resumo de microeconomia

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MICROECONOMIA Microeconomia PROF. JOSÉ LUIZ RAMOS DUARTE As informações descritas a seguir são de única e inteira responsabilidade do autor. 1. TEORIA DO CONSUMIDOR Consumidor: Agente econômico que busca maximizar a sua satisfação tendo como limite a sua restrição orçamentária. Demanda ou Procura É a quantidade de determinado bem ou serviço que os consumidores desejam adquirir em um dado período de tempo. Assim, a demanda é um desejo, um plano, representa a intenção de comprar. Demanda é o desejo, anseio, busca, do consumidor em adquirir bens ou serviços. É uma questão subjetiva, pessoal. 1.1. Função da Demanda A quantidade demandada de um bem é dada em função do preço do próprio bem, do preço dos bens substitutos, do preço dos bens complementares, da renda do consumidor e dos gostos, hábitos ou preferências do consumidor. 1.2. Lei Geral da Demanda 1

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Só as pantomias

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Page 1: Resumo de Microeconomia

MICROECONOMIA

Microeconomia

PROF. JOSÉ LUIZ RAMOS DUARTE

As informações descritas a seguir são de única e inteira responsabilidade do autor.

1. TEORIA DO CONSUMIDOR

Consumidor:

Agente econômico que busca maximizar a sua satisfação tendo como limite a sua restrição orçamentária.

Demanda ou Procura

É a quantidade de determinado bem ou serviço que os consumidores desejam adquirir em um dado período de tempo. Assim, a demanda é um desejo, um plano, representa a intenção de comprar.

Demanda é o desejo, anseio, busca, do consumidor em adquirir bens ou serviços. É uma questão subjetiva, pessoal.

1.1. Função da Demanda

A quantidade demandada de um bem é dada em função do preço do próprio bem, do preço dos bens substitutos, do preço dos bens complementares, da renda do consumidor e dos gostos, hábitos ou preferências do consumidor.

1.2. Lei Geral da Demanda

A quantidade demandada de um bem ou serviço varia na relação inversa do preço do bem, coeteris paribus, ou seja, varia de uma forma inversamente proporcional ao comportamento do preço do bem ou serviço.

Essa relação é inversa devido ao efeito substituição – o bem fica barato relativamente a outros, com o que a quantidade demandada desse bem aumenta; e ao efeito renda – ao cair o preço de um bem, o consumidor tem um incremento em sua renda real.

Por conseqüência, a curva convencional da demanda é, portanto, negativamente inclinada.

1

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Pi

10

10,1

0 1 4 30 Qdi

2. Oferta

Oferta é a quantidade de determinado bem ou serviço que os produtores desejam vender em determinado período de tempo.

A oferta representa os planos dos produtores ou vendedores, em função dos preços vigentes no mercado.

Oferta e o desejo, anseio, aspiração da empresa/produtor, em oferecer bens e serviços a sociedade.

2.1. Função da Oferta

A quantidade ofertada do bem i é função do preço do próprio bem , dos outros bens, dos custos de produção e dos objetivos da empresa para o produto analisado.

2.2. Lei Geral da Oferta

A quantidade ofertada de um bem ou serviço varia de uma forma diretamente proporcional ao comportamento do preço do bem ou serviço.

Por conseqüência, a curva convencional da oferta é, portanto, positivamente inclinada.

Pi

500

100

1

0 1 50 100 Qoi

2

Preço QuantidadeR$ 1,00 1R$100,00 50R$ 500,00 100

Preço QuantidadeR$10,00 1R$ 1,00 4R$ 0,10 30

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3. Teoria da Utilidade

Foi desenvolvida por uma escola do pensamento econômico, a Escola Marginalista, no final do séc.XIX. Utilidade refere-se a subjetividade.

Utilidade é a capacidade de satisfação pessoal que um determinado bem ou serviço tem de proporcionar a seu consumidor.

