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AULA 07 MICROECONOMIA PARA BANCO CENTRAL PROFESSOR: CÉSAR DE OLIVEIRA FRADE Prof. César de Oliveira Frade www.pontodosconcursos.com.br 1 Olá pessoal! Vamos sem maiores comentários para a nossa aula. Lembro que as críticas ou sugestões poderão ser enviadas para: [email protected]. Prof. César Frade FEVEREIRO/2013

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AULA 07 MICROECONOMIA PARA BANCO CENTRAL PROFESSOR: CÉSAR DE OLIVEIRA FRADE

Prof. César de Oliveira Frade www.pontodosconcursos.com.br 1

Olá pessoal!

Vamos sem maiores comentários para a nossa aula.

Lembro que as críticas ou sugestões poderão ser enviadas para:

[email protected].

Prof. César Frade

FEVEREIRO/2013

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9. Impostos e Incidência Tributária

Para começarmos a falar dos impostos devemos, inicialmente, definir quais

tipos de tributação iremos tratar e classificá-los.

Em Economia tratamos três formas de tributação: específico, “ad-valorem” e

“Lump-Sum”.

9.1. Imposto “ad-valorem”

Um imposto é “ad-valorem” quando a alíquota desse imposto for representada

por um percentual sobre a base de cálculo do mesmo.

Por exemplo, o ISS é um imposto municipal cobrado sobre a prestação de

serviços. Logo, se você prestar um serviço como uma aula, deverá pagar uma

parcela do seu rendimento a título de imposto. Suponha que a alíquota do ISS

seja de 2%. Se isso for verdade, você deverá 2% do valor a ser recebido a

título de imposto.

Esses impostos ocorrem com bastante freqüência mas, na economia, não são

muito estudados pois as conclusões são muito parecidas com aquelas obtidas

com os impostos específicos.

9.2. Imposto Específico

Um imposto é considerado específico quando paga-se um determinado valor

por unidade adquirida a título de imposto.

Por exemplo, a CIDE Combustível (Contribuição de Intervenção no Domínio

Econômico) é um exemplo de imposto específico. Quando você vai até um

posto abastecer o seu carro, não importa se você está pagando R$1,00,

R$2,00 ou R$10,00 por litro de gasolina. O valor a ser pago a título de imposto

independe do valor do litro da gasolina mas depende da alíquota do imposto e

da quantidade que será adquirida.

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Se um pessoa adquire 10 litros de gasolina em uma cidade em que o litro está

cotado a R$1,00, o valor a ser pago a título de CIDE Combustível será idêntico

ao que será pago por uma pessoa que adquire 10 litros em uma local em que

ele é comercializado por R$5,00.

Observe que o valor a ser pago a título de imposto não depende do preço do

combustível mas depende da quantidade que está sendo adquirida.

A melhor forma de estudarmos é por meio de um exemplo. Suponha que as

curvas de demanda e oferta sejam representadas pelas seguintes equações:

D = 4000 – 400p

O = -500 + 500p

Se essas forem as equações, para determinar o preço de equilíbrio e a

quantidade de equilíbrio devemos igualar as duas equações. Observe:

������ = ����� −500 + 500� = 4000 − 400� +500� + 400� = 4000 + 500 900� = 4500 � = �, ��

Observe que se o preço do bem em questão for igual a R$5,00, a quantidade

ofertada será igual à quantidade demandada. Isso significa que com esse

preço, tudo que está sendo produzido será comercializado. Após o cálculo do

preço podemos verificar a quantidade demandada e ofertada.

� = 4000 − 400 ∙ 5,00 = �. ��������� ! � = −500 + 500 ∙ 5,00 = �. ��������� !

É claro que a quantidade ofertada igualou a quantidade demandada a esse

preço e com isso vemos que o valor calculado para o preço está correto.

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Se o Governo introduzir um imposto do tipo específico, o preço a ser pago pelo

consumidor fica diferente do preço a ser recebido pelo produtor. Isto ocorre

porque uma parcela do valor deverá ser entregue ao governo.

