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Notícias IPECONT
22/08/2016
Treinamentos da Semana Vem aí, o III Congresso de
Contabilidade do Sul de Minas!
Programe-se com os treinamentos de SETEMBRO/2016!
Prático de Departamento Pessoal: Cálculos/GFIP/CAGED
Capacitação Fiscal para Compradores - (Impacto Tributário no
Preço de Venda)
Gestão Estratégica do Contas à Pagar & Contas à Receber
Curso Preparatório para o Segundo Exame de Suficiência do
CRC 2016
Formação de Analista de Recursos Humanos
Formação de Analista Fiscal, Tributário e NF-e
Contabilidade de Custos
E em SETEMBRO terá início do aguardado curso Formação de Controller!
As aulas serão nos dias 12, 22, 29/09, 06 e 10/10 em Varginha.
Informações e inscrições: [email protected] ou (35) 3212-6392 ou (35)99257-0600.
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empresa e clientes IPECONT Consultoria têm desconto em todos os cursos!
Boletim TRAB-PREV-RH em 22.agosto.2016
"Quase sempre a maior ou menor felicidade depende
do grau da decisão de ser feliz." (Abraham Lincoln)
eSocial deve ser prorrogado para o segundo
semestre de 2017
Novo adiamento é positivo, pois contribui para o aperfeiçoamento do sistema; Ano-base do faturamento
também deve mudar de 2014 para 2015
O eSocial deve entrar em vigor somente no segundo semestre de 2017, alerta a Federação Nacional das
Empresas de Serviços Contábeis e das Empresas de Assessoramento, Perícias, Informações e Pesquisas
(Fenacon). A definição do novo prazo deve ocorrer nas próximas semanas. Segundo a entidade, que
integra o Grupo de Trabalho Confederativo (GTC) e acompanha de perto a implantação do sistema, o
calendário de testes sofreu atraso e inviabilizou a operação em setembro deste ano.
“A prorrogação é certa, mas o mês ainda está sendo discutido. A entrada em vigor deve ser transferida
para o segundo semestre de 2017, no caso das empresas com faturamento superior a R$ 78 milhões, e para
o início de 2018 aos demais empreendimentos. Pode ocorrer alguma variação, por isso estamos
aguardando a publicação do edital pela Receita Federal”, afirma o diretor de educação e cultura da
Fenacon, Helio Donin Júnior.
Segundo o presidente da Fenacon, Mario Berti, a prorrogação é positiva e vai contribuir para o
aperfeiçoamento do sistema e a definição do layout. “O GTC trabalha para implantar o eSocial com
tranquilidade, de forma planejada e eficiente. E o mais importante, leva em conta as sugestões e soluções
propostas pelas entidades e empresas”.
O GTC coordenado pelo Ministério do Trabalho (MT) acordou ainda a mudança do ano-base utilizado na
construção do cronograma. “A pedido da Fenacon, o ano-base passará a ser 2015 e não mais 2014. Como
estamos em crise e o faturamento das companhias está caindo, a mudança tira do primeiro prazo uma
parcela grande de empresas”, explica Donin Júnior.
Muitos empreendimentos que em 2014 faturavam acima de R$ 78 milhões, fecharam 2015 com resultado
menor por causa da retração da economia brasileira. Com a mudança, essas companhias só entrarão no
eSocial em 2018. Até que o módulo esteja pronto e testado, a Fenacon orienta as empresas a investirem na
capacitação de seus funcionários. Para promover a adaptação ao sistema, a Fenacon desenvolveu o Portal
Árvore do Conhecimento.
Nele são disponibilizados vídeos que orientam empresas e o setor contábil em geral sobre o uso da nova
ferramenta. O conteúdo é apresentado por especialistas e explica de forma sucinta e didática as funções, os
benefícios e as mudanças que serão trazidas pelo eSocial na obtenção de informações fiscais. Os vídeos
foram produzidos em parceria com a Receita Federal, o MT e a Caixa e podem ser acessados
gratuitamente pelo endereço: www.arvoredoconhecimento.org.br
Entenda
O eSocial não cria nenhuma nova obrigação fiscal. Pelo contrário, a medida do Governo Federal vem para
reduzir a burocracia imposta às empresas brasileiras e, consequentemente, melhorar o ambiente de
negócios do país. Hoje, as companhias tem que prestar diversas informações de forma descentralizada a
vários órgãos, como a Receita Federal, a Caixa Econômica Federal, a Previdência Social, entre outros. A
proposta do eSocial é justamente harmonizar as obrigações fiscais, trabalhistas e previdenciárias,
permitindo às empresas a redução de seus custos e a redundância das informações enviadas ao Governo. O
eSocial também vai melhorar o controle tributário.
Postado por: Portal Contábil SC
Entrega das declarações do eSocial pode ser
adiada para início de 2018
Postado por José Adriano em 16 agosto 2016 às 23:11
O prazo para a entrega do eSocial deve ser adiado mais uma vez e a expectativa é que a nova data fique
para janeiro de 2018. De acordo com o cronograma vigente, as declarações precisam estar prontas até
setembro deste ano.
Entidades, empresas e especialistas ouvido pelo DCI afirmam que já é certa a alteração do calendário, mas
aguardam a confirmação do novo prazo pela Receita Federal do Brasil (RFB).
Segundo o auditor fiscal do Ministério do Trabalho José Maia, que coordena o Grupo Confederativo do
eSocial, a nova data deve ser informada até o final de agosto.
"Apesar do cronograma não estar fechado, nós trabalhamos com a hipótese de que a entrega do eSocial
fique para janeiro de 2018, para daqui mais de um ano", estima. "Há pontos que não foram acordados
sobre o layout do sistema e o calendário só pode ser fechado após um consenso sobre esse tema",
acrescenta Maia.
O auditor pontua que alguns dos órgãos que participam da construção do eSocial são o MT, a Receita, o
Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), a Caixa Econômica Federal, além de entidades como o
Conselho Federal de Contabilidade (CFC).
Márcio Massao Shimomoto, presidente do Sindicato das Empresas de Serviços Contábeis e das Empresas
de Assessoramento, Perícias, Informações e Pesquisas no Estado de São Paulo (Sescon-SP), confirma que
o prazo para a entrega do eSocial deve ser adiado. Segundo ele, o cumprimento da agenda em vigor é
"inviável", devido à falta de preparo das empresas.
O calendário vigente determina que as companhias que faturam acima de R$ 78 milhões por ano
entreguem o eSocial em setembro. Já para as empresas com faturamento abaixo de R$ 78 milhões, o prazo
vigente é janeiro de 2017.
"Zona de conforto"
Shimomoto comenta que os sucessivos adiamentos da entrega do eSocial têm deixado uma parte das
empresas brasileiras, principalmente as médias e pequenas, na "zona de conforto". "Como há sempre a
expectativa de que o prazo será jogado para a frente, algumas empresas vão postergando as soluções
necessárias para a adaptação ao eSocial", diz o presidente do Sescon-SP.
Apesar de não considerar o principal fator de atraso na adaptação ao eSocial, Shimomoto afirma que a
crise econômica também influenciou na organização das companhias.
"A adaptação ao eSocial exige investimentos em TI [tecnologia da informação] e contratação de mão de
obra para gerir o sistema. [...] E a crise obrigou muitos empresários a cortar produção, demitir, reduzir
despesas", relata ele.
"No entanto, mudar a cultura de gestão das empresas ainda é a tarefa mais difícil e o principal fator de
despreparo na adaptação ao eSocial, principalmente quando estamos falando das pequenas e médias",
reforça Shimomoto.
Ele diz que uma pesquisa do Sescon com 500 empresários paulistas da área de contabilidade apontou que
apenas 4% das empresas estão preparadas para as adaptações exigidas pelo eSocial. A sondagem releva
que o grande obstáculo é conscientizá-las sobre a necessidade de mudança na forma de envio das
informações (42%). Para outros 37%, o problema maior é o prazo insuficiente diante das dúvidas que
ainda existem à respeito do sistema. Em 17% dos casos, o alto valor do investimento para é o principal
gargalo.
Do outro lado
Dilma Rodrigues, sócia-diretora da Attend Assessoria Consultoria e Auditoria S/S, diz que, da parte das
empresas que estão mais preparadas para o eSocial, a reclamação é a falta de ferramentas de testes
disponibilizadas pelo governo. Para ela, isso é importante para que as companhias localizem onde estão as
inconsistências nas suas informações. Dessa forma, elas podem se aprimorar e evitar erros quando o
sistema entrar em vigor.
Dilma conta que, hoje, a única ferramenta que existe é a "Qualificação Cadastral", disponibilizada na
internet. Trata-se de uma validação de informações dos funcionários de uma companhia, como CPF e RG .
"Alguns consideram essa plataforma como um 'teste', o que eu discordo. [...] Uma validação cadastral,
comparada ao universo que significa o eSocial, é muito pouco. O eSocial contempla dados que vão desde
a admissão até a rescisão do colaborador", opina.
Helio Donin Júnior, diretor de educação e cultura da Federação Nacional das Empresas de Serviços
Contábeis (Fenacon), diz que, apesar dos adiamentos, assim que implementado, o eSocial permitirá que o
governo amplie o número de companhias fiscalizadas. "Hoje a fiscalização do Ministério do Trabalho
alcança somente 3% das empresas brasileiras", diz.
José Maia, que é auditor fiscal do Trabalho, confirma esta informação. O jornal procurou a Receita
Federal, mas até o fechamento desta edição não obteve retorno.
Fonte: DCI via http://venturincontabil.com.br/noticias/tecnicas/2016/08/15/entrega...
Brasil tem 11,6 milhões na fila por um emprego
Desemprego cresce em todas as regiões do país no segundo trimestre e é o maior desde
2012. Em Minas, taxa de 10,9% representa 1,2 milhão de desocupados, segundo o IBGE
postado em 18/08/2016 00:12 / atualizado em 18/08/2016 07:45
Marinella Castro
A taxa de desocupação no segundo trimestre de 2016 foi a maior da série histórica, iniciada em 2012, em
todas as grandes regiões do país, de acordo com dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios
Contínua (Pnad Contínua) divulgados ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
No Nordeste, a taxa de desemprego subiu de 10,3% no segundo trimestre do ano passado para 13,2% no
segundo trimestre deste ano. No Sudeste, saiu de 8,3% para 11,7%; no Norte, de 8,5% para 11,2%; no
Centro-Oeste, de 7,4% para 9,7%; e no Sul, de 5,5% para 8,0%. No primeiro trimestre de 2016, as taxas
tinham ficado em 12,8% no Nordeste, 11,4% no Sudeste, 10,5% no Norte, 9,7% no Centro-Oeste e 7,3%
no Sul. Em todo o país 11,6 milhões de trabalhadores estavam sem emprego no fim do segundo trimestre.
A população desocupada cresceu 4,5% em relação ao primeiro trimestre. Já na comparação com o 2º
trimestre de 2015, o aumento foi de 38,7%.
Entre abril e junho deste ano, o desemprego em Minas atingiu, 10,9%, ficando praticamente estável em
relação ao primeiro trimestre, quando a taxa atingiu 11,1%, segundo o IBGE. Na Região Metropolitana de
Belo Horizonte, a taxa acelerou atingindo 13,9% a maior da série histórica do IBGE iniciada em 2012. Em
Belo Horizonte o desemprego está em 12%. Em Minas, a população de desempregados soma 1,2 milhão
de pessoas. No Brasil, o desemprego continua a crescer, saltando de 10,9% no primeiro trimestre para
11,3% no segundo trimestre de 2016, também a maior taxa desde 2012.
Na variação anual (em relação ao 2º trimestre de 2015), houve aumento de 3,1 pontos percentuais (p.p.) na
taxa de desemprego em Minas e de 3 pontos percentuais no Brasil. Entre as unidades da federação, as
maiores taxas de desocupação no 2º trimestre foram observadas no Amapá (15,8%), na Bahia (15,4%) e
em Pernambuco (14,0%), enquanto as menores taxas estavam em Santa Catarina (6,7%), Mato Grosso do
Sul (7,0%) e Rondônia (7,8%).
Cortes e salários
No segundo trimestre, o setor que mais desempregou em Minas foi a indústria que apresentou queda de
8,5%, houve aumento no número de pessoas ocupadas no comércio e reparação de veículos automotores e
motocicletas (6,5%). Em relação ao primeiro trimestre de 2016, não houve variações significativas no
número de pessoas ocupadas na indústria, enquanto aumentou os ocupados na agricultura, pecuária,
produção florestal, pesca e aqüicultura (6,2%) e na administração pública, defesa, seguridade social,
educação, saúde humana e serviços sociais.
O rendimento médio real Minas Gerais foi estimado em R$ 1.769 no segundo trimestre de 2016, não
apresentando variação significativa em relação aos dois trimestres de comparação. Em Minas Gerais o
rendimento médio da população empregada no segundo trimestre ficou abaixo da média brasileira de R$
1.972 e abaixo da média do Sudeste que atingiu R$ 2.279.
Crise
Segundo Cimar Azeredo, coordenador de Trabalho e Rendimento do IBGE, o segundo trimestre do ano
historicamente é marcado por um aquecimento do mercado de trabalho devido à retomada do processo
produtivo. Mas, em razão da crise, pelo segundo ano consecutivo o período de abril a junho não dá trégua
ao desemprego. “A expectativa era de que menos unidades da federação tivessem recorde de desocupação,
mas ocorreu o contrário devido ao aumento da procura por emprego, resultado da combinação da perda de
trabalho com carteira com um mercado informal que já não absorve mais esses trabalhadores como antes”,
explica Azeredo.
Ainda de acordo com Azevedo, “aquele fôlego do mercado em absorver mão de obra que perdia o
emprego com carteira no mercado informal desacelerou, e isso provoca um aumento maior do grupo que
procura trabalho. Isso ocorre porque você tem um comércio que sofre diante de uma renda que continua
em queda, freando os gastos das famílias.”
O nível de ocupação – indicador que mede a parcela da população ocupada em relação à população em
idade de trabalhar – ficou em 54,6% para o Brasil no 2º trimestre de 2016. As regiões Nordeste (48,6%) e
Norte (54,4%) ficaram abaixo da média do país. Nas demais regiões, o nível de ocupação foi de 59,1% no
Sul, 59,2% no Centro-Oeste e 56,1% no Sudeste. Entre os estados, Mato Grosso do Sul (61,1%), Santa
Catarina (59,4%), Paraná (59,2%) e Goiás (59,2%) apresentaram os maiores percentuais de ocupação,
enquanto Alagoas (42,9%), Pernambuco (46,6%) e Rio Grande do Norte (47,2%) apresentaram os níveis
de ocupação mais baixos. Em Minas, a taxa de 56,3% está acima da média do país.
No segundo trimestre de 2016, os percentuais de empregados no setor privado com carteira de trabalho
nas grandes regiões ficaram acima da média Brasil, que foi de 77,3%, no Sul (85,4%), no Sudeste (82,7%)
e no Centro-Oeste (77,5%). E ficaram abaixo no Norte (61,5%) e Nordeste (62,2%). Santa Catarina
(89,7%), Distrito Federal (86,2%), Rio de Janeiro (85,7%) apresentaram os maiores percentuais de
empregados no setor privado com carteira de trabalho, enquanto Maranhão (51,8%), Piauí (52,3%) e Pará
(57,4%) apresentaram os menores.
