notícias das gerais nº 53

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Gerais NOTÍCIAS DAS www.portalamm.org.br Número 53 . outubro 2014 MEIO AMBIENTE AMM apoia criação de consórcios municipais ENTREVISTA BID favorece financiamento de projetos de infraestrutura MOBILIDADE URBANA MOBILIDADE URBANA Municípios brasileiros terão até abril de 2015 para criar o Plano Municipal de Mobilidade Urbana Municípios brasileiros terão até abril de 2015 para criar o Plano Municipal de Mobilidade Urbana

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Informativo de Associação Mineira de Mineira de Municípios de outubro de 2014

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Page 1: Notícias das Gerais nº 53

GeraisNOTÍCIAS DAS

www.portalamm.org.br

Número 53 . outubro 2014

MEIO AMBIENTE AMM apoia criação de consórcios

municipais

ENTREVISTA BID favorece fi nanciamento de projetos

de infraestrutura

MOBILIDADE URBANAMOBILIDADE URBANAMunicípios brasileiros terão até abril de 2015

para criar o Plano Municipal de Mobilidade Urbana

Municípios brasileiros terão até abril de 2015 para criar o Plano Municipal de

Mobilidade Urbana

Page 2: Notícias das Gerais nº 53

Centro de Qualificação para Gestão Pública

Qualificação das práticas de gestão pública por meio de cursos de capacitação de curta duração

Capacitação dos gestores públicos municipais por meio de visita do corpo técnico da AMM

AMM em Ação

Ensino a DistânciaConhecimento disponibi-lizado pela internet, que viabiliza a aproximação de alunos e professores.

PesquisaConstrução, desenvolvi-mento e ampliação de conhecimentos acerca das temáticas municipais

Pós-Graduação

Conhecimento aprofun-dado nas áreas técnicas da Administração Pública

Graduação e Tecnológico

Formação profissional de nível superior e técnico-científico

Certificação Ocupacional

Avaliação de pessoas, estabelecendo critérios mínimos de conhecimentos e habilidades técnicas visando a ocupa-ção de cargos municipais

O Instituto AMM tem por finalidade contri-buir com as organizações públicas e priva-das por meio do ensino, da pesquisa e da extensão, oferecendo soluções para as prin-cipais demandas municipais e viabilizando a excelência na gestão pública.

institutoamm.org.brNOTÍCIAS DAS GERAIS . OUTUBRO DE 2014

Page 3: Notícias das Gerais nº 53

A mobilidade urbana é o tema cen-tral da 53ª edição da nossa revista No-tícias das Gerais. Atualmente 80% da população brasileira vive nos centros urbanos e, até abril de 2015, os muni-cípios do país, acima de 20 mil habitan-tes, precisarão elaborar seu Plano Mu-nicipal de Mobilidade Urbana. Porém, em várias partes do território nacio-nal, os municípios carecem de suporte administrativo, apoio financeiro, orien-tação técnica adequadas para solucio-nar os problemas na área. Os municí-pios brasileiros não têm uma política pública nacional devidamente estrutu-rada para referenciar suas ações, con-siderando-se que a concentração ex-cessiva de recursos no poder central praticamente inviabilizam iniciativas locais isoladas. Com a promulgação da Lei Federal 12.587/2012, que definiu as diretrizes para todos os entes da fe-deração, 1.720 municípios terão que se adequar. Só em Minas Gerais são 178 cidades. Dados do Instituto Brasi-leiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontam que apenas 10% desses entes federados seguiram as diretrizes, mui-tos ainda sequer possuem as condi-ções necessárias. Repete-se no setor os mesmos equívocos da questão am-biental que fixou prazos para que os municípios acabassem com os lixões, sem levar em conta o financiamento da medida. O resultado foi que a imensa maioria dos municípios brasileiros não cumpriram os prazos, e agora debate-se o adiamento da medida.

A mobilidade urbana é um dos grandes desafios do Brasil atual, e re-quer ações imediatas da administração pública municipal. O transporte pú-blico coletivo de passageiros vem se destacando como uma das principais demandas da sociedade. Entretanto, a solução deste gargalo passa, neces-sariamente, por uma análise detalha-da de vários fatores, entre os quais o problema do financiamento das ações é o principal. Nunca houve no país uma política pública de mobilidade ur-bana eficiente. Com a omissão federal, a realidade que se impõe é um quadro no qual a maioria dos municípios não possuem corpo técnico e raramente desenvolvem estudos para a gestão do trânsito ou para a mobilidade. UImpe-ra, na maioria das localidades, a impro-visação! Sem superar tais dificuldades as administrações municipais não con-seguirão definir uma política de mobi-lidade urbana que objetive equacionar os complexos problemas acumulados. Mais explicações e dados em nossa re-portagem principal.

Além disso, em nossas páginas, a criação, no mês de outubro, de dois novos cursos que foram lançados pelo Centro de Qualificação para a Ges-tão Pública (CQGP), com o intuito de fortalecer as ações das Prefeituras em questões estruturais e atender às no-vas demandas de ferramentas tecnoló-gicas: “Gestão em Proteção e Defesa Civil” e “Gestão Informatizada GEO-OBRAS”. A área esportiva também foi beneficiada com a realização de um seminário sobre o edital do programa Minas Olímpica Incentivo ao Esporte (MOIE). O Geo-Obras, por exemplo, passou por testes durante 17 meses, entre agosto de 2012 e dezembro de 2013, e no período experimental, 66 dos 853 municípios mineiros utiliza-

ram com sucesso a ferramenta on-line. Hoje já estão cadastradas mais de 330 prefeituras municipais.

Na área econômica vamos falar sobre o Programa de Modernização da Administração Tributária e dos Setores Sociais Básicos Automáticos (PMAT). Criado em 1997, pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econô-mico e Social (BNDES), o programa financia, principalmente, a moderniza-ção da administração municipal tribu-tária, além dos setores sociais básicos: saúde, educação e assistência social. Até o momento, já foram liberados financiamentos no valor total de R$ 926 milhões. Desde seu lançamento, o PMAT passa por uma série de mu-danças, com o objetivo de simplificar e dar maior celeridade ao processo. Leia a nossa matéria e tenha o caminho para obter recursos para melhorar a qualidade dos serviços oferecidos à população.

Vamos explicar também o projeto Cidades Digitais que tem o objetivo principal de promover melhoria da gestão pública e dos serviços presta-dos à população. O programa oferece um ambiente propício ao desenvolvi-mento de negócios locais, a partir da inclusão digital, o que torna a gestão mais eficiente e transparente. Entre as ações estão a implantação de in-fraestrutura de alta capacidade de co-municação, a oferta de aplicativos de governo eletrônicos e a capacitação de servidores locais.

Desejo a todos uma boa leitura.

PALAVRA DO PRESIDENTE

ANTÔNIO CARLOS ANDRADAPresidente AMM e prefeito de

Barbacena

Centro de Qualificação para Gestão Pública

Qualificação das práticas de gestão pública por meio de cursos de capacitação de curta duração

Capacitação dos gestores públicos municipais por meio de visita do corpo técnico da AMM

AMM em Ação

Ensino a DistânciaConhecimento disponibi-lizado pela internet, que viabiliza a aproximação de alunos e professores.

PesquisaConstrução, desenvolvi-mento e ampliação de conhecimentos acerca das temáticas municipais

Pós-Graduação

Conhecimento aprofun-dado nas áreas técnicas da Administração Pública

Graduação e Tecnológico

Formação profissional de nível superior e técnico-científico

Certificação Ocupacional

Avaliação de pessoas, estabelecendo critérios mínimos de conhecimentos e habilidades técnicas visando a ocupa-ção de cargos municipais

O Instituto AMM tem por finalidade contri-buir com as organizações públicas e priva-das por meio do ensino, da pesquisa e da extensão, oferecendo soluções para as prin-cipais demandas municipais e viabilizando a excelência na gestão pública.

institutoamm.org.br

ANTÔNIO CARLOS ANDRADAPresidente AMM e prefeito de

novoS DESAfIoS pArA o GESTor mUnIcIpAl

NOTÍCIAS DAS GERAIS . OUTUBRO DE 2014 3

Page 4: Notícias das Gerais nº 53

Número 53 . Outubro 2014

DESTAQUES8 - Entrevista - Presidente do BID fala sobre projetos de financiamento

para as cidades brasileiras

10 - Acontece por Minas - Outubro Rosa e festival literário

ganham destaque nas cidades mineiras

14 - Instituto AMM - Faculdade municipalista recebe doação

de livros da editora Fórum

16 - CQGP - Novos cursos fizeram parte da grade de

programação de outubro

20 - Matéria de Capa - Saiba detalhes sobre lei que prevê o

Plano Municipal de Mobilidade Urbana

24 - PMAT - Programa do governo fornece linhas de crédito

para municípios mineiros

28 - Desenvolvimento - Rotulagem de Alimentos é foco de

fiscalização da Vigilância Sanitária em parceria com as cidades

33 - Fala, prefeito - Tema dessa edição é guarda municipal

35 - Artigo - Técnico de Desenvolvimento Econômico da AMM fala

sobre as regionalizações dos Estados

36 - Galeria - Prefeitos que passaram pela sede e Espaço AMM

38 -Coluna - Clóvis de Barros reflete sobre o tema valoração

GeraisNOTÍCIAS DAS

NOTÍCIAS DAS GERAIS . OUTUBRO DE 2014

DIRETORIA EXECUTIVAPRESIDENTE

Antônio Carlos Andrada

1º VICE-PRESIDENTE

Élder Cássio de Souza Oliva

2º VICE-PRESIDENTE

Márcio Reinaldo Dias Moreira

3º VICE-PRESIDENTE

Antônio Júlio de Faria

CONSELHO FISCAL

Marco Túlio Lopes Miguel

Jeová Moreira da Costa

Antônio Dianese

SUPLENTES

Maurílio Soares Guimarães

José Geraldo de Oliveira Silva

Ari Pinto Constantino dos Santos

SUPERINTENDENTE GERAL

Cristina Márcia Mendonça

SUPERINTENDENTE DO INSTITUTO AMM

Gustavo Nassif

DEPARTAMENTO DE COMUNICAÇÃOGERÊNCIA DE COMUNICAÇÃO

Daniel Tolentino - Registro MG 07567JP

JORNALISTA RESPONSÁVEL

Fran Dornelas - Registro: MG 07088JP

REDAÇÃO

Flávio Campos

Mayra Castro

Nayara Vianna

Rosalves Sudário

DESIGN GRÁFICO

Analu Albernaz Corrêa

Impressão: Gráfica Formato

Tiragem: 8.000 exemplares

Periodicidade: Mensal

Distribuição Gratuita

ASSOCIAÇÃO MINEIRA DE MUNICÍPIOS

Av. Raja Gabáglia, 385 - Cidade Jardim BH

Minas Gerais - Cep: 30380 - 103

Tel.: (31) 2125-2400

Fax: (31) 2125-2403

[email protected]

Page 5: Notícias das Gerais nº 53

MINAS SÃO VÁRIAS

GEO-Obras - ferramenta do Tribunal de Contas de Minas Gerais ajuda na fiscalização de obras públicas Pág. 31

Desenvolvimento - leia matéria sobre a importância da rotulagem dealimentos Pág. 28

Título: Torres da Basílica de Nossa Senhora de Lourdes

Autor: Gilvan Braga Cidade: Belo Horizonte

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Page 6: Notícias das Gerais nº 53

ICATU SEGUROS: Fale Conosco - Seguros e Previdência: 4002 0040 (Capitais e regiões metropolitanas) e 0800 285 3000 (Demais localidades). Serviço de Atendimento ao Consumidor - SAC Exclusivo para informações públicas, reclamações ou cancelamentos de produtos adquiridos pelo telefone. Seguros e Previdência: 0800 286 0110. Ouvidoria: 0800 286 0047, segunda a sexta, das 8h às 18h, exceto feriados. Ao ligar, tenha em mãos o número do protocolo de atendimento e o número do CPF.

Servidor Público,somente essaparceria traz tantasnovidades para você.

A Icatu Seguros possui os melhores produtos de Vida, Previdência e Capitalização.

Em parceria com a Associação Mineira de Municípios e a Corretora

Patrimed, está preparando novidades exclusivas para você, servidor público.

Esta é uma solução que só um especialista em planejamento fi nanceiro poderia oferecer.

ENTRE EM CONTATO COM A PATRIMED E FIQUE POR DENTRO.

AV. Getúlio Vargas, 54 – 10º andar | Belo Horizonte – MG

(31) 3221-8250 | [email protected]

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FALE COM A REDAÇÃO

MINAS PASSA POR AQUI

A AMMTV é mais um canal de comunicação entre a AMM e o município. Feita especialmente para as administrações públicas de Minas, aborda temas de interesses das gestões municipais e disponi-biliza reportagens, entrevistas e coberturas de eventos em sua página no youtube, para facilitar o

acesso de todos os municípios.

Inscreva-se em nosso canal e faça parte desta rede de informações.

youtube.com/ammtvminas

“Tenho recebido a revista todos os meses, o conteúdo é exce-lente. Já li algumas reportagens relatando ações de sucesso que implantamos em Itabirito, o que é gratificante para todosque prestam serviços para a cidade. É fundamental que os veículos de comunicação consigam fazer uma interação com os muni-cípios para sentirmos segurança na instituição que defende os interesses municipais, como está acontecendo neste momen-to. Por isso, parabenizo todos os envolvidos nesse trabalho”.

