    Queremos saber sua opinio.

    Envie um e-mail ou carta para:

    [email protected]

    Associao Mineira de Municpios (AMM) Avenida Raja Gabglia, 385, Cidade jardim Belo Horizonte, Minas GeraisCEP: 30380-130

    ICATU SEGUROS: Fale Conosco - Seguros e Previdncia: 4002 0040 (Capitais e regies metropolitanas) e 0800 285 3000 (Demais localidades). Servio de Atendimento ao Consumidor - SAC Exclusivo para informaes pblicas, reclamaes ou cancelamentos de produtos adquiridos pelo telefone. Seguros e Previdncia: 0800 286 0110. Ouvidoria: 0800 286 0047, segunda a sexta, das 8h s 18h, exceto feriados. Ao ligar, tenha em mos o nmero do protocolo de atendimento e o nmero do CPF.

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    Patrimed, est preparando novidades exclusivas para voc, servidor pblico.

    Esta uma soluo que s um especialista em planejamento fi nanceiro poderia oferecer.

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    AV. Getlio Vargas, 54 10 andar | Belo Horizonte MG

    (31) 3221-8250 | [email protected]

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    QUEREMOS SABER SUA OPINIO

    Parabns!

    @AMM_MG Bacana a iniciativa de trazer uma coluna com o Clvis de Barros Filho!!! Show!!!

    Prefeitura de Alagoa - @AlagoaMG

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    NOTCIAS DAS GERAIS . AGOSTO DE 2014

  • No ExiSTE voNTADE polTicA, por pArTE DoS govErNoS fEDErAl E ESTADUAl, DE Abrir mo DE rEcUrSoS pArA ATENDEr S NEcESSiDADES DoS mUNicpioS

    ENTREVISTA / DESONERAES

    Economista e gegrafo, franois E. J. bremaeker gestor do observatrio de informaes munici-pais e membro da rede de Dilogo do conselho de Desenvolvimento Econmico e Social da pre-sidncia da repblica. com grande conhecimento sobre a realidade dos municpios brasileiros, o especialista explica como a dependncia finan-ceira de recursos federais e estaduais impede o desenvolvimento e a autonomia das cidades.

    Entrevistado pela equipe da Notcias das gerais, franois fala das desoneraes tributrias que

    afetam a receita municipal.

    1- Sabemos que muitos munic-pios mineiros sofrem para equi-librar suas finanas. Qual a principal dificuldade encontrada por eles?

    A preocupao com relao ao equilbrio das finanas dos munic-pios geral entre os prefeitos de todo o Brasil. Existe uma grande dependncia financeira de recursos transferidos, seja daqueles previstos na Constituio, seja dos volunt-rios. Alm disso, existe uma forte desigualdade na repartio de recur-sos entre os entes federados, consi-derando-se as responsabilidades por eles assumidas. E mais: crescentes so os recursos municipais destina-dos ao custeio de servios, aes e programas estaduais e federais.

    2- A diviso do FPM ocorre de acordo com o porte demogr-fico dos municpios. Qual o im-

    pacto dessa diviso?As receitas oramentrias per ca-

    pita so mais elevadas para os muni-cpios de menor porte demogrfico (at 10 mil habitantes) e para os de maior porte demogrfico (acima de 200 mil habitantes). Por isso, as desi-gualdades entre os municpios criam condies para que os sintomas da crise financeira que teve incio em fins de 2008 se faam sentir com diferentes intensidades entre os municpios.

    As receitas de transferncias (constitucionais e voluntrias) re-presentam a principal fonte de re-cursos dos municpios mineiros, e elas dependem do desempenho da arrecadao dos governos federal e estadual.

    No caso do FPM flagrante a de-pendncia dos municpios de me-nor porte demogrfico. No caso de Minas Gerais, mais de 25% dos mu-

    nicpios tm no FPM mais da meta-de das suas receitas e 75% deles, mais de 40%. Em oposio, apenas para 1,4% dos municpios mineiros o FPM representa menos de 10% das suas receitas.

    3- A poltica econmica do atu-al governo e as desoneraes tributrias tm afetado direta-mente a arrecadao dos muni-cpios. Qual o impacto?

    Quando o governo federal con-cede desoneraes com o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) em favor da indstria automobilsti-ca, dos produtos da linha branca e dos materiais de construo e de outros setores da economia e, ao mesmo tempo, reduz alquotas do Imposto de Renda (IR) como forma de incentivar o consumo e dinamizar a economia, est diminuindo sua re-ceita e, por via de consequncia, re-

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    NOTCIAS DAS GERAIS . AGOSTO DE 2014 NOTCIAS DAS GERAIS . AGOSTO DE 20148

  • duzindo o valor do repasse do FPM aos municpios.

    Outra desonerao antiga aquela que permite a reduo do pagamen-to do Imposto de Renda das pessoas fsicas e jurdicas, com a deduo de despesas de sade, educao e ou-tras. J quando o governo federal promove a desonerao do ICMS sobre a exportao dos produtos primrios e semi-elaborados, preju-dica tanto os estados quanto os mu-nicpios, e o ressarcimento das per-das fica muito abaixo do que deveria. Quando o governo estadual conce-de benefcios fiscais com o ICMS ou pratica a chamada guerra fiscal, 25% dos recursos que deixam de ser arrecadados so retirados dos cofres municipais.

    E ainda existem grandes caixas pretas, tanto na esfera federal quanto na estadual, que so os re-cursos relacionados aos impostos que geram as transferncias do FPM, do ICMS e do IPVA, recebi-dos conta da dvida ativa, com multas e correes monetrias, que os municpios no conseguem saber se so ou no repassados.

    4- O que tem sido feito para di-minuir o impacto das desonera-es nos cofres municipais?

    Atendendo s reivindicaes das entidades municipalistas, o governo federal compensou parte das deso-neraes com a concesso de um Apoio Financeiro aos Munic-pios, no valor de R$ 3 bilhes, entregando metade em setembro de 2013 e a outra metade em abril de 2014. O valor ainda baixo em relao ao que deveria efetiva-mente ser repassado.

    Atualmente, existe um projeto de Emenda Constituio - PEC 31 - em tramitao no Congresso Nacional, de autoria do senador Acio Neves, no sentido de que todas as desone-

    raes efetuadas pelo governo fede-ral sejam imediatamente compen-sadas em favor dos municpios. Em verdade, essas desoneraes pare-cem contrariar o disposto na Lei de Responsabilidade Fiscal, que, ao ser concedida uma desonerao com um tributo, deve ser apresentada uma compensao com o mesmo ou com outro tributo.

    5- Alm das desoneraes, os municpios esto sofrendo com outros encargos que so cres-centes. Quais so esses encar-gos e como eles impactam as receitas municipais?

    A municipalizao da educao, incentivada atravs dos recursos do Fundo de Manuteno e Desenvol-vimento do Ensino Fundamental e de Valorizao do Magistrio (Fun-def) e, posteriormente, do Fundo de Manuteno e Desenvolvimento da Educao Bsica e de Valorizao dos Profissionais da Educao (Fun-deb), vem aumentando a responsa-bilidade dos municpios no setor e aumentando tambm suas despesas, o que culminou com a obrigao de pagamento do piso nacional dos

    professores. O recebimento de pr-dios para a instalao de creches re-presenta um nus adicional, pois os custos de funcionamento ficam por conta exclusiva dos municpios, e o ressarcimento atravs do Fundeb muito baixo.

    A municipalizao dos servios de sade, com a implementao do SUS, fez com que os municpios aplicassem no setor tanto ou mais do que vm gastando com a educao, alm de sofrerem com as inmeras demandas judiciais no custeio do atendimento de internaes em estabelecimen-tos privados e no fornecimento de medicamentos que no constam da lista de distribuio. Mais recente-mente, passaram a assumir um nus adicional com o pagamento do piso nacional dos agentes de sade e sua efetivao no quadro de servidores.

    Os gestores municipais tambm vm aumentando o efetivo das suas guardas municipais para cobrir as deficincias dos estados nas aes de segurana pblica e de controle do trnsito, recebendo em troca a possibilidade de aplicao de multas, para compensar os gastos com os respectivos efetivos. Na rea da ha-bitao, o fato de ser atendido pelo programa Minha Casa Minha Vida muitas vezes tem representado um grande nus para os municpios, que devem arcar com os custos de desa-propriaes, alm do fornecimento de toda a infraestrutura necessria. As dificuldades para terem proje-tos aprovados nas reas de sane-amento e transportes acabam por onerar as finanas municipais, que sofrem presso da populao por melhores servios.

    No caso do FPM

    flagrante a dependncia dos

    municpios de menor porte demogrfico

    Franois E.J. Bremaeker Economista

    Leia a entrevista completano portalamm.org.br

    NOTCIAS DAS GERAIS . AGOSTO DE 2014 NOTCIAS DAS GERAIS . AGOSTO DE 2014 9

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    Para combater as ligaes irregulares de gua e promover os benefcios do uso legal da infraestru-tura de abastecimento, a prefeitura de Uberlndia, por meio do Departamento Municipal de gua e Esgoto (Dmae), lanou a campanha gua Legal.

    A campanha, educativa, veiculada nas emissoras de televiso, rdios, jornais e revistas da cidade, convoca a populao a participar do projeto. As es-colas tambm receberam agentes para demonstrar como o combate s ligaes clandestinas e s frau-des nos hidrmetros podem diminuir para menos de 30% a perda de gua na distribuio.

    Para promover a fiscalizao, ser reforado o nmero de fiscais que orientaro a populao so-bre o uso consciente da gua. Na segunda fase, os agentes podero multar ou aplicar outras sanes.

