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1 Grupo de Comunicação CLIPPING 30 de agosto de 2019 PARQUE ESTADUAL DA SERRA DO MAR

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Grupo de Comunicação

CLIPPING 30 de agosto de 2019

PARQUE ESTADUAL DA SERRA DO MAR

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Grupo de Comunicação

SUMÁRIO

ENTREVISTAS ............................................................................................................................... 4

Produtores aprovam hidrômetros .................................................................................................... 4

DAEE atualiza norma sobre hidrômetro para melhor gestão da água no Estado ..................................... 6

DAEE atualiza norma sobre hidrômetro para melhor gestão da água no Estado ..................................... 7

SP +Bonito ................................................................................................................................... 8

Programa SP +Bonito .................................................................................................................... 8

Abel pede rapidez na liberação de licença ambiental a empresários ..................................................... 9

SECRETARIA DE INFRAESTRUTURA E MEIO AMBIENTE ..................................................................... 10

Desassoreamento da lagoa e reparos no Bosque seguem apenas no papel ......................................... 10

Destaques de Franca – Ponte Jd. Palmeira ...................................................................................... 12

Governo do Estado publica regras para uso de Hidrômetro ............................................................... 12

Caminhoneiro reclama de rigores da CETESB contra a categoria ........................................................ 12

Departamento dee águas atualiza norma sobre hidrômetros ............................................................. 13

Estado libera hidrômetros mais baratos para áreas agrícolas do Alto Tietê .......................................... 14

Programa Nascentes recupera área em assentamento em Presidente Bernardes ................................. 15

O Brejinho de César é um capítulo de resistência contra a destruição ambiental .................................. 16

Rodeio Itu é pioneiro em neutralização de carbono .......................................................................... 17

Espuma no rio Tietêe em Salto ...................................................................................................... 18

Córrego em Ribeirão pode estar contaminado ................................................................................. 18

Multada em R$ 212,2 mil, prefeitura não fiscaliza e queimadas castigam ........................................... 19

Menos queimadas ........................................................................................................................ 20

Itapecerica realiza audiência para debater lei de preservação ambiental ............................................. 21

IBGE: região Noroeste Paulista também cresce apesar dos recuos ..................................................... 22

Projeto de despoluição do Rio Pinheiros inclui limpeza de córregos da Zona Sul ................................... 23

Prefeito conversa com comunidade das Chácaras Recreio Alvorada sobre melhorias no bairro ............... 24

Sabesp – obra em Santo André ..................................................................................................... 24

Cliente reclama de cobrança da Sabesp .......................................................................................... 25

Investidores demonstram apetite por projetos de iluminação e saneamento ....................................... 26

Sistema Alto Tietê opera com 91% da capacidade ........................................................................... 28

Vereadores aprovaram projeto proibindo que Elektro e Sabesp corte fornecimento de serviços junto aos inadimplentes às vésperas de fi nal de semana e feriados prolongados .............................................. 29

Sabesp corre contra o tempo para limpar córrego Ipiranga até 2022 ................................................. 30

Biólogos resgatam bicho-preguiça em quintal de imóvel em Peruíbe, SP ............................................. 31

Fiscalização apreende mais de 400kg de carvão vegetal transportados sem documentação de origem em

Martinópolis ................................................................................................................................ 33

Melhores Infraestrutura ................................................................................................................ 34

VEÍCULOS DIVERSOS .................................................................................................................. 35

Governo e 24 prefeituras firmam convênios de R$ 26,6 milhões para obras ........................................ 35

Doria anuncia investimentos na indústria automotiva ....................................................................... 37

Decadência à beira-mar: Baixada Santista enfrenta problemas ......................................................... 38

Covas briga com empresas por buracos no asfalto e podas ............................................................... 41

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Grupo de Comunicação

FOLHA DE S. PAULO .................................................................................................................... 42

Gestão Covas briga com Sabesp, Comgás e Enel por buracos no asfalto e poda de árvores em SP ......... 42

Painel: Fachin entra na mira de colegas do STF; risco de o plenário manter revés à Lava Jato é real ..... 45

Desenvolvimento verde ................................................................................................................ 47

Governo Bolsonaro acaba com subsídio da Petrobras no gás de cozinha ............................................. 49

Nos últimos 33 anos no Brasil, pasto aumentou e floresta encolheu ................................................... 51

Por uma resposta à altura da nossa potência ambiental ................................................................... 52

Mônica Bergamo: Convite de Doria a Moro é visto como desastre por aliados...................................... 54

Não é nada pessoal, é a realidade, diz Bolsonaro após ataque a Doria................................................ 56

ESTADÃO ................................................................................................................................... 58

Nova regra pode colocar Petrobrás entre as maiores pagadoras de dividendos da Bolsa ....................... 58

O papel do Brasil na catástrofe climática ........................................................................................ 59

'Nunca mamei em teta nenhuma', diz Doria após ataque de Bolsonaro ............................................... 61

Olavo de Carvalho defende ocupação militar da Amazônia ................................................................ 62

VALOR ECONÔMICO .................................................................................................................... 64

Fogo e desmate ameaçam negócios florestais ................................................................................. 64

Madeira nativa é destinada ao Sul e Sudeste do país ....................................................................... 66

Dividendo da Petrobras pode quadruplicar ...................................................................................... 68

Elo comércio-ambiente vai pesar mais em acordos .......................................................................... 69

O novo normal dos negócios é aliar lucro a critérios mais sustentáveis de aplicação ............................. 70

José de Souza Martins: Transformar Amazônia em dinheiro súbito não é próprio de verdadeiros empresários e governos ............................................................................................................... 76

A Amazônia e o comércio internacional .......................................................................................... 78

Nova política de dividendos da Petrobras não será imediata .............................................................. 80

Queimadas na Amazônia acendem alerta de gestores ...................................................................... 82

Veto a queimadas afeta as usinas da região Nordeste ...................................................................... 84

Trump oferece parceria estratégica e iniciativa ambiental ao Brasil .................................................... 85

Suíça Precious Woods estima avanço de 20% das vendas neste ano .................................................. 86

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Grupo de Comunicação

ENTREVISTAS Veículo: O Diário de Mogi

Data: 30/08/2019

Produtores aprovam hidrômetros

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Grupo de Comunicação

http://cloud.boxnet.com.br/y39lrfo2

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Grupo de Comunicação

Veículo: Portal Governo SP

Data: 29/08/2019

DAEE atualiza norma sobre hidrômetro

para melhor gestão da água no Estado

Nova regulamentação técnica atende à

demanda dos pequenos empresários

possibilitando a instalação de hidrômetros

mais acessíveis

O Departamento de Águas e Energia

Elétrica do Estado de São Paulo (DAEE)

publicou nesta quinta-feira, 29 de agosto, no

Diário Oficial, norma que estabelece as

características técnicas e as especificações

mínimas de equipamentos e instalações de

medidores hidrométricos em território

paulista. A portaria n°4.676/2019 altera o

inciso I do artigo 4º e o art. 5º da Portaria

DAEE nº 5.578, de 5 de outubro de 2018. O

texto atualizou a Instrução Técnica nº 14,

elaborada pela Diretoria de Procedimentos de

Outorga e Fiscalização (IT-DPO),

Com a publicação, os cidadãos e os pequenos

empresários detentores de outorga para uso

de água terão mais opções para instalar

equipamentos com custos mais acessíveis.

“Essa regulamentação vai possibilitar que o

Governo de São Paulo administre melhor a

gestão dos recursos hídricos no Estado

evitando o desperdício de água”, explica o

Secretário de Infraestrutura e Meio

Ambiente, Marcos Penido.

A diretriz altera o artigo sobre o medidor de

vazão e totalizador de volume de água para

condutos forçados aceitando hidrômetros

mecânicos e eletrônicos. Muda também o

artigo 5,° que trata do caso em que o uso está

em área de restrição e controle, em que

poderá ser exigida a teletransmissão dos

dados de vazão em tempo real ampliando os

tipos de hidrômetros possíveis de serem

utilizados.

“Estamos atendendo ao pleito principalmente

dos micro e pequenos produtores rurais com

esta opção mais acessível de aquisição do

equipamento sem perder a eficiência”,

comenta o Superintendente do DAEE,

Alceu Segamarchi Junior.

Os hidrômetros mecânicos, tangenciais e

eletrônicos deverão ser dimensionados de

acordo com o volume máximo diário

outorgado para a captação, não devendo

exceder a vazão instantânea máxima de cada

medidor.

A normativa de 2018, agora atualizada,

contempla ainda os procedimentos de

instalação para os hidrômetros especificados

assim como as definições relativas a medições

em condutos livres, procedimentos para

instalação das calhas Parshall e vertedores.

Todas as condições e os procedimentos foram

definidos com base nas normas da Associação

Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).

Em São Paulo, o departamento concede as

outorgas para uso da água de acordo com a

Política de Recursos Hídricos no Estado e todos

os usuários devem possuir cadastramento no

DAEE, conforme determina a legislação.

http://www.saopaulo.sp.gov.br/spnoticias/dae

e-atualiza-norma-sobre-uso-de-hidrometros-

para-melhor-gestao-da-agua-no-estado/

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Grupo de Comunicação

Veículo1: O Dia

Veículo2: O Ouvidor

Data: 30/08/2019

DAEE atualiza norma sobre hidrômetro

para melhor gestão da água no Estado

http://cloud.boxnet.com.br/y4pe9ygw

http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?

c=0&n=30285235&e=577

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Grupo de Comunicação

Veículo: Rádio Trianon

Data: 29/08/2019

SP +Bonito

O Melhor Para A Melhor Idade / Parte V

RÁDIO TRIANON 740 AM/SÃO PAULO |

Programa Lucas Neto Data Veiculação:

29/08/2019 às 11h34

Duração: 00:08:44

Transcrição

SP +Bonito. Sabesp. Marcos Penido.

Benedito Braga. João Doria

http://cloud.boxnet.com.br/y2nmwqee

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Veículo: Rádio Trianon

Data: 29/08/2019

Programa SP +Bonito

O Melhor Para A Melhor Idade / Parte V

RÁDIO TRIANON 740 AM/SÃO PAULO |

Programa Lucas Neto Data Veiculação:

29/08/2019 às 11h08

Duração: 00:03:01

Transcrição

SP +Bonito. Sabesp. Marcos Penido.

Benedito Braga. João Doria

http://cloud.boxnet.com.br/y3gpl3fz

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Grupo de Comunicação

Veículo: Gazeta Regional – Mogi

Data: 29/08/2019

Abel pede rapidez na liberação de licença

ambiental a empresários

http://cloud.boxnet.com.br/y6ry7jgp

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Grupo de Comunicação

SECRETARIA DE INFRAESTRUTURA E

MEIO AMBIENTE Veículo: Jornal de Nova Odessa

Data: 29/08/2019

Desassoreamento da lagoa e reparos no

Bosque seguem apenas no papel

por Redação JNO 29/08/2019, 09:36

Obra bastante aguardada pelas muitas

famílias que desfrutam de momentos de lazer,

o desassoreamento da lagoa do Bosque

Manoel Jorge, no jardim Santa Rosa, ainda

não saiu do papel, mesmo depois de inúmeras

reuniões entre a Prefeitura de Nova Odessa e

representantes de vários órgãos do governo

estadual, como DAEE (Departamento de Águas

e Energia Elétrica) e Secretaria de

Infraestrutura e Recursos Hídricos.

Nem os reparos necessários após a obra de

drenagem no bosque foram realizados até

agora, mesmo com a promessa da EMTU

(Empresa Metropolitana de Transportes

Urbanos) de que cobraria a construtora

Camargo Corrêa antes de liberar o termo

definitivo da obra.

Enquanto isso, o cenário para quem usa o

Bosque Manoel Jorge para as caminhadas

diárias ou qualquer outra atividade física não é

dos melhores. “A gente fica triste sim porque

a lagoa recebeu muita terra que vinha com as

enxurradas e aqui era um lugar muito bonito.

Eu até li na imprensa mesmo que havia um

projeto pra desassorear essa lagoa, mas até

agora não teve qualquer movimentação por

aqui não. Eu pelo menos não vi”, disse o

personal trainer Alexandre Boaventura. “Tem

muita terra na lagoa. Dá dó dos peixes,

parecem que até atrapalha a respiração deles,

não sei direito”, endossa a auxiliar de

enfermagem Verônica Salles, que fazia

caminhada no Bosque na manhã desta

segunda-feira.

Procurada pela reportagem do JNO, a

Prefeitura de Nova Odessa respondeu que vem

lutando, desde o final do ano passado, pelo

desassoreamento da lagoa e também pelos

reparos nas obras de drenagem que foram

realizadas no local. “O prefeito Benjamim Bill

Vieira de Souza já se reuniu com o secretário

de Infraestrutura e Meio Ambiente, Marcos

Penido; com o presidente da EMTU, Marco

Antônio Assalve; ao então secretário de

Saneamento e Recursos Hídricos, Ricardo

Borsari; e também com representantes do

DAEE solicitando urgência na realização das

obras, devido a sua importância, e espera que

elas aconteçam o mais rápido possível”, traz

nota da assessoria de imprensa.

A reportagem do JNO também ouviu o DAEE

sobre o desassoreamento e a EMTU sobre os

reparos nas obras de drenagem. O DAEE

respondeu que já desenvolveu o projeto para

limpeza e desassoreamento da lagoa do

Bosque Manoel Jorge, que será realizado em

parceria com a Prefeitura de Nova Odessa. “A

Prefeitura local já obteve as licenças

ambientais necessárias, encaminhada ao DAEE

em julho, e deverá definir a área de bota-fora

do material que for dragado. Caberá também

à Prefeitura realizar as intervenções

necessárias para recuperação do sistema de

drenagem local. O DAEE está concluindo a

elaboração do processo de licitação”,

esclareceu a nota.

Já a EMTU afirmou que está em tratativas com

o Consórcio Biléo Soares, formado pelas

empresas Camargo Corrêa Infraestrutura e

Galvani Engenharia, para que sejam feitos os

reparos da obra de drenagem no Bosque

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Grupo de Comunicação

Manoel Jorge. “O Termo de Recebimento

Definitivo da obra para o Consórcio Biléo

Soares só será emitido após solucionadas

todas as pendências que constam no Termo de

Recebimento Provisório e posterior aprovação

desses serviços pela EMTU/SP. Cabe ressaltar

que as obras de desassoreamento da lagoa do

bosque não são de responsabilidade da

EMTU/SP”, finalizou a nota.

https://www.jornaldenovaodessa.com.br/notic

ias/desassoreamento-da-lagoa-e-reparos-no-

bosque-seguem-apenas-no-papel/

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Grupo de Comunicação

Veículo: Rádio CBN

Data: 29/08/2019

Destaques de Franca – Ponte Jd. Palmeira

RÁDIO CBN 90,5 FM/RIBEIRÃO PRETO |

MANHÃ CBN Data Veiculação: 29/08/2019 às

09h47

Duração: 00:04:07

Transcrição

muitas denúncias, Prefeitura, prazo, entrega,

ponte, caiu, 2018, burocracias, projeto, nova

data de entrega, reformada, Secretário

(sonora), 60 dias, proprietário, solução,

CETESB, DAEE,

http://cloud.boxnet.com.br/y6hnedyr

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Veículo: Rádio Metropolitana

Data: 30/08/2019

Governo do Estado publica regras para

uso de Hidrômetro

RÁDIO METROPOLITANA 1070 AM/MOGI

CRUZES | RADAR NOTICIOSO Data

Veiculação: 30/08/2019 às 07h13

Duração: 00:02:11

Transcrição

DAEE.

http://cloud.boxnet.com.br/y4nyxyau

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Veículo: Rádio Morada do Sol

Data: 30/08/2019

Caminhoneiro reclama de rigores da

CETESB contra a categoria

RÁDIO MORADA DO SOL 640 AM/

ARARAQUARA | Jornal da Morada Data

Veiculação: 29/08/2019 às 10h51

Duração: 00:03:00

Transcrição

CETESB, Polícia Rodoviária, caminhoneiros,

infrações, atenção, queimadas, mau cheiro,

Heineken,

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Grupo de Comunicação

Veículo: DCI - Radar SP

Data: 30/08/2019

Departamento dee águas atualiza norma

sobre hidrômetros

http://cloud.boxnet.com.br/y4wy4o3y

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Grupo de Comunicação

Veículo: Diário de Suzano

Data: 30/08/2019

Estado libera hidrômetros mais baratos

para áreas agrícolas do Alto Tietê

http://cloud.boxnet.com.br/y69mhqab

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Grupo de Comunicação

Veículo: Portal Governo SP

Data: 29/08/2019

Programa Nascentes recupera área em

assentamento em Presidente Bernardes

Foram plantadas 21 mil mudas de espécies

nativas em aproximadamente 12,4 hectares

O Programa Nascentes, da Secretaria de

Infraestrutura e Meio Ambiente, em

parceria com quatro empresas, plantou cerca

de 21 mil mudas de espécies nativas em

aproximadamente 12,4 hectares no

assentamento Santo Antônio II, em Presidente

Bernardes, no extremo oeste do Estado de

São Paulo. Outros 26,2 hectares em áreas de

preservação permanente estão em estágio

inicial de regeneração natural.

O assentamento beneficiado tem 699,88

hectares, sendo destinados 234,32 hectares

para áreas ambientais, entre reserva legal e

área de preservação permanente, dos quais na

época de criação do assentamento

apresentava fragmentos florestais de

aproximadamente 127,20 hectares e um

passivo de áreas degradadas de 107,12

hectares.

As áreas ambientais apresentavam alta

densidade de plantas nativas regenerantes,

incluindo rebrotas, devido à proximidade com

remanescentes de vegetação nativa, solo sem

compactação, ausência de espécies invasoras

e/ou baixa presença de espécies invasoras a

exemplo de gramíneas. No início da

implantação do assentamento foram isoladas

das áreas destinadas para a produção

agrícola, o que propiciou que o processo de

regeneração natural atuasse livremente.

A estratégia de isolamento das áreas

ambientais desde a implantação do

assentamento proporcionou a regeneração

natural de cerca de 68,50 hectares, resultando

numa redução de passivo para 38,62 hectares.

Essa técnica juntamente com a presença de

banco de sementes pode favorecer a

recuperação ambiental, desde que a área

apresente certas condições consideradas

favoráveis.

Desta forma para a recuperação das áreas de

preservação permanente e de reserva legal,

atualmente bastante degradadas e ocupadas

por pastagens, recomenda-se o isolamento

através de cerca, combate ao incêndio através

de aceiro de três metros de largura, e plantio

de mudas de espécies florestais nativas do

bioma em toda área ocupada por pasto.

No assentamento Santo Antonio II, as demais

áreas ambientais que estavam degradadas,

que foram anteriormente ocupadas por pasto

pelos antigos proprietários, estão sendo

recuperadas através de quatro empresas

parceiras provenientes do Programa

Nascentes. Juntas as empresas parceiras

estão restaurando cerca de 12,37 hectares

com o plantio com cerca de 21.000 mudas de

espécies nativas da região.

Restam atualmente 26,25 hectares em

diversos fragmentos de áreas de reserva legal

e de preservação permanente, que estão em

estágio inicial de regeneração devido à

presença de floresta nativa em seus entornos

que, através do isolamento e dos novos

plantios criarão um ambiente favorável para

sua regeneração, proporcionando no decorrer

do tempo (nos próximos 10 a 15 anos) sua

completa regeneração natural.

Assim sendo o assentamento Santo Antonio II

apresenta hoje suas áreas de preservação

ambiental totalmente recuperadas e

preservadas.

http://www.saopaulo.sp.gov.br/spnoticias/pro

grama-nascentes-recupera-area-em-

assentamento-em-presidente-bernardes/

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Grupo de Comunicação

Veículo: O Diário de Mogi

Data: 29/08/2019

O Brejinho de César é um capítulo de

resistência contra a destruição ambiental

Editorial

Ainda vítima de maus-tratos e crimes

ambientais, alguns sinais de recuperação do

Brejinho de César de Souza são medidos neste

ano pela presença de pássaros e outras aves

visitantes da área verde e alagadiça próxima

do Distrito Industrial Alcides Celestino, na

Avenida Presidente Castello Branco.

Mogi das Cruzes é um ponto da passagem de

espécies que cruzam o centro-oeste brasileiro

em direção aos estados do sul entre os meses

de agosto, setembro e outubro. Esse ritual era

esperado por observadores de pássaros e

integrantes do grupo Amigos do Brejinho,

formado no ano passado, justamente para

defender o local dos crimes ambientais

praticados por empresas e desconhecidos no

território instalado em 370 mil m².

Além de queimadas, entre 2017 e 2018, o

Brejinho de César foi alvo frequente de

problemas como o despejo de lixo e, no mais

grave dos casos, o derrame criminoso de óleo,

punido com a aplicação de multas pelos

técnicos da Regional da Cetesb

(Companhia de Saneamento Ambiental).

Desde a descoberta dessa “estação” de

passagem de animais ameaçados de extinção,

como o bicudinho-do-brejo paulista, o que

acontece nesse ecossistema passou a ser

protegido por defensores ambientais e

lideranças, como alguns vereadores, entre

eles, Fernanda Moreno (PV).

A divulgação dos crimes e a pressão por mais

fiscalização e a punição aos infratores podem

ser responsáveis pela melhora das condições

de vida para a fauna e flora. Também contam

as condições climáticas impróprias para as

queimadas garantidas pelas chuvas dos

últimos meses.

Mesmo com a melhora das condições gerais do

Brejinho, ainda há passivos ambientais,

apontados pelo veterinário e observador de

aves, Jefferson Renan de Araújo Leite aponta

passivos ambientais. Nas águas, ainda há

sinais de parte do óleo despejado ali. Focos de

lixo clandestino foram flagrados por nossa

reportagem.

O Brejinho de César de Souza é um capítulo

de resistência na defesa de Mogi e contra a

destruição ambiental com mais vitórias do que

derrotas.

Este jornal faz questão de registrar, esse

resultado se deve a um grupo de cidadãos,

como os integrantes do “Amigos do Brejinho”

e também dos poderes executivo, legislativo e

judiciário, que resistem à atuação de alguns

grupos poderosos e inescrupulosos que

teimam em explorar as nossas reservas. Essas

pessoas estão conseguindo reagir, ainda bem,

antes de se consumar as perdas do capital

ambiental que diferencia Mogi das Cruzes.

É por força da atuação comunitária que Mogi

chega aos 459 anos de fundação com uma

parte de seus patrimônios conservados e por

isso mesmo atrai gente interessa em aqui

viver.

O Brejinho de César é uma parte da mata

ciliar do Rio Tietê, um dos corredores de

conexão das serras do Itapeti e do Mar. Cuidar

desse eixo é cuidar da vida futura de todos

nos. Da fauna e flora preservadas, depende a

qualidade do ar e da nossa água.

http://cloud.boxnet.com.br/yyt62ce5

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Grupo de Comunicação

Veículo: R7.com Notícias

Data: 29/08/2019

Rodeio Itu é pioneiro em

neutralização de carbono

Faltam pouco mais de uma semana para a tão

aguardada 13ª edição do Rodeio Itu, o Rodeio

do Bem! E esse nome não é por acaso, já que

o evento foi pioneiro em seu segmento no

quesito responsabilidade social e ambiental

ainda em 2007.

Um dos pontos mais marcantes e inovadores

foram as implantações da neutralização das

emissões de gás carbônico, a triagem e

destinação correta de todo o lixo e resíduos

gerados no evento e o uso de fontes de água

particulares, sem utilização de água da rede

pública.

