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CLIPPING 21 de outubro de 2019 DIA NACIONAL DA ALIMENTAÇÃO ESCOLAR

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Page 1: LIPPING - Microsoft · O grupo coordenará implantação da Rede ZEE, um instrumento de planejamento territorial inovador que englobará em uma única plataforma o mapeamento hídrico,

CLIPPING 21 de outubro de 2019

DIA NACIONAL DA ALIMENTAÇÃO ESCOLAR

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2

Grupo de Comunicação

SUMÁRIO

ENTREVISTAS ............................................................................................................................... 5

Zoneamento ecológico-econômico de SP deve ser concluído até julho de 2020 ...................................... 5

Defesa Civil do Estado realiza oficinas preparatórias para temporada de chuvas .................................... 7

SECRETARIA DE INFRAESTRUTURA E IO AMBIENTE ........................................................................... 8

Governo de SP regulamenta lei que proíb e canudos plásticos no Estado .............................................. 8

Canudos plásticos proibidos em São Paulo ....................................................................................... 9

Contexto paulista - São Paulo ficará sem canudos plásticos no início de 2020 ..................................... 10

Guerra dos canudos ..................................................................................................................... 11

Fiscalização ficará a cargo do Procon; penalidades podem chegar a multas que ultrapassam R$ 5 mil .... 13

Procon-SP sera responsável pela fiscalização de lei dos canudinhos ................................................... 14

Palavra do leitor .......................................................................................................................... 15

Caconde proíbe entrada de banhistas em represa por suspeita de contaminação ................................. 16

Coluna do Diário – Licença ambiental ............................................................................................. 18

A São Carlos Ambiental comprovadamente é referência e tratamento de resíduos ............................... 19

Moradores encontram peixes mortos dentro de lago em condomínio de Sorocaba ................................ 20

Trânsito: Buraco sendo aberto na Avenida Morumbi. Milton Jung pede ação urgente da CET e Prefeitura 21

Coden inicia elaboração de planos de segurança das quatro barragens ............................................... 22

Autoridades buscam liberação de recurso para construção de ETE em Rio das Pedras .......................... 24

Justiça manda Senac demolir construções feitas em área de preservação em Campos do Jordão ........... 25

Programa Via Rápida Empresa está migrando para a REDE SIM ........................................................ 27

Seminário discute a economia da RMRP ......................................................................................... 28

Abrafiltros entrega Relatórios Anuais aos governos estaduais com resultados do programa Descarte Consciente em 2018 .................................................................................................................... 30

Coleta de lixo e limpeza pública estão entre os serviços mais bem avaliados pelo morador de Santo André ................................................................................................................................................. 32

Cerca de 1.300 ex-funcionários da Ajax seguem sem receber seus direitos POR EMERSON LUIZ ON 18 DE

OUTUBRO DE 2019 ...................................................................................................................... 34

Cavernas são para as crianças ...................................................................................................... 35

Poupatempo das prefeituras' é licitado ........................................................................................... 36

São Paulo ficará sem canudos plásticos no início de 2020 ................................................................. 37

Cetesb é acionado após vazamento de 5 mil litros de combustível provocado por acidente entre ônibus e

caminhão ................................................................................................................................... 39

Mancha escura aparece na praia do Guarujá ................................................................................... 40

Avenida do Aeroporto ganha novo projeto ...................................................................................... 41

Entrada de Santos passa por serviço de descontaminação de solo ..................................................... 42

Caixa d'água é um símbolo ........................................................................................................... 44

Mais de 14mil toneladas de lixoforam retiradas da rede de esgoto ..................................................... 45

Defesa Civil realiza desafio de salvamentos em diversos cenários ...................................................... 46

Relatório da Sabesp aponta melhorias no saneamento e na qualidade da água ................................... 47

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Grupo de Comunicação

Sabesp substitui quase dois quilômetros de redes de água e esgoto no Jardim Santa Maria .................. 48

Níveis de poluição na represa Billings estão muito acima do que a lei permite ..................................... 49

Aumentam queixas contra serviços essenciais ................................................................................. 50

Agora é lei: proibido canudo plástico .............................................................................................. 51

Novo portal de SP agiliza abertura, alteração e baixa de empresas .................................................... 52

São Paulo: Operadoras de ônibus conhecem ferramenta para transporte limpo ................................... 53

Dívidas da Codemar crescem 57% e contas de 2017 são rejeitadas ................................................... 54

Avanço do setor sucroenergético e normatização do setor foram temas da AEARP ............................... 55

Avenida do Aeroporto ganha novo projeto ...................................................................................... 56

Média da qualidade da água do rio Paraíba é boa, aponta Cetesb ...................................................... 57

Colisão deixa 13 pessoas feridas ................................................................................................... 58

Afan retoma atividades ................................................................................................................ 59

Os Repórteres do Rio Pinheiros ..................................................................................................... 61

Moradores reclamam de vazamento em Santo André ....................................................................... 62

Reclamações contra empresas que prestam serviços essenciais dispararam este ano ........................... 63

Cantareira registra nova queda e opera com 43,5% da capacidade do reservatório neste domingo ........ 64

VEÍCULOS DIVERSOS .................................................................................................................. 65

E se manchas de petróleo nas praias do Nordeste fossem um aviso dos deuses? ................................. 65

Vice de Doria diz que túnel entre Santos e Guarujá não sairá do papel ............................................... 67

O que muda no Cadastro Ambiental Rural após a extinção do prazo final ............................................ 68

Pré-sal paulista exigirá gasodutos.................................................................................................. 69

Leilões vão gerar R$ 22,4 bi em investimentos ................................................................................ 70

Instalação de usinas fotovoltaicas e troca de lâmpadas para tecnologia mais eficiente vão ajudar a reduzir

gastos recorrentes das instituições de saúde ................................................................................... 73

Em entrevista, Ricardo Salles explica como funciona o Plano Nacional de Contingencia para acidentes com óleo ........................................................................................................................................... 75

Estados do Nordeste querem taxa sobre o sol e o vento ................................................................... 76

Resposta às mudanças climáticas pode vir das cidades, diz líder da ONU ............................................ 78

E se manchas de petróleo nas praias do Nordeste fossem um aviso dos deuses? ................................. 80

O que muda no Cadastro Ambiental Rural após a extinção do prazo final ............................................ 82

Palmeiras plantadas por Burle Marx há meio século finalmente dão flores no Rio ................................. 83

Brasileiros criam código para impedir tratores e outras máquinas de funcionarem em áreas protegidas . 84

FOLHA DE S. PAULO .................................................................................................................... 86

O QUE A FOLHA PENSA: Derrame de inépcia .................................................................................. 88

O QUE A FOLHA PENSA: Nova infraestrutura ................................................................................... 89

Soberania, Amazônia e aquecimento global .................................................................................... 90

Tasso deve retirar fim de isenção a filantrópicas de PEC paralela da Previdência ................................. 91

Doria turbina imagem pública com inaugurações privadas e anúncios duplicados................................. 93

Painel S.A.: Levantamento aponta 298 obras de mobilidade paradas ou atrasadas em SP .................... 96

Técnica usada em desastre aéreo ajuda na busca por origem do óleo que atinge o Nordeste ................ 98

Foto premiada registra momento único entre raposa e marmota nas montanhas do Tibet ................... 100

Mônica Bergamo: STF teve aumento de 25% no número de visitantes em 2019 ................................. 101

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Grupo de Comunicação

Novas normas tarifárias podem afogar mercado de energia solar ..................................................... 103

Quase um terço das espécies de bichos e plantas é substituído a cada década ................................... 104

Alckmin é 'lançado' candidato a governador em 2022 e cria saia-justa a Doria ................................... 106

Governo Bolsonaro extinguiu comitês do plano de ação de incidentes com óleo .................................. 108

Opinião: O planeta reclama com muitas dores ............................................................................... 111

Governo Doria quer terceirizar merenda das escolas em São Paulo ................................................... 113

ESTADÃO .................................................................................................................................. 116

O futuro das energias renováveis no Brasil .................................................................................... 116

Quinze das 25 empresas estaduais de saneamento aumentaram a conta de água acima da inflação ..... 118

Governo quer direcionar repasses para saneamento a locais que sigam diretrizes de agência............... 120

Eletrobrás preparada para a privatização ....................................................................................... 122

Turismo em São Paulo ................................................................................................................ 123

Ministérios ensaiam aproximação por crise da Amazônia ................................................................. 125

‘Temos de nos preocupar menos com boicote e mais com a imagem’, diz Ricardo Salles ..................... 126

Estados do Nordeste querem taxa sobre o sol e o vento .................................................................. 128

Governo Federal anuncia novas regras para importação de etanol sem tarifa ..................................... 130

De ciclovia em ciclovia, Paris se transforma ................................................................................... 131

Em busca de energia limpa no furacão do aquecimento global ......................................................... 133

Geração distribuída e tributação ................................................................................................... 135

Agricultura sem Amazônia ........................................................................................................... 137

Conheça os diferentes tipos de câncer de mama ............................................................................ 139

VALOR ECONÔMICO ................................................................................................................... 142

Estaduais do setor elétrico atraem grupos do exterior ..................................................................... 142

Novo pacote de elétricas atrai estrangeiros .................................................................................... 143

Governo sugere pacote legislativo para fortalecer novo mercado do gás ............................................ 145

Leilão surpreende e contrata R$ 11 bilhões em investimentos .......................................................... 147

Abiquim pede a Guedes que preço do gás caia rápido ..................................................................... 148

Concessões animam madeireiras .................................................................................................. 149

Leis incentivam adoção da prática pelo poder público ...................................................................... 151

A receita para melhorar a saúde de uma companhia ....................................................................... 153

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Grupo de Comunicação

ENTREVISTAS Veículo: Governo de SP

Data: 19/10/2019

Zoneamento ecológico-econômico de SP

deve ser concluído até julho de 2020

Comissão que reúne 12 secretarias de Estado

foi criada para implantação de plataforma

inovadora de planejamento territorial

Nesta terça-feira (15), o Governador João

Doria e o Secretário de Estado de

Infraestrutura e Meio Ambiente, Marcos

Penido, assinaram o decreto que cria a

Comissão Estadual de Zoneamento Ecológico-

Econômico de São Paulo (CEZEE-SP).

O grupo coordenará implantação da Rede ZEE,

um instrumento de planejamento territorial

inovador que englobará em uma única

plataforma o mapeamento hídrico, climático e

de biodiversidade de todo o Estado. Essa

ferramenta de desenvolvimento multissetorial

deve ser disponibilizada até o fim do 1º

semestre de 2020.

A CEZEE-SP é uma comissão permanente e

deliberativa, que reúne 12 pastas de

rebatimento territorial: Secretaria de Governo,

Secretaria de Infraestrutura e Meio

Ambiente, Secretaria de Desenvolvimento

Econômico, Secretaria de Desenvolvimento

Regional, Secretaria da Justiça, Secretaria de

Agricultura e Abastecimento, Secretaria de

Logística e Transportes, Secretaria de

Transportes Metropolitanos, Secretaria da

Habitação, Secretaria da Saúde, Secretaria de

Turismo, Casa Militar e Defesa Civil.

Governança

O grupo representa a governança que

oferecerá subsídios técnicos para as políticas

setoriais, além de acompanhar a implantação

do Zoneamento Ecológico-Econômico de

maneira integrada.

Após quase dez anos da lei estadual de

mudanças climáticas, que insere o

zoneamento ambiental no Estado como

instrumento básico e referencial para o

planejamento e gestão territorial, a medida

tomada pelo Governo do Estado consiste em

um salto de gestão dos processos para que

São Paulo possa atingir seus objetivos de

desenvolvimento.

A criação da comissão multissetorial fortalece

ainda mais o trabalho. A Rede ZEE será uma

ferramenta estratégica importante para o

planejamento de territórios. A plataforma

tecnológica está pronta e concentrará

informações uniformes de todos os setores

para diagnósticos de investimentos e agilidade

nos processos de licenciamento ambiental.

Esse processo é coordenado pela

Secretaria de Infraestrutura e Meio

Ambiente e conta com a participação

popular, de setores econômicos, ONGs e

universidades que estão presentem em mesas

de debates bilaterais para o fortalecimento das

políticas públicas e territoriais.

Diretrizes

A elaboração do ZEE-SP é guiada por cinco

diretrizes estratégicas que sintetizam as

principais demandas e desafios ambientais e

socioeconômicos enfrentados pelo Estado:

resiliência às mudanças climáticas, segurança

hídrica, salvaguarda da biodiversidade,

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Grupo de Comunicação

redução das desigualdades regionais e

economia competitiva e sustentável.

Com uma base de dados completa e

integrada, será possível identificar a

potencialidade e a vocação de um território

aliada ao desenvolvimento econômico, social e

ambiental das cidades e regiões do Estado,

gerando qualidade de vida e bem-estar à

população.

http://www.saopaulo.sp.gov.br/ultimas-

noticias/zoneamento-ecologico-economico-de-

sp-deve-ser-concluido-ate-julho-de-2020/

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Grupo de Comunicação

Veículo: Governo SP

Data: 19/10/2019

Defesa Civil do Estado realiza oficinas

preparatórias para temporada de chuvas

Até o dia 29 de novembro, serão promovidos

oito treinamentos envolvendo profissionais de

diversas regiões de São Paulo

Nesta quinta-feira (17), a Coordenadoria

Estadual de Proteção e Defesa Civil (CEPDEC)

iniciou a série de Oficinas Preparatórias para

Operação Chuvas de Verão 2019. Até 29 de

novembro, serão promovidos oito

treinamentos envolvendo as regiões de São

José dos Campos e Litoral Norte, Registro,

Região Metropolitana de São Paulo, Sorocaba,

Itapeva, Campinas e Santos.

O município de Campos do Jordão recebeu o

primeiro treinamento, que seguiu até sexta-

feira (18). Os interessados podem saber mais

informações sobre o cronograma de atividades

e as inscrições pela internet.

A iniciativa busca reduzir danos materiais e,

principalmente, preservar vidas, durante o

período chuvoso. A CEPDEC realiza, nos meses

que antecedem essa temporada, treinamentos

para capacitação e especialização dos agentes

municipais que operam os Planos Preventivos

de Defesa Civil (PPDC), levando conhecimento

fundamental a respeito de práticas

operacionais preventivas para minimizar os

efeitos de eventos como deslizamento de terra

e inundações.

Estão programadas palestras da Defesa Civil

Estadual, Secretaria de Desenvolvimento

Social do Estado, Somar Meteorologia, Cruz

Vermelha de São Paulo e também dos

Instituto Geológico (IG) e Instituto de

Pesquisas Tecnológicas (IPT), abordando

temas pertinentes ao período de chuvas,

incluindo um modelo de vistoria técnica.

http://www.saopaulo.sp.gov.br/ultimas-

noticias/defesa-civil-do-estado-realiza-

oficinas-preparatorias-para-temporada-de-

chuvas/

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Grupo de Comunicação

SECRETARIA DE INFRAESTRUTURA E

IO AMBIENTE Veículo: A Cidade Votuporanga

Data: 19/10/2019

Governo de SP regulamenta lei que proíb e canudos plásticos no Estado

http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?

c=0&n=32605130&e=577

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Grupo de Comunicação

Veículo: Costa Norte

Data: 19/10/2019

Canudos plásticos proibidos em São

Paulo

http://cloud.boxnet.com.br/y4ff354n

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Grupo de Comunicação

Veículo: Folha da Região Araçatuba Diário

Data: 20/10/2019

Contexto paulista - São Paulo ficará sem

canudos plásticos no início de 2020

Agora, não tem volta. O governador João

Doria, o secretário de Estado de fraestrutura e

Meio Ambiente, Marcos Penido, eo presidente

da Fundação de Proteção e Defesa do

Consumidor (Procon-SP), Fernando Capez,

assinaram em conjunto o decreto que proíbe o

fornecimento de canudos confeccionados em

material plástico no Estado de São Paulo. A

medida é regulamentada pela Lei n° 17.110,

de 12 de julho de 2019, e foi publicada

quarta-feira no Diário Oficial do Estado.

Entrará em vigor em 120 dias.

0 QUE DIZ A LEI A lei veda a distribuição

de canudos de plásticos em estabelecimentos

comerciais como hotéis, bares, restaurantes,

padarias e clubes, entre outros, além de

orientar para a utilização desse objeto

confeccionado em papel reciclado, material

comestível ou biodegradável.

MEIO AMBIENTE PRESERVADO Segundo o

Procon, as multas poderão variar de R$

530,60 aR$ 5.306,00 (no caso de

reincidências). “O objetivo dessa lei não visa

meramente à punição, mas sim sensibilizar as

pessoas sobre a responsabilidade de cada um

no cuidado com o meio ambiente”, diz Penido.

Os canudos plásticos estão provocando

enormes danos à fauna marinha ea colocação,

nas praias e nos estabelecimentos, de lixos

inorgânicos, incapazes de serem absorvidos

organicamente, segundo Capez.

http://cloud.boxnet.com.br/y2x255ad

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Grupo de Comunicação

Veículo: Todo Dia Americana

Data: 20/10/2019

Guerra dos canudos

http://cloud.boxnet.com.br/yygcsdyu

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Grupo de Comunicação

Veículo: Bragança Jornal Diário

Data: 19/10/2019

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Grupo de Comunicação

Veículo: Bragança Jornal Diário

Data: 19/10/2019

Fiscalização ficará a cargo do Procon; penalidades podem chegar a multas que ultrapassam R$ 5 mil

O governador João Doria, o secretário de

Estado de Infraestrutura e Meio Ambiente,

Marcos Penido e o presidente da Fundação de

Proteção e Defesa do Consumidor (Procon),

Fernando Capez, assinaram nesta semana o

decreto que regulamenta a Lei n°17.110, de

12 de julho, que proíbe o fornecimento de

canudos confeccionados em material plástico

no Estado de São Paulo.

O decreto prevê o Procon como órgão

responsável pela fiscalização e autuação dos

estabelecimentos comerciais. As multas

podem variar de R$ 530,60 a R$ 5.306,00 no

caso de reincidências. A lei veda a distribuição

de canudos de plásticos em estabelecimentos

comerciais como hotéis, bares, restaurantes,

padarias, clubes, entre outros, além de

orientar para a utilização desse objeto

confeccionado em papel reciclado, material

comestível ou biodegradável.

Na primeira autuação, a multa será de 20

Unidades Fiscais do Estado do São Paulo

(UFESPs), R$ 530,60; a cada reincidência o

valor será dobrado podendo alcançar 200

UFESPs (R$ 5.306,00).

O valor arrecadado das multas, 50% será

destinado ao Fundo Estadual de Prevenção e

Controle da Poluição (FECOP) e a outra

metade ao Procon, para aplicação em

programas de educação, prevenção e

fiscalização relacionados ao consumo

sustentável.

Caberá à Secretaria de Infraestrutura e Meio

Ambiente (SIMA) em parceria com o Procon

implementar programas de educação

ambiental para orientar consumidores e

fornecedores.

BRAGANÇA PAULISTA?

No final do mês de maio, a Câmara Municipal

de Bragança Paulista aprovou um projeto de

lei semelhante, de autoria dos vereadores

Marcus Valle e Rita Leme. A norma (lei 4.680),

foi sancionada pelo prefeito Jesus Chedid em

31 de maio.

No entanto, há um conflito entre os dois

dispositivos. A lei municipal deu prazo de 120

dias para entrar em vigor, ou seja, começaria

a valer neste mês. Contudo, como a lei

estadual está em vigor na data de sua

publicação (12 de julho de 2019), a norma

municipal perde efeito.

Quando a lei estadual foi sancionada, o

Bragança-Jornal questionou o departamento

jurídico da Câmara sobre o assunto.

'A lei municipal é revogada pela lei estadual

pelo princípio da ordem constitucional, por ser

uma norma superior à municipal. A lei

estadual tem eficácia nos 645 municipais

paulistas', explicou o diretor jurídico da

Câmara, Romeu Pinori Taffuri Júnior.

http://bjd.com.br/v2/cotidiano/governo-

regulamenta-lei-que-proibe-canudos-plasticos-

no-estado/

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Grupo de Comunicação

Veículo: DHoje Interior

Data: 19/10/2019

Procon-SP sera responsável pela fiscalização de lei dos canudinhos

http://cloud.boxnet.com.br/y6mxop9f

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Grupo de Comunicação

Veículo: Jornal do Grande ABC

Data: 19/10/2019

Palavra do leitor

http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?

c=0&n=32602378&e=577

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Grupo de Comunicação

Veículo: G1

Veículo2: Gazeta do rio Pardo

Veículo3: Plantão Diário

Veículo4: EPTV

Data: 19/10/2019

Caconde proíbe entrada de banhistas em represa por suspeita de

contaminação

Prefeitura publicou nota destacando a

preocupação com a saúde da população e

turistas.

A Prefeitura de Caconde (SP) proibiu a entrada

de banhistas na represa Graminha, que está

interditada por suspeita de contaminação.

Segundo o município, desde quarta-feira (16),

as águas estão esverdeadas e, em alguns

pontos, com mau cheiro, podendo oferecer

perigo à saúde pública.

Procurada pelo G1, a assessoria de imprensa

da Companhia Ambiental do Estado de

São Paulo (Cetesb) informou que a represa

é gerenciada pela empresa de energia AES

Tietê e que as licenças ambientais foram

concedidas por órgãos federais.

Em nota, a AES Tietê informou que a

coloração da água está relacionada à

proliferação exacerbada de algas por causa de

poluição, mas que não tem poder de

fiscalização nesses casos (veja abaixo o

posicionamento da empresa na íntegra ).

Situação 'trágica'

Em nota publicada nas redes sociais do

município, a prefeitura informou que a água se

transformou em “um tipo de cola verde e

fétida” e se referiu à situação como “trágica”.

De acordo com a prefeitura, os banhistas

estão proibidos de acessar a região conhecida

como prainha até a altura do bambuzal.

Disse ainda que a situação é questão de saúde

pública e a determinação é uma prevenção até

que tenham um resultado da análise da água.

Segundo a nota, os piscicultores, produtores

rurais, empresários às margens da represa,

pescadores, turistas, e os animais que vivem

no local foram prejudicados.

A situação, segundo a prefeitura, já foi

informada a todos os órgãos responsáveis.

Veja a posição da AES Tietê na íntegra:

A AES Tietê informa que a proliferação

exacerbada de algas na represa Graminha

acontece, principalmente, devido a poluição

difusa e/ou pontual, como por exemplo o

despejo de efluentes não tratados de origem

municipal urbano, industrial e agrícola.

A AES Tietê, como geradora de energia

elétrica, reconhece o seu papel como uma das

usuárias do recurso hídrico, atende todas as

condicionantes estabelecidas pelo órgão

ambiental para desenvolvimento de suas

atividades e entende que a busca pela

preservação dos recursos hídricos é de

extrema importância. A companhia possui

diversos programas ambientais, no entanto,

não possui poder de polícia sobre as fontes de

poluição do Rio Pardo.

https://g1.globo.com/sp/sao-carlos-

regiao/noticia/2019/10/18/caconde-proibe-

entrada-de-banhistas-em-represa-por-

suspeita-de-contaminacao.ghtml

https://gazetadoriopardo.com.br/regionais/cac

onde-proibe-entrada-de-banhistas-em-

represa-por-suspeita-de-

contaminacao/?utm_source=rss&utm_medium

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Grupo de Comunicação

=rss&utm_campaign=caconde-proibe-

entrada-de-banhistas-em-represa-por-

suspeita-de-contaminacao

http://www.plantaodiario.com.br/portal/artigo

s/sao-paulo-sp/2019/10/18/caconde-proibe-

entrada-de-banhistas-em-represa-por-

suspeita-de-contaminacao.html

http://cloud.boxnet.com.br/y24nyxng

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Grupo de Comunicação

Veículo: Diário da Região

Data: 20/10/2019

Coluna do Diário – Licença ambiental

Licenga ambiental - Embora o governo federal

ainda náo tenha autorizado a renovagáo

antecipada oficialmente, ela é dada como

certa. Tanto que a Rumo, com anuencia do

Departamento Nacional de Infraestrutura de

Transportes (Dnit), já protocolou na Cetesb,

órgáo do governo estadual, pedido de licengas

a mbi entais necessári as para o contorno

ferroviario de Rio Preto.

http://cloud.boxnet.com.br/y2qwevtv

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Grupo de Comunicação

Veículo: Primeira Página

Data: 20/10/2019

A São Carlos Ambiental

comprovadamente é referência e tratamento de resíduos

http://cloud.boxnet.com.br/y3zygbxk

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Grupo de Comunicação

Veículo: G1

Data: 20/10/2019

Moradores encontram peixes mortos dentro de lago em condomínio de

Sorocaba

Caso também foi relatado no bairro do Éden,

em outro ponto da cidade. Ainda não se sabe

o que causou a morte dos animais.

Por G1 Sorocaba e Jundiaí

Dezenas de peixes mortos foram encontrados

no lago de um condomínio localizado na zona

leste de Sorocaba (SP), na manhã deste

domingo (20).

Segundo a vizinhança, praticamente todos os

peixes do lago, em torno de 40 a 50 quilos,

morreram. Ainda não se sabe o que causou a

morte dos animais.

De acordo com o diretor do condomínio, o lago

onde os peixes foram encontrados já tem

problemas antigos com poluição constatados

pelo laudo de uma instituição especializada,

além de assoreamento de origens

desconhecidas.

A Polícia Ambiental orientou que os moradores

procurem a Companhia Ambiental do

Estado de São Paulo (Cetesb). O caso

também deve ser repassado para a Secretaria

do Meio Ambiente de Sorocaba.

Outro caso

Moradores do bairro do Éden reclamam do

mesmo problema no Rio Pirajibú-Mirim. De

acordo com uma moradora, há muita sujeira e

peixes mortos no local, situação que se repete

há alguns anos.

"Há três anos este rio está nesta situação em

determinadas épocas do ano. Fizemos uma

denúncia em uma unidade da Casa do

Cidadão, mas até agora nada aconteceu",

comenta Suely de Oliveira.

A Cetesb deve ser acionada esta semana pelos

moradores. O G1 solicitou um posicionamento

do órgão sobre o caso, mas até a divulgação

desta reportagem não obteve resposta.

https://g1.globo.com/sp/sorocaba-

jundiai/noticia/2019/10/20/moradores-

encontram-peixes-mortos-dentro-de-lago-em-

condominio-de-sorocaba.ghtml

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Grupo de Comunicação

Veículo: Rádio CBN

Data: 21/10/2019

Trânsito: Buraco sendo aberto na Avenida Morumbi. Milton Jung pede

ação urgente da CET e Prefeitura

http://cloud.boxnet.com.br/y2v7onrj

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Grupo de Comunicação

Veículo: Rádio CBN

Data: 21/10/2019

Coden inicia elaboração de planos de segurança das quatro barragens

Reservatórios foram considerados como sendo

de alto e médio risco no Relatório de

Segurança de Barragens no Estado

Profissionais da Hydros Engenharia concluíram

na última quinta-feira (17/10) a inspeção em

quatro reservatórios que compõem o sistema

de captação de água de Nova Odessa. As

vistorias nas represas Recanto 1,2 e3e Lopes

2é uma ação preliminar do estudo que

resultarána elaboração dos PSBs (Planos de

Segurança de Barragem), conforme prevê a

Lei Federal n° 12.334/2010. Todos os

reservatórios foram considerados como sendo

de alto e médio risco no Relatório de

Segurança de Barragens no Estado de São

Paulo, divulgado em julho pelo Governo

Estadual.

A empresa paulistana venceu a licitação

aberta pela Coden (Companhia de

Desenvolvimento de Nova Odessa),

responsável pelos serviços de Saneamento no

município, e terá seis meses para concluir o

trabalho, orçado em R$ 210 mil.

0 diretor-presidente da Coden, Ricardo

Ongaro, eo diretor técnico da companhia, Eric

Padela, acompanharam a inspeção na represa

Recanto 1, na manhã da última quinta-feira. 0

reservatório éo maiordo Sistema Recanto e

abriga uma das duas Estações de Captação da

cidade (a outra fica no Jardim São Jorge),

levando água bruta à ETA (Estação de

Tratamento) 1, que funciona na sede da

empresa municipal,no Jardim Bela Vista.

“Nesse primeiro momento, eles conheceram

as barragens, observaram a estrutura ea

topografia. Numa análise preliminar, não

viram nenhum problema nos reservatórios. E

isso é fruto do criterioso trabalho de

acompanhamento que fazemos

constantantemente. A partir de agora, eles

vão fazer levantamentos, análises e todos os

apontamentos necessários para garantir a

segurança das represas”, explicou Ongaro.

Já o diretor técnico da Coden ressaltou a

complexidade da elaboração dos Planosde

Segurança. “Éum trabalho eminentemente

técnico e minucioso, que exige análises

multidisciplinares e estudos hidráulicos e

hidrológicos, geológicos e geotécnicos de

estabilidade”, afirmou Padela.

As inspeções nas quatro barragensforam

realizadas por quatro profissionais da empresa

- dois engenheiros civis, um geólogo e um

técnico projetista -e acompanhadas pelo

encarregado do Departamento Técnico da

Coden, Antônio de Pádua Pisoni Benincasa, eo

técnico em edificações Norberto Luiz Cordeiro.

“A contribuição do senhor Pádua foi muito

importante nesse processo. Afinal, ele

acompanhou a construção das quatro

barragens”, afirmou o engenheiro civil, chefe

da equipe e responsável técnico pelo Plano de

Segurança, Hideaki Ussami. Segundo ele, o

trabalho será desenvolvido em seis etapas,

partindo do levantamento geral de

informações das estruturas ede tudo que

existe no entorno, documentação técnica até a

elaboração do PSB (Plano de Segurança de

Barragem) e do PAE (Plano de Ação de

Emergência) de cada represa.

Após a conclusão dos trabalhos, o Plano de

Segurança de Barragem de Nova Odessa será

encaminhado para avaliação do Daee

(Departamento Estadual de Água e

Energia Elétrica), órgão responsável pela

gestão dos recursos hídricos no Estado. A

água que abastece a cidade é retiradade cinco

represas: Recanto 1,2 e3e Lopes 1e 2. Juntas,

elas têm capacidade para armazenar2,4

bilhões de litros.

RISCO

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Grupo de Comunicação

Os laudos de estabilidade das estruturas

responsáveis pelo abastecimento da população

de Nova Odessa foram exigidos em fevereiro

deste ano pelo Daee, depois da classificação

das barragens do município. Antes do

enquadramento, as represas da cidade

passavam por inspeções periódicas feitas por

engenheiros da Coden, com acompanhamento

e fiscalização do órgão estadual.

Com a classificação de risco, as barragens

passaram a ser enquadradas na lei federal

12.334, de 20 de setembro de 2010. A lei

estabelece a PNSB (Política Nacional de

Segurança de Barragens) e cria o SNISB

(Sistema Nacional de Informações sobre

Segurança de Barragens), plataforma que

reúne informações de barragens de todo país.

http://cloud.boxnet.com.br/y5rb3r5n

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Grupo de Comunicação

Veículo: O Regional

Data: 19/10/2019

Autoridades buscam liberação de recurso para construção de ETE em

Rio das Pedras

Uma comitivadc Rio das Pedras formada pelo

secretário dc Administração e RH. Daniel

Gonçalves, secretário dc Planejamento,

Francisco Eduardo Marrano. c pelo chefe dc

Gabinete. Lucas Carretero. participou de

evento na EsakfUSP dc Piracicaba, onde se

encontraram com o Secretário dc

Desenvolvimento Regional, Marco Vinholi.c

solicitaram com apoio Carlos Defâxari, a

liberação dc R$ 5 milhões a serem financiados

pelo município para a ccnstniçào dc uma

Estação dc Tratamento dc Esgoto (ETE). O

repasse viria cm forma dc financiamento junto

ao DescnvolveSP.

Dc aaiido com o projeto já elaborado pdo

DAEE, a ETE dc Rio dus Pedras terá

quatrolagoas para tratamerto dos esgotas sa

nitários, sendo duas anacrúbias (onde o

esgoto c tratado por bactérias que nào

consomem oxigênio), duas lagoas aeróbias

(onde o esgoto c tratado por

bactériasqueconsomemoxigênio)cdedesinlècçS

o; uma estação elevatória dc esgoto bruto,

linhas dc recalque c emissáriodc esgoto

tratado, com escadas hidráulicasque

favorecema oxiguiação dos efluentes.

A implantação desta ETE vai contribuir dc

maneira efetiva paraapreservaçãoda bacia

dorio Piracicabaccnia remoção 1,7 mil

quilos/diadc carga orgânica que é lançada in

natura do RibeirãoTíjjco

Preto.

“Contar com uma LIE é fundamental para

ccntiniuro afastamentodeesgotoc trata-lo da

maneira correta, longe da área urbana da

cidade Infclizmcntco municipal não dispõe de

recurso» suficientes para a construção

dcestação, por isso a necessidade do

financiamento'’, explicou o secretário dc

Administração e RH. Daniel Gonçalves,quc

estevecomo sípcrirtcndcntc do SAAEi» início du

busca porecscs recursos.

O inicio da construção da ETE ccoircu há oito

anos, com a adesão ao programa Agua Limpa

do Governo do Estado. Contudo, a obra foi

interrompida por falta dc documentação para

instalação da csttção clcvatórii. Devido ao

longo tempo sem manifestação do município.

a verba destinada voltou aos cofres do

Governo Estadual.

“No iníciodo rosso mandato. regularizamos a

documentação necessária c buscou rcctrsos

paraconcluir a obra. Porém, o programa Agua

Limpa foi extintocjuntocomelefoi averba

queRio das Pedras tinha disponível ()caminho

que encontramos foi junto ao Desenvolve Sâo

Paulo, que ira financiar a obra, orçada cm RS

7 milhões. O município entrará com RS 2

milhões, enquanto que o estado irá financiar

RS 5 milhões. A Prefeitura terá 120 meses

para pagaro financiinmto,quenãoterá a

cobrança dc jures. Mas todo esse processo

burocrático tem levado mais tempo do que

gostaríamos. Esperamos que. com a

intervenção do Vinholi. finaImente saia a

liberaçãodo financiamento”, explicou o prefeito

Carlos Defavari.

http://cloud.boxnet.com.br/y5ad2ufq

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Grupo de Comunicação

Veículo: G1

Data: 20/10/2019

Justiça manda Senac demolir construções feitas em área de

preservação em Campos do Jordão

Instalações listadas na decisão, que teve

origem em uma ação do Ministério Público,

são parte do estacionamento, um galpão, um

depósito de ferramentas e a caixa d’água.

Instituição informou que vai cumprir a

determinação.

A Justiça determinou que o Grande Hotel

Senac de Campos do Jordão faça a demolição

de construções feitas sobre área de

preservação ambiental. As instalações

abrangidas na decisão, que teve origem em

uma ação do Ministério Público, são parte do

estacionamento, um galpão, um depósito de

ferramentas e a caixa d’água. A instituição

informou que vai cumprir a determinação (leia

mais abaixo).

A sentença em primeira instância é de julho de

2009, mas só foi ratificada este ano, após

decisão do Supremo Tribunal Federal (STF),

que julgou recurso apresentado pelo Senac

como improcedente. Assim, o processo chegou

à última instância, quando não há mais

possibilidade de recorrer.

Desde a primeira decisão foi determinada a

anulação da autorização emitida pelo

Departamento Estadual de Proteção de

Recursos Naturais (DEPRN) para que as

construções fossem feitas. A autorização foi

concedida em maio de 1998. O DEPRN foi

extinto em 2009 e as atribuições do órgão

passaram a ser de responsabilidade da

Cetesb.

A decisão ainda determina que o entulho

decorrente da demolição das construções deve

ser imediatamente removido e ter destinação

dos resíduos feita de forma adequada.

Também foi determinado que o Estado e

Senac devem realizar a recomposição florestal

da Área de Preservação Permanente (APP)

danificada.

Linha do tempo

Após o resultado do julgamento em primeira

instância, o Senac recorreu à segunda

instância e teve o apelo negado pelo Tribunal

de Justiça de São Paulo. A instituição apelou

com um recurso especial ao Superior Tribunal

de Justiça (STJ), que também foi rejeitado em

2018. Por fim, o STF negou, em agosto de

2019, andamento ao agravo apresentado pela

entidade.

O Ministério Público chegou a propor um

Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), que

foi rejeitado pelo Senac. A entidade

apresentou uma contraproposta de fazer a

reparação compensatória em outra área, o

que foi considerado como insuficiente para

reparação do dano ambiental.

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Grupo de Comunicação

Curiosamente, segundo os autos, o caso veio

à tona quando o MP recebeu uma denúncia

feita por um diretor da instituição sobre

vizinhos do Grande Hotel Senac que estariam

destruindo a vegetação nas imediações. Ao

solicitar um laudo de vistoria técnica foi

constatado que a área utilizada como

estacionamento do Senac fazia parte da APP.

Com o esgotamento de recursos jurídicos, o

Ministério Público informou que vai apresentar

um pedido de cumprimento da sentença.

Originalmente, a decisão previa a demolição

em 120 dias do trânsito em julgado.

O que diz o Senac

Procurado pela reportagem, o Senac informou

que “está tomando todas as providências

necessárias para o cumprimento da decisão

judicial que anulou a autorização emitida pelo

extinto Departamento Estadual de Proteção de

Recursos Naturais”.

https://g1.globo.com/sp/vale-do-paraiba-

regiao/noticia/2019/10/20/justica-manda-

senac-demolir-construcoes-feitas-em-area-de-

preservacao-em-campos-do-jordao.ghtml

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Grupo de Comunicação

Veículo: Garça online

Data: 20/10/2019

Programa Via Rápida Empresa está migrando para a REDE SIM

O programa Via Rápida Empresa está

migrando para a Rede SIM e passa por um

período de transição, portanto, as prefeituras

não estão tendo acesso ao novo sistema em

sua totalidade.

Segundo o diretor do Departamento de

Fiscalização de Posturas, Marcos Roberto

Pellate, até o momento é possível acessar

somente a consulta de viabilidade, dificultando

o prazo determinado de dois dias para

resposta, pois só é possível ter acesso ao

cadastro da empresa.

O diretor disse ainda que, não está sendo

possível acessar o sistema de licenciamento de

forma digital perante os órgãos licenciadores

estaduais, como Cetesb e Bombeiros (Auto de

Vistoria do Corpo de Bombeiros) e, também,

perante a Prefeitura (Vigilância Sanitária),

onde seria possível ter acesso às informações

quanto às autorizações de funcionamento pela

internet.

“Pedimos a compreensão, pois a Jucesp (Junta

Comercial do Estado de São Paulo), está

tomando as providências necessárias para

solucionar os problemas”, finalizou o diretor.

https://garcaonline.com.br/2019/10/programa

-via-rapida-empresa-esta-migrando-para-a-

rede-sim

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Veículo: A Tribuna de Ribeirão

Data: 18/10/2019

Seminário discute a economia da

RMRP

A prefeitura e a Associação Comercial e

Industrial de Ribei­rão Preto (Acirp)

promovem, na próxima segunda-feira, 21 de

outubro, o seminário “Investe RP SP –

Diálogos & Oportuni­dades”, com o objetivo de

de­bater propostas para acelerar o

desenvolvimento econômico da Região

Metropolitana (RMRP), responsável por cerca

de 2,95% das riquezas produzidas no País,

segundo estudo do Instituto Brasileiro de

Geografia e Esta­tística (IBGE) sobre o

Produto Interno Bruto (PIB) de 2016 – o mais

recente.