Enquanto isso...
...Embraer marca ata para demissões
O prazo para adesão ao Plano de Demissões Voluntárias (PDV) da Embraer, anunciado pela empresa na
última semana, terá início na terça-feira e se encerrará em 14 de setembro, informou ontem a companhia.
Segundo a Embraer, as inscrições serão analisadas até 23 de setembro, e todos os empregados que
aderirem ao PDV terão seu desligamento realizado na primeira semana de outubro. Em nota, a empresa
afirma que o programa será aberto a todos os empregados de todas as unidades do Brasil. De acordo
com a Embraer, o pacote de incentivos para quem aderir ao PDV inclui o pagamento rescisório
equivalente a desligamento sem justa causa e uma indenização adicional proporcional ao tempo de
empresa, de 40% do salário nominal por ano de casa, garantindo um mínimo de dois salários nominais
brutos. O pacote de incentivo será isento de Imposto de Renda, em conformidade com a legislação
vigente.
Sabe o que fazer no dia da entrevista de emprego?
Confira como agir - Especialista fala sobre a apresentação, evitar atrasos na entrevista e o
conhecimento sobre a vaga que está disputando
Você está preparado para o dia da entrevista de emprego? Muitas pessoas ficam se perguntando como devem
agir no dia da entrevista com o recrutador. Normalmente, ele faz perguntas sobre experiência profissional,
objetivos na carreira, mas como agir e o que responder?
A psicóloga e coach educacional, de Caçapava, Mariana Marco fala sobre a apresentação, evitar atrasos na
entrevista e o conhecimento sobre a vaga que está disputando.
Dia da entrevista de emprego. Como as pessoas devem se preparar para o "grande dia"?
Devem planejar o caminho, considerando trânsito e caminhadas. Para não chegar atrasado ou mal arrumado.
Muitas pessoas dependem de ônibus para chegar em suas entrevistas e não é raro perceber que alguns andaram
muito e chegam cansados, afobados e até mesmo suados para fazerem suas entrevistas.
Também é interessante pesquisar sobre a empresa e a vaga em questão. Assim, podem debater com mais
segurança com seus entrevistadores, caso sejam questionados sobre especificidades da vaga.
No dia da entrevista, qual comportamento o entrevistado deve ter? O que conta pontos?
O comportamento que demonstra segurança é geralmente o mais bem visto. Um profissional que se preparou
para ocupar a vaga, certamente estará seguro para expor o que pensa e sabe. Uma das coisas que o coaching
oferece a esses profissionais é a conexão com seus valores pessoais e isso dá muita força e segurança nas
entrevistas.
Para quem não tem experiência profissional, como se destacar?
Foque na experiência que já teve como estágios ou atividades voluntárias. Também é importante destacar que
existe a possibilidade de aprender a função e que se está disponível para isso.
Quem possui experiência e está em busca de uma recolocação no mercado de trabalho, quais as dicas?
Eu gosto muito de abordar o tema "empreendedorismo" nestes casos. Uma pessoa com experiência certamente é
capaz de oferecer soluções para o mercado e é nisso que ela deve focar. Empreender não se restringe a ter sua
própria empresa, empreender é um comportamento ativo de solução de problemas. Se você tem experiência, já
pode notar quais seriam os problemas que você poderia solucionar. Ofereça seu trabalho às empresas, escreva
projetos, elabore planos e se exponha.
Por que você quer trabalhar aqui? O que o entrevistado deve responder?
Atualmente o que mais eu vejo nas entrevistas são investigações sobre valores pessoas, ideais de vida e planos
de carreira. Então, caso o entrevistador pergunte "por que você quer trabalhar aqui?", responda de acordo com
seus valores pessoais. Se você ainda não sabe quais são, procure um psicólogo-coach para acessar essa
informação pessoal tão importante nos dias atuais.
Se você sabe quais são e percebeu que a vaga não combina com eles... questione-se! Será que devo mesmo
seguir em frente?
Hoje em dia, apesar da crise e das questões financeiras, sabe-se que quem trabalha somente pelo salário pode
desenvolver dificuldades emocionais e não alcançará sua melhor performance, melhor rendimento e, inclusive,
melhores salários.
Como os entrevistados devem terminar as falas durante as entrevistas?
Não existe regra. Eu poderia dizer aqui "terminem sorrindo", mas não é isso! Não existe uma regra. Bons
entrevistadores ficam atentos ao conjunto apresentado.
Confira as dicas da especialista abaixo do que considerar numa entrevista:
ter uma boa eloquência;
apresentação;
competência técnica;
competência social;
solução de problemas e imprevistos;
dedicação à causa;
respeito a hierarquias ou liderança;
paciência;
organização.
Conhecer a vaga De acordo com a especialista, antes de ir a uma entrevista, é preciso se inteirar das atividades da empresa. "É
preciso conhecer a si mesmo, conhecer a vaga e a empresa para depois expor adequadamente o seu trabalho. É
como uma jogada de marketing. Primeiro a gente conhece o produto (quem somos e o que vendemos), depois
avaliamos o mercado (a empresa, quem me compra?) e em seguida utilizaremos a nossa melhor estratégia de
conquista e convencimento", explica.
Fonte: Portal Meon.
Previdência deve ter transição especial para
mulher e professor, diz Padilha
Governo Temer
Alan Marques - 15.jun.2016/Folhapress
NICOLA PAMPLONA, DO RIO - 18/08/2016 22h35
O ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, afirmou nesta quinta-feira (18) que o presidente interino
Michel Temer solicitou que os estudos para a proposta de reforma da Previdência incluam um período de
transição especial para mulheres e professores.
Padilha coordena o trabalho para definir as novas regras, com o argumento de tentar equacionar, a longo
prazo, o deficit da Previdência. A proposta inclui aumentar a idade mínima para a aposentadoria e unificar
os sistemas de previdência pública e privada.
A ideia é elevar a idade mínima de 60 para 65 anos, para os homens, e de 55 para 60 anos, no caso das
mulheres.
"O presidente Temer me pediu apenas uma exceção: que o grupo que eu coordeno observe para as
mulheres e os professores uma transição mais longa, para que não seja abruptamente elevada essa
diferença de idade com relação à idade mínima para os homens (de outras profissões)", disse o ministro,
em entrevista no Rio.
A idade mínima de aposentadoria para professores é de 50 anos, no caso das mulheres, e 55 anos para os
homens. Eles também precisam contribui menos tempo: 25 e 30 anos, respectivamente.
Padilha não detalhou, porém, como será essa regra especial de transição.
Ele reiterou que aqueles que já estão em idade para se aposentar, ou já requereram a aposentadoria, não
serão afetados pela reforma. Os outros "vão pagar um pedágio" proporcional ao tempo que falta para
atingir a idade mínima.
"O maior interessado na reforma da Previdência não é o governo, não são os políticos. É o João, o José, a
Maria, o Antônio, é o cidadão brasileiro comum que quer ter a certeza de que, quando chegar na idade,
poderá receber sua aposentadoria", defendeu Padilha.
Ele argumentou que o déficit da Previdência chega a R$ 146 bilhões este ano e que as previsões para 2017
estão entre R$ 180 bilhões e R$ 200 bilhões. "Essa bola não pode continuar crescendo nessa proporção."
Reforma da Previdência já está praticamente
pronta
16 de agosto de 2016
Mansueto Almeida, secretário de Acompanhamento Econômico do Ministério da Fazenda, diz que formato
final das regras será decidido pelo Congresso
O secretário de Acompanhamento Econômico do Ministério da Fazenda, Mansueto Almeida, disse que o
governo já tem a reforma da Previdência praticamente pronta, mas que o formato final dessa reforma
quem vai decidir é o Congresso.
“Por exemplo, a regra de transição vai ser curta ou média? Essa vai ser uma decisão do Congresso”, disse.
O secretário também negou que o governo tenha sofrido uma derrota no Câmara com a votação da
renegociação da dívida dos Estados, porque “o essencial foi mantido”. A seguir, os principais trechos da
entrevista.
Na renegociação da dívida dos Estados, o governo sofreu uma derrota?
Não. O que eu notei do que se passou nesta semana é que precisamos fazer um trabalho muito mais
intensivo de comunicação com os congressistas. Ainda bem que o que aconteceu na Câmara não afetou
em nada o ajuste fiscal, porque você tinha dois incisos.
Em um, limita-se as despesas primárias, que é o que importa pra gente. E, no outro, limita-se o aumento
de salário real. No caso dos Estados, 70% dos gastos são despesas com pessoal.
Por quê a retirada do limite ao reajuste salarial não foi uma derrota?
Porque, quando se limita o crescimento das despesas primárias correntes, automaticamente se limitam os
aumentos salariais. Agora, os governadores não vão poder conceder aumentos, porque tem uma regra que
limita as despesas primárias deles. Vão ter de negociar com cada categoria.
Há uma preocupação com relação a algum prejuízo à PEC do teto dos gastos?
Não, porque, por enquanto, a PEC é muito dura, já que estamos num desequilíbrio fiscal grande. Por outro
lado, se a PEC for aprovada, ela vai disparar um aumento de confiança no país e com vários efeitos
positivos.
Então, o que temos de mostrar para todos os setores da sociedade é que a PEC trará benefícios imediatos,
porque não estamos cortando, em termos nominais, as despesas. Estamos cortando o crescimento. Ou seja,
não vamos fazer cortes de R$ 30 bilhões, R$ 40 bilhões, R$ 50 bilhões nas despesas. Vamos apenas
controlar o crescimento.
LEIA MAIS: Trabalhar até os 80 – Você está preparado?
Há quem diga que, com teto de gastos, mas sem reforma da Previdência, não haverá ajuste. É isso?
A reforma da Previdência é uma necessidade aritmética. Vamos ter de fazer, porque, se não fizermos,
teremos de aumentar a carga tributária nos próximos 30, 40 anos em quase 10 pontos do PIB.
Com que riscos vocês trabalham para a reforma da Previdência?
O governo já tem a reforma da Previdência praticamente pronta. Tem uma série de coisas que,
naturalmente serão decididas no Congresso. Por exemplo, a regra de transição vai ser curta ou média?
Essa vai ser uma decisão do Congresso. Mas acho que, para isso, será necessário um trabalho de explicar
para a sociedade que hoje não faz sentido as pessoas se aposentarem com 48, 49, 54, 55 anos de idade.
É uma idade muito baixa. Não era na década de 60, mas hoje é. A maioria dos países trabalham com idade
mínima.
O governo trabalha com um prazo de transição para a idade mínima?
Toda reforma de Previdência tem um período de transição. O que se debate é a velocidade desse período
de transição. O governo vai propor uma regra, mas é o Congresso que vai ser decidir.
Não pode ser uma regra muito longa. Não pode ser também uma regra que só pegue quem está entrando
agora no mercado de trabalho, porque vai demorar 35 anos.
O governo se comunicou mal com os congressistas na renegociação da dívida dos Estados e por isso teve
de ceder?
Aí é que está a questão. Do nosso ponto de vista o governo não teve de ceder em coisa alguma. O que
interessa é que eles não podem aumentar as despesas além da inflação. Caso contrário perdem os
benefícios da renegociação.
Então não teve, absolutamente, nenhum recuo. O que a imprensa colocou como recuo era a questão de
definição de despesa com pessoal, algumas coisas ligadas à responsabilidade fiscal.
Então, por que tanto ruído?
Essa parte do projeto veio do governo anterior. Os Estados quiseram que se deixasse isso lá, mas,
novamente, não era consenso entre os Estados, mas causou uma série de ruídos desnecessários.
Fonte: Diário do Comércio
Existe diferenças entre bonificação e gratificação
na CLT?
Posted By Redator on 17 de agosto de 2016
A gratificação/bonificação nada mais é do que um pagamento feito por liberalidade do empregador, como
meio de agradecer ou reconhecer os serviços prestados pelo empregado
xistem diferenças entre bonificação e gratificação? Elas podem integrar o salário? Podem compor a media
para férias e rescisão? Desde já, devemos esclarecer que ambas são as mesmas, não havendo diferenças
entre elas. A própria CLT – Consolidação das Leis do Trabalho esclarece que, além do salário pago ao
funcionário pelo empregador, pode haver também o recebimento de gorjetas. Tudo isso incorporado à
remuneração do empregado. Além do valor fixo pago e das gorjetas, podem-se incorporar ao salário
comissões, percentagens, gratificações ajustadas, diárias para viagens e abonos, todos devidamente pagos
pelo empregador.
De forma geral, a gratificação/bonificação nada mais é do que um pagamento feito por liberalidade do
empregador, como meio de agradecer ou reconhecer os serviços prestados pelo empregado ou ainda como
recompensá-lo pelo tempo de serviço prestado à empresa onde trabalha. Além disso, a
gratificação/bonificação também pode ser ajustada, nos parâmetros da lei ou por meio de documento
coletivo sindical, obrigando ao empregador que se efetive o pagamento.
Quanto aos valores das gratificações/bonificações, a CLT – Consolidação das Leis do Trabalho não
estipula um limite específico a ser pago aos funcionários, nem estabelece como o empregador deve efetuar
o pagamento. Sendo assim, cabe a empresa proceder da forma que achar melhor para a empresa, contanto
que o lançamento em folha de pagamento seja obrigatório.
Os valores serão pagos à título de reconhecimento, conforme o entendimento jurisprudencial
predominante, da habitualidade deste pagamento, bem como a sua integração nas demais verbas
trabalhistas, como por exemplo, férias, 13º salário, entre outros. Quanto à habitualidade, esta não possui
previsão legal, nem prazo fixado. No entanto, está ligada à noção de continuidade, que é um requisito
inerente à própria natureza do contrato. Em outras palavras, para que um pagamento seja considerado
habitual, não precisa haver um ciclo preciso (diário, semanal, mensal, entre outros), mas o próprio
desenvolvimento do vínculo irá favorecer a sua realização continuamente.
Já um acontecimento isolado que não tem relação direta com o desenvolvimento da relação empregatícia,
não poderá integrar as verbas trabalhistas a que o empregado tem direito, devido à inexistência e à
impossibilidade de caracterização da habitualidade, como por exemplo, uma gratificação/bônus instituída
aos empregados que completarem 10 anos de empresa.
Caso a previsão de pagamento das gratificações/bonificações tiver prazo indeterminado, os valores
estipulados deverão ser obrigatoriamente pagos, sob pena de nulidade deste ato, nos termos do art. 468 da
Consolidação das Leis do Trabalho – CLT, pois representa uma alteração contratual que prejudica o
funcionário da empresa. Além disso, as gratificações/bonificações integram o salário do empregado
(férias, 13º salário, entre outros), sujeitando-se à incidência dos encargos sociais, como: INSS e FGTS.