    UbErlNDiA lANA A cAmpANhA gUA lEgAl

    ACONTECE POR MINAS

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    O municpio de Coronel Xavier Chaves, localizado na regio da Zona da Mata, reco-nhecido nacional e internacionalmente pelas suas esculturas em pedra. Em agosto, a cida-de promoveu o Festival Internacional de Es-cultura em Pedra, que chega a receber quase 30 mil visitantes. Na ltima edio, o evento atraiu turistas de vrias partes do mundo, que, alm de participarem de oficinas, pude-ram acompanhar o trabalho dos escultores.

    Este ano, artistas de Portugal, do Canad, da Itlia, do Equador e do Brasil lapidaram, em diversos tipos de pedras, as cenas da via-crcis, tema do festival. O evento promo-vido pela Associao dos Amigos do Acer-vo Cultural Geraldo Magela Rodrigues, com apoio da prefeitura municipal.

    fESTivAl iNTErNAcioNAl DE EScUlTUrAS movimENTA A ciDADE DE coroNEl xAviEr chAvES

    NOTCIAS DAS GERAIS . AGOSTO DE 2014 NOTCIAS DAS GERAIS . AGOSTO DE 201410

    Campanha educativa quer reduzir em 30% a perda de gua na distribuio

    Escultores criam obras com o tema via crucis

  • govErNADor vAlADArES iNcENTivA A ApicUlTUrA por mEio DA AgricUlTUrA fAmiliAr

    A Secretaria de Meio Ambiente, Agricultura e Abastecimento (SEMA) de Governador Valada-res est fornecendo colmeias para os pequenos produtores. Em uma iniciativa do Programa Col-meia Solidria, elas so retiradas da rea urbana da cidade e, aps vistoria, encaminhadas para o apirio municipal. Ali, depois de acondicionadas em caixas apropriadas, so destinadas agricul-tura familiar.

    Os produtores interessados na prtica da api-cultura passam por treinamento oferecido pela SEMA sobre empreendedorismo apcola e sobre o funcionamento da produo de derivados do mel. Com a consolidao do programa, a secre-taria pretende incentivar os apicultores a irem alm da produo e venda de produtos, fazendo eles mesmos o servio de retirada das colmeias das reas urbanas de Governador Valadares.

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    Prtica da apicultura uma nova forma de renda para os agricultores familiares

    gUArDA mUNicipAl DE SAbAr implANTA SErvio TElEfNico

    A Guarda Municipal de Sabar colocou dis-posio da populao um novo servio de aten-dimento 24 horas, acionado pelo telefone 153, nmero padro para todas as guardas municipais, destinado a ocorrncias relacionadas ao patrim-nio pblico e a incidentes no trnsito. Em caso de enchentes, desmoronamentos e deslizamentos, a atuao ser conjunta com a Defesa Civil.

    Outra novidade o lanamento da Bike Patru-lha, que trabalhar em conjunto com a Polcia Mi-litar. O servio ser implantado inicialmente com duas bicicletas, na regio central da cidade, com previso para os prximos meses sua expanso para os bairros.

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    Ampliao do trabalho da guarda municipal oferece mais segurana aos moradores de Sabar

    NOTCIAS DAS GERAIS . AGOSTO DE 2014 NOTCIAS DAS GERAIS . AGOSTO DE 2014 11

  • AMM NOTCIAS

    O presidente da Associao Mineira de Munic-pios, Antnio Carlos Andrada, acompanhado do cnsul de Portugal em Minas Gerais, Andr de Mello Bandeira e do presidente da Cmara Portuguesa de Comrcio no Brasil - MG, Fernando Meira R. Dias, esteve presente na reunio do Conselho Estadu-al de Desenvolvimento Regional e Poltica Urbana (Conedru). O motivo do encontro, realizado em agosto na Cidade Administrativa, foi apresentar a Casa do Municpio Brasileiro na Europa.

    Estiveram presentes ainda representantes de todos os segmentos da sociedade civil, que conheceram um pouco mais sobre a iniciativa. Antnio Andrada des-creveu a Casa como uma porta de entrada para pro-mover intercmbio cultural, cientfico, tecnolgico, universitrio, econmico e comercial para consolidar uma plataforma internacional de promoo comercial

    e cultural dos envolvidos. Ele destacou que o apoio do governo estadual imprescindvel para que seja possvel a instalao da Casa em um espao na cidade do Porto. Um dos pleitos o apoio financeiro para possibilitar o espao prprio, e para conseguirmos deslanchar o proje-to, que ser importante para a disseminao das culturas locais brasileiras, finalizou.

    Para o cnsul Andr de Mello Bandeira, Portugal tem uma tradio municipalista muito forte. Tnhamos municpios antes mesmo de termos um pas, reforou.

    A vice-presidente do Sindicato dos Arquitetos de Mi-nas Gerais (Sinarq), Maria Auxiliadora Valadares, aprovou a iniciativa da Casa. Esse espao contribuir economica-mente e culturalmente. Alm disso, a questo urbanstica em Portugal muito desenvolvida, e isso promover uma troca de experincias em gesto urbana que ser de ex-trema importncia, avaliou.

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    cASA Do mUNicpio brASilEiro NA EUropA AprESENTADA A rEprESENTANTES DA SociEDADE civil

    NOTCIAS DAS GERAIS . AGOSTO DE 2014 NOTCIAS DAS GERAIS . AGOSTO DE 201412

    Em encontro na Cidade Administrativa, o presidente da AMM apresentou a Casa do Municpio Brasileiro na Europa

  • Como resolver o problema dos lixes no pas e outras ques-tes importantes ligadas gesto pblica ambiental foram as-sunto do 1 Seminrio de Meio Ambiente, em Guaxup. A Asso-ciao dos Municpios da Microrregio Baixa Mogiana (AMOG) foi parceira da Fundao Educacional Guaxup (Unifeg) na re-alizao do evento, ocorrido em agosto. Durante trs dias os palestrantes buscaram conscientizar tanto a comunidade aca-dmica quanto a populao em geral sobre a necessidade de preservao do meio ambiente.

    Professores, tcnicos e diretores da Copasa, Emater, Fun-dao Estadual de Meio Ambiente e Secretaria de Estado de Desenvolvimento Rural e Poltica Urbana apresentaram planos municipais que podem solucionar os problemas ambientais cau-sados por resduos slidos e tambm o tratamento e preserva-o dos efluentes lquidos.

    O consultor do departamento de Meio Ambiente da AMM, Lic-nio Xavier, esteve no evento e reforou a iniciativa da AMOG. preciso que haja esse tipo conhecimento, para permitir construir polticas certas para reflorestamento, descartes de lixo, recicla-gem, e tudo o que compete ao bem estar da populao, destacou.

    SEmiNrio Em gUAxUp AprESENTA propoSTAS pArA A gESTo DoS rESDUoS SliDoS

    Concurso de Desenho e Redao da CGUA Controladoria-Geral da Unio (CGU) promove a 6 edio do Concurso de De-senho e Redao, com o tema Acesso Informao: Um direito de todos. Alunos do Ensino Fundamental e Mdio e institui-es da rede pblica ou privada podem encaminhar os trabalhos at o dia 26 de setembro. O objetivo do concurso esti-mular o exerccio da cidadania nos jovens. O concurso vai premiar estudantes, esco-las e professores. Informaes em www.portalzinho.cgu.gov.br

    Governarte 2014O Banco Interamericano de Desenvolvi-mento (BID) lanou a segunda edio do concurso Governarte: A Arte do Bom Governo, que premiar as melhores ini-ciativas que tenham ampliado o acesso de populaes vulnerveis a servios p-blicos pelo uso de meios digitais, como redes sociais, telefonia mvel, aplicati-vos na web e outras solues tecnolgi-cas. As propostas podero ser inscritas at 30 de setembro de 2014 no website www.iadb.org/gobernarte.

    Frum Nacional de Regulao de SaneamentoNo dia 16 de setembro ser realizado o Frum Nacional de Regulao do Sane-amento - Rumos da regulao no Brasil e propostas includas nos planos de governo dos principais candidatos. O evento, a ser realizado em So Paulo, ter a participao de especialistas de todo o pas que faro um balano da regulao do saneamento no Bra-sil. Informaes e inscries no site: hiria.com.br/agenda-de-eventos/regulacao-do-saneamento/index.html

    TomE NoTA!

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    AMM NOTCIAS

    NOTCIAS DAS GERAIS . AGOSTO DE 2014 NOTCIAS DAS GERAIS . AGOSTO DE 2014 13

    Guaxup promove evento para debater questes do meio ambiente

  • iNSTiTUTo Amm propE pArcEriA com profESSor clviS DE bArroS filho

    Com o objetivo de realizar uma parceria com o Instituto AMM, o superintendente Gustavo Nassif e professores do departamento acadmico da Faculdade Municipalista Mineira Fupac NL foram recebidos, no ms de agosto, em So Paulo, pelo professor livre-docente da Escola de Comunicaes e Artes da USP, Clvis de Barros Filho, e pela equipe do Espao tica. O encontro reflete a preocupao do Instituto em fir-mar parcerias de qualidade para o desenvolvimento de aes educacionais capazes de produzir transformaes efetivas na formulao e execuo de polticas pblicas.

    Depois de participar como palestrante do 31 Congresso Mineiro de Municpios, Clvis de Barros assina a coluna tica e Comunicao na revista mensal da AMM, Notcias das Gerais. De acordo com Nassif, est sendo negociada a possibilidade do professor se tornar colaborador nos cur-sos de qualificao e tambm na ps-graduao lato sensu a distncia, a serem ofertados pelo IAMM em 2015.

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    INSTITUTO AMM

    Superintendente do Instituto AMM, Gustavo Nassif, e o professor Clvis de Barros

    Uma parceria da Associao Mineira de Municpios, associa-es microrregionais e Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedese) promoveu, no ms de agosto, um encontro de capaci-tao dos servidores municipais para as polticas de Assistncia Social. O evento AMM em Ao apresentou o tema Fortale-cendo a Gesto do SUAS e Conselho Tutelar e atraiu vrios servidores dos municpios de Ponte Nova, Varginha e Itajub.