Alexander Salvador Prefeito de Itabirito

“A revista faz com que as boas práticas da administração pública sejam divulgadas e sirvam de exemplos para to-das as cidades. Tenho recebido a revista todos os meses e tem sido muito útil para nós gestores. Os assuntos abor-dados nos orientam em como conduzir nossa administra-ção. Parabéns a todos que contribuem para construir uma revista com conteúdo atual, explicativo e bem elaborado.”

Geraldo Antônio da SilvaPrefeito de Carmópolis de Minas

“A revista da AMM tem uma abordagem sim-ples e de fácil compreensão. É muito gratifi-cante que haja um veículo que retrate as boas práticas de gestão dos municípios mineiros. Parabenizo a equipe da AMM-MG por fazer a interação entre as cidades e apresentar conte-údos importantes para a gestão municipal”.

Carlaile Pedrosa Prefeito de Betim

SUA OPINIÃO CONTA.

A AMM quer saber a opinião dos gestores e servidores que atuam nos 853 municí-pios mineiros. Por isso, abrimos espaço para que nossos leitores comentem sobre os conteúdos da revista, dos eventos e contem as novidades das suas cidades.

Queremos saber sua opinião.

Envie um e-mail ou carta para:

[email protected]

Associação Mineira de Municípios (AMM) Avenida Raja Gabáglia, 385, Cidade jardim Belo Horizonte, Minas GeraisCEP: 30380-130

QUEREMOS SABER SUA OPINIÃO

NOTÍCIAS DAS GERAIS . OUTUBRO DE 20146

Page 7: Notícias das Gerais nº 53

ICATU SEGUROS: Fale Conosco - Seguros e Previdência: 4002 0040 (Capitais e regiões metropolitanas) e 0800 285 3000 (Demais localidades). Serviço de Atendimento ao Consumidor - SAC Exclusivo para informações públicas, reclamações ou cancelamentos de produtos adquiridos pelo telefone. Seguros e Previdência: 0800 286 0110. Ouvidoria: 0800 286 0047, segunda a sexta, das 8h às 18h, exceto feriados. Ao ligar, tenha em mãos o número do protocolo de atendimento e o número do CPF.

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NOTÍCIAS DAS GERAIS . OUTUBRO DE 2014

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BAnco InTErAmErIcAno DE DESEnvolvImEnTo InvESTE Em projEToS QUE BEnEfIcIAm oS mUnIcípIoS mInEIroS

ENTREVISTA

o Brasil é um dos países membros fundadores do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). Desde 1961, os US$40 bilhões de empréstimos e garantias aprovadas pelo banco ajudaram a custear projetos cujos valores ultrapassam os 110 bilhões de dólares no Brasil na área de infraestrutura, meio ambiente, fortalecimento institucional e redução da pobreza no país, um trabalho conduzido em estreita parceria com todos os níveis de governo, a sociedade civil e o setor privado.Este ano, o BID fechou um acordo com o Banco de Desenvolvimento de minas Gerais (BDmG) para fi-nanciar os projetos de municípios mineiros com foco no saneamento básico. A notícias das Gerais conversou com o presidente do BID, luis Alberto moreno.

1- Como principal fonte de fi-nanciamento para o desenvol-vimento da América Latina e Caribe, o Banco Interamerica-no de Desenvolvimento tem in-vestido em várias projetos que contribuem para o crescimento de comunidades. Diante dessa afirmativa, quais são os proje-tos que fazem parte do rol de financiamento do BID no Brasil?

O BID no Brasil atua fortemente na melhoria das condições de vida nas cidades, no fortalecimento das insti-tuições públicas e no meio ambiente. Atualmente, são mais de 150 opera-ções de empréstimos em execução, com uma média anual de desembol-sos de US$ 2,3 bilhões. O rol de fi-nanciamento inclui projetos em várias áreas, como gestão fiscal e municipal; desenvolvimento urbano integrado; transporte e mobilidade; recursos na-turais; água e saneamento; proteção social e saúde; fortalecimento da ca-pacidade institucional dos órgãos pú-blicos; competitividade; tecnologia e

inovação; energia; educação; mercado de capitais; mercado de trabalho; mu-dança climática; integração e gênero; e diversidade e turismo. Entretanto, mais importante que o rol de proje-tos é o fato de que todas as áreas do desenvolvimento em que o Banco tem operações atuam de maneira multis-setorial, ou seja, o Banco entende o desenvolvimento como um elemento que deve ser pensado de forma inte-grada. Assim, uma operação de segu-rança, por exemplo, tem enfoque em ações sociais para jovens; ou um pro-jeto de água e saneamento tem ele-mentos de habitação e fortalecimento do mercado de trabalho local, etc.

2- Em Minas Gerais, o BID fe-chou parceria com o Banco de Desenvolvimento de Minas Ge-rais (BDMG) e propõe finan-ciamentos a cerca de 200 mu-nicípios, com projetos na área de infraestrutura. Qual o valor que será disponibilizado a esses municípios e como participar?

Os recursos poderão financiar pro-jetos de até R$ 5 milhões por muni-cípio, com prazos de até sete anos e carência de dois anos. Os recursos são provenientes do BID e do Fundo Chi-nês de Cofinanciamento para a Améri-ca Latina e Caribe – constituído pelo Banco Popular da China (BPC) e geri-do pelo BID. Para participar, os muni-cípios devem buscar por duas linhas de financiamento já existentes, onde es-tão alocados estes recursos: a BDMG Saneamento, voltada para projetos de água, esgoto e resíduos sólidos urba-nos, e BDMG Urbaniza, para proje-tos de iluminação pública, drenagem, mobilidade urbana e pavimentação.

3- O investimento, acima citado, será acessível a todas as regiões do Estado? Como se dá esse pro-jeto e qual deve ser o perfil dos municípios que têm a preten-são de obter os financiamentos?

Sugerimos que esta questão seja esclarecida junto ao BDMG, que é

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NOTÍCIAS DAS GERAIS . OUTUBRO DE 2014 NOTÍCIAS DAS GERAIS . OUTUBRO DE 20148

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o responsável pela operacionaliza-ção dos recursos por meio das li-nhas BDMG Saneamento e BDMG Urbaniza. Esses mecanismos são definidos pelo próprio BDMG. 4- Por meio de quais parce-rias os municípios terão aces-so às linhas de crédito do BID?

O Banco atua, diretamente, jun-to a cidades médias – de, no mínimo 200 mil habitantes –, quando se trata de operações de empréstimo. Para apoio a municípios menores, cada de-manda é analisada separadamente e, eventualmente, pode ser desenhada uma operação de cooperação técnica, em que o Banco aporta conhecimen-to e doação de recursos financeiros.

5- Nos últimos anos, que proje-tos foram aprovados e em que áreas? Você pode citar algum projeto de destaque que alcan-çou os municípios mineiros?

De 2012 até o momento foram aprovadas 53 operações de emprésti-mo para o setor público no total de US$ 5,9 bilhões em todas as áreas de atuação do Banco, mencionadas na resposta 1. Além da operação men-cionada anteriormente com o BDMG, há uma segunda operação voltada para a adoção de análise psicométrica para novas empresas, que carecem de in-formação de crédito, e portanto, en-contram mais dificuldade em contrair empréstimos para investir em seus negócios.

Podemos destacar também o pro-grama de saneamento em Belo Hori-zonte, em que uma etapa suplementar do empréstimo encontra-se em exe-cução, no valor de US$ 55 milhões. O programa realizou, até o momento, a ampliação da drenagem urbana com-binada com a construção de parques lineares e espaços de convivência na capital.

Em Minas desenvolvemos ainda uma cooperação técnica, ou doação, no valor de US$ 1,9 milhão, voltada para a capacitação de pequenos pro-

dutores de café para que possam fazer com que suas propriedades estejam preparadas para fazer frente às mu-danças do clima. A cooperação se dá em parceria com a Associação Hanns R. Neumann Stiftung do Brasil em 11 municípios do sul e leste do estado.

Sem dúvida, a agricultura familiar contribui de maneira importante e fundamental para o desenvolvimento econômico brasileiro. O tipo e o grau

de potencial agropecuário variam mui-to entre as diversas regiões do país, dada a imensa diversidade do clima, a dotação de recursos naturais e as distâncias e condições de transporte até os mercados. Porém, essa mesma diversidade apresenta uma gama de possibilidades.

É importante observar que a estru-tura e as características da produção agropecuária em grande escala – que representa a maioria da base de ex-portação do setor, sendo o primeiro exportador mundial em muitas cate-gorias de “commodities” importantes no comercio exterior – não implica que a agricultura familiar não tenha competitividade. Muito pelo con-trário, a diferenciação entre o setor agropecuário de grande escala e a pro-dução familiar faz com que as famílias

rurais predominem em certos nichos, notadamente no abastecimento de produtos frescos aos consumidores urbanos. Em certas cadeias de valor, os produtores de pequena escala pre-dominam e, pela natureza do produto, continuarão sendo os fornecedores principais ou exclusivos.

As perspectivas de aumentar o valor agregado e os ganhos dos pro-dutores familiares é um caminho im-portante, que faz parte da estratégia do BID no Brasil e em muitos países, especialmente com maior integração comercial e financeira com o setor de agronegócio ou agroindústria. O investimento em irrigação e proteção de bacias hidrográficas representa uma área relevante, não somente para au-mentar a produtividade, mas também e ao mesmo tempo por se tratar de uma ferramenta de mitigação de riscos frente a condições de variabilidade, de mudanças climáticas e de desastres na-turais como secas e enchentes. Vale a pena também ressaltar que os produ-tores familiares rurais constituem os provedores principais de muitos ser-viços ambientais que são fundamentais para a conservação e proteção dos recursos naturais em áreas críticas do Brasil.

6- Quais são as principais áreas que o BID considera que devem receber investimentos para im-pulsionar o desenvolvimento do país?

O Banco entende que todas as áreas são importantes para impulsio-nar o desenvolvimento do país, tanto é assim que busca trabalhar sob uma perspectiva multissetorial de desen-volvimento, ou seja, não há um en-foque específico em uma área, e sim, todas as operações são tratadas sob uma visão integrada, para que deter-minado projeto alcance seus objetivos ancorado em áreas complementares e transversais.

Os recursos poderão financiar projetos de até

R$ 5 milhões por município

Luís Alberto MorenoPresidente BID

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Na certeza de que a literatura pode mudar a vida das pessoas, a terceira edição do Festival Literário de Araxá, que ocorreu em outubro, apresentou como tema principal a “Leitura por um mundo me-lhor”. Escritores e jornalistas renomados ministra-ram palestras e oficinas, e o público pôde desfrutar de apresentações de teatro, música e mostra de fotografia.

Durante os quatro dias, o III Fliaraxá ofereceu, em parceria com o Hay Festival, uma exposição do renomado fotógrafo Daniel Mordzinski, com a mostra inédita “Quartos de escrita – Retratos de Escritores em Hotéis”. A mostra enfoca 70 grandes autores da literatura mundial clicados em hotéis, pelo mundo afora.

O autor homenageado foi o mineiro Luiz Vilela, um dos maiores contistas e romancistas do país. Este ano, os escritores Léo Cunha e Humberto Werneck compartilharam a curadoria do Fliaraxá com Afonso Borges, idealizador do “Sempre um Papo”, projeto de incentivo à leitura criada há 28 anos.

III flIArAxá ApoSTA nA lITErATUrA por Um mUnDo mElhor

ACONTECE POR MINAS

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oUTUBro roSA moBIlIzA rESTAUrAnTE popUlAr Em conTAGEmA prefeitura de Contagem, por meio da Coor-

denadoria de Políticas para Mulheres, ligada à Se-cretaria de Direitos Humanos e Cidadania realizou uma mobilização especial de adesão à campanha “Outubro Rosa”. As secretarias de Desenvolvi-mento Social e Saúde, além do SESC/MG apoiaram a iniciativa.

A ação, que ocorre em várias partes do Brasil, chama a atenção para a prevenção do câncer de mama, doença comum entre as mulheres, respon-dendo por 22% de novos casos por ano.

Para receber os clientes, o restaurante foi deco-rado com as cores rosa e branco.Foram montados quatro estandes em frente ao local, onde a equipe distribuiu informativos, adesivos, laços cor-de-rosa (símbolo da campanha), além de orientar os pre-sentes sobre como realizar os exames clínicos da mama. Durante a mobilização, foram distribuídos panfletos com informações sobre os cuidados com a saúde e como agendar os exames de mamografia. Um grupo teatral realizou uma apresentação edu-cativa para alertar sobre a doença.

NOTÍCIAS DAS GERAIS . OUTUBRO DE 2014 NOTÍCIAS DAS GERAIS . OUTUBRO DE 201410

Fabrício Carpinejar foi um dos palestrantes do evento em Araxá

Restaurante Popular foi decorado com as cores da campanha

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ACONTECE POR MINASFO

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ITABIrA comEmorA o DIA DAS crIAnçAS

A prefeitura de Itabira promoveu no dia 10 de outubro uma festa em comemoração ao Dia das Crianças. O evento foi realizado na Praça Augusto Guerra.Durante o evento, entre uma brincadei-ra e outra, houve distribuição de doces, picolés, algodão-doce, pipoca, refrigerante, pizza, água, maçã do amor, entre outros.

