microeconomia ii 1e108

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MICROECONOMIA II 1E108 1E108 (2011-12) João Correia da Silva ([email protected]) 29-03-2012

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Page 1: MICROECONOMIA II 1E108

MICROECONOMIA II1E1081E108

(2011-12)

João Correia da Silva([email protected]) 29-03-2012

Page 2: MICROECONOMIA II 1E108

2. Estruturas de Mercado

2.1. Concorrência Perfeita.

2.2. Monopólio.

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Page 3: MICROECONOMIA II 1E108

CONCORRÊNCIA PERFEITA

O modelo de concorrência perfeita descreve ummercado no qual nenhum agente tem capacidade parainfluenciar os preços (poder de mercado nulo).

Assim, cada empresa age individualmente, semAssim, cada empresa age individualmente, semprecisar de ter em conta as decisões das outras.Observando o preço de mercado, decide quequantidade pretende vender a esse preço.

É um bom ponto de partida para o estudo deestruturas de mercado mais complexas.

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Page 4: MICROECONOMIA II 1E108

PRESSUPOSTOS

1. Existem muitos produtores e muitos consumidores,negligenciáveis em termos individuais.

2. Os produtos das diferentes empresas são substitutosperfeitos, ou seja, o produto é homogéneo.

3. Os agentes têm toda a informação relevante.

4. Todas as empresas instaladas na indústria, tal como asque ponderam entrar na indústria, têm igual acesso àtecnologia e aos factores de produção.

5. Não existem barreiras à entrada ou saída do mercado.

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Page 5: MICROECONOMIA II 1E108

PROCURA DA EMPRESA

Estas hipóteses justificam o pressuposto seguinte, que, naprática, define concorrência perfeita.

Ao preço de mercado, p, a empresa vende a quantidade deproduto que quiser. A um preço superior, a empresa nãoconsegue vender qualquer quantidade.

A procura da empresa (qD) é horizontal, ou seja,infinitamente elástica. A procura do mercado (QD) mantéma configuração típica (negativamente inclinada).

q

p

qD

Q

p

QD

5

Page 6: MICROECONOMIA II 1E108

RECEITA E RENDIMENTO

O objectivo da empresa é maximizar o seu lucro. Emconcorrência perfeita, como o preço é independente daquantidade, a receita total é linear:

)()()()( qCTqpqCTqRTqLT −⋅=−=

q

RT

declive = p

q

P

qD

6

Page 7: MICROECONOMIA II 1E108

RECEITA E RENDIMENTO

A receita média e o rendimento marginal são constantes eiguais ao preço de mercado:

qpqRT =⋅== )(p

q

qp

q

qRTqRMd =⋅== )()(

( )p

dq

qpd

dq

qdRTqRMg =⋅== )()(

q

RMd = RMg = p

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Page 8: MICROECONOMIA II 1E108

RECEITA E RENDIMENTO

A empresa escolhe o volume de produção que maximiza adiferença entre a receita total e o custo total. Nesse volumeóptimo, o custo marginal é igual ao rendimento marginal(que, em concorrência perfeita, é igual ao preço).

)()()()()()(

qCMgpqCMgqRMgdq

qdCT

dq

qdRT

dq

qdLT −=−=−=

q

CT

RT

dqdqdq

q

CT

CMgRT

pRMg =

8

Page 9: MICROECONOMIA II 1E108

LIMIAR DE RENTABILIDADE

Para que o lucro seja positivo, é necessário que a empresaproduza com um custo médio inferior ao preço de mercado.

q

0>LT

CMg

pRMg =

CMd

q

CMg

pRMg =

CMd

0<LT

9

Page 10: MICROECONOMIA II 1E108

LIMIAR DE ENCERRAMENTO

• Quando o preço é igual ao mínimo do custo médio deperíodo longo, a empresa tem lucros nulos (ou normais) nolongo prazo. Está no seu limiar de rentabilidade ou limiar

de encerramento de longo prazo.

• No curto prazo, ainda que os lucros sejam negativos, a• No curto prazo, ainda que os lucros sejam negativos, aempresa pode ter interesse em manter a produção. Se nãoproduzir, terá um prejuízo igual aos custos fixos(afundados). Portanto, deve produzir caso as receitassejam suficientes para compensar os custos variáveis. Se opreço for igual ao mínimo do custo variável médio deperíodo curto, a empresa está no seu limiar de

encerramento de curto prazo.

