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Notícias IPECONT 22/08/2016 Treinamentos da Semana Vem aí, o III Congresso de Contabilidade do Sul de Minas! Programe-se com os treinamentos de SETEMBRO/2016! Prático de Departamento Pessoal: Cálculos/GFIP/CAGED Capacitação Fiscal para Compradores - (Impacto Tributário no Preço de Venda) Gestão Estratégica do Contas à Pagar & Contas à Receber Curso Preparatório para o Segundo Exame de Suficiência do CRC 2016 Formação de Analista de Recursos Humanos Formação de Analista Fiscal, Tributário e NF-e Contabilidade de Custos E em SETEMBRO terá início do aguardado curso Formação de Controller! As aulas serão nos dias 12, 22, 29/09, 06 e 10/10 em Varginha. Informações e inscrições: [email protected] ou (35) 3212-6392 ou (35)99257-0600. Atenção! Ex-alunos IPECONT Educação Corporativa, 2 ou mais alunos de uma mesma empresa e clientes IPECONT Consultoria têm desconto em todos os cursos!

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Page 1: Notícias IPECONT · Professor Edgar Madruga – Bloco K: Sua empresa está preparada? Professor Jorge Campos

Notícias IPECONT

22/08/2016

Treinamentos da Semana Vem aí, o III Congresso de

Contabilidade do Sul de Minas!

Programe-se com os treinamentos de SETEMBRO/2016!

Prático de Departamento Pessoal: Cálculos/GFIP/CAGED

Capacitação Fiscal para Compradores - (Impacto Tributário no

Preço de Venda)

Gestão Estratégica do Contas à Pagar & Contas à Receber

Curso Preparatório para o Segundo Exame de Suficiência do

CRC 2016

Formação de Analista de Recursos Humanos

Formação de Analista Fiscal, Tributário e NF-e

Contabilidade de Custos

E em SETEMBRO terá início do aguardado curso Formação de Controller!

As aulas serão nos dias 12, 22, 29/09, 06 e 10/10 em Varginha.

Informações e inscrições: [email protected] ou (35) 3212-6392 ou (35)99257-0600.

Atenção! Ex-alunos IPECONT Educação Corporativa, 2 ou mais alunos de uma mesma

empresa e clientes IPECONT Consultoria têm desconto em todos os cursos!

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Pressclipping em 22.agosto.2016

"Aqueles que não apoiam coisa alguma, caem por qualquer coisa."

(Alexander Hamilton)

José Adriano estará no III Congresso de Contabilidade do Sul de

Minas, dias 13 e 14 de Outubro!

E mais:

Professor Ph.D. Eliseu Martins – A Contabilidade como Instrumento de Gestão

Professor Edgar Madruga – Bloco K: Sua empresa está preparada?

Professor Jorge Campos – e-FINANCEIRA e os cuidados das organizações

Professor Mauro Negruni - EFD-REINF – Uma nova obrigação acessória do projeto SPED

Professor Dr. Luiz Flávio Gomes – Corrupção e Delação: Quais os impactos nas empresas e na

sociedade

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Professor Dr. Pedro dos Santos Portugal Júnior – Perspectivas econômicas: Os impactos nas

empresas e na sociedade

Professor Me. Vidigal Fernandes Martins – A contabilidade como controle interno das

organizações

Professor Me. Fábio Luiz de Carvalho – IFRS – Adoção e implicações no dia-dia das

organizações

Professor Me. Igor José Morey Feital – Os desafios da auditoria tributária na economia digital

Professor Me. Marcelo José Lins Barbosa – Regimes Especiais: Mudanças, perspectivas e

benefícios para as organizações

Professor Me. João Bosco – Gestão do contencioso tributário e oportunidades em tempo de

crises

Professor Filemon Oliveira – ECF e ECD: Os avanços na contabilidade societária e fiscal

Professor José Adriano Pinto – Cenários e perspectivas do eSocial

Participação popular

Brasil terá 56 mil vagas de vereador e 461 mil candidatos nas

eleições de 2016

15 de agosto de 2016, 21h14

Os mais de 144 milhões de eleitores brasileiros terão de escolher candidatos para preencher 5.568 vagas

de prefeito e 57.931 vagas de vereador nas eleições deste ano. Os números foram divulgados na noite

desta segunda-feira (15/8) pelo Tribunal Superior Eleitoral.

O prazo para inscrição das candidaturas termina nesta segunda, mas os números ainda não foram

consolidados. Até as 20h, o TSE recebeu 495.403 registros de candidaturas: 16.818 de candidatos a

prefeito e 461.769 de candidatos a câmaras municipais.

De acordo com o TSE, o número total de candidatos registrados deve ser divulgado nesta terça-feira

(16/8).

Até agora, o estado que mais registrou candidatos a prefeito (2.528) foi Minas Gerais, que tem o maior

número de municípios do país — 853, segundo o IBGE. São Paulo foi o segundo estado com mais

aspirantes a prefeitos: 2.214 candidatos espalhados em 645 municípios.

O estado, no entanto, é que tem mais candidatos a vereador, com 81.794 pretendentes a câmaras

municipais paulistas.

Roraima é o estado com menos candidatos a prefeitos, com 75 inscritos até as 20h desta segunda. Também

tem menos candidatos a vereador, com 1.510 registros.

Page 4: Notícias IPECONT · Professor Edgar Madruga – Bloco K: Sua empresa está preparada? Professor Jorge Campos

Clique aqui para ver os números de registros de candidatura apurados até as 20h desta segunda-

feira.

Revista Consultor Jurídico, 15 de agosto de 2016, 21h14

Joaquim Barbosa: ‘tomaram o poder para se

proteger e continuar roubando’

© Fornecido por New adVentures, Lda.

O ex-presidente do Supremo Tribunal Federal Joaquim Barbosa voltou a criticar o processo de

impeachment que afastou a presidente Dilma Rousseff. Ele chamou os partidos políticos de “facções” e

afirmou, sem citar diretamente o PMDB de Michel Temer, que o grupo que tomou o poder o fez para

se proteger e continuar roubando.

As declarações foram feitas na última terça-feira (9) a empresários durante a abertura de um evento sobre

sustentabilidade em São Paulo, conforme registrou o Jornal da Gazeta. Em sua fala, ele também fez

críticas à relação entre empresas e governo que se instalou há décadas no Brasil e ao sistema político atual.

“Nosso país está paralisado há mais de um ano em função de uma guerra entre facções políticas. Sabemos

por alto que se trata de ambição, de ganância, de apego ao poder, tentativa de se perpetuar no poder para

se proteger, mas também para continuar saqueando os recursos da nação”, declarou Barbosa. Em maio,

após a primeira votação do Senado pró-impeachment, ele já havia denunciando um “conchavo” no

Congresso e defendido enfaticamente novas eleições no País, também em uma palestra. “Aquilo ali era

uma pura encenação pra justificar a tomada do poder”, comentou Barbosa na ocasião, sobre a votação dos

senadores.

“Colocar no lugar do presidente alguém que ou perdeu a eleição presidencial para o presidente que está

saindo ou alguém que sequer um dia teria o sonho de poder disputar uma eleição para presidente da

República. O Brasil, anotem, vai ter que conviver por mais de dois anos com essa anomalia”, disse, em

referência ao PSDB e ao PMDB.

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Curiosidade: Saiba quanto ganha um atleta nas

olimpíadas

Posted By Redator on 19 de agosto de 2016

O canoísta Isaquias Queiroz não ganhou apenas duas medalhas nos Jogos Olímpicos Rio-2016, com

chance de uma terceira no sábado (20), pela manhã. Além de subir ao pódio para receber o prêmio

esportivo em duas provas da canoagem, o atleta abocanhou um prêmio de R$ 71 mil – R$ 35,5 mil para

cada triunfo.

O ‘bicho’ para ouro, prata ou bronze (não importa a cor) é um estímulo oferecido pelo Comitê Olímpico

Brasileiro, que decidiu bancar com cerca de US$ 11 mil (o dólar está R$ 3,23 na cotação desta quinta)

cada atleta que colocar em destaque a bandeira do país.

As conquistas em equipe serão remuneradas com metade do valor, R$ 17,7 mil (ou US$ 5,5 mil).

De acordo com o COB, que sonha em colocar o país-sede entre os dez com mais medalhas dos Jogos, o

dinheiro vem de patrocinadores.

Mas o prêmio é modesto. De acordo com o site da BBC, o maior valor será dado por Cingapura: US$ 753

mil para quem ganhar ouro – o nadador Joseph Schooling, já garantiu a grana, ao vencer os 100m

borboleta. Para os italianos, uma medalha olímpica vale US$ 165 mil, a França US$ 66 mil e os Estados

Unidos, US$ 25 mil.

Processo aberto

Promotor vira réu, acusado de receber propina para favorecer

Casas Bahia

17 de agosto de 2016, 20h17

Por Felipe Luchete

O Tribunal de Justiça de São Paulo aceitou, nesta quarta-feira (17/8), denúncia contra o promotor Roberto

Senise Lisboa, acusado de ter recebido R$ 428 mil para beneficiar as Casas Bahia em investigação do

Ministério Público sobre supostos abusos contra consumidores. Também viraram réus o ex-diretor jurídico

da empresa Alexandre Machado Guarita e o advogado Vladmir Oliveira da Silveira.