    Em Varginha, o encontro contou com a presena do secret-rio de Estado de Trabalho e Desenvolvimento Social, Eduardo Bernis, e da superintendente de Capacitao, Monitoramen-to, Controle e Avaliao de Polticas de Assistncia Social da Sedese, Isabela Vasconcelos Teixeira. necessrio estarmos prximos dos gestores municipais para que possamos, juntos, fortalecer a assistncia social em nosso Estado. Aproveitamos ao mximo essa capacitao, ressaltou o secretrio.

    A responsvel pelo Departamento de Assistncia Social da AMM, Mayra Camilo, destacou a importncia do contato com as microrregionais. Estarmos prximos dos municpios, conhe-cermos as suas diversas realidades extremamente relevante para o nosso trabalho, pois uma forma de estreitar relaes e trocar experincias. Isso favorece a qualificao dos gestores pblicos e faz com que Minas se torne, cada vez mais, referncia na defesa do municipalismo, afirmou.

    SErviDorES pArTicipAm DE cApAciTAo SobrE ASSiSTNciA SociAl

    O secretrio de Estado, Eduardo Bernis, na abertura do encontro em Varginha

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    NOTCIAS DAS GERAIS . AGOSTO DE 2014 NOTCIAS DAS GERAIS . AGOSTO DE 201414

  • Em agosto, o Instituto AMM de Ensino, Pesquisa e Extenso iniciou as aulas do curso de Direito na Faculdade Presidente Antnio Carlos de Nova Lima (Fupac-NL), a primeira faculdade municipalista do pas. O curso tem um pro-grama focado nas necessidades das instituies governamentais, setor que cresce no mercado e exige profissionais cada vez mais capacitados. Logo nas primeiras semanas, o novo projeto pedaggico recebeu elogios de pro-fessores e alunos da instituio, que saudaram a iniciativa do Instituto.

    Matriculado no segundo perodo, Dilson de Paula Corra um dos alunos que enalteceu a proposta. O curso espetacular, contamos com professores de altssima qualidade e, acima de tudo, prevalece o mtuo respeito, afirmou. A professora da instituio, Rose Gomes, pontuou que a iniciativa ir contri-buir para a formao de profissionais com um nvel acadmico de excelncia. Agora, concluda a fuso do Instituto AMM com a Fupac, temos a referncia de um novo conceito para o curso de Direito: Gesto Pblica. Isso possvel atravs de um projeto pedaggico que o diferencial para uma formao acadmica de qualidade, centrada na qualificao de profissionais autossufi-cientes e engajados com a vida pblica e social, destacou.

    O superintendente do Instituto AMM, Gustavo Nassif, ressalta a im-portncia desse novo vis educacional. O curso pretende desenvolver novas habilidades que so exigidas pelo mercado de trabalho, mas que normalmente no so oferecidas nos cursos tradicionais de Direito, diz. O Instituto AMM tambm ir lanar cursos a distncia, disponibilizados via internet, contemplando as reas de gesto municipal de sade, assistncia social e meio ambiente. A iniciativa visa alcanar os servidores dos 853 municpios mineiros e levar conhecimento tcnico de forma dinmica e interativa, buscando o aprimoramento da administrao municipal.

    Mais informaes sobre a Faculdade Municipalista e os cursos online: (31) 2125-2442 ou [email protected]

    O Instituto AMM tem buscado estreitar relaes com entidades de ensino de qua-lidade para atingir a excelncia. Em visita Associao Mineira de Municpios, o pro-fessor de direito administrativo da Facul-dade de Direito da Universidade de Coim-bra, em Portugal, Pedro Costa Gonalves, e o professor doutor Leonardo Ferraz participaram do programa Dilogo Aber-to, produzido pela AMMTV. A entrevista tratou da experincia luso-brasileira em questes relativas poltica e ao direito administrativo, alm de discusses sobre educao continuada.

    O programa abordou trs assuntos: tendncias do direito administrativo numa perspectiva luso-brasileira; a experincia portuguesa e o aprendizado brasileiro no que concerne s Parcerias Pblico Privadas (PPPs); e apontamentos acerca da educa-o no nvel de ps-graduao (educao continuada) em Portugal e no Brasil. A visita foi muito proveitosa e tambm ob-jetivou o estreitamento dos laos entre as instituies de ensino superior de Portu-gal e o Instituto AMM de Ensino, Pesqui-sa e Extenso, disse o superintendente do I-AMM, Gustavo Nassif. O Dilogos Abertos ir ao ar no portal do I-AMM e no canal da AMMTV no Youtube.

    fAcUlDADE mUNicipAliSTA iNiciA AUlAS Do cUrSo DE DirEiTo

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    MINSTITUTO AMM

    com projeto pedaggico voltado para a gesto pblica, alunos se preparam para responder aos desafios governamentais

    profESSor DA UNivErSiDADE DE coimbrA pArTicipA DE

    progrAmA DA AmmTv

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    Professor Pedro Costa no estdio da AMMTV

    Alunos da FAMM em primeiro dia de aula

    NOTCIAS DAS GERAIS . AGOSTO DE 2014 NOTCIAS DAS GERAIS . AGOSTO DE 2014 15

  • PLANEJAMENTO

    Prestao de serv io de pon-ta para os munic p ios . Em busca dessa excelnc ia , a Associao Mineira de Munic p ios (AMM) fechou parcer ia com a PwC Bras i l , uma das maiores empre-sas de consultor ia do mundo. A f ina l idade def in ir as estrat-g ias e os objet ivos que tragam resultados a inda mais e fet ivos para as reas em que a associa-o atua na defesa da causa mu-

    nic ipa l i s ta . Para isso, mudanas na gesto esto sendo efetua-das para apr imorar a inda mais a prestao de serv ios de qua l i -dade e a capac i tao tcnica de gestores pbl icos .

    A PwC Brasil vai fornecer co-nhecimento tcnico-gerencial e apoiar a estruturao das reas de prestao de servios da AMM. Ao iniciar o trabalho de pla-nejamento estratgico e ouvir

    as diversas reas que esto di-retamente l igadas s atividades da entidade, queremos ganhar maior solidez, convico e legi-timidade naquilo que est sendo desenhado e, ao mesmo tempo, buscar eficincia, define o pre-sidente da AMM e prefeito de Barbacena, Antnio Car los An-drada. Para e le , o p lanejamento de aes uma deciso geren-c ia l que se ope improvisa-

    Em prol da melhoria da gesto e da transformao social e

    econmica dos municpios, di-retoria da Amm assina parceria

    com a pwc brasil

    plANEJAmENTo ESTrATgico Em bUScA DA ExcElNciA

    coNSTrUiNDo A ciDADE QUE QUErEmoS TErA Amm apoia a construo da cidade do futuro para o desenvolvimento da gesto pblica integrada sociedade de forma colaborativa e transparente.

    SEgUrAEspaos pblicos seguros para serem desfrutados pela populao

    TrANSpArENTEInformaes (condutas de seus recursos hu-manos, normas, regu-lamentos e resultados) acessveis e disponveis para todos os cidados

    SUSTENTvElRecursos naturais de forma consciente e com as melhores prticas mundiais de re-ciclagem de recursos/resduos

    NOTCIAS DAS GERAIS . AGOSTO DE 2014 NOTCIAS DAS GERAIS . AGOSTO DE 201416

  • o e busca uma def in io para a lcanar melhores resultados .

    A inteno da AMM ser cada vez mais uma inst i tu io de referncia na defesa da causa munic ipa l i s ta e traba lhar para a melhor ia da gesto pbl ica , contr ibuindo para a formao socia l e econmica dos munic -p ios mineiros . E is como a supe-r intendente da AMM, Crist ina Mrc ia Mendona, def ine essa mudana de paradigma: Que-remos ident i f icar os pr inc ipa is desaf ios da ent idade nos prxi-mos anos e traar metas e p la-nos a serem cumpridos .

    Uma equipe da PwC Brasil vai auxil iar nesse processo, identi-f icando alternativas para solu-cionar os problemas que podem tornar a administrao muni-cipal cada vez mais capaz de transformar a realidade das ci-dades mineiras, trazendo tona a cidade do futuro, eficiente na administrao e no bem estar de seus cidados. Queremos apoiar a construo da cidade do futuro, com o desenvolvi-mento de uma gesto pblica integrada sociedade de forma colaborativa e transparente, explica Andrada.

    Trabalho em conjunto

    A consultoria prestada pela PwC Brasil tambm busca essa integra-o. Para isso, a nova identidade da AMM vem sendo construda em conjunto com todos os fun-cionrios da associao, por meio de reunies internas, em que so transmitidas orientaes sobre o processo, para que todos possam se alinhar e construir juntos a nova identidade, a includos viso, mis-so e valores da instituio.

    A reestruturao teve incio em agosto e ter durao de seis a oito semanas. Durante esse perodo, os consultores promovero encontros semanais com a equipe da associa-o, para acompanhar e contribuir para que a evoluo do processo se d de maneira natural. O controle do andamento vai ser muito prxi-mo. Acreditamos em um processo de mudana e de melhoria na gesto fazendo junto com as pessoas, es-clareceu o diretor de consultoria em gesto da PwC Brasil, Bruno Maciel.

