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Notícias IPECONT 12/09/2016 Treinamentos da Semana Vem aí, o III Congresso de Contabilidade do Sul de Minas! Programe-se com os treinamentos de SETEMBRO/2016! Curso Preparatório para o Segundo Exame de Suficiência do CRC 2016 Formação de Analista Fiscal, Tributário e NF-e Contabilidade de Custos É HOJE!!! INÍCIO DAS AULAS: FORMAÇÃO DE CONTROLLER!!! Informações e inscrições: [email protected] ou (35) 3212-6392 ou (35)99257-0600. Atenção! Ex-alunos IPECONT Educação Corporativa, 2 ou mais alunos de uma mesma empresa e clientes IPECONT Consultoria têm desconto em todos os cursos!

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Notícias IPECONT

12/09/2016

Treinamentos da Semana Vem aí, o III Congresso de

Contabilidade do Sul de Minas!

Programe-se com os treinamentos de SETEMBRO/2016!

Curso Preparatório para o Segundo Exame de Suficiência do CRC

2016

Formação de Analista Fiscal, Tributário e NF-e

Contabilidade de Custos

É HOJE!!! INÍCIO DAS AULAS: FORMAÇÃO DE CONTROLLER!!!

Informações e inscrições: [email protected] ou (35) 3212-6392 ou

(35)99257-0600.

Atenção! Ex-alunos IPECONT Educação Corporativa, 2 ou mais alunos de uma

mesma empresa e clientes IPECONT Consultoria têm desconto em todos os

cursos!

Boletim CONT-TRIB-JUR em 12.set.2016.

“Quem abre o coração à ambição fecha-o à tranquilidade. ”

(Provérbio chinês)

MG: Instituídos os manuais de Escrituração

Fiscal Digital (EFD)

RESOLUÇÃO Nº 4.924 DE 30 DE AGOSTO DE 2016

(MG de 31/08/2016)

Institui os manuais de Escrituração Fiscal Digital (EFD) que especifica.

O SECRETÁRIO DE ESTADO DE FAZENDA, no uso da atribuição que lhe confere o inciso III do § 1º

do art. 93 da Constituição Estadual e tendo em vista o disposto no parágrafo único do art. 4º e no item 3 da

subalínea “a.2” da alínea “a” do inc. I do art. 5º, todos do Decreto nº 46.927, de 29 de dezembro de 2015,

RESOLVE:

Art. 1º Ficam instituídos os Manuais de Escrituração Fiscal Digital (EFD):

I – Manual de Escrituração – Fundo de Erradicação da Miséria;

II – Manual de Escrituração – ST Interna;

III – Orientação de Escrituração – DIFAL Destino (MG) EC87 15 – Recolhimento a cada operação.

Parágrafo único. Os contribuintes obrigados à EFD devem observar o disposto nos manuais de que trata o

caput, disponibilizados no endereço eletrônico da Secretaria de Estado de Fazenda na internet

(http://www5.fazenda.mg.gov.br/spedfiscal/legislacao_estadual.htm).

Art. 2º Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação.

Secretaria de Estado de Fazenda, aos 30 de agosto de 2016; 228º da Inconfidência Mineira e 195º da

Independência do Brasil.

JOSÉ AFONSO BICALHO BELTRÃO DA SILVA

Secretário de Estado de Fazenda

Fonte: Sefaz MG

CT-e - Publicado o novo Manual - MOC. 3.0

Publicado por Jorge Campos em 8 setembro 2016 às 8:54 em CT-e

Pessoal,

Em breve estará no ar no novo MOC - CT-e 3.0:

ATO COTEPE/ICMS No - 20, DE 1o - DE SETEMBRO DE 2016

Aprova o Manual de Orientações do Contribuinte - MOC - CT-e, previsto no Ajuste SINIEF 09/07.

O Secretário-Executivo do Conselho Nacional de Política Fazendária - CONFAZ, no uso de suas

atribuições que lhe confere o art. 12, XIII, do Regimento da Comissão Técnica Permanente do ICMS -

COTEPE/ICMS, de 12 de dezembro de 1997, por este ato, torna público que a Comissão, na sua 165ª

reunião ordinária, realizada em Brasília, DF, nos dias 31 de agosto a 2 de setembro de 2016, considerando

o disposto no Ajuste SINIEF 09/07, de 25 de outubro de 2007, decidiu:

Art. 1º Fica aprovado o Manual de Orientações do Contribuinte - MOC - CT-e, Versão 3.00, que

estabelece as especificações técnicas do Conhecimento de Transporte Eletrônico e dos Pedidos de

Concessão de Uso e Registro de Eventos, via WebServices, a que se refere o Ajuste SINIEF 09/07, de 25

de outubro de 2007.

Parágrafo único.

O Manual de Orientações referido no caput, disponível na página do CONFAZ (www.fazenda.gov.br/confaz), identificado como Manual_CTe_v_3.00 - 01.12.2015.pdf e tem a sequência

1505949887d1b6cb6267b50a82bf6c22 como chave de codificação digital, obtida com a aplicação do

algoritmo MD5 - "Message Digest" 5.

Art. 2º Até 4 de dezembro de 2017 é permitida a utilização do MOC - CT-e, na versão 2.00a para o

cumprimento das obrigações previstas no Ajuste SINIEF 09/07. Art 3º Este ato entra em vigor na data

de sua publicação no Diário Oficial da União, produzindo efeitos a partir do primeiro dia do segundo mês

subsequente ao de sua publicação.

MANUEL DOS ANJOS MARQUES TEIXEIRA

Muita atenção nesse artigo do Lucas Pessi:

Multa por atraso na entrega da EFD ICMS/IPI

Instituído pelo Decreto nº 6.022 de 22 de janeiro de 2007, o Sistema Público de Escrituração Digital (Sped), parte

importante do Programa de Aceleração do Crescimento do Governo Federal (PAC 2007-2010) trouxe uma nova era

no mundo contábil e empresarial, desde os riscos e os benefícios. Três grandes projetos nasceram com a criação do

SPED: Escrituração Contábil Digital, Escrituração Fiscal Digital e a NF-e - Ambiente Nacional.

Hoje, com diversos programas instituídos é difícil atender a tantas obrigações acessórias impostas pelo Fisco. Dando

atenção para a Escrituração Fiscal Digital ICMS/IPI, instituída pelo Ajuste SINIEF 2, de 3 de abril de 2009, fica claro

que as informações serão compartilhadas entre a Receita Federal do Brasil e as unidades federadas.

Entretanto, a preocupação maior quanto à EFD ICMS/IPI não é - ou não era até o momento -, a entrega em

atraso, uma vez que a Receita Estadual, responsável pelo EFD ICMS/IPI não legislou nada sobre entrega em

atraso, somente a não entrega e muitos contribuintes pensam que isso é assim ainda. Engano nosso meus caros,

a Receita Estadual pode não cobrar a multa pelo atraso na entrega, mas a Receita Federal sim.

A referida multa é prevista na MEDIDA PROVISÓRIA No 2.158-35, DE 24 DE AGOSTO DE 2001.

Art. 57. O sujeito passivo que deixar de cumprir as obrigações acessórias exigidas nos termos do art. 16

da Lei nº 9.779, de 19 de janeiro de 1999, ou que as cumprir com incorreções ou omissões será intimado

para cumpri-las ou para prestar esclarecimentos relativos a elas nos prazos estipulados pela Secretaria

da Receita Federal do Brasil e sujeitar-se-á às seguintes multas: (Redação dada pela Lei nº 12.873, de

2013)

I - por apresentação extemporânea: (Redação dada pela Lei nº 12.766, de 2012)

a) R$ 500,00 (quinhentos reais) por mês-calendário ou fração, relativamente às pessoas jurídicas que, na

última declaração apresentada, tenham apurado lucro presumido; (Incluído pela Lei nº 12.766, de 2012)

b) R$ 1.500,00 (mil e quinhentos reais) por mês-calendário ou fração, relativamente às pessoas jurídicas

que, na última declaração apresentada, tenham apurado lucro real ou tenham optado pelo

autoarbitramento; (Incluído pela Lei nº 12.766, de 2012)

a) R$ 500,00 (quinhentos reais) por mês-calendário ou fração, relativamente às pessoas jurídicas que

estiverem em início de atividade ou que sejam imunes ou isentas ou que, na última declaração apresentada,

tenham apurado lucro presumido ou pelo Simples Nacional; (Redação dada pela Lei nº 12.873, de 2013)

b) R$ 1.500,00 (mil e quinhentos reais) por mês-calendário ou fração, relativamente às demais pessoas

jurídicas; (Redação dada pela Lei nº 12.873, de 2013)

c) R$ 100,00 (cem reais) por mês-calendário ou fração, relativamente às pessoas físicas; (Incluída pela

Lei nº 12.873, de 2013)

II - por não atendimento à intimação da Secretaria da Receita Federal do Brasil, para apresentar

declaração, demonstrativo ou escrituração digital ou para prestar esclarecimentos, nos prazos estipulados

pela autoridade fiscal, que nunca serão inferiores a 45 (quarenta e cinco) dias: R$ l.000,00 (mil reais) por

mês-calendário; (Redação dada pela Lei nº 12.766, de 2012)

II - por não cumprimento à intimação da Secretaria da Receita Federal do Brasil para cumprir obrigação

acessória ou para prestar esclarecimentos nos prazos estipulados pela autoridade fiscal: R$ 500,00

(quinhentos reais) por mês-calendário; (Redação dada pela Lei nº 12.873, de 2013)

III - por apresentar declaração, demonstrativo ou escrituração digital com informações inexatas,

incompletas ou omitidas: 0,2% (dois décimos por cento), não inferior a R$ 100,00 (cem reais), sobre o

faturamento do mês anterior ao da entrega da declaração, demonstrativo ou escrituração equivocada,

assim entendido como a receita decorrente das vendas de mercadorias e serviços. (Incluído pela Lei nº

12.766, de 2012)

III - por cumprimento de obrigação acessória com informações inexatas, incompletas ou

omitidas: (Redação dada pela Lei nº 12.873, de 2013)

a) 3% (três por cento), não inferior a R$ 100,00 (cem reais), do valor das transações comerciais ou das

operações financeiras, próprias da pessoa jurídica ou de terceiros em relação aos quais seja responsável

tributário, no caso de informação omitida, inexata ou incompleta; (Incluída pela Lei nº 12.873, de 2013)

b) 1,5% (um inteiro e cinco décimos por cento), não inferior a R$ 50,00 (cinquenta reais), do valor das

transações comerciais ou das operações financeiras, próprias da pessoa física ou de terceiros em relação

aos quais seja responsável tributário, no caso de informação omitida, inexata ou incompleta. (Incluída

pela Lei nº 12.873, de 2013)

§ 1o Na hipótese de pessoa jurídica optante pelo Simples Nacional, os valores e o percentual referidos nos

incisos II e III deste artigo serão reduzidos em 70% (setenta por cento). (Incluído pela Lei nº 12.766, de

2012)

§ 2o Para fins do disposto no inciso I, em relação às pessoas jurídicas que, na última declaração, tenham

utilizado mais de uma forma de apuração do lucro, ou tenham realizado algum evento de reorganização

societária, deverá ser aplicada a multa de que trata a alínea b do inciso I do caput. (Incluído pela Lei nº

12.766, de 2012)

§ 3o A multa prevista no inciso I será reduzida à metade, quando a declaração, demonstrativo ou

escrituração digital for apresentado após o prazo, mas antes de qualquer procedimento de ofício.(Incluído

pela Lei nº 12.766, de 2012)

§ 3o A multa prevista no inciso I do caput será reduzida à metade, quando a obrigação acessória for

cumprida antes de qualquer procedimento de ofício. (Redação dada pela Lei nº 12.873, de 2013)

§ 4o Na hipótese de pessoa jurídica de direito público, serão aplicadas as multas previstas na alínea a do

inciso I, no inciso II e na alínea b do inciso III. (Incluído pela Lei nº 12.873, de 2013)

O Perguntas Frequentes EFD ICMS/IPI Sped Fiscal, no tópico 5.5.4 também trata do assunto, olink se encontra

abaixo.

Ou seja, o atraso na entrega da EFD ICMS, pode sim gerar sérios problemas, ou melhor, multas. Para o recolhimento

da multa em DARF, utiliza-se o código 3630, instituído pelo Ato Declaratório Executivo nº 39 de 10 de junho de

2013.

http://sped.rfb.gov.br/estatico/45/62CE7A41F5742AB5C65B51818CA798B35E629A/Perguntas_Frequentes_vers%

C3%A3o_4_0_2015.pdf

Lucas Pessi Martins

Fiscais não podem multar contribuinte por pedido de

ressarcimento indevido

A Receita Federal determinou que não seja cobrada multa de 50% por pedido de ressarcimento de tributos

indevidos, feito enquanto a penalidade ainda estava em vigor.

postado 02/09/2016 08:08:00 - 1.150 acessos

A Receita Federal, por meio do Ato Declaratório Interpretativo (ADI) nº8, determinou que não seja

cobrada multa de 50% por pedido de ressarcimento de tributos indevidos, feito enquanto a penalidade

ainda estava em vigor. Com isso, os fiscais do órgão receberam orientação para revogar a multa em

ocorrências do passado.