A gratificação/bonificação pode ser classificada de diversas formas:
I) Quanto à periodicidade do pagamento: mensais, bimestrais, trimestrais, semestrais ou anuais;
II) Quanto ao valor: fixas ou variáveis;
III) Quanto à fonte da obrigação:
a) autônomas (decorrentes da vontade das partes, empregado e empregador ou ainda por acordo ou
convenção coletiva);
b) heterônomas (decorrentes da vontade unilateral do empregador);
IV) Quanto ao tipo de ajuste: expressas, verbais ou escritas e tácitas;
V) Quanto à causa:
a) gratificações de função (que têm como causa o exercício de uma função específica). O empregado só
terá direito a receber a gratificação enquanto permanecer na função. Cessada a causa, cessa o efeito;
b) gratificações de balanço (decorrentes dos lucros acusados em balanço, podendo serem pagas, de forma
fixa, percentagem do salário, a critério da empresa);
c) gratificações de eventos (decorrentes de um evento específico como festas, semana da CIPA,
campanhas diversas, entre outras).
Em suma, a gratificação, no direito do trabalho brasileiro, é um pagamento que pode ser feito em um mês,
semestre ou ano, pelo empregador ao empregado, como maneira de incentivá-lo, e, por isso, é dito como
uma “liberalidade” do primeiro. Tem finalidade retributiva e, caso paga com habitualidade, passa a ter
natureza salarial.
Fonte: CPT
Receita publica esclarecimento sobre a relação
previdenciária do sócio da sociedade civil
Posted By Redator on 19 de agosto de 2016
A Receita Federal através da Coordenação-Geral de Tributação, publicou ontem (19/08) esclarecimento
sobre a relação previdenciária do sócio da sociedade civil de prestação de serviços profissionais que presta
serviços à sociedade da qual é sócio.
O esclarecimento se deu por meio da Solução de Consulta COSIT n° 120/2016:
“ASSUNTO: CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS PREVIDENCIÁRIAS
EMENTA: SÓCIO. PRÓ-LABORE. INCIDÊNCIA DE CONTRIBUIÇÃO. O sócio da sociedade civil de
prestação de serviços profissionais que presta serviços à sociedade da qual é sócio é segurado obrigatório
na categoria de contribuinte individual, conforme a alínea “f”, inciso V, art. 12 da Lei nº 8.212, de 1991,
sendo obrigatória a discriminação entre a parcela da distribuição de lucro e aquela paga pelo trabalho. O
fato gerador da contribuição previdenciária ocorre no mês em que for paga ou creditada a remuneração do
contribuinte individual. Pelo menos parte dos valores pagos pela sociedade ao sócio que presta serviço à
sociedade terá necessariamente natureza jurídica de retribuição pelo trabalho, sujeita à incidência de
contribuição previdenciária, prevista no art. 21 e no inciso III do art. 22, na forma do §4º do art. 30, todos
da Lei nº 8.212, de 1991, e art. 4º da Lei nº 10.666, de 8 de maio de 2003.
DISPOSITIVOS LEGAIS: Lei 8.212, de 1991, art.12, inciso V, alínea “f”, art. 21, art. 22, inciso III, art.30
§4º; Lei nº 10.666, de 2003; art.4º. RPS, aprovado pelo Decreto 3.048, de 1999, art.201, §5º; IN RFB nº
971, de 2009, art.52, inciso I, alínea “b”, inciso III, alínea “b” e art.57, incisos I e II e § 6º.”
Destarte, referido sócio é segurado obrigatório na categoria de contribuinte individual, sendo
obrigatória a discriminação entre a parcela da distribuição de lucro e aquela paga pelo trabalho.
STF fixa tese sobre contribuição ao PIS/PASEP por cooperativas
de trabalho
19 ago 2016 - IR / Contribuições
Ao analisar, na sessão desta quinta-feira (18), embargos de declaração apresentados contra acórdão do
Supremo Tribunal Federal (STF) referente ao julgamento do Recurso Extraordinário (RE) 599362, o
Plenário fixou tese no sentido de que “a receita auferida pelas cooperativas de trabalho decorrentes dos
atos (negócios jurídicos) firmados com terceiros se insere na materialidade da contribuição ao
PIS/PASEP”.
O RE foi interposto pela União para questionar decisão do Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF-
2) que afastou a incidência de tributos da Uniway – Cooperativa de Profissionais Liberais. O recurso, com
repercussão geral, foi julgado em novembro de 2014, quando os ministros, por unanimidade, deram
provimento ao pedido e reafirmaram entendimento da Corte no sentido de que as cooperativas não são
imunes à incidência de tributos.
A Uniway opôs os embargos de declaração pedindo esclarecimentos sobre quais atos estariam alcançados
pela decisão. Ao acolher os embargos para prestar esclarecimentos, o relator do caso, ministro Dias
Toffoli, propôs a fixação da tese, sendo acompanhado por todos os ministros presentes à sessão.
O relator explicou que, diante do questionamento da entidade, decidiu propor a tese específica para a
hipótese alcançada pelo RE – atos de cooperativa de trabalho com terceiros tomadores de serviço –, e que
a matéria acerca do adequado tratamento tributário do ato cooperativo e de outras modalidades será
analisada em outro recurso, sob relatoria do ministro Luís Roberto Barroso, que ainda não foi julgado.
Fonte: Notícias do STF
Dívida trabalhista
Tomadora de serviço pode ser executada antes de sócios de
terceirizada
15 de agosto de 2016, 20h31
Em caso de dívida trabalhista envolvendo terceirizado, a execução deve ser promovida primeiro contra a
devedora principal, ou seja, contra a empresa que presta serviços. Contudo, não é preciso esgotar os meios
de execução contra esta para que a tomadora de serviços também seja executada.
Esse foi o entendimento aplicado pela 1ª Turma do Tribunal Superior do Trabalho ao determinar que um
grupo de comunicação possa ser executado antes dos sócios de uma empresa de vigilância por dívidas a
terceirizado. Na decisão, o colegiado considerou correto que primeiro a empresa de vigilância seja
executada. Contudo, caso seja infrutífera a execução, ela pode ser direcionada ao grupo, na condição de
devedor subsidiário.
A reclamação trabalhista foi ajuizada pelo vigilante contra a empresa de vigilância e o grupo de
comunicação, visando ao recebimento de verbas rescisórias. A 12ª Vara do Trabalho do Rio de Janeiro
(RJ) julgou o grupo subsidiariamente responsável pelos créditos decorrentes da sentença, mas destacou
que não há necessidade de exaurir as possibilidades de execução contra a empresa de vigilância e seus
sócios antes do redirecionamento da execução contra o grupo.
O Tribunal Regional do Trabalho da 1ª Região (RJ) manteve a decisão, e a empresa recorreu ao TST
pleiteando o chamado benefício de ordem. O desembargador Marcelo Pertence destacou que a
jurisprudência dominante do TST é a de que o benefício de ordem na execução é assegurado em relação à
devedora principal, não alcançando seus sócios. "Isso se dá em atendimento aos princípios da celeridade e
da duração razoável do processo, tendo em vista a natureza alimentar do crédito trabalhista e o
alongamento demasiado do processo caso fosse necessário redirecionar a execução contra os sócios da
empregadora antes de executar a devedora subsidiária", explicou.
A exigência de incursão nos bens dos sócios transferiria ao trabalhador, com poucos recursos econômicos,
e ao juízo da execução o encargo de buscar bens passíveis de penhora, "retardando a constrição do
patrimônio da devedora subsidiária e até pondo em risco a efetividade da execução", afirmou o relator. Ele
entende que o grupo de comunicação responde pela satisfação do crédito, enquanto devedora subsidiária,
"exatamente como garantidor do cumprimento da obrigação pela devedora principal, tal como o fiador ou
o avalista nas dívidas de natureza civil e cambiária".
O relator enfatizou ainda que não se recusa à devedora subsidiária a possibilidade de exigir a observância
do benefício de ordem caso nomeie bens livres e desembaraçados da devedora principal, situados no
mesmo município, e suficientes para solver o débito. No entanto, esclareceu que cabe a ela o ônus de
localizar os bens e nomeá-los perante o juízo da execução. Com informações da Assessoria de Imprensa
do TST.
RR-99-62.2012.5.01.0012
Revista Consultor Jurídico, 15 de agosto de 2016, 20h31
Confira os direitos garantidos de quem está
estagiando e das empresas contratantes
Posted By Redator on 19 de agosto de 2016
O estágio é a porta de entrada no mercado de trabalho para muitos estudantes do ensino médio e técnico,
universitários ou recém-formados. A oportunidade de adquirir experiência na área de estudos atrai muitos
jovens para essas vagas no País.
De acordo com dados na Associação Brasileira de Estágios (Abres), de 40% a 60% dos estagiários
contratados nos anos finais do curso são efetivados pelas empresas.
“As empresas acreditam que o jovem que buscou estágio é mais proativo com a própria carreira. Por isso,
o estágio é essencial para o jovem ter mais chances de ser efetivado, pois a empresa tem a chance de
treinar, capacitar e transmitir a cultura da empresa. Assim, a intenção é contratar”, explicou Mauro de
Oliveira, diretor da Abres.
Nesta quinta-feira (18), o Ministério do Trabalho comemora o dia do estagiário. Para regular a atividade
no País, a pasta publicou uma cartilha que traz orientações para instituições de ensino, empresas e alunos
sobre as regras que devem ser seguidas pelos contratos.
Nela, detalha os pontos principais da Lei nº 11.788, sancionada em 2008, que definiu as regras para a
contratação de estagiários em todo o País. A norma exige que, para estagiar, o estudante deve estar
matriculado em algum curso superior, profissional, no ensino médio, de educação especial ou nos anos
finais do ensino fundamental.
Além disso, uma vez firmado o termo de compromisso entre o estudante, a instituição de ensino e a
empresa, o estagiário deve apresentar um relatório de atividades no estágio a cada seis meses, o qual deve
estar de acordo com o plano de atividades oferecido pelo empregador e aprovado pela universidade ou
escola.
“A lei foi um grande avanço jurídico porque agora as empresas sabem como podem contratar estagiários
para não terem problemas fiscais e, aos estagiários, traz benefícios para quem está ali para aprender. A lei
deixa claro o que é um estagiário e qual o papel dele”, ponderou Oliveira, da Abres.
Carga horária
A legislação fixou o teto de 30 horas semanais e seis horas diárias a carga horária para os estagiários que
cursam nível superior, profissional ou médio. Já os estudantes matriculados na educação especial só
podem trabalhar por até 20 horas na semana e até por quatro horas diárias. Além disso, a validade máxima
dos contratos com a mesma empresa é de dois anos.
Direitos
Como o estágio não configura uma relação trabalhista, o estagiário não recebe um salário. Contudo, ele
deve receber uma bolsa-auxílio e vale-transporte quando o estágio não for obrigatório. Esses rendimentos
não precisam ser declarados à Receita Federal. Além disso, a cada doze meses de trabalho, o estagiário
tem direito a 30 dias de recesso remunerado ou ao proporcional a esse período, caso fique menos tempo na
empresa.
De acordo com levantamento do Núcleo Brasileiro de Estágios (Nube), que entrevistou 22 mil estagiários
em 2015, a média de remuneração dos estagiários de nível superior no País é de R$ 1,1 mil.
Os estagiários oriundos dos cursos de Agronomia e Estatística são os que recebem as maiores bolsas,
segundo a pesquisa: R$ 1,6 mil e R$ 1,5 mil, respectivamente. Para os de ensino médio, a média é de R$
746, e para os de nível superior tecnólogo, a bolsa média é de R$ 950.
De acordo com estudo de 2015 da Associação Brasileira de Estágios (Abres), o Brasil soma um milhão de
estagiários: 740 mil deles no ensino superior e outros 260 mil no ensino médio e técnico. Entre os cursos
universitários, a maior oferta de vagas de estágio é para estudantes de Administração (25% das vagas),
Comunicação Social (12%) e Engenharias (8%).
Quais são os Procedimentos na Admissão de
Empregado Doméstico?
19/08/2016
Entende-se por empregado doméstico aquele que presta serviços de natureza contínua e de finalidade não
lucrativa à pessoa ou à família no âmbito residencial destas.
Documentos necessários à admissão
Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS);
Atestado de boa conduta, emitido por autoridade policial, ou por pessoa idônea, a juízo do
empregador;
Exame Admissional, a critério do empregador doméstico; e
Apresentar o número da inscrição junto ao INSS (ou PIS) para os devidos recolhimentos
previdenciários na GPS.
Aquisição CTPS
Caso o empregado doméstico não possua a CTPS deverá se dirigir à DRT – Delegacia Regional do Trabalho,
portando:
2 fotos, 3 x 4;
Qualquer documento oficial de identificação pessoal do interessado, no qual possam ser colhidos
dados referentes ao nome completo, filiação, data e lugar de nascimento.
Inscrição na Previdência Social e Registro na CTPS
O empregador deverá registrar o contrato de trabalho na CTPS do empregado doméstico, e em seguida
proceder a inscrição do segurado junto ao INSS via internet, pelo PREVfone ou nas agências da Previdência.
Quem já possui o número do PIS ou do PASEP, não precisa realizar a inscrição no INSS, poderá utilizar-se
do número do PIS ou do PASEP na hora de recolher a GPS.
Atestado de Boa Conduta
A Lei 5.859/72 (revogada pela LC 150/2015), previa que o empregador pudesse requerer um atestado de
boa conduta (inciso II do art. 2º da Lei 5.859/72), emitido por autoridade policial ou por pessoa idônea,
comprovando a boa fé do trabalhador doméstico.
A nova lei complementar não se manifesta a respeito, o que se poderia entender que tal prática não poderia
ser mais realizada.
Entretanto, considerando o princípio da legalidade disposto no art. 5º, inciso II “ninguém será obrigado a
fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei” da Constituição Federal, como a nova lei
não proíbe tal procedimento, entende-se que o empregador continua podendo exigir um atestado de boa
conduta, firmado por pessoa particular, empresa ou autoridade competente.
Convém solicitar que a assinatura de quem atesta seja reconhecida em cartório ou através documento de
órgão público.
Por questão de cautela adicional, o empregador deve checar a validade do documento, mediante telefonema
ou outra forma de contato com a pessoa, empresa ou autoridade que o emitiu.
O Uso de Advertência e Suspensão Disciplinar
18/08/2016
Para se manter a ordem e a disciplina no ambiente de trabalho, o empregador possui a faculdade de aplicar
determinadas penalidades, mas dentro de um senso justo e moderado, uma vez que a CLT protege o
trabalhador contra as arbitrariedades que ocorrer por parte do empregador.
A advertência é um aviso ao empregado para que ele tome conhecimento do seu comportamento ilícito e
das implicações que podem advir em caso de reincidência.
A suspensão visa disciplinar, resgatar o comportamento do empregado conforme as exigências da empresa.
Ela pode ocorrer após advertências ou até mesmo logo após o cometimento de uma falta.
O empregador deverá observar determinados requisitos no momento da aplicação da penalidade como
atualidade, unicidade e proporcionalidade.
Havendo rigor na pena ou a advertência mediante humilhação do empregado (na presença de clientes ou
colegas), poderá ensejar a rescisão indireta do contrato de trabalho, uma vez que caracteriza falta grave do
empregador.
A suspensão disciplinar, por disposição legal (artigo 474 da CLT), não pode ser superior a 30 (trinta) dias
consecutivos, sob pena de ser considerada falta grave por parte do empregador, importando na rescisão
indireta do contrato de trabalho por parte do empregado, conforme dispõe a letra “b” do artigo 483 da CLT.
