programa de microeconomia

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PROGRAMA DE MICROECONOMIA Mercados: rea geograficamente definida onde compradores e vendedores interagem e determinam o preo de um produto ou de um conjunto de produtos. Os parmetros do mercado devem ser determinados antes que ele possa ser analisado. Arbitragem: Comprar um produto a baixo preo em uma localidade e vend-lo a um preo alto em outro lugar. Mercados Competitivos versus Mercados No-competitivos. Mercados Competitivos: Devido ao grande nmero de compradores e vendedores, nenhum comprador ou vendedor pode, individualmente, influenciar o preo de um produto. Exemplo: Maioria dos mercados agrcolas Mercados No-competitivos: Mercados onde os produtores podem, individualmente, influenciar o preo. Exemplo: OPEP Preo de Mercado Mercados competitivos estabelecem um nico preo. Mercados no-competitivos podem estabelecer vrios preos para o mesmo produto.

Teoria EconmicaO estudo da Teoria Econmica se divide em duas grandes reas: Teoria Microeconmica e a Teoria Macroeconmica. A Microeconomia preocupa-se em explicar o comportamento econmico unidades individuais, sejam elas representadas pelas famlias, pelas empresas ou pelos proprietrios dos fatores produtivos. A Microeconomia estuda a interao entre as empresas e consumidores e a maneira pela qual a produo e o preo so determinados em mercados especficos. A Macroeconomia estuda o comportamento da economia como um todo. Ela estuda o que determina e o que modifica o comportamento de variveis agregadas tais como a produo total de bens e servios, as taxas de inflao e desemprego, o volume total de poupana, as despesas totais de consumo, investimento etc. Apesar das diferenas apontadas no existe, em princpio, nenhum conflito entre a micro e a macroeconomia, uma vez que o agregado da economia dado pela soma de seus mercados.

INTRODUO A escassez o problema econmico central de qualquer sociedade; se no houvesse escassez, no haveria necessidade de se estudar economia. A economia estuda a maneira como se administram recursos escassos como o objetivo de produzir bens e servios e distribu-los para seu consumo entre os membros da sociedade, com a finalidade de satisfazer as necessidades humanas. Ou ainda: Economia a cincia social que estuda como o indivduo e a sociedade escolhem empregar recursos produtivos escassos na produo entre as vrias pessoas e grupos da sociedade a fim de satisfazer necessidades humanas.

Palavras-chave:

ESCASSEZ RECURSOS

ESCOLHA PRODUO

NECESSIDADE

DISTRIBUIO

FATORES OU RECURSOS DE PRODUO So elementos bsicos utilizados na produo de bens e servios. Fatores L K W T CE terra capital trabalho tecnologia capacidade empresarial Remunerao aluguis juros salrios royalties lucro/prejuzo

1 Terra (L) o nome dado para designar os recursos naturais existentes, tais como florestas, recursos minerais, hdricos etc. Compreende no s o solo utilizado para fins agrcolas, mas tambm o utilizado na construo de casas, estadas etc. Na verdade, toda a natureza, a energia do sol, os ventos, as mars, a gravidade da terra , so utilizados na produo de bens econmicos. A utilidade desses elementos ir variar em funo de fatores como facilidade de extrao, refino e transporte. O que devemos destacar que a quantidade de recursos naturais, ou terra, limitada, at mesmo para naes consideradas ricas.

