mielografia

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EXAME CONTRASTADO MIELOGRAFIA

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Health & Medicine


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  • 1. MIELOGRAFIA

2. Centro de Formao Profissional Bezerra de Arajo Orientador: Turiaci Marins Trabalho de Concluso de Curso apresentado como Exigncia Parcial para a obteno do certificado de Tcnico em Radiologia Mdica. Priscila Ferro de Oliveira 3. A Mielografia um estudo radiolgico da medula espinhal e de suas razes nervosas com o uso de um meio de contraste. H alguns anos atrs a mielografia era um procedimento realizado somente em casos especiais; todavia, nos dias de hoje, com o avano tecnolgico e o aperfeioamento dos meios de contrastes, trata-se de mais um exame contrastado de rotina. 4. 1. Introduo ---------------------512.2 Regio Torcica -----------2. Anatomia relacionada -------6323. Finalidade do exame --------11 4. Equipamentos e acessrios --12.3 Regio Lombar-------------13 5. Contraindicaes -------------15 6. Meio de Contraste -----------1638 13. TAC --------------------------40 14. RM ---------------------------437. Preparo do Paciente ---------17 8. Riscos --------------------------18Concluso -------------------469. rea de Puno --------------19 10. Fluoroscpio ----------------22 11. Processo da injeo --------24BIBLIOGRAFIA --------------47 Agradecimentos ------------ 5. O presente trabalho sobre Mielografia, que consiste na introduo de uma substncia de contraste no espao subaracnoide espinhal para torn-lo visvel s radiografias, onde pode ser detectado possveis patologias. Atualmente, a Mielografia vem sendo substituda por outras tecnologias como o TAC (Tomografia Axial Computadorizada) e a Ressonncia Magntica (RM). No entanto, ainda utilizada no caso de os outros procedimentos no fornecerem informaes suficientes ou se o paciente possuir metal no corpo. O objetivo dessa pesquisa o conhecimento sobre a utilidade da Mielografia e sobre os seus mtodos. 6. O sistema nervoso responsvel pela maioria das funes de controle em um organismo, coordenando e regulando as atividades corporais. Ele composto pelo crebro, medula espinhal, nervos, gnglios e rgos dos sentidos espaciais, tais como os olhos e os ouvidos. A medula espinhal o centro dos arcos reflexos. Encontra-se organizada em segmentos (regio cervical, lombar, sacral, caudal, raiz dorsal e ventral). uma estrutura subordinada ao crebro, porm pode agir independente dele. Mede aproximadamente 45 cm, a parte superior passa acima da primeira raiz nervosa do primeiro nervo espinhal (bulbo) que passa ao nvel do forame magno e a parte inferior passa a nvel de L1 L2. Assim como o encfalo, possui meninges 7. A Mielografia indicada quando os sintomas indicam leso que pode-se aparecer no interior do canal espinhal ou pode projetar-se para dentro dele. As leses mais comuns so ncleo pulposo herniado (NPH) principalmente - tumores cancerosos ou benignos, cistos e (no caso de trauma) possveis fragmentos sseos. As reas cervical e lombar so as mais comuns. Se houver patologias, a mielografia serve para distinguir a extenso, o tamanho e o nvel da leso. Pode-se tambm identificar mltiplas leses. 8. necessrio uma mesa de 90/45 ou 90/90 de inclinao, pois durante o exame a mesa pode ser inclinada na posio de Trendelenburg ( onde a cabea fica mais baixa que os ps) e para a segurana do paciente a mesa deve ter fixadores para os ombros, um descanso para os ps e uma conteno para o tornozelo. Os acessrios necessrios so: cassetes gradeados com pregadores (para radiografias com raios horizontais) uma bandeja de mielografia, luvas estreis, uma soluo antissptica, requisies laboratoriais adequadas e um travesseiro para conforto do paciente. O tamanho dos chassis dependem do nvel da poro do canal espinhal a ser examinado. 9. Sangue presente no lquido cranioespinal (LCE) indica uma possvel irritao no interior do canal espinal que pode se agravar atravs do meio de contraste. Aracnoidite inflamao da membrana aracnoide que pode se agravar pelo meio de contraste. Aumento da presso intracraniana a insero de uma agulha no espao subaracnoide pode causar complicaes severas, pois a presso da rea do crebro se iguala a da medula espinhal. Recente (2 semanas) puno lombar o meio de contraste pode extravazar para fora do espao subaracnoide atravs da abertura da puno anterior. 