    Ricardo Ribas fez uma apresentao para os funcionrios da AMM sobre a im-portncia do planejamento estratgico

    ricACaptao de investimentos e pro-moo de empregos, e tambm a otimizao de impostos de manei-ra justa, de forma a que a popu-lao possa perceber

    iNTEligENTEndices de Educao com padres internacionais e estmulo inovao

    SAUDvElAtendimento Bsico em Sade equacionado e integrado ao SUS, promovendo a sade e o bem estar dos cidados

    flUiDAMobilidade urbana alinhada s expec-tativas da populao e que acompanhe as tendncias mundiais

    NOTCIAS DAS GERAIS . AGOSTO DE 2014 NOTCIAS DAS GERAIS . AGOSTO DE 2014 17

  • Novos departamentos

    Entre as novidades est a cria-o de dois novos departamentos Melhoria da Administrao P-blica e Escritrio de Projetos que devem garantir aos gestores municipais a oportunidade de oti-mizar o servio e as contribuies s prefeituras. Esses novos ser-vios da AMM devem possibilitar um maior conhecimento e anlise dos melhores programas federais e estaduais a serem adotados por cada municpio, explica Antnio Andrada.

    Com os novos departamentos, a meta ser ganhar uma maior capilaridade e abertura, uma aproximao ainda maior com as microrregionais e outras instn-cias l igadas administrao mu-nicipal. Alm de oferecer so-luo tcnica, vamos construir, junto com as microrregionais e bancos de fomento, formas para homologar projetos para os mu-nicpios aderirem, af irma a su-perintendente, Cristina Mrcia.

    Traar metas para atingir resultados

    Estabelecer um planejamento es-tratgico com metas e objetivos bem definidos tem sido uma tendncia mundial. Antes voltada apenas ao universo das empresas privadas, a gesto por resultados tem chegado

    administrao pblica. Essa uma tendncia e podemos afirmar que a AMM est na vanguarda, refora o scio e lder do setor de Governo da Pwc, Ricardo Ribas.

    Definir metas gera orientao e a frmula mais eficiente para se atin-gir resultados, segundo Ribas: Defi-nir metas gera orientao, refern-cia. A importncia do processo est voltada para a produo de um re-sultado predefinido. Na medida em que se define essa meta, possvel referenciar as produes e deman-das em relao ao que se esperava previamente, garante ele.

    Segundo Ribas, no dia a dia das ad-ministraes municipais h uma srie de fatos que no necessariamente ge-ram impacto real para a sociedade. Es-tabelecer metas e estudar o ambiente torna possvel imaginar o efeito que se quer causar: Seguir fazendo os inves-timentos, mas com um direcionamen-to claro e com a possibilidade de ve-rificar, de tempos em tempos, se elas esto sendo cumpridas ou no, de for-ma a que se possa avaliar se o que foi feito est acima ou abaixo da meta.

    Compromisso com a capacitao

    O trabalho desenvolvido pela con-sultoria ir identificar uma srie de temas para capacitao. E ser nes-se momento que o Instituto AMM, como um brao educacional e de treinamento da associao, dever promover uma srie de cursos vol-tados para as questes identificadas. Esse diagnstico fortalece a essncia da AMM, que fomentar e alavancar o desenvolvimento dos municpios atravs da capacitao dos gestores pblicos e da prestao de servios de alta qualidade, proporcionando mais embasamento na administrao municipal, conclui o superinten-dente do IAMM, Gustavo Nassif.

    O consultor da PwC, Ricardo Ribas, o superintendente do Instituto AMM, Gustavo Nas-sif, Bruno Maciel, da PwC e a superintendente da AMM, Cristina Mrcia Mendona

    Ao iniciar o trabalho de planejamento

    estratgico queremos ganhar maior

    solidez, convico e legitimidade

    Antnio Carlos AndradaPresidente da AMM

    PLANEJAMENTO

    INSCRIESwww.portalamm.org.br

    NOVOS CURSOS

    Curso de Gesto em Proteo e Defesa Civil - Md-I

    24 e 25 de Setembro

    Curso de PortugusElaborao de textos ociais29 e 30 de Setembro

    Local: Sede da AMMAv. Raja Gabaglia, 385, Cidade JardimBelo Horizonte -MG

    Gesto

    se faz com

    NOTCIAS DAS GERAIS . AGOSTO DE 201418

  • INSCRIESwww.portalamm.org.br

    NOVOS CURSOS

    Curso de Gesto em Proteo e Defesa Civil - Md-I

    24 e 25 de Setembro

    Curso de PortugusElaborao de textos ociais29 e 30 de Setembro

    Local: Sede da AMMAv. Raja Gabaglia, 385, Cidade JardimBelo Horizonte -MG

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    NOTCIAS DAS GERAIS . AGOSTO DE 2014

  • Servidores municipais participaram de capacitao com foco na gesto de custos na Sade, licitaes e contratos e Nova contabilidade

    O ms de agosto foi marcado por uma intensa movimentao de servido-res pblicos na sede da AMM. Isso por-que os cursos oferecidos pelo Centro de Qualificao para a Gesto Pblica (CQGP) passaram a ser ministrados no espao multiuso da entidade, que chega a receber at 50 inscritos por evento. A iniciativa tem como objetivo oferecer melhor capacitao e uso de recursos, alm de ampliar o atendimento aos mu-nicpios mineiros, que encontram na Casa uma oportunidade de auxlio tcni-co e consultoria, a partir do trabalho dos 10 departamentos da AMM.

    Frequente nas atividades, o funcio-nrio do Departamento de Compras e pregoeiro do municpio de Baepen-di, Luz Carlos de Assis da Silva, ficou satisfeito com a mudana e elogiou a dinmica dos encontros: Acredito

    que a didtica oferecida pelos profes-sores ajuda muito na compreenso dos problemas que acontecem nos municpios. E de uma forma que a gente consegue compreender e apli-car. Isso atrai o aluno para as aes do Instituto AMM, sempre atual nas suas capacitaes, parabenizou.

    Sade

    Na primeira semana do ms, os ser-vidores participaram de uma capacitao indita, com foco na Gesto dos Cus-tos nos Servios de Sade. O curso teve como objetivo esclarecer sobre a execuo do planejamento dos custos em sade e trabalhar com os participan-tes formas de construo dos Centros de Custos em suas unidades de atuao.

    A secretria de Sade de Pompu,

    Danielle Ferreira, e o vereador do muni-cpio de So Loureno, Ricardo de Mattos, participaram do encontro e afirmaram que o estudo da temtica permitiu a criao de planos de aes mais concretos para as respectivas cidades. O financiamento da sade hoje est muito complicado. O mu-nicpio tem que gerenciar, na maioria das vezes, com recurso prprio e garantir que todos os servios funcionem. Pensar so-bre os custos melhora a eficincia da nossa gesto, alegou a secretria.

    A especialista em Gesto de Sistemas e Servios de Sade, Marileni Martins, minis-trou a capacitao e reforou a importn-cia dessa abordagem para as organizaes, explicando que preciso pensar no custo do servio de sade, antes de disponibili-z-lo. A receita dos municpios sempre pequena e a demanda de servios, cada vez maior. Se os gestores no pensarem nos custos, vo sofrer com os impactos e em seguida tentar desistir dos servios, o que inevitvel.

    Administrao

    A fim de contribuir com o trabalho de compras governamentais no Estado e mi-nimizar os impactos negativos na rea de licitaes, o Instituto AMM ofereceu ca-pacitao sobre processos de Licitaes e Contratos Administrativos. Ministrado pela advogada e consultora jurdica, Priscila Viana, o curso levou aos participantes in-formaes sobre a legislao pertinente e a documentao exigida nas contrataes pblicas, bem como sobre a correta ope-racionalizao do procedimento licitatrio.

    EficiNciA NA gESTo pblicA pAUTA SriE DE cUrSoSofErEciDoS pElo iNSTiTUTo Amm

    Nova Contabilidade atraiu vrios servidores, j que o prazo para adequao das normas ser no fim de 2014

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    QUALIFICAO

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  • Segundo a consultora, todas as atividades realizadas nos munic-pios passam pelo processo de licitao e, portanto, os servidores precisam estar preparados para uma gesto de compras mais efi-ciente. A inteno do curso mostrar que a licitao no um processo burocrtico; ao contrrio, foi criada para trazer eficincia na administrao pblica e a obteno de propostas mais vantajosas, econmicas e tambm de qualidade, pontuou.

    O secretrio de Administrao, Fazenda e RH do municpio de Jana-ba, Jos Maria da Silva, participou do evento e afirma que a abordagem do tema favorece a tomada de novas decises e possveis reajustes na gesto licitatria na cidade. Queremos melhorar nossa Comisso, por isso o curso est ajudando muito, revelou.

    Contabilidade

    Tcnicos das reas de planejamento, informtica, contabilidade, tributao, patrimnio, almoxarifado e controle interno de vrios municpios mineiros participaram de uma nova turma da Contabi-lidade Aplicada ao Setor Pblico. O curso foi oferecido em julho, porm, como o nmero de inscritos superou as expectativas, o Ins-tituto AMM resolveu abrir turma extra. A iniciativa beneficiou um leque maior de profissionais e colaborou para que o prazo de ado-o das normas internacionais de contabilidade no pas, estipulado para o fim de 2014, possa ser cumprido pela administrao pblica.