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Page 11: MICROECONOMIA II 1E108

2.1. Concorrência Perfeita

2.1.1. Empresa como “price-taker”.

2.1.2. Equilíbrio de período curto.2.1.2. Equilíbrio de período curto.

2.1.3. Equilíbrio de período longo.

2.1.4. Análise de bem-estar.

2.1.5. Variações da procura.

2.1.6. Impostos e subsídios.

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Page 12: MICROECONOMIA II 1E108

OFERTA DE PERÍODO CURTO

• Quando o preço é inferior ao mínimo do custo variávelmédio de período curto, a empresa não deve produzir (nocurto prazo). Sendo superior, a oferta individual de

período curto é dada pela curva de custo marginal deperíodo curto.

q

p

oferta mínima individual

SPCq

preço de encerramento no curto prazo

q

p

PCCVMd

PCCMg

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Page 13: MICROECONOMIA II 1E108

OFERTA DE PERÍODO CURTO

• Cada empresa escolhe o volume de produção que maximizao seu lucro.

• A condição de optimização consiste na igualdade entre opreço e o custo marginal de período curto.

pCMg PC =PC

• Para que não seja preferível encerrar no curto prazo, énecessário que o lucro neste volume de produção sejasuperior ao que a empresa consegue se não produzir nada.Ou seja, é necessário que o preço seja superior ao mínimodo custo variável médio.

}min{ PCCVMdp ≥

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Page 14: MICROECONOMIA II 1E108

OFERTA DE PERÍODO CURTO

• Somando as ofertas de curto prazo das n empresas queestão no mercado (no curto prazo não há entradas nemsaídas) obtemos a oferta de curto prazo da indústria.

SCP

SCP qnQ ⋅=

Q

p SPCQ

q

p

oferta mínima individual

SPCq

preço de encerramento no curto prazo

OMIn ⋅

14

Page 15: MICROECONOMIA II 1E108

EQUILÍBRIO DE PERÍODO CURTO

• Em equilíbrio de período curto:

(1) Cada empresa produz a quantidade que maximiza oseu lucro, isto é, a quantidade para a qual o customarginal de período curto é igual ao preço (desde que opreço seja superior ao custo variável médio).preço seja superior ao custo variável médio).

pCMg PC = )( PCCVMdp ≥

(2) A oferta da indústria é igual à procura de mercado:

DSPC

SPC QqnQ =⋅=

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Page 16: MICROECONOMIA II 1E108

EQUILÍBRIO DE PERÍODO CURTO

• O preço de equilíbrio de período curto é tal que aoferta da indústria e a procura de mercado são iguais (2).

• Para maximizarem os seus lucros, as empresas produzemuma quantidade tal que o custo marginal de período curtoé igual ao preço de venda (1).

Q

p

Q*

p*

SPCQ

DQ

q

p

oferta mínima individual

SPCq

preço de encerramento no curto prazo

p*

q*

16

Page 17: MICROECONOMIA II 1E108

CASO ESPECIAL

• Se os custos fixos não forem custos afundados, para queseja rentável produzir, é necessário que o preço seja igualou superior ao mínimo do custo total médio de curto prazo(inclui os custos fixos porque estes não são afundados).

Sq

q

p

oferta mínima individual

SPCq

preço de encerramento no curto prazo

q

pPCCMd

PCCMg

17

Page 18: MICROECONOMIA II 1E108

2.1. Concorrência Perfeita

2.1.1. Empresa como “price-taker”.

2.1.2. Equilíbrio de período curto.2.1.2. Equilíbrio de período curto.

2.1.3. Equilíbrio de período longo.

2.1.4. Análise de bem-estar.

2.1.5. Variações da procura.

2.1.6. Impostos e subsídios.

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Page 19: MICROECONOMIA II 1E108

OFERTA DE PERÍODO LONGO

• Quando o preço é inferior ao mínimo do custo médio de períodolongo, a empresa não produz (no longo prazo).

• Quando é superior, a oferta individual de longo prazo é dadapela curva de custo marginal de período longo.