10. utilizado o meio de contraste no inico, hidrossolvel base de iodo que fornece uma excelente visualizao radiogrfica das razes nervosas, facilmente absorvido pelo sistema vascular e excretado pelos rins. A absoro comea aproximadamente 30 minutos aps a injeo. Com boa radiopacidade sendo evidente at uma hora depois da aplicao. A dosagem de contraste recomendada pelo fabricante e varia de acordo com a concentrao utilizada e com a regio da coluna em questo. Geralmente uma variao de 9 a 15 ml utilizada. Deve-se ter o cuidado e evitar que o contraste se infiltre na rea da cabea durante o exame da coluna cervical. 11. Antes do exame, o paciente deve ser informado sobre todos os mtodos e possveis complicaes e deve dar um consentimento. O paciente deve informar ao mdico todos os medicamentos que est tomando, se tem algum tipo de alergia e se h possibilidade de gravidez, no caso das mulheres. Normalmente, o paciente apresenta ansiedade e nervosismo com o procedimento e para relaxa-lo, um sedativo/relaxante muscular injetvel administrado 1 hora antes do exame reduz a ansiedade. 12. Sempre existe um risco, mesmo que mnimo, de surgir neoplasias em decorrncia da radiao utilizada durante a radiografia. Alm disso, embora ocorra raramente, existe a possibilidade de surgir cefaleia aps a puno, bem como reaes adversas ao contraste injetado, que geralmente so leves, como erupes cutneas, prurido, espirros e nuseas; as reaes mais graves, envolvendo corao e pulmes, so raras. incomum, mas pode ocorrer leso de nervos e sangramento ao redor das razes nervosas no interior do canal vertebral. Alm disso, pode haver a inflamao e infeco das meninges. Convulses so complicaes extremamente raras da mielografia. 13. Normalmente, as reas cervical (C1 e C2) e lombar (L3-L4) so usadas com mais frequncia, sendo a lombar a mais segura e fcil para o paciente. Para a puno lombar o paciente deve estar em decbito ventral, com um travesseiro ou bloco no abdome para que o espao intraespinal aumente, facilitando a introduo da agulha ou na posio lateral esquerda com a coluna flexionada. Para a puno cervical o paciente deve estar sentado na posio ereta ou em decbito ventral com a cabea inclinada para aumentar o espao intraespinal. 14. Aps a escolha da rea de puno o radiologista pode usar o fluoroscpio para facilitar o posicionamento da agulha. Fluoroscopia um estudo de estruturas do corpo em movimento. "Filme" semelhante a um raio-x. O feixe transmitido para um monitor de TV, de modo que a parte do corpo e seu movimento podem ser vistas em detalhes. O fluoroscpio permite aos mdicos olhar para os sistemas esqueltico, digestivo, respiratrio, urinrio e reprodutivos do paciente de forma rpida e sem causar dor. Na mielografia o fluoroscpio tem como objetivo facilitar o posicionamento da agulha espinal e permitir que o contraste atinja a rea desejada. Todos os envolvidos em um procedimento fluoroscpico devem vestir aventais de chumbo como medida de proteo. Deve ser utilizado tambm protetor da tireide, luvas e culos plmbicos no caso de uso rotineiro. 15. Primeiramente, o radiologista realiza a tricotomia que a raspagem dos pelos do local. Em seguida, feita a limpeza e a desinfeco da rea que seca com gazes e coberta com campo fenestrado que tem a capacidade de servir de barreira microbiana bem como de ser impermevel a lquidos. dada a anestesia local no paciente, e aps o seu efeito ocorre a introduo da agulha espinal pela pele at o espao subaracnoide. Sua localidade confirmada pelo livre retorno de lquido cerebroespinal (LCE) que coletado e enviado para o laboratrio para anlise. 16. Aps a coleta, a agulha mantida posicionada para que a injeo do meio de contraste seja concluda. Quando concluda a injeo, remove-se a agulha do paciente. feito um pequeno curativo no local da puno e as imagens radiogrficas podem ser feitas. 17. Antes do procedimento radiogrfico inicial, o radiologista ajusta a inclinao da mesa o necessrio para concentrar o contraste no nvel da coluna que se quer examinar utilizando o fluoroscpico. So realizadas as incidncias em AP, PA, Perfil e Oblquas. A mielografia convencional feita dentro de 30 a 60 minutos. 