A multa

A multa foi criada como uma forma de evitar que contribuintes fizessem pedidos de ressarcimento de

maneira exagerada. Ela estava prevista na Lei nº 9.430/96 e estipulava que quem fosse penalizado tivesse

que pagar 50% do valor requisitado. Ainda havia a possibilidade de essa penalidade subir para 100%

caso os fiscais julgassem que houve tentativa de má-fé.

Essa penalidade, porém, durou apenas até 2014, já que foi revogada pelas Medidas Provisórias (MPs) nº

656/14 e nº 668/15. Esta última, inclusive, foi convertida na Lei nº 13.137/15.

Retroatividade

Entretanto, conforme apontam advogados, o Fisco pode levar até seis anos para avaliar pedidos de

ressarcimento. Logo, é possível que existam pedidos anteriores ao período da revogação da multa que

ainda estão no aguardo.

É diante desse cenário que o ato declaratório da Receita estabeleceu a retroatividade benigna. Ou seja, a

multa não pode ser aplicada para casos que ainda estão pendentes de uma definição.

A ADI vai além e aborda ainda os casos em que o contribuinte já teve a multa aplicada e está pagando

parcelas. Nesse caso, ele não precisa quitar as parcelas seguintes, mas não receberá de volta o valor já

pago.

Além disso, se o contribuinte tiver sido autuado para pagar multa de 50%, mas ainda estiver discutindo

isso em esferas administrativa ou Judicial, também não precisará pagar a penalidade.

Fonte: Grupo Skill

Lei pode definir contornos da não cumulatividade

de PIS/Cofins, diz PGR

5 de setembro de 2016

Por Marcelo Galli

A Constituição não define a metodologia da não cumulatividade das contribuições sociais PIS e Cofins,

cabendo à lei ordinária definir os limites do postulado. Apesar disso, a legislação infraconstitucional não é

livre para criar essa definição como bem quiser, devendo respeitar as materialidades “receita/faturamento”

e não tomar emprestado conceitos válidos para o IPI e o ICMS, diz parecer da Procuradoria-Geral da

República em um Recurso Extraordinário com repercussão geral reconhecida no Supremo Tribunal Federal

que trata do tema.

No documento, a PGR reforça o posicionamento do Superior Tribunal de Justiça no julgamento do

Recurso Especial 1.246.317, de que as instruções normativas 247/2002 e 404/2004, da Receita Federal,

são inválidas, por atribuírem ao PIS/Cofins o conceito de insumos utilizado para o IPI.

Segundo a decisão do STJ, são ilegais os artigos das instruções normativas que restringiram

indevidamente o conceito de “insumos” previsto no artigo 3º, II, das leis 10.637/2002 e 10.833/2003

para efeitos de creditamento na sistemática de não cumulatividade das contribuições que servem para

financiar a seguridade social e o pagamento do abono salarial e seguro-desemprego. O STJ deverá se

debruçar novamente sobre o tema futuramente no julgamento do REsp 1.221.170, patrocinado pelo

escritório Schneider, Pugliese, Sztokfisz, Figueiredo e Carvalho Advogados, que foi submetido à sistemática

dos recursos repetitivos (temas 779 e 780).

Conforme o parecer da PGR, o modelo instituído pelas leis 10.637/2002 e 10.833/2003 deve ser interpretado

tomando como parâmetro a base de cálculo dos tributos em análise, ou seja, receita ou o faturamento,

conforme diz o artigo 195, I, b, da Constituição após a EC 20/1998. Para a Unilever, autora do recurso ao

STF, essas leis restringiram o direito de crédito do contribuinte.

A empresa quer tomar crédito sobre despesas financeiras, publicidade e propaganda, mas a PGR é contra

por entender que esses gastos são repassados aos consumidores finais no preço de seus produtos, o que

compõe sua receita/faturamento, devendo nesses casos incidir o PIS/Cofins.

Para a PGR, o enquadramento de determinada receita como faturamento, para fins de incidência do

PIS/Cofins, independe da sua destinação a terceiro ou do seu caráter de transitoriedade. “Depende, tão

somente, do fato de a receita ser oriunda da venda de mercadorias, prestação de serviços ou de qualquer

soma decorrente do exercício das atividades empresariais.” Fonte: ConJur

ICMS MG – FATOS RELEVANTES PARA APLICAÇÃO DA ST

(Polêmica Sabão em Barra)

Por Solution Consultoria - 09/09/2016

Matéria disponível em: http://www.solutioncontabilidade.com/artigos_info.php?id=73

Substituição Tributária

É do conhecimento de todos que no final do ano de 2015 houve várias mudanças na legislação do ICMS ST em âmbito

nacional, mudando em vários aspectos a metodologia da cobrança do imposto, tais como a alteração da MVA,

exclusão de produtos no regime da ST, inclusão de produtos no regime, criação de código especifico para ST e outras

alterações que trouxeram grandes transtornos para o profissional da área tributária e para as empresas.

Essas mudanças vieram com intuito de unificar a substituição tributária em nível nacional, criando uma lista nacional

de produtos em que os Estados poderiam atribuir a substituição tributária.

Em Minas Gerais a regulamentação destes produtos veio por meio da publicação do Decreto 46.931/2015, e suas

alterações, listando as mercadorias abrangidas pelo regime da ST.

É comum o supermercadista mineiro adquirir produtos enquadrados no regime da ST de fornecedores de outras

unidades da federação, nessas aquisições quando o imposto devido não for recolhido pelo fornecedor, ou recolhido a

menor, fica o contribuinte mineiro responsável pelo recolhimento ou seu complemento, no momento da entrada da

mercadoria no Estado, conforme regulamento o Anexo XV do RICMS/MG.

Polêmica Sabão em Barra adquirido de SP

O sabão em barra ou pasta classificado na NCM 3401.19.00, comercializado por supermercados e adquiridos de vários

fornecedores, tais como YPE, Bombril, Minuano etc., que na maioria das vezes estão situados no Estado de São Paulo,

tem sua NCM e descrição incluído na lista de produtos abrangidos pelo regime da ST em ambos Estados (MG/SP).

Em Minas Gerais o sabão em barra está inserido no item 35.0 do Anexo XV do RICMS e já em SP a ST do sabão em

barra está regulamentado pela Portaria CAT 70/2015 e pelo art. 313-G do RICMS/SP.

Apesar constante no regime da ST em ambos Estados, é comum os fornecedores paulistas não realizarem o pagamento

do imposto antecipado, sob argumento de que tais produtos estão no Grupo de Produtos de Perfumaria e de Higiene

Pessoal e cosméticos, e como seus produtos tratam-se de produtos de limpeza, não há em que se falar em recolhimento

de imposto a título de ST.

Diante da dúvida nos perguntamos, quais fatos são relevantes para aplicação do regime da ST?

Fatos Relevantes para Aplicação da ST

1. NCM

Para a aplicabilidade da substituição tributária a um produto é primordial que sua NCM esteja elencada na lista de

mercadorias constantes na Parte 2 do Anexo XV do Regulamento do ICMS de Minas Gerais, caso contrário a

tributação do produto não estará alcançada por esse regime.

2. DESCRIÇÃO

Não basta a NCM do produto constar no Anexo XV do RICMS/MG, é preciso também que a descrição da

produto identifique a mercadoria relacionada para pagamento do ICMS antecipado, conforme já manifestado

por diversas vezes pela Secretaria da Fazenda de Minas Gerais, através de Solução de Consultas e outros atos.

Portanto é preciso que a NCM e a descrição das mercadorias estejam em harmonia com o produto descrito no Anexo

XV, gerando assim a obrigação de enquadrar a mercadoria no regime da ST.

3. ITEM OU GRUPO

No Estado Mineiro, a legislação é clara quanto a função dos Itens ou Grupos de Mercadorias objetos da ST, no sentido

que a denominação dos Itens da Parte 2 do Anexo XV, são irrelevantes para efeito de aplicabilidade da ST, visando

apenas facilitar a identificação dos produtos sujeitos a substituição tributária conforme § 3º do Art. 121 do referido

Anexo.

Por outro lado, o Estado de São Paulo, não possui entendimento expresso em sua legislação sobre o assunto, mas já

se manifestou através da Resposta da Consulta Contribuinte 2277/2013, publicada em 14/01/2014, esclarecendo que

existem três condicionantes para que ocorra a obrigação da ST: NCM, a Descrição da Mercadoria e Grupo/Item da

Mercadoria sujeita à ST.

Na referida consulta, a Fazenda Paulista entendeu que não se aplicaria a substituição tributária aos produtos de higiene

para cães a gatos, pelo motivo que sua NCM e descrição estão em conformidade com os produtos constantes no grupo

denominado como “Produtos de Higiene Pessoal”, sendo assim inaplicável a ST.

Para o fisco paulista são três os fatos concomitantes que faz nascer a obrigação da ST, é preciso que a NCM e descrição

da mercadoria esteja relacionada na norma, e a destinação dessa mercadoria esteja em harmonia com o grupo objeto

da ST.

Conclusão

Desta forma, verifica-se uma divergência de entendimento sobre aplicabilidade da ST, entre os Estados de Minas

Gerais e São Paulo, sendo que o primeiro entende como fato relevante na aplicação da ST apenas a descrição e NCM

do produto, já o Estado paulista criou através atos não inseridos na sua legislação um terceiro fato relevante, o grupo

objeto da ST, como requisito essencial para aplicabilidade da ST.

Assim orientamos aos supermercadistas mineiros, nas aquisições de sabão em barra de fornecedores situados no

Estado de São Paulo, realizarem o recolhimento do ICMS ST da entrada do produto em território mineiro,

pois o fisco mineiro tem legislação sólida para exigir o recolhimento do ICMS desses produtos, já que o art.

121 menciona que o Item da ST é irrelevante para aplicabilidade da ST e o art. 142 obriga o contribuinte mineiro a

efetuar o recolhimento do imposto quando a responsabilidade não for atribuída ao alienante ou ao remetente, ambos

do Anexo XV do RICMS.

Por outro lado, o entendimento dos fornecedores paulistas de não reter o imposto, está em consonância com fisco

paulista que terá a competência para fiscaliza-los e em desacordo com fisco mineiro, que atribuirá ao supermercadista

mineiro a responsabilidade pelo recolhimento do imposto.

Base legal: Citadas no texto

___________________________________________________

1 Art. 12 (...) § 3º - As denominações dos itens da Parte 2 deste Anexo são irrelevantes para definir os efeitos tributários,

visando meramente facilitar a identificação das mercadorias sujeitas a substituição tributária.

2- Art. 14. O contribuinte mineiro, inclusive o varejista, destinatário de mercadoria submetida ao regime de substituição

tributária relacionada na Parte 2 deste Anexo, em operação interestadual, é responsável pela apuração e pelo recolhimento do

imposto devido a este Estado, a título de substituição tributária, no momento da entrada da mercadoria em território mineiro,

quando a responsabilidade não for atribuída ao alienante ou ao remetente.

Solution Contabilidade e Consultoria ltda.

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5 maneiras para empresas reduzirem tributos

9 de setembro de 2016

A crise está afetando grande parte das empresas e nessa hora a palavra de ordem é redução de custos.

Contudo, uma forma de deixar os gastos menores que poucas empresas aplicam corretamente é o

planejamento tributário. Sendo que estudos apontam que as empresas pagam até 34% de tributos sobre o

lucro, mas todo empresário sabe que esses valores se mostram muito maiores se forem consideradas outras

questões como encargos trabalhistas, taxas e outras obrigatoriedade.

Assim, se uma empresa pretende sobreviver à crise, é fundamental buscar reduções de acordo com as

frequentes alterações tributárias às quais se deve adaptar no país, administrando melhor seus tributos,

obtendo maior lucratividade no seu negócio. Segundo o diretor executivo da Confirp Contabilidade

Richard Domingos, “com a alta tributação no Brasil, além de terem de enfrentar empresas que vivem na

informalidade, várias empresas quebram com elevadas dívidas fiscais. Assim, é salutar dizer que é legal a

elisão fiscal”.

Existem várias formas de redução desses valores, assim, o especialista da Confirp listou algumas:

1. Planejamento tributário – São três os principais tipos de tributação: Simples Nacional, Presumido ou

Real. O diretor da Confirp explica que “a opção pelo tipo de tributação que a empresa utilizará no próximo

ano fiscal pode ser feita até o início do próximo ano, mas, as análises devem ser realizadas com

antecedência para que se tenha certeza da opção, diminuindo as chances de erros”. Importante ressaltar

que cada caso deve ser analisado individualmente, evidenciando que não existe um modelo exato para a

realização de um planejamento tributário já que existem várias variáveis.

“De forma simplificada, num planejamento tributário se faz a análise e aplicação de um conjunto de ações,

referentes aos negócios, atos jurídicos ou situações materiais que representam numa carga tributária menor

e, portanto, resultado econômico maior, normalmente aplicada por pessoa jurídica, visando reduzir a carga

tributária”, explica Domingos.

2. Recuperações tributárias – Dentro do complexo sistema tributário brasileiro, muitas vezes ocorrem

cobranças de formas indevidas, levando a uma elevação considerável da carga tributária, assim, a empresa

deve estar atenta aos créditos que tem direito, e isso dependerá muito de sua área de atuação. Dentre os

impostos que podem ser recuperados estão pagamentos referentes ao PIS/Pasep, Cofins, IPI e ICMS,

dentre outros, que contribuirão para a redução do montante dos tributos. Outra questão que se deve levar

em conta é a compensação dos tributos recolhidos indevidamente.