O evento será no período da manhã, das 8h30

às 12 horas, com entrada franca. Quem

com­parecer poderá acompanhar três

palestras que terão como moderador o

prefeito Duarte Nogueira Júnior (PSDB),

tam­bém presidente do Conselho de

Desenvolvimento da RMRP. A primeira

palestra, às 9h30, será “Licenciamento e

Simplificação”, ministrada por Patrícia Iglesias,

diretora presidente da Compa­nhia de

Tecnologia Ambiental do Estado de São Paulo

(Ce­tesb), e terá como debatedores o

presidente da Acirp, Dorival Balbino, e a

secretária municipal de Meio Ambiente, Sônia

Valle Walter Borges de Oliveira.

Às 10h15 ocorre a palestra “Linhas de

Financiamento”, mi­nistrada por Ana Paula

Shuay, superintende de Negócios – Setor

Privado, do Desenvolve SP, tendo como

debatedores André Fávero, subsecretário de

Competitividade da Indústria, Comércio e

Serviços, e Edsom Ortega, secretário

municipal de Planejamento e Gestão Pública.

A terceira palestra, “Eixos de Desenvolvimento

da Região Metropolitana de Ribeirão Pre­to e

Oportunidades”, começa às onze horas e será

ministrada por Wilson Melo, presidente da

Investe SP, tendo como de­batedores André

Fávero, sub­secretário de Competitividade da

Indústria, Comércio e Ser­viços; Nelson Rocha

Augusto, economista e presidente do Ban­co

Ribeirão Preto, e Guilherme Feitosa, diretor

regional do Cen­tro das Indústrias do Estado

de São Paulo (Ciesp).

O seminário será na sede da Acirp, no

Auditório Amin Antônio Calil, na rua Visconde

de Inhaúma nº 489, sexto andar, no Centro. A

inscrição deve ser feita no site

https://www.acirp.

com.br/eventos/evento_list. php?cod=1416. O

evento tem o apoio do Ciesp e do Sindicato do

Comércio Varejista de Ribeirão Preto e Região

(Sincovarp). A Região Metropolitana de

Ribei­rão Preto (RMRP), formada por 34

cidades, tem uma população de 1.720.469

habitantes, cres­cimento de 1,05% em relação

aos 1.702.479 do ano passado, segundo

estimativa do IBGE di­vulgada em 29 de

agosto.

Houve um acréscimo de 17.990 moradores no

período. O índice de crescimento foi infe­rior

ao de 2018, quando a popu­lação da RMRP

avançou 1,4%. A metrópole é a mais

populosa, com 703.293 pessoas. Ribeirão

Preto também é a 23ª cidade que mais produz

riquezas no País, mas é apenas a 414ª no

ranking do PIB per capita. Segundo o estudo,

em 2016, quando a cida­de tinha 674.405

habitantes de acordo com o próprio IBGE, o

Produto Interno Bruto da cida­de era de R$

29,98 bilhões, o 23º do Brasil.

A participação de Ribeirão Preto na produção

das riquezas nacionais é de 0,48% – era de

0,46% em 2015 e de 0,49% no período

anterior. No ranking estadual, a cidade, que

havia galgado uma posição entre 2014 e

2015, subindo do 11º para o 10º lugar – era o

12ª em 2013 –, agora voltou para o 11º lugar

. A participação do PIB ribeirão­-pretano no

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Grupo de Comunicação

Estado é de 1,43%, contra 1,44% do estudo

anterior.

Ribeirão Preto perdeu onze posições no

ranking do PIB per capita – divisão da

produção lo­cal pelo número de habitantes – e

caiu do 403º para o 414º lugar.

O valor que cada trabalha­dor da cidade

recebe por ano, no entanto, aumentou 6,5%,

de R$ 41.736,07 em 2015 para R$ 44.463,80

em 2016, acréscimo de R$ 2.727,73 – pelo

valor atual (R$ 954), são quase três salários

mínimos a mais.

Compõem a RMRP as ci­dades de Altinópolis,

Barrinha, Batatais, Brodowski, Cajuru, Cássia

dos Coqueiros, Cravi­nhos, Dumont, Guariba,

Gua­tapará, Jaboticabal, Jardinópolis, Luis

Antônio, Mococa, Monte Alto, Morro Agudo,

Nuporanga, Orlândia, Pitangueiras, Pontal,

Pradópolis, Ribeirão Preto, Sales Oliveira,

Santa Cruz da Espe­rança, Santa Rita do

Passa Qua­tro, Santa Rosa de Viterbo, Santo

Antônio da Alegria, São Simão, Serra Azul,

Serrana, Sertãozi­nho, Taiuva, Tambaú e

Taquaral.

https://www.tribunaribeirao.com.br/site/semin

ario-discute-a-economia-da-rmrp/

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Veículo: Negócios em Movimento

Data: 18/10/2019

Abrafiltros entrega Relatórios Anuais aos governos estaduais com

resultados do programa Descarte Consciente em 2018

A Abrafiltros – Associação Brasileira das

Empresas de Filtros e seus Sistemas –

Automotivos e Industriais, entregou às

Secretarias Estaduais de Meio Ambiente de

São Paulo, Paraná e Espírito Santo, os

Relatórios Anuais de 2018 do Descarte

Consciente Abrafiltros, programa de logística

reversa de filtros usados do óleo lubrificante

automotivo.

Somados todos os relatórios estaduais e

clipping impresso, o trabalho totaliza 1.485

páginas e apresenta informações detalhadas

do programa, seguindo as determinações

legais.

“O programa Descarte Consciente Abrafiltros

vem avançando e cumprindo as metas

estabelecidas pela lei, em prol do meio

ambiente. É uma referência em sistemas de

logística reversa”, comenta João Moura,

presidente da Abrafiltros.

É importante ressaltar que a Abrafiltros já

havia entregue em março, os dados do

Relatório Anual de Sistema de Logística

Reversa para o Estado de São Paulo, conforme

prevê a Decisão de Diretoria Cetesb

07/2018/C. “Os relatórios anuais entregues a

partir do final de agosto seguem o padrão da

Abrafiltros e apresentam todos os dados

comprobatórios da rastreabilidade do sistema,

como planilhas de coleta, notas fiscais de

remessa, certificados de coprocessamento e

ações de comunicação, que garantem a

confiabilidade do programa para os órgãos

ambientais e empresas associadas

participantes”, explica Marco Antônio Simon,

gestor do programa.

Criado em julho de 2012 em São Paulo, o

programa, que se estendeu ao Paraná em

fevereiro de 2013, e Espírito Santo em 2015,

já reciclou mais de 15 milhões de filtros

usados do óleo lubrificante automotivo até

agosto de 2019. Em 2020, a previsão é de

implementar também no Mato Grosso do Sul,

a depender da aprovação governamental da

proposta de implantação e tramitações legais,

em atendimento à legislação.

No processo de reciclagem, o metal é

encaminhado para siderúrgicas; o óleo

contaminado para rerrefino; e os demais

componentes para coprocessamento em

cimenteiras (geração energética). O programa

é totalmente custeado pelas empresas

participantes do sistema e não há qualquer

tipo de retorno financeiro.

Atualmente, 16 empresas fazem parte do

programa: Cummins Filtration do Brasil;

Donaldson do Brasil Equipamentos Industriais

Ltda.; Ford Motor Company; General Motors

do Brasil Ltda.; Hengst Indústria de Filtros

Ltda.; Magneti Marelli Cofap Fabricadora de

Peças Ltda.; Mahle Metal Leve S.A.;

Mann+Hummel do Brasil Ltda./Filtros Wix;

Parker Hannifin Indústria e Comércio Ltda. –

Divisão Filtros; Poli Filtro Indústria e Comércio

de Peças para Autos Ltda.; Rheinmetall

Automotive – Motorservice Brazil; Robert

Bosch Ltda.; Scania Latin América Ltda;

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Grupo de Comunicação

Sofape Fabricante de Filtros Ltda./Tecfil;

Sogefi Filtration do Brasil Ltda./Filtros Fram; e

Wega Motors Ltda.

A Abrafiltros reforça a importância em aderir

ao programa, já que o cumprimento da

legislação e a implantação de sistemas de

logística reversa são condicionantes para a

emissão e renovação das licenças de operação

no Estado de São Paulo. Além disso, há

sanções e multas para quem não cumprir as

leis. Informações no site:

www.abrafiltros.org.br/descarteconsciente

http://www.negociosemmovimento.com.br/ne

gocios/abrafiltros-entrega-relatorios-anuais-

aos-governos-estaduais-com-resultados-do-

programa-descarte-consciente-em-2018/

https://www.reparacaoautomotiva.com.br/sin

gle-post/2019/10/18/Abrafiltros-entrega-

Relat%C3%B3rios-Anuais-aos-governos-

estaduais-com-resultados-do-programa-

Descarte-Consciente-em-2018

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Veículo: Prefeitura de Santo André

Data: 18/10/2019

Coleta de lixo e limpeza pública estão entre os serviços mais bem avaliados

pelo morador de Santo André

Coleta de lixo e limpeza pública estão entre os

serviços mais bem avaliados pelo morador de

Santo André

Munícipes ouvidos por instituto de pesquisa

afirmam ter alto grau de satisfação com o

trabalho, que é de responsabilidade do

Semasa

Santo André, 18 de outubro de 2019 - A

qualidade da gestão dos resíduos sólidos em

Santo André voltou a ser reconhecida pela

população, segundo pesquisa do instituto

Indsat (Indicadores de Satisfação de Serviços

Públicos). O mais recente levantamento,

divulgado esta semana, informa que a limpeza

pública na cidade alcançou o Alto Grau de

Satisfação. Já a coleta de lixo é considerada o

melhor serviço público de Santo André entre

16 pesquisados, com moradores também

atestando Alto Grau de Satisfação.

"O bom desempenho dos serviços públicos em

Santo André denota a atenção da

administração à zeladoria do município,

resultado de um novo modelo de gestão

implantado em 2017, que reduziu cerca de

80% as dívidas da cidade e permitiu investir

em infraestrutura", afirmou o prefeito Paulo

Serra.

Há 20 anos, a coleta e destinação de lixo em

Santo André passou a ser realizada pelo

Semasa (Serviço Municipal de Saneamento

Ambiental de Santo André). Desde então, a

cidade investe na coleta seletiva e na

ampliação da qualidade dos serviços prestados

à população.

"Estamos felizes com este reconhecimento

pela população. Neste último ano, estamos

com nossas equipes ainda mais centralizadas

na limpeza da cidade, o que certamente

contribui para a satisfação dos moradores com

os serviços do Semasa", afirmou o

superintendente da autarquia, Almir Cicote.

Atualmente, os caminhões de recicláveis, ou

secos, passam em todas as ruas da cidade

pelo menos uma vez por semana. A coleta de

secos é reforçada por 21 ecopontos, onde os

moradores podem deixar, gratuitamente, não

apenas recicláveis, mas também resíduos

volumosos, como pneus, madeira,

eletrodomésticos e eletrônicos, entulho, sofás

e colchões. O índice de reaproveitamento de

resíduos na cidade cresceu mais de 140% na

atual gestão e alcança 30% do total.

Santo André é a única do ABC que tem aterro

sanitário municipal, com uma das melhores

notas concedidas pela Cetesb em toda a

região metropolitana de São Paulo: 9,4. A

totalidade dos resíduos úmidos gerados na

cidade vai para o aterro público, o que reduz

gastos da municipalidade com a disposição em

locais privados.

Já na varrição, são 8.600 km de vias públicas

limpas todo mês e a cidade ainda possui cerca

de 5.500 papeleiras de rua instaladas.

Segundo o Indsat, para a elaboração de cada

uma das pesquisas são ouvidos 400

moradores. No 3º trimestre deste ano, 56%

afirmaram que a limpeza pública na cidade é

ótima ou boa. Sobre a coleta de lixo, a

pesquisa foi elaborada no 2º trimestre e 84%

dos entrevistados a consideraram ótima e boa.

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Grupo de Comunicação

Veículo: Rádio 94 fm

Data: 19/10/2019

Cerca de 1.300 ex-funcionários da Ajax seguem sem receber seus

direitos

POR EMERSON LUIZ ON 18 DE OUTUBRO DE 2019 Quatro anos depois da falência decretada pela

Justiça, a situação da Acumuladores Ajax

segue indefinida para ex-funcionários e

também em relação aos patrimônios da

empresa. No mês de setembro, a Cetesb

aplicou quatro multas para a empresa, por

descontinuidade dos trabalhos nas áreas

contaminadas.

Mais informações com o repórter Emerson

Luiz.

A Ajax teve a falência decretada em outubro

de 2015 e 1.300 trabalhadores ainda não

receberam seus direitos trabalhistas.

https://94fm.com.br/cerca-de-1-300-ex-

funcionarios-da-ajax-seguem-sem-receber-

seus-direitos/

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Grupo de Comunicação

Veículo: Correio Popular

Data: 19/10/2019

Cavernas são para as crianças

http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?

c=0&n=32598275&e=577

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Grupo de Comunicação

Veículo: Jornal da Cidade

Data: 20/10/2019

Poupatempo das prefeituras' é

licitado

O edital para a reforma do prédio do DER foi

publicado há dois dias; local reunirá dez

secretarias e 14 órgãos estaduais

Em visita recente a Bauru, o secretário Marco

Vinholi mostrou como deverá ficar o prédio

A Secretaria de Desenvolvimento Regional do

Estado de São Paulo começou, na última

sexta-feira, a licitar a reforma do prédio do

Departamento de Estradas de Rodagem

(DER), em Bauru. O local abrigará o

"Poupatempo das prefeituras". O serviço,

intitulado Canal Direto SP Perto, reunirá dez

secretarias e 14 órgãos estaduais para facilitar

a vida dos prefeitos de 39 municípios da

região.

O titular da pasta, Marco Vinholi, esteve no

município para anunciar o projeto, em julho.

"Mais de 300 repartições públicas, prédios

antigos, funções que não são mais necessárias

serão transformados em 15 escritórios

regionais, com eficiência, tecnologia e

sobretudo que possibilitarão mais

investimentos aos municípios do Interior do

Estado de São Paulo", afirmou Vinholi.

Porém, o projeto piloto ocorrerá em Bauru,

devido à sua importante localização

estratégica, acrescenta o secretário Executivo

da Secretaria do Desenvolvimento Regional,

Rubens Cury. "O novo espaço aproximará o

governo estadual das prefeituras e,

consequentemente, da população", argumenta

Cury.

A pasta desembolsará cerca de R$ 9,3

milhões. A expectativa é de que o

"Poupatempo das prefeituras" comece a

funcionar dentro de 9 meses, contados a partir

do resultado da licitação.

Além de ajudar os prefeitos nos trâmites junto

ao governo estadual, outro benefício da

iniciativa diz respeito à redução de custos, fato

que levará a uma economia de até R$ 90

milhões aos cofres públicos. Coordenado por

Lea Zorzete, o projeto vem sendo

desenvolvido desde o governo Mário Covas

(PSDB), mas só agora conseguiu sair do papel.

ESTRUTURA

A sede do DER possui 19 mil metros

quadrados e muitas salas estão paradas. Logo,

a iniciativa não deverá atrapalhar a prestação

dos serviços. Em Bauru, o novo prédio

receberá as seguintes secretarias e os seus

respectivos órgãos estaduais: Agricultura e

Abastecimento (EDR e EDA), Desenvolvimento

Econômico (CRT), Desenvolvimento Regional

(subconvênios), Desenvolvimento Social

(Drads), Esportes (DREL), Governo (Iamspe,

Fundo Social, Artesp, Superintendência do

Detran.SP e Defesa Civil), Direitos da Pessoa

com Deficiência, Habitação (CDHU),

Infraestrutura e Meio Ambiente (Cetesb,

DAEE) e Meio Ambiente, Logística e

Transportes (DER).

SERVIÇO

O "Poupatempo das prefeituras" ficará na sede

do DER, situado na avenida Cruzeiro do Sul,

13-15.

http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?

c=0&n=32618720&e=577

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Grupo de Comunicação

Veículo: Jornal da Cidade Bauru

Data: 20/10/2019

São Paulo ficará sem canudos

plásticos no início de 2020

Agora, não tem volta. O governador João

Doria, o secretário de Estado de Infraestrutura

e Meio Ambiente, Marcos Penido, e o

presidente da Fundação de Proteção e Defesa

do Consumidor (Procon-SP), Fernando Capez,

assinaram em conjunto o decreto que proíbe o

fornecimento de canudos confeccionados em

material plástico no Estado de São Paulo. A

medida entrará em vigor em 120 dias.

O que diz a lei

A lei veda a distribuição de canudos de

plásticos em estabelecimentos comerciais

como hotéis, bares, restaurantes, padarias e

clubes, entre outros, além de orientar para a

utilização desse objeto confeccionado em

papel reciclado, material comestível ou

biodegradável.

Meio ambiente preservado

Segundo o Procon, as multas poderão variar

de R$ 530,60 a R$ 5.306,00 (no caso de

reincidências). "O objetivo dessa lei não visa

meramente à punição, mas sim sensibilizar as

pessoas sobre a responsabilidade de cada um

no cuidado com o meio ambiente", diz Penido.

Os canudos plásticos estão provocando

enormes danos à fauna marinha e a

colocação, nas praias e nos estabelecimentos,

de lixos inorgânicos, incapazes de serem

absorvidos organicamente, segundo Capez.

Menos dinheiro, menos noivos

Pelo terceiro ano consecutivo, o número de

casamentos legais caiu no Estado de São

Paulo. A tendência de queda vem se

acentuando depois de um período de alta nos

casamentos, especialmente de 2003 em

diante. Em 2016, porém, teve início a queda,

o que coincide com a crise econômica do país.

De acordo com estatísticas do Registro Civil do

Estado de São Paulo, elaboradas pela

Fundação Seade, em 2018 foram feitos

279.899 registros de casamento, quase 12 mil

a menos do que em 2017, quando foram

contadas 291.943 uniões, o que significou

queda de 4%. (Leia à página 27)

Mais velhos

A média de idade dos noivos também tende a

aumentar. Em 2017, a média era de 33,9 anos

para homens e de 31,3 anos, para mulheres.

No ano passado, a média passou para 34,7

anos para os homens e 32,1 anos para as

mulheres. Os dados são baseados em

registros dos cartórios civis.

Laranja em alta

As exportações de suco de laranja brasileiro

tiveram uma alta de 33% no primeiro

trimestre da safra 2019/20, em relação ao

mesmo período da temporada passada. Os

embarques do Brasil, maior exportador global

de suco de laranja, atingiram 291.767

toneladas entre julho e setembro, registrando

receita de 508,4 milhões de dólares no

período, alta de 23% ante o primeiro trimestre

da safra anterior.

Notícia positiva

Repercute bastante nos meios médicos

científicos a notícia, divulgada oficialmente na

última semana, sobre tratamento inovador

contra o câncer, feito com células

reprogramadas do próprio paciente e inédito

na América Latina, conduzido por

pesquisadores do Centro de Terapia Celular da

USP em Ribeirão Preto.

Remissão comprovada

A novidade bombou depois que um paciente,

funcionário público aposentado, morador de

Belo Horizonte, recebeu a informação de que

um exame de imagem constatou que o

linfoma em fase terminal, que dava como

prognóstico a ele apenas mais um ano de

vida, tinha entrado em remissão total, ou seja,

sem nenhum sinal de células cancerígenas. O

paciente recebeu alta no último dia 12 e deve

retornar a Ribeirão em três meses para

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Grupo de Comunicação

refazer os exames. Mas só será considerado

"curado", de fato, se durante os próximos

cinco anos não surgirem indícios de novas

células cancerígenas. Esse é o protocolo usual

no caso desse tipo de doença.

https://www.jcnet.com.br/opiniao/colunistas/c

ontexto_paulista/2019/10/700524-sao-paulo-

ficara-sem-canudos-plasticos-no-inicio-de-

2020.html

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Grupo de Comunicação

Veículo: Rádio CBN Ribeirão Preto

Data: 19/10/2019

Cetesb é acionado após vazamento de 5 mil litros de combustível provocado

por acidente entre ônibus e caminhão

Oito e quarenta e três quatro vítimas de um

acidente entre um ônibus e um caminhão

carregado com combustível.

Seguem internadas em hospitais da região o

acidente aconteceu na madrugada de ontem

no quilômetro duzentos e trinta da rodovia

Anhanguera a sp trezentos e trinta e um

trecho de porto a Ferreira. No sentido capital

segundo apurou o jornal da ipê tv

Três pessoas estão internadas no hospital

Dona Balbina em Porto Ferreira e uma foi

trazido aqui para Ribeirão Preto o hospital da

vítima de Ribeirão Preto. Não foi informado os

passageiros que não tiveram ferimentos já

estão em suas casas se recuperando desse sus

que foi com acidente bastante grave a viação

cometa informou EPTV que tá prestando

assistência às vítimas.

Doze pessoas ficaram feridas nesse acidente

né houve vazamento de cinco mil litros de

combustível na pista e a polícia militar

rodoviária. Precisou acionar a Cetesb que a

companhia ambiental de São Paulo

exatamente por esse vazamento né que isso

pode provocar. Sérios danos ao meio

ambiente o ônibus saiu de Franca e a via

precisou ser interditada o congestionamento

ontem chegava a cinco quilômetros já no início

da manhã.

Esse e outros assuntos você acompanha aqui

na CBN Ribeirão em noventa ponto cinco e se

você sentiu alguma complicação ainda o

trânsito embora hoje seja sábado.

http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?

c=0&n=32616951&e=577

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Grupo de Comunicação

Veículo: Record News

Data: 19/10/2019

Mancha escura aparece na praia do

Guarujá

http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?

c=0&n=32616991&e=577

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Grupo de Comunicação

Veículo: GC Net

Data:

Avenida do Aeroporto ganha novo

projeto

Após 6 anos, via é alvo de um TAC. Cabeceira

da avenida deve ser rebaixada para receber

iluminação

Após enfrentar problemas ambientais,

embargos e seis anos de espera, a nova

avenida de acesso ao complexo dos bairros do

Aeroporto pode, enfim, sair do papel. O

projeto da obra, orçada em R$ 4 milhões,

precisou passar por algumas transformações

para que fosse assinado um TAC (Termo de

Ajustamento de Conduta) nessa semana,

entre a Prefeitura e a Promotoria de Justiça,

para solucionar alguns entraves.

Primeiramente, seria construída uma outra via

próxima a já existente avenida Euclides Vieira

Coelho que, pela proximidade da pista do

Aeroporto “Tenente Lund Presotto”, não pode

ser ampliada ou iluminada.

A obra inicial iria atingir uma área de

recreação e de proteção ambiental, por isso

sua construção ficou inviabilizada. Já a

adequação atual prevê o alargamento e o

afundamento da avenida Euclides Vieira

Coelho, que também seria regularizada com a

alteração do projeto.

“Essa avenida hoje é clandestina e sem

iluminação. Ela será dobrada com outra

paralela, ficando com aproximadamente 40

metros de largura, também já incluso uma

ciclovia. No rumo da cabeceira da pista do

aeroporto ela será rebaixada 7 metros para

ser iluminada e não atrapalhar pousos e

decolagens de aviões”, explicou Claudinei da

Rocha (PSB), vereador que luta pela melhoria

há anos.

Com a assinatura do TAC, o parlamentar vê

suas esperanças renovadas. “Para mim, é uma

alegria, porque há muitos anos trabalho para

essa avenida ser construída. Ainda não perdi a

fé. Espero vencer as dificuldades e, em março,

no fim das chuvas, espero que essa avenida

possa ser iniciada. Se dependesse de mim, ela

estaria pronta”, disse.

A nova avenida ajudará no acesso aos bairros

Jardim Aeroporto I, III e Santa Bárbara,

proporcionando mais segurança aos milhares

de pedestres, ciclistas, motoristas e

motociclistas. “ Com a aprovação do projeto

atendendo as exigências da Cetesb, o

promotor fará outro TAC autorizando a

construção da avenida. Passa a ser agora um

projeto único que vai solucionar vários

aspectos no local”, garante o vereador.

O Poder Executivo terá 90 dias para protocolar

junto à Cetesb (Companhia Ambiental do

Estado de São Paulo) o novo projeto. Por

fim, há ainda que se garantir os recursos e

licitar a obra.

https://gcn.net.br/noticias/403307/franca/201

9/10/avenida-do-aeroporto-ganha-novo-

projeto-

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Veículo: A Tribuna

Data: 19/10/2019

Entrada de Santos passa por serviço

de descontaminação de solo

Plano é transformar a área do antigo posto de

combustíveis Marilu, na Nossa Senhora de

Fátima com Martins Fontes, em uma base da

Polícia Militar, Guada Municipal e CET

Empresa terá 180 dias para trabalhar no local,

onde será construída uma base da PM, dentro

do programa Nova Entrada de Santos

Com um custo superior a R$ 1,5 milhão, a

Prefeitura de Santos contratou uma empresa

especializada para investigação e remediação

de área contaminada, localizada na esquina

das Avenidas Nossa Senhora de Fátima e

Martins Fontes. No endereço, recém-

desapropriado pelo Poder Público, funcionou o

Marilu, tradicional posto de combustível. Os

planos são de instalar ali uma base da Polícia

Militar, Guada Municipal e CET.

O extrato do contrato foi publicado na edição

de quinta-feira (17) do Diário Oficial de

Santos. Conforme a publicação, a empresa

Ambplus Soluções Ambientais terá 180 dias

para fazer a limpeza da área possivelmente

contaminada. Segundo a Prefeitura, a ação

ficará concentrada “nas estruturas

subterrâneas que abasteciam as bombas de

combustíveis e que precisam ser removidas

para a utilização da área”.

Uma pesquisa da Cetesb indica os postos de

combustíveis como os maiores responsáveis

pela contaminação do solo nas cidades. Isso

ocorre por meio de vazamento de

combustíveis e gases decorrente da má

instalação dos tanques subterrâneos – muitos

dos quais não têm proteção contra corrosão.

Levantamento da ONG Terra Brasil Ambiental

cita que as empresas vêm investindo em

tanques mais seguros, visto que o custeio em

melhores instalações é bem menor do que o

gasto com reparações dos problemas

ocasionados pela contaminação do solo e da

água.

“A Administração frisa que não há riscos à

população do bairro. A contratação da

empresa é justamente para a avaliação do

local, que deve ocorrer nos próximos dias”,

informa a Prefeitura, por meio de nota.

Detalhes

Contudo, a Administração santista reconhece

que devido às características do antigo

comércio no local, é necessário “realizar o

processo de descomissionamento (desativação

de linha de produção ou de armazenamento

de material com potencial contaminante) e

encerramento do empreendimento junto à

Cetesb”.

Por essa razão, foi apresentada à Cetesb a

lista dos procedimentos para que se investigue

a área e depois possa ser utilizada. “Em tese,

todo estabelecimento deste tipo é considerado

fonte poluidora do solo e das águas, devendo

ser monitorado”, continua o comunicado da

Prefeitura.

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Grupo de Comunicação

Entrada

As intervenções fazem parte do pacote de

obras denominado Programa Nova Entrada de

Santos.

A iniciativa tem por princípio a melhoria da

mobilidade urbana, da segurança e da

qualidade de vida.

O terreno em questão será utilizado também

na implantação de bases da Polícia Militar

(PM), da Companhia de Engenharia de Tráfego

(CET) e da Guarda Civil Municipal (GCM).

https://www.atribuna.com.br/cidades/santos/

entrada-de-santos-passa-por-servi%C3%A7o-

de-descontamina%C3%A7%C3%A3o-de-solo-

1.72000

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Veículo: A Tribuna – Turismo

Data:

Caixa d'água é um símbolo

Em 1950, um novo reservatório de água foi

construído em Mogi das Cruzes. O

equipamento, já nos anos 60, com a criação

do Serviço Municipal de Águas e Esgoto

(Semae), por meio da Lei Municipal 1.613, de

7 de novembro de 1966, passou a ser utilizado

pela autarquia. Tinha capacidade para 600 mil

litros de água e, naquela época, era capaz de

abastecer todo o município. Hoje, o

reservatório quase não tem sem uso. Mesmo

assim, continua lá, intacto, como um ícone

que pode ser visto de vários pontos da cidade.

A antiga caixa d'água, entretanto, se tornou

um símbolo mogiano, assim como o Semae.

Em 2016, a autarquia completou 50 anos e,

para comemorar o cinquentenário, a prefeitura

confeccionou um livro, escrito pelos jornalistas

Julio Nogueira, Luiz Maritan e Marco Aurélio

Sobreiro, que conta a história da empresa.

'O Semae tem muita identificação com Mogi.

Tanto que a imagem da caixa d'água se tornou

um símbolo. E o mogiano sente o Semae como

um patrimônio da cidade', ostentou o diretor

do Semae, Glauco Silva.

Crise hídrica

Durante a entrevista, o dirigente contou ainda

que o susto provocado pela crise hídrica, em

2015, serviu de lição, tanto para a autarquia

como para a conscientização da população. A

partir daquela época, o Semae mudou uma

série de protocolos. 'Mudaram atitudes, não só

aqui, mas da população também. Percebemos

hoje que as pessoas se preocupam mais

quando presenciam um vazamento de água,

por exemplo. Elas querem que o problema

seja resolvido rapidamente. Antes eu creio que

tivesse uma certa conformidade. Há uma

conscientização da população da real

importância A propósito, a água - um dos

principais recursos naturais do planeta - já era

assunto na infância do diretor do Semae. O

pai dele, por uma grande coincidência, foi

funcionário do Departamento de Águas e

Energia Elétrica, o DAEE. 'Eu morei por muitos

anos na barragem de Taiaçupeba. Morei lá por

17 anos. Depois que meu pai se aposentou,

nós viemos morar no centro de Mogi. Hoje, ele

tem 85 anos. O mais bacana nisso tudo é que

eu acabo me relacionando com muitos

funcionários destes órgãos institucionais,

DAEE, a Cetesb (Companhia Ambiental do

Estado de São Paulo), e tem muita gente

remanescente da época do meu pai. Tem até

gente que eu conheci quando era criança.

Muito. legal isso', finalizou.

http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?

c=0&n=32619502&e=577

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Grupo de Comunicação

Veículo: Correio de Itapetininga

Data: 18/10/2019

Mais de 14mil toneladas de lixoforam

retiradas da rede de esgoto

http://cloud.boxnet.com.br/y44ghbyg

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Grupo de Comunicação

Veículo1: Prefeitura de Guarulhos

Veículo2: Guarulhos Hoje

Data: 18/10/2019

Defesa Civil realiza desafio de

salvamentos em diversos cenários

A 9ª edição do Desafio Cross da Defesa Civil

testou habilidades físicas e técnicas para

salvamentos em terra, altura e água no

Parque Estadual da Cantareira - Núcleo

Cabuçu, nesta sexta-feira (18). Com apoio do

SAMU, Tiro de Guerra, GCM, Sabesp e NBR

Treinamentos, cerca de 50 pessoas

percorreram a mata para cumprir com êxito

todos os procedimentos de socorros.

Divididos em doze equipes, a atividade iniciou

com a corrida de 1 km entre todos os

participantes. O agente de Defesa Civil,

Ivanildo da Silva, acredita que a preparação

física é um ponto importante para enfrentar as

ocorrências. "Devemos nos preparar

fisicamente e psicologicamente para lidar com

a época de muita chuva e riscos de desastres

naturais, como as enchentes", explica.

O monitor do Tiro de Guerra, Teodoro Inácio,

ficou em 3º lugar na corrida. "Participamos do

desafio sempre que podemos, dessa vez foi

bem longo, eu e meus companheiros

estávamos bem dispostos e foi uma boa

corrida, cheguei em terceiro lugar",

comemora.

Após a corrida, todos os times continuaram as

provas em terra com o atendimento de

primeiros socorros para vítimas de traumas

físicos. Com monitoramento do Samu, os

participantes realizaram a imobilização das

vítimas para transporte em maca. Segundo

um dos avaliadores da atividade, Demitrius

Bellezo, do Núcleo de Educação Permanente

(NEP), o Samu avalia os primeiros socorros de

modo técnico, observando se os equipamentos

foram utilizados adequadamente e se a

abordagem à vítima está dentro das normas

exigidas, assim como é feito no dia a dia.

Outro desafio foi em altura, realizado por um

circuito em rapel e falsa baiana. O objetivo é

compreender o salvamento de vítimas em

diversos cenários. "É uma atividade com

muitas técnicas para que estejamos

preparados e não esqueçamos os

procedimentos de segurança", salientou o

instrutor Rodolfo Aquino, instrutor da NBR

Treinamentos, que auxiliou a Defesa Civil no

oferecimento de equipamentos e montagem

da estrutura de cordas

A atividade foi finalizada com o carregamento

de vítima em trilha e o salvamento em água,

realizado com botes e equipamentos salva

vidas. "É sempre muito bom interagir com a

Defesa Civil e o Tiro de Guerra pelo bem da

população. No dia a dia, podemos participar

de ocorrências como as que foram simuladas

hoje. Aqui adquirimos habilidades para

enfrentá-las", enalteceu Graciele Santos,

bombeiro civil do Arco de Fogo.

Imagens - Fábio Nunes Teixeira / PMG

https://www.guarulhos.sp.gov.br/index.php/ar

ticle/defesa-civil-realiza-desafio-de-

salvamentos-em-diversos-cenarios

https://www.guarulhosweb.com.br/noticia/360

160/Defesa+Civil+realiza+desafio+de+salvam

entos+em+diversos+cenarios

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Grupo de Comunicação

Veículo1: O Vale – São Jose dos Campos

Veículo2: Gazeta de Taubaté

Data: 20/10/2019

Relatório da Sabesp aponta melhorias no

saneamento e na qualidade da água

http://cloud.boxnet.com.br/y58l23ge

http://cloud.boxnet.com.br/y3mx9ty5

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Grupo de Comunicação

Veículo: Jornal Debate – Lins

Data: 19/10/2019

Sabesp substitui quase dois quilômetros

de redes de água e esgoto no Jardim

Santa Maria

http://cloud.boxnet.com.br/y3ofox7s

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Grupo de Comunicação

Veículo: SP2 Globo

Data: 19/10/2019

Níveis de poluição na represa Billings

estão muito acima do que a lei permite

3 min

Exibição em 19 Out 2019

Aumentam as reclamações dos moradores do

entorno da represa a respeito da sujeira e

mau cheiro.

A Sabesp diz que a água que abastece a população e retirada de um braço, não

é separado da bilhões e não do corpo principal da represa que concentra a

maior parte da punição a esses consumir a água para ela a causar

desconforto.

https://globoplay.globo.com/v/8018679/progr

ama/

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Grupo de Comunicação

Veículo: SP2 Globo

Data: 19/10/2019

Aumentam queixas contra serviços

essenciais

3 min

Exibição em 19 Out 2019

Procon registrou mais de 4 mil reclamações só

contra a Enel.

Também aumentou o número de reclamações

contra a Sabesp. Em 2018, foram 892,

enquanto neste ano houve 1.407 (alta de

quase 60%).

https://globoplay.globo.com/v/8018740/progr

ama/

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Grupo de Comunicação

Veículo: Jornal de Araraquara

Data: 21/10/2019

Agora é lei: proibido canudo plástico

http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?

c=0&n=32586846&e=577

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Grupo de Comunicação

Veículo: Canal executivo

Data: 19/10/2019

Novo portal de SP agiliza abertura, alteração e baixa de empresas

A Junta Comercial de São Paulo (Jucesp),

vinculada à Secretaria de Desenvolvimento

Econômico, lançou o portal Integrador

Estadual, que permitirá ao empreendedor

realizar em um único ambiente as principais

interações para seu negócio, desde a

viabilidade locacional e registro mercantil até a

legalização de funcionamento e exercício de

atividades econômicas.

Desenvolvido pela Prodesp, em parceria com a

empresa G&P, a plataforma ficou mais

moderna e funcional para facilitar o acesso aos

serviços disponíveis para abertura, alteração e

baixa de empresas. É por meio dele que é

feita a troca de informações com os órgãos e

entidades federais, estaduais e municipais que

são responsáveis pelo processo de registro e

legalização de todas as empresas do Estado de

São Paulo.

“A grande vantagem é que o site promove a

integração entre os sistemas de diversos

órgãos do Governo e traz mais agilidade e

simplificação na tramitação de processos e na

transparência pública”, afirma Ernesto

Mascellani Neto, Superintendente da Prodesp.

Com o Integrador Estadual todo o processo

será feito em um único portal, on-line, de

maneira simples e prática, não sendo mais

necessários inúmeros comparecimentos

presenciais às Prefeituras, Receita Federal,

Corpo de Bombeiros, CETESB, entre outros

órgãos.

Todas as informações sobre o Integrador

Estadual e as etapas do registro empresarial

estão disponíveis no site da Junta Comercial

do Estado de São Paulo (Jucesp).

https://canalexecutivoblog.wordpress.com/20

19/10/18/novo-portal-de-sp-agiliza-abertura-

alteracao-e-baixa-de-empresas/

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Grupo de Comunicação

Veículo: Instituto Energia e Meio

Ambiente

Data: 19/10/2019

São Paulo: Operadoras de ônibus conhecem ferramenta para transporte

limpo

IEMA apresenta PlanFrota para auxiliar

SPTrans e operadoras na troca de ônibus de

acordo com lei

Mais de 50 representantes de operadoras de

ônibus da cidade de São Paulo compareceram

ao evento realizado pela SPTrans no centro da

cidade, quarta-feira (16), sobre a ferramenta

PlanFrota feita pelo Instituto de Energia e Meio

Ambiente (IEMA). Essa é uma calculadora a

ser usada pela SPTrans para checar se a troca

de ônibus da frota irá cumprir a Lei Municipal

16.802 de 2018, que prevê a redução gradual

de emissões de poluentes em 20 anos. Em

breve, todas as operadoras de ônibus da

capital paulista também poderão receber a

ferramenta e treinamento para auxiliá-las

nessa substituição. Representantes de órgãos

públicos da capital, do estado e de

organizações do terceiro setor também

assistiram à palestra.

“Essa é uma parceria com o poder público.

Todo o trabalho será doado”, ressaltou o

pesquisador do IEMA David Tsai, durante a

apresentação. O uso da ferramenta pelas

empresas operadoras de ônibus é opcional,

mas a calculadora está completa com fatores

de emissão já validados pela Companhia

Ambiental do Estado de São Paulo

(Cetesb). Ela deverá incluir todos os tipos de

ônibus e tecnologias que circulam no Brasil

com suas respectivas emissões de gases de

efeito estufa (GEE). Assim, as operadoras

poderão simular ao longo dos 20 anos como

será a queda das emissões de suas frotas de

acordo com as trocas propostas. Ou seja, se

conseguirão cumprir as metas anuais definidas

nos seus contratos.

O que é a PlanFrotaA calculadora de emissões

atmosféricas para apoio ao planejamento das

frotas de ônibus do sistema SPTrans, batizada

de PlanFrota, avalia automaticamente se

determinada frota de ônibus planejada para

operar em um lote de concessão irá ou não

cumprir as metas de redução de emissões.

Dessa forma, ela auxilia a SPTrans na

fiscalização do cumprimento das metas de

redução de emissões e as operadoras de

ônibus. Neste caso, ajudando-as no

planejamento do cronograma de inclusão e

remoção de veículos de suas frotas.

Ela calcula as emissões anuais, de 2016 a

2038, de CO2, MP e NOx por lote de

concessão. Para isso, insere-se a

quilometragem contratada, a caracterização

da frota e as fontes energéticas utilizadas. A

PlanFrota compara para cada ano de 2019 até

2038, prazo para o cumprimento completo da

Lei, as emissões projetadas com os níveis

referentes ao ano de 2016, ano de referência

para o qual foram estabelecidas as metas de

redução de emissões.

