livro de microeconomia

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MicroeconomiaCurso Professor Geraldo Goes Pgina 1 PARTE 1 - INTRODUO A ECONOMIAMicroeconomiaCurso Professor Geraldo Goes Pgina 2

1.1 DEFINIO DE ECONOMIA. 1.2RECURSOS ECONMICOS OU FATORES DE PRODUO.1. 3 ESCASSEZ : O PROBLEMA ECONMICO FUNDAMENTAL. 1. 4A REMUNERAA DOS FATORES DE PRODUO.CAPTULO 1INTRODUO ECONOMIAEconomiaoestudodamaneirapelaqualasociedaderealizaaalocaotima derecursos escassos (limitados) frentes aos desejos humanos ilimitados.Recursos Econmicos ou Fatores de ProduoSo aqueles itens (insumos) necessrios ao processo produtivo, sem os quais no se consegue produzir nenhum bem ou servio. Os Fatores de Produo so:- Mo-de-obra (Trabalho)- Capital (mquinas, equipamentos, ferramentas, edificaes e estoques) - Recursos naturais ou Terra- Tecnologia- Capacidade EmpresarialO problema fundamental da economia a escassez. Um bem s possui valor econmico quando escasso, isto , limitado.Salrios : so a remunerao do fator trabalho.Juros : so a remunerao do capital financeiro.Lucros : so a remunerao do capital de risco ou capital de investimento.Aluguis : so a remunerao do capital fsico. MicroeconomiaCurso Professor Geraldo Goes Pgina 31.5 A CLASSIFICAO DOS BENS

1.6 OS AGENTES OU ATORES ECONMICOS.1.7 O MERCADO DO PRODUTO E O MERCADO DE FATORES.Agentes EconmicosSo aqueles que agem no cenrio econmico, isto , que possuem aes volitivas na economia e que interferem no ciclode gerao, circulaoe distribuio de riqueza.Os agentes (atores) econmicos so :- Famlias- Empresas (Firmas)- Governo (Setor Pblico)- Setor Externo (Resto do Mundo)

Em uma economia com dois setores os agentes econmicos podem interagir em dois mercados:- mercado do produto ou mercado de bens e servios: o mercado no qual as firmas vendem ou alugam (ofertam) os bens e servios para as famlias- mercadodefatores:omercadonoqualasfirmascompramoualugam (demandam) os fatores de produo (recursos econmicos) das famliasBemeconmico :umbemescasso,equeportantopossuivaloreconmico. Modernamente entendido como aquele bem sobre o qual se pode definir precisamente os direitos de propriedade (Ronald Coase).Bem livre : um bem que existe em abundncia.Bens finais: So bens prontos, j acabados, que no sofrero mais nenhuma transformao.BensdeConsumo :sobensutilizadosparasatisfazerdesejosindividuais,taiscomo: alimentos, roupas, etc.Bens de capital ou Bens de produo: so bens utilizados para produzir outros bens e que no se consomem totalmente no processo de produo. Exemplos; mquinas, ferramentas, etc. Bensemtransformaooubensintermedirios:sobensqueaindasofreroalguma transformao, isto,sobensquecompemoutrosbens,taiscomo:cimento,chapasde ao, toras de madeira, etc.MicroeconomiaCurso Professor Geraldo Goes Pgina 41.8 FLUXO REAL X FLUXO MONETRIO.No mercado de fatores :- asfamliasrepresentamaoferta poissoasfamliasquevendemoualugam (isto,ofertam)osrecursoseconmicos(mo-de-obra, mquinas, equipamentos, recursos naturais, etc.) para as firmas.- asfirmasrepresentamademanda poissoelasquecompramoualugamos fatores de produo (os recursos econmicos) de propriedade das famlias.No mercado do produto (mercado de bens e servios) :- asfamliasrepresentamaprocura(demanda) poissoasfamliasque compram ou alugam (demandam) os bens e servios produzidos pelas firma.- asfirmasrepresentamaoferta poissoelasquevendemoualugamos produtos (bens e servios) para as famlias.FluxoReal:acirculaoderecursos(fatoresdeproduo)dasfamliasparaas empresas e pelofluxode bense servios dasempresas paraasfamlias (veja figura 1).FluxomonetrioouFluxonominal:acirculaodarenda(remuneraodos fatores de produo na forma de salrios, aluguis, juros e lucros) das empresas para asfamliasedosgastosdasfamliasparaadquirir osbenseserviosproduzidos pelas empresas (veja figura 1).MicroeconomiaCurso Professor Geraldo Goes Pgina 5FIGURA 1EXERCCIOS1. (GESTOR 2000/CARLOS CHAGAS) O ar que respiramos pode vir a ter um preo na Lua, somente porque(A) haver o exerccio do direito de propriedade sobre o ar, alm do fato de que gastar-se-o horas de trabalho para produzi-lo.(B) haver um estoque limitado do mesmo, alm do fato de que haver exerccio do direito de propriedade sobre o mesmo.(C) sero utilizados fatores de produo escassos na sua produo.(D) o ar sempre demandado e ser produzido por fatores de produo escassos, alm do fato de que algum exercer o direito de propriedade sobre o mesmo.(E) haver uma procura por ar, alm do fato de que haver a necessidade de produo de gua (a gua um insumo na produo de ar).GABARITO1-DMicroeconomiaCurso Professor Geraldo Goes Pgina 62.1 DEFINIO2.2 A CPP COMO UMA FRONTEIRA DE PRODUOFIGURA 2A, B: Pontos possveis de serem produzidos e representam a plena utilizao dos recursos.CAPTULO 2CURVA DE POSSIBILIDADE DE PRODUOACurvadePossibilidadedeProduomostraascombinaesdebensqueso fisicamentepossveisdeseremproduzidosutilizandoplenamenteosrecursos econmicos e dada (fixada) uma tecnologia.CadapontosobreaCPPrepresentaumapossibilidadedeproduo,isto, uma combinaodebensqueso fisicamente possveisdeseremproduzidos utilizando-se plenamente os recursos econmicos.A CPP uma fronteira de produo, isto , mostra o limite mximo da produo (o mximo que se pode produzir), caso se utilize plenamente os recursos econmicos. A CPP tambm interpretada como uma fronteira de produo no sentido de separar o que pode do que no se pode produzir, de modo que (veja figura 2):- Pontos situados sobre a CPP: so possveis de serem produzidos e representam a plena utilizao dos recursos econmicos e portanto mostram o mximo que se pode produzir.- Pontossituadosaqum(abaixo)daCPP:sopossveis deseremproduzidos, pormrepresentamanoutilizaoplenadosrecursos,logocaracterizam desperdcio e ociosidade dos recursos.- Pontos situados alm (acima) a CPP: so impossveis de serem produzidos.MicroeconomiaCurso Professor Geraldo Goes Pgina 7C:Pontopossveldeserproduzidomasrepresentaanoutilizaoplenadosrecursos econmicos (representa ociosidade ou desperdcio)D:umponto(combinaodebens)queimpossveldeserproduzidocomosrecursos disponveis2.3 A CPP E O PROBLEMA FUNDAMENTAL DA ECONOMIA2.4 CUSTO DE OPORTUNIDADE (CUSTO SOCIAL, CUSTO ALTERNATIVO OU CUSTO DE TRANSFORMAO)ACPPreflete,mostra,oproblemadaescassezdosrecursoseconmicos. Para se produzir mais de um bem e portanto utilizar mais recursos na produo dessebemdeve-seproduzirmenosdooutrobem,poiscomoosrecursosso limitadosrestammenosrecursosparaseremaplicadosnaproduodeste ltimo.Ocustodeoportunidadetudoaquiloquedevesersacrificadoaosefazer determinada escolha. - Ocustodeoportunidadedeumbemmostraquantasunidadesdeumoutrobemdevemsersacrificadasparaseproduzirumaunidadeamais dessebem.Pr exemplo: o custo de oportunidade da soja igual quantidade de algodo que deve ser sacrificada para se produzir uma unidade a mais de soja. O custo de oportunidadedeumbemsempremedidoemquantidadessacrificadasdeum outro bem.- O custo de oportunidade a inclinao da CPP. O custo de oportunidade em um ponto da CPP a inclinao da reta tangente CPP nesse ponto (veja figura 3).- AinclinaodaretatangenteCPPemumpontoocustodeoportunidadedo bem que plotado no eixo horizontal.- A CPP decrescente devido a existncia de custos de oportunidade.- ACPPpodeserumalinharetadesdequeoscustosdeoportunidadesejam constantes, isto , se os custos de oportunidade forem constantes ento a CPP ser uma reta. MicroeconomiaCurso Professor Geraldo Goes Pgina 8tgu = Custo de oportunidade do algodo no ponto A.FIGURA 32.5 LEI DOS RENDIMENTOS FSICOS MARGINAIS DECRESCENTES2.6 CUSTOS DE OPORTINIDADECRESCENTES 2.7 CONCAVIDADE DA CPPLei dos rendimentos decrescentesAmedidaqueseutilizamuitaquantidadedeuminsumosuaprodutividade marginal (os acrscimosmarginais, devidosa utilizao de uma unidade maisdoinsumo)diminui.Prexemplo:Amedidaqueseutilizauma unidademaisdotrabalhoosacrscimosnaproduosocadavez menores. Comoosrendimentosfsicosmarginaissodecrescentes entooscustosde oportunidadesocrescentes.Amedidaqueproduzcadavezmaisdeumbem, devemosutilizarcadavezmaisinsumosnaproduo dessebemepelaleidos rendimentosdecrescentesosacrscimosnaproduoserocadavezmenores, logoocustodeseproduzircadavezmaisdeumbemcadavezmaior(as quantidades sacrificadas do outro bem sero cada vem maiores), ou seja os custos de oportunidade so crescentes.A CPP cncava em relao origem porque os custos de oportunidade so crescentes. MicroeconomiaCurso Professor Geraldo Goes Pgina 92.8 DESLOCAMENTO DA CPPFIGURA 4OaumentodadisponibilidadedosrecursosouumamelhoradatecnologiadeslocaaCPP para fora. O ponto B que antes da expanso era impossvel de ser produzido tornou-se vivel aps uma melhoria qualitativa e/ou quantitativa nos recursos econmicos.EXERCCIOS1.(AFTN89/ESAF)Emrelaocurvadepossibilidadesdeproduoabaixo,umadas afirmaes FALSA. Identifique-a:A CPP se desloca para fora (se afasta da origem) quando:i. aumenta a disponibilidade dos recursos ii. melhora a tecnologiaUm aumento da disponibilidade dos recursos disponveis da economia ou melhoria da tecnologiaaumentamacapacidadeprodutivada economiaeconsequentemente deslocamaCPPparafora,poisessamostraolimitamximodaproduoesea capacidadedeproduziraumentaentoesse limiteseexpande(vejafigura4). importante notar que apenas esses aumentos e/ou melhorias dos recursos deslocam a CPP para fora.0 X1Bem XBem YY1MicroeconomiaCurso Professor Geraldo Goes Pgina 10(a) a curva de possibilidades de produo s se desloca a longo prazo, em funo do aumento do nmero de ofertantes(b) cadacombinaodeXeYsignificaumapossibilidadedeutilizaotimadosfatores produtivos(c) a produtividade fsica marginal de cada recurso produtivo decresce com a maior utilizao de cada um deles(d) as combinaes de X e Y que formam a curva so tais, que esgotam a utilizao de recursos produtivos da economia(e) os fatores de produo so escassos.2. (AFTN 91/ESAF) Assinale a informao falsa:(a) Ummodelosimplificadodaeconomiaclassificaasunidadeseconmicasem"famlias"e "empresas",queintegramemdoistiposdemercados:mercadosdebensdeconsumoe servios e mercados de fatores de produo.(b) Osservios dosfatoresdeproduofluemdasfamliaspara asempresas,enquanto ofluxo contrrio, de moeda, destina-se ao pagamento de salrios, aluguis, dividendos e juros.(c) Os mercados desempenhamcinco funes principais:(i) estabelecem valores ou preos; (ii) organizamaproduo;(iii)distribuemaproduo;(iv)racionamosbens,limitandoo consumoproduoe(v)prognosticamofuturo,indicandocomomantereexpandira capacidade produtiva.(d) A curva de possibilidades de produo dos bens X e Y mostra a quantidade mnima de X que deveserproduzida,paraumdadonveldeproduodeY,utilizando-seplenamenteos recursos existentes.