DIA DOS PAIS
Conheça os principais direitos trabalhistas dos
pais
Além da licença-paternidade, pais podem ter licença especial e a levar o filho ao médico
Publicado: Sexta, 12 de Agosto de 2016, 18h25
Última atualização em Sexta, 12 de Agosto de 2016, 18h33
Acessos: 2893
Pai viúvo, pai divorciado, pai adotivo, pai com guarda compartilhada. É inegável a importância da figura
paterna na criação e educação dos filhos. A figura de provedor distante é, a cada dia, substituída pelo pai
participativo, que dá banho, corrige lição de casa, leva para festas e cuida da saúde. Neste dia dos pais, o
Ministério do Trabalho reforça dois direitos fundamentais garantidos: a licença paternidade e o direito de
se afastar do trabalho para cuidar dos filhos, sem prejuízos.
Filhos tendem a seguir carreira dos pais
Principal direito trabalhista do pai, a licença-paternidade é de cinco dias seguidos, sendo que no serviço
público federal e em empresas que fazem parte do Programa Empresa Cidadã o período é ampliado para
20 dias corridos. E a mesma regra vale para homens que adotarem filhos. A participação é muito
importante no momento tão delicado do nascimento do bebê, em que a mulher está fragilizada. “Esse é um
direito do pai. É uma licença remunerada sem prejuízo ao salário”, destaca o secretário de Relações do
Trabalho, Carlos Lacerda.
O secretário lembra ainda que, embora muitos pais não saibam, eles também têm o direito de se
ausentarem do trabalho para levar os filhos pequenos ao médico duas vezes por ano, sem desconto na
folha de pagamento ou banco de horas. “Muitas crianças de famílias separadas vivem com os pais, que
precisam dar conta das necessidades dos filhos”, acrescenta.
Saiba mais sobre os direitos trabalhistas dos pais:
Licença -paternidade
A licença-paternidade é o principal direito trabalhista do pai. Ela é de cinco dias corridos, sendo que a
contagem deve começar a partir do primeiro dia útil após o nascimento do filho. É uma licença
remunerada, na qual o trabalhador pode faltar sem implicações trabalhistas. Essa regra vale para casos de
filhos biológicos e adotados.
Servidores públicos federais e funcionários de empresas que fazem parte do Programa Empresa Cidadã
têm o período de licença ampliado para 20 dias. Algumas categorias profissionais também conquistaram o
direito ampliado a partir dos acordos de dissídios.
Licença especial
O direito à licença especial pode ser concedido aos pais quando precisam dar assistência especial ao filho
até os seis anos de idade. Ela pode ser integral por três meses; parcial por 12 meses (quando o pai trabalha
meio período e cuida do filho no outro); ou intercalada, desde que as ausências totais sejam equivalentes a
três meses. Nesse caso é preciso avisar a empresa com antecedência e apresentar atestado médico que
comprove a necessidade.
Levar o filho ao médico
A CLT prevê o direito do pai de acompanhar o filho de até seis anos ao médico no horário de trabalho, um
dia por ano. Uma medida do Tribunal Superior do Trabalho (TST), no entanto, recomenda a ampliação
para dois dias. Por meio do Precedente Normativo nº 95, o TST aplica aos dissídios coletivos a seguinte
cláusula: “Assegura-se o direito à ausência remunerada de 1 (um) dia por semestre ao empregado, para
levar ao médico filho menor ou dependente previdenciário de até 6 (seis) anos de idade, mediante
comprovação no prazo de 48 (quarenta e oito) horas.” No entanto, é necessário que a regra conste no
dissídio da categoria.
Assessoria de Imprensa
Ministério do Trabalho
Renata Dias e Graziela Andreatta
(61) 2021-5449
Horas Extras – Contribuição Previdenciária
e Encargos
15/08/2016
A remuneração de horas extras integra a base de cálculo da contribuição social previdenciária, e é computada
para fins de cálculo de férias e 13º salário.
A remuneração do serviço extraordinário, desde a promulgação da Constituição Federal/1988, que deverá
constar, obrigatoriamente, do acordo, convenção ou sentença normativa, será, no mínimo, 50% (cinquenta
por cento) superior à da hora normal.
Os empregados que prestam serviços externos incompatíveis com a fixação de horário, com registro de tal
condição na CTPS e na ficha ou livro de registro de empregados, não têm direito a horas extras.
Observe-se que sobre a remuneração de horas extras incidirá a contribuição previdenciária.
Incidência Previdenciária
A não incidência da contribuição previdenciária ocorrerá sobre verbas de, entre outras:
o total das diárias pagas, quando inferior a cinquenta por cento da remuneração mensal
a parcela “in natura” recebida de acordo com os programas de alimentação aprovados pelo
Ministério do Trabalho e da Previdência Social;
as importâncias recebidas a título de férias indenizadas e respectivo adicional constitucional,
inclusive o valor correspondente à dobra da remuneração de férias de que trata o art. 137 da
Consolidação das Leis do Trabalho-CLT;
recebidas a título de incentivo à demissão;
recebidas a título de abono de férias na forma dos arts. 143 e 144 da CLT;
a parcela recebida a título de vale-transporte, na forma da legislação própria;
a participação nos lucros ou resultados da empresa, quando paga ou creditada de acordo com lei
específica.
Base: Lei 8.212/1991, Solução de Consulta Disit/SRRF 6.040/2015 e os citados no texto.
TST autoriza pagamento cumulativo de
adicionais de periculosidade e insalubridade
19 de agosto de 2016
O Tribunal Superior do Trabalho (TST) começou a flexibilizar uma jurisprudência de anos sobre o
pagamento cumulativo dos adicionais de periculosidade e insalubridade. Por unanimidade, a 7ª Turma da
Corte admitiu que as empresas paguem aos empregados os dois adicionais, desde que os fatos geradores das
verbas sejam distintos.
A decisão decorre de uma interpretação formada em abril pela Subseção I Especializada em Dissídios
Individuais (SDI-1), e significa uma revolução dos processos trabalhistas. Empresas, certamente, sofrerão
uma avalanche de processos sobre a possibilidade da cumulação de adicionais que nunca foi admitida do
ponto de vista da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).
Até então, o entendimento do TST era de que o empregado deveria optar pelo adicional de periculosidade
– que é de 30% sobre o salário base – ou o de insalubridade – que varia entre 10%, 20% ou 40% sobre o
salário mínimo regional.
A interpretação da instância máxima do Judiciário trabalhista tinha por base o artigo 193 da CLT. Pelo
dispositivo, são considerados como atividades ou operações perigosas aquelas que, por sua natureza ou
métodos de trabalho, impliquem risco acentuado em virtude de exposição permanente do trabalhador a
inflamáveis, explosivos, energia elétrica, roubas ou outras espécies de violência física nas atividades
profissionais de segurança pessoal ou patrimonial.
A vedação ao pagamento cumulativo dos adicionais era justificada pelo § 2º do artigo 193, segundo o qual
“o empregado poderá optar pelo adicional de insalubridade que porventura lhe seja devido”.
Histórico
A reviravolta na jurisprudência do TST sobre o tema começou na 7ª Turma, quando o colegiado admitiu o
recebimento cumulativo, a partir do julgamento realizado em abril de 2015 (RR-773-47.2012.5.04.0015).
Com ocasião, o colegiado, em voto de relatoria do ministro Cláudio Mascarenhas Brandão, entendeu que a
norma do artigo 193, § 2º da CLT, não teria sido recepcionada pela atual Constitucional Federal de 1988.
Isso porque o artigo 7º, XXIII, da CF/88, teria garantido o recebimento dos adicionais de insalubridade e
periculosidade sem nenhuma ressalva no que tange à cumulação. E tal conclusão se deu pelo fato de que,
no caso de insalubridade, o bem tutelado é a saúde do trabalhador, que está submetido a labor em condições
nocivas; ao passo que na periculosidade a situação é distinta, uma vez que nessa hipótese há iminente risco
de morte.
Desta forma, a legislação infraconstitucional (CLT, artigo 193, § 2º) deveria ser interpretada à luz da Carta
da República, até para que houvesse o efetivo alcance e finalidade da norma constitucional.
Ademais disso, com a ratificação pelo Brasil, as Convenções 148 e 155 da Organização Internacional do
Trabalho (OIT) passaram a integrar o ordenamento jurídico pátrio. Logo, consoante decisão do STF, no RE
466.346-1/SP, as normas internacionais – no caso, convenções da OIT, que são verdadeiros tratados
especiais de direitos humanos – estão hierarquicamente acima da legislação consolidada, haja vista o
“status” de supralegalidade.
Sucede, porém, que ao analisar o assunto em abril, a SDI-1 reverteu a decisão para não admitir o pagamento
simultâneo dos adicionais. Mas os ministros deixaram uma brecha ao afirmar que a vedação ao pagamento
cumulativo não é absoluta.
“Uma interpretação teleológica e afinada ao texto constitucional da norma inscrita no artigo 193, § 2º, da
CLT conduz à conclusão de que a opção franqueada ao empregado, em relação à percepção de um ou de
outro adicional, somente faz sentido se se partir do pressuposto de que o direito, em tese, ao pagamento dos
adicionais de insalubridade e de periculosidade deriva de uma única causa de pedir”, afirmou o ministro
João Oreste Dalazen, relator do ARR-1081-60.2012.5.03.0064 [os grifos são do relator].
Para o leitor leigo, parece difícil identificar quando os pedidos ocorreriam da mesma causa de pedir e quando
dizem respeito a fatos geradores distintos. O próprio ministro Dalazen deu exemplos, no acórdão, para
ajudar a entender a nova interpretação da Corte.
Diz ele que o pedido teria como base o mesmo fato gerador no caso, por exemplo, de um empregado de
mineradora que tem contato com a detonação de explosivos. Por estar exposto a ruído intenso, o empregado
recebe o adicional de insalubridade. Se o pedido para recebimento do adicional de insalubridade for em
decorrência do manuseio de explosivos, haveria a mesma causa de pedir, ou seja, o trabalho relacionado à
detonação de explosivos. Nessae caso, para o TST, o trabalhador não teria direito ao pagamento cumulativo
dos adicionais.
Situação diferente ocorre, para os ministros, no caso em que um técnico de enfermagem postula adicional
de insalubridade em decorrência do contato com pacientes portadores de doenças infectocontagiosas e,
também, adicional de periculosidade em virtude do manuseio de equipamentos de raio-X, porque sujeito a
radiações ionizantes. Nesse caso, segundo o TST, haveria causas de pedir distintas.
Depois da decisão da SDI-1, novamente a 7ª Turma do TST voltou a analisar o assunto neste mês, a partir
do Recurso de Revista 7092-95.2011.5.12.0030. Por unanimidade, os ministros condenaram a Whirlpool a
pagar a um ex-operador de fábrica:
o adicional de insalubridade, pelo contato e manipulação de produtos químicos e ruídos; e
o adicional de periculosidade, pela exposição à radiação não ionizante.
“Restam expressamente delineadas premissas fáticas a demonstrar que cada um dos adicionais em questão
teve, comprovadamente, como fato gerador, situações distintas”, afirmou o relator do caso, ministro Douglas
Alencar Rodrigues.
Ao assim decidir, o TST passa a conferir máxima efetividade ao texto constitucional, afinal, enquanto o
artigo 6º da CF/88 prevê a saúde como um direito fundamental social, os artigos 170, 200 e 225, todos da
Carta Magna, garantem, por sua vez, a proteção do meio ambiente, nele compreendido o meio ambiente do
trabalho.
E tudo isso guarda sintonia com a previsão do artigo 196 da Lei Maior, ao estabelecer que o direito à saúde
deve ser garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doenças e outros
agravos.
OIT
Um dos fundamentos que havia sido acatado inicialmente pela 7ª Turma, e afastado pela SDI-1, foi a de a
regra da CLT violaria dispositivos das Convenções 148 e 155, da Organização Internacional do Trabalho
(OIT).
Para o ministro Dalazen, as convenções não contêm norma explícita que garantam o pagamento cumulativao
dos adicionais de periculosidade e de insalubridade em decorrência da exposição do empregado a uma
pluralidade de agentes de risco distintos. “As Convenções 148 e 155, assim como é característico das normas
internacionais emanadas da OIT, ostentam conteúdo aberto, de cunho genérico. Funcionam basicamente
como um código de conduta para os Estados-membros. Não criam, assim, no caso, direta e propriamente
obrigações para os empregadores representados pelo Estado signatário”, afirmou o julgador.
No entanto, a decisão da SDI-1 não afasta o entendimento no sentido de que legislação internacional possui
“status” supralegal, podendo ser aplicada às situações ainda não reguladas por lei.
Bem por isso, se o pedido de cumulação decorre de uma única causa de pedir, a percepção cumulada não
será admitida. Em sentido oposto, se a pretensão de cumulação dos adicionais se fundar em distintos fatos
geradores, pautados em causas de pedir diversas, a cumulação será deferida.
Essa parece, portanto, a melhor interpretação que se extrai da decisão do TST, afinal, o empregado
submetido a dois ou mais agentes nocivos, díspares e autônomos, cada qual pautado em uma causa de pedir
e suficiente a gerar um adicional, tem inegável direito à cumulação por força do princípio da igualdade.
A identificação dos fatos geradores deverá ser feita, regra geral, mediante perícia, na forma do “caput” do
artigo 195 da CLT, e os advogados dos trabalhadores deverão identificar já na petição inicial quais as
atribuições do empregado que o levaram a estar sujeito a um ambiente insalubre e/ou de periculosidade.
Fonte: Jota UOL
Desrespeito no consultório
TRF-4 mantém afastamento de médico desligado de programa
social por ofensas
15 de agosto de 2016, 10h26
Um francês afastado do Mais Médicos teve seu pedido de retorno ao programa negado pelo Tribunal
Regional Federal da 4ª Região. De acordo com decisão liminar do juiz federal convocado Loraci Flores de
Lima, o afastamento se deu em processo ético-disciplinar administrativo e não cabe ao Judiciário analisar
novamente o mérito da decisão — limita-se apenas aos aspectos formais e procedimentais.
O médico foi desligado do programa acusado de desrespeitar pacientes. Contratado em 2013 para atuar em
uma unidade básica de saúde de Porto Alegre (RS), o profissional acabou sendo remanejado para Esteio
(RS) por conta de oito reclamações de agressões verbais a pacientes do Sistema Único de Saúde
(SUS). Os relatos apontam xingamentos de "burro", ofensas racistas e desentendimentos com colegas de
trabalho.
No entanto, no novo local de trabalho, mais cinco denúncias de mesmo caráter foram feitas. De acordo
com o processo, o médico também deixava de preencher prontuários e expulsou pacientes de seu
consultório. O Ministério da Saúde, então, abriu um processo administrativo disciplinar, promovendo o
desligamento do médico.
Em março deste ano, o francês ingressou com a ação contra a União e a prefeitura pedindo a anulação do
processo administrativo sob o argumento de que seu direito de defesa foi violado. A 2ª Vara Federal de
Porto Alegre negou a antecipação de tutela, levando o autor a recorrer ao tribunal. Com informações da
Assessoria de Imprensa do TRF-4.