Por unanimidade, o Órgão Especial entendeu que há indícios de autoria e materialidade na denúncia

apresentada em dezembro de 2015 pelo MP e derrubou o sigilo do caso. Advogados apontaram a

existência de prova ilícita e tentativa de criminalizar práticas advocatícias, mas os argumentos foram

rejeitados pelo colegiado. O mérito só será definido depois da instrução processual.

Senise Lisboa está afastado das atividades desde novembro. Segundo a denúncia, ele decidiu rever um

Termo de Ajuste de Conduta em que uma loja das Casas Bahia da capital paulista se comprometia a pagar

R$ 511 mil, como compensação por impor seguros e garantia estendida nas compras de clientes. O

problema, segundo o MP-SP, é que o novo acordo fixou o mesmo valor para toda a rede varejista, sem

homologação no Conselho Superior da instituição.

Page 6: Notícias IPECONT · Professor Edgar Madruga – Bloco K: Sua empresa está preparada? Professor Jorge Campos

A acusação diz que o dinheiro foi entregue pelo ex-diretor jurídico da empresa ao advogado Vladmir

Silveira e depois repassado ao promotor, em três parcelas, entre outubro de 2011 e janeiro de 2012,

conforme indicou a quebra de sigilo fiscal. O ex-procurador-geral de Justiça Márcio Elias Rosa, que

assinou a peça e hoje comanda a Secretaria Estadual da Justiça, escreveu que esses elementos demonstram

os crimes de corrupção e lavagem de dinheiro.

O advogado do promotor, Vinicius de Barros Figueiredo, alegou que a denúncia não explica claramente

quais seriam as condutas irregulares do cliente e erra ao supor que ele favoreceu as Casas Bahia. Em

sustentação oral, classificou o segundo TAC como “mais gravoso” e apontou que Lisboa ajuizou Ação

Civil Pública contra o grupo, resultando em sentença com indenização fixada em R$ 700 mil.

Como as investigações basearam-se na denúncia da ex-mulher do promotor, a defesa disse ainda que o MP

confiou em uma pessoa que perdeu a guarda do filho por “transtornos psíquicos” e com quem o cliente

passou por processo litigioso de separação.

Quebra de sigilo A defesa do ex-diretor jurídico reclamou de informações fiscais repassadas ao MP pelo Conselho de

Controle de Atividades Financeiras (Coaf), em resposta a ofício sem aval da Justiça. Para o advogado

Ricardo Fernandes Berenguer, a prova seria ilícita, pois precedentes do Supremo Tribunal Federal só

reconheceriam o contato direto em temas tributários.

Ele disse ainda que o cliente não cuidava de causas específicas da empresa, pois tinha a função de

terceirizar processos da rede varejista com escritórios de advocacia. Segundo ele, não faz sentido

criminalizar o ato de um diretor jurídico que apenas pagou honorários a um advogado.

Relação acadêmica O criminalista Antônio Cláudio Mariz de Oliveira disse que o advogado Vladmir Oliveira da Silveira

recebeu R$ 1 milhão das Casas Bahia como pagamento por serviços profissionais e, depois, depositou R$

428 mil ao promotor por dois trabalhos acadêmicos: assessoria para a criação de um curso de pós-

graduação em Direito e pesquisa para um livro. Assim, segundo Mariz, não faz sentido relacionar um

repasse de dinheiro com o outro.

Ele afirmou ainda ver com “espanto” as acusações de corrupção e lavagem por uma única prática —

depósito de valores, “sem máscara nem maquiagem”.

O relator do caso, desembargador Álvaro Passos, entendeu que a maioria dos argumentos levantados pela

defesa tenta antecipar questões de mérito. Ele rebateu dois pontos: afirmou que a lavagem de dinheiro não

foi imputada pelo simples depósito, mas pela suposta dissimulação quando o promotor justificou os

valores como fruto de trabalhos acadêmicos. Também rejeitou a tese de prova ilícita, porque a Lei

9.613/1998 determina ao Coaf o papel de comunicar autoridades competentes sobre indícios de

movimentações financeiras irregulares.

O Órgão Especial avaliou ainda que a ação penal deve tramitar diretamente no colegiado, embora só o

promotor tenha foro por prerrogativa de função, pois as condutas estão interligadas, e o desmembramento

poderia prejudicar a análise.

Perfil Senise é livre-docente em Direito Civil pela USP, professor de outras universidades e membro da

Academia Paulista de Direito. Atuou em inquérito civil contra a clínica de fertilização do médico Roger

Abdelmassih, condenado na esfera criminal por estupro contra pacientes. A defesa afirmou que a denúncia

da ex-mulher prejudicou uma carreira ilibada de mais de 30 anos.

Page 7: Notícias IPECONT · Professor Edgar Madruga – Bloco K: Sua empresa está preparada? Professor Jorge Campos

Em fevereiro, quando a denúncia do MP-SP foi revelada pelo jornal O Estado de S. Paulo, a Casas Bahia

declarou que não iria comentar o caso porque não está envolvida nas investigações e Guarita deixou o

grupo.

Processo 2271918-27.2015.8.26.0000

Felipe Luchete é repórter da revista Consultor Jurídico.

Revista Consultor Jurídico, 17 de agosto de 2016, 20h17

Matéria: Gazeta do Povo

JOGOS OLÍMPICOS

Saiba quanto Simone Biles e Phelps pagarão de

impostos por medalhas da Rio 2016

A cada medalha conquistada, aletas dos EUA devem pagar tributos ao governo norte-americano

Publicado em 18/08/2016, às 14h34

Cada atleta olímpico dos Estados Unidos recebe um prêmio de R$ 80 mil por medalha de ouro

Foto: Thomas COEX / AFP

JC Online

Os atletas de elite norte-americanos precisam se preocupar, além do local onde colocar as medalhas, com

o valor tributário que será descontado com base na premiação conseguida por eles durante as competições

dos Jogos Olímpicos. Somente Simone Biles e Michael Phelps, juntos, devem pagar mais de R$ 300 mil

em tributos ao governo dos EUA.

Segundo a rede de TV BBC, Biles pagará R$ 140 mil pelas quatro medalhas de ouro e uma de bronze. O

valor é baseado numa estimativa de 2 milhões de dólares que ela acumulou em contratos publicitários e

nos prêmios recebidos pelo comitê. A atleta será cobrada pela maior faixa de imposto de renda dos EUA,

um total de 39,6% do montante recebido. A cobrança, chamada de "imposto vitória" é feita para todos os

atletas americanos com base na quantia que eles recebem do comitê olímpico.

Page 8: Notícias IPECONT · Professor Edgar Madruga – Bloco K: Sua empresa está preparada? Professor Jorge Campos

Premiação

Cada atleta olímpico dos Estados Unidos recebe um prêmio de US$ 25 mil (R$ 80 mil) por medalha de

ouro, US$ 15 mil (R$ 48 mil) por prata e US$ 10 mil (R$ 32 mil) por bronze.

Michael Phelps, que ganhou cinco ouros e uma prata na Rio 2016, precisará desembolsar cerca de R$ 175

mil para pagar impostos.

Os valores são tributados como renda, da mesma forma que premiações em dinheiro reservam parte do

valor para o pagamento de impostos ao governo.

Últimos passos

Senado define roteiro do impeachment de Dilma, e julgamento

começa no dia 25

18 de agosto de 2016, 16h57

O julgamento do impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff, pelo Senado Federal, terá início na

próxima quinta-feira (25/8), às 9h, e pode terminar somente na terça-feira seguinte (30/8), conforme

roteiro definido em reunião entre o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), o presidente do

Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowisk, e líderes partidários nessa quarta-feira (17/8).

Julgamento do impeachment de Dilma Rousseff começa na

próxima quinta-feira (25/8) e deve se estender até o dia 30. Marcelo Camargo/Agência Brasil

O processo começa no dia 25 com a oitiva das oito testemunhas convocadas — duas da acusação e seis da

defesa. O ministro Ricardo Lewandowski, que comandará o julgamento, informou que, uma vez iniciada

essa etapa, ela não poderá ser interrompida, mas estão previstos intervalos durante a sessão.

As pausas previstas deverão ocorrer às 13h e às 14h e entre as 18h e as 19h. Depois disso, o presidente

poderá determinar novas interrupções de meia hora a cada quatro horas, ou a qualquer tempo pelo prazo

que achar necessário.

A qualquer momento o presidente poderá também decretar a suspensão da sessão, que, nesse caso, será

retomada às 9h do dia seguinte. Sendo assim, a sessão deve avançar pelas madrugadas e pelo sábado, com

a possibilidade um pouco mais remota de também entrar no domingo.

Page 9: Notícias IPECONT · Professor Edgar Madruga – Bloco K: Sua empresa está preparada? Professor Jorge Campos

Considerando essa necessidade, o número de senadores e o tempo reservado para que todos possam

questionar as testemunhas, a fase de oitivas pode se estender por mais de 67 horas.

Cada um dos 81 senadores terá direito a seis minutos de interação com cada testemunha, e os advogados

de acusação e defesa terão dez minutos.

Manifestação da presidente A segunda etapa do julgamento começará na segunda-feira (29/8), às 9h, com a oportunidade para que a

presidente Dilma Rousseff fale aos senadores. Ela já confirmou que comparecerá à sessão. Serão 30

minutos destinados à sua manifestação, que podem ser prorrogados a critério de Lewandowski.

Todos os senadores poderão fazer perguntas à presidente, dispondo de cinco minutos cada um para isso. O

mesmo tempo é reservado para os advogados da acusação e da defesa. Caso todo o tempo seja utilizado, a

participação de Dilma no Plenário poderá exceder sete horas de duração.

