microeconomia

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tudo sobre a primeira matéria de microeconomia

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Micro economia: Oferta, Procura e Mercados de ProdutosAplicaes da Oferta e da ProcuraElasticidade Preo da ProcuraA elasticidade preo da procura mede a variao da quantidade procurada de um bem quando o seu preo varia. A definio precisa de elasticidade a variao percentual da quantidade procurada dividida pela variao percentual do preo.As elasticidades preo dos bens, ou sensibilidade s variaes do preo so muito variadas. Quando a elasticidade preo de um bem elevada, dizemos que o bem tem uma procura elstica, o que significa que a quantidade da sua procura responde fortemente s variaes do preo. Quando a elasticidade de um bem fraca diz-se inelstico pois a quantidade da sua procura responde fracamente s variaes do preo.A procura de bens de primeira necessidade como alimentos, gs, sapatos e medicamentos receitados tende a ser rgida. Esses bens so bsicos e no se pode facilmente prescindir deles quando os seus preos aumentam. Pelo contrrio, outros bens podem substituir artigos de luxo, como frias na Europa, usque de 17 anos, ou fatos italianos, quando estes sobem de preo.Os bens que tm substitutos imediatos tendem a ter procuras mais elsticas do que os que no tm substitutos.Se todos os preos de alimentos e de sapatos aumentassem amanh 20%, dificilmente se podia esperar que as pessoas deixassem de comer ou passassem a andar descalas, pelo que os alimentos e os sapatos so inelsticos em relao ao preo. Por outro lado, se a doena das vacas loucas faz aumentar o preo do bife, as pessoas podem modificar o consumo para carne de vaca de outras origens, ou para carne de borrego ou frango, para satisfazer as suas necessidades. Portanto, a carne de vaca apresenta uma elevada elasticidade preo.Os factores econmicos determinam a dimenso das elasticidades preo dos vrios bens: as elasticidades tendem a ser maiores quando os bens so de luxo, quando h substitutos e quando os consumidores tm mais tempo para ajustar o seu comportamento.

Categorias da elasticidade preo: Quando a uma variao de 1% no preo corresponde uma variao superior a 1% na quantidade procurada, o bem tem uma procura elstica em relao ao preo; Quando a uma variao de 1% no preo corresponde uma variao inferior a 1% na quantidade procurada, o bem tem uma procura rgida em relao ao preo; Um caso especial importante o da procura com elasticidade unitria que ocorre quando a percentagem de variao da quantidade exactamente a mesma da percentagem de variao do preo. Neste caso, um aumento de 1% do preo resulta numa reduo de 1% da procura.Elasticidade e ReceitaA receita total por definio igual ao preo vezes a quantidade. Se os consumidores comprar 5 unidades a 3 euros, a receita total 15euros. Se conhecer a elasticidade preo da procura sabe o que acontece receita total quando o preo se altera:1. Quando a procura rgida em relao ao preo, uma reduo do preo reduz a receita total.2. Quando a procura elstica em relao ao preo, uma reduo do preo aumenta a receita total.3. No caso fronteira de procura com elasticidade unitria, uma reduo do preo no tem qualquer efeito na receita total.

O Paradoxo da Colheita ExtraordinriaPodemos usar as elasticidades para ilustrar um dos mais famosos paradoxos de toda a economia: o paradoxo da colheita extraordinria. Imagine que num dado ano a natureza sorria para a agricultura. Um inverno frio matou os infestantes; a Primavera chegou cedo para a plantao; no houve geadas devastadoras; a chuva veio na altura certa; e um Outono soalheiro permitiu que uma colheita recorde chegasse ao mercado. No fim do ano, a famlia Silva rene-se alegremente para calcular o seu rendimento anual. Mas a surpresa foi enorme para os Silva: o bom tempo e a colheita recorde tinham reduzido o seu rendimento e o dos outros agricultores.Como pode isto ser possvel? A resposta reside na elasticidade da procura de alimentos. A procura de produtos alimentares bsicos como o trigo e o milho tende a ser rgida. Para esses bens de primeira necessidade, o consumo varia muito pouco em relao ao preo. Mas isso significa que os agricultores no seu conjunto tm uma receita total menor quando a colheita boa do que quando ruim. O aumento da oferta resultante da colheita abundante tende a diminuir o preo. Mas o menor preo no faz aumentar muito a quantidade procurada.

Imposto sobre o Tabaco e FumadoresQual o impacto do imposto sobre o tabaco no consumo? Alguns diro: to viciante que as pessoas pagaro tudo pelas suas necessidades dirias. Os economistas analisam a elasticidade preo da procura para responder a esta questo.Uma experiencia interessante teve lugar em NY que duplicou o imposto sobre o tabaco de 40 cntimos para 80 cntimos por mao em 1998.

Elasticidade preo da ofertaClaro que o consumo no a nica coisa que varia quando os preos aumentam ou diminuem. As empresas tambm reagem aos preos nas suas decises sobre a quantidade a produzir. Os economistas definem a elasticidade preo da oferta como o grau de resposta da quantidade oferecida de um bem ao seu preo de mercado.Mais precisamente, a elasticidade preo da oferta a variao percentual da quantidade oferecida dividida pela variao percentual do preo do bem.Tal como nas elasticidades da procura, h casos extremos de forte e fraca elasticidade da oferta. Suponha que a quantidade oferecida perfeitamente fixa, como no caso do peixe fresco levado ao mercado para ser vendido independentemente do preo que venha a ser estabelecido. Este o caso limite de elasticidade zero, ou oferta perfeitamente rgida, cuja curva de oferta vertical.No outro extremo, admita que uma nfima reduo no preo faz com que a oferta seja nula e um ligeiro aumento de preo provoca um aumento infinitamente grande da oferta. Neste caso, o quociente entre a variao percentual da quantidade oferecida e a variao percentual do preo muito grande e origina uma curva de oferta horizontal. Este o caso extremo de oferta infinitamente elstica.Entre extremos, dizemos que a oferta elstica ou rgida conforme o aumento percentual da quantidade maior ou menor do que a variao percentual do preo. No caso fronteira da elasticidade unitria em que a elasticidade do preo igual a 1, o aumento percentual da quantidade oferecida exactamente igual ao aumento percentual do preo.Quais os factores que determinam a elasticidade da oferta? O principal factor que influencia a elasticidade da oferta a facilidade com que a produo do sector de actividade pode ser expandida. Se todos os factores de produo podem ser facilmente encontrados aos preos correntes de mercado, como no caso da indstria txtil, ento a produo pode ser fortemente aumentada com um pequeno aumento do preo.Um outro factor importante nas elasticidades da oferta o perodo de tempo a considerar. Uma dada variao do preo tende a ter um maior efeito na quantidade oferecida medida que aumenta o tempo de resposta dos produtores. Em perodos de tempo muito curtos aps o aumento de preo, as empresas podem ser incapazes de aumentar os seus factores de produo de trabalho, matrias-primas e capital, de modo que a oferta pode ser bastante rgida em relao.

Impacto de um imposto sobre o preo e a quantidadeOs governos fixam impostos sobre uma grande variedade de bens sobre tabaco e bebidas alcolicas, sobre os salrios e os lucros. A anlise da oferta-e-procura pode ajudar-nos a prever quem, no final, ir suportar o fardo de um imposto afecta a produo.Como exemplo, analisaremos o caso do imposto sobre a gasolina para ilustrar a forma como os impostos afectam a produo e o preo de mercado. Embora os polticos norte-americanos agitem periodicamente o assunto, os impostos sobre a gasolina so muito menores nos EUA do que na maioria dos pases europeus onde so entre 2euros e 4 euros por galo, enquanto nos EUA no passam de cerca de 50 cntimos em mdia. Muitos economistas e ecologistas advogam impostos sobre a gasolina muito maiores nos EUA. Salientam que impostos mais elevados reduziriam o consumo, e em consequncia a poluio e a dependncia relativamente a fontes estrangeiras inseguras de petrleo.

Patamares mnimos e tectos mximosEm vez de fixar impostos ou subsidiar um produto, por vezes o governo fixa preos mnimos ou mximos. A histria est repleta de exemplos. Desde os tempos bblicos que os governos tm colocado limites s taxas de juro cobradas por quem empresta dinheiro. Em tempo de guerra, os governos impem com frequncia controlos sobre os salrios e os preos para evitar a espiral inflacionista. Durante a crise energtica dos anos 70 houve controlos sobre os preos da gasolina. Actualmente h limites cada vez mais rigorosos sobre os preos que os mdicos e os hospitais podem cobrar e algumas grandes cidades tm controlos de rendas de apartamentos. As propostas para aumento do salrio mnimo contam-se entre as questes mais controversas da poltica econmica.Estes tipos de interferncia com as leis da oferta e da procura so substancialmente diferentes daqueles em que o governo estabelece um imposto e depois deixa o mercado agir atravs da oferta e da procura. Embora existam presses polticas para manter os preos baixos e os salrios elevados, a experincia ensinou-nos que os controlos de preos e de salrios nos vrios sectores tendem a criar importantes distores econmicas.