• Quando coincidem, o volume de produção da empresa é igual àescala mínima eficiente (pode também ser igual a zero).

q

p

escala mínima eficiente

SLPq

preço de encerramento

no longo prazo

q

pPLCMg

PLCMd

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Page 20: MICROECONOMIA II 1E108

OFERTA DE PERÍODO LONGO

• No longo prazo, a empresa pode ajustar todos os factoresprodutivos, por isso consegue produzir as mesmas quantidades aum menor custo.

• Logo, a curva da oferta individual de longo prazo é menosinclinada que a curva da oferta individual no curto prazo (quecoincidem com os respectivos custos marginais).

q

p

escala mínima eficiente

SLPq

preço de encerramento

no longo prazo

q escala mínima

eficiente

)( 1KCMgPC

)( 1KCMdPCPLCMg

PLCMd

20

Page 21: MICROECONOMIA II 1E108

ENTRADA E SAÍDA DE EMPRESAS

• No longo prazo, pode haver entrada ou saída de empresas,dependendo da relação entre o preço de mercado e omínimo do custo médio de período longo.

• Se o preço for superior ao mínimo do custo médio de• Se o preço for superior ao mínimo do custo médio deperíodo longo, é vantajoso entrar no mercado, dado que aactividade nesta indústria proporcionará lucros no futuro.

• Se o preço for inferior ao mínimo do custo médio de períodolongo, as empresas que estão no mercado têm incentivospara encerrar, dado que para manter a actividade nestaindústria é necessário suportar um prejuízo.

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Page 22: MICROECONOMIA II 1E108

ENTRADA DE EMPRESAS

• Estando o preço acima do mínimo do custo médio de períodolongo, entram novas empresas no mercado. Aumenta, assim, aoferta da indústria, para cada preço de venda.

• O preço de mercado vai baixando. A quantidade que cadaempresa vende vai diminuindo, mas o volume de vendas daindústria vai aumentando.

Q

p DQ

q

p

escala mínima eficiente

preço de encerramento no longo prazo

SLPq

SLPqn ⋅1

SLPqn ⋅2

SLPqn ⋅3

SLPqn ⋅4

22

Page 23: MICROECONOMIA II 1E108

OFERTA DE PERÍODO LONGO

• A soma das ofertas de longo prazo de um número fixo deempresas não é a oferta de longo prazo da indústria.

• Enquanto o preço for superior ao mínimo do custo médio deperíodo longo, entram mais empresas no mercado, por isso,nessa gama de preços, a indústria pode oferecer um volume deprodução ilimitado.

Q

p

SPLQ

q

p

escala mínima eficiente

SPLq

preço de encerramento no longo prazo

preço de encerramento no longo prazo

23

Page 24: MICROECONOMIA II 1E108

EQUILÍBRIO DE PERÍODO LONGO

• Em equilíbrio de período longo :

- o preço é igual ao mínimo do custo médio de período longo.

- as empresas têm a dimensão óptima e o volume de produçãoindividual é igual à escala mínima eficiente.

- o número de empresas é tal que a oferta da indústria iguala aprocura do mercado, ao preço de equilíbrio.procura do mercado, ao preço de equilíbrio.

Q

p

Q*

p*

q

p

escala mínima eficiente

preço de encerramento no longo prazo

SPLq

SPLQ

DQ

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Page 25: MICROECONOMIA II 1E108

2.1. Concorrência Perfeita

2.1.1. Empresa como “price-taker”.

2.1.2. Equilíbrio de período curto.2.1.2. Equilíbrio de período curto.

2.1.3. Equilíbrio de período longo.

2.1.4. Análise de bem-estar.

2.1.5. Variações da procura.

2.1.6. Impostos e subsídios.

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Page 26: MICROECONOMIA II 1E108

BEM-ESTAR

• A finalidade última da economia é proporcionar bem-estar àspessoas. A resposta às questões: “o que produzir?”; “comoproduzir?”; “para quem produzir?”; deve ser aquela que maiorsatisfação proporciona às pessoas.

• Nos mercados de concorrência perfeita, a oferta e a procurainteragem para determinar os preços dos bens e as quantidadestransaccionadas (de “equilíbrio”).transaccionadas (de “equilíbrio”).

• Será que estes preços e quantidades, determinados nos mercadoslivres, são os mais desejáveis para a sociedade?