O Rodeio Itu garante o bem-estar dos animais

e participantes do evento através de rígido

controle monitorado por peritos veterinários e

ainda realiza o controle e inibição da emissão

de ruídos gerados pelo evento através de

parceria com a Cetesb.

Rodeio Itu 2019

O evento, que será realizado nos dias 6 e 7 e

13 e 14 de setembro (duas semanas), trará ao

público como novidade festivais de música

com três grandes shows por noite de

renomados artistas do país.

O rodeio faz parte do tradicional calendário de

festividades do município. É considerado um

dos grandes eventos do gênero no cenário

nacional, pois recebe anualmente milhares de

visitantes de diversos cantos do Estado e

também de outras localidades do país. A festa

cresceu ainda mais em relação ao ano

passado, com novidades na programação,

novo layout, ampliação e melhorias nas áreas

de estacionamento e de acesso ao evento,

novos setores para o público e uma arena de

rodeio ainda maior, que promete ser uma das

grandes surpresas desta edição. A praça de

alimentação estará ainda mais integrada com

a arena, facilitando a circulação do público

entre estes espaços.

Camarote Único é novidade

Uma das grandes novidades desta edição é o

Camarote Único, que é a fusão do antigo

Camarote Itu com o Camarote Sertanejo.

Trata-se de um espaço exclusivo e amplo, com

capacidade para 6 mil pessoas. Ele será

posicionado em um local privilegiado da festa,

bem próximo ao palco principal, na lateral.

Além disso, terá um lounge com comidas e

bebidas e, todas as noites, ao final dos shows,

festa com DJs de projeção nacional até o sol

raiar.

O Camarote Único ficará logo acima dos bretes

– local onde os peões iniciam a montaria -, o

que proporcionará aos visitantes do espaço

uma visão privilegiada das competições. O

rodeio contará, ainda, com o Camarote

Corporativo, que também terá um lounge

exclusivo destinado a patrocinadores, grupos e

famílias.

Prova de montaria e dos três tambores

Além da grade de shows renovada e da

ampliação de sua infraestrutura, o Rodeio Itu

contará neste ano novamente com as

tradicionais provas de montaria da Ekip Rozeta

e dos três tambores.

A Ekip Rozeta conta com alguns dos principais

peões do Brasil e está presente nos maiores

rodeios do país. A competição surgiu com o

objetivo de valorizar esportistas e animais e

tem como principal meta a evolução do rodeio

no Brasil. Já a prova de três tambores é

dividida por categorias e se baseia em tempo

e equilíbrio: vence o competidor que contornar

os três tambores no menor tempo.

Além das provas, o rodeio contará novamente

com a tradicional Fazendinha. O local terá

belíssimos animais como touro de cela,

minitouro de cela, mini-horse e minicabra –

alguns bastante dóceis e receptivos ao contato

dos visitantes.

Serviço

Site: http://www.rodeioitu.com.br

Facebook: Rodeio Itu

Instagram: @rodeioitu

Pontos de venda e ingressos online:

http://www.rodeioitu.com.br/2019/ingressos

http://cloud.boxnet.com.br/y6oq5x8x

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Grupo de Comunicação

Veículo: Jornal Noticidade

Data: 29/08/2019

Espuma no rio Tietêe em Salto

JORNAL NOTICIDADE/SBT/SOROCABA Data

Veiculação: 29/08/2019 às 19h33

Duração: 00:00:34

Transcrição

Cetesb

http://cloud.boxnet.com.br/y6zl3vwm

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Veículo: Jornal da Clube

Data: 29/08/2019

Córrego em Ribeirão pode estar

contaminado

JORNAL DA CLUBE 2ª EDIÇÃO/TV

BANDEIRANTES/RIBEIRÃO PRETO Data

Veiculação: 29/08/2019 às 19h17

Duração: 00:03:10

Transcrição

Odor. Mau cheiro. Peixe morto. Estação de

Esgoto. Rio Pardo. Descarte direto. Cetesb.

http://cloud.boxnet.com.br/y3vro5et

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19

Grupo de Comunicação

Veículo: O Dia – Marília

Data: 30/08/2019

Multada em R$ 212,2 mil, prefeitura não

fiscaliza e queimadas castigam

http://cloud.boxnet.com.br/y2gp7dbr

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Grupo de Comunicação

Veículo: Gazeta de Piracicaba

Data: 30/08/2019

Menos queimadas

http://cloud.boxnet.com.br/y3ma46qu

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Grupo de Comunicação

Veículo: Gazeta de São Paulo

Data: 30/08/2019

Itapecerica realiza audiência para

debater lei de preservação ambiental

http://cloud.boxnet.com.br/y5qsdkqf

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Grupo de Comunicação

Veículo: A Cidade – Votuporanga

Data: 30/08/2019

IBGE: região Noroeste Paulista também

cresce apesar dos recuos

http://cloud.boxnet.com.br/y4ojuqff

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Grupo de Comunicação

Veículo1: Itaim News

Veículo2: Gazeta Santo Amaro

Veículo3: Interlagos News

Veículo4: Jornal de Moema

Veículo5: Gazeta do Brooklin e Campo

Belo

Data: 30/08/2019

Projeto de despoluição do Rio Pinheiros

inclui limpeza de córregos da Zona Sul

http://cloud.boxnet.com.br/y6d2mdhs

http://cloud.boxnet.com.br/y25eobve http://cloud.boxnet.com.br/y6rypra5

http://cloud.boxnet.com.br/y5d4bz7b

http://cloud.boxnet.com.br/y4d4u7ay

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Grupo de Comunicação

Veículo: Portal de Hortolândia

Data: 29/08/2019

Prefeito conversa com comunidade das

Chácaras Recreio Alvorada sobre

melhorias no bairro

Nesta quinta-feira (29/08), o prefeito Angelo

Perugini recebeu representantes do bairro

Chácaras Recreio Alvorada dando continuidade

à reunião feita no bairro, com participação de

toda comunidade, há três meses. O objetivo

dessas reuniões é atender uma luta antiga dos

moradores por rede de esgoto e asfalto.

O bairro se tornou prioridade nas negociações

com a Sabesp (Companhia de Saneamento

Básico do Estado de São Paulo) que

assumiu o compromisso de, no próximo ano,

iniciar a rede coletora de esgoto. Tão logo a

rede coletora seja realizada, a Prefeitura fará

o asfalto.

O prefeito assumiu o compromisso de

apresentar aos moradores adequação de

projetos de arruamento que mantenham as

características de chácara para a comunidade

opinar sobre o melhor modelo.

http://cloud.boxnet.com.br/y5czlxpk

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Veículo: Rd Repórter Diário

Data: 30/08/2019

Sabesp – obra em Santo André

http://cloud.boxnet.com.br/y2a9vp9f

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Grupo de Comunicação

Veículo: A Cidade – Votuporanga

Data: 30/08/2019

Cliente reclama de cobrança da Sabesp

http://cloud.boxnet.com.br/y5o7ov28

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Grupo de Comunicação

Veículo: DCI

Data: 30/08/2019

Investidores demonstram apetite por

projetos de iluminação e saneamento

Momento de falta de recursos do setor público

estimula modelo de PPP para a realização de

serviços e BNDES estima potencial de aportes

na casa de R$ 1 trilhão na soma das duas

áreas

RICARDO CASARIN • SÃO PAULO

Mercado vê apetite de investidores privados

por projetos de iluminação pública e

saneamento básico. O Banco Nacional do

Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES)

estima potencial de aportes de mais de R$ 1

trilhão nas áreas.

“Fica claro o apetite do capital privado para

fazer mais barato aquilo o que o setor público

não tem recursos para fazer. É o momento

propício para o País fazer esse tipo de

parceria. Não podemos perder esse ciclo”,

declarou o presidente do BNDES, Gustavo

Montezano, em coletiva de imprensa após o

leilão da parceria público-privada (PPP) de

iluminação pública de Porto Alegre (RS).

O certame foi realizado em São Paulo na

quinta-feira (29) e teve como vencedor o

consórcio I.P. Sul, grupo formado por

Quantum Engenharia, GCE SA, Fortnort

Desenvolvimento Ambiental e Urbano, STE

Serviços Técnicos de Engenharia, que ofereceu

proposta da contraprestação de R$ 1,745

milhão, a menor entre os oito proponentes. O

lance corresponde a um deságio de 45,64%.

A assinatura do contrato deve ser feita no

quarto trimestre deste ano, e os serviços já

começam a ser executados no início do ano

que vem. O edital prevê a troca dos mais de

100 mil pontos de iluminação por lâmpadas de

LED.

Durante a coletiva, o chefe do departamento

de desestatização e estruturação de projetos

municipais do BNDES, Osmar Lima, destacou

que a entidade trabalha em mais oito PPPs de

iluminação pública. “A expectativa é que as

licitações sejam concluídas até meados de

2020.” A estimativa é que os nove projetos

totalizem R$ 1,5 bilhões em investimentos.

O diretor de Smart Cities da Itron, Helder

Bufarah, vê uma alta movimentação no setor.

“O mercado está movimentado e montante de

recursos é grande. Estamos vendo grandes

oportunidades. O modelo PPP traz vantagens

para os municípios, em função dos contratos

mais longos.”

Ele conta que em 2019, foram iniciados trinta

projetos de PPPs no País. “Se o setor público

estivesse com recursos e poder de

investimento, talvez o processo não fosse tão

atraente. O momento está impulsionando

esses contratos.”

A Itron, multinacional especializada em

soluções para uso eficiente de água e energia,

possui uma fábrica em Americana (SP). “A

partir do momento que o mercado ganhar

escala, pretendemos trazer para o Brasil o

mesmo ecossistema de cidades inteligentes e

iluminação pública que temos no resto do

mundo, encontrando parceiros que produzam

controles de luminárias”, diz Bufarah.

Saneamento

Montezano dimensiona que o setor de

iluminação pública tem potencial para gerar

R$ 30 bilhões em investimentos no País. “Se o

apetite é grande para esse setor, para o

saneamento básico é enorme. O potencial de

investimentos chega a R$ 1 trilhão. O desafio

nessa área é político.

”Ele destacou a importância do novo marco

legal para o saneamento básico, que

atualmente está em discussão na Câmara

Federal. “Nos próximos meses a lei deve ser

aprovada, abrindo a torneira do capital

privado.”

A Fluxus Soluções em Energia, empresa criada

pelo empresário Caio Mario Mutz, firmou uma

parceria com a Sabesp, companhia

responsável pelo saneamento básico do estado

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Grupo de Comunicação

de São Paulo, para o fornecimento de um

sistema movido a gás para o acionamento de

máquinas.

Atualmente, máquinas de médio e grande

porte, como bombas d’água, são acionadas

exclusivamente por sistemas elétricos.

“Escolhemos o setor de saneamento por ser

um serviço com uma estrutura industrial. A

Sabesp é a maior consumidora de energia

do estado”, explica Mutz.

A solução foi desenvolvida em parceria com o

grupo Kaula e a Jordão Engenharia. Mutz

afirma que o projeto piloto demonstrou que o

sistema oferece um mínimo de 10% de

economia por máquina e maior segurança

operacional, uma vez que a regularidade na

distribuição de gás é 88 vezes maior do que a

elétrica segundo dados das concessionárias do

setor. “A ideia agora é começar a fomentar

esse mercado.” Além do saneamento, a

solução tem aplicação em setores da indústria

como a metalurgia e papel e celulose.

https://www.dci.com.br/neg%C3%B3cios/inve

stidores-demonstram-apetite-por-projetos-de-

iluminac-o-e-saneamento-1.827532

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Grupo de Comunicação

Veículo: Diário de Suzano

Data: 30/08/2019

Sistema Alto Tietê opera com 91% da

capacidade

http://cloud.boxnet.com.br/y2ztuh4y

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Grupo de Comunicação

Veículo: Regional News – Caieiras

Data: 30/08/2019

Vereadores aprovaram projeto

proibindo que Elektro e Sabesp corte fornecimento de serviços junto aos

inadimplentes às vésperas de fi nal de semana e feriados prolongados

http://cloud.boxnet.com.br/y2husqo6

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Grupo de Comunicação

Veículo1: Ipiranga News

Veículo2: Jabaquara News

Data: 30/08/2019

Sabesp corre contra o tempo para limpar

córrego Ipiranga até 2022

http://cloud.boxnet.com.br/yyqkbwya

http://cloud.boxnet.com.br/yxu4acuf

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Grupo de Comunicação

Veículo: G1 Santos / TV Tribuna

Data: 29/08/2019

Biólogos resgatam bicho-preguiça em

quintal de imóvel em Peruíbe, SP

Macho adulto de bicho-preguiça foi encontrado

em uma árvore no quintal de uma residência

no bairro Josedy, em Peruíbe, SP.

Por Gabriel Gatto, G1 Santos

29/08/2019 14h20 Atualizado há 19 horas

Biólogos resgatam bicho-preguiça em imóvel

de Peruíbe, SP

Um bicho-preguiça foi resgatado após ser

flagrado no quintal de uma residência em

Peruíbe, no litoral de São Paulo. Imagens

obtidas pelo G1 mostram o momento em que

biólogos da Secretaria de Meio Ambiente e

Agricultura realizaram a soltura do animal em

um parque natural do município.

Segundo testemunhas, o animal apareceu em

uma residência no bairro Josedy e foi

removido por moradores para uma área de

mata, na última terça-feira (27). Porém, ele

retornou na manhã de quarta-feira (28).

O animal foi encontrado pelos moradores e

pendurado em uma árvore no quintal de uma

casa. Eles acionaram o Centro de Controle de

Zoonoses, da Secretaria de Meio Ambiente. O

bicho-preguiça foi resgatado pelas equipes que

o levaram para uma avaliação veterinária.

Após a realização dos exames, os biólogos

constaram que se tratava de um macho adulto

de bicho-preguiça, com boas condições físicas

e sanitárias. O animal foi solto em uma árvore

do Parque Natural Municipal do Vilão. O

momento da soltura foi registrado pela equipe.

Biólogos resgatam bicho-preguiça em Peruíbe,

SP — Foto: Arquivo Pessoal/Viviana Fonseca

Uma das responsáveis pelo resgate e pela

soltura do bicho-preguiça, a bióloga Viviana

Alves Fonseca explica que, apesar da alta

quantidade de residências, o bairro possui

fragmentos de mata, o que propicia o

aparecimento de animais silvestres.

Viviana lembra, também, da importância de

não tocar nos animais silvestres que venham a

aparecer em áreas urbanas e de aciona um

profissional para realizar o resgate. "A medida

é para preservar a segurança tanto dos

animais quanto das pessoas, pois animais

silvestres podem ter alguma zoonose, além de

poderem ficar agressivos caso sejam

manuseados. Nesse caso, é importante

chamar o Centro de Controle de Zoonoses ou

o policiamento ambiental", finaliza.

Bicho-preguiça é resgatado após ser

encontrado por moradores de Peruíbe, SP —

Foto: Divulgação/Prefeitura de Peruíbe

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Grupo de Comunicação

Veículo: G1 Presidente Prudente

Data: 29/08/2019

Fiscalização apreende mais de 400kg de

carvão vegetal transportados sem

documentação de origem em Martinópolis

Carga estava em uma caminhonete que foi

abordada pela Polícia Militar Ambiental, nesta

quinta-feira (29), na Rodovia Osvaldo

Campioni Ascêncio, em Martinópolis.

Por G1 Presidente Prudente

Carga de carvão vegetal foi apreendida em

Martinópolis — Foto: Polícia Militar Ambiental

A Polícia Militar Ambiental apreendeu mais de

400 quilos de carvão vegetal que eram

transportados sem documentação em uma

caminhonete que foi abordada pela

fiscalização na Rodovia Osvaldo Campioni

Ascêncio, em Martinópolis, nesta quinta-feira

(29).

Durante patrulhamento preventivo na estrada

vicinal que faz a ligação entre o perímetro

urbano de Martinópolis e o Balneário Laranja

Doce, os policiais avistaram a caminhonete

com as sacas de carvão e abordaram o

veículo.

Segundo a polícia, um homem de 60 anos,

identificado como proprietário da carga, não

portava documentos que comprovassem a

origem do material.

Ele recebeu um auto de infração ambiental, na

modalidade de advertência, pelo transporte da

carga.

A carga apreendida, que totalizou 445 quilos

de carvão distribuídos em 105 sacas, ficou

recolhida na sede do 1° Pelotão da Polícia

Militar Ambiental, em Presidente Prudente.

Carga de carvão vegetal foi apreendida em

Martinópolis — Foto: Polícia Militar Ambiental

https://g1.globo.com/sp/presidente-prudente-

regiao/noticia/2019/08/29/fiscalizacao-

apreende-mais-de-400kg-de-carvao-vegetal-

transportados-sem-documentacao-de-origem-

em-martinopolis.ghtml

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Grupo de Comunicação

Veículo: Exame – Melhores e Maiores

Data: 30/08/2019

Melhores Infraestrutura

http://cloud.boxnet.com.br/yxjohkxl

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Grupo de Comunicação

VEÍCULOS DIVERSOS Veículo: Portal Governo SP

Data: 29/08/2019

Governo e 24 prefeituras firmam

convênios de R$ 26,6 milhões para obras

Ações contam com recursos do Fundo Estadual

de Defesa dos Interesses Difusos e visam

revitalizar áreas urbanas e verdes das cidades

O Governador em exercício Rodrigo Garcia

assinou nesta quinta-feira (29) convênios que

somam R$ 26,6 milhões para financiamento

de obras em 24 cidades, por meio de recursos

do Fundo Estadual de Defesa dos Interesses

Difusos (FID), da Secretaria da Justiça e

Cidadania.

“O FID auxilia prefeituras e entidades que

precisam de investimento para gerar emprego

e que necessitam melhorar os seus

equipamentos públicos”, disse Garcia. Os

termos foram firmados em cerimônia no

Palácio dos Bandeirantes.

Os convênios, que totalizam R$ 26,6 milhões,

contam com R$ 22,8 milhões disponibilizados

pelo FID e R$ 3,8 milhões de contrapartidas

das prefeituras.

Os municípios beneficiados e as obras que

serão realizadas são:

– Altinópolis: revitalização de parques

ecológicos e da lagoa;

– Aramina: Parque Ecológico;

– Birigui: Parque Ecológico do Biriguizinho;

– Braúna: reforma, ampliação e revitalização

do Cessibra;

– Bragança Paulista: reforma e restauro do

Mercado Municipal “Wlademar de Toledo

Funck”;

– Gavião Peixoto: implantação de rampas de

acessibilidade;

– Guará: implantação do Parque Ecológico;

– Ibirá: recuperação e reestruturação do

Balneário Joaquim Lemos;

– Ipaussú: revitalização da orla do Lago

Municipal;

– Itapetininga: reforma e revitalização da

Lagoa Regina Freire;

– Monte Alto: elaboração de projetos de

acessibilidade;

– Monte Azul Paulista: barracão de reciclagem

Reciclazul e reforma, e manutenção do prédio

histórico da Casa da Cultura;

– Monteiro Lobato: logística reversa com

revitalização das Praças “Deputado Antonio

Silva Cunha Bueno”, “Magalhães” e

“Comendador Freire”;

– Nova Independência: implantação de canal e

galeria de drenagem;

– Palmital: construção do Centro Ambiental;

– Pradópolis: implantação da rede de

distribuição de água no assentamento Horto

Guarany;

– Sagres: construção de Centro de Lazer;

– Sales Oliveira: implantação do projeto Pelos

Trilhos da Mogiana nasceu Sales Oliveira;

– Santa Gertrudes: revitalização do Parque

Municipal Ruy Raphael da Rocha;

– São José do Rio Preto: projeto de

restauração da catedral de São José do Rio

Preto;

– Serrana: revitalização do Parque

Permanente de Exposição Expocana;

– Valentim Gentil: revitalização e ampliação

da infraestrutura do Parque Ecoturístico

Municipal “Menotti Celeri”;

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Grupo de Comunicação

– Viradouro: preservação e proteção de

manancial de captação de água com obras de

drenagem e adequação de acessibilidade

turística e paisagística;

– Vitória Brasil: desassoreamento da nascente

do córrego Ararinha, com recuperação de área

degradada.

Os projetos objetos dos convênios integram a

lista de 146 projetos aprovados no último

edital do FID, lançado no final de 2017, que

recebeu quase 800 inscrições, recorde

histórico do Fundo. Para a viabilização desses

projetos selecionados, o FID vai liberar o total

de R$ 117 milhões.

Também foi firmado termo aditivo de convênio

entre o FID e a Prefeitura de Mirassol,

ampliando por mais 12 meses o prazo para

execução do projeto de restauração da Casa

de Cultura Dr. Ariovaldo Correia/Cine Theatro

São José. O convênio tem valor total de R$ 3

milhões, sendo R$ 2,7 milhões do FID e R$

300 mil de contrapartida do município.

Objetivo do FID

O Fundo Estadual de Defesa dos Interesses

Difusos tem como objetivo financiar projetos

destinados ao ressarcimento, à coletividade,

dos danos causados ao meio ambiente, ao

consumidor, a bens e direitos de valor

artístico, estético, histórico, turístico e

paisagístico, no âmbito do território do Estado

de São Paulo.

Esses recursos podem apoiar projetos

apresentados por órgãos da administração

pública direta e indireta nos âmbitos estadual

e municipal; organizações não-

governamentais, organizações sociais,

organizações da sociedade civil de interesse

público e entidades civis sem fins lucrativos

que tenham por finalidade a atuação nestas

áreas.

O FID tem recursos advindos de condenações

judiciais em ações civis públicas e multas

decorrentes do não cumprimento de Termos

de Ajustamento de Conduta (TACs).

Mediante chamamento público, por meio de

edital convocatório, os interessados podem

submeter projetos nessas áreas, os quais são

analisados e submetidos à aprovação do

Conselho Gestor do FID, presidido pelo

Secretário da Justiça e Cidadania.

