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Grupo de Comunicação
CLIPPING 24 de outubro de 2019
DIA DAS NAÇÕES UNIDAS
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Grupo de Comunicação
SUMÁRIO
ENTREVISTAS ............................................................................................................................... 4
Instituto de Botânica de SP promove Simpósio de Restauração Ecológica ............................................. 4
Piscinão Jaboticabal dará 50 anos de fôlego à redução de enchentes .................................................... 5
SECRETARIA DE INFRAESTRUTURA E O AMBIENTE ............................................................................ 6
Prefeitura inicia processo para licitação do lixo .................................................................................. 6
Avanço do óleo acende luz amarela no Sudeste, que inicia prevenção .................................................. 8
Secretário de meio ambiente de Sorocaba fala sobre Fórum Regional de Mudanças Climáticas .............. 10
Gincana conscientiza sobre reciclagem e garrafas pet viram decoração natalina .................................. 11
Capacitação do Programa Verde Azul acontece em Franca nesta quinta, 24 ........................................ 12
Estado abre licitação para obras do piscinão Jaboticabal ................................................................... 13
Mortandade de peixes assusta moradores em Guará ........................................................................ 15
Vazamento de esgoto causa transtornos à população, em Ribeirão Preto ............................................ 16
Prefeito de Pedreira tem pedido indeferido quanto à tentativa de paralisar a construção de barragem no
Rio Jaguari ................................................................................................................................. 17
Secretário cobra em reunião presença dos municípios nas discussões sobre a Represa de Salto Grande . 18
Brasil cai para a 124ª posição no relatório Doing Business 2020 - FecomercioSP ................................. 20
Coleta de lixo e limpeza pública estão entre os serviços mais bem avaliados pelo morador de Santo André
................................................................................................................................................. 22
Reuso de água como alternativa para o sistema hídrico brasileiro ...................................................... 23
Sul Life: Descarte irregular de entulho é interditado na Chácaras Reunidas......................................... 25
TJ-SP proíbe prefeitura de construir museu em área de proteção....................................................... 26
Fogo Cruzado – Na bronca ............................................................................................................ 27
O relatório anual de áreas contaminadas emitido pela cetesb, apontou que em existem 15 áreas
contaminadas e outras 6 já recuperadas para o Uso ........................................................................ 28
Manutenção da Sabesp deixou bairros sem fornecimento de água ..................................................... 29
Moradores de Alumínio reclamam de água escura nas torneiras ........................................................ 30
Sabesp inicia obra de abastecimento em Santo André ...................................................................... 31
Resposta da Subprefeitura, sobre solapamento na Avenida Morumbi ................................................. 32
Radar SP - Morador reclama de obras perto de um escadão na zona sul ............................................. 33
Justiça indefere pedido do prefeito de Pedreira para interrompe construção de barragem ..................... 34
DAE terá plano contra perda de água ............................................................................................. 35
VEÍCULOS DIVERSOS .................................................................................................................. 36
O pesadelo ambiental do Nordeste ameaça pescadores e PIB do turismo ............................................ 36
O trabalho quase impossível de se limpar com as mãos as praias contaminadas por óleo do Nordeste ... 38
FOLHA DE S. PAULO .................................................................................................................... 41
Painel: Defesa de Bolsonaro discute tese jurídica para que dissidentes levem parte do fundo partidário do PSL............................................................................................................................................ 41
TCU aprova revisão da cessão onerosa e garante megaleilão do pré-sal ............................................. 43
Além da origem, Brasil não sabe destino do óleo retirado de praias ................................................... 44
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Grupo de Comunicação
Veja cuidados e riscos de saúde relacionados ao contato com o óleo no Nordeste ................................ 46
Mônica Bergamo: Guedes diz que Congresso faz 'um belo trabalho' e defende pacto federativo............. 47
Árvore mais alta da Amazônia tem o tamanho de um prédio de 30 andares ........................................ 49
ESTADÃO ................................................................................................................................... 50
Dá para fazer .............................................................................................................................. 50
Biotecnologia agrícola e o acordo Mercosul-UE ................................................................................ 52
VALOR ECONÔMICO .................................................................................................................... 53
BR vai constituir ‘tradings’ de gás, etanol e energia ......................................................................... 53
EDP acredita em protagonismo do Brasil ........................................................................................ 54
Grupo muda estratégia para leilão ................................................................................................. 56
Carro elétrico nacional está longe dos planos .................................................................................. 57
Proposta prevê universalizar água e esgoto até 2033 ....................................................................... 58
Por que as cidades ricas se rebelam ............................................................................................... 59
BR vê ganho com abertura do refino .............................................................................................. 61
A vida da ‘nova’ BR depois da privatização ..................................................................................... 62
Resultado da Petrobras refletirá expansão da produção .................................................................... 64
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Grupo de Comunicação
ENTREVISTAS Veículo: Portal do Governo SP
Data: 23/10/2019
Instituto de Botânica de SP promove
Simpósio de Restauração Ecológica
Evento será entre 4 e 8 de novembro na
capital paulista, com enfoque em legislação e
metas para conservação
A Secretaria de Infraestrutura e Meio
Ambiente por meio do Instituto de Botânica
(IBt) promove, entre os dias 4 e 8 de
novembro em São Paulo, o VIII Simpósio de
Restauração Ecológica. O foco dessa edição
será os “Desafios do processo de restauração
frente à crise ambiental”.
“Ao longo dos seus 81 anos de existência, o
IBt vem contribuindo por meio de pesquisas
científicas e discussões técnicas os métodos
para difundir a preservação e a recuperação
da biodiversidade ecológica no Brasil”, explica
o Secretário de Infraestrutura e Meio
Ambiente, Marcos Penido.
Nesta edição, com base nas pesquisas
científicas e nos processos socioambientais, se
pretende promover o cumprimento da
legislação ambiental, as metas estabelecidas
para a conservação da biodiversidade e a
restauração ecológica, com sustentabilidade
social.
A abertura do evento tem a palestra
internacional da professora da Universidad
Autónoma del Estado de Morelos (México),
Eliane Ceccon, sobre os desafios da
restauração ecológica no mundo e no Brasil.
“O Simpósio é dirigido à comunidade que atua
no campo da restauração. Ele vai apresentar
as tendências e experiências da restauração
ecológica nos biomas nacionais. São diversas
mesas-redondas, palestras, cursos, estandes
de apresentações de trabalhos científicos e
atividades relacionadas à disponibilização de
produtos e serviços”, comenta o Diretor Geral
do IBt, Luiz Mauro Barbosa.
Dentre os assuntos que serão abordados pelo
Simpósio estão ainda, a restauração ecológica
de florestas tropicais, educação ambiental
visando à restauração ecológica,
geoprocessamento e sensoriamento remoto
aplicados à restauração ecológica, fisiologia da
conservação e técnicas de utilização de
sementes de espécies nativas, contaminação
do solo por elementos-traço, readequação
ambiental e produtiva em propriedades rurais,
restauração sobre o rejeito após o rompimento
de barragem, estratégias de sustentabilidade
econômica das pequenas propriedades,
sistema agroflorestal, MapBiomas e evolução
do inventário florestal de São Paulo.
Nas edições anteriores, o Simpósio reuniu
aproximadamente mil participantes entre
universidades, institutos de pesquisa, órgãos
oficiais, licenciadores, consultores ambientais,
grandes empresas, instituições financeiras,
Ministério Público, ONGs, alunos de graduação
e pós-graduação, órgãos de assistência
técnica entre outros.
A expectativa da organização é que essa
edição supere os eventos anteriores em
número de participantes, na qualidade dos
debates e, principalmente, nos seus
desdobramentos para promover avanços em
Restauração Ecológica e nas políticas públicas
para o setor.
Para conferir a programação completa ou se
inscrever acesse o site www.infobibos.com.
Durante os dias 4 e 5 ocorrem os minicursos
nas dependências do Instituto de Botânica,
localizado na Avenida Miguel Estéfano, 3031 –
Água Funda e o Simpósio, entre os dias 6 e 8,
São Paulo Expo Exhibition & Convention
Center, Rodovia dos Imigrantes, Km 1,5 –
Água Funda, São Paulo.
http://www.saopaulo.sp.gov.br/spnoticias/inst
ituto-de-botanica-de-sp-promove-simposio-
de-restauracao-ecologica/
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Grupo de Comunicação
Veículo: Repórter Diário
Data: 23/10/2019
Piscinão Jaboticabal dará 50 anos de fôlego à redução de enchentes
Área do piscinão fica em São Paulo (Foto:
Reprodução)
Para o superintendente do DAEE
(Departamento de Águas e Energia
Elétrica) Alceu Segamarchi Júnior, o
Piscinão Jaboticabal, cuja licitação foi iniciada
com a publicação do edital nesta terça-feira
(22/10), vai garantir o fôlego para a Bacia do
Tamanduateí por cinco décadas. “Por pelo
menos 50 anos não teremos demanda para
novos reservatórios. Essa é uma demanda que
consta do Plano Diretor de Macrodrenagem da
bacia realizado em 2013”, disse ao RD. O
reservatório terá capacidade para armazenar
900 mil metros cúbicos de água, sendo o
maior do estado, e deve ficar pronto em
agosto de 2021.
Todos os números da obra são enormes, a
começar pelas dimensões; o piscinão vai
ocupar uma área de 154 mil metros quadrados
na divisa entre São Paulo, São Bernardo e São
Caetano. O custo da obra é estimado em R$
315 milhões. No dia 15/10 o governo aprovou
projeto de lei na Assembleia Legislativa que
visa a contratação de um empréstimo com a
Caixa Econômica Federal no valor de R$ 300
milhões para a execução da obra e
desapropriação do terreno, este último item
foi apontado como entrave para a construção
do Jaboticabal, que vem sendo discutindo há
pelo menos uma década. “Conseguimos a
aprovação do empréstimo que vai valer para a
desapropriação e para a construção. Agora vai
sair”, garante Segamarchi.
A partir de sexta-feira (25/10) o edital estará
disponível para as empresas interessadas e as
propostas devem ser entregues até o dia 4 de
dezembro. Segundo o superintendente do
DAEE a expectativa é assinar o contrato em
fevereiro de 2020. “Queremos dar início às
obras imediatamente e o prazo para conclusão
é de 18 meses”, estima. Com o prazo a obra
deve ser concluída, em tese, até agosto de
2021.
De acordo com Segamarchi a obra vai resolver
um problema crônico de alagamento na Via
Anchieta além de contribuir significativamente
para a redução das cheias em São Caetano e
no bairro Rudge Ramos, em São Bernardo O
piscinão vai ficar na junção do córrego
Jaboticabal e os ribeirões dos Meninos e dos
Couros.
O reservatório não será coberto, com foi feito
com o piscinão do Paço São Bernardo. “O
custo para isso seria maior do que o de toda
obra. Trata-se de uma região industrial,
diferente do paço que as pessoas usam.
Neste momento ali não faria sentido”, diz o
superintendente.
A obra vai resultar na remoção de 1 milhão de
metros cúbicos de terra e rochas. Segundo
Segamarchi, as intervenções serão planejadas
para minimizar ao máximo o efeito dos
caminhões pesados ao trânsito do entorno. Ele
considera ainda que, sozinho, o Piscinão
Jaboticabal, não vai resolver o problema, ele é
parte de um sistema de reservatórios, do qual
o de São Bernardo também faz parte. “É um
sistema onde os piscinões se atuam de forma
coordenada. Então sozinho ele não vai
resolver o problema, mas será uma obra de
grande impacto”, concluiu. Com a construção
do piscinão Jaboticabal, serão 20
equipamentos do tipo construídos pelo
Governo do Estado na bacia do Alto
Tamanduateí. O DAEE mantém 19 piscinões
em operação na região do ABC, com
capacidade para acumular 3,7 milhões de
metros cúbicos de água.
https://www.reporterdiario.com.br/noticia/274
2666/piscinao-jaboticabal-dara-50-anos-de-
folego-a-reducao-de-enchentes/
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Grupo de Comunicação
SECRETARIA DE INFRAESTRUTURA E
O AMBIENTE Veículo: Correio Popular
Data: 24/10/2019
Prefeitura inicia processo para licitação do lixo
O contrato por seis meses está previsto em R$
83,08 milhões, valor 4,5% menor que os
atuais contratos pelo mesmo período
A Prefeitura publica hoje no Diário Oficial a
autorização para o processo de nova licitação
para o lixo. O contrato por seis meses está
previsto em R$ 83,08 milhões, valor 4,5%
menor que os atuais contratos pelo mesmo
período. A Prefeitura vai contratar empresa
que cuidará de toda a cadeia do lixo: varrição,
coleta, operação dos ecopontos, operação e
monitoramento do aterro Delta e a disposição
final dos resíduos, que atualmente são levados
para Paulínia. Esses serviços estão sob
responsabilidade da Renova e Estre.
A nova licitação ocorrerá porque os atuais
contratos não podem mais ser prorrogados
porque a lei de licitações e contratos de
prestação de serviços continuados celebrados
pela Administração determina que eles
possam ter um período máximo de 72 meses,
ou seja, seis anos. O contrato com a Renova
vence no próximo mês e com a Estre, em
março de 2020. A licitação será feita por lotes
e o contrato para a disposição final do lixo
começará a valer no próximo ano, quando
vencer o atual, informou o secretário de
Serviços Públicos, Ernesto Paulella. O último
aditamento do contrato com a Renova foi de
R$ 123,3 milhões, por um ano, e o da Estre,
de R$ 50,8 milhões.
A Prefeitura poderia optar por fazer contrato
emergencial, que dispensaria a licitação, mas
diante da incógnita sobre como o mercado vai
reagir na chamada da PPP do lixo, a opção foi
fazer uma nova licitação, para ter mais
tranquilidade, disse Paulella.
Além disso, a Prefeitura não conseguirá
concluir, em menos de um ano, a parceria
público-privada para a prestação dos serviços
integrados de limpeza e manejo de resíduos
sólidos, a chamada PPP do Lixo.
A Prefeitura vem tentando reativar o Aterro
Delta, em Campinas, mas sem sucesso. Em
2014 o espaço atingiu a capacidade máxima e
foi fechado. Em 2016 a Companhia
Ambiental do Estado de São Paulo
(Cetesb) autorizou o uso da área, mas o
Ministério Público questionou e exigiu
adequações, que foram feitas, segundo a
Administração. A reativação do aterro depende
da decisão da Justiça.
Já a revisão no edital da parceria público-
privada para a prestação dos serviços
integrados de limpeza e manejo de resíduos
sólidos, a chamada PPP do Lixo, está pronta e
a Secretaria de Finanças está trabalhando
para demonstrar como a Prefeitura vai tratar a
parceria nos 30 anos de contrato da
concessão.
O edital precisou ser revisto em função de
recomendações do Ministério Público (MP),
acatadas pela Administração, que exigirá do
futuro concessionário mais investimentos em
reciclagem e nas cooperativas de catadores.
Com isso, foi elevado para cerca de R$ 830
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Grupo de Comunicação
milhões o valor do contrato inicialmente
projetado em R$ 800 milhões.
Não há data definida para a publicação do
edital. No ano passado, o promotor Rodrigo
Sanches, do Grupo de Atuação Especial do
Meio Ambiente (Gaema), recomendou à
Prefeitura de Campinas a suspensão do
processo de licitação por que o edital
apresentava várias omissões e contradições.
Foram 99 recomendações, a maioria voltada
para reciclagem e cooperativas.
“Nós internalizamos todas elas no termo de
referência e, com isso, o plano de negócios
sofreu alteração e vai implicar na necessidade
de mais investimentos do concessionário nas
cooperativas”, disse Paulella.
https://correio.rac.com.br/_conteudo/2019/10
/campinas_e_rmc/875355-prefeitura-inicia-
processo-para-licitacao-do-lixo.html
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Grupo de Comunicação
Veículo: R7
Data: 24/10/2019
Avanço do óleo acende luz amarela no Sudeste, que inicia prevenção
Poluente ainda se espalha pela Bahia, mas São
Paulo e Rio monitoram situação. Espírito Santo
já discute ações com prefeituras
Óleo em praia em Pernambuco; governo do ES
iniciou prevenção
As manchas de óleo que se espalham pelo
Nordeste e que chegaram às praias da Bahia
nos últimos dias acenderam a luz amarela nos
estados do sudeste com faixas litorâneas -
Espírito Santo, Rio de Janeiro e São Paulo -
que monitoram a situação.
O risco mais iminente é de o poluente chegar
às praias do Espírito Santo, estado ao sul da
Bahia. E por isso o governo capixaba criou
nesta semana o Comitê de Preparação da
Crise, que fará a coordenação de ações de
monitoramento e terá a participação de órgãos
federais como a Marinha.
As manchas chegaram a Itacaré, ao sul de
Salvador, segundo o Ibama (Instituto
Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos
Naturais Renováveis). A distância até as
primeiras cidades do Espírito Santo ainda é
grande – mais de 480 km em linha reta. Ainda
assim, o governo capixaba fará reuniões com
as prefeituras de cidades do norte do estado,
como Conceição da Barra, São Mateus e
Linhares. O objetivo é unificar informações e
definir ações preventivas.
A preocupação faz sentido, uma vez que as
correntes marítimas favorecem o transporte
de poluentes em direção ao sul do país.
Segundo Carina Bock, pesquisadora do Coppe
UFRJ (Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-
Graduação e Pesquisa de Engenharia da
Universidade Federal do Rio de Janeiro), a
chamada Corrente do Brasil, que acompanha a
costa no sentido sul, pode favorecer a
chegada do óleo ao Sudeste, mas ainda não é
possível determinar se isso vai realmente
ocorrer. "É uma hipótese. A circulação
favoreceria esse possível deslocamento",
afirma.
O grupo da UFRJ da qual Carina faz parte já
fez uma projeção para determinar a origem
possível do óleo, que seria em uma área a
cerca de 600 km da costa brasileira, na
direção dos estados de Pernambuco e Alagoas.
Os pesquisadores agora usarão outros
modelos para determinar onde o óleo pode
chegar.
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A corrente do Brasil é uma continução da
corrente Sul Equatorial, que cruza o Oceano
Atlântico na direção da África para o Brasil e
que, ao se aproximar do Nordeste, divide-se
em uma vertente norte e outra sul - essa, que
segue em direção a Bahia, acompanha o litoral
brasileiro em direção ao Uruguai.
De acordo com Maria Clara Sassaki,
meteorologista da Somar Meteorologia, há
ainda uma frente fria estacionaria entre o
Espírito Santo e a Bahia que acaba
intensificando os ventos naquela região. “Pode
favorecer a agitação marítima e o transporte
do óleo para mais perto da costa”, diz.
Caso o óleo realmente chegue ao Espírito
Santo, será o segundo episódio de danos
ambientais significativos em poucos anos. Em
2015, o estado foi atingido pela lama do
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Grupo de Comunicação
rompimento da barragem da Vale em Mariana,
em Minas Gerais. A lama percorreu o Rio Doce
e chegou ao Espírito Santo, afetando não só o
abastecimento de diversos municípios como
também a pesca.
Outros estados
Já os demais estados do Sudeste, apesar de
estarem mais distantes do Nordeste, também
buscam monitorar e se antecipar à chegada do
óleo.