A controvrsia do salrio mnimoEste um assunto que divide mesmo os economistas mais eminentes. Por exemplo, o laureado nobel Gary Becker disse secamente: Aumentam o salrio mnimo e vero que mandam pessoas para o desemprego. Outro grupo de premiados com o Nobel rebateu: acreditamos que o salrio mnimo a nvel federal pode ser aumentado num montante moderado sem que prejudique significativamente as oportunidades de emprego.Usando a oferta e a procura, vemos que haver provavelmente um aumento do desemprego e uma diminuio do emprego para trabalhadores pouco qualificados. Mas qual a dimenso destas grandezas? E qual ser o impacto no rendimento salarial dos trabalhadores de fracos rendimentos? Sobre estas questes podemos observar dados empricos.A maioria dos estudos indica que um aumento de 10% do salrio mnimo reduziria o emprego dos jovens entre 1% e 3%. O impacto sobre o emprego dos adultos ainda menor. Alguns estudos recentes apontam os efeitos sobre o emprego muito prximos de zero, e um conjunto de estudos sugere que o emprego poderia mesmo aumentar. Portanto, uma leitura atenta das citaes dos eminentes economistas indica que alguns economistas consideram que pequeno insignificante enquanto outros salientam a ocorrncia da perda de pelo menos alguns empregos.Com o declnio do poder do movimento operrio o rcio entre o salrio mnimo e o salrio da indstria transformadora baixou de 65% em 1947 para cerca de 1/3 em 2003. Houve uma ligeira tendncia de aumento da taxa do desemprego dos jovens neste perodo. til examinar o padro das variaes para se detectar um impacto do salrio mnimo no desemprego dos jovens.Um outro factor no debate refere-se ao impacto do salrio mnimo nos rendimentos. Praticamente todos os estudos concluem que a procura de trabalhadores de salrio baixo rgida em relao ao preo.O impacto nos rendimentos ainda outra razo pela qual h desacordo acerca do salrio mnimo. Os que esto especialmente preocupados com o bem-estar dos grupos com rendimento baixos podem pensar que pequenas deficincias so um pequeno preo a pagar por rendimentos mais elevados. Outros que se preocupam mais com os custos acumulados das interferncias no mercado ou com o impacto de custos acrescidos sobre os preos, lucros e a competitividade internacional podem sustentar que as deficincias so um preo demasiado elevado. Outros ainda podem pensar que o salrio mnimo uma forma ineficiente de transferir poder de compra para grupos de baixo rendimentos; estes prefeririam usar transferncias de rendimento directas ou subsdios ao salrio pelo governo em vez de inflacionar o sistema de salrios.

Escolha e Teoria da UtilidadeAo explicar o comportamento do consumidor, a economia baseia-se na premissa fundamental de que as pessoas escolhem os bens e servios a que atribuem mais valor. Para descrever a forma como os consumidores escolhem entre as diferentes possibilidades de consumo os economistas desenvolveram h um sculo a noo de utilidade. A partir da noo de utilidade, foram capazes de deduzir a curva da procura e explicar as suas propriedades.O que significa utilidade? Numa palavra, significa satisfao. Mais precisamente, refere-se a como os consumidores fazem a hierarquia dos diferentes bens e servios. Se para o Silva o cabaz A tem maior utilidade que o cabaz B, esta ordenao indica que Silva prefere A a B. Frequentemente, conveniente pensar na utilidade como o prazer subjectivo ou o proveito que uma pessoa tem do consumo de um bem ou servio. Mas devemos evitar totalmente a ideia de que a utilidade uma funo psicolgica ou um sentimento que possa ser observado ou medido. Na teoria da procura, dizemos que as pessoas maximizam a sua utilidade, o que significa que escolhem o conjunto de bens de consumo que mais lhe agrada.

Utilidade marginal e a lei da utilidade marginal decrescenteComo se aplica a utilidade teoria da procura? Consideremos que o consumo da primeira unidade de gelado lhe d um certo grau de satisfao ou utilidade. Agora imagine que consome uma segunda unidade. A sua utilidade total aumenta porque a segunda unidade lhe d alguma utilidade adicional. E o que aconteceria com uma terceira e uma quarta unidades do mesmo bem? Acabaria por, se comesse muitos gelados, ficar doente em vez de aumentar a sua satisfao ou utilidade!Isto conduz-nos ao conceito econmico fundamental de utilidade marginal. Quando come uma segunda unidade de gelado ir obter alguma satisfao adicional de utilidade. O incremento da sua utilidade designa-se utilidade marginal.A lei da utilidade marginal decrescente afirma que, medida que uma pessoa consome cada vez mais de um bem, a utilidade adicional, ou marginal, diminui.Qual a justificao desta lei? A utilidade tende a aumentar para si se consumir mais de um bem. Contudo, de acordo com a lei da utilidade marginal decrescente, ao consumidor cada vez mais, a sua utilidade total crescer a uma taxa cada vez menor. O crescimento da utilidade total abranda porque a sua utilidade marginal diminui com o aumento do consumo do bem. A utilidade marginal decrescente resulta do facto do prazer do consumo de um bem se reduzir medida que o consumo desse bem for aumentando.

Princpio da igualdade marginalAdmitindo que cada consumidor maximiza a sua utilidade, o que significa que o consumidor escolhe de entre os cabazes de bens disponveis o cabaz preferido.Quais so as implicaes da maximizao da utilidade? Certamente que no esperamos que o ltimo ovo que se compra proporcione a mesma utilidade marginal do ltimo par de sapatos que compramos, porque os sapatos custam muito mais do que os ovos.Uma regra mais simples seria: se o bem A custa o dobro do bem B, ento compre o bem A apenas quando a sua utilidade marginal seja pelo menos o dobro da utilidade do bem B. isto leva-nos ao princpio da igualdade marginal segundo o qual cada um deveria organizar o seu consumo de modo que o ltimo euro gasto em cada bem lhe proporcione a mesma utilidade marginal. Nessa situao atingiria a satisfao ou utilidade mxima das suas compras.Princpio da igualdade marginal: um consumidor com um rendimento fixo e perante os preos de mercado atingir a satisfao ou utilidade mxima, quando a utilidade marginal da ltima unidade monetria despendida em cada bem exactamente igual utilidade marginal da ltima unidade monetria despendida em qualquer outro bem.Uma abordagem alternativa: Efeito Substituio e Efeito RendimentoO conceito de utilidade marginal ajudou a explicar a lei fundamental da procura com inclinao negativa. Mas, nas ltimas dcadas, os economistas desenvolveram uma abordagem alternativa anlise da procura que no faz referncia utilidade marginal. Esta abordagem alternativa usa curvas de indiferena para de uma forma rigorosa e consistente enunciar os principais postulados acerca do comportamento do consumidor. Esta abordagem ajuda a explicar os factores que tendem a aumentar ou diminuir a resposta da quantidade procurada ao preo a elasticidade preo da procura. A anlise da indiferena investiga o efeito de substituio e o efeito rendimento resultantes de uma variao no preo. Ao analis-los podemos compreender porque razo a quantidade procurada de um bem se reduz quando o seu preo aumenta.

Efeito SubstituioO factor mais bvio para explicao das curvas de procura com inclinao negativa o efeito substituio. Se o preo do caf aumenta e o mesmo no se verifica com os outros preos, ento o caf tornou-se relativamente mais caro. Quando o caf se torna uma bebida mais cara, ser comprado menos caf e mais ch. De forma semelhante, como o envio de correio electrnico mais barato e mais rpido do que o envio de cartas no correio normal, as pessoas esto a optar cada vez mais pelo correio electrnico para a sua correspondncia. Em geral, segundo o efeito da substituio quando o preo de um bem aumenta, os consumidores tendem a substitu-lo por outros bens menos caros a fim de atingir a satisfao desejada de uma forma mais barata.Os consumidores, comportam-se, assim, de forma idntica das empresas que substituem um factor produtivo por outros mais baratos quando aumenta o preo desse factor produtivo. Por este processo de substituio, as empresas podem produzir uma dada quantidade de produto ao menor custo total. De forma semelhante, quando os consumidores optam por bens menos caros, o que esto a fazer a comprar uma dada quantidade de satisfao a um custo menor.

Efeito rendimentoAlem disso, quando o seu rendimento monetrio fixo, um aumento do preo igual a uma reduo do seu rendimento real. Quando um preo aumenta e os rendimentos monetrios so fixos, os rendimentos reais dos consumidores diminuem porque no conseguem adquirir a mesma quantidade de bens que antes adquiriam. Isto origina o efeito rendimento que significa que o impacto de uma variao do preo sobre a quantidade procurada de bens devido ao efeito da variao do preo nos rendimentos reais. Dado que um rendimento real menor leva a um menor consumo, o efeito rendimento ir normalmente reforar o efeito substituio ao fazer com que a curva da procura tenha uma inclinao negativa.Para obter uma medida quantitativa do efeito rendimento examinamos a elasticidade rendimento de um bem. Este termo corresponde ao quociente entre a variao percentual da quantidade procurada e a variao percentual do rendimento, mantendo o resto constante, por exemplo os preos. As elasticidades rendimento elevadas, como as relativas a viagens de avio e iates, indicam que a procura desses bens aumenta rapidamente medida que o rendimento cresce. Elasticidades rendimento pequenas, como as da alimentao e do tabaco, indicam uma resposta fraca da procura ao aumento do rendimento. Os efeitos rendimento e substituio combinam-se para determinar as principais caractersticas das curvas da procura dos diferentes bens. Em determinadas circunstancias, a curva da procura resultante tem uma grande elasticidade preo, como quando o consumidor despende muito no bem e existem disponveis sucedneos imediatos. Neste caso, tanto o efeito rendimento como o efeito substituio so fortes e a quantidade procurada reage fortemente ao aumento do preo.