Discussão do mérito A fase de discussão do mérito da denúncia vem em seguida e é aberta com os debates orais entre a

acusação e a defesa. Cada uma das partes fará uso da palavra por uma hora e meia, com a possibilidade de

réplica e tréplica por uma hora.

Em seguida virão os pronunciamentos dos senadores. Em ordem determinada por inscrição na lista de

oradores, cada um terá dez minutos para usar a tribuna.

Votação Caso não haja imprevistos ou interrupções longas, a expectativa é que a votação final do impeachment

ocorra no dia 30 de agosto. O horário depende do andamento da fase de discussão.

Antes da votação, Lewandowski fará a leitura de um relatório contendo o resumo das provas e dos

fundamentos da acusação e da defesa. Será permitido que quatro senadores façam o encaminhamento da

votação, sendo dois favoráveis ao libelo acusatório e dois contrários. Cada um terá cinco minutos para se

manifestar.

A votação será nominal e por meio do painel eletrônico. A presidente Dilma Rousseff será definitivamente

afastada do cargo caso 54 senadores, no mínimo, votem pela sua condenação. Nesse caso, o presidente

interino, Michel Temer, assume a titularidade efetiva do mandato. Caso não se atinja esse número, porém,

Dilma retornará imediatamente ao cargo.

Para votar, cada senador deverá responder “sim” ou “não” à seguinte pergunta:

Cometeu a acusada, a senhora Presidente da República, Dilma Vana Rousseff, os crimes de

responsabilidade correspondentes à tomada de empréstimos junto à instituição financeira

controlada pela União (art. 11, item 3, da Lei nº 1.079/50) e à abertura de créditos sem autorização

do Congresso Nacional (art. 10, item 4 e art. 11, item 2, da Lei nº 1.079/50), que lhe são imputados

e deve ser condenada à perda do seu cargo, ficando, em consequência, inabilitada para o exercício

de qualquer função pública pelo prazo oito anos?

O resultado será publicado tão logo seja conhecido, na forma de uma resolução do Senado. A sentença

será lida por Lewandowski logo após a divulgação do resultado, deve ser reconhecida por acusação e

defesa e assinada por todos os senadores. Também é dado conhecimento imediato ao presidente interino,

independentemente de qual seja a decisão.

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Crime de responsabilidade Na denúncia, a presidente afastada Dilma Rousseff é acusada de ter cometido crime de responsabilidade

contra a lei orçamentária e contra a guarda e o legal emprego de recursos públicos, na forma de três

decretos de abertura de créditos suplementares e operações com bancos públicos consideradas ilegais.

Todos os atos são do ano de 2015.

Segundo a acusação, os decretos foram editados em desacordo com a meta fiscal vigente e sem a

autorização do Congresso Nacional. A defesa argumenta que eles têm respaldo da Lei Orçamentária Anual

(LOA) de 2015 e que não houve dolo da presidente, que teria apenas seguido recomendações técnicas e

jurídicas de outros órgãos.

As operações com os bancos — as chamadas “pedaladas fiscais” — consistiram no atraso do pagamento

de equalizações de juros para os bancos no contexto do Plano Safra, de fomento à agricultura familiar. A

acusação afirma que esse atraso configura operações de crédito entre os bancos e a União em benefício do

Tesouro, o que é vedado pela Lei de Responsabilidade Fiscal.

A defesa refuta esse entendimento. Segundo ela, desde a criação do Plano Safra, em 1992, há atrasos

nesses repasses, por questões operacionais, e eles não podem ser interpretados como operações de crédito.

Além disso, a defesa alega que todos os débitos foram quitados, não restando prejuízo para os bancos, e

que não houve participação direta da presidente Dilma nesse processo.

A denúncia é assinada pelos juristas Hélio Pereira Bicudo, Miguel Reale Júnior e Janaína Conceição

Paschoal. Ela foi protocolada na Câmara dos Deputados no dia 1º de setembro de 2015, e aceita em 2 de

dezembro do mesmo ano pelo ex-presidente da Casa deputado Eduardo Cunha.

Representação na OEA A Comissão Interamericana de Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos (OEA)

notificou na terça-feira (16/8) o governo interino de Michel Temer e pediu explicações sobre o processo

de impeachment de Dilma Rousseff. A medida é resultado de um pedido de liminar protocolado por

parlamentares do PT na semana passada para suspender a tramitação do processo de afastamento da

petista.

De acordo com o jornal Folha de S.Paulo, a comissão pede na intimação ao ministro José Serra (Relações

Exteriores) o esclarecimento de seis pontos específicos: observações gerais sobre a solicitação dos

petistas; explicação sobre como teria sido garantida a legalidade do processo de impeachment; indicação

sobre o andamento de recursos judiciais pendentes sobre o caso; esclarecimentos sobre Dilma ter ou não

acesso a recursos judiciais, incluindo a revisão do processo; explicação dos efeitos que o eventual

afastamento definitivo poderia ter sobre os direitos políticos de Dilma; e quais seriam os prazos para

resolver o processo.

A representação na OEA foi protocolada no dia 9 de agosto. O deputado Paulo Pimenta (PT-RS), explicou

que o documento pede a restituição da normalidade democrática com a volta de Dilma, a anulação de

todos os atos e a paralisação do processo até que sejam analisadas todas as possíveis violações a tratados

internacionais. A representação é assinada pelos deputados Paulo Pimenta, Wadih Damous (PT-RJ) e

Paulo Teixeira (PT-SP), além do advogado argentino Damián Loreti. Com informações da Assessoria de

Imprensa do Senado.

Revista Consultor Jurídico, 18 de agosto de 2016, 16h57

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Aumento do ITCMD deve ser aplicado a partir de

janeiro de 2017

Um projeto de lei que pretende aumentar a alíquota do Imposto de Transmissão Causa Mortis e Doação

(ITCMD) tramita pelo Senado Federal. Se aprovado, a partir de janeiro de 2017, quem receber uma

doação ou herança vai sentir no bolso: até 20% do valor total do bem pode ser destinado ao imposto. O

possível aumento do ITCMD, que hoje é de até 8%, já preocupa e tem feito que tanto pessoas físicas e

jurídicas antecipem as doações para amenizar a fatia do imposto. A assessora jurídica da Magnus

Consultoria, Priscila Nadine da Rosa, explica mais sobre o ITCMD e sua aplicação. Confira a entrevista:

O que é o ITCMD e em que casos esse imposto é aplicado?

O Imposto de Transmissão Causa Mortis e Doação (ITCMD) é um imposto estadual, devido por todas as

pessoas físicas ou jurídicas que receberem algum bem ou direito como herança, diferença de partilha ou

doação em vida.

Qual é alíquota média do imposto? Como ela é calculada?

A alíquota é calculada de acordo com o valor do bem/direito que se recebe e o grau de parentesco com o

“doador”, podendo variar de 1% a 8%.

Em que momento da doação/herança é preciso pagar este imposto?

A obrigatoriedade do pagamento do imposto nasce com a transferência do bem, pelo falecimento do

possuidor (causa mortis) ou pela doação em vida (ato inter vivos). A partir disso, o imposto deve ser pago

em um prazo de 30 dias, contados da data do envio da Declaração DIEF-ITCMD. O imposto pode ser

parcelado em até 12 prestações.

Como o ITCMD incide em caso de inventários?

O ITCMD incidirá sobre o valor de mercado de todos os bens transmitidos na sucessão. Além do ITCMD,

nos inventários incidirão as custas processuais (se judicial), os emolumentos dos cartórios e os honorários

advocatícios.

Além do ITCMD existem outros encargos na doação/herança de um bem?

Quando um bem imóvel é recebido por doação ou herança, o herdeiro precisa arcar com os custos de

transferência perante o registro de imóveis. Estes valores são tabelados e variam de estado para estado.

Esse imposto incide sobre qualquer bem? Ou é específico para pessoa jurídica?

O ITCMD incide sobre qualquer bem recebido por doação ou herança, sejam imóveis, veículos,

ações/quotas de sociedades, dinheiro, entre outros. Se aplica tanto para pessoas física quanto jurídica.

No caso da constituição de uma holding. Como proceder? O que ela engloba?

A constituição de uma Holding tem o objetivo de evitar a dilapidação do patrimônio e reduzir também a

carga tributária, possibilitando ainda a sucessão hereditária inter vivos, evitando os gatos exorbitantes do

processo de inventário. Quando o patrimônio familiar é integralizado em uma holding, pode ocorrer a

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doação das quotas em favor dos sucessores com reserva de usufruto, o que elimina a necessidade de

inventário ou partilha sobre os bens transferidos à empresa.

O primeiro passo para criação de uma holding é procurar uma assessoria que lhe ajudará na escolha do

melhor tipo de sociedade empresária e nos demais processos envolvidos.

Como planejar o processo de doação para que a carga tributária seja mais leve?

As doações podem ser programadas a cada 12 meses, de forma que a base de cálculo atinja alíquotas mais

baixas. Por exemplo, de acordo com o ITCMD atual, quando o valor do bem é de até R$ 20 mil, a alíquota

é em média 1%.

De que forma a consultoria societária pode auxiliar nesse processo?

A consultoria auxilia em todos os processos. A metodologia de trabalho da Magnus assessora o cliente no

Plano de Sucessão com os sócios fundadores, herdeiros, entre outros. É um trabalho personalizado, que

envolve todas as fases do processo, visando a redução de custos, a segurança patrimonial e evita os

desgastes que os processos de inventários causam.