Deve-se contratar empresas de consultoria jurídica e tributária para levantar possíveis créditos, que não

foram considerados na apuração mensal por falta de norma infralegal. Isso porque os créditos podem ser

questionados no âmbito administrativos pelo fisco, devendo ser considerados todos os riscos antes de

qualquer decisão. Deve-se tomar cuidado com muitas empresas que oferecem esse tipo de serviço apenas

com o interesse de ter comissão imediata sobre redução ou compensação de tributos propostos. Ficando o

empresário com todo o risco da operação.

3. Incentivos fiscais – As empresas podem utilizar ferramentas que incentivo fiscal, que são instrumentos

que visam o desenvolvimento econômico de determinada região ou certo setor de atividade. Para isso,

ocorre a ação de redução da receita pública de natureza compulsória ou a supressão de sua exigibilidade.

São várias as formas que as empresas podem utilizar essa forma de incentivo, indo desde apoio a ações de

terceiros, como esporte e cultura, até mesmo leis que visam crescimento regionais e reduzem

consideravelmente os valores a serem pagos, contudo, também é necessário nesses casos a preocupação de

um acompanhamento de especialista.

4. Enquadramento correto na Classificação Nacional de Atividades Econômicas – CNAE – A maioria das

empresas não se atenta, mas desde sua criação já estão comprometidas com um erro primordial que é o

fato de seus cadastros nos entes governamentais não reflitam suas reais atividades, um dos erros que leva a

empresa a ter sérios riscos fiscais é o CNAE inadequado, e o pior, só perceberão esse erro quando

começam a aparecer os problemas. Mas, mas que isso, escolher o CNAE representará na carga tributária a

pagar.

Outra questão muito importante é que quando uma empresa estiver no CNAE errado, as chances dos

impostos estarem errados, com alíquotas divergentes, são muito grandes, e em caso de constatação disso

em uma fiscalização, o resultado poderá ser pesadas multas.

5. Redução do FAP – O FAP é um índice aplicado sobre a Contribuição do Grau de Incidência de

Incapacidade Laborativa decorrente dos Riscos Ambientais do Trabalho, e representa uma boa parcela dos

gastos trabalhistas das empresas, podendo variar dependendo do número de ocorrências e ramo de

atividade.

Contudo, o que muitos empresários não sabem é que os valores podem ser minimizados, sendo possível

entrar com recursos administrativos para revisão da cobrança desses valores pelo Governo e garantir uma

diminuição de custos, além de aproveitar para planejar-se para o futuro, com essa despesa a menos.

Fonte: Administradores

Hackers continuam a atacar empresas de

contabilidade

Veja dicas de como se proteger

Vários casos de ataques já foram relatados em todo o Brasil pelos meios de comunicação e redes sociais,

por isso é necessário cuidado extremo, tendo em vista o bloqueio total dos servidores (computador) do

escritório contábil que ficam inoperantes.

Estes hackers trabalham como sequestradores, pedindo altas somas em dólares em Bitcoins (moeda digital)

para desbloquear os computadores da empresa.

A foto da matéria [abaixo] foi retirada do facebook de um contador atacado pelos hackers e mostra o

desespero do mesmo.

Veja algumas dicas de como se proteger:

Armazenamento virtual

Sempre polêmico, o armazenamento virtual pode sim ser considerado uma solução para esse tipo de

problema. Serviços como Dropbox, SkyDrive e iCloud são alternativas que permitem armazenar, transferir

e compartilhar arquivos no ambiente online.

O que garante a segurança desse tipo de recurso é que para impedir o acesso não autorizado a eles, é possível

usar serviços de criptografia, sistemas capazes de codificar automaticamente qualquer documento

adicionado a contas na nuvem.

Atualização do sistema operacional

Falhas de segurança podem acontecer. Da mesma forma, quando um sistema não é atualizado regularmente,

fica fácil para uma pessoa mal-intencionada conseguir acesso a ele através das brechas deixadas.

Problemas como erros de programação, bugs ou até mesmo disfunções de softwares são oportunidades de

ouro para ações de pessoas que têm interesse em se apropriar de suas informações.

Procure manter seu sistema, seja ele qual for, atualizado. Isso faz com que ele fique menos exposto e inibe

os ataques.

Segurança da rede

É cada vez mais comum a invasão de redes de internet sem fio. Para evitar isso, é possível adotar medidas

que vão desde ações mais simples até as mais complexas, coisas como a adoção de senhas seguras, assim

como ativação de proteções de firewall no roteador, utilização de programas que monitoram o seu consumo

de dados, como o NetMeter, e uso de códigos nos roteadores.

Antivírus

É preciso pensar na segurança de seus dados e, para isso, é fundamental ter um antivírus capaz de proteger

tanto computadores quanto smartphones. Por isso, programas como o AVG, oferecem na sua versão paga

recursos como firewall, anti-spam e proteção para Wi-Fi.

Da mesma forma, o Kaspersky é uma excelente ferramenta antivírus para computadores, tablets e

smartphones. Em sua versão paga, esse programa oferece proteção contra vírus, spywares e firewall.

Para que sua empresa não sofra com ações que podem prejudicar os negócios é fundamental que tudo aquilo

que é colocado em ambiente virtual seja devidamente protegido. Para isso, procure trabalhar com

ferramentas que evitem ao máximo o sucesso de ações desse tipo.

Ataques de hackers podem ser evitados desde que haja o cuidado necessário. Pense na segurança de seu

negócio e evite dores de cabeça no futuro.

Incidência de IPI em produtos reciclados

Receita diz que reciclagem de materiais não se enquadra na modalidade de industrialização

O avanço de políticas de reciclagem ainda gera dúvidas entre empresas, principalmente dentre aquelas que

utilizam como insumo algum tipo de material reciclado no processo produtivos.

De acordo com o decreto-lei 400/1968, o Imposto Sobre Produtos Industrializados (IPI) incidente sobre

produtos usados que sofrerem processo de industrialização será calculado sobre a diferença de preços entre

a aquisição e a revenda.

Porém, o Regulamento do Imposto Sobre Produtos Industrializados (IPI) atual, aprovado pelo

decreto 7.212/2010, ao tratar da base de cálculo do tributo, restringe a aplicação da norma emanada

do decreto-lei 400/68 unicamente aos produtos sujeitos ao processo de industrialização definido como

renovação ou recondicionamento (Regulamento do IPI, artigo 4º, V).

Vale observar que o conceito de renovação de produtos usados equivale ao conceito moderno de reciclagem

em cujo processo de industrialização materiais usados são reaproveitados para produção de um novo

produto, com as mesmas ou com outras características físico-química.

A Receita Federal do Brasil tem manifestado entendimento no sentido de que a reciclagem de

materiais usados não se enquadra na modalidade de industrialização denominada renovação ou

recondicionamento, razão pela qual não se aplicaria a base de cálculo prevista no art. 194 do RIPI

(Solução de Consulta nº 127 de 30 de outubro de 2012).

Todavia, contrariando o entendimento da fisco brasileiro, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) tem

decidido que a fabricação de produtos com base em insumo advindo da reciclagem de materiais

usados, tais como sucatas, aparas ou desperdícios, caracteriza industrialização sujeita a apuração do

IPI na forma do artigo 7º do decreto-lei 400/68.

Diante disso, as fabricantes brasileiras em cujo processo de industrialização - renovação ou reciclagem -

utilizam produtos usados tem o direito de apurar e pagar o IPI sobre a diferença entre preços de aquisição e

de revenda, podendo valer-se de medida judicial para garantia desse direito, bem como para recuperar os

pagamentos efetuados nos últimos 5 anos, desde que atendidos os requisitos do artigo 166 do Código

Tributário Nacional (CTN).

Gilson Rasador, diretor da Pactum Consultoria Empresarial

Incidência de Cide sobre remessas ao exterior tem repercussão

geral reconhecida no STF

5 set 2016 - IR / Contribuições

O Supremo Tribunal Federal (STF) vai decidir se a incidência da Contribuição de Intervenção no Domínio

Econômico (Cide) nas remessas ao exterior é constitucional. O tema é objeto do Recurso Extraordinário

(RE) 928943, de relatoria do ministro Luiz Fux, que teve repercussão geral reconhecida pelo Plenário

Virtual.

No caso concreto, a empresa Scania Latin America Ltda. questiona acórdão do Tribunal Regional Federal

da 3ª Região (TRF-3) que decidiu pela cobrança da Cide sobre remessas de recursos ao exterior em

decorrência de contrato de compartilhamento de custos (cost sharing), referentes à pesquisa e

desenvolvimento, assinado com a matriz estrangeira (Scania AB), localizada na Suécia. A empresa alega

violação ao princípio da isonomia, pois determinadas isenções discriminam contribuintes em condições

semelhantes.

Ao manter a incidência da Cide questionada pela empresa, o TRF-3 entendeu que o contrato em questão

envolve transferência de tecnologia, se enquadrando à disciplina constitucional e legal que rege a

contribuição. Considerou, também, não haver ofensa ao princípio da isonomia, pois a discriminação legal

refere-se a contribuintes que não se encontram em situação equivalente, justificando o tratamento

diferenciado entre as empresas que utilizam tecnologia nacional e as que buscam a tecnologia no exterior.

Manifestação

O ministro Luiz Fux entende que o recurso merece ter reconhecida a repercussão geral, pois o tema

constitucional constante dos autos é questão de extrema relevância do ponto de vista econômico, político,

social e jurídico, ultrapassando os interesses subjetivos da causa. O relator salientou que a multiplicidade

de casos em que se discute a matéria enseja o exame cuidadoso do Tribunal, sob a ótica dos requisitos

constitucionais para a instituição de contribuições de intervenção no domínio econômico.

O ministro destaca que a Cide, instituída para o custeio do Programa de Estímulo à Interação

Universidade-Empresa para o Apoio à Inovação, traz à discussão aspectos da contribuição para a

intervenção no domínio econômico que ainda não foram examinados pelo STF com a devida acuidade,

entre os quais a necessidade ou não de atividade estatal para legitimação de sua incidência, à luz dos

artigos 149 e 174 da Constituição Federal e o tipo de atividade estatal que pode motivar uma legítima

intervenção no domínio econômico.

“Registre-se ainda que a observância aos parâmetros constitucionais limitadores da competência da União

para instituição de contribuições interventivas é elemento essencial à manutenção do Pacto Federativo,

representando, assim, assunto de interesse nacional e, especificamente em relação à exação em comento,

de interesse que extrapola os limites do Estado brasileiro, já que o tributo incide atualmente sobre a

maioria dos contratos de remessa de valores ao exterior”, concluiu o relator ao se manifestar pela

existência de repercussão geral, sendo seguido pela maioria dos ministros em votação no Plenário Virtual.

Fonte: Notícias do STF

11 erros fatais na área tributária

6 de setembro de 2016

Com o surgimento do Sistema Público de Escrituração Digital (SPED), ferramenta desenvolvida para

oficializar os arquivos digitais das escriturações contábil e fiscal dos contribuintes e com isso também

agilizar o trabalho da Receita Federal do Brasil (RFB), uma perfeita organização com documentos fiscais

se tornou necessária. E por conta disso, pequenos detalhes – até os imperceptíveis a olho nu – podem gerar

consequências desastrosas, dentre elas grande multas.

Cuidar de tal organização se equivale a cuidar da saúde de alguém. Alguns sinais desprezados ou tratados

de maneira displicente podem gerar sequelas mais graves, irreversíveis e até mesmo a morte (virando

comida de Leão).

A precisão dos profissionais que assumem a missão de gerenciar a contabilidade da empresa deve ser

cirúrgica e, para auxiliar esse trabalho, preparamos uma lista de erros críticos que podem – e devem – ser

evitados:

Quais são os erros contábeis que podem ser evitados?

1. As más rotinas administrativas

Querer economizar com profissional de contabilidade, não cumprir leis e prazos e até promover atrasos no

pagamento de salários, mesmo que por relaxo e não má-fé, pode gerar multas e diversas sanções que podem

liquidar a empresa.

2. Vício fiscal

Contratar um profissional de contabilidade e pensar que tudo recai sobre ele apenas é um grande engano. É

um erro bastante comum nas empresas esse pensamento.

O que o profissional faz é evitar transtornos e prevenir erros. E para isso deve ser feito um trabalho próximo

entre os empreendedores e os contadores ou contabilistas.

Cabe ressaltar que desde 11 de janeiro de 2003, por conta da Lei nº 10.406/2002, Art. 1.177, o profissional

da classe contábil responde solidariamente em qualquer erro, seja voluntário ou não. Se for de seu

conhecimento a distorção em dados fornecidos ao Fisco, pode ser também acionado na Justiça Criminal.

3. Falta de pontualidade

Como citado no item 1, cumprir prazos estabelecidos ou combinados faz a engrenagem funcionar bem e

com isso a empresa tem preocupações a menos.

Empresas que se omitem e/ou atrasam na entrega da Escrituração Fiscal Digital (EFD) podem se enquadrar

na situação de inaptas, o que gera uma série de transtornos.

4. Falta de exatidão

Todo documento fiscal deve ser descrito na contabilidade da empresa. Qualquer erro, mesmo que

involuntário, pode gerar problemas com a Receita Federal.