Para a alegria da garotada, o evento contou ainda com brinquedos infláveis e atividades como pintura facial. Vários adultos também participaram do evento que, além das brincadeiras,contou com a apresentação de vários grupos culturais.

O grupo Perecolândia, de Itabira, apresentou a peça teatral “Casos molhados de família”, uma comédia que aborda o racionamento de água com foco na conscientização. O grupo Meninos de Mi-nas foi a segunda atração e animou o público pre-sente com músicas e som de tambores.

Crianças receberam tratamento especial no evento em Itabira

BElo horIzonTE ImplAnTA proGrAmA DE horTAS pArA comBATEr A fomE

Os programas de hortas comunitárias e es-colares e de incentivo à agricultura familiar da capital mineira foram destaque no relatório da Organização das Nações Unidas para Alimenta-ção e Agricultura. Belo Horizonte e outras nove cidades do continente foram selecionadas como modelo no que se refere à agricultura urbana e nas periferias de grandes centros.

“Nos últimos cinco anos, o número de hortas em escolas em Belo Horizonte passou de 93 para 144 (alta de 54%), e as comunitárias foram de 50 para 57(alta de 12,6%). São projetos voltados tanto para a questão da alimentação saudável como parao incentivoda produção e estímulo de práticas agroecológicas e sustentáveis”, relata o gerente de apoio à produção e comercialização de alimentos da prefeitura de Belo Horizonte, Sebastião Carlos de Lima.

A prefeitura cede os terrenos e os técnicos que dão suporte aos agricultores e arca com as despesas da água usada para a irrigação. As se-mentes e insumos ficam a cargo dos próprios produtores. Já no caso das hortas escolares, como a finalidade é o uso dos alimentos para a merenda destinada aos alunos da rede munici-pal, há também um subsídio para sementes, adu-bos e toda a estrutura da horta.

Horta comunitária do Jardim Produtivo foi implantada comapoio da Prefeitura de BH.

NOTÍCIAS DAS GERAIS . OUTUBRO DE 2014 NOTÍCIAS DAS GERAIS . OUTUBRO DE 2014 11

Page 12: Notícias das Gerais nº 53

AMM NOTÍCIAS

Como acontece todo ano, a Semana Nacional de Ciência e Tecnologia estimula a realização de seminá-rios e mostras científicas sobre uma temática de im-portância social. Em sua 11ª edição, o tema escolhido para esse ano foi “Ciência, Tecnologia e Desenvolvi-mento Social”. O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, estima que mais de mil municípios de todo o país desenvolveram cerca de 35 mil atividades.

Em Viçosa, ocorreu a IV Semana de Ciência e Tec-nologia do Parque Tecnológico da cidade. A progra-mação incluiu o workshop “Desenvolvimento Regio-nal e Interação com a Universidade”, que ofereceu aos gestores públicos condições de transformar a gestão das informações da assistência social de seu município. O técnico do departamento Jurídico da AMM, Thiago Ferreira, compôs a mesa oficial para o debate do assunto.

Foi lançado em outubro, na Cidade Administrativa, em Belo Horizonte, o Plano de Emergência Pluviométri-ca 2014/2015. O governador de Minas Gerais, Alberto Pinto Coelho e o coordenador estadual de Defesa Ci-vil de Minas Gerais, Coronel da Polícia Militar Alex de Melo, apresentaram as ações de preparação e resposta em casos de desastres decorrentes de chuvas, o que permite maior agilidade na tomada de decisões.

O planejamento abrange os meses de outubro de 2014 a abril de 2015, período no qual o índice pluviométrico se apresenta mais elevado no Estado. Segundo matéria do jornal Estado de Minas, a previsão é de que as chuvas se concentrem em dezembro, com fortes temporais, as-sim como ocorreu na temporada 2013/2014.

Durante a apresentação, os órgãos do governo es-tadual, que têm atuação em ocorrências causadas por enchentes ou alagamentos apresentaram a estrutura de trabalho, com o intuito de dar resposta às demandas du-rante o período e não incorrer em prejuízos excessivos. Para se ter uma ideia, danos mensurados por meio de valores informados nos Formulários de Informações de Desastres (Fide) enviados pelos municípios à CEDEC, mostraram um impacto econômico total para o Estado decerca de R$ 2 bilhões.

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SEmAnA nAcIonAl DE cIêncIA E TEcnoloGIA movImEnTA mUnIcípIoS DE ToDo o pAíS

GovErno DE mInAS AprESEnTA plAno pArA A TEmporADA DE chUvAS

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Técnico do departamento jurídico da AMM, Thiago Ferreira,participa de evento em Viçosa

Coronel da Polícia Militar apresenta as ações do Plano de Emergência Pluviométrica 2014/2015

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Transferência dos ativos de iluminação pública

No dia 31 de dezembro de 2014, encer-ra-se o prazo para que as distribuidoras concluam o processo de transferência dos ativos de iluminação pública (IP), confor-me determinação da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL). Até agora, dos 5.564 municípios brasileiros 3.755 assumi-ram os ativos, ou seja, ainda faltam 1.809 – 32,51% do total. Acesse o www.porta-lammm.org.br e baixe a cartilha com mais informações.

Programa Minas Olímpica Incentivo ao Esporte

O programa Minas Olímpica está selecio-nando projetos esportivos que tenham como característica essencial a promoção e o fomento do esporte e da prática de atividade física em Minas Gerais. O prazo para inscrições é até o dia 30 de novem-bro de 2014. Será oferecido um incentivo deR$ 350.000,00 (trezentos e cinquenta mil reais) por projeto esportivo seleciona-do. Inscrições e mais informações no site www.incentivo.esportes.mg.gov.br

Internacionalização da cultura brasileira

A Secretaria da Economia Criativa do Mi-nistério da Cultura (SEC/MinC) vai sele-cionar 20 iniciativas para fomentar ativida-des voltadas para a internacionalização da cultura brasileira. O prazo para inscrições é até o dia 4 de dezembro deste ano. Se-rão premiados festivais, redes, encontros ou portais on-line que atuem continua-mente na difusão e circulação de produtos culturais brasileiros no exterior e/ou que promovam a presença de curadores, dis-tribuidores e produtores estrangeiros no Brasil. Informações e inscrições no site: www.cultura.gov.br

TomE noTA!

A Associação Mineira de Municípios (AMM) está representa-da no Conselho Estadual de Política Cultural (Consec-MG), no biênio 2014-2016. A técnica do departamento de Captação de Recursos, Mara Rabelo, agora é oficialmente membro titular do conselho.

Durante solenidade de posse, a secretária de Estado de Cul-tura de Minas e presidente do Consec, Eliane Parreiras, falou da importância do conselho: “Durante os dois anos de existência, o Consec conseguiu realizar ações, discutir ideias e estabelecer um diálogo estreito com a sociedade civil, principalmente a re-alização da 3ª Conferência Estadual de Cultura e a criação das Câmaras Regionais Consultivas”.

Para Mara Rabelo, é importante para a AMM participar do Consec, pois uma das funções institucionais da entidade é apoiar o aprimoramento da administração municipal: “Ter assento no Consec possibilita à entidade opinar sobre a elaboração da po-lítica cultural para o Estado e sobre os programas de incentivo e fomento ao desenvolvimento cultural, sob a perspectiva dos municípios”, reforça.

As cidades que compõem a Associação dos Municípios da Microrre-gião do Circuito das Águas (Amag) formalizaram o Consórcio Público Intermunicipal Multifinalitário da Microrregião do Circuito das Águas (Cimag). A ação estratégica de trabalho tem o objetivo de realizar a gestão associada de serviços públicos de iluminação pública, planeja-mento, fiscalização e regulação em áreas da administração municipal.

O presidente da associação, Paulo Sérgio Barleta destaca os pro-blemas que os municípios têm enfrentado: “Infelizmente os pequenos não possuem a mínima estrutura e condições financeiras para arcar com aqueles serviços que são complexos, técnicos e exigem obser-vância a diversas regras legais. Estamos unindo forças para enfrentar-mos enfrentar as dificuldades comuns, técnicas, financeiras, estratégi-cas e humanas”.

Até o momento, 15 cidades (Aiuruoca, Arantina, Bom Jardim de Minas, Cambuquira, Carmo de Minas, Carvalhos, Caxambu, Cruzília, Dom Viçoso, Itamonte, Jesuânia, Olímpio Noronha, São Sebastião do Rio Verde, Serranos, Soledade de Minas) já assinaram o convênio, que pode ser estendido para outros municípios da microrregião.

AMM NOTÍCIAS

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ASSocIAção mIcrorrEGIonAl formAlIzA conSórcIo InTErmUnIcIpAl no SUl DE mInAS

Amm GArAnTE pArTIcIpAção EfETIvA no conSElho ESTADUAl DE políTIcA cUlTUrAl

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INSTITUTO AMM

AlUnoS fAzEm vISITA TécnIcA Ao TrIBUnAl DE conTAS DE mInAS GErAIS

InSTITUTo Amm ESTABElEcE pArcErIAS QUE BEnEfIcIAm EDUcAção E GESTão púBlIcA

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Os alunos do curso de Direito da Faculdade Pre-sidente Antônio Carlos - NL, gerida pelo I-AMM, ti-veram a oportunidade de conhecer o funcionamento do Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais (TCE-MG). A visita técnica fez parte do projeto Co-nhecer, programa de visitação do TCE que tem como objetivo fazer com que a sociedade possa compre-ender melhor o funcionamento e as atribuições do órgão de controle.

O coordenador do curso de Direito da faculda-de, professor Leonardo Ferraz, o superintendente do I-AMM, Gustavo Nassif, o conselheiro José Alves Viana e a diretora da Escola de Contas do TCE-MG, Natália Araújo, receberam os alunos e reforçaram a importância de conhecer o papel do órgão como fiscalizador, essencial no controle do uso responsá-vel dos bens e recursos públicos. Eles enfatizaram as principais funções do TCE: julgar e emitir parece-res sobre as contas do governo estadual e municipal, para serem julgadas pelas Assembleias Legislativas e pelas Câmaras Municipais.

Além de visitar alguns setores do TCE-MG, os es-

Fortalecer e ampliar o acesso da população ao ensino superior em Minas Gerais, contribuindo para o desenvolvimento da gestão pública nos municípios. É com esse intuito que o Instituto AMM de Ensino, Pesquisa e Extensão trabalha e investe para alcan-çar os 853 municípios do Estado. A instituição, bra-ço educacional da Associação Mineira de Municípios (AMM), tem buscado firmar parcerias e convênios a fim de garantir a promoção da educação continuada e a distância no cenário contemporâneo.

Entre os convênios firmados pelo I-AMM, desta-cam-se parcerias com instituições, sindicatos e as-sociações, que celebram a oferta de vagas com des-contos especiais na graduação dos cursos de Direito e Administração da Faculdade Presidente Antônio Carlos - NL. Atualmente, nesta área, mantêm acor-do com a entidade a Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG), o Colégio Tiradentes da PM, a Defesa Civil Estadual, a Secretaria de Estado de Trabalho e De-senvolvimento Social (Sedese) e o Tribunal de Con-tas do Estado de Minas Gerais.

tudantes puderam acompanhar uma sessão da Câmara, para conhecerem um pouco mais sobre os julgamentos realizados pelo Tribunal de Contas e como eles são relatados e julgados pelos conselheiros. O professor Gustavo Nassif, que também é o diretor da faculdade, afirmou que, no contexto da nova metodologia dos cursos da faculdade municipalista, está inserido um conjunto de visitas aos principais tribunais e órgãos de justiça.

Na parte de associações e sindicatos, destacam-se: a Associação dos Delegados da Polícia Civil (Adepolc); a Associação dos Servidores da Prefeitura de Belo Hori-zonte (Assemp); o Sindicato das Indústrias da Constru-ção Pesada de Minas Gerais (Sicepot) e o Sindicato dos Servidores da Polícia Civil de Minas Gerais (Sindipol).

Além disso, o I-AMM celebra acordo com a UnyLeya, renomada instituição educacional portuguesa, para a viabilização de dez cursos de pós-graduação e MBA a distância. De acordo com o superintendente do Insti-tuto AMM, Gustavo Nassif, a entidade deve ser capaz de fomentar essas parcerias e articular instituições, uma vez que a sociedade atual estabelece contatos em rede. Para 2015, ele ainda anuncia novos convênios. “Estamos em negociação avançada com o Centro Uni-versitário Newton Paiva e a Fundação Cefet-MG, para os cursos de graduação e graduação tecnológica a dis-tância, e a elaboração de concursos públicos, respec-tivamente. As perspectivas são as melhores possíveis”, destaca.

