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Notícias IPECONT
12/09/2016
Treinamentos da Semana Vem aí, o III Congresso de
Contabilidade do Sul de Minas!
Programe-se com os treinamentos de SETEMBRO/2016!
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2016
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Boletim CONT-TRIB-JUR em 12.set.2016.
“Quem abre o coração à ambição fecha-o à tranquilidade. ”
(Provérbio chinês)
MG: Instituídos os manuais de Escrituração
Fiscal Digital (EFD)
RESOLUÇÃO Nº 4.924 DE 30 DE AGOSTO DE 2016
(MG de 31/08/2016)
Institui os manuais de Escrituração Fiscal Digital (EFD) que especifica.
O SECRETÁRIO DE ESTADO DE FAZENDA, no uso da atribuição que lhe confere o inciso III do § 1º
do art. 93 da Constituição Estadual e tendo em vista o disposto no parágrafo único do art. 4º e no item 3 da
subalínea “a.2” da alínea “a” do inc. I do art. 5º, todos do Decreto nº 46.927, de 29 de dezembro de 2015,
RESOLVE:
Art. 1º Ficam instituídos os Manuais de Escrituração Fiscal Digital (EFD):
I – Manual de Escrituração – Fundo de Erradicação da Miséria;
II – Manual de Escrituração – ST Interna;
III – Orientação de Escrituração – DIFAL Destino (MG) EC87 15 – Recolhimento a cada operação.
Parágrafo único. Os contribuintes obrigados à EFD devem observar o disposto nos manuais de que trata o
caput, disponibilizados no endereço eletrônico da Secretaria de Estado de Fazenda na internet
(http://www5.fazenda.mg.gov.br/spedfiscal/legislacao_estadual.htm).
Art. 2º Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação.
Secretaria de Estado de Fazenda, aos 30 de agosto de 2016; 228º da Inconfidência Mineira e 195º da
Independência do Brasil.
JOSÉ AFONSO BICALHO BELTRÃO DA SILVA
Secretário de Estado de Fazenda
Fonte: Sefaz MG
CT-e - Publicado o novo Manual - MOC. 3.0
Publicado por Jorge Campos em 8 setembro 2016 às 8:54 em CT-e
Pessoal,
Em breve estará no ar no novo MOC - CT-e 3.0:
ATO COTEPE/ICMS No - 20, DE 1o - DE SETEMBRO DE 2016
Aprova o Manual de Orientações do Contribuinte - MOC - CT-e, previsto no Ajuste SINIEF 09/07.
O Secretário-Executivo do Conselho Nacional de Política Fazendária - CONFAZ, no uso de suas
atribuições que lhe confere o art. 12, XIII, do Regimento da Comissão Técnica Permanente do ICMS -
COTEPE/ICMS, de 12 de dezembro de 1997, por este ato, torna público que a Comissão, na sua 165ª
reunião ordinária, realizada em Brasília, DF, nos dias 31 de agosto a 2 de setembro de 2016, considerando
o disposto no Ajuste SINIEF 09/07, de 25 de outubro de 2007, decidiu:
Art. 1º Fica aprovado o Manual de Orientações do Contribuinte - MOC - CT-e, Versão 3.00, que
estabelece as especificações técnicas do Conhecimento de Transporte Eletrônico e dos Pedidos de
Concessão de Uso e Registro de Eventos, via WebServices, a que se refere o Ajuste SINIEF 09/07, de 25
de outubro de 2007.
Parágrafo único.
O Manual de Orientações referido no caput, disponível na página do CONFAZ (www.fazenda.gov.br/confaz), identificado como Manual_CTe_v_3.00 - 01.12.2015.pdf e tem a sequência
1505949887d1b6cb6267b50a82bf6c22 como chave de codificação digital, obtida com a aplicação do
algoritmo MD5 - "Message Digest" 5.
Art. 2º Até 4 de dezembro de 2017 é permitida a utilização do MOC - CT-e, na versão 2.00a para o
cumprimento das obrigações previstas no Ajuste SINIEF 09/07. Art 3º Este ato entra em vigor na data
de sua publicação no Diário Oficial da União, produzindo efeitos a partir do primeiro dia do segundo mês
subsequente ao de sua publicação.
MANUEL DOS ANJOS MARQUES TEIXEIRA
Muita atenção nesse artigo do Lucas Pessi:
Multa por atraso na entrega da EFD ICMS/IPI
Instituído pelo Decreto nº 6.022 de 22 de janeiro de 2007, o Sistema Público de Escrituração Digital (Sped), parte
importante do Programa de Aceleração do Crescimento do Governo Federal (PAC 2007-2010) trouxe uma nova era
no mundo contábil e empresarial, desde os riscos e os benefícios. Três grandes projetos nasceram com a criação do
SPED: Escrituração Contábil Digital, Escrituração Fiscal Digital e a NF-e - Ambiente Nacional.
Hoje, com diversos programas instituídos é difícil atender a tantas obrigações acessórias impostas pelo Fisco. Dando
atenção para a Escrituração Fiscal Digital ICMS/IPI, instituída pelo Ajuste SINIEF 2, de 3 de abril de 2009, fica claro
que as informações serão compartilhadas entre a Receita Federal do Brasil e as unidades federadas.
Entretanto, a preocupação maior quanto à EFD ICMS/IPI não é - ou não era até o momento -, a entrega em
atraso, uma vez que a Receita Estadual, responsável pelo EFD ICMS/IPI não legislou nada sobre entrega em
atraso, somente a não entrega e muitos contribuintes pensam que isso é assim ainda. Engano nosso meus caros,
a Receita Estadual pode não cobrar a multa pelo atraso na entrega, mas a Receita Federal sim.
A referida multa é prevista na MEDIDA PROVISÓRIA No 2.158-35, DE 24 DE AGOSTO DE 2001.
Art. 57. O sujeito passivo que deixar de cumprir as obrigações acessórias exigidas nos termos do art. 16
da Lei nº 9.779, de 19 de janeiro de 1999, ou que as cumprir com incorreções ou omissões será intimado
para cumpri-las ou para prestar esclarecimentos relativos a elas nos prazos estipulados pela Secretaria
da Receita Federal do Brasil e sujeitar-se-á às seguintes multas: (Redação dada pela Lei nº 12.873, de
2013)
I - por apresentação extemporânea: (Redação dada pela Lei nº 12.766, de 2012)
a) R$ 500,00 (quinhentos reais) por mês-calendário ou fração, relativamente às pessoas jurídicas que, na
última declaração apresentada, tenham apurado lucro presumido; (Incluído pela Lei nº 12.766, de 2012)
b) R$ 1.500,00 (mil e quinhentos reais) por mês-calendário ou fração, relativamente às pessoas jurídicas
que, na última declaração apresentada, tenham apurado lucro real ou tenham optado pelo
autoarbitramento; (Incluído pela Lei nº 12.766, de 2012)
a) R$ 500,00 (quinhentos reais) por mês-calendário ou fração, relativamente às pessoas jurídicas que
estiverem em início de atividade ou que sejam imunes ou isentas ou que, na última declaração apresentada,
tenham apurado lucro presumido ou pelo Simples Nacional; (Redação dada pela Lei nº 12.873, de 2013)
b) R$ 1.500,00 (mil e quinhentos reais) por mês-calendário ou fração, relativamente às demais pessoas
jurídicas; (Redação dada pela Lei nº 12.873, de 2013)
c) R$ 100,00 (cem reais) por mês-calendário ou fração, relativamente às pessoas físicas; (Incluída pela
Lei nº 12.873, de 2013)
II - por não atendimento à intimação da Secretaria da Receita Federal do Brasil, para apresentar
declaração, demonstrativo ou escrituração digital ou para prestar esclarecimentos, nos prazos estipulados
pela autoridade fiscal, que nunca serão inferiores a 45 (quarenta e cinco) dias: R$ l.000,00 (mil reais) por
mês-calendário; (Redação dada pela Lei nº 12.766, de 2012)
II - por não cumprimento à intimação da Secretaria da Receita Federal do Brasil para cumprir obrigação
acessória ou para prestar esclarecimentos nos prazos estipulados pela autoridade fiscal: R$ 500,00
(quinhentos reais) por mês-calendário; (Redação dada pela Lei nº 12.873, de 2013)
III - por apresentar declaração, demonstrativo ou escrituração digital com informações inexatas,
incompletas ou omitidas: 0,2% (dois décimos por cento), não inferior a R$ 100,00 (cem reais), sobre o
faturamento do mês anterior ao da entrega da declaração, demonstrativo ou escrituração equivocada,
assim entendido como a receita decorrente das vendas de mercadorias e serviços. (Incluído pela Lei nº
12.766, de 2012)
III - por cumprimento de obrigação acessória com informações inexatas, incompletas ou
omitidas: (Redação dada pela Lei nº 12.873, de 2013)
a) 3% (três por cento), não inferior a R$ 100,00 (cem reais), do valor das transações comerciais ou das
operações financeiras, próprias da pessoa jurídica ou de terceiros em relação aos quais seja responsável
tributário, no caso de informação omitida, inexata ou incompleta; (Incluída pela Lei nº 12.873, de 2013)
b) 1,5% (um inteiro e cinco décimos por cento), não inferior a R$ 50,00 (cinquenta reais), do valor das
transações comerciais ou das operações financeiras, próprias da pessoa física ou de terceiros em relação
aos quais seja responsável tributário, no caso de informação omitida, inexata ou incompleta. (Incluída
pela Lei nº 12.873, de 2013)
§ 1o Na hipótese de pessoa jurídica optante pelo Simples Nacional, os valores e o percentual referidos nos
incisos II e III deste artigo serão reduzidos em 70% (setenta por cento). (Incluído pela Lei nº 12.766, de
2012)
§ 2o Para fins do disposto no inciso I, em relação às pessoas jurídicas que, na última declaração, tenham
utilizado mais de uma forma de apuração do lucro, ou tenham realizado algum evento de reorganização
societária, deverá ser aplicada a multa de que trata a alínea b do inciso I do caput. (Incluído pela Lei nº
12.766, de 2012)
§ 3o A multa prevista no inciso I será reduzida à metade, quando a declaração, demonstrativo ou
escrituração digital for apresentado após o prazo, mas antes de qualquer procedimento de ofício.(Incluído
pela Lei nº 12.766, de 2012)
§ 3o A multa prevista no inciso I do caput será reduzida à metade, quando a obrigação acessória for
cumprida antes de qualquer procedimento de ofício. (Redação dada pela Lei nº 12.873, de 2013)
§ 4o Na hipótese de pessoa jurídica de direito público, serão aplicadas as multas previstas na alínea a do
inciso I, no inciso II e na alínea b do inciso III. (Incluído pela Lei nº 12.873, de 2013)
O Perguntas Frequentes EFD ICMS/IPI Sped Fiscal, no tópico 5.5.4 também trata do assunto, olink se encontra
abaixo.
Ou seja, o atraso na entrega da EFD ICMS, pode sim gerar sérios problemas, ou melhor, multas. Para o recolhimento
da multa em DARF, utiliza-se o código 3630, instituído pelo Ato Declaratório Executivo nº 39 de 10 de junho de
2013.
http://sped.rfb.gov.br/estatico/45/62CE7A41F5742AB5C65B51818CA798B35E629A/Perguntas_Frequentes_vers%
C3%A3o_4_0_2015.pdf
Lucas Pessi Martins
Fiscais não podem multar contribuinte por pedido de
ressarcimento indevido
A Receita Federal determinou que não seja cobrada multa de 50% por pedido de ressarcimento de tributos
indevidos, feito enquanto a penalidade ainda estava em vigor.
postado 02/09/2016 08:08:00 - 1.150 acessos
A Receita Federal, por meio do Ato Declaratório Interpretativo (ADI) nº8, determinou que não seja
cobrada multa de 50% por pedido de ressarcimento de tributos indevidos, feito enquanto a penalidade
ainda estava em vigor. Com isso, os fiscais do órgão receberam orientação para revogar a multa em
ocorrências do passado.
A multa
A multa foi criada como uma forma de evitar que contribuintes fizessem pedidos de ressarcimento de
maneira exagerada. Ela estava prevista na Lei nº 9.430/96 e estipulava que quem fosse penalizado tivesse
que pagar 50% do valor requisitado. Ainda havia a possibilidade de essa penalidade subir para 100%
caso os fiscais julgassem que houve tentativa de má-fé.
Essa penalidade, porém, durou apenas até 2014, já que foi revogada pelas Medidas Provisórias (MPs) nº
656/14 e nº 668/15. Esta última, inclusive, foi convertida na Lei nº 13.137/15.
Retroatividade
Entretanto, conforme apontam advogados, o Fisco pode levar até seis anos para avaliar pedidos de
ressarcimento. Logo, é possível que existam pedidos anteriores ao período da revogação da multa que
ainda estão no aguardo.
É diante desse cenário que o ato declaratório da Receita estabeleceu a retroatividade benigna. Ou seja, a
multa não pode ser aplicada para casos que ainda estão pendentes de uma definição.
A ADI vai além e aborda ainda os casos em que o contribuinte já teve a multa aplicada e está pagando
parcelas. Nesse caso, ele não precisa quitar as parcelas seguintes, mas não receberá de volta o valor já
pago.