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Page 27: MICROECONOMIA II 1E108

BEM-ESTAR E EXCEDENTE

• Para comparar duas situações económicas alternativas em termosnormativos (qual delas é melhor?), precisamos de uma medidade bem-estar.

• O excedente económico é uma medida de bem-estar, definidacomo a diferença entre benefícios e custos (de oportunidade)associados a uma actividade económica.

• É esta a medida de bem-estar que usaremos. Estando este pontoassente, a análise passa para o domínio da economia positiva.

• A questão normativa: “que situação é melhor?”; converte-senuma questão positiva: “que situação tem maior excedente?”.

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Page 28: MICROECONOMIA II 1E108

EXCEDENTE E BEM -ESTAR

• O excedente económico traduz o benefício associado a umatransacção que é efectuada a um preço mais favorável do queaquele ao qual a transacção seria indiferente para o agente.

• Numa transacção, tanto o comprador como o vendedor obtêmalgum excedente. Caso contrário, não realizariam a transacção!

• O excedente do consumidor é a diferença entre o valormáximo que o consumidor estaria disposto a pagar paraconsumir um bem (preço de reserva) e o valor que,efectivamente, paga (preço de mercado).

• O excedente do produtor é a diferença entre o valor que oprodutor recebe pela venda de um bem (preço de mercado) e ovalor mínimo que estaria disposto a aceitar (custo marginal).

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Page 29: MICROECONOMIA II 1E108

EXCEDENTE DO PRODUTOR

• O excedente do produtor calcula-se somando adiferença entre o preço cobrado por cada uma dasunidades vendidas (preço de mercado) e o preço mínimoao qual o produtor estaria disposto a oferecer cada umadessas unidades (custo de produção).

• Normalmente, ao falarmos de excedente do produtor,• Normalmente, ao falarmos de excedente do produtor,referimo-nos ao lucro total da indústria, ou seja, à somados lucros de todos os produtores.

• O excedente pode representar-se como à área limitadainferiormente pela curva de custo marginal, limitadasuperiormente pelo preço de venda, e que vai desde“Q=0” até à quantidade transaccionada no mercado. Aesta área devem ainda ser subtraídos os custos fixos.

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Page 30: MICROECONOMIA II 1E108

EXCEDENTE DO PRODUTOR

• O excedente da indústria obtém-se agregando osexcedentes de todos os produtores.

• No caso da concorrência perfeita, a curva de customarginal de produção coincide com a curva da oferta.

q* Q

p

Q*

p*

SPCQ

DQ

q

p

PCCMg

p*

30

Page 31: MICROECONOMIA II 1E108

EXCEDENTE DO CONSUMIDOR

• O excedente do consumidor calcula-se somando adiferença entre o preço pago por cada uma das unidadescompradas (preço de mercado) e o preço máximo aoqual os consumidores estariam dispostos a compraressas unidades (preço de reserva).

• Ao falarmos de excedente do consumidor, referimo-nosnormalmente à soma dos excedentes de todos osconsumidores.

• O preço máximo ao qual os consumidores estãodispostos a comprar uma unidade adicional é dado pelaprocura inversa.

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Page 32: MICROECONOMIA II 1E108

EXCEDENTE DO CONSUMIDOR

• Graficamente, o excedente de todos os consumidores érepresentado pela área entre a curva da procura e o preçode venda, desde “Q=0” até à quantidade transaccionada.

p

Q

p

Q*

p*

SPCQ

DQ

32

Page 33: MICROECONOMIA II 1E108

BEM-ESTAR SOCIAL

• Pode definir-se uma função de bem-estar social como asoma dos excedentes de todos os agentes económicos.Devemos somar o excedente de todos os produtores econsumidores.

• Em concorrência perfeita, o bem-estar social é• Em concorrência perfeita, o bem-estar social érepresentado pela área situada entre as curvas da oferta eda procura, desde “Q=0” até “Q=Q*”.

• O preço de equilíbrio de concorrência perfeita, por igualaro benefício marginal do consumo ao custo marginal deprodução, maximiza o bem-estar social.