(e) A inclinao da curva de possibilidades de produo dos bens X e Y mostra quantas unidades do bem X podem ser produzidas a mais, mediante uma reduo na produo do bem Y.3. (AFTN 94/ESAF) Uma curva de possibilidades de produo, desloca-se:(a) para a direita quando, tudo o mais constante, aumentam os gastos do governo(b) para a direita quando, tudo o mais constante, aumenta a receita tributria do governo(c) para a esquerda quando, tudo o mais constante, aumenta a receita tributria do governo(d) paraadireita,quando,tudoo maisconstante,aumentaadisponibilidadederecursos produtivos escassos(e) em sentido oposto ao da variao da demanda agregada efetiva4. (BACEN 98/VUNESP) Considere a seguinte curva de "possibilidades de produo" para uma determinada economia "fictcia":XYACBDMicroeconomiaCurso Professor Geraldo Goes Pgina 11Onde Y e X so os nicos bens produzidos na economia. Com base nesta curva, pode-se afirmar que:(a) a economia s poder atingir o ponto "C" se houver um aumento na disponibilidade de seus recursos produtivos e/ou atravs de inovaes tecnolgicas;(b) ospontos"A","B"e"D"representamcondiesemquetodososrecursosprodutivos disponveis esto sendo utilizados;(c) apartirdoponto"D",spossvelatingirospontos"A"e"B"sehouverumaumentona disponibilidade de recursos produtivos na economia;(d) somente o ponto "A" representa o pleno emprego dos fatores produtivos, pois destaca-se por ser o ponto mais alto da curva;(e) nocurtoprazo,ospontos"A"e"B"representammaiorespotenciaisdecrescimento econmico (elevao do produto interno bruto) em relao ao ponto "D".5. (MPU 96) O problema econmico de decidir que bens devem ser produzidos:a) podeservistocomosendoaescolhadeumpontosobreacurvadepossibilidadesde produo;b) ocorresomentequandooestoquedofatortrabalhopequenoemrelaoaoestoquedos demais fatores produtivos;c) perde o significado quando os insumos so completamente especializados;d) dependebasicamentedatecnologiausadae,portanto,noestrelacionadoquestoda escassez;e) irrelevanteemsociedadesaltamentedesenvolvidas,caracterizadaspornveiselevadosde produtividade dos insumos.6. (AO 97CARLOS CHAGAS) Quando uma economia no est trabalhando na sua curva de possibilidades de produo (A) h perfeita flexibilidade dos preos. (B) o progresso tecnolgico neutro. (C) o custo de oportunidade de aumentar a produo nulo. (D) a oferta de fatores de produo inelstica. (E) deve fechar-se ao comrcio exterior. 7. (GESTOR 2001/ESAF) Indique a opo que apresenta o custo que representa o grau de sacrifcio que se faz ao se optar pela produo de um bem, em termos da produo alternativa sacrificada.a) custoexternob) custocontbilc) custohistricod) custodeoportunidadeMicroeconomiaCurso Professor Geraldo Goes Pgina 12e) customarginalGABARITO1. A 3. D 5. A 7. D2. D 4. A 6. C3.1 LEI DA DEMANDA (LEI DA PROCURA).3.2 CURVA DE DEMANDA.CAPTULO 3 DEMANDA (PROCURA)LeidaDemanda(LeidaProcura):Preosequantidadesdemandadasso inversamenteproporcionais,ceterisparibus.Isto:seopreoaumentaaquantidade demandadadiminuievice- versa,seopreodiminuirentoaquantidadedemandada aumentar.Ademanda(aprocura)refleteocomportamento,asintenes,dosconsumidores.O preo e a quantidade demandada so inversamente proporcionais porque se o preo estiver alto(caro) o consumidor desejar comprar pouco, porm se o preo estiver baixo (barato) o consumidor desejar comprar muito. A nica exceo legtima lei da demanda um bem chamado bem de Giffen..OBS: Ceteris Paribus significa: tudo mais constante.A curva de demanda decrescente (possui inclinao negativa) porque o preo ( P ) e a quantidade demandada (Qd) so inversamente proporcionais (veja figura 5). MicroeconomiaCurso Professor Geraldo Goes Pgina 13FIGURA 5Ao preo de 1 u.m (unidade monetria) o consumidor deseja consumir 5 laranjas. Se o preo aumentar para 3 u.m ento o consumidor deseja consumir apenas 2 laranjas, ou seja, o preo e a quantidade demandada so grandezas inversamente proporcionais.3.3FATORESQUEINFLUENCIAMAQUANTIDADEDEMANDADADE UM BEM.3.4 DIFERENA ENTRE DEMANDAE QUANTIDADE DEMANDADA.3.5DIFERENAENTREDESLOCAMENTONACURVADEDEMANDAE DESLOCAMENTO DA CURVA DE DEMANDA. Aquantidadedemandadadeumbeminfluenciada,almdoseuprpriopreo, plos seguintes fatores extra preo do bem:- Renda Nominal- Gostos e preferncias- Propaganda- Preo dos bens relacionados (preo dos bens substitutos e complementares)- Expectativas- Nmero de consumidores (compradores)A quantidade demandada (Qd ) representa uma simples varivel, prexemplo: 1, 2 ou3quantidadesdelaranjasdemandadas(procuradas)peloconsumidor.Ademanda (D) representa a relao , geralmente inversa, que existe entre o preo de um bem e aquantidadedemandadadestebem.Aquantidadedemandadacolocadanoeixo horizontal,enquantoqueademandaaprpriacurvadedemanda.ADemanda, isto,arelaoinversaentrepreoequantidadedemandadapodesermostrada atravsdeumgrfico(acurvadedemanda),umatabela (relacionandoopreocom quantidadedemandada)ouumaequaomatemtica envolvendoopreo(P)ea quantidade demandada (Qd ).MicroeconomiaCurso Professor Geraldo Goes Pgina 14FIGURA 6Avariaonaquantidadedemandadadelaranjafoicausadapelavariao nopreodalaranja,isto,aquantidadedemandadacaiude6para1unidadeporqueo preodalaranjaaumentoude1para4,houveportantoumdeslocamentonacurva(ao longo da curva, sobre a curva) de demanda (do ponto A para o ponto B).Lembre-sequedemandaprpriacurvadedemanda.Portantoumdeslocamentona demandasignificaumdeslocamentosobre acurva(aolongodacurva,emcimada curva, na curva)dedemanda (que permanece fixa),enquanto que umdeslocamento dademanda significa um deslocamento da curva como um todo, isto , quando a prpria curva desloca-se para a direita ou para a esquerda.Deslocamento na curva de demanda Quando as variaes de quantidade demandada so causadas exclusivamente pr variaesdepreodiremosquehouveumdeslocamentonademanda.Se quantidadedemandadaaumentouporqueopreonecessariamentediminuiuesea quantidade demandada diminuiu porque o preo aumentou (veja figura 6). Quando ocorreumdeslocamentonacurvadedemandaerradodizer queademanda aumentououdiminuiu,scorreto afirmarqueaquantidadedemandada aumentou ou ento que diminuiu.MicroeconomiaCurso Professor Geraldo Goes Pgina 15FIGURA 7Inicialmente ao preo de R$ 100,00 o consumidor deseja consumir 2 unidades de caviar por ms,porem, comoaumentode suarendaoconsumidordesejaconsumir,ao mesmopreo deR$100,00,30unidadesdecaviar,ousejaademandasedeslocoudaposioDparaa posio D.Deslocamento da curva de demandaQuando as variaes de quantidade demandada so causadas pr fatores extra preodobem diremosquehouveumdeslocamentodademanda,isto ,ademanda desloca-se para a direitaou para a esquerda se as variaes de quantidade demandada so causadas pr outros fatores que no seja o preo do bem, tais como variaes na renda, no gosto, no preo dos bens relacionados (substitutos e complementares), na expectativa ou no nmerodeconsumidores.Aumentarademandaumjargoquesignificadeslocara curvadedemandaparaadireita(vejafigura7),deslocamentoestecausadoprum fator extra preo tais como variaes na renda, no gosto, etc., de modo anlogo, diminuir ademandasignificadeslocarademandaparaaesquerda.Quandoocorreum deslocamentodacurvadedemandaparaadireita,almdedizerqueaquantidade demandadaaumentou,tambmlcitodizerqueademandaaumentou.Quando ocorre umdeslocamentodademandaparaaesquerda,almdedizerqueaquantidade demandada diminuiu, tambm correto dizer que a demanda diminuiu.Resumo:Quandoasvariaesdequantidadedemandadasocausadaspr variaesnopreoocorreumdeslocamentonacurvadedemanda.Quandoas variaesdequantidadesocausadasprfatoresextrapreodobem(variaes na renda, no gosto, no preo dos bens substitutos e complementares, na expectativa ounonmerodecompradores)ocorreumdeslocamentodacurvadedemanda (paraadireitaouparaaesquerda).Portantovariaesnopreodeumbem causamumdeslocamentonacurvadedemanda ,enquantoquevariaesnos fatoresextrapreo(taiscomo,variaesnarenda,gosto,preodosbens relacionados, expectativa e nmero de consumidores) causam um deslocamento da curvadedemanda. Aumentarademandadiferentedeaumentaraquantidade demandadaediminuirademandadiferentedediminuiraquantidade demandada. MicroeconomiaCurso Professor Geraldo Goes Pgina 163.6DETERMINANTESDADEMANDADEUMBEM:EFEITORENDA,EFEITO SUBSTITUIO E EFEITO PREO TOTAL.EFEITO RENDAEfeitorenda:quandoas variaesdequantidadedemandadadeumbemsocausadas exclusivamenteprvariaesdarendadosconsumidoresdestebem.Oefeitorenda pode ser positivo ou negativo.Efeitorendapositivo:Rendaequantidadedemandadasodiretamenteproporcionais, isto , umavariao na renda causa uma variao na quantidade demandada na mesma direo(umaumentodarendadosconsumidorescausaumaumentodaquantidade demandadaevice-versa,umadiminuionarendacausaumadiminuioda quantidade demandada). Ocorre no caso dos bens normais ou superiores.Efeito renda negativo: Renda e quantidade demandada so inversamente proporcionais. Quandooefeitorendanegativoasvariaesnarendacausamvariaesna quantidadedemandadaemdireooposta(umaumentodarendadosconsumidores causaumadiminuiodaquantidadedemandadaevice-versa,umadiminuiona renda dos consumidores causa um aumento da quantidade demandada). Ocorre no caso dos bens inferiores ( incluindo o bem de Giffen)EFEITO SUBSTITUIOEfeitosubstituio:quandoasvariaesnaquantidadedemandadadeumbemso causadasexclusivamenteprvariaesnopreodobem,jcompensandoo consumidor pela perda de renda real. O efeito substituio sempre negativo, isto , qualquerquesejaobem(normalousuperior,inferioroudeGiffen)oefeito substituionegativopoisimplicanumarelaoinversaentrepreoequantidade demandada. Ocorre em todos os tipos de bens. OBS Demandacompensada:aquelanaqualsexisteefeitosubstituio,no possui efeito renda, portanto toda demanda compensada decrescente.EFEITO PREO TOTALEfeitopreototal:asomadoefeitorendacom oefeitosubstituio,isto,uma variaodaquantidadedemandadacausadaprumavariaonopreopodeser decomposto no efeito renda e no efeito substituio.MicroeconomiaCurso Professor Geraldo Goes Pgina 17Efeito Substituio (ES)Efeito Renda (ER)DemandaBEM normal ou superior negativo positivo decrescenteBEM inferior; ES>ER negativo negativo decrescenteBEM DE GIFFEN: ES 0 torna o modeloMicroeconomiaCurso Professor Geraldo Goes Pgina 42instvel.d) no possvel encontrar o preo de equilbriode mercado neste modelo.e) como "d" > " b", o equilbrio do modelo serestvel.GABARITO1. C 4. B 7. A2. C 5. B 8.C3. A 6. B 9.E6.1 DEFINIOCAPTILO 6ELASTICIDADE-PREO DA DEMANDAAelasticidade- preodademandamedeasensibilidadenaquantidade demandada ( Qd ) quando se faz uma variao no preo ( P ) de um bem. A demanda deumbempodeserelstica,inelsticaoudeelasticidadeunitria.Ademandaelstica quando uma pequena variao no preo causa proporcionalmente uma grande variao no preo. A demanda inelstica quando insensvel variao de preo, isto , uma grande variaodepreocausaproporcionalmenteumapequenavariaonaquantidade demandada.Ademandadeelasticidadeunitriaquandoumavariaonopreocausa umavariaonaquantidadedemandadanamesmaproporo.Ocoeficientede elasticidade- preodademanda()definidocomoarazoentreavariao percentualnaquantidadedemandadaeavariaopercentualnopreo,isto: %%PQdAA= .MicroeconomiaCurso Professor Geraldo Goes Pgina 436.2 CLCULO DA ELASTICIDADE-PREO DA DEMANDA1 CASO: QUANDO OS DADOS SO PERCENTUAIS.Quandoosdadosrelativosquantidadedemandadaeaopreoestonaformapercentual devemos utilizar a frmula abaixo: %%PQdAA= Ousejaaelasticidade- preodademandaigualavariaopercentualnaquantidade demandada ( %dQ A ) dividida pela variao percentual no preo ( % P A ).Exemplo : Se um aumento de 10% no preo de um bem causa uma diminuio de 20% na quantidade demandada desse bem, calcule a elasticidade preo da demanda. Soluo:21020%%= =AA=PQd ( demanda elstica)2 CASO: QUANDO OS DADOS SO TABELADOS E ESPECIFICADO O NVEL DE PREO.Quando os dados relativos quantidade demandada e ao preo esto na forma de uma tabela e o comando da questo especifica o nvel de preo no qual deve-se calcular a elasticidade-preo da demanda, devemos utilizar a frmula abaixo: QPPQAA= Ou seja a elasticidade- preo da demanda igualao produto