Além disso, se o contribuinte tiver sido autuado para pagar multa de 50%, mas ainda estiver discutindo
isso em esferas administrativa ou Judicial, também não precisará pagar a penalidade.
Fonte: Grupo Skill
Lei pode definir contornos da não cumulatividade
de PIS/Cofins, diz PGR
5 de setembro de 2016
Por Marcelo Galli
A Constituição não define a metodologia da não cumulatividade das contribuições sociais PIS e Cofins,
cabendo à lei ordinária definir os limites do postulado. Apesar disso, a legislação infraconstitucional não é
livre para criar essa definição como bem quiser, devendo respeitar as materialidades “receita/faturamento”
e não tomar emprestado conceitos válidos para o IPI e o ICMS, diz parecer da Procuradoria-Geral da
República em um Recurso Extraordinário com repercussão geral reconhecida no Supremo Tribunal Federal
que trata do tema.
No documento, a PGR reforça o posicionamento do Superior Tribunal de Justiça no julgamento do
Recurso Especial 1.246.317, de que as instruções normativas 247/2002 e 404/2004, da Receita Federal,
são inválidas, por atribuírem ao PIS/Cofins o conceito de insumos utilizado para o IPI.
Segundo a decisão do STJ, são ilegais os artigos das instruções normativas que restringiram
indevidamente o conceito de “insumos” previsto no artigo 3º, II, das leis 10.637/2002 e 10.833/2003
para efeitos de creditamento na sistemática de não cumulatividade das contribuições que servem para
financiar a seguridade social e o pagamento do abono salarial e seguro-desemprego. O STJ deverá se
debruçar novamente sobre o tema futuramente no julgamento do REsp 1.221.170, patrocinado pelo
escritório Schneider, Pugliese, Sztokfisz, Figueiredo e Carvalho Advogados, que foi submetido à sistemática
dos recursos repetitivos (temas 779 e 780).
Conforme o parecer da PGR, o modelo instituído pelas leis 10.637/2002 e 10.833/2003 deve ser interpretado
tomando como parâmetro a base de cálculo dos tributos em análise, ou seja, receita ou o faturamento,
conforme diz o artigo 195, I, b, da Constituição após a EC 20/1998. Para a Unilever, autora do recurso ao
STF, essas leis restringiram o direito de crédito do contribuinte.
A empresa quer tomar crédito sobre despesas financeiras, publicidade e propaganda, mas a PGR é contra
por entender que esses gastos são repassados aos consumidores finais no preço de seus produtos, o que
compõe sua receita/faturamento, devendo nesses casos incidir o PIS/Cofins.
Para a PGR, o enquadramento de determinada receita como faturamento, para fins de incidência do
PIS/Cofins, independe da sua destinação a terceiro ou do seu caráter de transitoriedade. “Depende, tão
somente, do fato de a receita ser oriunda da venda de mercadorias, prestação de serviços ou de qualquer
soma decorrente do exercício das atividades empresariais.” Fonte: ConJur
ICMS MG – FATOS RELEVANTES PARA APLICAÇÃO DA ST
(Polêmica Sabão em Barra)
Por Solution Consultoria - 09/09/2016
Matéria disponível em: http://www.solutioncontabilidade.com/artigos_info.php?id=73
Substituição Tributária
É do conhecimento de todos que no final do ano de 2015 houve várias mudanças na legislação do ICMS ST em âmbito
nacional, mudando em vários aspectos a metodologia da cobrança do imposto, tais como a alteração da MVA,
exclusão de produtos no regime da ST, inclusão de produtos no regime, criação de código especifico para ST e outras
alterações que trouxeram grandes transtornos para o profissional da área tributária e para as empresas.
Essas mudanças vieram com intuito de unificar a substituição tributária em nível nacional, criando uma lista nacional
de produtos em que os Estados poderiam atribuir a substituição tributária.
Em Minas Gerais a regulamentação destes produtos veio por meio da publicação do Decreto 46.931/2015, e suas
alterações, listando as mercadorias abrangidas pelo regime da ST.
É comum o supermercadista mineiro adquirir produtos enquadrados no regime da ST de fornecedores de outras
unidades da federação, nessas aquisições quando o imposto devido não for recolhido pelo fornecedor, ou recolhido a
menor, fica o contribuinte mineiro responsável pelo recolhimento ou seu complemento, no momento da entrada da
mercadoria no Estado, conforme regulamento o Anexo XV do RICMS/MG.
Polêmica Sabão em Barra adquirido de SP
O sabão em barra ou pasta classificado na NCM 3401.19.00, comercializado por supermercados e adquiridos de vários
fornecedores, tais como YPE, Bombril, Minuano etc., que na maioria das vezes estão situados no Estado de São Paulo,
tem sua NCM e descrição incluído na lista de produtos abrangidos pelo regime da ST em ambos Estados (MG/SP).
Em Minas Gerais o sabão em barra está inserido no item 35.0 do Anexo XV do RICMS e já em SP a ST do sabão em
barra está regulamentado pela Portaria CAT 70/2015 e pelo art. 313-G do RICMS/SP.
Apesar constante no regime da ST em ambos Estados, é comum os fornecedores paulistas não realizarem o pagamento
do imposto antecipado, sob argumento de que tais produtos estão no Grupo de Produtos de Perfumaria e de Higiene
Pessoal e cosméticos, e como seus produtos tratam-se de produtos de limpeza, não há em que se falar em recolhimento
de imposto a título de ST.
Diante da dúvida nos perguntamos, quais fatos são relevantes para aplicação do regime da ST?
Fatos Relevantes para Aplicação da ST
1. NCM
Para a aplicabilidade da substituição tributária a um produto é primordial que sua NCM esteja elencada na lista de
mercadorias constantes na Parte 2 do Anexo XV do Regulamento do ICMS de Minas Gerais, caso contrário a
tributação do produto não estará alcançada por esse regime.
2. DESCRIÇÃO
Não basta a NCM do produto constar no Anexo XV do RICMS/MG, é preciso também que a descrição da
produto identifique a mercadoria relacionada para pagamento do ICMS antecipado, conforme já manifestado
por diversas vezes pela Secretaria da Fazenda de Minas Gerais, através de Solução de Consultas e outros atos.
Portanto é preciso que a NCM e a descrição das mercadorias estejam em harmonia com o produto descrito no Anexo
XV, gerando assim a obrigação de enquadrar a mercadoria no regime da ST.
3. ITEM OU GRUPO
No Estado Mineiro, a legislação é clara quanto a função dos Itens ou Grupos de Mercadorias objetos da ST, no sentido
que a denominação dos Itens da Parte 2 do Anexo XV, são irrelevantes para efeito de aplicabilidade da ST, visando
apenas facilitar a identificação dos produtos sujeitos a substituição tributária conforme § 3º do Art. 121 do referido
Anexo.
Por outro lado, o Estado de São Paulo, não possui entendimento expresso em sua legislação sobre o assunto, mas já
se manifestou através da Resposta da Consulta Contribuinte 2277/2013, publicada em 14/01/2014, esclarecendo que
existem três condicionantes para que ocorra a obrigação da ST: NCM, a Descrição da Mercadoria e Grupo/Item da
Mercadoria sujeita à ST.
Na referida consulta, a Fazenda Paulista entendeu que não se aplicaria a substituição tributária aos produtos de higiene
para cães a gatos, pelo motivo que sua NCM e descrição estão em conformidade com os produtos constantes no grupo
denominado como “Produtos de Higiene Pessoal”, sendo assim inaplicável a ST.
Para o fisco paulista são três os fatos concomitantes que faz nascer a obrigação da ST, é preciso que a NCM e descrição
da mercadoria esteja relacionada na norma, e a destinação dessa mercadoria esteja em harmonia com o grupo objeto
da ST.
Conclusão
Desta forma, verifica-se uma divergência de entendimento sobre aplicabilidade da ST, entre os Estados de Minas
Gerais e São Paulo, sendo que o primeiro entende como fato relevante na aplicação da ST apenas a descrição e NCM
do produto, já o Estado paulista criou através atos não inseridos na sua legislação um terceiro fato relevante, o grupo
objeto da ST, como requisito essencial para aplicabilidade da ST.
Assim orientamos aos supermercadistas mineiros, nas aquisições de sabão em barra de fornecedores situados no
Estado de São Paulo, realizarem o recolhimento do ICMS ST da entrada do produto em território mineiro,
pois o fisco mineiro tem legislação sólida para exigir o recolhimento do ICMS desses produtos, já que o art.
121 menciona que o Item da ST é irrelevante para aplicabilidade da ST e o art. 142 obriga o contribuinte mineiro a
efetuar o recolhimento do imposto quando a responsabilidade não for atribuída ao alienante ou ao remetente, ambos
do Anexo XV do RICMS.
Por outro lado, o entendimento dos fornecedores paulistas de não reter o imposto, está em consonância com fisco
paulista que terá a competência para fiscaliza-los e em desacordo com fisco mineiro, que atribuirá ao supermercadista
mineiro a responsabilidade pelo recolhimento do imposto.
Base legal: Citadas no texto
___________________________________________________
1 Art. 12 (...) § 3º - As denominações dos itens da Parte 2 deste Anexo são irrelevantes para definir os efeitos tributários,
visando meramente facilitar a identificação das mercadorias sujeitas a substituição tributária.
2- Art. 14. O contribuinte mineiro, inclusive o varejista, destinatário de mercadoria submetida ao regime de substituição
tributária relacionada na Parte 2 deste Anexo, em operação interestadual, é responsável pela apuração e pelo recolhimento do
imposto devido a este Estado, a título de substituição tributária, no momento da entrada da mercadoria em território mineiro,
quando a responsabilidade não for atribuída ao alienante ou ao remetente.
Solution Contabilidade e Consultoria ltda.
Tel: (35) 3422-2963 (035) 8827-3371 Visite nosso site: www.solutioncontabilidade.com
5 maneiras para empresas reduzirem tributos
9 de setembro de 2016
A crise está afetando grande parte das empresas e nessa hora a palavra de ordem é redução de custos.
Contudo, uma forma de deixar os gastos menores que poucas empresas aplicam corretamente é o
planejamento tributário. Sendo que estudos apontam que as empresas pagam até 34% de tributos sobre o
lucro, mas todo empresário sabe que esses valores se mostram muito maiores se forem consideradas outras
questões como encargos trabalhistas, taxas e outras obrigatoriedade.
Assim, se uma empresa pretende sobreviver à crise, é fundamental buscar reduções de acordo com as
frequentes alterações tributárias às quais se deve adaptar no país, administrando melhor seus tributos,
obtendo maior lucratividade no seu negócio. Segundo o diretor executivo da Confirp Contabilidade
Richard Domingos, “com a alta tributação no Brasil, além de terem de enfrentar empresas que vivem na
informalidade, várias empresas quebram com elevadas dívidas fiscais. Assim, é salutar dizer que é legal a
elisão fiscal”.
Existem várias formas de redução desses valores, assim, o especialista da Confirp listou algumas:
1. Planejamento tributário – São três os principais tipos de tributação: Simples Nacional, Presumido ou
Real. O diretor da Confirp explica que “a opção pelo tipo de tributação que a empresa utilizará no próximo
ano fiscal pode ser feita até o início do próximo ano, mas, as análises devem ser realizadas com
antecedência para que se tenha certeza da opção, diminuindo as chances de erros”. Importante ressaltar
que cada caso deve ser analisado individualmente, evidenciando que não existe um modelo exato para a
realização de um planejamento tributário já que existem várias variáveis.
“De forma simplificada, num planejamento tributário se faz a análise e aplicação de um conjunto de ações,
referentes aos negócios, atos jurídicos ou situações materiais que representam numa carga tributária menor
e, portanto, resultado econômico maior, normalmente aplicada por pessoa jurídica, visando reduzir a carga
tributária”, explica Domingos.
2. Recuperações tributárias – Dentro do complexo sistema tributário brasileiro, muitas vezes ocorrem
cobranças de formas indevidas, levando a uma elevação considerável da carga tributária, assim, a empresa
deve estar atenta aos créditos que tem direito, e isso dependerá muito de sua área de atuação. Dentre os
impostos que podem ser recuperados estão pagamentos referentes ao PIS/Pasep, Cofins, IPI e ICMS,
dentre outros, que contribuirão para a redução do montante dos tributos. Outra questão que se deve levar
em conta é a compensação dos tributos recolhidos indevidamente.
Deve-se contratar empresas de consultoria jurídica e tributária para levantar possíveis créditos, que não
foram considerados na apuração mensal por falta de norma infralegal. Isso porque os créditos podem ser
questionados no âmbito administrativos pelo fisco, devendo ser considerados todos os riscos antes de
qualquer decisão. Deve-se tomar cuidado com muitas empresas que oferecem esse tipo de serviço apenas
com o interesse de ter comissão imediata sobre redução ou compensação de tributos propostos. Ficando o
empresário com todo o risco da operação.
3. Incentivos fiscais – As empresas podem utilizar ferramentas que incentivo fiscal, que são instrumentos
que visam o desenvolvimento econômico de determinada região ou certo setor de atividade. Para isso,
ocorre a ação de redução da receita pública de natureza compulsória ou a supressão de sua exigibilidade.