Observe que quando igualamos as curvas de oferta e demanda nas equações

anteriores, tínhamos apenas um valor para preço e, exatamente por esse

motivo, era possível resolver a equação.

Com a introdução do imposto, o preço contido na equação de demanda será

diferente daquele existente na equação da oferta. A quantidade a ser

demandada depende do preço que as pessoas demandantes (consumidores)

irão pagar pelo produto. Por outro lado, a quantidade a ser ofertada depende

do preço que os produtores irão receber pelo produto. Com isso, teremos:

D = 4000 – 400pc

O = -500 + 500pp

Igualando, temos:

−500 + 500 ∙ �" = 4000 − 400 ∙ �#

Observe que agora temos uma equação e duas incógnitas e não temos como

resolver essa equação e encontrarmos solução única. Ela terá infinitas

soluções.

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Devem estar se perguntando como conseguimos fazer isso antes, não é

mesmo? É claro que a equação de demanda sempre dependeu do preço do

consumidor e a de oferta do preço do produtor, mas antes do imposto não

fazíamos a diferenciação. Na verdade, se fizéssemos existiria uma equação

para montar um sistema que informaria que o preço do consumidor seria igual

ao preço do produtor e teríamos o seguinte:

−500 + 500 ∙ �" = 4000 − 400 ∙ �#

�" = �#

Dessa forma, podemos excluir a segunda equação e resolver apenas a primeira

para chegar ao resultado.

A partir do momento em que introduzimos um imposto devemos modificar

essa segunda equação. Vamos fazer o seguinte? Chamaremos de equação do

imposto essa segunda equação.

A equação do imposto específico é a seguinte:

�# = �" + $

Trataremos como T o valor do tributo, nesse caso específico.

Se considerarmos um tributo específico de R$0,90, ou seja, se houver a

necessidade de se pagar um tributo de R$0,90 por unidade vendida, a equação

do imposto ficaria da seguinte forma:

�# = �" + 0,90

Portanto, deveríamos resolver o seguinte sistema de equações:

−500 + 500 ∙ �" = 4000 − 400 ∙ �#

�# = �" + 0,90

A solução deve ser feita pelo método da substituição. Se o tributo for cobrado

sobre o produtor, devemos resolver esse sistema de equações substituindo o

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preço do produtor na equação da oferta pelo seu valor na equação do imposto.

Teríamos, matematicamente, o seguinte:

−500 + 500 ∙ �" = 4000 − 400 ∙ �#

�# = �" + 0,90

�" = �# − 0,90

−500 + 500 ∙ %�# − 0,90& = 4000 − 400 ∙ �# −500 + 500 ∙ �# − 450 = 4000 − 400 ∙ �# 900 ∙ �# = 4950 �# = 5,50

�" = �# − 0,90 ⇒ �" = 4,60

Graficamente, essa substituição provoca um deslocamento da curva oferta

(curva do produtor) e a nova curva, em sua interseção com a curva de

demanda, determinaria o preço do consumidor.

Por outro lado, se o imposto fosse sobre o consumidor, deveríamos efetuar a

substituição na equação de demanda. Matematicamente, ficaria da seguinte

forma:

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−500 + 500 ∙ �" = 4000 − 400 ∙ �#

�# = �" + 0,90

�# = �" + 0,90

−500 + 500 ∙ �" = 4000 − 400 ∙ )�" + 0,90*

−500 + 500 ∙ �" = 4000 − 400 ∙ �" − 360

900 ∙ �" = 4140

�" = 4,60

�# = �" + 0,90 ⇒ �# = 5,50

Graficamente, essa substituição provoca um deslocamento da curva de

demanda (curva do consumidor) e a nova curva, em sua interseção com a

curva de oferta original determinaria o preço do produtor.

A conclusão mais importante é que independentemente do agente que venha a

ser tributado, o resultado final é exatamente o mesmo e, nesse caso, o

consumidor pagaria R$0,50 do imposto (diferença entre o preço antes do

imposto e o preço após o imposto) e o produtor pagaria R$0,40.

A partir disso podemos determinar a quantidade de equilíbrio após a

introdução do imposto. Podemos substituir o preço do consumidor na curva de

demanda original ou o preço do produtor na curva de oferta original que o

resultado será o mesmo.