Revista Consultor Jurídico, 15 de agosto de 2016, 10h26
Cinco hábitos que você precisa adotar para se
tornar um líder de verdade
Ser líder está ao alcance de todos, já que a liderança está
relacionada à mudança de atitude e de mentalidade frente aos
desafios
Existem diversas definições sobre o significado real da liderança. A maioria delas acaba reduzindo o
conceito a uma questão de posição de destaque do profissional. Não é apenas isso. A liderança está
relacionada à mudança de atitude e de mentalidade frente aos desafios, passando pelo relacionamento com
as pessoas e a busca de uni-las em prol de um objetivo comum. Ser líder está ao alcance de todos. Jacob
Rosenbloom, CEO da plataforma de recrutamento Emprego Ligado, reúne a seguir os cinco hábitos mais
comuns entre os líderes de sucesso.
1. Fracassos são lições
Sempre ouvimos histórias de superação, de empreendedores que quebraram, chegaram ao fundo do poço,
mas depois de um tempo ressurgiram mais fortes e melhores que antes. A resiliência é uma dádiva
daqueles que nunca desistem e buscam aprender com os erros do passado para alcançar o seu objetivo,
motivando todos a sua volta.
2. Conectividade humana
Líderes buscam criar relacionamentos verdadeiros com as pessoas ao seu redor. Quando estão
conversando com um membro de sua equipe, costumam olhar nos olhos da pessoa e sabem que estão
lidando com um ser humano. Desta maneira, criam uma conexão pessoal e emocional muito forte entre ele
e sua equipe.
3. Olhar em perspectiva
O mundo está em constante mudança e é preciso acompanhar a revolução que acontece a todo o momento.
Para isso, é necessário estar aberto a novas experiências e manter sempre um desejo intelectual insaciável.
Pesquisas indicam que a sede por conhecimento e a flexibilidade com relação a novas culturas são
características associadas aos líderes.
4. Generosidade
Trabalhar para alguém que não tem empatia e não compartilha seu conhecimento e suas ferramentas é
desestimulador. Os líderes mais generosos são aqueles que estão dispostos a dividir informações e
recursos que facilitem o trabalho e ampliem o conhecimento de todos. Afinal, ele sabe que o sucesso dos
outros é o seu próprio.
5. Portas abertas
Em geral, os melhores líderes são bastante acessíveis, deixando claro sua disponibilidade sempre quando
necessária. Tal característica faz com que as pessoas se sintam importantes e valorizadas, aumentando a
motivação e a sensação de ser parte fundamental para o sucesso dos negócios.
VÍCIOS QUE VOCÊ PRECISA ELIMINAR AGORA DA SUA
REDAÇÃO
Fonte: Revista Exame - 10/08/2016 - Adaptado pelo Guia Trabalhista
Num mundo dominado por e-mails, redes sociais e aplicativos de mensagens como o WhatsApp, a
comunicação escrita tem um espaço central no cotidiano. Mais do que nunca, é preciso saber escrever com
objetividade, clareza e coerência — ainda mais em situações profissionais.
Ter uma boa redação não é um "luxo" dispensável: a competência é decisiva para o sucesso em qualquer
segmento de atuação.
“A excelência na escrita tem impacto direto sobre a carreira", diz Rosângela Cremaschi, professora de
comunicação da Fundação Armando Álvares Penteado (Faap) e consultora na RC7. "É comum que ela se
traduza em promoções, aumentos salariais e visibilidade no mercado de trabalho”.
Além de trazer benefícios para o indivíduo, o cuidado com a linguagem também faz bem para a saúde das
empresas: quanto maior a qualidade do diálogo entre as pessoas, mais fáceis se tornam os acordos. Bons
textos geram bons negócios.
Mas como aperfeiçoar a sua redação e gerar oportunidades para si mesmo e para o seu empregador?
Um bom começo é conhecer alguns vícios muito comuns, mas fáceis de eliminar, como os que você verá a
seguir:
1. Usar expressões “difíceis” (que não significam o que você pensa)
Quem nunca leu (ou escreveu) algo como “Essa questão deve ser discutida junto ao departamento de RH”?
Segundo Cremaschi, a expressão “junto a” significa “perto de”. Pode até parecer mais culto dizer que você
discutiu a questão junto ao departamento, mas isso não faz sentido: escreva simplesmente que a discutiu com
o departamento.
“Posto que” é outra expressão elaborada que muita gente emprega equivocadamente, afirma Diogo Arrais,
professor de português do Damásio Educacional. O sentido correto é adversativo (como “embora”), e não
causal (como “já que”). A norma culta prevê que você diga algo como "Posto que estivesse chovendo, fui à
praia", e não "Posto que fizesse sol, fui à praia".
Outro exemplo é a palavra “assertivo”, muito usada no discurso corporativo com o sentido de “preciso”,
“exato” e “correto”, talvez pela semelhança sonora com a palavra “acerto”. O significado, porém, é outro:
uma pessoa assertiva é aquela que expõe e defende suas ideias com firmeza, autoconfiança e vigor.
2. Insistir em fórmulas prontas
Segundo o professor Diogo Arrais, do Damásio Educacional, muitos profissionais ainda enfeitam suas
redações com frases consagradas, que pouco ou nada acrescentam à mensagem. Exemplos típicos da
correspondência profissional são “Venho por meio desta” ou “Sem mais para o momento”.
Além de soarem pouco naturais, essas fórmulas alongam o texto desnecessariamente e criam barreiras para
a compreensão do seu recado. Quer manter um diálogo mais claro e genuíno com o seu leitor? Revise seu
texto e corte todas as frases e expressões que estão ali só por convenção.
3. Repetir, repetir, repetir
"Muita acredita que, para que o interlocutor compreenda bem sua mensagem, é preciso ‘reforçar’ o texto
com a repetição de informações e palavras”, diz Cremaschi. Na verdade, é o contrário: a redundância só
serve para cansar e desconcentrar o outro.
Para sanar o problema, a dica é usar conjunções, como “entretanto”, “porém” e “embora”, e pronomes
relativos, como “dos quais”, “onde” e “cujo”, que criam conexões entre as ideias e dispensam a necessidade
de retomá-las várias vezes.
Pesquisar sinônimos para as palavras que precisam ser repetidas também é interessante, recomenda Arrais.
O dicionário não é o "pai dos burros", como se costuma dizer, mas o aliado dos curiosos.
4. Ignorar possíveis duplos sentidos
Na frase “A diretora discutiu com o gerente o seu descontentamento com a equipe”, de quem é o
descontentamento: da diretora ou do gerente? Desprovida de recursos como o tom de voz e as expressões
faciais, a comunicação escrita é especialmente suscetível a mal-entendidos. Um erro bastante comum é
negligenciar esse risco, deixando de ler o texto com o olhar do interlocutor.
“Ao escrever, dê uma pausa, vá buscar um café e depois o releia, a fim de checar se não há dupla
interpretação”, diz Cremaschi.
Cuidar da pontuação também ajuda a evitar a ambiguidade. Basta ver a diferença entre “Pegue o livro, que
está na gaveta” e “Pegue o livro que está na gaveta”. No primeiro caso, há um único livro, e seu lugar é a
gaveta. No segundo, pode haver vários livros, mas apenas o que está na gaveta deve ser pego.
5. Cometer velhos erros
Mesmo profissionais de alto gabarito hierárquico escorregam em velhos tópicos de gramática, endereçados
desde os tempos de escola. Os verbos“haver” e “fazer” são exemplos típicos. Muita gente já sabe que ambos
devem permanecer no singular quando têm sentido de existência ou tempo transcorrido. No lugar de “Fazem
dois anos” e “Haviam dados”, deve-se escrever “Faz dois anos” e “Havia dados”. Mas a forma incorreta
ainda aparece em muitos textos profissionais, diz Cremaschi.
Em parte, a reincidência em erros antigos se explica pela correria da rotina. Mas não é apenas isso. “A
maioria das pessoas escreve com pouquíssima atenção”, explica Arrais. “Para evitar esses lapsos, você
precisa pensar no seu leitor e fazer uma revisão do que redigiu antes de apertar o botão ‘enviar’”.
6. Falhar na padronização
Outro vício comum é negligenciar regras básicas sobre sinais e abreviações. Não é mero formalismo: num
texto profissional, a padronização ajuda a deixar a comunicação mais limpa e clara. “Quando o texto respeita
um sistema conhecido, a leitura se torna mais fluida”, explica Cremaschi.
A professora chama a atenção para a notação do horário: o símbolo de hora é “h”, o de minuto é “min” e o
de segundo é “s”. Para descrever uma duração, usa-se “das 9h às 10h30", por exemplo. O símbolo “min” só
será obrigatório se também forem citados os segundos. Você pode escrever, por exemplo, que uma
determinada prova olímpica dura 1h15min10s.
As siglas também precisam seguir um padrão. Na primeira vez em que citar algo como o BNDES, escreva
primeiro o nome correspondente por extenso, desta forma: “Banco de Desenvolvimento Econômico e Social
(BNDES)”. A partir daí, fique à vontade para usar só a sigla quando mencionar a instituição.
ALTERAÇÕES ADMISSÍVEIS NO CONTRATO DE TRABALHO
Equipe Guia Trabalhista
As relações contratuais de trabalho podem ser objeto de livre negociação entres as partes interessadas,
desde que não seja contrária às disposições de proteção ao trabalho, aos contratos coletivos de sua
categoria e às decisões das autoridades competentes.
A legislação vigente garante, com algumas restrições, a livre contratação das partes. Contudo, resguarda
as alterações contratuais contra arbitrariedades do empregador, estabelecendo que as alterações devem ser
produto da vontade e manifestações de ambas as partes, devidamente formalizadas através de aditivo
contratual.
Só é lícita as alterações das respectivas condições nos contratos individuais de trabalho, por mútuo
consentimento, desde que não resultem direta ou indiretamente em prejuízos ao empregado, sob pena de
nulidade da cláusula infringente desta garantia.
A nova situação existente depois de estabelecida as alterações contratuais, não pode, em hipótese alguma,
ocasionar qualquer prejuízo ao empregado, direto ou indireto. O mesmo tem direito, no mínimo,
à remuneração idêntica a que recebia antes da mudança.
Requisitos que devem ser observados:
Mútuo consentimento das partes;
Não pode resultar em prejuízo direto ou indireto ao empregado.
Qualquer alteração contratual que se realize em desconformidade com os elementos acima, resulta em
nulidade, não produzindo qualquer efeito no contrato de trabalho.
Alterações Admissíveis
Mudança do local de trabalho, desde que o empregado não mude de domicílio, resultando na sua
transferência;
Transferência do local de trabalho, para os empregados que ocupem cargo de confiança e aqueles
cujos contratos tenham como condição implícita ou explícita, a transferência, quando esta decorra
de real necessidade de serviço;
Transferência do local de trabalho, em casos de urgência e que haja necessidade de serviço, no
entanto o empregador ficará obrigado a um pagamento suplementar, nunca inferior a 25%, dos
salários que o empregado percebia naquela localidade, enquanto durar essa situação;
Alteração das atividades desempenhadas, ou seja, de função, salvo quando representarem
rebaixamento para o empregado, pois o princípio da dignidade da pessoa humana do trabalhador
deve ser considerado;
Mudança de horário, dentro do turno diurno para o noturno, e vice-versa, desde que seja respeitado
o mútuo consentimento e que não resultem, direta ou indiretamente, prejuízos ao empregado.
Visto que o poder de direção da movimentação do quadro funcional é do empregador, o empregado
poderá ser demitido por justa causa, caso não aceite a transferência lícita (prevista em contrato original).
Se, ainda que proibidas, forem efetuadas alterações contratuais, prejudiciais ao trabalhador, a
consequência, além da nulidade da alteração, é a possibilidade, concedida ao empregado, de considerar
rescindido o contrato de trabalho.
EMPREGADOR QUE CONTRATA UM CUIDADOR DE IDOSOS
CONTRATA UM EMPREGADO E NÃO UM AUTÔNOMO
Sergio Ferreira Pantaleão
A profissão de cuidador de idosos é uma das que mais cresce no país, haja vista o aumento da população
idosa em razão de diversos fatores como a melhoria das condições sanitárias e de acesso a bens e serviços,
fazendo com que as pessoas vivem mais tempo.
Esta profissão, embora esteja prevista no Código Brasileiro de Ocupações (CBO) sob o número 5162-10,
ainda não foi regulamentada. O projeto de lei 284/2011 foi aprovado no Senado em 2012 e ainda tramita
na Câmara Federal.
Entretanto, são inúmeros profissionais contratados por famílias para atuarem neste tipo de atividade, seja
de forma contínua e até morando na residência dos familiares ou mesmo em forma de escala de trabalho,
dividindo as horas do dia com outros profissionais.
Independentemente de estar morando ou não na residência da família do idoso ou da escala de trabalho
estabelecida, o profissional contratado pelo empregador é considerado empregado e neste caso empregado
doméstico, já que atua no âmbito familiar, com subordinação, habitualidade, onerosidade e pessoalidade.
Aqui não se está falando daquele profissional que vem uma ou duas vezes por semana para prestar
pequenos serviços técnicos como o fisioterapeuta, ou o médico da família que realiza consultas quinzenais
ou mensais em domicílio, ou outro profissional específico que presta serviços apenas eventualmente.
Está se falando do profissional que está no dia a dia com o idoso, que cuida das necessidades básicas,
como alimentação e higiene, administrando medicamentos e uso de equipamentos médicos ou que atende
o idoso nas atividades de laser a fim de manter o bem-estar emocional da pessoa atendida.
O profissional que realiza estas atividades diuturnamente não é considerado um trabalhador autônomo,
mas um empregado doméstico. Neste caso, o empregador doméstico deverá observar todos os direitos
trabalhistas e previdenciários previstos na Lei Complementar 150/2015.
Assim, a contratação deste profissional nestas condições sob a forma de um autônomo viola a legislação
vigente. De nada vai adiantar o empregador aceitar a proposta do "trabalhador", fazendo um contrato de
trabalhador autônomo, uma vez que a Justiça do Trabalho considera como verdade o que acontece na
prática (princípio da primazia da realidade), e não apenas o que consta em documento.
Significa dizer que ainda que haja um contrato entre o empregador e o trabalhador sob a forma de trabalho
autônomo, mas na prática o trabalhador atua como empregado doméstico, o empregador poderá ser
acionado na justiça a pagar todos os direitos decorrentes desta relação de emprego como registro
em CTPS, jornada de trabalho de 8 horas diárias e 44 semanais, horas extras, adicional noturno, DSR,
férias vencidas e proporcionais, 13º salário, FGTS, INSS, vale transporte, dentre outros previstos na LC
150/2015.
Ainda que o contrato de trabalho seja realizado nos moldes do que estabelece a Lei 6.019/74 (contrato
temporário), por exemplo, este contrato não caracteriza o trabalho autônomo, já que esta lei garante
direitos equivalentes a de um vínculo empregatício doméstico previstos na LC 150/2015.
Diferentemente ocorreria se o empregador contratasse um serviço profissional de uma clínica
especializada para cuidar de idosos, onde o idoso fosse levado até a clínica, passasse o dia e voltasse no
final da tarde, ou mesmo permanecesse morando na clínica, pois neste caso a prestação de serviços não
seria no âmbito familiar, não haveria subordinação e não haveria os demais requisitos ensejadores do
vínculo empregatício.