São várias as formas que as empresas podem utilizar essa forma de incentivo, indo desde apoio a ações de
terceiros, como esporte e cultura, até mesmo leis que visam crescimento regionais e reduzem
consideravelmente os valores a serem pagos, contudo, também é necessário nesses casos a preocupação de
um acompanhamento de especialista.
4. Enquadramento correto na Classificação Nacional de Atividades Econômicas – CNAE – A maioria das
empresas não se atenta, mas desde sua criação já estão comprometidas com um erro primordial que é o
fato de seus cadastros nos entes governamentais não reflitam suas reais atividades, um dos erros que leva a
empresa a ter sérios riscos fiscais é o CNAE inadequado, e o pior, só perceberão esse erro quando
começam a aparecer os problemas. Mas, mas que isso, escolher o CNAE representará na carga tributária a
pagar.
Outra questão muito importante é que quando uma empresa estiver no CNAE errado, as chances dos
impostos estarem errados, com alíquotas divergentes, são muito grandes, e em caso de constatação disso
em uma fiscalização, o resultado poderá ser pesadas multas.
5. Redução do FAP – O FAP é um índice aplicado sobre a Contribuição do Grau de Incidência de
Incapacidade Laborativa decorrente dos Riscos Ambientais do Trabalho, e representa uma boa parcela dos
gastos trabalhistas das empresas, podendo variar dependendo do número de ocorrências e ramo de
atividade.
Contudo, o que muitos empresários não sabem é que os valores podem ser minimizados, sendo possível
entrar com recursos administrativos para revisão da cobrança desses valores pelo Governo e garantir uma
diminuição de custos, além de aproveitar para planejar-se para o futuro, com essa despesa a menos.
Fonte: Administradores
Hackers continuam a atacar empresas de
contabilidade
Veja dicas de como se proteger
Vários casos de ataques já foram relatados em todo o Brasil pelos meios de comunicação e redes sociais,
por isso é necessário cuidado extremo, tendo em vista o bloqueio total dos servidores (computador) do
escritório contábil que ficam inoperantes.
Estes hackers trabalham como sequestradores, pedindo altas somas em dólares em Bitcoins (moeda digital)
para desbloquear os computadores da empresa.
A foto da matéria [abaixo] foi retirada do facebook de um contador atacado pelos hackers e mostra o
desespero do mesmo.
Veja algumas dicas de como se proteger:
Armazenamento virtual
Sempre polêmico, o armazenamento virtual pode sim ser considerado uma solução para esse tipo de
problema. Serviços como Dropbox, SkyDrive e iCloud são alternativas que permitem armazenar, transferir
e compartilhar arquivos no ambiente online.
O que garante a segurança desse tipo de recurso é que para impedir o acesso não autorizado a eles, é possível
usar serviços de criptografia, sistemas capazes de codificar automaticamente qualquer documento
adicionado a contas na nuvem.
Atualização do sistema operacional
Falhas de segurança podem acontecer. Da mesma forma, quando um sistema não é atualizado regularmente,
fica fácil para uma pessoa mal-intencionada conseguir acesso a ele através das brechas deixadas.
Problemas como erros de programação, bugs ou até mesmo disfunções de softwares são oportunidades de
ouro para ações de pessoas que têm interesse em se apropriar de suas informações.
Procure manter seu sistema, seja ele qual for, atualizado. Isso faz com que ele fique menos exposto e inibe
os ataques.
Segurança da rede
É cada vez mais comum a invasão de redes de internet sem fio. Para evitar isso, é possível adotar medidas
que vão desde ações mais simples até as mais complexas, coisas como a adoção de senhas seguras, assim
como ativação de proteções de firewall no roteador, utilização de programas que monitoram o seu consumo
de dados, como o NetMeter, e uso de códigos nos roteadores.
Antivírus
É preciso pensar na segurança de seus dados e, para isso, é fundamental ter um antivírus capaz de proteger
tanto computadores quanto smartphones. Por isso, programas como o AVG, oferecem na sua versão paga
recursos como firewall, anti-spam e proteção para Wi-Fi.
Da mesma forma, o Kaspersky é uma excelente ferramenta antivírus para computadores, tablets e
smartphones. Em sua versão paga, esse programa oferece proteção contra vírus, spywares e firewall.
Para que sua empresa não sofra com ações que podem prejudicar os negócios é fundamental que tudo aquilo
que é colocado em ambiente virtual seja devidamente protegido. Para isso, procure trabalhar com
ferramentas que evitem ao máximo o sucesso de ações desse tipo.
Ataques de hackers podem ser evitados desde que haja o cuidado necessário. Pense na segurança de seu
negócio e evite dores de cabeça no futuro.
Incidência de IPI em produtos reciclados
Receita diz que reciclagem de materiais não se enquadra na modalidade de industrialização
O avanço de políticas de reciclagem ainda gera dúvidas entre empresas, principalmente dentre aquelas que
utilizam como insumo algum tipo de material reciclado no processo produtivos.
De acordo com o decreto-lei 400/1968, o Imposto Sobre Produtos Industrializados (IPI) incidente sobre
produtos usados que sofrerem processo de industrialização será calculado sobre a diferença de preços entre
a aquisição e a revenda.
Porém, o Regulamento do Imposto Sobre Produtos Industrializados (IPI) atual, aprovado pelo
decreto 7.212/2010, ao tratar da base de cálculo do tributo, restringe a aplicação da norma emanada
do decreto-lei 400/68 unicamente aos produtos sujeitos ao processo de industrialização definido como
renovação ou recondicionamento (Regulamento do IPI, artigo 4º, V).
Vale observar que o conceito de renovação de produtos usados equivale ao conceito moderno de reciclagem
em cujo processo de industrialização materiais usados são reaproveitados para produção de um novo
produto, com as mesmas ou com outras características físico-química.
A Receita Federal do Brasil tem manifestado entendimento no sentido de que a reciclagem de
materiais usados não se enquadra na modalidade de industrialização denominada renovação ou
recondicionamento, razão pela qual não se aplicaria a base de cálculo prevista no art. 194 do RIPI
(Solução de Consulta nº 127 de 30 de outubro de 2012).
Todavia, contrariando o entendimento da fisco brasileiro, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) tem
decidido que a fabricação de produtos com base em insumo advindo da reciclagem de materiais
usados, tais como sucatas, aparas ou desperdícios, caracteriza industrialização sujeita a apuração do
IPI na forma do artigo 7º do decreto-lei 400/68.
Diante disso, as fabricantes brasileiras em cujo processo de industrialização - renovação ou reciclagem -
utilizam produtos usados tem o direito de apurar e pagar o IPI sobre a diferença entre preços de aquisição e
de revenda, podendo valer-se de medida judicial para garantia desse direito, bem como para recuperar os
pagamentos efetuados nos últimos 5 anos, desde que atendidos os requisitos do artigo 166 do Código
Tributário Nacional (CTN).
Gilson Rasador, diretor da Pactum Consultoria Empresarial
Incidência de Cide sobre remessas ao exterior tem repercussão
geral reconhecida no STF
5 set 2016 - IR / Contribuições
O Supremo Tribunal Federal (STF) vai decidir se a incidência da Contribuição de Intervenção no Domínio
Econômico (Cide) nas remessas ao exterior é constitucional. O tema é objeto do Recurso Extraordinário
(RE) 928943, de relatoria do ministro Luiz Fux, que teve repercussão geral reconhecida pelo Plenário
Virtual.
No caso concreto, a empresa Scania Latin America Ltda. questiona acórdão do Tribunal Regional Federal
da 3ª Região (TRF-3) que decidiu pela cobrança da Cide sobre remessas de recursos ao exterior em
decorrência de contrato de compartilhamento de custos (cost sharing), referentes à pesquisa e
desenvolvimento, assinado com a matriz estrangeira (Scania AB), localizada na Suécia. A empresa alega
violação ao princípio da isonomia, pois determinadas isenções discriminam contribuintes em condições
semelhantes.
Ao manter a incidência da Cide questionada pela empresa, o TRF-3 entendeu que o contrato em questão
envolve transferência de tecnologia, se enquadrando à disciplina constitucional e legal que rege a
contribuição. Considerou, também, não haver ofensa ao princípio da isonomia, pois a discriminação legal
refere-se a contribuintes que não se encontram em situação equivalente, justificando o tratamento
diferenciado entre as empresas que utilizam tecnologia nacional e as que buscam a tecnologia no exterior.
Manifestação
O ministro Luiz Fux entende que o recurso merece ter reconhecida a repercussão geral, pois o tema
constitucional constante dos autos é questão de extrema relevância do ponto de vista econômico, político,
social e jurídico, ultrapassando os interesses subjetivos da causa. O relator salientou que a multiplicidade
de casos em que se discute a matéria enseja o exame cuidadoso do Tribunal, sob a ótica dos requisitos
constitucionais para a instituição de contribuições de intervenção no domínio econômico.
O ministro destaca que a Cide, instituída para o custeio do Programa de Estímulo à Interação
Universidade-Empresa para o Apoio à Inovação, traz à discussão aspectos da contribuição para a
intervenção no domínio econômico que ainda não foram examinados pelo STF com a devida acuidade,
entre os quais a necessidade ou não de atividade estatal para legitimação de sua incidência, à luz dos
artigos 149 e 174 da Constituição Federal e o tipo de atividade estatal que pode motivar uma legítima
intervenção no domínio econômico.
“Registre-se ainda que a observância aos parâmetros constitucionais limitadores da competência da União
para instituição de contribuições interventivas é elemento essencial à manutenção do Pacto Federativo,
representando, assim, assunto de interesse nacional e, especificamente em relação à exação em comento,
de interesse que extrapola os limites do Estado brasileiro, já que o tributo incide atualmente sobre a
maioria dos contratos de remessa de valores ao exterior”, concluiu o relator ao se manifestar pela
existência de repercussão geral, sendo seguido pela maioria dos ministros em votação no Plenário Virtual.
Fonte: Notícias do STF
11 erros fatais na área tributária
6 de setembro de 2016
Com o surgimento do Sistema Público de Escrituração Digital (SPED), ferramenta desenvolvida para
oficializar os arquivos digitais das escriturações contábil e fiscal dos contribuintes e com isso também
agilizar o trabalho da Receita Federal do Brasil (RFB), uma perfeita organização com documentos fiscais
se tornou necessária. E por conta disso, pequenos detalhes – até os imperceptíveis a olho nu – podem gerar
consequências desastrosas, dentre elas grande multas.
Cuidar de tal organização se equivale a cuidar da saúde de alguém. Alguns sinais desprezados ou tratados
de maneira displicente podem gerar sequelas mais graves, irreversíveis e até mesmo a morte (virando
comida de Leão).
A precisão dos profissionais que assumem a missão de gerenciar a contabilidade da empresa deve ser
cirúrgica e, para auxiliar esse trabalho, preparamos uma lista de erros críticos que podem – e devem – ser
evitados:
Quais são os erros contábeis que podem ser evitados?
1. As más rotinas administrativas
Querer economizar com profissional de contabilidade, não cumprir leis e prazos e até promover atrasos no
pagamento de salários, mesmo que por relaxo e não má-fé, pode gerar multas e diversas sanções que podem
liquidar a empresa.
2. Vício fiscal
Contratar um profissional de contabilidade e pensar que tudo recai sobre ele apenas é um grande engano. É
um erro bastante comum nas empresas esse pensamento.
O que o profissional faz é evitar transtornos e prevenir erros. E para isso deve ser feito um trabalho próximo
entre os empreendedores e os contadores ou contabilistas.
Cabe ressaltar que desde 11 de janeiro de 2003, por conta da Lei nº 10.406/2002, Art. 1.177, o profissional
da classe contábil responde solidariamente em qualquer erro, seja voluntário ou não. Se for de seu
conhecimento a distorção em dados fornecidos ao Fisco, pode ser também acionado na Justiça Criminal.
3. Falta de pontualidade
Como citado no item 1, cumprir prazos estabelecidos ou combinados faz a engrenagem funcionar bem e
com isso a empresa tem preocupações a menos.
Empresas que se omitem e/ou atrasam na entrega da Escrituração Fiscal Digital (EFD) podem se enquadrar
na situação de inaptas, o que gera uma série de transtornos.
4. Falta de exatidão
Todo documento fiscal deve ser descrito na contabilidade da empresa. Qualquer erro, mesmo que
involuntário, pode gerar problemas com a Receita Federal.
Trabalhar em unidade com o contador e auxiliar será uma forma de ajudar no crescimento da empresa sem
dores de cabeça.
A autuação por quaisquer irregularidades apontadas pelo SPED à RFB pode chegar a 200% sobre as
operações, afirma a advogada tributarista Ana Paula Lazarreschi de Mesquita, em material disponível no
Portal Contábeis.
Ela citou também, na mesma oportunidade, que “95% das empresas dos setores Industrial e Comercial de
médio e grande porte que acompanhou tiveram entre 800 e 6 mil erros nas informações encaminhadas”,
segundo verificação de auditoria realizada por seu time de digital tributário.