(Redação – Agência IN)

Apenas 3% das empresas do Brasil combatem a

corrupção

Exemplo. Escândalo de corrupção na Petrobras é apenas mais um exemplo de falta de controle

Seja camuflar uma cervejinha e inventar despesas na conta do hotel em viagem de trabalho, ou

superfaturar grandes obras e receber propinas milionárias como as investigadas na operação Lava Jato,

tudo é corrupção. E apenas 3% das empresas no Brasil estão com as práticas de complience – medidas

anticorrupção – totalmente implementados. Os dados são de estudo da ICTS Protiviti. “Em 48% delas, o

nível de maturidade de complience é baixo. Boa parte está adotando as medidas, mas ainda têm muito a

melhorar”, destaca o líder da Prática de Riscos & Compliance da consultoria, Jefferson Kiyohara.

Segundo o estudo, 71% das empresas não fazem o mapeamento de risco para identificar possíveis fontes

de fraudes, 38% não possuem nenhum canal de denúncia e 39% sequer têm algum código de conduta. “As

empresas têm que combinar todas as ferramentas. O primeiro passo é mapear os riscos para saber o que é

mais crítica, mas apenas 29% dos entrevistados fizeram isso. Imagina se você sabe que está doente, mas

não sabe o diagnóstico. Então como vai iniciar o tratamento?”, questiona.

Kiyohara lembra que, de acordo com pesquisa da ACFE, cerca de 5% do faturamento das empresas é

perdido com fraude e corrupção. “Em tempos de crise, as empresas estão fazendo muitos cortes de custos,

mas nem sabem dessas perdas. Esse dinheiro poderia ser investido”, pondera o executivo, ressaltando a

importância de se investir em complience para detectar e evitar atos corruptos.

A criação de um código de ética e conduta interna também é apontada como um dos principais passos para

blindar a empresa. “Pela pesquisa, 61% das empresas têm algum código de conduta. O número pode até

parecer alto, mas, nos Estados Unidos, por exemplo, 100% das empresas possuem”, compara.

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Sem regras. O professor de Ética, Gestão de Negócios e Empreendedorismo da Faculdade IBS/ FGV,

Romário Vieira de Melo, destaca que a medida em que não existem regras claras morais, o ambiente de

corrupção fica mais propício a crescer.

“Não são só as empresas que são corruptas. É um fenômeno humano que pode ser observado em todas as

dimensões. Corrupção é quando alguém decide desviar, por conta própria ou em conjunto, bens

pertencentes a outros, em benefício de si mesmo. Quando a empresa adota modelos de gestão mais

focados nas pessoas do que nos resultados, esses índices tendem a ser menores”, avalia Melo.

O professor de Governança Corporativa, Ética Profissional e Auditoria do Ibmec/MG, Alexandre Queiroz

de Oliveira, ressalta que o custo de implantação de programas de complience é mais alto em tempos de

crise. “As empresas estão com custos maiores e margens de lucro reduzidas. Tem que ver o que é

importante, pois os programas não focam na operação, mas sim na área administrativa. Não adianta

investir em complience se não houver governança corporativa”, comenta.

MECANISMOS

Denúncia é a maior arma contra fraude

A cada cem empresas, 38 não possuem nenhum canal de denúncias. “É um elemento muito importante no

complience, pois, segundo pesquisa da ACFE, 50% das situações irregulares são identificadas a partir de

denúncias”, destaca o líder da Prática de Riscos & Compliance da ICTS Protiviti, Jefferson Kiyohara. Os

índices de maturidade na blindagem contra tais irregularidades é baixo, mesmo após a Lei Anticorrupção

(12.846/2013). “A legislação deveria ser aprimorada. Nos Estados Unidos, por exemplo, se uma empresa

for multada após investigação iniciada por alguma denúncia, parte da multa é revertida para quem

denunciou”, conta.

Outra estatística negativa destacada por Kiyohara está na falta de cuidados na escolha dos fornecedores.

“Apenas 32% disseram que fazem o ‘Due Dilligence de Terceiros’, que é checar a rede dos prestadores de

serviços. Isso é extremamente relevante, pois se algum desses fornecedores tiver alguma prática corrupta,

a empresa contratante tem responsabilidade objetiva”, destaca.

Exemplos. O professor de Governança Corporativa do Ibmec/MG, Alexandre Queiroz de Oliveira, cita

alguns exemplos de práticas para combater a corrupção. “Como diz o ditado popular, a ocasião faz o

ladrão. Então, no caso de receber algum fiscal da Receita ou de outro órgão do governo, não é adequado

fazer isso sozinho. Alguns setores, como o de compra e venda, é mais suscetível à corrupção, então é

indicado um rodízio, para que uma mesma pessoa não fique muito tempo fazendo a mesma função”,

destaca. (QA)

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O Tempo

Postado por: imprensa_pcsc

Bala de borracha

Para juiz, fotógrafo é culpado por levar tiro em protesto que o

deixou cego de um olho

17 de agosto de 2016, 15h05

Por Tadeu Rover

O fotógrafo que, ao cobrir uma manifestação, coloca-se entre manifestantes e policiais assume o risco de

ser alvejado em caso de confronto. Assim, a Justiça de São Paulo negou o pedido de indenização feito

pelo fotógrafo Sérgio Andrade da Silva, que perdeu a visão de um olho após ser atingido por uma bala de

borracha disparada por um policial durante manifestação contra o aumento das passagens em São Paulo,

em junho de 2013.

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Fotógrafo Sérgio Andrade da Silva ficou cego do olho

esquerdo após ser atingido por uma bala de borracha. Reprodução

Na ação, o fotógrafo pediu que o estado fosse responsabilizado pelo ato do policial e que fosse pago R$

1,2 milhão, referentes aos danos moral, estético e material. Além disso, pediu uma pensão mensal de R$

2,3 mil, acrescido de R$ 316 para custeios médicos.

Os pedidos, contudo, foram negados pelo juiz Olavo Zampol Júnior, da 10ª Vara da Fazenda Pública de

São Paulo. Ao justificar sua decisão, o juiz explicou que a responsabilidade do estado é objetiva, existindo

diversos precedentes jurisprudenciais em que houve responsabilização estatal pela ação da polícia na

contenção de tumultos e manifestações, quando manifestantes teriam sido feridos por balas de borracha.

Porém, no caso específico, o juiz considerou que houve culpa exclusiva do fotógrafo que se posicionou na

"linha de tiro" entre manifestantes e policiais, excluindo assim a responsabilidade do estado.

"No caso, ao se colocar o autor entre os manifestantes e a polícia, permanecendo em linha de tiro, para

fotografar, colocou-se em situação de risco, assumindo, com isso, as possíveis consequências do que

pudesse acontecer, exsurgindo desse comportamento causa excludente de responsabilidade, onde, por

culpa exclusiva do autor, ao se colocar na linha de confronto entre a polícia e os manifestantes, voluntária

e conscientemente assumiu o risco de ser alvejado por alguns dos grupos em confronto (policia e

manifestantes)", registrou o juiz na sentença.

O juiz considerou ainda não ser possível falar em concorrência de culpas. "A imprensa quando faz

coberturas jornalísticas de situações de risco sabe que deve tomar precauções, justamente para evitar ser

de alguma forma atingida. Não por outro motivo alguns jornalistas buscam dar visibilidade de sua

condição em meio ao confronto ostentando coletes com designação disso, e mais recentemente, coletes a

prova de bala e capacetes", concluiu. Assim, "ressalvando que não se está insensível ao drama do autor", o

juiz negou o pedido de indenização feito pelo fotógrafo.

Caso semelhante Esta não é a primeira vez que a Justiça de São Paulo exclui o estado da culpa por fotógrafo atingido em

manifestação. Em 2014, a 2ª Câmara Extraordinário de Direito Público do Tribunal de Justiça de São

Paulo negou recurso em que o fotógrafo Alexandro Wagner Oliveira da Silveira pedia indenização por

danos morais e materiais. Ele foi atingido por uma bala de borracha, disparada pela PM, no olho esquerdo

e perdeu parcialmente a visão.

Segundo o processo, o repórter fotográfico foi ferido em maio de 2003, quando cobria protesto na avenida

Paulista, em frente ao Masp. Manifestantes interromperam o tráfego da via, e a tropa de choque da Polícia

Militar interveio, utilizando bombas de efeito moral e balas de borracha. Os militantes, por sua vez,

atiraram pedras e paus.

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Em seu voto, o relator da ação, desembargador Vicente de Abreu Amadei, afirma que o próprio fotógrafo

foi o único responsável. “Permanecendo, então, no local do tumulto, dele não se retirando ao tempo em

que o conflito tomou proporções agressivas e de risco à integridade física, mantendo-se, então, no meio

dele, nada obstante seu único escopo de reportagem fotográfica, o autor colocou-se em quadro no qual se

pode afirmar ser dele a culpa exclusiva do lamentável episódio do qual foi vítima.”

Clique aqui para ler a sentença.

1006058-86.2013.8.26.0053

Tadeu Rover é repórter da revista Consultor Jurídico.

Revista Consultor Jurídico, 17 de agosto de 2016, 15h05

Recessão deve levar carga tributária do País ao

menor patamar desde 2001

19 de agosto de 2016

Queda na atividade econômica prejudica arrecadação de impostos, e previsão é que essas receitas

correspondam este ano a 33,2% do PIB; mas, para economista, há sinais de que a queda nos recolhimentos

esteja próxima do fundo do poço.