2 Trabalho (W) o nome dado a todo esforo humano, fsico ou mental, despendido na produo de bens e servios. O tamanho da populao estabelece para esse fator de produo um limite em termos de quantidade. Entretanto importa tambm a qualidade do trabalho, ou seja, em qualquer pas a qualidade e o tamanho da fora de trabalho so limitados o que implica dizer que a quantidade total do recurso chamado trabalho tambm o . 3 Capital (K) Este fator inclui todos os edifcios, todos os tipos de equipamentos e todos os estoques de materiais dos produtores incluindo bens parcial ou completamente acabados, e que podem ser utilizados na produo de bens. Exemplos de capital so matrias-primas, computadores, mquinas, usinas, estradas de ferro, instalaes fabris e todos os tipos de equipamentos utilizados na fabricao de bens e servios. comum que , ao falarmos de capital, pensemos em coisas como dinheiro, aes, certificados etc. Tais instrumentos, entretanto, devem ser considerados como Capital Financeiro e no constituem realmente riqueza e sim, direitos a ela. No haver aumento na riqueza da sociedade sem que ocorra aumento correspondente de edifcios, equipamentos, estoques etc. O capital um fator de produo que pode ser confundido com vrios outros devido a abrangncia de sua definio, note que este termo pode ter vrias interpretaes, ou classificaes. A primeira delas pode referir-se a capital humano que dentre os fatores de produo abordados j foi classificado como fator trabalho; pode-se tambm referir ao capital financeiro e pode-se interpret-lo como capital fsico, que neste contexto atua como nosso objeto de estudo. O capital fsico pode ainda ser dividido em capital fixo e capital circulante. 4 Tecnologia constituda pelo conjunto de conhecimentos e habilidades que do sustentao ao processo de produo envolvendo desde os conhecimentos acumulados sobre as fontes de energia empregadas passando pelas formas de extrao de reservas naturais, pelo seu processamento, transformao e reciclagem, at chegar configurao e ao desempenho dos produtos finais resultantes. Trata-se assim de um fator de produo que envolve todo o processo produtivo, em todas suas etapas. 5 Capacidade Empresarial Este fator atualmente considerado pela maioria dos economistas pois entende-se que o empresrio quem exerce funes fundamentais para o processo produtivo. ele que organiza a produo, reunindo e combinando os demais recursos produtivos, assumindo assim todos os riscos inerentes elaborao de bens e servios, seja colhendo os ganhos do sucesso (lucro) ou as perdas do fracasso (prejuzo). O bem-estar de uma nao depende basicamente: Da quantidade de recursos disponveis;

Da eficincia na utilizao destes recursos na produo de bens e servios.

PROBLEMAS ECONMICOS BSICOS Toda sociedade, qualquer que seja sua organizao poltica, se defronta com trs questes econmicas bsicas, decorrentes do problema da escassez: i) O QUE PRODUZIR? Quais produtos devero ser produzidos e em que quantidade devero ser colocados disposio da sociedade? ii) COMO PRODUZIR? Por quem sero os bens e servios produzidos, com que recursos e de que maneira ou processo tcnico? iii) PARA QUEM PRODUZIR? Para quem se destinar a produo e quem ser o pblico alvo? Baseada na restrio dos recursos a Economia deve decidir entre os bens a serem produzidos e os processos tcnicos capazes de transformar recursos escassos em produo.

. Teoria do consumidorDEMANDA, OFERTA, EQUILBRIO E ALTERAES DE EQUILBRIO Esta seo visa uma melhor compreenso do comportamento das foras de oferta e demanda em um mercado competitivo. Imagine o mercado onde so comercializados bens e servios, considere de um lado os demandantes ou consumidores vidos por comprar o mximo possvel pagando o mnimo possvel com o objetivo de suprir algumas de suas ilimitadas necessidades uma vez que sua renda, ou salrio, limitado, escasso. Do outro lado do mercado encontram-se os produtores, ou empresrios, que visam minimizar seus custos e aumentar seus lucros via tica capitalista. no mercado que se daro as aes entre demandantes e ofertantes e a arte da negociao que determinar o preo e a quantidade ideal, ou de equilbrio, vigentes no mercado.

Exemplos deste mercado competitivo so observadas em feiras-livres, atuao de cambistas em estdio de futebol, a guerra das cervejas, dos refrigerantes entre outros.

DEMANDA (tica do Consumidor) na funo demanda, ou consumo, que esto inseridas todas as expectativas do consumidor. O que passa em sua cabea no momento da compra? Que fatores regero seu comportamento? Para entender e resolver estas questes importante o conhecimento de alguns termos econmicos:

A curva de demanda mostra o efeito do preo sobre a quantidade mxima que os compradores esto dispostos a adquirir determinado bem ou servio, logo esta curva refletir a relao existente entre preos e quantidades. Quantidade demandada (QD) representa a quantidade mxima que os compradores esto dispostos a adquirir de determinado bem ou servio a cada preo estabelecido. A QD no precisa ser necessariamente igual a de fato adquirida por aquele preo, pode-se comprar menos, nunca mais. Coeteris paribus que significa tudo o mais permanecendo constante, ou seja, a anlise dos fatores determinantes da demanda ser feita isoladamente caso a caso, sem que outros fatores atrapalhem o comportamento da varivel analisada. Aplicando o conceito coeteris paribus, inicia-se a anlise dos fatores que determinam a demanda:

