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1 Grupo de Comunicação CLIPPING 28 de agosto de 2019 DIA NACIONAL DO VOLUNTARIADO

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Grupo de Comunicação

CLIPPING 28 de agosto de 2019

DIA NACIONAL DO VOLUNTARIADO

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Grupo de Comunicação

SUMÁRIO

ENTREVISTAS ............................................................................................................................... 4

Desenvolvimento do setor de Petróleo e Gás no Estado de SP foi debatido em evento no Instituto de Engenharia ................................................................................................................................... 4

SECRETARIA DE INFRAESTRUTURA E MEIO AMBIENTE ....................................................................... 6

CONDEMAT participa de workshop sobre gestão de resíduos sólidos .................................................... 6

Alumínio é a segunda cidade que mais consumiu eletricidade no Estado em 2018 ................................. 7

Funcionários de Ilhabela participam de capacitação do Município VerdeAzul .......................................... 8

Hortas comunitárias estimulam à produção sustentável de alimentos ................................................... 9

Segundo Cetesb, maioria dos municípios paulistas destina seus resíduos em locais adequados ............. 10

Equipe da Prefeitura impede a invasão de área em Mogi das Cruzes .................................................. 11

Gestão e desenvolvimento sustentável do turismo ........................................................................... 12

Cidade sedia ‘Congresso Cidades Sustentáveis do Noroeste Paulista’ ................................................. 13

Focos de queimadas são preocupantes no Município ........................................................................ 14

Polícia Ambiental apreende equipamentos usados em pesca subaquática irregular no Rio Paraná .......... 15

Fiscalização constata devastação de árvores nativas e aplica multa de R$ 13,2 mil a dono de sítio em Iepê

................................................................................................................................................. 16

Cetesb constata descarte de tilápias mortas no Córrego do Limoeiro .................................................. 17

VEÍCULOS DIVERSOS .................................................................................................................. 18

Reunião com governadores sobre a Amazônia termina sem medidas concretas ................................... 18

Queimada atinge área de reserva ambiental em Castilho .................................................................. 20

Fogo em área de preservação ambiental em Castilho ....................................................................... 22

Brasil perdeu 71 milhões de hectares de vegetação nativa ................................................................ 23

Brasil perdeu 71 milhões de hectares de mata em 30 anos, diz MapBiomas ........................................ 26

FOLHA DE S. PAULO .................................................................................................................... 28

OPINIÃO: Recuperação do rio Pinheiros e saúde pública ................................................................... 28

O QUE A FOLHA PENSA: A razão calcinada ..................................................................................... 29

Bolsonaro usa fogo como cavalo de troia para pauta antiambiental .................................................... 30

Painel: Anulação de sentença de Moro no STF surpreende até ministros que defendem freio na Lava Jato ................................................................................................................................................. 31

Crise na Amazônia tem de ser ponto de inflexão para oposição brasileira, diz Noam Chomsky .............. 33

Para salvar Amazônia, é preciso vender estatais, opina WSJ ............................................................. 36

Em meio a crise, Bolsonaro prioriza críticas a reservas indígenas em reunião com governadores da Amazônia ................................................................................................................................... 37

Mônica Bergamo: STF nega absolvição sumária de ex-primeira dama Marisa Letícia ............................ 39

O pastelão amazônico .................................................................................................................. 41

O dia do fogo e o pulo do sapo ...................................................................................................... 42

ESTADÃO ................................................................................................................................... 44

Planalto quer melhorar imagem no exterior .................................................................................... 44

A nossa Amazônia ....................................................................................................................... 46

A degradação da Presidência ........................................................................................................ 48

Trump pressiona para liberar exploração madeireira em Tongass, maior floresta dos EUA .................... 50

Incêndios na Bolívia expõem problemas políticos para Evo Morales .................................................... 52

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Grupo de Comunicação

Governo Johnny Bravo ................................................................................................................. 53

Despoluição do Rio Pinheiros vai dar certo se for transparente, diz ativista ......................................... 55

Pelo menos 18 marcas, como Timberland e Kipling, suspendem compra de couro do Brasil .................. 58

E as abelhas continuam morrendo ................................................................................................. 59

VALOR ECONÔMICO .................................................................................................................... 61

Governo estuda decreto para proibir queimadas .............................................................................. 61

GDSolar investirá R$ 800 mi até 2021 ........................................................................................... 62

Governo diz ter US$ 30 bi a receber de países ricos ......................................................................... 63

Suécia e Noruega fazem alerta sobre investimento .......................................................................... 64

Bolsonaro usa reunião sobre floresta para atacar reserva ................................................................. 65

Subsídio cresce 60% nas contas de energia de distribuidoras em 2018 .............................................. 67

Setor de etanol cobra promessas de Trump .................................................................................... 69

França pode tentar bloquear acordo até 2022 ................................................................................. 70

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Grupo de Comunicação

ENTREVISTAS Veículo1: Difundir

Veículo2: JorNow

Veículo3: Notícias do Trecho

Data: 27/08/2019

Desenvolvimento do setor de Petróleo e

Gás no Estado de SP foi debatido em

evento no Instituto de Engenharia

O Instituto de Engenharia realizou nesta

segunda-feira, 26 de agosto, o workshop

“Como o Estado de São Paulo pode colaborar

para o desenvolvimento da indústria de

Petróleo e Gás”. O evento teve apoio do

Governo do Estado de São Paulo, por meio

da Secretaria de Infraestrutura e Meio

Ambiente, de grandes empresas do setor,

como Shell, Petrobras, Equinor, Total, Petrogal

Brasil, RepsolSinopec e representantes de

diversas entidades, como Fiesp, IBP, Ipem-SP,

Saipem, OneSubsea, entre outras.

O evento teve como objetivo dar as boas-

vindas do Estado de São Paulo às diversas

operadoras e concessionárias de exploração e

produção de petróleo e gás da Bacia de

Santos, conhecer seus planos de investimento

e necessidades para ampliação de suas

operações na Baixada Santista. Um dos pontos

destacados foi que com essas ações, o Brasil

tem potencial para ser o 4º maior explorador

de petróleo e gás do mundo ficando atrás

somente dos Estados Unidos, Rússia e Arábia

Saudita, de acordo com o secretário executivo

de gás natural do Instituto Brasileiro de

Petróleo, Luiz Costamilan.

Para Eduardo Lafraia, presidente do Instituto

de Engenharia, esse mercado tem força para

ser um grande alavancador da economia

nacional e o IE quer ser um ponto focal dessas

discussões. “Ficamos muito felizes com esse

primeiro encontro e já projetamos o próximo

que focará em gás. Foi mostrado que o

potencial de exploração da bacia de Santos é

enorme e vai trazer um retorno importante e

fundamental para a economia tanto do Estado

de São Paulo, mas como do Brasil”.

Já para o secretário de Infraestrutura e Meio

Ambiente do Estado de São Paulo, Marcos

Penido, nesse momento, o Brasil tem uma

grande disputa com o mundo para ter uma

produção maior e eficiente. “Temos aqui uma

grande oportunidade com a Bacia de Santos e

o pré-sal de gerar emprego e desenvolvimento

para o nosso País. Não podemos perder essa

oportunidade e temos que ter consciência e

utilizar o tempo a nosso favor, pois o petróleo

pode ser usado neste momento, mas não

sabemos no futuro. Isso mostra que o Estado

de São Paulo está aberto e esse é o momento

para crescermos”.

Patrícia Ellen da Silva, secretária de

Desenvolvimento Econômico do Estado de São

Paulo, afirmou que o Brasil tem alguns pontos

de incerteza, mas o não o Estado paulista.

“Temos um poder muito grande e que já foi

demonstrado com eficiência nesses sete

meses de 2019. O governador João Doria

reuniu um grupo de secretários bem técnicos e

que dão resultado, pois neste período, olhando

nossos números, os dados e fatos são

positivos. As carteiras de investimentos

levantadas pela InvestSP são de R$ 14 bilhões

e, com os dados da Piesp, o valor salta para

R$ 75 bilhões, crescimento de 20 bilhões em

relação ao mesmo período do ano passado”.

O evento teve três painéis, sendo o primeiro

uma mesa redonda com a visão das

operadoras, os planos de desenvolvimento

delas para a Bacia de Santos e os gargalos de

infraestrutura do local. Já o segundo falou

sobre a infra de apoio existente e a

convergência da indústria de P&G e por

último, os temas de Pesquisa e

Desenvolvimento com foco nos desafios

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Grupo de Comunicação

tecnológicos associados as competências das

universidades foram abordados por

representantes da Unicamp, USP e Unesp.

Este evento foi uma iniciativa do Instituto de

Engenharia e da Secretaria de Infraestrutura e

Meio Ambiente do Governo de São Paulo. O

próximo encontro no IE vai abordar o tema

Gás.

http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?

c=0&n=30129493&e=577

http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?

n=30129494&e=577

http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?

c=0&n=30150144&e=577

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Grupo de Comunicação

SECRETARIA DE INFRAESTRUTURA E

MEIO AMBIENTE Veículo1: Jornal Ouvidor

Veículo2: Condemat

Data: 27/08/2019

CONDEMAT participa de workshop sobre

gestão de resíduos sólidos

Jornal Ouvidor / Noticias

por Assessoria de Imprensa Condemat

Com 11 cidades e o maior contingente

populacional depois da Capital, o CONDEMAT -

Consórcio de Desenvolvimento dos Municípios

do Alto Tietê é um dos convidados do

workshop 'Consórcios intermunicipais para

gestão e gerenciamento de resíduos sólidos:

experiências e alternativas', que a Secretaria

de Estado de Infraestrutura e Meio Ambiente

(SIMA) promove nesta quinta-feira (29/08),

em São Paulo.

Realização do Comitê de Integração de

Resíduos Sólidos, o workshop tem o objetivo

de discutir as iniciativas regionais na busca de

soluções para os problemas que os resíduos

sólidos geram nos municípios, assim como as

dificuldades e os avanços. O evento será das 9

às 17 horas e o painel do CONDEMAT está

marcado para 10 horas, com as participações

do prefeito de Guararema, Adriano Leite, e do

coordenador da Câmara Técnica (CT) de

Gestão Ambiental, Daniel Teixeira de Lima.

'A solução regionalizada para os resíduos

sólidos é uma prioridade do Conselho de

Prefeitos do CONDEMAT que, desde 2017, tem

promovido diversas ações para atingir esse

objetivo, como capacitações de técnicos,

fortalecimento da coleta seletiva e,

principalmente, a cooperação técnica para

elaboração do Plano Regional de Gestão

Integrada de Resíduos Sólidos', destaca o

prefeito Adriano Leite, presidente do Conselho

Fiscal do CONDEMAT.

Desde o início deste ano, o CONDEMAT tem

atuado em parceria com a SIMA para a

construção do Plano Regional, atualmente na

fase de diagnóstico. A meta do Alto Tietê é ser

uma das primeiras regiões do Estado a ter

uma solução integrada para os resíduos

sólidos. 'Os municípios, através do

CONDEMAT, estão empenhados com o Estado

para estabelecer as melhores diretrizes para

uma solução sustentável, ou seja, que respeite

o meio ambiente, mais econômica e com o

cuidado social necessário', diz o coordenador

da CT.

Além do CONDEMAT, também participam do

workshop o Cioeste - Consórcio Intermunicipal

da Região Oeste, Consimares - Consórcio

Intermunicipal de Manejo de Resíduos Sólidos,

Civap - Consórcio Intermunicipal do Vale do

Paranapanema e o IPT - Instituto de Pesquisas

Tecnológicas.

O evento acontece no auditório Van Acker, na

sede da SIMA - Avenida Professor Frederico

Hermann, 345, 6º andar, Pinheiros.

Informações pelo email ([email protected]).

http://jornalouvidor.com.br/noticia/condemat-

participa-de-workshop-sobre-gestao-de-

res/15413

http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?

n=30146032&e=577

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Grupo de Comunicação

Veículo: O Democrata

Data: 27/08/2019

Alumínio é a segunda cidade que mais

consumiu eletricidade no Estado em 2018

Alan Vianni

A Secretaria de Infraestrutura e Meio

Ambiente (SIMA) divulgou o 'Anuário de

Energéticos por Município do Estado de São

Paulo 2019 ano base 2018', mostrando que os

paulistas consumiram 29,5% de etanol

hidratado, 1,8% eletricidade e 2,5% de gás a

mais em 2018 do que em relação ao ano

anterior. De acordo com o estudo, foram

consumidos em 2018 9,9 bilhões de litros de

etanol contra 7,6 em 2017, 132 TWh perante

130 TWh de eletricidade e 5,5 bilhões m³

diante de 5,4 bilhões m³ de gás natural.