1.1. Utilidade Total

É o somatório da utilidade marginal. A medida que o consumidor obtém determinado produto, ou seja, a medida que se consome o bem, a curva de utilidade total torna-se ascendente.

1.2. Utilidade Marginal

É a satisfação obtida pelo consumo de mais uma unidade de um determinado bem. Ex.: desejo por uma lasanha (subjetivo). No 1º prato eu dou nota 10, o 2º prato, nota 6 e o 3º prato nota 1, ou seja, a medida que se consome um produto tende a existir a saturação, por esse motivo a curva de utilidade marginal é decrescente.

Utilidade UtilidadeTotal Marginal

10

6

1 Quantidade Quantidade

1 2 3 1 2 3

4. Preço Marginal de Reserva

Refere-se a que o consumidor está disposto a pagar. Voltando ao exemplo da lasanha. Como desejo e estou com vontade de comer, estou disposto a pagar até R$ 5,00 pelo pedaço, na hora de comer o segundo só estou disposto a pagar R$ 4,00 e como já estou ficando saturado, pelo terceiro pago apenas R$ 2,00. Pelo quarto pedaço pago mais que o quinto e menos que o terceiro, e assim por diante.

Na realidade o preço de mercado é R$ 2,50, como estou disposta a pagar R$ 4,00, temos que essa diferença regista o excedente do consumidor.

Portanto, excedente do consumidor é o ganho pessoal obtido através da diferença do que foi efetivamente gasto em relação ao que se esta disposto a pagar.

3

17

16

10

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PM5,004,00

2,502,00

Quantidade1 2 3

3. Teoria da Escolha

A Teoria da Escolha pretende explicar como o consumidor decide quanto vai consumir de cada uma das diversas mercadorias.

3.1. Cestas de Mercadorias

É a combinação de bens que satisfazem o consumidor. Ex.: lasanha e vinho, arroz e feijão e etc.

Bem A Bem BOpçãoA 1 10B 2 5C 3 4D 4 3,5

3.2. Curva de Indiferença

È a combinação de bens que proporcionam ao consumidor o mesmo grau de satisfação. Pontos a frente da curva de indiferença traçada abaixo representam o maior grau de satisfação (elemento E). Pontos a esquerda da curva representam menor grau de satisfação ( elemento F).

Bem B 10 A

F E5 B4 C

3,5 D

Bem A 1 2 3 4

4

Excelente do Consumidor

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3.3. Taxa Marginal de Substituição

Se define como sendo as unidades que o consumidor de um bem B está disposto a abdicar para consumir mais unidades de um bem A, mantendo este consumidor sobre a mesma curva de indiferença.TMS = Bem B / Bem AAB

Quanto maior o consumo, maior o grau de satisfação.

3.4. Reta ou Restrição Orçamentária

Representa o limite máximo de consumo dada a renda do consumidor e os preços dos bens em questão. A renda do consumidor pode ser gasta em poupança ou consumo. Para efeito de

análise vamos supor que a renda seja gasta integralmente no consumo. Assim, um aumento na renda, faz com que o consumo se eleve, assim a reta de restrição orçamentária de desloca para a direita. Uma redução na renda ou elevação no preço, faz com que o consumo diminua, assim, a reta de restrição orçamentária se desloca para a esquerda. O objetivo do consumidor é maximizar a satisfação, tendo em vista a sua renda.

3.5 Equilíbrio do Consumidor

Ocorre no ponto onde a curva de indiferença tangencia a restrição orçamentária do consumidor.

4. Elasticidade

São alterações ocorridas em determinada variável tendo em vista modificações havidas em uma outra variável. Assim, elasticidade refere-se ao termo sensibilidade.

X Y

Tipos de Elasticidade:

4.1. Elasticidade Preço da Demanda

É a variação ocorrida na quantidade demandada de um bem, tendo em vista a modificação ocorrida no preço desse mesmo bem.

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4.1.1. Demanda Elástica

A variação na quantidade demandada é maior que a variação ocorrida no preço do bem.