5. Erros na totalização da nota fiscal eletrônica – NF-e
É comum ocorrer erros motivados pela dificuldade em informar todos os campos relativos a uma operação
fiscal como, por exemplo, despesas acessórias, fretes e demais valores que a compõe. Isso se deve por nem
sempre o sistema ERP da empresa está devidamente parametrizado, ou ainda, por possíveis erros
operacionais dos profissionais envolvidos na rotina diária da empresa.
6. Erro na correlação entre campos de base de cálculo, alíquotas e impostos
Assim como no item anterior, como reflexo dos erros na parametrização do sistema ERP ou em processos,
a base de cálculo aplicada à alíquota informada pode ficar diferente dos valores dos Impostos escriturados.
Isso permite o Fisco interpretar que a empresa agiu de má fé.
7. NCM desatualizada X alíquota de IPI
A Nomenclatura Comum do Mercosul (NCM), utilizada para cálculo dos impostos, possui constantes
mudanças e nem sempre é possível acompanhar a todas e providenciar a atualização dos cadastros.
Um exemplo citado é a extinção de alguma NCM ou ainda, a redução ou majoração tributária do IPI, onde
se pode deixar de apropriar algum crédito permitido pela legislação vigente ou até mesmo gerar débitos de
forma equivocada.
A título de exemplo, destacamos abaixo a NCM correspondente aos veículos automóveis:
NCM 8703.21 – Veículos automóveis, tratores, ciclos e outros veículos terrestres, suas partes e acessórios.
Alíquotas:
Período de 01/07/2014 a 31/12/2014 alíquota de 33%
A partir de 01/01/2015 a 31/12/2017 a alíquota passa a ser de 37%
E 7% a partir de 01/01/2018
Imagine que no período de Janeiro/2015 a empresa não esteja atenta a essa mudança. Considerando que
neste mês a entidade fature cerca de 10 milhões de reais correspondentes a essa NCM, estariam deixando
de recolher para os cofres públicos R$ 400.000,00, caracterizando assim evasão fiscal ou em uma situação
de compra deixar de obter o crédito adicional do valor através de nota de complemento de imposto do
fornecedor.
8. Pensar que a DANFe ou o papel impresso é a Nota Fiscal
O papel impresso é uma versão simplificada da NF-e, chamada de Documento Auxiliar de NF-e (Danfe),
que tem informações resumidas dos dados presentes na nota. Enfim, ele NÃO é uma nota e NÃO possui
validade jurídica. A NF-e é um arquivo digital com extensão XML, que foi assinado digitalmente e
autorizado pelas Secretarias estaduais de Fazenda. Se houver divergência entre os dados da NFe e da
DANFe, as multas podem chegar a 100% do valor da operação.
9. Não armazenar as NF-es
É uma obrigação fiscal de qualquer empresa armazenar todas as NF-es, tanto emitidas quanto recebidas,
por um período de cinco anos mais o corrente (além disso é opcional ao contribuinte). Quem não guarda as
notas corre o risco de sofrer sanções e ser multado. Pequenas divergências ou inconsistências podem render
multas de até mil reais por documento.
10. Não arquivar os documentos de forma organizada e segura
Alguém em sua empresa teve a brilhante ideia de armazenar todas as NF-es em um servidor. Como você
faria para encontrar uma nota recebida de um fornecedor em um dia específico diante uma “enxurrada” de
arquivos? E se acontece um desastre e o HD onde estão os documentos queima? Ou se todos os
computadores com cópia dos documentos apresentam algum tipo de problema que impossibilita recuperá-
los? O ideal é investir em algum sistema de gerenciamento automático de XMLs das NF-es. Isso evita um
problemão.
11. Depender do fornecedor para receber a nota fiscal anexada por e-mail
As vezes o e-mail não chega, a nota é alterada ou cancelada ou até mesmo alguém emitindo nota contra
você sem o seu conhecimento. Uma multa pode ser aplicada sem que você tivesse, na verdade, uma culpa.
Fonte: Jornal Contábil
E o contador-filósofo de plantão (Fábio Carvalho) pergunta: HÁ SINCERIDADE NISSO?
MG: Pimentel recebe relatório de simplificação
de legislação tributária
6 de setembro de 2016
Foi entregue ontem ao governador Fernando Pimentel o primeiro relatório da Comissão Permanente de
Revisão e Simplificação da Legislação Tributária do Estado de Minas Gerais. O trabalho pretende permitir
que a administração estadual consiga vencer a guerra fiscal entre os estados e garanta melhores resultados
fiscais.
Pimentel destacou que as medidas que foram sugeridas pelo grupo vão ajudar o estado a melhorar o
desempenho do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). “O trabalho é exitoso. Ele
nos deu ganhos importantes, não só no sentido financeiro, com o aumento da arrecadação, mas é um
ganho no sentido da eficiência do imposto. Nós tivemos essa experiência na prefeitura da capital e
estamos tendo aqui agora também”, disse. O mesmo tipo de trabalho foi feito quando Pimentel foi prefeito
de Belo Horizonte.
A presidente e coordenadora geral dos trabalhos da comissão, Misabel Derzi, disse que a simplificação da
legislação ajuda a melhorar a arrecadação. “Estamos caminhando passo a passo para a simplificação da
legislação tributária. Há várias propostas nesse sentido. E quando simplificamos, nós reduzimos o ônus”,
adiantou.
A comissão, criada no âmbito das Secretarias de Estado de Casa Civil e de Relações Institucionais (Seccri)
e de Fazenda (SEF), também conta com a participação da pasta de Planejamento e Gestão (Seplag),
representantes da Assembleia Legislativa da bancada mineira na Câmara dos Deputados, do Tribunal de
Justiça de Minas Gerais (TJMG), do Tribunal de Contas do Estado (TCE-MG) e do Ministério Público
(MPMG). Ainda integram a comissão especialistas, consultores e estudiosos nacionais e internacionais e
representantes de entidades de classe e empresariais.
Fonte: Estado de Minas
TRF4 edita nove súmulas firmando
entendimentos em Direito Tributário
6 de setembro de 2016
O Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) publicou hoje (5/9), no Diário Eletrônico da Justiça
Federal da 4ª Região, nove novas súmulas. Os verbetes, que vão do número 84 ao 92, registram a
interpretação pacífica ou majoritária adotada pelas turmas especializadas em Direito Tributário.
Propostas pela 1ª Seção do Tribunal, formada pelas 1ª e 2ª turmas, as súmulas tratam de temas recorrentes,
tais como, a isenção de Imposto de Renda nas questões judiciais envolvendo saúde. Com a Súmula 84,
fica firmado o entendimento de que a persistência ou não dos sintomas em casos de neoplasia maligna não
é relevante para a concessão. Já a Súmula 88 define que pessoas cegas de apenas um olho também têm
direito ao benefício.
Um dos objetivos das novas súmulas foi o de preservar a União de prejuízos com novas ações de execução
em casos de inadimplência em parcelamentos de dívidas tributárias, proibindo a baixa na
distribuição/extinção do processo até o pagamento de todas as parcelas, entendimento agora firmado na
Súmula 85.
Também há a preocupação com o meio ambiente, e as turmas passam a exigir em uniformidade a
averbação das áreas de reserva legal nas matrículas dos imóveis para que o proprietário tenha direito à
isenção do Imposto sobre Propriedade Territorial Rural (ITR).
O instituto jurídico do redirecionamento de dívida, um dos temas mais freqüentes nas ações envolvendo
Direito Tributário, teve novas definições na Súmula 90. A previsão é de que quando não existem bens
aptos ao pagamento de dívida tributária, esta deve ser extinta e não redirecionada, agilizando a resolução
dos processos de execução. Outros entendimentos expressos nas novas súmulas tratam de perdimento de
veículos, taxa de saúde suplementar, imposto de importação e interrupção do prazo prescricional em
parcelamento de débitos tributários.
Veja novas súmulas na íntegra:
Súmula nº 84 – Concedida a isenção do imposto de renda incidente sobre os proventos de
aposentadoria percebidos por portadores de neoplasia maligna, nos termos art. 6º, inciso XIV, da
Lei 7.713/88, não se exige a persistência dos sintomas para a manutenção do benefício.
Súmula nº 85 – A adesão a parcelamento de crédito tributário implica a suspensão da execução,
mediante o arquivamento do feito, sem baixa na distribuição.
Súmula nº 86 – É desnecessária a apresentação de Ato Declaratório Ambiental – ADA para o
reconhecimento do direito à isenção de Imposto Territorial Rural – ITR. Todavia, para o gozo da
isenção do ITR no caso de área de “reserva legal”, é imprescindível a averbação da referida área na
matrícula do imóvel.”
Súmula nº 87 – É admitida a pena de perdimento de veículo objeto de alienação fiduciária ou de
arrendamento mercantil, independentemente da participação do credor fiduciário ou arrendante no
evento que deu causa à pena.
Súmula nº 88 – O art. 6º, XIV, da Lei nº 7.713/1988, norma que deve ser interpretada na sua
literalidade, não faz distinção entre cegueira binocular e monocular, para efeito de isenção de
Imposto sobre a Renda.
Súmula nº 89 – A instituição da base de cálculo da Taxa de Saúde Suplementar (TSS) por
resolução da Agência Nacional de Saúde Suplementar (RDC nº 10, de 2000) afronta o princípio da
legalidade tributária, conforme o disposto no art. 97, IV do CTN.Embora a Taxa de Saúde
Suplementar tenha sido instituída pelo artigo 20, I, da Lei nº 9.661/2000, sua base de cálculo
somente veio a ser definida pelo art. 3º da Resolução RDC nº 10/2000, em ofensa ao disposto no
artigo 97 do CTN e ao princípio da legalidade.
Súmula nº 90 – O encerramento de processo falimentar sem bens aptos à satisfação do crédito
tributário, constada a impossibilidade de redirecionamento, conduz à extinção da execução fiscal
por falta de interesse processual (art. 485, VI, CPC/15).”
Súmula nº 91 – No parcelamento que prescinde de ato formal de exclusão, o prazo prescricional é
interrompido, recomeçando a fluir, por inteiro, quando do descumprimento do acordo celebrado.
Súmula nº 92 – O custo dos serviços de capatazia não integra o “valor aduaneiro” para fins de
composição da base de cálculo do imposto de importação.
Fonte: Tribunal Regional Federal da 4ª Região
Auditoria: CFC divulga normas
5 set 2016 - Contabilidade / Societário
O Conselho Federal de Contabilidade (CFC) divulgou as seguintes normas sobre auditoria no DOU 1 de
05.09.2016:
a) NBC TA 200 (R1), que altera a NBC TA 200, a qual dispõe sobre os objetivos gerais do auditor
independente e a condução da auditoria em conformidade com normas de auditoria;
b) NBC TA 210 (R1), que altera a NBC TA 210, a qual dispõe sobre a concordância com os termos do
trabalho de auditoria;
c) NBC TA 220 (R2), que altera a NBC TA 220 (R1), a qual dispõe sobre o controle de qualidade da
auditoria de demonstrações contábeis;
d) NBC TA 230 (R1), que altera a NBC TA 230, a qual dispõe sobre a documentação de auditoria;
e) NBC TA 240 (R1), que altera a NBC TA 240, a qual dispõe sobre a responsabilidade do auditor em
relação a fraude, no contexto da auditoria de demonstrações contábeis;
f) NBC TA 300 (R1), que altera a NBC TA 300, a qual dispõe sobre o planejamento da auditoria de
demonstrações contábeis;
g) NBC TA 315 (R1), que altera a NBC TA 315, a qual dispõe sobre a identificação e avaliação dos riscos
de distorção relevante por meio do entendimento da entidade e do seu ambiente;
h) NBC TA 320 (R1), que altera a NBC TA 320, a qual dispõe sobre a materialidade no planejamento e na
execução da auditoria;
i) NBC TA 330 (R1), que altera a NBC TA 330, a qual dispõe sobre a resposta do auditor aos riscos
avaliados;
j) NBC TA 450 (R1), que altera a NBC TA 450, a qual dispõe sobre a avaliação das distorções
identificadas durante a auditoria;
k) NBC TA 500 (R1), que altera a NBC TA 500, a qual dispõe sobre a evidência de auditoria;
l) NBC TA 540 (R1), que altera a NBC TA 540, a qual dispõe sobre a auditoria de estimativas contábeis,
inclusive do valor justo, e divulgações relacionadas;
m) NBC TA 560 (R1), que altera a NBC TA 560, a qual dispõe sobre os eventos subsequentes;
n) NBC TA 580 (R1), que altera a NBC TA 580, a qual dispõe sobre as representações formais;
o) NBC TA 600 (R1), que altera a NBC TA 600, a qual dispõe sobre as considerações especiais -
auditorias de demonstrações contábeis de grupos, incluindo o trabalho dos auditores dos componentes;
p) NBC TA 710 (R1), que altera a NBC TA 710, a qual dispõe sobre as informações comparativas -
valores correspondentes e demonstrações contábeis comparativas;
q) NBC TA 720 (R1), que altera a NBC TA 720, a qual dispõe sobre a responsabilidade do auditor em
relação a outras informações.