A partir do exposto segue a explicao acerca de cada um dos fatores. Preo do bem (P) Este um importante fator determinante da quantidade demandada (QD) ou consumida pelos indivduos. Quanto MAIOR o preo, MENOR a quantidade demandada do bem/servio e vice-versa. Observe que a relao entre preo e quantidade inversa, logo a curva resultante desta relao ser decrescente, ou seja:

APLICAO: Admita que um indivduo resolva consumir diariamente uma lata de seu refrigerante favorito no almoo se o preo for R$ 1,50. Sendo seu salrio constante, ele poder aumentar seu consumo se o valor da lata passar a R$ 1,00 e ser obrigado a reduzi-lo se seu valor passar a R$ 2,00. Imagine ento que no restaurante que este indivduo freqenta o refrigerante custa R$1,80 e devido a uma promoo da empresa passou a custar R$1,20. Haver dias que o consumidor estar disposto a comprar at duas latas de refrigerante no almoo domingo, por exemplo.

importante salientar que a curva de demanda construda a partir da relao inversa entre preos e quantidades exposta acima, logo D = Demanda, D = Decrescente. Ou seja, para cada preo existe uma quantidade demandada especfica. Variaes de aumento ou reduo de preos NO produzem deslocamento DA curva de demanda como um todo e sim NA curva de demanda, ou seja, nos pontos acima dela, nela mesma. Renda do Consumidor (Y) Este fator provoca alteraes na demanda do bem e depende do tipo do mesmo. Sero considerados neste caso quatro tipos de bens: inferiores, normais, de consumo saciado e superiores. A) Bem Inferior: aquele que apresenta uma reduo de seu consumo, ou demanda, conseqente do aumento de renda do consumidor e, de maneira oposta, apresenta uma aumento de consumo com a reduo da renda do consumidor. Bens como carne de segunda, cachaa e passagens de nibus tem seu consumo aumentado ou reduzido dependendo de variaes de renda do consumidor. Ex: Imagine que ao passar no concurso pblico de sua preferncia haver um aumento considervel de sua renda (acrescido da to sonhada estabilidade so importantes motivadores para jamais desistir de estudar!), deste modo, voc ento poder comprar um automvel zero e reduzir sensivelmente sua demanda por passagens de nibus como mostra o grfico a seguir.

Lembre que no houve alteraes no preo da passagem e por este motivo a variao de toda da curva de demanda e no mais da quantidade demandada. B) Bem Normal: aquele que apresenta uma reduo de seu consumo, ou demanda, conseqente da reduo da renda do consumidor e, do mesmo modo, apresenta uma aumento de consumo com o aumento da renda do consumidor. Bens como cds, dvds, cerveja e gasolina tm seu consumo aumentado ou reduzido dependendo de variaes de renda do consumidor. Aumentos de renda deslocam a curva de demanda do bem para a direita e redues da renda para a esquerda.

C) Bem de Consumo Saciado: aquele que independentemente da renda apresentada pelo indivduo no apresenta variaes em seu consumo. O sal um tpico exemplo de bem de consumo saciado, um indivduo ao receber um aumento de 50% em sua renda no aumentar seu consumo de sal. No haver deslocamento da curva de demanda por este bem em funo de variaes da renda, pois o desejo do consumidor j foi satisfeito aps determinado nvel de renda.

D) Bem Superior e de Luxo: Bens superiores so aqueles que o consumo aumenta com o aumento da renda. So exemplos deste tipo de bens a compra de iates, jias, obras de arte considerados segundo a teoria microeconmica como bens de luxo. Gosto ou Preferncia do Consumidor Um importante fator determinante do consumo o gosto ou a preferncia do consumidor, pois de acordo com este a Demanda pode aumentar ou diminuir. As firmas conhecedoras desta informao utilizam-se de prticas mercadolgicas para afetar positivamente a demanda por seus bens e servios, deste modo a propaganda e informao passam a ser ferramenta s importantes para influenciar a demanda do consumidor. O esforo do governo federal para aumentar o consumo de preservativos um bom exemplo de que a informao pode alterar o gosto do consumidor e conseqentemente aumentar a demanda por preservativos neste perodo, deslocando assim sua curva de demanda para a esquerda. Um outro exemplo de como propagandas positivas podem deslocar a curva de demanda para a direita pode ser observado caso assistssemos no Fantstico a notcia de que o consumo de acar reduz a incidncia de cncer de mama entre mulheres. Caso o noticirio informasse que o consumo de acar aumentaria a potncia sexual masculina o deslocamendo da curva de demanda por acar seguiria outra direo Preo dos Bens Substitutos ou Concorrentes