Vale ressaltar que a ferramenta já foi

apresentada no Comitê Gestor do Programa de

Acompanhamento da Substituição de Frota por

Alternativas Mais Limpas (Comfrota-SP). Este

foi previsto na Lei Municipal nº 14.933 de

2009, que instituiu a política de mudança do

clima na capital. Ele tem a função de avaliar o

cumprimento das metas de redução de

emissões. “A calculadora ajuda a cumprir um

dos nossos objetivos: promover a mobilidade

urbana inclusiva e de baixas emissões de

poluentes atmosféricos e gases de efeito

estufa”, lembra André Luis Ferreira, diretor-

presidente do IEMA.

http://www.energiaeambiente.org.br/sao-

paulo-operadoras-de-onibus-conhecem-

ferramenta-para-transporte-limpo

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Grupo de Comunicação

Veículo: Marília Notícia

Data: 18/10/2019

Dívidas da Codemar crescem 57% e contas de 2017 são rejeitadas Leonardo Moreno

As dívidas da Companhia de Desenvolvimento

Econômico de Marília (Codemar) cresceram

57% em 2017 e o Tribunal de Contas do

Estado de São Paulo (TCE-SP) julgou as

contas da empresa irregulares.

Foi aplicada multa no valor de quase R$ 8 mil

reais contra os responsáveis pela empresa

naquele ano, Rene Fadel e Claudirlei

Domingues. Ainda cabe recurso contra a

decisão do auditor Josué Romero.

A Codemar é uma empresa de economia

mista, com mais de 95% de suas ações em

propriedade da Prefeitura de Marília.

Atualmente sua atuação se resume a

recapeamento e produção de asfalto em

contratos com a administração municipal.

A dívida da Companhia saltou de R$ 14

milhões para R$ 22 milhões no primeiro ano

da gestão Daniel Alonso (PSDB).

Boa parte das novas dívidas envolvem

encargos previdenciários não recolhidos,

segundo a corte de contas.

“A entidade, a exemplo do ocorrido em vários

exercícios, apurou em 2017 um déficit

orçamentário de R$ 2.006.080,18,,

equivalente a 20,42% do total de suas

receitas, perfazendo um prejuízo acumulado

de R$ 14.095.853,20”, consta na decisão do

auditor.

Falta de liquidez, ordem cronológica de

pagamento desrespeitada, irregularidades em

pagamentos para cargos em comissão, dívidas

com a Cetesb (R$ 3,5 milhões) e falta de

controle do almoxarifado são outros problemas

apontados.

Fiscalização do TCE descobriu, por exemplo,

uma diferença de 12 mil litros de óleo diesel

entre o existem nas bombas e a quantidade

acusada no sistema da Codemar.

A empresa também não conta com alvará dos

bombeiros e precisaria de dedetização e

desratização, segundo o TCE.

https://marilianoticia.com.br/dividas-da-

codemar-crescem-57-e-contas-de-2017-sao-

rejeitadas/

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Grupo de Comunicação

Veículo: Rádio Clube

Data: 18/10/2019

Avanço do setor sucroenergético e normatização do setor foram temas

da AEARP

http://cloud.boxnet.com.br/y6ltq4tz

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Grupo de Comunicação

Veículo: Comércio de Franca

Data: 19/10/2019

Avenida do Aeroporto ganha novo

projeto

http://cloud.boxnet.com.br/yxn89v9l

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Grupo de Comunicação

Veículo: O Vale

Data: 20/10/2019

Média da qualidade da água do rio Paraíba é boa, aponta Cetesb

Relatório feito pela Cetesb que mede

qualidade da água nos rios de São Paulo

mostra que o Paraíba se manteve acima da

média em todos os trechos da sua bacia;

levantamento também avalia a qualidade para

os peixes

A qualidade da água do rio

Paraíba do Sul no ano passado se manteve

estável em relação ao ano anterior, com a

maioria dos trechos que cortam a RMVale

ficando com nota acima da média.

Um relatório feito pela Cetesb (Companhia

Ambiental do Estado de São Paulo) que

mede a qualidade das águas interiores em

todo estado mostra que a avaliação do IQA

(índice de Qualidade das Águas) do rio Paraíba

é considerada ‘Boa’ em 10 dos 12 pontos

monitorados na região: dois em Santa Branca,

um em Jacareí, dois em São José dos Campos,

um em Caçapava, um em Tremembé, um em

Pindamonhangaba, um em Lorena e um em

Queluz. O reservatório de Santa Branca, que

na avaliação da Cetesb é apontado como

Jambeiro, apresenta classificação ‘Ótima’ no

levantamento. Já o trecho de Aparecida, uma

das áreas mais urbanizadas de toda a bacia do

rio, permaneceu na categoria ‘Regular’.

Os dados são referentes ao ano de 2018, e

permanecem equivalentes ao período anterior

-- em 2017, porém, a qualidade da água do

Paraíba caiu em sete trechos.

LITORAL.

O relatório também avaliou a qualidade da

água de 27 rios e córregos que deságuam nas

praias do Litoral Norte. Do total, dois

apresentaram qualidade regular (rio Lagoa,

em Caraguatatuba, e o rio Quilombo, em

Ilhabela) e um em qualidade ruim (rio Acarau,

em Ubatuba), em cenário que se mantém

desde 2016.

Segundo a própria Cetesb, as classificações

ruim ou regular destes três pontos de cursos

d’água foram “influenciadas por fatores

associados ao lançamento de esgotos

domésticos sem tratamento, originados

principalmente de áreas irregularmente

ocupadas”.

PEIXES.

A Cetesb também avalia o IVA (índice de

Qualidade das Águas para Proteção da Vida

Aquática), e a qualidade das águas do Paraíba

para vida de peixes foi classificada como ótima

ou boa nos trechos iniciais (Jambeiro, Santa

Branca e Jacareí) e regular em quase toda sua

extensão, a não ser em Pindamonhangaba que também é considerada boa. ■

Água. Pescador no Rio Paraíba

http://cloud.boxnet.com.br/y65e6ydo

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Grupo de Comunicação

Veículo: Jornal Tribuna

Data: 19/10/2019

Colisão deixa 13 pessoas feridas

http://cloud.boxnet.com.br/y4pdqr7v

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Grupo de Comunicação

Veículo: Debate

Data: 20/10/2019

Afan retoma atividades

http://cloud.boxnet.com.br/y2ncne5m

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Grupo de Comunicação

Veículo: Rádio Capital

Data: 21/10/2019

Capital Social, com Carla Mota: Ouvinte pede

troca de lâmpada na Travessa Caliandra, Vila

Formosa; Sabesp responde pedido de

ouvinte acerca de esgoto a céu aberto em

Parelheiros

http://cloud.boxnet.com.br/y5sau4wo

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Grupo de Comunicação

Veículo: Rádio Jovem Pan

Data: 21/10/2019

Os Repórteres do Rio Pinheiros

http://cloud.boxnet.com.br/y2k35qmn

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Grupo de Comunicação

Veículo: TV Bandeirantes

Data: 21/10/2019

Moradores reclamam de vazamento

em Santo André

http://cloud.boxnet.com.br/y5572mhb

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Grupo de Comunicação

Veículo: Super Rádio AM

Veículo2: Rádio Globo

Data: 21/10/2019

Reclamações contra empresas que prestam serviços essenciais dispararam este ano

http://cloud.boxnet.com.br/y3w9h8s4

http://cloud.boxnet.com.br/yxnem4y5

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Grupo de Comunicação

Veículo: G1

Data: 20/10/2019

Cantareira registra nova queda e

opera com 43,5% da capacidade do reservatório neste domingo

Manancial administrado pela Sabesp teve

queda de 0,2% em 24 horas.

Por G1 SP — São Paulo

O Sistema Cantareira registrou nova queda e

opera com 43,5% de sua capacidade neste

domingo (20), de acordo com a Companhia de

Saneamento Básico do Estado de São Paulo

(Sabesp). Em 24 horas, o nível de água caiu

0,2 ponto percentual.

Há uma semana, no domingo passado (20), o

sistema operava com 44,9% da capacidade,

segundo dados da Sabesp.

Com exceção das represas Rio Grande, que se

manteve estável, e da Rio Claro, que registrou

pequena alta no nível nada, os demais

mananciais que abastecem a região

metropolitana de São Paulo tiveram queda nas

últimas 24 horas.

Veja o nível dos reservatórios

Cantareira 43,5%

Alto Tietê 84%

Guarapiranga 74%

Cotia 85,1%

Rio Grande 82,9%

Rio Claro 103,5%

São Lourenço 52,8%

https://g1.globo.com/sp/sao-

paulo/noticia/2019/10/20/cantareira-registra-

nova-queda-e-opera-com-435percent-da-

capacidade-do-reservatorio-neste-

domingo.ghtml

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Grupo de Comunicação

VEÍCULOS DIVERSOS

Veículo: El País - Opinião

Data: 18/10/2019

E se manchas de petróleo nas praias do

Nordeste fossem um aviso dos deuses?

Resíduos de petróleo também podem ser um

alerta da decadência política, social e humana

que o país está enfrentando

JUAN ARIAS

As misteriosas manchas escuras que estão

sujando as belas praias do Nordeste do Brasil,

cuja origem ainda é desconhecida, podem ser

mais do que resíduos de petróleo lançados ao

mar. Poderiam ser também um aviso dos

deuses neste momento em que o Governo

brasileiro tem uma política desastrosa de

defesa do meio ambiente.

Não sei se existem deuses e demônios, mas a

linguagem se alimenta de símbolos. E essas

manchas pretas também poderiam ser um

alerta da decadência política, social e humana

que o país está enfrentando. Um território

todo ele rico em reservas de todo tipo e pobre

em líderes que poderiam transformá-lo em

fonte de riqueza para acabar com uma

pobreza que asfixia todo o país e

especialmente o Nordeste, se excetuarmos a

pequena dinastia do dinheiro fácil e dos

privilégios de seus governantes, às vezes

únicos no mundo das democracias ocidentais.

Antes que as misteriosas manchas de petróleo

infestassem cada vez mais as praias

nordestinas, o governo Bolsonaro, com sua

política de exclusão, seus escarceis

autoritários e racistas, já tinha sujado a

imagem do país no exterior. O Brasil acabou

provocando vergonha no mundo livre, que

pergunta assombrado o que está acontecendo

com um país que já foi um sonho feliz para

tantos estrangeiros. Hoje são os brasileiros

que gostariam de deixar um país do qual um

dia se disse que Deus havia nascido nele.

O Nordeste do Brasil, com a face cristalina de

seus mares e rios, cuja beleza e doçura do

clima são proverbiais no mundo, não está

sofrendo apenas um desastre ambiental. É

também uma catástrofe para sua já frágil

economia, para seus milhares de pescadores

cujo peixe, única fonte de subsistência,

ninguém quer comprar por medo de que possa

estar contaminado. Pode ser uma catástrofe

para o turismo, um dos mais prósperos do

país.

O Nordeste do Brasil é acusado injustamente

de ser, com sua indolência, a causa de seu

atraso econômico. Ao contrário, como afirmam

os especialistas em economia, está

demonstrando ser uma das regiões com maior

desejo de empreender e se libertar de seu

atraso atávico, e não como resultado do saque

da política atrasada e corrupta de seus

caciques.

O Nordeste está de luto e os governantes

calam e olham para outro lado. Que eu saiba,

o presidente da República, que já ofendeu os

nordestinos com sua linguagem racista, não

fez o gesto de ir ao local dessa nova catástrofe

ambiental para consolar os trabalhadores que

a estão sofrendo.

Nem sabemos ainda de onde vêm essas

guirlandas negras misteriosas e ameaçadoras.

Afinal, isso afeta o território mais pobre do

país que carrega o estigma injusto de ser o

culpado de sua pobreza. Se isso tivesse

acontecido no Brasil rico, os políticos já

estariam correndo para lá para derramar

lágrimas de crocodilo.

O Brasil e seu exército de evangélicos querem

levantar um grande museu da Bíblia na capital

do país. O que se precisa neste momento é

um profeta como os do Antigo Testamento,

que explicasse que essas manchas de óleo,

como feridas negras em nosso rosto, podem

conter um aviso dos deuses. Como o foram as

terríveis pragas do Egito com as quais Deus

puniu o faraó para que deixasse Moisés tirar

seu povo da escravidão para levá-lo à

liberdade.

Hoje existe um poder no Brasil preocupado

principalmente com o crescimento da minoria

rica e privilegiada do país. Esquecem que na

pirâmide que o representa, a grande base é

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Grupo de Comunicação

composta por milhões de trabalhadores para

os quais as novas leis e projetos que o

Governo está aprovando os empurra ainda

mais para um estado de escravidão disfarçado

de liberdade, enquanto reduz direitos daqueles

que mais precisariam vê-los ampliados.

Os deuses, com a praga negra que aflige os

nordestinos, que toda vez que os visitei me

surpreenderam e me emocionaram com a

delicadeza elegante e alegre de seu trato,

poderiam estar avisando que ou os faraós que

os governam se esforçam para devolver as

liberdades das quais estão sendo despojados e

os preconceitos com os quais estão sendo

ofendidos, ou novas pragas piores poderiam

continuar atormentando todo o país.

https://brasil.elpais.com/brasil/2019/10/18/op

inion/1571395042_669271.html

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Veículo: Diário do Litoral

Data: 19/10/2019

Vice de Doria diz que túnel entre Santos e Guarujá não sairá do papel

Rodrigo Garcia afirma que o projeto de túnel

de ligação entre as cidades não é viável na

atual gestão.

De acordo com Garcia, a proposta do túnel

poderia ter dificuldades de viabilidade

econômica.

O vice-governador de São Paulo, Rodrigo

Garcia, afirmou nesta sexta-feira (18) que um

projeto de um túnel de ligação entre as

cidades de Santos e Guarujá, preferido pelo

governo federal, não é viável para realização

na atual gestão Doria. Ele defende a

construção de uma ponte no local.

"Temos negociado com a concessionária

Ecorodovias a ponte do porto de Santos. São

Paulo tem condições de fazer a ponte, através

de um aditivo contratual com concessionária.

A ponte é efetivamente dentro do porto, e

precisaria da autorização da autoridade

portuária, do governo federal", afirmou a

jornalistas durante premiação do ranking de

competitividade dos estados.

Segundo Garcia, o projeto atual da ponte

atende às necessidades da Codesp. "O porto

criticava o projeto porque ele poderia inibir o

avanço do porto pós-ponte, os grandes navios

não chegariam. Eu garanto que todos os

navios hoje em atividade no mundo podem

passar a ponte projetada pelo governo de São

Paulo", disse.

A proposta do túnel, de acordo com Garcia,

não seria implementada pela Ecorodovias e,

por isso, poderia ter dificuldades de viabilidade

econômica.

"A autoridade portuária sugeriu a construção

de um túnel que não está no escopo da

Ecorodovias e, portanto, no nosso governo é

impossível discutir, estamos focados na ponte.

Deixamos claro para a sociedade que este

projeto o governo tem condições de iniciar

imediatamente. Nós já estamos em

licenciamento ambiental."

A construção da ponte, que levaria 24 meses,

pode ser iniciada mesmo antes do processo de

eventual privatização do porto, diz Garcia.

"Mesmo com o porto estatal, ao nosso ver, é

possível iniciar a construção. Essa é a opinião

do governador Doria e para isso estamos

negociando com o governo federal. Para o

governo de São Paulo, o projeto da ponte é o

melhor e é viável, uma realidade. Qualquer

outro projeto vai demandar estudos de

impacto econômico e ficaria para outros

governos."

Garcia afirmou ainda que a prioridade do

governo Doria na área da infraestrutura é o

trem intercidades, que ligaria São Paulo e

Campinas.

"Dependemos de uma certidão de nascimento

que é a prorrogação da malha ferroviária da

Rumo e da MRS Logística, concessionárias

federais, para que São Paulo tenha o direito

de passagem e de uso desses trilhos. Estamos

com o modelo pronto para o trem

intercidades, que ligará São Paulo a Campinas.

Esperamos que até o final do ano esse

contrato esteja renovado."

O vice-governador de São Paulo afirmou

também que, nos próximos dias, os governos

estadual e federal deverão assinar um

memorando de entendimento para garantir

que a Ceagesp mude de local.

https://www.diariodolitoral.com.br/cotidiano/v

ice-de-doria-diz-que-tunel-entre-santos-e-

guaruja-nao-saira-do-papel/129689/

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Grupo de Comunicação

Veículo: Globo Rural

Data: 20/10/2019

O que muda no Cadastro Ambiental Rural

após a extinção do prazo final

4 min

Exibição em 20 Out 2019

Após vários adiamentos, legislação não impõe

mais uma data-limite para a adesão ao

sistema do Código Florestal, mas que não fizer

poderá perder benefícios.

https://globoplay.globo.com/v/8019303/progr

ama/

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Grupo de Comunicação

Veículo: A Tribuna

Data: 20/10/2019

Pré-sal paulista exigirá gasodutos

http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?

c=0&n=32617754&e=577

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Grupo de Comunicação

Veículo: O Globo

Data: 20/10/2019

Leilões vão gerar R$ 22,4 bi em

investimentos

Ritmo de concessões é considerado positivo

por especialistas, mas montante representa,

por enquanto, apenas 10% de tudo o que o

governo pretende entregar à iniciativa privada

até 2022. Votações no Congresso podem

viabilizar mais projetos

MANOEL VENTURA

Os leilões de concessões de infraestrutura e

energia elétrica já realizados pelo governo Jair

Bolsonaro irão garantir R$ 22,4 bilhões em

investimentos da iniciativa privada nos

próximos anos, além de gastos obrigatórios

com manutenção e operação. Um único leilão

de energia realizado na sexta-feira vai gerar

investimentos de R$ 11,1 bilhões e ampliar a

geração de eletricidade através de diversas

fontes, como eólica, solar, hidrelétrica e

térmica. Ao todo, já foram 20 leilões nos

setores de portos, aeroportos, ferrovia,

rodovia e energia elétrica.

Para especialistas, o resultado é positivo, mas

o governo precisa manter o ritmo nos

próximos anos, já que esses leilões

representam apenas 10% de tudo o que o

governo pretende repassar à iniciativa privada

até 2022.

CARTEIRA DE R$230 BI Com as contas

públicas no vermelho, privatizar o maior

número possível de ativos foi a maneira

encontrada pelo governo para garantir

investimentos em áreas estratégicas.

Os leilões também representaram um suspiro

para as contas do Tesouro. Os pagamentos

que as empresas fizeram à União somam R$

5,8 bilhões só este ano. Os editais preveem

também remunerações mensais ao longo das

concessões. Isso fará a arrecadação final subir

para cerca de R$ 8 bilhões ao fim dos

contratos.

Até 2022, o governo tem na carteira leilões

que podem gerar mais de R$ 230 bilhões em

investimentos ao longo dos contratos. Nessas

contas não estão incluídos os leilões de

petróleo e gás. Parte do sucesso do programa,

porém, ainda depende do andamento de

projetos no Congresso. Deputados e

senadores analisam propostas que podem

destravar projetos nas áreas de ferrovias, gás

natural, energia elétrica e saneamento.

- É um número ótimo. A tendência é continuar

nesse ritmo. No mundo, há muito capital que

precisa ser investido, e o Brasil acaba sendo

uma boa opção - diz a advogada Renata de

Abreu Martins, sócia do escritório Siqueira

Castro.

O governo conseguiu repassar para empresas

privadas a administração de uma série de

aeroportos, como os de Recife, Maceió,

Aracaju, Vitória e Macaé. Os terminais

licitados representam 9,5% do mercado

doméstico e atendem 20 milhões de

passageiros ao ano.

A equipe do Ministério da Infraestrutura

conseguiu também leiloar o principal trecho da

Ferrovia Norte-Sul. O trecho tem 1.537

quilômetros e liga Estrela d'Oeste, em São

Paulo, a Porto Nacional, em Tocantins,

passando por Minas Gerais e Goiás. Licitações

de ferrovias são consideradas complexas e

difíceis no Brasil. O país tem pouca

experiência na área, e a legislação nesse tipo

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Grupo de Comunicação

de certame é considerada frágil quando

comparada à de outros modais, como

aeroportos e rodovias.

Por isso, o governo tenta aprovar no

Congresso uma mudança na lei que permita a

construção de ferrovias pelo modelo de

autorização, em que o governo fará primeiro

uma chamada pública de interessados, o que

pode aumentar os investimentos no setor.

Diferentemente da concessão, pelo modelo de

autorização, o investidor é dono da

infraestrutura, e o serviço que presta é

regulado.

Foram leiloadas ainda treze áreas em portos

de Pará, Espírito Santo, Paraíba e São Paulo.

Para Cláudio Frischtak, da Inter.B consultoria,

o país continua sendo muito atraente para

investidores de infraestrutura, pelo tamanho

do seu território e pelo excesso de demanda

no setor, além da limitação do poder público.

Ele destaca, porém, que parte importante da

agenda está no Congresso.

- O Executivo não vai resolver sozinho. A

agenda do Legislativo em infraestrutura é

muito importante - afirmou.

Entre os projetos, estão propostas para

aumentar investimentos em saneamento

básico, setor elétrico, gás natural, ferrovias e

rodovias.

- É possível aumentar em 0,3 ponto

percentual do Produto Interno Bruto (PIB) o

volume de investimentos em infraestrutura

anualmente a partir do ano que vem,

ampliando o esforço de concessões com a

agenda do Congresso - estima Frischtak.

Hoje, o investimento em infraestrutura é de

apenas 1,8% do PIB, acrescentou.

CONTRATO EM DÓLAR

Outro ponto que precisa passar pelo

Congresso, destacado pela especialista do

escritório Siqueira Castro, é a criação de um

mecanismo de proteção cambial para as

concessões. Por exemplo, a dolarização desses

contratos.

Na prateleira, o governo tem o desafio de

acelerar os estudos e os leilões. A meta é alta.

O objetivo é leiloar 16 mil quilômetros de

rodovias federais, com investimento previsto

de R$ R$ 137 bilhões; investir R$ 62 bilhões

em ferrovias novas e em atualização de

contratos que já estão em vigor; mais leilões

de portos, aeroportos e do setor elétrico.

Com uma lista desse tamanho, Pablo Sorj,

sócio especialista em infraestrutura do Mattos

Filho, alerta para a necessidade de coordenar

Page 72: LIPPING - Microsoft · O grupo coordenará implantação da Rede ZEE, um instrumento de planejamento territorial inovador que englobará em uma única plataforma o mapeamento hídrico,

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Grupo de Comunicação

os projetos para evitar que leilões sejam

esvaziados por competição com outros.

- Não é interessante, por exemplo, ter um

leilão de rodovia federal e estadual muito

próximos - afirmou.

http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?

c=0&n=32618457&e=577

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Grupo de Comunicação

Veículo: A Tribuna

Data: 21/10/2019

Instalação de usinas fotovoltaicas e troca de lâmpadas para tecnologia mais eficiente vão ajudar a reduzir

gastos recorrentes das instituições de saúde

Instalação de usinas fotovoltaicas e troca de

lâmpadas para tecnologia mais eficiente vão

ajudar a reduzir gastos recorrentes das

instituições de saúde Em prol da melhoria na

saúde pública em toda asuaá reade atuação, a

CPFL Energia e o Instituto CPFL lançam o

Programa CPFL nos Hospitais, iniciativa que

ajudará instituições públicas e filantrópicas a

reduzir suas contas de energia elétrica. O

Programa conta com três frentes de trabalho:

ações de eficiência energética, investimento

na melhoria dos hospitais e um programa de

doação em conta deenergia para hospitais.

O primeiro pilar de eficiência energética

contará com investimento de até R$ 150

milhões nas quatro distribuidoras- CPFL

Paulista ,CPFL Piratininga ,CPFLSanta Cruz e

RGE - do Grupo CPFL e atenderá até 200

hospitais com a instalação de usinas

fotovoltaicas e a substituição de lâmpadas

com tecnologia obsoleta por modelos mais

eficientes, deLE D. Segundo Rafael Lazzaretti,

Diretor de Estratégia e Inovação da empresa,

o Programa CPFL nos Hospitais realizará o

maior investimento já registrado no Brasil em

energia solar fotovoltaicadentro de Programas

de Eficiência Energética. 'O valor total será

destinado para a realização dos projetos em

três anos, já a partir de 2019. Estão aptos a

participar da ação as instituições públicas e

filantrópicas de saúde situadas nas cidades

das áreas de concessão das nossas

distribuidoras', reforça Lazzaretti.

Inicialmente, em 20 19,o prog rama - que já

tem mapeado cerca de 80 hospitais- dará a

oportunidade a essas instituições de reduzirem

os gastos com suas faturas deenergia elétrica

einvestirem o dinheiro economizado em outras

áreas, para melhoria do atendimento,

beneficiando a comunidade e a região onde

estão inseridos. Ao final do Programaé

esperado queos hospitais economizem

aproximadamente R$ 1 8MM p oran oem suas

contasdeenergia.

Além do benefício da redução nas contas dos

hospitais, a iniciativa também gera ganhos

ambientais. O menor consumo de energia

elétrica evita, por exemplo, o acionamento de

usinas térmicas, mais caras e poluentes. A

implantação de energia solar fotovoltaica nos

clientes reforça o compromisso da CPFL com o

meio ambiente e a sustentabilidade, através

de uma matriz energética renovável e limpa.

O segundo pilar desse Programa dará

continuidade a uma iniciativa conduzida pelo

Instituto CPFL. Através do Pro non( Programa

Nacional de Apoio à Atenção Oncológica) e dos

Conselhos Municipais do Idoso (CMI), o

Instituto CPFL vem investindo na melhoria nas

condições dos hospitais .Os objetivos desse

pilar é ampliar a oferta de serviços e

expandira prestação de serviços médico-

assistenciais, apoiar a formação, o

treinamento e o aperfeiçoamento de recursos

humanos - em todos os níveis, e realizar

pesquisas clínicas, epidemiológicas,

experimentais e socio antropológica s.

Desde 2018 estão e mandamento

investimentos que somam R$ 4,8 MM que

incluem melhorias nos hospitais d oInstituto

do Câncer (Fortaleza-CE), Hospital

Fornecedores Cana Piracicaba-SP, Hospital

Infantil Varela Santiago (Natal-RN), Hospital

de Caxias do Sul-RS, Hospital do Câncer de

Barretos-SP e Hospital Comunitário São

Peregrino Lazziozi de Veranópolis-RS. O

terceiro pilar do Programa CPFL nos Hospitais

permite que os clientes realizem doações para

os hospitais através da conta de energia.

Essas doações aumentam a arrecadação dos

hospitais e santas casas permitindo que sejam

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Grupo de Comunicação

feitos investimentos na melhoria das

condições de atendimento. A CPFL Total -

empresa do Grupo CPFL Energia - oferece esse

serviço hoje para 94 hospitais nos estados do

Rio Grande do Sul e de São Paulo.

Essa iniciativa de doação arrecada em média

R$ 3,7 MM por ano, recursos que auxiliam a

gestão diária dos hospitais participantes. O

objetivo é expandir essa iniciativa em 2019 e

2020, um exemplo concreto é a adesão da

Santa Casa de Chavantes que passará a

receber doação a partir do mês de outubrode

20 19. Com esses três pilares de atuação,

oPrograma CPFL nos Hospitais reforça o

compromisso da CPFL Energia e do Instituto

CPFL de atuarem conjunto coma sociedade em

prol da saúde pública e o bem-estar da

população. Para saber mais, acesse o site

www. cpfl. com .br/ hospitais

http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?

c=0&n=32636977&e=577

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Grupo de Comunicação

Veículo: Rádio Band News

Data: 19/10/2019

Em entrevista, Ricardo Salles explica

como funciona o Plano Nacional de Contingencia para acidentes com óleo

O Ministro do Meio Ambiente, Ricardo Sales,

explica que o Plano Nacional de Contingencia

para acidentes com Óleo (PNC), serve para

causas determinadas, quando se sabe a

origem do óleo e causas indeterminadas, que

é o caso atual, pois ainda não se sabe os

antecedentes do óleo que está poluindo as

praias do Nordeste. O ministro diz que o PNC

também usa satélites, avião-radar do Ibama e

helicópteros para monitorar toda a área

poluída. Os aviões e helicópteros são da

Marinha e da Petrobras (1:57).

"O óleo não é encontrado nem identificado nos

radares nem pelos satélites, pois se trata de

um óleo mais denso, que não fica na superfície

do mar", afirma Salles. Quando a maré traz o

óleo até as prais, os voluntários tratam logo

de retirar e mandar para locais apropriados

para despejo, ou para incinerar em industrias

cimenteira. O ministro disse que ainda não se

sabe de onde o óleo está vindo.

Salles também disse que os laboratórios

fizeram uma comparação do óleo coletado nas

praias com todos os óleos brasileiros, com

isso, foi constatado que o produto não é

nacional. Depois dessa etapa, o mesmo óleo

foi comparado com o de outros acidentes, com

o laudo da Petrobras (6:30), veio a

confirmação que é venezuelano.

O ministro disse que já são 18 pontos distintos

no litoral com óleo. Os voluntariados precisam

estar munidos de equipamentos para ajudar

na remoção do óleo. Está sendo distribuído um

manual para os voluntários.

http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?

c=0&n=32617583&e=577

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Grupo de Comunicação

Veículo: Terra

Data: 21/10/2019

Estados do Nordeste querem taxa sobre o sol e o vento

Senador Marcelo Castro (MDB-PI) pretende

incluir na reforma tributária emenda para

permitir a cobrança de royalties sobre as

energias solar e eólica

Anne Warth

BRASÍLIA - Enfrentando dificuldades

financeiras, os Estados da Região Nordeste

querem taxar o sol e o vento para reforçarem

seus caixas. A ideia, defendida pelo senador

Marcelo Castro (MDB-PI), é aproveitar as

discussões sobre reforma tributária no

Congresso para criar a possibilidade de

cobrança de royalties sobre a energia solar e a

eólica .

O texto proposto por Castro é simples: inclui,

na Constituição, como "bens da União", os

"potenciais de energia eólica e solar" e

permite a possibilidade de cobrança de

participação ou compensação financeira na

exploração desses recursos. A definição da

alíquota dos royalties seria feita por meio de

lei, que exige maioria simples na Câmara e no

Senado, bem como os critérios de divisão

desses recursos entre União, Estados e

municípios.

Para o senador, não há diferença entre essa

proposta e os royalties cobrados sobre

petróleo, minérios e cursos de água com

potencial de geração de energia. O que

diverge, segundo ele, é o fato de que as

energias solar e eólica ainda não eram viáveis

em 1988, quando a Constituição foi feita.

Segundo Castro, o royalty é compensação aos

Estados produtores, já que o ICMS (imposto

estadual) é cobrado no Estado para onde a

energia vai, e não naquele em que ela foi

gerada.

"O vento não é propriamente uma jazida, mas

tem em alguns lugares e em outros não. A

minha emenda tenta fazer com que os Estados

com potencial de vento e sol tenham algum

benefício, já que hoje eles não têm nenhum",

disse.

Proposta controversa

Mas a cobrança de royalties sobre sol e vento

é controversa. A taxa tem como origem uma

solução econômica para resolver conflitos de

direito de propriedade. No Brasil, a

Constituição definiu que a posse de petróleo,

gás natural, minérios e da água utilizada para

geração de energia é da União. O pagamento

de royalties, nesses casos, seria uma

compensação pela cessão desse direito de

propriedade a terceiros.

No caso de petróleo, gás e minérios, trata-se

de recursos finitos, e o fim da exploração

tende a inviabilizar a economia das regiões

atingidas. Para hidrelétricas, quase sempre há

impactos irreversíveis nas áreas alagadas e

que inviabilizam outras atividades - nesse

caso, a cobrança se dá sobre a geração de

energia, e não sobre a água em si. Em todos

os casos, o royalty funciona como uma

compensação às localidades atingidas.

Para especialistas, não há como comparar

essas situações com a geração de energia

solar e eólica. Vento e sol são recursos

infinitos e sua exploração não inviabiliza

outras atividades econômicas. Além disso, não

há conflito de propriedade, pois outras

pessoas podem utilizar, ao mesmo tempo, os

recursos para outras finalidades - entre elas,

aquecer água para chuveiros e mover moinhos

de trigo, por exemplo.

O secretário estadual de Fazenda de

Pernambuco, Décio Padilha, afirma, porém,

que algum tipo de compensação - seja royalty

ou imposto - aos Estados produtores é

necessária. Segundo ele, os governos vivem

dificuldades financeiras pela transição rápida

em direção a uma matriz limpa e pela

desoneração de bens de capital usados na

produção de energia, como baterias e turbinas

de eólicas. Segundo ele, esses fatores têm

reduzido a arrecadação derivada da energia,

um dos setores que mais reforçam os cofres

estaduais.

"Queremos continuar estimulando as fontes

renováveis, mas com cautela, pois os Estados

precisam sobreviver também", afirma. Padilha

convocou todos os secretários de Fazenda

nordestinos para uma reunião para fechar

uma posição sobre o tema.

Conceito inadequado?

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Grupo de Comunicação

A presidente da Associação Brasileira de

Energia Eólica (Abeeólica), Élbia Gannouom,

considera o conceito de royalty sobre vento

inadequado. "O mesmo vento que gera

energia bagunça os meus cabelos. Vamos ter

de pagar pela brisa? Se o sol e o vento

pertencem a alguém, é a Deus", disse. "Quem

vai pagar essa conta é o consumidor. Estarão

taxando energia limpa no Brasil, enquanto o

resto do mundo incentiva essa produção."

Para o presidente da Associação Brasileira de

Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), Rodrigo

Sauaia, não há fundamento jurídico nem

técnico para esse tipo de taxa sobre a energia

solar. "O sol é um recurso renovável,

disponível e de uso democrático", afirma. "O

sol é também um recurso imprescindível para

agricultura e traz competitividade para a

produção nacional. Vão taxar o agronegócio?",

questionou. Para ele, a cobrança é o remédio

errado para um problema legítimo: a falta de

recursos dos Estados e municípios.

Alternativas

Uma proposta alternativa para contribuir com

os Estados produtores é a do senador Jean-

Paul Prates (PT-RN). Ele defende uma

redistribuição dos recursos arrecadados com

ICMS sobre energia, hoje concentrados no

destino, para a origem. Essa proposta,

segundo ele, reequilibraria a arrecadação

entre os Estados e beneficiaria o Nordeste.

"Royalty sobre energia solar e eólica é algo

errado sob o ponto de vista jurídico. Isso só se

aplica sobre recurso não renovável, pois ele

não estará disponível para gerações futuras.

Vento e sol, até que se prove o contrário,

sempre estarão aí", disse. Segundo ele, seria

uma solução regressiva e que inviabilizaria

investimentos.

A proposta dele é permitir que parte da

arrecadação de ICMS sobre energia também

fique com os Estados produtores. Esse tributo

sempre é aplicado sobre a origem, exceto nos

casos de energia, petróleo e derivados - uma

compensação, segundo ele, dada pela

Constituição de 1988 para beneficiar o Estado

de São Paulo.

"A preocupação do senador Marcelo Castro é

válida e meritória. Precisamos de

compensações, mas o instrumento correto não

é esse: é reverter o polo beneficiado do

ICMS", disse. Essa ideia integra uma proposta

de emenda constitucional que tramita no

Senado e, segundo ele, pode se transformar

em uma emenda à reforma tributária.

"Queremos propor uma calibragem para não

ser algo radical e que gere resistências. Em

vez de trazer todo o ICMS da energia para a

origem, vamos fazer cálculos até que se

chegue a um empate entre Estados produtores

e consumidores, para quem perde perder o

menos possível e para quem ganha ganhar o

máximo possível", disse.

https://www.terra.com.br/economia/senador-

quer-a-criacao-de-royalties-sobre-energia-

solar-e-

eolica,8b8629b55e7ba5b29514103353bd47d7

2foeu9fq.html

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Grupo de Comunicação

Veículo: G1 Natureza

Data: 21/10/2019

Resposta às mudanças climáticas pode vir

das cidades, diz líder da ONU

Amélia Gonzalez

Há muito as cidades se tornaram o centro das

atenções para aqueles que se preocupam com

a qualidade de vida dos cidadãos que habitam

o planeta hoje. Em 2050, segundo previsões

da Organização das Nações Unidas (ONU), a

população estará dividida assim: quase sete

pessoas em cada dez estarão vivendo nos

grandes centros urbanos.

Em busca de emprego, procurando fazer

contato com outras pessoas para trocar

experiências. As grandes cidades podem se

tornar celeiros de ideias, berços de inovações,

justamente porque têm o elemento

impulsionador disso: o humano.

António Guterres, secretário-geral da ONU,

quando fez o discurso de abertura na Cúpula

Mundial de Prefeitos, que aconteceu em

Copenhague de 9 a 12 de outubro,

acrescentou mais um atributo às grandes

cidades. Segundo ele, como os centros

urbanos hoje respondem por mais de 70% das

emissões globais de carbono, as escolhas que

serão feitas (pelos prefeitos) na infraestrutura

urbana nas próximas décadas – construção,

moradia, eficiência energética, geração de

energia e transporte – terão uma “influência

tremenda sobre a curva de emissões”. Falando

à plateia de prefeitos, ele disse:

São apenas palavras que, para o pequeno

exército de negacionistas que anda

desprezando, inclusive, a força da organização

que Guterres representa, não significam nada.

Trago aqui, no entanto, reflexões sobre a

realidade do nosso dia a dia, no micro espaço

chamado Rio de Janeiro, onde vivo. Conclui-se

que as palavras do líder da ONU não fazem

parte de uma retórica inútil, mas são um

alerta que todos os prefeitos, eleitos por voto

da população, deveriam ouvir. Sobretudo

aqueles que se inscreveram e foram aceitos

para fazer parte do C40, que hoje já tem 90

cidades. O Rio de Janeiro está entre elas.

Ando bastante na minha cidade. Escrevo aqui

na condição de cidadã, pedestre, mas admito

que tenho um olhar diferenciado porque

acumulo informações sobre tudo o que se

espera do espaço urbano para oferecer

qualidade de vida aos cidadãos. Ou, como

preferirem, para que se possa investir, de

fato, em desenvolvimento urbano sustentável.

Nas minhas andanças, ando ouvindo mais o

barulho da "Maquita", aquela máquina que soa

onde tem obra. Isto é bom, comemora-se,

porque a construção civil foi um dos

elementos da economia que colaborou para a

pequena (íssima) elevação do PIB este ano,

segundo especialistas. Percebo também,

andando por aí, grandes espigões de

concretos que se erguem em terrenos onde

antes havia outros empreendimentos.

Comemoram, assim, algumas centenas de

empregos que tais obras estão trazendo, o

que não é muito considerando os quase 13

milhões de desempregados no país. Mas é

uma lufada de esperança para essas pessoas,

depois de tanto desalento.

A minha pergunta é: o que acontece depois

que a obra termina?

Sabemos a resposta na maioria das vezes.

Contratados temporariamente para aquele

serviço, alguns dos operários vão para a fila

do desemprego novamente. Quando são

trazidos de outros estados, a situação piora.

Por falta de lugar onde pousar, muitos vão

aumentar a gigantesca quantidade de

moradores de rua. Está aí, estampado em

cores e rostos, o impacto social das grandes

obras.

Mas há também os impactos ambientais

desses empreendimentos. Um deles, a rede de

esgoto do local.

Em Botafogo, por exemplo, há uns dois ou

três grandes prédios sendo construídos. Um

relatório que está sendo concluído pelo

Movimento Enseada Limpa (criado em

fevereiro deste ano) em parceria com a

Associação dos Moradores de Botafogo (Amab)

ao qual tive acesso, esmiúça a atual

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Grupo de Comunicação

conjuntura de poluição da Enseada de

Botafogo, e ela não é nada boa. A praia está

permanentemente imprópria para banho,

cheia de coliformes fecais. Melhor traduzindo,

esgoto in natura.