Da procura individual procura de mercadoA curva da procura de um bem para a totalidade do mercado obtida pela soma das quantidades procuradas por todos os consumidores. Cada consumidor tem uma curva da procura ao longo da qual a quantidade procurada pode ser relacionada com o preo; tem geralmente uma inclinao para baixo e para a direita. Se todos os consumidores fossem exactamente iguais nas suas procuras e se houvesse um milho de consumidores, ento poderamos pensar na curva de procura do mercado como a ampliao em um milho de vezes da curva da procura de cada consumidor.Mas as pessoas no so todas exactamente iguais. Algumas tm rendimentos elevados, outras tm-nos baixos. Alguns gostam muito de caf e outros preferem beber coca-cola. Para obter a curva de mercado total, o que temos a fazer calcular a soma total de tudo o que todos os consumidores consumiro para cada nvel de preo.Podemos depois representar essa soma total como um ponto da curva de procura do mercado. Ou, se preferirmos, podemos construir um quadro numrico da procura com a soma das quantidades procuradas por todos os indivduos para cada preo de mercado.

Deslocaes da procuraUm aumento do rendimento tende a incrementar a quantidade que estamos dispostos a comprar da maior parte dos produtos. Os bens de primeira necessidade tendem a ter, em relao variao do rendimento, uma resposta inferior da maior parte dos bens, enquanto que os bens de luxo tendem a ser mais sensveis ao rendimento. E existem alguns bens anormais, conhecidos como bens inferiores, cujas vendas podem diminuir com o aumento do rendimento porque as pessoas tm possibilidade de os substituir por outros bens de que gostam mais. O que significa tudo isto em termos de curva da procura? A curva da procura mostra como a quantidade procurada de um bem responde variao do seu prprio preo. Mas a procura tambm afectada pelos preos de outros bens, pelos rendimentos dos consumidores e por influncias especiais. A curva da procura foi elaborada no pressuposto de que estas outras coisas se mantinham constantes. Mas o que acontece se elas se modificam? Ento a totalidade da curva da procura deslocar-se- para a direita ou para a esquerda.

A economia do vcioNuma economia de mercado livre, em geral o governo permite que as pessoas decidam o que comprar com o seu dinheiro. Se uns preferem comprar carros caros enquanto outros preferem moradias caras, admitimos que sabem o que melhor para eles e que no interesse da liberdade individual os governos devem respeitar as suas preferncias.Em alguns casos raros e com grande hesitao, os governos decidem ultrapassar as decises privadas dos adultos. So os casos dos bens de mrito cujo consumo se pensa que intrinsecamente benfico, que contrastam com os bens sem mrito cujo consumo se julga prejudicial. Para estes bens reconhecido que algumas actividades de consumo tm efeitos to graves que pode ser desejvel contrariar as decises privadas. Actualmente, a maior parte dos pases proporciona educao pblica e cuidados de sade de emergncia gratuitos; por outro lado, a sociedade tambm penaliza ou probe o consume de substncias perniciosas tais como cigarros, bebidas alcolicas e herona.Um dos casos mais controversos de bens sem mrito est relacionada com o vcio. Uma substncia viciosa aquela cujo desejo de consumo depende significativamente do consumo passado. O fumador invertebrado e o viciado em herona podem lamentar amargamente o habito adquirido; mas essa a natureza do vcio, no se lhe pode resistir aps o mesmo se ter instalado. muito mais provvel que um consumidor regular de cigarros ou de herona deseje essas substncias do que um no consumidor. Alem disso, para bens altamente viciantes, quase certo que a procura seja bastante rgida em relao ao preo. Pelo contrrio, para os bens convencionais, no provvel que a procura no presente dependa to directamente dos padres de consumo do passado.O consumo destas substncias levanta importantes questes polticas dado que as substancias viciantes podem prejudicar os consumidores e com frequncia impem custos e danos sociedade. Nos malefcios aos consumidores incluem-se anualmente 450 000 mortes precoces e uma grande variedade de problemas mdicos no caso dos cigarros; 10 000 mortes por ano nas estradas atribudas ao lcool; faltas escola, ao emprego e famlia, acompanhado com elevados nveis de SIDA. Os males infligidos sociedade incluem o crime predatrio em que se envolvem os viciados em drogas caras, o custo de providenciar cuidados mdicos aos consumidores de droga e tabaco doentes e a rpida difuso de doenas contagiosas especialmente a SIDA e a pneumonia; a tendncia dos actuais consumidores para recrutar novos consumidores.Uma abordagem poltica, proibir a venda e uso de substncias viciantes e fazer cumprir a proibio com sanes criminais. Economicamente a proibio pode ser interpretada como uma deslocao pronunciada para cima da curva da oferta.

O paradoxo do valorQuanto mais abundante for um bem, menor o desejo relativo da sua ltima unidade. Est portanto clara a razo porque a gua tem um preo reduzido e porque razo um bem absolutamente essencial, como o ar, se pode transformar num bem livre. Em ambos os casos, a abundncia que empurra as utilidades marginais para nveis muito baixos e que assim reduzem o preo desses bens essenciais.

Excedente do consumidorO paradoxo do valor sublinha o facto do valor monetrio registado de um bem, poder ser um indicador que distorce o valor econmico total desse bem. O valor econmico quantificado do ar que respiramos nulo e, no entanto, a contribuio do ar para o bem-estar incomensurvel.A diferena entre a utilidade total de um bem e o seu valor de mercado total designado por excedente do consumidor. O excedente verifica-se por recebermos mais do que pagamos por em resultado da lei da utilidade marginal decrescente.Temos excedente do consumidor basicamente porque pagamos a mesma quantia por cada unidade e uma mercadoria que adquirimos, desde a primeira at ltima unidade. Pagamos o mesmo preo por cada ovo ou copo de gua. Pagamos, assim, por cada unidade o valor da ltima unidade. Mas, pela nossa lei fundamental da utilidade marginal decrescente, as primeiras unidades valem mais para ns do que a ltima. Deste modo, beneficiamos de um excedente de utilidade em cada uma dessas primeiras unidades.

Aplicaes do excedente do consumidorO conceito de excedente do consumidor til na avaliao de muitas decises do governo. Por exemplo, que critrio deve o governo usar acerca do valor da construo duma nova auto-estrada ou da preservao de um parque natural? Suponha que tinha sido proposta uma nova auto-estrada. Se no tiver qualquer portagem, no render qualquer receita. O valor para os utilizadores encontra-se no tempo poupado ou na segurana das viagens, que podem ser medidos pelo excedente do consumidor individual. Para evitar questes difceis de comparao de utilidades individuais, admitirmos que haver 10 000 utilizadores, todos iguais em relao a todos os aspectos.Suponha que o excedente do consumidor para cada utilizador da auto-estrada de 350 euros. A auto-estrada aumentar o bem-estar econmico se o seu custo total for inferior a 3,5milhoes (10 000 * 350). Os economistas usam o excedente do consumidor quando efectuam uma anlise custo-beneficio que tenta determinar os custos e os benefcios de um programa a realizar pelo governo. Em geral, um economista recomendaria que fosse construda uma estrada sem portagem se o seu excedente do consumidor for superior aos seus custos.Anlises similares tm sido aplicadas em questes ambientais como, por exemplo, se se deve preservar reas selvagens para lazer ou se deve exigir a instalao de novos equipamentos para combate poluio. O conceito de excedente de consumidor assinala tambm o enorme privilgio dos cidados das sociedades modernas. Cada um de ns usufrui de um vasto conjunto de bens bastante valiosos que podem ser adquiridos a preos reduzidos.

Produo e Organizao EmpresarialFuno ProduoSe tiver uma quantidade fixa de factores, que quantidade de produto poder obter? Na prtica, a resposta depende do estado da tecnologia e do conhecimento tecnolgico. Em qualquer momento, dados os conhecimentos tecnolgicos, a terra, a maquinaria, etc., apenas pode ser obtida uma certa quantidade de tractores ou pasta de dentes a partir de uma determinada quantidade de trabalho. A relao entre a quantidade necessria de factores de produo e a quantidade de produto que pode ser obtida designada por funo produo.A funo produo determina a quantidade mxima de produto que pode ser produzida com uma dada quantidade de factores de produo. definida para um dado estado da tecnologia e do conhecimento tecnolgico.H literalmente milhes de funes de produo diferentes uma para cada produto e servio. A maior parte no est escrita em lado nenhum, mas est nas mentes das pessoas.O produto marginal de um factor de produo o produto adicional gerado por uma unidade adicional desse factor, mantendo os restantes factores constantes.