    Acesse todos os cursos do Centro de Qualificao para Gesto Pblica: portalamm.org.br

    Servidores do municpio de Minas Novas participam do curso de Nova Contabilidade

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    Gesto dos Servios dos Custos da Sade S tenho a elogiar pelo conhecimento ad-quirido e pelo esclarecimento de dvidas nesse curso.Waldinei Alves Ferreira So Loureno

    Licitaes e Contratos Administra-tivosGostei muito do curso, foi de grande im-portncia para meu aprendizado. Vai con-tribuir muito para o meu trabalho dirio.Slvia Rosa Martins de Moraes - Muzambinho

    Contabilidade Aplicada ao Setor PblicoSobre a Ps-Graduao em Contabilidade Pblica, fico feliz em saber que a AMM est preparando esse projeto. Peo que pensem nas pessoas que moram nas cidades mais distantes e que tentem oferecer o curso quinzenalmente.Cludio de Oliveira Paiva - Caratinga

    opiNio DE QUEm fEZ

    24 e 25 de setembroCurso de Gesto em Proteoe Defesa Civil (mdulo I)Palestrante: Capito Sandro Heleno Gomes

    29 e 30 de setembroCurso de Portugus - elaborao de textos oficiais (mdulo I) Palestrante: lcio Moreiro

    1 e 2 de outubroSindicncia e Processo Administrativo DisciplinarPalestrante: Suzana Diniz

    prximoS cUrSoS

    NOTCIAS DAS GERAIS . AGOSTO DE 2014 NOTCIAS DAS GERAIS . AGOSTO DE 2014 21

  • REPORTAGEM DE CAPA

    DESoNErAES TribUTriAS AgriDEm

    A AUToNomiAmUNicipAl

    poltica econmica criada pelo governo federal impacta diretamente o fpm e os cofres municipais. Nos ltimos anos, municpios deixaram de receber

    r$ 7 bilhes

    Nos ltimos anos, as estratgias econmicas do governo federal tm causado um estrangu-lamento oramentrio nos municpios brasi-leiros. Como parte da poltica para acelerar a economia, o governo promoveu desoneraes tributrias, principalmente do Imposto sobre Produtos industrializados (IPI), o que impactou diretamente os cofres municipais, uma vez que o imposto o responsvel por mais de 15% do total distribudo para o Fundo de Participao dos Municpios (FPM).

    Diante dos fatos, os dirigentes da Associa-o Mineira de Municpios (AMM) so enfticos ao afirmar que, enquanto o governo beneficia e favorece a economia nacional, os prefeitos sofrem para atender a todas as demandas e manter um servio de qualidade para a popu-lao. Um levantamento feito pela AMM, com informaes do Tesouro Nacional, mostra que 45,5% da receita oramentria dos entes fede-rados com populao de at 20 mil habitantes so provenientes do FPM. Em Minas Gerais, a situao dos municpios com esse perfil ainda mais grave: no total, 634 cidades fazem parte desse grupo, ou seja, cerca de 70%.

    NOTCIAS DAS GERAIS . AGOSTO DE 2014 NOTCIAS DAS GERAIS . AGOSTO DE 201422

  • Para o scio-consultor do Institu-to Aquila - empresa de consultoria com experincia em gesto muni-cipal -, Leonardo Rischele, os dados do Tesouro Nacional mostram ainda que o FPM no vem acompanhando a inflao e que o aumento do salrio mnimo tem provocado um desequi-lbrio nas contas pblicas municipais. De acordo com dados levantados pelo instituto, em 2012 o FPM cres-ceu 1,4% da receita total, enquanto o salrio mnimo cresceu 7,8%, relata Rischele. O consultor refora ainda que desoneraes impactam, e muito, o Estado de Minas Gerais. Os dados colocam Minas, Piau, Paraba e To-cantins como os Estados com munic-pios que mais dependem das transfe-rncias federais, explica.

    Para o presidente da AMM e pre-feito de Barbacena, Antnio Carlos Andrada, a situao tem piorado nos ltimos anos, j que as constantes redues nos repasses das cotas do FPM aos municpios no so com-pensadas devidamente. A prpria retrao econmica que paira sobre o pas reflete, de forma geral, na ar-recadao, enfatiza.

    Desoneraes tributrias

    A diminuio relativa do FPM, que vem ocorrendo h algum tempo, est diretamente ligada arrecadao de im-postos e contribuies administrados pela Receita Federal. O Fundo forma-do pelo Imposto sobre produtos Indus-trializados (IPI) e Imposto de Renda (IR). Um levantamento do Departamento de Economia da AMM mostra que, no ano de 1989, embora o FPM recebesse to somente 20,5% da arrecadao do IPI e do IR, ele respondia por 15% da receita administrada pela Secretaria da Receita Federal. J em 2012, dos 23,5% do montante arrecadado, o Fundo res-pondeu por apenas 10%. fato que os

    impostos mencionados, que respondiam por 72,7% do total, agora sequer somam 44%, afirma a consultora tcnica do Departamento de Economia da AMM, Anglica Ferreti.

    A consultora refora que as medidas econmicas de desoneraes tribut-rias de impostos compartilhados, entre elas a do IPI, do IR e da Contribuio de Interveno do Domnio Econmico (Cide), so as que mais afetam o ora-mento municipal. No geral, as perdas referentes s desoneraes de 2012-2013 totalizaram R$ 7.688 bilhes para os mais de 5.570 municpios brasileiros. As prefeituras de Minas Gerais deixaram de receber R$ 1.049 bilho, afirma.

    Anglica refora ainda que ao ado-tar as medidas de desoneraes fis-cais, o governo federal penaliza eco-nomicamente a administrao pblica e, ao deixar de repassar a cota-parte das transferncias constitucionais que foram renunciadas por imposio uni-lateral, fere o princpio da autonomia municipal de gerir, administrar e exe-cutar suas polticas. Tal medida expe o gestor municipal s sanes da Lei de Responsabilidade Fiscal, afirma.

    Para a superintende da AMM, Cris-

    tina Mrcia Mendona, a debilidade das finanas das prefeituras brasileiras, que j era grande antes da crise econmica de 2008, piorou ainda mais depois das medidas de desoneraes tributrias. Mesmo com a medida paliativa - Apoio Financeiro aos Municpios (AFM) - que o governo disponibilizou em 2009, os municpios ainda vivem uma situao complicada. Diante da situao, en-tendemos que preciso criar medidas para amenizar os efeitos e as distores causadas pela poltica de desoneraes fiscais do governo federal, refora.

    Compensao para os municpios

    A reivindicao dos municpios, en-dossada pela AMM, a compensao e a reposio das perdas por desone-raes do IPI e o aumento do FPM. Atualmente, tramitam no Congresso Nacional duas Propostas de Emen-da Constituio - PEC 31 e PEC 39 (veja no box). Recentemente, a PEC 39/2013, de autoria da senadora Ana Amlia, foi votada e aprovada no Se-nado. Porm, o que foi aprovado , na verdade, um substitutivo, que prev

    Consultora da AMM, Anglica Ferreti, explica sobre as desoneraes

    NOTCIAS DAS GERAIS . AGOSTO DE 2014 NOTCIAS DAS GERAIS . AGOSTO DE 2014 23

  • REPORTAGEM DE CAPA

    um aumento de 1% do FPM, dividido em duas partes: 0,5% para 2015, e 0,5% para 2016. Para os gestores mu-nicipais, o aumento de 1% no a so-luo para os problemas que precisam ser administrados pelas prefeituras.

    Para o presidente da AMM, os muni-cpios brasileiros esto h anos tentando equilibrar as finanas, mas acabam sendo impactados diretamente por aes exter-nas. Enfim, os municpios esto vivencian-do a maior crise financeira da histria fe-derativa brasileira. As consequncias disso para a populao so a queda na qualidade dos servios ofertados e a diminuio de servios e obras, com cortes inevitveis e demisso de servidores, conclui.

    Os gestores municipais frente das prefeituras que so dependentes do FPM confirmam a situao. O prefeito de Marmelpolis, Antnio Carlos Lacer-

    da, refora que todos os municpios es-tavam esperando os 2% de aumento do FPM, mas o aumento de 0,5% para 2015 e 0,5% para 2016 dificulta ainda mais a situao financeira da minha cidade. Para o prefeito de Simo Pereira, Kelsen de Oliveira Valle, o aumento de 1% no resolve a situao e agrava a sade fi-nanceira do municpio. A AMM precisa continuar a mobilizar os prefeitos para reivindicarem o aumento, pois ns, que dependemos do Fundo, estamos passan-do por necessidades, afirma.

    AMM busca solues

    Diante do cenrio alarmante, a AMM busca solues para tentar remediar o problema. Entre iniciativas importantes esto a mobilizao poltica dos prefeitos, como a promoo do Dia do Basta, a par-

    ticipao ativa na Marcha dos Prefeitos a Braslia e outros movimentos de presso junto ao governo federal e Congresso Nacional. A AMM agora se mobiliza para uma nova proposta. J estamos levantan-do, junto aos prefeitos, informaes para o ajuizamento de ao que visa a recupe-rao das perdas do FPM decorrentes das sucessivas prticas do governo federal, em consequncia das desoneraes de impos-tos, afirma Antnio Andrada.

    Para participar, o gestor municipal precisa preencher procurao enviada pela AMM s prefeituras e devolv-la, devidamente assinada, junto com cpia do diploma e de documento de iden-tidade do prefeito, via correio, para o endereo da sede da AMM - Av. Raja Gabglia, 385 - Cidade Jardim - Cep: 30.380-103 -, aos cuidados do Depar-tamento Jurdico.

    A partir de setembro/2014, devido a repactuao com a parceira Vox Solues Tecnolgicas, o Dirio Online apresentar um novo contrato de adeso, totalmente descomplicado .

    Mais informaes: (31) 2125-2415

    O Dirio Ocial dosmunicpios mineiros

    EFICINCIA NA GESTO PBLICAA Associao Mineira de Municpios - AMM-MG coloca a disposio dos seus filiados uma soluo prtica e econmica para as publicaes legais do seu municpio:

    Uma moderna ferramenta que atende todas as exigncias legais para publicao de atos do governo municipal.

    Publique tudo o que manda a lei, sem limite de pginas, por um valor fixo e baixo.

    O Dirio Oficial Online significa uma reduo drstica nas despesas da sua administrao. Ele ir diminuir seus gastos com publicao de todos os atos administrativos, de licitaes e contratos, relatrios, normas e editais.

    Promova a modernizao administrativa do seu municpio. O cadastramento das matrias feito diretamente pelos municpios, com total autonomia e com mais agilidade no processo.

    Os municpios que aderirem recebero treinamento gratuitamente e podero contar com o suporte tcnico por telefone a qualquer momento.

    Dirio Oficial Online segurana, economia e legalidade. Diversos municpios de outros estados j adotaram esta soluo e tiveram parecer favorvel do Tribunal de Contas.