O Inea (Instituto Estadual do Meio Ambiente
do Rio de Janeiro) afirmou que possui um
plano de contingência que encontra-se no
estágio de vigilância. A Secretaria de Estado
do Ambiente e Sustentabilidade (Seas) criou
um grupo especial de trabalho para
acompanhamento e vigilância das manchas de
óleo na costa brasileira, formado por técnicos
da Seas, do Inea e do Departamento de
Recursos Minerais do estado.
Em São Paulo, a Secretaria de
Infraestrutura e Meio Ambiente informou
que também acompanha a situação. "O
governo de São Paulo, por meio da Secretaria
de Infraestrutura e Meio Ambiente e da Defesa
Civil, acompanha o caso e as ações que vêm
sendo adotadas no âmbito federal. As equipes
de emergência química da Cetesb, da Polícia
Ambiental, os especialistas das universidades
e do IPT estão alertas e prontos para atuar de
acordo com as diretrizes da União e em
parceria com os municípios", informou a
pasta.
https://noticias.r7.com/brasil/avanco-do-oleo-
acende-luz-amarela-no-sudeste-que-inicia-
prevencao-24102019
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Grupo de Comunicação
Veículo: Rádio Band FM
Data: 23/10/2019
Secretário de meio ambiente de
Sorocaba fala sobre Fórum Regional de Mudanças Climáticas
http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?
c=0&n=32772452&e=577
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Grupo de Comunicação
Veículo: Garça online
Data:
Gincana conscientiza sobre
reciclagem e garrafas pet viram decoração natalina
Uma gincana promete envolver alunos de duas
escolas de Onda Verde sobre a importância da
reciclagem em favor ao meio ambiente. Alunos
do ensino fundamental da Escola Municipal
José Ribeiro dos Santos Filho, e da Escola
Estadual Irmãos Ismael, participam do
Concurso de Reciclagem, com o recolhimento
de garrafas pets, latinhas de alumínio e
caixinhas de leite, para destino correto desse
material.
Além do trabalho em equipe, a intenção da
gincana é mobilizar a comunidade escolar e
familiares dos alunos sobre a importância do
assunto. Como premiação, a sala que
arrecadar o maior número de materiais
recicláveis ganhará o direito de um passeio ao
Parque dos Dinossauros, em Olímpia. Ao todo,
30 salas de aulas estarão participando do
concurso. A gincana vai até o dia 5 de
dezembro.
Para guardar e arrecadar as embalagens, cada
escola criou um ‘ecoponto’, onde irá abrigar os
bags onde são guardadas as embalagens até o
recolhimento do serviço de coleta seletiva.
Cada material tem uma pontuação: garrafa
pet 2l – 2 pontos; lata de alumínio – 1 ponto;
e caixinha de leite – 1,5 ponto. Em relação a
garrafa pet, o material será reutilizado para
decoração de enfeites natalino no município.
“A gincana é responsável pela união entre
vários setores da comunidade, como social, da
comunidade escolar e do meio ambiente. Além
de promover o trabalho em equipe de cada
turma escolar, o concurso tem esse papel de
conscientizar os alunos da importância do
papel da reciclagem ao meio ambiente, e até
mesmo do reaproveitamento desse material”,
finalliza Mariana Marques, interlocutora do
Programa Município Verde Azul.
http://dhojeinterior.com.br/gincana-
conscientiza-sobre-reciclagem-e-garrafas-pet-
viram-decoracao-natalina/
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Grupo de Comunicação
Veículo: Jornal Cidade
Data:
Capacitação do Programa Verde Azul acontece em Franca nesta quinta, 24
Evento reunirá comitivas da cidade e da região
e será aberto às 8 horas, num dos auditórios
do Uni-Facef
A Prefeitura de Franca, em parceria com o
Governo do Estado de São Paulo, através de
sua Secretaria de Infraestrutura e Meio
Ambiente, Comitê da Bacia Hidrográfica do
Sapucaí Mirim/Grande e CBH Pardo, mais o
Consórcio dos Municípios da Alta Mogiana
(Comam), realizam nesta quinta-feira, 24 de
outubro, o módulo II de capacitação do
Programa Município Verde Azul.
O evento que reunirá comitivas da cidade e da
região, será aberta às 8 horas, num dos
auditórios do Uni-Facef, na av. Dr. Ismael
Alonso y Alonso, 2400, bairro São José.
A condução dos trabalhos, no período da
manhã, discutindo com os representantes das
cidades aspectos mais técnicos, estará a cargo
do coordenador estadual da Secretaria de
Infraestrutura e Meio ambiente, José Walter
Figueiredo.
Representando a Prefeitura de Franca, o
secretário de Serviços e Meio Ambiente,
Adriano Rodrigues Tosta confirmou
participação, ao lado da equipe da
Coordenadoria de Meio Ambiente, destacando
que a cidade está pré-qualificada para as
finais desse concurso, cujos resultados serão
conhecidos no mês de dezembro.
Importância da participação
É de grande importância a presença dos
técnicos e profissionais representando as
Prefeituras e instituições ligadas ao meio
ambiente, tanto da cidade como dos
municípios da região. Isso porque terão acesso
a novas ideias de projetos e políticas públicas
que já estão em desenvolvimento em outros
municípios, trocar experiências com
municípios da sua região, fortalecer e
possibilitar articulações intermunicipais, e
ainda por acréscimo, aperfeiçoar o
desenvolvimento das “Ações Verde Azul”,
aprimorando assim, suas práticas nas edições
futuras.
Essa será a primeira rodada de discussões que
terá o andamento durante todo o dia,
consistindo no debate de 16 tarefas
identificadas com as boas práticas ambientais
contempladas no programa ‘Ações Verde
Azul’.
A parte da manhã será focada em informes
mais técnicos, com demonstração de
experiências dos municípios, os trabalhos
ocorrerão na sala 111. Na parte da tarde será
no auditório ‘Edna Maria Campanhol’, no
mesmo local. São aguardadas também as
participações dos prefeitos e secretários
municipais de Meio Ambiente.
Participantes
A Secretaria de Infraestrutura contabilizou 29
municípios inscritos, totalizando 89
participantes. Destes, 34,8% são
interlocutores, 16,9% são suplentes e 48,3%
são outros agentes dos quadros técnicos
municipais interessados na implantação da
agenda ambiental municipal por meio do
Programa Município Verde Azul.
Municípios inscritos são: Altair, Altinópolis,
Aramina, Barrinha, Batatais, Buritizal, Cristais
Paulista, Divinolândia, Franca, Guará, Itirapuã,
Ituverava, Jaborandi, Jardinópolis, Jeriquara,
Miguelópolis, Mococa, Nuporanga, Patrocínio
Paulista, Restinga, Ribeirão Corrente, Ribeirão
Preto, Santa Cruz da Esperança, Santa Rosa
de Viterbo, Santo Antônio da Alegria, São
Joaquim da Barra, São José da Bela Vista, São
Simão e Sertãozinho.
A segunda rodada está prevista para o dia 17
de janeiro de 2020, na cidade de Altinópolis.
http://www.jornaldafranca.com.br/capacitacao
-do-programa-verde-azul-acontece-em-
franca-nesta-quinta
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13
Grupo de Comunicação
Veículo: Jornal Regional
Veículo2: Folha do ABC
Data: 23/10/2019
Estado abre licitação para obras do piscinão Jaboticabal
Reservatório será construído na divisa de São
Paulo, São Caetano e São Bernardo.
O Departamento de Águas e Energia
Elétrica (DAEE) do Governo do Estado de
São Paulo abriu licitação, no modelo de
concorrência pública, visando à seleção de
empresa para construção do piscinão
Jaboticabal, apontado por estudo do Consórcio
Intermunicipal ABC como a principal obra no
combate às enchentes na região. A publicação
consta na edição desta terça (22) do Diário
Oficial do Estado.
“Esse é mais um importante passo para iniciar
as obras que vão tirar do papel o Piscinão
Jaboticabal. Uma intervenção de grande
impacto no combate às enchentes do ABC,
que vai reduzir prejuízos, salvar vidas e
melhorar as condições de milhares de
moradores de áreas consideradas críticas”,
afirmou o presidente do Consórcio ABC e
prefeito de Santo André, Paulo Serra (PSDB).
O reservatório será construído nas
proximidades da Rodovia Anchieta, na
confluência entre os ribeirões dos Couros e
dos Meninos, na divisa entre São Paulo, São
Bernardo e São Caetano. O equipamento é
uma demanda antiga do Consórcio ABC,
debatida há pelo menos dez anos.
“O governo de São Paulo está empenhado em
viabilizar a construção desse importante
equipamento que visa dar mais tranquilidade
para a população da região no período das
chuvas”, destacou o secretário de
Infraestrutura e Meio Ambiente do Estado,
Marcos Penido.
PLANO REGIONAL
Em 2016, o órgão intermunicipal contratou o
Plano Regional de Macro e Microdrenagem do
ABC, tendo entre seus objetivos o
levantamento das medidas estruturais que
devem ser implementadas para combater as
enchentes, seguindo as diretrizes de impactos
e benefícios regionais. Entre as 259 medidas
estruturais propostas no plano, o Piscinão
Jaboticabal destacou-se como a obra mais
importante para o combate às enchentes na
região.
De acordo com o estudo, a obra deve
beneficiar cerca de 930 mil pessoas,
considerando população e o fluxo de pessoas
nas vias próximas. O custo total do
equipamento está estimado pelo DAEE em R$
315 milhões. O piscinão deve ocupar área de
154 mil metros quadrados e ter capacidade
para absorver 900 mil metros cúbicos de
água.
14
Grupo de Comunicação
“Devemos tratar esse projeto, que será o
maior reservatório de retenção de água de
chuva do Brasil, como uma grande vitória da
regionalidade. Foi devido à retomada do
protagonismo do Consórcio ABC, sob um novo
modelo de gestão, que esse empreendimento,
discutido há mais de dez anos, está saindo do
papel. Somente foi possível um ganho tão
grande para população por conta desse
trabalho integrado entre os prefeitos”,
afirmou Serra.
https://www.diarioregional.com.br/2019/10/2
3/estado-abre-licitacao-para-obras-do-
piscinao-jaboticabal/
http://www.folhadoabc.com.br/index.php/seco
es/politi/item/13909-estado-abre-licitacao-de-
r-315-mi-para-construcao-do-piscinao-
jaboticabal
http://cloud.boxnet.com.br/y4twu9yc
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15
Grupo de Comunicação
Veículo: TV Bandeirantes Ribeirão Preto
Data: 23/10/2019
Mortandade de peixes assusta
moradores em Guará
http://cloud.boxnet.com.br/y2udy5ke
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16
Grupo de Comunicação
Veículo: TV Bandeirantes Ribeirão Preto
Data: 23/10/2019
Vazamento de esgoto causa transtornos à população, em Ribeirão
Preto
http://cloud.boxnet.com.br/y63ecz4s
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17
Grupo de Comunicação
Veículo: Jornal de Itatiba
Data: 24/10/2019
Prefeito de Pedreira tem pedido indeferido quanto à tentativa de
paralisar a construção de barragem no Rio Jaguari
NOVÁ DERROTA-------------------------------
O prefeito de Pedreira, Hamilton Bernardes
(PSB), sofreu nova derrota na Justiça, na
tentativa de paralisara construção de uma
barragem no Rio Jaguari, que integra projeto
do governo do Estado para garantir reserva de
água bruta para a região de Campinas.
Rafael Imbunito
Flores, juiz da 2a Vara de Pedreira, indeferiu o
pedido do prefeito paraa paralisação da
construção e, em consequência, julgou extinto
o processo eo condenou ao pagamento dos
honorários advocatícios, de R$ 2 mil. do
Departamento de Águas e Energia
Elétrica (Daee), responsável pela obra. Cabe
recurso à decisão.
O Daee comentou que a decisão judicial vai
ao encontro das diretrizes do Governo
Estadual com relação à segurança hídrica na
região e informou que a construção da
barragem de Pedreira vai beneficiai" 5,5
milhões de pessoas e garantir o abastecimento
em 20 cidades da Região Metropolitana de
Campinas.As informações são do Correio
Popular.
http://cloud.boxnet.com.br/y5wnhpmp
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18
Grupo de Comunicação
Veículo1: Prefeitura de Americana
Data: 23/10/2019
Secretário cobra em reunião presença
dos municípios nas discussões sobre a Represa de Salto Grande
O secretário de Meio Ambiente, Odair Dias,
esteve nesta quarta-feira (23), na Câmara
Temática Especial da Represa de Salto
Grande, na Agemcamp (Agência Metropolitana
de Campinas), para tentar, junto ao grupo,
definir os projetos e ações voltadas na
recuperação da qualidade de água da represa.
Além do secretário, estiveram presentes
autoridades como o 2º Promotor de Justiça de
Americana, Ivan Carneiro Castanheira, o
diretor-executivo da Agemcamp, Antonio
Carlos Sacilotto, vereadores municipais de
Americana, membros do Corpo Técnico da
CPLF, DAE, CETESB, Consórcio PCJ, Sanasa
Campinas, entre outros.
"As pessoas que mais deveriam ouvir e se
engajar não estão aqui. É inadmissível o
descaso que existe por parte dos outros
municípios. A melhora na qualidade da água
da represa é visível, necessária e as
autoridades envolvidas tem conhecimento que
devem se envolver e buscar resolver os
problemas existentes", disse Odair.
O promotor de justiça, Ivan Carneiro,
concordou com a colocação do secretário, e
informou que na próxima reunião será feita
uma convocação aos representantes dos
municípios à montante da represa, tendo em
vista que praticamente nenhuma das cidades
"acima" participaram dos encontros
organizados até o momento.
Mais informações sobre os projetos
envolvendo a Represa de Salto Grande,
incluindo a retirada das macrófitas, que está
sendo feita por meio de parceria com a CPFL
desde o final de 2018, podem ser obtidas pelo
telefone da Secretaria de Meio Ambiente (19)
3471-7770.
http://www.americana.sp.gov.br/americanaV6
_index.php?it=1&a=noticias_americana_lista&
idnot=21173
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19
Grupo de Comunicação
Veículo: SOS Itaguaré
Data: 23/10/2019
Quarta-feira 23.10.2019 continuam obras sem
banheiro químico .
Continuam obras com sondagens para
construção prédio 26 andares operarios
defecando urinando sem banheiro quimico ,
vestiario ou banheiro improvisado atráz um
portão madeira .
Cadê CETESB , Sanitária ou Municipio que não
fiscaliza obras construção prédio com pedido
mudanças medida area intra-muros próximo
canal 7 .
General San Martin nro 13 .
Aumento tarifa gáz de cozinha , combustivel ,
o filho do Presidente do Brasil não vai ser mais
Embaixador nos EUA , agora tomará conta do
PSL segundo midia o motivo foi a falta de
votos que afastou vários politicos exercer
cargos no Partido até o momento não se fala
outra coisa na Rede Globo .
O incêndio na Amazônia , desmatamento
desenfreado , lama da Samarco , extração
ouro garimpo criminoso , poluição rios ,
mangues com mercurio terras indigenas ,
foram esquecidos .
Desde setembro oleo bruto (petroleo) surgem
graças a poluição tambores enferrujados
corroidos pelo mar foram encontrados na praia
de oleo da Shell .
Mais pesquisadores Marinha e Universsidade
Federal Sergipe atravéz Dna petroleo com
certeza e que acham ser Venezuela , mais até
agora a prioridade é limpar a praia com
voluntários nordestinos , Marinha e Exército .
Muita coincidência , próximo a privatização
Pré-Sal Petrobrás aconteçer este fato inédito ,
que mais uma vez leva ao Mundo problemas
com meio ambiente descaso no Brasil com a
Mãe Natureza ainda mais agora depois de
tantas recusas apoio aos Bancos Alemanha ,
França , etc .
Que subsidiavam Ongs setores Meio Ambiente
preservação florestas , povos de várias etinias
indios .
Muita informação que a televisão passa ,
dificulta entendimento do telespectador que
fica até confuso com tantos problemas
causados neste Brasil , cada vez mais sofrido
com falta empregos , ganância certos politicos
, deixa muito a desejar uns ganhando muito ,
outros passando nescessidade , fome e sede ,
entre tantos faltas mais .
www.sositaguare.blogspot.com
http://sositaguare.blogspot.com/2019/10/qua
rta-feira-23102019-continuam-obras.html
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20
Grupo de Comunicação
Veículo: DCI
Data:
Brasil cai para a 124ª posição no relatório Doing Business 2020 -
FecomercioSP
A FecomercioSP entende que o País deve
avançar em reformas que tenham efeitos nos
indicadores do relatório Doing Business - uma
porta de entrada para mais investimentos
produtivos
Apesar dos esforços dos últimos anos do Brasil
para melhorar as relações de trabalho, atrair
investimentos e criar empregos, o País caiu
para a 124ª posição do relatório Doing
Business 2020, divulgado na noite dessa
quarta-feira (23). Esse ranking global é
publicado anualmente pelo Banco Mundial, que
avalia as leis e as regulações que facilitam ou
dificultam as atividades das empresas em 190
países. Até então, o Brasil ocupava a 109ª
posição na lista.
A queda se deve ao pequeno número de
reformas que foram implementadas no País,
segundo o Banco Mundial, principalmente em
comparação com outras economias que
fizeram reformas mais profundas. A pontuação
geral no ranking brasileiro subiu apenas 0,5 -
de 58,6 para 59,1.
Os únicos indicadores que apresentaram
reformas foram: mais facilidade para abertura
de empresas e também registro de
propriedades. Já o indicador de obtenção de
alvarás de construção piorou neste ano. Os
outros itens avaliados se mantiveram
constantes, sem reformas relevantes.
Os indicadores que mais prejudicam a posição
do Brasil são: obtenção de alvarás de
construção (170) e pagamento de impostos
(184). Os mais bem posicionados são:
proteção de investidores minoritários (61) e
execução de contratos (58).
Ambiente de negócios
A Federação do Comércio de Bens, Serviços e
Turismo do Estado de São Paulo
(FecomercioSP) tem promovido diversas ações
em prol de um ambiente mais oportuno aos
negócios, seja com apoio a projetos relevantes
para as empresas ou com propostas de autoria
própria visando à redução da burocracia em
diversas frentes. Esses planos atacam
diretamente o longo prazo necessário para se
abrir uma empresa e ainda trazem
simplificações profundas no sistema tributário,
de modo a reduzir o peso do Estado sobre a
geração de emprego, renda e investimentos.
As propostas de simplificação do sistema
tributário apresentadas pela FecomercioSP,
com 11 anteprojetos, 8 emendas à Proposta
de Emenda à Constituição (PEC) n.º 45/2019
e mais 11 emendas à PEC n.º 110/2019, que
estão em debate no Congresso, podem ter um
grande impacto no ambiente de negócios. A
ideia é reduzir as obrigações acessórias e
facilitar o relacionamento das empresas com o
Fisco e, com isso, trazer melhorias que
tenham efeito direto nos indicadores do
relatório Doing Business - uma porta de
entrada para mais investimentos produtivos.
Com apoio às PECs - ambas decorrentes da
Reforma Tributária - a Federação já realizou
diversos encontros para debater o tema,
recebendo, inclusive, representantes do Poder
Público e parlamentares que estão liderando
as discussões dessa pauta no Congresso. Em
razão da dificuldade de se aprovar uma
reforma como essa, a Entidade acredita que
uma simplificação também pode ser de grande
auxílio na redução do emaranhado burocrático
e complexo que é o atual sistema. A
21
Grupo de Comunicação
FecomercioSP já apresentou todas essas
propostas em um webinário recente dedicado
a esse debate.