Trabalhar em unidade com o contador e auxiliar será uma forma de ajudar no crescimento da empresa sem

dores de cabeça.

A autuação por quaisquer irregularidades apontadas pelo SPED à RFB pode chegar a 200% sobre as

operações, afirma a advogada tributarista Ana Paula Lazarreschi de Mesquita, em material disponível no

Portal Contábeis.

Ela citou também, na mesma oportunidade, que “95% das empresas dos setores Industrial e Comercial de

médio e grande porte que acompanhou tiveram entre 800 e 6 mil erros nas informações encaminhadas”,

segundo verificação de auditoria realizada por seu time de digital tributário.

5. Erros na totalização da nota fiscal eletrônica – NF-e

É comum ocorrer erros motivados pela dificuldade em informar todos os campos relativos a uma operação

fiscal como, por exemplo, despesas acessórias, fretes e demais valores que a compõe. Isso se deve por nem

sempre o sistema ERP da empresa está devidamente parametrizado, ou ainda, por possíveis erros

operacionais dos profissionais envolvidos na rotina diária da empresa.

6. Erro na correlação entre campos de base de cálculo, alíquotas e impostos

Assim como no item anterior, como reflexo dos erros na parametrização do sistema ERP ou em processos,

a base de cálculo aplicada à alíquota informada pode ficar diferente dos valores dos Impostos escriturados.

Isso permite o Fisco interpretar que a empresa agiu de má fé.

7. NCM desatualizada X alíquota de IPI

A Nomenclatura Comum do Mercosul (NCM), utilizada para cálculo dos impostos, possui constantes

mudanças e nem sempre é possível acompanhar a todas e providenciar a atualização dos cadastros.

Um exemplo citado é a extinção de alguma NCM ou ainda, a redução ou majoração tributária do IPI, onde

se pode deixar de apropriar algum crédito permitido pela legislação vigente ou até mesmo gerar débitos de

forma equivocada.

A título de exemplo, destacamos abaixo a NCM correspondente aos veículos automóveis:

NCM 8703.21 – Veículos automóveis, tratores, ciclos e outros veículos terrestres, suas partes e acessórios.

Alíquotas:

Período de 01/07/2014 a 31/12/2014 alíquota de 33%

A partir de 01/01/2015 a 31/12/2017 a alíquota passa a ser de 37%

E 7% a partir de 01/01/2018

Imagine que no período de Janeiro/2015 a empresa não esteja atenta a essa mudança. Considerando que

neste mês a entidade fature cerca de 10 milhões de reais correspondentes a essa NCM, estariam deixando

de recolher para os cofres públicos R$ 400.000,00, caracterizando assim evasão fiscal ou em uma situação

de compra deixar de obter o crédito adicional do valor através de nota de complemento de imposto do

fornecedor.

8. Pensar que a DANFe ou o papel impresso é a Nota Fiscal

O papel impresso é uma versão simplificada da NF-e, chamada de Documento Auxiliar de NF-e (Danfe),

que tem informações resumidas dos dados presentes na nota. Enfim, ele NÃO é uma nota e NÃO possui

validade jurídica. A NF-e é um arquivo digital com extensão XML, que foi assinado digitalmente e

autorizado pelas Secretarias estaduais de Fazenda. Se houver divergência entre os dados da NFe e da

DANFe, as multas podem chegar a 100% do valor da operação.

9. Não armazenar as NF-es

É uma obrigação fiscal de qualquer empresa armazenar todas as NF-es, tanto emitidas quanto recebidas,

por um período de cinco anos mais o corrente (além disso é opcional ao contribuinte). Quem não guarda as

notas corre o risco de sofrer sanções e ser multado. Pequenas divergências ou inconsistências podem render

multas de até mil reais por documento.

10. Não arquivar os documentos de forma organizada e segura

Alguém em sua empresa teve a brilhante ideia de armazenar todas as NF-es em um servidor. Como você

faria para encontrar uma nota recebida de um fornecedor em um dia específico diante uma “enxurrada” de

arquivos? E se acontece um desastre e o HD onde estão os documentos queima? Ou se todos os

computadores com cópia dos documentos apresentam algum tipo de problema que impossibilita recuperá-

los? O ideal é investir em algum sistema de gerenciamento automático de XMLs das NF-es. Isso evita um

problemão.

11. Depender do fornecedor para receber a nota fiscal anexada por e-mail

As vezes o e-mail não chega, a nota é alterada ou cancelada ou até mesmo alguém emitindo nota contra

você sem o seu conhecimento. Uma multa pode ser aplicada sem que você tivesse, na verdade, uma culpa.

Fonte: Jornal Contábil

E o contador-filósofo de plantão (Fábio Carvalho) pergunta: HÁ SINCERIDADE NISSO?

MG: Pimentel recebe relatório de simplificação

de legislação tributária

6 de setembro de 2016

Foi entregue ontem ao governador Fernando Pimentel o primeiro relatório da Comissão Permanente de

Revisão e Simplificação da Legislação Tributária do Estado de Minas Gerais. O trabalho pretende permitir

que a administração estadual consiga vencer a guerra fiscal entre os estados e garanta melhores resultados

fiscais.

Pimentel destacou que as medidas que foram sugeridas pelo grupo vão ajudar o estado a melhorar o

desempenho do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). “O trabalho é exitoso. Ele

nos deu ganhos importantes, não só no sentido financeiro, com o aumento da arrecadação, mas é um

ganho no sentido da eficiência do imposto. Nós tivemos essa experiência na prefeitura da capital e

estamos tendo aqui agora também”, disse. O mesmo tipo de trabalho foi feito quando Pimentel foi prefeito

de Belo Horizonte.

A presidente e coordenadora geral dos trabalhos da comissão, Misabel Derzi, disse que a simplificação da

legislação ajuda a melhorar a arrecadação. “Estamos caminhando passo a passo para a simplificação da

legislação tributária. Há várias propostas nesse sentido. E quando simplificamos, nós reduzimos o ônus”,

adiantou.

A comissão, criada no âmbito das Secretarias de Estado de Casa Civil e de Relações Institucionais (Seccri)

e de Fazenda (SEF), também conta com a participação da pasta de Planejamento e Gestão (Seplag),

representantes da Assembleia Legislativa da bancada mineira na Câmara dos Deputados, do Tribunal de

Justiça de Minas Gerais (TJMG), do Tribunal de Contas do Estado (TCE-MG) e do Ministério Público

(MPMG). Ainda integram a comissão especialistas, consultores e estudiosos nacionais e internacionais e

representantes de entidades de classe e empresariais.

Fonte: Estado de Minas

TRF4 edita nove súmulas firmando

entendimentos em Direito Tributário

6 de setembro de 2016

O Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) publicou hoje (5/9), no Diário Eletrônico da Justiça

Federal da 4ª Região, nove novas súmulas. Os verbetes, que vão do número 84 ao 92, registram a

interpretação pacífica ou majoritária adotada pelas turmas especializadas em Direito Tributário.

Propostas pela 1ª Seção do Tribunal, formada pelas 1ª e 2ª turmas, as súmulas tratam de temas recorrentes,

tais como, a isenção de Imposto de Renda nas questões judiciais envolvendo saúde. Com a Súmula 84,

fica firmado o entendimento de que a persistência ou não dos sintomas em casos de neoplasia maligna não

é relevante para a concessão. Já a Súmula 88 define que pessoas cegas de apenas um olho também têm

direito ao benefício.

Um dos objetivos das novas súmulas foi o de preservar a União de prejuízos com novas ações de execução

em casos de inadimplência em parcelamentos de dívidas tributárias, proibindo a baixa na

distribuição/extinção do processo até o pagamento de todas as parcelas, entendimento agora firmado na

Súmula 85.

Também há a preocupação com o meio ambiente, e as turmas passam a exigir em uniformidade a

averbação das áreas de reserva legal nas matrículas dos imóveis para que o proprietário tenha direito à

isenção do Imposto sobre Propriedade Territorial Rural (ITR).

O instituto jurídico do redirecionamento de dívida, um dos temas mais freqüentes nas ações envolvendo

Direito Tributário, teve novas definições na Súmula 90. A previsão é de que quando não existem bens

aptos ao pagamento de dívida tributária, esta deve ser extinta e não redirecionada, agilizando a resolução

dos processos de execução. Outros entendimentos expressos nas novas súmulas tratam de perdimento de

veículos, taxa de saúde suplementar, imposto de importação e interrupção do prazo prescricional em

parcelamento de débitos tributários.

Veja novas súmulas na íntegra:

Súmula nº 84 – Concedida a isenção do imposto de renda incidente sobre os proventos de

aposentadoria percebidos por portadores de neoplasia maligna, nos termos art. 6º, inciso XIV, da

Lei 7.713/88, não se exige a persistência dos sintomas para a manutenção do benefício.

Súmula nº 85 – A adesão a parcelamento de crédito tributário implica a suspensão da execução,

mediante o arquivamento do feito, sem baixa na distribuição.

Súmula nº 86 – É desnecessária a apresentação de Ato Declaratório Ambiental – ADA para o

reconhecimento do direito à isenção de Imposto Territorial Rural – ITR. Todavia, para o gozo da

isenção do ITR no caso de área de “reserva legal”, é imprescindível a averbação da referida área na

matrícula do imóvel.”

Súmula nº 87 – É admitida a pena de perdimento de veículo objeto de alienação fiduciária ou de

arrendamento mercantil, independentemente da participação do credor fiduciário ou arrendante no

evento que deu causa à pena.

Súmula nº 88 – O art. 6º, XIV, da Lei nº 7.713/1988, norma que deve ser interpretada na sua

literalidade, não faz distinção entre cegueira binocular e monocular, para efeito de isenção de

Imposto sobre a Renda.

Súmula nº 89 – A instituição da base de cálculo da Taxa de Saúde Suplementar (TSS) por

resolução da Agência Nacional de Saúde Suplementar (RDC nº 10, de 2000) afronta o princípio da

legalidade tributária, conforme o disposto no art. 97, IV do CTN.Embora a Taxa de Saúde

Suplementar tenha sido instituída pelo artigo 20, I, da Lei nº 9.661/2000, sua base de cálculo

somente veio a ser definida pelo art. 3º da Resolução RDC nº 10/2000, em ofensa ao disposto no

artigo 97 do CTN e ao princípio da legalidade.

Súmula nº 90 – O encerramento de processo falimentar sem bens aptos à satisfação do crédito

tributário, constada a impossibilidade de redirecionamento, conduz à extinção da execução fiscal

por falta de interesse processual (art. 485, VI, CPC/15).”

Súmula nº 91 – No parcelamento que prescinde de ato formal de exclusão, o prazo prescricional é

interrompido, recomeçando a fluir, por inteiro, quando do descumprimento do acordo celebrado.

Súmula nº 92 – O custo dos serviços de capatazia não integra o “valor aduaneiro” para fins de

composição da base de cálculo do imposto de importação.

Fonte: Tribunal Regional Federal da 4ª Região

Auditoria: CFC divulga normas

5 set 2016 - Contabilidade / Societário

O Conselho Federal de Contabilidade (CFC) divulgou as seguintes normas sobre auditoria no DOU 1 de

05.09.2016:

a) NBC TA 200 (R1), que altera a NBC TA 200, a qual dispõe sobre os objetivos gerais do auditor

independente e a condução da auditoria em conformidade com normas de auditoria;

b) NBC TA 210 (R1), que altera a NBC TA 210, a qual dispõe sobre a concordância com os termos do

trabalho de auditoria;

c) NBC TA 220 (R2), que altera a NBC TA 220 (R1), a qual dispõe sobre o controle de qualidade da

auditoria de demonstrações contábeis;

d) NBC TA 230 (R1), que altera a NBC TA 230, a qual dispõe sobre a documentação de auditoria;

e) NBC TA 240 (R1), que altera a NBC TA 240, a qual dispõe sobre a responsabilidade do auditor em

relação a fraude, no contexto da auditoria de demonstrações contábeis;

f) NBC TA 300 (R1), que altera a NBC TA 300, a qual dispõe sobre o planejamento da auditoria de

demonstrações contábeis;

g) NBC TA 315 (R1), que altera a NBC TA 315, a qual dispõe sobre a identificação e avaliação dos riscos

de distorção relevante por meio do entendimento da entidade e do seu ambiente;

h) NBC TA 320 (R1), que altera a NBC TA 320, a qual dispõe sobre a materialidade no planejamento e na

execução da auditoria;

i) NBC TA 330 (R1), que altera a NBC TA 330, a qual dispõe sobre a resposta do auditor aos riscos

avaliados;

j) NBC TA 450 (R1), que altera a NBC TA 450, a qual dispõe sobre a avaliação das distorções

identificadas durante a auditoria;

k) NBC TA 500 (R1), que altera a NBC TA 500, a qual dispõe sobre a evidência de auditoria;

l) NBC TA 540 (R1), que altera a NBC TA 540, a qual dispõe sobre a auditoria de estimativas contábeis,

inclusive do valor justo, e divulgações relacionadas;

m) NBC TA 560 (R1), que altera a NBC TA 560, a qual dispõe sobre os eventos subsequentes;

n) NBC TA 580 (R1), que altera a NBC TA 580, a qual dispõe sobre as representações formais;

o) NBC TA 600 (R1), que altera a NBC TA 600, a qual dispõe sobre as considerações especiais -

auditorias de demonstrações contábeis de grupos, incluindo o trabalho dos auditores dos componentes;

p) NBC TA 710 (R1), que altera a NBC TA 710, a qual dispõe sobre as informações comparativas -

valores correspondentes e demonstrações contábeis comparativas;

q) NBC TA 720 (R1), que altera a NBC TA 720, a qual dispõe sobre a responsabilidade do auditor em

relação a outras informações.