“Existem duas fontes de poluição direta na

Enseada de Botafogo. A primeira fonte são os

rios Berquó e Banana Podre (os dois correm

quase totalmente submersos no bairro de

Botafogo) e a segunda fonte são os despejos

irregulares de esgoto diretamente na enseada

por meio de galerias... e, atualmente existe

um despejo de esgoto contínuo na enseada

através de galerias que ficam embaixo do

Clube Iate Clube do Rio de Janeiro”, diz o

relatório, ressaltando a necessidade de se

rever o projeto de governança na área de

saneamento do município.

O que acontece, ainda segundo o relatório, é

que o sistema de esgotamento sanitário do

bairro é centenário, “com vários trechos da

rede coletora ainda em manilha de barro, e foi

projetado para um bairro de residências

unifamiliares, casas e sobrados”.

Como se sabe, Botafogo hoje é bem diferente.

São 82.890 habitantes morando em estruturas

cada vez mais verticalizadas e, por conta

disso, a infraestrutura de coleta e transporte

de esgoto não está suportando a carga. Sem

outra solução, o que está posto são ligações

clandestinas que direcionam o esgoto direto

na rede de águas pluviais. E não precisa ter

bola de cristal para saber que isto não dá

certo.

“Vale aqui chamar a atenção que a vizinha

região do vale do Rio Carioca sofre dos

mesmos problemas aqui abordados, pois não

teve sua rede de esgotos bem mantida e

devidamente ampliada para atender as

numerosas novas construções habitacionais. O

rio Carioca, que deságua na praia do

Flamengo, foi transformado em coletor de

esgotos e foi instalada em sua foz, desde

2000, uma Unidade de Tratamento de Rio –

UTR, hoje de responsabilidade também da

Fundação Rio Águas. Essa foi uma solução

paliativa, de custo elevado de operação e de

manutenção, e que também prejudica a vazão

livre das suas águas”, diz ainda o relatório.

A outra questão que deveria constar num

estudo de impacto ambiental de grandes

prédios é a malha viária urbana. Sim, haverá

garagem para todos os carros de todos os

moradores do prédio, e eles pagarão bem por

isso, valor incluído no condomínio, lucro para

as construtoras.

O que parece que se esquecem os donos dos

prédios é que todos esses carros, em algum

momento, sairão das ruas e vão ajudar a

congestionar ainda mais o trânsito já sufocado

de bairros como, por exemplo, Laranjeiras. Ali

também há espigões crescendo, de um jeito

que assusta.

Guterres, em seu discurso para os prefeitos,

lembra que temos recursos, tecnologia, para

lidar com as mudanças climáticas e que as

cidades podem ser o caminho para uma

grande virada. Mas o líder da ONU parece ter

noção exata da complexidade que envolve as

medidas que exige dos prefeitos.

“O que falta ainda em muitos níveis é a

vontade política”, diz ele.

E vontade política não se constrói, não se

embala. Ela precisa estar no DNA de quem se

acha no direito de se candidatar a um cargo

público. E precisa ser cobrada por quem deu o

voto.

https://g1.globo.com/natureza/blog/amelia-

gonzalez/post/2019/10/21/resposta-as-

mudancas-climaticas-podem-vir-das-cidades-

diz-lider-da-onu.ghtml

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Veículo: El País - Opinião

Data: 18/10/2019

E se manchas de petróleo nas praias do

Nordeste fossem um aviso dos deuses?

Resíduos de petróleo também podem ser um

alerta da decadência política, social e humana

que o país está enfrentando

JUAN ARIAS

As misteriosas manchas escuras que estão

sujando as belas praias do Nordeste do Brasil,

cuja origem ainda é desconhecida, podem ser

mais do que resíduos de petróleo lançados ao

mar. Poderiam ser também um aviso dos

deuses neste momento em que o Governo

brasileiro tem uma política desastrosa de

defesa do meio ambiente.

Não sei se existem deuses e demônios, mas a

linguagem se alimenta de símbolos. E essas

manchas pretas também poderiam ser um

alerta da decadência política, social e humana

que o país está enfrentando. Um território

todo ele rico em reservas de todo tipo e pobre

em líderes que poderiam transformá-lo em

fonte de riqueza para acabar com uma

pobreza que asfixia todo o país e

especialmente o Nordeste, se excetuarmos a

pequena dinastia do dinheiro fácil e dos

privilégios de seus governantes, às vezes

únicos no mundo das democracias ocidentais.

Antes que as misteriosas manchas de petróleo

infestassem cada vez mais as praias

nordestinas, o governo Bolsonaro, com sua

política de exclusão, seus escarceis

autoritários e racistas, já tinha sujado a

imagem do país no exterior. O Brasil acabou

provocando vergonha no mundo livre, que

pergunta assombrado o que está acontecendo

com um país que já foi um sonho feliz para

tantos estrangeiros. Hoje são os brasileiros

que gostariam de deixar um país do qual um

dia se disse que Deus havia nascido nele.

O Nordeste do Brasil, com a face cristalina de

seus mares e rios, cuja beleza e doçura do

clima são proverbiais no mundo, não está

sofrendo apenas um desastre ambiental. É

também uma catástrofe para sua já frágil

economia, para seus milhares de pescadores

cujo peixe, única fonte de subsistência,

ninguém quer comprar por medo de que possa

estar contaminado. Pode ser uma catástrofe

para o turismo, um dos mais prósperos do

país.

O Nordeste do Brasil é acusado injustamente

de ser, com sua indolência, a causa de seu

atraso econômico. Ao contrário, como afirmam

os especialistas em economia, está

demonstrando ser uma das regiões com maior

desejo de empreender e se libertar de seu

atraso atávico, e não como resultado do saque

da política atrasada e corrupta de seus

caciques.

O Nordeste está de luto e os governantes

calam e olham para outro lado. Que eu saiba,

o presidente da República, que já ofendeu os

nordestinos com sua linguagem racista, não

fez o gesto de ir ao local dessa nova catástrofe

ambiental para consolar os trabalhadores que

a estão sofrendo.

Nem sabemos ainda de onde vêm essas

guirlandas negras misteriosas e ameaçadoras.

Afinal, isso afeta o território mais pobre do

país que carrega o estigma injusto de ser o

culpado de sua pobreza. Se isso tivesse

acontecido no Brasil rico, os políticos já

estariam correndo para lá para derramar

lágrimas de crocodilo.

O Brasil e seu exército de evangélicos querem

levantar um grande museu da Bíblia na capital

do país. O que se precisa neste momento é

um profeta como os do Antigo Testamento,

que explicasse que essas manchas de óleo,

como feridas negras em nosso rosto, podem

conter um aviso dos deuses. Como o foram as

terríveis pragas do Egito com as quais Deus

puniu o faraó para que deixasse Moisés tirar

seu povo da escravidão para levá-lo à

liberdade.

Hoje existe um poder no Brasil preocupado

principalmente com o crescimento da minoria

rica e privilegiada do país. Esquecem que na

pirâmide que o representa, a grande base é

composta por milhões de trabalhadores para

os quais as novas leis e projetos que o

Governo está aprovando os empurra ainda

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Grupo de Comunicação

mais para um estado de escravidão disfarçado

de liberdade, enquanto reduz direitos daqueles

que mais precisariam vê-los ampliados.

Os deuses, com a praga negra que aflige os

nordestinos, que toda vez que os visitei me

surpreenderam e me emocionaram com a

delicadeza elegante e alegre de seu trato,

poderiam estar avisando que ou os faraós que

os governam se esforçam para devolver as

liberdades das quais estão sendo despojados e

os preconceitos com os quais estão sendo

ofendidos, ou novas pragas piores poderiam

continuar atormentando todo o país.

https://brasil.elpais.com/brasil/2019/10/18/op

inion/1571395042_669271.html

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Veículo: Globo Rural

Data: 20/10/2019

O que muda no Cadastro Ambiental Rural

após a extinção do prazo final

4 min

Exibição em 20 Out 2019

Após vários adiamentos, legislação não impõe

mais uma data-limite para a adesão ao

sistema do Código Florestal, mas que não fizer

poderá perder benefícios.

https://globoplay.globo.com/v/8019303/progr

ama/

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Grupo de Comunicação

Veículo: G1 Natureza

Data: 21/10/2019

Palmeiras plantadas por Burle Marx há

meio século finalmente dão flores no Rio

Talipots, como são conhecidas, florescem

apenas uma vez na vida e morrem na

sequência.

Por Diogo Dias e Rogério Coutinho

Árvores plantadas no início dos anos 60 pelo

paisagista Burle Marx começam a dar flor no

Aterro do Flamengo, Zona Sul do Rio. A

florada, porém, só ocorre uma vez na vida, e

depois disso a planta – uma espécie de

palmeira – morre.

A curiosa palmeira é a Corypha umbraculifera,

chamada popularmente de talipot. É nativa do

Sul da Índia e do Sri Lanka, pode chegar a 30

metros de altura e tem folhas de cinco metros

de diâmetro.

É no topo que sua beleza se destaca, onde as

flores - minúsculas - nascem. Cada palmeira

só se exibe assim uma única vez, geralmente

quando atinge ente 40 e 70 anos de idade.

Talipots floridas no Aterro do Flamengo —

Foto: Reprodução/TV GloboTalipots floridas no

Isabela Ono, diretora do Instituto Burle Marx,

diz que a partir da florada a talipot começa a

morrer. “Ela dá essa floração, vai dar uns

cachos enormes de frutos. Os furtos vão cair,

e ela vai começar realmente a definhar –

como a gente mesmo, né”, enumera.

“Ela vai ficando velhinha, velhinha, até que ela

tomba. Por isso que cortamos, para ela não

cair em cima de alguém”, destaca Isabela.

Flores da talipot, a palmeira que só floresce

uma vez na vida — Foto: Reprodução/TV

Globo

Origem das plantas é um mistério

A diretora do instituto conta que o paisagista

testou plantar as talipots no Aterro e no sítio

dele, em Barra de Guaratiba. Mas a origem

delas ainda é um mistério.

“Não se sabe exatamente de onde ele trouxe

as sementes. Ele foi à Índia, pode ter sido de

lá. Ou de hortos de amigos botânicos em torno

do mundo”, disse Isabela.

Os grupos estão espalhados pelo Parque do

Flamengo. As que conseguem receber luz do

sol crescem mais – as mais altas estão floridas

agora.

O fotógrafo Gustavo Pedro de Paula já tinha

visto uma florada das talipots no Aterro. “É

uma oportunidade única”, resume.

https://g1.globo.com/rj/rio-de-

janeiro/noticia/2019/10/21/palmeiras-

plantadas-por-burle-marx-ha-meio-seculo-

finalmente-dao-flores-no-rio.ghtml

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Grupo de Comunicação

Veículo: G1 Natureza

Data: 21/10/2019

Brasileiros criam código para impedir

tratores e outras máquinas de

funcionarem em áreas protegidas

Usando mapa oficial de áreas protegidas,

ativistas levaram cinco meses para escrever

código que, implantado em máquinas novas

ou antigas, pode impedir remotamente crimes

ambientais como desmatamento e garimpo.

Por Ana Carolina Moreno, G1

Código da Consciência foi criado por uma

equipe brasileira para impedir que tratores e

outras máquinas funcionem em áreas

protegidas — Foto: Divulgação/AKQA

Diante da impossibilidade de instalar cercas e

câmeras de segurança para proteger as

florestas de crimes ambientais, e da baixa

probabilidade de demover grupos de

exploradores de se aproveitarem da vastidão

das áreas protegidas para desmatar ou

garimpar ilegalmente, um grupo de brasileiros

decidiu conscientizar as máquinas usadas por

eles.

Foi assim que nasceu, no mês passado, o

Código da Consciência, um código de

programação escrito por uma equipe de sete

pessoas em menos de cinco meses que,

usando a geolocalização e um mapa das áreas

protegidas em todo o mundo, faz com que

qualquer máquina pare de funcionar sempre

que estiver em uma delas.

O código vale tanto para tratores e

motosserras usados para derrubar árvores

quanto para as motobombas e escavadeiras

hidráulicas essenciais para o garimpo,

passando pelos caminhões que transportam a

madeira nobre e o ouro extraídos ilegalmente

dessas terras.

Criado pelo estudo AKQA, que fica em São

Paulo, com o apoio de diversas entidades

ambientais, o Código da Consciência é

"relativamente simples", disse ao G1 a equipe

por trás do projeto.

Como pode ser implantado e usado em

qualquer lugar do planeta, os brasileiros

enviaram o código para um teste na Austrália

– que foi bem sucedido.

Como funciona o Código da Consciência?

O código foi escrito na linguagem de

programação python, por ser simples e poder

ser facilmente traduzida para outras

linguagens;

Como atualmente esse tipo de maquinário

pesado já usa tecnologia avançada, com GPS

e computador de bordo, a ideia é que as

fabricantes incluam o código em seu software

original, e equipamentos já fabricados podem,

com uma atualização de software, ganhar

acesso ao programa;

Como se trata de um código aberto, as

fabricantes podem fazer adaptações para

implementá-lo ao seu software;

Combinando as latitudes e longitudes de

mapas oficiais já existentes e o GPS dos

equipamentos, o código pode desligar a

máquina sempre que ela estiver em uma área

de proteção oficial.

De proposta a produto

A proposta foi apresentada às dez maiores

fabricantes do mundo de equipamentos

pesados como tratores, escavadeiras e

caminhões, instrumentos sem os quais não é

possível derrubar ou transportar árvores

amazônicas, por exemplo.

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Grupo de Comunicação

Segundo os idealizadores, nenhuma delas é

brasileira, mas todas têm fábricas no Brasil, e

uma "grande fabricante global" já está em

conversa para adicionar o código ao sistema

operacional de suas máquinas.

Além disso, vários políticos já pensam em criar

leis para obrigar a implantação do código nos

equipamentos.

Agora, o grupo busca parceiros para produzir

o produto em larga escala.

https://g1.globo.com/natureza/noticia/2019/1

0/21/brasileiros-criam-codigo-para-impedir-

tratores-e-outras-maquinas-de-funcionarem-

em-areas-protegidas.ghtml

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Data: 21/10/2019

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Grupo de Comunicação

FOLHA DE S. PAULO Elio Gaspari - O atraso, a energia solar e as

patinetes

Assuntos de Interesse: Energia solar

O que se quer em Pindorama é afogara

concorrência do novoJornalista, autor de cinco

volumes sobre a história do regime militar, entre

eles "A Ditadura Encurralada"

O atraso sabe se defender. Ele precisa de tempo

e de um deba te embaralhado. Se uma coisa não

andou num governo, talvez ande no próximo. A

Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel)

apresentou uma proposta para redesenhar as

tarifas do mercado de energia solar

Grosseiramente, uma família que mora numa

casa e paga R$ 300 mensais por sua energia

pode investir R$ 15 mil em painéis solares,

derrubando sua conta para R$50. Como essa

casa está ligada à rede das distribuidoras, elas

querem redefiniras normas do mercado, ficando

com uma parte do que se economizou.

Desde o ano passado, realizaram-se consultas

públicas que duraram até quatro meses, com três

reuniões presenciais, em Brasília, São Paulo e

Fortaleza. Desse trabalho sobrou mui to pouco e

a Aneel apresentou uma nova proposta. Nela,

para quem já usa energia solar, até 2030 fica

tudo como está. Quem entrar nesse tipo de

consumo a partir das novas normas, que viriam

em 2020, tomará uma tunga crescente, de 30%

a 60% do que vier a poupar.

A conduta da Aneel fica esquisita quando se sabe

que a nova consulta pública durará 45 d ias e

desta vez haverá uma só audiência presencial.

Seria pressa, vá lá.

Como qualquer assunto relacionado com energia,

a discussão das tarifas é coisa complexa. Mesmo

assim, sabe-se que a luz do Sol é limpa, produzi

da pelo Padre Eterno. As distribuidoras sustenta

m que esse mercado já está maduro e por isso

devem cobrar mais de quem está ligado às suas

redes.

No Brasil a energia solar está com 0,18% do

mercado. O problema do equilíbrio com as tarifas

das distribuidoras foi enfrentado em regiões dos

Estados Unidos, na Alemanha e na China. Em

todos os casos, só se mexeu nas normas depois

que a energia solar tomou em torno de 5% do

mercado. O que se querem Pindorama é afogar a

concorrência do novo.

No lance da Aneel há 0 interesse específico das

distribuidoras. O que se pode dizer da Prefeitura

de São Paulo apurrinhando as patinetes? Os

doutores querem que se definam pontos de

estacionamento para elas. Tudo bem, 0 sujeito

pega uma patinete para um percurso de dois

quilômetros e depois precisa percorrer mais mil

metros para estacioná-la.

Isso acontece numa prefeitura que deveria

fiscalizar as caçambas de entulho que se

transformam em lixeiras. Desde 2008 uma lei

manda que exista um cadastro eletrônico das

caçambas. Cadê? Em 2017 a prefeitura (gestão

João D ori a) prometeu que cada uma dessas

lixeiras a céu aberto teria um chip e assim seria

possível evitar que elas ficassem nas ruas além

dos prazos permitidos. Cadê?

No caso das patinetes o atraso ataca o novo

apenas porque ele apareceu.

A Hiroshima de Janot

O Intercept Brasil revelou que, às 20h11 do dia

17 de maio, o procurador Deltan DalIagnol disse

o seguinte a uma colega:

“Janot me disse que não sabe se Raquel é

nomeada porque não sabe se o presidente vai

cair”

Poucas horas antes da conversa de Janot com

Dallagnol havia explodido a bomba do grampo de

Temer com o empresário Joesley Batista,

ocorrida em março. Janot conhecia o áudio e,

desde o início de maio, sabia também que o

repórter Lauro Jardim recebera uma narrativa da

conversa gravada.

A frase desconjuntada de Dallagnol revela que

naquela noite Janot associava uma possível

queda de Michel Temer ao desejo de bloquear a

escolha de Raquel Dodge para o seu lugar. O

então procurador-geral da República ficou na

situação do japonês de Hiroshima que, em

agosto de 1945, acordou, foi ao banheiro, deu a

descarga e BUUUM explodiu a bomba atômica. O

japonês da piada enganou -se, mas Janot achou

que detonara 0 governo e Temer cairia. Nas 24

horas seguintes, pareceu possível que o

presidente renunciasse.

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Data: 21/10/2019

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Grupo de Comunicação

Antes da explosão do grampo de Joesley Batista,

Janot teve pelo menos duas conversas com

Temer; tratando da sua substituição na

procuradoria-geral, pois seu mandato ia até

setembro. Em ambas, criticou os colegas que

provavelmente viriam na lista tríplice da guilda

de procuradores, esperada para junho. Seu

desapreço pela doutora Dodge era enfático. Na

segunda conversa, Temer cortou a manobra

dizendo-lhe que se estivesse interessado em ser

reconduzido, seria melhor que se inscrevesse

como candidato.

A conversa de Janot com Dallagnol também

sugere que o procurador-geral difiicilmente iria

ao Supremo no dia 11 de maio decidido a fuzilar

0 ministro Gilmar Mendes, matando-se em

seguida. Noves fora que ele não estava em

Brasília, mas em Belo Horizonte, ele tinha outro

projeto: soltar 0 grampo de Temer, derruba Io,

impedir a escolha de Raquel Dodge e, quem

sabe, ser reconduzido para a procuradoria-geral.

A trompa da Nona

O juiz Marcus Vinícius Reis Bastos, da 12ª Vara

Federal Criminal de Brasília, absolveu 0 ex-

presidente Michel Temer no processo em que era

acusado de ter obstruído a ação da Justi ça no

diálogo que manteve com 0 empresário Joesley

Batista.

Os critérios jurídicos que levaram 0 magistrado a

essa decisão são de sua alçada. Contudo, 0

doutor desqualificou 0 conteúdo da fita porque o

laudo da perícia registra a existência de 76

trechos ininteligíveis e outros 76 momentos de

“descontinuidade”

Os 38 minutos do grampo de Joesley Batista

quebraram a perna do governo de Temer. Ele

tem trechos ininteligíveis e descontinuidades e

enquanto não/oi conhecida a sua íntegra, ganhou

interpretações precipitadas. Apesar de tudo isso,

é uma peça sólida.

Desqualificá-lo pelos detalhes seria o mesmo que

negar o desempenho de uma orquestra que

tocou a Nona Sinfonia de Beethoven porque a

quarta trompa desafinou. A trompa de fato

escrocou, mas aquilo que a orquestra tocou era a

Nona.

VB na rede

Às vésperas de decisão do Supremo sobre a

prisão depois da segunda instância, 0 general da

reserva Eduardo ViliasBôas voltou às redes

alertando para 0 risco de uma “eventual

convulsão social".

Se ele falou como assessor especial do Gabinete

de Segurança Institucional, a falta de detalhes

torna seu alerta um simples asterisco.

Se falou como ex-comandante do Exército, o

melhor que se tem a fazer é ouvir o silêncio de

três de seus antecessores, os generais Enzo Peri,

Francisco Albuquerque e Gleuber Vieira.

Comandaram 0 Exército durante 17 anos,

passaram 0 bastão e deixaram seus sucessores

trabalhar em paz.

Embaixador radioativo

O melhor que Bolsonaro tem a fazer é arquivar a

ideia de in dicar seu filho Eduardo para a

embaixada em Washington.

Depois do escândalo da diplomacia de compadrio

de Donald Trump e do tenebroso telefonema que

deu ao presidente da Ucrânia, o 03 perto da Casa

Branca seria uma fonte de radioatividade.

Nova política

Ganha uma licença para queimar três alqueires

da Amazônia quem puder dizer um só item de

interesse público na briga de Bolsonaro com 0

PSL e do PSL com Bolsonaro.

http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?c=

0&n=32619243&e=577

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Data: 21/10/2019

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Grupo de Comunicação

O QUE A FOLHA PENSA: Derrame de inépcia

Falta governo esclarecer se cumpre plano de

2013 para deter óleo em praias do NE

Mancha de óleo na praia de Sítio do Conde (BA) -

Raul Spinassé/Folhapress

Quase dois meses após as primeiras manchas de

óleo chegarem às praias do Nordeste, persiste o

enigma sobre a origem do derramamento. Não

que achar culpados seja a maior prioridade,

diante do desafio de livrar 2.100 km de litoral do

piche que parece interminável, mas a

incapacidade de fazê-lo ilustra bem a letargia do

governo.

Pela extensão alcançada do desastre, cerca de

um quarto da costa brasileira, já se trata do

maior acidente do gênero. Foram afetadas 187

localidades em 77 municípios dos 9 estados

nordestinos.

Mais que organizar e liderar ações concretas de

remediação, o Planalto parece empenhado em

apontar o dedo para a Venezuela e propagar

vaga teoria conspiratória sobre intenção

criminosa na poluição. Uma coisa é o óleo ter

sido extraído de território venezuelano; outra,

bem diversa, é atribuir responsabilidade pelo

vazamento ao regime de Nicolás Maduro.

A hipótese mais provável indica que as manchas

parecem vir de alto-mar, a centenas de

quilômetros do litoral de Pernambuco e Paraíba.

Poderia ser um naufrágio, ou transbordo

desastrado de óleo a partir de um navio sem

registro contratado para burlar o embargo à

Venezuela. Ninguém sabe.

Sem indício palpável algum, o presidente Jair

Bolsonaro (PSL) sugeriu na sexta-feira (18) que o

objetivo oculto seria prejudicar o megaleilão de

cessão onerosa marcado para o mês que vem.

Trata-se de manobra canhestra para tentar

faturar politicamente uma tragédia para a fauna

e a flora com potencial de prejudicar o turismo e

a pesca no Nordeste.

Tal diversionismo trai o propósito de passar ao

largo do esclarecimento devido: estaria o

governo federal cumprindo tudo que prevê o

Plano Nacional de Contingência para Incidentes

de Poluição por Óleo em Água (PNC) aprovado

em 2013, ainda na administração da presidente

Dilma Rousseff (PT)?

Cabe ao Ministério do Meio Ambiente e à

Marinha, peças centrais do esforço necessário de

contenção dos danos, prestar contas à opinião

pública sobre isso. Com detalhes, com dispensa

de declarações pomposas de boas intenções.

Entretanto descobriu-se que a gestão de Jair

Bolsonaro extinguiu dois comitês integrantes do

PNC, em meio a sua ofensiva cega contra

conselhos e outros colegiados consultivos

instalados no Executivo federal —que o Planalto

julga serem herança dos anos petistas.

Difícil dizer agora se os comitês, caso estivessem

em funcionamento, permitiriam uma resposta

mais rápida e eficaz ao desastre. Fato é que esse

governo não se ajuda.

https://www1.folha.uol.com.br/opiniao/2019/10/

derrame-de-inepcia.shtml

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Data: 21/10/2019

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Grupo de Comunicação

O QUE A FOLHA PENSA: Nova infraestrutura

Se bem negociados, projetos que redesenham

setores poderão alavancar o PIB

Estação de compressão de gás natural em São

Carlos, interior de São Paulo - Edson Silva

/Folhapress

Tramitam pelo Congresso projetos de lei que

tendem a causar mudança de grande relevância

para o investimento privado em setores centrais

da economia do país.

Há textos que redesenham o mercado de gás, o

segmento de energia elétrica, o saneamento, o

modelo de concessões e parcerias público-

privadas, além de complementar a recém-

aprovada nova lei geral de telecomunicações,

que ainda precisa ser regulamentada.

Fora do Legislativo, há novidades emperradas

nas agências reguladoras, como o leilão das

redes móveis 5G, o que deve adiar investimentos

para daqui a dois anos.

São notáveis o alcance e a profundidade das

alterações que essas possíveis novas legislações

podem causar no panorama da infraestrutura e

da tecnologia nacionais. Mais do que isso, trata-

se de inovações necessárias para uma

recuperação do crescimento.

A lista constitui, na prática, um programa de

metas regulatórias, de criação de condições para

o investimento privado, ainda mais relevante em

uma situação de penúria estatal que não será

atenuada antes de meia década. Essa agenda

deveria ser prioridade de um governo que se

quer reformista.

Não é bem o que se observa —um tanto devido à

desarticulação parlamentar e à indefinição de

rumos do governo Jair Bolsonaro (PSL).

Quanto ao setor elétrico, por exemplo, tramitam

vários projetos de reorganização, baseados em

documento elaborado ainda no governo de Michel

Temer (MDB). Talvez surja outro projeto, do

Executivo, em uma desordem política.

O texto do saneamento avança, mas depende de

ajustes que facilitem a entrada de empresas

privadas nesse setor. Também nesse caso, falta

coordenação de esforços.

Ao menos a reforma da lei de concessões e PPPs,

que pode dar mais celeridade e garantias a essas

variantes de privatização, passou a andar em

ritmo apreciável, graças ao interesse do

presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ).

A liberalização dos setores de gás e saneamento,

o 5G e regras mais seguras para concessões

devem mudar o padrão do investimento no país.

A limpeza da imensa confusão no setor elétrico e

a privatização da Eletrobras podem garantir o

fornecimento de energia para a retomada do

crescimento.

O país e, espantosamente, mesmo a área

econômica do governo parecem não se dar conta

da enorme relevância de tais temas. A correta

primazia atribuída à reforma da Previdência não

justifica que essas pautas recebam menos

atenção do Planalto que ninharias políticas e

picuinhas ideológicas.

https://www1.folha.uol.com.br/opiniao/2019/10/

nova-infraestrutura.shtml

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Data: 21/10/2019

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Grupo de Comunicação

Soberania, Amazônia e aquecimento global

Queimada no Pará afeta paquistanês ou

trumpista

Rogério Cezar de Cerqueira Leite

No começo da década de 1980, o brilhante

brigadeiro Aldo Vieira da Rosa, professor emérito

da Universidade Stanford (EUA) e especialista em

ionosfera (parte superior da atmosfera terrestre),

escreve um artigo para esta Folha alertando

sobre a emissão de gases de efeito estufa e as

consequências para o clima. Peguei o pião na

unha. Voltei para os livros, para os artigos.

Conclui então que a combinação de fenômenos

físicos responsáveis pelo efeito estufa

atmosférico tinha como consequência inexorável

o aquecimento da Terra e de sua atmosfera. E

tais fenômenos decorriam necessariamente da

combustão de materiais orgânicos, tais como

petróleo e seus derivados, carvão, gás natural,

madeira e outros produtos vegetais.

Meus cálculos mostravam que o volume de gases

do efeito estufa que seriam produzidos pela

queima total da floresta amazônica seria

equivalente ao daquele emitido pelo petróleo já

queimado somado às suas reservas medidas.

Lancei-me à luta pelo esclarecimento da

população e dos governantes.

O físico e professor emérito da Unicamp Rogério

Cezar de Cerqueira Leite - Keiny Andrade -

29.mar.17/Folhapress

Fui chamado de alarmista, inclusive por eméritos

acadêmicos. Todavia, já no início do século 21

não havia um único cientista, reconhecido pela

competência, que negasse o aquecimento global

e sua gênese na atividade humana. As poucas

vozes que negam hoje o aquecimento global e

sua origem antropogênica ou são de

pseudocientistas em busca de holofotes ou de

sustento alimentar. Também é possível que

sejam tão tapados intelectualmente que não

consigam entender os fenômenos da física

elementar envolvidos no aquecimento global.

Por falar em Jair Bolsonaro, o presidente do

Brasil tem toda a razão em lutar veementemente

pela soberania nacional. Mas voltemos à vaca

fria.

O negacionismo científico relativo ao

aquecimento global entre cientistas é hoje zero.

De cerca de 25 mil artigos sobre o assunto,

publicados de 2014 a 2016, apenas 5 negam a

natureza antropogênica do aquecimento global. E

pode-se imaginar quais sejam suas obscuras

motivações.

Não nego a soberania de meu vizinho sobre sua

casa e seu quintal, mas peço a interferência da

polícia se depois das dez da noite ele põe

naquela altura o seu rock metálico.

Se pudéssemos manter em nosso espaço

soberano as insidiosas moleculazinhas que

emitimos quando pomos fogo em nossa mata,

situada em nosso território nacional, então

poderíamos falar em soberania. Mas acontece

que essas danadas moleculazinhas são

indisciplinadas. Não aceitam ordem unida. Elas e

seus efeitos nocivos se espalham pela Terra.

Uma queimada no Pará pode contribuir para

matar um pobre paquistanês que nunca ouviu

falar em Amazônia —ou um letrado alemão e até

mesmo um americano trumpista.

As moléculas de gases de efeito estufa emitidas

no Brasil não respeitam a soberania dos demais

países do planeta. Eis por que essa soberania

sobre a Amazônia tem que ser mais bem

compreendida.

E não devemos esquecer o sábio ensinamento de

Goethe: “Aquele que não se controla acaba

sendo controlado”. A soberania sobre a Amazônia

precisa ser conquistada. Só a mereceremos se a

cultivarmos e a respeitarmos como verdadeiro

patrimônio a ser conservado.

Rogério Cezar de Cerqueira Leite

Físico, professor emérito da Unicamp, membro

do Conselho Editorial da Folha e presidente do

Conselho de Administração do CNPEM (Centro

Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais)

https://www1.folha.uol.com.br/opiniao/2019/10/

soberania-amazonia-e-aquecimento-global.shtml

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Data: 21/10/2019

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Grupo de Comunicação

Tasso deve retirar fim de isenção a

filantrópicas de PEC paralela da Previdência

Vão-se os anéis

O relatório da PEC paralela da reforma da

Previdência deve desembarcar desfalcado nos

próximos dias na Comissão de Constituição e

Justiça do Senado. O fim da isenção tributária a

entidades filantrópicas será suspenso. Segundo

aliados, o relator Tasso Jereissati (PSDB-CE) teria

se convencido a tratar do tema em projeto de lei

após a reforma, detalhando como corrigir o que

ele considera uma injustiça. Entre as beneficiadas

pela menor tributação, há faculdades de elevado

padrão aquisitivo.

Catecismo

Parlamentares narram que universidades e

outras entidades ligadas a igrejas intensificaram

o lobby nas últimas semanas e conquistaram

apoio contra a ofensiva, como o do chefe da Casa

Civil, Onyx Lorenzoni. O ministro prometeu

levantar oposição do próprio governo, em tese o

maior interessado em aumentar a arrecadação.

De boas intenções…

Tasso calculava economizar R$ 155 bi em dez

anos com a contribuição ao INSS das entidades

filantrópicas e do agronegócio, compensando

parte da desidratação da reforma da Previdência

no Senado. Com a retirada, a PEC paralela se

concentrará nas aposentadorias de estados e

municípios.

Segundo tempo

Com estrada em temas fiscais, o ex-ministro do

Planejamento Esteves Colnago, adjunto na

secretaria especial de Fazenda, pilotará o contato

com parlamentares na tramitação do pacote pós-

Previdência que Paulo Guedes lança nos

próximos dias.

Barreira de coral

A deputada Gleisi Hoffmann (PT-PR) não gostou

de saber que a equipe de Guedes estuda inserir

medidas que reduzem os gastos do governo em

proposta de emenda constitucional que elaborou

quando ainda era senadora e aliada do governo

Dilma Rousseff.

Barreira de coral 2

O espírito de seu texto, diz, é permitir que o

gasto público aumente quando a economia

patina, como agora, e não o oposto. “Não vou

permitir que usem o projeto para isso. Se

precisar retiro.”

A regra é clara

Gleisi, que é presidente do PT, rejeita ainda o

diagnóstico feito por colegas de partido ao Painel,

de que a soltura de Lula pode ajudar a reagrupar

a direita, em crise. “É como deixar o Pelé no

banco porque os adversários vão reforçar a

retranca”, diz. Para ela, a direita teme competir

com Lula livre. “Quem tem medo de jogar, não

desce pro play.”

Senhor de mim

Escalado pelo PSL para representar o partido na

comissão parlamentar que investiga a

disseminação de fake news, o deputado Julian

Lemos (PB), hoje desafeto da família

presidencial, adiantou ao Painel seu

posicionamento. “Eu vou ser imparcial. Ponto

final. Serei justo”.

Senhor de mim 2 A comissão é um dos maiores

focos de preocupação de aliados do presidente

Jair Bolsonaro —os filhos dele condenam a

investigação.

Que se come frio

Apesar das derrotas impostas à ala bolsonarista,

o líder do governo na Câmara, Major Vitor Hugo

(PSL-GO), não escondeu de ninguém a satisfação

pessoal que sentiu com a queda de Joice

Hasselmann (PSL-SP).

Que se come frio 2 Joice, tirada por Bolsonaro da

liderança do governo no Congresso, criticava o

desempenho de Hugo, de quem o presidente é

pessoalmente próximo.

Parede com ouvidos

A sequência de gravações ocultas patrocinadas

por membros do PSL intrigou líderes de outras

legendas da Câmara. A partir de agora, diz um

deles, reunião com o PSL só se puder ser pública,

sem bastidor nem confidência.

Teus sinais

Conselheiros do CNMP (Conselho Nacional do

Ministério Público), responsável por analisar e

aplicar sanções contra procuradores, dizem que a

interlocução com Augusto Aras, procurador-geral

da República, hoje é mínima. E que, por isso,

eles não têm ideia de como será a condução dele

à frente do órgão.

Front

O CNMP precisa escolher seu novo corregedor. A

eleição poderia ocorrer nesta terça (22), mas

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Data: 21/10/2019

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Grupo de Comunicação

conselheiros estão pessimistas. A ala que quer

aplicar sanções a Deltan Dallagnol, por exemplo,

quer emplacar Sebastião Caixeta, do Ministério

Público do Trabalho. Já Aras trabalharia por

Marcelo Weitzel, do Ministério Público Militar.

TIROTEIO

Seria descaramento histórico qualquer

movimento fora do cárcere, e o STF deve ter a

exata noção de sua responsabilidade

Do senador Álvaro Dias (Pode-PR), sobre os

planos do ex-presidente Lula de rodar o país caso

conquiste vitória no STF e saia da prisão

https://painel.blogfolha.uol.com.br/2019/10/21/t

asso-deve-retirar-fim-de-isencao-a-filantropicas-

de-pec-paralela-da-reforma-da-previdencia/

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Grupo de Comunicação

Doria turbina imagem pública com

inaugurações privadas e anúncios

duplicados

Governador busca se manter em evidência com

agenda recheada de eventos e entrevistas

Joelmir Tavares

Carolina Linhares

SÃO PAULO

Com uma agenda moldada para mantê-lo em

evidência, João Doria (PSDB) turbina sua

exposição pública ao privilegiar contatos com a

mídia, incluir inaugurações e investimentos

privados na sua lista de afazeres como

governador e anunciar medidas mais de uma

vez.

Cotado para disputar a Presidência em 2022, o

tucano manteve um ritmo intenso de atividades

em nove meses no Palácio dos Bandeirantes —

chegou a fazer até o descerramento da placa de

instalação de escadas rolantes em um terminal

de ônibus de Francisco Morato, em setembro.

Governador do Estado de São Paulo, João Doria

participa da implantação do terminal rodoviário

oeste de Franco da Rocha Local: Franco da

Rocha - SP. Data: 04\09\2019 Foto: Governo

do Estado de São Paulo

A Folha analisou a agenda dele de 1º de janeiro a

10 de outubro —foram 166 entrevistas coletivas

à imprensa em 283 dias, a maioria para anunciar

feitos do governo. No período, Doria participou

do lançamento de 32 programas, esteve em 58

inaugurações e fez 121 anúncios de medidas.

A tabulação foi feita com base nos registros da

agenda oficial divulgada no site do governo e no

grupo de WhatsApp usado pela assessoria de

imprensa para compartilhar conteúdos de Doria

com jornalistas.

Foram excluídas do levantamento reuniões a

portas fechadas ou participações em eventos sem

relação direta com o governo.

Cerca de 10% dos anúncios e inaugurações

descritos na agenda correspondem a ações e

investimentos de empresas privadas. Seja no

lançamento da nova fábrica da Cargill ou da nova

sede da Nestlé, o governador se apropria dos

eventos ao posar para fotos e fazer discursos.

No mês passado, por exemplo, o tucano

inaugurou uma fábrica de chocolates da Mars

Wrigley, em Guararema, e posou com uma caixa

de Snickers, produto da marca.

Ainda em setembro, ele usou touca e avental no

ato que marcou a abertura de uma nova linha de

produção da fábrica de sucos Natural One, em

Jarinu.

A prática de conciliar interesses públicos e

privados foi mais comum no setor automotivo,

considerado estratégico por Doria.

Depois de anunciar, em março, o programa

IncentivAuto (que dá desconto no ICMS para

montadoras), o governador participou de

anúncios de investimentos da Honda, da Toyota e

da Volkswagen e ainda celebrou a compra da

Ford pela Caoa.

Com o programa São Paulo pra Todos, o

governador usou a mesma lógica de

propagandear um incentivo ao setor privado e,

depois, explorar a adesão de cada empresa como

uma nova conquista.

Lançado em fevereiro, o programa reduziu o

imposto sobre combustível de aviação. Nos

meses seguintes, o tucano anunciou à imprensa

novos voos de Passaredo, Gol e Azul. Para cada

anúncio, uma entrevista coletiva —algumas no

Bandeirantes.

As duas plataformas, IncentivAuto e São Paulo

pra Todos, exemplificam ainda outra estratégia

do governador: a de anunciar medidas antes que

elas entrem formalmente em vigor.

Quando Doria lançou esses programas, o governo

nem sequer havia enviado as propostas para a

Assembleia de São Paulo, onde os deputados

poderiam aprová-las ou rejeitá-las.

Anunciado em 5 de fevereiro, o São Paulo pra

Todos só foi encaminhado à Assembleia em 18

de abril. Os deputados aprovaram a medida em

26 de junho. Já o IncentivAuto, divulgado em 8

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Grupo de Comunicação

de março, foi proposto ao Legislativo em 11 de

junho e recebeu sinal verde em 2 de outubro.