Qd P Coeteris Paribus

10% -5% Produto sensível a variação do preço, curva menos íngreme.

P

P1

P2

Q1 Q2 Q

4.1.2. Demanda Inelástica

A variação na quantidade demandada é menor que a variação ocorrida no preço do bem.

Qd P Coeteris Paribus

2% 5% Produto pouco sensível a variação do preço, curva mais íngreme.

P

P1

P2

Q1 Q2 Q

4.1.3. Demanda Unitária

A variação na quantidade demandada é igual a variação ocorrida no preço do bem. Se o preço sobe 5% a quantidade demandada cai 5%.

Qd = P Coeteris Paribus

4.1.4. Demanda Perfeitamente Elástica

A uma dada variação no preço a quantidade demandada tende ao infinito.Qd = Coeteris Paribus

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MICROECONOMIA

P

D D’

Q

4.1.5. Demanda Perfeitamente Inelástica

A uma dada variação no preço a quantidade demandada tende a zero.Qd = 0 Coeteris Paribus

P

D

D’

Q

4.2. Impactos sobre a Receita Total

Receita Total é igual a quantidade vezes o preço do bem.

4.2.1. Bem com Demanda Elástica

O bem com demanda elástica sofre uma alteração no preço, logo, caso ele aumente, haverá uma diminuição na quantidade demandada, conseqüentemente a receita total diminui. Por outro lado, se o preço diminui a quantidade demandada aumenta em uma proporção superior a ocorrida no preço e a receita total tende a aumentar.

4.2.2. Bem com Demanda Inelástica

Para a analise do bem com demanda inelástica temos: Se o preço aumentar, a quantidade demandada diminui em uma proporção inferior a ocorrida no preço, logo a receita total tende a aumentar. Porém, se o preço diminuir a quantidade aumenta em uma proporção inferior e a receita total diminui.

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4.3. Fatores que Determinam a Elasticidade – Preço da Demanda

4.3.1. Participação do Bem no Orçamento do Consumidor

Ocorrendo um aumento no preço de um bem que já é caro, o consumidor o percebe mais facilmente. Por outro lado, um aumento no bem de pouco custo “não é tão perceptível” para o orçamento do consumidor.

Quanto maior for a participação do bem no orçamento do consumidor, maior será a possibilidade deste bem possuir uma demanda elástica, tendo em vista o significativo impacto sobre a renda do consumidor de uma alteração em seu preço. Caso o bem possua demanda inelástica tende a ocorrer exatamente o inverso.

4.3.2. Presença de Bens Substitutos

Quanto maior for a presença de bens substitutos, maior a probabilidade desse bem possuir demanda elástica, pois o consumidor tem vários opções de escolha, logo quanto menor a presença de bens substitutos, maior a probabilidade desse bem ter demanda inelástica.

4.3.3. Essencialidade

Quanto mais essencial o produto, maior a probabilidade desse bem possuir demanda inelástica. Ex.: remédios, gás. Quanto menos essencial o produto maior a probabilidade desse bem possuir demanda elástica. Ex.: batom ,lingerie.

5. Elasticidade Preço da Oferta

É a variação ocorrida na quantidade ofertada de um bem, tendo em vista umamodificação ocorrida no preço do bem.

Epo = ∆Qo/∆P

Tipos de Elasticidade Preço da Oferta

5.1. Bem Com Oferta Elástica

A variação da quantidade ofertada é maior do que a variação ocorrida no preço.Qo P

P P2

P1

Q1 Q2 Q

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5.2. Bem Com Oferta Inelástica

A variação da quantidade ofertada é menor do que a variação ocorrida no preço.Qo P

P P2

P1

Q1 Q2 Q

6. Elasticidade Preço Cruzada da Demanda

É a variação na quantidade demandada de um bem X, tendo em vista uma modificação ocorrida no preço do bem Z.