Fonte: LegisWeb

Prazo para entrega da DITR vai até 30 de setembro

9 set 2016 - IR / Contribuições

Imóvel Rural

A multa por atraso da declaração é de 1% ao mês calendário ou fração sobre o imposto devido, não

podendo seu valor ser inferior a R$ 50,00

A Receita Federal já recebeu mais de 1,9 milhão de declarações do Imposto sobre a Propriedade

Territorial Rural (DITR) referentes ao exercício 2016.

O prazo para entrega é até 30 de setembro. A previsão é que sejam entregues 5,4 milhões de declarações.

A multa por atraso da declaração é de 1% ao mês calendário ou fração sobre o imposto devido, não

podendo seu valor ser inferior a R$ 50,00.

Estão obrigados a apresentar a Declaração do Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural (DITR)

referente ao exercício 2016 aquele que seja na data da apresentação, em relação ao imóvel a ser declarado,

exceto o imune ou isento:

- a pessoa física ou jurídica proprietária, titular do domínio útil ou possuidora a qualquer título, inclusive a

usufrutuária;

- um dos condôminos, quando o imóvel rural pertencer simultaneamente a mais de um contribuinte, em

decorrência de contrato ou decisão judicial ou em função de doação recebida em comum;

- um dos compossuidores, quando mais de uma pessoa for possuidora do imóvel rural.

Tem também a obrigação de entregar a DITR a pessoa física ou jurídica que, entre 1º de janeiro de 2016 e

a data da efetiva apresentação perdeu:

- a posse do imóvel rural, pela imissão prévia do expropriante, em processo de desapropriação por

necessidade ou utilidade pública, ou por interesse social, inclusive para fins de reforma agrária;

- o direito de propriedade pela transferência ou incorporação do imóvel rural ao patrimônio do

expropriante, em decorrência de desapropriação por necessidade ou utilidade pública, ou por interesse

social, inclusive para fins de reforma agrária; ou

- a posse ou a propriedade do imóvel rural, em função de alienação ao Poder Público, inclusive às suas

autarquias e fundações, ou às instituições de educação e de assistência social imunes do imposto.

Está obrigado também a apresentar a declaração referente ao exercício de 2016 o titular do domínio útil ou

possuidor a qualquer título de imóvel rural imune ou isento para o qual houve alteração nas informações

cadastrais.

O vencimento da 1ª quota ou quota única do imposto é 30 de setembro de 2015 e não há acréscimos se o

pagamento ocorrer até essa data. Sobre as demais quotas há incidência de juros Selic calculados a partir de

outubro até a data do pagamento. O pagamento do imposto pode ser parcelado em até quatro quotas,

mensais, iguais e sucessivas, desde que cada quota não seja inferior a R$ 50,00.

O imposto de valor até R$ 100,00 deve ser recolhido em quota única. O valor mínimo de imposto a ser

pago é de R$ 10,00, independentemente do valor calculado ser menor.

Fonte: Receita Federal do Brasil

Projeto da Receita Estadual é citado em relatório da OCDE

O Projeto Phoenix foi mencionado como exemplo de utilização inovadora de análise de dados, tendo sido

incluído em relatório publicado em 13 de maio de 2016 intitulado “Technologies for Better Tax

Administration: A Practical Guide for Revenue Bodies” (Tecnologias para uma melhor administração

tributária: um guia prático para os órgãos de Receita”), que discorre sobre serviços digitais e explora como

novas tecnologias de análises de dados podem ser usadas pelas administrações tributárias.

O Phoenix é um conjunto de projetos que está em andamento desde 2012 para instituir na Receita Estadual

uma infraestrutura avançada de hardware, software e serviços para análise massiva de dados, incluindo a

implantação de um data warehouse baseado na tecnologia Teradata e de uma solução de BI na plataforma

MicroStrategy, integrando todas as bases de dados do fisco estadual a fim de subsidiar a tomada de decisão

gerencial e tornar mais eficiente as fiscalizações e auditorias.

O relatório traz casos práticos de como as administrações tributárias de vários países têm utilizado essas

novas tecnologias e foi preparado pelo Programa “E-services and Digital Delivery” do Forum on Tax

Administration (FTA, o Fórum das Administrações Tributárias) da OCDE (Organização para a Cooperação

e Desenvolvimento Econômico). O caso brasileiro está citado na página 40 do relatório, no quadro 2.7. O

relatório completo está disponível para leitura online, na página do FTA (http://www.oecd.org/tax/forum-

on-tax-administration/), menu “Publications And Products”. Confira em http://www.keepeek.com/Digital-

Asset-Management/oecd/taxation/technologies-for-better-tax-administration_9789264256439-en#page1

O texto informa que a Receita Estadual do Paraná, a partir das notas fiscais eletrônicas e das escriturações

fiscais digitais de seus contribuintes, desenvolveu relatórios de cruzamentos de dados na forma de uma

solução de business intelligence (BI) que engloba relatórios, análises ad-hoc e data discovery.

Isso envolve todo o conjunto de soluções já disponibilizadas pelo projeto Phoenix aos auditores fiscais

paranaenses: consultas ad-hoc realizadas diariamente por dezenas de auditores fiscais da Administração

Central e de Delegacias Regionais; consultas realizadas em relatórios de BI de cruzamentos de dados,

principalmente via “Relatórios de Análise Fiscal” (RAF); uso das visualizações gráficas, como a análise de

relacionamentos em rede, para descobertas de indícios de irregularidades; criação de sistemas de

monitoramento e fiscalização utilizando os dados disponibilizados pelo projeto; e várias outras soluções.

Especificamente sobre os “RAF”, o Relatório da OCDE aponta que “dentre outras coisas, o sistema informa

as notas fiscais não registradas e executa consultas em operações realizadas por contribuintes específicos

ou produtos específicos”. Fonte: SEFAZ PA

CNPJ: Receita Federal republica ato que alterou tabela dos

anexos

5 set 2016 - Contabilidade / Societário

Foi republicado o Ato Declaratório Executivo Cocad nº 3/2016 - DOU 1 de 19.08.2016, rep. no de

05.09.2016 para trazer a Tabela de Natureza Jurídica x Qualificações dos Integrantes do QSA, por ter

saído com incorreção no original.

Anexos V (Tabela de Natureza Jurídica x Qualificação do Representante da Entidade), VI (Tabela de

Natureza Jurídica x Qualificações dos Integrantes do QSA) e VIII (Tabela de Documentos e Orientações)

da Instrução Normativa RFB nº 1.634/2016, que dispõe sobre o Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica

(CNPJ).

Fonte: LegisWeb

BLOCO K: Pra quem já validou o arquivo

09 set 2016 Daves Magno ICMS , IPI , NF-e Deixe seu Comentário

Se sua empresa está na obrigatoriedade da entrega em Janeiro de 2017, a praticamente quatro meses da

entrega do Bloco K da EFD-ICMS/IPI, imagino que você, gerente deste projeto, já está na fase de

validação do arquivo.

Caso o cenário seja distinto deste, faça melhor: leia preferencialmente quando chegar neste estágio. Você

ainda tem muito trabalho pela frente.

Para quem já validou ou está muito perto disto, gostaria de chamar a atenção sobre alguns pontos de suma

importância, para que o envio do arquivo não se torne uma grande cilada.

Todos nós sabemos que a submissão do arquivo ao PVA tão somente é: “a validação da conformidade do

leiaute dos arquivos selecionados com o leiaute padrão estabelecido no Manual (tamanho e tipo dos dados,

posição dos campos, etc…). Verifica ainda a consistência e a coerência dos dados entre si realizando testes

de integridade referencial dos dados contidos nas tabelas relacionadas e ainda a inexistência de registros

duplicados.” (fonte: RFB)

Uma vez validado, há um relaxamento natural no projeto, já que o nosso principal objetivo é a entrega da

obrigação. Mas o desafio passa a ser exatamente desvendar o que o arquivo expõe.

Ao compor o Bloco K, ele passa a consumir uma boa parte das informações contidas no registro 0200, tais

como: tipo do item (espinha dorsal deste projeto), unidades de medida, fatores de conversão, além é claro

do código do item. E o que, nestas informações (que provavelmente foram revisadas pela área de custos e

cadastros), ainda pode oferecer perigo?

Para entender melhor, teremos que analisar primeiro a forma como o Governo analisará o arquivo, ou seja,

todos meus arquivos eletrônicos provenientes da obrigação acessória e da NF-e, fazendo o cruzamento

dessas informações. Em suma:

O que eu adquiri/recebi, através da NF-e de entrada;

O que eu produzi, através do arquivo Sped (note bem, não é somente através do Bloco K);

O que eu vendi/transferi, através da NF-e de saída.

Simples assim, porém o caminho percorrido por esses arquivos/informações dentro de seu sistema é longo,

podendo gerar uma série de inconsistências fiscais, como por exemplo:

O tipo de item associado ao Código de Item no registro 0200 está em conformidade com o CFOP da

nota fiscal de entrada? Como assim? Eu te explico: Fiz uma compra para industrialização (CFOP

1101), de um item cujo fim é para utilização como material de uso e consumo (tipo de item 07);

Adquiri a matéria prima em Tonelada e vendi a produção em peças, deixando o campo fator de

conversão em branco. Como controlo este estoque?

Como fazer o mapeamento reverso? Como montar (ou melhor, desmontar) este quebra cabeça já que tudo

obrigatoriamente deverá fazer sentido com o Bloco K? E o que faço quando descubro a existência de alguns

processos que não estão no meu sistema? O simples ajuste de estoque justificaria estas movimentações

externas?

Isto porque não começamos a analisar o reflexo tributário no arquivo SPED: Créditos de ICMS, IPI, Pis e

Cofins, além dos estornos, são regras que serão questionadas pelo Fisco, ou seja, aplicadas sanções pela não

conformidade da legislação.

Tenha isso em mente: mesmo com essas inconsistências, o arquivo será validado pelo PVA e entregue

nas mãos da ansiosa RFB!

Uma metodologia de certificação deste arquivo, aliada a uma ferramenta de auditoria parametrizada aos

campos do Bloco K, passa a ser fundamental nesta avaliação.

E se o trabalho de construir o arquivo já foi grande, tenha certeza que será muito maior para certificar e dar

sentido às informações do arquivo já validado.

Se você está tranquilo com o arquivo pronto, esta é a hora de rever os seus conceitos!

A MAIORIA DAS PESSOAS SÃO HONESTAS E GENTE BOA

... SONHO OU ILUSÃO?

Creio muito nesta afirmação. Infelizmente as "coisas tristes" são mais divulgadas que as boas ações, os

pequenos milagres que acontecem todos os dias em nossas vidas. Então resolvi compartilhar algo que

aconteceu em minha vida semana passada e que tem tudo a ver com este cara da foto deste post.

Indo ministrar uma aula em Campinas esqueci meu notebook no avião. Entrei em contato com a empresa e

o mesmo não foi localizado. Paciência. Fiquei Triste pela perda parcial das informações que o mesmo

continha (parcial porque faço backup regulares. Uma lição que recomendo a todos) do que pela perda

material. Para isso trabalhamos e iria repor o mesmo assim que possível. Quem me conhece sabe que bens

materiais não é o importante em minha vida. Comentei com vários professores inclusive isso. Que não

estava nem um pouco chateado com o fato. Como sempre digo: Vida que segue !!!

Mas Deus reservou uma bela surpresa neste acontecimento. No dia seguinte à tarde recebo um email de um

desconhecido perguntando se eu estivera num voo de Goiânia para Campinas, exatamente o voo que perdi

meu notebook.

Resumo da estória: ele embarcou no mesmo avião com destino a Campo Grande e achou meu notebook.

Pelo login do mesmo ele localizou meu email e entrou em contato para devolve-lo. Através de alguns amigos

de Campo Grande o mesmo foi devolvido e já retornou as minhas mãos. A pessoa que devolveu não aceitou

sequer uma oferta minha de lhe pagar um jantar em gratidão por sua boa ação.

Restou a mim apenas fazer um agradecimento público a este filho de Deus que se chama Augusto Bescow,

o cara desta foto. Albert Einstein tem uma frase que gosto muito: "Só há duas maneiras de viver a vida: a

primeira é vivê-la como se os milagres não existissem. A segunda é vivê-la como se tudo fosse milagre".

Muito obrigado Augusto por ser uma prova viva que milagres existem. Deus lhe abençoe hoje e sempre seus

caminhos e seus passos. Somente ele pode retribuir sua nobre atitude.

Rogando a Deus que ele mostre a vocês, meus queridos amigos, os muitos Augusto Bescow que diariamente

estão a sua volta.

Fraternalmente,

Edgar Madruga

Retificação da ECF

A retificação da ECF – Escrituração Contábil Fiscal – poderá ser realizada em até 5 anos.

Se a ECF de um ano anterior for retificada, poderá ser necessário retificar as ECF dos anos posteriores, em

virtude do controle de saldos da ECF.