Outra prática do governador é dedicar mais de

uma entrevista para anunciar uma mesma

medida. O programa SP Gastronomia apareceu

na agenda em 13 de agosto, data em que foi

apresentado ao tucano.

A medida surgiu mais duas vezes: falas à

imprensa em 23 de agosto e em 27 de setembro

foram classificadas pela equipe dele como

lançamento do programa.

Foi em uma etapa do SP Gastronomia em

Taubaté, no último dia 15, que Doria foi recebido

com um protesto e gritou aos manifestantes:

"Vai pra casa, vagabundo. [...] Vai pra casa,

aposentado". O governador acabou admitindo

que se excedeu.

Como mostrou a Folha, a agenda de Doria em

2019 também incluiu relançar, com novo nome,

um programa da gestão José Serra (PSDB) de

habitação para idosos e inaugurar uma estação

do Metrô que deveria estar funcionando desde

2014.

O pente-fino na agenda do tucano revela ainda

uma predileção por compromissos de curta

duração. Raras vezes os itens da pauta se

estendem por mais de uma hora.

Com eventos breves, o dia de Doria comporta

mais atividades, o que contribui para a

construção de uma fama almejada por ele: a de

gestor produtivo e chefe que nunca dorme.

O cronograma habitualmente é cumprido à risca

—o tucano costuma ser pontual e cobra o mesmo

de seus auxiliares.

A agenda formatada sob medida para render

boas imagens remonta à estreia de Doria na

gestão pública. Em seus apenas 15 meses como

prefeito da capital, o tucano foi pródigo em criar

situações.

Ao longo de 2017, ele surgiu vestido de gari,

plantou árvore, pintou ponto de táxi e usou

cadeira de rodas para testar uma calçada. Tudo

registrado por suas próprias equipes e pela

mídia.

Embora mais discreto como governador, ele já

embarcou em bote e foi navegar no rio Pinheiros

para prometer despoluição, dirigiu trator em uma

feira agrícola e botou chapéu de caubói em

Barretos.

Jornalista e publicitário, Doria comandou

programas de entrevistas na Band e o reality

show "O Aprendiz", na Record, antes de entrar

de vez para a política.

A experiência faz com que a área mereça atenção

especial do governador. Por isso, a agenda é

discutida com o secretário de Comunicação,

Cleber Mata, e com o coordenador de Marketing

do governo, Duílio Malfatti.

OUTRO LADO

Em nota, o governo paulista justificou a presença

de Doria em inaugurações e anúncios de

investimentos de empresas privadas.

"É papel do gestor estadual se preocupar e agir

para garantir mais emprego e renda para o

estado. Portanto, a participação do governador

em eventos desse tipo mostra a proatividade da

gestão em trazer cada vez mais emprego e

receita fiscal", afirma.

Em relação ao anúncio de programas que ainda

não foram votados pela Assembleia, o governo

diz que "desrespeito seria se a ação fosse por

decreto, por exemplo, sem o amplo debate que

as questões exigem".

Sobre os projetos anunciados mais de uma vez, o

governo diz que "são compostos por várias fases

e cada uma tem sua relevância".

A AGENDA DE DORIA

Governador de SP aposta em entrevistas e

anúncios para se manter em evidência

De 1º jan.19 a 10.out.19 (283 dias)

166 entrevistas à imprensa

121 anúncios de medida

58 inaugurações

32 lançamentos de programas

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Grupo de Comunicação

Cerca de 10% dos eventos correspondem a

inaugurações e anúncios feitos por empresas

privadas com a participação do tucano

https://www1.folha.uol.com.br/poder/2019/10/d

oria-turbina-imagem-publica-com-inauguracoes-

privadas-e-anuncios-duplicados.shtml

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Grupo de Comunicação

Painel S.A.: Levantamento aponta 298 obras

de mobilidade paradas ou atrasadas em SP

Segundo sindicato, problema é enfrentado em

mais de 30 pontes e viadutos

Canteiro de obras paradas

A indústria da construção pesada apurou 298

obras de mobilidade urbana paradas ou

atrasadas em São Paulo, em um levantamento

do Sinicesp (sindicato do setor). São mais de 30

obras de pontes e viadutos, que abrangem cerca

de R$ 100 milhões, três terminais e um VLT (R$

104 milhões). Mas o que preocupa o setor são as

mais de 250 obras urbanas e rodoviárias, como

metrô e trecho do Rodoanel Norte, por exemplo,

que representam ainda um volume de R$ 24

bilhões.

Asfalto

Um mercado que já empregou 120 mil pessoas

em 2014 e hoje gira em torno de 75 mil postos

de trabalho, a construção pesada lamenta até a

redução nas verbas para manutenção de pistas.

Buraco

“Vai entrar a estação chuvosa. A manutenção

feita no ano passado já foi menor do que em

anos anteriores. Se não preservar o que já tem,

vai deteriorar muito. Isso é questão de

segurança”, diz Carlos Eduardo Prado, gerente

técnico do Sinicesp.

Planta

Para além do uso medicinal da maconha debatido

no setor farmacêutico, as empresas de

cosméticos se interessam cada vez mais pelo

tema, segundo a Abihpec (associação das

indústrias de higiene e beleza). No foco estão a

criação de produtos usados no combate de rugas

e cremes anti-inflamatórios.

Fila

A Anvisa ainda não estuda regular cosméticos à

base da erva. Segundo a Abihpec, o setor, caso

autorizado, está disposto a importar óleo feito da

planta, sem THC, substância psicoativa, evitando

a resistência que haveria caso a maconha fosse

plantada aqui.

Lute como...

Uma menina de seis anos do Arkansas provocou

a indústria de brinquedos americana a repensar a

produção de bonecos de soldadinhos, uma

tradição de mais de 80 anos. Com a ajuda da

mãe, ela enviou uma cartinha a três fabricantes

pedindo versões femininas dos personagens.

...uma garota

A correspondência, que descrevia a frustração da

criança por encontrar, na melhor das hipóteses,

soldadinhos fardados pintados de rosa, chegou

até a imprensa americana. Segundo o New York

Times, a empresa BMC Toys, da Pensilvânia,

planeja lançar em 2020 uma linha com soldadas

empunhando bazucas, binóculos, pistolas e rifles.

Bula

A Abradilan, associação de distribuiddores

farmacêuticos, registrou alta de 7% nas vendas

de janeiro a agosto deste ano, atingindo R$ 3,9

bilhões. Os medicamentos genéricos e similares

representaram 44,5% do mercado.

Tanque

O debate sobre a venda direta de combustíveis

para postos esquenta no Congresso. Nas

próximas semanas, deve entrar na pauta a

votação do projeto de decreto a favor da medida

para o etanol.

Mamadeira

A mudança foi defendida na quarta (16) na

comissão de Minas e Energia pelo deputado Elias

Vaz (PSB-GO), que, para criticar o papel das

distribuidoras no processo, comparou a venda do

combustível com a de leite. “As crianças bebem

leite e não tem esse tipo de regra. Motor de carro

é mais importante do que gente?”, disse.

Visita

Já os parlamentares com visão oposta,

apontando risco de concentração de mercado,

aprovaram requerimento para convocar o diretor-

geral da ANP, Décio Oddone, pela segunda vez.

Querem que ele explique o debate na agência

para autorizar a venda de gasolina diretamente

da refinaria aos postos.

Luxo ecológico

No contexto de tragédias ambientais, a MCF,

consultoria de gestão de luxo de Carlos

Ferreirinha, convidou a executiva global Sylvie

Bérnard, da LVMH, para falar sobre

sustentabilidade em evento no dia 31.

Pilares

A crise no PSL tem sido acompanhada com

cautela por presidentes de empresas com

potencial de investimento. Os próximos capítulos

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Grupo de Comunicação

do racha no partido, dizem, devem ser

observados com a lupa econômica. Segundo um

alto executivo do setor financeiro, um presidente

precisa ter ao menos um de dois pilares para

tocar seu mandato: Congresso ou economia.

Equilíbrio

Conforme essa leitura, Dilma Rousseff sobreviveu

sem o Congresso até a economia estourar e

Michel Temer foi segurado pelos congressistas na

esteira de uma recuperação econômica pífia, mas

Bolsonaro precisa estar ciente de que a paciência

de 12,6 milhões de desempregados tem limite.

Multiplicação

A fintech Neon diz que abriu 450 mil contas em

setembro e que a alta invadiu outubro, com 70

mil adesões só na quinta-feira (17).

Com Filipe Oliveira e Mariana Grazini

Painel S.A.

Jornalista, Joana Cunha é formada em

administração de empresas pela FGV-SP. Foi

repórter de Mercado e correspondente da Folha

em Nova York.

https://www1.folha.uol.com.br/colunas/painelsa/

2019/10/levantamento-aponta-298-obras-de-

mobilidade-paradas-ou-atrasadas-em-sp.shtml

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Técnica usada em desastre aéreo ajuda na

busca por origem do óleo que atinge o

Nordeste

Cientistas independentes usam modelo de busca

de restos de avião para achar fonte das manchas

Simon Ducroquet

SÃO PAULO

Um esforço conjunto entre pesquisadores da

agência americana Noaa (Administração Nacional

Oceânica e Atmosférica dos EUA) e da

Universidade de Miami propõe um método usado

para rastrear destroços do avião da Malaysia

Airlines no oceano Índico, em 2014, para

identificar a origem do petróleo nas praias do

Nordeste.

Entre os cientistas dedicados à tarefa está o

oceanógrafo brasileiro Marlos Goes, que

disponibilizou os resultados preliminares do

estudo à Folha.

O método se baseia no uso de “derivadores

oceânicos”, boias um pouco maiores que uma

bola de basquete com um arrasto de 15 metros

de profundidade e que são arrastadas pelas

correntes marinhas.

Há milhares delas espalhadas pelos oceanos,

coletando dados sobre pressão atmosférica,

temperatura e localização. Esses dados são

enviados em tempo real para os computadores

da Noaa através de satélites.

Com esses dados, os pesquisadores conseguiram

construir o mapa que mostra as correntes

marítimas no momento anterior ao início do

aparecimento das primeiras manchas de óleo no

Nordeste brasileiro.

Esses dados alimentaram um modelo estatístico

no qual vários cenários são levados em conta e o

resultado aponta para a probabilidade da origem

do óleo em diversas áreas, e não um único

ponto.

Quando esse método foi aplicado no caso da

Malaysian Airlines, existiam fortes indícios do

ponto onde o avião havia caído no oceano Índico,

mas os destroços já tinham sido dispersados

pelas correntes marítimas. O método baseou-se

nos dados coletados pelas boias derivadoras para

determinar até onde os destroços tinham sido

levados.

De fato, muitos estavam encontrados próximos à

costa leste do continente africano, a milhares de

quilômetros do local de origem, como havia

previsto o método baseado nas boias.

No caso do petróleo no Nordeste, o modelo foi

aplicado ao reverso, porque não se sabe o ponto

de origem das manchas, e sim o local onde elas

são encontradas ao atingir a costa.

Para isso foram considerados vários cenários,

levando em consideração diferentes durações, já

que o momento em que o vazamento ocorreu, ou

ainda está ocorrendo, também é desconhecido.

Um dos cenários considera que o petróleo

começa a ser derramado cerca de 2 meses antes

das primeiras manchas aparecerem nas praias.

Nesse caso, é mais provável que o vazamento

tenha ocorrido distante do litoral, numa faixa que

acompanha as grandes correntes do Atlântico, a

cerca de 700 km da costa.

Outro cenário considera que o derramamento

tenha sido mais recente, cerca de duas semanas

antes das primeiras manchas aparecerem. Nesse

caso, o mais provável é que o ponto de origem

seja próximo à costa, numa faixa onde há uma

rota movimentada de navios.

Goes e a equipe do estudo não tiveram acesso a

detalhes da química do óleo, que poderia indicar

há quanto tempo a substância está no mar e,

com isso, aumentar a precisão do resultado.

Segundo ele, o óleo sofre modificações durante

seu trajeto devido ao consumo por bactérias e

evaporação, e isso poderia indicar há quanto

tempo o vazamento aconteceu.

Há ainda a possibilidade de que o óleo esteja se

deslocando logo abaixo da superfície da água,

sob a ação de outras correntes. Nesse caso, as

simulações indicaram que a substância estaria se

dispersando mais lentamente. Ou seja, mesmo

que o vazamento tenha ocorrido há poucos

meses, a sua origem poderia ser próxima da

costa, a cerca de 400 km.

Outras simulações já vêm sendo feitas. Estudo

do pesquisador Fernando Túlio Camilo Barreto,

vinculado ao Inpe, sugere que a origem do óleo

está a cerca de 400 km da costa. Outro estudo,

da UFRJ, indica a origem numa faixa de 600 a

700 km da costa.

Os representantes do governo federal declararam

que monitoram o óleo desde o dia 30 de agosto.

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Grupo de Comunicação

Até a sábado (19), 200 localidades do Nordeste

tinham sido afetadas pela manchas de óleo, de

acordo com o Ibama.

Durante coletiva de imprensa, neste domingo

(20), um representante do Ibama informou que

foram identificados, até o momento, 67 animais

atingidos pelo óleo, dos quais 14 tartarugas

mortas.

O Ministério Público Federal (MPF) afirma que

2.100 km nos nove estados da região foram

afetados desde o fim de agosto, quando as

primeiras manchas de óleo surgiram.

O MPF entrou, na quinta (17), com uma ação

contra a União por omissão no desastre das

manchas de óleo.

Segundo o MPF, trata-se do maior desastre

ambiental da história no litoral brasileiro em

termos de extensão.

https://www1.folha.uol.com.br/ambiente/2019/1

0/tecnica-usada-em-desastre-aereo-ajuda-na-

busca-por-origem-do-oleo-que-atinge-o-

nordeste.shtml

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Grupo de Comunicação

Foto premiada registra momento único

entre raposa e marmota nas montanhas do

Tibet

Fotógrafo chinês Yongqing Ba venceu o Wildlife

Photographer of the Year

Yongqing Bao capta momento em que uma

marmota do Himalaia é surpreendida por uma

mãe raposa tibetana com três filhotes famintos

para alimentar Yongqing Bao/Natural History

Museum

SÃO PAULO

Um momento único em que uma raposa tibetana

entra em conflito com uma marmota do Himalaia

foi capturado pelo fotógrafo Yongqing Bao, nas

montanhas Qilian, na China.

A imagem ganhou o Wildlife Photographer of the

Year (WPY), uma das principais premiações de

fotografias de vida selvagem do mundo. A foto

foi escolhida entre 48 mil imagens inscritas,

vindas de cem países diferentes, informou o site

de Museu de História Natural de Londres, que

promove a WPY, nesta terça-feira (15).

"Fotograficamente, é simplesmente o momento

perfeito", diz Roz Kidman Cox, um dos juízes da

premiação. "Imagens feitas naquela região já são

suficientemente raras, mas ter capturado essa

poderosa interação entre a raposa e a marmota

foi extraordinário", completou Cox, explicando

que são duas espécies importantes para o

ecossistema da região.

As raposas tibetanas são encontradas no planalto

tibetano e pelo Ladaque, que se estendem pelo

Nepal, China, Índia e Butão. Embora elas não

sejam tão raras, as raposas são difíceis de

encontrar por viverem em até 5.300 metros de

altitude.

O fotógrafo Yongqing Bao é nascido e criado na

região e é totalmente fascinado pela vida

selvagem local. Ele é diretor e chefe de fotografia

ambiental da Qilian Mountain Nature

Conservation Association of China.

"Após anos de fotografia, percebi que há ainda

muito o que se fazer em termos de conservação

do meio ambiente. Como fotógrafo, eu acredito

que e minha responsabilidade fazer com que as

pessoas saibam que os animais selvagens são

amigos indispensáveis dos seres humanos".

Além de Yongqing Bao, Cruz Erdmann também

foi premiado no concurso, só que entre os

jovens. Durante um merguho noturno, o

fotógrafo registrou as cores de uma lula de recife

na Indonésia. Ela foi batizada de "Brilho Noturno"

https://f5.folha.uol.com.br/bichos/2019/10/foto-

premiada-registra-momento-unico-entre-raposa-

e-marmota-nas-montanhas-do-tibet.shtml

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Grupo de Comunicação

Mônica Bergamo: STF teve aumento de 25%

no número de visitantes em 2019

O maior interesse é creditado, entre outras

coisas, ao fato de a corte ter destaque na mídia

O número de visitantes no STF (Supremo

Tribunal Federal) aumentou 25% neste ano, em

relação a 2018. O interesse é creditado, entre

outras coisas, ao fato de a corte, mesmo

atacada, estar sempre em destaque na mídia —a

cada dia, os ministros recebem um resumo de

200 páginas do que é publicado sobre o tribunal.

BANDEIRAS

A média mensal de visitantes passou de 1.030

em 2018 para 1.290 este ano. Os paulistas são

maioria (3.745), seguidos pelos brasilienses

(1.828) e mineiros (1.585).

BANDEIRAS 2

Os estrangeiros representam apenas 2% do

total. Neste ano, o Supremo já foi visitado por

cidadãos americanos, franceses, chilenos e sul-

coreanos.

MEGAFONE

E o STF já está em fase final de elaboração de

um curso, presencial ou à distância, sobre o

próprio tribunal. A estratégia é apresentar dados

oficiais e estatísticos que demonstrem a

importância dele para o país e desmitifiquem a

imagem propagada por fake news.

LUZ

O curso, idealizado pelo assessor de

Comunicação da Presidência, Adão Paulo Oliveira,

abordará questões como a história do tribunal,

grandes decisões, transparência e mitos e

verdades sobre o STF.

TOMA LÁ

O PSL está em pé de guerra também nos

estados. No Ceará, o deputado estadual André

Fernandes (PSL-CE) acusa o deputado federal

Heitor Freire (PSL-CE) de usar o conselho de

ética do diretório estadual do partido para

intimidá-lo e expulsá-lo da legenda.

DÁ CÁ

Na quinta (17), Fernandes usou suas redes

sociais para acusar Freire de ter gravado e

vazado a conversa na qual o presidente Jair

Bolsonaro articula com deputados do PSL a

mudança na liderança da sigla na Câmara. Ele o

chamou de “canalha” e “traidor”.

BATE

Freire nega que tenha gravado Bolsonaro e diz

que vai processar Fernandes. Ele afirma que a

notificação foi motivada por denúncias de filiados

sobre postagens de Fernandes contra o partido e

faltas do parlamentar na assembleia. “Ele está se

vitimizando.”

TELONA

O cantor Criolo interpreta o escravo Couraça no

longa “O Juízo”, dirigido por Andrucha

Waddington; o filme será exibido na quinta-feira

(24), no Espaço Itaú da Augusta, dentro da

programação da Mostra Internacional de Cinema

em SP

PODE CHAMAR

Um grupo de parlamentares do PT vai convidar a

deputada Joice Hasselmann (PSL-SP) para

prestar esclarecimentos à CPI mista das fake

news sobre a postagem em uma rede social na

qual ela diz não temer a “milícia digital” pró-

Bolsonaro. “Não estou preocupada. Tenho coisas

mais importante para resolver”, disse Joice à

coluna.

VIRTUAL

Na sexta (18), ela postou que “não tenho medo

da milícia, nem de robôs!”. “Eu sei quem vocês

são e o que fizeram no verão passado”, disse. A

mensagem exibe uma montagem com o rosto de

Joice em uma nota de R$ 3.

PAI E FILHO

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Grupo de Comunicação

A imagem foi postada pelo deputado Eduardo

Bolsonaro em retaliação à fala de Joice que disse

que ele “não consegue nada sozinho”. Na quinta

(17), ela foi destituída do posto de líder do

governo no Congresso. Os dois estão em lados

opostos no racha que se instalou no PSL.

VOZ

Os cantores Jorge Ben Jor, Emicida e Liniker e a

escritora Conceição Evaristo estão entre os

destaques da programação do Mês da

Consciência Negra, organizado pela Secretaria

Municipal de Cultura de São Paulo.

VOZ 2

O evento, que ocorre ao longo de novembro, terá

mais de 750 atividades, entre shows, encontros,

espetáculos de teatro e debates, realizados em

cerca de 130 pontos espalhados por todas as

regiões da capital paulista.

MEDALHA

O ex-presidente do Inpe, Ricardo Galvão, que foi

exonerado após críticas a dados sobre

desmatamento considerados sensacionalistas

pelo governo, será homenageado com o título de

cidadão paulistano em sessão solene organizada

pelo vereador Xexéu Tripoli (PV-SP).

MEDALHA 2

O artista Eduardo Srur, a jornalista chilena

Paulina Chamorro, o analista ambiental do Ibama

Roberto Cabral e o Fórum Nacional de Proteção e

Defesa Animal, representado pela ativista Sônia

Fonseca, também receberão honrarias. O evento

ocorre no dia 5 de novembro, na Fundação

Instituto de Física Teórica.

AULA

O escritor israelense Yuval Noah Harari, autor

dos best-seller “21 Lições para o Século 21” e

“Sapiens”, participará de encontro aberto ao

público no Memorial da América Latina, no dia 6

de novembro. O evento, organizado pela

Companhia das Letras, terá mediação do

jornalista André Petry.

NOITE ARTÍSTICA

Os banqueiros Olavo Setubal Jr., acompanhado

de sua mulher mulher, Nádia, e Alfredo Setubal

foram a jantar oferecido pelos empresários

Matheus Farah e Bruno Setubal para os jovens

patronos do Masp, em SP, na semana passada. O

curador-chefe do museu, Tomás Toledo, a artista

Mônica Ventura e a empresária Chris Pitanguy

compareceram.

CURTO-CIRCUITO

O livro “Herói Mutilado”, da jornalista Laura

Mattos, será lançado nesta terça (22). Às 19h, na

Livraria da Vila da alameda Lorena.

Benedikte Astrid Ingeborg Ingrid, princesa da

Dinamarca, visita a Fundação Dorina Nowill para

Cegos nesta segunda (21).

Ocorre nesta segunda (21) o bate-papo “O

Cinema Uruguaio”, com mediação de Yael Steiner

e Paula Cohen. No B_arco, às 20h.

Taissa Buescu comanda nesta segunda (21)

coquetel de abertura da 5ª edição da Casa Vogue

Experience.

com BRUNO B. SORAGGI, GABRIEL RIGONI e

VICTORIA AZEVEDO

Mônica Bergamo

Jornalista e colunista.

https://www1.folha.uol.com.br/colunas/monicabe

rgamo/2019/10/stf-teve-aumento-de-25-no-

numero-de-visitantes-em-2019.shtml

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Grupo de Comunicação

Novas normas tarifárias podem afogar

mercado de energia solar

Distribuidoras sustentam que esse mercado já

está maduro e por isso devem cobrar mais de

quem está ligado às suas redes

Elio Gaspari

O atraso sabe se defender. Ele precisa de tempo

e de um debate embaralhado. Se uma coisa não

andou num governo, talvez ande no próximo. A

Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel)

apresentou uma proposta para redesenhar as

tarifas do mercado de energia solar.

Grosseiramente, uma família que mora numa

casa e paga R$ 300 mensais por sua energia

pode investir R$ 15 mil em painéis solares,

derrubando sua conta para R$ 50. Como essa

casa está ligada à rede das distribuidoras, elas

querem redefinir as normas do mercado, ficando

com uma parte do que se economizou.

Desde o ano passado, realizaram-se consultas

públicas que duraram até quatro meses, com três

reuniões presenciais, em Brasília, São Paulo e

Fortaleza. Desse trabalho sobrou muito pouco e a

Aneel apresentou uma nova proposta. Nela, para

quem já usa energia solar, até 2030 fica tudo

como está. Quem entrar nesse tipo de consumo a

partir das novas normas, que viriam em 2020,

tomará uma tunga crescente, de 30% a 60% do

que vier a poupar.

A conduta da Aneel fica esquisita quando se sabe

que a nova consulta pública durará 45 dias e

desta vez haverá uma só audiência presencial.

Seria pressa, vá lá.

Como qualquer assunto relacionado com energia,

a discussão das tarifas é coisa complexa. Mesmo

assim, sabe-se que a luz do Sol é limpa,

produzida pelo Padre Eterno. As distribuidoras

sustentam que esse mercado já está maduro e

por isso devem cobrar mais de quem está ligado

às suas redes.

No Brasil a energia solar está com 0,18% do

mercado. O problema do equilíbrio com as tarifas

das distribuidoras foi enfrentado em regiões dos

Estados Unidos, na Alemanha e na China. Em

todos os casos, só se mexeu nas normas depois

que a energia solar tomou em torno de 5% do

mercado. O que se quer em Pindorama é afogar

a concorrência do novo.

No lance da Aneel há o interesse específico das

distribuidoras. O que se pode dizer da Prefeitura

de São Paulo apurrinhando as patinetes? Os

doutores querem que se definam pontos de

estacionamento para elas. Tudo bem, o sujeito

pega uma patinete para um percurso de dois

quilômetros e depois precisa percorrer mais mil

metros para estacioná-la.

Isso acontece numa prefeitura que deveria

fiscalizar as caçambas de entulho que se

transformam em lixeiras. Desde 2008 uma lei

manda que exista um cadastro eletrônico das

caçambas. Cadê? Em 2017 a prefeitura (gestão

João Doria) prometeu que cada uma dessas

lixeiras a céu aberto teria um chip e assim seria

possível evitar que elas ficassem nas ruas além

dos prazos permitidos. Cadê?

No caso das patinetes o atraso ataca o novo

apenas porque ele apareceu.

https://www1.folha.uol.com.br/colunas/eliogaspa

ri/2019/10/novas-normas-tarifarias-podem-

afogar-mercado-de-energia-solar.shtml

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Data: 21/10/2019

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Grupo de Comunicação

Quase um terço das espécies de bichos e

plantas é substituído a cada década

Estamos diante de uma bagunça sem

precedentes na diversidade da vida, indica

pesquisa

Reinaldo José Lopes

Que diabos está acontecendo com a

biodiversidade da Terra? Se essa pergunta não

costuma lhe passar pela cabeça nem tira um

pouquinho que seja do seu sono, gentil leitor,

esta coluna talvez coloque a proverbial mosca na

sua sopa.

Uma análise de 239 estudos publicados

anteriormente indica que, em escala local (ou

seja, a que envolve florestas, recifes de corais ou

pradarias individuais, por exemplo), temos vivido

uma bagunça sem precedentes na diversidade da

vida. Em média, a cada década, quase um terço

das espécies de animais e plantas de cada local

está sendo simplesmente trocado por

representantes de outras espécies.

Uma variedade de corais no recife de Flynn, parte

da Grande Barreira de Corais perto de Cairns, em

Queensland, na Austrália.

Uma variedade de corais no recife de Flynn, parte

da Grande Barreira de Corais perto de Cairns, em

Queensland, na Austrália. - Toby Hudson /

WikiMedia Commons

Sim, parece conversa de doido, mas é o que

indica uma pesquisa que acaba de sair na revista

especializada Science, uma das mais prestigiosas

do mundo. Coordenado por Shane Blowes, do

Centro Alemão de Pesquisa Integrativa em

Biodiversidade, o trabalho sugere que a crise

ambiental que atravessamos é muito mais

complicada do que o mero desaparecimento de

algumas espécies ou a diminuição drástica de

suas populações.

Nas palavras de Blowes e de seus colaboradores,

estamos presenciando uma "ampla reorganização

composicional" da diversidade de seres vivos em

cada lugar. Trocando em miúdos, as relações

entre plantas, presas e predadores (entre outros;

a lista está muito longe de ser exaustiva),

construídas ao longo de milhares de anos de

evolução, estão sendo rapidamente substituídas

por outras "“ que ninguém ainda sabe bem quais

são.

Vale a pena dar um passo atrás para entender

como a equipe internacional chegou a essas

conclusões. O primeiro passo foi coletar

informações numa base de dados chamada

BioTIME, cujo objetivo é quantificar mudanças na

diversidade de espécies em quase 400

ecossistemas que foram monitorados ao longo do

tempo mundo afora.

Algumas dessas informações sobre mudanças na

composição de espécies vêm desde o fim do

século 19, embora a maioria se concentre nos

últimos 40 anos. Para facilitar a comparação

entre regiões e entre áreas do mesmo grande

bioma (como a mata atlântica ou o cerrado, por

exemplo), o grupo de cientistas subdividiu o

mapa-múndi em repartições hexagonais, com

área de 96 quilômetros quadrados, incluindo aí

os oceanos.

À primeira vista, o resultado foi contraintuitivo.

Na média global, os ambientes não estão

perdendo riqueza de espécies, ou seja, o número

absoluto de tipos de animais e plantas em cada

local, em média, permanece mais ou menos o

mesmo. O que predomina é o que os

especialistas chamam de "turnover", essa troca

intensa de espécies, correspondente a 28% do

total a cada dez anos.

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Data: 21/10/2019

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Grupo de Comunicação

O fenômeno parece ser especialmente intenso

em ambientes marinhos de águas quentes,

enquanto acontece mais devagar em florestas de

locais mais frios. Isso não significa que, em

alguns locais, a riqueza de espécies não esteja

caindo — há perda de diversidade em 23 dos

casos estudados.

De todo modo, não há motivos para imaginar que

estejamos diante de uma boa notícia. As espécies

que estão sendo "expulsas" de ambientes locais

provavelmente estão sendo substituídas, ao

menos em parte, por rivais generalistas (capazes

de se virar em muitos tipos de ambiente) ou

espécies invasoras, trazidas pelo ser humano. O

espectro diante de nós, portanto, é o de

ecossistemas muito mais homogêneos e, talvez,

menos resilientes.

Reinaldo José Lopes

Jornalista especializado em biologia e

arqueologia, autor de "1499: O Brasil Antes de

Cabral".

https://www1.folha.uol.com.br/colunas/reinaldoj

oselopes/2019/10/quase-um-terco-das-especies-

de-bichos-e-plantas-e-substituido-a-cada-

decada.shtml

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Grupo de Comunicação

Alckmin é 'lançado' candidato a governador

em 2022 e cria saia-justa a Doria

Ex-governador tucano foi aclamado em

restaurante, mas aliados de Doria veem vice

como sucessor

Carolina Linhares

SÃO PAULO

Depois de terminar em quarto lugar a corrida

presidencial do ano passado, com cerca de 5%

dos votos, o pior resultado de um candidato do

PSDB, o ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB)

afirmou que ia "voltar para a planície" e se

dedicar a dar aulas.

Na noite da última quarta-feira (16), no entanto,

num jantar que reuniu Alckmin e um grupo de

prefeitos e vereadores tucanos, ele foi aclamado

como candidato ao Governo de São Paulo em

2022. O tucano já governou o estado por mais de

12 anos (2001 a 2006 e 2011 a 2018).

O governador João Doria (PSDB), atual ocupante

do Palácio dos Bandeirantes, seria o candidato

natural à reeleição pelo partido se não estivesse

planejando voos maiores —o tucano almeja a

Presidência da República em 2022.

Doria foi criticado no mesmo jantar em que

Alckmin foi informalmente lançado ao Governo de

SP. "Ele foi governador de gente humilde, não é

engravatado que quer tirar vantagem do

governo", discursou Pedro Tobias, ex-deputado

estadual e ex-presidente do PSDB em São Paulo.

"Nós que precisamos dele. O estado de São Paulo

precisa dele. Prefeito precisa dele. Vocês,

prefeitos, conseguiram alguma fotografia com

João Doria? Nenhuma. Foi à cidade de vocês?

Não. Vamos trabalhar e já, pra não deixar

alguém ocupar espaço", completou Tobias.

Tobias foi efusivamente aplaudido ao dizer que

estava lançando Alckmin a governador de São

Paulo. "Viva, Geraldo", gritaram alguns prefeitos.

Em seguida, Alckmin agradece e sorri.

A fala ocorreu durante um jantar com prefeitos e

vereadores do PSDB, em Campos do Jordão,

após participação de Alckmin no 63º Congresso

de Municípios Paulistas.

"Ele vai ser nosso candidato. A receptividade foi

nota 10", disse Tobias à Folha. Questionado

sobre a disposição de Alckmin em disputar mais

uma eleição, ele respondeu: "Ele topa. Ele diz

que está cedo, mas adorou a ideia."

Tobias afirmou ainda que Doria é candidato à

Presidência, o que deixa o espaço livre para

Alckmin ser o candidato do PSDB ao Governo de

SP. Ele disse que a fala sobre "engravatado" foi

porque "Doria se esqueceu do interior, que

elegeu ele", e voltou a dizer que os prefeitos

cobram uma foto com o governador.

Tucanos do governo Doria, porém, veem seu

vice-governador, Rodrigo Garcia (DEM), como

sucessor natural ao Palácio dos Bandeirantes. Em

troca, o DEM apoiaria sua candidatura ao

Planalto. Garcia, quando questionado sobre o

assunto, desconversa e diz que se concentra no

atual mandato.

A hipótese esbarra no próprio PSDB, que teria

que abrir mão, em 2022, de um candidato

próprio no estado que governa desde 1995 —

algo considerado improvável por alguns tucanos.

"Se o PSDB não lançar candidato em São Paulo,

o partido acaba de uma vez", ponderou Tobias à

Folha.

Tucanos próximos a Doria consideraram o

lançamento da candidatura de Alckmin um

constrangimento, que cria divisões no partido.

Afirmam ainda ser muito cedo para falar em

eleição de 2022 e avaliaram que tal antecipação

é prejudicial ao ex-governador.

Embora Alckmin tenha sido o padrinho de Doria e

o grande patrocinador de sua candidatura

vitoriosa à Prefeitura de São Paulo em 2016, a

relação entre eles já não é mais a mesma.

Após se eleger prefeito, Doria passou a articular

uma candidatura própria à Presidência da

República. Alckmin se impôs e saiu candidato ao

Planalto no ano passado, enquanto Doria, após

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Grupo de Comunicação

apenas 15 meses na prefeitura, deixou o cargo

para disputar o governo do estado.

Em reunião de líderes tucanos após a eleição de

2018, Alckmin chegou a insinuar que Doria era

traidor.

Desde então, o grupo de Doria dominou o PSDB,

com um aliado dele, o ex-deputado federal Bruno

Araújo (PE), substituindo Alckmin no comando da

sigla. No diretório de São Paulo, saiu Tobias,

crítico de Doria e fiel a Alckmin, e entrou Marcos

Vinholi, alinhado ao governador.

Doria, no entanto, ainda enfrenta resistência na

sigla. Em julho, ele foi derrotado em votação na

executiva nacional. Por 30 votos a 4, o órgão que

reúne os líderes do partido rejeitou a abertura de

um processo de expulsão de Aécio Neves (PSDB-

MG) que havia sido patrocinado pelo governador

de São Paulo.

Mais do que um sinal de apoio a Aécio, a derrota

expressiva foi vista como um recado de

desaprovação dos deputados federais a Doria.

https://www1.folha.uol.com.br/poder/2019/10/al

ckmin-e-lancado-candidato-a-governador-em-

2022-e-cria-saia-justa-a-doria.shtml

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Data: 21/10/2019

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Grupo de Comunicação

Governo Bolsonaro extinguiu comitês do

plano de ação de incidentes com óleo

Em ação, Procuradoria fala em omissão do

governo frente ao maior desastre ambiental no

litoral brasileiro

Phillippe Watanabe

Nicola Pamplona

SÃO PAULO e RIO DE JANEIRO

A extinção por parte do governo Jair Bolsonaro

(PSL), em abril, de dezenas de conselhos da

administração federal deu fim a dois comitês que

integravam o Plano Nacional de Contingência

para Incidentes de Poluição por Óleo em Água

(PNC), instituído em 2013.

Na quinta-feira (17), o Ministério Público Federal

entrou com ação contra a governo federal por

omissão diante do maior desastre ambiental no

litoral brasileiro e pediu que a Justiça Federal

obrigue a União a colocar o PNC em ação em 24

horas.

Segundo a Procuradoria, a União não está

adotando as medidas adequadas para responder

à emergência.

Até a sexta-feira (18), 187 locais de 77

municípios do Nordeste foram atingidos por

manchas de óleo, segundo o Ibama.

O MPF afirma que 2.100 km nos nove estados da

região foram afetados desde o fim de agosto,

quando as primeiras manchas de óleo foram

avistadas na Paraíba.

Segundo fontes ouvidas pela Folha no Ministério

do Meio Ambiente, no Ibama e em ONGs, a

extinção dos conselhos pode ser parte da

explicação para a demora e a desorganização do

governo no combate às manchas de óleo.

Instituído pelo governo Dilma Rousseff (PT), o

PNC tem o objetivo de preparar o país para casos

justamente como esse.

Também prevê a organização de diferentes

órgãos do governo e a definição de

procedimentos para atuação conjunta de agentes

públicos na resposta a incidentes de poluição por

petróleo ou combustíveis em águas brasileiras.

Por decreto, Bolsonaro extinguiu conselhos,

comissões, comitês, juntas e outras entidades

criadas por decretos ou por medidas

administrativas inferiores no primeiro semestre.

Foram mantidos apenas aqueles criados na

gestão atual e os criados por lei.

Na estrutura do PNC havia dois comitês que

foram extintos: o Executivo e o de Suporte.

Ambos eram compostos por Ministério do Meio

Ambiente, Ministério de Minas e Energia,

Marinha, Ibama, Agência Nacional do Petróleo,

entre outros.

Seria do Comitê Executivo a atribuição de

elaborar simulados e treinamento de pessoal e

manter recursos para a resposta à emergência.

Era dele também a responsabilidade de elaborar

o manual de resposta a emergências, que ainda

não teria sido aprovado.

Já ao Comitê de Suporte cabia a indicação de

recursos humanos e materiais para ações de

resposta a incidentes com óleo e liberar a

entrada de profissionais ou equipamentos

importados no país.

Conforme prevê o plano, o governo criou um

grupo de acompanhamento e avaliação,

composto por representantes da Marinha, do

Ibama e da ANP, que analisa a situação e define

prioridades na atuação da Petrobras.

Pesquisa nos arquivos da Marinha e do Ibama,

porém, mostra que as poucas ações

compreenderam a participação e ou realização de

seminários sobre o tema. Em um deles, na

semana passada, coube à Petrobras simular

sozinha o combate a uma emergência.

Não há informações sobre a atuação das outras

estruturas previstas no plano, como o Comitê de

Suporte.

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Grupo de Comunicação

Segundo o decreto, a liderança do Plano Nacional

de Contingência é da autoridade nacional,

representada pelo Ministério do Meio Ambiente.

Mas, até o momento, os trabalhos de limpeza e

contenção do petróleo vêm sendo feitos pela

Petrobras, embora a empresa não seja apontada

como responsável pelo derramamento, sob

coordenação do Ibama.

Em nota, o instituto diz que realiza a avaliação

do impacto e direciona as ações de resposta,

enquanto a estatal responde pela contratação de

mão de obra e organização das frentes de

trabalho.

A Petrobras diz ter mobilizado cerca de 1.700

pessoas para a limpeza das áreas impactadas e

mais de 50 empregados próprios para

planejamento e execução da resposta.

A estatal acionou os centros de defesa ambiental

e estruturas de emergência em suas unidades

operacionais.

Ainda não está claro quem pagará os custos da

operação. Procurado, o Ministério do Meio

Ambiente ainda não respondeu questões sobre o

acionamento e funcionamento do Plano Nacional

de Contingência.

A extinção dos comitês do PNC é uma parte do

problema, agravado por deficiências nos quadros

do MMA, segundo Anna Carolina Lobo,

coordenadora do programa mata atlântica e

marinho da WWF-Brasil.