'Em 2018, tivemos um aumento expressivo no

consumo de etanol veicular e a redução de

5,3% no uso de derivados de petróleo. Essa

substituição refletiu na queda da emissão de

monóxido de carbono na atmosfera', explica o

secretário de Infraestrutura e Meio

Ambiente, Marcos Penido. Alumínio está

entre as principais cidades consumidoras de

eletricidade, ocupando o segundo lugar com

3,5% (4,6 TWh). Em primeiro está a capital

São Paulo com 20,6% do total (27 TWh),

seguido por Alumínio, Campinas 2,5% (3,2

TWh), Guarulhos 2,4% (3,2 TWh) e Santo

André com 2,1% (2,8 TWh).

E os municípios que mais consumiram gás

natural em 2018 foram São Paulo (18,7%),

Cubatão (6,8%), Santa Gertrudes (4,9%),

Jacareí (4,6%) e Santo André (4,4%).

'Este documento é um instrumento para que

os gestores municipais também possam

fomentar políticas públicas relacionadas ao

planejamento energético regional, alinhadas

aos conceitos de sustentabilidade, preservação

ambiental e a uma economia voltada ao bem-

estar social', comenta o subsecretário de

Infraestrutura, Glaucio Attorre.

http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?

c=0&n=30150145&e=577

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Grupo de Comunicação

Veículo: Prefeitura Ilhabela

Data: 27/08/2019

Funcionários de Ilhabela participam de

capacitação do Município VerdeAzul

Funcionários da Secretaria de Meio Ambiente

de Ilhabela participaram, na semana passada,

de uma capacitação promovida pelo

Programa Município VerdeAzul (PMVA),

do Governo do Estado, em Caraguatatuba

(SP). O objetivo, de acordo com a pasta

responsável, foi auxiliar os interlocutores na

construção dos relatórios e na execução de

tarefas.

Foram abordados diversos temas, como poda,

arborização urbana, coleta seletiva, educação

ambiental e tratamento de esgoto.

O treinamento foi ministrado por José Walter

Figueiredo Silva, coordenador do PMVA.

O programa

Lançado em 2007 pelo Governo do Estado de

São Paulo, por meio da Secretaria de Estado

do Meio Ambiente, na época, o Programa

Município VerdeAzul tem o inovador

propósito de medir e apoiar a eficiência da

gestão ambiental com a descentralização e

valorização da agenda ambiental nos

municípios.

Assim, o principal objetivo do PMVA é

estimular e auxiliar as prefeituras paulistas na

elaboração e execução de suas políticas

públicas estratégicas para o desenvolvimento

sustentável do estado de São Paulo.

http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?

c=0&n=30155477&e=577

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Grupo de Comunicação

Veículo: Jornal Cidade

Data: 27/08/2019

Hortas comunitárias estimulam à

produção sustentável de alimentos

Em Lençóis Paulista, são desenvolvidas ações

que buscam integrar a sustentabilidade e a

produção sustentável de alimentos, como é o

caso das hortas comunitárias. A primeira horta

criada com esta finalidade e a mais tradicional,

está localizada no bairro Cecap, onde existem

13 lotes. A proposta foi ampliada para mais

dois bairros, sendo uma no Jardim Caju com

11 lotes e mais recentemente no Jardim

Carolina que conta com mais 12 lotes.

Os cuidadores das hortas são pessoas da

própria comunidade ou da própria comunidade

que contemplam o projeto. As áreas são

concedidas pela Prefeitura com o objetivo de

promover a produção de alimentos orgânicos

de forma sustentável, além de dar utilidade

para terrenos urbanos que estavam ociosos,

muitas vezes sendo usados para descarte

irregular de lixo. Os lotes de hortas, dos três

bairros mencionados, produzem grande

variedade, principalmente de hortaliças e

legumes. Alface, almeirão, chicória, couve,

repolho, cenoura, beterraba, rabanetes, entre

outros itens, são os mais comumente

encontrados. A renda gerada com a venda

incrementa o orçamento das famílias e

estimulam a alimentação saudável nos bairros

e comunidades, assim como também são

doados alimentos para algumas instituições

sociais como por exemplo: Asilo, Apae, Casa

Abrigo Amorada. O projeto envolve a

organização das associações de bairros.

No Jardim Ubirama e na Casa Mãe Piedade

também há projetos de hortas comunitárias,

porém em lotes únicos e produção em menor

escala. As hortas comunitárias fazem parte do

Programa Município Verde Azul como um

dos critérios da diretiva "Município

Sustentável" para a produção sustentável de

alimentos.

http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?

c=0&n=30153400&e=577

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Grupo de Comunicação

Veículo: Jornal de Itatiba

Data: 28/08/2019

Segundo Cetesb, maioria dos municípios

paulistas destina seus resíduos em locais

adequados

https://s3-sa-east-

1.amazonaws.com/multclipp/arquivos/noticias

/2019/08/28/30168008/30168008_site.jpg

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Grupo de Comunicação

Veículo: O Diário

Data: 27/08/2019

Equipe da Prefeitura impede a invasão de

área em Mogi das Cruzes

O Diário de Mogi / Notícias

A Prefeitura de Mogi recebe diariamente uma

média de três denúncias de tentativa de

invasões de áreas no município. A maioria não

se concretiza, porque a fiscalização consegue

coibir. As informações, muitas vezes, chegam

pela própria população, que ajuda neste

monitoramento.

Ontem de manhã, por exemplo, a Secretaria

Municipal de Segurança Pública conseguiu

evitar a ocupação irregular na rua Maria

Joaquina de Oliveira Ruiz, no Jardim Santos

Dumont, em um local de proteção ambiental

próximo ao rio Jundiaí. O trabalho foi feito

com a participação da Guarda Municipal.

Segundo informações da Secretaria, a área

cobiçada tinha cerca de mil metros quadrados

e já estava demarcada com mourões e arame

farpado. Todo material foi apreendido pelas

equipes. Também foi desmontada uma ponte

de madeira improvisada nas proximidades.

O secretário municipal de Segurança, Paulo

Roberto Madureira Sales, disse que o

monitoramento é feito de forma permanente

pelas equipes específicas que fazem esse tipo

de fiscalização, com ajuda de diversos órgãos

como a Cetesb, policias Ambiental e

Militar, Patrulha Rural, além da colaboração da

população. Segundo ele, o número de

denúncias aumenta ainda mais e ultrapassa

cinco chamados aos finais de semana.

Sales disse que normalmente as equipes

conseguem identificar os problemas e chegar

na hora da mudança das famílias. Ele explica

que muitas vezes, a ação é coordenada por

grupos organizados de movimentos de sem

terras, que chegam até a contratar ônibus

para trazer as pessoas. Chegam ao local,

limpam o entorno e iniciam as construções

durante a madrugada para que as casas sejam

ocupadas no dia seguinte.

Quando são avisadas a tempo, as equipes de

trabalho da Prefeitura levam as máquinas e

derrubam os barracos. Ao se deparar com

casas já ocupadas, a Prefeitura é obrigada a

ingressar imediatamente com pedido de

reintegração de posse. Apenas neste ano,

Sales estima que já conseguiu evitar 2,5 mil

tentativas de invasão e derrubar cerca de 1,8

mil casas em construção.

Na opinião dele, há uma cobiça maior na

região do Alto Tietê por áreas em Mogi pela

estrutura que a cidade oferece no que se

refere a serviços públicos. Os locais com mais

registros destes casos são Oropó, Fazenda

Rodeio, Rio Abaixo, Rio Acima, Biritiba Ussu,

entre outros.

'A fiscalização já evitou a formação de muitas

favelas na cidade. O problema é que quando

um grupo consegue ocupar uma área, abre

caminho para várias outras pessoas que vão

se juntando no espaço. Não podemos permitir

isso até porque as tentativas de invasões

ocorrem em áreas públicas ou protegidas pela

legislação ambiental', comenta.

Denúncias sobre ocupações irregulares podem

ser feitas à Prefeitura pelo telefone 153, da

Central Integrada de Emergências Públicas

(Ciemp).

http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?

c=0&n=30135216&e=577

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Grupo de Comunicação

Veículo1: O Imparcial

Data: 28/08/2019

Gestão e desenvolvimento sustentável do

turismo

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Grupo de Comunicação

Veículo: O Extra. Net

Data: 28/08/2019

Cidade sedia ‘Congresso Cidades

Sustentáveis do Noroeste Paulista’

Prefeitura de Femandópolis

Teve início na manhã desta segunda-feira, 26,

em Fernandópolis o 3o CONCISUS (Congresso

Cidades Sustentáveis do Noroeste Paulista),

evento realizado pela Secretaria Municipal de

Meio Ambiente de Femandópolis e

Universidades Brasil Programa de pós-

Graduação Stricto Sensu Mestrado em

Ciências Ambientais.

O Congresso, em mais um ano traz uma

programação diversificada para receber

estudantes do ensino fundamental e médio e

estudantes de graduação, pós-graduação e

profissionais das diversas áreas do

conhecimento, que poderão se integrar, expor

suas experiências e trabalhos em relação ao

meio ambiente e ainda assistir palestras sobre

temáticas e inovações em soluções

ambientais.

Toda a programação acontece na Universidade

Brasil e segue até a próxima quarta-feira, dia

28. Na manhã desta segunda, 26, a palestra

com o tema ‘Energia Fotovoltaica: Desafios e

Projetos’ foi ministrada por José Gama da

Silva (Diretor e Eng. Eletrotécnico da Héstia

Energy). Na sequência, o tema abordado foi

‘Inovação no Brasil: Exemplos de sucesso

voltados à sustentabilidade ambiental', com o

palestrante Rafael Vidal Aroca (Docente e

Pesquisador da Universidade Federal de São

Carlos).

Para esta terça, 27, o palestrante André

Lobanco Cavalini (Gerente de Setor

Técnico e Eng. Civil da SABESP), vai

abordar o tema: ‘Estações de Tratamento de

Esgoto: Desafios e Projetos’. ‘O Papel do

Ministério Público na Preservação do Meio

Ambiente’ também entra na pauta do dia,

ministrado por Marcelo Antônio Francischette

da Costa (Promotor de Justiça do Ministério

Público do Estado de São Paulo). Na

sequência, o palestrante Paulo Fraga da Silva

(Docente e Pesquisador da Universidade

Mackenzie), falará sobre ‘Bioética e Inovação'.

No dia 28, o tema será ‘Tecnologias

Sustentáveis em Aquicultura’, com o Grupo

Ambar Amaral e o ‘Uso de Aeronaves

Remotamente Pilotadas em Agricultura de

Precisão', pela Empresa X-Mobots.

O evento também contará com apresentações

de trabalhos e visitas técnicas.

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Grupo de Comunicação

Veículo: Diário de Sorocaba

Data: 28/08/2019

Focos de queimadas são preocupantes no

Município

https://visualizacao.boxnet.com.br/#/?t=0081

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Grupo de Comunicação

Veículo: G1 Presidente Prudente

Data: 27/08/2019

Polícia Ambiental apreende equipamentos

usados em pesca subaquática irregular no

Rio Paraná

Dois pescadores profissionais foram flagrados

pela fiscalização, nesta terça-feira (27), à

jusante da usina hidrelétrica de Porto

Primavera, em Rosana.

Por G1 Presidente Prudente

Equipamentos de pesca foram apreendidos em

Rosana — Foto: Polícia Militar Ambiental

A Polícia Militar Ambiental apreendeu nesta

terça-feira (27) equipamentos utilizados

irregularmente por dois pescadores

profissionais que praticavam a captura

subaquática de peixes no Rio Paraná, à

jusante da usina hidrelétrica de Porto

Primavera, em Rosana (SP).

A fiscalização recolheu uma embarcação, um

motor de popa, um arbalete, uma roupa de

mergulho, um par de nadadeiras, um cinto de

lastro, uma máscara de mergulho e um

snorkel.

Durante patrulhamento náutico pelo Rio

Paraná, os policiais flagraram os dois homens

no ato da pesca subaquática e da captura de

espécies nativas.

Os envolvidos, ao perceberem a aproximação

da equipe de fiscalização, arremessaram ao rio

o arbalete e o pescado nativo. No entanto, os

militares conseguiram recuperar e apreender o

arbalete.

Os pescadores receberam dois autos de

infrações ambientais, com a sanção de

advertência, pelo uso de petrecho não

permitido e pela proibição da captura de

espécies com arbalete.

Além disso, os homens ainda responderão pelo

crime ambiental previsto no artigo 34 da lei

federal 9.605/98.