Afundada pela retração econômica, a carga tributária bruta brasileira – ou seja, o quanto é pago de

impostos em relação ao Produto Interno Bruto – caminha para registrar, este ano, seu nível mais baixo

desde 2001. É o que aponta o estudo Termômetro Tributário, elaborado pelos economistas José Roberto

Afonso, professor do Instituto Brasiliense de Direito Público (IDP) e Kleber Pacheco de Castro,

doutorando em Economia pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ).

Eles estimam que o total de impostos e contribuições pagos pelos contribuintes brasileiros aos governos

federal, estaduais e municipais chegará ao final deste ano a 33,15% do Produto Interno Bruto (PIB). “Esse

resultado significaria uma queda de 0,2 ponto do produto neste ano e, ficando abaixo de 33,2% do PIB,

seria o menor índice desde 2001”, afirma o estudo. Naquele ano, a carga tributária foi de 32,05% do PIB.

O nível mais alto foi registrado em 2008, com 34,76%.

O Termômetro é calculado mês a mês, com o objetivo de antecipar o comportamento da carga tributária

no ano. Ele toma por base os principais tributos recolhidos por União e Estados. A partir deles, é feita uma

extrapolação que se aproxima da carga nacional. O resultado, alertam os pesquisadores, não é igual ao da

Receita Federal, que faz uma conta semelhante. A tendência, porém, é coincidente com o dado oficial.

Impeachment. Nos 12 meses encerrados no mês de junho, a carga medida pelo Termômetro chegou a

27,42% do PIB, o que representou uma redução real de 6,7% em comparação com igual período anterior.

“Essa foi a queda mais profunda desde setembro de 1992, mês em que a Câmara dos Deputados abriu o

processo de impeachment do ex-presidente Fernando Collor”, diz Afonso. Naquele mês, o mergulho foi de

7,1%. Ele não se arrisca, porém, a fazer uma correlação entre esse episódio e o processo de impeachment

da presidente afastada Dilma Rousseff. “É só coincidência. Mas é muito curioso.”

Porém, não são poucos os especialistas que apontam o ambiente de incertezas no campo político como um

fator inibidor dos investimentos e, por consequência, da própria atividade econômica. A desaceleração,

por sua vez, tem impacto na arrecadação.

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Mas, a exemplo de outros dados da economia brasileira, os recolhimentos de impostos também dão sinal

de que bateram no fundo do poço e, em alguns casos, pararam de cair. “No caso da arrecadação federal,

parece claro que se parou de afundar”, constata Afonso. “Mas, por si só, isso não significa voltar a

crescer.” A recuperação, explicou ele, ainda aparece concentrada nos tributos sobre ganhos financeiros. “

Fonte: Estadão

Controle social nas eleições 2016

O processo eleitoral de 2016 será o primeiro, desde 1995, em que não será permitida a doação de

empresas às campanhas e aos partidos políticos. No ano passado, o Supremo Tribunal Federal (STF)

decidiu que essas doações são inconstitucionais, e o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) ratificou a

determinação na resolução que regulamenta as eleições de outubro.

A decisão é promissora diante do cenário político atual. O financiamento de campanhas eleitorais e da

própria vida partidária por empresas está no cerne das operações da Polícia Federal que expõem a nada

republicana relação entre a maioria dos partidos políticos e as grandes companhias brasileiras.

Ao mesmo tempo que aponta para um novo paradigma de relação entre o público e o privado, a decisão só

será efetiva se conseguir combater a corrupção eleitoral. A maneira mais eficaz de enfrentar o problema é

dar mais transparência ao processo eleitoral e incentivar o controle social. Uma das medidas com esse

objetivo trazidas pelo TSE é a determinação de que as movimentações financeiras das candidaturas sejam

publicadas a cada 72 horas, bem como a exigência de presença de um profissional da contabilidade

durante todo o período da campanha.

A medida é fundamental para o TSE envolver a sociedade no processo eleitoral. A democracia é mais que

o exercício do voto. É também o exercício da fiscalização e da consciência. A exigência de que as

campanhas publiquem a cada 3 dias suas contas, somada às prestações de contas parciais, permite ao

cidadão conferir se os valores declarados pelo candidato correspondem aos fatos. A contabilidade lança

luz aos atos e fatos e deve orientar o candidato sobre as fontes de financiamento.

O Conselho Federal de Contabilidade (CFC) pretende capacitar mais de 30 mil pessoas para exercer o

controle social e a democracia plenamente.

[email protected]

Joaquim Bezerra, vice-presidente de Política Institucional do CFC

Empresários são presos a partir do cruzamento

eletrônico de dados

Foi deflagrada na terça-feira (16/8) pelo Fisco Estadual em conjunto com as Polícias Civil e Militar a

“Operação Arrebatamento”, que apura os crimes de falsidade ideológica, associação criminosa, e crimes

contra a ordem tributária. A ação tem o intuito de recuperar aos cofres públicos recursos provenientes

dos impostos sonegados por um grupo empresarial localizado no entorno de Brasília, nas cidades de

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Cidade Ocidental, Formosa, Luziânia e Valparaíso. Levantamento realizado pela Superintendência

da Receita da Secretaria da Fazenda de Goiás aponta que o crédito tributário total do grupo deve

superar os R$ 129 milhões de ICMS, incluindo multa e juros.

O início da operação se deu há cerca de três anos, a partir do cruzamento de dados de operadoras de

cartões de crédito. Durante análises, o Fisco Estadual descobriu, em apenas uma das empresas em Luziânia

com cadastro suspenso junto à Sefaz, movimentação de vendas que ultrapassou R$ 70 milhões. De acordo

com o superintendente da Receita, Adonídio Neto Vieira Júnior, a partir deste primeiro levantamento, as

investigações apontaram um esquema de blindagem patrimonial com a utilização de pessoas interpostas no

quadro societário – funcionários ou ex-funcionários do grupo empresarial. “Também foram utilizados

documentos falsos ou adulterados”, disse. O superintendente lembrou ainda que a operação visa resgatar os

valores tributários não recolhidos, para recomposição dos cofres públicos, e o combate à concorrência

desleal.

Nesta terça-feira, estão sendo cumpridos quatro mandados de prisão temporária e busca e apreensão na

residência dos investigados, além de duas conduções coercitivas, incluindo o contador do grupo. Além

desses, são cumpridos ainda 19 mandados de busca e apreensão em estabelecimentos comerciais e outros

relacionados ao grupo empresarial, dentre os quais supermercados, postos de combustível e lojas de

conveniência. Os auditores fiscais também iniciam hoje as auditorias necessárias para a lavratura dos autos

de infração.

Secretária da Fazenda, Ana Carla Abrão Costa acompanhou toda a operação e ressaltou que a parceria da

Sefaz, com a SSP, Delegacia de Repressão a Crimes contra a Ordem Tributária (DOT) e o Batalhão

Fazendário “visa ao fortalecimento da justiça fiscal no Estado de Goiás, demonstrando a intolerância em

relação à sonegação fiscal”. Ana Carla lembrou ainda que sonegar “subtrai recursos que deveriam estar

beneficiando a população goiana como um todo, em particular os mais carentes”.

Operação Arrebatamento: O Arrebatamento da igreja é o evento no qual Deus realiza seu julgamento. O

nome foi escolhido para a operação pois a grande maioria das empresas envolvidas no esquema têm razão

social que remete a nomes bíblicos. De acordo com a titular da Delegacia Estadual de Repressão a Crimes

Contra a Ordem Tributária (DOT), Tatyane Gonçalves Cruvinel Costa, a razão social dava a falsa ilusão de

que os negócios realizados pelo grupo tinham conotação lícita e transparente.

Sefaz GO

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E-Financeira, mais eficiente e transparente

Posted By Redator on 19 de agosto de 2016

A primeira entrega da declaração digital e-Financeira começou no dia 12 de agosto e a expectativa é que o

novo modelo torne mais transparente as movimentações bancárias das pessoas jurídicas (PJ) e físicas (PF)

no Brasil.

As informações entregues nessa primeira etapa para a Receita Federal eram relativas às transações

realizadas em 2015. Agora, as instituições financeiras se preparam para fornecer, em novembro deste ano,

as declarações de operações feitas por PJ e PF referente a todo o primeiro semestre de 2016.

Ana Claudia Utumi, especialista na área tributária da TozziniFreire Advogados, explica que a e-

Financeira não apenas substitui, como aprimora a Declaração de Informações sobre Movimentação

Financeira (Dimof).

“A e-Financeira permitirá à Receita obter informações mais completas do que as disponibilizadas pela

Dimof. Exemplo disso é que, na Dimof, somente os saques [da pessoa física ou jurídica] eram informados.

Já a e-Financeira mostrará também os saldos [seja da conta corrente ou da poupança]”, esclarece a

advogada. A Dimof não precisará mais ser enviada à Receita para os fatos geradores ocorridos a partir de

janeiro de 2016.

Ana Claudia lembra que as informações da e-Financeira serão a base para a troca de dados fiscais entre os

países. Os acordos firmados pelo Brasil já englobam 101 nações. “Daqui para frente, não terá mais como

esconder informações da Receita”, reforça a especialista do Tozzini Freire.

Victor Schmidt, advogado tributarista do Siqueira Castro Advogados, acrescenta que esse novo sistema

possibilitará que a Receita cruze os dados das movimentações bancárias com as informações declaradas

no Imposto de Renda das pessoas física ou jurídica.