Lei dos Rendimentos DecrescentesSegundo a lei dos rendimentos decrescentes, obteremos cada vez menos produto adicional medida que acrescentarmos doses adicionais de um factor, mantendo fixos os outros factores de produo.A lei dos rendimentos decrescentes expressa uma relao muito elementar. Quanto mais de um factor, como o trabalho, acrescentado a uma quantidade fixa de terra, de maquinaria e de outros factores, menor a quantidade dos outros factores que o trabalho tem para trabalhar.

Rendimentos escalaOs rendimentos decrescentes e os produtos marginais referem-se resposta da produo a um aumento de um nico factor de produo quando todos os outros se mantm constantes. Aumentando o trabalho e mantendo constante a terra, o aumento da produo de alimentos teria um incremento cada vez menor.Mas por vezes estamos interessados no efeito de acrscimo de todos os factores. Por exemplo, o que aconteceria produo de trigo se a terra, o trabalho, a gua e os outros factores fossem aumentados na mesma proporo? Ou o que aconteceria produo de tractores se as quantidades de trabalho, computadores, robots, ao e instalaes fabris duplicassem? Estas questes referem-se a rendimentos escala, ou aos efeitos na quantidade produzida do aumento da escala dos factores produtivos. Devem ser distinguidos trs casos importantes: Rendimentos constantes escala referem-se ao caso em que uma variao de todos os factores leva a uma variao proporcional da produo. Por exemplo, se o trabalho, a terra, o capital e outros factores duplicam, ento, sob rendimentos constantes escala, a produo dever tambm duplicar; Rendimentos crescentes escala ocorrem quando um aumento de todos os factores produtivos leva a um aumento mais do que proporcional do nvel de produo. Por exemplo, o planeamento tcnico de uma fbrica qumica de pequena dimenso geralmente conclui que o aumento dos factores trabalho, capital e matrias-primas em 10% faz aumentar o produto total em mais de 10%; Rendimentos decrescentes escala ocorrem quando um aumento proporcional de todos os factores de produo leva a um aumento menos do que proporcional do produto total. Em muitos processos, com o aumento da escala acaba por se chegar a um ponto a partir do qual passam a existir deficincias. Isto pode acontecer porque os custos de gesto ou de controlo se tornam demasiado grandes.A produo apresenta rendimentos crescentes, decrescentes ou constantes escala quando um aumento proporcional de todos os factores produtivos leva a um aumento mais do que proporcional, menos do que proporcional ou igualmente proporcional do produto, respectivamente.

Processo tecnolgicoA historia econmica regista que a produo total nos EUA mais do que decuplicou desde o inicio do sculo. Parte desse ganho derivou do aumento dos factores produtivos, como o trabalho e o equipamento. Mas uma grande parte do aumento do produto derivou do progresso tecnolgico que aumenta a produtividade e os nveis de vida. Alguns exemplos de progresso tecnolgico so impressionantes: enormes avies a jacto que aumentaram a relao passageiros/milha por unidade de factor de produo em quase 50%; as fibras pticas que baixaram os custos e melhoraram a fiabilidade das telecomunicaes; e as melhorias da tecnologia informtica que aumentaram a capacidade de processamento mais de 1000 vezes em trs dcadas. Outras formas de progresso tecnolgico so mais subtis, como quando uma empresa ajusta o seu processo de produo para reduzir o desperdcio e aumentar a produo.Distinguimos inovao de processo, quando um novo conhecimento tcnico melhora as tcnicas de produo dos produtos existentes, da inovao de produto, quando so introduzidos no mercado produtos novos ou melhorados. Por exemplo, uma inovao de processo permite s empresas produzir mais com os mesmos factores de produo ou produzir o mesmo com uma menor quantidade de factores produtivos. Por outras palavras, uma inovao de processo equivalente a uma deslocao da funo produo. muito mais difcil quantificar a importncia das inovaes de produto, mas so provavelmente ainda mais importantes para o aumento do nvel de vida do que as inovaes de processo. O acervo actual de bens e servios muito diferente do que se verificava h 50 anos.

RedesMuitos produtos tm pouco uso por si prprios e geram valor apenas quando so usados em combinao com outros produtos. Esses produtos possuem um nvel elevado de complementaridade. Um caso importante o da rede, em que vrias pessoas esto ligadas entre si atravs de um meio especfico. Nos vrios tipos de redes incluem-se os definidos por ligaes fsicas, como os sistemas de telecomunicaes, redes de computadores, oleodutos e estradas, e as redes indirectas que ocorrem quando as pessoas usam sistemas compatveis.Para compreender a natureza das redes, considere ate onde poderia deslocar-se com o seu automvel sem uma rede de estaes de servio e de quanto valeriam o seu telemvel ou o correio electrnico se mais ningum tivesse telefones ou computadores. Similarmente, os cartes de crdito ou multibanco tm valor porque podem ser usados em muitos locais.Os mercados de rede so especiais porque os consumidores obtm beneficio no apenas do uso pessoal de um bem, mas tambm pelo numero de outros consumidores que adoptam o mesmo bem.Isto conhecido como uma externalidade pela adeso. Quando eu fico com um telefone, todos os outros que tm telefone podem agora comunicar comigo. Portanto, a minha adeso a esta rede produz efeitos externos positivos nos outros indivduos. A externalidade da rede a razo pela qual muitas faculdades proporcionam e-mail universal para todos os seus estudantes e professores o valor do e-mail muito superior quando todos participam.Os economistas tm descoberto muitos aspectos importantes dos mercados em rede. Primeiro, os mercados em rede so tpicos significando que o equilbrio tende para um ou apenas alguns produtos.Dado que os consumidores no gostam de comprar produtos que sejam incompatveis com as tecnologias dominantes, o equilbrio tende a gravitar para um nico produto que afasta todos os seus rivais.Um segundo aspecto importante que a histria conta nos mercados em rede.Terceiro, dado que envolvem uma complexa conjugao de economias de escala, expectativas, dinmicas e padronizao, as redes conduzem a um conjunto fascinante de estratgias empresariais. A natureza tpica das redes significa que tendem a ser mercados em que quem ganha fica com tudo, com intensa rivalidade nas etapas iniciais e com poucos concorrentes logo que uma tecnologia vencedora tenha emergido. Alm disso, os mercados em rede so com frequncia inertes, de modo que quando um produto tem uma liderana substancial muito difcil para os outros produtos atingi-lo.Estas caractersticas significam que as empresas querem com frequncia ganhar um avano inicial sobre os seus rivais.Suponha que est a produzir um produto para uma rede. Com vista a criar um avano inicial, deve persuadir os utilizadores que o nmero 1, atendendo ao incremento das suas vendas; fixa preos de penetrao ao oferecer preos muito baixos para os primeiros aderentes. Anexa ao seu produto um outro produto popular ou levanta questes acerca da qualidade dos seus concorrentes ou aos poderes instalados. Acima de tudo, teria de investir fortemente em publicidade para deslocar para fora da curva da procura do produto. Se for o afortunado vencedor ir beneficiar das economias de escala na rede e usufruir de lucros de monoplio.

A funo produo agregada nos EUAProdutividadeO conceito de produtividade consiste no quociente entre o produto total e a mdia ponderada dos factores. H duas variantes que so a produtividade do trabalho, que a quantidade de produo por unidade de trabalho, e a produtividade total dos factores que a produo por unidade da totalidade dos factores.Crescimento da produtividade pelas economias de escalaA produtividade cresce devido s economias de escala e ao progresso tecnolgico. As economias de escala e a produo em massa tm sido elementos importantes do crescimento da produtividade ao longo do ltimo sculo.A maior parte dos processos de produo tem uma dimenso muitas vezes superior que tinham no sculo XIX. Um navio grande, em meados do sculo XIX, podia transportar 2000 toneladas de bens enquanto que os maiores superpetroleiros da actualidade transportam mais de 1 milho de toneladas de petrleo.Qual seria o efeito de um aumento geral da escala da actividade econmica? Se prevalecessem rendimentos crescentes, uma escala maior dos factores produtivos e da produo levaria a uma produtividade maior.Embora os rendimentos crescentes escala sejam potencialmente grandes em muitos sectores, a partir de certo ponto passam a verificar-se rendimentos decrescentes escala. Quando as empresas se tornam cada vez maiores, a resoluo dos problemas de gesto e de coordenao torna-se cada vez mais difcil. Na procura crescente de maiores lucros, uma empresa pode estar a expandir-se para mais mercados geogrficos ou linhas de produtos para alm do que pode efectivamente gerir.Uma empresa pode ter apenas um presidente executivo, um administrador financeiro e um conselho de administrao. Com menos tempo para estudar cada mercado e para tomar cada deciso, os gestores superiores podem ir afastando-se da actividade corrente e comear a cometer erros.Tal como os imprios que definharam at desaparecerem, essas empresas vem-se expostas invaso de rivais mais pequenas e mais geis.