Equipamentos de pesca foram apreendidos em

Rosana — Foto: Polícia Militar Ambiental

https://g1.globo.com/sp/presidente-prudente-

regiao/noticia/2019/08/27/policia-ambiental-

apreende-equipamentos-usados-em-pesca-

subaquatica-irregular-no-rio-parana.ghtml

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Grupo de Comunicação

Veículo: G1 Presidente Prudente

Data: 27/08/2019

Fiscalização constata devastação de

árvores nativas e aplica multa de R$ 13,2

mil a dono de sítio em Iepê

Homem de 54 anos, proprietário do imóvel,

informou que não possuía autorização para

realizar as intervenções, segundo a Polícia

Militar Ambiental.

Por G1 Presidente Prudente

Desmatamento foi constatado em propriedade

rural em Iepê — Foto: Polícia Militar Ambiental

A Polícia Militar Ambiental aplicou nesta

terça-feira (27) uma multa de R$ 13,2 mil ao

proprietário de um sítio na zona rural de Iepê

(SP) no qual a fiscalização constatou a

devastação de árvores nativas.

A corporação informou que, durante

patrulhamento preventivo, uma equipe policial

deparou-se no local com o corte isolado de 44

árvores nativas das espécies candeia e leiteiro.

Ainda durante a fiscalização, foram

encontrados vegetações suprimidas e resto de

sub-bosque (cipó) empurrados na borda de

uma mata.

Os policiais realizaram a sobreposição de

imagens com uso do aplicativo Google Earth e

verificaram a supressão de parte de um

fragmento de uma mata em estágio inicial de

regeneração, área considerada objeto especial

de preservação, no total de 0,06832 hectare.

Um homem de 54 anos, proprietário do

imóvel, informou aos policiais que não possuía

autorização para realizar as intervenções.

Desmatamento foi constatado em propriedade

rural em Iepê — Foto: Polícia Militar Ambiental

Diante disso, ele recebeu um auto de infração

ambiental, no valor de R$ 13,2 mil, por

“explorar ou danificar floresta ou qualquer tipo

de vegetação nativa ou de espécies nativas

plantadas, localizadas fora de área de reserva

legal averbada, de domínio público ou privado,

sem aprovação prévia do órgão ambiental

competente”.

Além disso, a polícia também aplicou-lhe um

outro auto de infração ambiental, na

modalidade de advertência, por “destruir ou

danificar florestas ou qualquer tipo de

vegetação nativa ou de espécies nativas

plantadas, objeto de especial preservação,

sem autorização ou licença do órgão ambiental

competente”.

Desmatamento foi constatado em propriedade

rural em Iepê — Foto: Polícia Militar Ambiental

https://g1.globo.com/sp/presidente-prudente-

regiao/noticia/2019/08/27/fiscalizacao-

constata-devastacao-de-arvores-nativas-e-

aplica-multa-de-r-132-mil-a-dono-de-sitio-

em-iepe.ghtml

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Grupo de Comunicação

VEÍCULOS DIVERSOS Veículo: Correio Brazilense

Data: 28/08/2019

Reunião com governadores sobre a

Amazônia termina sem medidas

concretas

Reunião do Conselho de Governo (foto:

Marcos Corrêa/PR)

A reunião entre o governo federal e

governadores da região Amazônica terminou

sem medidas concretas, mas com

sinalizações. O governo flexibilizou o discurso

e acenou em rever o uso do Fundo Amazônia -

- palco das primeiras polêmicas antes da

eclosão da crise sobre as queimadas.

Anunciou, ainda, que, até a próxima quinta-

feira (5/9), o ministro-chefe da Casa Civil,

Onyx Lorenzoni, irá à Amazônia se reunir com

governadores a fim de consolidar 'agendas

conjuntas' propostas pelos gestores estaduais.

Por critérios militares -- e até políticos --,

Onyx dividirá a reunião em dois blocos. Em

um dos encontros, conversará com gestores

de estados abrangidos pelo Comando Militar

do Norte: Flávio Dino (PCdoB), do Maranhão;

Helder Barbalho (MDB), do Pará; e Waldez

Góes (PDT), do Amapá. Durante a reunião,

Helder e Dino foram os únicos governadores

que, em alguns momentos durante a reunião

desta terça-feira (27/8), se posicionaram com

um tom menos alinhado ao discurso

governista.

Em outro bloco, Onyx dialogará com

governadores de estados abrangidos pelo

Comando Militar da Amazônia, do Acre,

Gladson Camelli (PP), do Amazonas, Wilson

Lima (PSC), de Rondônia, Marcos Rocha (PSL),

de Roraima, Antônio Denarium (PSL), além

dos governadores do Tocantins, Mauro

Carlesse (DEM), e do Mato Grosso, Mauro

Mendes (DEM). Todos esses se mostraram

mais sensíveis e alinhados ao tom governista,

de defesa do desenvolvimento sustentável, e

propensos a discutir possíveis mudanças à

política ambiental no país.

Regularização fundiária

Embora defendida por todos os governadores

presentes, a regularização fundiária foi

sustentada de forma mais comedida por Dino.

'Eu espero que, nas suas reflexões, o governo

federal leve em conta os argumentos que

apresentamos, uma vez que a seara final de

arbitramento será o Congresso, de maneira

que não concordo com a agenda de

retrocessos ambientais, porque não é o

caminho para desenvolver a Amazônia.

Mostramos que a legislação existente já

permite o uso sustentável do desenvolvimento

amazônico. Precisamos é do cumprimento da

lei', declarou.

Durante a reunião, o presidente Jair Bolsonaro

disse que o governo deve 'buscar soluções'

para o desenvolvimento sustentável no

Congresso. 'Temos o Parlamento que nós

vamos provocá-lo, com apoio dos senhores. Já

conversei também com o (Ronaldo) Caiado

(governador de Goiás), com o Hélder

(Barbalho), conversei brevemente contigo, na

Bahia, que tem esse problema. No Rio, a

estação ecológica evita que o estado possa

faturar alguns bilhões por ano no turismo, no

caso de Angra (dos Reis)', destacou. A

questão ambiental, para ele, deve ser

conduzida com racionalidade. 'E não com essa

quase que selvageria como foi conduzida ao

longo dos últimos anos', disse.

As ponderações de Bolsonaro não deixaram

evidentes exatamente quais serão os próximos

passos adotados pelo governo, analisou Dino,

mas ele se mostrou contrário à revisão da

legislação ambiental para fins de ampliação da

exploração do solo amazônico. 'Percebemos

essa ideia de alterar a legislação, e não

consideramos que esse é o caminho correto.

Reitero, precisamos cumprir a legislação, pois

ela permite que se separe quem quer produzir

nos termos da lei, de modo sustentável,

daqueles que têm visão predatória. Essa ideia

de mudar a legislação achando que isso vai

nos tirar da crise vai, na verdade, aprofundar

a crise', criticou.

Fundo Amazônia

Outra crítica levantada diz respeito ao Fundo

Amazônia, que os governadores cobram o uso

dos recursos para medidas preventivas e

combativas ao desmatamento ilegal e aos

incêndios. O ministro do Meio Ambiente,

Ricardo Salles, explicou que o governo não

tem a intenção de extinguir, mas, sim, rever

prioridades. '(Queremos) fazer com que

recursos do fundo efetivamente o que se

pretende, que é a implementação dos ZEEs

(zoneamentos ecológico-econômicos),

amplamente frustrados em cada um dos

estados, seja por razões jurídicas, por

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19

Grupo de Comunicação

discussões de falta de infraestrutura, inclusive

de equipes, etc. (Queremos) ter nos ZEEs o

objetivo concreto a ser perseguido', frisou.

A expectativa é estruturar um sistema que

seja eficiente por parte de manejo florestal e

que possibilite a definição de estratégias de

Estado. 'As últimas prioridades atribuídas ao

Fundo Amazônia até então, do ponto de vista

da ordem de precedência e importância,

tínhamos questões muito menos relevantes

divididas e foram muito bem identificadas,

quando fizemos levantamento dos projetos,

um descontrole absoluto sobre critérios de

escolha, ausência de sinergia de estratégia,

inclusive geográfica', explicou.

O monitoramento do uso dos recursos do

Fundo Amazônia é outro quesito estudado.

'Algo que seja factível de verdade, que seja

monitorável, que possa ser construído. Da

mesma forma, quando falamos da

regularização fundiária, que é tema

fundamental, para o estabelecimento da

segurança jurídica, das atribuições e

responsabilidades daqueles que alterem sua

regularização prestigiada', ressaltou.

A explicação de Salles foi elogiada por

Barbalho. Contudo, em um tom crítico,

ressaltou que as ponderações apresentadas

pelo ministro são bem diferentes das

sinalizações anteriores do governo,

personificadas por Bolsonaro, de inviabilizar o

Fundo por repassar recursos a Organizações

Não-Governamentais (ONGs). 'Se a lógica do

ministério é por um lado desejar 'ter ciência

daquilo que for feito' ou 'rever o critério de

prioridades', isso é muito diferente de dizer

que 'não queremos mais o Fundo Amazônia,

não desejamos mais utilizar o fundo'. Por uma

comunicação que, pelo que acabei de lhe

ouvir, me parece muito diferente da narrativa

colocada no nascedouro dessa crise', avaliou.

http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?

c=0&n=30150350&e=577

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Grupo de Comunicação

Veículo: G1 S J Rio Preto / TV TEM

Data: 27/08/2019

Queimada atinge área de reserva

ambiental em Castilho

De acordo com o Corpo de Bombeiros, o

trabalho de combate às chamas está sendo

feito no local na tarde desta terça-feira (27).

Outros dois incêndios de grandes proporções

foram registrados na região.

Por G1 Rio Preto e Araçatuba

Incêndio de grandes proporções atinge área

em Castilho — Foto: Reprodução/TV TEM

Uma queimada de grandes proporções atinge

uma área de reserva ambiental em Castilho,

na tarde desta terça-feira (27).

De acordo com o Corpo de Bombeiros, o fogo

começou na noite de segunda-feira (26) em

uma plantação de cana-de-açúcar, se

espalhou rapidamente e atingiu a área de

reserva ambiental.

Moradores disseram em entrevista à TV TEM

que a situação é recorrente na região e que

escutaram o barulho da vegetação queimando

durante toda a noite.

Queimada atinge área de reserva ambiental

em Castilho

“Enquanto as famílias moravam aqui, não

tinha esse problema. Depois que houve a

desapropriação, essa cena é comum. Muitos

animais silvestres habitam aqui. É realmente

muito triste”, afirma Valéria Monção, dona de

casa.

Em nota, a assessoria da Companhia

Energética de São Paulo (Cesp),

concessionária responsável pela área de

preservação ambiental, informou que apura o

que teria causado a queimada e a dimensão

dela.

A companhia também afirmou que, assim que

tiver um posicionamento oficial, irá se

pronunciar.

Segunda queimada

Incêndio em área de preservação permanente

mobiliza bombeiros em Castilho

Em Castilho (SP), uma queimada também

atingiu uma área de preservação permanente

no dia 20 de agosto. Ao todo, foram mais de

20 de combate às chamas.

De acordo com o Corpo de Bombeiros, o fogo

destruiu uma área conhecida como Vila dos

Operadores, às margens do Rio Paraná.

Incêndio atinge área em Castilho — Foto:

Reprodução/TV TEM

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Grupo de Comunicação

A queimada chegou a ser controlada na

mesma noite, mas as chamas retornaram pela

manhã.

Moradores ficaram assustados porque o fogo

chegou bem próximo a um condomínio que

fica no local.

Terceira queimada

Incêndio atinge ilha em rio que fica na região

noroeste paulista

No dia 10 de agosto, a Ilha Cumprida, uma

das maiores de água doce do centro sul

brasileiro, localizada em Castilho (SP), na

divisa do Mato Grosso do Sul, também pegou

fogo.

De acordo com o Corpo de Bombeiros, as

chamas duraram três dias e destruíram uma

extensa área. Por onde o fogo passou,

restaram apenas cinzas e troncos de árvores

queimados.

Segundo os moradores da região, o fogo

começou no fim de semana, mas por causa do

vento e da vegetação bem seca, se alastrou

com facilidade. As causas da queimada ainda

continuam em investigação.

Fumaça na ilha dá para ser vista de longe no

Rio Paraná — Foto: Reprodução/TV TEM

A Ilha Comprida, que já foi habitada e tem 18

mil quilômetros de extensão, era distrito de

Três Lagoas (MS).

Ela fica no meio do Rio Paraná, na divisa com

o Estado de São Paulo, em um trecho que faz

parte do reservatório da hidrelétrica de Porto

Primavera.