Exemplo: Em 01/01/2018, a empresa retificou a ECF do ano-calendário 2014. Nesse caso, a empresa pode

ter que retificar as ECF dos anos-calendário 2015 e 2016.

Para retificação da ECF, é necessário que o campo 12 do registro 0000 (0000.RETIFICADORA) deve estar

preenchido com “S” (ECF Retificadora). O procedimento para retificação é:

1 – Exporte o arquivo da ECF original;

2 – Abra o arquivo da ECF exportado em um programa tipo “Bloco de Notas”;

3 – Se o arquivo é o que foi assinado, remova a assinatura. A assinatura é um conjunto de caracteres

“estranhos” que fica após o registro 9999. Basta apagar tudo que fica após tal registro. Para fazer isso, edite

a escrituração com algum editor de texto do tipo “Bloco de Notas”.

4 – Altere com campo 12 do registro 0000 para “S” (ECF retificadora) – também é possível fazer as

correções neste momento, mas caso prefira fazer no próprio programa da ECF, salve o arquivo;

5 – Importe o arquivo da ECF retificadora;

6 – Faça a correção dos dados no programa da ECF;

7 – Valide;

8 – Assine; e

9 – Transmita a ECF retificadora.

Fonte: Manual da ECF via Mauro Negruni

EFD REINF - Cessão de Mão-de-Obra - Conceito - Definição

Solução de Consulta nº. 9.031/2016

Publicado por Jorge Campos em 5 setembro 2016 às 9:35 em EFD REINF

Olá! Pessoal,

Tivemos a publicação da Solução de consulta 9.031 de 20 de junho de 2016, tratando o tema da

CESSÃO-DE-MÃO-OBRA. O tema é oportuno, porque, agora com a publicação do novo prazo do

eSocial, em breve teremos a publicação da Instrução Normativa instituindo a EFD REINF, e o ADE

apresentando o leiaute oficial. Um dos temas mais polêmicos está na contratação de serviços de cessão-

de-mão-de-obra, e como interpretar a legislação e enquadrar ou não determinado tipo de contratação,

como tal.

Esta solução de consulta está vinculada à Solução de Consulta COSIT nº 312 de 6 de novembro de

2014, que nos dá os detalhes de um serviço que não se enquadra como cessão de mão-de-obra, e nesta

toada, vale destacar que alguns cuidados precisam ser tomados, porque, ora a empresa pode ter

enquadrado como cessão-de-mão-de-obra, e ora ela pode não ter enquadrado e diante deste cenário, ou ela

está pagando imposto à maior, ou ela deixou de pagá-lo.

Como tenho dito em diversas palestras o tema é muito árido, não é de fácil entendimento e precisa de um

estudo detalhado e uma análise cuidadosa de como a empresa está enquadrando estes serviços na empresa.

E, não esquecendo de olhar para o legado, e possíveis passivos tributários.

Assim, para completar toda a tratativa acrescento abaixo a SOLUÇÃO DE CONSULTA COSIT 312, e

não é bastante lembrar a lista dos serviços apresentados na EFD REINF pela Tabela 6 Classificação de

Serviços Prestados mediante Cessão-de-Mão-de-Obra/Empreitada Sujeitos à Retenção de

contribuição Previdenciária

SOLUÇÃO DE CONSULTA VINCULADA Nº 9.031, DE 20 DE JUNHO DE 2016

Assunto: Contribuições Sociais Previdenciárias CESSÃO DE MÃO-DE-OBRA.

COLOCÁ-LA À DISPOSIÇÃO. COORDENAÇÃO DOS TRABALHOS PELA CONTRATANTE.

Quando uma empresa cede trabalhadores a outra empresa, ela transfere a essa outra empresa a

prerrogativa que era sua de comando desses trabalhadores. Ela abre mão, em favor da contratante, do seu

direito de dispor dos trabalhadores que cede; abre mão do seu direito de coordená-los.

Dizer, então, que trabalhadores de uma empresa contratada estão à disposição de uma empresa contratante

de serviços significa dizer que essa empresa contratante pode deles dispor; pode deles exigir a execução

de tarefas dentro dos limites estabelecidos, previamente, em contrato, sem que eles necessitem, para

executá-las, reportarem-se à empresa que os cedeu.

Nesse tipo de contrato o objeto é a mão de obra.

Nesse tipo de contrato a empresa contratante define a quantidade de trabalhadores que ela necessita para

executar serviços que são de sua responsabilidade. Por outro lado, se os trabalhadores simplesmente

fizerem o que está previsto em contrato firmado entre as empresas, mediante ordem e coordenação da

empresa contratada, ou melhor dizendo, se a empresa contratante de serviços não puder deles dispor, não

puder coordenar a prestação do serviço, não ocorre o "ficar a disposição" e, por conseguinte, não ocorre

a cessão de mão de obra nos termos do art. 31 da Lei nº 8.212, de 1991.

Nesse tipo de prestação de serviço é a empresa contratada que, por força do contrato firmado, está à

disposição da empresa contratante e não os seus trabalhadores, que continuam subordinados a ela; nesse

tipo de prestação de serviço, se houver necessidade, é a empresa contratada que receberá orientações da

empresa contratante e as repassará aos seus empregados.

Nesse tipo de contrato o objeto é a execução de um serviço certo; a empresa contratante não está

preocupada com a mão de obra, no que diz respeito à quantidade de trabalhadores que irão executar o

serviço; para ela não interessa se, por exemplo, serão dois, três, ou dez trabalhadores, pois essa definição

caberá à empresa contratada; para ela o que interessa é o resultado final do serviço contratado, que é de

responsabilidade da empresa contratada.

SOLUÇÃO DE CONSULTA VINCULADA À SOLUÇÃO DE CONSULTA COSIT Nº 312, DE 6 DE

NOVEMBRO DE 2014. Dispositivos Legais: IN RFB nº 971, de 2009, art. 115, § 3º. MARCO

ANTÔNIO FERREIRA

Solução de Consulta nº 312 - Cosit - Data: 6 de novembro de 2014

ASSUNTO: CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS PREVIDENCIÁRIAS

ATIVIDADE DE TREINAMENTO E ENSINO. PROFESSORES NÃO COORDENADOS OU

COMANDADOS PELA EMPRESA CONTRATANTE. NÃO OCORRÊNCIA DE CESSÃO DE

MÃO DE OBRA. NÃO SUJEIÇÃO À RETENÇÃO DE QUE TRATA O ART. 31 DA LEI Nº 8.212,

DE 1991.

Não configura cessão de mão de obra a atividade de treinamento e ensino executada na sede da empresa

contratante, quando a empresa contratada, em sua própria sede, elabora todas as atividades necessárias à

prestação do serviço, inclusive o material didático a ser utilizado, e seus professores ministrem os cursos

contratados sem a coordenação ou comando da empresa contratante. Nesse caso, a empresa contratada, em

relação à prestação desses serviços de treinamento e ensino, não está sujeita a retenção de que trata o art.

31 da Lei nº 8.212, de 1991.

DISPOSITIVOS LEGAIS: Lei nº 8.212, de 1991, art. 31, caput; RPS, de 1999, art. 219, caput, e §§

1º e 2º, XII; IN RFB nº 971, de 2009, arts. 115 e 118, X.

Relatório

A consulente, acima identificada, formula consulta acerca da retenção de que trata o art. 31 da Lei nº

8.212, de 24 de julho de 1991.

2. Declara que presta serviço nas dependências dos clientes, por solicitação destes, que o material didático

dos cursos que ministra é desenvolvido e confeccionado em sua sede, que o professor é seu empregado e

que somente utiliza o espaço cedido pelo cliente para ministrar as aulas contratadas.

3. Isso posto, pergunta:

Nesse tipo de caso, é considerado que ocorre a cessão de não de obra, e por conseqüência, cabe a

retenção de 11%?

Fundamentos

4. A retenção de que trata o art. 31 da Lei nº 8.212, de 1991, foi regulamentada pelos arts. 219 a 224 do

Regulamento da Previdência Social (RPS), aprovado pelo Decreto nº 3.048, de 6 de maio de 1999. Transcrevem-se abaixo disposições do Regulamento, referentes a essa retenção, destacando-se a atividade

de treinamento e ensino, visto que a consulente busca esclarecimentos sobre esse tema envolvendo os

cursos que ministra para empresas (sublinhou-se):

Art. 219. A empresa contratante de serviços executados mediante cessão ou empreitada de mão-de-obra,

inclusive em regime de trabalho temporário, deverá reter onze por cento do valor bruto da nota fiscal,

fatura ou recibo de prestação de serviços e recolher a importância retida em nome da empresa

contratada, observado o disposto no § 5º do art. 216.

§ 1º Exclusivamente para os fins deste Regulamento, entende-se como cessão de mão-de-obra a

colocação à disposição do contratante, em suas dependências ou nas de terceiros, de segurados que

realizem serviços contínuos, relacionados ou não com a atividade fim da empresa, independentemente da

natureza e da forma de contratação, inclusive por meio de trabalho temporário na forma da Lei nº 6.019,

de 3 de janeiro de 1974, entre outros.

§2º Enquadram-se na situação prevista no caput os seguintes serviços realizados mediante cessão de

mão-de-obra:

(...)

XII - treinamento e ensino; (...)

4.1. A Instrução Normativa RFB nº 971, de 13 de novembro de 2009, no art. 118, inciso X, ao dispor

sobre essa retenção envolvendo a atividade de treinamento e ensino, assim prescreve (sublinhou-se):

Art. 118. Estarão sujeitos à retenção, se contratados mediante cessão de mão-de-obra, observado o

disposto no art. 149, os serviços de::

(…)

X - treinamento e ensino, assim considerados como o conjunto de serviços envolvidos na transmissão de

conhecimentos para a instrução ou para a capacitação de pessoas;

(…)

5. Da confrontação entre a descrição dos cursos ministrados pela consulente e as normas acima transcritas

percebe-se facilmente que tais cursos enquadram-se como atividade de treinamento e ensino. Percebe-se,

também, que essa atividade somente estará sujeita à retenção de que trata o art. 31 da Lei nº 8.212, de

1991, se, e somente se, for prestada mediante cessão de mão de obra.

6. Por essa razão, é fundamental compreender o conceito de cessão de mão de obra para aplicação correta

da legislação que dispõe sobre a referida retenção.

7. Pois bem, a Instrução Normativa RFB nº 971, de 2009, ao definir cessão de mão de obra,

praticamente adota o mesmo texto do § 1º do art. 219 do RPS, de 1999. Entretanto, conceitua as

expressões “dependências de terceiros”, “serviços contínuos” e “colocação à disposição” (art. 115, §§

1º, 2º e 3º), da seguinte forma (sublinhou-se):

Art. 115. Cessão de mão-de-obra é a colocação à disposição da empresa contratante, em suas

dependências ou nas de terceiros, de trabalhadores que realizem serviços contínuos, relacionados ou

não com sua atividade fim, quaisquer que sejam a natureza e a forma de contratação, inclusive por

meio de trabalho temporário na forma da Lei nº 6.019, de 1974.

§ 1º Dependências de terceiros são aquelas indicadas pela empresa contratante, que não sejam as suas

próprias e que não pertençam à empresa prestadora dos serviços.

§ 2º Serviços contínuos são aqueles que constituem necessidade permanente da contratante, que se

repetem periódica ou sistematicamente, ligados ou não a sua atividade fim, ainda que sua execução

seja realizada de forma intermitente ou por diferentes trabalhadores.

§ 3º Por colocação à disposição da empresa contratante, entende-se a cessão do trabalhador, em caráter

não eventual, respeitados os limites do contrato.

8. Depreende-se do art. 115 que estará configurada a cessão de mão de obra, se reunidas,

concomitantemente, as seguintes condições, todas conceituadas nos seus §§ 1º, 2º e 3º, acima transcritos:

a) o trabalho seja executado nas dependências da contratante ou nas dependências de terceiros por

ela indicados;

b) o objeto da contratação seja a realização de serviços considerados contínuos, por constituírem

necessidade permanente da contratante;

c) o trabalhador seja cedido pela contratada para ficar à disposição da contratante, em caráter não

eventual.

9. Em que pese na cessão de mão de obra ser necessário que os serviços sejam prestados nas dependências

da contratante ou de terceiros por ela indicados, é importante frisar que essa condição, por si só, não é

determinante para sua ocorrência. Para que ocorra a cessão de mão de obra é necessário, ainda, que a

empresa contratada coloque seus trabalhadores à disposição da empresa contratante, para realizarem

serviços contínuos.

9.1. No que diz respeito ao requisito de que “os serviços prestados devem ser contínuos”, não há

dificuldade de entendimento, pois a conceituação de “serviços contínuos” dada pela Instrução Normativa é

bastante esclarecedora. Porém, com relação ao requisito de que devem ser “colocados trabalhadores à

disposição da empresa contratante”, percebe-se que a conceituação de “colocação à disposição” dada

pelo § 3º do art. 115 da Instrução Normativa requer do intérprete o perfeito entendimento gramatical

das palavras “dispor”, “disposição” e “ceder”.