A recém-sancionada Lei da Liberdade
Econômica, que deve trazer um impacto
positivo para o País, também foi defendida
pela FecomercioSP.
Empreenda Fácil
A FecomercioSP também garante apoio ativo
ao Projeto de Lei n. 4/2019, que cria o Plano
Estadual de Desburocratização - Empreenda
Fácil, proposta que simplifica e reduz para
quatro dias os processos de abertura de
empresas com atividades de baixo risco e
garante agilidade ao encerramento,
possibilitando que tudo isso seja feito
eletronicamente. O projeto está em etapa final
de tramitação na Assembleia Legislativa do
Estado de São Paulo (Alesp); a Federação
esteve presente em reuniões de discussão
desse plano na Assembleia.
Para a Federação, essa burocracia será ainda
menor caso seja criado uma unificação
cadastral, isto é, um documento único da
empresa a ser aceito em órgãos federais,
estaduais e municipais, uma espécie de
'certidão de nascimento', com a garantia de
afixação de prazo para resposta desses
órgãos.
Essa ideia está presente na proposta do
Empreenda Fácil. O projeto pode resultar em
uma plataforma que fará a conexão entre as
empresas e todos os órgãos necessários para
o licenciamento, e pode melhorar inclusive a
integração e o desenvolvimento de novos
sistemas, agilizando a implantação da Rede
Nacional para a Simplificação do Registro e da
Legalização de Empresas e Negócios
(Redesim).
Via Rápida Empresa
O Via Rápida Empresa (VRE), plataforma
online que simplifica processos desde a
abertura até a emissão de licenças e registro
da inscrição, também tem o apoio da
FecomercioSP, que avalia o sistema como uma
forma de se gerar um impacto positivo no
desenvolvimento regional e ainda no relatório
Doing Business, já que 3 dos 11 indicadores
analisados no relatório do Banco Mundial são
contemplados nessa plataforma.
O VRE integra o Cadastro Web e o Sistema
Integrado de Licenciamento (SIL), coletando
dados de registro empresarial, consulta prévia
de viabilidade de localização e licenças para o
exercício de atividades econômicas. Essa
plataforma ainda reúne os cadastros do Corpo
de Bombeiros, da Vigilância Sanitária, da
Companhia Ambiental do Estado de São
Paulo (Cetesb) e da Prefeitura de São Paulo.
Uma conexão como essa permite a abertura
de empresas com atividades de baixo risco - o
caso de grande parte do comércio varejista -
em até cinco dias.
Atualmente, o VRE faz parte de do Integrador
Estadual Paulista, sistema da Junta Comercial
do Estado de São Paulo (Jucesp) que integra
dados da consulta de viabilidade locacional e
de nome, registro, inscrições nos órgãos
competentes e licenciamento da empresa.
Fonte Oficial: FecomercioSP
Os textos, informações e opiniões publicados
neste espaço são de total responsabilidade
do(a) autor(a). Logo, não correspondem,
necessariamente, ao ponto de vista do VIP
CEO.
https://vipceo.com.br/brasil-cai-para-a-124a-
posicao-no-relatorio-doing-business-2020-
fecomerciosp/
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22
Grupo de Comunicação
Veículo: Grupo União de Jornais
Data: 23/10/2019
Coleta de lixo e limpeza pública estão entre os serviços mais bem avaliados pelo morador de Santo André
Publicado por @PriscilaMortensen
A qualidade da gestão dos resíduos sólidos em
Santo André voltou a ser reconhecida pela
população, segundo pesquisa do instituto
Indsat (Indicadores de Satisfação de Serviços
Públicos). O mais recente levantamento,
divulgado esta semana, informa que a limpeza
pública na cidade alcançou o Alto Grau de
Satisfação. Já a coleta de lixo é considerada o
melhor serviço público de Santo André entre
16 pesquisados, com moradores também
atestando Alto Grau de Satisfação.
“O bom desempenho dos serviços públicos em
Santo André denota a atenção da
administração à zeladoria do município,
resultado de um novo modelo de gestão
implantado em 2017, que reduziu cerca de
80% as dívidas da cidade e permitiu investir
em infraestrutura”, afirmou o prefeito Paulo
Serra.
Há 20 anos, a coleta e destinação de lixo em
Santo André passou a ser realizada pelo
Semasa (Serviço Municipal de Saneamento
Ambiental de Santo André). Desde então, a
cidade investe na coleta seletiva e na
ampliação da qualidade dos serviços prestados
à população.
“Estamos felizes com este reconhecimento
pela população. Neste último ano, estamos
com nossas equipes ainda mais centralizadas
na limpeza da cidade, o que certamente
contribui para a satisfação dos moradores com
os serviços do Semasa”, afirmou o
superintendente da autarquia, Almir Cicote.
Atualmente, os caminhões de recicláveis, ou
secos, passam em todas as ruas da cidade
pelo menos uma vez por semana. A coleta de
secos é reforçada por 21 ecopontos, onde os
moradores podem deixar, gratuitamente, não
apenas recicláveis, mas também resíduos
volumosos, como pneus, madeira,
eletrodomésticos e eletrônicos, entulho, sofás
e colchões. O índice de reaproveitamento de
resíduos na cidade cresceu mais de 140% na
atual gestão e alcança 30% do total.
Santo André é a única do ABC que tem aterro
sanitário municipal, com uma das melhores
notas concedidas pela Cetesb em toda a
região metropolitana de São Paulo: 9,4. A
totalidade dos resíduos úmidos gerados na
cidade vai para o aterro público, o que reduz
gastos da municipalidade com a disposição em
locais privados.
Já na varrição, são 8.600 km de vias públicas
limpas todo mês e a cidade ainda possui cerca
de 5.500 papeleiras de rua instaladas.
Segundo o Indsat, para a elaboração de cada
uma das pesquisas são ouvidos 400
moradores. No 3º trimestre deste ano, 56%
afirmaram que a limpeza pública na cidade é
ótima ou boa. Sobre a coleta de lixo, a
pesquisa foi elaborada no 2º trimestre e 84%
dos entrevistados a consideraram ótima e boa.
http://gujsp.com.br/coleta-de-lixo-e-limpeza-
publica-estao-entre-os-servicos-mais-bem-
avaliados-pelo-morador-de-santo-andre/
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23
Grupo de Comunicação
Veículo: Portal Tratamento de Água
Data: 23/10/2019
Reuso de água como alternativa para
o sistema hídrico brasileiro
Publicado em 23/10/2019 às 14:14:42
Resumo
No cenário mundial de eminente escassez dos
recursos hídricos, novas fontes e alternativas
de água deverão ser estudadas para atender a
demanda por água no futuro. Vários
mananciais estão poluídos e deteriorados,
devido à falta de controle ou ausência de
investimentos em coleta, tratamento e
disposição final dos esgotos. Alguns desses
mananciais também se encontram afastados
dos centros urbanos, havendo uma certa
dificuldade em fazer chegar água de boa
qualidade e de potabilidade reconhecida, até
destino final, prioritariamente ao consumo
humano. A tecnologia do reuso da água surge
como um esforço da engenharia ambiental
buscando solucionar a utilização mínima de
água em um processo produtivo e a máxima
proteção ambiental com o menor custo
possível. O reuso da água, além de resolver
satisfatoriamente o problema de
abastecimento, proporciona um ganho
econômico com a redução na captação, na
quantidade de elementos químicos para seu
tratamento e no lançamento de efluentes. Este
trabalho, através de pesquisas bibliográficas e
eletrônicas, tem como objetivo mostrar as
várias modalidades de reuso da água como
alternativa de redução desse consumo, para
fins não potáveis, a preservação ambiental,
evitando o impacto da irrigação nos recursos
hídricos naturais disponíveis e os possíveis
impactos legais e sociais decorrentes.
Introdução
Os efeitos na qualidade e na quantidade da
água disponível, relacionados com crescimento
acelerado da população, aumento do consumo
e desperdício de água tratada, a poluição das
águas superficiais e subterrâneas por esgotos
domésticos e resíduos tóxicos provenientes da
indústria e da agricultura, já são evidentes em
várias partes do mundo e refletem uma
possível crise hídrica. Vianna et al (2005)
apontaram que no Brasil, dos 110 milhões dos
habitantes residentes em centros urbanos,
apenas 36% dispõe de rede de esgoto e
somente 11% dessa população têm seus
esgotos tratados antes da água retornar ao
leito dos rios. Mesmo países que dispõem de
recursos hídricos abundantes (por exemplo, o
Brasil) não estão livres da ameaça de uma
crise, as reservas de água potável estão
diminuindo.
O Brasil enfrenta um dos maiores problemas
de escassez de chuvas. O problema que antes
atingia as regiões semiáridas se estendeu a
grandes cidades nos últimos anos. E assim
estima-se que 25 milhões da brasileira global
viva hoje sob a situação de estresse hídrico. A
crise no país se agrava pela falta de
infraestrutura e investimentos no setor. O
reuso de água surge como alternativa para
reduzir os problemas causados com a escassez
de recursos hídricos, pois está ligado à
proteção à saúde pública e ao meio ambiente,
ao saneamento ambiental e ao gerenciamento
de recursos hídricos. O reuso é definido como
o aproveitamento de água residuária ou água
de qualidade inferior, tratada ou não (CROOK
e OKUN, 1991).
No Brasil, ao contrário de outros países, a
experiência do reuso é recente e não se
podem estabelecer padrões, assim, o reuso é
feito através de estudos sobre os riscos
associados e os conhecimentos das condições
específicas das regiões. O fato de não se
estabelecer padrões, provém da ausência de
legislação que estabelece limites para
parâmetros físicos, químicos e biológicos. A
resolução do CNRH nº 54 descreve que
existem quatro modalidades para prática de
reuso não potável: agrícola, ambiental,
industrial e aquicultura. Já a NBR 13969 tem
24
Grupo de Comunicação
um item dedicado ao tema, inclusive com a
definição de classes de água de reuso e
indicação de padrões de qualidade, que
descreve as unidades de pós-tratamento e
sugere alternativas de disposição final de
efluentes líquidos de tanques sépticos. Em
2017 foi publicada uma resolução conjunto da
Secretaria de Estado da Saúde do Meio
Ambiente e de Saneamento e Recursos
Hídricos do Estado de São Paulo, que dispõe
categorias de reuso, padrões de qualidade e
de monitoramento.
De acordo com Von Sperling (2009), o
tratamento de efluente passa pelas etapas de
tratamento preliminar, tratamento primário,
secundário e terciário, sendo essa última
etapa composta por processos físicos e
químicos, como por exemplo, os processos de
coagulação, floculação, decantação, filtração,
adsorção por carvão e osmose reversa, sendo
esse último, o reuso de água. Os tratamentos
geralmente empregados para efluente de
estação de tratamento de esgoto (ETE) para
utilização como reuso são: adsorção em
carvão ativado; filtração em areia; oxidação
com ozônio, dióxido de cloro e peróxido de
hidrogênio; separação por membranas
(microfiltração, ultrafiltração, nanofiltração e
osmose inversa); destilação e precipitação
(MIERZWA e HESPANHOL, 2005; METCALF e
EDDY, 2003; MANCUSO e SANTOS, 2003).
Cornelli et al (2014), por meio de uma revisão
sistemática sobre os métodos de tratamento
de esgotos domésticos, identificaram, em 274
artigos científicos, 36,5% utiliza tratamentos
anaeróbios combinados aos aeróbios, e 34,6%
utilizam unicamente processos aeróbios, esse
porcentual pode estar relacionado às
vantagens da técnica aeróbia: alto
desempenho, tecnologia simples, eficaz e
volume reduzido de lodo. O processo
predominante foi o biológico (66,1%),
enquanto que o nível de tratamento mais
utilizado foi o secundário (65,5%).
Atualmente, a tecnologia e os fundamentos
ambientais, permitem fazer o uso e o reuso
dos recursos hídricos disponíveis localmente,
mediante programas adequados de gestão. A
implementação da prática de reuso da água já
configura uma realidade adotada em alguns
países, inclusive pelo Brasil. O reuso de água
reduz a demanda sobre os mananciais devido
à substituição da água potável por uma água
de reuso com qualidade inferior, para fins
menos nobres.
De acordo com a CETESB (2012), a utilização
direta ou indireta de águas residuárias pode se
caracterizar como:
• Reuso indireto não-planejado: a água
utilizada é descarregada no meio ambiente e
novamente aproveitada,em sua forma diluída,
de maneira não intencional e não controlada.
• Reuso indireto planejado da água: os
efluentes são descarregados de forma
planejada nos corpos d’águas superficiais ou
subterrâneas, que por sua vez são utilizadas
de maneira controlada, no atendimento de
alguma necessidade.
•Reuso direto planejado das águas: os
efluentes tratados são encaminhados
diretamente de seu ponto de descarga até o
local do reuso.
•Reciclagem da água: caracteriza-se pelo
reuso interno da água, antes de sua descarga
em um sistema geral de tratamento ou outro
local de disposição. É um uso particular do
reuso direto planejado.
Autores: Isadora Alves Lovo Ismail; Marília
Vasconcellos Agnesini; Fernando Afonso
Marrengula e Cristina Filomena Pereira Rosa
Paschoalato.
https://www.tratamentodeagua.com.br/artigo
/reuso-agua-sistema-hidrico-brasileiro/
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25
Grupo de Comunicação
Veículo: Rádio Piratininga
Data: 23/10/2019
Sul Life: Descarte irregular de entulho
é interditado na Chácaras Reunidas
A prefeitura de São José dos Campos
interditou, na última sexta-feira (18), uma
grande área utilizada por várias empresas que
faziam o descarte irregular de resíduos da
construção civil na rua Januária, 750, no
bairro Chácaras Reunidas, região sul da
cidade.
Participaram da ação cerca de 20 profissionais
da Prefeitura (Vigilância Sanitária,
Departamento de Fiscalização e Posturas
Municipais, Secretaria de Urbanismo e
Sustentabilidade, Guarda Civil Municipal),
Urbam (Urbanizadora Municipal), agentes da
Polícia Militar Ambiental e da Cetesb.
As autoridades municipais chegaram até o
local de surpresa, após o registro de
denúncias de vizinhos sobre possível
contaminação de solo e água do Rio Comprido
por resíduos volumosos da construção civil,
descartados irregularmente por meio de
caçambas.
O local foi interditado pelo Departamento de
Fiscalização e Posturas Municipais e autuado
pelos órgãos participantes da ação. A Polícia
Militar Ambiental representou contra o
proprietário da área na delegacia do 3°
Distrito Policial, tendo como testemunhas os
agentes participantes da ação.
Monitoramento
Transportadores, sucateiros e áreas receptoras
de resíduos da construção civil e de volumosos
(móveis, eletroeletrônicos, restos de podas e
outros) precisam se registrar no Cadastro
Eletrônico Municipal para atuarem de forma
legal na cidade. As novas regras foram
implantadas por meio do decreto 18.185/19
para conter o descarte irregular de lixo e
entulho na cidade.
O sistema permite que a Urbam faça o
rastreamento dos resíduos da construção civil
e de volumosos desde a geração até a sua
destinação final.
O decreto também define a obrigatoriedade
dos geradores de resíduos realizarem a
contratação de empresas cadastradas no
sistema. Para cada viagem de caçamba ou
basculante, o transportador precisa emitir o
Controle de Transporte de Resíduo - eletrônico
(CTR-e) para o gerador. Esse controle é a
garantia para que os resíduos sejam
monitorados, transportados e destinados
corretamente.
A contratação de empresas cadastradas
minimiza o descarte de resíduos da construção
civil em locais inadequados. O valor da multa
por descarte irregular para transportadores
não cadastrados poderá chegar a R$
16.856,35. Quem contrata o serviço irregular,
também pode pagar multa.
https://www.aquariuslife.com.br/sul-life-
descarte-irregular-entulho-interditado-
chacaras-reunidas/
https://www.radiopiratininga.com.br/prefeitur
a-de-sao-jose-interdita-area-irregular-de-
descarte-de-entulho/
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26
Grupo de Comunicação
Veículo: Laércio Advogado
Veículo2: Grupo Orzil
Veículo3: Notícias do Vale
Data: 23/10/2019
TJ-SP proíbe prefeitura de construir museu em área de proteção
Por considerar a construção irregular,
localizada em área de proteção permanente e
com risco de inundação, a 2ª Câmara
Reservada do Meio Ambiente do Tribunal de
Justiça de São Paulo determinou que a
prefeitura de Registro, cidade do interior do
estado, suspenda as obras de um museu,
desfaça os trabalhos já realizados e recupere
integralmente a área degradada em até 180
dias.
A decisão se deu em ação civil pública movida
pelo Ministério Público contra o município. O
MP questionou a construção de um memorial
da imigração japonesa nas margens do rio
Ribeira de Iguape, que é uma área de
proteção permanente, onde também há risco
de inundação. O juízo de primeiro grau julgou
a ação improcedente por entender que a
Cetesb dispensou a licença ambiental. O MP
recorreu e obteve sucesso no TJ-SP.
“A ocupação das margens do mencionado rio
causa graves consequências à preservação do
meio ambiente saudável, com nítida
degradação ambiental, além de evidente risco
à vida, saúde e integridade física das pessoas
que indevidamente vierem a ocupar a
mencionada área. De fato, fragiliza-se a
permeabilidade do solo, potencializa-se o
despejo de detritos nas águas e o
assoreamento respectivo, resultando numa
maior predisposição à ocorrência de
enchentes, em clara ofensa ao inciso III do
artigo 3º da Lei Federal 6.938/81”, afirmou o
relator, desembargador Roberto Maia.
O relator afastou a tese do município de que
poderia construir o museu por ter ocupado
aquela área antes da vigência da Lei Federal
4771/65. “Total inexistência de direito
adquirido a poluir ou degradar o meio
ambiente”, afirmou Maia. Para ele, não se
aplica ao caso a teoria do fato consumado. Por
isso, a construção do memorial foi considerada
irregular pelos desembargadores. A decisão foi
por unanimidade.
“É caso de se dar provimento ao apelo do
órgão ministerial para determinar que os
apelados se abstenham de realizar intervenção
para implantação do “Museu Memorial da
Imigração Japonesa” na APP do Rio Ribeira de
Iguape, considerada área de risco de
inundação, bem como para que a
municipalidade desfaça eventuais obras já
realizadas e recupere a área degradada,
mediante restauração das condições
anteriores, comprovando a realização das
providências no prazo de 180 dias, o que deve
ser observado”, disse o relator.