Coordenador do curso de direito, professor Leonardo Ferraz

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INSTITUTO AMM

Mais 600 livros e revistas da Editora Fórum foram doados para a Biblioteca da Faculdade

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DoAção DE lIvroS E rEvISTAS forTAlEcE o AcErvo DA BIBlIoTEcA DA fAcUlDADE prESIDEnTE AnTônIo cArloS -nl

A Faculdade Presidente Antônio Carlos – NL pas-sa a contar com mais 600 livros e revistas em sua biblioteca, para fins de pesquisa e estudo. Resultado de uma parceria entre o Instituto AMM de Ensino, Pesquisa e Extensão (I-AMM) e a Editora Fórum – especializada em publicações voltadas para a gestão pública na área do Direito e da Administração –, a aquisição proporciona a atualização do acervo e garante o atendimento às demandas de pesquisa dos alunos com conteúdos úteis para o desenvolvimen-to educacional e ampliação do conhecimento.

A vice-diretora da faculdade municipalista, Ana Lúcia Paulo, recebeu os livros e destacou a impor-tância dessa soma ao conteúdo da biblioteca da ins-tituição: “Os livros servirão de base para que os nossos alunos possam estudar e se aprofundar nos temas abordados nas aulas. Leitura é algo crucial para a aprendizagem e muitos vão à biblioteca para consultar o acervo, que agora está ainda mais atua-lizado e variado”.

Além de enriquecer o número de títulos ofereci-dos pela biblioteca da faculdade, os livros entrarão

como bibliografia básica ou complementar das discipli-nas durante toda a grade curricular dos cursos. Os títu-los disponibilizados abordam estudos de diversas áreas do Direito, como: Direito Administrativo, Municipal, Ambiental, Constitucional, Disciplinar, Econômico, Eleitoral, Teoria do Estado, Financeiro, Previdenciário, Processual, Regulatório, Sanitário, das Telecomunica-ções, do Terceiro Setor, Urbanístico e Tributário.

O superintendente do I-AMM, professor Gustavo Nassif, enfatizou como a parceria com a editora enri-quece o acesso ao conhecimento de questões ligadas ao setor público: “A AMM já tinha a empresa como parceira em virtude do foco das publicações ligados ao setor público, que são áreas temáticas essenciais para que a Associação possa transmitir de forma didática seus conhecimentos”. Nassif destacou ainda a partici-pação da editora no Congresso Mineiro de Municípios, evento que será realizado pela AMM, em abril. “A Fó-rum estará conosco em um estande para divulgar os seus trabalhos de modo geral. Em contrapartida, ela disponibilizou essas 600 unidades”, destacou.

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QUALIFICAÇÃO

Ações de prevenção a desastres e software de controle de obras são as duas novas abordagens do cQGp

No mês de outubro, dois novos cursos foram lançados pelo Cen-tro de Qualificação para a Gestão Pública (CQGP), com o intuito de fortalecer as ações das prefeituras em questões estruturais e atender às novas demandas de ferramentas tecnológicas: “Gestão em Proteção e Defesa Civil” e “Gestão Informa-tizada GEO-OBRAS”. A área espor-tiva também foi beneficiada com a realização de um seminário sobre o edital do programa Minas Olím-pica Incentivo ao Esporte (MOIE).

A coordenadora do CQGP, Ales-sandra Marx, ressalta que essa busca por novas temáticas é fruto de pes-quisa entre os participantes das ca-pacitações e eventos da AMM, além das demandas passadas aos técnicos da Associação por meio dos aten-dimentos que são realizados com os servidores: “Estaremos sempre em busca dos principais desafios enfrentados por todos os setores da administração pública. Diante de tantas exigências e processos infor-matizados, é fundamental levar esse tipo de conhecimento para todos que trabalham na máquina pública”.

Para fortalecer as ações de pre-venção e minimizar os impactos de desastres naturais nos municípios mineiros, o CQGP planejou um curso sobre proteção e defesa ci-vil. Ministrado pelo capitão Sandro Heleno Gomes Ferreira, da Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG), busca alertar para questões como a

necessidade de mapeamento, alerta e alarme de áreas de risco nas ci-dades, planejamento contingencial e a implantação de núcleos comu-nitários de proteção e defesa civil.

Segundo o capitão Heleno, a ca-pacitação alcança um público capaz de potencializar as ações de pre-venção de desastres no Estado: “O público da AMM é diferenciado. São prefeitos, vereadores, secretários municipais, agentes tão importantes quanto os coordenadores de defesa civil, com os quais já trabalhamos no dia-a-dia. É importante ter esse con-tato porque proteção funciona atra-vés de uma rede, não isoladamente”.

Preocupado com a situação da cidade que representa, o prefeito de Delfim Moreira, José Fernando Coura, participou da capacitação, para ter condições de investir em ações de prevenção e minimização dos impactos causados por ações naturais. “Nosso município está em uma área considerada de risco. Na parte alta da cidade nasce um rio que durante o período chuvoso tem seu volume redobrado. Como ele atravessa a cidade e temos mui-tas casas na beira do percurso, tor-na-se um agravante para nós. Por isso é importante pensar em es-tratégias de prevenção”, justifica.

novAS cApAcITAçõES ofErEcEm TEmáTIcAS ESTrUTUrAIS E TEcnolóGIcAS AoS SErvIDorES

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Capitão da PMMG, Sandro Heleno, ministrou curso sobre a importância da prevenção no período das chuvas

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QUALIFICAÇÃO

Auxílio no uso de software do TCEMG

Torna-se necessário capacitar os servidores responsáveis pela implan-tação e utilização do Geo-Obras, software desenvolvido pelo Tribunal de Contas do Estado de Minas Ge-rais (TCEMG). O curso sobre gestão informatizada de planejamento, con-tratação e execução de obras e ser-viços de engenharia, ministrado pelo analista de controle externo do Tri-bunal, Luiz Henrique Starling escla-rece questões sobre o Geo-Obras, ferramenta fundamental de acom-panhamento e consulta dos investi-mentos realizados pelas administra-ções públicas municipais e estaduais.

Segundo Starling, “com o conheci-mento oferecido pelo novo progra-ma, é possível realizar estudos pré-vios da documentação, para tornar as inspeções mais rápidas e eficazes, ou até mesmo evitar verificações in loco de denúncias que não são pro-cedentes”. Para o prefeito do muni-cípio de Dores de Guanhães, Rober-to Sérgio de Oliveira, a participação

dos gestores e dos secretários de obras é fundamental para que os ser-vidores estejam atualizados e aten-tos quanto à fiscalização das obras das cidades. “Nós, prefeitos, também precisamos participar das capacita-ções para sabermos os deveres das prefeituras e saber o que devemos cobrar dos nossos funcionários”.

Incentivo ao esporte

De acordo com o novo edital do programa Minas Olímpica Incenti-vo ao Esporte (MOIE), as empresas contribuintes do Imposto sobrOperações relativas à Circulação de Mercadorias e Prestação de Ser-viços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunica-ção (ICMS) podem destinar parte do imposto de renda a ser reco-lhido para apoiar projetos esporti-vos apresentados por instituições sem fins lucrativos, prefeituras e entidades da administração públi-ca interna. Para dar oportunidade aos servidores municipais ligados à área, foi realizado um seminário

sobre o edital, em parceria com o Conselho Regional de Educação Fí-sica da 6º Região (CREF6) e com o apoio do Governo do Estado.

Gestores esportivos, represen-tantes de empresas e de entidades sem fins lucrativos foram orientados quanto ao planejamento, elaboração e execução de projetos esportivos. O coordenador da Secretaria de Esportes da cidade de São Gonça-lo do Rio Abaixo, Gabriel Ferreira, relata que conhecer melhor as re-gras do edital é fundamental para que o município consiga captar re-cursos para investir nos projetos.

A técnica do departamento de Recursos Públicos da AMM, Mara Rabelo, reforçou que os municípios precisam ficar atentos às normas para que os projetos não sejam bar-rados. “Os incentivos são primor-diais para que a prefeitura não com-prometa seu orçamento”, atenta.

Capacitações no interior

As capacitações oferecidas pelo CQGP também foram para o inte-rior do Estado. O curso “Sistema de Registro de Preços” (SRP) foi ministrado pelo advogado Felipe Ansaloni em Caxambu, no final de outubro. O apoio da Associação dos Municípios da Microrregião das Águas (Amag) garantiu a presen-ça de gestores e servidores de di-versos municípios do Sul de Minas.

O palestrante Felipe Ansaloni deu explicações sobre a base legal do sis-tema, que viabiliza uma melhor pos-sibilidade de pesquisa e acesso a pre-ços e serviços mais vantajosos para a administração pública. Além disso, apontou as vantagens e desvanta-gens, o roteiro para utilização do sistema e as atribuições e contratos que envolvem os trâmites do SRP.

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Servidores municipais participam do curso de qualificação sobre a ferramentade fiscalização de obras do TCE

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Page 18: Notícias das Gerais nº 53

A Associação Mineira de Municí-pios (AMM), em parceria com a Con-federação Nacional dos Municípios (CNM),realizou em outubromais uma caravana do “AMM em Ação”. O projeto que leva ao interior do Estado técnicos e especialistas para discutir os desafios enfrentados pe-los municípios, passou pelas cidades deUberlândia, Araxá e Patos de Minas.

A Associação dos Municípios da Microrregião do Vale do Paranaí-ba(AMVAP), com sede em Uberlân-dia, foi uma das entidades a receber o encontro. O coordenador de es-tudos técnicos da CNM, Eduardo Stranz, abriu o evento e ressaltou a importância de estreitar os vínculos dos gestores municipais com entida-des representativas da classe. “Bus-camos fortalecer o movimento mu-nicipalista. Para que isso aconteça, é preciso que os prefeitos se unam, só assima realidade dos municípios pode mudar”, concluiu.

Com a proximidade entre a AMM e as Associações Microrregionais a prestação de serviços aos municípios mineiros fica cada vez melhor. A co-ordenadora das Áreas Técnicas da AMM, Vivian Bellezzia, acompanhou o evento em Uberlândia e destacou que fortalecer os laços entre as asso-ciações e os municípios é fundamen-tal para o desenvolvimento local. “As ações de sucesso de um município podem servir de exemplo para ou-tras cidades”, enfatizou.

Araxá e Patos de Minas também receberam orientações sobre as di-ficuldades enfrentadas pelas cidades, como o excesso de encargos e obri-

gações impostas,principalmente pelo governo federal,sem a garantia do repasse de recursos para a prestação dos serviços públicos.

Meio Ambiente

O tema meio ambiente foi um dos destaques da Caravana já que muitos municípios precisam se adequar ao Plano Nacional de Saneamento Bási-co, que inclui o fim dos lixões. Os técnicos do departamento de Meio-Ambiente da AMM, Licínio Xavier e Sérgio Martins, estiveram presentes nos encontros e alertaram sobre o que as prefeituras podem fazer para se adequaremao Código Florestal Mineiro e evitar penalidades.

Segundo dados do departamen-to de meio ambiente da AMM, mais de 500 cidades mineiras ainda fazem o manejo inadequado do lixo e não têm capacidade de resolver as ques-tões legais sozinhas.

Para dar a destinação correta aos resíduos, cerca de 70% dos municí-pios de Minas teriam que apresentar projetos para participar de consór-cios intermunicipais, o que demanda tempo para aprovação.A determina-ção do Ministério Público Estadual é de tolerância zero com os infratores que não estão dando o tratamento adequado aos resíduos sólidos.

Para o prefeito de Cascalho Rico, Dário Borges de Rezende, ações como estas promovidas pela AMM e CNM são fundamentais para alertar os gestores sobre temas atuais. “O Ação Municipalista auxilia no desen-volvimento das administrações lo-cais. Os municípios sempre se depa-ram com alguma lei nova, e precisam estar em dia com suas obrigações. Sendo assim, as orientações são im-portantes e ajudam as cidades a não serem punidas por falta de conheci-mento”, afirmou.

INSTITUCIONAL

cidades mineiras participaram do evento promovido pela Amm e cnm com objetivo de orientar os gestores e fortalecer o movimento municipalista

UBErlânDIA, ArAxá E pAToS DE mInAS rEcEBEm “Ação mUnIcIpAlISTA”

Equipe da AMM e CMM recebem servidores e gestores municipais em Uberlândia

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REPORTAGEM DE CAPA

Atualmente 80% da população brasileira vive nos centros urbanos. Porém, em várias partes do territó-rio nacional, faltam políticas públicas adequadas para solucionar os proble-mas de mobilidade urbana. Em 2012, foi criada a Lei Federal 12.587/2012, que definiu as diretrizes para todos

os entes da federação. Com isso, até abril de 2015, os municípios acima de 20 mil habitantes terão que criar o seu Plano Municipal de Mobilidade Urbana, com base na legislação. Da-dos do Instituto Brasileiro de Geo-grafia e Estatística (IBGE), apontam que apenas 10% dos municípios bra-

sileiros se adequaram até o momen-to. A lei foi sancionada para atender à necessidade de se regulamentar os artigos 21, inciso 20 e 182 da Consti-tuição Federal, que impõem à União estabelecer as diretrizes do desen-volvimento urbano e das funções so-ciais da cidade.

moBIlIDADE UrBAnA: DESAfIo pArA oS GESTorES mUnIcIpAIS Até abril de 2015, municípios brasileiros acima de 20 mil habitantes precisam elaborar

seu plano municipal de mobilidade Urbana. Gestores esbarram na falta de conhecimento e poucos recursos para executar seus projetos

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ForaDe acordo com a promotora de

justiça e coordenadora estadual do departamento de Habitação e Ur-banismo do Ministério Público de Minas Gerais, Marta Alves Larcher, a Lei de Mobilidade Urbana é bas-tante avançada e inclui vários temas importantes para o desenvolvimen-to das cidades. “É fato que, mesmo tendo a norma que obriga a cria-ção do Plano, em grande parte dos municípios os administradores não possuem conhecimento nem recur-sos para desenvolver os projetos”, afirma.