Para melhor esclarecer, imaginemos que o mesmo cuidador que atuasse na residência fosse demitido pelo
empregador e passasse a atuar na clínica, ainda que continuasse a cuidar do mesmo idoso, não mais seria
empregado doméstico, mas empregado celetista da clínica especializada.
Sergio Ferreira Pantaleão é Advogado, Administrador, responsável técnico pelo Guia Trabalhista e autor de obras na área trabalhista e Previdenciária.
SESMT – Obrigatoriedade de Registro através do
sistema SESMT do Ministério do Trabalho.
16 ago 2016 Rodrigo Domingues Napier eSocial , Trabalhista Deixe seu Comentário
Foi publicada no DOU de 5 de agosto de 2016 (nº 150, Seção 1, pág. 36) a Portaria SIT (Secretaria de
Inspeção do Trabalho) nº 559 , que dispõe sobre a utilização do Sistema SESMT – Serviços
Especializados em Segurança e Medicina do Trabalho e dá outras providências.
A referida Portaria determina que as empresas deverão registrar o SESMT conforme previsão no item 4.17
da Norma Regulamentadora nº 4, por meio do Sistema SESMT, disponível no sítio da internet do Ministério
do Trabalho.
*(NR-4 – Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho)
Ressaltamos que, as empresas que já possuem SESMT registrado nas unidades regionais do Ministério do
Trabalho deverão providenciar o registro no sistema em até seis meses da publicação da referida Portaria.
É facultado às empresas protocolarem o registro de SESMT composto por mais de 30 estabelecimentos
diretamente nas unidades regionais do Ministério do Trabalho.
Exceção: Trabalho Rural e Trabalho Portuário, devem ser efetuados diretamente nas unidades regionais do
Ministério do Trabalho, não devendo ser utilizado o sistema SESMT para esses casos.
Ressalta-se por fim que a referida Portaria entra em vigor na data de sua publicação.
Conheça 4 crenças que podem causar o seu
fracasso financeiro
Vícios comportamentais são aprendizados que ficaram presentes
em nós em forma de crenças
O fracasso financeiro não depende apenas de quanto entra na sua conta bancária. Se você tem crenças
limitantes em relação a dinheiro, mesmo que chegue a faturar R$ 1.000.000,00 por mês, não conseguirá
alcançar uma vida de prosperidade duradoura.
Vícios comportamentais são aprendizados que ficaram presentes em nós em forma de crenças:
programações mentais adquiridas como aprendizado durante toda a vida e que determinam os
comportamentos, atitudes, resultados, conquistas e qualidade de vida.
Crença é toda programação mental adquirida como aprendizado durante a vida e que determina os
comportamentos, atitudes, resultados, conquistas e qualidade de vida. Nossas crenças, conscientes ou
inconscientes, geram nossos comportamentos. Crenças limitantes são como uma prisão de vícios
comportamentais. Na nossa vida financeira não é diferente.
Abaixo, selecionamos algumas dessas crenças que atuam como barreiras para nossa prosperidade e podem
estar atrapalhando muito você:
1. Um bom emprego é o único caminho para a segurança financeira
Muita gente tem essa percepção, que é alimentada pela sociedade, pela família e pelas próprias
organizações. Mas a realidade é bem diferente. Emprego pode até transmitir alguma sensação de
segurança. No entanto, tendo total domínio sobre sua produção de riquezas, suas chances de prosperar são
maiores. Com relação à estabilidade e segurança, esqueça! Não existe lugar seguro no mundo. Nem
mesmo para funcionários públicos, por exemplo, que hoje estão sofrendo os impactos das dificuldades
financeiras do Estado.
2. Pessoas ricas são gananciosas
Para ser rico é preciso ter ganância? Não. É preciso ambição. Mas esta não é um sinônimo daquela.
Obviamente, existem ricos gananciosos. Assim como existem pobres tão gananciosos quanto. Não é a
riqueza ou a busca por ela que influencia essa postura. Achar que só vai prosperar se tiver ganância é um
entrave para muita gente.
3. Vítima dos interesseiros
“Se eu tiver muito dinheiro, as pessoas verão somente meu dinheiro e não meu verdadeiro eu.” Essa é
outra crença disfuncional que impede a prosperidade. Esse medo não pode funcionar como uma barreira.
Na vida, caberá a você selecionar seus amigos e criar laços com base em outros valores. Não é o dinheiro
que vai ditar as regras.
4. Eu não sei ganhar dinheiro
Quem disse isso? Muita gente pensa que não pode prosperar por que “não tem o dom”, não sabe “fazer
dinheiro”. Eis aí uma crença extremamente limitante e equivocada. Você pode, sim, aprender a
empreender, investir e produzir sua riqueza.
BÔNUS - EBOOK “CICLO FINANCEIRO”
As suas crenças limitantes tem drásticos reflexos nas suas finanças. Elas determinam se você viverá um
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Sistêmico), de 23 a 25 de setembro, em Fortaleza. O treinamento será ministrado pelo Master Coach e
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O Curso contará, ainda, com palestras da empresária e empreendedora Bel Pesce, do mestre em
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Evite capturar problemas ao usar o Pokémon Go no trabalho
Gilson Jorge e Jade Giallorenzo
CLT permite justa causa em caso do uso de jogos durante expediente
A chegada dos monstrinhos do Pokémon Go ao Brasil provocou uma grande excitação também nos
departamentos de recursos humanos. Artigos alertam para o risco de demissão por justa causa em caso de
uso do brinquedo durante o expediente. Pela lei, usar tempo de trabalho para outros fins justifica
advertências, suspensões e demissões. Mas será que a nova febre provoca dispersão maior do que o jogo
de paciência do Windows?
Os detratores profissionais dos bichinhos se apegam a três itens do artigo 482 da Consolidação das Leis do
Trabalho (CLT) que dão brecha para a justa causa. A desídia, que é a falta de interesse ou preguiça na
realização das atividades; a insubordinação, caso já tenha havido uma ordem para o não uso; ou a
exposição de informações sigilosas da empresa, uma vez que o aplicativo capta imagens do local onde está
o usuário.
O advogado Diego Carvalho, sócio do escritório Lapa GE Góes Advogados, é categórico. "Qualquer uma
dessas situações pode provocar advertência, suspensão e demissão por justa causa", afirma.
A bateria do celular do estagiário da área comercial de uma empresa de consultoria, Lucas Fonseca, 23
anos, descarrega bem mais rápido desde que o Pokémon Go chegou ao país. Viciado em jogos desde a
infância, Lucas deixa o aplicativo aberto o tempo todo. Para ele, esse é ainda mais atrativo, pois evoca ao
período dos anime, nos anos 90.
Cada vez que aparece um Pokémon na área, o celular vibra e, se o estagiário não estiver envolvido em
uma tarefa do escritório ou atendendo a um cliente, sai em busca do monstrinho pelas instalações da
empresa. Isso é relativamente raro, segundo ele, porque para que os bichinhos apareçam é preciso que o
usuário esteja em movimento. Mas Lucas não considera que o Pokémon distraia mais a sua atenção do que
outros aplicativos que são amplamente tolerados, como o WhatsApp, que, com seus incontáveis grupos,
vibra o tempo inteiro.
"Atualmente eu trabalho na área comercial e tenho muitas reuniões com clientes e parceiros, e, nesses
momentos, usar o celular (para qualquer objetivo) é inapropriado. Entretanto, quando não estou em
reunião, meu celular está com o jogo ligado, para caso algum Pokémon apareça eu possa capturar", afirma
Lucas.
Agnaldo Alves, consultor da área de RH da Ativa Recursos Humanos, destaca que nas grandes empresas
de referência existem regras que recomendam aos seus colaboradores a utilização do celular de forma
adequada. "Ainda mais quando o jogo em questão propicia o deslocamento, esse uso é inconcebível
durante o expediente", afirma Alves.
O professor de direito processual trabalhista da Unifacs, Rodolfo Pamplona, concorda que o uso de
aplicativos pode ensejar punições, mas relativiza a importância do Pokémon Go. "Quanto à exposição da
empresa, ainda não sabemos o que há de paranoia em torno disso. E um trabalhador que tira uma foto do
local e publica em uma rede social está expondo do mesmo jeito", afirma.
O que pode causar justa causa
Desídia - Não importa se o funcionário larga o que está fazendo para capturar um pikachu no cafezinho,
se está jogando paciência online ou respondendo o WhatsApp para questões particulares. Usar horário de
expediente para outros fins é punível. Claro que é mais fácil que o chefe perceba quando alguém se
levanta da mesa. Algumas empresas controlam até as idas ao banheiro
Insubordinação - Caso o chefe tenha dito que o funcionário não pode jogar durante o expediente e ele
insistir, pode receber uma advertência ou suspensão. A depender do caso, pode receber um ‘game is over’
Violação de segredo da empresa - Se uma informação sigilosa tornar-se pública por uma foto em seu
Facebook, por exemplo
4 dicas para criar um ambiente inovador
Sua organização tem dado atenção a esse aspecto?
16 de agosto de 2016, às 16h12
A inovação não nasce do dia para a noite e não é possível forjá-la na marra, movida pela simples vontade
de fazer algo diferente. Como já dissemos aqui mesmo na coluna, é preciso que o tema seja absorvido
pela cultura organizacional. E para isso acontecer, entre outras coisas, é fundamental que a companhia
invista no desenvolvimento de um ambiente que estimule o processo inovador.
Mas, afinal, como fazer isso? Com base no livro "O poder da inovação", de Luiz Serafim, Head de
marketing da 3M Brasil, elencamos aqui 4 dicas que vão auxiliar você e sua organização nesse desafio:
Diversidade
Grandes iniciativas até podem surgir da cabeça solitária de mentes geniais. Mas o mundo não é feito só de
gênios. Na verdade, esses são espécimes bem raros. Depender somente deles pode ser um tiro no pé. Por
isso, é fundamental estimular a trocar de ideias entre quem pensa diferente. Nesse sentido, ao pensar seu
ambiente de trabalho pela ótica da inovação, garanta que haja espaços para interação. Como ressalta Luiz
Serafim, "as inovações nascem da colisão de ideias, na qual uma porta leva a outra, e conhecimentos
acumulam e se reorganizam".
Não é só trabalho
Nas empresas onde o trabalho é sempre realizado dentro de atmosfera rígida e ciclos ininterruptos sem
válvulas de escape, a inovação se torna mais escassa. Muitas vezes, aquela grande ideia, o ponto de virada
na busca por uma solução que vem sendo maturada há muito tempo, aparece em uma situação totalmente
alheia à rotina corporativa. Estimular momentos de descontração em espaços desconectados do
operacional é importante para empresas que querem inovar.
Derrube os muros
Quanto menos barreiras você mantiver em sua empresa, mais chances ela terá de ser inovadora.
"Organizações muito hierarquizadas, divididas em feudos administrativos, que apostam na postura
incontestável dos chefes todo-poderosos, que negam acesso entre as pessoas, especialmente aos líderes de
maior nível, bloqueiam a vitalidade de suas redes internas", explica Luiz.
Enfim: sua empresa pode até manter a hierarquia e salas separadas, desde que o tráfego entre elas seja o
mais livre possível, sem burocracia. E se puder derrubar literalmente as paredes, melhor ainda.
Home office integrado
Gerir equipes remotas é hoje um dos grandes desafios das organizações. Mas esse é um caminho sem
volta. Os profissionais querem mais flexibilidade e as empresas precisam acompanhar esse ritmo se
quiserem manter os melhores consigo. Por isso, desenvolver metodologias eficientes que permitam a
integração e o diálogo entre colaboradores diversos em home-office é um caminho importante para
estimular a inovação. Todos têm experiências distintas e podem contribuir com coisas novas.
Leia mais sobre inovação na nossa coluna.
Confira as 16 perguntas mais importantes sobre
eSocial e EFD REINF
15 de agosto de 2016
Descubra as dezesseis perguntas mais relevantes feitas por meio do aplicativo Makadu no evento Conexão
SPED respondida por quem entende do assunto: Mauro Negruni, Diretor de Conhecimento e Tecnologia da
Decision IT . As perguntas respondem questões relativas a eSocial e EFD REINF.
1. Hoje as empresas apuram o ponto de 21 a 20, por exemplo. Isso prejudica os trabalhadores, pois atrasa
recebimento das horas extras. Com o esocial as empresas estarão obrigadas a alterar a apuração para 01 a
31? Se permanecer de 21 a 20 existe risco de autuação?
Mauro: Conforme esclarecido em outras edições do Fórum SPED Porto Alegre (versão anterior ao
Conexão SPED) o risco que as companhias estarão sujeitas são exatamente os mesmos que estão
atualmente. A diferença é a velocidade de exposição desta situação, pois com o eSocial, caso o Fisco do
Trabalho, queria verificar em detalhes os pagamentos poderá se valer apenas da auditoria eletrônica,
inclusive da marcação de ponto.
2. Haverá nova prorrogação de prazo,para implantação do eSocial? Ou permanece a data de
setembro/2016?
Mauro: Conforme esclarecido no próprio painel, está sendo discutido no âmbito dos gestores do projeto a
formação do novo cronograma.
3. Uma sugestão: Ter a Receita como ente matriz e os outro entes ajustam sua base com este ente matriz.
Assim corrijo os dados dos funcionários direto na receita pela qualificação cadastral e evito que ele saia do
setor produtivo.
Mauro: A legislação não pode ser abandonada e neste caso é preciso que o sistema se adapte aos requisitos
legais.
4. Hoje quando elaboramos a RAIS e o CAGED há a validação do CBO X instrução, o eSocial também
vai validar essa informação? O que fazer com os funcionários que exercem por exemplo a atividade de
analista de recursos humanos e não possui superior completo? Demitir? Trocar o cargo?
Mauro: As validações do eSocial serão básicas aceitando as situações que estão no ambiente das empresas
desde que não configure ruptura de informações (informação desalinhada com as demais). A gestão de
riscos de cada empresa tratará de configurar as melhores soluções de cada caso para cada
empreendimento. É bom lembrar, como analogia, que a nota fiscal eletrônica, nada validava na sua
primeira versão. A evolução de validações é uma tendência natural nos sistemas.
5. O prazo para pagamento de salario e FGTS tem sido uma preocupação nas empresas. Tem projeto para
propor mudança nesses prazos?
Mauro: o eSocial, por si só, não traz quaisquer alterações reguladoras ou proposições de alteração legal,
apenas acata o que está e estará estabelecido em lei.
6. Existe uma previsão para a liberação da qualificação em lote?
Mauro: Há duas formas de pensar sobre qualificação de cadastros: Uma é a partir de validadores de dados
propostos pelo projeto eSocial em parceria com o INSS/Dataprev. Outra é a partir da liberação do ambiente
de pré-produção, ou seja, com dados válidos (reais) em ambiente de testes para todos os empregadores. A
primeira opção está mais longe de ser disponibilizada. Ou acesse:
http://www.esocial.gov.br/QualificacaoCadastral.aspx
7. Na declaração de imposto de renda desse ano foi pedido o número do NIS ao autônomo, não poderia
essa informação já ser utilizada para atualizar o cadastro!
Mauro: É definido em lei o proprietário (dono e responsável) pelas informações dos trabalhadores, não é
possível atualizar os dados do Cadastro Nacional de Informações Sociais sem a iniciativa do trabalhador,
salvo se previsto em lei.