Processo 1000703-54.2018.8.26.0495
Fonte:http://www.conjur.com.br/
http://www.laercio.adv.br/site/noticia/tj-sp-
proibe-prefeitura-construir-museu-area-
protecao
https://www.orzil.org/noticias/tj-sp-proibe-
prefeitura-de-construir-museu-em-area-de-
protecao-permanente/
http://cloud.boxnet.com.br/y2d8ncde
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27
Grupo de Comunicação
Veículo: Todo dia Americana
Data: 23/10/2019
Fogo Cruzado – Na bronca
http://cloud.boxnet.com.br/y43p7rwj
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28
Grupo de Comunicação
Veículo: Rádio 94,5 FM/Bauru
Data: 24/10/2019
O relatório anual de áreas
contaminadas emitido pela cetesb, apontou que em existem 15 áreas
contaminadas e outras 6 já recuperadas para o Uso
http://cloud.boxnet.com.br/yxtxs9vk
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29
Grupo de Comunicação
Veículo: TV Bandeirantes
Data: 23/10/2019
Manutenção da Sabesp deixou bairros
sem fornecimento de água
http://cloud.boxnet.com.br/y43ug32r
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30
Grupo de Comunicação
Veículo: TV Bandeirantes
Data: 23/10/2019
Moradores de Alumínio reclamam de
água escura nas torneiras
Moradores dos bairros Jardim Bandeirantes e
Pedágio contaram que ficam o dia inteiro sem
água, e, quando o abastecimento volta, a
água está suja; Sabesp informou que houve
rompimento na rede.
Os moradores de Alumínio (SP) estão
reclamando da cor escura da água que está
saindo das torneiras. Segundo eles, o
problema acontece há uma semana.
Os moradores dos bairros Jardim Bandeirantes
e Pedágio contaram que ficam o dia inteiro
sem água e, quando o abastecimento volta, a
água está suja. Alguns deles entraram em
contato com a TV TEM para mostrar o
problema.
Moradores de Alumínio reclamam da cor da
água que está chegando à torneira das casas
A Companhia de Saneamento Básico do
Estado de São Paulo (Sabesp) informou
que houve um rompimento na rede.
Os trabalhos vão ser concluídos na noite desta
quarta-feira (23) e a normalização deve
acontecer aos poucos. Sobre a cor da água, a
Sabesp não deu explicações.
https://g1.globo.com/sp/sorocaba-
jundiai/noticia/2019/10/23/moradores-de-
aluminio-reclamam-de-agua-escura-nas-
torneiras.ghtml
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31
Grupo de Comunicação
Veículo: Metro ABC
Data: 24/10/2019
Sabesp inicia obra de abastecimento
em Santo André
http://cloud.boxnet.com.br/y2uhrr95
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32
Grupo de Comunicação
Veículo: Rádio CBN
Data: 24/10/2019
Resposta da Subprefeitura, sobre
solapamento na Avenida Morumbi
http://cloud.boxnet.com.br/yyxdubdh
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33
Grupo de Comunicação
Veículo: TV Globo
Data: 24/10/2019
Radar SP - Morador reclama de obras
perto de um escadão na zona sul
http://cloud.boxnet.com.br/y4e48atg
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34
Grupo de Comunicação
Veículo: Rádio CBN
Data: 23/10/2019
Justiça indefere pedido do prefeito de
Pedreira para interrompe construção de barragem
http://cloud.boxnet.com.br/y4e4n2w6
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35
Grupo de Comunicação
Veículo: G1 São Carlos e região
Data:
DAE terá plano contra perda de água
Hoje, o índice é de 47,7% e a meta é
conseguir a redução, até o ano de 2034, para
25%; autarquia abriu licitação
Hoje, quase metade da água produzida é
perdida; plano irá traçar ações para mudar
esse quadro
O DAE abriu licitação para contratar a
elaboração do Plano Diretor que fornecerá
diretrizes para controle de perdas de água no
sistema de abastecimento público de Bauru.
O estudo definirá um cronograma de combate
a perdas com a finalidade de reduzir o atual
índice do município, que é de 47,7%, para
25% até o ano 2034. A média nacional se
aproxima dos 40%.
Segundo Elton Oliveira, diretor de Controle de
Perdas do DAE, o objetivo é que seja fornecido
um diagnóstico das necessidades de
planejamento e investimentos para um
programa de combate a perdas. "O plano
apresentará um conjunto de propostas e
alternativas de curto, médio e longo prazo
para soluções e desenvolvimento de controle
de perdas. A estratégia é desenvolver medidas
e ações para a melhor utilização, conservação,
recuperação, proteção e sustentabilidade dos
recursos hídricos superficiais e subterrâneos",
ressalta.
A futura empresa de consultoria contratada
terá uma série de atribuições, como
atualização e cadastramento das redes de
distribuição de água, setorização, medições de
vazão e pressão em campo, elaboração do
projeto de macromedição de vazão e
instalação de sensores de nível com
automação e transmissão de dados por
telemetria.
O estudo contemplará todas as etapas de
transformação da água bruta em água
tratada, englobando os processos de captação
do Rio Batalha, poços, adução, tratamento,
reservação e distribuição até os imóveis.
CUSTO
Para custear o plano, o DAE receberá recursos
da Secretaria de Estado de Saneamento e
Recursos Hídricos, através do Fundo Estadual
de Recursos Hídricos (Fehidro), no valor de R$
465.460,00.
O apoio financeiro foi disponibilizado após
trabalho do Serviço de Controle de Perdas da
autarquia, que elaborou e teve aprovação do
projeto pela Câmara Técnica do Comitê de
Bacias Hidrográficas Tietê-Jacaré, Cetesb
(agente técnico) e Banco do Brasil (agente
financeiro).
Ações em curso
Vários fatores induzem às perdas, como as
ligações clandestinas, fraudes, vazamentos em
adutoras, redes de distribuição e ramais, além
da submedição dos hidrômetros. Também
compõe o indicador a água usada, por
exemplo, na limpeza dos reservatórios, os
caminhões-pipa e as descargas na rede.
Para melhorar o índice, o DAE afirma que já
tem investido e intensificado serviços e ações
de combate a perdas.
Entre as ações, estão o controle ativo de
vazamentos, com mapeamento e dados
técnicos geolocalizados; as obras de
setorização, que diminuem e regularizam a
pressão do sistema; o plano de ação contra
fraudes; e a gestão da micromedição (parque
de hidrômetros).
https://www.jcnet.com.br/noticias/geral/2019
/10/701025-dae-tera-plano-contra-perda-de-
agua.html
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36
Grupo de Comunicação
VEÍCULOS DIVERSOS Veículo: El País 24/10/2019
Data: 24/10/2019
O pesadelo ambiental do Nordeste
ameaça pescadores e PIB do turismo
Secretário de turismo de Pernambuco e
representantes do setor se reúnem com
ministro para debater medidas preventivas.
“Tem cliente dizendo que vai ficar sem comer
peixes e crustáceos por três meses”
TERESA MAIA
FELIPE BETIM
Recife
O vazamento de petróleo que atingiu algumas
das praias mais turísticas de Pernambuco nos
últimos dias acendeu o alerta nos
comerciantes que vivem disso, mas ainda não
afeta seu dia a dia. Nesta quarta-feira, o
secretário de Turismo de Pernambuco e
representantes do setor se reuniram em
Brasília com o ministro Marcelo Álvaro Antônio
para debater medidas preventivas e
informativas, de forma que o litoral
Pernambuco, sobretudo ao sul da capital
Recife, siga sendo destino no próximo verão.
Já o ministro do Meio Ambiente, Ricardo
Salles, ocupou a cadeia de rádio e TV nacional
para garantir que o Governo tem se
empenhado em responder à crise. Também
nesta quarta o óleo atingiu mais dois lugares:
praia Barra de Jangada, em Jaboatão, ao lado
da capital Recife; e a praia do Janga, na
cidade de Paulista, ao lado de Olinda. Próximo
de lá, em Itapissuma, a mais antiga colônia de
pescadores da Grande Recife já vê a
frequência de clientes cair por medo de
contaminação — ainda que o local não tenha
sido atingido. Ao todo, 28 praias do estado
foram atingidas ao longo dos últimos 50 dias.
Amarildes Pessoa, de 65 anos, pescador
"desde que nasceu", diz que tanto turistas
como clientes locais temem que os peixes da
região estejam contaminados. Além de abrigar
a Z10, a mais antiga colônia de pescadores da
Grande Recife, Itapissuma é famosa pela
caldeirada, prato com mariscos típico do litoral
norte de Pernambuco e que atrai a atenção
dos turistas. Alguns donos de restaurante
negam que a frequência tenha diminuído. Mas
Pessoa garante que, na última semana, as
vendas caíram “uns 40%”.
Ele pesca camarão, sururu, ostra, aratu, entre
outros, no canal de Santa Cruz. E, além de
vender em sua peixaria e abastecer a cidade,
comercializa seus os produtos na turística ilha
de Itamaracá, em Olinda, no Recife, entre
outras localidades. “Não pensei que fosse cair
tanto assim. Aqui o óleo ainda não chegou
aqui, graças a Deus, mas se o povo tem medo
de comer… Aí não vão comprar”, conta. Ele diz
que a queixa se estende a outros colegas da
colônia de pescadores. “Tem cliente dizendo
que vai ficar sem comer peixes e crustáceos
por três meses. Não é brincadeira não, meu
filho”.
A região de Itapissuma, no litoral norte de
Pernambuco, é constituída por manguezais. Se
o óleo chega até eles, sua retirada é
praticamente impossível, segundo
especialistas. É nesse rico ecossistema que
Isaías Américo, de 42 anos, busca as ostras
que vende. Ao contrário de Pessoa, garante
que ainda consegue vendê-las normalmente.
“Mas se o óleo vier para cá, acabou”, lamenta.
A 30 minutos dali, na praia do Janga,
município de Paulista, centenas de voluntários
tentavam retirar da água e das pedras uma
grande quantidade de petróleo, cru e bastante
grosso, que chegou nesta quarta. Como em
outros dias, fizeram mutirão a partir da
doação de mantimentos e equipamentos dos
pernambucanos que se solidarizaram. Entre
esses voluntários, um homem dentro da água
retirava com uma peneira os peixes mortos.
De acordo com representantes municipais, a
vida marinha local pode estar ameaçada, mas
garantem que amostras de animais mortos
serão enviadas para a Universidade Federal de
Pernambuco para avaliar qual é a relação com
o vazamento.
A preocupação maior reside do outro lado da
Grande Recife, no litoral sul de Pernambuco,
especialmente em municípios como
Tamandaré, Ipojuca, Cabo de Santo Agostinho
e Jaboatão. Nesta última cidade, que está ao
lado de Recife, a menos de 20 quilômetros da
famosa praia de Boa Viagem, o óleo chegou
na madrugada de quarta-feira. Mas a
Prefeitura assegura que estava monitorando a
área e que conseguiu conter a contaminação a
tempo, retirando cerca de cinco toneladas da
substância até o fim da manhã.
As cidades mais importantes para o turismo
em Pernambuco são Tamarandé e Ipojuca. Na
37
Grupo de Comunicação
primeira está a turística praia de Carneiros,
que foi contaminada na última sexta — e já foi
limpa pelos incansáveis voluntários. Já a
última abriga um balneário que inclui as praias
de Porto de Galinhas, Muro Alto, Maracaípe e
Cupe. A primeira se salvou por pouco do
vazamento, mas as outras acabaram afetadas.
O turismo emprega 50% da população
economicamente ativa somente nesse
balneário, segundo a Porto Convention.
Considerando toda Ipojuca, 20.000 de seus
94.000 habitantes estão empregados no setor.
Outro fator de preocupação é que o litoral sul
de Pernambuco é formado por corais. Uma vez
atingidos pelo petróleo cru, é praticamente
impossível retirá-lo das rochas. A secretaria de
Turismo de Pernambuco afirma que 5,9
milhões de pessoas visitaram o estado em
2018. E que Porto de Galinhas é a praia mais
visitada de todo o Estado. De acordo com a
Porto Convention, 1,2 milhão de turistas
passaram pelo local no ano passado.
Até agora, a contaminação de óleo na região
parece não ter afetado os planos dos turistas
que vão visitar o litoral sul de Pernambuco. O
EL PAÍS conversou com responsáveis por
pousadas em Maracaípe, Carneiros e Olinda —
esta última, apesar de mais longe, é um dos
principais pontos de hospedagem daqueles
que visitam as praias da região. De acordo
eles, ainda não houve pedidos de
cancelamento de reserva. A rotina segue
praticamente igual. “No sábado, quando
aconteceu a contaminação, muita gente ligou
pedindo para cancelar, mas conseguimos
reverter 90% desses cancelamentos. Agora
temos que ver daqui em diante”, conta Fátima
Cristina Dias, dona da pousada Maraoka, na
praia de Maracaípe. Nos últimos dias ela tem
publicado no Instagram fotos da praia, que já
foi limpa por voluntários. Garante que a
procura até aumentou, enquanto que os
cancelamentos de reserva voltaram para seu
fluxo normal.
“Nós, do trade turístico e donos de hotéis de
Porto de Galinhas, estamos em uma ação de
prevenção. As praias de Carneiros e Porto de
Galinhas tiveram incidentes pontuais, mas
estão limpas. Queremos evitar agora esses
efeitos negativos de cancelamento”, explica
Danilo Oliveira, vice-presidente da Associação
para o Desenvolvimento Sustentável de
Carneiros e diretor da pousada Praia dos
Carneiros. Ele esteve na reunião com o
ministro de Turismo e o secretário de Turismo
de Pernambuco nesta quarta-feira. Entre as
reivindicações, estão medidas de divulgação
de destinos do Nordeste e uma operação de
mídia positiva para a região, evitando que se
altere o fluxo de turistas. “Isso sim seria uma
catástrofe. O que está havendo, ao menos até
agora, são pedidos dos clientes de que a gente
assegure que não há problemas e que as
praias estão próprias para banho. Mas
ninguém pediu para cancelar reserva, graças a
Deus”, garante.
Oliveira assegura que as praias da região que
foram limpas já estão próprias para o banho.
Mas isso não é 100% seguro. De acordo com o
oceanógrafo Moacyr Araújo, vice-reitor da
Universidade Federal de Pernambuco, as
pessoas devem evitar entrar nas áreas
atingidas pelo óleo e consumir pescados e
frutos do mar até que seja identificado o nível
de contaminação. Em coletiva de imprensa
após reunião do governador Paulo Câmara
com a comunidade acadêmica, ele afirmou
que novas manchas de óleo podem aparecer
nos próximos dias.
"Vem mais óleo por aí. A estimativa é que
cerca de 30% a 40% de tudo que nós estamos
vendo ainda está no oceano", explicou o
especialista. "Nós temos uma corrente que
traz da África para a América Central e
América do Sul. E esse é o movimento natural
das correntes. Só que existem porções dessas
correntes que são mais densas, mais fortes e
intensas. E ela, nesse momento, por uma
configuração geofísica, de ventos e outros
fatores, está passeando ao longo da borda
leste do Nordeste, ou seja, entre o Rio Grande
do Norte e a Bahia. Portanto, em determinado
momento, a corrente vai empurrar as
manchas para mais próximo daquele estado
que ela está na frente", acrescentou.
https://brasil.elpais.com/brasil/2019/10/24/po
litica/1571873238_383198.html
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38
Grupo de Comunicação
Veículo: El País
Data: 23/10/2019
O trabalho quase impossível de se limpar
com as mãos as praias contaminadas por
óleo do Nordeste
Na praia de Itapuama, em Cabo de Santo
Agostinho, centenas de voluntários tentam
reduzir os danos do misterioso vazamento que
já atinge praias de 201 localidades em nove
Estados
FELIPE BETIM
Cabo De Santo Agostinho (PE)
"Hoje eu venho, amanhã eu venho, e depois
também", afirma Paulo Vitor. O rapaz de 19
anos está bastante seguro de sua decisão,
apesar de seu corpo estar coberto por uma
espessa camada de óleo que faz a pele arder
ao ficar exposta ao sol. Nesta terça-feira, ele
era uma das centenas de pessoas que lotavam
a praia de Itapuama para tentar salvar esse
pedaço do litoral de Pernambuco. Localizada
no município de Cabo de Santo Agostinho, a
pouco mais de 20 quilômetros da turística
praia de Boa Viagem, em Recife, Itapuama é
umas das seis praias da região que foram
contaminas por um misterioso petróleo
derramado em alto mar que chegou ao litoral
do Nordeste brasileiro há dois meses e já
atingiu 201 localidades em 80 municípios de
nove Estados, segundo o último balanço do
Governo federal. "Se ficar alguma ferida, vai
ter valido a pena. Isso que a gente está
fazendo... Quem é cabense, quem frequenta
essas praias, chega e vê uma coisa dessas... É
até emocionante", conta o jovem, que está no
primeiro período de Ciências Biológicas.
Deseja ser biólogo marinho.
Paulo Vitor não hesita em mergulhar na água
para tentar retirar o petróleo que está
submerso. Mas esta é apenas uma das muitas
tarefas que mobilizam os voluntários, que
vieram de várias cidades da região. Qualquer
pessoa pode chegar e ajudar. Protegida com
luvas, botas e máscara (conforme determinam
as instruções difundidas por ONGs e pela
Prefeitura), Patrícia Henry tenta retirar com
uma espátula a substância preta que ficou
incrustada nas pedras da praia. "Como o óleo
está muito grosso, se alguém não tirar, não
vai sair das pedras. Ontem, retiraram uma
tartaruga que se debatia. O pessoal teve que
cavar com a unha para retirar o óleo", conta
esta engenheira civil, de 27 anos. "Estou
tentando me dedicar àquilo que minha
ferramenta me permite fazer, mas o óleo é
bem espesso. Ele gruda, entra em qualquer
buraquinho. Imagina como está nos corais
dentro mar... Tem coisas que não dá para
retirar", lamenta a produtora audiovisual Maíra
Lisboa, que trouxe água e duas pás de casa.
Enquanto conversa, forma com as mãos,
devidamente protegidas por luvas, uma
pequena bola preta com o óleo que conseguiu
retirar das rochas. "Infelizmente já aconteceu
e parecem não estar se importando muito.
Como não temos ajuda do Governo, juntamos
o que temos. É uma autogestão mesmo. Todo
mundo está vindo, aprendendo e tentando ver
qual é a maneira de fazer, e ajudando no que
puder", explica. Seu desabafo parece refletir o
sentimento de boa parte das pessoas
presentes no mutirão: o de que o poder
público como um todo falhou. Identificado há
cerca de dois meses, o petróleo se espalhou
ao longo de mais de 2.200 quilômetros de
costa, entre o Maranhão e a Bahia, sem que
as autoridades exibissem um algum tipo de
plano detalhado de contenção.
Na praia de Itapuama —assim como em
muitas outras da região— soldados se
misturavam com voluntários que atuavam por
conta própria, agindo no que fosse preciso, de
acordo com a demanda do momento. Não
havia comando central. Muitos foram ao local
mobilizados por grupos de WhatsApp, abertos
para monitorar o desastre na região, ou por
iniciativas de ONGs como Xô Plástico ou
Pernambuco Sem Lixo. A rede de
solidariedade se expandiu em vários setores
da sociedade: uma rede de supermercados, a
Ferreira Costa, doou todo seu estoque de
luvas e botas para ajudar nas ações de
limpeza, uma empresa de pedágio da região
isentou os voluntários que precisavam passar
com seus veículos, pousadas ofereceram
quartos para quem precisasse ficar na região
pelos próximos dias, psicólogos começaram a
se organizar para atender a população local
afetada pelo desastre... "As pessoas que
vivem nas praias menos assistidas estão há
dias expostas, movidas pela emoção, pelo
sentimento de pertencimento no lugar,
botando a mão no óleo. Nosso papel é dar
minimamente um aparato. Por isso, nossa
39
Grupo de Comunicação
prioridade vem sendo dar equipamento de
proteção individual, por meio de uma
campanha de arrecadação que estamos
fazendo", conta a engenheira de pesca Lica
Sousa, da organização Maracuípe Vive.