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� = 4000 − 400 ∙ �# � = 4000 − 400 ∙ 5,50 � = 4000 − 2200 � = 1800

Com a nova quantidade e sabendo que o valor do imposto é de R$0,90 por

unidade vendida, podemos determinar que a arrecadação do Governo é o

produto entre o valor do imposto e a nova quantidade comercializada.

9.3. Imposto “Lump-Sum”

O imposto “Lump-Sum” também pode ser chamado de imposto sobre a renda

ou imposto de montante fixo.

Na verdade, nesse tipo de imposto, o Governo cobra uma alíquota que é um

montante fixo por um determinado período de tempo. É como se o Governo

cobrasse, por exemplo, R$100,00 de imposto por mês de cada indivíduo da

população, independentemente do seu nível de renda.

Segundo Varian:

“Podemos verificar que impostos e subsídios afetam os preços

exatamente na mesma forma, exceto pelo sinal algébrico: o imposto

aumenta o preço ao consumidor; o subsídio diminui.

Outro tipo de imposto ou subsídio que o governo pode usar é um

imposto ou subsídio de montante fixo. Se for um imposto, isso

significa que o governo se apropria de uma quantia fixa de dinheiro,

independente do comportamento do indivíduo. Então um imposto de

montante fixo faz com que a reta orçamentária de um consumidor se

desloque para dentro em virtude da redução da renda monetária.

Similarmente, um subsídio de montante fixo faz com que a reta

orçamentária se desloque para fora. Tanto impostos sobre a

quantidade quanto impostos sobre o valor podem inclinar a reta

orçamentária de uma forma ou outra, dependendo de que bem esteja

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sendo tributado, mas um imposto de montante fixo desloca a reta

orçamentária sempre para dentro.”

Portanto, como o Governo retira do consumidor, a título de tributo, um valor

fixo, graficamente, tal fato fará com que a reta de restrição orçamentária se

desloque para “dentro” conforme o desenho abaixo:

Por outro lado, se o imposto for do tipo específico, tal fato provocará um

aumento no valor do bem. Suponhamos que o bem tributado seja o bem x. Se

isso ocorrer a reta de restrição orçamentária será girada conforme o desenho

abaixo:

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Imagine a situação em que comparemos qual a melhor situação para o

consumidor. Ou seja, suponha que o Governo necessite tributar e tem duas

opções. Ou o Governo efetua uma tributação do tipo “Lump-Sum” e retira do

consumidor um valor da sua renda mas mantém os preços relativos constantes

ou ele opta por efetuar uma tributação do tipo específica e muda a relação

entre os preços dos bens disponíveis. Se o consumidor pudesse escolher, qual

seria, para ele a melhor opção saindo do pressuposto que o Governo iria nas

duas situações arrecadar a mesma quantia.

Observe no desenho abaixo a existência de três retas de restrição

orçamentária. A reta “A” é a reta inicial e existente antes da introdução de um

imposto.

Se o Governo optar por introduzir um imposto do tipo “Lump-Sum”, o

consumidor terá a sua renda reduzida e o preço dos bens não será alterado.

Logo, a nova reta de restrição será deslocada paralelamente à primeira e em

direção à origem. No exemplo, essa situação é representada pela reta “B”.

Por fim, o Governo pode optar por introduzir um imposto do tipo específico. Tal

fato fará com que o preço de um dos bens seja majorado e, portanto, haverá

uma mudança de inclinação na reta de restrição orçamentária. No exemplo,

essa situação é representada pela reta “C”.

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Observe que traçamos as curvas de indiferença e o ponto “A” será o ponto

escolhido pelo consumidor no caso da introdução do imposto específico.

Entretanto, haverá uma curva de indiferença superior que tangenciará a reta

de restrição orçamentária formada pela introdução do imposto “Lump-Sum”.

Sendo assim, caso o consumidor tenha o mesmo gasto tanto com o imposto

específico quanto com o imposto do tipo “Lump-Sum”, ele ficará em uma curva

de indiferença mais alta se o Governo optar pelo imposto de montante fixo. Ou

seja, caso a quantidade de recursos a serem pagos seja idêntico, o consumidor

prefere “Lump-Sum” a específico.