Entre 2010 e 2019, a Secretaria de Justiça e

Cidadania, por meio do FID, firmou 110

convênios, com um aporte total de recursos de

R$ 206,7 milhões e contrapartidas no valor de

R$ 25 milhões, totalizando R$ 231,7 milhões.

http://www.saopaulo.sp.gov.br/spnoticias/gov

erno-e-24-prefeituras-firmam-convenios-de-r-

266-milhoes-para-obras/

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Grupo de Comunicação

Veículo: RedeTV

Data: 29/08/2019

Doria anuncia investimentos na indústria

automotiva

REDETV NEWS/REDE TV!/SÃO PAULO Data

Veiculação: 29/08/2019 às 20h06

Duração: 00:04:25

Transcrição

Em seu segundo dia na Alemanha, o

governador de São Paulo João Dória anunciou

investimentos de dois bilhões e meio de reais

da indústria automotiva paulista. O que deve

gerar mil e quinhentos empregos diretos e

indiretos. Veja na reportagem da enviada

especial a vou subúrbio da Alemanha, Eric

abril. Dória fez o anúncio na sede da

Volkswagen, ao lado do chefe de operações da

empresa Ralf Brand presidente para América

Latina Papa disse o secretário da Fazenda e

Henrique Meirelles e do prefeito de São

Bernardo Orlando morando, o dinheiro será

usado na montadora da companhia em São

Bernardo do Campo na Grande São Paulo com

os recursos está previsto o lançamento de um

novo cargo no próximo ano. O setor

automotivo no Brasil é um dos mais

importantes para a economia brasileira são

vários os modelos mais vendidos e cobiçados

pelos consumidores e montadoras como essa

aqui na Alemanha, juntamente com o Brasil

estão preparando novidades para aquecer

ainda mais esse mercado primeira vez mil e

treze tem sessenta anos de Brasil. Que a

desenvolver um produto nacional, inclusive

com design brasileiro ao longo desses meses a

ela incremento acelerou o processo de design

aprovou a nesta última semana com a

presença do senhor. O presidente mundial de

operações da Volkswagen, que a pouco falou

com jornalistas brasileiros aqui na Alemanha,

A E o produto não só será fabricado é com

base nesse desenho no Brasil, como também

exportados para a América Latina, A e até

alguns países aqui da própria Europa. Além do

novo automóvel, abastecer o mercado interno

será exportado para toda a América Latina e

alguns países aqui da Europa Alemanha é o

quarto maior parceiro comercial do Brasil. O

governador de São Paulo ainda falou sobre o

que tem feito para melhorar a economia.

primeiro os pólos de desenvolvimento são

doze polos de desenvolvimento que foram

criados e no nosso Governo anunciadas no

último mês de junho a entre os quais o da

indústria automobilística e nos polos e aí me

refiro a indústria de automóveis, nós temos a

responsabilidade de oferecer condições de

formação de mão de obra através de Sedex e

das Fatecs isso agiliza e facilita muito o

trabalho das empresas das indústrias e

também o programa de logística rodoviária

ferroviária e metroviária e de aeroportos. Aí o

programa de incentivos, como é o caso

incentivar que oferece para cada novo bilhão

de reais investidos com garantia de

quatrocentos novos empregos oferece um

desconto gradual progressivo. No ICMS Dória

falou das possibilidades de investimentos com

o programa de Desestatização no estado esse

é um volume de investimentos será a mínima

de vinte e quatro bilhões de reais. Que a

projeção para os programas de concessão que

fez de privatização em rodovias ferrovias e no

metrô a igualmente nos tema Metropolitana de

três a um a Intel a ser na CPTM e também não

nos programas de saneamento da

Sabesp, direção, valor mínimo que nós temos

por expectativa é poder aumentar se a

economia brasileira melhorar a economia

melhorando tornar mais competitivo do

governo. A dor também falou de meio

Ambiente, ele disse que há uma forte

preocupação dos europeus em relação ao

desmatamento na Amazônia e a política

ambiental do governo brasileiro. Para a gente

ter cuidado de sistemas e acho que a

humildade também. No diálogo na

compreensão entendimento e na proteção

ambiental, como tem São Paulo São Paulo, a

não temos que matar mesmo e contrário, a

gente mata muito negativo, estamos

crescendo. A oferta de árvores plantadas na

mata atlântica, graças sobretudo

entendimentos com homens com mais um

atacante e e temos um programa de

investimento de duzentos milhões de reais

para não ser recentemente, na Fapesp e de

pesquisa para o desenvolvimento florestal e

para a proteção do meio Ambiente crê que

esse é um bom caminho que estamos

seguindo aqui em São Paulo espera que o

Brasil também seguia na mesma rua. Érika

Abreu da Alemanha para o Rede TV News.

http://cloud.boxnet.com.br/yxbmvtjl

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Grupo de Comunicação

Veículo: Governo SP

Data: 26/07/2019

Decadência à beira-mar: Baixada Santista

enfrenta problemas

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Grupo de Comunicação

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Grupo de Comunicação

http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?

c=0&n=30309775&e=577 http://cloud.boxnet.com.br/yy7965zn

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Grupo de Comunicação

Veículo: Agora São Paulo

Data: 30/08/2019

Covas briga com empresas por buracos

no asfalto e podas

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Data: 30/08/2019

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Grupo de Comunicação

FOLHA DE S. PAULO Gestão Covas briga com Sabesp, Comgás e

Enel por buracos no asfalto e poda de

árvores em SP

Prefeitura crê que intervenções das

concessionárias estão danificando vias da cidade

Guilherme Seto

Thiago Amâncio

SÃO PAULO

A gestão Bruno Covas (PSDB) decidiu comprar

briga com as concessionárias que prestam

serviço na capital para obrigá-las a melhorar a

maneira com que lidam com o asfaltamento e

com a poda das árvores em São Paulo.

A prefeitura quer que a Sabesp (concessionária

de água e esgoto paulista) e a Comgás (que

distribui gás canalizado) melhorem o padrão de

preenchimento dos buracos que fazem no asfalto

ao realizarem suas instalações.

No caso da Enel, que fornece energia elétrica, a

administração pede que a empresa faça a poda

completa das árvores que têm contato com fios

de eletricidade, e não somente a poda em

formato de V, que estaria desequilibrando as

árvores e facilitando as suas quedas.

A administração tucana definiu como uma de

suas prioridades o recapeamento do asfalto.

Chamado inicialmente de Asfalto Novo, o

programa de melhoria do pavimento começou em

novembro de 2017; até o final de julho de 2019,

290,8 km de vias foram renovados. Ao longo de

toda a gestão, que termina em dezembro de

2020, a prefeitura fará o investimento de R$ 550

milhões no programa, que deverá ser uma das

bandeiras de Covas em sua campanha à

reeleição em 2020.

No entanto, a gestão tucana percebeu ao longo

do processo que diversas vias que haviam sido

recapeadas estavam voltando a apresentar

problemas. Isso porque concessionárias como

Sabesp e Comgás estavam fazendo intervenções

no asfalto para tratarem das instalações de

esgoto e de gás e preenchendo os buracos feitos

com asfalto de qualidade inferior, deixando

muitas vezes de nivelar o asfalto, o que tem feito

com que se formem vãos ou protuberâncias que

incomodam os motoristas.

Em fevereiro, por exemplo, a prefeitura recapeou

a av. do Estado com material similar ao utilizado

em pistas de aeroportos, de alta qualidade e

bastante resistência. Pouco tempo depois, a

Sabesp fez um buraco para uma obra no local e o

preencheu com asfalto de qualidade baixa, que

pouco depois já deformou e gerou irregularidade

na pista. Esse caso é usado como demonstração

clássica do problema por parte da prefeitura.

"Para quem passa de carro, parece que a

prefeitura fez um trabalho ruim, mas não foi o

que aconteceu. A Sabesp vai ter que refazer o

serviço com o SMA [Stone Mastic Asphalt, o

asfalto mais durável], mas ela não tem serviço

contratado de SMA. Então tem que abrir

licitação", diz o secretário municipal de

Subprefeituras, Alexandre Modonezi. Segundo

ele, a relação com a Sabesp começou tensa, mas

tem evoluído bastante na busca de uma solução

que contemple todos os envolvidos.

Asfalto na avenida do Estado

Trecho da avenida do Estado recapeado pela

prefeitura de São PauloTrecho da avenida do

Estado após intervenção da Sabesp

Prefeitura recapeou o asfalto da avenida do

Estado, e intervenção da Sabesp o danificou -

Prefeitura de São Paulo - fev.2019

Por ano, cerca de 400 mil buracos são abertos na

cidade pelas concessionárias, segundo estimativa

da prefeitura —300 mil pela Sabesp e 100 mil

pela Comgás.

Diante desse cenário, a gestão municipal tem

negociado com Comgás e Sabesp um protocolo

básico de tratamento do asfalto. Essas empresas

deverão lidar com o asfalto de maneira similar à

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Data: 30/08/2019

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Grupo de Comunicação

que a prefeitura faz, respeitando normas técnicas

já publicadas por ABNT e CET.

Isso implica em avisar previamente os órgãos

municipais sobre os planos de fazer buracos;

utilizar massa asfáltica da mesma qualidade que

a prefeitura para preenchê-los; fazer um recorte

no entorno do buraco e encher o espaço por

igual, sem gerar desnível; aplicar o asfalto a uma

temperatura específica. Essas determinações

estão em decreto publicado em maio de 2019.

Modonezi diz que caso a concessionária faça

diversos buracos em uma via, terá que recapear

toda sua extensão. Se cavar em um

entroncamento, terá que refazer todo o

entroncamento, para assim garantir um nível

mínimo de qualidade.

Segundo o secretário, a Comgás aceitou com

facilidade os termos estabelecidos e já os está

implantando.

No caso da Sabesp, existe uma negociação em

curso para a aplicação das normas técnicas. Para

que não haja impacto significativo nos custos da

concessionária, prefeitura e Sabesp têm buscado

uma solução conjunta, como a possibilidade de

aplicar material de qualidade superior nas vias

principais e asfalto menos resistente em ruas

pouco movimentadas.

O decreto prevê multa diária de R$ 3.279 (em

valores atualizados) por m2 em áreas recapeadas

fora do padrão pelas concessionárias.

A gestão Covas também pede que a Sabesp

tenha o cuidado de nivelar as tampas dos poços

de visita à tubulação (aquelas de metal que ficam

no meio da pista) ao restante do asfalto no

momento da instalação.

Segundo pesquisa da Escola Politécnica da USP

que a prefeitura usa como referência, 70% das

reclamações de desconforto de motoristas no

trânsito estão relacionadas a trancos ao passar

por tampas desniveladas. Modonezi diz que a

empresa já se comprometeu a elaborar um plano

para nivelamento de 10 mil tampas na capital.

Por meio de sua assessoria de imprensa, a

Sabesp nega que exista tensão na relação com a

prefeitura e fala em "trabalho conjunto". A

empresa diz que elabora um "Termo de

Cooperação Técnica com a Prefeitura de São

Paulo para adequar os critérios adicionais dos

serviços de reparo dos pavimentos estabelecidos

por meio do novo Decreto nº 58.756/2019".

A Sabesp também diz que prepara um edital de

licitação para contratar a execução de medidas

complementares previstas no novo decreto e que

as tampas dos poços de visitas são "reniveladas

após a comunicação de conclusão do serviço pela

prefeitura."

Também por meio de sua assessoria, a Comgás

reitera que "executa as intervenções nas vias e

calçadas de acordo com as normas e

procedimentos aplicáveis pelo município". A

empresa acrescenta que não tem necessidade de

abrir grandes buracos em toda a extensão das

ruas e que faz algumas pequenas valas, "o que

minimiza os impactos da obra".

Tampa de acesso à tubulação de esgoto na avenida Duque de Caxias, no centro de São Paulo - Zanone Fraissat/Folhapress

JUSTIÇA PODE SER ACIONADA PARA RESOLVER

PROBLEMA DAS ÁRVORES

As negociações da gestão Covas com a Enel têm

sido mais tensas e podem acabar na Justiça.

O secretário Modonezi explica que a prefeitura

não consegue fazer a poda das árvores da cidade

que têm contato com a rede de energia, já que

isso coloca em risco os funcionários. No ano

passado, um trabalhador que prestava serviço

para a prefeitura morreu após levar choque de

um fio elétrico durante a poda.

No entanto, diz o secretário, a Enel recusa-se a

interromper a rede elétrica para que sejam feitas

as podas. Remunerada pelo tempo que fornece

energia, a concessionária argumenta que

perderia dinheiro caso desligasse a energia

continuamente.

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Data: 30/08/2019

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Grupo de Comunicação

"Estamos diante de um impasse. Entendo o

argumento de que a empresa é remunerada para

manter a rede energizada, mas, por outro lado, a

cidade não pode ficar à mercê desse problema.

Eles não fazem a poda, eu não faço porque não

posso, e então a árvore cai. Não consigo avançar

sem a ajuda deles", diz Modonezi.

Entre janeiro e julho de 2019, a prefeitura podou

59.440 árvores, além de ter removido outras

9.482. Há ainda 47.500 árvores cuja poda foi

solicitada por munícipes. Dessas, 42.614 estão

próximas à rede elétrica.

Dessa forma, tendo resolvido praticamente todas

as solicitações de podas de árvores distantes dos

fios de eletricidade, a prefeitura tenta acordo

com a Enel sobre o que fazer, mas não tem tido

sucesso. Por isso, considera recorrer à Justiça

para conseguir mais colaboração da

concessionária. A Procuradoria Geral do Município

já estuda quais as melhores alternativas jurídicas

para o caso.

A gestão Covas também aponta problemas

derivados da poda parcial de árvores que é feita

pela Enel. De acordo com a administração

municipal, a concessionária faz uma poda de

desobstrução, em formato de V, no entorno da

região em que a fiação entra em contato com a

árvore, o que faz com que ela fique

desequilibrada e com mais risco de queda.

Segundo Modonezi, esse é o maior motivo de

queda de árvores hoje na cidade. "Eles têm que

fazer poda de desobstrução e também de

equilíbrio, é responsabilidade deles com o

munícipe. Aquilo tudo pode cair na cabeça de

alguém."

"A Enel faz a poda, não avisa a prefeitura e deixa

a árvore desequilibrada. Então temos que

descobrir onde eles fizeram a poda e mandar

outra equipe para o lugar. Isso é um absurdo",

completa o secretário.

Em nota, a Enel diz que "está realizando triagem

em uma lista recém encaminhada pela Prefeitura

de São Paulo, com solicitações de podas por

parte de munícipes à Prefeitura".

A concessionária diz ter constatado

inconsistências na lista, como árvores distantes

da rede elétrica ou inexistentes. "A empresa já

está com reuniões de trabalho agendadas com

algumas subprefeituras para iniciar as podas de

árvores que realmente estejam próximas à rede

elétrica, as quais precisam da aprovação prévia

do Poder Público local."

A Enel afirma ter realizado 5.200 podas

solicitadas pela prefeitura e outras 72.065 podas

preventivas. Até o final do ano, diz que fará

outras 6.600 podas.

https://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2019/0

8/gestao-covas-briga-com-sabesp-comgas-e-

enel-por-buracos-no-asfalto-e-poda-de-arvores-

em-sp.shtml

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Data: 30/08/2019

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Grupo de Comunicação

Painel: Fachin entra na mira de colegas do

STF; risco de o plenário manter revés à Lava

Jato é real

Gregos e troianos Edson Fachin desagradou a

duas alas do Supremo ao levar ao plenário caso

que pode rever a decisão da Segunda Turma em

habeas corpus do ex-presidente do BB Aldemir

Bendine. O colegiado havia determinado que réus

devem apresentar alegações finais à Justiça

depois dos delatores que os acusam. Fachin

submeteu caso similar ao de Bendine a todos os

colegas, dando margem a novo veredito. Um

grupo o chamou de “mau perdedor”. Outro viu

tentativa de manietar a opinião pública.

Fez que não viu

Ministros que não julgaram o caso de Bendine

observam que foi de Fachin a decisão de levar o

caso do ex-dirigente do Banco do Brasil à turma

na ausência de Celso de Mello, afastado para

tratamento de saúde. Com só quatro juízes aptos

a analisar a ação, o relator da Lava Jato no STF

podia prever que o risco de derrota era alto,

dizem.

Fez que não viu 2

Esses integrantes do Supremo afirmam que

Fachin sabe que Gilmar Mendes e Ricardo

Lewandowski são garantistas. Por isso, ainda que

Carmen Lúcia votasse contra o entendimento dos

dois colegas, um empate já seria suficiente para

beneficiar Bendine.

Fez que não viu 3

Um ministro que só agora vai analisar o tema diz

que Fachin tenta remendar o resultado levando

um novo caso ao plenário após receber os

protestos da Lava Jato e de parte da opinião

pública. E alerta: o risco de a maioria manter o

que a turma decidiu existe e não deve ser

desprezado.

Narciso

A Lava Jato de Curitiba está com moral baixa no

STF. Um integrante da corte define assim o saldo

das mensagens obtidas pelo The Intercept: “Só

eles prestavam. A Justiça estadual era

provinciana, o Ministério Público estadual era

lixo, a imprensa era manipulável e as cortes

superiores eram corruptas”.

Eterno enquanto dure

Recebida com desconfiança por políticos, a

trégua entre Jair Bolsonaro e Sergio Moro foi

confirmada por aliados do presidente. Segundo

assessores do Planalto, tudo foi resolvido em

conversa na qual o chefe deixou claro ao ex-juiz

que não gosta de receber recados pelos jornais.

Onde pega

O presidente disse que cabe ao ministro analisar

a atuação do diretor-geral da PF, Maurício

Valeixo. Bolsonaro recebeu queixas de que o foco

em crimes de colarinho branco ofusca outras

atribuições da PF e ficou incomodado.

Passa a régua

A Controladoria-Geral da União enviou ao

Planalto parecer no qual pede que o presidente

vete 27 itens do projeto de lei de abuso de

autoridade. A maioria dos dispositivos foi

questionada pelo órgão sob o argumento de que

há margem à subjetividade na interpretação e,

portanto, insegurança jurídica.

Ampulheta

Bolsonaro vai definir até o dia 3 de setembro

qual será a abrangência de seu veto. Ele

conversa com os presidentes da Câmara e do

Senado para tentar chegar a um acordo. Tenta

contemplar parte de sua base sem desencadear

uma rebelião no Congresso.

Todos por um

O relatório que será levado à análise da direção

do PSB a partir desta sexta (30) deve pregar a

expulsão de apenas um dos onze deputados que

entraram na mira da sigla após votar a favor da

reforma da Previdência, contrariando orientação

do partido.

Contexto

A expectativa é que somente Atila Lira (PSB-PI)

seja alvo da punição máxima, sob o argumento

de que ele votou junto com o governo em outras

matérias. Os demais parlamentares serão alvo de

punições mais brandas. A discussão do tema

deve terminar só no sábado (31).

7 a 1

A decisão dos caciques do PSDB de SP de

recorrer ao diretório nacional contra o veredito

da executiva que negou a expulsão sumária de

Aécio Neves (PSDB-MG) irritou a bancada da

sigla, que viu desrespeito à decisão da maioria do

partido e mais um ato de desgaste gratuito.

Articula-se nova derrota aos paulistas.

SOS

Bolsonaro deve conversar nesta sexta (30) com a

chanceler alemã Angela Merkel sobre a crise na

Amazônia.

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Data: 30/08/2019

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Visita à Folha

Caio Magri, diretor-presidente do Instituto Ethos,

visitou a Folha nesta quinta (29). Estava

acompanhado de Felipe Saboya, diretor-adjunto,

e Rejane Romano Silveira, coordenadora de

comunicação.

TIROTEIO

Sempre é tempo para se arrepender por fake

news do passado. Pior é quem só tem a mentira

como projeto de futuro

Do deputado Orlando Silva (PC do B-SP), sobre

os protestos de aliados de Bolsonaro à punição a

quem espalha mentiras na eleição

https://painel.blogfolha.uol.com.br/2019/08/30/f

achin-entra-na-mira-de-colegas-do-stf-risco-de-

plenario-manter-reves-a-lava-jato-e-real/

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Data: 30/08/2019

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Desenvolvimento verde

Questão ambiental deve ser tratada como

oportunidade de investimento em infraestrutura

O aumento das queimadas na Amazônia colocou

o Brasil no centro do debate mundial sobre o

clima, por maus motivos.

O descaso de Bolsonaro com o ambiente é

realmente chocante, mas, se considerarmos os

últimos cem anos, o aquecimento global ainda se

deve mais às emissões de gases efeito estufa por

países desenvolvidos do que ao desenvolvimento

de emergentes.

Ainda assim o desafio climático é global e requer

ação imediata por parte de todos, com

contribuições maiores dos países mais ricos,

devido ao seu histórico ambiental e à maior

renda per capita.

Do ponto de vista econômico, o combate ao

aquecimento global pode abrir uma nova frente

de investimentos, gerando uma "destruição

criadora" do atual modo de produção e consumo

mundiais, em prol de padrões mais sustentáveis.

No passado, guerras e militarismo foram grandes

indutores de investimentos e transformação

econômica, mas com grande custo humano.

Felizmente essa "saída" de crises não é mais

possível hoje.

O combate ao aquecimento global pode ser o

equivalente econômico do século 21 às guerras

do século 20, só que sem custo humano e com

melhoria do padrão de vida de todos.

Traduzindo do economês: combater o

aquecimento global pode gerar mais

investimento e empregos em reflorestamento,

preservação de rios e oceanos, reciclagem,

geração de energia renovável, transporte urbano

e, principalmente, renovação de toda a

infraestrutura existente para maior "eficiência

ambiental" (menos poluição e menor uso de

energia por unidade produzida).

Como tudo em economia, mudar a infraestrutura

de produção e consumo tem um custo e um

benefício.

O custo é geralmente mais claro, pois sabemos

quanto pagar por cada investimento ou ação

ambiental. O benefício é mais difuso, pois o

ganho é nacional ou global, isto é, não

necessariamente apropriado por quem incorreu

no custo.

Diante desse problema, que nós, economistas,

chamamos de "externalidade", cabe geralmente

ao governo definir o preço da preservação do

ambiente e cobrá-lo da sociedade via impostos

sobre a renda corrente ou emissão de dívida (que

são impostos sobre a renda futura).

Mesmo com boas intenções ambientais, aumento

de impostos tendem a dar errado em um

contexto de lento crescimento econômico, como

evidenciou o recente fracasso de Macron ao

elevar a tributação sobre combustíveis na França.

No contexto atual de lento crescimento mundial e

baixas taxas de juro real, o caminho mais

adequado é financiar o "desenvolvimento verde"

via emissão de dívida, deixando o ajuste de

impostos para se e quando a renda se recuperar

de modo duradouro.

Propostas nesse sentido têm sido feitas nos EUA,

no âmbito dos debates entre pré-candidatos do

partido democrata às eleições presidenciais de

2020.

Chamado de "New Green Deal", a ideia é lançar

amplo programa de investimentos e regulação

ambiental para incentivar inovações e aumentar

a renda e o emprego de modo sustentável.

O mesmo tipo de iniciativa poderia ser adotado

no Brasil, acrescentando o reflorestamento da

Amazônia e da mata atlântica como prioridades

imediatas, além de renovar e melhorar a

infraestrutura urbana, gerando empregos nas

cidades.

Existe saída para nossa crise econômica, mas

isso exige pensar diferente em termos fiscais e

ambientais.

Ajuste fiscal sim, só que mais gradual em relação

ao que vem sendo feito. E tratar a questão

ambiental não só como custo mas também como

oportunidade de investimento em nova

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Data: 30/08/2019

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infraestrutura, para gerar emprego e renda de

modo sustentável no século 21.

Nelson Barbosa

Professor da FGV e da UnB, ex-ministro da

Fazenda e do Planejamento (2015-2016). É

doutor em economia pela New School for Social

Research.

https://www1.folha.uol.com.br/colunas/nelson-

barbosa/2019/08/desenvolvimento-verde.shtml

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Data: 30/08/2019

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Governo Bolsonaro acaba com subsídio da

Petrobras no gás de cozinha

Na avaliação do governo, resolução deve levar a

uma redução de preço para o consumidor

Julio Wiziack

Nicola Pamplona

BRASÍLIA e RIO DE JANEIRO

Uma resolução do CNPE (Conselho Nacional de

Política Energética) publicada nesta quinta-feira

(29) pôs fim à política de subsídio na venda do

gás de cozinha que vinha sendo praticada pela

Petrobras. A medida se tornará permanente a

partir de março de 2020.

O CNPE é um colegiado formado por ministros e

presidido pelo ministro de Minas e Energia, Bento

Albuquerque.

Com o fim da vantagem competitiva da estatal, o

governo considera que concorrentes vão se

mobilizar para importar o GLP (combustível do

gás de cozinha), a exemplo do que fez a

Copagas, que passou a importar diretamente da

Bolívia para atender o Mato Grosso.

“Esse movimento ao longo dos próximos seis

meses levará a uma redução de preço para o

consumidor final”, disse o ministro Bento

Albuquerque.

"A resolução anterior [que previa descontos] era

inócua porque a baixa renda já não se

beneficiava da diferença de preços, pagando

preços similares ao da indústria."

Com a nova resolução, o governo pretende

manobrar 37% da composição do preço,

incluindo tributos e margens de lucro na cadeia

de produção e distribuição. Isso deve levar a

uma redução de preço para o consumidor, na

avaliação do governo.