Além de luvas, botas e máscaras, o grupo
recolheu água e alimentos em vários pontos
de coleta para distribuir para os voluntários.
"Fazemos essa logística dos alimentos até as
praias, mas também preparamos os
sanduíches, distribuímos água... O pessoal
aqui às vezes não tem noção de que está com
fome e sede e precisa se hidratar", conta a
estudante Camille Azevedo, de 24 anos. "Mas
tem mais pessoas que materiais. O poder
público não está à frente disso. Tem várias
pessoas descalças, de chinelo, pelo desespero
de não deixar isso acontecer... Se não fosse a
população civil, ainda haveria óleo nas praias",
prossegue ela, que também participa do
mutirão pela Maracuípe Vive.
As críticas de especialistas e ONGs se
centram, sobretudo, no presidente Jair
Bolsonaro (PSL) e no ministro do Meio
Ambiente Ricardo Salles (NOVO). O Governo
Federal assegura estar fazendo seu trabalho
desde setembro, mas vinha sendo cobrado
pela ativação do Plano Nacional de
Contingência para Incidentes de Poluição por
Óleo em Água. Previsto em decreto assinado
em 2013, o plano prevê uma resposta
organizada e coordenada para esse tipo de
desastre, envolvendo ministérios, estados,
municípios, Exército, Marinha, Ibama, entre
outros órgãos e entidades. Na última sexta-
feira, 18 de outubro, procuradores do
Ministério Público Federal que atuam em nove
Estados nordestinos entraram com uma ação
contra a União afirmando que o Governo
Bolsonaro vem sendo omisso e pedindo que a
Justiça o obrigasse a acionar em 24 horas o
plano. "O Ministério do Meio Ambiente é a
autoridade máxima na condução dos
trabalhos, de acordo com o plano. Mas a
sensação é de que falta Governo, falta
liderança. Em emergências desse tipo é
preciso tornar tudo absolutamente público e
transparente. A população pode e deve ajudar,
mas deve ser orientada a isso", opinou, em
entrevista ao EL PAÍS, a ex-presidenta do
Ibama Suely Vaz de Araújo.
Salles afirmou que o Plano de Contingência já
havia sido acionado em setembro e que o
Governo já retirou 900 toneladas de petróleo
do Nordeste. Mas de acordo com um ofício
enviado à Casa Civil e divulgado nesta terça
pelo jornal Estado de S. Paulo, Meio Ambiente
só acionou formalmente o plano em 11 de
outubro, 41 dias depois de as primeiras
manchas aparecerem no litoral nordestino.
Entre outros erros apontados por
especialistas, a Administração Federal
extinguiu conselhos e entidades da sociedade
civil que formam parte da estrutura
organizacional prevista pelo plano.
Ainda não está claro quem foi o responsável
pelo derramamento do petróleo e pouco se
sabe sobre sua origem. Pesquisadores do
Instituto de Geociências da Universidade
Federal da Bahia, em parceria com a
Universidade Federal de Sergipe e a
Universidade Estadual de Feira de Santana,
analisaram amostras coletadas do litoral
nordestino. A conclusão é de que o óleo tem
origem venezuelana, por suas características.
Mas isso não significa que tenha
necessariamente vazado de embarcações do
país vizinho latino-americano: segundo
afirmou nesta terça-feira o comandante da
Marinha do Brasil, o almirante Ilques Barbosa
Júnior, a maior probabilidade é de que tenha
saído de um navio que operava de forma
irregular.
A Marinha é um dos órgãos que, junto ao
Ibama, vem atuando desde o início da
contaminação, coordenando as ações —ainda
que, segundo especialistas, fora do previsto no
Plano de Contingência. O Exército também foi
acionado nesta segunda-feira pelo presidente
em exercício, Hamilton Mourão. Ambas as
forças estavam presentes em Itapuama nesta
terça-feira. Tratores e funcionários da
Prefeitura de Cabo de Santo Agostinho
retiravam centenas de sacos cheios de óleo,
enquanto uma ambulância do Sumur atendia
os voluntários que apresentavam náuseas,
ardência na pele ou algum outro tipo de
reação pelo contato com a substância.
Contudo, não se via na praia nenhum tipo de
coordenação ou liderança de algum desses
órgãos do poder público. Oficialmente o
Exército afirma que "todo o efetivo da 10ª
Brigada de Infantaria Motorizada está
disponível", e que vem sendo empregados
equipamentos como "botinas de borracha,
40
Grupo de Comunicação
óculos de sol, luvas de borracha e máscaras",
segundo uma nota enviada ao EL PAÍS pelo
Comando Militar do Nordeste.
"Nunca vi tanta gente aqui", afirma Genilson
Nunes, pescador e surfista, que mora em
Itapuama desde que nasceu, há 39 anos. Ele
está ajudando nos trabalhos "desde 16h de
domingo". Nunca havia visto algo do tipo. "A
comunidade e o pessoal de fora está ajudando
muito", conta ele. "Hoje está uma maravilha,
mas ontem parecia que havia lama, que nem
a de Minas Gerais", prossegue, em referência
a outro desastre ambiental recente: o
rompimento da barragem em Brumadinho.
Como os moradores da pequena cidade
mineira, teme perder seu sustento no futuro.
"É claro que fico com medo. A gente vive de
pesca. Não tem uma faculdade de medicina,
nem nada. Esses caras que fizeram isso... É
um crime".
https://brasil.elpais.com/brasil/2019/10/23/po
litica/1571782882_235970.html
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Data: 24/10/2019
41
Grupo de Comunicação
FOLHA DE S. PAULO Painel: Defesa de Bolsonaro discute tese
jurídica para que dissidentes levem parte do
fundo partidário do PSL
Perguntar não ofende
Os advogados de Jair Bolsonaro começaram a
delinear estratégias para, no caso de o
presidente decidir de fato deixar o PSL, ajudá-lo
a levar uma fatia expressiva do caixa da legenda.
Tese que vem sendo trabalhada por Admar
Gonzaga pretende fazer a Justiça Eleitoral
discutir a possibilidade de dividir os recursos do
fundo partidário com a sigla de destino quando
mais da metade dos deputados federais eleitos
por uma agremiação debandarem em grupo,
trocando-a por outra.
Será?
A estratégia jurídica para o caso de uma
migração em bloco do PSL para outro partido foi
apresentada a aliados do Planalto. Muitos dos
que ouviram a tese duvidam de sua eficácia nos
tribunais.
Verão passado
O juiz substituto Alex da Costa Oliveira, do
Tribunal de Justiça do DF, autor da liminar que
barrou ofensiva da direção do PSL contra a ala
bolsonarista do partido, viveu um outro momento
de notoriedade, cerca de três anos atrás.
Sem dó…
Na ocasião, ele autorizou o uso de táticas como
privação de sono, de alimentação, de água e de
energia elétrica, além de isolamento físico, como
forma de “auxiliar no convencimento” de
estudantes a desocuparem uma escola do DF. Os
alunos protestavam contra o projeto que
estabeleceu o teto de gastos.
…nem piedade
No despacho, que causou forte polêmica na
época, o juiz dizia que era preciso minar a
“habitabilidade” da escola e deu aval para “uso
de instrumentos sonoros contínuos, direcionados
ao local da ocupação, para impedir o período de
sono”. Ele também restringiu o acesso de
parentes à unidade de ensino.
Expediente conhecido
A privação de sono é uma das táticas de tortura
implementadas pela CIA, a agência de
inteligência dos EUA, após o atentado de 11 de
setembro.
Chico…
Membros do PDT estão ansiosos para saber o que
a direção da sigla vai fazer com a senadora Kátia
Abreu (PDT-TO), que contrariou orientação do
partido e votou a favor da reforma da
Previdência.
…e Francisco
A aposta é a de que Kátia seja suspensa das
atividades partidárias por 90 dias. Na Câmara,
sanções e críticas públicas a deputados que
aprovaram a Previdência, como agora fez a
senadora, provocaram um racha. Tabata Amaral
lidera o grupo que tenta deixar a legenda sem
perder o mandato.
Multiplicação…
Antes com medo de sair no prejuízo do projeto
que fixa as regras de aposentadoria para policiais
militares e Forças Armadas, os governadores
podem até ganhar verba extra, segundo o relator
Vinicius Carvalho (PRB-SP).
…dos peixes
A contribuição previdenciária de PMs e bombeiros
passaria a incidir sobre todo o salário, e não
apenas sobre a parcela que ultrapassa o teto do
INSS (R$ 5.839,45), como é hoje. No caso dos
policiais de São Paulo, por exemplo, a mudança
elevaria a arrecadação de R$ 250 milhões para
R$ 1 bilhão por ano, segundo a corporação.
É dando que se recebe
Essa alteração foi articulada com o Ministério da
Economia como forma de compensar a redução
das alíquotas de 14% (praticada em muitos
estados) para os 10,5% prometidos aos militares
federais. Se o texto for aprovado pelo Congresso,
só em 2026 os governadores poderão aumentar
a cobrança.
Plano de ataque
As convocações e convites de nomes
proeminentes à CPMI que investiga fake news
devem provocar um freio de arrumação nos
trabalhos do colegiado. Deputados e senadores
se preparam para falar com presidente e relator
do grupo. Querem estabelecer metas.
Foco
A falta de estratégia do colegiado é alvo de
crítica frequente. A ideia é pregar a concentração
de esforços em três flancos: 1) Houve
pagamento de militância para disparo de
informações falsas nas eleições? 2) O governo
mantém com dinheiro público estrutura que usa
Data: 24/10/2019
42
Grupo de Comunicação
esses mecanismos? 3) Como evitar que isso se
repita nas próximas disputas?.
Pau oco
Deputados do centrão não estão dispostos a
analisar apenas as ações do PSL de Bolsonaro. O
que houve no ano passado contra Fernando
Haddad, diz um parlamentar, foi o que mesmo
que o PT fez com Marina Silva (Rede) em 2014.
“Não há santo”, resumiu.
TIROTEIO
O ministro fere a advocacia, manipula dados,
confunde a opinião pública e alimenta horda
ávida por justiçamento. Triste
De Marco Aurélio Carvalho, advogado do PC do B,
sobre o teor do voto de Luís Roberto Barroso a
favor da prisão em segunda instância
https://painel.blogfolha.uol.com.br/2019/10/24/
defesa-de-bolsonaro-discute-tese-juridica-para-
que-dissidentes-levem-parte-do-fundo-
partidario-do-psl/
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Data: 24/10/2019
43
Grupo de Comunicação
TCU aprova revisão da cessão onerosa e
garante megaleilão do pré-sal
Agendada para 6 de novembro, licitação pode
render até R$ 106 bilhões ao governo
Nicola Pamplona
RIO DE JANEIRO
O TCU (Tribunal de Contas da União) aprovou
nesta quarta (23) com ressalvas o processo de
revisão do contrato de cessão onerosa,
concluindo a última etapa para a realização do
megaleilão do pré-sal, agendado pelo governo
para o próximo dia 6. Entenda o que é e como
funciona a cessão onerosa.
Para a ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás e
Biocombustíveis), as ressalvas do tribunal não
impedem o leilão. Segundo o diretor da agência
Aurélio Amaral, a expectativa é que todas as
quatro áreas sejam vendidas, garantindo ao
Tesouro arrecadação de R$ 106 bilhões.
Na sessão desta quarta, o TCU analisou as
condições da revisão de contrato de 2010 que
cedeu à Petrobras o direito de produzir até 5
bilhões de barris do pré-sal em troca de ações
para o governo no processo de capitalização da
estatal.
Prevista no contrato para ajustar as condições
econômicas dos projetos a variações do câmbio e
dos preços do petróleo, a revisão vinha sendo
negociada desde 2006. O formato aprovado pelo
TCU prevê o ressarcimento de R$ 33 bilhões à
Petrobras.
O valor será pago ainda este ano, após a
assinatura dos contratos com os vencedores do
leilão -- que oferece reservas excedentes aos
cinco bilhões de barris aos quais a Petrobras tem
direito. O restante da arrecadação será dividido
entre União, estados e municípios.
Entre as ressalvas feitas pelo tribunal, estão
críticas à demora nas negociações para a revisão
e ao modo como o processo foi conduzido, a
assimetria de informações entre Petrobras e o
Executivo e inconsistências nas fundamentações
técnicas que levaram aos valores finais.
"[O TCU] fez algumas ressalvas, mas não
impeditivas de realizar o leilão e que deverão ser
observadas ao longo do processo", afirmou
Amaral, em entrevista na sede da ANP para
lançar um sistema de estatísticas de produção de
petróleo no Brasil.
A ANP habilitou 14 empresas para disputar as
áreas. Uma delas, a francesa Total, já disse,
porém, que não tem mais interesse em participar
porque o processo não oferece oportunidades
para que seja operadora -- função de
coordenação das atividades em um consórcio
petrolífero.
A Petrobras exerceu seu direito de preferência
pelas duas maiores áreas e tem a alternativa de
operar os projetos mesmo que perca a disputa
para outras empresas ou consórcios. Com isso,
se comprometeu a gastar ao menos R$ 21
bilhões no pagamento de bônus de assinatura.
Em leilões do pré-sal, o bônus de assinatura é
fixo e vence quem se dispuser a entregar o maior
volume de petróleo ao governo. O governo
permitiu o parcelamento dos bônus desde que o
ágio em volume de óleo supere 5%.
Os vencedores terão que ressarcir a Petrobras
por investimentos já feitos nas áreas e pela
perda de receita no curto prazo, já que a estatal
terá que entregar parte do volume já em
produção aos novos sócios. O mercado estima
que o ressarcimento seja de R$ R$ 120 bilhões.
As condições do pagamento, como prazos ou
possibilidade de pagamento em óleo, serão
negociadas entre as partes. Em caso de
divergências, os termos podem ser definidos por
arbitragem.
De acordo com a ANP, plataformas instaladas na
área da cessão onerosa produziram, em
setembro, uma média de 478 mil barris de
petróleo e gás por dia. Até agora, a estatal já
extraiu 121 milhões de barris, o equivalente a
2,42% dos cinco bilhões a que tem direito.
https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2019/10
/tcu-aprova-revisao-da-cessao-onerosa-e-
garante-megaleilao-do-pre-sal.shtml
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Data: 24/10/2019
44
Grupo de Comunicação
Além da origem, Brasil não sabe destino do
óleo retirado de praias
Ibama, Marinha e Petrobras repassam
responsabilidade sobre armazenamento; em PE,
petróleo vai para empresa privada
Matheus Moreira
SÃO PAULO
Mil toneladas de óleo já foram retiradas do litoral
nordestino, segundo o governo, mas seu destino
é incerto. O Ibama, a Marinha e a Petrobras têm
versões diferentes sobre o armazenamento do
material, e os sites dos órgãos tampouco dão
orientações sobre o que fazer com o petróleo
recolhido —parte do trabalho de limpeza das
praias é feita por voluntários.
Em nota, a Marinha disse que metade do
material já teve “destinação final realizada”, mas
não explicou o que foi feito com o óleo nem onde
foi armazenado. Após a reportagem pedir mais
detalhes, Alexandre Rabello de Faria, contra-
almirante da organização, disse à Folha que, num
primeiro momento, o acúmulo está sendo feito
na Petrobras até a destinação final.
Já o Ibama afirmou que a orientação neste
momento é que as prefeituras das cidades
atingidas cuidem do armazenamento do óleo. “O
Ibama e o respectivo órgão estadual vão
mensurar após o incidente, o volume total
recolhido por todos os atores (Petrobras, Marinha
do Brasil, prefeituras e voluntários) e propor a
melhor destinação: aterro para resíduos
perigosos ou incineração em fornos de
cimenteiras”, afirmou o Ibama.
O órgão não respondeu se o óleo está sendo
armazenado como orientado.
De acordo com funcionários de secretarias
estaduais de meio ambiente do Nordeste ouvidos
pela Folha, o Ibama não está repassando
informações às entidades municipais e estaduais.
Na cidade de Conde, na Bahia, por exemplo,
sacos com óleo recolhido de praias foram
armazenados a céu aberto e abandonados. A
reportagem não conseguiu contato com a
prefeitura até a publicação deste texto e o site
oficial do órgão está fora do ar.
Um profissional que acompanhou os trabalhos de
limpeza e preferiu não se identificar disse que viu
o óleo coletado em Cabo de Santo Agostinho (PE)
ser enterrado, com ajuda de um trator, em um
buraco na praia afastado do mar.
A reportagem também ouviu relatos de que
muitos sacos de plástico com óleo se rasgaram e
despejaram o material no solo.
Procurada, a Petrobras não confirmou a
informação da Marinha e também não respondeu
aos questionamentos da reportagem,
reservando-se a dizer apenas que o Ibama é o
responsável por definir o destino do material
recolhido pela estatal.
Faria afirmou que a indústria do cimento
demonstrou interesse no óleo, mas ressalta que
ainda não há um acordo firmado nem decisão da
parte do governo federal.
Na terça (22), a Associação Brasileira de Cimento
Portland (ABCP) confirmou que tem interesse em
receber o material para utilizá-lo como
combustível e matéria-prima para a indústria.
“Se viabilizado o uso, esse material será
totalmente destruído, evitando assim novos
impactos ambientais causados por um eventual
descarte incorreto”, disse a associação, que
representa dez grupos responsáveis por 80% da
produção de cimento do Brasil.
Faria disse que, apesar da atuação do Ibama, os
estados estão buscando caminhos próprios. “Há
iniciativas de estados para a destinação direta do
óleo em aterros de resíduos perigosos,
devidamente lacrado e impermeabilizado.”
Em Salvador, as 104,8 toneladas recolhidas até
quarta (23) estão armazenadas na Limpurb
(Empresa de Limpeza Urbana), segundo a
prefeitura. O município vem seguindo a
orientação do Ibama desde o último dia 10,
quando o óleo apareceu pela primeira vez na
capital baiana.
Em Pernambuco, estado que já teve ao menos 21
locais atingidos, o material recolhido está sendo
entregue à empresa privada EcoParque
Pernambuco.
A companhia foi acionada pela Semas (Secretaria
Estadual de Meio Ambiente e Sustentabilidade de
Pernambuco) no último sábado (19). Desde
então, cerca de 480 toneladas de óleo retiradas
da costa do estado foram entregues ao centro de
Data: 24/10/2019
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Grupo de Comunicação
tratamento de resíduos da empresa, segundo
Laércio Braga Chaves, diretor técnico da
EcoParque.
Chaves afirma que o material recolhido será
processado, misturado a resíduos industriais,
triturado e peneirado para servir de combustível
na indústria do cimento, substituindo o coque de
petróleo, um derivado refinado do óleo.
Já no Sergipe, a Secretaria Estadual de Meio
Ambiente afirma que o material está sendo
recolhido por empresas terceirizadas pela
Petrobras e levado para uma unidade da estatal,
no município de Carmópolis, a Estação do Alto do
Jericó.
Até o momento, pelo menos 233 locais de 88
cidades dos nove estados do Nordeste foram
afetados pelas manchas de óleo que atingem a
região desde 30 de agosto. Veja a lista.