Dois bens so considerados substitutos quando variaes no preo de um afetam sensivelmente a demanda do outro. Imagine dois bens, A e B, assim o aumento do preo de A provocar reduo da quantidade demandada de A e conseqentemente um aumento na demanda de B e a reduo no preo de A provocar um aumento na quantidade demandada de A e reduo na demanda de B. Esto inclusos neste segmento a famosa briga das guarans. Note que um aumento no preo da lata de kuat levar a uma reduo da quantidade demandada deste refrigerante mudana NA curva - e proporcionar um aumento na demanda por guaran antrtica deslocando sua curva para a direita mudana DA curva. Note que o guaran antrtica no sofreu variaes de preo logo no apresentar variaes de quantidades, somente sua demanda ser afetada. Preo dos Bens Complementares Conhecidos como bens de venda casada, so exemplos deste caso xampu e condicionador, computador e impressora, po e manteiga, queijo e goiabada entre outros. Dois bens so considerados complementares em relao demanda quando variaes no preo de um afetam sensivelmente a demanda do outro. Imagine dois bens, A e B, assim o aumento do preo de A provocar reduo da quantidade demandada de A e conseqentemente uma reduo na demanda de B que deve ser consumido conjuntamente com A e a reduo no preo de A provocar um aumento na quantidade demandada de A e aumento na demanda de B. Novamente v-se que variaes no preo de um bem afetam diretamente a demanda de seu complementar. Imagine um aumento no preo do xampu, o consumidor dever reduzir sua quantidade demandada lavando os cabelos menos dias por semana ou utilizando uma poro menor do produto a cada lavagem aplicando assim o jeitinho brasileiro. No haver ento necessidade da mesma demanda por condicionador uma vez que as lavagens iro diminuir, logo a demanda de condicionador ser negativamente afetada pelo aumento do preo de seu complementar.

OFERTA - S (tica do empresrio)Quantidade ofertada a quantidade mxima que os fornecedores esto dispostos a vender a um determinado preo. Ela no precisa necessariamente ser igual a quantidade vendida por aquele preo podem ser vendidas menos unidades, no mais. A curva de oferta mostra o efeito dos preos sobre a quantidade que os vendedores esto dispostos a fornecer. Os demais determinantes, exceto preo, permanecem constantes, de modo que s possa ser visto a variao de preo. A oferta, no entanto permanece constante. Aplicando o conceito coeteris paribus, inicia-se a anlise dos fatores que determinam a oferta:

A partir do exposto segue a explicao acerca de cada um dos fatores. 1 Preo do Bem Este um importante fator determinante da quantidade ofertada (QD) ou pelos empresrios. Quanto MAIOR o preo, MAIOR o estmulo produo e conseqentemente MAIOR a quantidade ofertada dos bens/servios na economia e vice-versa. Observe que a relao entre preo e quantidade direta, logo a curva resultante desta relao ser crescente, ou seja:

2 Preo ou Remunerao dos Fatores de Produo Um dos componentes que afetam a oferta do produtor como um todo o custo de produo, quanto maior o custo de produo, menos o produtor estar para produzir; no entanto quanto menos oneroso para ele parecer investir em aumento de produo mais estimulado ele estar para ofertar mais bens e servios na economia. Vale salientar dois importantes aspectos para anlise deste fator: o primeiro que do empresrio a opo de investir, caso opte por aumentar a produo ele sabe que somente poder auferir lucros no mdio ou longo prazo, caso resolva no produzir mas especular receber no curto prazo a remunerao do capital investido no mercado financeiro, logo importante fomentar no empresrio o desejo de produzir, pois assim sero gerados na economia emprego e renda. O segundo aspecto est na remunerao dos fatores de produo o peso para a deciso de produzir. Sempre que houver aumento na remunerao de pelo menos um fator de produo o empresrio entende que haver uma reduo dos lucros e conseqentemente decidir por uma reduo da oferta e conseqentemente a curva toda ser deslocada para a esquerda. De modo contrrio, se houver a reduo no preo de pelo menos um dos fatores de produo haver estmulo a produo e a gerao de emprego.