    Somos 853. Somos Minas.E, juntos, somos muito mais.

    InFormE-SE!

    Propostas de Emendas Constitucionais:

    - PEC 39/2013 previa um aumento de 2% do FPM. Em agosto, o Senado aprovou um substitutivo que prev aumento de apenas 1%, que ser dividido em duas partes: 0,5% em 2015 e 0,5% em 2016. A pauta

    est pronta para votao no Plenrio da Cmara dos Deputados.

    - PEC 31/2011 voltada para a reposio das perdas por desoneraes do IPI. A proposta ainda est em tramitao no Congresso Nacional, aguardando aprovao das Casas.

    o quE So dESonErAES trIButrIAS?

    As desoneraes fiscais so medidas utilizadas pelo governo federal, de reduo de impostos, com o objetivo de incentivar o consumo e amenizar o custo da produo industrial. Essas medidas foram estabelecidas e implementadas por meio de impostos compartilhados entre os entes da federao, que so: Imposto de Renda, IPI e contribuio de interveno de domnio econmico - Cide combustvel.

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    NOTCIAS DAS GERAIS . AGOSTO DE 2014

  • Um dos maiores desafios do ges-tor pblico municipal realizar uma boa gesto do Valor Adicionado Fiscal VAF. O VAF consiste no va-lor econmico-financeiro apurado a partir das operaes com produ-tos que constituem fato gerador do ICMS. um indicador econmico-contbil utilizado pelo Estado para calcular o repasse, aos municpios, de receita do ICMS e do IPI nas ope-raes de exportao. Ele espelha o movimento econmico municipal e, consequentemente, o potencial que o municpio tem para gerar receitas pblicas. Portanto, em virtude da complexidade do trabalho, neces-sria uma boa equipe tcnica, com conhecimento profundo do assunto, a includas informaes sobre os contribuintes do ICMS no municpio, bem como ferramentas tecnolgicas para o fisco municipal e capacitao contnua do quadro efetivo de car-reira tributria.

    Conforme previsto na Consti-tuio Federal de 1988, os Estados devem repassar aos municpios 25% da receita arrecadada com o ICMS e 25% da parcela do IPI transferida pela Unio aos Estados, proporcio-nalmente ao valor das respectivas exportaes de produtos industria-lizados. O critrio de repasse o n-dice consolidado regulamentado na Lei 18.030/2009: dos 25% do ICMS,

    75% so distribudos pelo critrio do VAF, que calculado pela Secreta-ria de Estado da Fazenda e divulgado pela Fundao Joo Pinheiro, com base nas informaes dos contri-buintes e no movimento econmico do municpio.

    De acordo com a assessora das reas tcnicas da AMM, Vivian Bel-lezzia, o VAF uma fonte de receita que faz diferena no repasse do ICMS municipal, porm, a administrao precisa se organizar internamente para o processo, j que as dvidas so constantes. Quanto mais alto for o ndice de um municpio, maior ser o valor a receber e maior a dis-ponibilidade de recursos para inves-

    timentos pblicos que melhoram as condies de vida dos moradores da cidade, afirma.

    So do conhecimento da adminis-trao municipal o Decreto Estadu-al 38.714/97, art 5, e a Resoluo 4.306/2011, art. 21, que dispem sobre a indicao, at o dia 31 de maio de cada exerccio, de um re-presentante para o acompanhamen-to da coleta, anlise de informaes recebidas e apurao de dados, bem como pela adoo, quando necess-rio, de providncias junto aos con-tribuintes, visando coleta de in-formaes. Para a responsvel pela apurao do VAF de Uberlndia, Sara de Albuquerque, as prefeitu-

    Equipe tcnica da AMM visita Ouro Preto para conhecer a gesto do VAF realizada pelo municpio

    falta de equipe qualificada, pouco conhecimento sobre os contribuintes e complexidade do processo so as principais dificuldades dos municpios

    mUNicpioS prEciSAm SE cApAciTAr pArA UmA mElhor gESTo Do vAlor ADicioNADo fiScAl - vAf

    BOAS PRTICAS

    NOTCIAS DAS GERAIS . AGOSTO DE 2014 NOTCIAS DAS GERAIS . AGOSTO DE 201426

  • ras devem se reestruturar para fazer um melhor gerenciamento do ndice, com a abertura de vagas para servi-dores efetivos e fiscais de tributos, capacitados em operaes sujeitas ao ICMS, bem como em direito financei-ro e comercial, a fim de identificarem as diversas situaes de composio dos valores para apurao. Existem geradores de relatrios que nos per-mitem identificar situaes de erro por varredura, mas fundamental conhecer bem a atividade econmica de seu municpio, principalmente dos seus principais contribuintes, explica Sara, e completa: Cabe ao auditor fiscal solicitar todas as informaes pertinentes apurao do movimento econmico, seja ao contribuinte ou ao contabilista.

    Investimento em capacitao

    Diante de um cenrio de melhor arrecadao tributria, desde 2013 a Prefeitura Municipal de Ouro Preto utiliza os servidores do qua-dro efetivo da carreira tributria como gestores do VAF, com o ob-

    jetivo de fazer a anlise dos dados e a tomada de decises. Os servido-res passaram por capacitaes para gerir o processo, principalmente dos setores que so os mais impor-tantes economicamente para a ci-dade: minerao e servios ligados cadeia industrial minerria.

    De acordo com o auditor fiscal e gerente da receita municipal de Ouro Preto, Rafael Mendes Tei-xeira, anteriormente a gesto era conduzida pelas consultorias que, apesar do conhecimento tcnico, no possuam informao de toda a economia local, e, por atenderem vrios municpios, no conseguiam tambm estender o alcance dos tra-balhos de auditoria. Nossa equipe conta com oito auditores e foi for-mada atravs de remanejamento de atividades do cargo, de forma a possibilitar a conciliao com as demais auditorias, principalmente as da rea de ISSQN (Imposto so-bre servios de qualquer natureza), alm da diviso do quadro de audi-tores por segmento ou relevncia econmica de cada contribuinte, afirma Rafael.

    Estado

    Para o coordenador da diviso de assuntos municipais da secretaria de Estado da Fazenda de Minas Gerais (SEF/MG), Luiz Antnio Soares, a maior dificuldade de grande parte dos municpios a falta de pessoal espe-cializado na apurao do VAF, visto que a legislao que trata do assunto complexa. Existe a necessidade de permanente atualizao, para que se possa analisar, adequadamente, as declaraes (Damef - Declarao Anual do Movimento Econmico e Fiscal) recebidas atravs de arquivos enviados pela SEF/MG e solicitar aos contribuintes a retificao daquelas que apresentarem erros, alm de efetuar a cobrana dos contribuintes omissos da declarao, refora.

    Para Soares, outro fator relevante a falta de uma poltica municipal de investimento contnuo no servidor, de forma a torn-lo um especialista e conhecedor do universo dos contri-buintes do municpio, capaz de iden-tificar o potencial de cada empresa quanto ao VAF, inclusive com pleno conhecimento da cadeia produtiva (origem dos insumos) e do destino da produo.

    A Associao Mineira de Municpios alerta que o Estado de Minas Gerais, por meio da Secretaria da Fazenda, prev uma medida punitiva quando o contribuinte do ICMS deixa de entre-gar a Damef/VAF. A medida, prevista pelo regulamento do ICMS uma mul-ta de 500 Ufemg (R$ 1.319,10) para a infrao. De acordo com Luiz Antnio, apesar da multa, o governo entende que a previso de tal penalidade no suficiente para garantir o cumprimen-to da obrigao pelos contribuintes, sendo de fundamental importncia que o municpio desenvolva um trabalho de acompanhamento e cobrana dos contribuintes omissos da declarao.

    Boa gesto dos VAF aumenta arrecadao municipal

    BOAS PRTICAS

    NOTCIAS DAS GERAIS . AGOSTO DE 2014 NOTCIAS DAS GERAIS . AGOSTO DE 2014 27

  • A Associao Mineira de Municpios parceira do Prmio Mineiro de Inovao. A iniciativa da Cmara talo-Brasileira de Comrcio, Indstria e Artesanato de Mi-nas Gerais, com apoio do Governo de Mi-nas e a Federao das Indstrias de Minas Gerais (Fiemg) vai reconhecer trabalhos e projetos que contribuam efetivamente para o avano do conhecimento no Estado. O prmio tem objetivo de contribuir para o crescimento das ideias inovadoras em Mi-nas e est com inscries abertas at o dia 15 de outubro.

    A Associao Mineira de Municpios apoia a iniciativa e vai contribuir para a divulgao do prmio junto aos gestores e servidores municipais. Para o presidente da AMM e pre-feito de Barbacena, Antnio Carlos Andrada, a entidade tem o compromisso de orientar e informar seus associados. Os idealizadores do prmio querem que o projeto v alm da capital e chegue a todos os municpios, fomen-tando projetos que possam contribuir para o

    desenvolvimento do Estado, afirma. Para o secretrio de Estado de Trabalho e

    Desenvolvimento Social, Eduardo Bernis, importante difundir o conceito de inovao no sentido de ousar e acrescentar ganhos para Minas e para o setor pblico. O pr-mio tambm aposta na disseminao de ideias que sejam aplicveis e possam agre-gar valor ao produto mineiro.

    Para o diretor de Cincia, Tecnologia e Inovao da Fapemig, o professor Eval-do Ferreira Vilela, o prmio um agente catalisador e divulgador de aes que pro-piciem melhorias na qualidade de vida da populao. Aps a premiao a proposta dos realizadores concretizar os projetos. Queremos reunir os melhores trabalhos e fazer a aproximao dos melhores projetos com as empresas, com a indstria, visando a transformao delas em solues. Tirar das prateleiras e levar para a prtica. Um dos focos, por exemplo, ajudar as cidades, prefeituras, gesto pblica com produtos

    e programas inovadores, bons e de baixo custo, fceis de usar, refora o professor.