Nesta semana, as manchas chegaram às praias
do Morro de São Paulo, o terceiro maior destino
turístico da Bahia, e voltaram a atingir as praias
de Pernambuco, o segundo estado a registrar as
manchas de óleo em sua costa.
Segundo o MPF, trata-se do maior desastre
ambiental da história no litoral brasileiro em
termos de extensão.
Colaborou Phillippe Watanabe, de São Paulo; com
Reuters
https://www1.folha.uol.com.br/ambiente/2019/1
0/alem-da-origem-brasil-nao-sabe-destino-do-
oleo-retirado-de-praias.shtml
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Data: 24/10/2019
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Grupo de Comunicação
Veja cuidados e riscos de saúde
relacionados ao contato com o óleo no
Nordeste
Contato direto com material pode causar desde
irritações na pele até problemas respiratórios
Phillippe Watanabe
SÃO PAULO
—Voluntários têm tomados as praias do Nordeste
para operações de limpeza do óleo que atinge a
região desde 30 de agosto. Mas a falta de
equipamentos de proteção adequados, essenciais
para evitar riscos à saúde, é um fator
preocupante na ação das pessoas.
Segundo o Ministério da Saúde, não se deve
entrar em contato com o óleo que já atingiu 233
locais de 88 cidades dos nove estados do
Nordeste. A orientação ganha ainda mais peso no
caso de crianças e gestantes.
A pasta também afirma que o indicado é evitar
contato com solo e água contaminados.
Mas não é difícil encontrar imagens de pessoas
trabalhando sem o equipamento necessário na
retirada do óleo, como sem camiseta, de chinelo
e até mesmo sem proteção nas mãos.
Alessandra Romiti, dermatologista da Sociedade
Brasileira de Dermatologia, afirma que o
manuseio do óleo sem luvas de PVC pode levar a
quadros de dermatite de contato e até mesmo a
queimaduras --dependendo da exposição do
material ao sol.
Caso ocorra um contato sem luvas ou botas com
o material, a indicação é que se lave o óleo do
corpo com água e sabão. Se a substância não
estiver saindo, pode-se usar óleo de cozinha para
ajudar na remoção.
A especialista diz que não se deve usar solventes
para retirar o óleo do corpo, considerando que a
substância pode aumentar o risco de uma reação
alérgica.
Se aparecerem sinais de alergia ou descamação,
o indicado é procurar um médico.
Caso o óleo acabe entre em contato com os
olhos, deve-se buscar rapidamente sua remoção,
lavando a área com água corrente e um xampu
infantil neutro (para evitar maior irritação nos
olhos).
A entrada na água para recolhimento de placas
de óleo também só deveria ocorrer com roupas
que servissem de proteção para o indivíduo, com
aquelas de neoprene.
Também é importante a proteção dos olhos e das
vias aéreas, respectivamente com óculos e
máscara. De acordo com o Ministério da Saúde,
os vapores derivados do óleo podem causar
dificuldade de respirar, dores de cabeça e
inflamação dos pulmões.
A exposição a longo prazo pode levar à danos
nos pulmões, fígado, rins e ao sistema nervoso;
supressão do sistema imune; problemas
hormonais e infertilidade; desordens do sistema
circulatório e até câncer.
"Qualquer tentativa de remoção não deve ser
feita sozinha", diz Diego Igawa Martinez,
coordenador de projetos de Proteção do Mar da
SOS mata atlântica. Segundo o biólogo, o ideal é
que as pessoas se juntem a grupos de
voluntários que estão fazendo a limpeza das
praias.
Após coletado, o óleo deve ser armazenado em
tambores, bombonas ou tonéis e ficar fechado,
considerando que trata-se de material inflamável.
Sacos de lixo, pelo risco de se rasgarem, não são
indicados para armazenamento.
O Ibama definirá a destinação do óleo coletado.
https://www1.folha.uol.com.br/ambiente/2019/1
0/veja-cuidados-e-riscos-de-saude-relacionados-
ao-contato-com-o-oleo-no-nordeste.shtml
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Data: 24/10/2019
47
Grupo de Comunicação
Mônica Bergamo: Guedes diz que Congresso
faz 'um belo trabalho' e defende pacto
federativo
Ele afirma que só vai celebrar a reforma da
Previdência quando a votação de todas as
propostas chegar ao fim com elas promulgadas
O ministro da Economia, Paulo Guedes, diz que o
debate sobre a proposta de pacto federativo, que
será enviada ao Congresso na próxima semana,
ajudará a criar uma "cultura de política fiscal
responsável" no país.
MOEDA
"No Brasil, não temos uma lei de independência
do Banco Central, por exemplo. Mas já temos
uma cultura de estabilidade monetária. Com a
questão fiscal é o contrário", afirmou ele à
coluna.
LINHA
O pacto federativo rediscutirá as regras que
definem a distribuição de receitas e deveres de
União, estados e municípios.
TUDO CERTO
Guedes afirmou ainda que só vai celebrar a
reforma da Previdência quando a votação de
todas as propostas chegar ao fim e elas forem
promulgadas. Mas afirma que o Congresso fez,
até agora, "um belo trabalho".
TUDO CERTO 2
Ele reafirmou que, embora os parlamentares
tenham diminuído a economia da reforma para a
União, de R$ 933 bilhões para R$ 800 bilhões em
dez anos, estados e municípios devem ser
incluídos –e deixarão de gastar entre R$ 340
bilhões e R$ 400 bilhões.
VAMOS ESPERAR
"É melhor para o equilíbrio fiscal. Esperamos que
a Câmara dos Deputados aprove [depois do
Senado]. Estou bastante esperançoso", disse.
PLANILHA
A lista de cargos que, segundo parlamentares, foi
apresentada a eles pela deputada Bia Kicis (PSL-
DF) para que escolhessem quais queriam
preencher com indicações tinha postos do
Ministério da Economia e especialmente do
Ministério das Minas e Energia.
PLANILHA 2
Entre outros cargos foram listados gerências da
Agência Nacional de Mineração (ANM) e
consultorias e assessorias da superintendência
regional da CPRM (Companhia de Pesquisa e
Recursos Minerais). Na pasta da Economia, foram
apresentados cargos no INSS.
SILÊNCIO
Bia Kicis, uma das parlamentares mais próximas
de Jair Bolsonaro, não respondeu à coluna.
LIVRE, LEVE E SOLTA
A doleira Nelma Kodama lançou o livro “A
Imperatriz da Lava Jato”, com memórias
relatadas ao jornalista Bruno Chiarioni. A artista
Elisa Stecca, o editor Paulo Tadeu e a cônsul-
geral do Uruguai em São Paulo, Melissa Rosano,
estiveram no evento, que ocorreu na terça-feira
(22) na Livraria Cultura do Conjunto Nacional e
contou com uma cela de cadeia cenográfica.
LIQUIDIFICADOR
Um projeto de lei protocolado na Assembleia
Legislativa de SP pelas deputadas Janaina
Paschoal (PSL), Leci Brandão (PCdoB), Beth
Sahão (PT), Delegada Graciela (PL) e Edna
Macedo (REPUBLICANOS) institui a “Menstruação
sem Tabu”, que distribuiria absorventes a
estudantes da rede pública, detentas e mulheres
em situação de rua.
AÇÕES
Segundo as parlamentares, os absorventes
seriam adquiridos por compra ou doação em
parcerias “com a iniciativa privada ou
organizações não governamentais”. O texto
também prevê palestras nas escolas e elaboração
de folhetos sobre menstruação.
CÂMERA...
Um grupo de cerca de 40 mulheres
representantes do audiovisual se reuniu em São
Paulo na terça (22) para estabelecer pautas e
produção de conteúdos que fortaleçam lideranças
femininas no setor. Estiveram presentes nomes
como Laís Bodanzky, presidente da SPcine,
Debora Ivanov, ex-diretora da Ancine, Simoni de
Mendonça, presidente do Siaesp, e Barbara
Sturm, da Andai.
... AÇÃO
A capacitação de lideranças, a realização de
ações junto ao poder Legislativo e Executivo e o
fomento à diversidade de gênero e raça na
produção nacional foram estabelecidas pelo
grupo como as pautas prioritárias.
Data: 24/10/2019
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Grupo de Comunicação
FREIO DE MÃO
O secretário do Audiovisual, Ricardo Rihan,
cancelou o 2º Encontro de Acessibilidade
Audiovisual do Mercosul a menos de um mês dele
acontecer. O encontro, programado há cerca de
um ano, estava previsto para ocupar a
Cinemateca Brasileira, em SP, na sexta-feira
(25).
FREIO 2
O evento foi cancelado oficialmente por Rihan no
dia 8 —e sem justificativas. O Ministério da
Cidadania, via assessoria de imprensa, diz que
não vai comentar os motivos do cancelamento.
CALENDÁRIO
E Rihan informou a pessoas do setor que a
portaria do ministro Osmar Terra (Cidadania)
com a nomeação dos membros do comitê gestor
do Fundo Setorial do Audiovisual deve ser
publicada no Diário Oficial nos próximos dias.
COFRINHO
O comitê, que define as diretrizes e o plano anual
de investimentos do FSA, principal fonte de
financiamento do setor, passou os últimos dez
meses sem definições. Uma lista tríplice de
representantes do setor foi elaborada na primeira
reunião do ano do Conselho Superior do Cinema,
na semana passada.
SESSÃO ESPECIAL
O cantor Supla, a dramaturga Maria Adelaide
Amaral, a consultora Gloria Kalil e a atriz Maria
Ribeiro viram o filme “Babenco - Alguém Tem
que Ouvir o Coração e Dizer: Parou” no Theatro
Municipal, no domingo (20).
CURTO-CIRCUITO
A 3ª edição do Encontro Nacional de Juízes e
Juízas Negros ocorre nesta quinta (24) e na sexta
(25) no TJDFT, em Brasília.
A Aberje organiza palestra com Andrew S.
Curran. Nesta sexta (25), na Unibes Cultural.
Perotá Chingó faz show na Audio. Amanhã (25),
às 22h.
com BRUNO B. SORAGGI, GABRIEL RIGONI e
VICTORIA AZEVEDO
Mônica Bergamo
Jornalista e colunista.
https://www1.folha.uol.com.br/colunas/monicabe
rgamo/2019/10/guedes-diz-que-congresso-faz-
um-belo-trabalho-e-defende-pacto-
federativo.shtml
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Data: 24/10/2019
49
Grupo de Comunicação
Árvore mais alta da Amazônia tem o
tamanho de um prédio de 30 andares
A árvore, conhecida como angelim vermelho,
mede 88,5 metros
SÃO PAULO
Uma equipe de pesquisadores publicou em
agosto um artigo na revista científica Frontiers in
Ecology and the Environment em que foi
anunciada a descoberta da árvore mais alta já
registrada na floresta Amazônica, com 88,5
metros de altura —tamanho equivalente ao de
um edifício de cerca de 30 andares.
A árvore, conhecida como angelim vermelho
(Dinizia excelsa), está localizada na Floresta
Estadual do Paru, no estado do Pará, e é rodeada
por outras sete gigantes de ao menos 80 metros
cada uma.
De acordo com a publicação, só é possível chegar
à região de helicóptero ou com pequenos barcos
pelo rio Jari, cujas quedas d’água e população de
peixes carnívoros tornam a navegação demorada
e perigosa.
A expedição, que durou dez dias, foi coordenada
pelo professor Eric Bastos Gorgens, da
Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha
e Mucuri (UFVJM).
A árvore, no entanto, ainda é pequena perto da
mais alta já registrada no mundo, que está no
norte da Califórnia, nos EUA, e mede 115,6
metros.
https://www1.folha.uol.com.br/ambiente/2019/1
0/arvore-mais-alta-da-amazonia-tem-o-
tamanho-de-um-predio-de-30-andares.shtml
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Data: 24/10/2019
50
Grupo de Comunicação
ESTADÃO
Dá para fazer
Deveríamos seguir logo o norte apontado pelos
ganhadores do Nobel de Economia deste ano
José Serra*, O Estado de S.Paulo
Nunca é demais insistir na importância de
retomar o crescimento econômico sustentado
para aumentar o bem-estar social. Mas sem uma
estratégia de país, como argumentou Celso Lafer
em seu último artigo nesta página, não se vai
muito longe. Isso envolve a fixação de objetivos
que deem continuidade aos avanços das últimas
décadas, enquanto o crescimento econômico não
vem. Os ganhadores do Nobel nos ensinam que é
possível melhorar muito a qualidade de vida das
pessoas avaliando políticas públicas e apostando
nas mais efetivas.
Entre os anos 1940 e os anos 1980, o Brasil
crescia a uma média anual de 7% acima da
inflação. Nos quatro decênios posteriores, a
média caiu a menos de um terço desse ritmo.
Para ter claro, o PIB brasileiro dobrava a cada
dez anos, entre a década de 40 e a de 80, e
passou a crescer pouco mais de 20% por década
entre os anos 1980 e 2019. O PIB per capita, por
sua vez, que avançava a 4,2% ao ano no
primeiro período, passou a crescer abaixo de 1%.
A desaceleração da economia brasileira tem
raízes profundas. Cometemos erros sistêmicos
que deixaram o Brasil à margem do processo de
desenvolvimento observado em outros países
emergentes, como a Coreia do Sul. Lá, investe-
se pesadamente em educação desde os anos
1980. Nós seguimos pouco integrados à
economia mundial e temos deixado a indústria de
transformação perder cada vez mais participação
no PIB. Desemprego e ociosidade altos
combinados com inflação baixa são os mais
claros sinais de que o motor não vai bem.
Mas houve avanços, de 1980 para cá, apesar da
forte desaceleração do PIB. Fizemos a transição
de uma ditadura para um regime democrático,
aprovamos a Constituição de 1988, tiramos do
papel o Sistema Único de Saúde – universal e
integral –, garantimos o acesso de milhões de
brasileiros à escola, debelamos a superinflação,
por meio do Plano Real, e avançamos bastante
na gestão dos recursos públicos.
O desafio que se coloca agora ao País tem duas
grandes dimensões: retomar o crescimento e
seguir avançando na agenda social. Banerjee,
Duflo e Kremer, vencedores do Prêmio Nobel de
Economia deste ano, defendem o aumento de
recursos para políticas públicas voltadas aos mais
pobres, combinadas a avaliações de sua
efetividade, isto é, do resultado gerado.
Em entrevista concedida no dia 14 de outubro ao
Estadão, o professor do Insper Naércio Menezes
Filho explica os achados dos três pesquisadores.
Utilizando método similar ao que é aplicado nos
experimentos de Biologia ou Física, criam-se
grupos de controle para observar, seguindo
critérios de aleatoriedade, os efeitos de
determinada política pública. Naércio dá um
exemplo: “É possível avaliar se um programa de
desparasitação (distribuição de um medicamento
eficaz contra um ou vários parasitas), por
exemplo, tem impacto na saúde das crianças e
no seu desempenho escolar”.
Os ganhos dessas inovações poderão ser
enormes para as políticas públicas mundo afora.
O Brasil, por exemplo, adotou uma série de
ações, como o programa de medicamentos
genéricos, na minha gestão no Ministério da
Saúde, ou mesmo o Saúde da Família, que
poderiam passar a ser avaliadas por meio dessas
novas técnicas. O ganho seria o de adotar
critérios baseados em evidência empírica para
decidir sobre o aumento de recursos a uma
política com alto grau de efetividade, de
resultado, e o corte de dinheiro de uma ação que
gera pouco ou nenhum efeito na vida das
pessoas.
Naércio afirma ao repórter do Estado que,
“quando se olha para os últimos 30 anos, dá para
perceber que o Brasil progrediu muito. As
pessoas que nasciam pobres não tinham uma
esperança na vida. Hoje, mesmo com a crise
econômica, não se vê mais tantas pessoas
migrando para as cidades mais ricas ou um
grande volume de gente passando fome”.
De fato, é possível melhorar muito a vida das
pessoas aprimorando políticas públicas existentes
e aumentando os recursos para ações voltadas à
redução da pobreza, da mortalidade infantil,
dentre outras tantas áreas. Falo por experiência
prática, tanto na Prefeitura quanto no governo do
Data: 24/10/2019
51
Grupo de Comunicação
Estado ou nos cargos que ocupei no Executivo
federal.
Lembro-me de como a dra. Zilda Arns, por
exemplo, fazia verdadeiros milagres com
pouquíssimos recursos, no âmbito da Pastoral da
Criança. As ações continuaram e foram
ampliadas. Baseiam-se em visitas às famílias,
orientação sobre higiene e nutrição. Gestos
simples, como lavar as mãos antes de lidar com
o bebê, podem evitar um sem número de
doenças. Numa entrevista ao Roda Viva, em
2001, a dra. Zilda disse que gastava apenas R$
0,86 por criança ao mês. Em valores atuais,
estamos falando de R$ 2,48.
Minha ideia não é deixar em segundo plano as
ações macrofiscais, mas caminhar mais
rapidamente, em paralelo, naquilo que está às
mãos do governo e do Congresso, desde já. O
crescimento econômico está se recuperando, mas
ainda muito lentamente. Não podemos apenas
cruzar os braços e esperar que os juros mais
baixos impulsionem o consumo e os
investimentos.
Há ações baratas ou sem custo que poderiam
render aumento expressivo do bem-estar social,
sobretudo aos mais pobres, que mais dependem
do Estado. Realocar recursos de ações pouco
efetivas para políticas públicas com bons
resultados é uma das maneiras de fazer isso.
Como exemplo, cito o projeto de lei que
apresentei recentemente no Senado para
estimular a educação superior a partir de uma
reserva financeira criada pelo Estado para todas
as crianças nascidas em famílias pobres.
Deveríamos, o quanto antes, seguir o norte
apontado pelos ganhadores do Nobel de
Economia. Para isso, trata-se de aprender com o
que já foi feito no passado, sobretudo desde a
Constituição de 1988, adotar práticas de
avaliação de revisão periódica dos gastos
públicos e aprender com o que há de melhor na
academia, transformando ideias em políticas
públicas. Dá para fazer.
*SENADOR (PSDB-SP)
https://opiniao.estadao.com.br/noticias/espaco-
aberto,da-para-fazer,70003061441
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Data: 24/10/2019
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Grupo de Comunicação
Biotecnologia agrícola e o acordo Mercosul-
UE
Tratado abre importante janela de oportunidades
para melhorar a aceitação da Europa a essa
tecnologia
Cesario Ramalho da Silva, O Estado de S.Paulo
O consumo mundial de milho deve atingir 1,191
bilhão de toneladas em 2026, alta de 25% sobre
o resultado de 2016. Na Ásia, a demanda deve
crescer 53%; nas Américas, 38%; na África, 7%;
e na Europa, 2%. É o que aponta estudo da
Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul
(Farsul), com base em dados do Departamento
de Agricultura dos EUA (USDA, na sigla em
inglês).
Entre junho de 2018 e junho deste ano,
presidindo a Aliança Internacional do Milho
(Maizall), visitei diversos países e participei de
reuniões em órgãos internacionais decisivos
como Organização das Nações Unidas para
Alimentação e Agricultura (FAO), Organização
Mundial da Saúde (OMS) e Organização Mundial
do Comércio (OMC). Neste período, pude
constatar que o incremento da produção global
de milho – imprescindível para atender à
demanda mundial – passa pela necessidade de
expansão da biotecnologia no campo como
tecnologia indispensável para promover redução
de custos, ganhos de produtividade e melhoria
de renda para o produtor, bem como viabilizar a
oferta global de alimentos de qualidade a preços
equilibrados para o consumidor.