Estimativas iniciais indicam que, com a entrada

de novos competidores, o preço do gás de

cozinha deve cair de R$ 23 na refinaria para

cerca de R$ 16.

A política de redução de preço para os botijões

de 13 kg pela Petrobras vigorava desde 2005 e

foi instituída no governo do ex-presidente Lula

para ajudar as famílias de baixa renda.

No entanto, o ministro considera que essa

política distorceu preços sob o pretexto de ajudar

a baixa renda que hoje paga cerca de R$ 90 por

um botijão de gás.

Dados do ministério mostram que cerca de 70%

do gás de cozinha é vendido em botijões de 13

kg, volume muito acima do que seria consumido

se somente a baixa renda utilizasse esse insumo.

Para o governo, no passado, essa política se

justificava porque a diferença entre o preço do

gás produzido internamente e o importado era

grande.

Nesse cenário, a Petrobras praticamente

monopolizou esse mercado ao oferecer descontos

que chegaram a 74% para o distribuidor que

comprava o gás na refinaria.

“Hoje, essa diferença é de 5%”, disse

Albuquerque.

O desconto era concedido de um lado e era

compensado de outro, com preços mais elevados

para os botijões de maior volume. Para obter o

abatimento, o distribuidor tinha de comprovar

sua base de botijões, uma forma da Petrobras

de “fidelizar” esse cliente. A estatal domina

99,9% do mercado de produção e importação.

Caso a diferença entre os dois produtos fosse

eliminada hoje, com alta no preço do gás

residencial para equiparação ao industrial, o

impacto seria de R$ 1,30 por botijão, o

equivalente a alta de 1,9% sobre o preço médio

do produto, que estava em R$ 68,69 na semana

retrasada.

O valor cobrado pela Petrobras representa 35%

do valor final de venda –o restante vai para

impostos e margens.

A conta considera que, desde o último reajuste, o

preço médio do gás vendido para botijões, em

média, é de R$ 1,853 por quilo, segundo a ANP

(Agência Nacional do Petróleo, Gás e

Biocombustíveis). O valor é 5% mais barato do

que os R$ 1,953 por quilo cobrado para outros

vasilhames.

A diferença, que já chegou a ser superior a 30%,

vem sendo reduzida ao longo dos últimos meses,

como parte de política da Petrobras para "ter um

alinhamento maior" entre os dois produtos,

segundo comunicado do início de agosto.

Distribuidoras, porém, defendem que o resultado

pode ser a redução do preço, já que a estatal

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Data: 30/08/2019

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tem vendido o produto mais caro do que as

cotações internacionais.

"No momento que que o governo sinaliza com

preços mais alinhados com a paridade

internacional, dá um sinal para investidores de

que podem investir em infraestrutura e atuar

como importadores", diz o presidente do Sindigás

(Sindicato das Empresas Distribuidoras de GLP),

Sérgio Bandeira de Mello.

"E, trazendo competição, a Petrobras vai ter que

decidir se mantém os preços e perde mercado ou

se reduz seus preços para manter o mercado",

completa. Hoje, a estatal importa 20% do

consumo nacional do combustível.

Em nota técnica enviada ao Cade (Conselho

Administrativo de Defesa Econômica), a ANP diz

que a Petrobras vem praticando preços

superiores ao mercado internacional desde

novembro de 2018. Em junho, o valor cobrado

pela estatal para o envase em botijões de 13

quilos estava 46% acima da cotação do noroeste

da Europa, usada como referência pela estatal.

A diferença com relação ao mercado americano,

de onde vêm 80% das importações do produto é

ainda maior: 125%. Considerando o preço de

referência para importação pelos portos de

Suape e Santos, os dois principais pontos de

entrada, o preço da Petrobras é 50% mais caro.

A diferença ocorre, diz a ANP, porque a política

de preços da Petrobras usa como referência

médias dos últimos 12 meses, retardando o

repasse de quedas nas cotações internacionais do

produto. "Assim, tal diferencial pode se inverter

em um cenário futuro de elevação dos preços

internacionais", diz a nota técnica.

https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2019/08

/governo-poe-fim-a-politica-de-subsidio-da-

petrobras-no-gas-de-cozinha.shtml

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Data: 30/08/2019

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Nos últimos 33 anos no Brasil, pasto

aumentou e floresta encolheu

Houve perda de 89 milhões de hectares de

florestas, equivalente a cerca de 3,5 vezes o

tamanho de SP

SÃO PAULO

Desde 1985, o Brasil perdeu milhões de hectares

de florestas e ganhou praticamente a mesma

quantidade de áreas destinadas à agropecuária.

Nos últimos 33 anos houve perda de florestas na

casa dos 89 milhões de hectares, o equivalente a

cerca de 3,5 vezes o tamanho do estado de São

Paulo.

Mais da metade dessa perda, 47 milhões de

hectares, aconteceu na Amazônia. A maior parte

desse montante transformou-se em pastagem ou

em área de cultivo.

Em todo o país, as áreas agropecuárias

cresceram 86 milhões de hectares de 1985 até o

ano passado.

Os resultados da iniciativa foram apresentados

nesta quinta-feira (29) como parte do seminário

anual do MapBiomas, iniciativa que envolve

diversas ONGs e universidades (como a UFRGS e

a Universidade Estadual de Feira de Santana),

além de empresas (como o Google).

A edição anterior do MapBiomas mostrava que a

maior porção das florestas perdidas acabam

virando áreas de pastagem ou de cultivo.

De acordo com os dados mais recentes do

projeto, 59% do Brasil é composto de florestas —

em 1985 o valor era de 69%— e 31% é área de

agropecuária —o valor em 1985 era de 20%.

De acordo com Tasso Azevedo, coordenador do

MapBiomas, a análise dos dados aponta para

uma interrupção no crescimento das áreas de

pastagem, estabilização delas e até leve declínio.

Enquanto isso, terras destinadas à agricultura

cresceram nos últimos, o que mostra a transição

das áreas de pastagem para a atividade agrícola.

As informações disponibilizadas pelo MapBiomas

são originárias de imagens de satélite

posteriormente analisadas com a expertise de

diferentes laboratórios no país. Cada segmento

das imagens (pixel) é classificado num processo

que inclui aprendizado de máquina e

processamento em nuvem.

A ferramenta MapBiomas é uma iniciativa do

Observatório do Clima e monitora todos os

biomas do país: Amazônia, cerrado, pantanal,

caatinga, mata atlântica e pampa. E as

informações podem ser obtidas em nível

nacional, estadual ou municipal.

https://www1.folha.uol.com.br/ambiente/2019/0

8/nos-ultimos-33-anos-no-brasil-pasto-

aumentou-e-floresta-encolheu.shtml

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Data: 30/08/2019

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Grupo de Comunicação

Por uma resposta à altura da nossa potência

ambiental

Comissão vai ajudar o país a retomar políticas

públicas adequadas e transparentes

Natalie Unterstell

Paulo Gontijo

Gabriel Santos

Governo do Amazonas declarou estado de

emergência em função do alastramento das

queimadas em agosto. Mesmo sem nenhuma

queimada legal ter sido autorizada neste ano,

ainda assim o número de focos de calor alcançou

níveis sem precedentes.

No vizinho estado do Acre, foi a população que

reagiu rápido, depois de sofrer com problemas

respiratórios. Um grupo de Rio Branco iniciou

uma petição pela instalação da CPI das

Queimadas que já alcançou 4 milhões de

assinaturas. A urgência do tema mobilizou a

sociedade civil no Brasil e no exterior, que foi às

ruas cobrar por uma resposta à emergência

climática. E o que fez o governo?

Bolsonaro chegou atrasado. O número de

queimadas atingiu maior nível o nesta década —

acima dos 80 mil focos no Brasil e mais de 43 mil

na Amazônia— enquanto o país acumulava

milhões de reais em prejuízo. E nós estamos

apenas na metade da estação seca na região

Norte do país. Historicamente, é na segunda

metade dela que a situação piora.

O que nos levou ao nível de emergência não

foram ventos fortes associados a extremos

climáticos. Também tem pouco a ver com o uso

produtivo: em geral, quem realiza atividades no

ambiente amazônico costuma dominar técnicas

de manejo do fogo ou fazer agricultura sem

queimar. Segundo a bióloga Erika Berenger, da

Universidade de Oxford, a Amazônia não sofre

incêndios espontâneos. De acordo com os nossos

melhores climatologistas, este não é um ano de

seca em função de eventos climáticos.

Queimadas iniciadas de forma intencional e

criminosa são a causa e têm como objetivo

arrebatar ilegalmente terras públicas. A sensação

de impunidade motivou e cresceu a olhos vistos,

uma vez que os principais interlocutores do

governo com a sociedade afirmaram para quem

quisesse ver, ler ou ouvir, o intento de acabar

com a fiscalização e o cumprimento das leis

ambientais. Um governo que se elegeu com o

discurso de combate à corrupção, fecha os olhos

para as ilegalidades ambientais e se torna aliado

e protetor de quem destrói a biodiversidade do

país.

Até hoje, o Ministério do Meio Ambiente não

apresentou nenhuma estratégia, plano ou política

pública para cuidar da nossa biodiversidade. O

orçamento destinado à prevenção e ao controle

de queimadas foi cortado pela metade neste ano.

Distribuídos nos estados, a maioria dos cargos de

superintendentes do IBAMA continuam vagos por

decisão do ministro.

Os planos de controle do desmatamento

sumiram. A área responsável por adaptação

climática foi excluída da estrutura e hoje não há

um único servidor cuidando do assunto. E há um

forte negacionismo do conhecimento já

acumulado por instituições na gestão das

florestas e na agricultura de vanguarda. Todos

esses fatores já ameaçam o acordo entre o

Mercosul e a União Europeia, para o qual o

compromisso ambiental é essencial.

Diante da inação governamental e da falta de

diálogo, os movimentos cívicos Acredito, Agora! e

Livres propuseram uma resposta imediata, com

base nas milhões de assinaturas, pedindo

providências concretas. Propõe-se a instalação de

uma comissão externa, que terá papel

fiscalizatório, envolvendo as duas casas

legislativas federais sobre o Ministério do Meio

Ambiente. Precisamos que o Brasil priorize uma

política ambiental efetiva e eficiente.

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Data: 30/08/2019

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Grupo de Comunicação

Não é sobre colocar agentes públicos para apagar

fogo, tampouco proibir por decreto as queimadas

—que mais parece uma ação para inglês ver. O

verdadeiro desafio é assegurar que, em matéria

ambiental, o poder público aja com

responsabilidade e transparência. O Brasil, país

megadiverso e rico em natureza, só se tornará a

potência ambiental que é se tiver política pública

adequada para isso.

Natalie Unterstell é mestre em política pública

pela Universidade de Harvard e co-fundadora do

Agora!; Paulo Gontijo é empreendedor e

presidente do Livres; Gabriel Santos é advogado

e coordenador do Acredito/Acre

https://www1.folha.uol.com.br/ambiente/2019/0

8/por-uma-resposta-a-altura-da-nossa-potencia-

ambiental.shtml

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Data: 30/08/2019

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Grupo de Comunicação

Mônica Bergamo: Convite de Doria a Moro é

visto como desastre por aliados

Ministro da Justiça é visto como persona non

grata no universo político

A informação de que João Doria (PSDB-SP)

poderia convidar Sergio Moro para integrar sua

equipe caso o ministro da Justiça deixasse o

governo de Jair Bolsonaro causou forte reação

nos partidos que apoiam o tucano —e podem

seguir com ele na eleição de 2022.

RECADO

Moro é persona non grata no universo político —e

a ideia de convidá-lo para o governo paulista foi

vista como desastrosa. A insatisfação foi

transmitida a Doria.

PAREDE

Além do perfil antisistema político, Moro, em SP,

faria sombra à candidatura presidencial do

governador.

ESTRANHO...

Entre líderes de partidos que apoiam o tucano há

descontentamento também em relação ao

convite para o deputado Alexandre Frota entrar

no PSDB.

...NO NINHO

Eles afirmam que Doria, abraçando ex-

bolsonaristas, surfa em uma agenda radical que

já tem dono —o próprio Bolsonaro.

DE VOLTA

O julgamento do ministro Aroldo Cedraz, do TCU

(Tribunal de Contas da União), deve voltar à

pauta do STF (Supremo Tribunal Federal) na

terça (3). O ministro Edson Fachin já votou pelo

afastamento dele do cargo até o encerramento

da ação penal.

NO MEIO

O debate deve rachar a 2ª Turma, onde tramita a

acusação de tráfico de influência.

CAMA DURA

Preso há uma semana na custódia da Polícia

Federal de Curitiba, o ex-diretor jurídico da

Odebrecht Maurício Ferro tem passado algumas

noites em um colchão no parlatório. O local é

reservado para conversas dos presos com seus

advogados, que falam com eles por uma janela

de vidro.

CELA ESPECIAL

Ferro, que é genro de Emílio Odebrecht, patriarca

da família, teve que dormir no local porque não

havia cela em que ele pudesse ficar sozinho. A PF

prefere deixar os presos isolados para evitar

representações junto à OAB.

NÔMADE

Ferro é retirado do local em dias de visita ou

quando há muitos advogados para falar com seus

clientes. Nesses momentos, ele fica com outros

presos.

SOLTA O SOM

A cantora Maria Bethânia se apresentou na festa

de 50 anos da Natura, na Casa Natura Musical,

em SP, na quarta (28). O rapper Emicida e a

cantora Vanessa da Mata compareceram, assim

como a atriz Fernanda Torres. Os cofundadores

da empresa, Guilherme Leal, Luiz Seabra e Pedro

Passos passaram por lá.

VESTIU A CAMISA

A única torcida organizada do Poços de Caldas

Futebol Clube (MG) em atividade diz que o

goleiro Bruno, recém-contratado pelo time, “com

certeza” terá o seu apoio e que vai bolar algum

canto de arquibancada para o atleta.

OLÉ

“Gritos e cantos sempre tivemos, mas buscamos

renovar a cada ano. Agora, não será diferente. O

mesmo vale para o Bruno. Vamos bolar algo,

sim”, diz Leonardo Santos, diretor da torcida

Kuatiloko, fundada em 2007.

MILHO

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Data: 30/08/2019

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Grupo de Comunicação

Ex-jogador do Flamengo, Bruno Fernandes de

Souza foi condenado em 2010 pelo homicídio de

sua ex-companheira Eliza Samudio. A pena

imposta foi de 20 anos e 9 meses em regime

fechado. Ele conseguiu progressão para o regime

semiaberto e foi solto em 19 de julho.

TAMO JUNTO

"Claro que [a contratação de Bruno] gera

polêmica e até mesmo revolta na sociedade. Aqui

na cidade, não foi diferente. Há os que criticam e

os que são a favor”, afirma Santos. “Nossa parte

como torcida é apoiar o clube em quaisquer

circunstâncias.”

PÁGINAS

O novo livro do jornalista britânico Malcolm

Gladwell, “Falando Com Estranhos”, será lançado

no Brasil em novembro pela Sextante. A obra,

que foi indicada pela apresentadora americana

Oprah Winfrey como leitura obrigatória, já teve

os direitos vendidos para outros 26 países.

CHEQUE

Henrique Prata, presidente do Hospital de Amor,

vai reunir os representantes de empresas

parceiras de incentivos fiscais da instituição para

o evento anual de prestação de contas de 2018,

na próxima segunda (2).

COFRE VAZIO

Ele vai informar que o valor arrecadado, de R$

69,4 milhões, caiu em relação ao ano anterior.

Segundo Prata, o montante não foi suficiente

para custear o funcionamento e a manutenção de

todas as 34 unidades do hospital espalhadas pelo

Brasil. O objetivo é arrecadar 10% a mais em

2019.

ELE MERECE

O advogado e ex-deputado Sigmaringa Seixas

receberá o título de doutor honoris causa (post

mortem) do IDP (Instituto Brasiliense de Direito

Público). A instituição, que tem entre os sócios o

ministro Gilmar Mendes, do STF (Supremo

Tribunal Federal), fará a homenagem no

Congresso de Direito Constitucional que realiza

no fim de outubro, em Brasília.

PARA TODOS

O dono da construtora Cyrela, Elie Horn, o CEO

da Record TV Internacional, Marcelo Cardoso, a

apresentadora Patrícia Abravanel, sua mãe, Íris

Abravanel, e o CEO da Record, Marcus Vinícius

Vieira, foram ao jantar oferecido pelo secretário

de Comunicação da Presidência da República,

Fábio Wajngarten, e sua mulher, Sophie, em SP.

O evento, que incluiu palestra de Fábio Silva

sobre voluntariado, reuniu ainda o empresário

Luciano Hang, da Havan, e a bispa Sônia

Hernandes, e também Paulo Saad, vice-

presidente do Grupo Bandeirantes, e Neusa

Tahan.

CURTO-CIRCUITO

O advogado Sérgio Rosenthal coordena hoje o

30º Colóquio sobre o STF, em Campos do Jordão

(SP). O evento terá participação de Gilmar

Mendes, Carlos Ayres Britto e Dias Toffoli.

Eugênio Pacelli, Nefi Cordeiro e Sebastião dos

Reis Júnior lançam hoje o livro “Direito Penal e

Processual Penal Contemporâneos”.

https://www1.folha.uol.com.br/colunas/monicabe

rgamo/2019/08/convite-de-doria-a-moro-e-visto-

como-desastre-por-aliados.shtml

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Data: 30/08/2019

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Grupo de Comunicação

Não é nada pessoal, é a realidade, diz

Bolsonaro após ataque a Doria

Um dia antes presidente disse que governador

paulista 'mamou' em governos do PT

Fábio Fabrini

BRASÍLIA

O presidente Jair Bolsonaro (PSL) tentou

amenizar nesta sexta-feira (30) o tom de suas

críticas ao governador de São Paulo, João Doria

(PSDB), pela compra de um jatinho com juros

subsidiados do BNDES (Banco Nacional de

Desenvolvimento Econômico e Social) durante os

governos federais do PT.

Em entrevista, ele disse que sua posição em

relação ao negócio feito pelo tucano “não é nada

pessoal”. “Não estou atacando em hipótese

alguma o João Doria, estou mostrando a

realidade.”

Bolsonaro, no entanto, procurou novamente

vincular Doria às gestões petistas. O tucano é

potencial adversário dele nas eleições de 2022. O

tucano tem feito uma série de críticas indiretas à

atuação do presidente.

“No passado, quem era amigo do PT tinha

facilidade no governo. Não foi ilegal a compra do

jatinho dele, por R$ 40 milhões. Imoral é a taxa

de juros, porque, com todo o respeito, se você

precisasse fazer a mesma coisa, não ia

conseguir. Não era amigo do rei”, comentou.

Um dia antes, Bolsonaro havia dito em vídeo que

Doria havia "mamado nas tetas do BNDES", em

referência à compra de jatinho a juros

subsidiados do BNDES.

Doria reagiu nesta sexta, na Alemanha. "Nunca

precisei mamar em teta nenhuma", disse o

governador tucano. "Não vou entrar nessa

polêmica", afirmou.

"Essa informação já era pública. Já tínhamos

comprado, assim como o Luciano Huck, e não

tinha nenhuma caixa preta", disse Doria, citando

o apresentador de TV, que também é visto como

possível candidato nas próximas eleições

presidenciais.

Doria também reagiu à declaração de Bolsonaro

de que é "amigão do Lula, da Dilma". "Quero Lula

e Dilma distantes, se possível do Brasil, até. Que

fiquem onde estão, Lula na prisão e Dilma no

ostracismo."

Questionado sobre se Bolsonaro estaria

antecipando a campanha presidencial de 2022, o

governador disse que "não é hora de antecipar a

campanha. Continuo focado na administração de

São Paulo".

Segundo Doria, o presidente não deve ter tido a

intenção de atacá-lo, porque o caso da compra

dos jatos "não tem problema nenhum". "Não

devolvo a ofensa nem vou entrar dentro dessa

linha de confronto."

O BNDES divulgou neste mês uma lista com 134

contratos de financiamento de jatos executivos

da Embraer a juros subsidiados, no valor total de

R$ 1,9 bilhão.

A empresa Doria Administração de Bens, do

governador paulista, é uma das citadas, com um

empréstimo de R$ 44 milhões. Segundo o

governador, o financiamento é normal como

parte de uma competição internacional e

garante empregos e investimentos no Brasil.

Já Huck pegou R$ 17,7 milhões com o BNDES

por meio do Finame (Financiamento de Máquinas

e Equipamentos). O empréstimo se deu em 2013

por meio da empresa Brisair, da qual é sócio

junto com sua mulher, Angélica Huck.

Huck disse, em texto enviado à coluna da Mônica

Bergamo na semana passada, que o empréstimo

que fez junto ao BNDES para comprar um avião

foi "transparente, pago até o fim, sem atraso".

Não há indícios de ilegalidades nos empréstimos,

o que Bolsonaro reconheceu no vídeo.

PONTOS DE DISTANCIAMENTO ENTRE DORIA E

BOLSONARO

Corrupção

Governador não mantém na equipe membros

importantes com acusações de irregularidades,

mesmo sem provas. Caíram assim Gilberto

Kassab (Casa Civil), antes de assumir, e Aloysio

Nunes (InvestSP). Enquanto isso, o ministro do

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Data: 30/08/2019

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Grupo de Comunicação

Turismo, implicado no laranjal do PSL, segue no

cargo

GP Brasil

O presidente faz campanha aberta para tirar o GP

Brasil de Fórmula-1 de São Paulo para o Rio,

embora haja impedimentos técnicos. Doria

rejeita a ideia e diz que vai brigar para que a

prova siga em Interlagos

Ditadura

Bolsonaro sugeriu que o pai do presidente da

OAB não desapareceu na ditadura, e sim foi

morto por colegas de luta armada. Ele o fez sem

provas e sofreu críticas. Já Doria reagiu e criticou

o presidente, até porque teve o pai cassado pelo

regime de 1964

Moro

Desde que Sergio Moro entrou na linha de tiro

pelo caso The Intercept, Doria vem distribuindo

afagos ao ex-juiz. Já Bolsonaro tem subido a

temperatura da fritura do seu ministro, a ponto

de aliados do governador defenderem convidá-lo

para integrar seu governo.

Nepotismo

O tucano disse que não nomearia parente para

cargo público, ao comentar a indicação de

Eduardo Bolsonaro, filho do presidente, para

ocupar a embaixada do Brasil em Washington

Extremismo

Em entrevista na China, Doria defendeu a

moderação e o centrismo na política como um

desejo da sociedade, e disse esperar que

Bolsonaro retomasse o caminho do diálogo após

uma série de declarações e acenos à fatia mais

radical de sua base eleitoral

https://www1.folha.uol.com.br/poder/2019/08/n

ao-e-nada-pessoal-e-a-realidade-diz-bolsonaro-

apos-ataque-a-doria.shtml

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Data: 30/08/2019

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ESTADÃO Nova regra pode colocar Petrobrás entre as

maiores pagadoras de dividendos da Bolsa

Segundo especialistas, contudo, dividendos mais

robustos só devem ser depositados a partir de

2021

O Estado de S.Paulo

O conselho de administração da Petrobrás

aprovou nesta semana uma nova política de

remuneração aos acionistas. A alteração tem

potencial de colocar a empresa entre as maiores

pagadoras de dividendos da Bolsa. No entanto,

especialistas pedem paciência aos investidores,

uma vez que, para que a nova tabela entre em

vigor, a companhia precisa reduzir seu

endividamento bruto abaixo de R$ 60 bilhões. E

segundo os analistas do mercado, isso não deve

acontecer antes de 2021.