Com base nos dados do Ministério Público de Minas Gerais, cerca de 50 cidades desenvolveram o plano até o momento. Para Larcheré, esse é um número muito baixo, diante de um total de 178 municípios.”Infeliz-mente, poucos estão se mexendo para cumprirem os prazos, apesar de já estarem cientes da lei”, com-pleta. De acordo com a promotora existem dois pontos importantes da legislação que preocupam os municí-pios: a valorização do transporte não motorizado e do transporte coleti-vo. “Esse segundo ponto é um pro-blema ainda maior para as pequenas e médias cidades, porque na reali-dade, muitos não têm nem licitação para transporte público”, relata.

De acordo com a técnica do de-partamento de Economia da AMM, Angélica Ferreti, a mobilidade ur-bana é um dos grandes desafios da administração pública municipal. “O transporte público coletivo de pas-sageiros vem se destacando como uma das principais demandas da so-ciedade. Entretanto, a solução deste gargalo passa, necessariamente, por uma análise detalhada de vários fa-tores, tais como: o conhecimento da região, que possibilita planejar e tra-çar rotas mais eficientes; a viabilida-

de econômica da atividade lastreada nos custos e no estudo do fluxo de pessoas; a forma de contratação de empresas para prestarem esses ser-viços e a capacidade do município de acompanhar, fiscalizar e monitorar a atividade, a partir do ponto de vista do cidadão”, explica.

Falta estrutura aos municípios

O advogado e autor do livro “Co-mentários à Lei de Mobilidade Ur-bana”, Geraldo Spagno Guimarães, possui larga experiência na área e tem prestado consultorias em muni-cípios de médio porte, com mais de 200 mil habitantes. “Nunca houve no país uma política pública de mobili-dade urbana eficiente. No universo de 1.720 municípios brasileiros são poucos os que estão se adequando. A realidade é que eles estão em ab-soluto despreparo”, alerta. O espe-cialista afirma que, em curto prazo, o preparo por meio de treinamento e

consultorias não habilita a capacita-ção do pessoal.

Para Spagno, os principais entraves para que se crie um plano de mobili-dade urbana são vontade e decisão política adequadas que norteiem uma ação integrada e comprometida den-tro da administração pública. E pon-dera ainda que “a população precisa ter regras e políticas públicas claras e eficientes, assim como planejamento adequado para longo prazo, além de investimento em infraestrutura com foco nos transportes coletivo e não motorizado”.

De acordo com a Confederação Nacional dos Municípios (CNM), a maioria dos municípios não possui corpo técnico e raramente desenvol-ve estudos para a gestão do trânsito ou para a mobilidade, não contando também com a participação da socie-dade. Para a equipe da área técnica de Trânsito da CNM, sem superar tais dificuldades as administrações municipais não conseguirão definir uma política de mobilidade urbana

Juiz de Fora já criou o Plano Municipal de Mobilidade e vem se preparando paraexecutar as ações

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REPORTAGEM DE CAPA

que objetive equacionar as ações e aprimorar os recursos financeiros destinados à área.

Em seu informativo, a CNM colo-ca que diante da obrigatoriedade da elaboração do Plano de Mobilidade é primordial que o município reali-ze um mapeamento de sua realidade para determinação das prioridades. O Plano será um instrumento que contemplará o diagnóstico do pano-rama atual, o planejamento para a gestão das demandas e qualificação da mobilidade e a implantação, ge-renciamento e monitoramento, além de ser um processo que deve ser rvi-sado constantemente.

Caminhos

A secretaria de Mobilidade Urba-na da prefeitura de Juiz de Fora é responsável por gerir e atender uma população de 550 mil habitantes na prestação de serviços de transporte e mobilidade. Por mês, mais de nove milhões de usuários utilizam o trans-porte público da cidade que conta com 268 linhas e uma frota de 600 ônibus. Para gerir e buscar soluções para essa equação, a prefeitura con-tratou uma empresa de consultoria.

De acordo com o subsecretário de mobilidade urbana de Juiz de Fora, Mauro Branco, a prefeitura está refazendo o Plano Diretor do município, que prevê além da mo-bilidade, habitação e saneamento, dentre outros setores que estão previstos na lei federal. “A maior di-ficuldade é seguir uma lógica e bus-car soluções, além de transformar a ideia em realização. Devemos pro-por um conceito de cidade que con-siga contemplar as individualidades e que também priorize o coletivo”, pontua.

No plano de mobilidade também

foram definidas duas áreas de atua-ção: a reestruturação do processo coletivo (linhas de ônibus) e a ope-ração da rede. “Todas as ações estão sendo feitas por etapas para que o usuário perceba as mudanças. Um dos próximos passos é a instalação do bilhete único”,destaca.

Com 584 mil habitantes, Uberlân-dia também está atenta à questão. O Plano de Mobilidade Urbana do município possui várias diretrizes como um sistema viário que prioriza o transporte coletivo e não o mo-torizado,a ampliação dos corredo-res de transporte e até uma análise de como a cidade deve se adequar quando chegar a um milhão de ha-bitantes. De acordo com o assessor municipal da secretaria municipal de Trânsito e Transportes, Divino San-to, “o município sempre se preparou para o crescimento da população urbana e para as altas demandas de mobilidade. Por isso, priorizamos o transporte coletivo, as ciclovias e as vias de acesso para os pedestres.”

Uberlândia possui soluções mo-dernas de transporte coletivo, entre as quais se destaca a implantação de um corredor de ônibus de transpor-te rápido. “O BRT foi inaugurado em 2006, mas está previsto um projeto de implantação de cinco novos cor-redores com a aprovação do Pro-grama de Aceleração do Crescimen-to (PAC), e para isso deve ocorrer, ainda neste ano, o processo licitató-rio “, explica Santo

A prefeitura municipal de Uberlân-dia confirma ainda que outros avan-ços estão sendo preparados para os próximos meses como os equipa-mentos eletrônicos de controle de tráfego e os dispositivos de informa-ção (aplicativos), que facilitam a vida das pessoas no trânsito. “É constante o uso de estudos científicos e obser-vatórios com informações sistemáti-cas e periódicas que oferecerão indi-cativos para novas medidas a serem adotadas quanto à Mobilidade Urba-na”, declara o assessor.

Uberlância foi a primeira cidade mineira a implantar um corredor de ônibus detransporte rápido

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Em primeiro lugar os prin-cípios, objetivos e diretrizes da Política Nacional de Mobilidade Urbana (Lei Federal 12.587/2012).

Levar em consideração a reali-dade local no que diz respeito à mo-bilidade, acessibilidade, transporte e trânsito: o sistema viário, a cir-culação, os serviços de transporte coletivo e individual, os modos não motorizados e as calçadas, os esta-cionamentos em espaços públicos

(nas ruas) e privados (nos imóveis) e os pólos geradores de tráfego.

A compatibilidade ou integração do Plano de Mobilidade Urbana com o Plano Diretor Municipal. Esse pon-to é de extrema importância, pois deve-se levar em consideração que a mobilidade é sempre condiciona-da e influenciada pelos padrões de uso e ocupação do solo, portanto, as políticas de uso e ocupação do solo e de mobilidade devem estar

integradas para garantir o desenvol-vimento urbano equilibrado.

Os municípios menores devem levar todos esses aspectos em con-sideração, mas devem dar especial atenção às questões relacionadas aos pedestres e às bicicletas, pois neles esses modos de transporte podem resolver grande parte dos problemas de mobilidade .

Resultados efetivos

O coordenador da área de Mo-bilidade Metropolitana no Projeto Macrozoneamento Metropolitano de Belo Horizonte, Tiago Esteves, aju-dou a elaborar o Plano Diretor da capital e dos municípios de Divinó-polis e Itamarandiba.

Segundo Esteves, “Minas Gerais possui 178 municípios com mais de 20 mil habitantes, porém só 30% des-se número está cumprindo com suas obrigações relacionadas à Política de Mobilidade Urbana”. Ele confirma que a obrigatoriedade não seria ela-boração dos Planos não é recente, por outro lado deve-se observar que ela vem se somar a uma série de ou-tras responsabilidades com as quais os municípios têm de arcar, muitas vezes sem os recursos suficientes para isso. “As cidades que ainda não iniciaram o desenvolvimento dos planos devem reservar recursos e priorizar sua realização, buscando principalmente desenvolver planos que impliquem em resultados efeti-

vos nos serviços de transporte e na circulação”, enfatiza.

Sobre sua experiência na exe-cução de planos diretores, Esteves explica que em Belo Horizonte os principais pontos foram a consolida-ção de diretrizes que priorizassem os pedestres, como os modos não motorizados em geral e o transporte coletivo, assim como a necessidade de contenção do uso do transporte individual motorizado.

Em Itamarandiba, o plano de mobi-lidade focou principalmente na reali-dade da cidade histórica. Segundo o especialista, foram identificadas defi-ciências em estradas municipais, cuja melhoria foi feita com vistas ao estí-mulo da atividade turística. “Na área urbana se propôs a reestruturação do sistema viário com dois principais objetivos: disciplinar o transporte de cargas, retirando a circulação de car-retas e caminhões da área central, e melhorar as condições de circulação de pedestres”, afirma.

Com outro perfil, o município de Divinópolis já priorizou outras dire-trizes, que mesmo não sendo obri-

gatórias pela lei 12.587/2012, serão incluídas no Plano de Mobilidade. Se-gundo Esteves, as ferrovias existen-tes no município, podem ser utiliza-das para o transporte de passageiros - como Veículos Leves sobre Trilhos (VLT). “Isso foi motivado pela boa inserção urbana das ferrovias exis-tentes que passam pelo centro e por vários bairros densamente ocupa-dos”, conclui.

O município de Divinópolis votou, recentemente, na Câmara Municipal o Plano Diretor que inclui o Plano de Mobilidade Urbana. De acordo com o prefeito, Vladimir Azevedo, essa será uma grande ferramenta para melhorar ainda mais o serviço pres-tado à população. “No plano detec-tamos que a população de veículos vem crescendo mais que a população de pessoas. Somos uma cidade pólo, com indústrias de vários segmentos precisamos nos preparar, por isso, um dos focos do plano é justamente priorizar o transporte coletivo, com opções mais atrativas para a popula-ção”, pontuou o prefeito.

O que um gestor municipal deve levar em conta ao elaborar o Plano de Mobilidade Urbana?

Informações: Tiago Esteves/ PBH

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Um dos principais programas de financiamento e apoio a projetos municipais é o Programa de Moder-nização da Administração Tributária e dos Setores Sociais Básicos Auto-máticos (PMAT). Criado em 1997, pelo Banco Nacional de Desenvolvi-mento Econômico e Social (BNDES), o programa financia, principalmente, a modernização da administração municipal tributária, além dos seto-res sociais básicos: saúde, educação e assistência social. Até o momento, já foram liberados financiamentos no valor total de R$ 926 milhões.

Desde seu lançamento, o PMAT passa por uma série de mudanças, com o objetivo de simplificar e dar maior celeridade ao processo. De acordo com informações das áreas técnicas do departamento de Ges-tão Pública da Área de Infraestrutura Social do BNDES, entre as principais definições, foi excluído o limite por população e estipulado que o fator determinante para definição de for-ma de apoio financeiro seria o valor de financiamento. O benefício tam-bém passou a ser oferecido a todos os municípios do território nacional, o que expande sua abrangência e contribui para a melhoria da gestão municipal.

De acordo com a superintendente da AMM, Cristina Márcia Mendonça, o PMAT é uma oportunidade para que os gestores consigam recursos

para melhorar a qualidade do servi-ço oferecido à população. “Com o aporte financeiro do programa, as prefeituras podem automatizar al-guns setores, principalmente de ar-recadação municipal”, explica.

A superintendente cita como exemplo o uso de ferramenta de ge-oreferenciamento para atualização da base de dados do IPTU. A pro-posta da AMM é facilitar o processo, por meio de parcerias, oferecendo recursos para a criação de projetos. “A melhoria da arrecadação é uma forma de o município captar e au-mentar a receita, podendo reverter em benfeitorias para a população”, afirma Cristina.

Para adquirir os financiamentos, os municípios terão disponíveis li-nhas de crédito, por meio de ins-tituições financeiras parceiras do BNDES, que são Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil e Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG). “Já estamos viabilizando uma parceria com a Caixa Econômi-ca Federal, com o objetivo de agilizar o trâmite legal. Por meio da equipe técnica, os gestores municipais te-rão apoio para montar o Projeto de Modernização e conseguir, de forma mais ágil, o financiamento”, conclui a superintendente.