    Regulamento A participao aberta s pessoas fsicas,

    pesquisadores e estudantes; universidades; escolas e centros educacionais; empresas e instituies pblicas ou privadas; startups e spin offs; sendo a principal exigncia a com-provao do trabalho/projeto por meio de patente, pedido ou registro do prottipo do-cumentado. So trs modalidades: processo, produto e intangvel. Tambm ser concedida meno honrosa a um trabalho desenvolvido na rea da Educao. Os vencedores de cada modalidade e da meno honrosa recebero 20 mil reais em dinheiro.

    Evaldo Vilela, explica que na Meno Honrosa espera-se projetos inovadores e impactantes na qualidade do fazer a Edu-cao em Minas Gerais. A melhoria da Educao passa necessariamente por novos processos educacionais, novas tecnologias, novas mdias e a entra o Prmio na busca destas novas contribuies, destacou.

    O Prmio Mineiro de Inovao conta ainda com o apoio da Fundao de Ampa-ro Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig), do Sistema Mineiro de Inovao (Simi), do Servio Brasileiro de Apoio s Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE), do Grupo Dirigente FIAT e da Unio Brasi-leira para a Qualidade (UBQ).

    O edital, regulamento e outras informa-es podem ser encontrados no site pre-miomineiroinovacao.com.br. A cerimnia de entrega do Prmio Mineiro de Inovao ser realizada em maro de 2015.

    INOVAO

    iniciativa da cmara talo-brasileira visa o avano do conhecimento em todo o Estado. As inscries esto abertas at 15 de outubro

    prmio miNEiro DE iNovAo prETENDE AbrANgEr ToDoS oS mUNicpioS miNEiroS

    Diretoria da AMM recebe os organizadores do Prmio

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  • agen

    de-s

    e

    Frum Tcnicodos municpios mineiros

    Gesto einovao

    11 a 13 de novembro | Belo Horizonte

    Realizao:

    Fim dos lixes

    Lei Complementar 140/11 descentralizao do licenciamento ambiental

    MEIO AMBIENTE

    Execuo Financeira do Fundo Municipal de Sade

    Oramento e qualidade do gasto em sade

    SADE

    Como gerir e scalizar contratos administrativos

    JURDICO

    Trabalho com Famlias: desaos e possibilidades da teoria a prtica

    ASSITNCIA SOCIAL

    Introduo sobre Rotulagem de produtos de origem animal para agentes da vigilncia Sanitria

    DESENVOLVIMENTOECONMICO

    11/09

    Um eventoque abrange as principais reas da gestaopblica.

    Conra alguns temas abordados no primeiro dia:

    Para saber os demais temas que estar presentes nesse evento acesse www.portalamm.org.br

    ao

    NOTCIAS DAS GERAIS . AGOSTO DE 2014

  • Atualmente, o Estado de Minas Gerais possui cerca de 270 mil quilmetros de rodovias no as-faltadas, que esto sob a respon-sabilidade dos municpios. Alm das condies precrias em que se encontram, as vias podem ter seu estado agravado pelas chuvas, eroso do solo e circulao de veculos pesados. Tudo isso com-promete o escoamento da safra, o transporte local e at mesmo o acesso da populao aos ser-vios bsicos de sade e educa-o. Jovens das zonas rurais, por exemplo, podem ser obrigados a enfrentar quilmetros de cho para ter acesso a um ensino de qualidade.

    Alm da extrema importncia econmica, as chamadas estradas vicinais tm clara relevncia social e ambiental. Porm, asfaltar as vias de terra representa um cus-to altssimo para as prefeituras. Segundo dados do Departamento de Meio Ambiente da Associao Mineira de Municpios (AMM), o gasto mdio por quilmetro line-ar asfaltado pode chegar a R$ 1 milho. um valor muito alto; grande parte dos 853 municpios de Minas no tm receita suficien-te para isso, afirma o consultor tcnico da entidade, Licnio Xa-vier. Conforme aponta, em uma

    viso realista no h como os ges-tores pblicos deixarem de inves-tir em prioridades como sade, educao e segurana para inves-tirem em estradas vicinais.

    Alternativa

    Na regio da Zona da Mata, o municpio de Divinsia tenta re-verter a situao de precariedade das estradas. A cidade se destaca pela comercializao de eucalipto e leite; por isso, precisa das rodo-vias em boas condies de trafe-gabilidade, para manter aquecida

    a economia local. Para amenizar a situao e minimizar os impac-tos negativos, a prefeitura elen-cou cinco metas prioritrias para a gesto 2013/2014, dentre elas a melhoria das estradas vicinais. At o momento, para se ter uma ideia, o municpio trabalhou com a colocao de cascalho em 60 quilmetros de cho de terra. A meta, estipulada para o fim deste ano, preencher 100 quilme-tros.

    O prefeito local, Antnio Ge-raldo Alves, explica que, para alcanar esse resultado, o muni-

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    Com poucos recursos, municpios ainda precisam buscar solues para manter as estradas vicinais em bom estado

    falta de manuteno das estradas vicinais do Estado compromete meio ambiente e economia dos municpios. Sem recursos, prefeituras continuam tapando buracos e limpando a poeira deixada para trs

    hAviA UmA pEDrA E mUiTA TErrA No mEio Do cAmiNho

    ESTRADAS

    NOTCIAS DAS GERAIS . AGOSTO DE 2014 NOTCIAS DAS GERAIS . AGOSTO DE 201430

  • cpio realiza um trabalho de aber-tura, melhoria, colocao de cas-calho e construo de pontes nas vias, em parceria com o Estado. O municpio tambm atua com a construo de bueiros, barragens e desvio da gua, sobretudo das chuvas. O que recolhido vai pa-rar num tanque seco, depois uti-lizado em aes que favoream o meio ambiente. Se fizermos uma pesquisa no meio rural, a condi-o das estradas a prioridade nmero um. Sensveis a essa ques-to, implantamos o programa de melhoramento da malha rodovi-ria municipal, afirma Alves.

    Representando a AMM, Licnio Xavier refora que a administra-o dos trechos deve ser feita dentro de um contexto ambien-tal. Para ele, no possvel man-ter as rodovias somente como um empreendimento de entrada e sada de mercadoria e de dinhei-ro: Hoje, os municpios precisam

    atuar no somente de forma pa-liativa, cobrindo eventuais imper-feies, mas com foco na questo ambiental, pensando, principal-mente, no escoamento da gua.

    Parceria

    Atuando em parceria com as prefeituras do Estado, a Funda-o Rural Mineira (Ruralminas) tem se empenhado na melhoria das estradas vicinais, oferecendo condies mnimas de trafegabi-lidade nas regies onde atua. O trabalho desenvolvido por meio de projetos tcnicos e envolve a correo de defeitos nas estradas, como os de escoamento de gua ou mesmo de curvas existentes no traado. A parceria visa, so-bretudo, construo de bacias de captao das guas da chuva, maior problema das estradas vi-cinais, em funo da eroso e do barro que podem provocar.

    O diretor tcnico da Fundao, Amilton Jos Rodrigues Reis, expli-ca que os custos apresentados no projeto correm por conta dos mu-nicpios. Em contrapartida, a Rural-minas oferece pessoal capacitado, parte do maquinrio e orientaes sobre o estabelecimento de par-cerias que podem favorecer a ini-ciativa. De cada 10 prefeitos que passam pelo nosso escritrio, nove reclamam da situao das estradas nos municpios. Sem recursos, eles ponderam sobre as consequncias disso para a agricultura, para o transporte escolar e para os pro-gramas de sade, afirma. Os mu-nicpios interessados em solicitar projetos da Ruralminas podem entrar em contato pelo telefone (31) 3915-8439.

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    Investimento em estradas vicinais uma exigncia dos moradores do interior de Minas

    o que so estradas vicinais?

    Estradas vicinais so es-tradas de terra, trajetos de pequena extenso dentro do municpio, com rea de influncia limitada, trfego varivel e sem continuidade, mas fundamentais para o es-coamento de toda a produ-o agropecuria do Estado e para a circulao das pessoas que residem no seu entorno.

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  • At agosto, perodo de estiagem e seca no Estado fez com que mais de 100 municpios decretassem situao de emergncia. com a falta dgua, economia e renda das

    famlias so cada vez mais afetadas

    Minas Gerais vive um longo perodo de estiagem, responsvel pela incidncia de secas extremamente graves. Esse tipo de clima traz consigo problemas como o dficit do abastecimento de gua e o aumento dos custos na agricultura. O pe-queno criador rural, sobretudo do norte do Estado, est sem recursos para saciar a sede at mesmo do gado, e a situao j afeta a economia e a renda das famlias que dependem da lavoura e da criao para sua subsistncia.

    No passado, a situao era vivida principalmente pelas comunidades da regio do semirido, mas, atualmente, atinge praticamente todo o Estado. Para se ter uma ideia, at meados de agosto, o boletim da Defesa Civil es-tadual informava que 141 municpios mineiros haviam decretado situao de emergncia em funo da seca. Dentre eles esto lugarejos que se promoveram como ponto turstico a partir de pequenos e grandes em-preendimentos reconhecidos pela abundncia de gua e grandes re-servatrios, porm, devido ao clima

    atual, enfrentam dificuldades com a escassez de gua e com a falta de investimentos para a preservao desse bem.

    Como praticamente todos os munic-pios esto convivendo com essa situao, no basta somente aguardar que a precipi-tao volte a ocorrer com mais intensida-de, defende o consultor do Departamento de Meio Ambiente da Associao Mineira de Municpios (AMM), Gilberto Morato, explicando que algumas alternativas po-dem e devem ser tomadas pelos gestores pblicos para o enfrentamento da crise.