Pela nova diretriz, a Petrobrás passa a

condicionar sua dívida bruta como parâmetro

para pagamento de proventos aos investidores

que detém ações preferências (PN) da

companhia. Assim, se a dívida bruta da petroleira

estiver abaixo de US$ 60 bilhões, incluindo os

compromissos relacionados a arrendamentos

mercantis, a empresa poderá distribuir 60% da

diferença entre o fluxo de caixa operacional e os

investimentos.

Por outro lado, caso o valor da dívida bruta

esteja acima de US$ 60 bilhões, a Petrobrás

poderá distribuir os dividendos mínimos

obrigatórios previstos em lei e no Estatuto Social,

o que acontece hoje.

Os dividendos são parte do lucro das empresas

distribuído periodicamente aos acionistas.

Geralmente, empresas que são boas pagadoras

estão em estágio de crescimento avançado, não

necessitando de tantos investimentos para

financiar sua expansão.

Bem recebida

A novidade agradou o mercado. Os analistas

reiteraram o comunicado divulgado pela

petrolífera, segundo o qual a regra torna o

cálculo de pagamento de dividendos mais

objetivo e transparente para quem detém ações

preferenciais (PN) da estatal.

Em relatório, o banco Santander avalia a decisão

como positiva, uma vez que alinha melhor o

pagamento de proventos com geração de caixa,

capex (sigla em inglês para o montante

destinado ao investimento na capacidade

produtiva da empresa) e endividamento.

Segundo o Santander, a diretriz equilibra melhor

a sustentabilidade financeira e a capacidade de

investimento da estatal.

No texto, os analistas Christian Audi, Gustavo

Allevato e Rodrigo Almeida pedem paciência ao

investidor. Segundo os especialistas, não há

previsão de se baixa esse montante abaixo dos

R$ 60 bilhões em menos de dois anos.

Atualmente, a dívida bruta da Petrobrás gira em

torno de US$ 110 bilhões.

O banco Morgan Stanley é outro que comemorou

a decisão. "Saudamos a nova política de

dividendos da Petrobrás. Ela preserva a estrutura

de capital e compartilha fluxos de caixa futuros

com acionistas minoritários. Um melhor yield de

dividendos poderia fazer com que a ação da

Petrobrás negociasse nos mesmos termos de

uma grande multinacional privada do petróleo

(IOC)", apontam os analistas do Morgan Stanley.

https://economia.estadao.com.br/noticias/geral,

nova-regra-pode-colocar-petrobras-entre-as-

maiores-pagadoras-de-dividendos-da-

bolsa,70002989516

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Data: 30/08/2019

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O papel do Brasil na catástrofe climática

Em seu próprio interesse, o País deve reverter a

destruição da Floresta Amazônica

Vinod Thomas*, O Estado de S.Paulo

30 de agosto de 2019 | 03h00

O Brasil e diversos outros países deveriam

alarmar-se pelo fato de que as evidências

científicas sobre a urgência de reverter o

aquecimento do planeta estão em desacordo com

as realidades em cada região. As emissões de

dióxido de carbono (CO2), a principal fonte do

aquecimento global, vêm aumentando nos

principais países emissores: China, Estados

Unidos e Índia. Para coroar essa tendência

inquietante, o Brasil, sob o novo governo,

depara-se com um aumento dos incêndios na

Amazônia. Por estar na linha de frente dos riscos

naturais, o Brasil deve reverter a tendência do

desmatamento em prol da saúde e do bem-estar

de sua população, assim como dos países

vizinhos.

A eleição de Jair Bolsonaro no Brasil, tal como a

de Donald Trump nos Estados Unidos, adotou a

falsa premissa de que a promoção de uma ampla

“desregulamentação” do meio ambiente

impulsionaria o crescimento econômico. A

evidência clara, contudo, é que o esgotamento

do capital natural, como as florestas no Brasil, só

prejudicou o crescimento no longo prazo,

especialmente para a população de baixa renda.

Nos últimos 50 anos não houve nenhuma

retomada do crescimento no País devida à

exploração madeireira ilegal e aos incêndios

florestais. De fato, observou-se o inverso,

especialmente quando os períodos de menor

desmatamento coincidiram com um crescimento

relativamente forte, em particular na agricultura.

O sensoriamento remoto do Instituto Nacional de

Pesquisas Espaciais (Inpe) indicou um aumento

do desmatamento desde a posse do novo

governo, em janeiro. Da mesma forma, o número

de incêndios florestais de janeiro a agosto deste

ano é o maior desde 2011, com um aumento de

82% comparado ao número de 2018. As

temperaturas locais estão subindo rapidamente

acima das tendências globais, produzindo

estações mais secas no sul da Amazônia, além de

secas generalizadas que favorecem a propagação

de incêndios. O Centro Nacional de

Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais

adverte sobre um ponto de inflexão acima do

qual o ecossistema da floresta tropical poderá

entrar em colapso.

No mundo inteiro, as emissões de carbono

levaram a concentração de CO2 atmosférico

atingir 415 partes por milhão (ppm) em maio,

pressionando o aumento das temperaturas

globais. No ritmo atual das emissões, o limite

catastrófico de 450 ppm poderá ser ultrapassado

em menos de 15 anos. O Brasil, como os Estados

Unidos, vem enfrentando extremos do clima, com

temperaturas mais altas intensificando secas,

tempestades e inundações juntamente com os

sinais de elevação do nível do mar.

Diante desse cenário, é vital que o Brasil invista

fortemente em adaptação, antecipando ajustes

da economia às mudanças causadas pelo

aquecimento global. Japão, Holanda e Cingapura

são líderes na construção de defesas contra a

elevação do nível do mar. É certo que a renda

per capita dessas nações é 4,5 vezes maior que a

do Brasil, mas, infelizmente, a mudança climática

não leva em conta as diferenças de renda entre

os países. Em todo caso, as nações com renda

média e baixa pagam um preço mais elevado

pelas consequências traduzidas por mortes e

destruição.

Visto sob a perspectiva dessa realidade, o Brasil

não tem atuado de modo suficiente para reforçar

suas defesas contra as mudanças do clima. A

prioridade das despesas com gestão dos

desastres naturais deve aumentar de modo

significativo, talvez multiplicar. Uma das

principais ameaças que o Brasil enfrentará é o

provável impacto na produção agrícola causado

pela mudança nos padrões pluviométricos no

cinturão de grãos do Centro-Oeste do País. O

desmatamento em larga escala na Amazônia

certamente afetará o clima em proporções

continentais. É urgente ampliar a resiliência da

agricultura, da pesca e dos sistemas de saúde e

energia.

No entanto, a adaptação sem mitigação para

descarbonizar as economias não acompanhará o

ritmo das mudanças climáticas descontroladas.

Todos os países, mas especialmente os maiores

emissores – China, Estados Unidos e Índia –

precisam substituir os combustíveis fósseis por

fontes de energia renováveis. As notícias boas

são de que a energia solar fotovoltaica e a

energia eólica, ambas não emissoras de carbono,

se tornaram as principais opções em todo o

mundo. O custo médio dessas fontes de energia

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Data: 30/08/2019

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renovável se situa agora na faixa de custo dos

combustíveis fósseis.

Mesmo assim, os combustíveis fósseis

correspondem a mais de dois terços da

necessidade global de energia. Uma razão é ser

ainda baixo o uso da energia renovável no

transporte, nas residências e nos processos

industriais. As políticas destinadas à promoção

das energias renováveis e da eficiência

energética na indústria e nos edifícios são

esparsas. Além disso, o CO2 relacionado à

energia também vem aumentando por causa do

maior consumo de combustíveis fósseis,

incentivado por subsídios governamentais. Em

termos globais, esses subsídios em 2018

totalizaram cerca de US$ 400 bilhões.

Os riscos de catástrofes maiores e mais

frequentes causadas pelos desequilíbrios do clima

nos impõem tomar medidas imediatas. Nosso

prazo para agir são os próximos anos, na

vigência dos atuais governos. As mudanças no

Brasil poderão ser ainda mais dramáticas pela

possibilidade de a Amazônia, sem controle do

desmatamento, deixar de ser um reservatório de

carbono fixado na floresta para ser uma grande

fonte emissora, afetando a saúde, o bem-estar e

a economia dos brasileiros e seus vizinhos.

China, Estados Unidos e Índia devem promover

uma mudança radical e substituir os

combustíveis fósseis por energias renováveis. E o

Brasil, por compromisso com seu próprio futuro,

deve reverter a destruição da Floresta

Amazônica.

*Ex-diretor do Banco Mundial no Brasil e autor de

‘o brasil visto por dentro’ (josé olympio, 2006), e

‘climate change and natural disasters’(routledge,

2018). E-mail: [email protected]

https://opiniao.estadao.com.br/noticias/espaco-

aberto,o-papel-do-brasil-na-catastrofe-

climatica,70002988790

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Data: 30/08/2019

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'Nunca mamei em teta nenhuma', diz Doria

após ataque de Bolsonaro

Em live na quinta, presidente voltou a questionar

compra de avião pelo tucano com financiamento

do BNDES

Célia Froufe, O Estado de S. Paulo

BERLIM - O governador de São Paulo, João Doria,

disse nesta sexta-feira, 30, que nunca precisou

contar com benesses durante sua carreira, em

uma resposta ao presidente Jair Bolsonaro. Em

live na quinta à noite, Bolsonaro afirmou que

Doria "estava mamando" no governo do PT,

referindo-se, mais uma vez, à compra de aviões

com financiamento do BNDES. "João Doria,

comprou também? Explica isso aí. Só peixe,

amigão do Lula e da Dilma." Em Berlim, o

governador foi questionado pelo Broadcast se

manteria alguma relação de amizade com os ex-

presidentes do PT. "Não, ao contrário. Tenho

posição bem distinta. Nunca precisei mamar em

teta nenhuma."

Ainda sobre os ex-presidentes Luiz Inácio Lula da

Silva e Dilma Rousseff, ele continuou: "Quero

Lula e Dilma distantes. Se possível, do Brasil até.

Que fiquem, se possível, onde estão: Lula na

prisão e Dilma no ostracismo", afirmou.

Doria foi abordado por jornalistas brasileiros em

Berlim, na Alemanha, onde está para participar

de uma apresentação da Volkswagen sobre

compartilhamentos de veículos. Na véspera, ele

estava em Wolfsburg, sede mundial da

montadora alemã, que confirmou o investimento

de R$ 2,4 bilhões em plantas para São Paulo de

um total de R$ 7 bilhões já anunciados

anteriormente.

No início da entrevista, o governador disse que

não entraria na polêmica com o presidente e que

responderia de forma "serena e equilibrada" à

questão. "O financiamento do avião que

compramos, um Legacy 650, foi feito juntamente

com outros 135 financiamentos de aviões

executivos para empresas brasileiras e

internacionais. É assim no mundo: os

competidores da Embraer também financiam os

aviões executivos e com isso gerou empregos,

impostos e oportunidades para brasileiros aqui

por meio da Embraer, que disputa o mercado

mundial com outros três competidores", afirmou.

Para o governador, não há problema em divulgar

a informação, que já era pública. "Assim como no

caso de Luciano Huck", acrescentou. O

apresentador de televisão também já havia sido

mencionado por Bolsonaro e, assim como Doria,

é um potencial candidato à próxima eleição

presidencial. "Luciano Huck, que teta hein? Sou o

último capitulo do caos?! Não foi ilegal a compra

(de Huck), reconheço, mas só pra peixe", disse o

presidente.

Doria afirmou que, além de não haver

irregularidade dos financiamentos, a informação

não revela "nenhuma caixa preta". "Até porque o

financiamento foi feito pelo BNDES junto à

Embraer, não apenas para estes que foram

divulgados como para outros também, é normal",

defendeu. "Faz parte de uma competição

internacional e a Embraer deve ter financiamento

feito pelo BNDES; não há irregularidade nisso",

acrescentou.

Para ele, o banco de fomento deveria divulgar os

investimentos feitos pelo Brasil em Cuba, na

Bolívia e na Venezuela. "(Sobre) Esses, como

cidadão brasileiro, quero conhecer mais

detalhes", afirmou. "É hora de fazer

administração, gestão, por isso não entro nessa

polêmica com o presidente Bolsonaro: estou

focado na gestão do Estado de São Paulo e não

devolvo a ofensa e nem vou entrar na linha de

confronto."

*A repórter viajou de Wolfsburg a Berlim a

convite da Volkswagen

https://politica.estadao.com.br/noticias/geral,nu

nca-mamei-em-teta-nenhuma-diz-doria-apos-

ataque-de-bolsonaro,70002989388

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Data: 30/08/2019

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Grupo de Comunicação

Olavo de Carvalho defende ocupação militar

da Amazônia

Ao receber homenagem em Washington, escritor

diz que Macron ‘conseguiu unir Brasil em torno

de Bolsonaro’

Beatriz Bulla, Correspondente / Washington

O escritor Olavo de Carvalho defendeu a

“ocupação militar” da Amazônia como forma de

defesa contra interferências estrangeiras e

afirmou que o Brasil “saiu ganhando muito” com

a reação internacional sobre as queimadas na

região. Na avaliação do escritor, o presidente

francês, Emmanuel Macron, “conseguiu unir o

Brasil em torno do (presidente Jair) Bolsonaro”.

Macron tem sido uma das vozes mais críticas à

política ambiental de Bolsonaro desde o G-20,

em julho, e levou o tema das queimadas na

Amazônia ao G-7, no último final de semana. Em

transmissão nas redes sociais nesta quinta-feira,

29 Bolsonaro chamou de “esmola” a oferta de

US$ 20 milhões do G-7 para ajudar a combater a

crise ambiental na Amazônia. O Planalto tenta

isolar Macron em meio à repercussão

internacional negativa sobre a política ambiental

de Bolsonaro e ao aumento nas queimadas e

desmatamento na região. Diplomatas consideram

o questionamento à política brasileira, que

ocupou a primeira página de jornais estrangeiros

no último final de semana, como a maior crise

diplomática recente do País.

“Nós devíamos ter agradecido ao senhor Macron,

que foi o grande cabo eleitoral do Bolsonaro. Saiu

tudo ao contrário do que ele esperava, se deu

muito mal. Agora, essa ideia de uma intervenção

estrangeira na Amazônia é absurda. Nenhum

governo jamais aceitaria uma coisa dessas. Ele

conseguiu unir o Brasil em torno do Bolsonaro.

Qualquer presidente que estivesse lá

representaria a unidade nacional, falaria não, nós

não queremos esses caras mandando em nós, é

muito simples”, afirmou Olavo a jornalistas, após

receber homenagem na embaixada do Brasil em

Washington.

Em maio, Bolsonaro condecorou Olavo com o

grau máximo da Ordem Nacional de Rio Branco,

de Grã-Cruz, indicado para autoridades de alta

hierarquia. Segundo o Itamaraty, a Ordem

Nacional de Rio Branco é uma comenda que o

presidente do Brasil atribui a personalidades que

“pelos seus serviços ou méritos excepcionais, se

tenham tornado merecedoras dessa distinção”.

Como o escritor vive na Virgínia, nos Estados

Unidos, a cerimônia para receber a homenagem

foi feita na embaixada em Washington.

O evento foi conduzido por Nestor Forster –

encarregado de negócios em Washington, atual

chefe da embaixada brasileira. Amigo pessoal de

longa data do escritor, Forster é um diplomata

considerado alinhado com a chamada ala

ideológica do governo Bolsonaro. Ele foi

responsável por apresentar o chanceler, Ernesto

Araújo, a Olavo de Carvalho.

Forster está encarregado pela embaixada do

Brasil em Washington desde meados de junho,

quando foi promovido ao primeiro escalão da

carreira de diplomata. A cadeira de embaixador

estava vaga desde o início do mês, com a volta

do então embaixador, Sérgio Amaral, ao Brasil. A

expectativa na embaixada era de que Forster,

considerado um diplomata alinhado com o

governo Bolsonaro, fosse o nomeado para o

cargo. Em julho, no entanto, o presidente

anunciou o desejo de indicar o filho Eduardo

Bolsonaro, deputado federal pelo PSL-SP, para a

vaga.

Ao falar com jornalistas ao final do coquetel em

que recebeu a homenagem, Olavo disse que

“medidas legais e fiscalização” não adiantam

para defender a Amazônia de interesses

estrangeiros e defendeu a “ocupação militar”.

“A única coisa que adianta é o que ele disse, tem

que mandar o exército para lá. O resto tudo não

adianta, medidas legais, fiscalização, nesse

sentido, também não adianta, aquilo tem que ser

ocupado militarmente. A Amazônia é nossa e tem

que afirmar o poder nacional lá e acabou. A

ocupação militar é fundamental, você não pode

deixar um território à mercê de um invasor

estrangeiro e reclamar que eles estão indo lá. A

presença da autoridade é a base, é o negócio do

olho do dono”, afirmou o escritor.

Questionado se corrobora a ideia de que há

ameaça de uma invasão estrangeira na

Amazônia, o escritor criticou “ONGs e empresas”

que, segundo ele, têm uma “influência terrível”,

sem dar detalhes. Ele também voltou a criticar a

imprensa nacional e estrangeira.

Durante o discurso na cerimônia que o

homenageou, Olavo de Carvalho disse que

considera Bolsonaro o “melhor presidente que

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Data: 30/08/2019

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Grupo de Comunicação

nós já tivemos” pela sua “honestidade”. “Não

tenho menor ideia de quais são ideias políticas

dele. Ah, é a ideologia dele? Não tenho menor de

ideia de qual é a ideologia dele. Mas eu sei que

ele é um sujeito honesto e que vai dar o melhor

de si para resolver os problemas reais e isso ele

realmente está fazendo. E eu considero então

que o meu trabalho é um pedacinho deste

governo”, afirmou. O escritor, que rejeita o rótulo

de guru de Bolsonaro, disse que irá “continuar

ajudando em tudo o puder” o governo.

Antes dele, Forster fez um discurso de

homenagem de quase 20 minutos. “O professor

venceu a ditadura esquerdista que dominava a

vida intelectual brasileira até poucos anos atrás,

fingindo possuir o monopólio do que poderia ser

pensado”, disse o diplomata, que se referiu ao

escritor como “querido amigo”. Forster ainda

afirmou que a homenagem não era “apenas” do

presidente, do chanceler e “de todo o Itamaraty”,

mas de “todos os brasileiros de bem que,

cansados de ver a pátria aviltada e assaltada por

criminosos, saíram às ruas em protesto com

cartazes em que proclamavam 'Olavo tem

razão'”.

A cerimônia aconteceu na residência do

embaixador em Washington, entre pães de queijo

e brigadeiros. Depois, um pequeno grupo

permaneceu para um jantar oferecido a Olavo e

sua família. O cardápio incluiu uma entrada de

nome “Olavo's soup” – ou “sopa do Olavo” – em

homenagem ao convidado. O escritor permanece

em Washington até sexta-feira e deve se

encontrar com o filho do presidente deputado

Eduardo Bolsonaro e com Araújo, que estarão na

capital americana para um encontro com o

presidente Donald Trump.

https://sustentabilidade.estadao.com.br/noticias/

geral,olavo-de-carvalho-defende-ocupacao-

militar-da-amazonia,70002988874

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Data: 30/08/2019

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VALOR ECONÔMICO Fogo e desmate ameaçam negócios

florestais

Por Stella Fontes | De São Paulo

O questionamento de dados do Instituto Nacional

de Pesquisa Espacial (Inpe) pelo presidente Jair

Bolsonaro e o maior número de incêndios na

região amazônica nesta temporada reacenderam,

com boa dose de desinformação, o debate sobre

o avanço do desmatamento no Brasil e a atuação

das madeireiras, historicamente associadas à

destruição das florestas nativas. De fato há um

problema grave de extração ilegal no Brasil. Mas

a dimensão que o assunto ganhou nas últimas

semanas, e a confusão entre exploração legal e

irregular, trazem riscos para o comércio de

madeira nativa certificada e para o segmento de

florestas plantadas, que juntos faturam mais de

R$ 100 bilhões ao ano e alcançaram posição de

protagonismo global justamente por causa do

manejo sustentável.

A madeira oriunda de floresta nativa brasileira

representa cerca de 10% da produção total do

insumo, hoje fortemente baseada no plantio de

eucalipto e pinus, diz o sócio diretor do grupo

Index e da Forest2Market do Brasil, Marcelo

Schmid. Segundo dados do Instituto Brasileiro de

Geografia e Estatística (IBGE) compilados pela

consultoria americana, enquanto a produção de

madeira a partir de florestas plantadas foi de

216,7 milhões de metros cúbicos em 2017, a de

madeira nativa ficou em 35,6 milhões de metros

cúbicos. "A tendência é cada vez mais plantar

pinus e eucalipto", avalia.

Espalhados em diferentes regiões, são 7,8

milhões de hectares de árvores plantadas no

país, dos quais mais de 6 milhões certificados

com selos como o do FSC (do inglês Forest

Stewardship Council), que, especialmente na

Europa, funciona como pré-condição para o

comércio de produtos florestais. Além disso, para

cada hectare de plantio, há 0,7 hectare de

conservação, segundo números da Ibá,

associação que reúne as empresas de base

florestal.

A maior parte dessa madeira abastece os

produtores de papel e celulose, mas fabricantes

de painéis e pisos laminados, fornecedores de

carvão vegetal para a indústria siderúrgica e de

produtos sólidos de madeira também são

consumidores. O mercado externo tem baixa

representatividade no comércio de toras. No ano

passado, segundo a Forest2Market, as

exportações de toras de eucalipto ficaram em

234 mil toneladas, e 90% do total foi destinado à

China.

Da área total plantada no país, 35% pertencem

aos produtores de celulose e papel, 30% estão

nas mãos de produtores independentes, 13% são

destinados à produção de carvão vegetal, 9%

estão com investidores financeiros, 6% atendem

à fabricação de painéis de madeira e pisos

laminados e 7% são transformados em produtos

sólidos de madeira e outros fins.

Há uma semana, a Ibá alertou que as ações de

desmatamento e incêndio ilegais na Amazônia

iriam custar caro ao país, em carta aberta

assinada por seu presidente, Paulo Hartung. "São

irresponsáveis e não representam a mentalidade

de um mundo moderno, conectado com a

bioeconomia, que tanto buscamos e vai custar

caro ao Brasil, para o mundo e para as próximas

gerações", disse.

O estrago pode ser significativo. Os produtos

florestais são o terceiro item da pauta de

exportações do país, atrás apenas de soja e

derivados e carnes, com embarques de US$ 14,2

bilhões em 2018, segundo dados da Secretaria

de Comércio Exterior (Secex) compilados pelo

Ministério da Agricultura. O valor, 23% maior do

que o registrado no ano anterior, é bem maior do

que o que se exporta de açúcar e etanol e café,

por exemplo.

De acordo com Marcelo Schmid, da

Forest2Market, a desinformação é, neste

momento, o problema mais grave para a

indústria brasileira de base florestal. "O

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Grupo de Comunicação

desmatamento é ilegal e precisa ser combatido.

Mas a falta de informação acaba contaminando

todo o setor", afirma ele, acrescentando que a

situação atual impõe riscos à imagem e aos

negócios - legais - na área.

Para a diretora-executiva do FSC Brasil, Aline

Tristão Bernardes, o momento é delicado e é

preciso diferenciar desmatamento e manejo

florestal responsável. "O papel consumido nesse

país não vem de floresta nativa. São árvores

plantadas para esse fim, que promovem o

emprego e geram renda", afirma. "O Brasil é

líder mundial nesse sentido e é preciso cuidado

com os discursos que levam a retrocessos".