9.4. Imposto Regressivo, Neutro e Progressivo

Um imposto é considerado regressivo se à medida que a renda diminui, a

quantidade a ser paga de imposto aumenta. Ou seja, em um imposto

regressivo a pessoa que ganha menos paga mais imposto.

A B C

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Por exemplo. Imagine que o ICMS para um saco de arroz seja de 17% e que o

preço do saco de arroz seja de R$100,00. Se isso For verdade, qualquer

consumidor pagará R$17,00 a título de ICMS. A representatividade desse valor

na renda de uma pessoa mais pobre é superior à representação na renda de

uma pessoa rica. Por esse motivo, consideramos esse imposto como sendo

regressivo.

Por outro lado, um imposto progressivo é aquele em que os ricos pagam mais

que os pobres e a alíquota cresce à medida que aumenta a renda da pessoa. O

Imposto de Renda das Pessoas Físicas é um bom exemplo.

O imposto é considerado neutro quando todos pagam a mesma quantidade. Ou

seja, a quantidade a ser paga de imposto independe da renda, todos pagam o

mesmo percentual da renda, por exemplo, a título de imposto.

9.5. Imposto Direto e Indireto

Um imposto é considerado direto quando o ônus tributário incide sobre o

próprio contribuinte. Se o imposto incidir sobre a renda ou a riqueza, ele é

chamado de direto. Um imposto é considerado indireto quando os contribuintes

transferem o ônus tributário para terceiros. Em geral, estão associados a

produção ou comercialização de bens e prestação de serviços.

10. Políticas de Comércio Internacional

Vamos imaginar a situação de um país isolado no mercado internacional, ou

seja, de um País que não tem nenhuma relação comercial com nenhum outro

País e que não faz qualquer tipo de transação.

É claro que um País como esse é hipotético. Entretanto, na atualidade,

podemos pensar que a Coréia do Norte seja a nação que mais se aproxima

dessa situação. No entanto, em nossa suposição, estamos pensando em um

País ainda mais fechado, que não possui qualquer relação comercial com

nenhum outro.

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Se isso for ocorrer, este País em questão deverá produzir todos os bens que

consumirá e desenvolver suas tecnologias próprias de produção. Esse País terá

um preço de equilíbrio para todos os seus produtos e este preço será aquele

em que a quantidade demandada iguala com a quantidade ofertada. Imagine

um produto específico A. Seu preço seria P1 como representado abaixo:

No entanto, vamos definir que esse País opte por abrir seus portos para o livre

comércio internacional. Imaginemos que o preço de equilíbrio do produto

específico A no mercado seja chamado de preço mundial. Neste caso podem

ocorrer duas hipóteses.

Se o preço mundial estiver em um patamar superior ao preço praticado no

mercado interno, o produtor deste País ficará bastante interessado em

exportar o seu produto e para isso deixará de vender sua mercadoria no

mercado interno, passando a vendê-la no mercado externo. Como

conseqüência podemos verificar um aumento no preço da mercadoria A

internamente, pois o produtor só venderia no País se conseguisse receber o

mesmo valor auferido com a venda no mercado internacional. Observe que

com esse movimento, o País passa a ser exportador dessa mercadoria.

Graficamente, temos:

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Observe que, inicialmente, o preço interno era P1 e, após a abertura dos

portos, o preço passará a ser PM. Em princípio, vemos que há uma alteração

nos excedentes, sendo majorado o excedente do produtor e reduzido o

excedente do consumidor.

Inicialmente, o excedente do consumidor era composto pelas áreas A + B + D

do gráfico acima. Lembre-se que o excedente do consumidor é a soma da área

acima do preço e abaixo da curva de demanda. Por outro lado, o excedente do

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produtor é dado pela área abaixo do preço e acima da curva de oferta.

Inicialmente, enquanto os portos estavam fechados, o excedente do produtor

era dado pelas áreas C + E.