Epc = Qd Bem X / P Bem Z

6.1. Bem Substitutos

As variáveis caminham no mesmo sentido, ou seja, caso ocorra um aumento no preço de um bem concorrente, ocorrerá a possibilidade de elevação na quantidade demandada do bem analisado. Se diminuir o preço o preço do bem concorrente, a tendência é que ocorra o movimento inverso ao apontado anteriormente.

6.2. Bem Complementar

As variáveis caminham em sentidos opostos, ou seja, se o preço do bem complementar seja elevado, a tendência é que ocorra a diminuição na quantidade demandada do bem analisado. Se diminuir o preço do bem complementar, a tendência é que se verifique o movimento oposto ao analisado anteriormente.

7. Elasticidade Renda da Demanda

É a variação da quantidade demandada de um bem, tendo em vista a variação na renda do consumidor.Ex = Qd / X

7.1. Bem Normal ou Superior

Aumenta a renda do consumidor, tendência de elevação no consumo.

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7.2. Bem Inferior

Aumenta a renda do consumidor, tendência de diminuição do consumo.

7.3. Bem com Demanda Saciada

Esses bens não sofrem influência da renda do consumidor, permanece constante a quantidade demandada a um dado aumento ou diminuição nessa variável econômica.

8. Teoria da Oferta

Engloba a Teoria da Produção e a Teoria dos Custos de Produção. Ambas as teorias Irão analisar a relação existente entre os insumos de produção e o produto final que as firmas irão obter. Esse relacionamento leva em consideração a quantidade física, a tecnologia utilizada bem como os processos de produção.

Quantidade FísicaInsumos de Produção Tecnologia Produto

Processo de Produção

Preço: Insumos / Produtos

8.1. Teoria da Produção

8.1.1. Produção

É o processo de transformação onde os agentes econômicos (ex: firmas) irão converter os insumos em produtos finais.

Firma – agente econômico intermediário.

Insumos de Produção Processo de Produção Produto Final INPUTS OUTPUTS

8.1.2. Processo de Produção

É caracterizado como sendo capital intensivo, quando se utiliza preponderantemente o recurso produtivo capital em relação aos demais recursos produtivos; trabalho intensivo, quando se utiliza preponderantemente o recurso produtivo trabalho em relação aos demais recursos produtivos e terra intensiva, quando se utiliza preponderantemente o recurso produtivo terra em relação aos demais recursos produtivos.

A escolha de um desses processos de produção objetiva que a firma tenha:

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1. Eficiência tecnológica – ou seja, significa dizer que ela obteve uma similar quantidade de produtos que outra firma utilizando uma menor quantidade de insumos.2. Eficiência econômica – ou seja, significa dizer que obteve uma similar quantidade de produtos que uma outra empresa, utilizando para isso uma menor custo de produção.

9. Distinção Entre Curto e Longo Prazo na Economia

Em economia curto prazo é o período de tempo onde pelo menos um recurso produtivo é mantido constante e longo prazo é o período de tempo onde todos os recursos produtivos são variáveis.

10. Teoria da Produção no Curto Prazo

A função da produção é o relacionamento técnico entre os insumos utilizados e os produtos finais obtidos. É dada pela equação Q = f (L, K).

Para efeito do exemplo, temos que L é o número de trabalhadores e K o número de máquinas, que permanecerá constante devido ao curto prazo.

Período L K PT PMe PMg1 1 1 3 3 ---2 2 1 8 4 53 3 1 15 5 74 4 1 16 4 1

PT = Produto Total – é a quantidade total obtida de um produto em um determinado período de tempo.PMe = Produto Médio – é a quantidade obtida por unidade de recursos produtivos empregada em um determinado período de tempo.PMg = Produto Marginal – é a variação do produto total a medida que aumenta mais uma unidade de recursos produtivos. 8 – 3 = 5 15 – 8 = 7 16 – 15 = 1

A análise da tabela indica que o PMe e PMg são inicialmente ascendentes e posteriormente descendentes. Isto devido ao fato de existir a Lei dos Rendimentos Marginais Decrescentes que afirma ser decrescente tal rendimento em função da superutilização do recurso produtivo mantido constante.