Fonte: LegisWeb
Prazo para entrega da DITR vai até 30 de setembro
9 set 2016 - IR / Contribuições
Imóvel Rural
A multa por atraso da declaração é de 1% ao mês calendário ou fração sobre o imposto devido, não
podendo seu valor ser inferior a R$ 50,00
A Receita Federal já recebeu mais de 1,9 milhão de declarações do Imposto sobre a Propriedade
Territorial Rural (DITR) referentes ao exercício 2016.
O prazo para entrega é até 30 de setembro. A previsão é que sejam entregues 5,4 milhões de declarações.
A multa por atraso da declaração é de 1% ao mês calendário ou fração sobre o imposto devido, não
podendo seu valor ser inferior a R$ 50,00.
Estão obrigados a apresentar a Declaração do Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural (DITR)
referente ao exercício 2016 aquele que seja na data da apresentação, em relação ao imóvel a ser declarado,
exceto o imune ou isento:
- a pessoa física ou jurídica proprietária, titular do domínio útil ou possuidora a qualquer título, inclusive a
usufrutuária;
- um dos condôminos, quando o imóvel rural pertencer simultaneamente a mais de um contribuinte, em
decorrência de contrato ou decisão judicial ou em função de doação recebida em comum;
- um dos compossuidores, quando mais de uma pessoa for possuidora do imóvel rural.
Tem também a obrigação de entregar a DITR a pessoa física ou jurídica que, entre 1º de janeiro de 2016 e
a data da efetiva apresentação perdeu:
- a posse do imóvel rural, pela imissão prévia do expropriante, em processo de desapropriação por
necessidade ou utilidade pública, ou por interesse social, inclusive para fins de reforma agrária;
- o direito de propriedade pela transferência ou incorporação do imóvel rural ao patrimônio do
expropriante, em decorrência de desapropriação por necessidade ou utilidade pública, ou por interesse
social, inclusive para fins de reforma agrária; ou
- a posse ou a propriedade do imóvel rural, em função de alienação ao Poder Público, inclusive às suas
autarquias e fundações, ou às instituições de educação e de assistência social imunes do imposto.
Está obrigado também a apresentar a declaração referente ao exercício de 2016 o titular do domínio útil ou
possuidor a qualquer título de imóvel rural imune ou isento para o qual houve alteração nas informações
cadastrais.
O vencimento da 1ª quota ou quota única do imposto é 30 de setembro de 2015 e não há acréscimos se o
pagamento ocorrer até essa data. Sobre as demais quotas há incidência de juros Selic calculados a partir de
outubro até a data do pagamento. O pagamento do imposto pode ser parcelado em até quatro quotas,
mensais, iguais e sucessivas, desde que cada quota não seja inferior a R$ 50,00.
O imposto de valor até R$ 100,00 deve ser recolhido em quota única. O valor mínimo de imposto a ser
pago é de R$ 10,00, independentemente do valor calculado ser menor.
Fonte: Receita Federal do Brasil
Projeto da Receita Estadual é citado em relatório da OCDE
O Projeto Phoenix foi mencionado como exemplo de utilização inovadora de análise de dados, tendo sido
incluído em relatório publicado em 13 de maio de 2016 intitulado “Technologies for Better Tax
Administration: A Practical Guide for Revenue Bodies” (Tecnologias para uma melhor administração
tributária: um guia prático para os órgãos de Receita”), que discorre sobre serviços digitais e explora como
novas tecnologias de análises de dados podem ser usadas pelas administrações tributárias.
O Phoenix é um conjunto de projetos que está em andamento desde 2012 para instituir na Receita Estadual
uma infraestrutura avançada de hardware, software e serviços para análise massiva de dados, incluindo a
implantação de um data warehouse baseado na tecnologia Teradata e de uma solução de BI na plataforma
MicroStrategy, integrando todas as bases de dados do fisco estadual a fim de subsidiar a tomada de decisão
gerencial e tornar mais eficiente as fiscalizações e auditorias.
O relatório traz casos práticos de como as administrações tributárias de vários países têm utilizado essas
novas tecnologias e foi preparado pelo Programa “E-services and Digital Delivery” do Forum on Tax
Administration (FTA, o Fórum das Administrações Tributárias) da OCDE (Organização para a Cooperação
e Desenvolvimento Econômico). O caso brasileiro está citado na página 40 do relatório, no quadro 2.7. O
relatório completo está disponível para leitura online, na página do FTA (http://www.oecd.org/tax/forum-
on-tax-administration/), menu “Publications And Products”. Confira em http://www.keepeek.com/Digital-
Asset-Management/oecd/taxation/technologies-for-better-tax-administration_9789264256439-en#page1
O texto informa que a Receita Estadual do Paraná, a partir das notas fiscais eletrônicas e das escriturações
fiscais digitais de seus contribuintes, desenvolveu relatórios de cruzamentos de dados na forma de uma
solução de business intelligence (BI) que engloba relatórios, análises ad-hoc e data discovery.
Isso envolve todo o conjunto de soluções já disponibilizadas pelo projeto Phoenix aos auditores fiscais
paranaenses: consultas ad-hoc realizadas diariamente por dezenas de auditores fiscais da Administração
Central e de Delegacias Regionais; consultas realizadas em relatórios de BI de cruzamentos de dados,
principalmente via “Relatórios de Análise Fiscal” (RAF); uso das visualizações gráficas, como a análise de
relacionamentos em rede, para descobertas de indícios de irregularidades; criação de sistemas de
monitoramento e fiscalização utilizando os dados disponibilizados pelo projeto; e várias outras soluções.
Especificamente sobre os “RAF”, o Relatório da OCDE aponta que “dentre outras coisas, o sistema informa
as notas fiscais não registradas e executa consultas em operações realizadas por contribuintes específicos
ou produtos específicos”. Fonte: SEFAZ PA
CNPJ: Receita Federal republica ato que alterou tabela dos
anexos
5 set 2016 - Contabilidade / Societário
Foi republicado o Ato Declaratório Executivo Cocad nº 3/2016 - DOU 1 de 19.08.2016, rep. no de
05.09.2016 para trazer a Tabela de Natureza Jurídica x Qualificações dos Integrantes do QSA, por ter
saído com incorreção no original.
Anexos V (Tabela de Natureza Jurídica x Qualificação do Representante da Entidade), VI (Tabela de
Natureza Jurídica x Qualificações dos Integrantes do QSA) e VIII (Tabela de Documentos e Orientações)
da Instrução Normativa RFB nº 1.634/2016, que dispõe sobre o Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica
(CNPJ).
Fonte: LegisWeb
BLOCO K: Pra quem já validou o arquivo
09 set 2016 Daves Magno ICMS , IPI , NF-e Deixe seu Comentário
Se sua empresa está na obrigatoriedade da entrega em Janeiro de 2017, a praticamente quatro meses da
entrega do Bloco K da EFD-ICMS/IPI, imagino que você, gerente deste projeto, já está na fase de
validação do arquivo.
Caso o cenário seja distinto deste, faça melhor: leia preferencialmente quando chegar neste estágio. Você
ainda tem muito trabalho pela frente.
Para quem já validou ou está muito perto disto, gostaria de chamar a atenção sobre alguns pontos de suma
importância, para que o envio do arquivo não se torne uma grande cilada.
Todos nós sabemos que a submissão do arquivo ao PVA tão somente é: “a validação da conformidade do
leiaute dos arquivos selecionados com o leiaute padrão estabelecido no Manual (tamanho e tipo dos dados,
posição dos campos, etc…). Verifica ainda a consistência e a coerência dos dados entre si realizando testes
de integridade referencial dos dados contidos nas tabelas relacionadas e ainda a inexistência de registros
duplicados.” (fonte: RFB)
Uma vez validado, há um relaxamento natural no projeto, já que o nosso principal objetivo é a entrega da
obrigação. Mas o desafio passa a ser exatamente desvendar o que o arquivo expõe.
Ao compor o Bloco K, ele passa a consumir uma boa parte das informações contidas no registro 0200, tais
como: tipo do item (espinha dorsal deste projeto), unidades de medida, fatores de conversão, além é claro
do código do item. E o que, nestas informações (que provavelmente foram revisadas pela área de custos e
cadastros), ainda pode oferecer perigo?
Para entender melhor, teremos que analisar primeiro a forma como o Governo analisará o arquivo, ou seja,
todos meus arquivos eletrônicos provenientes da obrigação acessória e da NF-e, fazendo o cruzamento
dessas informações. Em suma:
O que eu adquiri/recebi, através da NF-e de entrada;
O que eu produzi, através do arquivo Sped (note bem, não é somente através do Bloco K);
O que eu vendi/transferi, através da NF-e de saída.
Simples assim, porém o caminho percorrido por esses arquivos/informações dentro de seu sistema é longo,
podendo gerar uma série de inconsistências fiscais, como por exemplo:
O tipo de item associado ao Código de Item no registro 0200 está em conformidade com o CFOP da
nota fiscal de entrada? Como assim? Eu te explico: Fiz uma compra para industrialização (CFOP
1101), de um item cujo fim é para utilização como material de uso e consumo (tipo de item 07);
Adquiri a matéria prima em Tonelada e vendi a produção em peças, deixando o campo fator de
conversão em branco. Como controlo este estoque?
Como fazer o mapeamento reverso? Como montar (ou melhor, desmontar) este quebra cabeça já que tudo
obrigatoriamente deverá fazer sentido com o Bloco K? E o que faço quando descubro a existência de alguns
processos que não estão no meu sistema? O simples ajuste de estoque justificaria estas movimentações
externas?
Isto porque não começamos a analisar o reflexo tributário no arquivo SPED: Créditos de ICMS, IPI, Pis e
Cofins, além dos estornos, são regras que serão questionadas pelo Fisco, ou seja, aplicadas sanções pela não
conformidade da legislação.
Tenha isso em mente: mesmo com essas inconsistências, o arquivo será validado pelo PVA e entregue
nas mãos da ansiosa RFB!
Uma metodologia de certificação deste arquivo, aliada a uma ferramenta de auditoria parametrizada aos
campos do Bloco K, passa a ser fundamental nesta avaliação.
E se o trabalho de construir o arquivo já foi grande, tenha certeza que será muito maior para certificar e dar
sentido às informações do arquivo já validado.
Se você está tranquilo com o arquivo pronto, esta é a hora de rever os seus conceitos!
A MAIORIA DAS PESSOAS SÃO HONESTAS E GENTE BOA
... SONHO OU ILUSÃO?
Creio muito nesta afirmação. Infelizmente as "coisas tristes" são mais divulgadas que as boas ações, os
pequenos milagres que acontecem todos os dias em nossas vidas. Então resolvi compartilhar algo que
aconteceu em minha vida semana passada e que tem tudo a ver com este cara da foto deste post.
Indo ministrar uma aula em Campinas esqueci meu notebook no avião. Entrei em contato com a empresa e
o mesmo não foi localizado. Paciência. Fiquei Triste pela perda parcial das informações que o mesmo
continha (parcial porque faço backup regulares. Uma lição que recomendo a todos) do que pela perda
material. Para isso trabalhamos e iria repor o mesmo assim que possível. Quem me conhece sabe que bens
materiais não é o importante em minha vida. Comentei com vários professores inclusive isso. Que não
estava nem um pouco chateado com o fato. Como sempre digo: Vida que segue !!!
Mas Deus reservou uma bela surpresa neste acontecimento. No dia seguinte à tarde recebo um email de um
desconhecido perguntando se eu estivera num voo de Goiânia para Campinas, exatamente o voo que perdi
meu notebook.
Resumo da estória: ele embarcou no mesmo avião com destino a Campo Grande e achou meu notebook.
Pelo login do mesmo ele localizou meu email e entrou em contato para devolve-lo. Através de alguns amigos
de Campo Grande o mesmo foi devolvido e já retornou as minhas mãos. A pessoa que devolveu não aceitou
sequer uma oferta minha de lhe pagar um jantar em gratidão por sua boa ação.
Restou a mim apenas fazer um agradecimento público a este filho de Deus que se chama Augusto Bescow,
o cara desta foto. Albert Einstein tem uma frase que gosto muito: "Só há duas maneiras de viver a vida: a
primeira é vivê-la como se os milagres não existissem. A segunda é vivê-la como se tudo fosse milagre".
Muito obrigado Augusto por ser uma prova viva que milagres existem. Deus lhe abençoe hoje e sempre seus
caminhos e seus passos. Somente ele pode retribuir sua nobre atitude.
Rogando a Deus que ele mostre a vocês, meus queridos amigos, os muitos Augusto Bescow que diariamente
estão a sua volta.
Fraternalmente,
Edgar Madruga
Retificação da ECF
A retificação da ECF – Escrituração Contábil Fiscal – poderá ser realizada em até 5 anos.
Se a ECF de um ano anterior for retificada, poderá ser necessário retificar as ECF dos anos posteriores, em
virtude do controle de saldos da ECF.
Exemplo: Em 01/01/2018, a empresa retificou a ECF do ano-calendário 2014. Nesse caso, a empresa pode
ter que retificar as ECF dos anos-calendário 2015 e 2016.