9.2. Pois bem, de acordo com o Dicionário Eletrônico Houaiss da Língua Portuguesa, versão multiusuário

2009.3 – de novembro de 2009, os significados das palavras “dispor”, “ceder” e “cessão”, aplicáveis à

definição de cessão de mão-de-obra, são os seguintes:

a) dispor: ser possuidor de (algo), ex.: dispor de empregados; utilizar (algo) que não lhe pertence; ter

controle sobre (algo); controlar, dominar, mandar;

b) ceder: transferir (a alguém) posse ou direito sobre (algo); abrir mão de; renunciar; colocar (algo) à

disposição de (outrem); emprestar;

c) cessão: ato ou efeito de ceder; cedência, cedimento; transferência de posse ou direito.

10. Conclui-se, assim, que quando uma empresa cede trabalhadores a outra empresa, ela transfere a

essa outra empresa a prerrogativa que era sua de comando desses trabalhadores.

Ela abre mão, em favor da contratante, do seu direito de dispor dos trabalhadores que cede; abre mão do

seu direito de coordená-los. Dizer, então, que trabalhadores de uma empresa contratada estão à disposição

de uma empresa contratante de serviços significa dizer que essa empresa contratante pode deles dispor;

pode deles exigir a execução de tarefas dentro dos limites estabelecidos, previamente, em contrato, sem

que eles necessitem, para executá-las, reportarem-se à empresa que os cedeu. Nesse tipo de contrato o

objeto é a mão de obra. Nesse tipo de contrato a empresa contratante define a quantidade de trabalhadores

que ela necessita para executar serviços que são de sua responsabilidade.

11. Por outro lado, se os trabalhadores simplesmente fizerem o que está previsto em contrato firmado

entre as empresas, mediante ordem e coordenação da empresa contratada, ou melhor dizendo, se a

empresa contratante de serviços não puder deles dispor, não puder coordenar a prestação do serviço, não

ocorre “o ficar a disposição” e, por conseguinte, não ocorre a cessão de mão de obra nos termos do art.

31 da Lei nº 8.212, de 1991. Nesse tipo de prestação de serviço é a empresa contratada que, por força do

contrato firmado, está à disposição da empresa contratante e não os seus trabalhadores, que continuam

subordinados a ela; nesse tipo de prestação de serviço, se houver necessidade, é a empresa contratada que

receberá orientações da empresa contratante e as repassará aos seus empregados. Nesse tipo de contrato o

objeto é a execução de um serviço certo; a empresa contratante não está preocupada com a mão de obra,

no que diz respeito à quantidade de trabalhadores que irão executar o serviço; para ela não interessa se,

por exemplo, serão dois, três, ou dez trabalhadores, pois essa definição caberá à empresa contratada; para

ela o que interessa é o resultado final do serviço contratado, que é de responsabilidade da empresa

contratada.

12. Neste sentido, a doutrina de Andrei Pitten Velloso, Daniel Machado da Rocha e José Paulo Baltazar

Júnior (Comentários à Lei do Custeio da Seguridade Social: Lei n.º 8.212, de 24 de julho de 1991,

atualizada até a Lei Complementar nº 118, de 9 de fevereiro de 2005, Porto Alegre: Livraria do Advogado,

Edição 2005, páginas 250/251) bem esclarece o conceito de cessão de mão de obra (sublinhou-se):

É essencial à configuração da cessão de mão-de-obra, pois, que haja subordinação dos segurados ao

tomador dos serviços, e não ao cedente. Se os segurados forem subordinados a este, haverá prestação

de serviços (gênero),

mas não cessão de mão-de-obra (espécie). E, da mesma forma, se forem prestados serviços sem que seja

colocada à disposição mão-de-obra, não restará caracterizada cessão de mão-de-obra. Um terceiro

fator essencial à configuração da cessão de mão-de-obra para fins da LOCSS é que o serviço seja

prestado nas dependências do contratante ou nas de terceiros alheios à relação jurídica (art. 31, § 3º):

se o serviço for prestado nas dependências do contratado, não será devida a retenção de que trata o art.

31, caput, diante da inexistência de cessão de mão-de-obra.

13. A mesma linha de entendimento é encontrada na obra Comentários à Lei Básica da Previdência Social

de Wladimir Novaes Martinez (Tomo I – Plano de Custeio, Lei nº 8.212/91, Decreto nº 3.048/99. São

Paulo: LTr, Edição 2003, página 502), em que é destacado como núcleo do conceito de cessão de mão de

obra a disponibilização de pessoal ao tomador, in verbis (sublinhou-se):

O elemento nuclear do conceito é a disponibilização do pessoal. No mínimo, quer dizer: a) supervisão

geral, incluindo o controle técnico, por parte da contratante; b) condução dos trabalhos empreendida

pelo tomador; c) aplicação de meios próprios do receptor; d) diante da impessoalidade, a possibilidade

de substituição do trabalhador.

14. Esse, inclusive, tem sido o entendimento do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, conforme pode

ser constado na ementa de acórdão proferido por esse Tribunal, abaixo transcrita (destacou-se):

TRIBUTÁRIO. SIMPLES FEDERAL. EXCLUSÃO. ATIVIDADE VEDADA. LOCAÇÃO DE MÃO-

DE-OBRA. NÃO CARACTERIZAÇÃO. NULIDADE DO ATO. 1. A prestação de serviços pela empresa contratada, com a utilização de mão-de-obra própria, a qual

permanece sob a sua direção e dependência exclusiva, havendo apenas o deslocamento dos trabalhadores

até o local da execução, seguindo-se a prestação do serviço sob as ordens da contratada não se confunde

com a atividade de locação de mão-de-obra, que pressupõe que a empresa simplesmente coloque os seus

empregados à disposição do tomador de serviços, o qual determina as diretrizes de trabalho e comanda

a realização do serviço.

2. Não tendo restado evidencida, na representação fiscal, de forma inequívoca, a cessão de mão-de-

obra, deve ser declarado nulo o ato que determinou a exclusão da autora do SIMPLES. (Processo 5004219-72.2013.404.7208, Segunda Turma, D.E. 27/05/2014)

15. É, também o entendimento do Superior Tribunal de Justiça, conforme se vê do seguinte

precedente (destacou-se):

TRIBUTÁRIO. CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA SOBRE A FOLHA DE SALÁRIOS.

RETENÇÃO DE 11% SOBRE FATURAS (LEI 9.711/88). EMPRESAS PRESTADORAS DE

SERVIÇO. NATUREZA DAS ATIVIDADES. CESSÃO DE MÃO-DE-OBRA NÃO

CARACTERIZADA. RECURSO ESPECIAL DESPROVIDO.

1. A ausência de debate, na instância recorrida, dos dispositivos legais cuja violação se alega no recurso

especial atrai a incidência da Súmula 282 do STF.

2. Para efeitos do art. 31 da Lei 8.212/91, considera-se cessão de mão-de-obra a colocação de

empregados à disposição do contratante (submetidos ao poder de comando desse), para execução das

atividades no estabelecimento do tomador de serviços ou de terceiros.

3. Não há, assim, cessão de mão-de-obra ao Município na atividade de limpeza e coleta de lixo em via

pública, realizada pela própria empresa contratada, que, inclusive, fornece os equipamentos para tanto

necessários.

4. Recurso especial parcialmente conhecido e, nesta parte, desprovido.

(REsp 488027 / SC, Primeira Turma, Rel. Ministro Teori Albino Zavascki, DJ 14/06/2004 p. 163)

16. Deveras, se não houvesse intenção do legislador em condicionar a retenção de que trata o art. 31 da

Lei nº 8.212, de 1991, à transferência, ainda que em parte, do comando, orientação e coordenação dos

empregados da empresa prestadora de serviço para a empresa contratante (colocação à disposição),

bastaria ter estabelecido que essa retenção deveria ocorrer quando uma empresa prestasse serviços

contínuos nas dependências da contratante ou nas dependências de terceiros por ela indicados; não

precisaria mais nada. Com efeito, não seria necessário definir cessão de mão de obra como sendo a

colocação à disposição da empresa contratante, em suas dependências ou nas de terceiros, de

trabalhadores que realizem serviços contínuos.

17. Pois bem, a consulente declara que presta serviço nas dependências de clientes, por solicitação

destes, que o material didático dos cursos que ministra é desenvolvido e confeccionado em sua sede,

que o professor é seu empregado e que somente utiliza o espaço cedido pelos clientes para ministrar

as aulas contratadas. Nessa descrição feita de sua atividade não há nenhuma indicação de que o

professor ministre as aulas sob a coordenação ou comando da empresa contratante. Ora, de acordo com o

exposto, o deslocamento de profissionais da empresa contratada para ministrar treinamentos nas

instalações da contratante, por si só, não é fator suficiente para configurar a cessão de mão de obra,

especialmente quando os treinamentos constituam produto desenvolvido pela contratada, ainda que

ajustados às peculiares necessidades de cada contratante. Para haver cessão de mão de obra é

necessário que os profissionais sejam cedidos à empresa contratante.

Conclusão

18. Em face do exposto, conclui-se que não configura cessão de mão de obra a atividade de

treinamento e ensino executada na sede da empresa contratante, quando a empresa contratada, em

sua própria sede, elabora todas as atividades necessárias à prestação do serviço, inclusive o material

didático a ser utilizado, e seus professores ministrem os cursos contratados sem a coordenação ou

comando da empresa contratante. Nesse caso, a empresa contratada, em relação à prestação desses

serviços de treinamento e ensino, não está sujeita a retenção de que trata o art. 31 da Lei nº 8.212,

de 1991.

À consideração do revisor.

Assinatura digital

CESAR ROXO MACHADO

Auditor-Fiscal da RFB

De acordo.

À consideração da Chefe da SRRF10/Disit.

Assinatura digital

MARCOS VINICIUS GIACOMELLI

Auditor-Fiscal da RFB

De acordo. Encaminhe-se à Coordenadora da Copen.

Assinatura digital

Iolanda Maria Bins Perin

Auditora-Fiscal da RFB – Chefe da SRRF10/Disit

De acordo. Ao Coordenador-Geral da Cosit para aprovação.

Assinatura digital

Mirza Mendes Reis

Auditora-Fiscal da RFB – Coordenadora da Copen

Ordem de Intimação

Aprovo a Solução de Consulta.

Publique-se e divulgue-se nos termos do art. 27 da Instrução Normativa RFB nº 1.396, de 16 de setembro

de 2013.

Dê-se ciência ao interessado.

Assinatura digital

FERNANDO MOMBELLI

Coordenador-Geral da Cosit

Transferência de tecnologia

SECRETARIA DE ESTADO DE FAZENDA DE MINAS GERAIS

AF 2º NÍVEL DE POÇOS DE CALDAS INFORMATIVO 028/2016 DE 05/09/2016

Rua Assis Figueiredo, 639 – Centro – CEP 37701-704 Telefone: (35) 3066-6100 E-mail: [email protected]

Assunto: DeSTDA – PRAZO DE ENTREGA Destinatário: CONTABILISTA E CONTRIBUINTES

COMUNICADO DeSTDA-Declaração de Substituição Tributária, Diferencial de Alíquota e Antecipação

ATENÇÃO:

PRAZO DE ENTREGA: Publicado no DOU de 25/08/2016, Ajuste Sinief 12/16 prorrogando a transmissão dos arquivos da DeSTDA em Minas Gerais para 20 de Janeiro de 2017, em relação aos fatos geradores ocorridos de janeiro a novembro de 2016. Confira o AJUSTE SINIEF 12, DE 22 DE AGOSTO DE 2016. A SEFAZ/MG, desde 19/08/2016, já está habilitada para recepcionar a DeSTDA. A versão disponível do aplicativo SEDIF-SN (1.0.2.11 - rgv3.39), somente está permitindo a transmissão para o estado de MG com certificado digital. Podendo ser o certificado digital utilizado para emissão dos documentos fiscais eletrônicos: NF-e, CT-e, MDF-e; com mesma raiz do CNPJ ou o certificado digital do contabilista devidamente cadastrado na empresa.

Transmissão da DeSTDA - WebServices X Aplicativo TED: Minas Gerais NÃO utiliza o TED para a transmissão dos arquivos da DeSTDA, considerando que o serviço é realizado via Web Services. Para que o aplicativo SEDIF-SN possa estabelecer comunicação com o ambiente de recepção da SEFAZ/MG é não pode haver restrição de firewall ou proxy sobre a aplicação para os endereços, portas e protocolos abaixo listados:

Firewall e Proxy - SEFAZ/MG

UF Endereço Porta Protocolo

MG 201.16.234.30 21 FTP

MG https://www2.fazenda.mg.gov.br/ws/wsSedifService?wsdl 433 HTTPS

Endereço de Pesquisa = http://www.fazenda.mg.gov.br/empresas/declaracoes_demonstrativos/DeSTDA_SEDIF-SN/ Administração Fazendária de Poços de Caldas Secretaria de Estado de Fazenda de Minas Gerais

Supremo vai julgar constitucionalidade de imposto

sobre remessa ao exterior

5 de setembro de 2016, 19h02

A constitucionalidade do imposto cobrado sobre remessas de recursos ao exterior será analisada pelo

Supremo Tribunal Federal em caso que teve repercussão geral reconhecida pelo Plenário Virtual. A

cobrança é contestada por uma montadora, que alega falta de isonomia, já que outros contribuintes em

situações parecidas não são taxados. Nas instâncias anteriores, a cobrança foi mantida. A relatoria é do

ministro Luiz Fux.