Após a abertura dos portos, o excedente do consumidor será reduzido e será

representado apenas por A. Enquanto isso, o excedente do produtor será

majorado e representado por B + C + D + E + F. Observe que o bem-estar

total subiu da área equivalente a F e, portanto, houve uma melhora no nível

geral de satisfação apesar de o consumidor ter perdido satisfação.

Segundo Mankiw:

“Essa análise de um país exportador permite duas conclusões:

• Quando um país abre seu mercado e se torna exportador de um

bem, os produtores nacionais do bem ficam em melhor situação e

os consumidores internos vêem sua situação piorada.

• O comércio aumenta o bem-estar econômico de uma nação, pois

os ganhos dos beneficiados excedem as perdas dos prejudicados.”

Por outro lado, se o preço mundial estiver abaixo do preço de equilíbrio P1, os

consumidores aproveitarão essa diferença de preços para poder importar o

produto. Graficamente, temos:

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Observe que neste momento, o Governo desse País pode adotar uma política

protecionista com a cobrança de um imposto de importação. Esse imposto

teria o intuito de proteger a indústria nacional e o emprego das pessoas

residentes naquele País. Se o imposto de importação for da magnitude da

diferença de preços, não haverá interesse do consumidor interno comprar o

produto importado. Importante ressaltar que esse tipo de imposto não tem um

interesse de arrecadação, mas sim de proteção do mercado nacional.

Em princípio, teremos um aumento do excedente do consumidor e redução do

excedente do produtor. Inicialmente, o excedente do produtor seria

representado pela área A no gráfico abaixo. Enquanto que o excedente do

consumidor seria dado pela soma das áreas B + C.

Após a abertura dos portos e a conseqüente redução do preço do produto A,

haverá um aumento no excedente do consumidor que passará a ser dado pelo

somatório das áreas A + B + D + E. Enquanto isso, o excedente do produtor

será reduzido e passará a ser dado pela área C do gráfico. Com isso, vemos

que nesse caso, também houve um aumento de bem-estar geral da população,

pois houve um aumento igual às áreas D + E.

Segundo Mankiw:

“A análise de um país importador nos permite tirar duas conclusões

paralelas às registradas para um país exportador:

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• Quando um país abre seu mercado ao comércio exterior e se torna

importador de um bem, os consumidores do bem, no mercado

interno, melhoram de situação e os produtores internos são

prejudicados.

• O comércio aumenta o bem-estar econômico de uma nação, pois

os ganhos dos beneficiados excedem as perdas dos prejudicados.”

10.1. Efeitos de uma Tarifa

O próximo passo é estudar os efeitos de uma tarifa (imposto de importação)

sobre a população de uma forma geral.

Devemos lembrar que se o preço mundial do produto A estiver acima do preço

de equilíbrio, esse país será exportador do produto e, portanto, não haverá

nenhum tipo de impacto gerado com a criação de uma tarifa sobre o produto

importado.

Entretanto, se o país for um importador do produto A, essa tarifa gerará

impacto sobre os consumidores e produtores internos. Veja a representação no

gráfico abaixo:

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A ideia é que a introdução de uma tarifa sobre um determinado produto iria

reduzir a satisfação do produtor e aumentar a satisfação do consumidor.

Antes da introdução da tarifa, o excedente do consumidor era representado

pelas áreas A + B + C + D + E + F + G. Enquanto isso, o excedente do

produtor era dado pela área H.

Após a introdução da tarifa, o excedente do consumidor passou a ser A + B +

C. Enquanto isso, o excedente do produtor passou a ser D + H. Observe que o

consumidor perde as áreas D + E + F + G. Entretanto, dessas áreas, o

produtor recebe apenas a D.

Uma parcela será recebida pelo Governo, pois este irá arrecadar com a venda

das mercadorias importadas. Sabemos que a tarifa proporcionou uma redução

na quantidade exportada, portanto, a arrecadação do Governo corresponde à

área F. Essa área é o produto entre a quantidade importada após a introdução

da tarifa e o valor da tarifa.

Com isso, vemos que houve uma redução generalizada do bem-estar após a

introdução da tarifa. Observe que as áreas E + G foram perdidas pelo

consumidor, mas nenhum agente recebeu. Portanto, as áreas E e G

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correspondem ao que denominamos peso-morto. Esse peso-morto representa

uma perda de bem-estar geral.