33

Page 34: MICROECONOMIA II 1E108

BEM-ESTAR SOCIAL

• Em concorrência perfeita, isto é, produzindo as empresas ovolume para o qual o custo marginal é igual ao preço, obem-estar é máximo no ponto de equilíbrio.

• Em equilíbrio, o valor da última unidade transaccionadapara os consumidores coincide com o custo que osprodutores suportam para a produzir.produtores suportam para a produzir.

Q

p

Q*

p*p’

Q

p

Q’

SPCQ

Q

p

Q’’

p’’

SPCQ S

PCQ

DQ DQ DQ

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Page 35: MICROECONOMIA II 1E108

2.1. Concorrência Perfeita

2.1.1. Empresa como “price-taker”.

2.1.2. Equilíbrio de período curto.2.1.2. Equilíbrio de período curto.

2.1.3. Equilíbrio de período longo.

2.1.4. Análise de bem-estar.

2.1.5. Variações da procura.

2.1.6. Impostos e subsídios.

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Page 36: MICROECONOMIA II 1E108

VARIAÇÕES DA PROCURA

• Uma variação da função procura faz variar o preço de mercado ea quantidade transaccionada. É conveniente distinguir doisefeitos: o efeito de curto prazo e o efeito de longo prazo.

• Considera-se, normalmente, que a empresa está em equilíbrio deperíodo longo antes da variação da procura.

• Perante uma variação da procura, a quantidade produzida pelaindústria passa a ser diferente da quantidade procurada pelosconsumidores.

• Isto faz variar o preço do bem, que se torna diferente do customarginal de produção. Consequentemente, cada empresa verificaque deve variar o seu volume de produção.

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Page 37: MICROECONOMIA II 1E108

VARIAÇÕES DA PROCURA

• Este processo de adaptação conduz a um novo equilíbrio deperíodo curto, dado, naturalmente, pela intersecção da curva daoferta com a nova curva da procura.

• Um aumento da procura faz aumentar o preço de equilíbrio deperíodo curto, e aumentar as quantidades transaccionadas.

q* Q

p

Q*

SPCQ

DfQ

q

p

oferta mínima em período curto

SPCq

preço de encerramento no curto prazo

DiQ

*PCp

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Page 38: MICROECONOMIA II 1E108

VARIAÇÕES DA PROCURA

• A possibilidade de obtenção de lucros leva as empresas a entrarno mercado, expandindo-se a oferta da indústria até um novoequilíbrio em período longo.

• O preço de equilíbrio em período longo será, independentementeda variação da procura, igual ao mínimo do custo médio deperíodo longo.

q* Q

p

Q*

SPCQ

DfQ

q

p

oferta mínima em período curto

SPCq

preço de encerramento no curto prazo

DiQ

preço de encerramento no longo prazo

*PCp

*PLp

SPLQ

SPLq

PLCMd

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Page 39: MICROECONOMIA II 1E108

VARIAÇÕES DA PROCURA

• Em período longo, as empresas voltam ao estado inicial. Ovolume de produção individual volta a baixar, regressando aovalor inicial (igual à escala mínima eficiente).

• Relativamente à situação inicial aumenta o número deempresas, de forma a satisfazer a nova procura.

Q

p

Q*

SPLQ

DfQ

q

p

escala mínima eficiente

SPLq

preço de encerramento no longo prazo

DiQ S

iPCQ ,

*PLp

*PCp

SfPCQ ,

39

Page 40: MICROECONOMIA II 1E108

2.1. Concorrência Perfeita

2.1.1. Empresa como “price-taker”.

2.1.2. Equilíbrio de período curto.2.1.2. Equilíbrio de período curto.

2.1.3. Equilíbrio de período longo.

2.1.4. Análise de bem-estar.

2.1.5. Variações da procura.

2.1.6. Impostos e subsídios.

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Page 41: MICROECONOMIA II 1E108

IMPOSTOS E SUBSÍDIOS

Podemos distinguir três tipos de impostos:

• Soma fixa (lump sum): são independentes dos volumesde vendas. Como tal, diz-se que não distorcem aeficiência da economia. São impostos regressivos,penalizam os agentes com menor volume de transacções.penalizam os agentes com menor volume de transacções.

• Específico (ou unitário): implicam um determinadocusto por unidade transaccionada. São impostosproporcionais ao volume de vendas.