Quase 90% da certificação FSC no Brasil diz

respeito a plantios de pinus ou eucalipto, mas

tudo o que vem da floresta, nativa ou plantada, é

certificável. Nos últimos anos, o setor garantiu

uma plataforma de diálogo sobre o uso das

florestas, incluindo as comunidades no debate,

mas há temores crescentes. Entre eles está o

Projeto de Lei 2.362, do senador Flávio

Bolsonaro, que revoga todo o capítulo que trata

da reserva legal no Código Florestal.

Se a proposta passar, alerta Aline, haverá uma

inundação no mercado de madeira "legal",

mesmo que proveniente de desmatamento, e que

não receberá o selo do FSC - o órgão não

certifica nada que venha de área desmatada

depois de 1994, dois anos depois da Eco-92,

quando foi lançado seu embrião. "O mercado

está questionando o aumento do desmatamento,

mas o país tem as ferramentas para garantir o

bom uso de suas florestas, em especial a

Amazônia", afirma a diretora do FSC.

Há duas semanas, o presidente da Suzano,

Walter Schalka, convocou as empresas de base

florestal a elevar o nome do setor globalmente.

"Temos de aumentar a nossa voz. Não podemos

permitir o desmatamento da floresta amazônica",

afirmou. A Ibá, na carta aberta, destaca que

seria positivo se o governo abrisse um canal de

diálogo com o setor para, em conjunto, "discutir

e propor soluções urgentes, sem levar o debate

para o lado do partidarismo ou viés ideológico

(...) Chegamos em um momento em que é

preciso ações integradas para garantir o

desmatamento ilegal zero na Amazônia e no

Brasil. Defender o meio ambiente e o futuro do

Brasil é de responsabilidade de todos nós".

https://www.valor.com.br/agro/6413907/fogo-e-

desmate-ameacam-negocios-florestais

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Data: 30/08/2019

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Grupo de Comunicação

Madeira nativa é destinada ao Sul e Sudeste

do país

Por Marina Salles | De São Paulo

Apesar de ter a maior floresta do mundo, o Brasil

responde por apenas 1,6% do mercado de

exportação de madeira nativa. O segmento é

liderado pelo Canadá, que tem participação de

22% em uma movimentação total da ordem de

US$ 35 bilhões por ano, de acordo com Rafael

Mason, presidente do Centro das Indústrias

Produtoras e Exportadoras de Madeira do Estado

de Mato Grosso (Cipem).

Ele explica que, no Brasil, a maior parte dos

negócios se dá no mercado interno, sobretudo

com as regiões Sul e Sudeste, e que a madeira

nativa exportada pelo país, que representa

apenas 2% da produção, sai serrada ou pronta

para construção de pisos e decks na Ásia, nos

Estados Unidos, na União Europeia e no Oriente

Médio. Mason, que também é produtor, conta

que protagonismo do Brasil não é maior por

causa de dificuldades no processo de obtenção de

licenças ambientais e de desinformação sobre a

cadeia produtiva.

"Muita gente acredita que a compra de madeira

da floresta Amazônica prejudica o bioma. Mas, na

verdade, é o que garante que a floresta se

mantenha em pé", afirma. Conforme dados da

Secretaria de Meio Ambiente de Mato Grosso

(Sema), existe atividade florestal em 44 dos 141

municípios de Mato Grosso e o segmento é a

quarta maior fonte de renda do Estado. Mato

Grosso é segundo maior produtor de madeira

nativa do país, atrás apenas do Pará.

A família de Mason, que é dona da SM Agro

Florestal, trabalha há mais de 45 anos nesse

mercado e se dedica ao manejo florestal

sustentável em uma propriedade de 20 mil

hectares em Aripuanã, no centro-leste mato-

grossense. "Fazemos a retirada das árvores em

esquema de rotação, com licença de extração

válida por um ano, considerando-se o período

seco. Em uma área do tamanho de um campo de

futebol, temos permissão para tirar cinco árvores

por ano [no período seco]. Depois, essa área

precisa descansar por 25 anos até um novo

manejo".

Mauren Lazzaretti, secretária de Meio Ambiente

de Mato Grosso, informa que há duas formas de

trabalhar com manejo florestal sustentável no

Brasil. Uma delas é dentro de áreas de reserva

legal, geralmente como atividade complementar

de um produtor rural, e a outra é em fazendas

com vocação florestal, como é o caso dos Mason.

Nas duas situações, é feito um cálculo durante o

processo de licenciamento do manejo para

resguardar árvores porta-sementes, espécies

vulneráveis e também protegidas de corte. Em

situações como a da SM, Mauren afirma que

também têm de ser verificadas a reserva legal e

área de preservação permanente (APP).

Em Mato Grosso, atualmente existe manejo

florestal sustentável em 3,7 milhões de hectares,

e a Sema estima ser possível chegar a 6 milhões

de hectares em áreas privadas. Segundo o órgão,

as espécies nativas de interesse econômico, e

com maior comercialização, são o cambará (18%

do total), o cedrinho (15%) e a cupiúba (10%).

No que tange a exportação, o negócio rendeu R$

90 milhões no Estado em 2018, com a venda de

86 mil metros cúbicos de produtos de madeira

nativa, conforme o Cimpe, que tem cerca de 600

associados. No Pará, a Associação da Cadeia

Produtiva Florestal da Amazônia (Unifloresta),

que tem 165 membros, contabilizou receita de

R$ 830 milhões com a exportação de madeira

nativa e derivados no ano passado,

correspondentes a 2,7 milhões de metros

cúbicos.

Murilo Araújo, diretor e fundador da Unifloresta,

afirmou que a atividade vem crescendo com os

múltiplos esforços do segmento para corrigir

desvios e conquistar confiabilidade. Vendo a

necessidade dos importadores de checarem a

origem da madeira nativa brasileira, a Unifloresta

criou uma consultoria que presta serviço somente

a clientes estrangeiros que querem adquirir

madeira do Brasil, Bolívia e Colômbia.

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Data: 30/08/2019

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Esse programa conta hoje com 40 profissionais

de diversas especialidades. "O nosso Programa

de Verificação Legal faz a checagem dos

documentos das empresas da cadeia, verifica se

elas estão ativas, se estão na lista do trabalho

escravo, observa sua ação por imagens de

satélite e consegue levantar até a legalidade da

rota de transporte da madeira", diz Araújo.

Segundo ele, o processo elimina 85% do risco de

compras com qualquer irregularidade.

Além dessa iniciativa, a Unifloresta também

promove o Due Diligence, programa que prevê

visitas a áreas de manejo para realização de

auditorias. "Nesse caso, são engenheiros que vão

até o local, fazem uma avaliação e emitem um

laudo, que trata das práticas de manejo,

abertura de estradas etc, atendendo a padrões

regulatórios americanos e europeus", afirma

Araújo.

"De qualquer forma, o setor florestal no Brasil

ainda gera desconfiança em razão da exploração

ilegal feita por uma minoria e das acusações que

nos fazem", disse. Mencionando a divulgação dos

dados de aumento de 57% no desmatamento na

Amazônia em junho deste ano ante o mesmo

mês de 2018, pelo Instituto Nacional de

Pesquisas Espaciais (Inpe), ele se queixou da

associação feita por veículos de imprensa dos

desmates à figura do madeireiro. "Colocam na

televisão imagens de toras indiscriminadamente,

sendo que muitas dessas áreas são abertas pela

agricultura e pecuária".

https://www.valor.com.br/agro/6413909/madeir

a-nativa-e-destinada-ao-sul-e-sudeste-do-pais

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Data: 30/08/2019

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Dividendo da Petrobras pode quadruplicar Por André Ramalho | Do Rio

Os dividendos pagos pela Petrobras só vão

aumentar de forma significativa quando a dívida

da estatal cair abaixo de US$ 60 bilhões. Hoje, a

dívida está em US$ 101 bilhões, o que faz o

Credit Suisse acreditar que apenas em 2021 a

nova política de dividendos, anunciada ontem,

melhore a remuneração dos acionistas.

O banco calcula que o pagamento anual, pela

nova fórmula, alcance entre US$ 8 bilhões e US$

12 bilhões. Até lá, a estatal pagará o mínimo

legal: 25% do lucro líquido ajustado. Em 2018, a

conta atingiu US$ 1,85 bilhão. Desde 2015, a

dívida da Petrobras vem diminuindo graças à

política de desinvestimento.

Os investidores reagiram bem à nova

sistemática. Na B3, a ação ordinária (com direito

de voto) valorizou-se 3,76% e a preferencial,

3,7%.

https://www.valor.com.br/empresas/6414007/di

videndo-da-petrobras-pode-quadruplicar

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Elo comércio-ambiente vai pesar mais em

acordos

Por Assis Moreira | De Genebra

"A política comercial tornou-se um instrumento

para a política climática", avisou o presidente da

Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, diante

do presidente Jair Bolsonaro, ao anunciarem o

acordo de livre comércio UE-Mercosul, no dia 29

de junho, em Osaka (Japão).

Para Juncker, o acordo amarrava os países com

"compromissos assumidos para acabar com o

desmatamento na Amazônia, por exemplo".

Agora, a discussão sobre o futuro do tratado com

o Mercosul prossegue na agenda Europeia, no

rastro das queimadas na Amazônia e de ameaças

crescentes de alguns países de não ratificarem o

compromisso.

Na verdade, o forte vínculo entre comércio e

ambiente deverá pesar cada vez mais em

qualquer acordo comercial que o Brasil, com o

resto do Mercosul, tentar negociar.

O Canadá enfrentou nesta semana cobranças

para frear negociações de um acordo com Brasil,

Argentina, Paraguai e Uruguai. O governo de

Justin Trudeau reagiu prometendo que nas

negociações vai buscar com o Brasil uma

proteção mais forte para a Amazônia, incluindo

compromissos de reflorestamento e combate à

exploração ilegal de madeira.

A negociação de acordos comerciais com o Brasil

e o Mercosul tornou-se politicamente mais

sensível depois da chegada ao poder de Jair

Bolsonaro, que a revista "The Economist"

apontou como "provavelmente o chefe de Estado

mais perigoso no mundo para a área ambiental".

A percepção externa é de que as políticas de

Bolsonaro levam ao uso de recursos da Amazônia

em agricultura e mineração que provocam

queimadas e mais desmatamento.

Pouco antes da conclusão do acordo UE-

Mercosul, mais de 600 cientistas europeus e 340

organizações da sociedade civil se mobilizaram

pedindo para a Comissão Europeia abandonar a

negociação por verem uma deterioração

dramática na situação ecológica no Brasil. O

tamanho da oposição deverá aumentar quando a

discussão de ratificação chegar ao Parlamento

Europeu.

Na Suíça, também há repercussões políticas com

o acordo que o país acabou de concluir com o

Mercosul, como membro do EFTA (Associação

Europeia de Livre Comércio). Grupos opositores

avisaram que, se o Parlamento ratificar o tratado

EFTA-Mercosul, eles vão colher assinaturas para

um referendo popular, no qual o povo dirá se

aceita ou não esse compromisso.

Ontem o governo suíço recebeu petição com

mais de 65 mil assinaturas contra o acordo com o

Brasil. Uma questão que incomoda os suíços é

que o acordo tem cláusulas de desenvolvimento

sustentável que não são acompanhadas de

medidas de controle consideradas eficazes.

A secretária de Estado da Economia, Marie

Gabriele Ineichen-Fleisch, retrucou que a Suíça

não é favorável a sanções e prefere a cooperação

para convencer os parceiros a implementar os

compromissos.

Também no exterior alguns observadores notam

a tentativa de Bolsonaro de articular com Donald

Trump assistência à Amazônia, em contraponto à

ajuda proposta pelo G-7. Além da credibilidade

zero de Trump nessa área, os EUA são

competidores tradicionais do Brasil na

agricultura. Se a carne brasileira em algum

momento sofrer sanção na Europa, os

americanos certamente se beneficiarão dessa

situação.

Além do Canadá, o Mercosul negocia no

momento com a Coreia do Sul e Cingapura. O

governo do Japão ainda hesita em abrir

negociações com o Mercosul até agora, em razão

da forte competitividade da agricultura brasileira.

https://www.valor.com.br/brasil/6413967/elo-

comercio-ambiente-vai-pesar-mais-em-acordos

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Data: 30/08/2019

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O novo normal dos negócios é aliar lucro a

critérios mais sustentáveis de aplicação

Por Vanessa Adachi | De São Paulo

Quando 181 CEOs de empresas americanas

divulgaram no dia 19 de agosto um manifesto

indicando que a era da supremacia dos acionistas

está chegando ao fim e deve ceder espaço a um

modo de se fazer negócios que valorize

consumidores, funcionários, fornecedores e as

comunidades onde estão inseridas, o mundo dos

negócios parou para ouvir. Afinal, não é todo dia

que os chefes de algumas das maiores

companhias dos EUA, como Amazon, J.P.Morgan,

Apple, Pepsi e Walmart, se unem para declarar

que o lucro não deve ser seu único objetivo e que

as empresas, e não só os governos e as

entidades filantrópicas, são responsáveis pelo

bem-estar da sociedade.

O forte posicionamento público desses líderes

empresariais da maior economia capitalista do

mundo, embora tenha ficado por ora apenas no

campo das intenções, trouxe para o centro do

debate das rodas de negócios e finanças uma

agenda de investimentos sustentáveis e de

impacto que é cultivada por setores ainda vistos

como um nicho pelo mainstream econômico.

"Eles estão respondendo a algo no 'zeitgeist'",

disse Nancy Koehn, historiadora da Harvard

Business School ao "The New York Times", ao

comentar o manifesto. "Eles perceberam que

'business as usual' não é mais aceitável."

No domingo, dia 25, num anúncio de página

inteira no "The New York Times", um grupo de

empresas conhecidas como B Corporations

respondeu ao manifesto dos CEOs reunidos no

Business Roundtable. Sob a frase "let's get to

work" em letras garrafais, executivos e acionistas

de companhias que integram o chamado Sistema

B saudaram a novidade, mas convocaram os 181

líderes a partir para a prática.

"Somos um grupo de negócios de sucesso que

atende aos mais altos padrões de impacto

positivo verificado para nossos trabalhadores,

clientes, fornecedores, comunidades e o meio

ambiente", dizia o texto, que arrematava

afirmando que "o propósito do capitalismo é

trabalhar por todos e pelo longo prazo". Entre os

signatários do anúncio estava Guilherme Leal,

cofundador da brasileira Natura, uma das

maiores empresas B do mundo e certamente a

maior no Brasil.

O movimento de empresas B nasceu em 2006

nos EUA e hoje está presente em 64 países e

envolve quase 3 mil empresas, que foram

certificadas depois de cumprir uma série de pré-

requisitos bastante rigorosos e objetivos, como

ter uma política ambiental para contratação de

fornecedores ou não apresentar diferenças

salariais gritantes entre seus níveis hierárquicos

mais baixos e mais altos.

O manifesto dos CEOs também atraiu a fúria de

alguns ao mexer com interesses há muito

consolidados. O Council of Institutional Investors

dos EUA, que reúne fundos de pensão,

endowments e gestoras de recursos de terceiros,

declarou que prestar contas a todos significa não

prestar contas a ninguém. Na posição de

acionistas das empresas, disseram que cabe aos

governos, e não às companhias, carregar a

responsabilidade de definir e encontrar soluções

para objetivos sociais.

Em nenhum outro lugar do planeta a supremacia

do acionista imperou como nos EUA nas últimas

cinco décadas. Consolidações de grandes

negócios, corte de custos, demissões, aumento

de lucro e crescente distribuição de dividendos

definiram a fórmula do sucesso a ser replicada -

e o foi, pelos quatro cantos. Mas, num mundo em

que as desigualdades sociais e a ameaça de

desastres climáticos só fazem crescer, em que os

avanços tecnológicos eliminam postos de

trabalho e fomentam nacionalismo e xenofobia,

enquanto os governos falham em oferecer

soluções à altura dos desafios, as empresas têm

sido cada vez mais cobradas a respeito do seu

papel em perpetuar e ampliar tais distorções.

Siga o dinheiro

Todos os anos, Larry Fink, o todo-poderoso

chairman e CEO da BlackRock, maior gestora de

recursos do mundo, com US$ 6,84 trilhões sob

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seus cuidados, escreve uma carta aos CEOs das

empresas em que seus fundos investem o

dinheiro dos clientes. Nos dois últimos anos, ele

usou o espaço para chamar as empresas e seus

dirigentes a olhar para além do lucro no curto

prazo. "O lucro não é de forma alguma

inconsistente com propósito; de fato, o lucro e o

propósito estão intimamente associados",

escreveu na carta deste ano. Para ele, as

empresas que não cumprirem seu propósito e

suas responsabilidades com todos os

"stakeholders" ficarão pelo caminho.

No frigir dos ovos, Fink indicou que cada vez

mais a BlackRock utilizará tais filtros, além da

boa e velha análise de risco e retorno, na hora de

decidir em quais empresas colocar os trilhões de

seus investidores. Os CEOs do Business

Roundtable, cujas empresas estão no portfólio da

BlackRock, parecem ter entendido a mensagem.

Grandes investidores institucionais europeus,

com destaque para fundos soberanos e de

pensão dos países nórdicos, já praticam isso há

anos. E, para alguns especialistas em

investimentos, inclusive Fink, uma questão

geracional tende a impulsionar ainda mais uma

guinada nesse sentido. Segundo essa tese, os

"millennials", que já representam 35% da força

de trabalho, querem comprar, trabalhar e investir

em empresas alinhadas a seus valores.

Estima-se que, só nos EUA, cerca de US$ 30

trilhões em ativos financeiros e não financeiros

sairão das mãos dos "baby boomers" (nascidos

entre 1946 e 1964) para seus herdeiros nos

próximos 30 a 40 anos, na maior transferência

de recursos entre gerações já ocorrida. O banco

Morgan Stanley colocou a questão sob o holofote

em 2015 ao lançar uma campanha chamada

"US$ 30 trillion dollar challenge", em que

apontava que os "millenials" devem transformar

a forma como os investimentos são feitos "dado

o seu forte desejo de produzir mudanças

positivas e comprometimento em devolver à

sociedade". Não à toa, universidades de negócios

de ponta, como Harvard e Stanford, criaram nos

últimos anos cursos sobre investimento de

impacto para os herdeiros de famílias muito

ricas.

Números indicam que boa parte do dinheiro no

mundo já começou a se mover em direção a

critérios mais sustentáveis de aplicação, num

movimento liderado pelos mercados europeus,

mas que tem ganhado adeptos nos EUA, no

Canadá e no Japão, para ficar nos maiores. O

mais amplo levantamento existente, divulgado

em abril deste ano pela Aliança Global de

Investimentos Sustentáveis (GSIA, na sigla em

inglês), apontou que no início de 2018 havia US$

30,7 trilhões aplicados em ativos de investimento

sustentáveis nos cinco maiores mercados do

mundo, o que indica crescimento de 34% em

apenas dois anos (ver gráfico abaixo).

O levantamento da GSIA é abrangente porque

leva em conta um amplo espectro de ativos, com

menor ou maior grau de impacto socioambiental

positivo: desde fundos que simplesmente

excluem empresas com claro efeito social

negativo, como as de fumo ou armas, passando

por aqueles que têm como política comprar

dívida ou ações de empresas que adotam

práticas positivas nas áreas ambiental, social e

de governança, o ASG (ESG em inglês), até

chegar a fundos de impacto propriamente,

aqueles que investem em negócios cuja atividade

principal é resolver um problema social ou

ambiental.

Na Europa, que responde por 46% dos

investimentos sustentáveis do mundo, esse

conjunto de fundos já equivale a quase metade

dos ativos totais sob gestão da indústria de

recursos de terceiros, segundo cálculos da GSIA.

Nos EUA, US$ 1,00 a cada US$ 4,00 investidos já

era aplicado em fundos sustentáveis no começo

de 2018 e tudo indica que o número segue

crescendo. Um levantamento da empresa de

dados e análises da indústria de fundos

Morningstar mostrou que no primeiro semestre

deste ano os fundos americanos que adotam

critérios ASG atraíram US$ 8,4 bilhões, ante uma

captação de US$ 5,4 bilhões em todo o ano de

2018, que já havia sido um recorde.

E o avanço tem se dado desde os ativos de

curtíssimo prazo, "money market funds", que

servem para investir o caixa disponível das

empresas e famílias, até fundos de private

equity, de longa maturação.

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Em termos globais, um levantamento da Fitch

Ratings mostrou que fundos de curto prazo

(money market) que seguem critérios ASG

cresceram 15% no primeiro semestre, atingindo

US$ 52 bilhões. Embora seja ainda uma fração

dos US$ 6 trilhões alocados em fundos de curto

prazo no mundo todo, os números mostram uma

forte aceleração recente, já que em todo o ano

passado o crescimento havia sido de apenas 1%.

Na ponta oposta, tem havido uma corrida entre

os grandes gestores globais de private equity

para lançar fundos de impacto socioambiental

atendendo à demanda dos investidores. KKR,

Blackstone, TPG, Partners Group, CVC e Apollo

são algumas das casas que já captaram ou estão

em vias de captar fundos de mais de US$ 1

bilhão - ainda uma gota no oceano dos portfólios

multibilionários dessas firmas.

A Global Impact Investing Network (Giin), a

maior rede mundial de lideranças em

investimento de impacto, divulgou um estudo

neste ano que estimou que o tamanho desse

mercado no mundo todo chegou a uma cifra de

US$ 502 bilhões ao fim de 2018, geridos por

pouco mais de 1,3 mil instituições.

Propósito com lucro

Ainda há muita confusão entre investimentos

sustentáveis e filantropia. Os defensores da tese

dos investimentos de impacto ou aqueles que

seguem os critérios ASG não abrem mão do

lucro, mas propõem que é possível obter retornos

financeiros compatíveis com os de investimentos

convencionais e fazer o bem ao mesmo tempo,

algo que os mais entusiasmados se arriscam a

chamar de um novo capitalismo.

No passado, acreditava-se que investir em

fundos socialmente responsáveis significava

deixar o retorno financeiro em segundo plano,

uma vez que a adoção dos critérios limita o

universo de ações e títulos de dívida disponíveis.

Mais recentemente, no entanto, tem crescido a

percepção, amparada em números, de que a

adoção de parâmetros ASG podem ajudar o

investidor a evitar empresas que incorrem em

riscos que podem prejudicar o seu próprio

negócio no longo prazo, tais como o vazamento

de óleo da British Petroleum em 2010. A

mineradora brasileira Vale teve sua nota ASG

rebaixada por consultorias de rating em

sustentabilidade como a Sustainalytics depois do

rompimento da barragem de rejeitos de

Brumadinho, em janeiro deste ano, e suas ações

foram classificadas como proibidas por algumas

casas de gestão mais rigorosas na adoção de tais

práticas, como a holandesa Robeco, que tem um

patrimônio de € 170 bilhões.

Um estudo da Morningstar divulgado agora em

agosto mostrou que fundos europeus

classificados como sustentáveis têm desempenho

melhor do que fundos que não adotam esses

parâmetros. Mais de 34% dos fundos

sustentáveis apareceram entre os 25% mais

rentáveis de sua categoria nos 12 meses

terminados em junho - e 63% apareceram entre

os 50% de melhor retorno. Nos seis primeiros

meses de 2019, 168 fundos sustentáveis foram

lançados na Europa, ante 305 fundos criados

durante todo o ano passado. Um levantamento

semelhante da Morningstar nos EUA mostrou que

lá também 63% dos fundos sustentáveis do país

terminaram o ano passado entre os 50% mais

rentáveis de suas respectivas categorias.