Segundo o vice-presidente de Go-verno da Caixa, José Carlos Meda-

De acordo com o vice-presidente de Governo da Caixa, José Carlos Meda-glia Filho, o programa vai estreitar o relacionamento com os municípios

Amm promove parceria com instituições financeiras para facilitar o financiamento e impulsionar mudanças na gestão

proGrAmA Do GovErno fEDErAl ApoIA o DESEnvolvImEnTo DA ADmInISTrAção mUnIcIpAl

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glia Filho, “a parceria com a AMM vai proporcionar um aumento substan-cial nos negócios e o estreitamento do relacionamento entre a Caixa e os municípios associados, que se be-neficiarão do financiamento e, sem dúvida, terão grandes benefícios, como a melhoria na qualidade da gestão e o aumento na arrecadação”.

Exemplos

O município de Pará de Minas con-seguiu o financiamento por meio do Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG). Para adesão ao pro-grama, foi elaborado um projeto em conformidade com as ações passíveis de apoio do BNDES e com a realida-de local. De acordo com a assessoria da prefeitura, o material foi desen-volvido pelo Núcleo Especial de Mo-dernização da Administração Tribu-tária (Nemat), formado pela equipe

de governo e técnicos da prefeitura.Além do aporte, o BDMG prestou

consultoria ao município para definir os eixos de atuação do programa, a lógica das intervenções e os obje-tivos das ações propostas pela ad-ministração municipal. A assessoria informa que os investimentos serão revertidos na aquisição de equipa-mentos de informática, contratação de serviços especializados, aquisição de móveis, reestruturação de redes elétrica, de telefonia e de dados, além de capacitação profissional.

PMAT em detalhes

Para conseguir o financiamento, os municípios precisam estar em dia com a Secretaria da Receita Federal, com a Previdência Social e, ainda, obter liberação da Secretaria do Te-souro Nacional. A regularidade das obrigações junto ao CAUC - Serviço

Auxiliar de Informações para Trans-ferências Voluntárias também é um dos requisitos. Como garantia, os municípios devem oferecer uma co-ta-parte do Fundo de Participação de Municípios e/ou receitas provenien-tes do ICMS e ICMS - Exportação.

O aporte do PMAT é de até 90% do valor, com prazos para pagamento de até oito anos, incluindo carência de dois anos. Entre as ações passí-veis de financiamento estão cadas-tro multifitalitário, gestão de contro-le e processos, projetos na área de administração tributária e financeira, gestão de recursos humanos, etc. O programa também financia projetos de investimentos para o fortaleci-mento da capacidade gerencial, nor-mativa, operacional e tecnológica da administração municipal, como má-quinas e equipamentos, dentre ou-tros. A parceria entre AMM e Caixa será assinada ainda este ano.

PARCERIA

O PMAT poderá ser contratado até o dia 31 de agosto de 2018.

Os recursos disponíveis são de R$ 1 bilhão.

O PMAT pode ser financiado de três formas: PMAT Automático, PMAT indireto não Automático Finem e PMAT Direto Finem. Veja quadro abaixo:

SAIBA mAIS

Tipo de Investimento Valor Mobilidade PMAT Formas de Apoio

(a) Máquinas e equipamentos

(b) Projetos de investimento

(c) Projetos de investimento

Sem limite

Até R$ 20 milhões

Acima de R$ 20 milhões

BNDES PMAT Automático – Máquinas

e Equipamentos

BNDES PMAT Automático – Investimento

BNDES PMAT Finem

Indireta – via instituição financeira credenciada

Indireta – via instituição financeira credenciada

Direta (via BNDES) ou indireta (via instituição financeira credenciada)

Fonte : BNDES

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MEIO AMBIENTE

cidades da região central do Estado desenvolvem consórcio para resolução de problemas com o lixo

TécnIcoS DE mEIo AmBIEnTE vISITAm árEAS DA AmmA pArA ImplAnTAção DE UnIDADES DE TrIAGEm E compoSTAGEm

Técnicos do departamento de Meio Ambiente da Associação Mineira de Municípios (AMM) visitaram, no último mês, áre-as da Associação dos Municípios da Microrregião da Mantiqueira (AMMA), na região central do Es-tado, para analisar terrenos onde deverão ser construídas cinco Uni-dades de Triagem e Compostagem (UTC’s), atendendo 13 cidades lo-

cais. Com a criação das Unidades, os lixões existentes nos municípios deverão ser abolidos.

Conforme explica o secretário executivo da AMMA, Manoel José Rettore Cabral, a visita da equipe técnica foi de fundamental impor-tância, pois possibilitou uma análise favorável e qualificada na escolha dos terrenos. “A análise se faz ne-cessária, uma vez que os terrenos

terão que atender a Deliberação Normativa do Conselho de Política Ambiental (Copam), nº 118, para que a licença de instalação da cons-trução das UTCs seja concedida”, declara.

Na oportunidade, a equipe tam-bém visitou a Unidade de Triagem e Compostagem de Ibertioga, refe-rência no Estado e de responsabi-lidade técnica da AMMA. “A ado-

A Unidade de Triagem e Compostagem (UTC´s) de Ibertioga é referência para outros municípios mineiros

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MEIO AMBIENTE

ção da UTC fomenta a criação de um sistema comprometido com a proteção ambiental, que propicia a economia de energia e recursos na-turais e proteção à saúde pública, criando oportunidades de emprego e de negócios para a comunidade”, justifica o técnico de Meio Ambien-te da AMM, Licínio Xavier.

Através do estudo de viabilidade técnica, a AMMA dividiu a implan-tação das Unidades de Triagem e Compostagem da seguinte for-ma: atendimento aos municípios de Senhora dos Remédios, Capela Nova, Alfredo Vasconcelos e Res-saquinha, com UTC em Ressaqui-nha; atendimento aos municípios de Santa Bárbara do Tugúrio, Pai-va e Oliveira Fortes, com UTC em Oliveira Fortes; atendimento aos municípios de Santana do Ga-rambéu e Santa Rita do Ibitipoca, com UTC em Santa Rita do Ibiti-poca; atendimento aos municípios de Desterro do Melo, Cipotania e Alto Rio Doce, com UTC em Alto Rio Doce; atendimento ao municí-pio de Antônio Carlos, com UTC na própria cidade.

O desenvolvimento das Unida-des faz parte das ações do Consór-cio de Desenvolvimento da Área dos Municípios da Microrregião da Mantiqueira (Codamma), que atua de forma multissetorial e sob três pontos específicos: Saúde Animal, Iluminação Pública e UTCs.

Aprovação

Em outubro, foi aprovada pela Câmara dos Deputados a Medida Provisória 651, que inclui artigo

ampliando o prazo para que as pre-feituras substituam os lixões por aterros sanitários, como previsto no Plano Nacional de Resíduos Só-lidos. Se for aprovada pelo Senado e sancionada pela presidência da República, a medida garantirá aos municípios uma prorrogação do prazo até agosto de 2018.

O tema estava incluído na Me-dida Provisória (MP) que trata de medidas de incentivo à economia, entre as quais a que desonera a fo-lha de pagamento de vários setores. Antes da votação, o presidente da Câmara, deputado Henrique Edu-ardo Alves informou que seriam retirados 11 artigos do texto por considerá-los estranhos ao tema original da MP, como o que trata da ampliação do prazo para a cons-trução dos aterros. Mas, na hora da votação, o plenário voltou a incluir o artigo referente aos lixões, que acabou sendo aprovado.

A Associação Mineira de Mu-nicípios, junto com o movimento municipalista, já vinha desenvolven-do uma série de ações para que o adiamento fosse possível. Segun-do o técnico do departamento de Meio Ambiente da AMM, Licínio Xavier, foi sinalizado ao governo do Estado, por meio da Fundação Estadual de Meio Ambiente (Feam) e da Secretaria de Estado de Meio-Ambiente e Desenvolvimento Sus-tentável (Semad), a impossibilida-de dos gestores cumprirem o que está disposto na lei, dada a difícil situação vivida pelos municípios. “Não basta só a prorrogação, as prefeituras devem ser munidas de recursos financeiros e projetos dos governos estadual e federal, para que sejam capazes de destinar ade-quadamente os resíduos sólidos”, atenta Licínio.

Na oportunidade, o técnico da AMM visitou a UTC em Ibertioga

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Através de regulamentações como a rotulagem, a vigilância Sanitária fiscaliza a qualidade dos alimentos comercializados

fIScAlIzAção SAnITárIA GArAnTE A SAúDE DA popUlAção

DESENVOLVIMENTO

A segurança dos alimentos é consequência do controle de to-das as etapas da cadeia produtiva, desde o campo até a mesa do con-sumidor. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) é res-ponsável por essa fiscalização em todo o território nacional, e com o apoio de estados e municípios, garante os registros dos produtos e a certificação das empresas pro-dutoras. Em Minas Gerais, essa parceria foi reforçada pelo Proje-to de Fortalecimento da Vigilância em Saúde, instituído pela Resolu-ção SES 3152/2012. Ele garante a saúde da população por meio da regionalização das ações de vigi-lância sanitária, epidemiológica e ambiental, constituindo um siste-ma em saúde delineado de acor-do com as demandas locais, o que possibilita uma maior atenção diante dos produtos comerciali-zados informalmente, garantindo a saúde e segurança dos cidadãos.

Supermercados, açougues, mer-cearias, feiras, são fiscalizados pelo órgão e devem obedecer às regras e padrões previstos em leis e decretos dos três níveis da ad-ministração pública. A Visa, como geralmente a Vigilância Sanitária é tratada, licencia os fabricantes dos produtos e para isso realiza inspeção sanitária, no intuito de verificar o cumprimento de boas

práticas de fabricação e só assim emite o Alvará de Funcionamen-to, que deve ser renovado anual-mente de acordo como o Código de Saúde do Estado de MG, Lei 13.317/99.

Para a superintendente de Vi-gilância Sanitária da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais, Maria Goretti Martins de Melo, a descentralização organizada por elencos norteadores garante uma maior eficácia no resultado final das ações do órgão de fiscaliza-ção sanitária. “Para ter sucesso, é necessário trabalhar de forma regionalizada, com a participação

dos municípios, uma vez que o universo de suas ações é gigan-te e quem está mais próximo é, com certeza” conhecedor do seu território”, enfatiza.A fiscalização sobre os estabelecimentos que comercializam alimentos indus-trializados e in natura tem sido crescente, segundo ela.

Rotulagem como esclarecimento

Os rótulos dos alimentos fazem parte do rol de medidas previstas pela Anvisa para a comercializa-ção de produtos alimentícios. Eles

Agentes sanitários são responsáveis pela fiscalização dos alimentos em estabelecimentos comerciais

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Page 29: Notícias das Gerais nº 53

devem informar ao consumidor as principais características dos ali-mentos, como origem, nome e composição do alimento, dentre outras informações importantes e necessárias neste processo de comunicação.

A fiscal do Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA), Debo-rah Teixeira Evangelista, fala do papel desse instrumento para o consumidor final. “A rotulagem dos alimentos possibilita uma die-ta mais saudável e equilibrada. De certa forma, possibilita que os consumidores disponham de informações completas sobre os produtos que estão adquirindo com vistas à proteção de sua saú-de assim como outros interesses próprios”, afirma.

A regulamentação do que deve ser especificado nos rótulos é complexa. Alguns alimentos são objeto de mais de uma regulamen-tação específica, como é o caso dos alimentos para fins especiais (alimentos destinados a grupos populacionais específicos, como diabéticos ou crianças ou ges-tantes, dentre outras; alimentos para pessoas alérgicas a determi-nados componentes do alimento), alimentos geneticamente modi-ficados e bebidas diversas. “Por razões fisiológicas ou mesmo, pa-tológicas, as pessoas precisam ter acesso a esse tipo de informação para escolher os alimentos que mais se adequam à sua necessida-de”, explica Deborah.

Segundo ela, os municípios, dentre suas atribuições de nature-za pública, devem ser instrumen-tos facilitadores no processo de disseminação das legislações que abordam o tema da rotulagem de alimentos. “Tendo em vista tra-

tar-se de um tema que contempla muitas legislações, o processo de divulgação requer, previamente, treinamentos de servidores, se-jam esses treinamentos aborda-dos de forma mais ampla ou es-pecífica, conforme a demanda de cada localidade”, completa.

Tema gera dúvidas

Devido à gama de especifica-ções de rotulagem para cada pro-duto, os órgãos fiscalizadores se deparam com responsáveis téc-nicos que não estão preparados para o assunto. A fiscal do IMA, Deborah Evangelista, afirma que a rotulagem de alimentos deve ser padronizada, considerando a grande diversidade de legislações relativas a esse tema.

Questões específicas da rotu-lagem geral, nutricional, além de algumas referências legais rela-cionadas a assuntos da rotulagem mereceram destaque: gorduras trans, norma da obrigatoriedade de expressão relativa à ausência ou presença do glúten, normas relativas aos alimentos orgânicos.

No Brasil, a vigilância sanitária está a cargo do Siste-ma Nacional de Vigilância Sanitária (SNVS), coordenado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), órgão diretamente vinculado ao Ministério da Saúde.