“Se um banco informou à Receita que uma pessoa tem um saldo X em sua conta corrente mas, na

declaração do imposto de renda, aparece que ela tem um saldo Y, a e-Financeira irá acusar de forma

automática a inconsistência na declaração” exemplifica Schmidt.

“Por conta do aprimoramento dos mecanismos de fiscalização da Receita, as declarações de imposto de

renda terão que ser cada vez mais precisas e completas, de forma a evitar multas e autuações”,

complementa o advogado. Para ele, a margem de falha do sistema de fiscalização da Receita poderá ser de

zero, após a consolidação da declaração digital e-Financeira. O que trará, desta forma, mais transparência

às operações bancárias.

Ana Claudia lembra que a multa por sonegação fiscal no âmbito federal pode chegar a 150% do imposto

devido. “O fisco já vinha apertando o cerco, mas agora, com a e-Financeira, ficará mais difícil esconder as

informações”, reforça.

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Preparação

Os dois especialistas comentam que a movimentação nas instituições foi bastante intensa para a primeira

entrega da e-Financeira. “Toda vez que se institui uma nova legislação, as adaptações acabam exigindo

altos investimentos”, afirma Ana Claudia.

A e-Financeira é uma obrigação acessória do Sistema Público de Escrituração Digital (SPED) , que está

digitalizando todos os tipos de declarações fiscais prestadas por empresas e pessoas físicas. O projeto é

impulsionado pela Receita junto a outros federais, como o Ministério do Trabalho.

A emissão dos documentos da e-Financeira tem que ser feitas pelos bancos, seguradoras, planos de saúde,

distribuidora de títulos e valores mobiliários e demais instituições financeiras. Essas organizações

precisam enviar à Receita toda a movimentação financeira dos contribuintes realizada em um semestre.

Uma das informações que deve ser prestada é o saldo bancário de qualquer conta de depósito, inclusive de

poupança, acima de R$ 2.000, no caso de pessoas físicas, e superior a R$ 6.000 no caso de pessoas

jurídicas em todo o País. Essa declaração levará em conta pagamentos efetuados em moeda corrente ou

em cheques, emissão de ordens de crédito ou resgates à vista e a prazo.

Serão informados ainda à Receita os rendimentos brutos dos contribuintes, separados por tipo de

rendimento, incluindo os valores oriundos da venda ou de resgate de ativos sob custódia ou de resgate de

fundos de investimento. Transferência entre contas bancárias também será computada.

É CADA COISA:

Falta de zelo

Grávida esquecida na ambulância e levada à oficina mecânica será

indenizada

18 de agosto de 2016, 13h50

Levada de ambulância para uma oficina mecânica em vez de um hospital, uma mulher, que estava no

oitavo mês da gravidez, será indenizada em R$ 50 mil pela União, pelo estado do Rio Grande do Sul e

pelo município de São Jerônimo, segundo decisão do Tribunal Regional Federal da 4a Região.

Moradora da região metropolitana de Porto Alegre, a gestante chamou a ambulância para ser levada ao

hospital do município, pois apresentava situação de risco devido à hipertensão. A ambulância percorreu

alguns quilômetros, mas parou sem que ninguém prestasse atendimento à mulher. Depois de esperar por

três horas, ela desembarcou sozinha do veículo e notou que estava numa oficina mecânica em um

município vizinho a São Jerônimo.

Apesar do incidente, o bebê nasceu saudável poucos dias depois do caso, mas a mulher decidiu ajuizar

ação solicitando indenização por danos morais. A Justiça Federal de Porto Alegre julgou a ação

procedente e estipulou a condenação em R$ 50 mil. Os réus apelaram contra a decisão, mas a 3ª Turma do

TRF-4 negou o recurso.

O desembargador federal Fernando Quadros da Silva destacou que “está comprovado que a gestante foi

deixada dentro de ambulância esquecida em uma oficina mecânica por ação de agentes do SUS quando

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deveria ser transportada para um hospital e, portanto, resta configurado o dano moral a ensejar a

pretendida indenização”. Com informações da Assessoria de Imprensa do TRF-4.

Revista Consultor Jurídico, 18 de agosto de 2016, 13h50

Direito de propriedade

Condomínio não pode impedir morador inadimplente de usar as

áreas de lazer

15 de agosto de 2016, 12h53

Condomínio não pode impedir morador inadimplente de usar as áreas comuns de lazer. Com esse

entendimento, a 3ª Turma do Superior Tribunal de Justiça negou recurso de um empreendimento. Segundo

a autora da ação, a fim de garantir o pagamento de taxas condominiais em atraso, o condomínio havia

proibido a moradora e seus familiares de utilizarem o clube do conjunto residencial. A moradora alegava

que a proibição não tinha amparo legal.

Em sua defesa, o condomínio alegou que a proibição estava prevista no regimento interno do condomínio

e do clube. Afirmou, também, que a restrição tinha o objetivo de compelir o condômino inadimplente a

quitar os seus débitos.

Todavia, seguindo o voto do ministro relator, Marco Aurélio Bellizze, o colegiado entendeu que o direito

do condômino ao uso das partes comuns, seja qual for a destinação a elas atribuídas pelo condomínio,

decorre da previsão legal da própria utilização da unidade imobiliária, composta pela fração ideal do solo

(como a unidade de habitação do condômino) e pelas demais áreas comuns do condomínio.

O advogado Renato de Mello Almada, sócio do Chiarottino e Nicoletti Advogados, considerou correto o

entendimento do STJ. De acordo com ele, a restrição ao direito de uso da área de lazer com fundamento

em dívida condominial esbarra no próprio direito de propriedade. “Não se admite que eventual regimento

interno de um condomínio se sobreponha aos princípios legais do direito de propriedade, estabelecidos

tanto no Código Civil como na Constituição Federal”. Com informações da Assessoria de Imprensa do

STJ.

REsp 1.564.030 - Revista Consultor Jurídico, 15 de agosto de 2016, 12h53

Guia de Gestão Empresarial para Empresas que Desejam Ser

Disruptivas – Aprenda com os erros de Xerox e Kodak

O que é inovação disruptiva? Muitos falam de disrupção como se fosse um sinônimo chic para inovação,

quando, na realidade, não é bem assim. Para aprender melhor essa diferença, que tal observarmos como

agem os melhores exemplos de empresas disruptivas? O que podemos aprender com elas? Neste guia de

gestão empresarial, indicado para líderes de companhias com modelos de negócio já estabelecidos, damos

algumas orientações para sua empresa tentar trilhar sua própria “disrupção”.

Para embasar esta reflexão, recorremos a dois artigos muito atuais, publicados em 2016 pela McKinsey,

“An incumbent’s guide to digital disruption” (Um guia de disrupção digital para empresas estabelecidas)

e “The economic essentials of digital strategy“ (As bases econômicas da estratégia digital), além de

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uma entrevista que fizemos com Roberto Dias Duarte, professor, mentor de empresas de tecnologia e

sócio da NTW, primeira rede brasileira de franquias contábeis.

1. O que é inovação disruptiva?

Em 2015, os professores da Harvard Business School, Clayton Christensen, Rory McDonald e Michael

Raynor, então diretor da Deloitte Consulting, publicaram na HBR o artigo “What Is Disruptive Innovation?”.

Desde então, suas ideias ganharam o mundo e o termo “disrupção” entrou para o vocabulário de especialistas

e leigos em inovação, ganhando inclusive conotações equivocadas. Curioso notar que, embora pareça uma

novidade, os autores afirmam que a teoria da inovação disruptiva surgiu, na realidade, em 1995 – ano do

lançamento do Windows 95 e do Yahoo!. Mas o que disrupção significa, afinal?

“Disrupção”, define Roberto Duarte, “é o processo pelo qual uma empresa pequena, dotada de poucos

recursos, torna-se capaz de enfrentar com sucesso as companhias tradicionalmente estabelecidas”.

O especialista explica que, enquanto empresas convencionais se dedicam a aprimorar seus produtos e

serviços, com o objetivo de atender aos clientes mais exigentes e abastados, empresas com mentalidade

inovadora e visão de oportunidade investem naqueles dois segmentos de mercado tidos como menos

rentáveis: o de menor poder aquisitivo e o de novos clientes.

A disrupção, então, acontece quando essas empresas decidem se focar para fornecer a esses consumidores

um produto “bom o suficiente” e a um preço abaixo do praticado pela maior parte dos competidores. E

assim, cria nichos até então inexistentes – em todas as áreas de negócios, da panificação aos mais inovadores

aplicativos.

Além disso, como complementa Helena Margarido, co-fundadora do Instituto Bitcoin Brasil, “empresas

disruptivas têm enraizada em sua cultura a não aceitação da realidade como é imposta. É a ideia de que ‘se

ninguém fez, então seremos os primeiros.’” Para ficar mais claro, vamos aos exemplos de empresas

disruptivas e ações marcantes de inovação disruptiva.

2. Empresas disruptivas que estão fazendo história

Duarte conta que, até a década de 1980, pequenas empresas e usuários domésticos se contentavam com o

papel carbono e o mimeógrafo. Então, ocorreu uma disrupção: a introdução de fotocopiadoras domésticas.

“A Xerox, no entanto, manteve seu foco exclusivo em grandes corporações e acabou perdendo espaço”, ele

relembra.

E o Uber, aplicativo que integra motoristas a passageiros e que está causando polêmica por onde passa?