da razo entre a variao na quantidade(dQ A )eavariaonopreo( P A )pelarazoentreopreoeaquantidade demandada.Exemplo: Dada a tabela abaixo calcule a elasticidade- preo da demanda:a) ao preo de 10;b) ao preo de 40.Preo Quantidade10 8040 20Soluo : a) 4180103060= =AA= xQPPQ (demanda inelstica) b)420403060= =AA= xQPPQ (demanda elstica) MicroeconomiaCurso Professor Geraldo Goes Pgina 443CASO:QUANDOOSDADOSSOTABELADOS ENOESPECIFICADOO NVEL DE PREO (ELASTICIDADE NO ARCO).Quando os dados relativos quantidade demandada e ao preo esto na forma de uma tabela eocomandodaquestonoespecificaonveldepreo noqualdeve-secalculara elasticidade- preo da demanda, devemos utilizar a frmula abaixo: ) () (2 12 1Q QP PPQ++AA= Ou seja a elasticidade- preo da demanda igualao produto da razo entre a variao na quantidade (dQ A ) e a variaono preo ( P A ) pela razo entre a soma dos preos e a soma das quantidades demandadas.Exemplo: Dada a tabela abaixo calcule a elasticidade- preo da demanda:Preo Quantidade10 8040 20Soluo: 1) 20 80 () 40 10 (3060) () (2 12 1=++=++AA= xQ QP PPQ (demanda com elasticidade unitria) 4CASO:QUANDODADAAFUNODEDEMANDA(ELASTICIDADENO PONTO)Quandoarelaoentreaquantidadedemandadaeopreodadaprumaequaode demandaepede-separacalcularaelasticidadepreodademanda,devemosutilizara frmula abaixo: QPdPdQ= Ou seja a elasticidade- preo da demanda igual ao produto da derivada da quantidade em relao ao preo (dPdQ) pela razo entre o preo e a quantidade demandada (QP).Exemplo: A demanda de um bem 100 2 + = P Qd, calcule a elasticidade- preo da demanda ao preo de 10.Soluo:Paracalcularaelasticidadedademandaquandodadaaequaode demanda devemos seguir o procedimento abaixo:1 passo: calcular a derivada da quantidade em relao ao preo:MicroeconomiaCurso Professor Geraldo Goes Pgina 452 =dPdQ2 passo: calcular a quantidade que corresponde ao preo de 10:80 100 ) 10 .( 2 = + = Q3 passo: calcular a razo entre o preo e a quantidade:8010=QP3passo:aplicar afrmula QPdPdQ= ,ouseja multiplicara derivada (dPdQ)pela razo entre o preo e a quantidade (QP) :418010). 2 ( = = =QPdPdQ (demanda inelstica).6.3 PROPRIEDADES DA DEMANDA ELSTICA6.4 RECEITA TOTAL (RT) ERECEITA MARGINAL (RMg)Quando a demanda elstica ento:i. As variaes na quantidade demandada so proporcionalmente maiores que as variaes de preo ( AQd% > AP%).ii. O coeficiente de elasticidade preo da demanda () maior que a unidade.iii. A receita total e o preo so inversamente proporcionais, isto , um aumento do preo causa uma reduo da receita total e vice-versa.iv. Osgastosdoconsumidor(dispndio)eopreosoinversamente proporcionais,isto, umaaumentodopreocausaumareduo dosgastosdo consumidor e vice-versa.v. A receita total uma funo crescente da quantidadevi. A Receita Marginal positiva.A Receita Total produto da quantidade pelo preo: RT= P. QA Receita Marginal a variao na receita total causada pelo acrscimo de uma unidadeamaisvendida.SeaReceitaTotalcrescenteentoaReceitaMarginal positiva.SeaReceitaTotaldecrescenteentoaReceitaMarginalnegativa.Sea Receita Total mxima ento a Receita Marginal nula.MicroeconomiaCurso Professor Geraldo Goes Pgina 466.5 PROPRIEDADES DA DEMANDA INELSTICA6.6 PROPRIDADES DA DEMANDA DE ELASTICIDADE UNITRIA6.7 FRMULAS DA ELASTICIDADE-PREO DA DEMANDA6.8 DEMANDA COM ELASTICIDADE PREOCONSTANTEQuando a demanda inelstica ento:i. Asvariaesnaquantidadedemandadassoproporcionalmentemenoresqueas variaes de preo ( AQd% < AP%).ii. O coeficiente de elasticidade menor que a unidade (qAP%)..Aofertainelsticaquandoasvariaesnaquantidade ofertada so proporcionalmente menores do que as variaes de preo (AQS% < AP%). A oferta deelasticidadeunitriaquandoumavariaonopreocausaumavariaonaquantidade ofertada na mesma proporo (AQS%= AP%).O coeficiente deelasticidade- preo da oferta definido comoarazoentreavariaoproporcionalnaquantidadeofertadaeavariao proporcional no preo, ou seja, %%PQSSAA= .MicroeconomiaCurso Professor Geraldo Goes Pgina 56SSSQPPQAA= Ousejaaelasticidade- preodaofertaigualaoprodutodarazoentreavariaona quantidade ofertada (SQ A ) e a variaono preo ( P A ) pela razo entre o preo e a quantidade ofertada.Exemplo: Dada a tabela abaixo calcule a elasticidade- preo da demanda:c) ao preo de 10;d) ao preo de 40.Preo Quantidade10 2040 70Soluo : a) 6520103050= =AA= xQPPQSSS (oferta inelstica) b) 212070403050= =AA= xQPPQSSS (oferta inelstica) 3CASO:QUANDOOSDADOSSOTABELADOS ENOESPECIFICADOO NVEL DE PREO (ELASTICIDADE NO ARCO).Quando os dados relativos quantidade ofertada e ao preo esto na forma de uma tabela e o comando da questo no especifica o nvel de preo no qual deve-se calcular a elasticidade-preo da oferta, devemos utilizar a frmula abaixo: ) () (2 12 1S SSSQ QP PPQ++AA= Ousejaaelasticidade- preodaofertaigualaoprodutodarazoentreavariaona quantidade (SQ A ) e a variaono preo ( P A ) pela razo entre a soma dos preos e a soma das quantidades ofertadas.Exemplo: Dada a tabela abaixo calcule a elasticidade- preo da oferta:Preo Quantidade10 2040 70Soluo :2725)9050)(3050() 70 20 () 40 10 (3050) () (2 12 1= =++=++AA= xQ QP PPQS SSS (oferta inelstica) 4 CASO: QUANDO DADA A FUNO DE OFERTA (ELASTICIDADE NO PONTO)MicroeconomiaCurso Professor Geraldo Goes Pgina 57Quando a relao entre a quantidade ofertada e o preo dada pr uma equao de oferta e pede-se para calcular a elasticidade preo da oferta, devemos utilizar a frmula abaixo: SSQPdPdQ= Ou seja a elasticidade- preo da oferta igualao produto da derivada da quantidade em relao ao preo (dPdQS) pela razo entre o preo e a quantidade ofertada (SQP).Exemplo: A oferta de um bem 100 2 = P QS, calcule a elasticidade- preo da oferta ao preo de 80.Soluo : Para calcular a elasticidade da oferta quando dada a equao de oferta devemos seguir o procedimento abaixo:1 passo: calcular a derivada da quantidade em relao ao preo:2 =dPdQS2 passo: calcular a quantidade que corresponde ao preo de 80:60 100 ) 80 .( 2 = = Q3 passo: calcular a razo entre o preo e a quantidade:6080=SQP3passo:aplicar afrmula SSSQPdPdQ= ,ouseja multiplicara derivada (dPdQS) pela razo entre o preo e a quantidade (SQP) :386080). 2 ( = =S (oferta elstica).7.3 FRMULAS DA ELASTICIDADE PREO DA OFERTAMicroeconomiaCurso Professor Geraldo Goes Pgina 587.4 A OFERTA LINEARFIGURA 237.5 ELASTICIDADE-PREO DE LONGO PRAZO DA OFERTA1. (AFTN 91/ESAF) Assinale a afirmao falsa:

s s ssQPdPdQsQ QP PPQsQsPPQsPQs=++AA=AA=AA=) () (%%2 12 1Quandoaofertaumareta(obviamente,positivamenteinclinada)podemosdistinguir trs casos interessantes (veja figura 23):i. Aofertaumaretapassandopelaorigemdoseixoscartesianos(coeficientelinear nulo): a elasticidade da oferta constante igual a 1 (unitria).ii. Aofertaumaretaqueinterceptaoeixoverticaldospreos(coeficientelinear positivo): a elasticidade da oferta varivel e elstica (maior que 1).iii. Aofertaumaretaqueinterceptaoeixohorizontaldasquantidades(coeficiente linear negativo): a elasticidade da oferta varivel e inelstica (menor que 1).De modo geral a oferta mais elstica no longo prazo do que no curto prazo. Para aoferta secundria(oferta a partirda sucata)ocorre ooposto,isto, aoferta secundria mais elstica no curto prazo do que no longo prazo.MicroeconomiaCurso Professor Geraldo Goes Pgina 59(a) a curva de oferta de um bem X, se for uma reta e passar pela origem dos eixos de preos e quantidades ter coeficiente de elasticidade-preo unitrio(b) a curva de oferta da indstria, no curto prazo e em regime de concorrncia perfeita, ser a soma das quantidades oferecidas por todas as firmas(c) a curva de oferta indica os preos mximos capazes de induzir os vendedores a colocar as vrias quantidades no mercado(d) a oferta do monopolista, no curto prazo e em condies de demanda e custos inalterados, um nico ponto que indica uma quantidade e um preo(e) a curva de oferta de uma firma, no curto prazo e em regime de concorrncia perfeita, ser acurvadecustomarginalparatodasasquantidadesiguaisousuperioresquelaparaa qual o custo varivel mdio mnimo.2.(Gestor97/CarlosChagas)Umaumentodademandadeumbemnoelevaro preo de equilbrio se(A) a elasticidade da demanda for infinita.(B) o bem for inferior.(C) o bem for superior.(D) os custos de produo forem crescentes.(E) a elasticidade da oferta for infinita.01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25C E26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44 45 46 47 48 49 5051 52 53 54 55 56MicroeconomiaCurso Professor Geraldo Goes Pgina 608.1 DEFINIO8.2. CLASSIFICAONota:Quandoumbemsuperior(lagosta,BMW,caviar)aelasticidade- rendadademanda maiorque1.Quandoumbemnormal(feijo,arroz)aelasticidade- rendaestcompreendida entre0(zero)e1(um).Quandoaelasticidade rendaigual1obemnormal.Quandoum bem inferior (carne de 2) a elasticidade renda negativa.CAPTULO 8ELASTICIDADE RENDA DA DEMANDAA elasticidade- renda da demanda mede a sensibilidade na quantidade demandada ( Qd ) quando sevaria arendadoconsumidor(R).Aelasticidade- rendautilizadapara classificarumbem como superior, normal ou inferior. O coeficiente de elasticidade renda da demanda definido como a razo entre uma variao percentual na quantidade demandadae a variao percentual na renda, isto , %%RQdRAA= .Bem superior:qR > 1.Bem Normal: 0< qR s 1.Bem Inferior : qR < 0.MicroeconomiaCurso Professor Geraldo Goes Pgina 618.3 CLCULO DA ELASTICIDADE-RENDA DA DEMANDA1 CASO: QUANDO OS DADOS SO PERCENTUAIS.Quandoos dadosrelativosquantidadedemandadaerendaestonaformapercentual devemos utilizar a frmula abaixo: %%RQdRAA= Ousejaaelasticidade- rendadademandaigualavariaopercentualnaquantidade demandada ( %dQ A ) dividida pela variao percentual na renda ( % R A ).Exemplo1:Seumaumento de10%narendadoconsumidordeumbemcausaum aumento de 20% na quantidade demandada desse bem, calcule a elasticidade renda da demanda. Soluo: O primeiro fato a se observar que um aumento da renda do consumidor causou um aumento na quantidade demandada e portanto a elasticidade renda positiva. 21020= + =R ( bem superior)Exemplo2:Seumaumento de10%narendadoconsumidordeum bemcausaum aumento de 5% na quantidade demandada desse bem, calcule a elasticidade renda da demanda. Soluo: O primeiro fato a se observar que um aumento da renda do consumidor causou um aumento na quantidade demandada e portanto a elasticidade renda positiva.

21105= + =R ( bem normal)Exemplo3:Seumaumento de10%narendadoconsumidordeumbemcausaum aumento de 10% na quantidade demandada desse bem, calcule a elasticidade renda da demanda. Soluo: O primeiro fato a se observar que um aumento da renda do consumidor causou um aumento na quantidade demandada e portanto a elasticidade renda positiva. 11010= + =R ( bem normal)Exemplo4:Seumaumento de10%narendadoconsumidordeumbemcausauma reduo de 20% na quantidade demandada desse bem, calcule a elasticidade renda da demanda. Soluo: O primeiro fato a se observar que um aumento da renda do consumidor causou uma diminuio na quantidade demandada e portanto a elasticidade renda negativa. 21020 = =R ( bem inferior)MicroeconomiaCurso Professor Geraldo Goes Pgina 62Exemplo5:Seumaumento de10%narendadoconsumidordeumbemcausauma diminuio de5%naquantidadedemandadadessebem,calculeaelasticidaderendada demanda. Soluo: O primeiro fato a se observar que um aumento da renda do consumidor causou uma reduo na quantidade demandada e portanto a elasticidade renda negativa.