A área é uma RPPN (Reserva Particular do

Patrimônio Natural) e pertence a

concessionária da usina. Sem moradores há

quase 20 anos, a ilha é refúgio de várias

espécies de aves, répteis e mamíferos.

Um vídeo gravado por um pescador mostra

um veado campeiro nadando no meio do Rio

Paraná para tentar fugir do incêndio. (Veja

abaixo)

Incêndio atinge área verde de ilha no Rio

Paraná na região de Castilho

https://g1.globo.com/sp/sao-jose-do-rio-

preto-aracatuba/noticia/2019/08/27/incendio-

atinge-area-de-reserva-ambiental-em-

castilho.ghtml

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Grupo de Comunicação

Veículo: Bom Dia SP

Data: 28/08/2019

Fogo em área de preservação ambiental

em Castilho

BOM DIA SP/TV GLOBO/SÃO PAULO Data

Veiculação: 28/08/2019 às 07h18

Duração: 00:04:40

+ informações

um grande incêndio está destruindo uma área de preservação ambiental em

Castilho, alguns animais não conseguir escapar morreram

https://visualizacao.boxnet.com.br/#/?t=0081

2955D0A5FF01A9915D2EEB9B0BF502000000

C4731B54D0AE7223A237AF03593B1BB44F80

67DB7E42AD429720B7C9A5E26105DADCCFD

3D584803D6E5DB86F3C2C60492EB7C39F9F5

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3E4A145ACC76326CC

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Grupo de Comunicação

Veículo: Portal Terra

Data: 28/08/2019

Brasil perdeu 71 milhões de hectares de

vegetação nativa

O Brasil perdeu 71 milhões de hectares de

vegetação nativa nos últimos 30 anos - área

maior que a ocupada pela Amazônia - em

decorrência de desmatamento e queimadas,

entre outros fatores, apontam dados do

MapBiomas.

Como esse desmatamento ocorreu sem

planejamento ambiental e agrícola, boa parte

dessas áreas tornaram-se abandonadas, mal

utilizadas ou entraram em processo de erosão,

ficando impróprias para produção de alimentos

ou qualquer outra atividade econômica.

A restauração florestal pode diminuir parte

desse prejuízo ao possibilitar a recuperação

estratégica de 12 milhões de hectares de

vegetação nativa em todo o país até 2030,

conforme estabelecido no Plano Nacional de

Restauração Ecológica. Dessa forma, seria

possível sequestrar 1,39 megatonelada (Mt)

de dióxido de carbono (CO2) da atmosfera,

interligar fragmentos naturais na paisagem e

ainda aumentar em 200% a conservação da

biodiversidade.

As estimativas constam no sumário para

tomadores de decisão do relatório temático

"Restauração de Paisagens e Ecossistemas",

lançado na sexta-feira (23/08), no Museu do

Meio Ambiente do Instituto de Pesquisas

Jardim Botânico, no Rio de Janeiro.

O documento é resultado de uma parceria

entre a Plataforma Brasileira de Biodiversidade

e Serviços Ecossistêmicos (BPBES, na sigla em

inglês), apoiada pelo programa BIOTA-

FAPESP, e o Instituto Internacional de

Sustentabilidade (ISS), e foi elaborado por um

grupo de 45 pesquisadores, de 25 instituições

do país.

"O sumário mostra que as questões

ambientais [conservação e restauração

ecológica] e a produção agrícola são

interdependentes e podem caminhar juntas,

sem prejuízo para nenhum dos lados. Pelo

contrário, ela só traz benefícios diretos, como

a disponibilização de polinizadores para as

culturas agrícolas, a conservação da água e do

solo e, principalmente, a possibilidade de

certificação ambiental da produção, permitindo

agregar valor", disse à Agência FAPESP

Ricardo Ribeiro Rodrigues, professor da Escola

Superior de Agricultura Luiz de Queiroz da

Universidade de São Paulo (Esalq-USP) e um

dos autores do documento.

O sumário destaca que o Brasil tem grandes

oportunidades para impulsionar a restauração

e a recuperação da vegetação e, com isso,

aumentar a geração de benefícios

socioeconômicos e ambientais, minimizar a

competição de florestas com áreas agrícolas e

contribuir para combater as mudanças

climáticas.

No entanto, para que as oportunidades se

tornem realidade, o país não pode retroceder

em suas políticas ambientais de redução do

desmatamento, conservação da biodiversidade

e impulsionamento da recuperação e da

restauração da vegetação nativa em larga

escala, ponderam os autores.

Reserva legal

O fim da obrigatoriedade da Reserva Legal, as

reduções das alternativas de conversão de

multas e a extinção dos fóruns de colaboração

e coordenação entre atores governamentais e

da sociedade seriam perdas irreparáveis para

uma política de adequação ambiental,

afirmam.

Os autores também ponderam que Brasil tem

assumido o papel de líder em negociações

ambientais internacionais e qualquer ruptura

desse caminho, além de afastar

oportunidades, vai afugentar mercados

internacionais consumidores de produtos

agrícolas. Isso porque, cada vez mais, esses

agentes se pautam pela produção e pelo

consumo sustentáveis, incluindo políticas de

não consumo de produtos provenientes de

áreas desmatadas.

"O Brasil não deveria ter nenhuma dificuldade

de colocar seus produtos agrícolas no mercado

internacional, pois o diferencial poderia ser

uma agricultura sustentável praticada em

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24

Grupo de Comunicação

ambientes de elevada diversidade natural.

Isso é um ativo que nenhum outro país tem",

avaliou Rodrigues.

Aumento de produtividade

De acordo com o documento, a intensificação

sustentável da pecuária brasileira é um

processo-chave para aumentar a

produtividade do setor e liberar as áreas

agrícolas de menor produtividade para o

cumprimento de leis e metas ambientais.

O aumento da produtividade média da

pecuária brasileira de 4,4 para 9 arrobas por

hectare por ano permitiria não só a atingir a

meta brasileira de recuperar 12 milhões de

hectares de vegetação nativa até 2030, como

também zerar o desmatamento ilegal e liberar

30 milhões de hectares para a agricultura.

"Três quartos da área agrícola brasileira são

ocupados hoje pela pecuária, com baixíssima

produtividade média. Se tivéssemos uma boa

política agrícola, voltada à tecnificação da

pecuária, seria possível aumentar a

produtividade da atividade e, assim, liberar

pelo menos 32 milhões de hectares de

pastagem para outras culturas, mantendo a

mesma quantidade de cabeças de gado atual",

disse Rodrigues.

O aumento da produtividade das pastagens

nos próximos 30 anos seria suficiente,

considerando o Brasil como um todo, para

garantir o cumprimento de leis e metas

ambientais, como pode ser confirmado nos

resultados regionais, afirmam os

pesquisadores.

Metas de produção

Na Amazônia, por exemplo, para atender a

todas as metas de produção agrícola e

florestal, de desmatamento ilegal zero e de

recuperação da vegetação nativa - visando

legalizar ambientalmente as propriedades

rurais e ainda potencializar os serviços

ecossistêmicos -, seria preciso ampliar a

produtividade das pastagens do nível atual de

46% para 63-75% do seu potencial

sustentável, em 15 anos.

Na Mata Atlântica, esse mesmo processo

necessita de um aumento dos atuais 24%

para 30-34% do seu potencial, sendo que tal

incremento é possível apenas aplicando o

conhecimento básico de manejo de pastagens.

No Cerrado, bastaria sair dos 35% vigentes

para 65% do seu potencial sustentável até

2050 para harmonizar expansão agrícola

sustentável, restauração em áreas prioritárias

e desmatamento ilegal zero. "Não há nenhuma

justificativa para o desmatamento que está

acontecendo na Amazônia e no Cerrado agora,

porque estamos gerando ainda mais pecuária

de baixa produtividade", afirmou Rodrigues.

Segundo o documento, o aumento da

produtividade nas áreas já agrícolas e a

adoção de modelos econômicos alternativos

nas áreas com menor potencial agrícola -

como aquelas com restrições à produção

mecanizada, as ocupadas por vegetação

nativa, florestas nativas com aproveitamento

econômico sustentável e sistemas

agroflorestais biodiversos - também são

essenciais para alavancar os benefícios

financeiros diretos e indiretos em curto prazo.

Somando a exploração econômica das áreas

marginais restauradas com fins comerciais,

como sistemas agroflorestais biodiversos, e o

ganho proporcionado pelo uso destas áreas

para compensação de Reserva Legal de

propriedades rurais com débito ambiental,

torna-se financeiramente viável a reconversão

de áreas agrícolas marginais para vegetação

nativa.

Exemplos

Em Paragominas, no Pará, em apenas quatro

anos, propriedades de pecuária irregulares

ambientalmente e de baixa produtividade

regularizaram suas exigências ambientais

legais e aumentaram a produtividade da

agropecuária em quatro vezes e ainda

passaram a explorar a Reserva Legal de forma

sustentável, plantando madeira e frutíferas

nativas, diversificando a produção, exemplifica

o sumário.

"Há vários outros exemplos de projetos de

pecuária sustentável no país, em que são

tecnificadas as melhores áreas para a

pastagem e as áreas marginais, que são as

Áreas de Preservação Permanente [APPs] para

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25

Grupo de Comunicação

proteção da água, do solo e da biodiversidade.

As áreas agrícolas de menor aptidão agrícola,

que cabem no conceito de reserva legal, são

ocupadas com florestas econômicas

biodiversas, para a recuperação ambiental e

produtiva da propriedade", disse Rodrigues.

Fonte: Elton Alisson | Agência FAPESP

https://visualizacao.boxnet.com.br/#/?t=0081

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Grupo de Comunicação

Veículo: O Vale

Data: 28/08/2019

Brasil perdeu 71 milhões de hectares de

mata em 30 anos, diz MapBiomas

Motivos principais da destruição ambiental

foram os desmatamentos e as queimadas, que

tiraram o equivalente ao território somado de

cinco estados do país; para cientistas, "país

não pode retroceder na política ambiental"

Da redação@jornalovale | @jornalovale

Desmatamentos e queimadas destruíram no

Brasil 71 milhões de hectares de vegetação

nativa nos últimos 30 anos, área equivalente a

de cinco estados do país juntos: São Paulo,

Paraná, Rio de Janeiro, Espírito Santo e Ceará.

O território perdido equivale ainda a uma área

maior do que as terras públicas federais na

Amazônia Legal, estimadas em 67,4 milhões

de hectares.

É o que apontam dados do MapBiomas,

iniciativa do Observatório do Clima em

parceria com uma rede colaborativa de

entidades, empresas, universidades e

cientistas, incluindo pesquisadores do Inpe

(Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais).

Como o desmatamento ocorreu sem

planejamento ambiental e agrícola, boa parte

das áreas está abandonada, mal utilizada ou

entrou em processo de erosão, imprópria para

a produção de alimentos ou qualquer atividade

econômica.

Mas há esperança, de acordo com a pesquisa.

A restauração florestal pode diminuir parte

desse prejuízo ao possibilitar a recuperação de

12 milhões de hectares de vegetação nativa

em todo o país até 2030.

"Dessa forma, seria possível sequestrar 1,39

megatonelada (Mt) de dióxido de carbono

(CO2) da atmosfera, interligar fragmentos

naturais na paisagem e ainda aumentar em

200% a conservação da biodiversidade",

informa o estudo.

As estimativas constam do relatório temático

"Restauração de Paisagens e Ecossistemas",

lançado na última sexta-feira no Museu do

Meio Ambiente do Instituto de Pesquisas

Jardim Botânico, no Rio de Janeiro.

Elaborado por 45 pesquisadores de 25

instituições do país, o documento é resultado

de uma parceria entre a Plataforma Brasileira

de Biodiversidade e Serviços Ecossistêmicos,

apoiada pelo programa Biota da Fapesp

(Fundação de Apoio à Pesquisa de São Paulo),

e o Instituto Internacional de

Sustentabilidade.

"As questões ambientais [conservação e

restauração ecológica] e a produção agrícola

são interdependentes e podem caminhar

juntas, sem prejuízo para nenhum dos lados",

disse Ricardo Ribeiro Rodrigues, um dos

autores do documento, à Agência Fapesp.

"Pelo contrário, ela só traz benefícios diretos,

como a disponibilização de polinizadores para

as culturas agrícolas, a conservação da água e

do solo e, principalmente, a possibilidade de

certificação ambiental da produção, permitindo

agregar valor."

No entanto, segundo os pesquisadores, para

que as oportunidades se tornem realidade, o

país não pode retroceder em suas políticas

ambientais de redução do desmatamento,

conservação da biodiversidade e

impulsionamento da recuperação e da

restauração da vegetação nativa em larga

escala.