Para retificação da ECF, é necessário que o campo 12 do registro 0000 (0000.RETIFICADORA) deve estar
preenchido com “S” (ECF Retificadora). O procedimento para retificação é:
1 – Exporte o arquivo da ECF original;
2 – Abra o arquivo da ECF exportado em um programa tipo “Bloco de Notas”;
3 – Se o arquivo é o que foi assinado, remova a assinatura. A assinatura é um conjunto de caracteres
“estranhos” que fica após o registro 9999. Basta apagar tudo que fica após tal registro. Para fazer isso, edite
a escrituração com algum editor de texto do tipo “Bloco de Notas”.
4 – Altere com campo 12 do registro 0000 para “S” (ECF retificadora) – também é possível fazer as
correções neste momento, mas caso prefira fazer no próprio programa da ECF, salve o arquivo;
5 – Importe o arquivo da ECF retificadora;
6 – Faça a correção dos dados no programa da ECF;
7 – Valide;
8 – Assine; e
EFD REINF - Cessão de Mão-de-Obra - Conceito - Definição
Solução de Consulta nº. 9.031/2016
Publicado por Jorge Campos em 5 setembro 2016 às 9:35 em EFD REINF
Olá! Pessoal,
Tivemos a publicação da Solução de consulta 9.031 de 20 de junho de 2016, tratando o tema da
CESSÃO-DE-MÃO-OBRA. O tema é oportuno, porque, agora com a publicação do novo prazo do
eSocial, em breve teremos a publicação da Instrução Normativa instituindo a EFD REINF, e o ADE
apresentando o leiaute oficial. Um dos temas mais polêmicos está na contratação de serviços de cessão-
de-mão-de-obra, e como interpretar a legislação e enquadrar ou não determinado tipo de contratação,
como tal.
Esta solução de consulta está vinculada à Solução de Consulta COSIT nº 312 de 6 de novembro de
2014, que nos dá os detalhes de um serviço que não se enquadra como cessão de mão-de-obra, e nesta
toada, vale destacar que alguns cuidados precisam ser tomados, porque, ora a empresa pode ter
enquadrado como cessão-de-mão-de-obra, e ora ela pode não ter enquadrado e diante deste cenário, ou ela
está pagando imposto à maior, ou ela deixou de pagá-lo.
Como tenho dito em diversas palestras o tema é muito árido, não é de fácil entendimento e precisa de um
estudo detalhado e uma análise cuidadosa de como a empresa está enquadrando estes serviços na empresa.
E, não esquecendo de olhar para o legado, e possíveis passivos tributários.
Assim, para completar toda a tratativa acrescento abaixo a SOLUÇÃO DE CONSULTA COSIT 312, e
não é bastante lembrar a lista dos serviços apresentados na EFD REINF pela Tabela 6 Classificação de
Serviços Prestados mediante Cessão-de-Mão-de-Obra/Empreitada Sujeitos à Retenção de
contribuição Previdenciária
SOLUÇÃO DE CONSULTA VINCULADA Nº 9.031, DE 20 DE JUNHO DE 2016
Assunto: Contribuições Sociais Previdenciárias CESSÃO DE MÃO-DE-OBRA.
COLOCÁ-LA À DISPOSIÇÃO. COORDENAÇÃO DOS TRABALHOS PELA CONTRATANTE.
Quando uma empresa cede trabalhadores a outra empresa, ela transfere a essa outra empresa a
prerrogativa que era sua de comando desses trabalhadores. Ela abre mão, em favor da contratante, do seu
direito de dispor dos trabalhadores que cede; abre mão do seu direito de coordená-los.
Dizer, então, que trabalhadores de uma empresa contratada estão à disposição de uma empresa contratante
de serviços significa dizer que essa empresa contratante pode deles dispor; pode deles exigir a execução
de tarefas dentro dos limites estabelecidos, previamente, em contrato, sem que eles necessitem, para
executá-las, reportarem-se à empresa que os cedeu.
Nesse tipo de contrato o objeto é a mão de obra.
Nesse tipo de contrato a empresa contratante define a quantidade de trabalhadores que ela necessita para
executar serviços que são de sua responsabilidade. Por outro lado, se os trabalhadores simplesmente
fizerem o que está previsto em contrato firmado entre as empresas, mediante ordem e coordenação da
empresa contratada, ou melhor dizendo, se a empresa contratante de serviços não puder deles dispor, não
puder coordenar a prestação do serviço, não ocorre o "ficar a disposição" e, por conseguinte, não ocorre
a cessão de mão de obra nos termos do art. 31 da Lei nº 8.212, de 1991.
Nesse tipo de prestação de serviço é a empresa contratada que, por força do contrato firmado, está à
disposição da empresa contratante e não os seus trabalhadores, que continuam subordinados a ela; nesse
tipo de prestação de serviço, se houver necessidade, é a empresa contratada que receberá orientações da
empresa contratante e as repassará aos seus empregados.
Nesse tipo de contrato o objeto é a execução de um serviço certo; a empresa contratante não está
preocupada com a mão de obra, no que diz respeito à quantidade de trabalhadores que irão executar o
serviço; para ela não interessa se, por exemplo, serão dois, três, ou dez trabalhadores, pois essa definição
caberá à empresa contratada; para ela o que interessa é o resultado final do serviço contratado, que é de
responsabilidade da empresa contratada.
SOLUÇÃO DE CONSULTA VINCULADA À SOLUÇÃO DE CONSULTA COSIT Nº 312, DE 6 DE
NOVEMBRO DE 2014. Dispositivos Legais: IN RFB nº 971, de 2009, art. 115, § 3º. MARCO
ANTÔNIO FERREIRA
Solução de Consulta nº 312 - Cosit - Data: 6 de novembro de 2014
ASSUNTO: CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS PREVIDENCIÁRIAS
ATIVIDADE DE TREINAMENTO E ENSINO. PROFESSORES NÃO COORDENADOS OU
COMANDADOS PELA EMPRESA CONTRATANTE. NÃO OCORRÊNCIA DE CESSÃO DE
MÃO DE OBRA. NÃO SUJEIÇÃO À RETENÇÃO DE QUE TRATA O ART. 31 DA LEI Nº 8.212,
DE 1991.
Não configura cessão de mão de obra a atividade de treinamento e ensino executada na sede da empresa
contratante, quando a empresa contratada, em sua própria sede, elabora todas as atividades necessárias à
prestação do serviço, inclusive o material didático a ser utilizado, e seus professores ministrem os cursos
contratados sem a coordenação ou comando da empresa contratante. Nesse caso, a empresa contratada, em
relação à prestação desses serviços de treinamento e ensino, não está sujeita a retenção de que trata o art.
31 da Lei nº 8.212, de 1991.
DISPOSITIVOS LEGAIS: Lei nº 8.212, de 1991, art. 31, caput; RPS, de 1999, art. 219, caput, e §§
1º e 2º, XII; IN RFB nº 971, de 2009, arts. 115 e 118, X.
Relatório
A consulente, acima identificada, formula consulta acerca da retenção de que trata o art. 31 da Lei nº
8.212, de 24 de julho de 1991.
2. Declara que presta serviço nas dependências dos clientes, por solicitação destes, que o material didático
dos cursos que ministra é desenvolvido e confeccionado em sua sede, que o professor é seu empregado e
que somente utiliza o espaço cedido pelo cliente para ministrar as aulas contratadas.
3. Isso posto, pergunta:
Nesse tipo de caso, é considerado que ocorre a cessão de não de obra, e por conseqüência, cabe a
retenção de 11%?
Fundamentos
4. A retenção de que trata o art. 31 da Lei nº 8.212, de 1991, foi regulamentada pelos arts. 219 a 224 do
Regulamento da Previdência Social (RPS), aprovado pelo Decreto nº 3.048, de 6 de maio de 1999. Transcrevem-se abaixo disposições do Regulamento, referentes a essa retenção, destacando-se a atividade
de treinamento e ensino, visto que a consulente busca esclarecimentos sobre esse tema envolvendo os
cursos que ministra para empresas (sublinhou-se):
Art. 219. A empresa contratante de serviços executados mediante cessão ou empreitada de mão-de-obra,
inclusive em regime de trabalho temporário, deverá reter onze por cento do valor bruto da nota fiscal,
fatura ou recibo de prestação de serviços e recolher a importância retida em nome da empresa
contratada, observado o disposto no § 5º do art. 216.
§ 1º Exclusivamente para os fins deste Regulamento, entende-se como cessão de mão-de-obra a
colocação à disposição do contratante, em suas dependências ou nas de terceiros, de segurados que
realizem serviços contínuos, relacionados ou não com a atividade fim da empresa, independentemente da
natureza e da forma de contratação, inclusive por meio de trabalho temporário na forma da Lei nº 6.019,
de 3 de janeiro de 1974, entre outros.
§2º Enquadram-se na situação prevista no caput os seguintes serviços realizados mediante cessão de
mão-de-obra:
(...)
XII - treinamento e ensino; (...)
4.1. A Instrução Normativa RFB nº 971, de 13 de novembro de 2009, no art. 118, inciso X, ao dispor
sobre essa retenção envolvendo a atividade de treinamento e ensino, assim prescreve (sublinhou-se):
Art. 118. Estarão sujeitos à retenção, se contratados mediante cessão de mão-de-obra, observado o
disposto no art. 149, os serviços de::
(…)
X - treinamento e ensino, assim considerados como o conjunto de serviços envolvidos na transmissão de
conhecimentos para a instrução ou para a capacitação de pessoas;
(…)
5. Da confrontação entre a descrição dos cursos ministrados pela consulente e as normas acima transcritas
percebe-se facilmente que tais cursos enquadram-se como atividade de treinamento e ensino. Percebe-se,
também, que essa atividade somente estará sujeita à retenção de que trata o art. 31 da Lei nº 8.212, de
1991, se, e somente se, for prestada mediante cessão de mão de obra.
6. Por essa razão, é fundamental compreender o conceito de cessão de mão de obra para aplicação correta
da legislação que dispõe sobre a referida retenção.
7. Pois bem, a Instrução Normativa RFB nº 971, de 2009, ao definir cessão de mão de obra,
praticamente adota o mesmo texto do § 1º do art. 219 do RPS, de 1999. Entretanto, conceitua as
expressões “dependências de terceiros”, “serviços contínuos” e “colocação à disposição” (art. 115, §§
1º, 2º e 3º), da seguinte forma (sublinhou-se):
Art. 115. Cessão de mão-de-obra é a colocação à disposição da empresa contratante, em suas
dependências ou nas de terceiros, de trabalhadores que realizem serviços contínuos, relacionados ou
não com sua atividade fim, quaisquer que sejam a natureza e a forma de contratação, inclusive por
meio de trabalho temporário na forma da Lei nº 6.019, de 1974.
§ 1º Dependências de terceiros são aquelas indicadas pela empresa contratante, que não sejam as suas
próprias e que não pertençam à empresa prestadora dos serviços.
§ 2º Serviços contínuos são aqueles que constituem necessidade permanente da contratante, que se
repetem periódica ou sistematicamente, ligados ou não a sua atividade fim, ainda que sua execução
seja realizada de forma intermitente ou por diferentes trabalhadores.
§ 3º Por colocação à disposição da empresa contratante, entende-se a cessão do trabalhador, em caráter
não eventual, respeitados os limites do contrato.
8. Depreende-se do art. 115 que estará configurada a cessão de mão de obra, se reunidas,
concomitantemente, as seguintes condições, todas conceituadas nos seus §§ 1º, 2º e 3º, acima transcritos:
a) o trabalho seja executado nas dependências da contratante ou nas dependências de terceiros por
ela indicados;
b) o objeto da contratação seja a realização de serviços considerados contínuos, por constituírem
necessidade permanente da contratante;
c) o trabalhador seja cedido pela contratada para ficar à disposição da contratante, em caráter não
eventual.
9. Em que pese na cessão de mão de obra ser necessário que os serviços sejam prestados nas dependências
da contratante ou de terceiros por ela indicados, é importante frisar que essa condição, por si só, não é
determinante para sua ocorrência. Para que ocorra a cessão de mão de obra é necessário, ainda, que a
empresa contratada coloque seus trabalhadores à disposição da empresa contratante, para realizarem
serviços contínuos.
9.1. No que diz respeito ao requisito de que “os serviços prestados devem ser contínuos”, não há
dificuldade de entendimento, pois a conceituação de “serviços contínuos” dada pela Instrução Normativa é
bastante esclarecedora. Porém, com relação ao requisito de que devem ser “colocados trabalhadores à
disposição da empresa contratante”, percebe-se que a conceituação de “colocação à disposição” dada
pelo § 3º do art. 115 da Instrução Normativa requer do intérprete o perfeito entendimento gramatical
das palavras “dispor”, “disposição” e “ceder”.
9.2. Pois bem, de acordo com o Dicionário Eletrônico Houaiss da Língua Portuguesa, versão multiusuário
2009.3 – de novembro de 2009, os significados das palavras “dispor”, “ceder” e “cessão”, aplicáveis à
definição de cessão de mão-de-obra, são os seguintes:
a) dispor: ser possuidor de (algo), ex.: dispor de empregados; utilizar (algo) que não lhe pertence; ter
controle sobre (algo); controlar, dominar, mandar;
b) ceder: transferir (a alguém) posse ou direito sobre (algo); abrir mão de; renunciar; colocar (algo) à
disposição de (outrem); emprestar;
c) cessão: ato ou efeito de ceder; cedência, cedimento; transferência de posse ou direito.