Lembre que: Lucro = Receita de Vendas - Custo de Produo Pela anlise acima se observa que:

Deste modo, deslocam a curva de oferta para a esquerda o aumento do preo dos fatores de produo e para a direita a reduo de seus preos. Ex1: Aumento do aluguel, aumento do preo das matrias-primas, aumento do preo da energia ou salrios deslocam a curva de oferta para a esquerda. Ex2: Reduo do preo do aluguel, reduo do preo das matrias-primas, reduo do preo da energia ou salrios deslocam a curva de oferta para a direita.

3 Clima e Tecnologia Estes fatores esto apresentados conjuntamente uma vez que apresentam comportamentos semelhantes. Progresso tecnolgico apresenta deslocamento da curva de oferta para a direita enquanto retrocesso tecnolgico para a esquerda. Clima favorvel desloca a curva de oferta de produtos agrcolas para a direita e clima desfavorvel desloca a curva de oferta para a esquerda provocando assim um aumento de preos o conhecido processo de choque de oferta. 4 Preo dos Bens Substitutos ou Concorrentes Um exemplo importante para avaliar o efeito deste fator determinante da oferta pode ser representado pela deciso do agricultor que ao produzir dois bens tais como trigo e milho, concorrentes no processo produtivo, pois a deciso de aumentar a produo de um bem significa reduzir a produo do outro. Vale salientar que o fator de produo terra fixo, no h possibilidade de no curto prazo aumentar este fator (adquirir mais terra). O produtor deve escolher o quanto produzir de cada um deles a partir do preo das commodities no mercado internacional. Imagine que houve um aumento do preo internacional do trigo, com este estmulo o produtor resolve aumentar a produo de trigo em detrimento da produo de milho. Deste modo, temos que um aumento do preo do trigo levar a um aumento da quantidade ofertada de trigo e conseqentemente uma reduo da oferta de milho (devido a reduo do espao destinado para sua produo) e o deslocamento da curva de oferta para a esquerda, tem-se ento a oferta de um bem afetada pelo preo de outra. Se de modo contrrio houvesse uma reduo inesperada no preo do trigo no mercado internacional, isto implicaria em reduo de sua quantidade ofertada e aumento na oferta de seu concorrente o processo produtivo, o milho. 5 Preo dos Bens Complementares (Produo Conjunta)

Em muitos ramos de atividade produtiva o empresrio obtm ganhos secundrios referentes a subprodutos oriundos da atividade principal. Um exemplo disso a atividade de pecuria, ao operar com sistema de gado para corte o empresrio obtm ganhos relativos venda de carne como atividade principal, mas tambm queles referentes a venda de couro, chifre entre outros. Imagine ento um aumento no preo da carne, isto estimular o abate e implica em aumento na quantidade ofertada de carne. O produtor auferir ganhos extras com a comercializao tambm do chifre, isto significa que mesmo sem o preo do chifre ter sido alterado sua oferta foi aumentada e sua curva de oferta deslocada para a direita. Se, de modo contrrio, houver uma reduo do preo da carne sua quantidade ofertada ser reduzida e a oferta de chifre diminuir do mesmo modo uma vez que no haver aumento no abate. Considere neste caso que no h interesse por parte do produtor de oferecer apenas chifre.

EQUILBRIO DE MERCADO Na condio de equilbrio o principal aspecto observado que a quantidade que os consumidores esto dispostos a demandar igual quantidade que os empresrios esto dispostos a ofertar. No equilbrio no existem excessos, significa que no existir excesso de demanda onde consumidores iro brigar no mercado pela aquisio de bens ou servios nem excesso de oferta onde os bens e servios estaro fartamente disponveis mas no h interesse em tanto consumo.

ALTERAES NO EQUILBRIO Para encontrar o novo equilbrio de mercado quando por motivo exgeno fatores que afetam a oferta e a demanda - houver alteraes no equilbrio inicial importante apontar o que acontecer com o novo preo e quantidade de equilbrio. Em questes de concurso nas quais tcnicas para a minimizao do tempo gasto para resoluo fundamental torna-se imprescindvel a utilizao da tcnica a seguir: i) Deslocar a curva alterada (D ou S); ii) Analisar o preo de equilbrio; iii) Detectar o excesso; iv) Encontrar o novo ponto de equilbrio e v) Avaliar o que ocorreu com o novo preo e nova quantidade de equilbrio (se aumentaram ou diminuram) uma vez que o equilbrio antigo deixou de existir.