8. Mesmo com essa nova ferramenta que será disponibilizada, em caso de erros cadastrais, a atuação da
fiscalização terá o caráter punitivo ou haverá um período de adequação?
Mauro: Uma vez estabelecido o regramento legal, independentemente de implantar o projeto eSocial, não
é prerrogativa dos agentes fiscalizadores criar regramentos próprios distintos do previsto.
9. As datas de início do e social estão mantidas? e ainda, o período de ponto deve ser obrigatório de 01 a
31? e será possível a proporção de férias divididas em dois períodos como ocorre na maioria das empresas
hoje?
Mauro: o cronograma, conforme, informado no Conexão SPED está sendo estabelecido. Quanto as férias
em frações há regramento estabelecido em lei. Não cabe ao projeto eSocial impor ou não o rigor da
aplicação legal.
10. O funcionários que estão afastados antes do eSocial no envio do S-2100 informa – se o afastamento
de acordo com o manual.1?
Mauro: o manual do eSocial está sob discussão no âmbito das empresas piloto em fase final. Em breve será
divulgado amplamente e publicado no portal do eSocial. Os funcionários afastados deverão constar com
seus vínculos iniciais para que possam receber novos eventos no âmbito do eSocial, por exemplo seu retorno
ao trabalho.
11. eSocial está em implementação a vários anos, porém quando entrou em vigor o eSocial viu-se o caos
porque muita coisa não funcionou plenamente. Entrando em vigor para as empresas, o que devemos esperar?
O sistema está preparado para receber todas as informações?
Mauro: a visão dos gestores do eSocial é que haja o registro do que de fato aconteceu no ambiente dos
empregadores. As decorrências destas informações são ações de cada órgão fiscalizador.
12. Quando teremos um ambiente de homologação?
Mauro: as empresas piloto e os gestores do projeto estão trabalhando para fechar os layouts de eventos e
colocar o ambiente no ar. Aguarde.
13. Qual a razão do prazo do INSS ter sido alterado para dia 20 e o FGTS ter ficado dia 7? sendo que é
um único arquivo enviado para geração das guias para pagamento.
Mauro: cada uma das obrigações está relacionada ao seu arcabouço legal. Há uma visão pelos gestores
do projeto eSocial no sentido de melhorar o ambiente de cumprimento das obrigações. Poderá haver
alguma melhoria neste sentido.
14. Qual o prazo da liberação da guia do FGTS mensal após o envio do evento S-1299?
Mauro: os prazos estão estabelecidos em lei. Cada obrigação está vinculada a esta. As guias de
recolhimento serão geradas instantaneamente a partir dos inputs dos eventos, inclusive os casos de
recolhimentos.
15. As empresas querem qualificar seus dados, porém a qualificação em lote é necessário que seja
disponibilizado logo.
Mauro: há duas formas de pensar sobre qualificação de cadastros: Uma é a partir de validadores de dados
propostos pelo projeto eSocial em parceria com o INSS/Dataprev. Outra é a partir da liberação do ambiente
de pré-produção, ou seja, com dados válidos (reais) em ambiente de testes para todos os empregadores. A
primeira opção está mais longe de ser disponibilizada. Ou acesse:
http://www.esocial.gov.br/QualificacaoCadastral.aspx
16. Quando teremos um manual de orientação sobre o EFD REINF?
Mauro: o manual da EFD-REINF, tem por princípio, os mesmos prazos do eSocial. Neste momento
recomenda-se a validação dos procedimentos e rotinas nas empresas, a exemplo do eSocial.
Mais de 900 mil trabalhadores não sacaram o Abono Salarial ano-
base 2014
18 ago 2016 - Trabalho / Previdência
Prazo termina no próximo dia 31 de agosto. Trabalhadores podem consultar se têm direito ao benefício
pelo portal abonosalarial.mte.gov.br
O novo prazo para sacar o Abono Salarial do PIS - Programa de Integração Social - ano-base 2014
termina no próximo dia 31, em 15 dias. 904.392 brasileiros ainda não retiraram o benefício (leia tabela
abaixo). O valor é de um salário mínimo (R$ 880) e está disponível em qualquer agência da Caixa.
O estado com o maior número de trabalhadores que não sacaram o abono é São Paulo, onde 217.325
pessoas ainda não retiram o benefício. O segundo estado em pendências é Rio de Janeiro (94.672),
seguido de Minas Gerais (73.220) e Rio Grande do Sul (57.583). Somados, esses quatro estados
concentram metade dos trabalhadores que ainda não procuraram uma agência bancária para sacar o valor.
O ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, pede o apoio de empregadores e entidades sindicais para que
ajudem a divulgar a informação entre os empregados e filiados. “Precisamos fazer com que a informação
chegue ao maior número possível de pessoas porque esse é um benefício importante e é um direito do
trabalhador”, diz.
Desde o início do calendário do ano-base 2014, foram pagos mais de R$ 18 bilhões a 22,2 milhões de
trabalhadores, o que corresponde a 94,45% do total de beneficiários do PIS/PASEP. O recurso que não for
sacado será devolvido ao Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT).
Têm direito ao abono salarial os trabalhadores que tenham exercido atividade remunerada durante pelo
menos 30 dias em 2014 e recebido até dois salários mínimos por mês nesse período. Além disso, é
necessário estar cadastrado no PIS/PASEP há pelo menos cinco anos e ter tido seus dados informados
corretamente pelo empregador na Relação Anual de Informações Sociais (RAIS).
Consulta - Os trabalhadores podem consultar se têm direito ao benefício pelo portal
http://abonosalarial.mte.gov.br/, inserindo CPF ou número do PIS/Pasep e data de nascimento. Outras
informações podem ser obtidas diretamente com a Caixa, no caso do PIS, no telefone 0800-726 02 07, ou
Banco do Brasil, no caso do Pasep, pelo número 0800-729 00 01. Os atendentes da Central de
Atendimento Alô Trabalho do Ministério do Trabalho, que atende pelo número 158, também podem
ajudar.
Assessoria de Imprensa
Ministério do Trabalho
Fonte: Ministério do Trabalho
Solução de Consulta COSIT Nº 114 DE 12/08/2016
Publicado no DO em 19 ago 2016
CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS PREVIDENCIÁRIAS
RETENÇÃO SOBRE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS DE SAÚDE.
CESSÃO DE MÃO DE OBRA.
Os serviços de saúde referentes ao atendimento médico pré-hospitalar em unidade móvel (UTI móvel), à
remoção e ao translado de pacientes em veículos adequados, aos serviços de atendimento domiciliar,
também denominados "home care" e aos de cobertura médica em eventos públicos, como descritos na
inicial do presente processo de consulta, não são prestados mediante cessão de mão-deobra, pois não se
verifica a efetiva disponibilização de trabalhadores da prestadora à contratante, consequentemente, não
devem sofrer a retenção de 11% sobre o valor da nota fiscal/fatura da prestação de serviços.
REFORMA A SOLUÇÃO DE CONSULTA N° 72, de 28 de março de 2014
DISPOSITIVOS LEGAIS: Lei n° 8.212, de 24 de julho de 1991, art. 31; Regulamento da Previdência
Social, aprovado pelo Decreto 3.048, de 06 de maio de 1999, artigo 219; e Instrução Normativa RFB n°
971, de 13 de novembro de 2009, artigos 112 e 118.
FERNANDO MOMBELLI
Coordenador-Geral
Reversão de justa causa é alta no Judiciário
Empregador e trabalhador discutem em audiência critérios de ação
Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil
Por erros de avaliação e falta de provas, a maior parte das demissões por justa causa levadas à Justiça do
Trabalho tem sido revertida. Nesse tipo de caso, as empresas têm sido condenadas a pagar não só a
rescisão mas também indenização por dano moral.
O sócio do escritório Rocha, Ferracini, Schaurich Advogados, Eduardo Ferracini, explica que a
Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) só permite a aplicação da justa causa em casos específicos,
entre os quais estão o abandono de emprego, a violação de segredo da empresa e também ato de
improbidade.
A primeira falha das empresas está em provar que a conduta indevida de fato ocorreu. “Há um grande
número de empresas familiares e de pequeno porte no Brasil. Esse tipo de empregador ao verificar um
furto logo demite o funcionário. Mas depois não consegue provar isso em juízo”, conta Ferracini.
Outro problema comum é o erro de avaliação quanto à gravidade da conduta cometida pelo funcionário. O
sócio do Rocha, Calderon e Advogados Associados, Fabiano Zavanella destaca que a dispensa por justa
causa só ocorre em situações muito graves e é exceção.
“Somos todos seres humanos. O empregado vai cometer deslizes. É preciso verificar a intenção, o
histórico, e o tipo da conduta para ver se realmente há justificativa para a rescisão motivada”, destaca.
Zavanella acrescenta que a CLT, nesse sentido, às vezes é bastante subjetiva. É o caso da justa causa em
razão de desídia, termo relacionado a desleixo, desatenção, negligência ou desinteresse, explica o
especialista. Mas se de um lado a lei parece vaga, de outro os juízes costumam ser rigorosos na aplicação
do dispositivo. “O Judiciário não vê a banalização do instituto com bons olhos e prega mais rigor”, afirma.
Um terceiro fator que poderia estar levando os gestores a aplicar a demissão motivada é a possibilidade de
escapar das verbas rescisórias, como o aviso prévio e a multa do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço
(FGTS). Mas nem levando em conta apenas as razões econômicas essa opção faz sentido aponta Ferracini.
Ele explica que se a justa causa é derrubada na Justiça, além da rescisão a empresa poder ter que pagar
milhares de reais por danos morais ao trabalhador cuja reputação foi prejudicada. “Hoje a ação trabalhista
é muito rápida. A economia de encargos via justa causa não é uma estratégia inteligente”, afirma o
advogado.
Dimensão
A maioria das demissões por justa causa que é levada ao Judiciário, apontam os dois advogados, são de
fato revertidas. Foi o que aconteceu com 71% dos casos desse tipo levados ao Tribunal Regional do
Trabalho da 4ª Região (TRT4), de acordo com um estudo conduzido pelo escritório de Ferracini. A análise
levou em conta 140 decisões proferidas nos últimos 12 meses tribunal gaúcho.
Mesmo considerando possíveis divergências entre os tribunais regionais, Zavanella aponta que a situação
é bastante parecida em vários outros estados. “Não apenas em São Paulo, mas também em Minas Gerais,
Bahia e Rio de Janeiro, onde temos maior número de ações, a análise é nesse sentido”, destaca. Nesse
cenário, para evitar problemas, ele recomenda que a empresa seja o mais cautelosa possível ao aplicar a
justa causa.
De acordo com dados do Tribunal Superior do Trabalho (TST), no primeiro semestre deste ano surgiram
pouco mais de 26 mil ações novas em que o funcionário pede indenização por dano moral e
desconfiguração da justa causa. Mais 19,7 mil ações questionaram a aplicação da justa causa pelo
abandono de emprego.
Jornada dupla
Vínculo trabalhista existe mesmo se empregado atua em dois
lugares
15 de agosto de 2016, 17h50
Mesmo trabalhando em mais de um lugar, o funcionário tem o vínculo de emprego reconhecido se atuar
rotineiramente para o empregador, não arcar com nenhum custo para executar seu trabalho e conseguir
demonstrar subordinação frente à empresa que o contratou. Assim entendeu a 1ª Turma do Tribunal
Superior do Trabalho ao não conhecer recurso de uma companhia que questionava o reconhecimento de
relação de emprego com um médico do trabalho.
Em segunda instância, a empresa alegou que o médico era profissional autônomo e apenas prestava
serviços. Segundo o contrato, o trabalhador atuava oito horas por semana na companhia fazendo exames
admissionais, periódicos e demissionais, transferência de função, retorno ao trabalho e perícias médicas.
Justiça do Trabalho do RS constatou a existência de todos os elementos para caracterizar a relação de
emprego e reconheceu o vínculo, que durou entre 1995 e 2012. Reprodução
O médico também era responsável por assessorar a área de segurança da empresa nos monitoramentos
ambientais, na prevenção de acidentes de trabalho e na inspeção das áreas de riscos ocupacionais e na
implementação de programas de saúde ocupacional, conservação auditiva, toxicologia industrial,
ergonomia e qualidade de vida.
Porém, a Justiça do Trabalho do Rio Grande do Sul constatou a existência de todos os elementos para a
caracterização da relação empregatícia e reconheceu o vínculo, que perdurou entre 1995 e 2012. O
Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região (RS) verificou que a empresa fornecia todo o equipamento e
material necessário para os atendimentos médicos.
Assim, o profissional não assumia nenhum risco na atividade econômica por ele executada — traço
fundamental para a caracterização do trabalho autônomo. O TRT-4 enfatizou que o médico desempenhou
suas atribuições na sede da empresa com pessoalidade, por mais de 17 anos, de forma ininterrupta.
Um dos argumentos utilizado pela empresa para descaracterizar a pessoalidade — o fato de o profissional
trabalhar para outras empresas — foi julgado irrelevante pelo TRT-4, porque a lei trabalhista permite a
pluralidade concomitante de vínculos empregatícios. Quanto à subordinação, a corte indicou que ela está
implícita no próprio contrato, que atribui à empregadora a forma diária da prestação de serviço.
A negativa em segundo grau motivou recurso de revista da empregadora ao TST. A companhia alegou
novamente que, no caso, não estavam presentes os requisitos necessários para caracterizar vínculo de
emprego previstos na legislação trabalhista: onerosidade, pessoalidade, não eventualidade e subordinação.
Porém, a 1ª Turma do TST não conheceu do recurso de revista da empresa. Relator no TST, o ministro
Walmir Oliveira da Costa destacou aspectos da fundamentação do TRT-4 comprovando a existência de
contrato individual de trabalho, e não de trabalho autônomo. Além dos requisitos definidores da relação
empregatícia previstos no artigo 3º da CLT, a corte gaúcha assinalou que a função do médico tinha como
finalidade cuidar da saúde dos empregados da empresa, e, apesar de não estar diretamente atrelada à
atividade-fim da empresa, "certamente integrava a atividade geral, pois detinha papel fundamental para a
consecução de seus objetivos".
Para o ministro Walmir, o tratamento dado aos fatos no acórdão do TRT-4 inviabiliza seu reexame pelo
TST, por causa da Súmula 126. Com informações da Assessoria de Imprensa do TST.
RR-19-64.2013.5.04.0761
Revista Consultor Jurídico, 15 de agosto de 2016, 17h50
Mesma jornada
Motorista que também era socorrista não recebe por acúmulo de
funções
15 de agosto de 2016, 17h29
É possível a diversidade de tarefas dentro da mesma jornada de trabalho quando compatível com a
condição profissional do empregado. Esse foi o entendimento da 5ª Turma do Tribunal Superior do
Trabalho ao manter decisão que não reconheceu o direito de acúmulo de função a um motorista de
ambulância que também atuava como socorrista.
Entre 2004 e 2005, o motorista trabalhava na ambulância do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência
(Samu) para a Sociedade Evangélica Beneficente de Curitiba. Atuando também como socorrista, atendia
pacientes, fazia massagem cardíaca, curativos, atendimento a traumas em acidentes e partos.