10. Conclui-se, assim, que quando uma empresa cede trabalhadores a outra empresa, ela transfere a
essa outra empresa a prerrogativa que era sua de comando desses trabalhadores.
Ela abre mão, em favor da contratante, do seu direito de dispor dos trabalhadores que cede; abre mão do
seu direito de coordená-los. Dizer, então, que trabalhadores de uma empresa contratada estão à disposição
de uma empresa contratante de serviços significa dizer que essa empresa contratante pode deles dispor;
pode deles exigir a execução de tarefas dentro dos limites estabelecidos, previamente, em contrato, sem
que eles necessitem, para executá-las, reportarem-se à empresa que os cedeu. Nesse tipo de contrato o
objeto é a mão de obra. Nesse tipo de contrato a empresa contratante define a quantidade de trabalhadores
que ela necessita para executar serviços que são de sua responsabilidade.
11. Por outro lado, se os trabalhadores simplesmente fizerem o que está previsto em contrato firmado
entre as empresas, mediante ordem e coordenação da empresa contratada, ou melhor dizendo, se a
empresa contratante de serviços não puder deles dispor, não puder coordenar a prestação do serviço, não
ocorre “o ficar a disposição” e, por conseguinte, não ocorre a cessão de mão de obra nos termos do art.
31 da Lei nº 8.212, de 1991. Nesse tipo de prestação de serviço é a empresa contratada que, por força do
contrato firmado, está à disposição da empresa contratante e não os seus trabalhadores, que continuam
subordinados a ela; nesse tipo de prestação de serviço, se houver necessidade, é a empresa contratada que
receberá orientações da empresa contratante e as repassará aos seus empregados. Nesse tipo de contrato o
objeto é a execução de um serviço certo; a empresa contratante não está preocupada com a mão de obra,
no que diz respeito à quantidade de trabalhadores que irão executar o serviço; para ela não interessa se,
por exemplo, serão dois, três, ou dez trabalhadores, pois essa definição caberá à empresa contratada; para
ela o que interessa é o resultado final do serviço contratado, que é de responsabilidade da empresa
contratada.
12. Neste sentido, a doutrina de Andrei Pitten Velloso, Daniel Machado da Rocha e José Paulo Baltazar
Júnior (Comentários à Lei do Custeio da Seguridade Social: Lei n.º 8.212, de 24 de julho de 1991,
atualizada até a Lei Complementar nº 118, de 9 de fevereiro de 2005, Porto Alegre: Livraria do Advogado,
Edição 2005, páginas 250/251) bem esclarece o conceito de cessão de mão de obra (sublinhou-se):
É essencial à configuração da cessão de mão-de-obra, pois, que haja subordinação dos segurados ao
tomador dos serviços, e não ao cedente. Se os segurados forem subordinados a este, haverá prestação
de serviços (gênero),
mas não cessão de mão-de-obra (espécie). E, da mesma forma, se forem prestados serviços sem que seja
colocada à disposição mão-de-obra, não restará caracterizada cessão de mão-de-obra. Um terceiro
fator essencial à configuração da cessão de mão-de-obra para fins da LOCSS é que o serviço seja
prestado nas dependências do contratante ou nas de terceiros alheios à relação jurídica (art. 31, § 3º):
se o serviço for prestado nas dependências do contratado, não será devida a retenção de que trata o art.
31, caput, diante da inexistência de cessão de mão-de-obra.
13. A mesma linha de entendimento é encontrada na obra Comentários à Lei Básica da Previdência Social
de Wladimir Novaes Martinez (Tomo I – Plano de Custeio, Lei nº 8.212/91, Decreto nº 3.048/99. São
Paulo: LTr, Edição 2003, página 502), em que é destacado como núcleo do conceito de cessão de mão de
obra a disponibilização de pessoal ao tomador, in verbis (sublinhou-se):
O elemento nuclear do conceito é a disponibilização do pessoal. No mínimo, quer dizer: a) supervisão
geral, incluindo o controle técnico, por parte da contratante; b) condução dos trabalhos empreendida
pelo tomador; c) aplicação de meios próprios do receptor; d) diante da impessoalidade, a possibilidade
de substituição do trabalhador.
14. Esse, inclusive, tem sido o entendimento do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, conforme pode
ser constado na ementa de acórdão proferido por esse Tribunal, abaixo transcrita (destacou-se):
TRIBUTÁRIO. SIMPLES FEDERAL. EXCLUSÃO. ATIVIDADE VEDADA. LOCAÇÃO DE MÃO-
DE-OBRA. NÃO CARACTERIZAÇÃO. NULIDADE DO ATO. 1. A prestação de serviços pela empresa contratada, com a utilização de mão-de-obra própria, a qual
permanece sob a sua direção e dependência exclusiva, havendo apenas o deslocamento dos trabalhadores
até o local da execução, seguindo-se a prestação do serviço sob as ordens da contratada não se confunde
com a atividade de locação de mão-de-obra, que pressupõe que a empresa simplesmente coloque os seus
empregados à disposição do tomador de serviços, o qual determina as diretrizes de trabalho e comanda
a realização do serviço.
2. Não tendo restado evidencida, na representação fiscal, de forma inequívoca, a cessão de mão-de-
obra, deve ser declarado nulo o ato que determinou a exclusão da autora do SIMPLES. (Processo 5004219-72.2013.404.7208, Segunda Turma, D.E. 27/05/2014)
15. É, também o entendimento do Superior Tribunal de Justiça, conforme se vê do seguinte
precedente (destacou-se):
TRIBUTÁRIO. CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA SOBRE A FOLHA DE SALÁRIOS.
RETENÇÃO DE 11% SOBRE FATURAS (LEI 9.711/88). EMPRESAS PRESTADORAS DE
SERVIÇO. NATUREZA DAS ATIVIDADES. CESSÃO DE MÃO-DE-OBRA NÃO
CARACTERIZADA. RECURSO ESPECIAL DESPROVIDO.
1. A ausência de debate, na instância recorrida, dos dispositivos legais cuja violação se alega no recurso
especial atrai a incidência da Súmula 282 do STF.
2. Para efeitos do art. 31 da Lei 8.212/91, considera-se cessão de mão-de-obra a colocação de
empregados à disposição do contratante (submetidos ao poder de comando desse), para execução das
atividades no estabelecimento do tomador de serviços ou de terceiros.
3. Não há, assim, cessão de mão-de-obra ao Município na atividade de limpeza e coleta de lixo em via
pública, realizada pela própria empresa contratada, que, inclusive, fornece os equipamentos para tanto
necessários.
4. Recurso especial parcialmente conhecido e, nesta parte, desprovido.
(REsp 488027 / SC, Primeira Turma, Rel. Ministro Teori Albino Zavascki, DJ 14/06/2004 p. 163)
16. Deveras, se não houvesse intenção do legislador em condicionar a retenção de que trata o art. 31 da
Lei nº 8.212, de 1991, à transferência, ainda que em parte, do comando, orientação e coordenação dos
empregados da empresa prestadora de serviço para a empresa contratante (colocação à disposição),
bastaria ter estabelecido que essa retenção deveria ocorrer quando uma empresa prestasse serviços
contínuos nas dependências da contratante ou nas dependências de terceiros por ela indicados; não
precisaria mais nada. Com efeito, não seria necessário definir cessão de mão de obra como sendo a
colocação à disposição da empresa contratante, em suas dependências ou nas de terceiros, de
trabalhadores que realizem serviços contínuos.
17. Pois bem, a consulente declara que presta serviço nas dependências de clientes, por solicitação
destes, que o material didático dos cursos que ministra é desenvolvido e confeccionado em sua sede,
que o professor é seu empregado e que somente utiliza o espaço cedido pelos clientes para ministrar
as aulas contratadas. Nessa descrição feita de sua atividade não há nenhuma indicação de que o
professor ministre as aulas sob a coordenação ou comando da empresa contratante. Ora, de acordo com o
exposto, o deslocamento de profissionais da empresa contratada para ministrar treinamentos nas
instalações da contratante, por si só, não é fator suficiente para configurar a cessão de mão de obra,
especialmente quando os treinamentos constituam produto desenvolvido pela contratada, ainda que
ajustados às peculiares necessidades de cada contratante. Para haver cessão de mão de obra é
necessário que os profissionais sejam cedidos à empresa contratante.
Conclusão
18. Em face do exposto, conclui-se que não configura cessão de mão de obra a atividade de
treinamento e ensino executada na sede da empresa contratante, quando a empresa contratada, em
sua própria sede, elabora todas as atividades necessárias à prestação do serviço, inclusive o material
didático a ser utilizado, e seus professores ministrem os cursos contratados sem a coordenação ou
comando da empresa contratante. Nesse caso, a empresa contratada, em relação à prestação desses
serviços de treinamento e ensino, não está sujeita a retenção de que trata o art. 31 da Lei nº 8.212,
de 1991.
À consideração do revisor.
Assinatura digital
CESAR ROXO MACHADO
Auditor-Fiscal da RFB
De acordo.
À consideração da Chefe da SRRF10/Disit.
Assinatura digital
MARCOS VINICIUS GIACOMELLI
Auditor-Fiscal da RFB
De acordo. Encaminhe-se à Coordenadora da Copen.
Assinatura digital
Iolanda Maria Bins Perin
Auditora-Fiscal da RFB – Chefe da SRRF10/Disit
De acordo. Ao Coordenador-Geral da Cosit para aprovação.
Assinatura digital
Mirza Mendes Reis
Auditora-Fiscal da RFB – Coordenadora da Copen
Ordem de Intimação
Aprovo a Solução de Consulta.
Publique-se e divulgue-se nos termos do art. 27 da Instrução Normativa RFB nº 1.396, de 16 de setembro
de 2013.
Dê-se ciência ao interessado.
Assinatura digital
FERNANDO MOMBELLI
Coordenador-Geral da Cosit
Transferência de tecnologia
SECRETARIA DE ESTADO DE FAZENDA DE MINAS GERAIS
AF 2º NÍVEL DE POÇOS DE CALDAS INFORMATIVO 028/2016 DE 05/09/2016
Rua Assis Figueiredo, 639 – Centro – CEP 37701-704 Telefone: (35) 3066-6100 E-mail: [email protected]
Assunto: DeSTDA – PRAZO DE ENTREGA Destinatário: CONTABILISTA E CONTRIBUINTES
COMUNICADO DeSTDA-Declaração de Substituição Tributária, Diferencial de Alíquota e Antecipação
ATENÇÃO:
PRAZO DE ENTREGA: Publicado no DOU de 25/08/2016, Ajuste Sinief 12/16 prorrogando a transmissão dos arquivos da DeSTDA em Minas Gerais para 20 de Janeiro de 2017, em relação aos fatos geradores ocorridos de janeiro a novembro de 2016. Confira o AJUSTE SINIEF 12, DE 22 DE AGOSTO DE 2016. A SEFAZ/MG, desde 19/08/2016, já está habilitada para recepcionar a DeSTDA. A versão disponível do aplicativo SEDIF-SN (1.0.2.11 - rgv3.39), somente está permitindo a transmissão para o estado de MG com certificado digital. Podendo ser o certificado digital utilizado para emissão dos documentos fiscais eletrônicos: NF-e, CT-e, MDF-e; com mesma raiz do CNPJ ou o certificado digital do contabilista devidamente cadastrado na empresa.
Transmissão da DeSTDA - WebServices X Aplicativo TED: Minas Gerais NÃO utiliza o TED para a transmissão dos arquivos da DeSTDA, considerando que o serviço é realizado via Web Services. Para que o aplicativo SEDIF-SN possa estabelecer comunicação com o ambiente de recepção da SEFAZ/MG é não pode haver restrição de firewall ou proxy sobre a aplicação para os endereços, portas e protocolos abaixo listados:
Firewall e Proxy - SEFAZ/MG
UF Endereço Porta Protocolo
MG 201.16.234.30 21 FTP
MG https://www2.fazenda.mg.gov.br/ws/wsSedifService?wsdl 433 HTTPS
Endereço de Pesquisa = http://www.fazenda.mg.gov.br/empresas/declaracoes_demonstrativos/DeSTDA_SEDIF-SN/ Administração Fazendária de Poços de Caldas Secretaria de Estado de Fazenda de Minas Gerais
Supremo vai julgar constitucionalidade de imposto
sobre remessa ao exterior
5 de setembro de 2016, 19h02
A constitucionalidade do imposto cobrado sobre remessas de recursos ao exterior será analisada pelo
Supremo Tribunal Federal em caso que teve repercussão geral reconhecida pelo Plenário Virtual. A
cobrança é contestada por uma montadora, que alega falta de isonomia, já que outros contribuintes em
situações parecidas não são taxados. Nas instâncias anteriores, a cobrança foi mantida. A relatoria é do
ministro Luiz Fux.
No caso concreto, a montadora questiona acórdão do Tribunal Regional Federal da 3ª Região que decidiu
pela cobrança da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (CIDE) sobre remessas de recursos
ao exterior em decorrência de contrato de compartilhamento de custos (cost sharing), referentes à pesquisa
e desenvolvimento, assinado com a matriz estrangeira, localizada na Suécia. A empresa alega violação ao
princípio da isonomia, pois determinadas isenções discriminam contribuintes em condições semelhantes.