No caso concreto, a montadora questiona acórdão do Tribunal Regional Federal da 3ª Região que decidiu

pela cobrança da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (CIDE) sobre remessas de recursos

ao exterior em decorrência de contrato de compartilhamento de custos (cost sharing), referentes à pesquisa

e desenvolvimento, assinado com a matriz estrangeira, localizada na Suécia. A empresa alega violação ao

princípio da isonomia, pois determinadas isenções discriminam contribuintes em condições semelhantes.

Ao manter a incidência da CIDE questionada pela empresa, o TRF-3 entendeu que o contrato em questão

envolve transferência de tecnologia, se enquadrando à disciplina constitucional e legal que rege a

contribuição. Considerou, também, não haver ofensa ao princípio da isonomia, pois a discriminação legal

refere-se a contribuintes que não se encontram em situação equivalente, justificando o tratamento

diferenciado entre as empresas que utilizam tecnologia nacional e as que buscam a tecnologia no exterior.

Interesse amplo O ministro Luiz Fux entende que o recurso merece ter reconhecida a repercussão geral, pois o tema

constitucional constante dos autos é questão de extrema relevância do ponto de vista econômico, político,

social e jurídico, ultrapassando os interesses subjetivos da causa. O relator salientou que a multiplicidade

de casos em que se discute a matéria justifica o exame cuidadoso do tribunal, sob a ótica dos requisitos

constitucionais para a instituição de contribuições de intervenção no domínio econômico.

O ministro destaca que a CIDE, instituída para o custeio do Programa de Estímulo à Interação

Universidade-Empresa para o Apoio à Inovação, traz à discussão aspectos da contribuição para a

intervenção no domínio econômico que ainda não foram examinados pelo STF com o devido cuidado.

Entre os temas estão a necessidade ou não de atividade estatal para legitimação de sua incidência, à luz

dos artigos 149 e 174 da Constituição Federal e o tipo de atividade estatal que pode motivar uma legítima

intervenção no domínio econômico.

“Registre-se ainda que a observância aos parâmetros constitucionais limitadores da competência da União

para instituição de contribuições interventivas é elemento essencial à manutenção do Pacto Federativo,

representando, assim, assunto de interesse nacional e, especificamente em relação à exação em comento,

de interesse que extrapola os limites do Estado brasileiro, já que o tributo incide atualmente sobre a

maioria dos contratos de remessa de valores ao exterior”, concluiu o relator ao se manifestar pela

existência de repercussão geral, sendo seguido pela maioria dos ministros em votação no Plenário Virtual.

Com informações da Assessoria de Imprensa do STF.

Revista Consultor Jurídico, 5 de setembro de 2016, 19h02

Leão afastado

Entidade beneficente não pode perder isenção fiscal

com base em lei ordinária

7 de setembro de 2016, 9h47

Lei ordinária que regulamenta isenções tributárias de entidades não é inconstitucional, mas também não

tem competência para barrar a imunidade fiscal de uma organização que segue as regras estabelecidas na

Constituição para esse objetivo. Assim, a 14ª Vara da Justiça Federal em Minas Gerais acolheu pedido do

Instituto Elo para afastar a cobrança da contribuição previdenciária na condição de empregadora.

A Justiça reconheceu que o Elo é uma entidade de assistência social, constituída sob a personalidade

jurídica de associação ou fundação sem fins lucrativos e que tem direito à imunidade tributária sobre a

contribuição social, inserida no artigo 195, parágrafo 7º da Constituição.

O debate entre a entidade e a União se dava entorno da competência das leis para regular isenção fiscal. O

instituto alegava que segue as regras previstas na Constituição e que sua isenção não poderia ser vetada

com base em lei ordinária. Já a União apontou que os tribunais têm entendido das duas formas e que o

Supremo Tribunal Federal já está analisando o tema por meio de julgamento de Repercussão Geral (RE

566.622).

Não há barreira Segundo a juíza Anna Cristina Rocha Gonçalves, "não há vedação constitucional à regulamentação das

atividades de entidades beneficentes de assistência social por meio de lei ordinária" e, por isso, os

dispositivos da Lei 12.101/2009 não são inconstitucionais. Até porque, lembra a julgadora, essa lei regula

outros aspectos das entidades, "como contratos administrativos a serem firmados com o poder público".

Porém, afirma a juíza, esses mesmos trechos do texto legislativo não podem ser uma barreira ao

reconhecimento do direito das entidades de terem isenção fiscal conforme previsto no parágrafo 7º do

artigo 195 da Constituição.

Poder de tributar Para a advogada do Instituto Elo, Renata Lima, sócia e coordenadora do núcleo do Terceiro Setor do

escritório Nelson Wilians e Advogados Associados, a decisão foi um avanço. “Estas entidades não podem

ser oneradas ao pagamento de impostos e contribuições quando o seu papel perante à sociedade é

exatamente atender aos mais necessitados”, explica Renata. “Quando uma entidade deixa de pagar

tributos, ela estará reinvestindo em suas atividades para atender mais e melhor.”

A Justiça concedeu ainda à Elo o direito à restituição de todos os valores pagos de forma indevida nos

últimos cinco anos, após o ajuizamento da ação. Foi deferida também a tutela de evidência e determinada

a suspensão da exigibilidade dos tributos previstos pelos artigos 150, VI, “c” e 195, I, parágrafo 7º, da

Constituição da República.

Para o advogado Guilherme Reis, também do Nelson Wilians e Advogados Associados, a decisão em

questão faz valer o texto constitucional, pois reconhece que a imunidade contida no artigo 195 da

Constituição da República não pode ser regulamentada por lei ordinária.

“Esta decisão está em harmonia com a evolução do entendimento do Supremo Tribunal Federal,

demonstrado no voto do ministro Marco Aurélio nos autos do RE 566.622, no sentido de se reconhecer

que a imunidade da contribuição previdenciária não pode ser regulamentada por lei ordinária, cabendo

somente a lei complementar regular as limitações constitucionais ao poder de tributar.”

Clique aqui para ler a decisão.

Revista Consultor Jurídico, 7 de setembro de 2016, 9h47

Os Fiscos abandonaram definitivamente o uso do papel

para se comunicar com os contribuintes

Os avisos e notificações jurídicas estão sendo enviados de forma eletrônica pelos fiscos Federal, Estadual e

Municipal. Quem não quiser acessar, deve delegar a tarefa ao contador

Os fiscos abandonaram definitivamente o uso do papel para se comunicar com os contribuintes.

A Receita Federal, a Secretaria Estadual da Fazenda de São Paulo e, mais recentemente, a Secretaria

Municipal de Finanças criaram caixas postais eletrônicas para enviar comunicados, avisos e até autuações

para quem está irregular com as obrigações fiscais.

A comunicação se estabelece de forma rápida, em ambiente seguro, geralmente por certificação digital, e

existe um prazo a partir do qual o fisco considera lido o conteúdo das mensagens.

“As empresas que aderiram ao uso da caixa postal eletrônica não podem alegar que não acessaram, não

leram, não sabem. Depois de 10 ou 15 dias a partir do envio, o contribuinte é considerado intimado”, alerta

a advogada Valéria Zotelli, do escritório Miguel Neto Advogados, ao explicar que o uso dos meios

eletrônicos para o envio de avisos e até notificações fiscais tem o respaldo da legislação.

A Secretaria Municipal de Finanças de São Paulo possui o DEC (Domicilio Eletrônico do Contribuinte) do

Cidadão Paulistano, de uso obrigatório para pessoas jurídicas, condomínios residenciais e comerciais,

cartórios, advogados e empresários individuais.

Empresas optantes do Simples Nacional e empresários individuais podem acessar a caixa postal por meio

de uma senha ou por certificado digital, de uso obrigatório para alguns contribuintes.

São dois os tipos de mensagens que podem chegar diariamente na caixa de entrada dos prestadores de

serviços: aviso e notificação.

Avisos são mensagens genéricas, sem efeito jurídico.

Já as notificações são mensagens com efeitos jurídicos e devem ser lidas em até 10 dias a partir da data do

envio. Depois desse prazo, o fisco considera como lido o conteúdo da mensagem.

Se preferir, o contribuinte pode delegar a outras pessoas de sua confiança, como um contador, o acesso à

caixa postal. Nesse caso, esses usuários deverão ter o e-CPF, se for pessoa física, ou e-CNPJ, se pessoa

jurídica.

A consultora tributária da King Contabilidade, Elvira de Carvalho, lembra que venceu no dia 16 de fevereiro

o prazo para o credenciamento voluntário do contribuinte ao sistema.

A partir dessa data, o credenciamento foi feito por ofício, ou seja, de forma automática.

“É importante o contribuinte entrar na caixa postal pelo menos uma vez por semana, pois a partir do 11º dia

a partir do recebimento da mensagem, começa a contar o prazo, por exemplo, de defesa de um auto de

infração”, recomenda.

Segundo ela, o uso de caixa postal eletrônica pelas administrações tributárias é um avanço, pois proporciona

rapidez no processo de comunicação, além de segurança na transmissão das mensagens.

Mais antigo, o DEC da esfera estadual foi instituído pela portaria CAT 140/2010 e a obrigatoriedade

começou de forma gradual a partir de 2011.

Hoje, o uso é obrigatório para todos os contribuintes do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços

(ICMS), com exceção dos Microempreendedores Individuais (MEIs)

Parecido com o formato do DEC municipal, o órgão estadual envia avisos, notificações, comunicados ou

alertas aos contribuintes de erros no cumprimento de determinadas obrigações tributárias.

Na outra ponta, o contribuinte pode enviar petições, defesa e contestação também por meio eletrônico. O

prazo máximo dado ao contribuinte para tomar ciência dos comunicados enviados é também de dez dias,

mesmo que ele não abra a caixa postal eletrônica.

PIONEIRA

A Receita Federal foi a primeira a usar a ferramenta, conhecida como Domicílio Tributário Eletrônico

(DTE).

Nesse caso, o fisco dá um prazo de 15 dias a partir do qual passa a considerar que o contribuinte teve a

acesso às mensagens enviadas.

De acordo com o diretor tributário da Confirp, Welinton Motta, com exceção dos grandes contribuintes ou

daqueles que recebem acompanhamento diferenciado, não existe uma obrigação explícita para o uso da

caixa postal eletrônica.

Ele explica que a Receita Federal, em São Paulo, tem recomendado a adesão quando entra em contato

telefônico com o contribuinte para tratar de algum assunto fiscal.

Ao aderir ao DTE, o contribuinte pode delegar o acesso ao contador por meio de uma procuração eletrônica.

“É fácil, rápida e prática a troca de informações com o fisco, com a vantagem de fazer tudo pela Internet,

ou seja, não se limitar ao horário comercial de uma unidade da Receita”, afirma.

por Silvia Pimentel

FOTO: Thinkstock

Fonte: Diário do Comércio via Portal Fiscalização Tributária Municipal

Inclusão de ICMS na base de cálculo do PIS e

COFINS

13:30

08/09 - Carla Lidiane Müller para Notícias Contábeis do Contabilidade na TV*

Uma questão muito discutida quando o assunto é PIS e COFINS é sobre a validade da inclusão do ICMS na

sua base de cálculo.

Recentemente a Procuradoria Geral da Fazenda Nacional (PGFN), solicitou ao Supremo Tribunal Federal

que suspendessem milhares de ações sobre esse assunto.

Se o Supremo aceitar o pedido da PGFN, os ministros terão o prazo de um ano para julgar esses casos com

base no novo código de processo civil.

Essa solicitação de suspensão foi feita no dia 11/08, logo após o STJ ter definido a questão em favor da

PGFN.

A PGFN pediu o sobrestamento mesmo tendo ganho a tese, para que em coerência com o novo código civil,

o caso fosse devidamente amadurecido no STF, para se ter uma decisão final acerca do assunto.

Segundo o novo código de processo civil, é possível sim se pedir a suspensão de todas as ações, inclusive

as que estiverem em primeira instância, diferentemente de como funcionava anteriormente, onde o

sobrestamento só poderia afetar ações que não estivessem em primeira instância e que estivessem correndo

em tribunais superiores.

Hoje existem cerca de 7.954 casos referentes a esse tema parados nos diversos Tribunais Regionais Federais.

A discussão e decisão a respeito deste tema não apenas é importante para a fazenda nacional, como para

todas as empresas que contribuem com estes impostos.

Caso a decisão final do julgado não seja favorável a União, a mesma terá uma dívida de 250 bilhões de reais

relativas aos últimos dez anos, com os contribuintes que estavam discutindo a não inclusão do ICMS na

base de calculo de PIS e COFINS.

Isso sem contar que anualmente o fisco federal deixaria de arrecadar uma média de 27 bilhões com estes

impostos.

Por ser uma tese polêmica, já houve decisões do STJ favoráveis a inclusão do ICMS na base de calculo de

PIS e COFINS, porém após uma decisão em contrário do STF, começaram a surgir divergências com relação

a validade da inclusão do ICMS para calculo do PIS e COFINS.

Atualmente está correndo dois processos sobre este caso, um de ação direta de constitucionalidade e outro

de recurso em repercussão.

Só resta aos contribuintes aguardarem qual será a decisão final a respeito do caso, pelo menos assim o

contribuinte poderá ter uma maior segurança jurídica com relação ao correto recolhimento do PIS e

COFINS.

Fontes Utilizadas na Pesquisa

http://www.pgfn.fazenda.gov.br/

*Carla Lidiane Müller - Bacharel em Ciências contábeis. Cursando MBA em Direito Tributário