É de fundamental importância estimular a
produção global de milho como política destinada
a garantir a segurança alimentar do planeta, já
que o grão, entre outras coisas, é o principal
insumo para a indústria de carnes, que tem
tendência de demanda elevada para as próximas
décadas. O mesmo estudo Farsul/USDA destaca
que só o consumo mundial de carne bovina, por
exemplo, deve chegar a 62 milhões de toneladas
em 2026, alta de 11% sobre o consumo de 2016.
A Maizall reúne as entidades representativas dos
mais importantes países produtores e
exportadores de milho: Brasil, EUA e Argentina.
Juntos, os três representam cerca de 50% da
produção global do grão e detêm perto de 70%
do comércio mundial do cereal. Nominalmente, a
aliança é formada pela Abramilho, Conselho de
Grãos dos Estados Unidos, Associação dos
Produtores de Milho dos Estados Unidos e
Associação Argentina dos Produtores de Milho e
Sorgo.
Resistência europeia
Em meu mandato, apurei que a Europa
permanece como o principal foco de resistência à
adoção da biotecnologia agrícola. Há um forte
componente ideológico nessa aversão, que
requer contrapontos baseados em argumentos
científicos sobre a segurança dos Organismos
Geneticamente Modificados (OGMs) e de outras
novas tecnologias, como a edição genômica.
Na Europa, tive a oportunidade de conversar com
produtores locais. Eles querem usar a
biotecnologia, mas questões regulatórias e
obstáculos políticos os impedem. O
posicionamento europeu acerca da biotecnologia
agrícola é crucial porque a negativa europeia tem
forte influência sobre outras regiões. Lavouras de
milho na África, por exemplo, estão sendo
dizimadas por pragas, problema que seria
eliminado se as plantações fossem de variedades
transgênicas.
O acordo Mercosul-UE, que criará uma
gigantesca corrente comercial entre os dois
blocos – especialmente de produtos agrícolas e
alimentícios – abre uma importante janela de
oportunidades para melhorar a aceitação da
Europa à biotecnologia. O fato de uma
multinacional europeia ter se tornado a detentora
do maior portfólio global de sementes
transgênicas também pode contribuir para
melhorar a receptividade da Europa.
É preciso, ainda, adotar políticas governamentais
de equivalência regulatória de OGMs entre países
produtores e consumidores, que facilitem o livre-
comércio internacional. Recente relatório da ONU
alerta que mais de 820 milhões de pessoas ainda
passam fome no mundo. A biotecnologia na
agricultura é comprovadamente uma ferramenta
eficaz e segura para ajudar no combate a este
flagelo. E isso passa por mais Ciência e diálogo e
menos estereótipos e preconceitos.
*VICE-PRESIDENTE DA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DOS PRODUTORES DE MILHO (ABRAMILHO), FOI PRESIDENTE DA
MAIZALL E DA SOCIEDADE RURAL BRASILEIRA (SRB) https://economia.estadao.com.br/noticias/geral,biotecnologia-agricola-e-o-acordo-mercosul-ue,70003061394
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Data: 24/10/2019
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Grupo de Comunicação
VALOR ECONÔMICO BR vai constituir ‘tradings’ de gás, etanol e
energia
Três meses após se tornar uma empresa privada,
a BR Distribuidora pretende estender sua atuação
além da distribuição de combustíveis
Três meses após se tornar uma empresa privada,
a BR Distribuidora pretende estender sua atuação
além da distribuição de combustíveis. O plano é
criar comercializadoras (tradings) de etanol,
energia e gás natural. Atual líder na distribuição,
com 23% da rede de postos, a BR se prepara,
livre das amarras legais de uma empresa estatal,
para a abertura do mercado brasileiro de
combustíveis.
Neste momento, a companhia está reduzindo
custos. Contratos com fornecedores assinados
quando a empresa ainda era uma subsidiária da
Petrobras, no valor de R$ 7 bilhões, estão sendo
renegociados. Na área de pessoal, a ideia é
reduzir o quadro, hoje de cinco mil empregados,
sendo dois mil terceirizados. Os principais
concorrentes empregam, em média, três mil
funcionários.
“Não é legal e bacana fazer ‘downsize’ [redução
de tamanho], mas é necessário. Vamos
realmente precisar fazer, dentro de todas as
técnicas possíveis e inimagináveis de
otimização”, disse, em entrevista ao Valor, o
presidente da BR, Rafael Grisolia. O executivo
deixou claro que o objetivo é aumentar a
rentabilidade da empresa, cujo capital foi
pulverizado desde a redução da presença da
Petrobras, de 71,25%% para 37,5% das ações.
A partir de agora, a BR usará a posição de maior
compradora de derivados de petróleo para
negociar condições e preços melhores. Isso inclui
a Petrobras, cujo monopólio no segmento de
refino vai acabar, uma vez que a estatal pôs à
venda metade de seu parque de refinarias. A
distribuidora, informou Grisolia, não tem
interesse em comprar esses ativos, ao contrário
de seus dois maiores concorrentes - Ipiranga e
Raízen.
“Vejo uma oportunidade gigantesca para a BR. A
partir do momento em que as refinarias não
pertençam a um só agente, poderemos estar
livres dessa amarra que se impõe para nós, que
é [o dono da refinaria] não nos enxergar como
seu principal cliente”, comentou o executivo. Ao
mesmo tempo em que pretende vender seus
negócios nas áreas de geração de energia,
distribuição de gás natural e produção de asfalto,
ativos sem relação com sua vocação, a BR quer
desenvolver os segmentos de lojas conveniência
e serviços financeiros e entrar em
comercialização, fazendo a ponte entre produtor
e consumidor final nos segmentos de energia
elétrica, gás e etanol.
https://valor.globo.com/impresso/noticia/2019/1
0/24/br-vai-constituir-tradings-de-gas-etanol-e-
energia.ghtml
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Data: 24/10/2019
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Grupo de Comunicação
EDP acredita em protagonismo do Brasil
Um dos executivos mais longevos do mercado
global de energia, António Mexia, presidente
mundial do grupo português EDP há mais de 13
anos, é categórico ao afirmar que o futuro da
indústria, que atravessa o processo de transição
energética, será baseado na eletrificação e por
fontes renováveis. Neste cenário, o Brasil, em
sua opinião, terá um papel de protagonismo
mundial.
“Vivemos em um contexto de transição
energética, em um mundo que será cada vez
mais elétrico. E o Brasil tem condições
extraordinárias, vai ter um papel de liderança a
nível mundial”, disse Mexia, que veio ao país
nesta semana.
À frente de uma empresa com faturamento
global de € 3,3 bilhões (o equivalente a cerca de
R$ 15 bilhões) e um parque gerador de 27 mil
megawatts (MW), ele aposta nas renováveis não
só pelo aspecto ambiental, mas também pelo
ponto de vista econômico.
“Quando comecei a vir para cá [Brasil], há 14
anos, e começamos com a estratégia das
renováveis, as pessoas olhavam com algum
ceticismo. Hoje, as formas mais baratas de
energia são sempre as renováveis. E nisso o
Brasil tem um potencial incrível”, disse,
lembrando que Portugal registrou há dois meses
o recorde mundial de preço mais baixo da fonte
solar, de € 14,9 por megawatt-hora (MWh). No
Brasil, no leilão de energia da semana passada, a
fonte solar foi negociada a R$ 84,39/MWh (cerca
de € 18,5). “Quando cheguei na indústria,
falávamos de praticamente € 600 [por MWh]”.
Não à toa, o Brasil responde por 20% do Ebitda
(sigla em inglês para lucro antes de juros,
impostos, depreciação e amortização) global e
por 10% do resultado líquido do grupo EDP, que
prevê investir R$ 11 bilhões no país nos próximos
três anos. A companhia tem 2,9 mil MW
instalados de hidrelétricas e de 331 MW de
parques eólicos. Para 2022, o plano é vender 300
MW de eólicas e construir 1,2 mil MW de projetos
do tipo.
Na visão do executivo, o país reúne as condições
para ser base de multinacionais, de vários
setores, na América Latina, pela importância do
seu mercado interno e pela possibilidade de que
as companhias avancem para outros países a
partir do território brasileiro.
Mexia vê um cenário favorável para o Brasil,
composto por inflação baixa (pouco superior a
3%) e taxa básica de juros projetada em 4,5%
no fim do ano. O PIB, porém, não reagiu. “É por
isso que coisas como reforma da previdência e
reformas fiscais são importantes”, afirmou. “A
complexidade da estrutura fiscal do Brasil hoje
ainda é um obstáculo ao crescimento”.
Ainda no campo do “dever de casa” que o Brasil
precisa fazer, Mexia fez sonoro alerta para o
problema do risco hidrológico, conhecido pela
sigla GSF, que resulta em inadimplência de R$
7,6 bilhões no mercado de curto prazo de
energia. “Temos aí um pacote no Senado que
está um pouco parado, que seria importante que
saísse, porque isso irá clarificar o investimento
na hidroeletricidade.”
O presidente mundial da EDP também comentou
sobre o debate em curso na Agência Nacional de
Energia Elétrica (Aneel) relativo ao
aprimoramento das regras para a geração
distribuída - instalação de sistemas de geração,
principalmente a energia solar, utilizados por
consumidores finais. Ele elogiou a postura da
Data: 24/10/2019
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Grupo de Comunicação
agência de dar transparência ao assunto, porém
entende que deveria haver um processo gradual
de cobrança dos usuários pelo uso da rede de
distribuição.
De forma geral, o foco do grupo no Brasil hoje se
concentra em transmissão de energia e fontes de
geração solar e eólica. “Estaremos com certeza
nos leilões de transmissão e de renováveis”,
disse Mexia. Questionado sobre o interesse em
eventual privatização da Eletrobras, o executivo
disse que isso está fora dos planos. “É uma
estrutura muito complexa. Neste momento, não
é o nosso foco.”
Concentrado na transição energética e na queda
dos custos da fontes renováveis, o presidente
mundial da EDP afirmou ter convicção pessoal de
que a mobilidade elétrica vai crescer
significativamente no mundo, inclusive no Brasil.
“A eletrificação dos transportes é um elemento
decisivo para a descarbonização. A mobilidade
elétrica é absolutamente vital”.
Apesar de reconhecer que as dimensões
territoriais do Brasil aparentemente representam
um desafio logístico para a mobilidade elétrica,
ele lembrou que mais de 90% da utilização que
as pessoas fazem dos carros são nas cidades.
“Estamos falando de qualidade de vida nas
cidades e a questão da poluição. O veículo
elétrico, com energias renováveis, vai alterar de
forma radical a qualidade de vida nas cidades”.
Para o executivo, a descarbonização e as
mudanças climáticas são essenciais na
atualidade. Por isso, é importante fazer o
máximo possível para que o aumento da
temperatura global seja limitado a 1,5 grau, e
não a 2 graus. Pode parecer pouco, diz ele, mas
muita coisa na natureza pode desaparecer com
essa pequena diferença.
“O que parecia difícil no passado [a união de
empresas concorrentes] se torna óbvia diante do
atual cenário”, afirmou Mexia, durante evento, na
terça-feira, onde a EDP reuniu montadoras e
fornecedores de carregadores em um projeto
para instalação de rede de carga ultrarrápida em
São Paulo.
https://valor.globo.com/empresas/noticia/2019/1
0/24/edp-acredita-em-protagonismo-do-
brasil.ghtml
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Data: 24/10/2019
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Grupo de Comunicação
Grupo muda estratégia para leilão
Leilão da Aneel de linhas de transmissão está
marcado para dia 19 de dezembro
A EDP Brasil planeja uma mudança de estratégia
para o próximo leilão de linhas de transmissão da
Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), em
19 de dezembro. A companhia, que, até então,
priorizava projetos que continham sinergias com
outros ativos do grupo, estuda agora
empreendimentos em outras regiões do país.
“Até agora, temos preferidos projetos que têm
sinergias com as regiões onde estamos
presentes. Mas o mercado está cada vez mais
competitivo, por um lado, e menos líquido, tem
menos projetos [ofertados]”, afirmou o
presidente da EDP Brasil, Miguel Setas.
“Portanto, estamos olhando para outros
mercados, outras regiões do país, que não são
exclusivamente aquelas onde estávamos focando
para maximizar sinergias”, completou o
executivo.
No leilão, serão oferecidos 12 lotes, com um total
de 2.470 km de extensão de linhas, com
investimentos previstos de R$ 41 bilhões.
Em agosto, a EDP Brasil finalizou a aquisição dos
direitos de concessão de um lote de 142 km de
linhas entre Santa Catarina e Rio Grande do Sul,
ampliando para 1.441 km a extensão em seu
portfólio de projetos de transmissão.
Ontem, a companhia recebeu a licença de
instalação para o último trecho de um lote de
transmissão em Santa Catarina, que está com
43% das obras concluídas.
No terceiro trimestre, a EDP Brasil registrou lucro
líquido de R$ 354 milhões no terceiro trimestre,
com crescimento de 15,3% ante igual período do
ano anterior. Na mesma comparação, a receita
líquida recuou 9,58%, para R$ 3,439 bilhões, e o
Ebitda (sigla em inglês para lucro antes de juros,
impostos, depreciação e amortização) avançou
14,6%, totalizando R$ 778,8 milhões.
Segundo Setas, o resultado foi influenciado pela
revisão tarifária das distribuidoras do grupo. Nos
processos das concessões do Espírito Santo e
São Paulo, houve aumento da base de
remuneração de ativos. Na prática, a base reflete
investimentos realizados pelas distribuidoras na
prestação dos serviços que serão cobertos pela
tarifa.
No caso da distribuidora do Espírito Santo, a
revisão provocou aumento de 28,1% da base de
remuneração líquida, com redução de 4,84% na
tarifa média ao consumidor. Com relação à EDP
São Paulo, a queda na tarifa de 5,33% veio
acompanhada de aumento da base de
remuneração líquida de 45,3%.
As duas revisões tarifárias aprovadas pela Aneel
geraram, na prática, efeito contábil de R$ 228
milhões com geração de valor às concessões das
distribuidoras.
https://valor.globo.com/empresas/noticia/2019/1
0/24/grupo-muda-estrategia-para-leilao.ghtml
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Data: 24/10/2019
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Grupo de Comunicação
Carro elétrico nacional está longe dos
planos
De janeiro a setembro, a soma de elétricos e
híbridos alcançou só 0,3% das vendas
A indústria automobilística ainda vai demorar
muito para fabricar carros totalmente elétricos no
Brasil. O presidente da Nissan no país, Marco
Silva, calcula que a produção local só será
economicamente viável quando as vendas desse
tipo de veículo chegarem a pelo menos 5% do
mercado. De janeiro a setembro, a soma de
elétricos e híbridos alcançou só 0,3% das vendas.
Mesmo assim, diz o executivo, para sobreviver as
montadoras instaladas no Brasil terão de seguir,
mesmo que a passos mais lentos, a trilha da
eletrificação, que marca o desenvolvimento das
próximas gerações de veículos no mundo.
“A indústria ainda depende do mercado
doméstico. Se quer oferecer novas tecnologias, o
caminho é fabricar localmente ou pagar altos
impostos na importação”, diz Silva.
https://valor.globo.com/impresso/noticia/2019/1
0/24/carro-eletrico-nacional-esta-longe-dos-
planos.ghtml
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Data: 24/10/2019
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Grupo de Comunicação
Proposta prevê universalizar água e esgoto
até 2033
Relator defende migração de empresas de
antigos contratos para o regime de concessão
A comissão especial que discute o novo marco
regulatório do saneamento básico deve votar um
novo parecer do deputado Geninho Zuliani (DEM-
SP) sobre o projeto de lei 3.261/2019 na próxima
quarta-feira (30). O texto original tem viés mais
liberalizante e facilita privatizações das
companhias estaduais de água e esgoto.
Os ajustes no parecer do relator serão feitos para
garantir a aprovação do texto na comissão com
maior folga na votação, apesar da queixa que
ainda persiste da oposição. Esta semana os
deputados contrários ao texto original
deflagraram uma batalha de pareceres, o que
dominou o debate de ontem na comissão.
O deputado Fernando Monteiro (PP-PE)
protocolou voto em separado para abrir um
movimento de dissidência entre os integrantes da
comissão. O Ministério da Economia e a
Secretaria de Governo, que apoiam o parecer de
Zuliani, monitoram o assunto com atenção.
Monteiro diz já contar com o apoio de entidades
como a Associação Brasileira das Empresas
Estaduais de Saneamento (Aesbe), Associação
Brasileira de Agências de Regulação (Abar),
Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e
Ambiental (Abes) e Associação Nacional dos
Serviços Municipais de Saneamento, (Assemae).
Na avaliação do deputado pernambucano, a
proposta apresentada na última semana tem viés
“unicamente privatista” do saneamento. O voto
em separado dele deixa a critério do gestor
municipal a escolha da modalidade que melhor
atende seu município. “É ele que sabe as
particularidades do seu município e que pode não
encontrar no privado a solução".
Zuliani prometeu apresentar o novo relatório um
dia antes de colocar o texto para votar na
comissão, na terça-feira (29). Ele sofreu duras
críticas pelo texto que apresentou. Sua proposta
prevê que os contratos de programa vigentes,
entre municípios e companhias de saneamento,
recebam metas de universalização do serviço de
água e esgoto até 2033.
O relator defende a migração das empresas dos
antigos contratos para o regime de concessão. A
entrada de novos de novos grupos econômicos
no setor deverá ser mediante concorrência
aberta -- ou seja, leilões. A marco legal
defendido por Zuliani prevê as áreas de
concessão formadas por blocos de municípios
definidos pelos governos estaduais. A oposição
alega que a medida é inconstitucional por invadir
a esfera de competência do município.
https://valor.globo.com/politica/noticia/2019/10/
24/proposta-preve-universalizar-agua-e-esgoto-
ate-2033.ghtml
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Data: 24/10/2019
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Grupo de Comunicação
Por que as cidades ricas se rebelam
Jeffrey Sachs
Três das cidades mais ricas do mundo foram
assoladas por protestos e distúrbios neste ano.
Paris vem enfrentando ondas de protestos
violentos desde novembro de 2018, logo depois
de o presidente da França, Emmanuel Macron,
ter elevado o imposto sobre o combustível. Hong
Kong está em estado de agitação desde março,
depois de Carrie Lam, a chefe do Executivo do
território, ter proposto uma lei permitindo
extradições para a China continental. E Santiago
foi tomada por manifestações neste mês, depois
de o presidente Sebastián Piñera ter ordenado o
aumento das tarifas do metrô. Os protestos têm
fatores locais distintos, mas, se analisados em
conjunto, contam uma história mais ampla sobre
o que pode acontecer quando a sensação de
injustiça se combina a uma percepção
generalizada de baixa mobilidade social.
Pelos cálculos tradicionais do Produto Interno
Bruto (PIB) per capita, as três cidades são
exemplos de sucesso econômico. As rendas per
capita giram em torno a US$ 40 mil em Hong
Kong, US$ 60 mil em Paris e US$ 18 mil em
Santiago, uma das cidades mais ricas da América
Latina. No Relatório de Competitividade Mundial
2019, publicado pelo Fórum Econômico Mundial,
Hong Kong aparece na terceira colocação, a
França, na 15ª, e o Chile, na 33ª (a melhor na
América Latina, por ampla margem).