A natureza da empresaQuase toda a produo realizada por organizaes especializadas as pequenas, mdias e grandes empresas que dominam o panorama das economias modernas. Porque razo tem lugar geralmente em empresas em vez de em nossas casas?A actividade empresarial existe devido a muitas razes, mas a mais importante que as empresas so organizaes especializadas que se dedicam gesto do processo de produo.Entre as suas importantes funes contam-se o aproveitamento das economias da produo em massa, a angariao de fundos e a organizao do processo de produo.As economias da produo em massa so o factor mais determinante da organizao da produo em empresas. A produo eficiente exige fbricas e maquinaria especializada, linhas de montagem e a diviso do trabalho num grande nmero de pequenas tarefas. Estudos efectuados revelam que a produo eficiente de automveis exige nveis de produo de pelo menos 300 000 unidades por ano.Dificilmente poderamos esperar que os trabalhadores espontaneamente conseguissem desenvolver cada tarefa correctamente e na sequncia certa.De facto, precisamos de empresas para coordenar o processo de produo, para comprar ou arrendar terrenos, capital, trabalho e matrias-primas. Se no houvesse necessidade de especializao e diviso do trabalho, cada um de ns poderia produzir, nas traseiras de sua casa, a electricidade, o relgio digital e os discos compactos. No podemos obviamente executar essas tarefas; a eficincia requer geralmente a produo empresarial em larga escala.Uma segunda funo das empresas a angariao de recursos para a produo em larga escala. O desenvolvimento de um novo avio comercial custa muito mais de mil milhes de dlares. As despesas de investigao e desenvolvimento de um novo microprocessador de computador.Uma terceira razo para a existncia de empresas a gesto do processo de produo. O gestor a pessoa que organiza a produo, introduz novas ideias, novos produtos ou processos, toma as decises empresariais e tido como o responsvel pelo sucesso ou insucesso. A produo no pode organizar-se a si prpria. Algum tem de supervisionar a construo de uma nova fbrica, negociar com os sindicatos de trabalhadores e comprar matrias-primas e outros fornecimentos.

Empresas grandes, pequenas e minsculasEmpresrio em nome individualNum dos extremos do espectro est o empresrio em nome individual, o pequeno negcio clssico das lojas familiares. Uma pequena loja pode ter um movimento dirio de umas poucas centenas de euros e proporciona meramente um salrio mnimo para o trabalho dos seus proprietrios.Estas empresas so inmeras mas pouco importantes no conjunto das vendas. Para a maior parte das pequenas empresas exigido um esforo pessoal enorme. Os empregados por conta prpria trabalham frequentemente 50 ou 60 horas por semana e no tm frias, mas o tempo de vida mdio dos pequenos negcios apenas de um ano. De qualquer forma, algumas pessoas sempre querero trabalhar no que seu. O seu negcio pode obter xito e vir a poder vender-se por milhes de euros.

Sociedade em nome colectivoFrequentemente um negcio exige a combinao de talentos, por exemplo, de advogados ou mdicos especializados em diferentes reas. E duas ou mais pessoas podem juntar-se e formar uma sociedade em nome colectivo. Todos concordam em fornecer uma parcela do trabalho e do capital, em partilhar uma parcela dos lucros e, claro, em partilhar os prejuzos ou dvidas.Actualmente estas sociedades constituem apenas uma pequena parcela da totalidade da actividade econmica. A razo porque este tipo de sociedade apresenta certas desvantagens que o tornam impraticvel para grandes empreendimentos. A maior desvantagem a responsabilidade ilimitada. Todos os scios so responsveis sem qualquer limite por todas as dvidas contradas pela sociedade. Se possuir 1% da sociedade e o empreendimento falhar, ser chamado a pagar 1% das dividias e aos outros scios sero exigidos os respectivos 99%. Mas, se os seus scios no puderem pagar, poder-lhe- ser exigido a si o pagamento de todas as dividas nem que tenha de vender o seu patrimnio pessoal.O perigo da responsabilidade ilimitada e a dificuldade de angariao de fundos explicam a razo porque este tipo de sociedade tende a ficar confinado a pequenos negcios pessoais como a agricultura ou o comrcio a retalho. As sociedades em nome colectivo so demasiado arriscadas para a maior parte dos negcios.

Sociedade annimaUma sociedade annima uma forma de organizao empresarial sendo propriedade de um certo nmero de accionistas individuais. A sociedade annima tem uma identidade legal autnoma e , de facto, uma pessoa jurdica que pode, em benefcio prprio, comprar, vender, receber dinheiro emprestado, produzir bens e servios e participar em contratos. Alem disso, a sociedade annima beneficia da responsabilidade limitada, pelo qual o investimento e a exposio financeira na sociedade por cada um dos seus proprietrios est estritamente limitado a um montante especificado.Os aspectos essenciais de uma sociedade annima moderna so os seguintes: A propriedade de uma sociedade annima determinada por quem possui as aces do respectivo capital social. Quem possuir 10% das aces de uma sociedade annima, tem 10% da propriedade. As sociedades annimas detidas pelo pblico esto cotadas nas bolsas de valores mobilirios; Em princpio, os accionistas controlam as sociedades que lhes pertencem. Recebem dividendos na proporo da parcela das suas aces, elegem os administradores e votam muitos assuntos importantes. Mas no se pense que os accionistas tm um papel significativo na gesto das sociedades annimas; Os administradores e directores das sociedades tm o poder legal de tomar decises em nome da sociedade. Decidem o que ser produzido e como ser produzido. Negoceiam com os sindicatos de trabalhadores e decidem a venda da empresa se uma outra empresa a pretender adquirir.Vantagens e desvantagens das sociedades annimasPorque razo as sociedades annimas so predominantes numa economia de mercado? Simplesmente porque uma forma extremamente eficiente de entrar num negcio. A sociedade annima uma pessoa legal que pode desenvolver negcios. A sociedade annima tambm pode ter uma existncia perptua, independentemente do nmero de vezes que as suas aces mudem de mos. As sociedades annimas no so pequenas democracias, pelo que os seus gestores podem tomar decises rapidamente, e por vezes de modo rude, o que contrasta com a forma como so tomadas as decises pelos parlamentos.Alem disso, os accionistas das sociedades annimas gozam do direito de responsabilidade limitada que os isenta de suportarem as dvidas ou os prejuzos da sociedade para alm da sua participao inicial.As sociedades annimas enfrentam uma desvantagem importante: h um imposto adicional sobre os lucros das sociedades annimas. Num negcio que no tenha forma de sociedade annima, qualquer rendimento lquido de despesas tributado como o rendimento pessoal normal. A sociedade annima tratada de uma forma diferente na medida em que o rendimento duplamente tributado primeiro como lucro da sociedade e depois como rendimento pessoal, ou dividendo dos accionistas.

Anlise de CustosRegra do custo mnimo: para produzir um determinado nvel de produto ao custo mnimo, uma empresa deve comprar factores produtivos at que tenha igualado o produto marginal por unidade monetria gasta em cada factor produtivo.Regra da substituio: se o preo de um factor baixa enquanto os de todo os outros se mantm constantes, as empresas lucraro com a substituio de todos os outros factores pelo factor que embarateceu ate que os produtos marginais por unidade monetria sejam iguais para todos os produtos.

Demonstrao de resultados, ou conta de ganhos e perdasComecemos com uma pequena empresa chamada Cachorro Quente SA. Como o nome sugere, esta empresa vende salsichas em po num pequeno estabelecimento. A actividade consiste na compra de matrias e em contratar pessoal para preparar e vender. Alem disso, a empresa contraiu um emprstimo. Os fundadores tm grandes ambies pelo que se constituram em sociedade annima e emitiram aces.Para ver se a empresa est a ter lucro temos de recorrer demonstrao dos resultados. Esta demonstrao regista o seguinte: (1) as receitas em 1997, (2) as despesas para realizar essas vendas, (3) o resultado lquido ou lucros remanescentes depois da deduo das despesas.Isto d, a identidade fundamental da demonstrao dos resultados.Esta definio d-nos a ltima linha dos lucros que as empresas querem maximizar. E, em muitos pontos, os lucros das empresas aproximam-se da definio de lucros econmicos dada pelos economistas.Quando a empresa possui o bem de capital, o tratamento mais complicado. Suponha que o equipamento de cozinha tem uma vida til estimada de 10 anos, ao fim do qual no tem utilidade nem valor. Com efeito, uma parte do equipamento consumido todos os anos no processo produtivo. Designamos por amortizao o montante consumido e calculamos esse montante como o custo do factor capital em cada ano. A amortizao quantifica o custo anual de um factor de capital de que uma empresa proprietria. O mesmo raciocnio aplica-se a qualquer bem de capital que uma empresa possua. Os camies vo ficando usados, os computadores tornam-se obsoletos e os edifcios comeam a deteriorar-se. Para todos eles, a empresa deveria considerar um custo de amortizao. Existem vrias formas diferentes para o clculo da amortizao anual, mas todas seguem dois princpios fundamentais:a) O montante total de amortizao ao longo de vida do bem tem de ser igual ao custo histrico do bem de capital ou preo de compra;b) A amortizao considerada na contabilizao dos custos anuais ao longo do perodo de vida contabilstica do bem, ao qual est relacionada com o tempo de vida econmica efectiva do mesmo.