No Brasil, impacto e sustentabilidade ainda

engatinham, mas têm entrado de vez na agenda

de um número cada vez maior de empresas e

investidores. Em sua segunda pesquisa de

sustentabilidade, realizada no ano passado, a

Anbima ouviu 78% da indústria de fundos,

responsável por gerir R$ 2,79 trilhões, e apontou

que 85% dos gestores levam em conta algum

critério ASG em suas análises de investimento,

com um aumento de 23 pontos percentuais sobre

o levantamento anterior, de 2016. Os critérios

adotados ainda são vagos, mas o número indica

uma tendência.

"Tenho percebido uma aceleração da demanda

do investidor. Como empresa listada, não passa

uma semana em que investidores não solicitem

uma reunião ou informações sobre rating de

sustentabilidade da empresa. Como bolsa,

também temos sido demandados pelos

investidores", diz Sonia Favaretto, diretora de

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sustentabilidade da B3. "Eu tenho dito que nada

é mais poderoso do que uma ideia cujo tempo

chegou", afirma a executiva. Há 15 anos a bolsa

tem um índice de sustentabilidade, o ISE, que

passa por constante aprimoramento. No próximo

ano, uma nova metodologia deverá ser

implementada para começar a capturar dados

públicos das empresas por meio de inteligência

artificial. De novembro de 2005, quando o ISE foi

criado, até julho deste ano, o índice acumula

uma valorização de 243%, superior aos 219%

cravados pelo Ibovespa, o principal índice de

ações da bolsa - e ambos com volatilidade muito

semelhante.

No Brasil, o Sistema B tem 160 empresas

certificadas e 4,4 mil em processo de

certificação. "É o maior número no mundo", diz

Marcel Fukayama, cofundador e diretor-executivo

do Sistema B no país. Só neste ano, 180 novos

negócios devem ser certificados. O número só

não é maior porque o processo é trabalhoso e há

um gargalo para atender a toda a demanda de

uma vez. Até agora, a maior parte das

associadas ao sistema eram empresas pequenas,

de até US$ 10 milhões de faturamento, e a

Natura sempre se destacou por ser a única

grande companhia local a figurar na lista, que

inclui também a subsidiária da americana

Laureate, de educação, a segunda maior B Corp

do mundo, e a Mãe Terra, comprada pela

Unilever.

"Agora o que nos entusiasma é a possibilidade de

escalar o nosso alcance. A maior demanda que

temos recebido é de empresas com faturamento

acima de US$ 1 bilhão e até acima de US$ 5

bilhões", diz Fukayama. Segundo o executivo, a

B3 incluiu em seu último questionário para

seleção de empresas que integram o índice de

sustentabilidade ISE algumas perguntas sobre a

adoção de cláusulas do Sistema B e isso ajudou a

impulsionar a demanda.

Pelo menos duas companhias de capital aberto

estão em processo de certificação. A varejista

Magazine Luiza e a locadora de veículos Movida,

do grupo JSL, já aprovaram em assembleia de

acionistas a alteração de seus estatutos sociais

justamente para formalizar o compromisso de

gerar benefícios para a sociedade e não apenas

para seus acionistas, uma das exigências para a

certificação como B Corp.

"Estou convicto de que o Magalu só sobreviverá

por mais 63 anos se, como empresa,

desempenhar um papel importante em prol da

sociedade e do meio ambiente. Não é o valor da

ação por si só que nos move. Ou rentabilidade.

Ou participação de mercado. Não questiono a

ideia de que o capitalismo continua a ser a mais

eficiente invenção humana para gerar riqueza,

mas negócios - e o Magazine é um deles - devem

ser guiados por um propósito maior que o de

simplesmente maximizar lucro para o acionista",

diz Frederico Trajano, CEO do Magazine Luiza. "A

busca pela certificação B está em sintonia com

essa lógica: nos preocupamos em gerar

benefícios para todos os stakeholders, e

decidimos que queremos ter certeza de que os

nossos esforços para isso estão na direção

correta." Embora esteja em curso, a certificação

da empresa ainda deve levar um tempo.

Na Movida, a proposta de obter o selo de

Empresa B foi levada por Fernando Simões Filho,

herdeiro do grupo, integrante do conselho de

administração e membro dos comitês de

sustentabilidade das empresas do grupo JSL. Ele

conta que a ideia foi prontamente abraçada pelo

CEO da companhia, Renato Franklin, e que o

processo está bastante avançado.

Simões Filho, de 32 anos, neto do fundador do

grupo e filho de Fernando Simões, CEO da JSL, é

um típico exemplo da mudança cultural e

geracional em curso. Depois de trabalhar por dez

anos nas empresas da família, em 2013 resolveu

se afastar para estudar nos Estados Unidos e não

voltou mais. "Desde a época da escola eu sentia

um incômodo por perceber que recebia um

tratamento diferenciado por ter uma condição

financeira privilegiada", conta. "Resolvi

transformar esse incômodo para tentar resolver

problemas sociais, usando o acesso que tive à

educação e os relacionamentos que construí",

completa.

Em 2015, ele e dois sócios fundaram a Bemtevi

Investimento Social para captar recursos de

investidores e aplicar nos negócios sociais.

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Diferentemente dos negócios de impacto, que

distribuem dividendos a seus acionistas, os

negócios sociais retêm o lucro gerado para

reinvestir e seus fundadores são remunerados via

salário. A ideia é que os investidores da Bemtevi

recebam o principal de volta, sem juros, abrindo

mão do retorno. A empresa não tem escritório

próprio e ocupa quatro estações de trabalho do

coworking Civi-co, voltado exclusivamente para

empreendimentos de impacto, na região de

Pinheiros, em São Paulo. O prédio envidraçado

está colado ao do Impact Hub, outro coworking

com proposta semelhante. Ambos estão lotados.

Daniel Izzo é cofundador e CEO da primeira

gestora de fundos de impacto do país, a Vox

Capital, criada em 2009 ao lado de Antonio

Ermírio de Moraes Neto e, portanto, um dos

profissionais mais experientes da área no Brasil.

Para ele, a crise econômica dos últimos anos

retardou o avanço do segmento de impacto

localmente, mas ele começa a ver uma retomada

de ritmo. A Mov, por exemplo, outra gestora de

impacto, está em fase de captação do seu

segundo fundo e desta vez mirando empresas

com um ticket maior. Izzo não revela planos da

Vox, mas deixa no ar que há intenção de avançar

em novas frentes.

A EB Capital, de Eduardo e Pedro Sirotsky, está

criando um novo fundo de private equity para

comprar participações em empresas de saúde e

educação com uma pegada de impacto, embora

não esteja classificando o fundo dessa maneira.

Em fase de captação está um fundo da Vinci

Partners com ambição de atingir entre R$ 600

milhões e R$ 800 milhões e que contará com

aporte de até 20% do total do Banco Nacional de

Desenvolvimento Econômico e Social. A gestora

não fala sobre o assunto, por conta da fase de

captação, mas no mercado o fundo vem sendo

apresentado como de impacto. A gestora não

tem tradição na área, o que deixa dúvidas sobre

os critérios que serão empregados para medir o

resultado das empresas escolhidas, mas dada a

escala que pretende atingir, o mais provável é

que a Vinci adote um conceito mais amplo de

impacto socioambiental, mirando empresas de

setores como de saneamento e mobilidade

urbana, por exemplo.

Do ponto de vista do arcabouço regulatório, têm

havido alguns pequenos avanços recentes para

contemplar o tema sustentabilidade. No ano

passado, o Conselho Monetário Nacional (CMN)

publicou a resolução 4.661, que dispõe sobre a

aplicação dos recursos pelos fundos de pensão, e

incluiu no texto que "sempre que possível" as

fundações deverão considerar em sua análise

aspectos relativos à sustentabilidade econômica,

ambiental, social e de governança dos

investimentos. Embora não seja ainda algo

mandatório, quem trabalha na área acredita que

a simples menção ao tema na regra já ajuda a

impulsionar a integração dos critérios ASG à

indústria de gestão de recursos do país.

Paulo Werneck, diretor de investimentos da

Funcef, o fundo de pensão dos funcionários da

Caixa, participou das discussões para elaboração

da resolução. Ele reconhece que, na prática,

pouco ou nada é feito pelas fundações brasileiras

nesse sentido hoje em dia. Werneck conta que a

Funcef está criando internamente um "score

card" para classificar as empresas segundo os

critérios ASG para avaliar sua carteira.

"Ainda não dá para excluir companhias que

tenham uma nota baixa, mas a nossa ideia é

começar a calibrar os investimentos segundo

esses critérios. Entre duas empresas que

oferecem perspectiva de retorno semelhantes,

ficaremos com aquela que tem melhores práticas

ASG", explica. "As empresas só vão se mexer de

verdade para incorporar essas práticas

socioambientais ao seu negócio quando houver

consequências sobre o acesso ao capital. Se não

vira uma modinha." Werneck ressalta ainda que,

particularmente no Brasil, o estrago da Lava-Jato

sobre os fundos de pensão também são um pano

de fundo para a adoção de práticas sustentáveis

de investimento. "Hoje quando vamos comprar

qualquer ativo, estamos sempre preocupados em

não direcionar recursos para empresas que

tenham uma governança ruim, por exemplo. Mas

ainda é algo pouco estruturado."

O ex-presidente Michel Temer havia editado em

2017 um decreto presidencial criando a

Enimpacto, a Estratégia Nacional de Investimento

e Negócios de Impacto, com o objetivo de

melhorar o ambiente para esses negócios. Na

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semana passada, um novo decreto presidencial

assinado por Jair Bolsonaro revogou o anterior,

mas manteve a mesma política de melhorar o

acesso ao capital, incentivar o

empreendedorismo e disseminar a cultura de

avaliação de impacto socioambiental.

No Congresso, há ainda um projeto de lei para

que seja possível qualificar uma empresa como

sendo "de benefício", a exemplo das "benefit

corporations" americanas. Isso significaria prever

em lei o que as Empresas B já fazem na prática,

como definir seu objetivo social em estatuto,

vincular os administradores à obrigação de seguir

esses propósito, aprovar relatórios de impacto e

disponibilizar as informações a qualquer

"stakeholder".

A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) vem

desenvolvendo estudos internos sobre como

atuar na regulação de investimentos sustentáveis

para atender a demanda dos investidores. "O

tema está no radar, estamos preparando

algumas coisas para levar ao colegiado, mas

ainda não temos nada de concreto em termos

regulatórios", diz Claudio Maes, gerente de

desenvolvimento de normas da CVM. "A

demanda mais frequente que recebemos dos

investidores é para que a gente colabore para

criar um mercado de títulos de dívida verdes no

Brasil, com recursos que gerem benefícios

socioambientais", completa. Hoje, os "green

bonds" não são reconhecidos pela regulação

brasileira.

A CVM também tem atuado para disseminar

conhecimento sobre investimentos sustentáveis

por meio do LAB, o Laboratório de Inovação

Financeira. Com representantes do governo e da

sociedade, o LAB trabalha para criar soluções

novas para alavancar recursos que ajudem no

cumprimento das metas brasileiras dos Objetivos

do Desenvolvimento Sustentável (ODS), da ONU,

e também do Acordo de Paris, do clima.

De 30 de setembro a 6 de outubro, durante a

Semana Mundial do Investidor, um projeto das

comissões de valores mobiliários do mundo todo

e que neste ano está sob a coordenação da CVM,

a autarquia vai fazer uma série de eventos de

finanças sustentáveis. "Nesta edição, a World

Investor Week está mais verde", diz José

Alexandre Vasco, superintendente de orientação

e proteção aos investidores da CVM.

Com tudo isso, o fato é que ainda faltam ativos

que atendam a uma demanda de

sustentabilidade e impacto dos investidores

brasileiros. "Hoje eu consigo montar uma carteira

de ativos sustentáveis no exterior, variada, sem

abrir mão do retorno e até com uma volatilidade

menor. Mas, aqui no Brasil, isso ainda não é

possível", diz Fernanda Camargo, sócia da Wright

Capital, uma gestora de fortunas que só cuida de

famílias que aceitem investir ao menos 1% de

seu patrimônio em fundos de impacto

socioambiental. "A demanda dos clientes existe,

principalmente nas novas gerações, e o que nós

dizemos é para terem paciência, porque nós

vamos ajudar o mercado local a criar essas

opções", diz ela, uma das principais ativistas dos

investimentos sustentáveis no país.

https://www.valor.com.br/cultura/6413613/o-

novo-normal-dos-negocios-e-aliar-lucro-criterios-

mais-sustentaveis-de-aplicacao

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José de Souza Martins: Transformar Amazônia em dinheiro súbito não é

próprio de verdadeiros empresários e governos Por José de Souza Martins

A transformação da questão ambiental em

vômito de ignorância no templo da natureza

preocupa a parte humana do mundo cujo cérebro

não foi corroído pelos gases tóxicos da

voracidade incondicional de lucros incendiários.

Os obtidos à custa do presente e do nosso futuro.

Justificar a transformação da Amazônia em

dinheiro súbito, porque o país se tornou um

entreposto de commodities, não é próprio de

verdadeiros empresários e menos ainda de

competentes governos. O tempo do

desenvolvimento econômico e social não é o

tempo do imediato, é o tempo histórico da

prudência. Sem consciência do futuro, o atual é

pressa tola.

No Brasil, no entanto, não é incomum que o

governo e as autoridades, que devem fiscalizar e

reprimir os crimes e as atividades antissociais,

tenham sempre uma desculpa para o

indesculpável. É o caso em relação às queimadas

destrutivas do meio ambiente. Este é um

momento particularmente significativo dessa

violação do dever governativo.

Quando governantes acham que consumir o meio

ambiente com a motosserra e as chamas é lícito,

para assegurar os ganhos dos poucos em

prejuízo dos muitos, e que disso depende o PIB,

confessam que o dinheiro de poucos é mais

importante do que a vida de todos. Quando

dizem que o trabalho escravo, um item

amazônico, não é escravo, confessam que a

liberdade não é um valor essencial desta

sociedade. O que dessa liberdade faz mera

liberdade condicional.

Quando proclamam e asseguram que possam

armar-se os que quiserem, especialmente no

meio rural, onde é alta a violência dos que

podem contra os que não podem, revogam o

princípio de que é das Forças Armadas o

monopólio da violência, para cumprir as leis e

assegurar os direitos de todos. E os da própria

nação, como sujeito coletivo da nacionalidade.

Os problemas destes dias são apenas a ponta

flamejante de um conjunto de desorientações

conexas que nos põem aquém da civilização.

Estamos no rumo da desordem e da barbárie.

Adeus, ordem e progresso.

Bravata e ignorância não resolvem problemas

sociais e problemas ambientais. Além dos

prejuízos econômicos que no curto prazo

acarretará, a conduta brasileira em relação à

questão ambiental afetará o setor produtivo, do

lucro ao emprego. A desorientação do governo

indica uma inclinação que, pelas consequências

possíveis, poderá ser interpretada como

genocida.

A pátria está em perigo. Atualizando a palavra do

botânico Saint-Hilaire, que conheceu o Brasil

inteiro como ninguém antes de o Brasil ser

independente: ou o Brasil acaba com a saúva da

criminalidade ambiental, ou a saúva da

criminalidade ambiental acaba com o Brasil.

O empresariado brasileiro, não só o do

agronegócio, tem não só o direito, mas o dever

de se insurgir contra os negocistas desse novo

capitalismo, o neocapitalismo do prejuízo que

lhes virá. Capitalismo só vale um: o do lucro com

responsabilidade social. O capitalismo é um

sistema político de coadjuvantes, não só quem

investe e lucra, mas também quem ajuda e quem

trabalha. Ao que parece, é possível ganhar muito

dinheiro, rapidamente, com a mentalidade

anticapitalista desse neocapitalismo emergente, o

do lucro de hoje no lugar do lucro de sempre.

A ignorância palavrosa produziu em poucas

horas, nestes dias, para o capitalismo brasileiro,

um retrocesso e um prejuízo cujo tamanho não

será indicado pelos índices da bolsa. O

liberalismo econômico de botequim gera uma

democracia de bêbados, mas não supre nem

sustenta a carência de inteligência e de

prudência política e governativa.

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Essa espécie de pacto com satanás, de que nos

fala Guimarães Rosa, que disso soube como

capanga de Manuelzão para aprender as coisas

do sertão, como a que se esconde na ambição de

dinheiro e de poder, é coisa de gente que não

enxerga o que faz.

Disso, ouvi muito nos sertões do Brasil central,

caboclos me demonstrando, tim-tim por tim-tim,

cumaé que o coisa ruim, o pactário de

encruzilhadas e cemitérios, ensina o muito do

poder de ganhar em troca da alma do vivente, o

prejuízo do finalmente. Mesmo quem não sabe

que fez o pacto, está nele em pensamento,

palavras e obras. O dinheiro existe para ser

possuído e usado, e não para possuir as pessoas

que o usam.

Aqueles que se omitem e debocham dos dramas

do mundo, em nome do dinheiro fácil, parecem

não saber dessas coisas e de seus silêncios

ruidosos. Cada árvore tombada e queimada

indevidamente, pensando o queimador que o que

é de todos é só daquele um, é um ponto a mais

para a cota de azeite fervente no tacho em que

penam os que mandam derrubar a mata para

endinheirar-se. Quando chegar a hora quente dos

confins e dos confinamentos, o muito dinheiro

não vai refrigerar o modo anticapitalista de

ganhar e de gastar. É só esperar.

José de Souza Martins é sociólogo. Pesquisador

Emérito do CNPq. Membro da Academia Paulista

de Letras. Entre outros livros, autor de

“ Fronteira - A Degradação do Outro nos Confins

do Humano” (Contexto).

https://www.valor.com.br/cultura/6413647/jose-

de-souza-martins-transformar-amazonia-em-

dinheiro-subito-nao-e-proprio-de-verdadeiros-

empresari

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A Amazônia e o comércio internacional Por Carla Amaral de Andrade Junqueira

A polêmica em torno da declaração do presidente

da França em deixar o Acordo Mercosul-UE e as

recentes notícias sobre os boicotes comerciais a

produtos exportados pelo Brasil, nos faz refletir

sobre a relação entre o meio ambiente,

protecionismo e o comércio internacional.

Essa reflexão nos obriga, em primeiro lugar, a

entender a diferença entre restrições comerciais

de natureza puramente privadas e sanções

econômicas aplicadas entre Estados. Sanções

internacionais comerciais são ações tomadas

pelos países contra outro e normalmente

assumem a forma de proibições de comércio.

Essas sanções visam desestabilizar a economia

de um certo território, por meio da restrição de

exportações e/ou trocas comerciais como

consequência direta de determinada conduta

internacional condenável.

Já os boicotes comerciais são aplicados

diretamente por entidades privadas, em geral

com base em normas desenvolvidas por

empresas transnacionais, além de padrões de

sustentabilidade defendidos por entidades não

governamentais.

Pode a França restringir o comércio internacional

usando como justificativa uma preocupação

ambiental com o território brasileiro?

Atualmente, as preocupações legítimas dos

países relacionadas à proteção do meio

ambiente, saúde pública e animal, que

justifiquem a imposição de barreiras ao comércio,

podem ser discutidas e tratadas no âmbito do

Órgão de Solução de Controvérsias da

Organização Mundial do Comércio (OMC). Já no

caso de restrições comerciais ou ainda dos

chamados "boicotes" fundados em padrões

privados de sustentabilidade, não existe um

fórum ou organismo internacional que regule a

legitimidade de sua aplicação.

No caso das queimadas da Amazônia, o assunto

é ainda mais complexo. A análise das recentes

medidas restritivas ao comércio dos produtos

brasileiros, incluindo a eventual saída da França

do acordo Mercosul-UE deve passar

necessariamente pelo questionamento sobre

eventual protecionismo revestido de preocupação

ambiental e pela questão da soberania nacional.

O artigo 20 do Gatt (Acordo Geral sobre Tarifas e

Comércio) estabelece exceções legítimas às

regras firmadas no âmbito da OMC, quando a

circulação de bens representa uma ameaça à

proteção ambiental, animal ou saúde pública. O

artigo e seus incisos não deixam claro se a

exceção pode ser aplicada de forma

extrajurisdicional. A pergunta que se faz é, pode

a França restringir o comércio internacional

usando como justificativa uma preocupação

ambiental com o território brasileiro? Existe a

possibilidade de aplicação extrajurisdicional das

exceções do artigo 20 do Gatt?

Não se pretende discutir aqui a

"internacionalização da Amazônia" que tanto tem

se falado. O olhar se debruça sobre as limitações

jurisdicionais dispostas no artigo 20 do Gatt. A

indagação é se os países, na persecução dos seus

objetivos ambientais, poderiam impor embargos

comerciais para assegurar mudanças nas

políticas ambientais dos outros países dentro de

sua própria jurisdição.

O órgão máximo da OMC, o Órgão de Apelação,

no caso United States - Import Prohibition of

Certain Shrimp and Shrimp Products (US -

Shrimp) julgado em 1998 entendeu que sim. O

caso analisou se os Estados Unidos poderiam

justificar seu embargo à importação de camarões

sob alegação da alínea (g) do artigo 20. Referido

embargo havia sido imposto como reivindicação

de que os países exportadores adotassem

condutas de proteção às tartarugas marinhas, as

quais estariam sendo incidentalmente extintas no

momento da captura do camarão.

O Órgão de Apelação, afirmando que a finalidade

do embargo americano a` importação de

camarões destinava-se principalmente a`

conservação dos recursos naturais, decidiu que a

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medida não era meramente uma proibição geral

e constatou a existência da relação entre meio e

fins da medida adotada e a política de

preservação ambiental.

Por outro lado, o Órgão de Apelação também

considerou como medida discriminatória

arbitrária e injustificável a aplicação coercitiva de

política padrão uniforme em outros governos sem

atender as particularidades de cada região do seu

território.

Além disso, de acordo com o órgão máximo da

OMC, as restrições comerciais devem ser

acompanhadas de restrições na produção e no

consumo doméstico e aplicadas em conjunto com

medidas relacionadas a` conservação ambiental.

Trata-se de uma condição para a validade dessas

medidas de conservação, isto é, que restrições

comerciais sejam aplicadas em conjunto com as

políticas internas do país que aplica de forma

efetiva e cuidando para não impedir o livre

comércio. O objetivo é evitar que os países

importadores sejam parciais e que não criem

barreiras à livre circulação de mercadorias.

As declarações do presidente da França,

portanto, têm fundamento jurídico e precedentes

internacionais, desde que eventuais restrições

comerciais a serem impostas venham

acompanhadas das políticas públicas domésticas

correspondentes com os objetivos ambientais

que essas medidas se propõem a alcançar.

Assim, as perguntas que devem ser feitas são: os

países que ameaçaram o Brasil com suspensões

comerciais praticam domesticamente as mesmas

políticas públicas de conservação ambiental que

exigem do nosso governo? A política de

conservação exigida atende as particularidades

do nosso território brasileiro? A medida é

aplicada indiscriminadamente a todos os demais

países que não cumprem o mesmo padrão de

conservação?

A resposta para essas indagações poderá nos

esclarecer a legitimidade das recentes ameaças

de embargos comerciais.

Carla Amaral de Andrade Junqueira é doutora em

Direito Internacional e sócia de Mattos Engelberg

Advogados

https://www.valor.com.br/legislacao/6413845/a

mazonia-e-o-comercio-internacional

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Data: 30/08/2019

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Nova política de dividendos da Petrobras

não será imediata

Por André Ramalho | Do Rio

A nova política de dividendos da Petrobras

promete aumentar a remuneração aos acionistas

da empresa, mas o benefício para os investidores

não será imediato. Segundo analistas

consultados pelo Valor, a petroleira só deve ter

condições de começar a pagar dividendos mais

substanciais, acima dos patamares mínimos

obrigatórios, a partir de 2021.