21105 = =R ( bem inferior)Exemplo6:Seumaumento de10%narendadoconsumidordeumbemcausauma diminuio de10%naquantidadedemandadadessebem,calculeaelasticidaderendada demanda. Soluo: O primeiro fato a se observar que um aumento da renda do consumidor causou uma reduo na quantidade demandada e portanto a elasticidade renda negativa. 11010 = =R ( bem inferior)2 CASO: QUANDO OS DADOS SO TABELADOS E ESPECIFICADO O NVEL DE RENDA DO CONSUMIDOR.Quando os dados relativos quantidade demandada e renda esto na forma de uma tabela e o comando da questo especifica o nvel de renda do consumidor no qual deve-se calcular a elasticidade- renda da demanda, devemos utilizar a frmula abaixo: QRRQRAA= Ou seja a elasticidade- renda da demanda igualao produto da razo entre a variao na quantidade(dQ A )eavariaonarenda( R A )pelarazoentrearendaeaquantidade demandada.Exemplo 1: Dada a tabela abaixo calcule a elasticidade- renda da demanda:a) quando a renda do consumidor de 10 unidades monetrias;b) quando a renda do consumidor de 20 unidades monetrias.Renda Quantidade10 4020 80Soluo:Devemosnotarquearendaeaquantidadesodiretamente proporcionais, pois, quando a renda aumentou de 10 para 20 ento a quantidade aumentou de 40 para 80, e portanto a elasticidade renda da demanda positiva.MicroeconomiaCurso Professor Geraldo Goes Pgina 63a)140101040= + = xR (bem normal) b)180201040= + = xR (bem normal) Exemplo2:Dadaatabelaabaixocalculeaelasticidade- rendadademandaquandoa renda do consumidor de 10 unidades monetrias.Renda Quantidade10 4020 100Soluo:Devemosnotarquearendaeaquantidadesodiretamente proporcionais, pois, quando a renda aumentou de 10 para 20 ento a quantidade aumentou de 40 para 100, e portanto a elasticidade renda da demanda positiva.2340101060= + = xR (bem superior) Exemplo3:Dadaatabelaabaixocalculeaelasticidade- rendadademandaquandoarendado consumidor de 10 unidades monetrias.Renda Quantidade10 4020 70Soluo: Devemosnotarquearendaeaquantidadesodiretamente proporcionais, pois, quando a renda aumentou de 10 para 20 ento a quantidade aumentou de 40 para 70, e portanto a elasticidade renda da demanda positiva.4340101030= + = xR (bem normal) Exemplo4:Dadaatabelaabaixocalculeaelasticidade- rendadademandaquandoarendado consumidor de 10 unidades monetrias.Renda Quantidade10 4020 30MicroeconomiaCurso Professor Geraldo Goes Pgina 64Soluo:Devemosnotarquearendaeaquantidadesoinversamente proporcionais,pois, quandoarendaaumentoude10para20entoaquantidadediminuide40 para 30, e portanto a elasticidade renda da demanda negativa.4140101010 = = xR (bem inferior) 3CASO:QUANDOOSDADOSSOTABELADOS ENOESPECIFICADOO NVEL DE RENDA (ELASTICIDADE NO ARCO).Quando os dados relativos quantidade demandada e renda esto na forma de uma tabela e ocomandodaquestonoespecificaonvelderendadoconsumidor noqualdeve-se calcular a elasticidade- renda da demanda, devemos utilizar a frmula abaixo: ) () (2 12 1Q QR RRQR++AA= Ou seja a elasticidade- renda da demanda igualao produto da razo entre a variao na quantidade (dQ A ) e a variaona renda ( R A ) pela razo entre a soma das rendas e a soma das quantidades demandadas.Exemplo: Dada a tabela abaixo calcule a elasticidade- preo da demanda:Renda Quantidade10 8040 20Soluo : 1) 20 80 () 40 10 (3060 =++ = xR (bem inferior) 4 CASO: QUANDO DADA A EQUAO DA CURVA DE ENGELQuandoarelaoentreaquantidadedemandadaearendadadaprumaequao envolvendoarendaeaquantidadedemandada(curvadeEngel)epede-separacalculara elasticidade renda da demanda, devemos utilizar a frmula abaixo: QRdRdQR = Ou seja a elasticidade- renda da demanda igual ao produto da derivada da quantidade em relao renda (dRdQ) pela razo entre a renda e a quantidade demandada (QR).MicroeconomiaCurso Professor Geraldo Goes Pgina 65Exemplo1:Ademandadeumbemexpressaemfunodarendado consumidorpelaequao100 2 + = R Qd,calculeaelasticidade- rendada demanda quando a renda do consumidor de 10 unidades monetrias.Soluo : Para calcular a elasticidade- rendada demanda quando dada a curva de Engel devemos seguir o procedimento abaixo:1 passo: calcular a derivada da quantidade em relao renda:2 =dRdQ2 passo: calcular a quantidade que corresponde renda de 10:80 100 ) 10 .( 2 = + = Q3 passo: calcular a razo entre a renda e a quantidade:8010=QR3 passo: aplicar a frmula QRdRdQR = , ou seja multiplicar a derivada (dRdQ) pela razo entre o preo e a quantidade (QR) :418010). 2 ( = = (bem inferior).Exemplo 2: A demanda de um bem expressa em funo da renda do consumidor pela equao100 2 + = R Qd,calculeaelasticidade- rendada demandaquandoa renda do consumidor de 10 unidades monetrias.Soluo : Para calcular a elasticidade- rendada demanda quando dada a curva de Engel devemos seguir o procedimento abaixo:1 passo: calcular a derivada da quantidade em relao renda:2 + =dRdQ2 passo: calcular a quantidade que corresponde renda de 10:120 100 ) 10 .( 2 = + = QMicroeconomiaCurso Professor Geraldo Goes Pgina 663 passo: calcular a razo entre a renda e a quantidade:12010=QR3 passo: aplicar a frmula QRdRdQR = , ou seja multiplicar a derivada (dRdQ) pela razo entre o preo e a quantidade (QR) :6112010). 2 ( + = + = (bem normal).8.3 FRMULAS DA ELASTICIDADE RENDA1. (BACEN 94/CESGRANRIO) Considere a seguinte funo-demanda pelo bem X: X = M 3 Px,ondeM arendadosconsumidoresePxopreodeX.QuandoM =10ePx=1a elasticidade-renda e a elasticidade-preo da demanda so, respectivamente:(a) 1, -1(b) 1, -3(c)73,71(d)73,710(e) 3 ,710 2.(BACEN94/CESGRANRIO)Pelateoriada demandabenssuperioressoaquelesparaos quais:(a) a elasticidade-renda da demanda maior do que zero;ddd dddd dQRdRdQQ QR RPQQRRQRQ=++AA=AA=AA=) () (%%2 12 1MicroeconomiaCurso Professor Geraldo Goes Pgina 67(b) a elasticidade-renda da demanda maior do que um;(c) a elasticidade-preo da demanda maior do que zero;(d) a elasticidade-preo da demanda maior do que um;(e) ambas as elasticidades so maiores do que zero.3. (AO 97/CARLOS CHAGAS) A elasticidade renda da demanda de um bem constante e igual a 0,5. Uma elevao da renda dos consumidores de 10%, far com que a quantidade demandada aumente em: (A) 3% (B) 5% (C) 8% (D) 10% (E) 0,5% 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25D B B26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44 45 46 47 48 49 5051 52 53 54 55 569.1 DEFINIOCAPTULO 9ELASTICIDADE PREO CRUZADA DA DEMANDAMicroeconomiaCurso Professor Geraldo Goes Pgina 689.2 CLASSIFICAONota: Quando dois bens so substitutos a elasticidade cruzada entre eles positiva. Quando dois benssocomplementaresaelasticidadecruzadaentreelesnegativa.Quandodoisbensno esto relacionados ento a elasticidade cruzada entre eles nula.9.3 FRMULAS DA ELASTICIDADE-PREO CRUZADA DEMANDAA elasticidade preo cruzada da demanda mostra a sensibilidade na quantidade demandada de um bem quando se varia o preo de um outro do bem. A elasticidade preo cruzada serve paraclassificarosbenscomosubstitutosoucomplementaresnademanda.Aelasticidadepreo cruzada da demanda do bem X em relao ao preo do bem Y (qXY) definida como a razo entre a variao percentual na quantidade do bem X e a variao percentual no preo do bemY,isto, %%yXYPQxAA= .AelasticidadepreocruzadadademandadobemYem relaoaopreodobemX(qYX)definidacomoarazoentreavariaopercentualna quantidade do bem Y e a variao percentual no preo do bem X, isto , %%xYXPQyAA= . Note que (qXY) e (qYX) possuem o mesmo sinal.Bens substitutos: qXY> 0.Bens complementares: qXY< 0.Bens no correlacionados: qXY= 0.xyyxx xy yyxxyyxyxxyQPdPdQQ QP PPQQPPQPQ=++AA=AA=AA=) () (%%2 12 1yxxyy yx xxyyxxyxyyxQPdPdQQ QP PPQQPPQPQ=++AA=AA=AA=) () (%%2 12 1MicroeconomiaCurso Professor Geraldo Goes Pgina 691.(MPU96)Suponhaque,quandoopreodobrcolisaumentaem2%,aquantidade vendida de couve-flor aumenta 4%. Ceteris paribus, isto significa que:a) a elasticidade-renda da demanda de couve-flor 2 e que os bens so complementares;b) a elasticidade-preo cruzada da demanda entre os bens 2 e que os bens so substitutos;c) a elasticidade-preo da demanda de couve-flor 0,5 e que os bens so substitutos;d) aelasticidade-preocruzadadademandaentreosbens-0,5equeosbensso complementares;e) a elasticidade-preo da demanda de brcolis -0,2 e que os bens so substitutos.2. (AO 2001/ESAF) Considere as seguintes equaes:Da (Pa,Pb) = 50 - 4Pa + 10 x PbSa (Pa, Pi) = 6 x Pa x Pionde Da = demanda pelo bem A Sa = oferta do bem A Pa = preo do bem A Pb = preo do bem BPi = preo do insumo IConsiderando Pb = 3 e Pi = 1, podemos ento afirmar que:a) O preo de equilbrio do bem A ser de 8; a quantidade de equilbrio de mercado ser de 48; os bens A e B so substitutos na demanda; e um aumento de 20% no preo de B resultar num aumento de 7,5% na quantidade de equilbrio de mercado.b) O preo de equilbrio do bem A ser de 8; a quantidade de equilbrio de mercado ser de 48; os bens A e B so complementares na demanda; e um aumento de 20% no preo de B resultar num aumento de 7,5% na quantidade de equilbrio de mercado.c) O preo de equilbrio do bem A ser de 8; a quantidade de equilbrio de mercado ser de 48; os bens A e B so substitutos na demanda; e um aumento de 20% no preo de B resultar num aumento de 20% na quantidade de equilbrio de mercado.MicroeconomiaCurso Professor Geraldo Goes Pgina 70d) O preo de equilbrio do bem A ser de 9; a quantidade de equilbrio de mercado ser de 58; os bens A e B so substitutos na demanda; e um aumento de 20% no preo de B resultar num aumento de 10,5% na quantidade de equilbrio de mercado.e) O preo de equilbrio do bem A ser de 9; a quantidade de equilbrio de mercado ser de 58; os bens A e B so complementares na demanda; e um aumento de 20% no preo de B resultar num aumento de 10,5% na quantidade de equilbrio de mercado.3. (AFC 2000) A funo de demanda de um consumidor por um bem x dada por qx=20px-1py0,5 sendo qxa quantidade demandada do bem x por parte desse consumidor e pxepy,respectivamente, os preos do bem x e de outro bem y. Nesse caso, pode-se afirmar que, para esse consumidor,a) os bens x e y so substitutosb) os bens x e y so complementaresc) o bem x um bem de Giffend) a elasticidade preo da demanda pelo