Ao manter a incidência da CIDE questionada pela empresa, o TRF-3 entendeu que o contrato em questão
envolve transferência de tecnologia, se enquadrando à disciplina constitucional e legal que rege a
contribuição. Considerou, também, não haver ofensa ao princípio da isonomia, pois a discriminação legal
refere-se a contribuintes que não se encontram em situação equivalente, justificando o tratamento
diferenciado entre as empresas que utilizam tecnologia nacional e as que buscam a tecnologia no exterior.
Interesse amplo O ministro Luiz Fux entende que o recurso merece ter reconhecida a repercussão geral, pois o tema
constitucional constante dos autos é questão de extrema relevância do ponto de vista econômico, político,
social e jurídico, ultrapassando os interesses subjetivos da causa. O relator salientou que a multiplicidade
de casos em que se discute a matéria justifica o exame cuidadoso do tribunal, sob a ótica dos requisitos
constitucionais para a instituição de contribuições de intervenção no domínio econômico.
O ministro destaca que a CIDE, instituída para o custeio do Programa de Estímulo à Interação
Universidade-Empresa para o Apoio à Inovação, traz à discussão aspectos da contribuição para a
intervenção no domínio econômico que ainda não foram examinados pelo STF com o devido cuidado.
Entre os temas estão a necessidade ou não de atividade estatal para legitimação de sua incidência, à luz
dos artigos 149 e 174 da Constituição Federal e o tipo de atividade estatal que pode motivar uma legítima
intervenção no domínio econômico.
“Registre-se ainda que a observância aos parâmetros constitucionais limitadores da competência da União
para instituição de contribuições interventivas é elemento essencial à manutenção do Pacto Federativo,
representando, assim, assunto de interesse nacional e, especificamente em relação à exação em comento,
de interesse que extrapola os limites do Estado brasileiro, já que o tributo incide atualmente sobre a
maioria dos contratos de remessa de valores ao exterior”, concluiu o relator ao se manifestar pela
existência de repercussão geral, sendo seguido pela maioria dos ministros em votação no Plenário Virtual.
Com informações da Assessoria de Imprensa do STF.
Revista Consultor Jurídico, 5 de setembro de 2016, 19h02
Leão afastado
Entidade beneficente não pode perder isenção fiscal
com base em lei ordinária
7 de setembro de 2016, 9h47
Lei ordinária que regulamenta isenções tributárias de entidades não é inconstitucional, mas também não
tem competência para barrar a imunidade fiscal de uma organização que segue as regras estabelecidas na
Constituição para esse objetivo. Assim, a 14ª Vara da Justiça Federal em Minas Gerais acolheu pedido do
Instituto Elo para afastar a cobrança da contribuição previdenciária na condição de empregadora.
A Justiça reconheceu que o Elo é uma entidade de assistência social, constituída sob a personalidade
jurídica de associação ou fundação sem fins lucrativos e que tem direito à imunidade tributária sobre a
contribuição social, inserida no artigo 195, parágrafo 7º da Constituição.
O debate entre a entidade e a União se dava entorno da competência das leis para regular isenção fiscal. O
instituto alegava que segue as regras previstas na Constituição e que sua isenção não poderia ser vetada
com base em lei ordinária. Já a União apontou que os tribunais têm entendido das duas formas e que o
Supremo Tribunal Federal já está analisando o tema por meio de julgamento de Repercussão Geral (RE
566.622).
Não há barreira Segundo a juíza Anna Cristina Rocha Gonçalves, "não há vedação constitucional à regulamentação das
atividades de entidades beneficentes de assistência social por meio de lei ordinária" e, por isso, os
dispositivos da Lei 12.101/2009 não são inconstitucionais. Até porque, lembra a julgadora, essa lei regula
outros aspectos das entidades, "como contratos administrativos a serem firmados com o poder público".
Porém, afirma a juíza, esses mesmos trechos do texto legislativo não podem ser uma barreira ao
reconhecimento do direito das entidades de terem isenção fiscal conforme previsto no parágrafo 7º do
artigo 195 da Constituição.
Poder de tributar Para a advogada do Instituto Elo, Renata Lima, sócia e coordenadora do núcleo do Terceiro Setor do
escritório Nelson Wilians e Advogados Associados, a decisão foi um avanço. “Estas entidades não podem
ser oneradas ao pagamento de impostos e contribuições quando o seu papel perante à sociedade é
exatamente atender aos mais necessitados”, explica Renata. “Quando uma entidade deixa de pagar
tributos, ela estará reinvestindo em suas atividades para atender mais e melhor.”
A Justiça concedeu ainda à Elo o direito à restituição de todos os valores pagos de forma indevida nos
últimos cinco anos, após o ajuizamento da ação. Foi deferida também a tutela de evidência e determinada
a suspensão da exigibilidade dos tributos previstos pelos artigos 150, VI, “c” e 195, I, parágrafo 7º, da
Constituição da República.
Para o advogado Guilherme Reis, também do Nelson Wilians e Advogados Associados, a decisão em
questão faz valer o texto constitucional, pois reconhece que a imunidade contida no artigo 195 da
Constituição da República não pode ser regulamentada por lei ordinária.
“Esta decisão está em harmonia com a evolução do entendimento do Supremo Tribunal Federal,
demonstrado no voto do ministro Marco Aurélio nos autos do RE 566.622, no sentido de se reconhecer
que a imunidade da contribuição previdenciária não pode ser regulamentada por lei ordinária, cabendo
somente a lei complementar regular as limitações constitucionais ao poder de tributar.”
Clique aqui para ler a decisão.
Revista Consultor Jurídico, 7 de setembro de 2016, 9h47
Os Fiscos abandonaram definitivamente o uso do papel
para se comunicar com os contribuintes
Os avisos e notificações jurídicas estão sendo enviados de forma eletrônica pelos fiscos Federal, Estadual e
Municipal. Quem não quiser acessar, deve delegar a tarefa ao contador
Os fiscos abandonaram definitivamente o uso do papel para se comunicar com os contribuintes.
A Receita Federal, a Secretaria Estadual da Fazenda de São Paulo e, mais recentemente, a Secretaria
Municipal de Finanças criaram caixas postais eletrônicas para enviar comunicados, avisos e até autuações
para quem está irregular com as obrigações fiscais.
A comunicação se estabelece de forma rápida, em ambiente seguro, geralmente por certificação digital, e
existe um prazo a partir do qual o fisco considera lido o conteúdo das mensagens.
“As empresas que aderiram ao uso da caixa postal eletrônica não podem alegar que não acessaram, não
leram, não sabem. Depois de 10 ou 15 dias a partir do envio, o contribuinte é considerado intimado”, alerta
a advogada Valéria Zotelli, do escritório Miguel Neto Advogados, ao explicar que o uso dos meios
eletrônicos para o envio de avisos e até notificações fiscais tem o respaldo da legislação.
A Secretaria Municipal de Finanças de São Paulo possui o DEC (Domicilio Eletrônico do Contribuinte) do
Cidadão Paulistano, de uso obrigatório para pessoas jurídicas, condomínios residenciais e comerciais,
cartórios, advogados e empresários individuais.
Empresas optantes do Simples Nacional e empresários individuais podem acessar a caixa postal por meio
de uma senha ou por certificado digital, de uso obrigatório para alguns contribuintes.
São dois os tipos de mensagens que podem chegar diariamente na caixa de entrada dos prestadores de
serviços: aviso e notificação.
Avisos são mensagens genéricas, sem efeito jurídico.
Já as notificações são mensagens com efeitos jurídicos e devem ser lidas em até 10 dias a partir da data do
envio. Depois desse prazo, o fisco considera como lido o conteúdo da mensagem.
Se preferir, o contribuinte pode delegar a outras pessoas de sua confiança, como um contador, o acesso à
caixa postal. Nesse caso, esses usuários deverão ter o e-CPF, se for pessoa física, ou e-CNPJ, se pessoa
jurídica.
A consultora tributária da King Contabilidade, Elvira de Carvalho, lembra que venceu no dia 16 de fevereiro
o prazo para o credenciamento voluntário do contribuinte ao sistema.
A partir dessa data, o credenciamento foi feito por ofício, ou seja, de forma automática.
“É importante o contribuinte entrar na caixa postal pelo menos uma vez por semana, pois a partir do 11º dia
a partir do recebimento da mensagem, começa a contar o prazo, por exemplo, de defesa de um auto de
infração”, recomenda.
Segundo ela, o uso de caixa postal eletrônica pelas administrações tributárias é um avanço, pois proporciona
rapidez no processo de comunicação, além de segurança na transmissão das mensagens.
Mais antigo, o DEC da esfera estadual foi instituído pela portaria CAT 140/2010 e a obrigatoriedade
começou de forma gradual a partir de 2011.
Hoje, o uso é obrigatório para todos os contribuintes do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços
(ICMS), com exceção dos Microempreendedores Individuais (MEIs)
Parecido com o formato do DEC municipal, o órgão estadual envia avisos, notificações, comunicados ou
alertas aos contribuintes de erros no cumprimento de determinadas obrigações tributárias.
Na outra ponta, o contribuinte pode enviar petições, defesa e contestação também por meio eletrônico. O
prazo máximo dado ao contribuinte para tomar ciência dos comunicados enviados é também de dez dias,
mesmo que ele não abra a caixa postal eletrônica.
PIONEIRA
A Receita Federal foi a primeira a usar a ferramenta, conhecida como Domicílio Tributário Eletrônico
(DTE).
Nesse caso, o fisco dá um prazo de 15 dias a partir do qual passa a considerar que o contribuinte teve a
acesso às mensagens enviadas.
De acordo com o diretor tributário da Confirp, Welinton Motta, com exceção dos grandes contribuintes ou
daqueles que recebem acompanhamento diferenciado, não existe uma obrigação explícita para o uso da
caixa postal eletrônica.
Ele explica que a Receita Federal, em São Paulo, tem recomendado a adesão quando entra em contato
telefônico com o contribuinte para tratar de algum assunto fiscal.
Ao aderir ao DTE, o contribuinte pode delegar o acesso ao contador por meio de uma procuração eletrônica.
“É fácil, rápida e prática a troca de informações com o fisco, com a vantagem de fazer tudo pela Internet,
ou seja, não se limitar ao horário comercial de uma unidade da Receita”, afirma.
por Silvia Pimentel
FOTO: Thinkstock
Fonte: Diário do Comércio via Portal Fiscalização Tributária Municipal
Inclusão de ICMS na base de cálculo do PIS e
COFINS
13:30
08/09 - Carla Lidiane Müller para Notícias Contábeis do Contabilidade na TV*
Uma questão muito discutida quando o assunto é PIS e COFINS é sobre a validade da inclusão do ICMS na
sua base de cálculo.
Recentemente a Procuradoria Geral da Fazenda Nacional (PGFN), solicitou ao Supremo Tribunal Federal
que suspendessem milhares de ações sobre esse assunto.
Se o Supremo aceitar o pedido da PGFN, os ministros terão o prazo de um ano para julgar esses casos com
base no novo código de processo civil.
Essa solicitação de suspensão foi feita no dia 11/08, logo após o STJ ter definido a questão em favor da
PGFN.
A PGFN pediu o sobrestamento mesmo tendo ganho a tese, para que em coerência com o novo código civil,
o caso fosse devidamente amadurecido no STF, para se ter uma decisão final acerca do assunto.
Segundo o novo código de processo civil, é possível sim se pedir a suspensão de todas as ações, inclusive
as que estiverem em primeira instância, diferentemente de como funcionava anteriormente, onde o
sobrestamento só poderia afetar ações que não estivessem em primeira instância e que estivessem correndo
em tribunais superiores.
Hoje existem cerca de 7.954 casos referentes a esse tema parados nos diversos Tribunais Regionais Federais.
A discussão e decisão a respeito deste tema não apenas é importante para a fazenda nacional, como para
todas as empresas que contribuem com estes impostos.
Caso a decisão final do julgado não seja favorável a União, a mesma terá uma dívida de 250 bilhões de reais
relativas aos últimos dez anos, com os contribuintes que estavam discutindo a não inclusão do ICMS na
base de calculo de PIS e COFINS.
Isso sem contar que anualmente o fisco federal deixaria de arrecadar uma média de 27 bilhões com estes
impostos.
Por ser uma tese polêmica, já houve decisões do STJ favoráveis a inclusão do ICMS na base de calculo de
PIS e COFINS, porém após uma decisão em contrário do STF, começaram a surgir divergências com relação
a validade da inclusão do ICMS para calculo do PIS e COFINS.
Atualmente está correndo dois processos sobre este caso, um de ação direta de constitucionalidade e outro
de recurso em repercussão.
Só resta aos contribuintes aguardarem qual será a decisão final a respeito do caso, pelo menos assim o
contribuinte poderá ter uma maior segurança jurídica com relação ao correto recolhimento do PIS e
COFINS.
Fontes Utilizadas na Pesquisa
http://www.pgfn.fazenda.gov.br/
*Carla Lidiane Müller - Bacharel em Ciências contábeis. Cursando MBA em Direito Tributário