Veja que interessante: em 2015, quando os professores de Harvard publicaram o artigo delineando o que

era inovação disruptiva, eles avaliaram o caso do Uber e o veredito foi que não era disrupção. A justificativa

foi que ele não criava uma oferta com preço muito inferior, tampouco um novo mercado. O Uber seria uma

“inovação de sustentação”, isto é, aprimorava a qualidade dos serviços já prestados a um determinado

mercado e reduzia um pouco seu custo.

No entanto, na opinião de Roberto Duarte, após um estruturado processo de gestão empresarial, o Uber hoje

pode ser classificado como disruptivo. Em 2016, a plataforma lançou o UberPool, que permite o

compartilhamento do carro com outros usuários. Agora sim, as duas características fundamentais da

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disrupção estavam presentes: o preço do serviço era substancialmente menor que o táxi e seu uso cresceu

entre pessoas que antes não consideravam essa forma de transporte.

Angus Dawson, Martin Hirt, e Jay Scanlan afirmam em seu artigo sobre “disrupção digital”, na McKinsey,, que “Não surpreende que muitos líderes e executivos vivam num constante – e elevado – estado

de alerta. No entanto, graças à tecnologia, que possibilita manter uma infraestrutura na nuvem, e à verdadeira

inundação de investimentos de risco feitos por grandes fundos em startups e mesmo empresas já

estabelecidas, as oportunidades de disrupção se multiplicaram, e empolgam. Essas empresas estão

mergulhando profundamente no mundo digital, buscando por novas tecnologias e repensando seu modelo

de negócio.”

Para ilustrar, citam o exemplo de duas empresas que participam desse cenário: Snapchat e Simple,

um equivalente estrangeiro do banco Original, que você já deve ter visto em publicidades. O primeiro deu

um salto e se tornou uma espécie de central de canais de TV, distribuindo conteúdo numa plataforma online

onde ocorre uma troca interativa entre dois públicos. O segundo, dizem, “assumiu um posto em meio a

grandes bancos sem abrir sequer uma filial”.

No Brasil, podemos citar outro exemplo de negócio disruptivo. Há três anos atuando no mercado imobiliário

gaúcho, a incorporadora wikihaus Inc. lançará em 2016 o Wikihaus Cine Teatro Presidente – um

dos primeiros empreendimentos de coliving do país (modelo de moradia em que pessoas se unem para

compartilhar um lar), e o primeiro empreendimento imobiliário 100% fruto da inteligência coletiva.

“Pensamos este projeto tendo o cliente como centro de tudo”, conta Eduardo Pricladnitzki, sócio da

wikihaus. ”E foi este cliente quem nos ajudou a formatar o produto”, completa.

Toda a concepção do projeto foi baseada na colaboração. Pessoas com backgrounds e estilos de vida

distintos participaram do processo multidisciplinar de aprendizado e idealização das plantas. “Se todos

incorporadores abrirem suas áreas para que as pessoas participem ativamente do processo, certamente o

impacto na cidade em que vivemos será muito positivo. Nosso grande objetivo é transformar a maneira com

que as incorporadoras se relacionam com as pessoas e a maneira com que essas pessoas vivem e se envolvem

com a cidade”, explica Eduardo.

3. Os estágios do árduo processo de disrupção

Como agir quando você está no meio de toda essa transformação, sob pressão por inovação, críticas mais

ou menos incisivas, tanto internas quanto externas, sobre seu modelo de negócio? Tudo que você deseja é

tornar sua empresa financeiramente estável, e moderna o bastante…

Pois se existe um lugar de onde podemos tirar as lições de gestão empresarial mais valiosas, são as empresas

estabelecidas que sobrevivem e às vezes até mesmo prosperam com a chegada de competidores disruptivos.

Foi justamente esse estilo de empresa, desse conflituoso cenário, que os autores Chris Bradley e Clayton

O’Toole analisaram neste artigo da McKinsey. Eles avaliam que “um aspecto certamente é a habilidade

de prever com precisão o que os clientes desejam antes que seja tarde demais, ou seja, agir antes que seja

óbvio que você precisa fazer aquilo”.

Reed Hastings, CEO da Netflix, destaca que inúmeras empresas bem-sucedidas falham nesse sentido,

porque têm medo de prejudicar seu core business, um fenômeno que Christensen, coautor do artigo “What Is Disruptive Innovation?”, chamou de dilema do inovador. “As empresas raramente fracassam por

mudarem muito rápido, mas frequentemente morrem por se moverem muito devagar”, conclui Hastings.

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Bradley e O’Toole, da McKinsey, propõem, enfim, uma análise dos quatro estágios da disrupção para

empresas com modelo de negócio estabelecido, incluindo as barreiras envolvidas e as escolhas necessárias

em cada etapa. Para tornar mais compreensível, os autores apresentam um gráfico comparativo entre a curva

de crescimento de uma empresa com modelo de negócio inédito (em roxo) e outra, de modelo tradicional

(em azul). Na vertical fica o eixo de lucratividade e, na horizontal, a linha do tempo.

Vemos, portanto, que o processo de inovação disruptiva é:

– Detectável: indícios ainda fracos de que uma inovação é necessária;

– Claro: o novo modelo de negócio é validado;

– Inevitável: um número expressivo de pessoas adotam a ideia;

– Normalizável: o negócio enfim escala e seu crescimento se estabiliza.

Vamos aos detalhes de cada um dos estágios da disrupção:

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Estágio #1 Sinais em meio ao barulho

Em 1964, o teórico da comunicação Marshall McLuhan observou que a dependência que a indústria de

jornal tinha dos anúncios e classificados e das cotações do mercado de ações para vender só a tornava

vulnerável. “Assim que surgir uma fonte alternativa que ofereça às pessoas essas informações diárias de

fácil acesso, a imprensa vai ceder,” ele dizia. E o surgimento da internet criou essa fonte.

Startups como o eBay e o MercadoLivre passaram a oferecer uma nova opção para as pessoas colocarem

seus produtos à venda. A Schibsted, conglomerado de mídia norueguês que no Brasil controla o InfoJobs

e a OLX, foi uma das primeiras companhias a se antecipar à essa ameaça e reagiu. Já em 1999, a empresa

tinha se convencido de que “a internet é feita para classificados e classificados são feitos para a internet”.

“Não é de surpreender que a maioria dos outros editores não tenha reagido. Nesta fase inicial de disrupção,

empresas estabelecidas mal sentem o impacto sobre seu core business, não sentem que precisam agir”,

afirmam os estudiosos da McKinsey.

Por isso, recomendam, é necessária uma visão do futuro muito boa na gestão empresarial, que previna o

prejuízo num cenário que não costuma ser fácil, com tantas demandas conflitantes dos stakeholders da

empresa. Além disso, pode ser difícil descobrir quais tendências ignorar e a quais reagir o quanto antes.

“Foco é dizer ‘não’ para uma centena de boas ideias”, como ponderava Steve Jobs.

“Escapar da miopia desta primeira etapa requer à empresa contestar sua própria história e suas crenças de

longa data (e às vezes implícitas) sobre a forma de ganhar dinheiro no mercado em questão”, pontuam

Bradley e O’Toole. Essas crenças são aquelas que todos na empresa compartilham e tomam como uma

verdade inviolável a respeito das preferências dos clientes, do papel da tecnologia, dos fatores do custo, de

quem são os competidores e qual suas vantagens competitivas. Até que alguém vem para violá-la.

Estágio #2 A mudança toma conta

Aqui, a empresa deve garantir que seus novos empreendimentos, isto é, suas iniciativas disruptivas têm

autonomia em relação ao core business, mesmo que os objetivos entrem em conflito de algum modo. Como

nesse estágio ainda não há um impacto significativo causado pela disrupção, a motivação é pequena, e esse

é um desafio.

Observe o caso dos classificados online. Mesmo quando anúncios de automóveis e imóveis passaram a

decolar e o Craigslist (comunidade online de anúncios dos mais diversos tipos) ganhou impulso, a maioria

dos editores de jornais não tinham um senso de urgência porque sua fatia de mercado permanecia

praticamente intacta.

A Schibsted, no entanto, encontrou a motivação necessária, conta o então CEO da companhia, Kjell Aamot.

“Quando a bolha do ‘ponto com’ estourou, continuamos a investir no online, apesar de não sabermos como

iríamos ganhar dinheiro com aquilo.” A oferta de classificados gratuitos online canibalizou seu negócio de

jornal impresso, mas a Schibsted estava disposta a assumir o risco.

Quando a Netflix iniciou sua disrupção em 2011, ao mudar o foco de DVDs para streaming, o valor de suas

ações caiu cerca de 80%. Bradley e O’Toole explicam: “poucos executivos e investidores conseguem lidar

com esse tipo de queda quando necessidades de curto prazo estão em jogo, isto é, há fontes de renda a

proteger. Além disso, gestores se sentem mais confortáveis desenvolvendo estratégias para empresas que

sabem operar e são relutantes em entrar num novo jogo com regras que desconhecem”.

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O resultado é que a maioria das empresas estabelecidas decide fazer pequenos investimentos, que, digamos,

não achatem sua curva de crescimento, e se protegem da canibalização. Mas é uma ilusão crer que isso é o

bastante para a disrupção.

Muitos jornais, por exemplo, construíram versões online dos seus classificados no papel, mas poucos

estavam dispostos a arriscar canibalizar sua fonte de receita tradicional, que até então era muito maior e

mais rentável. A Schibsted ainda não havia visto a recompensa por sua ação disruptiva e seus resultados

ainda eram muito semelhantes aos dos seus pares.