Trata-se de crítica indireta à política ambiental

do governo Jair Bolsonaro (PSL), que tem sido

duramente criticada no Brasil e no exterior,

especialmente relacionada ao desmatamento

da Amazônia.

"O fim da obrigatoriedade da Reserva Legal,

as reduções das alternativas de conversão de

multas e a extinção dos fóruns de colaboração

e coordenação entre atores governamentais e

da sociedade seriam perdas irreparáveis para

uma política de adequação ambiental",

afirmam os cientistas.

Joly afirma que 'diversidade de espécies traz

vantagens em ações de recuperação'

De acordo com Carlos Joly, professor da

Unicamp (Universidade Estadual de Campinas)

e membro da coordenação do Biota-Fapesp, o

Brasil tem a oportunidade de desenvolver "um

programa de recuperação da vegetação nativa

ímpar no mundo para áreas florestadas da

Mata Atlântica e Amazônia". O motivo é a

diversidade de espécies em projetos de

restauração. "Há projetos grandes e bem-

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Grupo de Comunicação

sucedidos de restauração em andamento em

países como a China, mas a diversidade de

espécies usadas é baixa, pois a variedade que

possuem é muito menor do que a encontrada

na Mata Atlântica e na Amazônia", disse o

pesquisador.

Segundo ele, a alta diversidade de espécies

encontrada nesses biomas brasileiros permite

que a restauração seja muito mais funcional.

"Além das vantagens comuns, como a

melhoria da estabilidade do solo e o aumento

na retenção de água, um programa de

restauração com alta diversidade de espécies

permite incluir plantas que podem ser fontes

de alimentos ou que são importantes para

manutenção de polinizadores, como abelhas",

afirmou Joly.

https://www.ovale.com.br/_conteudo/brasil/2

019/08/86219-brasil-perdeu-71-mi-de-

hectares-de-mata-em-30-anos--diz-

mapbiomas.html

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Data: 28/08/2019

28

Grupo de Comunicação

FOLHA DE S. PAULO OPINIÃO: Recuperação do rio Pinheiros e

saúde pública

Sucesso do projeto dependerá da inclusão da

sociedade

Pedro Mancuso

A relação entre saúde e saneamento básico é

grande e complexa, dada a interação com vários

setores, incluindo o direito —haja vista que a

Política Nacional de Recursos Hídricos foi

instituída pela lei 9.433, de 1997, fixando

fundamentos, objetivos, diretrizes e instrumentos

capazes de indicar claramente a posição e a

orientação pública no processo de gerenciamento

dos recursos hídricos.

Apesar desse suporte legal, porque o rio

Pinheiros chegou à situação atual? Foram várias

as causas, não cabe aqui discuti-las, mas

podemos, sim, apontar uma delas: o

extraordinário crescimento demográfico

privilegiou o entorno dos diversos mananciais de

água da região metropolitana de São Paulo.

O que fazer? Acreditamos que as ações

planejadas para despoluir o rio Pinheiros estão no

rumo certo, pois sua proposta de

operacionalização inclui a somatória de esforços

de várias áreas e órgãos do governo, o que

garante as precondições políticas e estratégicas

para seu sucesso.

Ela prevê implantações de estações de

tratamento de esgoto, em áreas informais nas

sub-bacias, para fazerem o tratamento

diretamente nos córregos. Assim, suas águas

chegarão ao Pinheiros já tratadas.

Trata-se de uma concepção interessante e

factível. Entretanto, acreditamos que seja a

primeira etapa de um trabalho que enxergamos

maior: a reversão das águas do rio Pinheiros

para a represa Billings. Evidentemente, essa

reversão só poderá ser feita após a adequação

qualitativa das águas do rio Pinheiros aos

padrões legais exigido para a represa.

Assim, será possível compatibilizar lazer,

paisagismo, transporte, geração de energia e,

além disso, torná-la um manancial de água

passível de potabilização de forma mais segura.

Ou seja, na direção dos múltiplos usos do

recurso, em conformidade com a lei 9.433. Esta

deve ser a segunda parte do trabalho.

Dessa forma, aumenta-se a segurança hídrica de

São Paulo e de outros municípios

consideravelmente.

Para tanto, uma pesquisa ora em andamento na

Faculdade de Saúde Pública da USP, voltada para

a recuperação de águas poluídas de rios urbanos,

e que tem apresentado resultados promissores,

pode contribuir para esse importante projeto,

que é um desejo de todo paulistano.

Além disso, a instituição tem larga experiência

em trabalhos com reúso e segurança da água,

controle de proliferação de insetos, educação

ambiental e outros ligados ao tema. Todos com a

visão voltada para a administração da saúde, e

não para a administração da doença.

Entendemos que esse projeto atenda a uma

demanda da sociedade. Logo, o sucesso da

implantação dependerá da inclusão dessa

sociedade. Isso certamente garantirá seu

necessário apoio, cabendo ao poder público dar

condições para que todos façam a sua parte:

disposição adequada de lixo em locais escolhidos

por ambas as partes e interligação dos esgotos

domésticos nas redes coletoras que ainda serão

implantadas.

Pedro Mancuso

Engenheiro e professor doutor do Departamento

de Saúde Ambiental da Faculdade de Saúde

Pública da USP

https://www1.folha.uol.com.br/opiniao/2019/08/

recuperacao-do-rio-pinheiros-e-saude-

publica.shtml

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Data: 28/08/2019

29

Grupo de Comunicação

O QUE A FOLHA PENSA: A razão calcinada

Em vez de conter, Bolsonaro alimenta espetáculo

de desinformação sobre Amazônia

Não é fácil debater os desafios da Amazônia nem

sequer quando há interlocutores de boa-fé

interessados na compreensão e na elucidação de

seus principais problemas.

A interação complexa de variáveis como a

oscilação climática, a ação humana e as linhas de

continuidade e ruptura da política pública, bem

como da sua execução no nível do terreno,

dificulta o diagnóstico. A escolha da melhor

forma de intervir tampouco é simples.

Raia ao impossível tentar desembaraçar esse

novelo em meio à epidemia de desinformação e

má-fé que arrebata da direita à esquerda,

manifesta-se dentro e fora do país e acomete

chefes de Estado e autoridades responsáveis pelo

assunto.

Emmanuel Macron, o presidente francês dedicado

a alimentar uma altercação pueril com o seu

homólogo brasileiro, pôs-se a fazer conjecturas

sobre um estatuto internacional para a região

amazônica.

Ao recorrer a tal disparate, cujo efeito prático

limita-se a atiçar a paranoia nacionalista de

grupos influentes no Palácio do Planalto, Macron

parece mais interessado em prolongar a baixaria,

de olho em dividendos políticos domésticos, do

que em colaborar para a mitigação do desmate e

das queimadas.

Mas os campeões do engodo, das ideias fora de

lugar, das grosserias e das provocações baratas

nesse episódio são, sem dúvida, autoridades

brasileiras, a começar do presidente Jair

Bolsonaro (PSL).

Vá lá que cidadãos, celebridades e políticos locais

e estrangeiros demonstrem ignorância ou

difundam falsidades acerca do que lhes é distante

ou sobre o que não têm responsabilidade. Não é

aceitável a governantes do Brasil —obrigados a

bem informar e a agir conforme a melhor ciência

disponível— tomar parte desse picadeiro.

Como o espetáculo não pode parar, ele

prosseguiu nesta terça (27), na reunião de

Bolsonaro com governadores da região

amazônica. Em vez de enfocar as medidas para

combater o desflorestamento e os incêndios, o

presidente preferiu ocupar os ouvidos dos chefes

estaduais com mais uma teoria conspiratória sem

alicerce nos fatos.

Sua decisão de não mais demarcar terras

indígenas, segundo o mandatário brasileiro, seria

a causa das queimadas. Com isso insinuou, de

novo irresponsavelmente, que haja ação

orquestrada de ONGs por trás dos incêndios

florestais.

Jair Bolsonaro se perde nesses espasmos

sincopados de que brotam retalhos de

pensamento e ideias coxas. Enfrenta a sua

primeira crise de grandes proporções, em que

precisa mobilizar recursos humanos e materiais,

no Brasil e no exterior, e transmitir uma linha de

ação clara a seus comandados.

Mas a mensagem não chega; nem sequer é

formulada. A cabeça do presidente gira em falso

nos preconceitos de sempre. Calcinados ficam a

razão e o bom senso.

https://www1.folha.uol.com.br/opiniao/2019/08/

a-razao-calcinada.shtml

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Data: 28/08/2019

30

Grupo de Comunicação

Bolsonaro usa fogo como cavalo de troia

para pauta antiambiental

Presidente explora Amazônia em campanha

contra áreas protegidas e terras indígenas

Jair Bolsonaro deve ter apagado da memória o

texto que leu no teleprompter há cinco dias. O

pronunciamento do presidente na TV, no auge da

tensão em torno das queimadas da Amazônia,

falava com orgulho da conservação da vegetação

nativa do Brasil e elogiava a "lei ambiental

moderna" do país. Agora, ele acha que isso é um

problema.

O presidente chamou governadores da região a

Brasília para discutir a devastação das florestas.

Se algum deles esperava dinheiro ou projetos de

preservação, teve que se contentar com o papel

de figurante na cruzada antiambiental do

Planalto.

O encontro foi motivado pelas queimadas, mas

Bolsonaro preferiu fazer um ato para vender sua

agenda contra a cooperação internacional e a

favor de mudanças na legislação das unidades de

conservação. Com apoio de alguns governadores,

ele reforçou suas críticas à demarcação de terras

indígenas e lançou a ideia de rever reservas

ambientais.

O fogo na Amazônia virou um cavalo de troia

para a pauta do presidente, nas palavras de um

participante da reunião. Bolsonaro explorou um

nacionalismo mal-acabado para fazer propaganda

de suas obsessões contra áreas protegidas.

Para quem buscava medidas concretas contra o

desmatamento, Bolsonaro era um personagem

inconveniente na sala. Lá pela segunda hora da

reunião, ele interrompeu uma explicação técnica

sobre o Fundo Amazônia para reclamar pela

sétima vez de áreas indígenas e quilombolas, que

"inviabilizam" o agronegócio.

O debate sobre a atividade econômica nessas

regiões pode até interessar às comunidades, mas

o presidente já deixou claro que está mais

empenhado em favorecer ruralistas e

mineradoras americanas.

Bolsonaro mostrou também que não aprendeu

nada com os últimos episódios. Ele continua

desprezando dados oficiais. Na reunião, militares

mostraram imagens de satélite para comprovar o

resultado do combate às queimadas. Mais tarde,

o presidente insistiu que a situação foi

"potencializada" pela imprensa.

Bruno Boghossian

Jornalista, foi repórter da Sucursal de Brasília. É

mestre em ciência política pela Universidade

Columbia (EUA).

https://www1.folha.uol.com.br/colunas/bruno-

boghossian/2019/08/bolsonaro-usa-fogo-como-

cavalo-de-troia-para-pauta-antiambiental.shtml

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Data: 28/08/2019

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Grupo de Comunicação

Painel: Anulação de sentença de Moro no

STF surpreende até ministros que defendem

freio na Lava Jato

Marco zero A decisão da Segunda Turma do STF

de anular a condenação imposta por Sergio Moro

ao ex-presidente do Banco do Brasil Aldemir

Bendine surpreendeu até entusiastas de um freio

de arrumação nos métodos da Lava Jato. Em

temperatura e pressão normais, analisa um

ministro do Supremo, a argumentação do habeas

corpus teria dificuldade de prosperar. O veredito,

portanto, deve ser lido como o sinal mais enfático

de que o ambiente na corte mudou sob impacto

da chamada Vaza Jato.

Terceiro elemento

O voto de Cármen Lúcia a favor de Bendine

causou impacto entre integrantes do STF. Como

o caso foi apreciado na ausência de Celso de

Mello, a aposta era a de que, se o réu

conseguisse a anulação da sentença, seria por

benefício de um empate por dois a dois, com a

ministra votando contra, alinhada a Edson

Fachin.

Pegou

Colegas de Cármen Lúcia, porém, dizem que ela

anda “reflexiva” e que parece ter se convencido

de que, de fato, em alguns momentos, a omissão

do Supremo abriu brechas para abusos.

Nem no luto

Essa narrativa foi fartamente explorada pelo

ministro Gilmar Mendes durante o julgamento de

Bendine. O caso foi à Turma no mesmo dia em

que o Uol, do Grupo Folha, e o The Intercept

relataram que procuradores reagiram com ironia

e teorias da conspiração às mortes da mulher e

do irmão de Lula.