Pesa ainda a complexidade do vazamento

enfrentado, considerando que ainda não se

conhece sua origem ou tamanho real, o que

dificulta possíveis medidas de contenção, e o fato

da mancha de óleo normalmente se mover

abaixo da superfície do mar, o que dificulta a

detecção por satélite.

O Grupo de Acompanhamento e Avaliação é o

mais importante braço de ação do Plano Nacional

de Contingência para Incidentes de Poluição por

Óleo em Água (PNC), segundo um especialista

em petróleo que preferiu não se identificar.

Com isso, diz o especialista, a extinção dos

comitês não deveria ter, a princípio, prejudicado

a resposta do governo, já que esses serviam

para assessorar o grupo.

Além da ação mais recente do MPF, a Justiça já

foi acionada duas vezes para determinar que o

governo agisse na crise do óleo.

Em Sergipe, a União foi obrigada a implantar

barreiras de proteção nos rios São Francisco,

Japaratuba, Sergipe, Vaza-Barris e Real.

Nesta sexta (18), a Justiça Federal do estado da

Bahia determinou a criação, em até 48 horas, de

uma força tarefa, composta por um

representante do MPF da Bahia, um da União, um

da Marinha, um do Ibama, entre outros, para

desenvolver uma plataforma de

compartilhamento de informações para reduzir os

danos ambientais e monitorar as áreas afetadas.

Na decisão, a juíza federal Rosana Kaufmann

afirma que é “possível perceber que diversas

providências estão sendo adotadas isoladamente

sem a necessária coordenação e

compartilhamento de informações”.

O primeiro relatório de atividades deve ser

encaminhado em cinco dias, afirma a sentença.

As reações do presidente Jair Bolsonaro sobre o

assunto centraram-se em suposições sobre

suposta ação criminosa, sem provas, e críticas a

ONGs. O presidente também sugeriu que as

organizações estivessem ignorando o

derramamento de óleo.

O presidente voltou ao assunto na sexta (18).

Desta vez, questionou se o vazamento poderia

ter sido cometido intencionalmente para

prejudicar o megaleilão da cessão onerosa,

previsto para novembro e voltou a dizer que o

óleo é venezuelano.

O Ibama confirmou a origem, mas disse que isso

não significa que a Venezuela seja a responsável

pelo vazamento. A Venezuela negou na semana

passada responsabilidade no caso.

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Data: 21/10/2019

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Grupo de Comunicação

Pelo Twitter, o presidente afirmou na quinta-feira

(17) que o governo federal montou uma força

tarefa para interceder no assunto. Ele cita a

participação de 1.700 agentes ambientais e 50

funcionários da Petrobras na operação

coordenada pelo Ibama.

O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, por

sua vez, fez dois sobrevoos no litoral para

conferir as manchas de óleo. Na quarta-feira,

disse que a hipótese mais provável é que o

material “tenha vazado de um navio, seja

durante transporte de um navio para o outro,

seja uma avaria ou despejamento.”

A visita foi criticada pelo governador Rui Costa

(PT). “Se reúne em sigilo, posa para foto na praia

e vai embora. Nenhuma ligação deu. Mostra o

descaso, desrespeito”, disse.

Salles ainda afirmou que não é possível saber

quanto ainda existe de óleo no mar nem como

prever se novas manchas aparecerão.

Questionados pela Folha, o ministro e o MMA não

responderam.

https://www1.folha.uol.com.br/ambiente/2019/1

0/governo-bolsonaro-extinguiu-comites-do-

plano-de-acao-de-incidentes-com-oleo.shtml

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Data: 21/10/2019

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Grupo de Comunicação

Opinião: O planeta reclama com muitas

dores

José Dias

A que viemos? O que estamos fazendo? Essas

são duas indagações que precisamos responder!

O efeito acumulado de anos de intervenção

equivocada no meio ambiente, por parte dos

seres denominados de humanos, gerou uma

reação de desequilíbrio no planeta que levará

décadas para restabelecer o reequilíbrio.

Isto é, se houver iniciativas urgentes e concretas

para corrigir o que por muito tempo foi feito com

a compreensão de normalidade, mas, na

verdade, tratava-se de práticas equivocadas de

uso e manejo dos recursos naturais.

Uma árvore, dependendo da espécie, leva

décadas para atingir sua fase adulta, quando

estará com seu potencial de contribuição para o

processo de equilíbrio ambiental, mas poderá ser

dizimada em minutos, seja pela ação da

motosserra ou do fogo.

Da mesma forma acontece com as espécies de

animais e insetos que habitam o planeta,

considerados fundamentais no âmbito da

biodiversidade, condição essencial para o

processo de sustentabilidade.

Já há muitas décadas que se fala, se escreve e se

estuda sobre a sustentabilidade, palavra bonita.

No entanto, não é assumida em nossas atitudes

e empreendimentos, executados em nome do

desenvolvimento.

Uma questão vem à tona: que tipo de

desenvolvimento queremos? A quem se destina o

desenvolvimento que estamos construindo? Que

herança deixaremos para os que irão nos

substituir?

A terra e os demais recursos naturais têm vida.

Mas, dependendo da forma como utilizarmos,

pode vir a morrer.

É o que já aconteceu e continua acontecendo em

grandes proporções, gerando impactos danosos

para a vida dos que habitam o planeta, não só

para os denominados de humanos, mas para

todos.

O reclamar do planeta é consequência desse

acúmulo e pede uma ação urgente de todos nós.

Por certo tempo, quando se falava de meio

ambiente, logo vinha à mente a imagem de

fauna e flora.

Hoje já está mais evidente que o meio ambiente

é o espaço onde vivemos, com quem, com o que

e como nos relacionamos. É das atitudes e

práticas que regem esse relacionamento que

podem nascer iniciativas verdadeiramente

sustentáveis ou que causam o desequilíbrio,

trazendo como consequência grandes desastres

ambientais.

Por isso vale refletir: a que viemos? O que

estamos fazendo? Já parou para refletir sobre

isso?

Antes de só reclamar, devo pensar: o que estou

fazendo para mudar as práticas equivocadas de

uso e manejo dos recursos naturais? Já tenho

suficiente consciência de que um simples ato

meu, equivocado, somado ao de muitos outros é

que gera insustentabilidade. De que forma estou

reagindo a essa consciência?

Partindo dessa reflexão posso buscar fazer algo

para mudar. Existem muitas maneiras: tornando-

me um voluntário de uma organização que faz

um trabalho de formiguinha para o equilíbrio

ambiental, porém com a minha ação o trabalho

pode ser potencializado. Ou, então, tornando-me

um doador de uma causa que vem sendo

trabalhada por alguma organização e, a partir da

minha solidariedade a iniciativa pode ser

potencializada.

Minha doação pode ir muito além do aspecto

financeiro. Posso mobilizar pessoas para

potencializar uma iniciativa que já vem dando

certo e que precisa de apoio. Posso compartilhar

uma experiência que vem dando certo e que

pode inspirar muitas outras pessoas para

também virem a reaplicar o que está sendo feito,

de conformidade com a realidade local.

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São imensas as possibilidades de cooperação

para um novo jeito de viver, com mais coerência

com o que nos foi ofertado pela própria natureza

para a vida, gerando mais vida.

Pensemos e reflitamos sobre tudo isso. Alguma

coisa com certeza irá mudar.

José Dias

Formado em ciências econômicas, é coordenador

e captador de recursos do Centro de Educação

Popular e Formação Social (CEPFS). É

empreendedor social da Ashoka e da Rede Folha

de Empreendedores Socioambientais.

https://www1.folha.uol.com.br/empreendedorsoc

ial/2019/10/o-planeta-reclama-com-muitas-

dores.shtml

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Data: 21/10/2019

113

Grupo de Comunicação

Governo Doria quer terceirizar merenda das escolas em São Paulo

Pasta da Educação convoca audiência pública;

alunos deverão apresentar carteirinha com

código digital para receber comida

Criança come merenda escolar da Escola

Estadual Maria José, na Bela Cintra, em SP -

Adriano Vizoni - 18.set.2017/Folhapress

Thaiza Pauluze

SÃO PAULO

A Secretaria da Educação de São Paulo, sob

gestão de João Doria (PSDB), quer terceirizar a

merenda das escolas estaduais, desde a compra

e distribuição até toda a mão de obra envolvida

no preparo dos alimentos. Para receber a

comida, os alunos passarão a apresentar uma

carteirinha com QR code, um código digital.

A pasta, comandada por Rossieli Soares, vai

fazer uma audiência pública na manhã desta

terça-feira (22), com a presença do secretário,

para discutir a viabilidade de contratar uma

empresa para prestar "serviço de gestão da

alimentação escolar".

A convocação foi publicada no Diário Oficial do

Estado no dia 15 de outubro.

O documento base para contratação prevê que a

empresa elabore novos cardápios, priorizando

alimentos in natura, e cuide da aquisição dos

itens, da logística de distribuição,

armazenamento, higienização, e do preparo.

Além disso, também ficará responsável pela

manutenção e aquisição de equipamentos e

utensílios, adequação das cozinhas, dedetização

e por fornecer mão de obra para preparação dos

itens (merendeiras) e para limpeza das cozinhas

e despensas (faxineiras).

Parte dos serviços poderão ser subcontratados e

será possível acrescer ou reduzir a quantidade

dos alimentos, sem alteração do preço unitário —

observado limite.

A empresa deverá instalar duas câmeras em

cada escola: uma dentro da cozinha e outra no

local de entrega da merenda aos alunos. As

imagens devem ficar armazenadas por ao menos

seis meses.

A outra forma de controle da merenda será via

carteirinha (impressa ou no celular) com QR

code. Os alunos receberão o documento, que

deverá ser apresentado para leitura óptica em

dois momentos.

Primeiro, quando chegarem à escola, os

estudantes terão acesso ao cardápio do dia e

terão que decidir se vão comer ou não e

apresentar a carteirinha ao fiscal. Após a entrada

de todos do turno, o sistema de solicitação será

fechado. A ideia é medir qual quantidade de

refeições e lanches devem ser preparadas. Na

hora de pegar a merenda, o aluno deve

apresentar a carteirinha de novo.

O contrato de terceirização terá vigência de 30

meses, podendo ser prorrogado. Não há, no

texto, a previsão do preço unitário de cada

refeição.

A rede estadual tem 5.500 escolas, com 3,5

milhões de alunos, e oferece 3 milhões de

refeições por dia (parte dos alunos não come a

merenda —ou traz de casa ou compra na

cantina).

Em 2018, o governo do estado gastou R$ 881

milhões com a alimentação escolar.

Hoje, a secretaria da Educação centraliza metade

da compra e entrega de alimentos da rede.

Funciona assim: a pasta é encarregada de

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comprar cada um dos itens, por meio de

licitação, e distribuir 1,5 milhão de refeições para

120 municípios.

O gasto é de R$ 2,58 por dia com cada aluno. Em

2018, foram gastos R$ 262 milhões com a

compra de alimentos —83% com verba federal—

e R$ 339 milhões com logística.

A outra metade é servida por 525 municípios

paulistas, por meio de convênios. Ou seja, a

secretaria repassa a verba e a gestão municipal

se encarrega da compra e distribuição da

merenda.

Com os convênios, foram gastos R$ 280 milhões

no ano passado. Cada aluno, por dia, custou R$

1,30, sendo parte (R$ 0,94) paga pelo governo

do estado e o restante vindo dos cofres federais.

Os municípios acrescentam mais um valor, que

varia.

Nesse modelo, a secretaria vê como desafios a

fiscalização da qualidade das refeições e a

prestação de contas. No primeiro, os imbróglios

são com a distribuição e o gerenciamento dos

contratos com fornecedores.

Parte das merendeiras já são terceirizadas.

Segundo a própria secretaria, merendeiras

concursadas já são uma espécie em extinção no

estado, mas, questionada, a pasta não

respondeu qual percentual as terceirizadas

representam do total.

A Secretaria da Educação afirmou que a

audiência pública tem como objetivo ouvir a

sociedade e buscar contribuições "para

posteriormente, se julgar pertinente, adotar

alterações no modelo existente". Ainda segundo

a pasta, não existe nenhuma definição adotada

por ora.

MERENDA POLÊMICA

A gestão Doria já foi alvo de polêmicas

envolvendo merenda escolar. Em 2017, quando

estava na prefeitura, o tucano defendeu a adoção

no cardápio dos alunos de uma farinha preparada

com uma combinação de alimentos, a farinata —

após as críticas, ele voltou atrás.

Neste ano, com Doria no governo do estado, a

secretaria da Educação firmou contrato de

fornecimento de carne para merenda com três

frigoríficos que tiveram atividades suspensas pelo

Ministério da Agricultura.

Após a Folha relevar o certame, a pasta demitiu

três funcionários. Mas, sem punição, um dos

frigoríficos autuados voltou a ganhar licitações.

Para cuidar do programa de alimentação das

escolas, a gestão trouxe a nutricionista Vanessa

Alves Vieira, exonerada após suspeita de

envolvimento na chamada máfia da merenda. Ela

assumiu o mesmo cargo que tinha à época, mas

não foi nomeada em Diário Oficial —uma

irregularidade.

Se multiplicam ainda relatos de falta de itens da

merenda e de funcionárias para prepara-las.

Em outubro, uma escola estadual na Vila

Esperança, na zona leste da capital, passou a

pedir aos alunos que levassem alimentos de casa

para complementar as refeições. A escassez é

principalmente de temperos, como sal, alho e

cebola.

Na zona sul, a falta é de merendeiras. Por lá, os

alunos passaram a receber alimentos secos, ou

seja, leite em caixinha e bolacha de água e sal.

TERCEIRIZAÇÃO NO ALVO

Em maio do ano passado, a Polícia Federal

deflagrou a Operação Prato Feito para apurar

desvios de recursos federais para a merenda,

uniformes e material didático em pelo menos 30

municípios do estado de São Paulo.

De acordo com as investigações, prefeitos eram

procurados por lobistas em época de campanhas

eleitorais com propostas de financiamento em

troca da terceirização da merenda escolar.

Após a terceirização, as empresas, que

formavam um quartel, estipulavam os valores

dos lances e quem venceria cada licitação. Elas

garantiam que as outras na disputa não

venceriam com pagamento de propinas para que

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os contratos tivessem cláusulas que

direcionassem o certame.

Em setembro deste ano, 96 pessoas foram

indiciadas pela PF, entre prefeitos, empresários e

servidores. Foram devassados 65 contratos,

cujos valores totais ultrapassavam R$ 1,6 bilhão.

https://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2019/1

0/governo-doria-quer-terceirizar-merenda-das-

escolas-em-sao-paulo.shtml

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ESTADÃO O futuro das energias renováveis no Brasil

É essencial construir hidrelétricas com

reservatório, prática que está sendo abandonada

José Goldemberg, O Estado de S.Paulo

O Ministério de Minas e Energia (MME) anunciou

recentemente a publicação do Plano de Expansão

de Energia para o decênio 2019-2029, que

consiste de estudos e projeções realizadas pela

Empresa de Pesquisa Energética (EPE), do

próprio ministério, e contém estimativas de

custos das obras, mas não especifica as fontes

desses recursos.

No passado distante os planos da Eletrobrás –

onde eles eram preparados – tinham relação

direta com os recursos da empresa ou dos

aportes do Tesouro. Isso acabou, não só porque

essas fontes de recursos “secaram”, mas porque

as obras são agora licenciadas pelas agências

reguladoras de eletricidade (Anel) e petróleo

(ANP) e postas em leilão.

Apesar dessas limitações o Plano de Expansão

tem influência em orientar os investidores

privados e as próprias estatais como a

Eletrobrás, a Cemig, a Copel e outras que podem

competir nos leilões, que são diferenciados para

os diferentes tipos de energia. Esse procedimento

garante espaço para as diferentes fontes –

energia hidrelétrica, térmica a gás e carvão,

eólica, biomassa e solar fotovoltaica.

Uma novidade anunciada pelo governo é que

pretende incluir nos planos de expansão seis

usinas nucleares (de 1 milhão de quilowatts) do

tipo da de Angra-2, a um custo estimado de US$

30 bilhões, a serem instaladas até 2050. O custo

por quilowatt seria, então, de US$ 5 mil por

quilowatt, muito mais elevado do que outras

opções, como energia hidrelétrica ou eólica.

A instalação de um grande parque nuclear no

Brasil – mesmo no horizonte de 2050 – implica

também outros investimentos, porque seria

necessário garantir a produção do combustível

para esses reatores nucleares. A intenção do

Ministério de Minas e Energia é retomar a

mineração – que se encontra praticamente

paralisada – e ampliar a usina de enriquecimento

de urânio. A justificativa para essas propostas é a

de garantir a autonomia energética numa área

considerada estratégica e tornar o País um

exportador de urânio enriquecido.

Essas ideias podem ser questionadas tanto do

ponto de vista político como econômico. Há um

excesso de produção de urânio enriquecido no

mundo e seu preço está caindo, porque as

perspectivas de expansão da energia nuclear

estão se reduzindo. Eletricidade nuclear, que

chegou a representar mais de 15% da produção

mundial de eletricidade, caiu para menos de 11%

em 2019.

Planos de um “Brasil grande” produtor e

exportador de urânio enriquecido existem desde

o período militar e persistiram nos governos Lula-

Dilma, mas, ao que parece, jamais foram

analisados do ponto de vista de sua viabilidade

econômica.

O mais sensato seria garantir apenas o

combustível necessário para os reatores

instalados no País e abandonar sonhos

fantasiosos de grande potência nessa área.

Urânio enriquecido pode ser comprado no

exterior, como está sendo feito até hoje para

suprir as necessidades dos reatores de Angra dos

Reis (RJ). O Brasil pode fazê-lo porque deixou de

ser suspeito de pretender fabricar armas

nucleares quando assinou acordos internacionais

com a Agencia Internacional de Viena e um

acordo bilateral com a Argentina de inspeções

mútuas.

Além disso é tempo de o governo abrir uma

discussão séria sobre o que seria melhor para

garantir a independência energética na produção

de eletricidade no País, já que a de petróleo e

gás está assegurada com a produção do pré-sal.

A verdade é que existe ainda um grande

potencial inexplorado para a instalação de

hidrelétricas no País, principalmente na Região

Amazônica, mas os planos do governo federal

mostram que ele praticamente desistiu de

implementar grandes projetos hidrológicos na

Amazônia por causa dos problemas que foram

encontrados na construção da Usina de Belo

Monte. O próximo leilão de energia a ser

realizado será dominado por energia eólica, solar

e térmica. Hidrelétricas, só de pequeno porte.

Esse é um grave equívoco, que terá fortes

consequências no futuro.

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Argumenta-se que hidrelétricas se tornaram

inviáveis porque inundam grandes áreas da

floresta e afetam as populações ribeirinhas e

populações indígenas. Esses impactos são reais,

mas, frequentemente, exagerados. Em Belo

Monte a construção da usina causou o

deslocamento de 22 mil pessoas que viviam às

margens do Rio Xingu e na cidade de Altamira e

tiveram que ser realocadas. No entretanto, a

eletricidade produzida pela usina ilumina cerca de

5 milhões de residências nos grandes centros

urbanos do País, que foi a razão para construir a

hidrelétrica. Os danos causados pela construção

devem e podem ser reparados, como é feito de

forma satisfatória em muitas outras usinas, como

Itaipu.

Mesmo a área da floresta inundada, de cerca de

500 quilômetros quadrados, em Belo Monte é

pequena (e ocorreu apenas uma vez) se

comparada com o desmatamento ilegal que é

perpetrado todos os anos na Amazônia, que é de

cerca de 7 mil quilômetros quadrados.

Argumenta-se, incorretamente, que outras

energias renováveis, como a eólica e a solar,

também produzem energia limpa e renovável,

como as hidrelétricas, tornando estas

desnecessárias. Contudo essas energias são

intermitentes, isto é, não são disponíveis quando

ventos não sopram e o sol não brilha. Elas

precisam ser usadas em conjunto com energia

estável, que vem das hidrelétricas (ou de

reatores nucleares), economizando água nos

reservatórios para ser usada quando não houver

vento ou sol. Sem isso não será possível ampliar

muito a contribuição das fontes intermitentes.

É por essa razão que é essencial construir usinas

com reservatórios, que é uma prática que está

sendo abandonada no Brasil. Se ela não for

revertida, usinas nucleares ou térmicas usando

combustíveis fósseis serão as alternativas.

* PROFESSOR EMÉRITO DA USP, FOI

PRESIDENTE DA COMPANHIA ENERGÉTICA DE

SÃO PAULO (CESP)

https://opiniao.estadao.com.br/noticias/espaco-

aberto,o-futuro-das-energias-renovaveis-no-

brasil,70003057278

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Quinze das 25 empresas estaduais de

saneamento aumentaram a conta de água

acima da inflação

Os investimentos, no entanto, ficaram abaixo dos

mínimos R$ 20 bilhões anuais necessários

segundo o Plano Nacional de Saneamento Básico

Amanda Pupo, O Estado de S.Paulo

BRASÍLIA - Estudo do Ministério da Economia

aponta que, de 2010 a 2017, 15 das 25

empresas estaduais de saneamento reajustaram

a conta de água do consumidor acima da

inflação, que foi de aproximadamente 60% no

período. A Casal, estatal de Alagoas, aumentou

as tarifas em 523%.

Os investimentos, no entanto, ficaram abaixo dos

mínimos R$ 20 bilhões anuais necessários

segundo o Plano Nacional de Saneamento Básico.

No período, o estudo mostrou que todas as

companhias alocaram R$ 60 bilhões, o que

significa uma média de R$ 7,4 bilhões por ano.

No total, segundo o governo, foram investidos no

setor R$ 12,3 bilhões por ano em média nos

últimos 15 anos.

As empresas estaduais são as principais

prestadoras do serviço de saneamento no Brasil,

correspondendo a cerca de 70% do setor. A

continuidade desse cenário está em jogo nas

discussões sobre o novo marco legal do setor.

Em análise na Câmara, a proposta abre espaço

para a iniciativa privada atuar com mais força

neste mercado. Hoje, a participação é pequena,

apenas de 6%.

Em 2017, o investimento, na média das

companhias, representou 16,6% da receita

operacional, enquanto que os gastos para

pagamento de despesa com pessoal consumiram

mais da metade (51,2%) da receita.

Especialistas e profissionais do setor apontam a

regulação falha e problemas de eficiência na

gestão dessas companhias como causas do

cenário incerto de tarifas e investimento. “Falta

regulação técnica. Tem de estabelecer preço de

acordo com o custo do serviço, da infraestrutura,

do investimento”, afirmou o professor da FGV e

ex-presidente da Sabesp, Gesner Oliveira.

Presidente da Associação Brasileira das Empresas

Estaduais de Saneamento (Aesbe), Marcus

Vinícius Fernandes Neves reconhece que há

problemas na definição tarifária. Ele aponta para

uma legislação “pulverizada e destoante” sobre

os itens que devem compor a conta do

consumidor. Por outro lado, considera muito

simplista o panorama que investiga um intervalo

tarifário de muitos anos, como fez o Ministério da

Economia. “As vezes, num ano, se teve escassez

hídrica. Então, quando se olha de 2010 a 2017, é

simplificar demais”, disse Neves.

No caso dos reajustes, na maioria das vezes a

palavra final é do regulador, após receber os

cálculos feitos pelas empresas estaduais. Ele

observa ainda que esses órgãos têm liberdade

para fazer ajustes no pedido de revisão solicitado

pelas companhias. São mais de 50 agências

reguladoras no Brasil, sem que haja um órgão

central para a formatação de diretrizes. A ideia

da proposta do novo marco regulatório é que a

Agência Nacional de Águas (ANA) agregue mais

essa função.

Bases baixas

Sobre os altos reajustes identificados num

ambiente majoritariamente de baixo

investimento, o ex-presidente da Sabesp acredita

que as revisões saíram de uma base muito baixa

de cobrança, além de terem sido mal geridas por

grande parte das empresas estaduais. Dessa

forma, não há recursos suficientes para serem

investidos.

“Desconfio que, mesmo que os reajustes tenham

sido acima da inflação, a tarifa é insuficiente para

investimento. O que infelizmente também é

verdade é que a maioria das companhias tem

gestão muito ruim”, disse. Para Oliveira, existe

um “populismo tarifário” na cobrança dos

serviços de água. “O preço é completamente

irreal."

O presidente da Aesbe destaca que as agências

precisam seguir padrões de independência e que,

em teoria, situações de ingerência não deveriam

existir. “Agora, em um País continental como o

nosso, há variações de todas as naturezas”, disse

Neves.

Entre as regiões com maior carência de

investimento em saneamento, o Norte

concentrou apenas 1,7% do total investido. O

Nordeste vem em seguida, com 22%. Depois, a

Região Sul com 14%, seguida por Centro-Oeste

com 9%. Mais de 50% desses recursos estão no

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Sudeste. Enquanto isso, Norte e Nordeste

concentraram oito dos nove Estados que

utilizaram mais de 50% da receita operacional

para pagamento de pessoal em 2017.

https://economia.estadao.com.br/noticias/geral,s

eis-em-cada-dez-empresas-de-saneamento-

aumentaram-a-conta-de-agua-acima-da-

inflacao,70003054893

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Governo quer direcionar repasses para

saneamento a locais que sigam diretrizes de

agência

Estados e municípios precisarão se encaixar nas

referências elaboradas pela Agência Nacional de

Águas se quiserem receber auxílio do Executivo

Amanda Pupo, O Estado de S.Paulo

BRASÍLIA - Ao sugerir a Agência Nacional de

Águas (ANA) como órgão responsável pela edição

de normas de referência de saneamento, o

governo federal pretende direcionar o acesso a

recursos da União a quem se ajustar às diretrizes

do órgão. Ou seja, se quiser auxílio do Executivo,

município ou Estado precisarão, através de

agências locais, se encaixar nas referências que

serão elaboradas pela ANA.

A ideia está em projeto de lei enviado ao

Congresso em agosto e foi incorporada no

relatório do deputado Geninho Zuliani (DEM-SP)

sobre a proposta que atualiza o marco legal do

saneamento.

O plano, no entanto, encontra resistências. A

Confederação Nacional de Municípios (CNM) teme

que, no atual cenário de escassez de recursos

federais, a regra torne ainda mais difícil o

recebimento de verba pelos governos locais. A

previsão é de que o Ministério da Saúde corte

55,3% das verbas de obras que garantam água e

saneamento para cidades com menos de 50 mil

habitantes em 2020. Isso num contexto em que

103,2 milhões de brasileiros estão sem acesso a

esgotamento sanitário, e 40,8 milhões sem

abastecimento de água, segundo dados oficiais.

“Temos um cenário onde os recursos são

escassos, e eles ainda serão condicionados ao

município cumprir ou não com essa norma de

referência para regulação”, disse ao

Estadão/Broadcast a supervisora do Núcleo de

Desenvolvimento Territorial da CNM, Cláudia

Lins.

O governo, por outro lado, aposta nessa regra

para que haja uma virada no ambiente

regulatório. A grande pulverização de normas - e

também a falta delas - preocupa. Dados da

Associação Brasileira de Agências de Regulação

(Abar) apontam a existência de pelo menos 52

entidades reguladoras que cobrem os serviços de

saneamento em cerca de três mil cidades.

Enquanto isso, de acordo com o governo federal,

quase metade (48%) dos municípios não

possuem nenhum tipo de regulação.

Para o diretor da área de Regulação da ANA,

Oscar de Moraes Cordeiro Netto, a previsão que

condiciona os repasses é o principal aspecto

regulatório que virá da área federal. Técnicos do

Executivo acreditam que um bom ambiente de

regras também irá atrair maiores investimentos

da iniciativa privada, além de dar segurança ao

dinheiro repassado pela União.

“O município é independente para atender ou não

as normas. Se ele não atender, ele não estaria

apto a receber os recursos da União”, disse. No

texto do projeto, também é definido que, além

da alocação de recursos, os financiamentos com

verbas da União, ou com recursos operados por

órgãos federais, serão condicionados à

observância da ANA.

Secretária Especial do Programa de Parceria de

Investimentos (PPI), Martha Seillier disse à

reportagem que a previsão será capaz de

“influenciar” os entes a aderir aos padrões da

ANA. “Financiamento muitas vezes é via banco

público, Caixa, BNDES, então você consegue ir

influenciando aqueles que não querem aderir

voluntariamente aos padrões. Quer

financiamento da União? Observe os nossos

padrões regulatórios”, afirmou.

‘Cheque em branco’

Para a supervisora da CNM, no entanto, a regra é

um “cheque em branco”, já que não há como

saber quais serão exatamente as diretrizes

editadas pela agência, caso o Congresso aprove

sua nova condição. “Não sabemos se elas vão

atender a realidade dos municípios, se serão

viáveis”, disse Lins.

O que poderia diminuir a preocupação, segundo

ela, é o artigo que prevê que as entidades

representativas de municípios serão ouvidas

durante a elaboração das normas. Cordeiro Neto

pontua que a ANA sempre trabalhou com

articulação, e que pretende “repetir essa filosofia

de trabalho” dentro do saneamento.

No geral, os envolvidos no debate concordam

que a ANA não poderia substituir as várias

agências de saneamento que existem no País.

Como o serviço é prestado de forma local, não

haveria como um único órgão monitorar todo o

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sistema. Além disso, como em regra a tarefa de

oferecer água e esgoto à população não é de

competência da União, seria inviável uma

agência federal emitir diretamente as regras do

setor.

Para lembrar

O condicionamento dos repasses à observância

da ANA já foi sugerido em duas medidas

provisórias editadas no governo Michel Temer,

que acabaram perdendo a validade. À época,

gerou maior resistência no Congresso a previsão

que facilitava a privatização de companhias

estaduais de saneamento. Por outro lado,

considerada a importância do tema, o Legislativo

concordou em continuar debatendo o assunto.

Relator de uma das MPs, o senador Tasso

Jereissati (PSDB-CE) apresentou então projeto de

lei com base no texto da medida, aprovado em

junho no Senado. A proposta passou na Casa

sem explorar a questão regulatória, já que, para

legislar sobre isso, o Congresso precisaria

receber uma proposta do Executivo - o que ficou

a cargo do governo Bolsonaro.

https://economia.estadao.com.br/noticias/geral,

governo-quer-direcionar-repasses-para-

saneamento-a-locais-que-sigam-diretrizes-de-

agencia,70003054924

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Data: 21/10/2019

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Eletrobrás preparada para a privatização

Aumento de capital permitirá limpar o balanço da

empresa, reforçar seu caixa e melhorar sua

capacidade de investimentos.

O Estado de S.Paulo

Anunciada pelo governo do presidente Jair

Bolsonaro como uma das prioridades de seu

programa de privatização, a transferência do

controle da Eletrobrás para o setor privado

ganhou impulso. A aprovação pelo conselho de

administração, há dias, do aumento de capital de

até R$ 10 bilhões deixa a estatal preparada para

a privatização, na avaliação de seu presidente,

Wilson Ferreira Junior.

O aumento será feito por meio de emissão de

ações, pelo preço unitário de R$ 35,72 para as

novas ações ordinárias e de R$ 37,50 para as

novas ações preferenciais. Esses valores

embutem um deságio de 15% sobre a média

ponderada da cotação de fechamento dos 30

pregões da B3 que antecederam o dia 7 de

outubro. O valor mínimo de R$ 4,05 bilhões será

subscrito pela União, atual controladora da

empresa, por meio da conversão em ações de

Adiantamentos para Futuro Aumento de Capital

concedidos em 2016.

De acordo com o presidente da Eletrobrás, o

aumento de capital permitirá limpar o balanço da

empresa, reforçar seu caixa e melhorar sua

capacidade de investimentos. Ferreira Junior

falou também da possibilidade de “reversão dos

dividendos retidos”. Ao anunciar o lucro de R$ 13

bilhões no exercício de 2018, a empresa

suspendeu a distribuição de R$ 2,3 bilhões, sob a

alegação de não dispor de dinheiro em caixa para

distribuir o mínimo estabelecido pela legislação.

Segundo o presidente da estatal, o modelo de

aumento de capital aprovado prevê que outra

parcela de dividendos, que soma R$ 1,2 bilhão,

poderá ser utilizada pelos acionistas em troca de

ações na operação. Isso evitará que a Eletrobrás

transfira o valor equivalente para os acionistas.

A privatização da principal estatal do setor

elétrico está em discussão pelo governo com

membros do Congresso, pois depende de projeto

de lei específico. A Eletrobrás vem se preparando

para a transferência de seu controle para capitais

privados por meio de programas de redução de

custos e de corte de pessoal. Na semana

passada, anunciou o início de novo plano de

demissão consensual, que tem por meta o

desligamento de 1.681 empregados até o fim do

ano. Esse programa consta de acordo coletivo de

trabalho assinado no Tribunal Superior do

Trabalho. O plano terá custo de cerca de R$ 548

milhões, mas sua execução propiciará economia

de R$ 510 milhões por ano.

https://opiniao.estadao.com.br/noticias/editorial-

economico,eletrobras-preparada-para-a-

privatizacao,70003056380

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Turismo em São Paulo

Estado tem um potencial inexplorado enorme.

Explorá-lo depende sobretudo da articulação

entre setores.

Notas & Informações, O Estado de S.Paulo

O turismo é uma atividade pouco associada ao

Estado de São Paulo pelo imaginário popular,

incluindo o dos próprios paulistas. Os números,

porém, mostram uma realidade diferente: São

Paulo é, no Brasil, não só o maior emissor de

turistas, como o maior receptor.

Dos R$ 3,3 trilhões que constituem o PIB

paulista, o turismo representa cerca de 10%. O

Ministério do Turismo aponta que o Estado foi o

que mais recebeu turistas estrangeiros no ano

passado, cerca de 2,25 milhões, 34% do total

nacional. Segundo o IBGE, no primeiro trimestre

deste ano o turismo cresceu em média 3,1% no

País em comparação com o mesmo período em

2018. Já em São Paulo esse crescimento foi de

7,7%. De todos os empregos formais em turismo

no Brasil, 30% (3,5 milhões) estão em São

Paulo.

Dados da Confederação Nacional do Comércio de

Bens, Serviços e Turismo revelam que 41% das

vendas nacionais feitas por empresas

relacionadas ao turismo estão concentradas em

São Paulo. A título de exemplo, a participação do

Rio de Janeiro é de 10,4%. Nos últimos quatro

anos, o volume de serviços em turismo no Brasil

cresceu 1,4% ao ano. Em São Paulo, cresceu

4,4%, três vezes mais que a média nacional.

Visando a potencializar essas condições, a

Secretaria de Turismo estadual lançou no início

do ano o programa São Paulo Pra Todos.

Uma das medidas já tomadas foi a redução da

alíquota do ICMS sobre o combustível de aviação.

Em contrapartida, as companhias aéreas criaram

660 novos voos no Estado e se comprometeram

a investir R$ 40 milhões em publicidade para

promover o Estado. Segundo estudo da

Associação Brasileira de Empresas Aéreas, os

novos voos e os destinos atendidos têm um

potencial de gerar 59 mil empregos e compensar

diretamente a queda de arrecadação no ICMS em

R$ 110 milhões ao ano.

Além disso, seguindo um modelo bem-sucedido

em países como Portugal, o governo está

implementando com as companhias de aviação

um programa que permite que passageiros com

conexão nos principais aeroportos paulistas

possam ficar em São Paulo alguns dias, sem

custo adicional no valor da passagem.

Em parceria com o BNDES, Banco do Brasil e

Caixa Econômica Federal, o governo estadual

também pretende viabilizar uma série de linhas

de crédito totalizando mais de R$ 1 bilhão para

financiamentos de iniciativas turísticas nos

setores público e privado.

Para otimizar esses recursos, um trabalho

importante será o mapeamento das regiões do

Estado e suas potencialidades. A partir daí

deverão ser montados portfólios para apresentar

aos investidores as oportunidades do setor. Com

este mapa, será possível fomentar ações como

rotas gastronômicas, artísticas ou ecológicas. Um

passo que ainda precisa ser mais bem

consolidado são as parcerias com instituições

voltadas para a educação e formação, a fim de

preparar quadros profissionais para o setor.

Peça-chave para a promoção do turismo no

Estado é sem dúvida a capital, que já é o

principal destino de turismo de negócios do País.

Um levantamento do site de viagens TripAdvisor

aponta a cidade de São Paulo como o sexto

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Data: 21/10/2019

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destino preferido do Brasil e o 11.º da América

do Sul. O estímulo ao turismo pode ajudar a

concretizar programas há muito esperados pelos

paulistanos, como a limpeza do Rio Pinheiros e,

sobretudo, a revitalização do centro. Durante o

governo de Michel Temer, o Ministério do

Turismo, por exemplo, foi responsável por um

aporte de R$ 30 milhões ao chamado Triângulo

Histórico.

São Paulo é não só uma realidade enquanto

destino turístico, como tem um potencial

inexplorado enorme. Explorá-lo depende

sobretudo da articulação entre instâncias

municipais e estaduais, assim como entre o

poder público e a iniciativa privada. Se a

Secretaria de Turismo conseguir catalisar estes

setores em ações comuns, os paulistas

certamente poderão comprovar que São Paulo,

assim como sempre foi um destino para todo o

tipo de imigrantes, é um destino para todos os

turistas.

https://opiniao.estadao.com.br/noticias/notas-e-

informacoes,turismo-em-sao-paulo,70003057296

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Data: 21/10/2019

125

Grupo de Comunicação

Ministérios ensaiam aproximação por crise

da Amazônia

Com imagem do País abalada no exterior,

ministérios do Meio Ambiente e da Agricultura

buscam se unir na defesa do agronegócio

Mônica Scaramuzzo, O Estado de S.Paulo

Em meio à imagem abalada do Brasil pelos

incêndios na Amazônia, os ministérios da

Agricultura e Meio Ambiente tentam alinhar o

discurso para fazer frente a um possível ataque

de importadores, sobretudo da Europa, aos

produtos do agronegócio brasileiro.

Desde que a crise veio à tona, há quase dois

meses, as duas pastas tentam reduzir as

turbulências externas, mas cada uma com

agenda própria. A falta de uma estratégia de

defesa comum tem gerado preocupações entre

as lideranças do agronegócio, que temem um

boicote ao País.

Parlamentares da bancada ruralista no Congresso

e no Senado evitam fazer críticas abertas à

maneira como o governo tem conduzido a crise.

Sob reserva, contudo, deputados e senadores da

base ruralista afirmaram ao Estado que faltam

respostas rápidas e um maior alinhamento do

governo para evitar potenciais perdas ao País,

com risco de comprometer o acordo Mercosul e

União Europeia.

Nos últimos dias, os ministros da Agricultura,

Tereza Cristina, e do Meio Ambiente, Ricardo

Salles, que nunca foram próximos, estão

tentando se aproximar, segundo fontes a par do

assunto.

O desalinhamento entre as duas pastas não é de

hoje. Entre o fim de 2018 e o início do ano, o

clima pesou na Agricultura e Meio Ambiente,

quando o presidente Jair Bolsonaro cogitou unir

os dois ministérios. Desde então, cada ministro

seguiu com suas agendas.

Quando a crise da Amazônia ficou mais aguda,

cada pasta preparou suas estratégias de

discussões para conduzir o assunto.

Mas a falta de um discurso conciliatório entre as

duas pastas é vista como um ponto sensível na

defesa dos interesses do Brasil lá fora, afirmaram

pessoas próximas aos ministros.

Tereza Cristina e Salles viajaram,

separadamente, para a Europa nas últimas

semanas para conversar com importadores,

governos e setor privado para explicar que o

Brasil não incentiva o desmatamento ilegal, que

o governo brasileiro está atento às questões da

Amazônia e apertando o cerco contra exploração

de áreas da região.