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QUESTÕES PROPOSTAS

Questão 76

(FGV – FISCAL ICMS RJ – 2008) – A economia do país X possui as seguintes

curvas de demanda e oferta por milho:

I. curva de demanda por milho: q = 70 − 2p;

II. curva de oferta por milho: q = 10 + 4p.

Suponha que a economia do país X realize uma abertura comercial de sua

economia. Com o preço internacional por milho sendo igual a 15, é correto

afirmar que:

A) o bem-estar cai em 50.

B) o bem-estar aumenta em 75.

C) a quantidade produzida aumenta em 10 unidades.

D) a demanda doméstica se eleva em 20 unidades.

E) a quantidade ofertada iguala a quantidade demandada em 50 unidades.

Questão 77

(FGV – FISCAL ICMS RJ – 2010) – Com relação às cotas de importação, analise

as afirmativas a seguir.

I. É uma restrição direta sobre a quantidade de algum bem que pode ser

importado.

II. Ela sempre eleva o preço doméstico do bem importado.

III. Sua utilização em lugar de tarifas de importação, transfere renda do

governo para os que recebem as licenças de importação.

Assinale:

A) se somente a afirmativa I estiver correta.

B) se somente a afirmativa II estiver correta.

C) se somente a afirmativa III estiver correta.

D) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.

E) se todas as afirmativas estiverem corretas.

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Questão 78

(FGV – FISCAL ICMS RJ – 2007) – Suponha que o mercado brasileiro de gás

natural possa ser representado pelas seguintes equações de demanda e oferta,

respectivamente:

QD = 240 – P

QS = P

Notação: QD é a quantidade demandada (em m3), QS é a quantidade ofertada

(em m3) e P é o preço (em dólar).

Suponha ainda que o preço internacional de equilíbrio do metro cúbico de gás

seja 60 dólares. Caso o governo brasileiro decida cobrar uma tarifa fixa de 10

dólares por metro cúbico importado, pode-se afirmar que o peso-morto gerado

por essa política será:

A) 140 dólares.

B) 110 dólares.

C) 100 dólares.

D) 120 dólares.

E) 130 dólares.

Questão 79

(CESGRANRIO – Petrobrás – Economista Junior – 2008) – A figura abaixo

mostra a demanda (D) e a oferta (S) doméstica de milho, produto que é

exportado pelo Brasil para os EUA. O preço do milho inicialmente vigente, nos

mercado externo e interno, é P1 (suponha desprezível o custo de transporte e

os impostos).

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Se o governo dos EUA diminuísse o subsídio que concede à produção de milho,

o preço vigente aumentaria para P2, e

A) as exportações brasileiras de milho aumentariam de EF para GH.

B) a produção brasileira de milho não se alteraria.

C) o consumidor brasileiro de milho seria beneficiado.

D) o ganho do produtor brasileiro seria inferior à perda do consumidor

brasileiro.

E) o ganho para os produtores brasileiros corresponderia à área do trapézio

EGHF.

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QUESTÕES RESOLVIDAS

Questão 76

(FGV – FISCAL ICMS RJ – 2008) – A economia do país X possui as seguintes

curvas de demanda e oferta por milho:

I. curva de demanda por milho: q = 70 − 2p;

II. curva de oferta por milho: q = 10 + 4p.

Suponha que a economia do país X realize uma abertura comercial de sua

economia. Com o preço internacional por milho sendo igual a 15, é correto

afirmar que:

A) o bem-estar cai em 50.

B) o bem-estar aumenta em 75.

C) a quantidade produzida aumenta em 10 unidades.

D) a demanda doméstica se eleva em 20 unidades.

E) a quantidade ofertada iguala a quantidade demandada em 50 unidades.

Resolução:

Para começarmos a fazer a questão, devemos igualar as curvas de demanda e

oferta. Portanto, temos:

/0 = /1

10 + 4� = 70 − 2�

2� + 4� = 70 − 10

6� = 60

� = 10

Se o preço internacional é igual a 15, isso faz com que o produtor nacional se

torne um exportador líquido. Isto ocorre porque o preço de equilíbrio no

mercado interno é menor que aquele praticado no mercado internacional.