BalanoA contabilidade das empresas no se preocupa apenas com os lucros e prejuzos que so a fora econmica orientadora. A contabilidade das empresas inclui tambm o balano que uma imagem da situao financeira da empresa numa determinada data. Esta demonstrao regista o que uma empresa, uma pessoa ou um pas vale num determinado momento do tempo. Num dos membros do balano est o activo (bens ou direitos da empresa). No outro membro est o passivo e o capital prprio.Uma distino importante entre demonstrao de resultados e balano a que existe entre fluxo e estado. Um estado stock representa um nvel de uma varivel, com uma quantidade de gua de um lago, ou neste caso, o valor monetrio de uma empresa. Uma varivel de fluxo representa a variao por unidade de tempo, como o caudal de um rio ou fluxo de receitas e despesas que entram ou saem de uma empresa.A demonstrao de resultados mede o fluxo que entra e sai da empresa, enquanto que o balano mede o total estado dos activos e passivos no fim do ano contabilstico.

Truques financeirosTendo analisado os princpios da contabilidade, verificmos que existe uma grande dose de juzo de valor na deciso sobre o exacto tratamento de certas rubricas. No final dos anos 90, pressionadas para gerar rapidamente lucros crescentes, muitas sociedades manipularam as suas contabilidades para apresentar resultados brilhantes, ou para escamotear prejuzos. Nalguns dos exemplos mais afamados incluem-se a classificao da venda de activos como receitas de explorao, a capitalizao das sadas de fundos, enquanto as entradas eram classificadas como receitas correntes, o aumento do valor residual dos camies ao longo do tempo, o aumento do valor da capacidade disponvel dos aterros mesmo que estivessem cheios, e reportando previses agradveis de resultados quando a realidade era diferente.

Custos de oportunidadeRecorde que um dos princpios bsicos em economia o de que os recursos so escassos. Isso significa que, sempre que decidimos utilizar um recurso de uma forma, estamos a prescindir da oportunidade de utiliz-lo de outra forma. fcil de verificar isto nas nossas prprias vidas, pois estamos constantemente a decidir o que fazer com o tempo e o dinheiro limitados que temos.Vamos a um cinema ou vamos estudar para um teste da prxima semana? Neste caso, tomar uma deciso custa a oportunidade de fazer outra coisa qualquer. A melhor alternativa perdida designada por custo de oportunidade. O custo monetrio imediato de ir ao cinema em vez de estudar, o preo do bilhete, mas o custo de oportunidade inclui tambm a possibilidade de ter uma melhor nota no exame. O custo de oportunidade de uma deciso inclui todas as suas consequncias, quer reflictam transaces monetrias ou no.

Anlise de Mercados Perfeitamente ConcorrenciaisComportamento de uma empresa concorrencialSe fosse dono de uma empresa em concorrncia perfeita, qual a quantidade que deveria produzir? Qual a quantidade de trigo que o sr. Silva deve produzir se o trigo se vender a 3euros o alqueire?Na anlise do comportamento de oferta de empresas perfeitamente concorrenciais, consideramos duas hipteses. Primeiro, admitimos que a nossa empresa concorrencial maximiza os lucros. Segundo, observamos que a concorrncia perfeita um cosmos de empresas que aceitam o preo.Maximizao do lucroPorque dever uma empresa querer maximizar os lucros? Os lucros so como o rendimento lquido ou o rendimento disponvel de uma empresa. Representam o montante que uma empresa pode pagar em dividendos aos proprietrios, reinvestir em novas fbricas ou equipamentos, ou aplicar em investimentos financeiros. Todas estas actividades aumentam o valor da empresa para os seus proprietrios.A maximizao do lucro exige da empresa a gesto eficiente da sua actividade interna e tomar decises acertadas no mercado. Dado que os lucros envolvem tanto custos como receitas, a empresa tem de ter um bom conhecimento da sua estrutura de custos.

Concorrncia PerfeitaA concorrncia perfeita o mundo dos aceitantes de preo. Uma empresa perfeitamente concorrencial vende um produto homogneo. to pequena em relao ao seu mercado que no pode influenciar o preo de mercado; apenas pode aceitar o preo como um dado. Quando o Sr. Silva vende um produto homogneo como o trigo, vende-o a uma massa enorme de compradores ao preo de mercado de 3euros. Tal como, de uma forma geral, os consumidores tm de aceitar os preos que so cobrados no acesso Internet, assim as empresas concorrenciais tm de aceitar os preos de mercado do trigo, ou do petrleo que produzem.Dado que as empresas concorrenciais no podem influenciar o preo, o preo de cada unidade vendida a receita adicional que a empresa obtm. Por exemplo, a um preo de mercado de 40 euros por unidade, a empresa concorrencial pode vender tudo o que quiser a 40 euros. Se decidir vender 101 unidades em vez de 100 unidades, a sua receita aumenta precisamente 40 euros.O longo prazo num sector concorrencialAs empresas podem continuar em actividade durante algum tempo ainda que tenham prejuzo. Esta situao possvel em especial nas empresas que tenham elevados custos fixos. Esta anlise permite compreender porque razo nas recesses econmicas muitas das grandes empresas dos EUA, se mantiveram em actividade embora tenham sofrido prejuzo de milhares de milhes de dlares.Esses prejuzos levantam uma questo preocupante: possvel que o capitalismo esteja a tender para uma eutansia dos capitalistas, um estado em que a concorrncia acrescida gera prejuzos crnicos? Para responder a esta questo necessitamos de analisar as condies de encerramento de longo prazo. Demonstrmos que as empresas devem encerrar a actividade quando j no podem cobrir os seus custos variveis. Mas, no longo prazo, todos os custos so variveis. Uma empresa que esteja a perder dinheiro pode pagar o emprstimo que ainda deve, indemnizar os seus gestores e deixar expirar as suas rendas. No longo prazo, todos os compromissos so de novo opcionais. Assim, no longo prazo as empresas produziro apenas enquanto o preo for igual ou superior ao ponto crtico em que o preo igual ao custo mdio.H, portanto, um ponto crtico de lucro zero abaixo do qual o preo de longo prazo no pode baixar para que as empresas se mantenham em actividade. Isto , o preo de longo prazo deve cobrir os custos despendidos, tais como salrios, matrias-primas, equipamento, impostos e outros custos, bem como os custos de oportunidade, tal como a remunerao alternativa do capital do investidor. Isso significa que o preo de longo prazo tem de ser igual ou superior ao custo mdio de longo prazo.O que acontece se o preo de longo prazo desce abaixo deste nvel critico de lucro nulo? As empresas ao deixarem de ter lucro comeam a abandonar o sector. Dado que h menos empresas a produzir, a curva de oferta de mercado deslocar-se- para a esquerda e o preo aumentar. O preo acabar por subir o suficiente para que o sector passe a ser de novo lucrativo.Mas o processo tambm funciona na outra direco. Suponha que o preo de longo prazo est acima do custo total de longo prazo, pelo que as empresas esto a ter lucro econmico. Admita ainda que no longo prazo todas as empresas so absolutamente livres de entrar no sector, de tal modo que um numero qualquer de empresas pode entrar no sector e produzir exactamente aos mesmos custos das empresas que j fazem parte dele.Nesta situao, empresas novas sero atradas pelos lucros futuros, a curva da oferta de curto prazo desloca-se para a direita e o preo cai. Acabar por cair ate ao ponto crtico, de modo que deixa de ser lucrativo para outras empresas entrarem no sector.A concluso de que, no longo prazo, o preo de um sector concorrencial tender para o ponto crtico em que empresas idnticas cobrem apenas a totalidades dos seus custos concorrenciais. Abaixo deste preo crtico de longo prazo, as empresas abandonaro a actividade at que o preo regresse ao custo mdio de longo prazo. Acima deste preo de longo prazo, novas empresas entraro no sector, forando desse modo o preo de mercado a baixar at ao preo de equilbrio de longo prazo, com o qual so cobertos apenas todos os custos concorrenciais.Chegmos concluso preocupante acerca da lucratividade de longo prazo do capitalismo concorrencial. As foras concorrenciais tendem a empurrar as empresas e os sectores de actividade para um estado de longo prazo de lucro nulo. A longo prazo, as empresas concorrenciais tero a rendibilidade normal do seu investimento, e no mais. Os sectores que so lucrativos tendem a atrair novas empresas, o que origina uma baixa dos preos e a reduo dos lucros para zero. Pelo contrrio, as empresas saem dos sectores no lucrativos procura de melhores oportunidades de lucro. Os preos e os lucros tendem a aumentar. Portanto no equilbrio de longo prazo de um sector de actividade concorrencial no se verificam lucros econmicos.

Avaliao do mecanismo de mercadoUm dos aspectos mais salientes da ltima dcada tem sido a redescoberta do mercado. Muitos pases abandonaram a mo pesada do intervencionismo do governo na direco e regulao e substituram-na pela coordenao subtil da mo invisvel. Qual o desempenho dos mercados concorrenciais? Merecem uma alta classificao pela satisfao das necessidades econmicas da populao?

Conceito de eficinciaNa anlise de uma economia centramo-nos fundamentalmente no conceito de afectao eficiente, ou eficincia. Uma economia eficiente se proporciona aos seus consumidores o mais desejado conjunto de bens e servios, dados os recursos e a tecnologia da economia.Podemos pensar intuitivamente no conceito de eficincia em termos da fronteira de possibilidades de produo. Uma economia obviamente ineficiente se est no interior da FPP. Se nos movemos para a FPP, ningum obrigado a sofrer uma reduo na utilidade. Uma economia eficiente, pelo menos, encontra-se na sua FPP. Mas a eficincia vai mais alm e exige no s a produo da combinao correcta de bens, mas tambm que esses bens sejam distribudos pelos consumidores de modo a maximizar as satisfaes do consumidor.