APLICAO 1. Suponha que o preo da gasolina comum fosse $0,20 por litro mais cara em Braslia que em Luziania. Voc acha que poderia existir uma oportunidade para arbitragem (isto , a possibilidade de que as empresas pudessem comprar gasolina em Luziania e vend-la com lucro em Bralia)? Por que sim ou por que no?

2. Suponhamos que o iene japons suba em relao ao dlar norte-americano, isto , que de agora em diante seriam necessrios mais dlares para adquirir uma determinada quantidade de ienes japoneses. Explique por que tal fato simultaneamente aumentaria o preo real de automveis japoneses para consumidores norte-americanos e reduziria o preo real de automveis norte-americanos para consumidores japoneses. 3 Suponha que um clima excepcionalmente quente ocasione um deslocamento para a direita da curva de demanda de sorvete. Por que o preo de equilbrio do sorvete aumentaria?

4. Utilize as curvas de oferta e demanda para ilustrar de que forma cada um dos seguintes eventos afetaria o preo e a quantidade de manteiga comprada e vendida: a. b. c. Um aumento no preo da margarina. Um aumento no preo do leite. Uma reduo nos nveis de renda mdia.

5. Suponha que um aumento de 3% no preo de sucrilhos cause uma reduo de 6% em sua quantidade demandada. Qual a elasticidade da demanda de sucrilhos?

6. Suponha que o governo regulamente os preos da carne bovina e do frango, tornando-os mais baixos do que seus respectivos nveis de equilbrio de mercado. Explique por que ocorreria escassez dessas mercadorias e quais os fatores que determinaro a magnitude dessa escassez. O que dever ocorrer com o preo da carne de porco? Explique resumidamente.

7. Utilize os deslocamentos das curvas de oferta e demanda para ilustrar os efeitos dos eventos a seguir ocorridos no mercado de mas. Esclarea qual a direo da modificao ocorrida tanto no preo como na quantidade vendida. a. b. c. d. e. Os cientistas descobrem que comer uma ma por dia, de fato, evita doenas. O preo das laranjas triplica. A seca reduz a colheita de mas a um tero da quantidade normal. Milhares de estudantes universitrios abandonam os estudos para se tornarem colhedores de mas. Milhares de estudantes universitrios abandonam os estudos para se tornarem plantadores de mas.

8. Suponha que curva de demanda de um produto seja dada por Q=10-2P+Ps, onde P o preo do produto e Ps o preo de um bem substituto. O preo do bem substituto $2,00. (a) Suponha P=$1,00. Qual a elasticidade-preo da demanda? Qual a elasticidade cruzada da demanda? (b) Suponha que o preo do bem, P, aumente para $2,00. elasticidade-preo da demanda,? Agora, qual seria a

9. Suponha que a demanda por gs natural seja perfeitamente inelstica. Qual ser o efeito, se houver algum, do controle de preos do gs natural?

10. A agncia de controle de aluguis da cidade de Nova York descobriu que a demanda agregada : QD = 100 - 5P, com a quantidade medida em dezenas de milhares de apartamentos e o preo correspondendo ao aluguel mensal mdio expresso em centenas de dlares. A agncia observou tambm que o aumento em Q para valores mais baixos de P conseqncia de um maior nmero de famlias (de trs pessoas) vindas de Long Island para a cidade, demandando apartamentos. A associao de corretores de imveis da cidade reconhece que essa uma boa estimativa da demanda, e apresenta a seguinte estimativa da oferta: QS = 50 + 5P.

a.

Se a agncia e a associao estiverem corretas a respeito da demanda e da oferta, qual ser o preo do livre mercado? Qual ser a variao da populao da cidade caso a agncia estabelea um aluguel mdio mensal mximo de $100 e todas as pessoas que no consigam encontrar um apartamento deixem a cidade?

b.

Suponha que a agncia ceda s solicitaes da associao, estabelecendo um aluguel mensal de $900 para todos os apartamentos a fim de permitir aos proprietrios uma taxa de retorno razovel. Se 50% de qualquer aumento na oferta de apartamentos de longo prazo surgir a partir de novas construes, quantos apartamentos tero sido vendidos?

(CESGRANRIO /BNDES-2008/Profissional Bsico - Economia)O grfico abaixo mostra, em linhas cheias, as curvas da demanda e da oferta no mercado de mas.