Sete palmos

Na sessão, Mendes criticou duramente os

diálogos obtidos pelo The Intercept. Disse que

eram reveladores de “gente sem sensibilidade

moral, com uma mente muito obscura, soturna”.

Forcinha

A vitória obtida por Deltan Dallagnol no Conselho

Nacional do Ministério Público foi creditada a uma

mudança de posição da procuradora-geral,

Raquel Dodge, e do conselheiro Sebastião

Caixeta. Com o apoio deles, o CNMP enterrou a

possibilidade de reavaliar queixa da senadora

Katia Abreu (PDT-TO) contra o procurador.

De onde não se espera

A guinada de Dodge, que ora critica, ora apoia os

procuradores, foi ironizada por aliados que

tratam sua inconstância como sintoma de

“dilema militante”.

Menos um

Dodge pediu nesta terça (27) o arquivamento de

inquérito contra Renan Calheiros (MDB-AL) em

caso que envolvia a OAS. Já são 14 as

investigações arquivadas. O senador ainda

enfrenta dez.

Menos é mais

Dirigentes de siglas que acompanham a crise em

torno das queimadas na Amazônia dizem que,

ainda que inadvertidamente, o presidente francês

Emmanuel Macron dá discurso a Jair Bolsonaro

sempre que fala de “status internacional” à

região.

Passa a batata

O presidente almoçou com governadores da

região amazônica após reunião nesta terça (27).

Foi a primeira vez que esteve com Flávio Dino,

do MA, desde que o chamou de o pior governador

entre “os de Paraíba”. Os dois pouco falaram.

Dino se entreteve com o secretário de Governo,

Luiz Eduardo Ramos.

Abre o cofre

Pelas contas de senadores que negociam o

pacote do chamado pacto federativo, estados e

municípios do Sul e do Sudeste ganhariam, no

conjunto, uma folga de caixa que se aproxima de

R$ 50 bilhões entre este ano e 2026.

Abre o cofre 2

Só a moratória dos precatórios, cujo texto é de

autoria do senador José Serra (PSDB-SP), geraria

economia de R$ 7 bilhões ao ano (R$ 42 bilhões

até 2026). Sul e do Sudeste puxam a lista de

devedores.

Abre o cofre 3

Soma-se a isso a proposta de extinguir a lei

Kandir, que injetaria mais R$ 4 bilhões nas

finanças estaduais neste 2019. Sul e Sudeste

seriam, de novo, os principais beneficiários, pois

são os que mais exportam.

Parte que me cabe

Em compensação, estados de Norte e NE seriam

agraciados com a maior fatia dos recursos da

cessão onerosa. Segundo dados do senador Cid

Gomes (PDT-CE), seu estado receberia R$

692,57 mi, enquanto SP, por exemplo, cerca de

R$ 93 mi.

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Data: 28/08/2019

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Grupo de Comunicação

Visita à Folha

Carlos Murillo, presidente da Pfizer Brasil, visitou

a Folha nesta terça (27), onde foi recebido em

almoço. Estava acompanhado de Cristiane Silva

dos Santos Blanch, gerente sênior de

Comunicação Corporativa, e Jô Ristow, vice-

presidente da CDN.

TIROTEIO

Parece que o presidente foi chamado à lucidez e

pôs o interesse do país acima de preconceitos e

do desejo de inflar conflitos

Do deputado Marcelo Ramos (PL-AM), após o

Planalto ter baixado o tom das falas sobre a

ajuda financeira oferecida por Macron no G7

https://painel.blogfolha.uol.com.br/2019/08/28/a

nulacao-de-sentenca-de-moro-no-stf-

surpreende-ate-ministros-que-defendem-freio-

na-lava-jato/

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Data: 28/08/2019

33

Grupo de Comunicação

Crise na Amazônia tem de ser ponto de

inflexão para oposição brasileira, diz Noam

Chomsky

Linguista americano afirma que, com PT

desacreditado, esquerda está completamente

apática

Patrícia Campos Mello

SÃO PAULO

A esquerda brasileira está apática e deveria se

unir em torno da crise na Amazônia para fazer

uma oposição real a Jair Bolsonaro.

Para o linguista americano Noam Chomsky, 90,

ícone da esquerda mundial e que está no Brasil,

a esquerda de vários países abraçou o combate à

mudança climática e a defesa do meio ambiente

como formas de fazer oposição a líderes

populistas de direita.

“O Brasil ainda não desenvolveu uma oposição [a

Bolsonaro]. É preciso que a crise na Amazônia

funcione como um ponto de inflexão para a

oposição”, diz Chomsky.

O linguista americano Noam Chomsky, em hotel na

zona oeste de São Paulo - Danilo Verpa/Folhapress

O linguista tem visitado o Brasil uma vez por

ano, ao lado de sua mulher, a tradutora e

pesquisadora em linguística Valéria Chomsky,

que é carioca.

Na última vez em que esteve no país, em

setembro de 2018, sua agenda foi apertada.

Visitou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva

na prisão, em Curitiba, reuniu-se com os então

candidatos Fernando Haddad (PT) e Ciro Gomes

(PDT) e se encontrou com o amigo Celso

Amorim, ex-ministro das Relações Exteriores.

Desta vez, o acadêmico passou mais tempo

descansando. Visitou Poços de Caldas, um de

seus lugares favoritos no país, e comeu cupuaçu.

Conhecido como “Elvis da Academia”, Chomsky

não passou despercebido em São Paulo e foi

abordado várias vezes nas ruas de Perdizes,

bairro onde estava hospedado.

Qual é a sua impressão sobre o Brasil hoje?

Dez anos atrás, o Brasil era um dos países mais

respeitados do mundo, e Lula era um dos

principais estadistas no palco global. Agora, o

Brasil virou motivo de chacota. Está se

transformando em pária internacional e pode

sofrer até boicotes por causa da Amazônia.

Como o senhor vê a estratégia de comunicação

de Bolsonaro?

Sua retórica é muito atraente para parte da

população. Isso está ocorrendo no mundo todo.

Nos EUA, [Donald] Trump é muito eficiente, sabe

como deixar as multidões inflamadas e direcionar

o ódio e o ressentimento das pessoas para bodes

expiatórios.

Bolsonaro faz o mesmo. As políticas

socioeconômicas adotadas nas últimas gerações,

principalmente na era neoliberal, foram muito

prejudiciais à grande maioria da população.

Nos EUA, houve crescimento, mas os salários

reais dos americanos estão abaixo do que eram

nos anos 1970. A concentração de riqueza tem

um efeito imediato sobre o sistema político —

uma das razões para o declínio da democracia na

Europa e outros lugares.

Nos EUA, desde os democratas clintonianos, o

partido vem se afastando da classe trabalhadora.

O fato mais importante da eleição presidencial de

2016 foi o colapso de ambos os partidos —Bernie

Sanders saiu do nada, não tinha recursos, a

mídia o odiava, e quase ganhou a indicação.

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Data: 28/08/2019

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Grupo de Comunicação

O Partido Republicano foi dominado por alguém

que o establishment detestava. Estamos vendo o

colapso das instituições de centro, por causa de

raiva e ressentimento, que são explorados por

demagogos como Trump, Bolsonaro, Matteo

Salvini, Viktor Orbán.

Mas há movimentos de resistência muito

promissores. Na Europa, o DiEM25 [Movimento

Democracia na Europa em 2025, para combater

a mudança climática e gerar empregos] e o

Extinction Rebellion [grupo internacional para

evitar a extinção em massa devido às mudanças

climáticas] tiveram muitas conquistas.

Nos EUA, há uma guinada para a esquerda entre

os democratas. O Movimento Sunrise tem jovens

que pressionam o Congresso, com muito ativismo

direto, e que conseguiram algo inimaginável há

alguns anos —fazer o Green New Deal entrar na

agenda.

Do outro lado, temos o que Steve Bannon

articulou de forma clara, um esforço para criar

uma Internacional Reacionária liderada pela Casa

Branca, e que inclui gente como as ditaduras do

Golfo, como a Arábia Saudita, o país mais

reacionário do mundo, Egito sob a ditadura de

Abdul Fatah al-Sisi, Israel que migrou para a

extrema-direita, [Narendra] Modi na Índia,

Bolsonaro, Orbán, Salvini e Nigel Farage

[defensor do brexit].

Alguns argumentam que, se o Partido Democrata

migrar demasiadamente para a esquerda, pode

perder votos dos moderados...

Sim, pode. Programas mais progressistas podem

afastar alguns eleitores mais ricos e

conservadores, e a mídia vai atacar sem trégua

esses programas.

Aliás, não me surpreenderia se a eleição

americana de 2020 for muito parecida com a

brasileira de 2018, com onda massiva de

propaganda enganosa transmitida em redes

sociais. No Brasil foi absolutamente chocante,

acho que nos EUA não chegaria a esse nível.

Uso de dados e microdirecionamento, tudo isso

será usado. Pode ser mais refinado nas próximas

eleições, mas é muito tentador para ser ignorado

pelos partidos.

A esquerda no Brasil está fragmentada e sem

uma liderança clara. O que deveria fazer para se

reorganizar?

O PT está desacreditado devido às acusações

graves de corrupção, que têm base, afinal de

contas. Se Lula pudesse reaparecer, seria o tipo

de pessoa que conseguiria reconstruir uma

esquerda ativa e forte.

Mas, durante a campanha do ano passado, que

ele poderia ganhar, silenciaram-no com uma

pena que, mesmo que se acredite nas acusações

contra ele, são, no mínimo, dúbias.

Ele não podia nem fazer pronunciamentos, ou

dar entrevistas —não fazem isso nem com

assassinos condenados. Era uma maneira de

garantir que uma campanha incrivelmente forte

em redes sociais colocasse uma figura de direita

no poder.

Minha impressão é que a esquerda brasileira está

completamente desordenada, há muita apatia, as

pessoas estão apenas assistindo a tudo que está

acontecendo, pensando “não podemos fazer nada

então vamos esperar passar”.

Que tipo de autocrítica a esquerda no Brasil

deveria fazer?

Especificamente em relação ao PT, o partido

deveria refletir sobre seus erros, porque se

juntou à cultura generalizada de corrupção no

país. Eles não inventaram essa cultura. Durante

o governo Fernando Henrique Cardoso devia ser

até pior, mas juntar-se a essa cultura foi um erro

enorme.

Eles também não conseguiram fazer com que os

beneficiários dos programas sociais, como o

Bolsa Família, entendessem que o partido era

responsável por essas políticas.

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Data: 28/08/2019

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Grupo de Comunicação

Recentemente o ex-presidente do Uruguai Pepe

Mujica reconheceu que o governo de Nicolás

Maduro é uma ditadura. O senhor concorda?

A avaliação que ele faz sobre o governo Maduro é

correta. Maduro fez muitas coisas erradas, a

política econômica foi atroz, decisões

equivocadas. E, durante todo esse período,

houve constante sabotagem feita pelos EUA e

pelas elites, chegando ao ponto de apoiar

abertamente um golpe militar.

O governo Maduro tem reagido à oposição

popular de forma violenta e opressiva, e as

últimas eleições presidenciais tiveram problemas

sérios. Obviamente, as sanções de Trump

transformaram uma crise em uma catástrofe.

Mas o senhor acredita que se trata de uma

democracia?

Há elementos democráticos. Ao contrário do que

dizem muitos críticos estrangeiros, a imprensa é

razoavelmente livre, há enormes críticas ao

governo e apoio à oposição. O governo é

repressivo, mas a imprensa continua crítica. E

Maduro merece a crítica.

O senhor vê oposição eficaz a líderes populistas

de direita no mundo?

Sim, em muitos países. Nos Estados Unidos, a

migração dos integrantes mais jovens do Partido

Democrata para posições do [Green] New Deal,

de democracia social.

Bernie Sanders é uma das figuras políticas mais

populares no país, assim como Elizabeth Warren.

Na Europa, a mesma coisa. Já o Brasil ainda não

desenvolveu uma oposição [a Bolsonaro]. Talvez

agora, no contexto de duras críticas

internacionais à destruição da Amazônia, isso

surja. Talvez a partir disso surja a oposição real

que deveria estar sendo feita.

É preciso que a crise na Amazônia funcione como

um ponto de inflexão para a oposição. Se a crise

na Amazônia continuar, o mundo inteiro vai

sofrer.

Estamos chegando a um ponto em que os danos

ambientais são irreversíveis. Se passar disso,

será o fim da vida humana organizada no

planeta.

E temos gente como Trump e Bolsonaro negando

que exista aquecimento global e adotando

políticas que o exacerbam.