Com o tempo, ações mais ousadas são necessárias. A mudança toma conta, e deve haver um

comprometimento dos líderes para estruturar uma sequência de iniciativas que contribuam para a disrupção

desejada. Nesse estágio, a tolerância à ambiguidade e a capacidade de se adaptar às condições em constante

transformação são fundamentais. Ainda que a vontade de entregar resultados favoráveis aos shareholders só

cresça.

Estágio #3 Transformação inevitável

Neste ponto, o futuro está batendo na porta. O novo modelo de negócio se mostra mais promissor que o

antigo, pelo menos para uma massa crítica do público, e o mercado segue em direção a ele.

Conforme o desempenho da empresa começa a sofrer, apertando o orçamento, a empresa naturalmente tende

a cortar ainda mais atividades periféricas para se concentrar no cerne. Os decisores, então, resistem a

sacrificar operações rentáveis, embora carentes de recursos, em favor de ideias disruptivas não

comprovadas.

Como resultado, investem menos do que deveria nas novas iniciativas, ao mesmo tempo em que impõem

obstáculos para levá-las adiante. Mas, segundo os pesquisadores, ignorar a necessidade de transformação só

dificulta ainda mais o crescimento.

Aqui, portanto, o desafio é entender como realocar os recursos dos antigos para os novos empreendimentos,

e mostrar disposição para conduzir estes de forma diferente e muitas vezes separadamente dos antigos.

“Novos negócios são como investimentos de capital de risco que só se pagam se escalarem rapidamente”,

explicam os pesquisadores da McKinsey.

Estágio #4 Readaptação à normalidade

“Nesta fase final, a disrupção chegou a um ponto em que as empresas não têm escolha senão aceitar a

realidade: a indústria mudou radicalmente. Para empresas tradicionais, o lucro e a receita estão cedendo, e

elas se veem para assumir uma posição forte no mercado”, resumem.

Esta é fase em que a mídia impressa se encontra agora. Os rios de ouro dos anúncios secaram, fazendo com

que a sobrevivência se tornasse a prioridade, e a sustentabilidade e o crescimento, a segunda. Em 2013, o

CEO da empresa australiana de mídia Fairfax Media disse, durante o International News Media Association

World Congress: “sabemos que, em algum momento no futuro, vamos ser predominante ou exclusivamente

digitais nos mercados metropolitanos.”

Para empresas que, como a Schibsted, realizaram uma disrupção, a fase de adaptação traz novos desafios.

Com negócios em sua maioria digitais, sua adaptação passa a ser um processo de contínua disrupção. Em

alguns casos, a capacidade das empresas está tão ligada ao modelo de negócio anterior que nem mesmo um

“renascimento” por meio de reestruturação funcionará, e a melhor saída para preservar seu valor é abandonar

o mercado.

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Bradley e O’Toole exemplificam. “A Kodak, por exemplo, poderia ter deixado o negócio de fotografia ainda

antes, porque suas inúmeras estratégias não conseguiram salvá-la. Quando uma empresa como ela é

construída sobre uma herança tecnológica que é categoricamente diferente do novo padrão, mesmo que

preveja muito antes o fim do filme ou dos CDs, ela não teria resolvido seu problema central de que a

substituição digital é menos rentável”.

“O fato é que as novas ‘piscinas de lucro’ podem não ser tão profundas como as anteriores. O desafio é

adaptar e realinhar as bases de custos à nova realidade de lucros, e aceitar que o ‘novo normal’

provavelmente inclui bem menos ‘rios de ouro’”, finalizam os pesquisadores.

4. Como tornar sua empresa disruptiva

Solicitamos ao nosso entrevistado, Roberto Dias Duarte, que apontasse três passos práticos que ele julgasse

fundamentais para a disrupção. Ele sugere:

A) Identifique quais tarefas seus clientes precisam fazer;

B) Segmente seus clientes por tarefas (não por produtos, tamanho, ou mesmo características demográficas),

e

C) Desenvolva soluções básicas, de baixo custo, que permitam realizar essas atividades.

“Sempre tenha em mente que inovações disruptivas criam, necessariamente, novos mercados e reestruturam

os que já existem. Ou seja, mexem no ‘queijo’ dos atuais concorrentes”, comenta Duarte.

O especialista vai além e conta que adaptou algumas metodologias utilizadas para planejamento de ações

de marketing e vendas que, segundo ele, ajudam muito no processo de inovação. Então, recomenda que as

empresas realizem as seguintes atividades:

– Entenda o modelo de negócios de sua empresa. Para isso, recomendo a utilização do BMG (Business

Model Canvas), técnica introduzida por Alexander Osterwalder. Faça o download do material aqui.

– Faça a analise SWOT (forças, fraquezas, ameaças e oportunidades) do seu modelo de negócios.

– Defina nichos de mercado de maior potencial de oportunidades para maximizar as forças e oportunidades.

– Elabore o “persona” de cada nicho, ou seja, entenda as dores, as alegrias e as tarefas dos personagens-

padrão. Nesta página você pode entender como criar as personas da sua marca.

– Crie uma proposta de valor para cada “persona” explicitando os analgésicos, os geradores de alegrias,

produtos e serviços.

– Utilize técnicas de brainstorm com sua equipe para criar produtos e serviços que possam maximizar a

proposta de valor e reduzir os custos de entrega. Este artigo sobre brainstorm dá boas dicas.

Para concluir, Duarte reitera que o empreendedor é um eterno insatisfeito, mas que transforma seu

inconformismo em descobertas. “O insatisfeito que só reclama e nada faz para mudar não é empreendedor

de verdade. A atitude empreendedora transforma os problemas em oportunidades; cria inovações para

atender melhor os clientes e lidar da melhor forma com os fornecedores. A disrupção é consequência de

atitudes empreendedoras explicitadas e organizadas a partir do uso de metodologias e técnicas.”, destaca.

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Por uma gestão empresarial estratégica daqui em diante

Tornar-se uma empresa disruptiva é um dos desafios mais complexos e, no entanto, inevitáveis do nosso

tempo. Como vimos, ser disruptivo não é simplesmente ser inovador. É, na verdade, lançar um produto ou

serviço com preço abaixo do praticado pelos competidores e, assim, atingir um novo público. Selecionamos

alguns artigos que irão te ajudar a extrair o máximo da sua equipe para iniciar sua jornada de disrupção, se

este for seu desejo. Confira:

– Livros que Steve Jobs, Bill Gates e Mark Zuckerberg leram

– Como instigar a criatividade e criticar as ideias do seu time

– O estudo de uma década sobre líderes brilhantes

– Como extrair o impossível da sua equipe

– Coleção de insights para empreendedores corajosos

Sem tecnologia de gestão, não há disrupção

Conheça o Runrun.it – a ferramenta de gestão de projetos e tarefas indicada para líderes que não podem

perder tempo supervisionando a equipe e que precisam agir rápido, seguros de que todos se comunicam com

inteligência e que os custos dos projetos são mensurados com precisão. Teste grátis e inicie uma nova era

na sua gestão: http://runrun.it

Artigo por: Rodrigo Moreti

Os impactos do novo Código Comercial

O novo regramento societário e cambial é mais um que se pretende elevar a segurança jurídica

Estamos presenciando a edição de inúmeras normas que colocam o País entre os primeiros do mundo em

números de criações normativas.

O Projeto de Lei 1.572/2011 (Código Comercial), que trata regras societárias e cambiais, é mais uma destas

normas que se pretende dar mais segurança jurídica; melhorar o ambiente de negócios; modernizar os

conceitos empresariais; concentrar as regras comerciais em um único diploma legal e desburocratizar o

exército de atividades.

Na teoria, a ideia é boa, mas será que é necessário? Será que estas regras realmente irão cumprir com tais

expectativas? O debate é amplo e apontarei algumas consequências a respeito do tema que atingem os

serviços extrajudiciais que mais me chamaram a atenção.

Um dos pontos de crítica é a pretensão de retirar dos cartórios extrajudiciais a função de registro das

Sociedades Simples, transferindo o registro para as Juntas Comerciais, e, ainda, na esteira desta pretensão

há, também, a privatização das Juntas Comerciais.

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Acredito ser consenso que as Juntas Comerciais estão assoberbadas, com muito trabalho, o que tem

acarretado uma demora nos procedimentos. Essas mesmas Juntas iriam receber um acréscimo de trabalho

com a nova obrigação de registrar as Sociedades Simples, o que certamente elevaria o tempo necessário ao

registro destas sociedades, as tornaria mais burocráticas e onerosas.

Temos que lembrar, também, que os cartórios extrajudiciais estão presentes em quase todos os municípios

do Brasil enquanto as Juntas Comerciais só nas capitais, ou seja, o empresário da Sociedade Simples terá

que se deslocar para efetuar registros, o que gera custo e dispêndio de tempo que, na maioria das vezes ele,

empresário, não terá.

Talvez se imagine que com a privatização das Juntas a demora nos procedimentos e excesso de trabalho se

resolva. Mas e o custo?

Uma eventual privatização afasta o controle do Poder Judiciário e certamente irá elevar o custo de todos os

atos praticados atualmente na Junta Comercial, pois a iniciativa privada terá liberdade para estipular o valor

das tarifas e ainda não me parece que haverá repasse de valores, como hoje é feito pelos cartórios

extrajudiciais, em prejuízo ao Estado e em favorecimento do particular que assumir essa função.

Oswaldo Bighetti Neto, sócio do escritório Bighetti Neto e Paschoa Advogados