Como parte integrante do SUS, a vigilância sanitária é re-sponsabilidade compartilhada entre as três esferas de gov-erno: União, Estados e municípios. Os municípios, por sua vez, podem suplementar a legislação nacional e estadual, de forma a atender às necessidades e prioridades locais. Agentes sanitários são responsáveis pela fiscalização dos alimentos em

estabelecimentos comerciais

A fiscal do IMA, Deborah Teixeira Evangelista, fala da importância da rotulagem, já que disponibiliza ao consumidor informações completas sobre os alimentos

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Page 30: Notícias das Gerais nº 53

mudanças contemplam adoção de novo regime contábil

ImplAnTAção Do plAno DE conTAS AplIcADo Ao SETor púBlIco AInDA é DESAfIo pArA oS mUnIcípIoS

Prestação de serviços:Associação Mineira de Municípios (AMM)

Departamento Contábil e Tributário(31) 2125-2417

CONTÁBIL

Mudança de cultura, fluxos e tra-balho operacional: não são poucos os desafios que os municípios bra-sileiros enfrentam para a adoção das normas internacionais de con-tabilidade do setor público, com data obrigatória para se estabele-cer. O prazo para implantação do Plano de Contas Aplicado ao Setor Público (Pcasp), conforme portaria da Secretaria do Tesouro Nacio-nal, é dezembro de 2014, porém, na prática, muitas cidades ainda não deram início aos procedimentos necessários para que a prestação de contas ocorra seguindo o novo modelo.

Segundo a técnica do departa-mento Contábil e Tributário da Associação Mineira de Municípios (AMM), Analice Horta, a implanta-ção do Pcasp permitirá a consolida-ção das Contas Públicas Nacionais, conforme determina a Lei de Res-ponsabilidade Fiscal

Da mesma forma, as Demons-trações Contábeis Aplicadas ao Setor Público (Dcasp) também se-rão obrigatórias a partir do próxi-mo ano. Trata-se dos dados pelos quais serão geradas as informações de prestações de contas, que de-verão estar em consonância com os procedimentos do Pcasp. Até o momento, o registro é feito pelo Sistema de Coleta de Dados Contábeis dos Entes da Federação

(SISTN), porém, a partir de 2015, será realizado através do Sistema de Informações Contábeis e Fiscais do Setor Público Brasileiro (Sicon-fi).

Logo, se o município não im-plantar o Pcasp até o final de 2014, consequentemente não conseguirá encaminhar suas contas através do Siconfi, entrando em desacordo com a legislação vigente. “Em tese, os municípios que não se adapta-rem a tempo terão restrições para tomar empréstimos e perderão também o direito de receber re-passes voluntários da União e do Estado, via convênios”, afirma Ana-lice. O não envio da prestação de contas anual para a União também impede que os municípios cum-pram os requisitos do Serviço Au-xiliar de Informações para Transfe-rências Voluntárias (Cauc).

Padrão Internacional

A contadora geral da prefeitura de Belo Horizonte, Lucy Fátima de Assis Freitas, explica que esse mo-vimento faz parte do compromisso firmado pelo Governo brasileiro junto com os órgãos internacionais. Assim, todo o Sistema de Contabi-lidade Pública do país observará as Normas Internacionais de Contabi-lidade.

“Cada prefeitura tem uma carac-terística, tem uma condição eco-nômica e de pessoal, por isso elas devem fazer um diagnóstico em face das novas exigências. Será pre-ciso oferecer capacitação aos ser-vidores, mudança no organograma, questionar se o sistema utilizado ainda atende às necessidades, entre outras coisas”, pontuou.

Em Muzambinho, no Sul de Mi-nas, a expectativa da prefeitura é otimizar as demandas com a im-plantação do Pcasp. Recentemen-te, o município enviou represen-tantes para o curso do Centro de Qualificação para a Gestão Pública (CQGP), do Instituto AMM, que tratou sobre a nova contabilida-de. “Estamos nos preparando para aperfeiçoar e aplicar essa realidade. Mobilizamos nossos profissionais para esse encontro, certos de que o aprendizado será benéfico para a administração. Na questão da con-tabilidade patrimonial ainda temos certa dificuldade, mas estamos nos adequando para que tudo ocorra da melhor maneira possível”, comenta o secretário municipal da Fazenda, Paulo Bocoli.

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INOVAÇÃO

com a implantação do Geo-obras, os municípios passam a fiscalizar qualquerobra ou serviço de engenharia

SofTwArE fAcIlITA fIScAlIzAção DE oBrAS

Para gerenciar as informações das obras executadas em todos os órgãos da esfera municipal e estadual,o Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais (TCEMG) desenvolveu um software, chama-do Geo-Obras.Só para este ano, estão orçados quase R$ 3 bilhões a serem gastos com obras ou ser-viços de engenharia pelo Estado. O software funciona como uma ferra-menta de acompanhamento e con-sulta dos investimentos realizados pelas administrações públicas mu-nicipais e estaduais.

O Geo-Obras passou por tes-tes durante 17 meses, entre agos-to de 2012 e dezembro de 2013, e no período experimental, 66 dos 853 municípios mineiros utilizaram com sucesso a ferramenta on-line. Hoje já estão cadastradas mais de 330 prefeituras municipais. Além de proporcionar melhorias na fis-calização,o Geo-Obras facilita o trabalho do jurisdicionado e ajuda a promover o controle social sobre as obras públicas.

De acordo com o analista de controle externo do TCEMG, Luiz Henrique Starling, o conhecimen-to oferecido pelo novo programa, possibilita realizar estudos prévios da documentação, para tornar as inspeções mais rápidas e eficazes, ou até mesmo evitar verificações in loco de denúncias que não são procedentes.

O sistema é disponibilizado na web aos municípios de forma gra-tuita, e sem a necessidade de qual-quer investimento em máquinas ou sistemas de informática. O Municí-pio de Lavras foi um dos primeiros municípios mineiros a ser selecio-nado para a fase de testes e vem utilizando o Geo-Obras com su-cesso desde então. Segundo o Se-cretário de Obras da cidade, Edu-ardo Michel Jeha, o novo sistema realmente possibilita um controle interno mais eficaz.

As medições de obras são in-formadas com fotografias e refe-rências geográficas. Nos casos de obras de estradas ou de grande área, as coordenadas poderão ser confrontadas com imagens de sa-télites.Outra vantagem é a de que os jurisdicionados terão no Geo-Obras uma ferramenta útil para o controle interno, já que, ao exigir documentos e emitir avisos, o sof-tware demanda melhorias na orga-nização do órgão.

Gestão eficaz

Para facilitar e potencializar o Geo-Obras, o TCEMG implantou um sistema chamado SGI-Obras, que tem a capacidade de aperfei-çoar os procedimentos de segu-rança informatizados, em especial os relativos à auditoria externa e de controle das gestões contábil,

financeira, orçamentária, operacio-nal, patrimonial e fiscal. Os pro-cedimentos são exigidos pela Lei Complementar Federal n. 101, de 4 de maio de 2000, que trata da ne-cessidade de criar um cadastro úni-co com informações relativas aos seus jurisdicionados.

Esse cadastro é a base para o controle de acesso aos sistemas e conterá informações qualificadas a respeito dos órgãos e entidades jurisdicionadas, no âmbito estadual e municipal, bem como em relação aos respectivos gestores.O secre-tário de Obras de Lavras ressalta, “a prestação de informações em tempo real é acompanhada de có-pias digitalizadas dos documentos, que ficarão a salvo no TCEMG, para evitar perdas dos arquivos nas mudanças de gestão”.

Para o cidadão, é disponibilizado o acesso a todos os documentos e imagens de obras públicas, de forma que denúncias, críticas e su-gestões poderão ser encaminhadas diretamente ao Tribunal.

Saiba mais sobre o Geo-Obras. Acesse:

www.portalgeoobras.tce.mg.gov.br

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Page 32: Notícias das Gerais nº 53

CIDADES

Desde que foi lançado pelo Minis-tério das Comunicações, o Cidades Digitais trouxe a proposta de mudar a realidade dos municípios brasileiros. Com o objetivo principal de promover melhoria da gestão pública e dos ser-viços prestados à população, o progra-ma oferece um ambiente propício ao desenvolvimento de negócios locais, a partir da inclusão digital, o que torna a gestão mais eficiente e transparente.

Entre as ações do programa estão a implantação de infraestrutura de alta capacidade de comunicação, a oferta de aplicativos de governo eletrônicos e a capacitação de servidores, o que altera o ambiente local, na medida em que novas práticas de gestão são exigi-das. De acordo com o diretor de Infra-estrutura para Inclusão Digital do Mi-nistério das Comunicações, Américo Bernardes, o Cidades Digitais facilita o acesso ao conhecimento, permitin-do avanços na área educacional. “Nós acreditamos que isso permitirá iniciar um processo contínuo de transforma-ção da realidade municipal, com efei-tos de curto, médio e longo prazos”, afirma.

No âmbito da administração muni-cipal, o Cidades Digitais permite uma melhor eficácia e efetividade nas ações das prefeituras. “O programa é mais eficiente porque permite a implanta-ção de uma gestão automatizada de processos, de integração de informa-ções, garantindo ao prefeito um me-

lhor conhecimento da realidade do município”, disse Bernardes. Com essas operações o diretor acredita que a interação entre os munícipes e a administração será facilitada. “A in-clusão digital é o passo essencial para a construção da cidadania nos dias de hoje”, enfatiza.

Aplicativos

O Cidades Digitais prevê ainda a implantação de aplicativos nas áreas de educação, saúde, gestão tributária e financeira do município, que pode adotar soluções próprias ou valer-se de indicações da secretaria. A Secre-taria de Inclusão Digital, após criterio-so estudo elaborado por instituições parceiras, decidiu-se pela adoção do Urbem (maiores informações abaixo) como aplicativo de governo eletrôni-

co, e já contratou o Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro) para sua hospedagem.

De acordo com Bernardes, está em finalização a publicação da solução no portal Software Público Brasileiro, condição para adoção do aplicativo. Cerca de 30 municípios do projeto-piloto que está implantando redes em 80 municípios manifestaram seu in-teresse no uso do Urbem. “Estamos trabalhando para que a implantação comece no início de 2015. Entende-mos que a colaboração da CNM, fruto de articulação da Secretaria de Rela-ções Institucionais da Presidência da República, por meio da Subchefia de Assuntos Federativos, será de grande importância para a disseminação dos conceitos de modernização e transpa-rência na gestão pública”, conclui.

parcerias propostas pelo cidades Digitais prevê melhorias na gestão municipal

proGrAmA DE InclUSão DIGITAl mUDA A rEAlIDADE DoS mUnIcípIoS

FALA, PREFEITO!

Cidades Digitais auxilia o processo de inclusão digital de crianças e ado-lescentes

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Page 33: Notícias das Gerais nº 53

A prefeitura de Ouro Preto conta com os traba-lhos da Guarda Municipal, também conhecida como Guarda Civil, desde 2006. Atuam hoje no órgão 48 servidores, sendo todos efetivos.

Dentre as ações desen-volvidas pela Guarda estão: fiscalização de trânsito, se-

gurança em eventos promovidos pelo município, apoio aos órgãos de defesa social do Estado de Minas, monito-ramento de vias por câmeras do município e combate a incêndios florestais. Além disso, atua em conjunto com outros setores nas ações de polícia e na garantia do de-sempenho das funções dos órgãos do município de Ouro Preto, como a fiscalização em conjunto com o Departa-mento de Posturas referente à Lei do Silêncio, o auxilio à Santa Casa de Misericórdia na realização da coleta do leite materno do Banco de Leite, dentre outras funções.

Outra ação desenvolvida pela Guarda, em parceria com a secretaria municipal de Educação e apoio do Setor de Posturas da Polícia Militar, é a realização de blitzes educativas. A iniciativa tem o objetivo de promover a conscientização dos motoristas do transporte público escolar.

A Guarda Municipal também é responsável pela fisca-lização do sistema de estacionamento rotativo, que pro-põe um rodízio dos veículos parados nas ruas, para oti-mizar o tempo de permanência nas vagas ofertadas para todos. Para quem necessita estacionar, é preciso com-prar um talão rotativo nos pontos de venda, de acordo com o período de tempo estabelecido para permanência em cada local.

A prefeitura investe em treinamento dos agentes da Guarda ouro-pretana de forma intensa, abrangendo au-las sobre trânsito, direitos dos idosos, direitos humanos, vídeomonitoramento, combate a incêndio, primeiros so-corros, defesa civil, combate ao uso de entorpecentes, inglês e defesa pessoal.

Com o objetivo de atu-ar na proteção do patri-mônio Público e cultural e na prevenção à violência social e urbana, foi criada em Diamantina pela Lei n. 3.110 de 30 de março de 2006, regulamentada pelo Decreto n. 199, de 20 de abril de 2007, a Guarda Municipal Patrimonial. Em

Setembro de 2013, através da Lei 3.803, passou a denomi-nar-se Guarda Civil Municipal (GCM), vindo a atuar dentro dos princípios das políticas de segurança pública, com a par-ticipação plena da sociedade.