bem x 2e) a elasticidade preo cruzada da demanda pelo bem x em relao ao bem y negativa01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25B A A26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44 45 46 47 48 49 5051 52 53 54 55 56MicroeconomiaCurso Professor Geraldo Goes Pgina 71MicroeconomiaCurso Professor Geraldo Goes Pgina 72TEORIA DO CONSUMIDOR10.1 CESTAS DE CONSUMO10.2 PREFERNCIA ESTRITA CAPTULO 10PREFERNCIASCestas de bensUma cestaA ( x, y ) uma combinao das quantidades dos bens X e Y. Suponha que o bem X seja pra e que o bem Y seja uva, ento o par ordenado (2, 3) uma cesta, isto , a cesta (2,3) significa que 2 unidades (quantidades) de pras e 3 unidades de uvas. De modo anlogo a cesta (1,4) representa 1 pra e 4 uvas. Generalizando, a cesta (x1, y1) representa x1 unidades do bem X e y1 unidades do bem Y.B A Definio:UmacestaA estritamenteprefervelcestaB,seo consumidorprefere estritamente a cesta A do que a cesta B, isto , se para ele a cesta A sempre melhor do que a cesta B, em outras palavras, a cesta A d ao consumidor uma maior satisfao do que a cesta B .Exemplo:acesta(4,3)estritamenteprefervelcesta(1,2)seoconsumidorsempre preferir consumir 4 pras e 3 uvas do que consumir 1 pra e 2 uvas.Notao: B A . L-se: a cesta A estritamente prefervel a cesta BAssim, ) , ( ) , (2 2 1 1y x B y x A ,significaqueoconsumidorprefereconsumirx1unidadesdo bem X e y1unidades do bem Y do que consumir x2unidades do bem X e y2unidades do bem Y.MicroeconomiaCurso Professor Geraldo Goes Pgina 7310.3 RELAO DE INDIFERNA10.4 PREFERNCIA FRACA10.5 HIPTESES RELATIVAS S PREFERNCIAS10.6 PREFERNCIAS BEM-COMPORTADAS1.(Gestor97/CarlosChagas)Supondoumconsumidorcomprefernciasbem comportadas, pode-se afirmar que a Taxa Marginal de SubstituioDefinio:duascestaAeBsoindiferentes(A~ B)seessascestafornecemamesma satisfaoparaoconsumidor.Exemplo:acesta(4,3)indiferentecesta(5,1)separao consumidor tanto faz consumir 4 pras e 3 uvas ou consumir 5 pras e 1 uva.Notao:A ~ B l-se: a cesta A indiferente a cesta B.Definio: Um consumidor prefere fracamente uma cesta A (x1,y1) uma cesta B (x2,y2) , isto , A > B, se A estritamente prefervel B ( AB ) ou A indiferente B ( A ~B ).As preferncias possuem trs hipteses fundamentais (axiomas), so as propriedades de:- Completeza: as preferncias so completas, isto , dadas duas cesta A e B, ento ou A fracamente prefervel a B ( A > B ) ou B fracamente prefervel A ( B > A), em outras palavras, ou AB, ou BA ou A ~ B.- Reflexiva: A > A, isto , uma cesta pelo menos to boa quanto ela mesma.- Transitiva:SeacestaAprefervelcestaB(AB)eacestaBprefervela cesta C (BC), ento a cesta A prefervel cesta C (AC).Definio:Uma prefernciaditabem- comportadaquandomonotnicae convexa ao mesmo tempo.- Preferenciasmonotnicas:SeacestaApossuimaisdeambososbensdoquea cesta B, implicar que a cesta A sempre prefervel cesta B, ento essa preferncia dita monotnica. - Preferncias Convexas: Sejam A e B duas cesta preferveis uma terceira cesta C, implicar que uma combinao (uma mdia ponderada), entre as cesta A e B tambm sejaprefervelcestaC(preferenciapeladiversificao)entoessapreferncia ditaconvexa.MicroeconomiaCurso Professor Geraldo Goes Pgina 74(A) sempre igual razo de troca do mercado.(B) igual razo de troca do mercado apenas no equilbrio do consumidor.(C) nunca igual razo de troca do mercado.(D) maior ou igual razo de troca do mercado.(E) menor ou igual razo de troca do mercado.01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25B26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44 45 46 47 48 49 5051 52 53 54 55 5611.1 ESPAO DAS MERCADORIASCAPTULO 11UTILIDADESe as quantidades do bem X so plotadas no eixo horizontal e as quantidades do bem Y so plotadas no eixo vertical (veja figura 24), ento o plano assim obtido chamadodeEspaodasMercadorias.Notequecadapontonesseplano uma cesta de bens, isto , uma combinao de bens. MicroeconomiaCurso Professor Geraldo Goes Pgina 75ESPAO DAS MERCADORIASFIGURA 2411.2 FUNO UTILIDADE - U(x, y)Definio: uma funo U(x, y) que associa a cada cesta de consumo (x, y) um nvel de satisfao (deutilidade). Exemplo: suponha que seja possvel medir cardinalmente (utilizandonmeros)asatisfaoqueumadeterminadacestadebensforneceao consumidor, se funo de utilidade dada pr U(x, y) = 2x + y, ento se o consumidor consumir acesta (5, 4),isto, seo consumidorconsumir5 pras e 4 uvas,obter de satisfao,deutilidade,2.(5)+4=14tiles(unidadesdesatisfao).Sepormo consumidor consumir a cesta (1,3), seu nvel de utilidade ser de 2.(1)+3=5 tiles.MicroeconomiaCurso Professor Geraldo Goes Pgina 7611.3 ABORDAGENS DA UTILIDADE11.4 UTILIDADE MARGINAL( UMg) DE UM BEMHistoricamenteoestudodautilidadepassoupelasfasesdautilidadecardinaleda utilidade ordinal.- UtilidadeCardinal:originalmente, pensou-sequefossepossvelmedira utilidade cardinalmente,isto,utilizandoosnmeroscardinaisecriou-seumaunidadede medidaparaautilidadechamadatile.Talabordagemverificou-seinadequada, dado o carter subjetivo da utilidade( da satisfao) que uma cesta de bens fornece umconsumidor,pristo,estaabordagemfoiabandonadadaTeoriaEconmica. Atualmente utiliza-se aabordagem ordinalda utilidade.Exemplo:se U(x, y) = x+ y, ento se o consumidor consumir a cesta (4, 3), isto , se o consumidor consumir 4 prase3uvas,obterdesatisfao,deutilidade,.4+3=7tiles(unidadesde satisfao).Sepormoconsumidorconsumiracesta(1,2),seunveldeutilidade ser de 1+2=3 tiles.- UtilidadeOrdinal:nestaabordagemnoprecisomedirasutilidadesfornecidas pelascestasdebens,esim,apenas,ordenaraspreferenciasdoconsumidor. Exemplo: se U(x, y)=x + y, ento a cesta A (4,3) fornece um nvel de satisfao u1, enquantoacestaB(1,2)forneceumnveldesatisfaou2,nosabemos,eno precisamossaber,osvaloresnumricos(cardinais)deu1eu2,massabemosquea cestaAforneceumnveldeutilidademaiorqueacestaB,poisacestaApossui mais de ambos os bens.Definio:Autilidademarginaldeumbemavariaonautilidade (satisfao)totaldevidoaoacrscimodeumaunidadeamaisdessebem.O consumo de uma unidade a mais de um bem, pr exemplo uma pra a mais, causa um acrscimo na satisfao (utilidade) do consumidor, acrscimo este chamado de utilidade marginal desse bem (utilidade marginal da pra). A utilidade marginal do bem X a derivada parcial da funo utilidade em relao a quantidade do bem X, isto : xUUMgxcc= .A utilidade marginal do bem Y a derivada parcial da funo utilidade em relao quantidade do bem Y, isto , yUUMgycc= .Princpiodasutilidadesmarginaisdecrescentes :Asutilidadesmarginaisso positivasedecrescentes,isto,osacrscimosnasutilidadessocadavez menores. MicroeconomiaCurso Professor Geraldo Goes Pgina 7711.5 CURVA DE INDIFERENAU(A)=U(B)=U(C)=M1U(D)=U(E)=M2U(F)=U(G)=M3FIGURA 25Definio: a curva no espao das mercadorias que mostra as cestas (as combinaes debens)quefornecemaoconsumidoromesmonveldesatisfao(deutilidade).As curvasdeindiferenasocurvasdenveisdafunoutilidade.Oconceitodecurvade indiferena faz parte da abordagem ordinal.As curvas de indiferena possuem as seguintes propriedades (veja figura 25):- Sodecrescentes: poisexisteapossibilidadedesubstituirumbempelooutrode maneira a permanecernomesmo nvel de satisfao. Preferenciasmontonas implicam em curvas de indiferena decrescentes (com inclinao negativa).- So cncavas para cima (convexas em relao origem): pois as taxas marginais de substituiosodecrescentesetambmporqueexisteumapreferenciapela diversificao. - Sodensas,isto,entreduascurvasdeindiferenasemprepodemostraaruma terceira.- No se interceptam.- Afasta-se da origem medida que aumenta o nvel de utilidade.MicroeconomiaCurso Professor Geraldo Goes Pgina 7811.6PRINCIPAISTIPOSDEPREFERENCIASESUASRESPECTIVASUTILIDADES E CURVAS DE INDIFERENA11.7TAXAMARGINALDESUSTITUIOENTREDOISBENS(PROPENSO MARGINAL A PAGAR)Os principais tipos de utilidade so:- Cobb- Douglas: y Ax y x U = ) , ( .Ascurvasdeindiferenassobem comportadas.- BensSubstitutosPerfeitos:U(x,y)=x+y.Ascurvasdeindiferenaso retas.- BensComplementaresPerfeitos :U(x,y)=min{ax,by}.Ascurvasde indiferenasoemformadecantoneira(emformadeL)penduradasna retay = ax/b pois a racionalidade econmica impe que ax = by.- Bens Neutros: se y um bem neutro ento U(x,y) =f(x) e se o bem y plotado no eixo vertical ento as curvas de indiferenas so retas verticais, paralelas ao eixo dos y.- Ummal :seyummalentoascurvasdeindiferenasocrescentes ea utilidadedoconsumidoraumentaquandoascurvasdeindiferenaseafastam desse mal.- Preferenciassaciadas:seexisteumacestadesaciedadeoudesatisfaoplena ento as curvas de indiferena so crculos em volta dessa cesta de saciedadeeautilidadedoconsumidoraumentaquandoessescrculosseaproximamda cesta do ponto de satisfao.- Definio:Ataxamarginaldesubstituiodeyprx(TMgSy,x)aquantidadedo bem Y que deve ser sacrificada para se obter uma unidade a mais do bem X de maneira a permanecer no mesmo nvel de satisfao.- Interpretao geomtrica: A taxa marginal de substituio a inclinao negativa da curvadeindiferena,isto,ataxamarginaldesubstituioainclinaodareta tangente curva de indiferena em um ponto (veja figura 26).- Relao(Clculomatemtico):Ataxamarginaldesubstituioentredoisbens igual razo entre as utilidades marginais desses bens, isto : yxUMgUMgx TMgSy = ,MicroeconomiaCurso Professor Geraldo Goes Pgina 79AyAxAx yUMgUMgTMgS Tg = =,FIGURA 2611.8 A RESTRIO ORAMENTRIA DO CONSUMIDORDefinio: A reta de restrio oramentria mostra os pontos, as cestas de bens, que so factveis, isto , que podem ser compradas pelo consumidor (veja figura 27).Equao :AequaodarestriooramentriaR p y p xy x= + . . ,ondeRa renda do consumidor, x e y so respectivamente as quantidades dos bens X e Y , px o preo do bem X e py o preo dos bem Y.

Inclinao : A inclinao da restrio oramentria igual razo entre os preos dosbens(- px/py ). Ainclinaodarestriooramentriaigualaopreo relativo do bem X porque igual ao preo do bem X dividido pelo preo do bem Y, isto,ainclinaodarestriooramentriaigualaopreodobemX(dobem que plotado no eixo horizontal) dividido pelo preo do bem Y (que plotado no outro eixo). A inclinao da restrio oramentria igual ao preo relativo do bemplotado no eixo horizontal.