No julgamento do Tribunal Regional do Trabalho da 9ª Região, o caso não seria de acréscimo salarial,
mas de "deslocamento de atribuições", já que ocorria na mesma jornada de trabalho. A corte manteve a
decisão de primeiro grau contrária à pretensão do motorista, embora reconhecendo que ele exercia
efetivamente a função de socorrista.
A decisão destacou ainda que o motorista se submeteu às condições estipuladas na sua contratação, não
havendo excessos ou desrespeito aos princípios da boa-fé. Além disso, seu salário era superior ao previsto
no acordo coletivo da categoria de socorrista. Com informações da Assessoria de Imprensa do TST.
Revista Consultor Jurídico, 15 de agosto de 2016, 17h29
Dano moral
Empresa é condenada a pagar R$ 10 mil por rasurar carteira de
trabalho
16 de agosto de 2016, 8h39
A empresa que não toma o devido cuidado com a Carteira de Trabalho e Previdência Social de um
empregado, rasurando o documento, deve indenizar o trabalhador por danos morais. O entendimento é da
Turma Recursal de Juiz de Fora (MG), que condenou uma empresa a pagar R$ 10 mil a um ex-
empregado.
No caso, em virtude de sentença em outra reclamação trabalhista, a empregadora fez constar a seguinte
informação na carteira do trabalhador: "Por determinação de sentença proferida nos autos 01097/13 a
remuneração é a base de comissões cuja média mensal é R$2.500,00 (dois mil e quinhentos reais)".
Contudo, ao tentar consertar o erro, a empresa piorou a situação, deixando a carteira de trabalho rasurada,
suja, borrada e com tinta inclusive em páginas que nada tinham a ver a relação contratual. Para a relatora
da ação, a desembargadora Adriana Goulart de Sena Orsini a situação é suficiente para gerar o dano
moral.
Se há equívoco no registro do salário, explica a relatora, o empregador deve ressalvá-lo no campo próprio
da carteira de trabalho. A rasura nunca deve ser feita, pois pode ensejar questionamentos futuros, ainda
mais quando se trata de remuneração.
Para a julgadora, não há como aceitar correção de anotação indevida na carteira do reclamante de forma
tão grosseira, "transpondo os limites de tolerância e proteção conferidos ao importante do documento pelo
artigo 29 e seguintes da CLT".
"A Carteira de Trabalho, como se sabe, constitui o principal elemento de identificação profissional do
trabalhador e sua relevância, para este, transpõe os muros da relação mantida com o empregador,
espraiando-se em sua vida social", explicou lembrando que o documento é utilizado para a concessão de
empréstimos e aquisições a prazo, por exemplo.
A relatora afirmou também que a carteira de trabalho se mostra imprescindível para que o trabalhador
possa fazer prova dos dependentes perante a Seguridade Social. Além disso, é usada no cálculo de
eventuais benefícios acidentários (artigo 40, II e III, da CLT). Com informações da Assessoria de
Imprensa do TRT-3.
0000653-30.2015.5.03.0143 RO
Revista Consultor Jurídico, 16 de agosto de 2016, 8h39
Globo poderá ser executada antes de sócios de
empresa de vigilância por dívidas a terceirizado
A Primeira Turma do Tribunal Superior do Trabalho proveu parcialmente recurso da Globo Comunicação e Participações
S.A., para determinar que a execução de uma sentença trabalhista relativa a um vigilante terceirizado seja promovida
inicialmente contra a Vigilância e Segurança Ltda. (Vise), empregadora e devedora principal. Mas, segundo o relator do
processo, desembargador convocado Marcelo Lamego Pertence, não há obrigação de esgotar os meios de execução também
contra os sócios da Vise, como pretendia a Globo. Assim, caso resulte infrutífera, a execução poderá ser direcionada contra
ela, na condição de devedora subsidiária.
A reclamação trabalhista foi ajuizada pelo vigilante contra a Vise e a Globo, visando ao recebimento de verbas rescisórias.
A 12ª Vara do Trabalho do Rio de Janeiro (RJ) julgou a Globo subsidiariamente responsável pelos créditos decorrentes da
sentença, mas destacou que não há necessidade de exaurir as possibilidades de execução contra a Vise e seus sócios antes
do redirecionamento da execução contra a Globo.
O Tribunal Regional do Trabalho da 1ª Região (RJ) manteve a decisão, e a empresa recorreu ao TST pleiteando o chamado
benefício de ordem. O desembargador Marcelo Pertence destacou que a jurisprudência dominante do TST é a de que o
benefício de ordem na execução é assegurado em relação à devedora principal, não alcançando seus sócios. "Isso se dá em
atendimento aos princípios da celeridade e da duração razoável do processo, tendo em vista a natureza alimentar do crédito
trabalhista e o alongamento demasiado do processo caso fosse necessário redirecionar a execução contra os sócios da
empregadora antes de executar a devedora subsidiária", explicou.
A exigência de incursão nos bens dos sócios transferiria ao trabalhador, com poucos recursos econômicos, e ao juízo da
execução o encargo de buscar bens passíveis de penhora, "retardando a constrição do patrimônio da devedora subsidiária e
até pondo em risco a efetividade da execução", afirmou o magistrado. Ele entende que a Globo responde pela satisfação do
crédito, enquanto devedora subsidiária, "exatamente como garantidor do cumprimento da obrigação pela devedora
principal, tal como o fiador ou o avalista nas dívidas de natureza civil e cambiária".
O relator enfatizou ainda que não se recusa à devedora subsidiária a possibilidade de exigir a observância do benefício de
ordem caso nomeie bens livres e desembaraçados da devedora principal, situados no mesmo município, e suficientes para
solver o débito. Mas esclareceu que cabe a ela o ônus de localizar os bens e nomeá-los perante o juízo da execução.
(Lourdes Tavares/CF)
Processo: RR - 99-62.2012.5.01.0012
O TST possui oito Turmas julgadoras, cada uma composta por três ministros, com a atribuição de analisar recursos de revista, agravos, agravos de instrumento, agravos
regimentais e recursos ordinários em ação cautelar. Das decisões das Turmas, a parte ainda pode, em alguns casos, recorrer à Subseção I Especializada em Dissídios
Individuais (SBDI-1).
Esta matéria tem caráter informativo, sem cunho oficial.
Permitida à reprodução mediante citação da fonte.
Secretaria de Comunicação Social
Tribunal Superior do Trabalho
Tel. (61) 3043-4907
Repositor de rede de supermercados assediado
sexualmente por chefe receberá indenização
Um empregado da Formosa Supermercados e Magazine Ltda. que trabalhava na reposição de perfumaria da área infantil
do supermercado vai receber R$ 15 mil de indenização por ter sofrido assédio sexual no trabalho. A verba foi deferida pela
Segunda Turma do Tribunal Superior do Trabalho, que considerou o comportamento "absolutamente impróprio" do
representante do empregador, que intimidava o empregado, valendo-se de sua posição hierarquicamente superior.
O empregado disse que passava por "situações vexatórias diante de seus colegas, criando uma situação ofensiva, hostil, de
intimidação e abuso no trabalho". Apesar de ter reconhecido a ilicitude da conduta do preposto da empresa, o Tribunal
Regional do Trabalho da 8ª Região (PA/AP) manteve a sentença que negou o pedido da indenização, entendendo ausente
a culpa do empregador por ter tomado as providências necessárias assim que ficou sabendo do assédio, dispensado o
causador da ofensa imediatamente.
A relatora do recurso do repositor ao TST, ministra Maria Helena Mallmann, afirmou que, uma vez caracterizado o assédio
sexual, é necessário a reparação por dano moral. A conduta, explicou, "infringe a intimidade do trabalhador em decorrência
do uso abusivo do poder diretivo do empregador", que muitas vezes o pratica com a intenção de levar o empregado a pedir
demissão, para não "desembolsar um alto valor para sua dispensa".
O assédio, segundo Mallman, fere o princípio da dignidade da pessoa humana estabelecida pela Constituição Federal em
seu artigo 1º, inciso III. Seja moral ou sexual, o "assédio torna o ambiente de trabalho hostil e provoca enorme
constrangimento e até mesmo doenças ao assediado, gerando consequências drásticas nas empresas como a queda da
produtividade e a alta rotatividade da mão-de-obra", afirmou.
Segundo a relatora, a dispensa do assediador, por si só, não afasta a responsabilização da empresa, uma vez que ela
responde também pela reparação civil dos atos de seus prepostos, como previsto no artigo 932, inciso III, do Código Civil
Brasileiro. Assim, considerou devida a indenização por danos morais, arbitrando o valor de R$ 15 mil.
A decisão foi unânime.
(Mário Correia/CF)
O número do processo foi omitido para preservar a intimidade do trabalhador.
O TST possui oito Turmas julgadoras, cada uma composta por três ministros, com a atribuição de analisar recursos de revista, agravos, agravos de instrumento, agravos
regimentais e recursos ordinários em ação cautelar. Das decisões das Turmas, a parte ainda pode, em alguns casos, recorrer à Subseção I Especializada em Dissídios
Individuais (SBDI-1).
Esta matéria tem caráter informativo, sem cunho oficial.
Permitida à reprodução mediante citação da fonte.
Secretaria de Comunicação Social
Tribunal Superior do Trabalho
Tel. (61) 3043-4907
Oi vai indenizar instalador que teve de se
hospedar em quarto de motel com colega em
viagem de trabalho
A Sexta Turma do Tribunal Superior do Trabalho não conheceu de recurso da Brasil Telecom S.A. (Oi S.A.) contra decisão
que a condenou subsidiariamente ao pagamento de R$ 10 mil em indenização por danos morais a um instalador de Curitiba
(PR) que, em viagem de trabalho ao Rio de Janeiro (RJ), ficou hospedado num quarto de motel com colega de trabalho,
dividindo a cama redonda de casal.
De acordo com a reclamação, a empresa enviou dez trabalhadores à capital fluminense em abril de 2006, hospedando-os,
por cerca de 30 dias, em cinco quartos do Motel Kaiser, em Jacarepaguá, de modo em que dois funcionários ficassem em
uma unidade. O instalador alegou que teve sua imagem e honra ofendidos por causa do alojamento inapropriado, uma vez
que ele e os colegas passaram a ser alvo de chacotas e piadas.
A Oi negou que tivesse exposto os trabalhadores a situação constrangedora e afirmou que "zelou pelo bem estar dos seus
funcionários, oferecendo-lhes acomodações dignas e confortáveis". Alegou também que o instalador prestou serviço
normalmente e que, à época, não houve reclamação dos empregados quanto às acomodações.
O juízo da 14ª Vara do Trabalho de Curitiba (PR) indeferiu o pedido do trabalhador, por entender que o dano moral não
ficou configurado. O Tribunal Regional do Trabalho da 9ª Região (PR), porém, condenou a empresa a indenizá-lo em R$
10 mil, por considerar que a ação do empregador de alojar dois empegados num mesmo quarto de motel configurou constrangimento capaz de ensejar a reparação financeira.
TST
No recurso de revista ao TST, a Oi sustentou que não poderia ser condenada, pois não ficou comprovado o dano moral.
A relatora, ministra Kátia Magalhães Arruda, no entanto, ressaltou que, independentemente de comprovação de sofrimento
diante da situação constrangedora, o dano no caso julgado é presumido (in re ipsa), já que o fato de alojar empregados em
um quarto de motel para dividir a mesma cama, por si só, se trata de ocasião vexatória, sem que se exijam provas quanto
aos danos ocasionados por ela.
A decisão foi unanime.
(Alessandro Jacó/CF)
O número do processo foi omitido para preservar a intimidade do trabalhador.
O TST possui oito Turmas julgadoras, cada uma composta por três ministros, com a atribuição de
analisar recursos de revista, agravos, agravos de instrumento, agravos regimentais e recursos ordinários
em ação cautelar. Das decisões das Turmas, a parte ainda pode, em alguns casos, recorrer à Subseção I
Especializada em Dissídios Individuais (SBDI-1).
Esta matéria tem caráter informativo, sem cunho oficial.
Permitida a reprodução mediante citação da fonte.
Secretaria de Comunicação Social
Tribunal Superior do Trabalho
Tel. (61) 3043-4907
DCI – SP
Longo caminho
Transporte por van garante horas por tempo de deslocamento,
decide TST
18 de agosto de 2016, 11h16
Os serviços de transporte prestados por vans não são considerados públicos e, por isso, quando usados
pelo trabalhador garantem o pagamento de adicional por deslocamento. Assim entendeu a 3ª Turma do
Tribunal Superior do Trabalho ao não conhecer recurso de uma empregadora que questionava a concessão
do acréscimo salarial concedido em primeira e segunda instâncias.
A ação foi movida por um técnico agropecuário que alegou ser necessário usar vans para chegar ao seu
local de trabalho, distante 42 quilômetros de Petrolina (PE), onde morava. Segundo o empregado, o trajeto
não era servido por transporte público habitual, o que tornava necessário o uso de meios alternativos.
Em Petrolina, o serviço de vans é oferecido de maneira informal em trajetos não atendidos pelo transporte
público, conforme determina decreto municipal. Em primeiro grau a empresa foi condenada a pagar uma
hora diária como adicional por deslocamento (horas in itinere).
O entendimento foi mantido em segundo grau. O Tribunal Regional do Trabalho da 6ª Região (PE)
entendeu que a existência de transporte alternativo nas áreas rurais não afasta o direito do trabalhador de
receber pelo tempo de deslocamento, pois não há previsão legal para essa modalidade de serviços de
deslocamento.
Além disso, não foi comprovado que o serviço de ônibus entre Petrolina e a empresa tinha horários
compatíveis com os da jornada de trabalho do empregado, concluindo que só o fato de o local de trabalho
não ser servido por transporte público regular já lhe asseguraria o pagamento extra.
A empresa recorreu novamente, mas seu recurso não foi conhecido pelo TST. A empresa argumentou que
a natureza jurídica do transporte por vans também é pública e que as decisões anteriores violaram a
Súmula 90 do TST.
O dispositivo citado, em seu item III, estabelece que, se houver transporte público regular em parte do
trajeto percorrido em condução da empresa, as horas in itinere remuneradas se limitam ao trecho não
alcançado pelo transporte público.
O relator do recurso, ministro Alexandre Agra Belmonte, ressaltou o entendimento regional de que a
existência de transporte alternativo não afasta pagamento das horas in itinere, previsto no artigo 58,
parágrafo 2º, da Consolidação das Leis do Trabalho, afirmou que não houve contrariedade à Súmula 90,
como alegado pela empresa.
O ministro explicou que não se trata de discussão relativa à mera insuficiência de transporte público, mas
se o serviço de vans é considerado ou não transporte público regular. E, nesse sentido, o entendimento do
TST é mesmo o de que o transporte alternativo realizado por vans não equivale a transporte público
regular. Com informações da Assessoria de Imprensa do TST.
RR-710-70.2014.5.06.0411
Revista Consultor Jurídico, 18 de agosto de 2016, 11h16
JULGADOS TRABALHISTAS Profissão de vigilante não pode ser exercida por pessoa com antecedente criminal
Empresa vai indenizar instalador que teve de se hospedar em quarto de motel com colega
Veja também outros julgados trabalhistas selecionados.