Com a implantação do estacionamento rotativo, a Guar-da Civil passou a atuar, diretamente, em sua fiscalização, garantindo mais segurança e mobilidade aos usuários.Em seu quadro funcional atual, possui 54 integrantes, sendo 16 do sexo feminino, 38 de sexo masculino, além de um diretor geral, com duas viaturas e quatro motos para ope-racionalização dos serviços, além de equipamentos de pro-teção individual, como coletes balísticos, equipamentos de telecomunicação - rádios e repetidoras, novos uniformes, dentre outros.

Em breve a Guarda Civil passará a atuar de forma mais efetiva no trânsito com a contratação de uma empresa es-pecializada em serviços de engenharia, que será responsável pela locação, manutenção e operação de equipamentos e sistemas de fiscalização de trânsito, acessórios e mão de obra em geral. Em conjunto com os demais órgãos que compõem o sistema de defesa social, a guarda atua ainda em diversos eventos, tanto de cunho religioso quanto de entretenimento, destacando-se, por exemplo, o carnaval e a Semana Santa.

A Guarda Civil atua tanto nos preparos que os antece-dem, quanto namanutenção da segurança da população e no controle do trânsito local duranteos eventos, garantin-do, assim,que sejam realizados comêxito. Para tanto, conta com o apoio irrestrito da atual administração. Considero a lei 13.022 um grande avanço, por regulamentar as GCMs, inserindo-as definitivamente como mais uma força de segu-rança e por nortear seus objetivos. A Prefeitura de Diaman-tina já está se mobilizando para se adequar, integralmente, à referida lei.

FALA, PREFEITO!

JOSé LEANDRO Prefeito de Ouro Preto

PAULO CéLIO DE ALMEIDA HUGOPrefeito Diamantina

FOTO: Divulgação FOTO: Divulgação

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Realização:Chancela:

Não apague essa ideia.

A Associação Mineira de Municípios - AMM, ajuda a administração pública municipal na aber-tura de novos caminhos que conduzam à moderniza-ção, por meio do Prêmio Mineiro de Boas Práticas na Gestão Municipal. Premiar essas ações é apostar em qualidade e garantir resultados para o cidadão.

Sua cidade também pode participar.

Gestão do DesenvolvimentoUrbano Gestão do

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Política Sobre Drogas

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Os artigos assinados são de inteira responsabilidade de seusautores e não representam a opinião da AMM

ARTIGO TÉCNICO

AS rEGIonAlIzAçõES DoS ESTADoS DEIxArAm DE SEr pArâmETro pArA ElABorAção DE políTIcAS púBlIcAS

A conhecidíssima re-gionalização brasileira, de-senvolvida pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na déca-da de 1970, muito utilizada na elaboração dos planos governamentais, há tempo deixou de ser parâmetro para diretrizes de políticas públicas voltadas ao desen-volvimento econômico re-

gional, objeto deste artigo. Refiro-me especificamente às 12 Mesorregiões e 66

Microrregiões do Estado de Minas Gerais, que foram de-lineadas, como todas as outras em nossa Federação, le-vando-se em consideração a igualdade dos fatores naturais e geográficos. A discrepância dessa metodologia, ampla-mente discutida por acadêmicos, esconde as inúmeras di-ferenças sociais e econômicas por agrupar áreas mais de-senvolvidas ou prósperas com áreas menos desenvolvidas ou estagnadas, como se todas se encontrassem no mesmo nível de desenvolvimento, o que justifica a ineficiência das políticas públicas, quando aplicadas.

Como exemplo, cito a Mesorregião do Vale do Rio Doce, formada por 102 municípios, sete Microrregiões, totalizando uma população de 1.620 milhão de habitan-tes (IBGE/2010), com um Produto Interno Bruto (PIB) de 21,6 bilhões de reais e um Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDH-M) de 0,663, considerado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) como de Médio Desenvolvimento. Ao extrair-mos os cinco maiores municípios dessa mesma região (Governador Valadares, Ipatinga, Coronel Fabriciano, Caratinga e Timóteo), acima de 80 mil habitantes e com-pararmos com os 97 municípios restantes, abaixo de 30 mil habitantes, teremos o retrato da referida defasagem regional.

Com esta divisão, mesmo sendo proporcionais em nú-meros de habitantes, conforme tabela, os cinco maiores municípios (Parte II) acumulam uma Renda per capta de R$724,82, 91% acima daquela dos 97 municípios restan-

tes, que é de R$ 380,24. O PIB é 109% maior e o IDH, apesar da pouca variação, passa para 0,747 diante de 0,642 da Parte I. Ao contrario do que se pensa, não é a indústria de transformação que mais emprega e gera Valor Adicio-nado (VA) nos cinco maiores municípios, como também nos municípios de Ipatinga e Cel. Fabriciano, onde estão instaladas as grandes indústrias e sim o setor de serviços com 43% das ocupações. Já nos 97 municípios (Parte I) o setor que mais emprega, acima inclusive do setor de servi-ços é a agricultura com 38% das ocupações.

Apesar das distâncias sociais e econômicas entre as duas partes, que são da mesma região, ambas possuem aproximadamente a mesma População Economicamente Ativa (PEA). E para finalizar, antecipo um dos questio-namentos recorrentes ao abordar este tema em nossas reuniões pelo Estado: qual seria a correta regionalização, considerando que a existente está ultrapassada? Seria aquela baseada no conceito da polarização, que leva em consideração o predomínio econômico de alguns poucos municípios em relação aos outros. Ou seja, entorno dos municípios polarizadores é que se formaria a suposta re-gionalização, abandonando-se a divisão em Meso ou Mi-crorregião, utilizando-se como critério o agrupamento de municípios diante da diversidade produtiva em oposição ao critério de semelhança dos fatores naturais e geográ-ficos que definiu há 45 anos as atuais regiões, e que trata estatisticamente como iguais municípios diferentes, que precisam ter políticas públicas distintas.

leandro rico moyanoTécnico do Departamento de Desenvolvimento EconômicoRealização:Chancela:

Não apague essa ideia.

A Associação Mineira de Municípios - AMM, ajuda a administração pública municipal na aber-tura de novos caminhos que conduzam à moderniza-ção, por meio do Prêmio Mineiro de Boas Práticas na Gestão Municipal. Premiar essas ações é apostar em qualidade e garantir resultados para o cidadão.

Sua cidade também pode participar.

Gestão do DesenvolvimentoUrbano Gestão do

DesenvolvimentoEconômico

Gestão da Educação

Gestão da Saúde

Gestão Social

Gestão Ambiental

Política Sobre Drogas

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Page 36: Notícias das Gerais nº 53

prEfEIToS ASSocIADoS Em vISITA à SEDE DA Amm E ESpAço Amm Em BElo horIzonTE

Prefeito de Rodeio, Luiz Antônio Medeiros

Prefeito de Fronteira_Narciso de Oliveira, Maria do Carmos Santos e Bruno Thiago Reis, secretário de Obras

GALERIA AMM

Prefeito de Monte Santo de Minas,Militão Paulino de Paiva

Prefeito de Santa Juliana, Oscar Carneiro Filho

Prefeito de Baldim, João Antônio da Trindade (Zito)Prefeito de Delfim Moreira, José Fernando Coura, par-ticipa de CQGP Curso de Gestão em Proteção e Defesa Civil

Prefeito de Araguari, Raul José de Belém

NOTÍCIAS DAS GERAIS . OUTUBRO DE 2014 NOTÍCIAS DAS GERAIS . OUTUBRO DE 201436

Page 37: Notícias das Gerais nº 53

Prefeito de Santana dos Montes,Amadeu Antônio Ribeiro

A prefeita de Barroso, Eika Oka de Melo, é recebida pela gerente de Relações Institucionais, Mª do Carmo Santos

GALERIA AMM

O prefeito de Caldas, Ulisses Guimarães, fala sobre a revista Notícias das Gerais, depois da reunião na sede da associação

Prefeito de Cordisburgo, Joaquim Ildeu Santana

Prefeita de Claro dos Poções, Mª das Dores de Oliveira Duarte

Prefeito de Caetanópolis_ Evaldo Luiz Cardoso Silva_ Consulta Diário OnLine

A prefeita de Lassance, Cleia Ferreira Rabelo Soares

NOTÍCIAS DAS GERAIS . OUTUBRO DE 2014 NOTÍCIAS DAS GERAIS . OUTUBRO DE 2014 37

Page 38: Notícias das Gerais nº 53

Gostaria de dedicar algumas linhas mais ao tema da va-loração, apresentado na coluna passada. Platão, autor do célebre “mito da caverna”, nos oferece ferramentas para pensar a atividade da razão que nos permite atribuir valor às coisas, às condutas, aos corpos etc.

Comecemos lembrando que o filósofo grego recomenda uma certa desconfiança daquilo que você vê com os olhos. Ora, a partir do momento que você pode mudar de posi-ção infinitamente - porque é possível mudar de ângulo, de perspectiva, de distância - cada novo ponto de vista traz um resultado visual diferente. Todas as coisas do mundo podem ser captadas por infinitas percepções. Mas então, como fica a correspondência entre o que as coisas são e o que você vê delas?

De duas uma: ou uma só coisa são também infinitas coi-sas diferentes, o que é absurdo, ou então aquilo que você vê não corresponde ao ser, ao que as coisas realmente são. Porque se as coisas são, elas são uma coisa só. E, portanto, não são nem três, nem quatro, nem cinco. Muito menos infinitas. Isso nos permitiria concluir, segundo Platão, que o que você vê não é o que a coisa é. É uma aparência que não coincide com o ser da coisa. Mas se as coisas não são o que vemos, o que será que elas seriam?

Tomemos como exemplo uma galinha. Você é obrigado a aceitar que aquela galinha que passou pela sua frente não é exatamente igual a nenhuma outra galinha do mundo. E você sabe disso porque, se enfileirar trinta galinhas, notará algumas diferenças entre elas.

Na verdade, isso não funciona só para galinhas. No mun-do não há nada igual a nada. A igualdade não passa de uma operação matemática. Um recurso da razão. No mundo só há matéria. Onde tudo apenas é. E ponto final. Muito bem. Veja que curioso. Você acaba de encontrar uma galinha que é diferente de qualquer outra e, no entanto, tem certeza tratar-se de uma galinha. Ora, se você nunca viu aquela gali-nha antes e se ela é diferente das outras que já tenha visto, como pode saber que aquilo é uma galinha?

Platão vai nos sugerir que por detrás das particularidades daquela galinha existe uma essência de galinha. Isto é, aquilo que toda galinha tem que ter para ser galinha. E você sabe que aquela galinha é galinha porque conhece essa sua essên-cia. Que só existe enquanto ideia, claro.

O pensador grego explica que a ideia de galinha é en-

contrável pelos olhos da razão e não pelos olhos dos sen-tidos, do corpo. Galinhas particulares você as encontra caminhando por aí usando os sentidos e a ideia de galinha você encontra pensando, refletindo. Portanto, a verdadeira realidade da galinha, o seu verdadeiro ser, para Platão, é a sua ideia. É a sua essência. Apenas alcançável através da razão e do intelecto. Note aqui uma relação hierárquica: a galinha observada com os sentidos é inferior à ideia de galinha. Porque esta última é o seu ser, a sua real realidade, enquanto que aquela que resulta de uma percepção está determinada por uma perspectiva e, portanto, não passa de uma aparência. Menos importante do que a sua essência.

Em suma, o mundo das ideias seria para Platão a referên-cia a partir da qual poderíamos atribuir valor às coisas do mundo da vida. Por exemplo, a atribuição de valor a uma ação humana específica decorre de uma comparação entre ela mesma e uma ideia: virtudes como temperança, benevo-lência, honestidade e outras. Assim, o referencial platônico nos permitiria identificar o belo, o bom e o justo em qual-quer coisa. Sem erro. Sem preferências. Sem circunstâncias. Referência sem a qual todo juízo particular seria temerário.

COLUNA - ÉTICA E COMUNICAÇÃO

plATão E o mUnDo DAS IDEIAS

clóvis de Barros filhoprofessor livre-docente da Escola de comunicações e Artes da USp

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por Clóvis de Barros Filho

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DIA 01 SICOM ACOMPANHAMENTO MENSALInício do prazo de envio das informa-ções relativas ao mês de outubro de 2014. DIA 03

FISCAPInício do prazo de envio das informa-ções relativas ao mês de outubro de 2014.

Dia 09 SICOM ACOMPANHAMENTO MENSAL Ultimo dia para envio das informações relativas ao mês de setembro de 2014 (art. 5º, caput, da IN TC n. 10/2011).

Dia 10

FISCAPÚltimo dia para envio das informações relativas ao mês de setembro de 2014 (Art. 3º, caput, da INTC n. 03/2011, com redação dada pelo art.1° da INTC n. 05/13).

Dia 20

Último dia para repasse dos recursos financeiros correspondentes às dota-ções orçamentárias da Câmara Mu-nicipal (art. 29-A, § 2º, inciso II e c/c art.168 da Constituição Federal).

Dia 30

Último dia para publicação do Relatório Resumido da Execução Or-çamentária – RREO do 5º Bimestre do exercício (art. 165, § 3º da Constitu-ição Federal e art. 8º, § 2º).

cAlEnDárIo conTáBIl novEmBro DE 2014

CALENDÁRIO CONTÁBIL

NOTÍCIAS DAS GERAIS . OUTUBRO DE 2014

Page 40: Notícias das Gerais nº 53

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