Eficincia do equilbrio concorrencialUma das principais concluses de toda a cincia econmica que a afectao de recursos por mercados perfeitamente concorrenciais eficiente. Esta concluso fundamental parte do pressuposto de que todos os mercados so perfeitamente concorrenciais e de que no h externalidades, como a poluio, ou informao imperfeita.Contudo, ainda que a economia seja eficiente, nada se diz acerca da equidade da repartio do rendimento em mercados concorrenciais.

O papel central do custo marginal na determinao do preoA importncia do custo marginal vai muito alem da concorrncia perfeita. Qualquer sociedade ou organizao que tente fazer o melhor uso dos seus recursos dever utilizar o custo marginal para alcanar a eficincia produtiva, quer essa entidade seja uma economia capitalista ou socialista, uma organizao que queira maximizar o lucro ou uma sem fins lucrativos.O papel essencial do custo marginal numa economia de mercado o seguinte: a economia estar a gerar o mximo de produto e de satisfao a partir dos seus recursos escassos de terra, trabalho e capital, somente quando os preos forem iguais aos custos marginais.Um sector de actividade estar a produzir o seu produto total ao custo mnimo total somente quando cada empresa tenha o seu custo marginal igual ao custo marginal de qualquer outra empresa, o que ocorrer quando o custo marginal de cada um seja igual ao preo comum. A sociedade estar na sua fronteira de possibilidade de produo somente quando o preo seja igual ao custo marginal em todas as empresas.

AperfeioamentosH duas situaes importantes onde os mercados no conseguem alcanar o ptimo social. Primeira, os mercados podem ser ineficientes em situaes onde estejam presentes a poluio ou outras externalidades, ou quando existe concorrncia ou informao imperfeitas.Segunda, a distribuio de rendimentos em mercados concorrenciais, mesmo quando eficiente, pode no ser socialmente aceitvel.

Falhas de mercado As mais importantes so a concorrncia imperfeita, as externalidades e a informao imperfeita.Concorrncia imperfeitaQuando uma empresa tem poder de mercado num mercado especfico, pode aumentar o preo do seu produto acima do seu custo marginal. Os consumidores compram menos produto do que fariam em concorrncia, pelo que a satisfao do consumidor diminuda. Este tipo de reduo da satisfao do consumidor tpica das deficincias geradas pela concorrncia imperfeita.

ExternalidadesAs externalidades so outra falha importante do mercado. Por exemplo, uma companhia de electricidade pode emitir para a atmosfera fases sulfurosos, causando prejuzo nas habitaes da vizinhana e prejudicando a sade das pessoas. Se a companhia de electricidade no paga pelos impactos prejudiciais, a poluio ser ineficientemente elevada e o bem-estar dos consumidores prejudicado.Nem todas as externalidades so prejudiciais. Algumas so benficas, como as que derivam da actividade de desenvolvimento cientfico. Outra das externalidades positivas deriva dos programas de sade pblica, como a vacinao, etc.

Informao imperfeitaUma terceira falha de mercado importante a informao imperfeita. A teoria da mo invisvel pressupe que compradores e vendedores tm informao completa acerca de bens e servios que compram e vendem. pressuposto que as empresas tenham um conhecimento completo acerca das funes produo do respectivo sector. Admite-se que os consumidores conheam a qualidade e os preos dos bens.A realidade est, claramente, muito afastada deste mundo ideal. A questo crucial saber o quanto prejudiciais so os desvios informao perfeita? Em alguns casos, a perda de eficincia ligeira. A minha desvantagem no ser muito grande se comer um gelado de chocolate que seja ligeiramente mais doce do que queria, ou se no souber a exacta temperatura da cerveja que sai do barril, no entanto, noutros casos, a perda grave. Uma das funes do governo identificar aquelas reas em que as deficincias de informao so economicamente significativas como os medicamentos e encontrar solues apropriadas.

O papel da interveno do Governo luz das deficincias e desigualdades potenciais do capitalismo de mercado, devem os governos intervir com regulamentos, impostos correctivos e apoio ao rendimento dos pobres? Est a sociedade satisfeita com os resultados alcanados quando produzida a quantidade mxima de po? Ou iro as democracias modernas tirar uma parcela aos ricos para dar aos pobres?No se encontram respostas cientificamente correctas. Estas so aquelas questes normativas que so decididas apropriadamente nas urnas de voto. A economia positiva no pode dizer quais as medidas que os governos devem tomar para melhorar corrigir as desigualdades e deficincias do mercado. Mas a cincia econmica pode oferecer uma viso qualificada sobre as deficincias e prejuzos dos efeitos laterais potenciais de intervenes alternativas, e solues para que os objectivos de uma sociedade moderna possam ser atingidos da forma mais efectiva.

Concorrncia imperfeita e MonoplioTipos de concorrncia imperfeitaOs principais tipos de concorrncia imperfeita so o monoplio, oligoplio e a concorrncia monopolstica. Veremos que, para uma dada tecnologia, os preos so mais elevados e as produes so menores em concorrncia imperfeita do que em concorrncia perfeita.Mas, juntamente com estes vcios, os concorrentes imperfeitos tm virtudes. As grandes empresas exploram economias da produo em larga escala e so responsveis por muitas das inovaes que impulsionam o crescimento econmico a longo prazo. Se compreender o funcionamento dos mercados de concorrncia imperfeita ter um conhecimento mais aprofundado das economias industriais modernas.No sector da programao existe uma inovao impressionante, embora na maior parte das aplicaes desde contabilidade fiscal a processamento de texto, o mercado seja dominado por poucas empresas.Definio de concorrncia imperfeitaSe uma empresa pode influenciar o preo de mercado dos bens que produz, ento a empresa classificada como um concorrente imperfeito. A concorrncia imperfeita verifica-se num sector de actividade sempre que existam vendedores individuais que detm alguma parcela de controlo sobre o preo da sua produo.A concorrncia imperfeita no implica que uma empresa tenha o controlo absoluto sobre o preo dos seus produtos.Em alguns sectores de actividade imperfeitamente concorrenciais, o grau de poder de monoplio muito pequeno. No comrcio a retalho de computadores, por exemplo, uma ligeira percentagem de diferena no preo ter geralmente um efeito significativo sobre as vendas da empresa. No mercado de sistemas operativos, por exemplo, a Microsoft, tem um monoplio virtual e tem um grande poder discricionrio sobre o preo do seu software.

Tipos de concorrentes imperfeitosUma economia industrial moderna como a dos EUA uma selva repleta de muitas espcies de concorrncia imperfeita. O dinamismo da indstria dos computadores, impulsionada por rpidos desenvolvimentos da tecnologia, diferente do tipo de concorrncia com menor vitalidade. Os economistas classificam os mercados imperfeitamente concorrenciais em trs estruturas de mercado diferentes.

MonoplioAt que nvel de imperfeio pode a concorrncia imperfeita chegar? O caso extremo o monoplio: um nico vendedor com o controlo total sobre um ramo de actividade. a nica empresa a produzir no respectivo sector de actividade e no existe outro sector a produzir um produto substituto prximo.Os verdadeiros monoplios hoje em dia so raros. A maior parte dos monoplios persiste devido a forma de regulao ou proteco governamental. Mas mesmo os monopolistas tm de estar sempre a olhar sua volta procura de concorrentes.

OligoplioO termo oligoplio significa pouco vendedores. Poucos, neste contexto, podem ser apenas 2 ou de 10 a 15 empresas. O aspecto importante do oligoplio que cada empresa individualmente pode influenciar o preo de mercado. Os sectores oligopolistas so bastante comuns na economia, especialmente na indstria transformadora, dos transportes e das comunicaes. O mesmo se verifica no mercado dos aparelhos domsticos: as lojas esto cheias de muitos modelos diferentes de electrodomsticos, etc.

Concorrncia monopolsticaA ltima categoria de concorrncia imperfeita a concorrncia monopolstica que ocorre quando um nmero elevado de vendedores produz produtos diferenciados. Esta estrutura de mercado faz lembrar a concorrncia perfeita pelo facto de existirem muitos vendedores, nenhum dos quais tem uma grande quota de mercado.Difere da concorrncia perfeita pelo facto dos produtos vendidos por empresas diferentes no serem idnticos. Produtos diferenciados so aqueles que tm caractersticas importantes diferentes. O caso clssico da concorrncia monopolstica o mercado a retalho das gasolinas. Pode ir ao posto local da Galp ainda que tenha um preo ligeiramente superior porque est no seu caminho para o trabalho. Mas se o preo da Galp sobe mais do que uns milsimos acima da concorrncia, voc pode mudar para o posto da BP que fica um pouco mais longe.Este exemplo ilustra a importncia da localizao na diferenciao do produto. Gasta-se tempo para ir ao banco ou a um hipermercado e o tempo necessrio para ir s diferentes lojas afecta as decises de compra. O preo completo de um bem inclui no s o preo monetrio, como tambm o custo de oportunidade de busca, de tempo de viagem e outros custos no monetrios. Estas razoes tambm explicam porque razo os grandes centros comerciais so to populares: permitem s pessoas comprar uma grande variedade de bens com economia do tempo de compra. Actualmente as compras na Internet tm importncia crescente porque, ainda que haja custos de envio, o tempo exigido para a compra de um bem em linha pode ser muito reduzido quando comparado com o de pegar no carro e ir at loja.A qualidade do produto actualmente uma parcela de importncia crescente na diferenciao do produto.Os bens diferem nas suas caractersticas tal como nos seus preos.