Mesmo políticas que parecem sensatas, como
acabar com subsídios ao combustível ou elevar
as tarifas do metrô, vão levar a sublevações em
massa se promovidas sob baixa confiança social,
alta desigualdade e um sentimento amplamente
compartilhado de injustiça
Ainda assim, embora esses países sejam
bastante ricos e competitivos pelos padrões
convencionais, suas populações estão
insatisfeitas quanto a aspectos essenciais de suas
vidas. Segundo o Relatório de Felicidade Mundial
2019, os cidadãos de Hong Kong, França e Chile
sentem que suas vidas estão emperradas em
questões importantes.
A cada ano, a Gallup Poll pergunta a pessoas por
todo o mundo “Você está satisfeito ou insatisfeito
com sua liberdade para escolher o que fazer com
sua vida?”. Embora Hong Kong ocupe a 9ª
posição em termos de PIB per capita no mundo,
aparece apenas no 66º lugar no que se refere à
percepção pública da liberdade de cada um para
escolher o rumo da vida pessoal. É possível ver a
mesma discrepância na França (25ª em PIB per
capita e 69ª em liberdade de escolha) e o Chile
(48º e 98º, respectivamente).
Ironicamente, apesar dessa insatisfação dos
residentes de Hong Kong quanto à liberdade para
escolher o que fazer com suas vidas, tanto a
Heritage Foundation quanto a Simon Fraser
University classificam o território como tendo a
maior liberdade econômica do mundo. Nos três
lugares, os jovens urbanos que não nasceram
ricos têm poucas esperanças quanto a suas
chances de encontrar moradia acessível e bons
empregos.
Em Hong Kong, os preços dos imóveis em relação
ao salário médio estão entre os mais caros do
mundo. O Chile tem a maior desigualdade de
renda da Organização para Cooperação e
Desenvolvimento Econômico (OCDE), o clube dos
países de alta renda. Na França, os filhos de
famílias da elite têm vantagens imensas ao longo
da vida.
Em razão dos preços muito altos das moradias, a
maioria das pessoas é empurrada para fora dos
distritos comerciais centrais e normalmente
depende de veículos pessoais ou do transporte
público para chegar ao trabalho. Boa parte da
população, portanto, pode ser especialmente
suscetível a aumentos no preço dos transportes,
como se viu na onda de protestos em Paris e
Santiago.
Hong Kong, França e Chile estão longe de ser as
únicas a deparar-se com uma crise sobre a
mobilidade social e com o descontentamento
diante da desigualdade. Os EUA, em tempos de
desigualdade sem precedentes e de colapso da
confiança pública no governo, viram um grande
salto nos índices de suicídios e outros sinais de
problema sociais, como tiroteios em massa.
Para evitarmos tais resultados, precisamos tirar
lições desses três casos. Os três governos foram
pegos de surpresa pelos protestos. Como
perderam contato com o sentimento da
população, não conseguiram prever que medidas
Data: 24/10/2019
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Grupo de Comunicação
aparentemente modestas iriam desencadear uma
explosão social em massa.
Talvez mais importante seja o fato de que os
indicadores econômicos tradicionais de bem-estar
são completamente insuficientes para capturar o
sentimento real da população. O PIB per capita
mede a renda média de uma economia, mas não
diz nada sobre sua distribuição, as percepções
das pessoas sobre o que é justo ou injusto, a
sensação de vulnerabilidade financeira da
população ou outras condições (como a confiança
no governo) que pesam muito na qualidade de
vida geral.
Classificações como o Índice de Competitividade
Mundial, do Fórum Econômico Mundial, o Índice
de Liberdade Econômica, da Heritage Foundation,
e o de Liberdade Econômica do Mundo, da Simon
Fraser University, também revelam muito pouco
sobre a sensação subjetiva de injustiça da
população, a liberdade de fazer escolhas, a
honestidade do governo e a percepção de
confiabilidade de seus concidadãos.
Para descobrir tais sentimentos, é preciso
perguntar diretamente à população sobre sua
satisfação com a vida, a sensação de liberdade
pessoal, a confiança no governo e nos
compatriotas e sobre outras dimensões da vida
social. Essa é a abordagem adotada nas
pesquisas anuais de bem-estar da Gallup, que
meus colegas e eu incluímos a cada ano no
Relatório de Felicidade Mundial.
A ideia de desenvolvimento sustentável, refletida
nos 17 Objetivos de Desenvolvimento
Sustentável (ODS) assumidos pelos governos
mundiais em 2015, é ir além dos indicadores
tradicionais como o crescimento do PIB e de
renda per capita e empenhar-se em uma série
mais rica de metas, como a justiça social, a
confiança e a sustentabilidade ambiental. Os
ODS, por exemplo, preocupam-se não apenas
com a desigualdade de renda (ODS 10), mas
também com indicadores mais amplos do bem-
estar (ODS 3).
Cabe a cada sociedade sentir a pulsação de sua
população e prestar muita atenção às fontes de
desconfiança e infelicidade social. O crescimento
econômico injusto e sem sustentabilidade
ambiental é receita para a desordem, não para o
bem-estar. Vamos precisar de uma provisão
muito maior de serviços públicos, maior
redistribuição de renda dos ricos para os pobres
e mais investimentos públicos para alcançar a
sustentabilidade ambiental. Mesmo políticas
aparentemente sensatas, como acabar com os
subsídios ao combustível ou elevar as tarifas do
metrô para cobrir seus custos, vão levar a
sublevações em massa se promovidas sob
condições de baixa confiança social, alta
desigualdade e um sentimento amplamente
compartilhado de injustiça. (Tradução de Sabino
Ahumada)
Jeffrey D. Sachs é diretor do Centro de
Desenvolvimento Sustentável, da Columbia
University, e da Rede de Soluções de
Desenvolvimento Sustentável da ONU. Copyright:
Project Syndicate, 2019.
https://valor.globo.com/opiniao/coluna/por-que-
as-cidades-ricas-se-rebelam.ghtml
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Data: 24/10/2019
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Grupo de Comunicação
BR vê ganho com abertura do refino
Venda de refinarias da Petrobras cria novas
oportunidades para a distribuidora
Três meses depois da privatização, a BR
Distribuidora dá os primeiros passos como
empresa de controle pulverizado e, sem as
amarras da gestão estatal, deu início à
implementação de medidas para reduzir custos e
aumentar sua rentabilidade. A companhia se
prepara para a abertura do mercado brasileiro de
combustíveis. Em meio à entrada de novos
concorrentes na distribuição e à quebra do
monopólio da Petrobras no refino, o presidente,
Rafael Grisolia, vê “oportunidade gigante” para a
distribuidora com o novo momento da indústria
de óleo e gás.
A expectativa da BR, de acordo com o executivo,
é se valer da posição de principal compradora de
derivados para conseguir melhores condições
comerciais. Entrar no refino, com a aquisição dos
ativos da Petrobras, está descartado.
“A Petrobras, por razões legitimas dela, trata
todas as distribuidoras de forma igualitária. Ela
precisa fazer isso por uma questão antitruste.
Não tenho um milímetro de diferença em relação
à menor distribuidora [na negociação de
contratos de suprimento]. Vejo uma
oportunidade gigantesca para a BR. A partir do
momento em que as refinarias não pertençam a
um só agente, poderemos estar livres dessa
amarra que se impõe para nós, que é [o dono da
refinaria] não nos enxergar como seu principal
cliente”, afirmou, em entrevista exclusiva ao
Valor.
Questionado sobre o interesse da Ipiranga e
Raízen pelas refinarias da Petrobras, o executivo
disse que não teme uma eventual verticalização
de seus principais concorrentes. Segundo
Grisolia, a BR buscará a aproximação comercial
com os novos agentes do setor, “seja lá quem
comprar” os ativos. Ele cita que, no etanol, por
exemplo, a Raízen não deixa de negociar o
biocombustível com distribuidoras concorrentes.
“A Raízen não usa disso [verticalização] para
subsidiar um negócio com outro. Não faz sentido
gastar bilhões numa refinaria para subsidiar
[uma distribuidora]. Não é racional”, comentou.
Segundo Grisolia, a BR vem se preparando para
“aproveitar bem” as oportunidades da abertura
do setor de combustíveis e que um dos
direcionamentos da empresa é aumentar a sua
eficiência. Ele conta que, agora privada e sem se
submeter mais à Lei das Licitações, a BR já
começou a mapear oportunidades para cortes de
custos.
Nesse sentido, a companhia está passando um
pente-fino nos seus contratos com fornecedores.
A BR tem hoje um estoque de R$ 7 bilhões em
contratos antigos, da época em que era uma
estatal, e vê espaço para otimizações.
“Estamos indo [analisar] contrato a contrato,
desde limpeza a manutenção e engenharia”,
afirmou.
https://valor.globo.com/empresas/noticia/2019/1
0/24/br-ve-ganho-com-abertura-do-refino.ghtml
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Grupo de Comunicação
A vida da ‘nova’ BR depois da privatização
A nova BR Distribuidora, agora privada, se
prepara para atuar menos como empresa de
combustíveis e mais como uma companhia de
varejo e energia, com uma gama mais ampla de
oferta de produtos a seus clientes. O presidente
da empresa, Rafael Grisolia, conta que está
atento às mudanças de hábito no consumo. E
que, embora a distribuição de combustíveis se
mantenha como sua principal fonte de receita, a
companhia toca uma agenda de
reposicionamento em alguns de seus negócios.
Ao mesmo tempo em que pretende vender ativos
não prioritários como termelétricas a diesel, a
fabricante de asfalto Stratura e a distribuidora
capixaba de gás natural ESGás - heranças do
tempo de estatal -, a BR quer ampliar a sua
atuação em conveniência e serviços financeiros.
Além disso, a empresa, que é líder na
distribuição de combustíveis, com 7,8 mil postos,
22,9% da rede total no Brasil, estuda a criação
de comercializadoras (trading) de etanol, energia
elétrica e de gás natural - segmento que faz a
ponte entre o produtor e o consumidor final.
“Uma vez que a sociedade defina qual a energia
que ela vai usar, queremos estar lá. Temos que
estar preparados para a decisão que o cliente
vier a tomar”, afirmou.
Segundo Grisolia, a empresa está atenta a
mudanças na tendência de consumo, como a
eletrificação da frota e o desenvolvimento do
mercado livre de gás, entre clientes industriais.
À frente do comando da BR desde maio, Grisolia
chegou à presidência da BR com a missão de
preparar a empresa para a sua privatização.
Concluída a oferta de ações que reduziu a fatia
da Petrobras na distribuidora de 71,25%% para
37,5%, em julho, ele lidera agora os novos
rumos da companhia.
Filho de italianos, da Calábria, na ponta da
“Bota”, na Península Itálica, o executivo carioca
chegou ao comando da BR após passagem de
dez meses como diretor-financeiro da Petrobras.
Antes disso, Grisolia, engenheiro de formação
com MBA em administração, foi diretor de
finanças da própria BR, num momento em que a
empresa se preparava para a abertura de seu
capital. Foi CFO também na Inbrands e no grupo
Trigo (dona das marcas Spoleto, Koni e Domino's
Pizza) e, no setor de combustíveis, acumula
experiência nas áreas financeiras da Esso e da
Cosan.
Para Grisolia, a privatização da empresa marca a
pulverização do controle da companhia, na qual a
figura do controlador único, a Petrobras, dá lugar
a uma gestão compartilhada onde todos os
acionistas participam das decisões. Segundo ele,
o novo momento se reflete no conselho da
administração da BR, um terço dele composto
por membros indicados pela petroleira estatal e o
restante ocupado pelos demais investidores.
Concluída a privatização, a atenção de Grisolia se
volta agora para a implementação de um pacote
de dez iniciativas, com foco na redução de custos
e aumento de sua rentabilidade. Na área de
gestão de pessoas, o presidente da BR vê espaço
para uma redução no quadro de funcionários “ao
longo do tempo”. A companhia possui,
atualmente, 5 mil empregados, dentre 3 mil
efetivos e 2 mil terceirizados.
“Não é legal e bacana fazer ‘downsize’ [redução
de tamanho], mas é necessário. Vamos
realmente precisar fazer, dentro de todas as
técnicas possíveis e inimagináveis de
otimizações. Temos uma quantidade maior de
pessoas que nossos competidores de referência e
ao longo do tempo vamos precisar ajustar novas
estruturas”, afirmou Grisolia, citando que os seus
principais competidores possuem, em geral,
cerca de 3 mil funcionários. Os dois principais
concorrentes da BR hoje são a Ipiranga e a
Raízen.
O pacote para aumento da rentabilidade inclui
ainda medidas como melhoria na eficiência de
aquisição de produtos. Daí o interesse da
empresa de entrar na comercialização de etanol
e dar mais atenção à área de trading de
importação de combustíveis.
Grisolia afirma que, na logística, a BR estuda um
novo modelo de gestão da infraestrutura de
armazenamento. A companhia já opera algumas
de suas tancagens tendo outras distribuidoras
como sócias, mas a ideia é buscar novas
parcerias na área, para reduzir custos.
Dois outros pilares do pacote de medidas, o
desenvolvimento dos negócios de conveniência e
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de serviços financeiros também seguirão a lógica
de atração de parcerias. Na conveniência,
Grisolia destaca que o negócio “possivelmente se
traduzirá numa joint venture” com algum sócio
que tenha expertise em varejo.
Ele explica que a distribuidora quer desenvolver o
segmento por “dois caminhos”: o primeiro é
aumentar o grau de penetração das lojas dentro
da rede de postos da companhia, de 7,8 mil
pontos. Hoje, esse percentual é de 17,5%, nível
considerado baixo em relação à Ipiranga, que
tem uma taxa de penetração de 34,5%. O
“segundo caminho” será tentar aumentar a fatia
da BR no bolo do faturamento da rede de lojas
franqueadas.
“Temos 1,2 mil lojas, elas vendem juntas R$ 1,5
bilhão ao ano e nós pegamos nossos 5% a 6% de
royalty. Quanto mais desse faturamento
poderíamos capturar, oferecendo mais coisas,
mais logística, serviço de TI, capturando mais
dessa agenda?”, disse. Grisolia também
comentou sobre a intenção de trazer um parceiro
- “fintechs” são possibilidade - para desenvolver
produtos financeiros.
“Precisamos ter soluções tecnológicas que
facilitem a experiência do consumidor dentro do
nosso ecossistema. Hoje todo mundo está
caminhando para a desintermediação financeira.
Nosso ecossistema tem quase 8 mil pontos de
venda, nosso programa de fidelidade quase 13
milhões de pessoas inscritas. É um volume
grande de transação, temos escala”, afirmou.
https://valor.globo.com/empresas/noticia/2019/1
0/24/a-vida-da-nova-br-depois-da-
privatizacao.ghtml
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Resultado da Petrobras refletirá expansão
da produção
O expressivo crescimento da produção de
petróleo e gás, impulsionado pelo desempenho
no pré-sal, deve influenciar positivamente o
resultado da Petrobras no terceiro trimestre
deste ano, que será divulgado hoje, após o
fechamento do mercado. O destaque da
produção, porém, será compensado, em parte,
pela queda do preço do petróleo no mesmo
período, de acordo com previsões de analistas
consultados pelo Valor.
A média feita pelo Valor com base em projeções
de sete casas de análise - UBS, Morgan Stanley,
BTG, Bradesco, Credit Suisse, Santander e XP -
indicou um lucro líquido de R$ 10,9 bilhões para
o terceiro trimestre, com crescimento de 63,4%
ante igual período do ano passado. Na mesma
comparação, a média das projeções indica uma
queda de 22,1% da receita líquida, para R$ 76,5
bilhões, e um crescimento de 4,3% do Ebitda
(sigla em inglês para lucro antes de juros,
impostos, depreciações e amortizações),
totalizando R$ 31,1 bilhões.
Na última semana, a Petrobras reportou um
crescimento de 14,6% da produção total de
petróleo e gás natural no terceiro trimestre, ante
igual período anterior, somando 2,878 milhões
de barris de óleo equivalente por dia (BOE/dia).
Considerando apenas a produção de óleo em
campos nacionais - indicador operacional da
companhia mais acompanhado pelo mercado - o
volume cresceu 16,9%, para 2,264 milhões de
barris diários, na mesma comparação.
O aumento da produção doméstica de petróleo e
a depreciação de 2% do Real motivaram a
estimativa do Santander para Ebitda de R$ 32,3
bilhões no terceiro trimestre, 8% superior em
relação a igual período anterior. Segundo o
banco, em relatório assinado por Christian Audi,
Gustavo Allevato e Rodrigo Almeida, os dois
fatores positivos deverão ser parcialmente
compensados pela queda de 17%, na
comparação anual, do Brent e por perdas de
estoque no refino.
Na mesma linha, o J.P. Morgan destaca que o
preço do petróleo recuou 9,7% no terceiro
trimestre, ante o período exatamente anterior, o
que deve pesar nos estoques de refino, com
relação à Petrobras. O banco, no entanto,
salientou que os números de produção
reportados pela empresa no período entre julho e
setembro foram muito fortes.
A XP prevê um lucro líquido de R$ 7,413 bilhões
para a Petrobras no terceiro trimestre deste ano,
com crescimento de 11,6% ante igual período
anterior. As estimativas da corretora refletem o
aumento recente da produção de petróleo,
margens internacionais de combustíveis de US$
6,1 por barril, câmbio de R$ 3,97 e preço médio
do petróleo de US$ 62 por barril.
Mais otimista, o BTG Pactual projeta lucro líquido
da Petrobras no terceiro trimestre de R$ 13,7
bilhões. A estimativa considera o expressivo
resultado da produção divulgado na última
semana. “É ótimo ver que a companhia está
começando a entregar em excesso as coisas que
ela pode controlar”, ressalta o banco, em
relatório assinado por Thiago Duarte, Pedro
Soares e Daniel Guardiola.
No lado não-recorrente, o resultado da Petrobras
será favorecido pela entrada em caixa de R$ 9,6
bilhões provenientes da venda de participação na
BR Distribuidora, cuja fatia da estatal recuou de
71,25% para 37%, e pelo ingresso de recursos
relativos à antecipação de recebíveis da dívida da
Eletrobras. Esses dois fatores, segundo o Credit
Suisse, contribuirão significativamente para a
redução do nível de alavancagem financeira da
petroleira - um dos principais objetivos da atual
gestão da companhia.
Por outro lado, o resultado será impactado
negativamente pela provisão de R$ 3,2 bilhões
anunciada na última sexta-feira pela Petrobras.
Segundo a estatal, o provisionamento ocorreu
em decorrência de litígios envolvendo a empresa
Sete Brasil; processo ambiental do Estado do
Paraná; e litígios sobre participação especial e
royalties envolvendo a Agência Nacional do
Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).
O UBS, que trabalha com lucro líquido de R$ 7,3
bilhões para a petroleira no período, estima que
esse número tem potencial para chegar a R$
14,4 bilhões, considerando os impactos não-
recorrentes.
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https://valor.globo.com/empresas/noticia/2019/1
0/24/resultado-da-petrobras-refletira-expansao-
da-producao.ghtml
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