11. Teoria da Produção no Longo Prazo

Produtividade

Economia de Escala

Custo

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A firma investe porque espera obter ganhos em função do aumento da produtividade e de uma possível redução no custo de produção.

Q = f (L, K).

11.1. Rendimentos Crescentes de Produção

A empresa após efetuar o investimento produtivo observa que a variação do produto obtido é maior que a variação dos recursos produtivos utilizados.Produto Recursos Produtivos 10% 5%

11.2.Rendimento Decrescente de Produção

A empresa após efetuar o investimento produtivo observa que a variação do produto é menor que a variação dos recursos produtivos utilizados.Produto Recursos Produtivos 4% 5%

12 . TEORIA DOS CUSTOS DE PRODUÇÃO

È a relação entre os insumos de produtos e os produtos obtidos, levando-se em consideração o custo de obtenção de tais produtos.

12.1Externalidades

Significa economia externa. São os custos e benefícios sociais decorrentes de uma atividade produtiva.

12.2.1Externalidades Negativas

Significa avaliar os custos à sociedade, decorrentes de uma atividade produtiva: custo social.

12.2..2Externalidades Positivas

É o benefício social decorrente de uma dada atividade produtiva: benefício social.

12.3 Teoria dos Custos no Curto Prazo

12.3.1 Custo Fixo (CF)

O custo é fixo quando este é mantido constante independentemente da quantidade produzida.

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12.3.2 Custo Variável (CV)

O custo variável, como próprio nome diz, é aquele que varia, de acordo com aquantidade produzida.

12.3. Custo Total (CT)

O custo total é dado pelo somatório do custo fixo com o custo variável.

CT

CT CV

CF

Quantidade

Período Qbem x CF CV CFM CVM CM CMg

A 1 10 5 10 5 15 ---B 2 10 8 5 4 9 3C 3 10 9 3,33 3 6,33 1D 4 10 16 2,5 4 6,5 7E 5 10 25 2,0 5 7 9

CFM = CF / Quant.

CVM = CV / Quant.

CM = CF + CV / Quant.

CMg = CT / Quant.

CustoCM

CVM

CFMQuant.

A medida que a curva do custo fixo médio (CFM) tende a zero, essa curva vai perdendo importância na composição do custo médio (CM).

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MICROECONOMIA

Por outro lado, a curva do custo variável médio (CVM) é ascendente, com isso a curva do custo médio tende a representar a curva de custo variável médio.

No limite, quando a curva do custo fixo médio (CFM) for igual a zero a curva de custo variável médio (CVM) se sobreporá a curva do custo médio (CM).

13. Estruturas de Mercado

Ressalta as possíveis formas de organização do produto em um determinado mercado.

13.3. Concorrência Perfeita

É a estrutura de mercado que permite aos consumidores o maior ganho de bem-estar possível, principalmente no que se refere ao preço da mercadoria.

Características:

1. Grande Número de Produtores e Consumidores.

Supondo produto similar.O fato da existência de um grande número de consumidores e produtores permite

que nenhum deles tenha poder de influenciar o preço do produto em questão.. Ou seja, quanto maior o número de ofertantes no mercado, maior o ganho para os

consumidores, já que quanto maior o poder de mercado de uma empresa, maior a possibilidade, desta empresa, influenciar o preço da mercadoria.

Os produtores são tomadores de preço, pois eles não têm poder de influenciar o preço.2. Produto Homogêneo.

Indica que não há diferenciação entre os produtos fabricados neste mercado.A diferenciação permite que a empresa influencie os consumidores. Ressalte-se que essa diferenciação pode ser real ou utópica.A diferenciação real permite que se visualize o fato diferenciado. Ex.: o produto no

mercado é a camiseta branca, caso se obtenha uma diferenciação, lança-se a camiseta vermelha e a empresa poderá obter vantagens dessa diferenciação perante os consumidores.