Portanto, é preferível que a venda seja efetuada no mercado internacional.

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A quantidade de equilíbrio antes da abertura comercial era de:

/1 = 70 − 2 ∙ 10 = 50

/0 = 10 + 4 ∙ 10 = 50

Após a abertura comercial, as quantidades demandadas e ofertadas são:

/1 = 70 − 2 ∙ 15 = 40

/0 = 10 + 4 ∙ 15 = 70

Veja o gráfico:

Para calcularmos a variação do bem-estar, devemos lembrar o que ocorre com

o excedente do consumidor e produtor quando há uma abertura comercial.

Vamos tratar de um caso genérico e depois passamos a este em específico. O

excedente do consumidor antes da abertura comercial era dado pelas áreas1 A

+ B + D. Por outro lado, o excedente do produtor era dado pelas áreas C + E.

Após a abertura dos portos, como o preço mundial estava mais alto que o

interno, haverá um aumento de satisfação do produtor e uma redução do 1 Veja no gráfico abaixo.

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consumidor. O excedente do consumidor será a área A. Enquanto que o

excedente do produtor será a soma das áreas B + C + D + E + F.

Observe que o consumidor perdeu bem-estar equivalente às áreas B + D.

Enquanto que o produtor ganhou o bem-estar equivalente às áreas B + D + F.

Logo, houve um ganho geral igual a F. Graficamente:

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Portanto, devemos calcular a área do triângulo F. Como sabemos as

quantidades ofertadas e demandadas após a liberação do comércio e a

diferença de preço do bem, temos:

Á����4$�5â7894: =;�<�=>9�8��

2

Á����4$�5â7894: =%70 − 40& ∙ %15 − 10&

2

Á����4$�5â7894: =30 ∙ 52

Á����4$�5â7894: =1502

Á? ��@A?�â�B�C@D = E�

Sendo assim, o gabarito é a letra B.

Gabarito: B

Questão 77

(FGV – FISCAL ICMS RJ – 2010) – Com relação às cotas de importação, analise

as afirmativas a seguir.

I. É uma restrição direta sobre a quantidade de algum bem que pode ser

importado.

II. Ela sempre eleva o preço doméstico do bem importado.

III. Sua utilização em lugar de tarifas de importação, transfere renda do

governo para os que recebem as licenças de importação.

Assinale:

A) se somente a afirmativa I estiver correta.

B) se somente a afirmativa II estiver correta.

C) se somente a afirmativa III estiver correta.

D) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.

E) se todas as afirmativas estiverem corretas.

Resolução:

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Enquanto a tarifa é um imposto de importação, a quota é uma restrição na

quantidade que será importada e se a quota for menor que a quantidade

necessária a ser importada, haverá um aumento no nível de preços pois a

demanda será maior que a oferta.

No caso da quota, o Governo não receberá um imposto, mas as pessoas que

terão acesso à importação, os detentores de uma quota de importação irão

comprar os bens por um preço e acabarão vendendo-o por um preço superior.

Logo, terão um ganho por deter essa licença.

Sendo assim, todos os itens estão corretos e o gabarito é a letra E.

Gabarito: E

Questão 78

(FGV – FISCAL ICMS RJ – 2007) – Suponha que o mercado brasileiro de gás

natural possa ser representado pelas seguintes equações de demanda e oferta,

respectivamente:

QD = 240 – P

QS = P

Notação: QD é a quantidade demandada (em m3), QS é a quantidade ofertada

(em m3) e P é o preço (em dólar).

Suponha ainda que o preço internacional de equilíbrio do metro cúbico de gás

seja 60 dólares. Caso o governo brasileiro decida cobrar uma tarifa fixa de 10

dólares por metro cúbico importado, pode-se afirmar que o peso-morto gerado

por essa política será:

A) 140 dólares.

B) 110 dólares.

C) 100 dólares.

D) 120 dólares.

E) 130 dólares.