Preocupação

Embora ainda não haja uma retaliação aos

produtos brasileiros – diversos países

importadores e empresas globais consultaram o

ministério da Agricultura sobre eventuais riscos –

, a ameaça de imposição de barreiras preocupa

exportadores de grãos e carnes, principais itens

da pauta de exportações brasileira.

“Não há hoje uma ameaça real de barrar as

exportações brasileiras. O governo está

trabalhando para reverter a imagem lá fora. Mas

claro que há uma preocupação sobre como o

consumidor internacional vê os produtos

brasileiros”, disse Marcello Brito, presidente da

Associação Brasileira do Agronegócio (Abag).

O Ministério da Agricultura admite que falhas na

comunicação são apontadas como principal fator

que o impede o Brasil de ser difundido como uma

potência agrícola sustentável. A apresentação de

dados mais consistentes sobre preservação das

florestas também precisa ter um plano de ação

mais contundente.

“Temos erros muito sérios de comunicação tanto

internamente como externamente. Precisamos

corrigi-los se quisermos continuar vendendo mais

e desbravando novas oportunidades”, disse

Tereza Cristina, no dia 10 de outubro, durante o

Fórum de Investimentos Brasil 2019, realizado

em São Paulo. “Precisamos não só falar lá fora o

que fazemos, mas mostrar a quantidade de área

que preservamos”, afirmou.

Ao Estado, o ministro Ricardo Salles disse que as

discussões sobre Amazônia vão muito além da

parte da Agricultura (ver mais abaixo). Segundo

ele, o ministério do Meio Ambiente está em

conversas intensas com vários ministérios. “A

missão do Ministério da Agricultura é uma e a do

Meio Ambiente é outra.”

Procurado, o Ministério da Agricultura não quis

comentar o assunto.

https://economia.estadao.com.br/noticias/geral,

ministerios-ensaiam-aproximacao-por-crise-da-

amazonia,70003057586

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Data: 21/10/2019

126

Grupo de Comunicação

‘Temos de nos preocupar menos com

boicote e mais com a imagem’, diz Ricardo

Salles

Segundo o ministro, governo trabalha em uma

campanha para Amazônia que envolve vários

ministérios

Mônica Scaramuzzo, O Estado de S.Paulo

O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles,

disse ao Estado que os encontros fora do País

ajudaram a desmistificar muitos conceitos que os

estrangeiros tinham sobre a Amazônia. Segundo

ele, o governo discute um plano conjunto para

melhorar a imagem do Brasil fora. A seguir, os

principais trechos da entrevista.

Há razão para o agronegócio se preocupar

com um possível boicote aos produtos

brasileiros?

Acho que tem de se preocupar, menos pelo

boicote, mas pelo dano da imagem. Como é o

consumidor que decide o que vai consumir em

qualquer lugar do mundo, a imagem prejudica

diretamente a demanda. Isso é um ponto

importante. Minha ida à Europa foi para isso.

Como o sr. foi recebido?

Falei com diversos segmentos: setor privado

(investidores, importadores e bancos), entidades

do terceiro setor, autoridades governamentais e

imprensa, em cinco cidades. O que sentimos é

que do lado da imprensa havia muita

desinformação. Foi muito importante falar,

mostrar dados. Melhorou muito. No governo

também. Mas, no geral, as autoridades têm mais

informações. O setor privado conhece bastante,

mas eles sentem falta das interpretações, das

explicações do dado frio. Além de levar o dado,

você explica a complexidade e porque tais

assuntos não são tão simples de serem

resolvidos. E eles entendem perfeitamente. E,

para minha surpresa, as ONGs com as quais nos

reunimos – e foram muitas – entenderam nosso

grau de desafio. Com essas viagens, não só a

minha, mas da própria Tereza Cristina

(Agricultura) e do Tarcisio de Freitas

(Infraestrutura), você vai dando um pouco de

bom senso para as coisas.

O governo vai fazer uma campanha nacional

pró-Amazônia?

Temos de estruturar e o governo está

trabalhando em um plano de desenvolvimento

para Amazônia. É fundamental.

Isso já está sendo feito?

Está sendo feito, mas é um assunto que engloba

diversos ministérios: Agricultura, Meio Ambiente,

Ciências e Tecnologia. Não é coisa de um só

ministério. Não é uma resposta. É complexo,

precisa de um esforço conjunto.

Como é a sua interlocução com as

lideranças do agronegócio?

Fui diretor da Sociedade Rural Brasileira (SRB),

me dou muito bem com o setor. Como todo e

qualquer segmento da economia, você tem

diversas opiniões. Se olhar o agronegócio no

Brasil, tem um grupo que é contra todas essas

discussões. Eles têm pontos importantes e

entendemos. Mas o agronegócio não é só o que

eles pensam. O agronegócio tem outros grupos,

outras visões. O papel de quem está no governo

é trabalhar em prol de todos. Não escolher um

grupo contra o outro.

O sr. também tem bom trânsito com o

presidente. Qual foi a missão que ele te deu

nessa crise?

O presidente dá autonomia para todos os

ministros, não só para mim. Ele escolheu os

ministros pelo critério técnico. É claro que, para

questões mais sensíveis, a gente consulta o

presidente antes. Mas, no dia a dia, os ministros

que decidem sobre as suas respectivas pastas e

vão harmonizando com o presidente.

Temos números e dados suficientes para

explicar para o mercado externo que não há

desmatamento ilegal?

Os europeus entenderam muito quando

mostramos os dados sobre desmatamento.

Houve uma redução a partir de 2004. Em 2004, a

gente tinha três vezes mais desmatamento que

hoje – 28 mil km² – e até 2018 quase 9 mil km².

Entre 2004 e 2012, caiu muito. De 2012 a 2019,

há uma curva ascendente.

E qual explicação?

Essa pergunta eu fiz nessa viagem: quais os

motivos que nos levaram a ter um aumento de

desmatamento de 2012 até agora? Dizer que o

Bolsonaro é a favor do desmatamento não cola.

Se esse argumento é verdadeiro, por que há sete

anos, mesmo com a atuação de ambientalistas e

governos com outras visões, houve aumento do

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Data: 21/10/2019

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Grupo de Comunicação

Estados do Nordeste querem taxa sobre o

sol e o vento

Senador Marcelo Castro (MDB-PI) pretende

incluir na reforma tributária emenda para

permitir a cobrança de royalties sobre as

energias solar e eólica

Anne Warth, O Estado de S.Paulo

BRASÍLIA - Enfrentando dificuldades financeiras,

os Estados da Região Nordeste querem taxar o

sol e o vento para reforçarem seus caixas. A

ideia, defendida pelo senador Marcelo Castro

(MDB-PI), é aproveitar as discussões sobre

reforma tributária no Congresso para criar a

possibilidade de cobrança de royalties sobre a

energia solar e a eólica .

O texto proposto por Castro é simples: inclui, na

Constituição, como “bens da União”, os

“potenciais de energia eólica e solar” e permite a

possibilidade de cobrança de participação ou

compensação financeira, em articulação com os

Estados, na exploração desses recursos. A

definição da alíquota dos royalties seria feita por

meio de lei, que exige maioria simples na

Câmara e no Senado, bem como os critérios de

divisão desses recursos entre União, Estados e

municípios.

Para o senador, não há diferença entre essa

proposta e os royalties cobrados sobre petróleo,

minérios e cursos de água com potencial de

geração de energia. O que diverge, segundo ele,

é o fato de que as energias solar e eólica ainda

não eram viáveis em 1988, quando a

Constituição foi feita. Segundo Castro, o royalty é

compensação aos Estados produtores, já que o

ICMS (imposto estadual) é cobrado no Estado

para onde a energia vai, e não naquele em que

ela foi gerada.

“O vento não é propriamente uma jazida, mas

tem em alguns lugares e em outros não. A minha

emenda tenta fazer com que os Estados com

potencial de vento e sol tenham algum benefício,

já que hoje eles não têm nenhum”, disse.

Proposta controversa

Mas a cobrança de royalties sobre sol e vento é

controversa. A taxa tem como origem uma

solução econômica para resolver conflitos de

direito de propriedade. No Brasil, a Constituição

definiu que a posse de petróleo, gás natural,

minérios e da água utilizada para geração de

energia é da União. O pagamento de royalties,

nesses casos, seria uma compensação pela

cessão desse direito de propriedade a terceiros.

No caso de petróleo, gás e minérios, trata-se de

recursos finitos, e o fim da exploração tende a

inviabilizar a economia das regiões atingidas.

Para hidrelétricas, quase sempre há impactos

irreversíveis nas áreas alagadas e que

inviabilizam outras atividades - nesse caso, a

cobrança se dá sobre a geração de energia, e não

sobre a água em si. Em todos os casos, o royalty

funciona como uma compensação às localidades

atingidas.

Para especialistas, não há como comparar essas

situações com a geração de energia solar e

eólica. Vento e sol são recursos infinitos e sua

exploração não inviabiliza outras atividades

econômicas. Além disso, não há conflito de

propriedade, pois outras pessoas podem utilizar,

ao mesmo tempo, os recursos para outras

finalidades - entre elas, aquecer água para

chuveiros e mover moinhos de trigo, por

exemplo.

O secretário estadual de Fazenda de

Pernambuco, Décio Padilha, afirma, porém, que

algum tipo de compensação - seja royalty ou

imposto - aos Estados produtores é necessária.

Segundo ele, os governos vivem dificuldades

financeiras pela transição rápida em direção a

uma matriz limpa e pela desoneração de bens de

capital usados na produção de energia, como

baterias e turbinas de eólicas. Segundo ele, esses

fatores têm reduzido a arrecadação derivada da

energia, um dos setores que mais reforçam os

cofres estaduais.

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Data: 21/10/2019

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Grupo de Comunicação

“Queremos continuar estimulando as fontes

renováveis, mas com cautela, pois os Estados

precisam sobreviver também”, afirma. Padilha

convocou todos os secretários de Fazenda

nordestinos para uma reunião para fechar uma

posição sobre o tema.

Conceito inadequado?

A presidente da Associação Brasileira de Energia

Eólica (Abeeólica), Élbia Gannouom, considera o

conceito de royalty sobre vento inadequado. “O

mesmo vento que gera energia bagunça os meus

cabelos. Vamos ter de pagar pela brisa? Se o sol

e o vento pertencem a alguém, é a Deus”, disse.

“Quem vai pagar essa conta é o consumidor.

Estarão taxando energia limpa no Brasil,

enquanto o resto do mundo incentiva essa

produção.”

Para o presidente da Associação Brasileira de

Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), Rodrigo

Sauaia, não há fundamento jurídico nem técnico

para esse tipo de taxa sobre a energia solar. “O

sol é um recurso renovável, disponível e de uso

democrático”, afirma. “O sol é também um

recurso imprescindível para agricultura e traz

competitividade para a produção nacional. Vão

taxar o agronegócio?”, questionou. Para ele, a

cobrança é o remédio errado para um problema

legítimo: a falta de recursos dos Estados e

municípios.

Alternativas

Uma proposta alternativa para contribuir com os

Estados produtores é a do senador Jean-Paul

Prates (PT-RN). Ele defende uma redistribuição

dos recursos arrecadados com ICMS sobre

energia, hoje concentrados no destino, para a

origem. Essa proposta, segundo ele,

reequilibraria a arrecadação entre os Estados e

beneficiaria o Nordeste.

“Royalty sobre energia solar e eólica é algo

errado sob o ponto de vista jurídico. Isso só se

aplica sobre recurso não renovável, pois ele não

estará disponível para gerações futuras. Vento e

sol, até que se prove o contrário, sempre estarão

aí”, disse. Segundo ele, seria uma solução

regressiva e que inviabilizaria investimentos.

A proposta dele é permitir que parte da

arrecadação de ICMS sobre energia também

fique com os Estados produtores. Esse tributo

sempre é aplicado sobre a origem, exceto nos

casos de energia, petróleo e derivados - uma

compensação, segundo ele, dada pela

Constituição de 1988 para beneficiar o Estado de

São Paulo.

“A preocupação do senador Marcelo Castro é

válida e meritória. Precisamos de compensações,

mas o instrumento correto não é esse: é reverter

o polo beneficiado do ICMS”, disse. Essa ideia

integra uma proposta de emenda constitucional

que tramita no Senado e, segundo ele, pode se

transformar em uma emenda à reforma

tributária.

“Queremos propor uma calibragem para não ser

algo radical e que gere resistências. Em vez de

trazer todo o ICMS da energia para a origem,

vamos fazer cálculos até que se chegue a um

empate entre Estados produtores e

consumidores, para quem perde perder o menos

possível e para quem ganha ganhar o máximo

possível”, disse.

https://economia.estadao.com.br/noticias/geral,s

enador-quer-a-criacao-de-royalties-sobre-

energia-solar-e-eolica,70003057396

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Data: 21/10/2019

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Governo Federal anuncia novas regras para

importação de etanol sem tarifa

Cota de importação sem tarifa será limitada a

produtores do biocombustível; isenção é de 20%

Gustavo Porto, O Estado de S.Paulo

O governo federal publicou, em edição extra do

Diário Oficial da União, resolução do Comitê

Executivo de Gestão da Secretaria-Executiva da

Câmara de Comércio Exterior (Gecex/Camex)

com as novas regras para a cota de importação

de etanol, de 750 milhões de litros, isenta de

tarifa de 20%. A medida, assinada pelo ministro

da Economia, Paulo Guedes, ratifica a deliberação

do Gecex/Camex aprovada durante a semana.

Brasil defende etanol em conferência do clima na

Alemanha

A isenção será destinada apenas aos produtores

do biocombustível. As distribuidoras e outras

empresas importadoras continuarão a pagar 20%

para todo o etanol que comprarem no exterior

Foto: Epitácio Pessoa/Estadão

Segundo as novas regras, a cota de importação

de etanol sem tarifa, vigente de 31 de agosto de

2019 a 30 de 2020, será destinada apenas aos

produtores do biocombustível. As distribuidoras e

outras empresas importadoras continuarão a

pagar 20% para todo o etanol que comprarem no

exterior. No entanto, as licenças de importação

sem tarifa concedidas antes da publicação da

resolução serão honradas.

Ficou definida também a divisão temporal dessa

cota de importação no período de vigência. Até

29 de fevereiro de 2020, ou seja, em um período

de seis meses, o volume máximo importado e

isento dos 20% será de 200 milhões de litros.

Entre 1º de março e 31 de maio de 2010, o

volume sem tarifa será de 275 milhões de litros.

Para os três meses restantes, de 1º de junho a

30 de agosto, mais 275 milhões de litros de

etanol poderão ser adquiridos sem os 20%.

Cada produtor ou grupo de usinas poderá

importar, no máximo, 2,5 milhões de litros com

isenção no período. A medida atende demanda

de produtores nordestinos de etanol, pois a cota

menor, de 200 milhões de litros, pelo maior

período, de seis dos 12 meses, coincide com a

safra local de cana-de-açúcar. A região é a porta

de entrada do biocombustível importado,

basicamente dos Estados Unidos, o que deprime

os preços locais do etanol.

Os restantes 550 milhões de litros sem tarifa,

divididos igualmente em dois trimestres, poderão

entrar no País no início da próxima safra de cana-

de-açúcar do Centro-Sul do País.

https://economia.estadao.com.br/noticias/geral,

governo-federal-anuncia-novas-regras-para-

importacao-de-etanol-sem-tarifa,70003056119

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Data: 21/10/2019

131

Grupo de Comunicação

De ciclovia em ciclovia, Paris se transforma

Mais congestionamento no meio de canteiros de

construção, mas menos automóveis

Adam Nossiter, The New York Times

PARIS - Em toda Paris, as ruas estão sendo

reviradas, divididas ao meio, as antigas pedras

do calçamento arrancadas para a construção de

quilômetros de ciclovias. Uma importante rodovia

foi fechada para os automóveis e destinada

exclusivamente aos pedestres.

As temperaturas recordes do mês de julho

transformaram a cidade em uma estranha visão

caótica, prenúncio do que poderá ocorrer

futuramente. O calor brutal acabou com qualquer

dúvida na mente da prefeita, Anne Hidalgo: a

mudança climática chegou. A prefeita, nascida na

Espanha, passou os últimos cinco anos

procurando transformar a cidade milenar em

uma versão mais verde de si mesma. No final do

verão, havia em andamento mais de 8 mil

projetos, com praças históricas transformadas

para se tornarem mais transitáveis aos

pedestres.

Paris hoje é a oitava de uma lista de cidades que

preferem a bicicleta, em comparação com 2015,

quando ocupava o 17º lugar. E há novas ciclovias

em planejamento. Foto: Andrea Mantovani para

The New York Times

Tanto os visitantes quanto os moradores agora

podem passear pelas margens do rio de bicicleta,

protegidos dos carros por barreiras de granito, e

também por toda a cidade, ganhando dos

engarrafamentos de trânsito.

A ideia da prefeita é simples: para garantir um

futuro com o atual clima incerto, Paris deve

proteger-se e voltar ao passado - um passado

com menos automóveis.

“O que empreendemos é um programa de

adaptação completo, a reintrodução da natureza

na cidade”, ela disse.

Anne Hidalgo, uma socialista que se candidatará

à reeleição no próximo ano, ganhou partidários

da sua visão avançada, e também milhares de

inimigos em razão da destruição provocada por

seus projetos.

“É uma histérica”, disse Hamza Hansal,

proprietário de uma frota de 10 táxis. “Agora, só

há ciclovias e obras. O caos total.”

Outros críticos, particularmente de direita, a

acusaram de fazer experimentos com o ambiente

em detrimento dos moradores.

A cidade registrou uma queda abrupta dos carros

particulares, de 60% dos domicílios em 2001, a

35% hoje.

“Há menos carros, mas há mais

congestionamentos, e isto pode afetar os níveis

de poluição”, observou Paul Lecroart, do

departamento de planejamento da região de

Paris.

No meio tempo, Paris subiu na lista de cidades

que preferem a bicicleta, do 17º lugar em 2015,

para o oitavo.

“Ela é muito rigorosa com os automóveis”,

afirmou Darnaud Guilhem, um jardineiro

profissional, referindo-se a prefeita. “Mas acho

que está certa. Está provocando ranger de

dentes. Mas Paris, com todo este trânsito,

acabou se tornando uma cidade onde é

impossível viver”.

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Data: 21/10/2019

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Grupo de Comunicação

“Está na direção certa”, acrescentou.

Uma das medidas mais contestadas da prefeita

foi o fechamento de algumas partes da rodovia

construída há 42 anos ao longo da Margem

Direita do Sena, e a sua transformação em um

parque. A longa margem hoje está repleta de

uma juventude alegres nas noites quentes, e, em

termos de raça e casses sociais, virá a ser uma

das partes mais integradas da cidade.

“Com isto, conseguiu ter todos contra ela”, na

opinião de Corinne Lepage, ex-ministra do Meio

Ambiente da França. “Esta foi uma verdadeira

reconquista do espaço urbano”.

Agora, Anne planeja “florestas urbanas”, árvores

beirando o rio e em frente a alguns pontos mais

icônicos da cidade, como a Opera Garnier, o

Hôtel de Ville e a estação ferroviária Gare de

Lyon. Um alto funcionário divulgou uma nota

detalhando um possível corredor verde que

atravessará a cidade, se ela for eleita para um

segundo mandato.

Leo Fauconnet, um especialista em urbanismo do

departamento de planejamento da região de

Paris, deu todo o crédito a Anne Hidalgo. “Agora

nós temos uma política de ação, em comparação

com outras cidades do mundo”, afirmou.

Mas os ambientalistas ferrenhos, cujo prestígio

político aumentou com a criação do Partido

Verde, não estão convencidos.

“A política ambiental visa limitar os danos”, disse

Jacques Boutault, o prefeito verde do Segundo

Distrito Administrativo (Arrondissement) de

Paris, central. “Não se pode simplesmente jogar

concreto, e depois plantar árvores sobre o

pavimento”.

Críticos mais contundentes falaram em simpatia

da Prefeitura pelas construtoras. O gabinete da

prefeita “usa uma linguagem dupla”, afirmou

Antoine Picon, especialista em história da

arquitetura da Universidade Harvard. “Verde,

sim, mas vamos continuar encorajando a

densificação de Paris, que já é uma das cidades

mais compactas do mundo. Toda a cidade está

sendo transformada em um centro comercial”.

De fato, o caráter da cidade está mudando em

certos aspectos que Hidalgo se mostrou menos

ativa em enfrentar.

As famílias da classe trabalhadora estão deixando

as áreas centrais como o Segundo

Arrondissement, que perdeu cerca de 10% de

sua população desde 2015. A Airbnb criou bairros

de proprietários ausentes. O preço médio do

metro quadrado de um apartamento chega a $

10.000, o que torna a cidade uma das mais caras

do mundo.

A prefeita diz que está consciente destes perigos

também, e que trabalha para mitigá-los.

“Paris não pode ser apenas uma cidade para os

vencedores”, afirmou. “O papel dos políticos é

regulamentar. E impedir que esta cidade seja

apenas dos vencedores”. / TRADUÇÃO DE ANNA

CAPOVILLA

https://internacional.estadao.com.br/noticias/nyt

iw,de-ciclovia-em-ciclovia-paris-se-

transforma,70003057971

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133

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Em busca de energia limpa no furacão do

aquecimento global

Empresas criaram a Iniciativa Climática do

Petróleo e Gás para investir em tecnologias de

baixas emissões de carbono e reduzir gás

metano do efeito estufa

Stanley Reed, The New York Times

Há 20 anos, John Browne chocou a indústria

petrolífera afirmando que “não se pode descartar

a possibilidade” de um elo entre as emissões de

carbono produzidas pelo homem e o aquecimento

global, e que estava na hora de “agir”. Em 1997,

Browne, então diretor executivo da British

Petroleum, a companhia petrolífera sediada em

Londres, foi, na época, a voz única voz entre os

seus pares.

A maioria das grandes petrolíferas já não nega a

relação entre os combustíveis fósseis e a

mudança climática. Na realidade, elas procuram

posicionar-se a fim de serem vistas como parte

da solução do que os cidadãos encaram como

uma grave ameaça.

A Royal Dutch Shell, a petrolífera europeia, a

Total da França e outras estão investindo

consideráveis recursos em projetos de energia

limpa. Várias delas criaram a Iniciativa Climática

do Petróleo e Gás para investir em tecnologias de

baixas emissões de carbono e reduzir o poderoso

gás metano do efeito estufa.

As companhias tentam preparar-se para o que

consideram uma grave ameaça aos seus

negócios: as exigências da sociedade,

principalmente na Europa, de uma redução

substancial do consumo de gás e petróleo que

constituem a própria vida destas organizações.

Entretanto, atualmente, está se queimando cerca

de 33% a mais de petróleo do que no fim da

década de 90, em grande parte por causa do

aumento do número de consumidores em países

como China e Índia que passaram a dirigir

automóveis, a voar de avião e a comprar

produtos de plástico fabricados a partir do

petróleo.

Além disso, há um grande ceticismo do público

quanto à eliminação gradativa de combustíveis

como petróleo, gás e carvão em todo o mundo,

como se exige para manter as temperaturas

globais dentro de limites considerados seguros.

“Seriam necessários trilhões de dólares” para

substituir os atuais sistemas de fornecimento de

energia por outros produzidos pelos ventos e

pelo sol, afirmou Neil Beveridge, analista da

Bernstein, empresa de pesquisa de Wall Street. E

acrescentou que a indústria do petróleo e gás

deverá ser rejeitada dentro em breve pelos

ambientalistas e por alguns investidores, embora

seja, por outro lado, “essencial para o mundo

continuar girando”, afirmou.

Energia limpa

A Shell montou então uma operação para a

produção de eletricidade, adquirindo partes de

uma pequena companhia britânica e uma start-

up holandesa de veículos elétricos, e investiu em

energia eólica em alto mar. Estes investimentos

visam posicionar a Shell para uma nova era da

energia ancorada em energia elétrica limpa para

veículos e outros usos e não em combustíveis

fosseis.

Aparentemente, a Shell decidiu deixar de ser

uma empresa petrolífera. A americana Chevron

não pensa assim. Ao que tudo indica, está

preocupada em tornar as suas operações de

petróleo e gás mais eficientes de modo a reduzir

as suas emissões. A Chevron afirma que seria um

erro obrigar companhias bem administradas a

reduzir sua produção de petróleo e gás. Na

realidade, elas poderão ser a razão para as mais

eficientes aumentarem sua produção, embora

cumprindo as metas da mudança climática,

acrescentou a companhia.

Segundo os críticos, ainda que estas empresas

estejam investindo em energia limpa, uma

proporção muito maior dos seus gastos destina-

se a projetos com petróleo e gás, causadores de

emissões de gases do efeito estufa. “Ainda não

vimos os seus investimentos corroborarem as

suas afirmações e refletirem o reconhecimento

de que terão de aderir à transição”, disse Fred

Krupp, presidente do Environmental Defense

Fund.

Valentina Kretzschcmer, analista da Wood

Mackenzie, empresa de pesquisa de mercado,

calculou que de 2016 a 2018 sete entre as

maiores petrolíferas, como Shell e Exxon Mobil,

gastaram US$ 5,8 bilhões na aquisição de

energia alternativa, cerca de 5% dos seus

desembolsos com acordos de petróleo e gás e em

novas empresas. A Shell informou que planeja

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gastar US$ 2 bilhões ao ano no que chamou de

investimentos em nova energia, uma soma

pequena se comparada aos US$ 25 bilhões ou

mais em gastos gerais de capital.

Por que somas relativamente tão insignificantes?

Kretzschmar disse que as companhias ainda

tateiam em um território que não é familiar para

elas. Por outro lado, é cada vez maior o número

de acionistas que hesitam investir em

companhias petrolíferas, por desaprovarem o

papel que os seus produtos exercem na mudança

climática ou por temerem que o petróleo deixe

de ser utilizado no futuro. Neste caso, as

preciosas reservas de petróleo e gás cujos

direitos as companhias detêm permaneceriam

abandonadas no solo.

As companhias, entretanto, acreditam que

afastarão alguns investidores e as suas ações

despencarão se eles considerarem que o seu

dinheiro está sendo desperdiçado ou for colocado

em negócios que não produzem lucros

satisfatórios e dinheiro vivo para pagarem

polpudos dividendos. “Dificilmente, os acionistas

aceitariam investimentos maiores”, ressaltou

Kretzschmer. / TRADUÇÃO DE ANNA CAPOVILLA

https://internacional.estadao.com.br/noticias/nyt

iw,emissoes-de-carbono-aquecimento-global-

energia-limpa,70003057214

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Geração distribuída e tributação

Luis Claudio Yukio Vatari*

Nos últimos anos, o termo sustentabilidade se

tornou vocábulo obrigatório nos discursos de

autoridades administrativas e figuras públicas.

Apesar da motivação claramente política, não se

pode deixar de lado o tema, especialmente no

que tange ao modelo energético adotado no

Brasil.

Apesar dos avanços, a implantação de um parque

gerador sustentável e adequado à realidade

brasileira ainda ocorre em ritmo muito menor do

que no restante das principais economias

mundiais, especialmente no que se refere à

chamada Geração Distribuída que, normalmente

não ganha as primeiras páginas dos noticiários,

mas que vem atraindo atenção de empresários e

investidores devido à dinâmica de implantação se

comparada a uma unidade da Geração

Centralizada tradicional.

Um paralelo interessante é a comparação com a

indústria: enquanto a Geração Centralizada seria

a grande empresa que visa atender o território

nacional e possuiu maior projeção midiática; a

Geração Distribuída seria a pequena empresa

que lida com a demanda local, sem tanta

publicidade, mas ambas cumprindo um papel

crucial dentro da economia.

Nessa metáfora, os pequenos geradores

desempenham papel crucial no sistema

energético brasileiro para atender demanda

localizada que, em conjunto com os grandes

projetos de Geração Centralizada, formam o

sistema energético brasileiro.

O marco regulatório para a Geração Distribuída

somente veio, em 2012, com a Resolução

Normativa nº 482/2012, no qual a Agência

Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) “Estabelece

as condições gerais para o acesso de

microgeração e minigeração distribuída aos

sistemas de distribuição de energia elétrica e o

sistema de compensação de energia elétrica”.

Apesar do marco regulatório, apenas em 2015 foi

editado, no âmbito do CONFAZ, o Convênio nº

16/2015 que autoriza a concessão de isenção do

Imposto sobre Circulação de Mercadorias e

Serviços (ICMS) sobre a energia produzida pelo

próprio consumidor.

Adicionalmente a esse lapso temporal, somente

no mês de agosto de 2019, o estado de Santa

Catarina, através do Decreto nº 233/2019,

regulamentou e internalizou a isenção do ICMS

para a Geração Distribuída. Isso significa dizer

que foram necessários mais de seis anos, desde

o marco regulatório, para que todos os estados

da Federação adequassem sua legislação interna

para fins de incentivar o setor.

O governo federal também demorou a isentar as

operações de injeção de energia elétrica

produzida pelos minigeradores e microgeradores

da Contribuição ao PIS e à COFINS, o que

ocorreu somente com o advento da Lei nº

13.169, de 06 de outubro de 2015.

Percebe-se que as autoridades administrativas

não agiram com o afinco e rapidez que o seu

discurso atual leva a crer para aumentar a

sustentabilidade da produção de energia elétrica.

Se existe o interesse em um modelo energético

sustentável, o primeiro passo é a modernização

dos conceitos, que não apenas garanta a

viabilidade econômica de projetos, como também

corrija algumas discrepâncias tributárias.

Por anos os consumidores que tinham projetos

que se enquadravam no conceito de Geração

Distribuída tiveram que conviver com o

recolhimento dos tributos federais e estaduais ou

mesmo com estruturas complexas e

questionáveis para fins de redução da carga

tributária.

Vale destacar, ainda, que os incentivos poderiam

ser ainda maiores no âmbito federal. No entanto,

a ANEEL entende que os projetos de Geração

Distribuída não podem ser enquadrados dentro

do Regime Especial de Incentivos para o

Desenvolvimento da Infraestrutura (REIDI –

isenção de PIS/COFINS para construção da

unidade geradora), sob o argumento de que

essas iniciativas não podem ser consideradas

como obras de infraestrutura.

Esse posicionamento é discutível não apenas

sobre o aspecto técnico, mas também do ponto

de vista econômico, uma vez que os projetos de

Geração Distribuída, apesar de uma abrangência

descentralizada, configuram em verdadeira obra

de infraestrutura que acaba por ajudar a

desafogar o gargalo energético que o país se

colocou (100 projetos de micro geração podem

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Data: 21/10/2019

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ter o mesmo efeito de um projeto de geração

centralizada).

Voltando à metáfora do início do texto, a Geração

Distribuída seria equivalente ao regime do

Simples Nacional para as pequenas empresas, no

qual as normas tributárias e societárias foram

simplificadas para ajudar essas iniciativas. No

entanto, no caso de geração de energia, o que

ocorre é o oposto, os grandes empreendimentos

têm uma carga tributária menor que os pequenos

geradores, ou seja, um contrassenso legal e

econômico.

Diante desse cenário, pode-se verificar que o

discurso sobre sustentabilidade energética, pelo

menos nos últimos anos, não tem sido

totalmente vazio (apesar da motivação ser

altamente questionável), uma vez que o setor foi

agraciado com incentivos fiscais. No entanto,

pode-se fazer mais, inclusive com a adequação

dos modelos já existentes para fins de ampliação

do investimento no setor energético.

*Luis Claudio Yukio Vatari, sócio de tributário do

Toledo Marchetti Advogados.

https://politica.estadao.com.br/blogs/fausto-

macedo/geracao-distribuida-e-tributacao/

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Agricultura sem Amazônia

Simulações indicam que a preservação da

floresta é essencial para o agronegócio

Fernando Reinach*, O Estado de S.Paulo

Se você acompanha a devastação da Floresta

Amazônica, deve ter se perguntado o que

acontecerá quando toda a floresta desaparecer.

Agora dois cientistas americanos simularam esse

cenário e a notícia não é boa.

Prever o futuro é difícil, mas foi exatamente para

isso que o ser humano desenvolveu a Ciência. As

leis da Física permitem prever o futuro de

maneira perfeita para fenômenos simples.

Sabemos exatamente quando vai ocorrer um

eclipse.

Quando fenômenos dependem de muitos

processos, as previsões ficam mais imprecisas:

não somos capazes de prever o dia de nossa

morte, mas é certeza que todos morreremos

antes dos 110 anos. Outros fenômenos são ainda

mais difíceis de prever. Eles envolvem todo o

planeta, como o ritmo do aquecimento global e

suas consequências. Nesses casos, cientistas

constroem modelos que simulam cada um dos

fatores que influenciam o fenômeno, juntam

todos em um supermodelo e tentam prever o que

vai acontecer. É assim que são construídos os

cenários de aquecimento global. A ideia é

simples, mas na prática os modelos são

complicados, e muitas vezes diferentes modelos

produzem resultados discordantes.

Um bom exemplo é a previsão da rota de um

furacão. Os melhores modelos conseguem prever

a rota do furacão, mas dificilmente acertam

exatamente onde ele vai passar e qual será sua

força. Mas isso não é um problema: é melhor um

modelo razoável do que a ignorância. Foi usando

esse tipo de modelo que dois cientistas do

laboratório que analisa a rota de furacões e o

aquecimento global tentaram simular o que

aconteceria com o Brasil e o planeta se a Floresta

Amazônica fosse derrubada. Para isso, eles

começaram com dois dos melhores modelos que

simulam o aquecimento global até 2050.

Esses modelos assumem a configuração atual do

planeta (temperatura, chuvas, ventos, marés,

etc) e tentam prever o que vai acontecer à

medida que a quantidade de gás carbônico

aumenta. A cobertura vegetal do planeta é

levada em conta e influencia o resultado. Por

exemplo, eles preveem que o Saara vai continuar

sem vegetação e a Floresta Amazônica

continuará como é hoje (parcialmente

preservada). O que eles fizeram nesse novo

estudo foi modificar o modelo, substituindo toda

a área da Floresta Amazônica por áreas contendo

50% ou 100% de pastagens (é bom lembrar que

hoje já temos de 15% a 20% da floresta

transformada em pastagens). Após essa única

mudança, eles recalcularam o que deve

acontecer nos próximos anos.

Sem a presença da Floresta Amazônica entre

agora e 2050, os modelos indicam que devem

ocorrer duas grandes mudanças. A primeira é

que a temperatura da região amazônica deve

aumentar entre 2°C e 3°C a mais do que o

previsto inicialmente. Esse aumento não somente

ocorreria na Amazônia, mas também, em menor

escala, no Cerrado brasileiro. O mais

preocupante é o que aconteceria com as chuvas

no Brasil. Elas diminuiriam brutalmente na

Amazônia e também no Cerrado. O nível dessa

diminuição é suficiente para tornar a região

imprópria para o cultivo de soja, algodão e milho.

Essa falta de chuva se estenderia até o Sudeste.

Ou seja, o Brasil seria forçado a abandonar seu

papel de potência mundial na agricultura. Parte

de nosso PIB simplesmente desapareceria.

É assustador, mas importante lembrar que essa é

uma simulação preliminar, que vai ser refinada

nos próximos anos, e que os resultados

completos ainda não foram publicados em revista

científica. De qualquer forma, essas simulações,

mesmo que imperfeitas, indicam a direção da

tragédia. Também sugerem que a preservação da

Amazônia é essencial para o agronegócio

brasileiro.

Portanto, se você planta soja no Cerrado e está

pouco ligando para a Amazônia, é bom educar

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seus filhos para procurarem outra ocupação. Seu

ganha-pão e patrimônio podem desaparecer em

35 anos caso 50% da Amazônia seja desmatada.

É mais uma razão para o setor progressista do

agronegócio (que pensa além de uma década)

começar a se preocupar com a Amazônia.

Ambientalistas e agricultores deveriam começar a

conversar antes que seja tarde.

MAIS INFORMAÇÕES: SHEVLIAKOVA, E. PACAIA,

S. EXPLORING A WORLD WITHOUT THE

AMAZON. GEOPHYSICAL FLUID DYNAMICS

LABORATORY, NOAA 2019

*É BIÓLOGO

https://ciencia.estadao.com.br/noticias/geral,agri

cultura-sem-amazonia,70003055714

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Data: 21/10/2019

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Conheça os diferentes tipos de câncer de

mama

LUDIMILA HONORATO - O ESTADO DE S.PAULO

Doença é classificada de acordo com a presença

ou ausência de determinados receptores e

conhecer cada um deles ajuda a definir o melhor

tratamento

Identificar o tipo exato do câncer de mama

permite tratar melhor a doença, com melhores

resultados. Foto: marijana1/Pixabay

Quando se fala em câncer de mama, pode

parecer que a doença é sempre igual para todas

as pessoas. No entanto, nunca foi tão real o que

se costuma dizer: cada caso é um caso. Do ponto

de vista médico, identificar exatamente o tipo da

enfermidade, como ela se desenvolve e age,

permitiu criar tratamentos mais eficazes. Do

ponto de vista de quem é diagnosticado,

conhecer o que está no próprio corpo traz sentido

ao processo que, conforme disse Ana Furtado,

pode ser uma "grande professor".

O primeiro fato a se entender é que o câncer de

mama ocorre devido à multiplicação desordenada

de células mamárias. Esse processo gera células

anormais, que se replicam rapidamente e vão

formar o tumor. Por conta das características

próprias de cada caso, a doença vai evoluir de

diferentes formas.

Segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca),

esse tipo de enfermidade é o mais comum entre

as mulheres no mundo e no Brasil,

correspondendo a cerca de 29% dos casos novos

a cada ano no País. Nos homens, a doença

representa 1% do total de casos registrados.

Diante do diagnóstico do câncer de mama, é

comum que se comece a fazer comparações com

quem já fez ou está fazendo tratamento. "Por

que ela não está fazendo quimioterapia e eu

estou?", algumas podem se perguntar. Por isso,

segundo o oncologista Carlos Henrique

Escosteguy Barrios, é importante que os

pacientes sejam bem informados sobre seu tipo

de câncer.

"É fundamental que a paciente entenda que ela

tem de receber a explicação e que existem

diferenças que são importantes no desenho do

tratamento. Tem de saber qual é o detalhamento

do diagnóstico e o tipo de câncer que está

atacando para que o tratamento faça sentido",

afirma o especialista, que é professor na

Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do

Sul (PUCRS). Compreender a doença também

pode ajudar na melhor adesão ao tratamento.

Tipos de câncer de mama

As células cancerígenas da mama têm receptores

que se ligam aos hormônios estrogênio e

progesterona e dependem deles para crescer.

Outro receptor importante é o da proteína HER2.

Após uma biópsia para análise do tipo de tumor,

o médico classifica o câncer em alguns grupos:

Receptor hormonal positivo (RH+): nesse

caso, as células do câncer têm receptores de

estrogênio (ER+), ou de progesterona (PR+), ou

dos dois hormônios. Barrios afirma que esse tipo

de tumor mamário é menos agressivo, pois

cresce mais devagar do que aqueles com

receptor hormonal negativo.

Segundo a Sociedade Americana de Câncer, dois

a cada três cânceres de mama têm, pelo menos,

um desses receptores. A porcentagem é maior

em mulheres mais velhas. O tratamento pode ser

feito com terapia hormonal que reduz os níveis

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de estrogênio ou bloqueiam os receptores.

Embora as mulheres apresentem resultados

positivos em pouco tempo, esse tipo de câncer

pode, algumas vezes, voltar anos após o

tratamento.

Receptor hormonal negativo (RH-): ocorre

quando o câncer de mama não tem receptor de

estrogênio nem de progesterona. Esse tipo tende

a crescer mais rápido do que com receptor

positivo e a terapia hormonal não é útil nesses

casos. São mais comuns em mulheres que ainda

não chegaram à menopausa e, caso haja

recidiva, geralmente retornam poucos anos após

o tratamento.