18. Paciente em decbito ventral, sem rotao do tronco e da bacia com os braos estendidos, ombros rebaixados e queixo estendido sobre uma toalha. O Raio central incide perpendicular, direcionado nvel de C4-C5. O campo deve ser colimado para reduzir a radiao secundria. A respirao deve ser suspensa durante a exposio. 19. Paciente em decbito ventral com ausncia de rotao do tronco e da bacia, queixo estendido sobre uma toalha. Para perfil direito o brao direito acompanha a lateral do corpo com o ombro rebaixado, o brao esquerdo deve estar esticado para cima da cabea. O raio central incide perpendicular, centralizado a nvel de C7. O campo deve ser colimado para reduzir a radiao secundria. A respirao deve ser suspensa durante a exposio. 20. Paciente deve estar posicionado em perfil verdadeiro, com o brao direito esticado e flexionado sobre a cabea e o esquerdo estendido ao longo do corpo. O raio central incide perpendicular, direcionado a nvel de T7. Campo de colimao deve ser aplicado rea de interesse, reduzindo a radiao secundria. A respirao deve ser suspensa durante a exposio. 21. O paciente deve estar posicionado em perfil esquerdo verdadeiro com o brao esquerdo estendido e flexionado sobre a cabea e o brao esquerdo estendido para baixo. O raio central incide perpendicular, direcionado a nvel de T7 com colimao fechada para reduzir a radiao secundria. A respirao deve ser suspensa durante a exposio. 22. O paciente deve estar em decbito lateral com os joelhos flexionados, braos semiflexionados sobre a cabea e sem rotao do tronco e bacia. O raio central incide perpendicular, direcionado nvel de T7. A colimao deve ser fechada para reduzir a radiao secundria. A respirao deve ser suspensa durante a exposio. 23. O paciente deve estar em decbito ventral com os braos flexionados sobre a cabea. A mesa e o paciente se encontram semieretos. O radiologista sob controle fluoroscpico, ajusta a angulao da mesa para concentrar o meio de contraste na regio lombar. O raio central deve estar direcionado nvel de L3. A colimao deve ser fechada. A respirao deve ser suspensa durante o exame. 24. frequentemente realizada imediatamente aps a concluso da mielografia enquanto o material de contraste ainda est presente dentro do canal espinhal. Esta combinao de estudos de imagem conhecido como mielotomografia. As relaes anatmicas so mais bem visualizadas quando os cortes de TC axiais so feitos perpendicularmente ao eixo central do canal espinhal. O uso de reconstruo computadorizada de imagem consequente aos cortes tomogrficos em planos frontais ou sagitais do orientao e resoluo espacial. Esse exame ir acrescentar mais 15 a 30 minutos ao tempo total do exame. 25. A ressonncia magntica (RM) muitas vezes o primeiro exame de imagem feito para avaliar a medula espinhal e as razes nervosas. No entanto, na ocasio, um paciente tem um dispositivo mdico, como um marca-passo cardaco, que podem impedi-lo de passar por ressonncia magntica. Entre as vantagens da RM temos uma melhor definio anatmica das estruturas cerebrais, a capacidade multiplanar, a RM pode demonstrar fluxo sanguneo ou liqurico, tem uma melhor visualizao da fossa posterior e do contedo intra-espinhal e ausncia de radiao ionizante. 26. RMN medula espinhal cervical cortes sagitais, leso medular 27. A Mielografia relativamente segura e indolor, sendo que nenhuma radiao permanece no organismo aps a sua realizao. Quando um material de contraste injetado no espao subaracnideo em torno das razes nervosas da medula espinhal, ele permite que o radiologista veja os contornos das diferentes reas da coluna que normalmente no so visveis ou distinguveis em raios-x. O contraste utilizado possui uma solubilidade elevada com o LCE, facilmente absorvido, atxico e inerte. A utilizao do fluoroscpio torna possvel para o mdico a visualizao de articulaes ou rgos internos em movimento facilitando a localizao e ajudando a diagnosticar e tratar doenas. 28. Cirurgia Hrnia de disco lombar 29. Livro Tratado de Posicionamento Radiogrfico e Anatomia visualizada, BONTRAGER e LAMPIGNANO. www.radiologyinfo.org http://www.infoescola.com/exames-medicos/mielografia/ 30. Obrigada!