Para mim, eles são os maiores criminosos da

história. Hitler queria matar todos os judeus, mas

essas pessoas estão dizendo: “Vamos matar toda

a sociedade, destruir tudo e ter lucros”.

Noam Chomsky, 90

Considerado o fundador da linguística moderna, o

americano é professor emérito do Massachusetts

Institute of Technology (MIT) e professor da

Universidade do Arizona.

Também é filósofo e autor de mais de cem livros.

Ativista de esquerda e um dos acadêmicos mais

citados, é crítico da política externa americana,

do capitalismo e ganhador de inúmeros prêmios

https://www1.folha.uol.com.br/mundo/2019/08/

crise-na-amazonia-tem-de-ser-ponto-de-

inflexao-para-oposicao-brasileira-diz-noam-

chomsky.shtml

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Data: 28/08/2019

36

Grupo de Comunicação

Para salvar Amazônia, é preciso vender

estatais, opina WSJ

Para jornal financeiro dos EUA, 'abrir a economia

fará mais para proteger a floresta do que fizeram

os governos socialistas antes de Mr. Bolsonaro'

As queimadas atropelaram a agenda das

privatizações no exterior. O Wall Street Journal,

na seção de opinião, notoriamente à direita, não

no noticiário, ainda tenta juntar as duas coisas.

Sua coluna voltada à América Latina, sob o título

“O que você não leu sobre o Brasil”, saudou as

privatizações listadas por Paulo Guedes pouco

antes de São Paulo escurecer.

Cita analista financeiro de Nova York, para quem

o Brasil pode vender US$ 90 bilhões até 2020 e

R$ 250 bilhões até 2022, inclusive partes ou toda

a Petrobras. E argumenta que “abrir a economia

fará mais para proteger a floresta do que fizeram

os governos socialistas antes de Mr. Bolsonaro”.

Proteger a natureza seria “valor cultural” do

Primeiro Mundo que só chegará quando o Brasil

“criar a riqueza necessária para cuidar do

ambiente”.

Em seguida, o WSJ publicou editorial na mesma

linha, destacando em enunciado que “países ricos

são melhores na proteção do planeta”. Em suma,

proteger a Amazônia “é mais provável com as

políticas de Bolsonaro para a Previdência e a

venda das estatais”.

O Financial Times não chegou a tanto, mas

dedicou análise de página inteira para criticar que

Bolsonaro anda se mostrando “mais interessado

em falar de armas, fé e Amazônia” do que das

reformas.

Isso, num momento em que “o Brasil se arrisca a

cair em recessão no segundo trimestre e Guedes

está buscando reformas econômicas, inclusive

um esforço de privatização”.

TSUNAMI NÃO VEIO

Também o espanhol El País deu longa análise

sobre “o fantasma da recessão” no Brasil, “onde

não chegou o ‘tsunami de investimentos’

esperado com a reforma da Previdência”.

Ouvindo economistas de Itaú e outros, destaca

problemas como uma possível redução no

crescimento da China e o “investimento público

parado”.

NYT & FAZENDEIROS

Com atraso de um mês em relação à capa da

revista The Economist sobre a Amazônia, o New

York Times impresso de terça (27) abriu foto da

floresta em chamas no alto da primeira página,

em cinco das seis colunas. Mas a chamada dizia

apenas:

“O mundo pode estar revoltado com as

queimadas, mas os locais estão indignados com o

que eles veem como forasteiros tentando decidir

como os brasileiros devem administrar a sua

própria terra.”

SUJEIRA

Queimadas e outras pautas não sufocaram de

todo o noticiário externo sobre "Os problemas de

sujeira com a Operação Lava Jato", no título da

revista americana The Atlantic (acima). Do jornal

espanhol El País ao canadense La Presse,

passando por sites engajados como Canary e

Grayzone, a atenção às revelações prossegue.

Nelson de Sá

Jornalista, foi editor da Ilustrada.

https://www1.folha.uol.com.br/colunas/nelsonde

sa/2019/08/para-salvar-amazonia-e-preciso-

vender-estatais-opina-wsj.shtml

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Grupo de Comunicação

Em meio a crise, Bolsonaro prioriza críticas

a reservas indígenas em reunião com

governadores da Amazônia

Queimadas ficaram em segundo plano no

encontro do presidente com estados que pediram

auxílio do governo

Gustavo Uribe

Ricardo Della Coletta

BRASÍLIA

O presidente Jair Bolsonaro (PSL) deixou em

segundo plano a série de queimadas pelo país e

priorizou críticas a terras indígenas em reunião

nesta terça-feira (27) com os governadores da

Amazônia Legal.

No encontro, promovido no Palácio do Planalto,

Bolsonaro fez questão de questionar cada

autoridade estadual sobre o percentual de áreas

indígenas em seus estados e chamou de

“irresponsabilidade” a política de demarcação

adotada por governos anteriores.

“A Amazônia foi usada politicamente desde o

[presidente Fernando] Collor para cá”, disse.

“Aos que me antecederam, foi uma

irresponsabilidade essa política adotada no

passado, usando o índio ao inviabilizar esses

estados”, ressaltou.

A expectativa inicial era de que o encontro

discutisse políticas para evitar novos incêndios

criminosos. Na chegada ao encontro, os

governadores do Amazonas, Pará e Roraima

defenderam, por exemplo, que o governo

brasileiro aceitasse o montante de US$ 20

milhões (cerca de R$ 83 milhões) oferecido pelos

países do G7.

O auxílio ofertado pelas economias mais

industrializadas do mundo foi anunciado pelo

presidente da França, Emmanuel Macron, que

tem trocado críticas com Bolsonaro sobre a onda

de incêndios na Amazônia.

O Palácio do Planalto chegou a informar

jornalistas que a verba seria recusada, mas na

manhã desta terça-feira (27) Bolsonaro disse que

pode aceitar o montante caso Macron peça

desculpas por ter chamado o brasileiro de

“mentiroso” e recue da sua defesa de um status

internacional para a Amazônia.

O tema, no entanto, foi pouco abordado na

reunião entre o mandatário e os governadores.

Em seu discurso, o presidente afirmou que

muitas terras indígenas têm “aspecto

estratégico”, que há índios que não falam

português e ressaltou que uma das intenções das

demarcações é inviabilizar o país no campo

econômico.

"Se eu demarcar agora, o fogo na floresta

amazônica acaba em dois minutos", disse. "Eles

querem a nossa soberania e que nós possamos

decidir o futuro da Amazônia com racionalidade.

Ninguém quer destruir a Amazônia", acrescentou.

A reunião foi transmitida ao vivo pela televisão

do governo e pelas redes sociais de Bolsonaro.

Em boa parte do encontro, o presidente

discursou com foco em seu eleitorado, olhando

diretamente para a câmera, e não para os

governadores presentes.

“Com todo o respeito aos que me antecederam,

foi uma irresponsabilidade essa política adotada

no passado no tocante a isso, usando o índio

como massa de manobra”, afirmou. “Essa

questão ambiental tem de ser conduzida com

racionalidade, não com esta quase selvageria

como foi feita nos outros governos”, afirmou.

Em discurso, o presidente anunciou que até a

quinta-feira da próxima semana fechará um

pacote de medidas, com sugestões dos

governadores presentes, para a região

amazônica. Ele não explicou detalhes sobre as

propostas.

Bolsonaro aproveitou ainda a reunião para

retomar as críticas ao presidente da França.

“O que o Macron acabou de dizer, de que a

internacionalização da Amazônia está aberta, não

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Grupo de Comunicação

deixa de ser uma realidade na cabeça dele.

Temos que nos unir para preservar o que é nosso

e garantir a nossa soberania”, disse.

Participaram da reunião convocada por Bolsonaro

os governadores do Maranhão (Flávio Dino), Pará

(Helder Barbalho), Mato Grosso (Mauro Mendes),

Amazonas (Wilson Lima), Rondônia (Marcos

Rocha), Tocantins (Mauro Carlesse), Amapá

(Waldez Góes) e Roraima (Antonio Denarium),

além do vice-governador do Acre, Wherles

Rocha.

Eles reagiram de forma diferente às declarações

de Bolsonaro. Enquanto alguns endossaram as

críticas do mandatário e disseram que terras

indígenas e quilombolas engessam o

desenvolvimento dos seus estados, coube a

Barbalho e a Dino adotarem um tom mais

moderado.

Barbalho inclusive fez um contraponto ao

presidente nas críticas a Macron. Ele disse que,

diante de uma crise ambiental da magnitude

atual, o país tem perdido “muito tempo” com a

troca de acusações com francês.

“Acho que estamos perdendo muito tempo com o

Macron, temos que cuidar dos nossos problemas

e sinalizar para o mundo a diplomacia ambiental

que é fundamental para o agronegócio”, disse.

O governador paraense defendeu ainda que o

país aceite as ofertas internacionais de ajuda e

utilize os recursos disponíveis no Fundo

Amazônia. "Todos nós sabemos das dificuldades.

Se existe recurso disponível no Fundo Amazônia,

nós devemos utilizar esses recursos", declarou o

governador.

O tema da oferta de ajuda internacional

repercutiu do outro lado da Praça dos Três

Poderes. O presidente da Câmara, Rodrigo Maia

(DEM-RJ), opinou que o país não deve rejeitar o

auxílio estendido pelos líderes do G7.

"O Brasil não deve abrir mão de nenhum real",

disse. Maia afirmou que o governo tem soberania

para decidir como alocar os recursos e que, por

isso, não deveria recusá-los.

Na reunião de Bolsonaro com governadores,

Flávio Dino pontuou que o país não pode se isolar

na arena internacional. "O diálogo com outros

países é imprescindível. Se o Brasil se isola, ele

se expõe a sanções comerciais gravíssimas

contra os nossos produtores", afirmou.

O governador de Roraima, Antonio Denarium,

usou sua fala na reunião para apoiar a fala de

Bolsonaro.

"O Estado de Roraima tem sido penalizado nos

últimos 30 anos pelas políticas ambientais e

indigenistas", pontuou. "Hoje o Ibama chega e

multa todo mundo sem nenhum direito de

defesa." Declarações no mesmo sentido foram

feitas pelos representantes de Tocantins e

Rondônia.

O governador do Mato Grosso, Mauro Mendes,

destacou que o agronegócio brasileiro pode ser

prejudicado caso haja uma piora na imagem do

Brasil no exterior. "A questão ambiental é o abre

alas para o agro brasileiro. Se ela for

prejudicada, o nosso agro terá problemas", disse.

Apesar da fala, ele criticou o presidente francês e

disse que Macron atua para tentar criar

"possíveis barreiras verdes" para produtos

brasileiros no exterior. "O que me preocupa mais

é essa guerra de comunicação que está sendo

patrocinada pelos nossos concorrentes

internacionais".

https://www1.folha.uol.com.br/ambiente/2019/0

8/em-meio-a-crise-bolsonaro-prioriza-ataques-a-

reservas-indigenas-em-reuniao-com-

governadores-da-amazonia.shtml

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Grupo de Comunicação

Mônica Bergamo: STF nega absolvição

sumária de ex-primeira dama Marisa Letícia

Depois da morte dela, em 2017, o então juiz

Sergio Moro já havia negado pedido semelhante

O STF (Supremo Tribunal Federal) negou pedido

dos advogados de Lula para que a ex-primeira-

dama Marisa Letícia fosse absolvida

sumariamente dos processos a que respondia

quando estava viva.

EU NEGO

Depois da morte dela, em 2017, o então juiz

Sergio Moro negou pedido semelhante e apenas

extinguiu a punibilidade de Marisa.

SINGULAR

Os defensores recorreram ao STF. Só um dos

ministros, Ricardo Lewandowski, votou a favor do

pedido. O julgamento foi realizado no plenário

virtual da corte.

GELO

Na terça (27), mensagens reveladas pelo UOL e o

site The Intercept Brasil mostraram procuradores

da Lava Jato ironizando a morte da ex-primeira-

dama e o luto de Lula, tanto no velório dela

quanto no do neto Arthur, 7.

MUITA RAIVA

A reportagem gerou um desabafo de Marlene

Silva, nora de Lula e mãe de Arthur. “Esses

senhores [procuradores] não são humanos, não é

possível, deu náusea, nojo, tristeza,

perplexidade, indignação, raiva, muita raiva,

choro... o que estão fazendo conosco!”, disse ela

em uma rede social fechada aos amigos. “Nos

deixem em paz.”

NÃO PODE

A atriz Janine dos Reis de Souza diz ter sido

excluída de um comercial da Caixa Econômica

Federal após a produção encontrar postagens

dela em redes sociais com críticas a Jair

Bolsonaro.