Considere que mas e pras so bens substitutos para os consumidores. Se o preo da pra aumentar e nenhum outro determinante da demanda e da oferta de mas se alterar, pode-se afirmar que a) a curva de demanda por mas se deslocar para uma posio como AB. b) a curva de oferta de mas se deslocar para uma posio como CD. c) as duas curvas, de demanda e de oferta de mas, se deslocaro para posies como AB e CD. d) o preo da ma tender a diminuir. e) no haver alterao no mercado de mas. Gabarito A, pois maas e pras so substitutos perfeitos e o aumento no preo da pra provoca reduo da quantidade de pra e conseqentemente o aumento na demanda de maa como um todo.

1. (SFE+TERMORIO/CESGRANRIO 2009) O grfico abaixo mostra a curva de demanda inicial D dos consumidores do bem x.

O preo do bem y aumentou, e nenhuma outra varivel determinante da demanda por x se alterou. Em conseqncia, a curva de demanda por x se deslocou para D, tracejada no grfico. Supondo que x seja um bem normal, pode-se afirmar, corretamente, que: (A) x e y so complementares. (B) x e y so substitutos.

(C) x e y so bens inferiores. (D) y um bem inferior. (E) a demanda por x no depende do preo de y.

2. (DECEA/CESGRANRIO 2009) Analise o grfico.

Considere mamo e melo como bens substitutos para os consumidores, e que o preo do mamo aumentou 50%. Em conseqncia, a demanda inicial por melo, representada no grfico, se deslocou para uma posio como: (A) AB (B) AD (C) CB (D) CD (E) EF

3. (INEA/CESGRANRIO 2008) Uma empresa competitiva, ao produzir, causa dano ambiental (polui um curso de gua). No obrigada a pagar pelo dano, e a curva de oferta do que produz S0 conforme apresentado na figura abaixo.

Se fosse obrigada a pagar, sua curva de oferta teria uma posio como (A) S1 (B) S2 C) S3 (D) S4 (E) S0 mesmo

4. (PETROBRAS/ CESGRANRIO 2008) Suponha que os produtores agrcolas considerem milho e soja como culturas substitutas. O grfico abaixo mostra a curva de oferta S de milho em linha cheia. Um aumento no preo da soja levaria a curva de oferta de milho para uma posio como a de (A) S1 (B) S2 (C) S3 (D) S4 (E) S, mesmo

5. (ANP/ CESGRANRIO 2008)

A figura acima mostra a curva de oferta inicial de milho, por parte do todos os produtores brasileiros. Soja e milho so substitutos no lado da produo, e caso o preo da soja aumente 20%, os demais determinantes da oferta do milho permanecendo constantes, a curva de oferta de milho se deslocar para uma posio tal como (A) AB (B) AC (C) AD (D) CB (E) CD

6. (ANP/ CESGRANRIO 2008) No caso da produo de lcool e acar, a partir da cana, um aumento do preo internacional do acar tende a (A) diminuir a produo de acar. (B) diminuir a produo de lcool. (C) reduzir o lucro dos produtores de acar. (D) reduzir as compras de cana por parte das usinas.

(E) aumentar os custos fixos dos produtores de acar.

7. (REFAP/ CESGRANRIO 2007) A elasticidade renda da demanda por certo bem menor que 1. Isso significa, necessariamente, que: (A) aumentos na renda diminuem a quantidade demandada do bem. (B) aumentos da renda aumentam a quantidade demandada do bem. (C) a variao percentual da quantidade demandada do bem menor que o aumento percentual da renda. (D) o bem superior. (E) o bem inferior.

8. (DECEA/CESGRANRIO 2009) Observe o grfico.

No ponto A desse grfico, a elasticidade da demanda por milho em relao ao seu prprio preo, expressa em valor absoluto, aproximadamente igual a: (A) 1 (E) -1 (B) 0,5 (C) 2 (D) 0

9. (PETROBRAS/ CESGRANRIO 2008) Um consumidor gasta sempre metade da sua renda com roupas. A elasticidade-renda da demanda por roupas, por parte deste consumidor, igual a (A) 1 (B) 0.5 (C) zero (D) - 0.5 (E) -1

10. (REFAP/ CESGRANRIO 2007) A elasticidade renda da demanda por certo bem menor que 1. Isso significa, necessariamente, que: (A) aumentos na renda diminuem a quantidade demandada do bem. (B) aumentos da renda aumentam a quantidade demandada do bem. (C) a variao percentual da quantidade demandada do bem menor que o aumento percentual da renda. (D) o bem superior. (E) o bem inferior.