• Sobre o valor (ad valorem): incidem sobre o valor datransacção, sendo normalmente uma percentagem fixa dovalor, como no caso do IVA.

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Page 42: MICROECONOMIA II 1E108

IMPOSTOS E SUBSÍDIOS

• Um subsídio pode ser visto, simplesmente, como umimposto de valor negativo.

• Interessa reter os efeitos dos impostos de soma fixa eunitário, descritos no quadro abaixo.

lump sum unitário

Custo Total CT(q)+T CT(q)+t·q

Custo Marginal CMg(q) CMg(q)+t

Custo Médio CMd(q)+T/q CMd(q)+t

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Page 43: MICROECONOMIA II 1E108

IMPOSTO ESPECÍFICO

• O efeito de um imposto específico pode ser visto, de formaequivalente, pelo lado da oferta ou pelo lado da procura.

• Pelo lado da oferta, o imposto é um custo adicional para asempresas, implicando um deslocamento para cima dascurvas de custo marginal e custo médio, no valor doimposto, t, que é um custo adicional por unidade vendida.imposto, t, que é um custo adicional por unidade vendida.

tqCMgdq

qtd

dq

qdCTqCMg

tqCMdq

qt

q

qCTqCMd

qtqCTqCT

+=⋅+=

+=⋅+=

⋅+=

)()()(

)('

)()(

)('

)()('

43

Page 44: MICROECONOMIA II 1E108

IMPOSTO ESPECÍFICO

• Como consequência da deslocação para cima do customarginal e do custo médio, as curvas da oferta individuale da oferta da indústria têm o mesmo deslocamento paracima, no valor do imposto. Isto verifica-se tanto emperíodo curto como em período longo.

• Assim, o mínimo do custo médio de período longo• Assim, o mínimo do custo médio de período longoaumenta no valor do imposto, t.

• Logo, o preço de equilíbrio em período longo (pago peloconsumidor), que é igual ao mínimo do custo médio deperíodo longo, também aumenta no valor do imposto, t.

• Em período longo, o imposto específico é, portanto,totalmente suportado pelo consumidor.

44

Page 45: MICROECONOMIA II 1E108

IMPOSTO ESPECÍFICO

• A escala mínima eficiente mantém-se inalterada, dadoque o volume de produção que torna mínimo o customédio de período longo não se altera.

• Assim, a quantidade que cada empresa produz emequilíbrio de período longo (que é igual à escala mínimaequilíbrio de período longo (que é igual à escala mínimaeficiente) não se altera.

• A quantidade transaccionada no mercado diminui (devidoao aumento do preço de equilíbrio), o que se reflectenuma diminuição do número de empresas activas nomercado (em equilíbrio de período longo).

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Page 46: MICROECONOMIA II 1E108

IMPOSTO ESPECÍFICO

• Graficamente:

p DQp

SPLq

Q

p

Q*

SPLQ

DQ

q

p

escala mínima eficiente

preço de encerramento no longo prazo

*PLp

Q*

46

Page 47: MICROECONOMIA II 1E108

IMPOSTO ESPECÍFICO

• Em período curto, as curvas do custo marginal, do custo variávelmédio e do custo total médio sofrem um deslocamento paracima, no valor do imposto (isto acontece tanto em período curtocomo em período longo).

• Assim, o mínimo do custo variável médio de período curtoaumenta no valor do imposto, t. Isto faz aumentar o preçoaumenta no valor do imposto, t. Isto faz aumentar o preçocorrespondente ao limiar de encerramento, no mesmo valor, t,mantendo-se a oferta mínima individual.

• A deslocação da oferta faz aumentar o preço de equilíbrio emperíodo curto (pago pelo consumidor), e diminuir a quantidadetransaccionada.

• O preço de equilíbrio não aumenta tanto como o valor do imposto(uma parte do imposto é suportada pela empresa).

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Page 48: MICROECONOMIA II 1E108

IMPOSTO ESPECÍFICO

• O imposto específico faz com que diminuam tanto aquantidade transaccionada no mercado, como aquantidade que cada empresa produz e vende (emequilíbrio de período curto).

SQSq

q* Q

p

Q*

SPCQ

DQ

q

p

oferta mínima em período curto

PCq

preço de encerramento no curto prazo

*PCp

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