Custos e imperfeies de mercadoA tecnologia e a estrutura de custos de uma indstria ajuda a determinar o nmero de empresas que essa indstria suporta e a sua dimenso. A chave saber se h economias de escala na indstria. Se h economias de escala, uma empresa pode diminuir os seus custos mdios aumentando a produo, pelo menos at um certo ponto. Isto significa que as empresas maiores tero uma vantagem pelos custos sobre as empresas mais pequenas. Quando h economias de escala, uma ou mais empresas iro expandir a sua produo at ao ponto em que produzem a maior parte da produo total da indstria. O sector torna-se ento imperfeitamente concorrencial. Talvez at o nico monopolista passe a dominar o sector; um resultado mais provvel o de que alguns grandes vendedores controlem a maior parte da produo do sector; ou haver um grande numero de empresas com produtos ligeiramente diferentes. Qualquer que seja o resultado, devemos inevitavelmente encontrar algum tipo de concorrncia perfeita com uma infinidade de empresas que no controlam o preo.Muitos sectores beneficiam de rendimentos crescentes escala. Numerosos estudos detalhados de econometria e de engenharia confirmam que muitos sectores no agrcolas apresentam custos mdios de longo prazo decrescentes.

Barreiras entradaEmbora as diferenas de custo sejam o factor mais importante em que assentam as estruturas de mercado, as barreiras entrada podem tambm evitar uma efectiva concorrncia. Barreiras entrada so factores que dificultam a entrada de novas empresas numa indstria.Quando as barreiras so elevadas, uma indstria pode ter um nmero pequeno de empresas e uma presso reduzida para competirem. As economias de escala funcionam como um tipo comum de barreiras entrada, mas existem outras, onde se incluem as restries legais, elevados custos de entrada, publicidade e a diferenciao de produtos.

Restries legaisOs governos por vezes restringem a concorrncia em certos sectores. As patentes, restries entrada, impostos alfandegrios e quotas de importao so importantes restries legais. Uma patente concedida a um inventor para possibilitar o uso exclusivo temporrio do produto ou do processo que patenteado. As patentes so umas das poucas formas de monoplios autorizadas pelo governo que so aprovadas pela generalidade dos economistas. Os governos concedem o monoplio de patente para estimular a actividade inventiva. Sem a perspectiva de uma proteco de monoplio, uma empresa ou um inventor isolado no estariam dispostos a dedicar tempo e recursos pesquisa e desenvolvimento. O elevado preo de monoplio temporrio e a ineficincia resultante o custo que a sociedade suporta pelas invenes.Os governos tambm impem restries entrada em muitas actividades. Tipicamente, em servios, como as telecomunicaes e a distribuio de electricidade e gua, so concedidos monoplios concessionados numa determinada rea. Nesses casos, a empresa recebe o direito exclusivo de fornecer um servio e em troca a empresa concorda em limitar os seus lucros e fornecer um servio universal na rea ainda que alguns clientes no sejam lucrativos.

Custos de entrada elevadosAlem das barreiras entrada impostas legalmente, tambm existem barreiras econmicas. Em algumas indstrias o preo de entrada pode efectivamente ser muito elevado. Considere, por exemplo, a construo de avies. O custo de conceber e testar novos avies elevado o que serve para desencorajar potenciais interessados no mercado.Alem disso, as empresas efectuam investimento sob formas intangveis e esses investimentos podem ser muito dispendiosos para qualquer potencial nova empresa do sector.

Condies de maximizao do lucroO que dever fazer o monopolista perante uma dada curva de procura se pretender maximizar o lucro total? Por definio, o lucro total igual receita total menos os custos totais.Para maximizar os seus lucros, a empresa deve encontrar o preo e quantidade de equilbrio que do lucro, ou a maior diferena entre RT e CT. Uma concluso importante a de que o lucro mximo ocorrer quando a produo se encontrar no nvel em que a receita marginal da empresa for igual ao seu custo marginal.

Oligoplio e concorrncia monopolistaA estrutura de mercado mais concentrada o monoplio, em que uma nica empresa produz toda a produo de um ramo econmico.Em muitas situaes como na deciso sobre se o governo deve intervir num mercado ou sobre se uma empresa abusou da sua posio monopolista os economistas necessitam de uma medida quantitativa do grau do poder de mercado. O poder de mercado significa o grau de controlo que uma nica empresa ou um pequeno nmero de empresas tm sobre um preo e as decises de produo de um ramo de actividade.

Natureza da concorrncia imperfeitaNa anlise dos determinantes da concentrao, os economistas descobriram que nos mercados de concorrncia imperfeita esto em aco trs factores fundamentais. Estes factores so as economias de escala, as barreiras entrada e a interaco estratgica: Custos. Quando a dimenso mnima eficiente de funcionamento de uma empresa se situa numa parcela elevada da produo do ramo de actividade, apenas podem sobreviver de forma lucrativa um nmero reduzido de empresas e o mais certo a implantao de oligoplio; Barreiras concorrncia. Quando existem grandes economias de escala ou restries entrada estabelecidas pelo governo, as mesmas iro limitar o nmero de concorrentes numa indstria; Interaco estratgica. Quando num mercado operam poucas empresas, estas depressa reconhecem a sua interdependncia. A interaco estratgica, que um aspecto genuno do oligoplio que tem inspirado a teoria dos jogos, ocorre quando a actividade de cada empresa depende do comportamento das suas rivais.Porque razo esto os economistas especialmente preocupados com os sectores com caractersticas de concorrncia imperfeita? A resposta porque esses sectores tm certos comportamentos que so inimigos do interesse pblico. Por exemplo, a concorrncia imperfeita, em geral, conduz a preos que esto acima dos custos marginais. Por vezes, sem o incentivo da concorrncia, a qualidade do servio deteriora-se. Tanto o preo elevado como a fraca qualidade so resultados indesejados.Em resultado dos preos elevados, os sectores oligopolisticos tm com frequncia lucros acima do normal. A lucratividade dos sectores muito concentrados como o do tabaco e de produtos farmacuticos tm sido alvo de ataques polticos em numerosas ocasies. Estudos detalhados mostram, contudo, que as industrias concentradas tendem a ter taxas de lucro apenas ligeiramente superiores s das no concentradas. Esta uma descoberta surpreendente que tem criado perplexidade em especial aos crticos da grande empresa que esperavam que as companhias maiores tivessem lucros enormes.Historicamente, uma das principais justificaes da concorrncia imperfeita tem sido a de que as grandes empresas so responsveis por grande parte da investigao e desenvolvimento (I&D) e inovao numa economia moderna. H certamente alguma dose de verdade nesta ideia, pois os sectores altamente concentrados por vezes tm nveis elevados de despesa em I&D relativamente s vendas, na tentativa de atingir uma vantagem tecnolgica sobre as empresas rivais. Ao mesmo tempo, os indivduos e as pequenas empresas criaram muitas das grandes descobertas tecnolgicas.

Oligoplio de conluioO grau de concorrncia imperfeita num mercado influenciado no s pelo nmero e dimenso das empresas mas tambm pelo seu comportamento. Quando operam poucas num mercado, as empresas sabem o que as outras esto a fazer e como reagem. Por exemplo, se existem apenas duas companhias numa dada rota area e uma aumenta as tarifas, a outra tem de decidir se aumenta as suas ou se permanece com tarifas inferiores combatendo a sua rival. A interaco estratgica um termo que descreve como a estratgia de negcio de cada empresa depende da atitude empresarial das suas concorrentes.Quando num mercado h apenas um nmero pequeno de empresas, estas tm de decidir entre um comportamento cooperativo e um no cooperativo. As empresas agem de forma no cooperativa quando decidem por si s, sem obter qualquer acordo explcito ou implcito das outras empresas. o que d origem a guerras de preos. As empresas operam de forma cooperativa quando tentam minimizar a competio. As empresas funcionam em conluio quando num oligoplio cooperam activamente entre si. Este termo corresponde a uma situao em que duas ou mais empresas estabelecem em conjunto os seus preos ou produes, repartem entre si o mercado ou tomam em conjunto outras decises de gesto.No obstante, as empresas so frequentemente tentadas a envolverem-se num conluio tcito, que ocorre quando se abstm de competir sem que haja acordos explcitos. Quando as empresas se conluiem tacitamente, fixam frequentemente preos idnticos elevados, aumentando os lucros e diminuindo o risco da actividade. Os ganhos do conluio com sucesso podem ser enormes. As empresas esperam formar um oligoplio de conluio procurando um preo que maximize o conjunto dos seus lucros.