MicroeconomiaCurso Professor Geraldo Goes Pgina 80FIGURA 271. (AO 97/CARLOS CHAGAS) A hiptese da aditividade das utilidades equivale suposio de que a utilidade marginal de um bem depende unicamente da (A) quantidade disponvel desse bem. (B) quantidade disponvel dos outros bens. (C) quantidade disponvel desse bem e dos outros bens. (D) renda dos consumidores. (E) condio tcnica da produo desse bem. 2. (GESTOR 2000/CARLOS CHAGAS) Um conjunto de curvas de indiferena verticais no plano cartesiano para uma economia com dois bens ilustra, para um consumidor, uma situao em que(A) um dos bens pode ser absolutamente indesejado para o consumidor, como no caso de cigarros para um no fumante.(B) no existem bens que causam dependncia no consumidor.(C) o consumidor infinitamente indiferente entre os bens ou entre as cestas dos dois ens.(D) a taxa marginal de substituio no consumo igual a um (TMSc = 1).(E) a taxa marginal de substituio fora do mdulo , no limite, igual a + para um dos bens, no caso um bem que causa dependncia (herona, por exemplo).3. (GESTOR 2000/CARLOS CHAGAS) A inclinao da curva de indiferena, considerando-se uma economia com dois bens representados no plano cartesiano, (A) conhecida como a taxa de utilidade marginal dos bens, que sempre igual aos preos relativos.(B) necessariamente igual aos preos relativos.(C) a taxa marginal de substituio no consumo.(D) a inclinao da restrio oramentria.(E) representada somente pela igualdade entre as razes de utilidades marginais e preos relativos.4. (GESTOR 2000/CARLOS CHAGAS) Suponha um consumidor de servios polticos, ou escolhas pblicas, (o eleitor) que seja indiferente entre votar em um poltico de centro- esquerda MicroeconomiaCurso Professor Geraldo Goes Pgina 81ou dois polticos social-democratas. Nesse caso, a taxa marginal de substituio de polticos de centro esquerda por polticos social-democratas ser (supondo que os polticos social-democratas estejam representados no eixo horizontal do plano cartesiano em que se localiza o mapa de indiferena entre polticos com o qual se defronta nosso eleitor):(A) menos meio.(B) meio.(C) um.(D) menos um.(E) tangente de 45 graus.5.(Gestor97/CarlosChagas)Umdeterminadoconsumidortemsuaspreferncias representadasporU=X1+X2,ondeX1aquantidadedobem1 eX2aquantidadedo bem 2. Neste caso, pode-se afirmar que para este consumidor os bens 1 e 2 so(A) substitutos perfeitos.(B) complementares perfeitos.(C) bens de luxo.(D) bens de Giffen.(E) bens inferiores.6. (AFC 95) Dada as funes x1ax21-ae alnx1+(1-a)lnx2, falso afirmar que:(A) a utilidade marginal do bem 1, quando se considera a primeira funo, ax1a-1x21-a;(B) a utilidade marginal do bem 1, quando se considera a segunda funo, a/x;(C) ambas as funes representam as mesmas referncias;(D) arazoentreasutilidadesmarginaisdosbensx1ex2paraasduas funes igual;(E) a utilidade marginal do bem 2, quando se considera a segunda funo, 1/x2.7. (TCE-TCU/82) Quando a utilidade total proporcionada por determinado bem cresce, a utilidade marginal :a) constante;b) negativa e declinante;c) positiva e declinante;d) negativa e crescente;e) positiva e crescente.MicroeconomiaCurso Professor Geraldo Goes Pgina 828. (TCE- TCU/82) A Curva De Indiferena Do Consumidor Mostra As Diversas Combinaes Possveis De Dois Bens, Que Proporcionam A Mesma Utilidade Ou Satisfao.Curva de indiferena mais alta proporciona maior satisfao e curva de indiferena mais baixa. Menor satisfao.Apresentam as curvas de indiferena tr~es caractersticas bsicas, que so:a) possuem inclinao positiva, so convexas em relao a origem e muito raramente se interceptam;b) possuem inclinao negativa, so convexas em relao a origem e no se interceptam;c) possuem inclinao negativa, so cncovas em relao a origem e se interceptam com freqncia;d) possuem inclinao positiva, so convexas em relao a origem e no se interceptam;e) possuem inclinao negativa e podem ser tanto convexas quanto cncovas.9. ( Assessor Tcnico-Economista da Cmara Legislativa- DF/92)Tendo em vista a Teoria do Consumidor, correto afirmar que:a) duas curvas de indiferena de um mesmo indivduo podem se cruzar;b) o equilbrio do consumidor ocorre quando a reta de restrio oramentria tangencia a curva de indiferena mais externa;c) o excedente do consumidor ocorre quando este no est disposto a pagar pelo bem o valor que o mercado solicita;d) o efeito substituio gera aumento de satisfao.10. (Assessor Tcnico-Economistada Cmara Legislativa DF/92) Assinale as alternativas incorretas, com base na teoria do Consumidor.a) A taxa marginal de substituio, que corresponde inclinao da reta de restrio oramentria, constante.b) O objetivo do consumidor maximizar sua funo utilidade, dada a sua restrio oramentria.c) As curvas de indiferena so convexas em relao origem.Se este fato no for observado, a soluo do problema do consumidor ser a especializao do consumo.d) A utilidade marginal torna-se negativa a partir do momento em que a curva de utilidade atinge seu pico.11.(AFCE-TCU/98) A teoria da demanda baseia-se nas decises dos consumidores e requer o conhecimento de como so formadas as suas preferncias.A esse respeito, julgue os itens seguintes.MicroeconomiaCurso Professor Geraldo Goes Pgina 83a) Tanto a posio como a forma das curvas de indiferena, para um consumidor particular, dependem unicamente de suas preferncias, no sendo afetadas pelo nvel de renda e pelos preos de mercado.b) Supondo que, para um determinado consumidor, raquetes e bolas de tnis sejam complementos perfeitos, a variao da demanda de raquetes resultantes de uma reduo do preo desse produto dever-se to-somente ao efeito-renda.c) A inclinao da curva de restrio oramentria depende dos preos relativos dos bens e da renda do consumidor.01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14151617 18 19 20 21 22 23 24 25A A C A A E C B B fvvf vvf26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39404142 43 44 45 46 47 48 49 5051 52 53 54 55 5610-F,V,V,F11- V,V,F12.1 O OBJETIVO DO CONSUMIDOR12.2 A CESTA TIMA E O EQUILBRIO DO CONSUMIDORCAPTULO 12A ESCOLHA TIMA DO CONSUMIDORO objetivo do consumidor obter a maior satisfao possvel, isto , atingir o maior nvel de utilidade possvel, sujeito sua restrio oramentria. A escolha tima a cestadebensquemaximizaautilidadedoconsumidor,dadoasuarestrio oramentria.MicroeconomiaCurso Professor Geraldo Goes Pgina 84FIGURA 2812.3A UTILIDADE MARGINAL DA MOEDAA Cesta timaDefinio:Acestatima(acombinaodebens)aquelaquefactvel(quepodeser adquirida) e que maximiza a utilidade do consumidor. A cesta tima representa a soluo do problema do consumidor. A cesta tima o ponto de equilbrio do consumidor.Interpretaogeomtrica:Acestatimaaquelasituadasobrearetaderestrio oramentria(eportantofactvel)eaomesmotempopertencecurvadeindiferena mais elevada ( e portanto fornece o maior nvel de utilidade), isto , a cesta tima obtida geometricamentequandoacurvadeutilidademaisaltapossvel(demaiorutilidade) tangencia a restriooramentria (vide figura 28).Condies de Obteno: A cesta tima (x*, y* ) satisfaz as duascondies abaixo: - R p y p xy x= + . .* *,isto,acestatima) , (* *y x factvel(podesercomprada)e portanto satisfaz a equao da restrio oramentria;-yxyxppUMgUMg= ,isto,arazoentreasutilidadesmarginaisdosbensigual razo entre os preos desses bens. De fato, na cesta tima, e apenas nela, a restrio oramentria (cuja inclinao dada pela razo entre os preos dos bens) tangente curvadeindiferenaeportantoarestriooramentriatorna-seumataxamarginal desubstituio(queigualrazoentreasutilidadesmarginais).Notequea igualdade (yxyxppUMgUMg= ) s se verifica no ponto de equilbrio do consumidor, isto , s se verifica para a cesta tima.MicroeconomiaCurso Professor Geraldo Goes Pgina 8512.4ACONDIODEEQUILBRIOEAUTILIDADEMARGINALDA MOEDA12.5 A CESTA TIMA PARA UMA FUNO DE UTILIDADE DO TIPO COBB- DOUGLASExemplo:Sabendoqueafunodeutilidadedeumconsumidorxy y x U = ) , ( ,sua renda e de 10 unidades monetrias e os preos dos bens X e Y so respectivamente 1 e 2,calcule as quantidades timas que maximizam a utilidade do consumidor.Soluo: Dados: 2 / 1 2 / 1) , ( y x xy y x U = =R= 10Px= 1Definio:Autilidademarginaldamoeda()igualrazoentreautilidade marginaldeumbemeopreodessebem(xxpUMg).Autilidademarginalda moeda a utilidade obtida com a ltima unidade monetria gasta em um bem.A condio de equilbrio yxyxppUMgUMg= pode ser escrita como yyxxpUMgpUMg= , isto , a mxima satisfao obtida quando a utilidade marginal da moeda constante. Oconsumidormaximizasuautilidadequandoautilidadeobtidacomaltima unidademonetriagastanosdiversosbensconstante,poisopreodamoeda unitrio : 1= = =moedamoedayyxxpreoUMgpUMgpUMg.Se a funo utilidade for do tipo Cobb-Douglas, isto , se y Ax y x U = ) , ( , ento :- A quantidade tima do bem X ser: xpRx) (* +=- A quantidade tima do bem Y ser:ypRy) (* +=Onde: R arenda do consumidorPxo preo do bem XPy o preo do bem YMicroeconomiaCurso Professor Geraldo Goes Pgina 86Py= 2Sabemosque xpRx) (* += ,substituindoosdadosacimatemos5110) 2 / 1 2 / 1 (2 / 1*=+= xDemodoanlogo ypRy) (* += ,substituindoosdadosteremos: 5 , 2210) 2 / 1 2 / 1 (2 / 1*=+= Y1. (BACEN 94/CESGRANRIO)Tomemos uma economia com dois bens, X e Y, com preos Px= 1 e Py= 1, respectivamente. Para um consumidor cuja funo-utilidade seja dada por U = x . y e que possua uma renda total M de seis unidades monetrias a cesta de consumo que lhe maximiza a satisfao :(a) X = 3, Y = 3(b) X = 3, Y = 2(c) X = 2, Y = 3(d) X = 2, Y = 2(e) X = 0, Y = 62.(AFC2000)Imagineumconsumidorqueconsumaapenasdoisbensecujasprefernciaspossam serrepresentadaspelafunodeutilidadeU(x,y)=xayb,naqualx ey soasquantidades consumidas dos dois bens, e a e b so constantes reais e positivas. Com relao demanda desse consumidor correto afirmar que:a) ademandapelobemy elstica,ouseja, possuiumvalor,emmdulo,superior unidadeb) dadaarendadoconsumidor,ovolumedo dispndiorealizadoporelecomaaquisio do bem x no depende do preo do mesmoc) a demanda pelo bem x inelsticad) o bem x um bem inferiore) o bem y um bem de Giffen3.(IPEA97/CarlosChagas)Suponhaumafunodeutilidadequase-lineardaforma U(x0,x1)=x0+ u(x1): Neste caso, se x0> 0, a demanda pelo bem 1MicroeconomiaCurso Professor Geraldo Goes Pgina 87(A) s depende do preo do bem 0.(B) depende do preo de bem 1 e da renda.(C) s depende do preo do bem 1.(D) depende do preo do bem 0, do preo do bem 1 e da renda.(E) depende do preo do bem 0 e da renda.4.