Receptor de HER2 positivo: ocorre quando o

tumor tem altos níveis dessas proteínas.

Segundo Barrios, embora seja mais agressivo do

que o hormonal positivo, pois cresce e se espalha

mais rapidamente, há tratamentos muito mais

eficazes. São medicamentos com anticorpo que

age diretamente no receptor do HER2 e que faz o

prognóstico ser melhor. Essa terapia deve ser

combinada com a quimioterapia.

Triplo negativo: na ausência de receptores de

estrogênio, de progesterona ou de HER 2, o

câncer de mama é classificado, por exclusão,

como triplo negativo. Nesses casos, segundo a

Sociedade Americana de Câncer, terapias

hormonais ou que têm como alvo a proteína não

ajudam no tratamento.

Esse tipo de câncer de mama representa de 10%

a 15% de todos os casos registrados, sendo o

mais ofensivo de todos os outros tipos. Há

também o triplo positivo, em que o tumor

responde aos hormônios e à proteína. Esses

cânceres são tratados tanto com drogas

hormonais quando com aquelas que atingem o

HER2.

Detalhamento do câncer de mama

No resultado da biópsia, outros nomes ainda

podem aparecer para identificar o tumor. Pode

ser um carcinoma ductal ou lobular, invasivo ou

in situ. O oncologista explica que a mama tem

diferentes estruturas: ductos (que transportam o

leite materno), glândulas e lóbulos (onde o leite

materno é produzido).

"Se o câncer aparece em um dos ductos, é

chamado de ductal, e 70% aparece nos ductos.

Se a doença começa no lóbulo, que representa

de 15% a 20% dos casos, chama de lobular.

Geralmente, os lobulares são mais

frequentemente do tipo hormonal positivo", diz

Barrios.

O carcinoma ductal ou lobular pode ser ainda

invasivo quando ultrapassa a membrana no

ducto ou do lóbulo. Se o tumor cresce para

dentro dessas paredes, é chamado de in situ. "Às

vezes, tem as duas situações no mesmo tumor:

algumas partes são in situ e outras invasoras. O

importante é que se for invasor, tem

possibilidade de o câncer se disseminar", alerta o

médico. Há ainda outra variação, muito mais

rara, que é a doença de Paget, um tumor que

aparece no mamilo e geralmente acomete

apenas uma mama.

Tratamento para câncer de mama

O professor da PUCRS afirma que, quando o

tumor é muito grande ou metastático, a maioria

das pacientes vão precisar fazer quimioterapia,

independente do tipo do câncer. Em alguns

casos, a terapia hormonal ou terapia alvo (no

caso de HER2 positivo) podem ser associadas. A

radioterapia é feita para que não ocorra recidiva,

ou seja, a volta do tumor.

Barrios destaca que um dos avanços mais

recentes para tratamento do câncer de mama é

destinado ao grupo do triplo negativo. "Dois

estudos mostraram que a imunoterapia

combinada com a quimioterapia funciona melhor

do que a quimio sozinha para pacientes com um

marcador específico, o PDL-1", explica o médico.

Quando a mulher com a doença inicial é tratada

dessa forma, o tumor desaparece em 60% dos

casos, segundo o oncologista. Porém, isso não

elimina a cirurgia. "Ela é necessária mesmo

assim, porque é a única maneira de ter certeza

que o tumor desapareceu. Mas o procedimento é

menor, com consequência estética mais

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favorável", diz o médico. Somente com a cirurgia

é possível retirar qualquer resquício do tumor,

que pode ser invisível nos exames de imagem.

Barrios reforça a importância de as mulheres

conhecerem exatamente o tipo de câncer que as

afeta. "Hoje, temos de nos esforçar para

individualizar ao máximo o que está acontecendo

com o tumor. Dessa forma, vamos desenhar o

tratamento de que a pessoa precisa. Cada

situação exige um tratamento diferente", diz.

https://emais.estadao.com.br/noticias/bem-

estar,conheca-os-diferentes-tipos-de-cancer-de-

mama,70003058005

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Data: 21/10/2019

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VALOR ECONÔMICO Estaduais do setor elétrico atraem grupos

do exterior

Os governos do Rio Grande do Sul, do Amapá e

do Distrito Federal estão em estágio avançado

para a venda de suas distribuidoras

A grave crise fiscal está obrigando os Estados a

vender ativos que, no passado recente,

governadores não admitiam privatizar. Entre

esses ativos, destacam-se as empresas estatais

de energia elétrica. Os governos do Rio Grande

do Sul, do Amapá e do Distrito Federal estão em

estágio avançado para a venda de suas

distribuidoras - respectivamente, CEEE, CEA e

CEB.

O governo de Minas Gerais planeja vender a

Cemig, mas isso demandará mais esforço político

do governador Romeu Zema (Novo). A

companhia é tida pelos mineiros como uma

espécie de “Petrobras”. Consideradas as quatro

estatais, trata-se de um mercado de 11,4

milhões de clientes e um parque gerador de mais

de 8 mil megawatts (MW) de capacidade, com

força de trabalho de 10,7 mil pessoas.

Enquanto as distribuidoras da Eletrobras foram

adquiridas por investidores nacionais, a

expectativa é que as novas privatizações atraiam

grupos estrangeiros, entre os quais, a italiana

Enel e a chinesa State Grid. Ambas sinalizaram

interesse em comprar novos ativos no Brasil.

Também estão no páreo a espanhola Iberdrola,

controladora da Neoenergia, e a EDP, de capital

português e chinês, que aumentou em 2018 sua

participação para 23,56% na catarinense Celesc.

No início do ano, o BNDES contratou a Investor

Consulting Partners e o consórcio formado pela

Deloitte Touche Tohmatsu e a Fialho Canabrava

Andrade Salles Advogados para a prestação de

serviços relacionados à licitação da CEA. Com

relação à CEEE, a privatização já foi aprovada

pela Assembleia Legislativa do Rio Grande do

Sul.

No caso da CEB, foi assinado em agosto contrato

prevendo que o BNDES dê suporte técnico no

processo de desestatização. O presidente

mundial da Enel, Francesco Starace, disse que a

possível aquisição da CEB “faria sentido”.

Haveria, por exemplo, sinergia com a goiana

Celg, adquirida em 2016, por um total de R$ 2,2

bilhões.

https://valor.globo.com/impresso/noticia/2019/1

0/21/estaduais-do-setor-eletrico-atraem-grupos-

do-exterior.ghtml

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Data: 21/10/2019

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Novo pacote de elétricas atrai estrangeiros

Depois da venda das distribuidoras da Eletrobras

no ano passado, um novo pacote de

privatizações de elétricas se avizinha, desta vez

em âmbito estadual. Em estágio mais avançado

estão os processos da CEEE (RS), CEB (DF) e

CEA (AP). Em um passo mais atrás, está a

desestatização da Cemig (MG), que demandará

mais esforço político do governador mineiro

Romeu Zema, já que a companhia é uma espécie

de “Petrobras” dos mineiros.

Considerando os dados das quatro estatais

estaduais, estão em jogo um mercado de 11,4

milhões de clientes e um parque gerador de mais

de 8 mil megawatts (MW) de capacidade, com

uma força de trabalho de 10,7 mil empregados.

Apesar do apoio do governo federal para

impulsionar as vendas, via suporte técnico do

BNDES, uma luz de alerta foi acesa na última

semana, quando a Agência Nacional de Energia

Elétrica (Aneel), sob forte pressão de políticos

locais, negou a revisão extraordinária de tarifas

de três distribuidoras recém-privatizadas.

Enquanto as empresas da Eletrobras foram

arrematadas por investidores nacionais - a

Equatorial Energia levou Cepisa (PI) e Ceal (AL);

a Energisa ficou com Ceron (RO) e Eletroacre

(AC); e o consórcio Oliveira Energia/Atem

assumiu o controle de Amazonas Energia (AM) e

Boa Vista Energia (RR) -, a expectativa é que o

novo conjunto de privatizações atraia grupos

estrangeiros, entre eles a italiana Enel e a

chinesa State Grid, que já sinalizaram interesse

em novos ativos do tipo no Brasil.

Também estão no páreo a espanhola Iberdrola,

controladora da Neoenergia, e a EDP, de capital

português e chinês, que aumentou em 2018 sua

participação para 23,56% na catarinense Celesc.

Entre as elétricas previstas para serem colocadas

à venda, a gaúcha Companhia Estadual de

Energia Elétrica (CEEE) e a Companhia de

Eletricidade do Amapá (CEA) são as que estão

com o processo de privatização mais adiantado.

No início do ano, o BNDES contratou a Investor

Consulting Partners Consultoria e um consórcio

formado pela Deloitte Touche Tohmatsu e a

Fialho Canabrava Andrade Salles Advogados para

a prestação de serviços relacionados à licitação

da CEA.

No caso da CEEE, a privatização já tem

aprovação da Assembleia Legislativa do Estado.

Com isso, o BNDES já iniciou processo para

contratar empresas para prestar serviço para a

licitação da companhia gaúcha. Ainda não há

uma definição clara se será colocada à venda a

empresa inteira ou se a operação será separada

entre o braço de distribuição (CEEE-D) e o de

geração e transmissão (CEEE-GT).

No caso da Companhia Energética de Brasília

(CEB), foi assinado em agosto um contrato

prevendo que o BNDES dê o suporte técnico no

processo de desestatização.

O caso da Cemig é, de fato, bem mais delicado.

Além da aprovação na Assembleia Legislativa, de

acordo com a Constituição estadual, a

privatização da elétrica precisa passar por um

referendo popular. O governo mineiro trabalha

em uma proposta de emenda à Constituição para

revogar a necessidade do referendo. Ao Valor na

última semana, o governador Romeu Zema

reafirmou o plano de desestatizar a Cemig.

Na outra ponta, entre os potenciais compradores,

o presidente mundial da Enel, Francesco Starace,

disse que uma potencial aquisição da CEB “faria

sentido” para o grupo. Isso porque haveria

sinergia com a goiana Celg, adquirida em 2016,

por R$ 2,2 bilhões. “Não é um mercado em que

podemos simplesmente decidir comprar, alguém

tem que vender. Não sabemos o que haverá no

mercado em 2020 no Brasil. Poderia ser [a

distribuidora de] Brasília. Vamos olhar as

oportunidades”, afirmou Starace, em evento em

São Paulo.

A estratégia é a mesma da chinesa State Grid.

Dona da CPFL Energia, que possui ativos de

distribuição em São Paulo e Rio Grande do Sul, a

companhia admite o interesse por novos ativos

no país, entre eles distribuidoras. “Temos

interesse em aquisições [no Brasil], se estiverem

em conformidade com os planos do grupo”, disse

o presidente da filial no Brasil, Chang Zhongjiao,

na semana passada.

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Grupo de Comunicação

Por outro lado, além de estarem envolvidas com

os bilionários compromissos de investimentos

assumidos para readequar as condições

operacionais das distribuidoras adquiridas da

Eletrobras, as elétricas nacionais têm outro

motivo para terem cautela com relação à nova

fase de privatizações.

Na última semana, a Aneel negou pedidos de

revisão tarifária extraordinária de três

distribuidoras recém-privatizadas: Cepisa, Ceron

e Eletroacre. A revisão era uma possibilidade

prevista no contrato firmado pelas novas

controladoras. A decisão da autarquia, porém,

ocorreu sob forte pressão de políticos dos

respectivos estados, presentes à reunião da

diretoria da agência - transmitida ao vivo pela

internet - para criticar possível alta tarifária.

Oficialmente, a Aneel entendeu que os laudos

apresentados pelas distribuidoras tinham

inconsistências e que não atendiam a qualidade e

o prazo requeridos pela regulação do setor. A

medida, porém, foi vista por especialistas do

setor elétrico como um risco inclusive para as

futuras privatizações.

“Foi assustador o que aconteceu no processo de

decisão da Aneel. A agência foi constrangida em

um limite que eu nunca tinha visto”, disse

Claudio Sales, presidente do Instituto Acende

Brasil. “Parlamentares pediram a palavra e

fizeram discursos políticos, ao arrepio das regras

que estavam sendo discutidas”.

Segundo estimativas do J.P. Morgan, a não

realização das revisões extraordinárias terão um

impacto no Ebitda de R$ 350 milhões para a

Energisa e de R$ 225 milhões para a Equatorial.

O banco acrescentou que a Aneel está

caminhando para um modelo de regulação mais

rigoroso.

De acordo com as regras da Aneel, as

companhias poderão fazer novo pedido em

dezembro e submeter um novo laudo em junho

de 2020, para uma possível revisão

extraordinária em dezembro do mesmo ano.

(Colaboraram Tais Hirata, de São Paulo, e Marcos

de Moura e Souza, de Belo Horizonte)

https://valor.globo.com/empresas/noticia/2019/1

0/21/novo-pacote-de-eletricas-atrai-

estrangeiros.ghtml

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Data: 21/10/2019

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Governo sugere pacote legislativo para

fortalecer novo mercado do gás

Ainda em implantação, o “choque de energia

barata” a partir da exploração do gás do pré-sal

prometido pelo ministro da Economia, Paulo

Guedes, precisa de base jurídica mais sólida. Por

enquanto, as mudanças estão amparadas em

atos administrativos, que podem ser alterados

com relativa facilidade. O ideal seria estarem

consagradas em lei e até mesmo na Constituição,

avaliam os ministérios da Economia e de Minas e

Energia.

O governo elaborou três sugestões que

fortalecem a tributação do gás natural. Constam

de um boletim elaborado pela Secretaria de

Planejamento, Avaliação, Energia e Loterias

(Secap), em parceria com o Ministério de Minas e

Energia.

O pacote é formado por uma Proposta de

Emenda à Constituição (PEC), uma proposta de

lei complementar e uma Resolução do Senado.

Por tratarem de um tributo estadual, o ICMS,

essas propostas não serão apresentadas ao

Congresso pelo Executivo federal. A ideia é que

algum parlamentar as adote.

A PEC ajudaria a baratear a energia gerada por

térmicas a gás. Atualmente, essas usinas não

conseguem utilizar os créditos tributários gerados

na compra do combustível. Ainda assim,

respondem por 29,8% do consumo de gás

natural no Brasil.

A Constituição determina que, no caso da energia

elétrica, a cobrança do ICMS se dá no Estado de

destino, ou seja, onde a energia é consumida. Se

a usina térmica fica em outra unidade da

federação, os créditos da compra do gás não têm

contra o quê serem abatidos e se acumulam.

Isso vira custo da usina, aponta o boletim. Há

duas consequências negativas: o custo é

repassado ao consumidor e as usinas térmicas a

gás ficam menos competitivas.

A lei complementar ataca uma questão ainda

mais fundamental: a forma como o ICMS do gás

é calculado. A lei que regula o tributo foi

desenhada para o transporte físico de

mercadorias. Mas o gás tem características

próprias. “Não dá para saber se o gás que foi

injetado na Bolívia é exatamente o mesmo que

sai lá em Santa Catarina”, exemplificou o

secretário de Planejamento, Avaliação, Energia e

Loterias, Alexandre Manoel.

Por essa razão, foi proposto que o ICMS fosse

calculado em cima de volumes transacionados

nos contratos, e não de seu transporte físico.

Essa alteração foi aprovada este mês, numa

reunião extraordinária do Confaz, por 50% dos

votos mais um. O governo defende que ela seja

sacramentada em uma lei complementar.

A terceira sugestão é uniformizar as alíquotas do

ICMS do gás natural em todo o país. Hoje, elas

variam bastante e a maioria está em 7% ou

12%.

Uma tributação igual facilitará a operação de um

mercado que ainda não existe: o de swaps de

contrato de gás. Nele, carregadores de gás

poderiam “trocar” compromissos de fornecimento

para aproximar fornecedores e compradores e,

dessa forma, economizar no transporte.

Essas sugestões complementam o novo marco

regulatório do gás, relatado pelo deputado Silas

Câmara (Republicanos-AM), com votação

prevista para a próxima quarta-feira na Comissão

de Minas e Energia.

O texto, alinhado com a equipe de governo e

com a indústria, proíbe a verticalização no

mercado. Ou seja: uma mesma empresa não

pode produzir, carregar e administrar os dutos

para o transporte do gás, como ainda ocorre na

prática com a Petrobras.

Essa redução do papel da estatal no mercado é o

ponto central do Novo Mercado do Gás. E é

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Data: 21/10/2019

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também o “coração” do Termo de Compromisso

de Cessação (TCC) assinado entre a Petrobras e

o Conselho Administrativo de Defesa Econômica

(Cade).

Com base no TCC, a abertura começou a ser

implementada. A Petrobras abriu mão do uso de

parte da capacidade gasoduto que vem da

Bolívia. “É o primeiro ato do Novo Mercado do

Gás”, afirmou Alexandre Manoel.

Outro ponto importante do projeto de Câmara é

a adoção do regime de autorização para

construção de gasodutos. É, em tese, um

processo de rito burocrático mais rápido que o de

concessão.

https://valor.globo.com/brasil/noticia/2019/10/2

1/governo-sugere-pacote-legislativo-para-

fortalecer-novo-mercado-do-gas.ghtml

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Leilão surpreende e contrata R$ 11 bilhões

em investimentos

O leilão A-6 de geração de energia realizado na

sexta-feira surpreendeu o setor elétrico. Ao todo,

a concorrência gerou R$ 11,16 bilhões em

investimentos e R$ 44 bilhões em contratos, que

terão durações de 20 a 30 anos. Foram

contratados 91 empreendimentos, que somam

potência de 3 gigawatts (GW) e 1.702 megawatts

médios de garantia física - bem acima da

projeção de analistas.

As usinas começarão a operar em 2025 e

fornecerão a nove distribuidoras, que

participaram do leilão como compradoras. As

distribuidoras que mais adquiriram contratos

foram a Light (38,87% do total negociado), a

Cemig (15,21%) e a Coelba (11,75%).

O leilão durou quatro horas e terminou com um

preço médio de R$ 176,09 por megawatt-hora

(MWh), com desconto de 33,73% em relação ao

preço-teto.

Como já era esperado, os projetos térmicos a gás

foram destaque na concorrência. A maior usina

contratada foi a de Barcarena, no Pará, que,

sozinha, prevê investimentos de R$ 1,5 bilhão. O

empreendimento é da Golar Power, joint venture

entre a norueguesa Golar e o fundo americano

Stonepeak, em parceria com a Evolution Power

Plants. A empresa é dona do primeiro terminal de

regaseificação de gás natural liquefeito (GNL)

privado do país e já tem uma térmica de grande

porte, no Sergipe.

“Temos ressaltado a necessidade de modernizar

a matriz, e esse foi o primeiro sinal de térmicas

competitivas. É o tipo de usina que os sistema

precisa, tanto para segurança nacional como

comercial”, afirmou Rui Altieri, presidente da

Câmara de Comercialização de Energia Elétrica

(CCEE), que operacionalizou o leilão.

Outras duas térmicas a gás foram contratadas no

leilão: uma da Eneva, no Maranhão, e uma

unidade da Imetame, na Bahia. Em média, os

três empreendimentos venderam ao preço de R$

188,87 por megawatt-hora (MWh), 35,32%

menor do que o valor definido como teto.

A fonte eólica atraiu a maior parte dos

investimentos do leilão: R$ 4,49 bilhões, para

contratos com duração de 20 anos. Juntos, os

projetos somam 480 MWh de garantia física e 1

GW de potência. O preço médio foi de R$

98,89/MWh, deságio de 47,68%. O valor ficou

acima do preço registrado nos últimos leilões de

geração, o A-4, realizado neste ano, onde a fonte

ficou em R$ 79,9 por MWh e, no A-6 do ano

passado, de R$ 80 por MWh.

A energia solar também ficou em patamar mais

alto do que no último leilão A-4, e fechou com

média de preço de R$ 84,39 por MWh, deságio

de 59,62%. No A-4 realizado neste ano, a fonte

atingiu média recorde de R$ 67,40.

O leilão foi considerado agressivo e com alto grau

de competição pelo presidente do Instituto

Acende Brasil, Claudio Sales. Ele destacou a

contratação de duas usinas hidrelétricas de

médio porte, o que não ocorria há anos: a de São

Roque, em Santa Catarina, e de Tibagi Montante,

no Paraná.

A maior delas é a de São Roque, que já havia

sido licitada no passado - à época, pela Engevix -

e está em fase avançada de construção. “É um

projeto importante, que tinha a expectativa de

ser cancelado pela Aneel [Agência Nacional de

Energia Elétrica], e que, agora, esse leilão

ensejou a oportunidade de contratação”, afirmou

Reive Barros, secretário de Planejamento e

Desenvolvimento Energético do Ministério de

Minas e Energia.

Para ele, o sucesso do leilão de sexta é uma

sinalização para as concorrências programadas

para 2020. O plano do governo é fazer, em

março, dois leilões para substituir térmicas

movidas a óleo diesel por usinas a gás natural,

que são mais baratas e menos poluentes. Ainda

restam 5 GW de térmicas a óleo diesel a serem

substituídas no país.

https://valor.globo.com/empresas/noticia/2019/1

0/21/leilao-surpreende-e-contrata-r-11-bilhoes-

em-investimentos.ghtml

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Abiquim pede a Guedes que preço do gás

caia rápido

Insumo custa às empresas químicas locais, em

dólar, quatro vezes mais do que nos Estados

Unidos

No primeiro encontro do setor com o ministro da

Economia, Paulo Guedes, na sexta-feira no Rio

de Janeiro, executivos da Associação Brasileira

da Indústria Química (Abiquim) e de dez grandes

empresas químicas com operações no Brasil

enfatizaram a importância do acesso a gás

natural a preços mais baixos para a economia

brasileira. Principal conta da indústria, o gás

custa às empresas químicas locais quatro vezes

mais do que nos Estados Unidos.

“O setor mostrou que aplaude o programa Novo

Mercado de Gás e espera que se transforme em

realidade rapidamente”, disse ao Valor o

presidente do conselho diretor da Abiquim,

Marcos de Marchi. Conforme o executivo, a

indústria opera com ociosidade de 30% neste

momento e essa capacidade poderia ser ocupada

em pouco tempo se houvesse condições mais

favoráveis e melhora da competitividade do

produto químico brasileiro.

Entre as dez empresas que estiveram presentes

na conversa, havia representantes da Braskem,

Basf e Solvay, conforme a agenda do ministro.

Essas empresas também fazem parte da Mesa

Executiva da Química, anunciada em abril pelo

Ministério da Economia no relançamento da

Frente Parlamentar da Química (FPQuímica) no

Congresso Nacional.

A indústria enfatizou que o preço do gás é um

dos principais pontos de atenção do setor, além

da energia elétrica. “Precisamos de gás mais

barato. Se cair a US$ 6 o milhão de BTU, como

pretende o ministro, nós damos conta”, afirmou

De Marchi. Hoje, o milhão de BTU custa US$ 12

no Brasil e US$ 3 nos Estados Unidos.

O ministro da Economia não se comprometeu em

termos de prazo para a oferta de gás mais

barato, mas disse esperar que as próximas

rodadas de licitações mostrem evolução nesse

sentido. O Rio de Janeiro pode liderar essa

corrida - para a indústria, conforme demonstrado

a Guedes, é importante que São Paulo, Bahia e

Rio Grande do Sul também ofereçam melhores

condições de preço, já que nesses Estados estão

localizadas as centrais petroquímicas, em torno

das quais a indústria se desenvolveu.

Durante o encontro, que durou cerca de uma

hora e meia, o setor apresentou a Guedes o

estudo “Um Outro Futuro é Possível”, uma

parceria entre a Delloite e a Abiquim, que lista 73

propostas da indústria para retomada da

competitividade dos químicos brasileiros.

Até agora, os contatos com a pasta de Guedes

haviam se dado por intermédio da Mesa

Executiva ou em encontros com membros de sua

equipe. A reunião de sexta, na representação

administrativa do Ministério da Economia no Rio,

foi a primeira diretamente com o ministro, que

foi convidado a participar do Encontro Anual da

Indústria Química, principal evento do setor, em

dezembro em São Paulo.

https://valor.globo.com/empresas/noticia/2019/1

0/21/abiquim-pede-a-guedes-que-preco-do-gas-

caia-rapido.ghtml

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Data: 21/10/2019

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Concessões animam madeireiras

A indicação dada pelo governo de que pretende

acelerar a concessão de lotes de florestas

nacionais (Flonas) para a exploração via manejo

por parte da iniciativa privada mexeu com os

ânimos das madeireiras, que já traçam

projeções, mas também veem obstáculos para a

entrada de empresas no negócio.

O plano do governo, conforme informado pelo

Valor, é licitar 3 milhões de hectares até 2022.

Mas, entre as concessionárias atuais - que

administram 1 milhão de hectares e produziram,

em 2018, 300 mil metros cúbicos de toras- a

avaliação é que a demanda internacional está

caminhando a passos muito mais largos e criará

uma pressão por mais concessões.

Para a Confloresta, associação formada pelas

concessionárias, as perspectivas para a demanda

por madeira de manejo sustentável poderia advir

de 28 milhões de hectares de florestas

concedidas - duas vezes a área de Altamira (PA),

o maior município brasileiro.

O cálculo, apresentado em debate na semana

passada pela ONU Meio Ambiente (Unep),

considera um cenário de “baixa produtividade” e

toma como base uma estimativa do Centro de

Estudos em Sustentabilidade da FGV (GVces) de

que, em 2030, a demanda por madeira de

manejo sustentável da Amazônia será de 21

milhões de metros cúbicos.

“Há um ciclo de crescimento da demanda pela

madeira tropical nos próximos dez anos”, disse

Justiniano Netto, presidente da Confloresta.

Segundo ele, há interesse da União Europeia e

Japão por madeira de árvores tropicais, o que

prenuncia pressões maiores sobre a oferta

brasileira e o poder público.

Diferentemente da exploração predatória, de

cortes rasos, o manejo de floresta sustentável,

que é permitido nas concessões florestais

conforme lei aprovada em 2006, consiste na

retirada seletiva de árvores em fim de ciclo. Os

cortes devem ser limitados a um talhão por ano,

não ultrapassam cinco árvores por hectare e

devem obedecer a um plano de manejo aprovado

e fiscalizado pelo poder público. Finda a retirada

de árvores de um lote, o concessionário só pode

voltar à mesma área no fim do próximo ciclo -

após mais de 30 anos. As concessões também

podem ser foco de manejo de produtos não

madeireiros, como frutas.

Apesar do setor apontar que existe demanda por

madeira de manejo, os madeireiros querem

mudanças no atual sistema de remuneração do

poder público e nas regras para o financiamento

a áreas concedidas para atrair financiadores e

investidores, destravando aportes em

concessões.

Para atender parte dessas reivindicações, uma

emenda foi apresentada à MP do Agro para

incluir os produtos de floresta nativa ou plantada

como elegíveis a títulos usados pelo agronegócio,

como a Cédula do Produtor Rural (CPR).

Netto afirma que também as garantias de

empréstimos previstas na lei das concessões

florestais não dão segurança aos bancos para a

concessão de financiamento. “Ninguém na

prática aceita penhor florestal, como se prevê”,

reclama. Como as concessões são áreas públicas

de uso privado, não é possível haver garantias

sobre o imóvel.

Diretor de concessões florestais do Sistema

Florestal Brasileiro (SFB), Paulo Carneiro afirma

que o governo está começando a discutir com as

empresas do setor sobre como regulamentar as

garantias para os concessionários.

Jeanicolau Lacerda, assessor da suíça Precious

Woods, por sua vez, sustenta que a extração

ilegal de madeira é o principal entrave para a

madeira de manejo das concessões. “Não tenho

preço para concorrer com a madeira ilegal em

São Paulo”, afirma o executivo da companhia,

que possui uma área privada de 507 mil hectares

em Itacoatiara (AM), onde retira árvore através

das mesmas regras de manejo.

O presidente da Confloresta acredita que menos

da metade da produção de madeira hoje no país

seja ilegal. Carneiro, do SFB, prefere não dar

uma estimativa oficial. Um estudo recente do

Instituto Centro de Vida (ICV) em parceria com a

Secretaria de Meio Ambiente de Mato Grosso

concluiu que 39% da exploração de madeira no

Estado é ilegal.

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Data: 21/10/2019

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O representante da empresa suíça diz ainda que,

para a Precious Woods, áreas com histórico de

conflito fundiário, como invasão, ou alvo de

reivindicações também eliminam o interesse por

eventuais concessões.

A preocupação tem fundamento. Em 2014, a

concessão da Flona Crepori (PA), que chegou a

ser licitada para a Brasad’oc Timber, foi suspensa

pela Justiça após o Ministério Público Federal

(MPF) identificar que havia áreas com presença

do povo Munduruku.

No fim do ano passado, o ICMBio registrou

invasões de madeireiros na Flona Jacundá (RO),

onde a Madeflona tem concessão de 87,7 mil

hectares desde 2013. Em 2016 e 2017, a Amata

- empresa com aporte do BNDESPar e fundos de

investimentos, um deles do empresário

Guilherme Leal - comunicou invasões de

madeireiros ilegais em 2016 e 2017 dentro de

sua concessão de 46 mil hectares na Flona

Jamari (RO). Em 2018, o MPF abriu inquérito

para investigar ação de garimpeiros na mesma

concessão.

Neste ano, o MPF abriu ação civil pública contra a

própria Amata, acusando-a de usar um esquema

conhecido para mascarar origem ilegal de

madeira na Amazônia.

Em carta ao Valor, a presidente da Amata, Ana

Bastos, disse que a emissão de documentos de

origem florestal (DOFs) “está de acordo com a

regulamentação vigente” e que o laudo da Polícia

Federal apresentava equívoco “pelo

desconhecimento dos procedimentos

operacionais da empresa”. Ela disse também que

novo laudo da PF, de julho, reconheceu que a

área de origem da madeira ilegal “está sob

gestão de outra empresa e não integra a

concessão da Amata”.

Bastos afirmou ainda que as concessões

enfrentam desafios institucionais relacionados à

pouca jurisprudência sobre esse tipo de negócio,

além de dificuldades operacionais e de

concorrência com madeireiros ilegais.

https://valor.globo.com/agronegocios/noticia/20

19/10/21/concessoes-animam-madeireiras.ghtml

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Data: 21/10/2019

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Leis incentivam adoção da prática pelo

poder público

A administração pública, direta e indireta,

responde por quase 10% de todos os processos

arbitrais que tiveram início em sete das oito

principais câmaras do país no ano passado. Esse

percentual, considerado alto por especialistas,

deve subir mais nos próximos anos em razão de

leis recém-editadas que incentivam a prática.

Trata-se de um método alternativo ao Judiciário.

A arbitragem tem como uma de suas principais

características a celeridade dos procedimentos.

Por meio desse sistema, árbitros são escolhidos

pelas partes e decidem a disputa. A decisão é

final, ou seja, não cabe recurso à Justiça (com

exceção a possíveis vícios previstos na

legislação).

As disputas envolvem assuntos do dia a dia das

empresas, principalmente conflitos contratuais -

societário e das áreas de construção e energia

em grande parte. A administração pública, desde

2015, pode participar. O aval foi dado pela Lei nº

13.126, que deixou expressa possibilidade de

levar aos tribunais arbitrais os conflitos relativos

aos direitos patrimoniais.

Há dados sobre a participação da administração

pública, direta e indireta, na pesquisa

“Arbitragem em Números e Valores”, que tem a

autoria da professora e advogada Selma Lemes.

A última edição foi divulgada no mês passado.

Tem como data de corte o ano de 2018 - não

contempla, então, os processos que foram

iniciados neste ano.

“Esses quase 10% que envolvem a administração

pública tratam, principalmente, dos contratos de

concessão, PPP [parceria público-privada], e têm

altos valores envolvidos”, diz Selma Lemes.

A pesquisa não revela a quantia específica dessas

causas. Mostra dados gerais: são 902 processos

em andamento nas oito principais câmaras do

país - 292 deles iniciados no ano passado - e R$

81,44 bilhões envolvidos. A duração dos

processos varia entre um e dois anos.

Sobre a arbitragem envolvendo o poder público,

especificamente, consta a quantidade e as

câmaras arbitrais onde correm as disputas. O

Centro de Arbitragem e Mediação da Câmara de

Comércio Brasil-Canadá (Cam-CCBC) é o que

concentra o maior número: nove casos novos em

2018.

O Cam-CCBC é um dos principais centros de

arbitragem do país - no ano passado, por

exemplo, respondeu por 44% do total de

processos. Foi nesta câmara que se desenrolou o

conflito entre a União e o Grupo Libra. A

arbitragem foi encerrada em janeiro com

sentença favorável à União.

Os três árbitros decidiram, de forma unânime,

condenar o Grupo Libra a pagar R$ 2,8 bilhões

por inadimplência em contratos com a

Companhia Docas do Estado de São Paulo

(Codesp), relacionados a terminais no Porto de

Santos.

Na Câmara de Arbitragem do Mercado (CAM),

órgão da B3, também tramitam processos

vultuosos em que a União está envolvida. A

maioria deles foi movida por sócios minoritários

da Petrobras, que cobram indenização por

prejuízos sofridos com a Lava-Jato.

“A linguagem mundial é a da arbitragem e não a

do Judiciário”, afirma Selma Lemes, acrescentado

que o poder público deverá se tornar, em pouco

tempo, o “grande usuário” desse sistema. Ela diz

isso com base na pesquisa e também por causa

da movimentação do mercado. Pelo menos três

normas foram editadas recentemente para

incentivar a participação da administração

pública na arbitragem.

O Decreto nº 10.025, publicado pela União em

setembro, é uma delas. Trata da arbitragem para

resolver conflitos que envolvam a administração

pública federal nos setores portuário e de

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Data: 21/10/2019

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transporte rodoviário, ferroviário, aquaviário e

aeroportuário.

Há ainda a Lei nº 13.867, de agosto, que

permitiu ao poder público resolver por meio de

arbitragem e mediação os valores de indenização

nas desapropriação por utilidade pública e o

decreto paulista nº 64.356, do mesmo mês,

permitindo que os contratos celebrados pela

administração pública direta e suas autarquias

contenham cláusula arbitral.

https://valor.globo.com/legislacao/noticia/2019/

10/21/leis-incentivam-adocao-da-pratica-pelo-

poder-publico.ghtml

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Data: 21/10/2019

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Grupo de Comunicação

A receita para melhorar a saúde de uma

companhia

Quando Bill Schaninger entrou na McKinsey, em

2000, ele acabara de concluir um PhD em análise

de mudança organizacional. Na consultoria, foi

designado para tocar um projeto e entender por

que certas empresas conseguem bons resultados

no longo prazo, enquanto outras fracassam.

Os estudos de Schaninger e de sua equipe

levaram à criação do Índice de Saúde

Organizacional - uma metodologia em nove

dimensões e 37 práticas de gestão para avaliar

como as empresas estão sendo lideradas e o

nível de satisfação dos funcionários. “As pessoas

respondem se estão felizes no trabalho e com

seu chefe, mas será que estão mesmo?

Queríamos trazer rigor científico para medir o

que faz os funcionários satisfeitos e como os

líderes conseguem motivá-los para o plano de

execução estratégico do momento”, afirmou

Schaninger, em entrevista ao Valor, durante

passagem pelo Brasil.

Sócio-sênior de prática organizacional da

consultoria, ele esteve no país para divulgar a

segunda edição do índice com empresas

brasileiras. De forma geral, organizações

saudáveis, segundo o índice, são aquelas que

têm clareza na estratégia, definindo para onde as

pessoas devem ir, prezando não apenas pelo

desempenho financeiro, mas também pela

agilidade e cultura.

Ao levar o índice para 100 países e realizar 5

milhões de pesquisas com líderes e funcionários

desde 2002, a McKinsey conseguiu montar um

banco com mais de um bilhão de “data points”.

Cruzando as informações a partir de análise

avançada de dados, é possível capturar certas

tendências, insights e novos aspectos envolvendo

cultura organizacional. “O que vemos é que as

organizações estão ficando ligeiramente mais

saudáveis ao longo desses anos”, afirma

Schaninger.

Uma nuance que os dados mostram é um novo

tipo de comportamento nas organizações. “Há

uma postura cada vez maior dos funcionários

dizendo: ‘não me diga o que tenho que fazer, me

envolva e vamos descobrir juntos como fazer’. É

basicamente eles afirmando: não me diga como

vamos ganhar dinheiro, me diga como vamos

gerar impacto”. Segundo Schaninger, as

respostas de funcionários mostram que as

pessoas se comprometem mais quando são

lideradas por alguém que compartilha dos

mesmos valores, inspiração e motivações. E com

gestores que também permitam a elas

trabalharem em um ambiente com menos regras

(novas ou antigas).

“Mesmo quando falamos dos sistemas ágeis e da

metodologia lean, nós precisamos entender como

motivar os funcionários na linha de frente,

porque se colocarmos ainda mais regras e

processos para eles trabalharem, no fim das

contas, o funcionário vai ficar esperando o que

deve ser feito. É um desperdício contratar

alguém para fazer algo rápido e ele

simplesmente não conseguir”.

Schaninger garante que não há fórmula para

criar uma empresa considerada saudável,

principalmente porque os aspectos que fazem

uma boa liderança mudam com o tempo, com as

gerações, com as novas demandas da sociedade.

“Os bons líderes dos anos 50 e 60 provavelmente

não são muito diferentes dos de hoje. A diferença

é que aquilo que celebramos como boa liderança

mudou”. Os dados do índice mostram que trata-

se de uma liderança mais colaborativa, com

maior capacidade de coordenação e de escuta.

“Com as mídias sociais e sites de avaliação, as

pessoas ganharam um megafone para dizer tudo

que pensam, inclusive do trabalho. Um líder hoje

se torna tóxico do dia para noite, dependendo do

que as pessoas falam dele”, diz ele.

“Penso que as demandas atuais coincidem com

aquilo que as pessoas nos anos 50 pediam - a

diferença é que agora os gestores não podem

mais fingir ou se esconder para pedidos como:

ajude-me a trabalhar em algo que importa, não

me trate como um robô, envolva-me nas

decisões, me dê mais responsabilidades, mas

também me treine para eu ter chances de

sucesso”.

Neste último aspecto, ele defende que o líder que

o mundo exige atualmente é aquele capaz de

“decompor” o trabalho das pessoas, como se

fatiasse as habilidades. “Eu nem digo isso em

termos técnicos, mas no sentido de analisar: o

que podemos fazer diferente? Quais habilidades

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Data: 21/10/2019

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Grupo de Comunicação

devemos reajustar? Como trazemos mais

tecnologia para esse trabalho?”. Essa função não

deve ser exclusiva da área de recursos humanos,

segundo ele. Em sua visão, todo gestor precisa

pensar como se fosse seu próprio chefe de

talentos e entender quais são as habilidades

ausentes e necessárias. “Começaremos a falar

em inteligência competitiva não apenas sobre

quais produtos os concorrentes estão vendendo,

mas quais tipos de talentos eles não têm”.

As empresas que têm conseguido se sobressair,

segundo Schaninger, são aquelas que

entenderam que o “capital humano” é mais

escasso do que o “capital financeiro” e pautam

sua estratégia em descobrir, reter e satisfazer

talentos. “É menos aço e mais cérebro hoje”. No

índice deste ano, o Brasil foi um país onde o

capital financeiro possui mais importância do que

o humano para a maioria dos líderes

entrevistados. “O curioso é ainda ver que eles

pensam que esta é uma escolha: investir em

desempenho ou em cultura e talento. Esse trade-

off não existe mais”.

https://valor.globo.com/carreira/noticia/2019/10

/21/a-receita-para-melhorar-a-saude-de-uma-

companhia.ghtml

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