    Neste sentido, destacam-se aes de incentivo proteo de nascentes e margens de cursos dgua, bem como a construo de pequenas escavaes no solo, que funcionam como caixas dgua naturais, capazes de armazenar gua da chuva, o que garante umida-de ao solo, por algum tempo, aps a estao chuvosa. Apesar de o semi-rido ser quase sempre associado a si-tuaes de escassez absoluta de gua, na regio ocorrem chuvas com certa frequncia, porm, elas costumam ser

    concentradas em curtos perodos de tempo durante o ano, esclarece Gil-berto.

    Responsvel por planejar e promo-ver aes direcionadas preservao da quantidade e da qualidade das guas de Minas Gerais, o Instituto Mineiro de Gesto das guas (Igam) informou que na regio nordeste do Estado, por exemplo, a previso de chuva para 2013 era de 800 milmetros, volume consi-derado normal para a estao, porm, os reservatrios registraram somente o provimento de 500 milmetros. Para 2014, a previso de chuva entre os me-ses de setembro e novembro razo-vel, mas servir apenas para reparar a situao de seca deixada pela ltima estiagem.

    A gerente de Projetos e Programas em Recursos Hdricos do Igam, Geane Dantas de Carvalho, comenta que as aes de-senvolvidas pelos municpios devem con-templar a convivncia com o semirido e no o enfrentamento da seca. Nossos esforos esto voltados principalmente para as regies do semirido mineiro,

    Um golE DgUA, por fAvor!

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    NOTCIAS DAS GERAIS . AGOSTO DE 2014 NOTCIAS DAS GERAIS . AGOSTO DE 201432

  • SECA

    embora a situao j alcance vrias partes do Estado. Temos algumas frentes de trabalho, como o Pro-gua e gua Doce, programas que visam o abastecimento e o trata-mento da gua, tornando-a potvel e prpria para o consumo das fam-lias, esclarece.

    Realidade

    Localizada no extremo norte de Minas Gerais, a cidade de Montalvnia est na lista dos municpios que decre-taram situao de emergncia em fun-o da seca. Afetada nas suas reas ur-bana e rural, a cidade recorreu Defesa Civil e sua situao emergencial j foi reconhecida pela Unio. Os prejuzos locais so relevantes, como a perda de lavouras e a diminuio da capacidade de suporte das pastagens, o que levou, at o momento, venda de mais de 30 mil animais por preos inferiores aos praticados no mercado.

    De acordo com o prefeito do munic-pio, Jordo Missias Lopes Medrado, a fina-lidade do decreto foi minimizar os danos causados pela estiagem, levando-se em conta os emprstimos financiados pelo

    governo federal aos produtores rurais, que hoje tm dificuldades para honrar seus compromissos. O decreto ir ofe-recer condies especiais para que pos-sam facilitar a negociao, renegociao e prorrogao de prazos dos dbitos junto s instituies bancrias, alm de outros benefcios de apoio da Defesa Civil, como abastecimento de gua e distribuio de cestas bsicas populao de baixa renda atingida pela estiagem, justificou.

    Ao mesmo tempo, para encarar

    a situao, a prefeitura fortaleceu um consrcio com outros seis municpios vizinhos, por meio do qual conseguiu recursos no Ministrio de Desenvol-vimento Social. Esto sendo constru-das barragens, calado e trincheiras para melhorar a produtividade e a renda dos produtores rurais, alm da instalao, em Montalvnia, de 756 cisternas, com capacidade de 16 mil litros, para captao de gua da chu-va, comentou Jordo.

    A busca de solues

    Em 2011, o governo de Minas, por meio da Coordenadoria Estadual de Defesa Civil (Cedec), entregou 685 cisternas flexveis para os 54 muni-cpios mais afetados pela seca. De lona e de fcil montagem, as cister-nas podem ser instaladas num nico dia e passam a armazenar a gua que ser distribuda por caminhes-pi-pa. Parte do Plano de Contingn-cia para Minimizao dos Impactos Provocados pela Seca, a contratao dos caminhes, a aquisio de ces-tas bsicas e a compra de cisternas levaram o Estado a investir R$ 9,828 milhes nos municpios.

    Cisterna Calado: Por meio de canos, a gua da chuva que cai no calado escoa para o reservatrio e ajuda na irrigao da lavoura

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    o A tecnologia barreiro trincheira est sendo implantada em Montalvnia. Outros 75 modelos sero distribudos na cidade para captao da gua

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  • AGRICULTURA

    O Programa Nacional de Alimenta-o Escolar (PNAE) considerado o maior programa de alimentao escolar do Brasil, e vem sendo um dos principais instrumentos para a gerao de renda, emprego e desenvolvimento socioeco-nmico. O programa tambm ajuda a fi-xar o agricultor em sua comunidade. S no estado de Minas Gerais o PNAE mo-vimenta 100 milhes de reais por ano na aquisio de alimentos.

    O atual desafio dos gestores pbli-cos em relao ao PNAE aprimorar o acesso da agricultura familiar com produtos processados, por meio da agroindustrializao. Esse processo transpe o atual estgio de fornecedor de produtos in natura para fornecedor de produtos processados, aumentan-

    do, dessa forma, a sua fatia nos recur-sos financeiros destinados s escolas, que hoje dominado pelas grandes in-dstrias. Pensando nisso, a Empresa de Assistncia Tcnica e Extenso Rural (Emater), regional Sete Lagoas, junta-mente com a prefeitura e cooperativa de leite de Sete Lagoas (Coopersete), desenvolveu um modelo que legaliza a venda de leite da agricultura familiar ao PNAE, proporcionando maior dis-tribuio de renda.

    O prefeito do municpio, Mrcio Reinaldo, apostou na iniciativa e ex-plica por que resolveu investir no programa: As prefeituras precisam auxiliar as famlias e empresas para que se desenvolvam, movimentem a economia local, melhorem a qualidade

    dos produtos e se sintam motivadas para investir. Para tanto, fechou com os produtores certificados pela DAP (Declarao de Aptido ao Pronaf), um contrato de compra para o PNAE de 255 mil litros de leite.

    Modelo

    Para participar do novo arranjo or-ganizacional desenvolvido pela Emater em Sete Lagoas, os produtores de leite formaram uma associao de agricul-tura familiar, cujo objetivo foi para dar legalidade contratao dos servios de pasteurizao prestados pela cooperati-va de leite. Dessa forma, a associao se torna o elo organizacional e burocrtico entre os produtores de leite e a coope-rativa contratada, que tambm teve que se adequar fiscalmente, inserindo a pres-tao de servio no seu contrato social.

    O preo de R$ 2,37 por litro pago pelo municpio tambm foi um agrega-dor para que o modelo fosse bem suce-dido. Nesse preo tambm est inclusa a coleta na propriedade cadastrada, a pas-teurizao, o empacotamento, a estoca-gem e a distribuio em todas as escolas municipais. O resultado dessa iniciativa a renda gerada para o produtor da agri-cultura familiar, que recebe R$ 1,29 por litro de leite, um acrscimo de 30% em relao ao preo pago pelos laticnios no modelo convencional, possibilitando aos produtores participantes desse novo ar-ranjo, por exemplo, a compra de uma

    com apoio da administrao municipal, pequenos produtores de leite da agricultura familiar ven-dem a sua produo sem intermedirios s escolas municipais

    SETE lAgoAS implANTA moDElo QUE TErcEiriZA A pASTEUriZAo DE lEiTE pArA AcESSo Ao pNAE

    Produo de leite vendida ao PNAE gera renda para produtores rurais

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  • vaca por ano para produzir mais 20 li-tros de leite por dia. O agricultor, Raul Diniz, um dos que fazem parte do pro-grama. Recebemos um valor mais alto do que a cooperativa pagaria pelo litro de leite, refora.

    O presidente da cooperativa, Marcelo Candiotto, ressalta que o principal papel da cooperativa de responsabilidade social: A distribuio de renda impor-tante porque fixa o homem no campo e oferece expectativa para a famlia con-tinuar a atividade, alm de manter o di-nheiro no municpio.

    Empreendedorismo

    Outra forma de acesso de produ-tos processados da agricultura familiar ao PNAE, crescente em Minas Gerais, investir em uma miniusina de leite, como fez a agricultora familiar Glucia vila, do municpio de Funilndia. Ela conseguiu financiamento por meio do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (PRONAF) que foram usados para instalao e compras de equipamentos. Fiz um projeto junto com a EMATER de Funilndia, apresen-tei ao PRONAF e consegui o emprs-timo de 50 mil reais para montar meu prprio laticnio.

    A miniusina tem capacidade para be-neficiar 350 litros por dia, o que permi-tir ampliar a sua produo de queijo, como tambm a venda direta do leite

    em saquinho para as escolas, por ser pasteurizado e consequentemente ins-pecionado pelos rgos responsveis.

    Essa alternativa s vlida se o pro-dutor tiver outros canais de venda, alm das instituies escolares, para escoar a produo excedente. Isso se deve ao fato de o PNAE estipular para cada agricultor familiar uma cota mxima de 20 mil reais para a venda dos seus produtos durante os 200 dias letivos. Nesse caso, considerando - se um preo mdio de R$ 2,00 por litro, a quantia de leite que poder ser ven-dida ao PNAE durante o ano letivo de 50 litros por dia. Ou seja, a Glucia ter que vender a outros mercados o

    excedente de 300 litros de leite por dia, para viabilizar o investimento.

    Outro ponto que tambm deve ser considerado pelo empreendedor an-tes de investir o acesso inspeo sanitria feita pelos governos federal, estadual ou municipal, cujo servio vem sendo invivel para os municpios, devido ao alto custo de implantao e manuteno da equipe de profissionais. Uma das alternativas para implantar o servio, fomentada pela AMM, a formao de consrcio intermunicipal multifinalitrio, por onerar menos os municpios, afirma o consul