(Gestor97/CarlosChagas)Suponhaumconsumidorcomsuafunodeutilidade dadaporU=X21.X32,ondeX1aquantidadedobem1eX2aquantidadedobem2. Sabendo-se que o preo do bem 1 igual a 2, o preo do bem 2 igual a 3 e a renda do consumidor igual a 500, pode-se afirmar que as quantidades demandadas dos bens so:(A) X1= 145 e X2= 70(B) X1= 122,5 e X2= 85(C) X1= 100 e X2= 100(D) X1= 90 e X2= 120(E) X1= 80 e X2= 1255. (Gestor 97/Carlos Chagas) Suponha um consumidor com a funo utilidade dada por U=X1.X2+X2, sendoque P1= P2= 5 e arenda igual a 100. Se o governo cobrar um imposto de 5 para cada quantidade do bem 1 que o consumidor adquira, o efeito renda e o efeito substituio, segundo Slutsky, seriam:(A) 2,625 e 2,275(B) 2,5 e 2,5(C) 2,35 e 2,65(D) 1,535 e 3,465(E) 1,5 e 3,56. (AFC 96) Suponha que a taxa marginal de substituiono consumo para um indivduosejadadaporTMS=y/x,sendoyexosdoisbensdisponveispara escolha. Assinale abaixo a afirmativa verdadeira para este indivduo:(A) x um bem inferior e y um bem superior;(B) x um bem supeior e y um bem inferior;(C) x um bem normal, e y tambm um bem normal;(D) ynoexatamenteumbemnormal,masestnafronteiradeser considerado um bem normal;(E) xnoexatamenteumbemnormal,masestnafronteiradeser considerado um bem normal.MicroeconomiaCurso Professor Geraldo Goes Pgina 887. (Assessor Tcnico-Economista da Cmara Legislativa- DF/92) No que diz respeito ao modelo de equilbrio do consumidor, atravs das curvasde indiferena, correto afirma que:a) a partir da curva de preo-consumo, obtido atravs da unio dos vrios pontos de equilbrio decorrentes de variaes do preo de um dos bens, constri-se a curva de demanda pelo bem cujo preo vario, a qual relaciona preos e quantidades, negativamente, para o respectivo bem normal;b)a partir da curva de renda-consumo, obtida atravs da unio dos vrios pontos de equilbrio decorrentes de variaes da renda do consumidor, constri-se a curva de Engel, que relaciona a renda negativamente com qualidade demandada de um bem normal;c)um aumento na renda disponvel do consumidor deslocar a curva de restrio oramentria, fazendo com que seja alcanada curva de indiferena mais externa, podendo significar nvel de satisfao menor;d)quando existe variao do preo dos bens no modelo de equilbrio, no se observa o efeito-renda.01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25A B C C A C A26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44 45 46 47 48 49 5051 52 53 54 55 5613.1 DESLOCAMENTO DA RESTRIO ORAMENTRIACAPTULO 13DESLOCAMENTO PARALELO DA RESTRIO ORAMENTRIACURVA DE RENDA CONSUMO CURVA DE ENGELMicroeconomiaCurso Professor Geraldo Goes Pgina 8913.2 CURVA DE RENDA CONSUMO13.3 CURVA DE ENGEL1. (FTF/83) A curva de Engel baseada em uma das seguintes hipteses:a) preos constantes e variaes na renda;b) preos e rendas constantes;c) variao nos preos e rendas constantes;Quando sevariaa rendanominal ( R) mantendo-seconstante ospreosdos bensa reta de restrio oramentria sofre um deslocamento paralelo. Um aumento da renda nominal R,mantendo-seconstanteospreosdosbens(eportantonoalterandoainclinaoda restriooramentria YXpp)causaumdeslocamentoparalelodarestriooramentria para cima e vice-versa.olugargeomtricodascestasdeequilbrioobtidasquandosevariaarendanominal mantendo-se constante os preos dos bens, isto , a curva de renda consumo construda ligando-seascestasdeequilbrioobtidasquandosefazsucessivosdeslocamentosda restriooramentria.Acurvaderendaconsumodebenssubstitutosperfeitoso prprio eixo horizontal das quantidades do bem X (caso esse bem seja o mais barato) ou o eixo vertical das quantidades do bem Y (caso esse bem seja o mais barato). A curva de rendaconsumodebenscomplementares perfeitosumaretapassandopelaorigem(a prpria reta onde esto penduradas as curvas de indiferena em forma de cantoneiras).Quandoumbemnormalousuperioracurvaderendaconsumocrescente. Quando um bem inferior a curva de renda consumo decrescente.AcurvadeEngelobtidaapartirdacurvaderendaconsumorelacionando-seas quantidadesdeequilbriodeumbemcomosrespectivosnveisderenda.Acurvade Engel qualquer curvaque relacione a renda coma quantidade demandada. A curva de Engel para bens substitutos perfeitos uma reta passando pela origem e cuja inclinao opreodobemXcasoessesejaobemmaisbarato.AcurvadeEngeldebens complementares perfeitos uma reta passando pela origem e cuja inclinao a soma dos preos dos bens. Quando um bem normal ou superior a curva de Engel crescente (possuiinclinaopositiva),QuandoumbeminferioracurvadeEngel decrescente(possuiinclinaonegativa).SeacurvaEngelpossuiconcavidadepara baixo(paraoeixodaRenda)obemditonecessrio.SeacurvadeEngelpossui concavidade para cima o bem dito de luxo.MicroeconomiaCurso Professor Geraldo Goes Pgina 90d) variaes nos preos e rendas;e) falta de correlao entre a quantidade de um bem e a renda.01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 2526 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44 45 46 47 48 49 5051 52 53 54 55 5614.1 ROTAO DA RESTRIO ORAMENTRIACAPTULO 14ROTAO DA RESTRIO ORAMENTRIACURVA DE PREO CONSUMOCURVA DE DEMANDAUmaumentonopreodeumbem,mantendo-seconstantearendaeopreodos demais bens causa uma rotao da restrio oramentria. Quando se aumenta o preo dobemX,mantendo-seconstanteopreodobemYedarenda,arestrio oramentriasofre uma rotao no sentido horrio.MicroeconomiaCurso Professor Geraldo Goes Pgina 9114.2 CURVA DE PREO-CONSUMO14.3 CURVA DE DEMANDA1.(AFC97)Umconsumidorpodeescolherentreapenasdoisbens,xey. Suponhaqueospreosdodoisbenssotaisquearetaderestrio oramentriadescritapelalinhacheianoscincodiagramasdafiguraabaixo. Em um segundo momento, o governo cria um novo imposto, que s incide sobre quantidades de x consumidas a mais que a quantidade representada por xx* nos cinco diagrama da figura a seguir.olugargeomtricodascestasdeequilbrioobtidasquandosevariaopreodeum bem mantendo-se constante a renda e o preo dos demais bens, isto , a curva de preo consumo construda ligando-se as cestas de equilbrio obtidas pr sucessivas rotaes da restrio oramentria. A curva de preo- consumo de bens substitutos perfeitos o prprio eixo horizontal das quantidades do bem X (caso esse bem seja o mais barato) ou o eixovertical dasquantidades do bemY(caso esse bem seja o maisbarato).A curva de preo- consumo de bens complementares perfeitos uma reta passando pela origem (aprpriaretaondeestopenduradasascurvasdeindiferenaemformade cantoneiras). Se a curva de preo- consumo horizontal ento a elasticidade- preo dademandaunitria.Seacurvadepreo- consumodecrescenteentoa demandaelstica.Seacurvadepreoconsumocrescenteentoademanda inelstica.Acurvadedemandaobtidaapartirdacurvadepreo consumo.Acurvade demandaconstrudaapartirdacurvadepreo- consumorelacionado-seas quantidade de equilbrio de um bem com os respectivos nveis de preo desse bem. A demandaparabenssubstitutosperfeitosumahiprbole.Ademandaparabens complementares perfeitos tambm uma hiprbole. yx x*a)yx x*b)yx x*c)yx x*d)yx x*e)MicroeconomiaCurso Professor Geraldo Goes Pgina 92A linha que representa a restrio oramentria correta na figura acima, aps a introduo deste imposto, :(A) a linha pontilhada da figura (a);(B) o pedao da linha cheia para x < x*, e o pedao da linha pontilhada para x > x* da figura (b);(C) a linha pontilhada da figura (c);(D) o pedao da linha cheia para x < x*, e o pedao da linha pontilhada para x > x* da figura (d);(E) a linha pontilhada da figura (e).2. (ANPEC/87) Se a curva de preo-consumo para uma mercadoria horizontal para todos os preos significantes, a curva de demanda para essa mercadoria :a) positivamente inclinada;b) hiprbole retangular, elasticidade preo unitria;c) hiprbole retangular, elasticidade-preo varivel ao longo da curva;d) horizontal.01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25D B26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44 45 46 47 48 49 5051 52 53 54 55 56MicroeconomiaCurso Professor Geraldo Goes Pgina 93MicroeconomiaCurso Professor Geraldo Goes Pgina 94TEORIA DA FIRMAPARTE 1- TEORIA DA PRODUOMicroeconomiaCurso Professor Geraldo Goes Pgina 9515.1 OS TIPOS DE INSUMOS UTILIZADOS PELA FIRMA15.2 HIPTESES SOBRE A PRODUO COM UM INSUMO VARIVEL15.3 O PRODUTO TOTAL OU PRODUO TOTAL DA FIRMA ( PT)15.4 PRODUTO MDIO (PMe)CAPTULO 15PRODUO COM UM INSUMO VARIVELAs hipteses sobre a produo com um insumo varivel so:(i) sexisteuminsumovarivel queamodeobra (trabalho),representadopela letra L.(ii) s existe um insumo fixo que a terra.Exemplo: a produo de um bem agrcola que utiliza como insumo varivel a mo de obra, isto, possvelcontratar oudemitirqualquer quantidadedemode obrae aterra um insumo fixo , ou seja,no se pode aumentar ou diminuir o total da terra disponvel para a produo desse bem.Insumosfixos:soaquelesquenopodemvariarinstantaneamente.Exemplos:aterra, capital instalado, setor administrativo.Insumosvariveis:soaquelesquepodemvariarinstantaneamente.Exemplo:mo-de-obra.Curto Prazo: o perodo d tempo em que pelo menos um insumo fixo.LongoPrazo: o perodode tempo em que todosos insumosso variveis. o horizonte de planejamento da firma. A firma produz no curto prazo e paneja no longo prazo. ProdutoTotal(PT): umafuno(grficooutabela)queforneceaquantidade produzida(onveldoproduto)emfunodonveldeinsumovarivel(mo-de-obra) utilizado pela firma.Produto Mdio (PMe): a razo entre o produto total (PT) e o nvel de trabalho(L). LPTPMe =MicroeconomiaCurso Professor Geraldo Goes Pgina 96

15.5 PRODUTO MARGINAL (PMg) 15.6 RELAES ENTRE O PRODUTO TOTAL (PT), O PRODUTO MARGINAL (PMg)E O PRODUTO MDIO (PMe)FIGURA 29Produto Marginal (PMg) : a variao do produto total devido ao acrscimo de umaunidadeamaisdoinsumovarivel(L).Oprodutomarginaladerivadado produto total em relao mo-de-obra (L).dLdPTPMg =AsprincipaisrelaesentreoProdutoTotal(PT),oProdutoMarginal(PMg)eo Produto Mdio (PMe) so (veja figura 29):(i) Se o Produto Total crescente ento o Produto Marginal positivo.(ii) Se o Produto Total decrescente ento o Produto Marginal negativo.(iii) Se o Produto Total mximo ento o Produto Marginal nulo.(iv) O Produto Marginal atinge seu mximo para o mesmo nvel de trabalho no qual o Produto Total atinge o seu ponto de inflexo.(v) O Produto Mdio atinge seu ponto de mximo quando corta (se iguala) ao Produto Marginal.(vi) OProdutoMdioatingeseupontodemximoseigualaaoProduto Marginal no ramo descendente deste e no ponto de mximo daquele.(vii) QuandooProdutoMarginalnegativo,entooProdutoMdio decrescente (no vale a volta).MicroeconomiaCurso Professor Geraldo Goes Pgina 9715.7 LEI DOS RENDIMENTOS FSICOS MARGINAIS DECRESCENTES15.8 OS ESTGIOS DE PRODUO DE UM INSUMOAmedidaquesevaria,queseutilizacadavezmaisquantidadedeuminsumo(pr exemplo a mo-de-obra), mantendo-se fixa a quantidade do outro insumo (pr exemplo a terra), o insumo varivel passa pr trs estgios, denominados de estgios I, II e III desse insumo. Tome como exemplo a produo de uma fazenda na qual a terra fixa e o fazendeiro vai contratando cada vez mais lavradores para cultivar sua terra. A mo-de-obra, que o insumo varivel passar sucessivamente pelos estgios I, II e III.Inicialmente utiliza-se pouca mo-de-obra para muita terra e portanto nos encontramos no estgioIdamo-de-obra.Amedidaqueseutilizacadavezmaismo-de-obra,esseinsumo atingir seuestgioIIeatingir seuestgioIII quandoaprodutividadedessamo-de-obrafor nula, para qualquer quantidade de mo-de-obra acima desse ponto a produtividade dessa mo-de-obra torna-se negativa, isto , quando se utiliza muita mo-de-obra para pouca terra.Lei dos rendimentos fsicos marginais decrescentes: Existe um nvel de insumo noqualaprodutividademarginaldoinsumo(oProdutoMarginal)comeaa decrescer,isto , aoseutilizarmuita quantidade de um insumo suaprodutividade marginal diminui.EssaLeis vlidanocurtoprazo,quandopelo menosum insumomantidofixo,portantonodevemosconfundi-lacomosrendimentos decrescentesdeescala,poisesteumconceitodelongoprazo,noqualtodosos insumos so variveis. MicroeconomiaCurso Professor Geraldo Goes Pgina 98Os estgios do insumo varivel (da mo-de-obra) so:(i) Estgio I da mo-de-obra: ocorre quando o nvel de mo-de-obra varia de zero atopontodemximodoProdutoMdio.Nesseestgioafirmautilizapouca mo-de-obraparamuitaterra.Amo-de-obraencontrassenoseuestgioI quando usado de uma forma extensiva, isto , em pouca quantidade em relao terra.(ii) EstgioIIdamo-de-obra:ocorrequandoonveldemo-de-obravariado pontodemximodoProdutoMdioatopontoondeoProdutoMarginalse anula.NesseestgiotantooProdutoMdioquantooProdutoMarginalso decrescentes.(iii) Estgio III da mo-de-obra: ocorre quando o nvel de mo-de-obra maior do queaquelenoqualoProdutoMarginalseanula,ouseja,nesseestgioo Produto Marginal da mo-de-obra negativo. Nesse estgio a firma utiliza muita mo-de-obraparapoucaterra.Amo-de-obraencontrassenoseuestgioIII quandousadodeumaformaexcessivamenteintensiva,isto,emmuita quantidadeemrelaoterra,consequentementeexistemo-de-obracom ociosidade,desperdcioeportantooprodutomarginaldamo-de-obra negativo.Os estgios do insumo fixo (da terra) so (veja figura 30):(iv) Estgio I da terra: Nesse estgio a firma utiliza pouca terra para muita mo-de-obra.AterraencontrassenoseuestgioIquandousadodeumaforma extensiva, isto , em pouca quantidade em relao mo-de-obra.(v) Estgio II da terra: ocorre quando o nvel de insumo fixo no usado nem de forma extensiva, nem de forma excessivamente intensiva. (vi) Estgio III da terra: Nesse estgio a firma utiliza muita terra para pouca mo-de-obra.AterraencontrassenoseuestgioIIIquandousadodeumaforma excessivamenteintensiva,isto,emmuitaquantidadeemrelaomo-de-obra,consequentementeexisteterraemociosidade,desperdcioe,portantoo produto marginal da terra negativo.MicroeconomiaCurso Professor Geraldo Goes Pgina 99FIGURA 3015.9 A SIMETRIA DOS ESTGIOS DE PRODUOExisteumasimetriaentreosestgiosdeproduodosinsumosfixoevarivel,a saber:(i) O Estgio I da mo-de-obra (insumo varivel) eqivale ao estgio III da terra (insumo fixo): quando o nvel de mo-de-obra varia de zero at o ponto demximodoProdutoMdiodamo-de-obranotamosqueamo-de-obra est sendoutilizadaempouca quantidadeemrelao terra, ouseja a mo-de-obraestsendoutilizadadeformaextensivaeaterradeforma excessivamenteintensivaeportantoamo-de-obraestnoseuestgioIea terra est no seu estgio III.