A diferenciação utópica consiste no fato do produtor tentar induzir o consumidor a crer que está diante de um produto, de fato, diferenciado. Ex.: Propaganda de cigarro, com escopo de indução ao fumo, relata sempre um homem charmoso com uma mulher bonita, vira atração o ato de fumar.

3. Informação Plena.

Todos os agentes econômicos possuem pleno domínio da informação e assim podem tomar suas decisões econômicas de maneira mais consistente.

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3.1. Livre Entrada e Saída no Mercado.

Qualquer agente econômico pode entrar e sair no mercado quando essa decisão lhe convier, pois o custo de entrada é muito baixo, em função da ausência de barreiras relevantes.Barreiras à entrada são obstáculos que dificultam ou bloqueiam a entrada de novos

agentes econômicos em um determinado segmento produtivo (tecnologia e capital, por exemplo).

Quanto maior a barreira, menor a possibilidade de entrada de novos agentes econômicos.

14. Monopólio

Caracteriza-se pelo fato de existir um único ofertante do produto / serviço.

Monopsônio - Caracteriza-se pelo fato de existir um único demandante do bem.

14.1.Bases do Monopólio

14.1.1. Domínio sobre a matéria-prima

A empresa monopolista é fabricante do principal insumo, isso pode fazer com que as outras empresas não desejem ingressar no mercado em questão.

Quanto maior for o predomínio de uma empresa no mercado, menor será a capacidade das outras empresas ingressarem nesse mercado.

14.1.2. Fato da existência de patentes

A patente é o domínio de um grupo, empresa sobre o processo de obtenção de um produto ou de uma tecnologia. Isso garante a empresa o domínio absoluto por um determinado período de tempo. Dessa forma, poderão ser obtidos lucros extraordinários durante a vigência da patente.

14.1.3. Monopólio natural

O resultado natural é a formação do monopólio, pela característica do produto ofertado. O custo de entrada em determinado segmento é alto e o ingresso de mais de uma firma no mercado faria com que ocorresse a divisão do mercado consumidor, prejudicando ambas as empresas.

Ex: O mercado de energia elétrica, apesar de crescente e representativo é finito, assim, normalmente, apenas uma empresa distribuidora de energia elétrica opera em uma área previamente definida.

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14.2 Monopólio bilateral

É quando apenas uma empresa oferta o produto que será demandado por apenas uma empresa.

14.3 Limites do Monopólio

14.3.1Existência de Bens Substitutos

A existência de outros bens que potencialmente podem substituir o bem sob monopólio tende a limitar a ação da empresa monopolista.

14.3.2Renda do Consumidor

A limitação orçamentária do consumidor pode ser um fator que limite a ação de uma empresa monopolista.

14.3.3Concorrência Potencial

A lucratividade de um monopolista poderá fazer com que outras empresas atuem no mercado, mesmo tendo altas barreiras à entrada. Elas agiriam dessa forma, impulsionadas pelas lucros extraordinários obtidos pela empresa monopolista.

Um monopolista pode não exercer plenamente o seu poder monopólico, tendo em vista o fato de existirem grupos econômicos que potencialmente poderiam participar deste mercado.

15 Oligopólio

Mercado onde poucas empresas ofertam produto, conseqüentemente elas detém um grande poder sobre o mercado.

Duopólio – Tipo especial de oligopólio onde convivem apenas dois ofertantes de um bem.

15.1OligopsônioSão poucas empresas que demandam um determinado produto, conseqüentemente,

estas empresas possuem um alto poder de mercado.

15.2CartelAs empresas que ofertam um produto se unem para formar uma empresa única, com o objetivo de propiciar maiores ganhos das mesmas sobre o consumidor do produto oferecido. Normalmente, é estabelecido de maneira informal e é combatido pelo Governo por ser uma prática que causa prejuízos aos consumidores, devido a ausência de concorrência e a tendência de preços mais elevados da mercadoria em questão.

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Cartel é um conluio de produtores tendo como objetivo impor condições desfavoráveis aos consumidores.

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