As novas regras trazem um parâmetro mais

objetivo para os investidores: a companhia

poderá distribuir 60% da diferença entre o fluxo

de caixa operacional e os investimentos a partir

do momento em que atingir uma dívida bruta

inferior a US$ 60 bilhões. Caso o endividamento

se mantenha acima desse patamar, os

dividendos seguirão o percentual mínimo

obrigatório previsto na Lei das S.A. e no estatuto

social da Petrobras, de 25% do lucro líquido

ajustado.

Com isso, a expectativa é que os montantes

distribuídos cresçam. Em 2018, a estatal pagou

US$ 1,85 bilhão. Hipoteticamente, se a empresa

já estivesse desalavancada e a nova sistemática

de distribuição em vigor, os acionistas teriam

garantido US$ 8,5 bilhões no ano passado,

segundo um analista.

O Credit Suisse acredita que a nova fórmula só

deve ter efeitos práticos em 2021, mas vê como

positiva a iniciativa. O banco estima que a

Petrobras poderá pagar entre US$ 8 bilhões e

US$ 12 bilhões em dividendos por ano, de acordo

com a nova política de remuneração aos

acionistas. Já o Morgan Stanley estima que o

pagamento possa alcançar de US$ 11 bilhões a

US$ 13 bilhões em 2022.

Até lá, a estatal ainda precisa se desalavancar.

Embora venha reduzindo ano a ano o seu

endividamento, a companhia fechou o segundo

trimestre com uma dívida bruta ainda elevada,

de US$ 101 bilhões (com os efeitos do IFRS 16).

Vale lembrar que, com a norma contábil, a

Petrobras deixou de reconhecer custos e

despesas operacionais oriundas de contratos de

arrendamento de plataformas e passou a

contabilizar os efeitos da depreciação dos direitos

de uso desses ativos e a despesa financeira e a

variação cambial apurados com base nos

passivos financeiros dos contratos de

arrendamento. A mudança afetou a dívida bruta

da estatal, que de US$ 84,36 bilhões, em

dezembro de 2018, converteu-se em US$ 106

bilhões no trimestre seguinte, devido aos ajustes.

Com um endividamento desse tamanho, o Credit

prevê que os dividendos seguirão os patamares

mínimos obrigatórios entre 2019 e 2020. O

banco destaca que a Petrobras pretende usar

parte de sua posição de caixa para reduzir a

dívida a curto prazo, mas, ainda assim, serão

necessários US$ 30 bilhões adicionais para que

ela caia para menos de US$ 60 bilhões. O

aumento dos valores distribuídos vai depender,

nesse sentido, do ritmo da venda de ativos.

O mercado reagiu bem à nova política de

dividendos. Ontem, as ações ON da Petrobras

fecharam com alta de 4,24% e as PNs subiram

3,74% - acima da alta do Ibovespa, que subiu

2,3%, em meio à divulgação do PIB do segundo

trimestre, acima do esperado.

O Credit destaca que a nova regra de dividendos

transmite duas mensagens importantes ao

mercado: que a desalavancagem continua sendo

a principal prioridade da atual gestão da estatal e

que a remuneração aos acionistas será mais

transparente. Para o Morgan Stanley, a nova

regra foi uma "boa jogada" da Petrobras, por

vincular a distribuição a métricas mais objetivas.

O banco vê potencial para que os valores pagos

pela estatal se aproximem dos patamares das

grandes petroleiras - em 2018, a Shell distribuiu

US$ 15,6 bilhões, a ExxonMobil pagou US$

13,798 bilhões e a BP, US$ 8,1 bilhões.

As novas regras da Petrobras seguem racional

semelhante à política de dividendos da Vale -

suspensa desde o rompimento da barragem de

Brumadinho (MG) e que prevê o pagamento de

30% do lucro antes de juros, impostos,

depreciação e amortização (Ebitda) ajustado,

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menos o investimento corrente. Entre as

petroleiras, não há formulas rígidas. A Shell

informa, em seu site, que a distribuição

considera fatores como o ambiente macro, o

balanço financeiro e os planos de investimentos.

Já a BP cita que valores e prazos podem ser

alterados a qualquer momento.

https://www.valor.com.br/empresas/6413901/no

va-politica-de-dividendos-da-petrobras-nao-sera-

imediata

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Queimadas na Amazônia acendem alerta de

gestores

Por Juliana Machado | De São Paulo

Os incêndios na Amazônia deixaram em alerta

alguns grandes gestores de recursos que adotam

o conceito de boas práticas ambientais, sociais e

de governança (ESG, na sigla em inglês) nos

seus investimentos. Na avaliação de profissionais

ouvidos pelo Valor, o tema se soma ao já

conturbado ambiente internacional e deixa o

investidor estrangeiro ainda mais cauteloso com

o Brasil.

Embora as empresas não estejam diretamente

envolvidas nos incêndios, esse evento afeta a

imagem do país perante os investidores

estrangeiros focados em critérios ESG. Isso

porque tais fundos buscam maximizar o lucro, só

que via aplicação exclusivamente em empresas e

em países com compromissos e metas

ambientais, sociais e de governança corporativa.

Além disso, o evento vem forçando os gestores a

buscar as empresas investidas para medir

eventuais impactos sobre suas operações.

Globalmente, investidores vêm deslocando seus

portfólios para ativos ou fundos alinhados aos

critérios de ESG. O total de patrimônio gerido por

signatários que incorporam esses critérios já

soma US$ 86 trilhões em 2019, conforme dados

do PRI (Principles for Responsible Investing, em

inglês), rede internacional de investidores ligada

a Organização das Nações Unidas (ONU). Os

dados são de relatório recente da gestora Fama

Investimentos, uma das casas a utilizar nas suas

aplicações financeiras o conceito de ESG e que

vem demonstrando preocupação crescente com

os incêndios florestais.

"Não acredito que esse tipo de assunto vá

desencadear um movimento de saída de recursos

em massa porque as empresas não são as

responsáveis, mas sem dúvida é o tipo de evento

que muda a postura quanto ao Brasil, com uma

comunidade de investidores adotando um olhar

mais atento para os efeitos", afirma Fabio

Alperowitch, diretor na Fama Investimentos.

Boa parte dos clientes da Fama são investidores

institucionais e estrangeiros para os quais a

questão climática global é tema recorrente,

especialmente no caso dos europeus. Cerca de

80% dos ativos sob gestão na Fama, quase R$ 2

bilhões, pertencem aos não residentes. "A

situação do Brasil teve uma escalada tal que é

difícil de ignorar", diz Alperowitch.

O gestor também comenta a postura do

presidente da República, Jair Bolsonaro, que, na

visão dele, "só contribui para colocar mais peso

nas relações" com o exterior. Recentemente,

Bolsonaro teceu críticas contra líderes globais

que atacaram publicamente a sua forma de

conduzir o tema, caso de Emmanuel Macron, da

França. Macron havia declarado, inclusive, que

tem interesse de rediscutir o acordo de livre

comércio concluído entre a União Europeia (UE) e

o Mercosul, alegando que Bolsonaro não respeita

os compromissos assumidos na área ambiental.

A lista das consequências das queimadas no

Brasil só cresce. A VF Corporation, dona de

várias marcas internacionais de vestuário e

calçados como Timberland, Vans, Kipling e

JanSport, foi uma das companhias a suspender a

compra de couro do Brasil por causa dos

incêndios florestais. Já a norueguesa Mowi, maior

produtora mundial de salmão, informou que

considera interromper as compras de soja do

Brasil, caso a situação do desmatamento não

melhore.

Governos também se movimentaram em torno

do assunto. A Finlândia, que detém presidência

rotativa da União Europeia, pediu que o bloco

considerasse a possibilidade de banir importações

de carne bovina do Brasil por causa da

devastação das queimadas. O governo da Suécia,

por sua vez, vai investigar os investimentos de

seus fundos de pensão no Brasil por causa do

tema, e a Noruega já suspendeu os repasses ao

Fundo Amazônia previsto para este ano.

Ao Valor, o Norges Bank Investment

Management (NBIM), braço do banco estatal

norueguês Norges Bank, afirmou que não pode

comentar as suas decisões de alocação de

mercado especificamente, mas admitiu que vem

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observando a "situação séria em curso" no Brasil

e espera que as empresas "tenham uma

estratégia para reduzir o desmatamento de suas

próprias atividades e cadeias de suprimentos".

"Esperamos que eles intensifiquem o

monitoramento da cadeia de fornecedores de

commodities ligadas a florestas para saber se

estão sendo adotadas práticas contra o

desflorestamento, em aderência aos padrões

internacionais e de manejo sustentável."

O NBIM diz ainda que vem mantendo contato

com companhias que compram e vendem

produtos na cadeia de soja e gado no Brasil para

entender o que as corporações vêm fazendo para

gerenciar os riscos de desmatamento.

"Desinvestimos de um produtor de soja na região

devido a laços com a produção insustentável e o

desmatamento", diz, por meio de nota.

"O quanto essa deterioração na imagem do Brasil

vai durar e qual será exatamente seu impacto na

alocação de capitais é difícil de dizer, mas

certamente esse tipo de acontecimento [as

queimadas] tem um impacto negativo

generalizado na percepção dos investidores",

afirma Peter Taylor, chefe de investimentos da

gestora Aberdeen no Brasil.

Para Taylor, o impacto mais direto dos incêndios

na Amazônia serão sentidos sobre empresas que

são de alguma forma afetadas pelo

desmatamento, caso do agronegócio. "Mas isso

poderia se estender para redes de alimentos e

produtos como o couro, porque as companhias

seriam submetidas a um maior escrutínio dos

investidores", pondera.

No Brasil, a NCH Capital, gestora americana com

US$ 3 bilhões, também vê as queimadas na

Amazônia como ponto adicional de ressalvas dos

investidores no exterior. James Gulbrandsen,

diretor de investimentos da casa, afirma que o

país não está no ponto de ver o fim de acordos

comerciais com economias europeias,

especialmente porque o time econômico do

presidente ainda é bem visto pelo mercado. No

entanto, a forma de Bolsonaro conduzir diversos

temas deixa o estrangeiro mais avesso,

sobretudo levando em conta que é uma classe de

investidor que busca estabilidade e horizontes de

maior prazo para alocar recursos.

"A postura tem que ser mais amigável, o

estrangeiro costuma ser bem refratário a essa

retórica", diz Gulbrandsen. "Existe uma

percepção favorável sobre o Brasil em termos

econômicos, mas a postura do presidente não é

adequada, causa estranhamento com o governo

e sua forma de dialogar com outros países."

Na semana passada, a Business Roundtable

(BRT), uma das maiores associações

empresariais dos Estados Unidos, emitiu uma

nova "declaração de propósito" em que abandona

a crença na "supremacia do acionista" e

conclama empresas a considerar o ambiente e o

bem-estar dos trabalhadores. Para Larry Fink,

membro da BRT e presidente da gestora

BlackRock, as empresas deveriam se esforçar

para ter um impacto positivo sobre a sociedade

que fosse além da geração de lucros. Visões

semelhantes foram reverberadas, mais

recentemente, por Ray Dalio, da gestora de

ativos Bridgewater Associates, e Jamie Dimon,

executivo-chefe do J.P. Morgan e presidente da

BRT.

"Meio ambiente é um tema que não pode ser

desprezado e vários países atuam para promover

uma consciência a respeito, na tentativa de

conter um dano de mudança climática. O Brasil

está ficando para trás", diz Alperowitch, da

Fama.

https://www.valor.com.br/financas/6413835/que

imadas-na-amazonia-acendem-alerta-de-

gestores

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Veto a queimadas afeta as usinas da região

Nordeste

Por Camila Souza Ramos | De São Paulo

A proibição da realização de queimadas em todo

o território nacional, que passou a valer por 60

dias desde ontem com um decreto do presidente

Jair Bolsonaro, pegou de surpresa e gerou muita

preocupação no segmento sucroalcooleiro do

Nordeste. Na região, as usinas estão iniciando a

nova safra (2019/20) neste momento e

dependem da queima da matéria-prima em

campo para viabilizar a colheita manual na cana.

"Nós ficamos surpresos porque essa era uma

decisão voltada para a Amazônia, e a situação na

zona costeira do Nordeste é completamente

diferente", protestou Renato Cunha, que preside

a Associação de Produtores de Açúcar e

Bioenergia - que reúne usinas das regiões Norte

e Nordeste, além das unidades instaladas em

Goiás e no Espírito Santo - e o Sindaçúcar/PE.

A queima dos canaviais é usada para permitir a

entrada dos trabalhadores nas lavouras para a

realização da colheita, evitando que eles se

cortem com a palha da cana. A técnica ainda é

empregada no Nordeste porque a topografia mais

acidentada das áreas produtoras da região

impede a entrada de máquinas colhedoras nos

campos, como acontece nos Estados da região

Centro-Sul como São Paulo Apenas a atividade

da colheita de cana no Nordeste emprega cerca

de 300 mil trabalhadores.

O decreto publicado ontem no Diário Oficial da

União (9.992/19) suspende o emprego do fogo e

só prevê como exceções medidas de controle

fitossanitário autorizado por órgão ambiental,

medidas de prevenção e combate a incêndios e

práticas de agricultura de subsistência de

populações tradicionais e indígenas. O emprego

do fogo em canaviais não se encaixa em

nenhuma dessas exceções.

Sem a garantia legal do emprego do fogo, o

segmento passa a enfrentar uma situação de

"insegurança jurídica", disse o representante do

segmento no Nordeste.

Neste momento, as usinas estão "em compasso

de espera" enquanto as lideranças do segmento

procuram o governo para rever a medida e

garantir a permissão da prática na Zona da Mata,

onde estão concentradas as mais de 50 usinas da

região Nordeste.

Mas as usinas da região não deverão paralisar

suas atividades pelos 60 dias previstos no

decreto. As unidades da Paraíba já começaram a

colher a cana da nova temporada (que é

contabilizada na região a partir de setembro). As

unidades de Pernambuco e Alagoas começando a

dar início aos trabalhos na nova temporada.

De acordo com Cunha, o mais provável é que a

questão seja judicializada caso não haja um

entendimento em breve com o governo. Porém,

ele afirmou que há receios de questionamentos

por parte dos bancos financiadores da atividade,

por exemplo.

O representante do segmento demonstrou

insatisfação com o sinal transmitido pela medida.

"São fatos sabidos por todo mundo. É preciso de

um freio de arrumação e olhar mais para o

Nordeste. As pessoas estão se sentindo

preteridas por atos que poderiam ser mais

pensados", afirmou Cunha.

O emprego do fogo nos canaviais é uma

atividade regulada pelos órgãos ambientais

estaduais e pelo Instituto Brasileiro do Meio

Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis

(Ibama).

A prática, segundo Renato Cunha, tem que

obedecer a uma série de regras para minimizar

os impactos ambientais, como restrição das

queimadas ao período noturno e análise prévia

da direção do vento e das condições de umidade

do ar e do solo para evitar que a fumaça se

propague e alcance centros urbanos.

https://www.valor.com.br/agro/6413905/veto-

queimadas-afeta-usinas-da-regiao-nordeste

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Data: 30/08/2019

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Trump oferece parceria estratégica e

iniciativa ambiental ao Brasil

Por Daniel Rittner, Renan Truffi e Isadora Peron |

De Brasília

Em meio à crise de imagem causada pelas

queimadas na Amazônia, o presidente Donald

Trump e o governo Jair Bolsonaro querem

discutir uma nova iniciativa global para a defesa

do ambiente, com foco na "defesa da soberania"

dos Estados nacionais, segundo autoridades que

integram a visita-relâmpago de uma comitiva

brasileira à Casa Branca.

Trump receberá hoje, às 13h (horário local), o

chanceler Ernesto Araújo e o deputado federal

Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), que já tem

"agrément" do governo americano para assumir

a embaixada do Brasil em Washington. O

assessor international da Presidência, Filipe

Martins, também faz parte da delegação. Eles

terão encontros ainda com o secretário de

Estado, Mike Pompeo, e com o chefe do conselho

de segurança nacional, John Bolton.

De acordo com um auxiliar direto de Bolsonaro, a

ideia do encontro partiu do próprio Trump, que

deu apoio público ao Brasil durante a ofensiva

internacional por causa das queimadas e se

contrapôs à posição do francês Emmanuel

Macron de "internacionalizar" o tema na reunião

do G-7.

Interessado em aprofundar o relacionamento

bilateral e demonstrar agradecimento ao

americano, o Palácio do Planalto aceitou

imediatamente a proposta. Trump estaria

disposto a declarar o Brasil como "parceiro

estratégico" dos Estados Unidos e falar sobre

essa nova iniciativa na área de ambiente. Não

envolveria, segundo fontes, uma saída do Acordo

de Paris pelo Brasil - mas talvez uma espécie de

alternativa ao tratado de 2015.

"Basicamente, concordaremos a respeito de

princípios comuns para desenvolver uma política

ambiental que preze pela soberania, que possa

engajar todos, e não apenas ambientalistas

radicais, e trabalharemos em conjunto para

construir um novo consenso internacional, com o

Brasil atuando junto aos países em

desenvolvimento, e os Estados Unidos focando

nos países desenvolvidos", afirmou ao Valor um

alto funcionário do governo, pedindo anonimato.

O simbolismo da reunião é importante. Não há

registros fáceis da última vez em que um

presidente americano se reuniu com o ministro

brasileiro das Relações Exteriores. De fato, a

prática não é comum na Casa Branca. Na

linguagem diplomática, isso mostra a

proximidade entre os dois países.

É de interesse do Brasil, nas reuniões com Trump

e com seus auxiliares, falar sobre o

estabelecimento de uma "moldura" para a

abertura de negociações comerciais com os

Estados Unidos - possivelmente por meio do

Mercosul, mas há incertezas relacionadas a uma

eventual vitória do kirchnerismo na Argentina.

A situação da vizinhança, segundo fontes, é outro

ponto que será discutido. Além da conjuntura

política e econômica na Argentina, a crise na

Venezuela deve voltar às discussões. O governo

Trump já ofereceu anistia a Nicolás Maduro para

facilitar a troca de regime.

As conversas de hoje lançam as bases de um

novo mecanismo, o Diálogo de Parceria

Estratégica, que vai ser instalado no dia 13 de

setembro. Um fórum semelhante chegou a

funcionar por dois anos no início da década, mas

sem a expressão "estratégico" para dimensionar

o grau de sinergia entre os dois governos, e

agora passa a operar de forma ampla - todas as

iniciativas do relacionamento bilateral serão

discutidas.

Ao falar sobre a reunião de hoje, durante evento

no Palácio do Planalto, Eduardo Bolsonaro disse

que "certamente" questões ambientais entrarão

nas conversas. "Infelizmente o Macron quis usar

a Amazônia para fins políticos, já que a

popularidade dele está em baixa. Tentou fazer

uma união dos franceses em torno de uma causa

de Estado, ou seja, suprapartidária, mas acabou

não tendo êxito. No G-7, Trump não deixou

prevalecer a tese do Macron de que as

queimadas aconteceram de agora, durante o

governo Bolsonaro. Essas queimadas, óbvio,

devem ser combatidas, mas dizer que

começaram no governo Bolsonaro é uma

canalhice", afirmou o deputado.

https://www.valor.com.br/brasil/6413965/trump

-oferece-parceria-estrategica-e-iniciativa-

ambiental-ao-brasil

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Data: 30/08/2019

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Suíça Precious Woods estima avanço de

20% das vendas neste ano

Por Marcos de Moura e Souza | De Belo Horizonte

Maior empresa de madeira tropical (nativa)

certificada em operação no Brasil, a suíça

Precious Woods caminha para fechar o ano com

crescimento superior a 20% de suas vendas em

relação a 2018, o que significará mais de € 15

milhões. Será um avanço um pouco menor que o

do ano passado, quando as vendas aumentaram

mais de 30% e chegaram a € 13 milhões. Ainda

assim, não deixa de confirmar que a demanda

internacional por madeiras certificadas continua

firme.

"A demanda está crescendo e esse é um mercado

que tem se tornando cada vez mais importante",

disse ao Valor o CEO da companhia, Markus

Brütsch. A Precious Woods explora uma área de

500 mil hectares (terras próprias e concessões

privadas) na região de Itacoatiara, a 170

quilômetros de Manaus, no Amazonas. A

empresa corta 45 espécies, entre elas cumaru,

cedrinho, jatobá, angelim, cupiuba, louro-gamela

e muiracatiara.

São madeiras certificadas com selos reconhecidos

internacionalmente de manejo florestal emitidos

pelo Forest Stewardship Council (FSC) e pelo

Programme for the Endorsement of Forest

Certification (PEFC). No ano passado, o volume

cortado foi de 154,4 mil metros cúbicos. Quase

toda a produção é exportada em forma de

madeira serrada e decks. Os principais destinos

são para empresas na Europa (70% das vendas)

e na Ásia. A maior parte é usada em construções,

como pontes e portos, e também acabamentos.

Brütsch concorda que os incêndios que ocorrem

nas últimas semanas na Amazônia -- e que

geraram controvérsia entre o governo brasileiro e

líderes europeus -- alimentaram no exterior

discursos negativos sobre a madeira tropical. "A

atenção que o assunto gerou nas pessoas ao

redor do mundo fez com que elas passassem a

falar mais agora sobre proteger a floresta e

defender que não se compre nenhuma madeira

da floresta tropical", afirmou ele.

"Estamos sempre numa posição defensiva porque

o comércio ilegal de madeira tropical sempre foi

maior do que o comércio de madeira sustentável

e legal", disse. Na prática, no entanto, as chamas

não chegaram perto da área da Precious Woods

nem produziram qualquer impacto na operação

ou nos preços da madeira tropical certificada da

região, de acordo com Brütsch. "Estou seguro

que nosso mercado não vai diminuir por causa

disso."

Em operação no Amazonas desde 1996, a

companhia continua interessada em expandir

suas operações no Brasil. Por ser uma empresa

estrangeira, a Precious Woods enfrenta barreiras

legais para comprar terras no país. O caminho

será disputar de concessões públicas de florestas.

Brütsch já havia contado ao Valor, no início do

ano passado, sobre seus planos de expansão. A

empresa tem em vista duas áreas de concessão:

uma pertence ao Estado do Amazonas e a outra,

à União. Juntas, as áreas somam cerca de 200

mil hectares. Se concretizadas as concessões, o

Brasil passará a ser a principal fonte de madeira

da Precious Woods, com 700 mil hectares. Hoje a

empresa tem sua maior área de corte de madeira

tropical no Gabão, onde explora 640 mil

hectares.

No Amazonas, a Polícia Federal tenta apostar na

ciência para combater o comércio ilegal de

madeira. O superintendente da PF no Estado,

delegado Alexandre Saraiva, afirmou que começa

a testar uma técnica de análise de isótopos das

árvores para identificar se toras a caminho do

exterior foram cortadas em áreas autorizadas ou

não. A PF também tem recorrido a um novo

sistema de análise de imagens de satélite. "A

inteligência artificial faz uma análise das

fotografia e nos aponta onde estão acontecendo

os focos de desmatamento e eu recebo as

imagens no dia seguinte.", disse ele. "Precisaria

de um exército de 100 mil homens para cobrir

toda a Amazônia e fiscalizar isso tudo. É

impossível. Temos de ser inteligentes e utilizar os

nossos esforços de forma mais eficaz."

https://www.valor.com.br/agro/6413911/suica-

precious-woods-estima-avanco-de-20-das-

vendas-neste-ano

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