(ii) O Estgio II da mo-de-obra (insumo varivel) eqivale ao estgio II da terra(insumofixo):quandoonveldemo-de-obravariadopontode mximodoProdutoMdioatopontoondeoProdutoMarginalseanula notamosquetantoamo-de-obraquantoaterranoestomaissendo utilizadosdeformaextensivamastambmnoestosendoutilizadosde forma excessivamente intensiva e portanto a mo-de-obra est e a terra esto no seu estgio II. Esse portanto o nico estgio em que a firma produz, irracional a firma produzir nos outros estgios.(iii) EstgioIIIdamo-de-obra(insumovarivel)eqivaleaoestgioIda terra(insumofixo):quandoonveldemo-de-obramaiordoqueaquele noqualoseuProdutoMarginalseanula,ouseja,nessequandooProduto Marginaldamo-de-obranegativonotamosqueamo-de-obraestsendo utilizada em muita quantidade em relao terra, ou seja a mo-de-obra est sendoutilizadadeformaexcessivamenteintensivaeaterradeforma extensiva e portanto a mo-de-obra est no seu estgio III e a terra est no seu estgio I.Portanto a firma s produz no estgio II (da mo-de-obra ou da terra). MicroeconomiaCurso Professor Geraldo Goes Pgina 10015.10 A IRRACIONALIDADE DO ESTGIO III DO TRABALHO OUMO-DE-OBRA (INSUMO VARIVEL)15.11 A IRRACIONALIDADE DO ESTGIO III DA TERRA (INSUMO FIXO)15.12 OS LIMITES DO EXTENSIVO E DO INTENSIVO O estgio III da mo-de-obra no utilizado pela firma pois para esses nveis de insumo o produto marginal da mo-de-obra negativo, ou seja,oprodutototaldecrescente.Nesseestgioaoinsumotrabalhoest sendo utilizado de forma irracionalmente intensiva, isto , muita mo-de-obra para poucaterra.Notequeesseestgiotambmcorresponde aoestgioIdo insumofixo(daterra),portantoairracionalidadedevidoutilizao excessiva da mo-de-obra em relao terra.O estgio III da mo-de-obra no utilizado pela firma pois para essesnveisdeinsumooprodutomarginaldaterranegativo.Nesse estgiooinsumotrabalhoestsendoutilizadodeformairracionalmente intensiva,isto,muitamo-de-obraparapoucaterra.Notequeesseestgio tambmcorrespondeaoestgioIdoinsumovarivel(damo-de-obra), portanto a irracionalidade devido utilizao excessiva da terraem relao mo-de-obra.Os limites da mo-de-obra (do insumo varivel) so:LimitedoExtensivodamo-de-obra:Ocorreparaonveldemo-de-obra correspondenteaopontonoqualoProdutoMdiodamo-de-obraatingeoseu mximo. chamado de limite do extensivo da mo-de-obra porque : (i) antesdessenveldeinsumoamo-de-obraestsendousadaempouca quantidade em relao terra, isto , est sendo usada de forma extensiva.(ii) correspondeaomaiornveldeinsumonoqualamo-de-obrapodeser usadaextensivamente,apartirdessepontoamo-de-obradeixadeser utilizadaextensivamenteepassaaserusadaintensivamente,mantendo-se fixa a quantidade de terra.LimitedoIntensivodamo-de-obra:Ocorreparaonveldemo-de-obra correspondente ao ponto no qualo Produto Marginalda mo-de-obra se anula. chamado de limite do intensivo da mo-de-obra porque : (i) depoisdessenveldeinsumoa mo-de-obraestsendousadaemmuita quantidadeemrelaoterra,isto,estsendousadadeforma excessivamente intensiva (portanto de forma irracional).(ii) correspondeaomaiornveldeinsumonoqualamo-de-obrapodeser usadaracionalmentedeformaintensiva,mantendo-sefixaaquantidadede terra;apartirdessepontoamo-de-obradeixadeserutilizadadeforma intensiva e racional e passaa ser usada de forma excessivamente intensiva e portanto de forma irracional.MicroeconomiaCurso Professor Geraldo Goes Pgina 1011. (MPU 96) Em relao lei dos rendimentos decrescentes, julgue os itens a seguir:I. O produto mdio de um insumo qualquer atinge um mximo e depois comea adeclinarquandoautilizaodosdemaisinsumosaumentademaneira proporcional;II. Mantendo-seautilizaodosdemaisinsumosconstante,oprodutomarginal de qualquer insumo declinar, se o uso desse insumo for aumentado;III. Nessalei,seuminsumoforexcessivamenteutilizado,aproduototalser reduzida;IV. Emvirtudedaexistnciadefatoresfixos,essaleiimplicacustosde oportunidade, associados a acrscimos na produo cada vez menores;V. Essaleidizrespeito squantidadesrelativasdosinsumose,portanto,nose aplica, se houver um aumento no uso de todos os fatores considerados.Esto certos apenas os itens:a) I e IIb) II e IIIc) II e Vd) III e VRESUMO(i) Quandouminsumoestnoseuprimeiroestgio (estgioI)porqueest sendoutilizadodeformaextensiva,isto,estsendousadoempouca quantidade em relaoao outro insumo.(ii) Quandouminsumoestnoseuterceiroestgio (estgioIII)porqueest sendo utilizado de forma excessivamente intensiva, isto , est sendo usado em muitaquantidadeemrelaoaooutroinsumo eportantoseuproduto marginal negativo.(iii) OestgioIdamo-de-obra (doinsumovarivel)eqivale aoestgioIIIda terra (do insumo fixo) e vice-versa, o estgio III da mo-de-obraeqivale ao estgio I da terra.O estgioII igual tanto para a mo-de-obra quantopara a terra.(iv) A firma s produz no estgio II (da mo-de-obra e da terra). Nesse estgio os produto marginal e mdio da mo-de-obra so decrescentes.(v) O estgio I damo-de-obra (estgio III daterra)no utilizado( irracional) porque o Produto Marginal da terra( do insumo fixo) negativo. (vi) O estgio III da mo-de-obra (estgio I da terra) no utilizado( irracional) porque o Produto Marginal da mo-de-obra (do insumo varivel) negativo.(vii) O nvel de mo-de-obra correspondente ao ponto de mximo do Produto Mdio damo-de-obrachamadodelimitedoextensivodoinsumovarivel ede limite do intensivo do insumo fixo.(viii) O nvel de mo-de-obra correspondente ao ponto de onde o Produto Marginal da mo-de-obra seanula chamado delimite dointensivodoinsumo varivel e de limite do extensivo do insumo fixo.MicroeconomiaCurso Professor Geraldo Goes Pgina 102e) IV e V.2. (MPU 96) Em relao teoria da produo, julgue os itens abaixo:I. Se a produtividade mdia de um fator for maior que o produto marginal, ento oprodutomdiodeveestarcrescendocomumamaiorutilizaodesse insumo;II. Em presena de rendimentos constantes de escala, as produtividades mdias e marginais so iguais e independem do nvel de produo;III. Inovaestecnolgicasconduzemamodificaesnosmtodosprodutivose, portanto, deslocam a funo de produo das firmas;IV. Quando o produto total maximizado com respeito a um determinado fator, o produto marginal deste ltimo se anula;V. Seaprodutividademarginaldedoisinsumosvariarnamesmaproporo,a taxa marginal de substituio tcnica entre esses insumos no se altera.Esto certos apenas os itens:a) I e IIIb) II e Vc) I, II e IIId) I, III e IVe) III, IV e V.3. (GESTOR 2000/CARLOS CHAGAS) Os fatores fixos de produo referem-se a insumos que(A) no podem ter seu estoque alterado, mesmo no longo-prazo, sendo esta uma das razes para o surgimento de deseconomias de escala ou custos mdios crescentes no longo-prazo.(B) devem ser utilizados em proporo fixa com outros fatores.(C) no podem ter seus estoques alterados no curto-prazo. (D) no podem variar no longo-prazo.(E) possuem relao tcnica constante.4. (GESTOR 2000/CARLOS CHAGAS) A lei dos rendimentos decrescentes refere-se a(A) rendimentos totais decrescentes.(B) rendimentos marginais decrescentes.(C) rendimentos modais decrescentes.(D) custos mdios decrescentes.(E) custos totais crescentes.5. (GESTOR 2000/CARLOS CHAGAS) Supondo um fator fixo de produo, quando o produto marginal igual a zero pode-se afirmar queMicroeconomiaCurso Professor Geraldo Goes Pgina 103(A) o produto total mximo.(B) o produto marginal mnimo e, por esta razo, igual a zero, o que uma tautologia por definio.(C) o produto mdio mximo.(D) o custo marginal mnimo.(E) os retornos marginais de ambos os fatores de produo so decrescentes.6. (GESTOR 2000/CARLOS CHAGAS) Se na produo de um bem vale a lei dos rendimentos decrescentes, ento pode-se afirmar que a produtividade(A) marginal decrescente.(B) marginal fica negativa.(C) mdia igual marginal.(D) mdia aumenta a taxas crescentes.(E) marginal crescente.7.(Gestor97/CarlosChagas)Senaproduodeumbemvalealeidosrendimentos decrescentes, pode-se afirmar que a produtividade(A) marginal decrescente.(B) mdia aumenta a taxas crescentes.(C) mdia igual a marginal.(D) marginal torna-se negativa.(E) marginal crescente.8. (Assessor Tcnico-Economista da Cmara Legislativa DF/92) Assinale a alternativa correta, considerando o modelo de produo com apenas um insumo varivel.a)A curva de produto total, em relao a um determinado insumo, sempre crescente.b)Acurvadeprodutomarginal,obtidacomosendoainclinao,paracadavalordoinsumo considerado, da curva de produto total, sempre decrescente.c)As curvas de produto mdio e produto marginal cruzam-se no ponto mnimo da primeira.d)A curva de produto mdio, obtida como sendo a inclinao da reta que liga a origem e a curva doprodutototal,paracadavalordoinsumoconsiderado,crescenteatdeterminadonvelde insumo, tornando-se decrescente aps.9.(AssessorTcnico-EconomistadaCmaraLegislativa DF/92)ConsidereF(falsa)ouV (verdadeira) para cada uma das afirmativas a seguir, considerando a curva de produto fsico total a seguir representado.MicroeconomiaCurso Professor Geraldo Goes Pgina 104I Da origem at o ponto A temos o produto marginal crescenteII De A at B, exclusive, temos o produto marginal maior do que o produto mdio.III A partir do ponto C, inclusive, temos produto marginal negativoIV No ponto B temos o produto marginal igual ao produto mdio.A alternativa correta a) F, F, V, V c) V, F, V, Vb) V, V, F, V d) F, V, F, V01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25C E C B A A A D B26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44 45 46 47 48 49 5051 52 53 54 55 5616.1 ESPAO DOS INSUMOSCAPTULO 16PRODUO COM DOIS INSUMOS VARIVEIS:CAPITAL(K) E TRABALHO(L)MicroeconomiaCurso Professor Geraldo Goes Pgina 105ESPAO DOS INSUMOSFIGURA 3116.2 FUNO DE PRODUO - Q(L, K)16.3 PRODUTO MARGINAL( PMg) DE UM INSUMODefinio:umafunoQ(L,K)queassociaacadacestadeinsumos(L,K) utilizadapelafirma,umnveldeproduo.Exemplo:Suponhaqueumafirma produzacarros,seafunode produodeumafirmadadaprKL K L Q = ) , ( , ento se a firma utilizar a cesta (9, 4), isto , se a firma utilizar 9 unidades de capitale 4unidadesdetrabalhoproduzir,6 36 4 . 9 = = unidadesdeproduto,isto, produzir6carros.Sepormafirmautilizaracesta(16,25),seunveldeproduoser de20 400 25 . 16 = = unidades de produto.Se as quantidades do insumo trabalho L so plotadas no eixo horizontal e as quantidades do insumo capital K so plotadas no eixo vertical (veja figura 31), ento o plano assim obtidochamadodeEspaodosInsumos.Notequecadapontonesseplanouma cesta de insumos, isto , uma combinao de insumos trabalho e capital. MicroeconomiaCurso Professor Geraldo Goes Pgina 10616.4 ISOQUANTA Definio:Oprodutomarginaldeuminsumo avariaonaproduototal(na quantidadeproduzida)devidoaoacrscimodeumaunidadeamaisdesseinsumo.A utilizao, pr parte da firma, de uma unidade a mais de um insumo, causa uma variao na quantidade produzida, variao essa chamada de produto marginal desse insumo.OProdutoMarginaldocapital(PMgK) avariaonoprodutototaldevidoao acrscimodeumaunidadeamaisdecapital, exemplo:seafirmautilizarumaunidadea maisdecapital,seutilizarumamquinaamaisnaproduo,obterumacrscimonasua produo total , acrscimo esse chamado de produto marginal do capital. O Produto Marginal docapital(PMgK)aderivadaparcialdafunodeproduoemrelaoaquantidadedo insumo capital K, isto : KQPMgKcc= .OProdutoMarginaldotrabalho(PMgL) avariaonoprodutototaldevidoao acrscimo de uma unidade a mais de trabalho, exemplo: se a firma utilizar uma unidade a maisdemo-de-obra,seutilizarumahoraamaisdetrabalhonaproduo,oucontratarumempregadoamais,obterumacrscimo nasuaproduototal,acrscimoesse chamadode produto marginal do trabalho. O Produto Marginal do trabalho (PMgL) a derivada parcial da funo de produo em relao a quantidade do insumo trabalho L, isto : LQPMgLcc= .Definio:acurvanoespaodosinsumosquemostraascestas(ascombinaesde insumos)quefornecemparaafirmaomesmonveldeproduo(vejafigura32).As isoquantas so curvas de nveis da funo de produo. As isoquantas possuem as seguintes propriedades :