Resolução:

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Inicialmente, devemos igualar a quantidade ofertada com a demandada para

encontrarmos o preço de equilíbrio e a quantidade.

/F = /1

G = 240 − G

2G = 240

G = 120

/F = G = 120

Como o preço internacional é igual a 60, temos o seguinte gráfico.

Com o preço de 60, as quantidades ofertadas e demandadas são:

/F = G = 60

/1 = 240 − G = 240 − 60 = 180

Após a introdução da tarifa de 10, as quantidades passarão a:

/F = G = 70

/1 = 240 − G = 240 − 70 = 170

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Graficamente, temos:

Observe o gráfico com as áreas determinadas:

As áreas E e G representam o peso-morto, neste caso. Para calcularmos o

valor, devemos encontrar o valor de cada um desses triângulos. Observe que

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eles são simétricos e, portanto, serão iguais. Mas vamos calcular cada um

deles.

Á����4$�5â7894H =;�<�=>9�8��

2

Á����4$�5â7894H =%70 − 60&=%70 − 60&

2

Á����4$�5â7894H =10=10

2

ÁIJKLMNIOâPQRSMT = ��

Á����4$�5â7894U =;�<�=>9�8��

2

Á����4$�5â7894U =%180 − 170&=%70 − 60&

2

Á����4$�5â7894U =10=10

2

ÁIJKLMNIOâPQRSMV = ��

Portanto, o peso-morto será igual a 100.

Sendo assim, o gabarito é a letra C.

Gabarito: C

Questão 79

(CESGRANRIO – Petrobrás – Economista Junior – 2008) – A figura abaixo

mostra a demanda (D) e a oferta (S) doméstica de milho, produto que é

exportado pelo Brasil para os EUA. O preço do milho inicialmente vigente, nos

mercado externo e interno, é P1 (suponha desprezível o custo de transporte e

os impostos).

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Se o governo dos EUA diminuísse o subsídio que concede à produção de milho,

o preço vigente aumentaria para P2, e

A) as exportações brasileiras de milho aumentariam de EF para GH.

B) a produção brasileira de milho não se alteraria.

C) o consumidor brasileiro de milho seria beneficiado.

D) o ganho do produtor brasileiro seria inferior à perda do consumidor

brasileiro.

E) o ganho para os produtores brasileiros corresponderia à área do trapézio

EGHF.

Resolução:

Se o subsídio do milho nos EUA for reduzido, o Brasil poderá exportar uma

quantidade maior de milho. E, portanto, a quantidade de milho a ser exportada

passaria de EF para GH.

Sendo assim, o gabarito é a letra A.

Gabarito: A

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BIBLIOGRAFIA Eaton & Eaton – Microeconomia, Editora Saraiva – 3ª Edição, 1999.

Ferguson, C.E. – Microeconomia, Editora Forense Universitária – 8ª Edição,

1985.

Kupfer & Hasenclever – Economia Industrial, Editora Campus – 1ª Edição,

2002.

Laffont & Martimort – The Theory of Incentives – The Principal-Agent Model,

Princeton University Press – 1ª Edição, 2002.

Mankiw, N. Gregory – Introdução à Economia – Princípios de Micro e

Macroeconomia, Editora Campus, 1999.

Mas-Colell, Whinston & Green – Microeconomic Theory, Oxford University

Press, 1995.

Notas de Aula – Organização Industrial – Doutorado em Economia –

Universidade de Brasília.

Notas de Aula – Economia da Regulação – Doutorado em Economia –

Universidade de Brasília.

Notas de Aula – Organização Industrial – Doutorado na New York University.

Pindyck & Rubinfeld – Microeconomia, Editora MakronBooks – 4a Edição, 1999.

Tirole, Jean – The Theory of Industrial Organization – 1988 – MIT PRESS.

Varian, Hal R. – Microeconomia – Princípios Básicos, Editora Campus – 5ª

Edição, 2000.

Vasconcellos, M.A. Sandoval – Economia Micro e Macro, Editora Atlas – 2ª

Edição, 2001.

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GABARITO

76- B 77- E 78- C 79- A

Galera,

Acabamos mais uma aula....

Abraços,

César Frade