VOCÊ NÃO

“Um dia depois do trabalho concluído, me

avisaram que acharam meu posicionamento. E

que portanto não usariam a minha imagem”, diz

ela.

FOI ANTES

Uma cláusula do contrato com a CEF obrigava a

atriz a “não se manifestar publicamente, inclusive

através de redes sociais, sobre o governo

federal” ou sobre o presidente. Mas ela alega que

as críticas foram postadas meses antes da

assinatura.

NÃO FOI ISSO

A CEF afirma que não existe orientação sobre a

conduta pessoal de seus contratados. As

agências teriam apenas que “preservar a da

imagem do banco”. A agência Artplan nega que o

motivo do corte tenham sido as críticas e diz que

outros atores também não entraram no material

final.

POSE

A atriz Sonia Braga concedeu entrevista à revista

Vogue Brasil de setembro; ela dedica a atuação

no filme “Bacurau” a Marielle Franco e diz que

“geralmente acontece deste jeito: os filmes

aparecem e estou pronta para eles”

EU QUERO

Prefeitos de todo o país vão pleitear os recursos

que as nações do G7, as mais ricas do mundo,

estão oferecendo ao Brasil.

EU TAMBÉM

Como Jair Bolsonaro desdenhou da ajuda, Jonas

Donizette, prefeito de Campinas e da Frente

Nacional de Prefeitos (FNP), e Bruno Covas,

prefeito de SP e vice-presidente de Mudanças

Climáticas da entidade, vão formalizar uma

solicitação aos embaixadores dos países pedindo

que os recursos sejam destinados aos

municípios.

NA GRADE

A TV Bandeirantes oferece nesta quarta (28)

almoço no Espaço Traffô, em SP, para apresentar

a grade de programação de 2020. Uma das

novidades é a exibição do reality de finanças “Me

Poupe”, com Nathalia Arcury.* O canal dela tem

3,9 milhões de inscritos no YouTube.

TALHER

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Grupo de Comunicação

O Secretário de Comunicação, Fabio Wajngarten,

e a mulher dele, Sophie, recebem nesta quarta

(28), Dia Nacional do Voluntariado, convidados

para um jantar seguido de palestra de Fábio

Silva, do Transforma Brasil, especialista no tema.

TALHER 2

Entre os convidados estão Luiz Antônio Nabhan

Garcia e os empresários Elie Horn e Meyer Nigri

SINAL...

O advogado Alberto Toron fará nesta quarta (28)

um desagravo aos colegas Dora Cavalcanti,

Augusto Arruda Botelho e Nelson Jobim no 25º

Seminário Internacional de Ciências Criminais. Os

três foram envolvidos em um inquérito criminal

“indevidamente, por conta do exercício da

advocacia”, diz ele

.... AMARELO

Na semana passada, a PF pediu à Justiça para

acessar documentos que mostrassem tratativas

dos profissionais com a Odebrecht.

LUZ, CÂMERA, AÇÃO

Os atores Selton Mello, Fabiula Nascimento e Zé

Carlos Machado compareceram ao lançamento da

série “Sessão de Terapia”, no Rooftop Augusta,

em SP, na segunda (26). As atrizes Lívia Silva e

Cecília Homem de Mello também passaram por

lá.

CURTO-CIRCUITO

Maria Bethânia e Liniker fazem show para

convidados em festa de 50 anos da Natura. Nesta

quarta (28), na Casa Natura Musical.

O documentário “Plantão Judiciário”, de Daniel

Brunet, será exibido nesta quarta (28). Às 8h30,

na Universidade Cruzeiro do Sul, e às 19h na

Unip.

O A.C. Camargo Cancer Center anuncia expansão

com quatro novas unidades e a ampliação da de

Santo André.

Marisa Orth e Miguel Falabella são os mestres de

cerimônia do Prêmio Master Imobiliário. Nesta

quarta (28), às 19h, no Clube Monte Líbano.

por BRUNA NARCIZO, BRUNO B. SORAGGI,

GABRIEL RIGONI e VICTORIA AZEVEDO

https://www1.folha.uol.com.br/colunas/monicabe

rgamo/2019/08/stf-nega-absolvicao-sumaria-de-

ex-primeira-dama-marisa-leticia.shtml

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Grupo de Comunicação

O pastelão amazônico

Faria bem Bolsonaro em evitar o pastelão, falar

menos e aceitar o dinheiro europeu

O tema Amazônia virou pastelão, ou pâtisserie.

Na segunda-feira (26), Macron afirmou que a

ONU e a comunidade internacional deveriam

atribuir “estatuto internacional” à Amazônia,

violando a soberania territorial brasileira.

Quando me perguntam sobre o que é o tal do

globalismo, costumo citar as estruturas

supranacionais elitizadas, não eleitas e distantes

das necessidades do cidadão comum. Macron

acaba de prover um exemplo adicional. Nos anos

1960, a França de Charles de Gaulle

implementou um bloqueio militar e aduaneiro de

Mônaco, cercando com tanques de guerra o

minúsculo país de 20 mil habitantes que ocupa

uma área inferior a 5% da ilha de Manhattan.

Exigia que Mônaco cobrasse impostos mais altos

das companhias e cidadãos franceses operando

no principado. O bullying fez o príncipe Rainier

capitular. Agora, o presidente francês julga que o

Brasil não cuida bem da Amazônia. O consolo é

que Macron não é de Gaulle.

O objetivo de Macron com a histeria ambiental é

bloquear o acordo UE-Mercosul. Após a reunião

do G7 no fim de semana, declarou que hoje não

assinaria o acordo em razão da Amazônia.

Macron está defendendo o lobby mais poderoso

da Europa: os agricultores franceses viciados em

subsídios.

Não foi diferente com De Gaulle. Durante as

reuniões para instituir a Comunidade Europeia,

em 1965 e 1966, deixou a cadeira da França

vazia até que o país fosse agraciado com um

poder de veto sobre política agrícola.

Não fossem as proteções alfandegárias e não

alfandegárias, a Europa jamais produziria um

grão sequer de açúcar, e talvez até outros grãos.

Desse modo, o Brasil e países pobres como

Guatemala, Moçambique e Índia veem obstruídos

os benefícios da globalização.

Há consequências práticas do protecionismo

agrícola. Mais de 20 milhões de brasileiros vivem

na região amazônica, quase a metade abaixo da

linha da pobreza. São pessoas de carne e osso, e

não monstros violadores do “pulmão do mundo”

(uma expressão falaciosa, aliás). Precisam

sobreviver por meio da produção, em geral

produtos agrícolas, que poderiam ser escoados

mais facilmente ao mundo desenvolvido que ao

mercado consumidor brasileiro ao sul.

Como afirma Leandro Narloch em seu artigo do

dia 26 no The Wall Street Journal,

desenvolvimento é precondição da preservação

sustentável.

O pequeno agricultor amazônico costuma

observar o Código Florestal, particularmente

quanto ao limite utilizável de apenas 20% do

terreno. Porém, sofre dificuldade em obter

energia, combustível e vias de escoamento, e

perpetua-se uma produção de mera subsistência.

Boa parte do problema ambiental se deve aos

ambientalistas, profissionais do obstáculo ao

desenvolvimento. A vasta maioria considera que

a atividade econômica baseada em lucro e trocas

voluntárias é a causadora da crise ambiental.

Narloch abraça soluções mais capitalistas:

defende a permissão para mineração sustentável

nas extensas áreas indígenas, a construção de

hidroelétricas de baixo impacto e a adoção de

manejo sustentável da madeira extraída. Não há

dicotomia “mercado” versus “ambiente”: na

verdade, o mercado é amigo do ambiente.

O ambientalismo é no fundo um movimento de

elite. Os aumentos de preços derivados das

proibições de atividades e produtos acertam em

cheio o bolso dos mais pobres em nome de

atender as suscetibilidades do ambientalista com

condições financeiras.

Faria bem o presidente Bolsonaro em evitar o

pastelão, falar menos e aceitar o dinheiro

europeu.

Helio Beltrão

Engenheiro com especialização em finanças e

MBA na universidade Columbia, é presidente do

instituto Mises Brasil.

https://www1.folha.uol.com.br/colunas/helio-

beltrao/2019/08/o-pastelao-amazonico.shtml

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Grupo de Comunicação

O dia do fogo e o pulo do sapo

A resposta tardia à crise ambiental precisa vir

seguida de forte ação

Chamadas de hot spots, por reunir diversos tipos

de crimes, incluindo altíssima incidência de

desmatamento, Altamira e outras cidades no

Pará estão há tempos entre as mais violentas do

Brasil e do mundo.

As causas sobrepostas da violência passam pela

história da exploração predatória da floresta,

urbanização descontrolada, por negligência e

corrupção pública que atrasam nosso

desenvolvimento.

O Dia do Fogo, como foi batizado o último dia 10,

foi expressão máxima da certeza da impunidade

dos grupos que exploram de forma criminosa a

região.

A denúncia, que precisa ser apurada até o fim,

diz que os incêndios nas margens da BR 163

foram combinados em um grupo de WhatsApp

com mais de 70 pessoas, entre sindicalistas,

produtores rurais, comerciantes e grileiros.

O suposto motivo seria demonstrar apoio às

ideias do presidente Bolsonaro de desmontar a

capacidade de fiscalização da legislação

ambiental e de perdoar as multas de quem as

descumpre.

Há somente três fiscais do Ibama em Altamira —

maior município brasileiro, sem autonomia para

executar ações.

Quando o perverso plano vazou, o grupo

começou a reforçar a versão mentirosa sobre os

mandantes dos incêndios, disseminada pelo

próprio presidente da República, que os atribuiu

às ONGs.

Não é a primeira vez, e temo não ser a última,

em que crimes são praticados como decorrência

direta do discurso de incitação à violência e de

ações irresponsáveis de desmanche de políticas

públicas essenciais.

Só que dessa vez o governo brasileiro

subestimou severamente a escala da

preocupação nacional e global com a Amazônia e

precisou voltar atrás.

Uma recente pesquisa do Ibope revelou que 96%

dos brasileiros querem que o governo reduza o

desmatamento ilegal.

A grande maioria, incluindo eleitores do

presidente, quer ver ações mais energéticas para

contê-lo e diminuir a “limpeza ilegal” de terras.

Fora do Brasil, a reputação do país foi

gravemente ferida pelos incêndios na Amazônia,

passando de modelo global de conservação

florestal a pária internacional em tempo recorde.

Vimos os principais líderes mundiais se

manifestarem pedindo ação contra o fogo. O

governo brasileiro prejudicou as relações do país

com aliados, incluindo França, Finlândia, Irlanda,

Alemanha, Noruega e Reino Unido.

A resposta tardia à crise precisa vir seguida de

forte ação. Está dada a chance para o governo

mudar por completo o rumo da atual política

antiambiental e começar a aliviar a tensão nos

hot spots da região amazônica.

Os três poderes do Estado precisam cessar o

desmanche e os retrocessos nas legislações

ambientais, em especial a flexibilização de

licenças e das reservas legais.

O Congresso precisa entender que, se apoiar as

propostas de armar a população civil, com

benesses especiais para áreas rurais, estará

potencialmente dando aval à política de incentivo

aos crimes contra o meio ambiente e contra seus

defensores.

O caso de Altamira nos mostra como essas

questões são intrinsecamente relacionadas em

um país que enfrenta muitos desafios em se

fazer cumprir a lei.

Estudos de organizações de ponta como Inpe,

Imazon, ISA, MapBiomas e Observatório do

Clima mostram que a floresta é muito mais

valiosa de pé, seja pela sobrevivência da nossa e

de tantas outras espécies que precisam dela para

regular o clima global, seja pelas inúmeras

descobertas que ainda estão por vir com o

incentivo à biotecnologia.

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Grupo de Comunicação

Com as novas tecnologias é absolutamente

possível aumentar a produtividade da

agroindústria sem desmatar mais.

Que a crise aguda nos ajude a pular da panela e

agir antes de assinar nossa lenta e dolorosa

sentença de morte. Afinal, quero crer que

sejamos mais inteligentes que os sapos.

Ilona Szabó de Carvalho

Empreendedora cívica, mestre em estudos

internacionais pela Universidade de Uppsala

(Suécia). É autora de “Segurança Pública para

Virar o Jogo”.

https://www1.folha.uol.com.br/colunas/ilona-

szabo/2019/08/o-dia-do-fogo-e-o-pulo-do-

sapo.shtml

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Grupo de Comunicação

ESTADÃO Planalto quer melhorar imagem no exterior

Coluna do Estadão

Por entender que as embaixadas do Brasil

permanecem “aparelhadas” pelos governos

anteriores, o Planalto puxou para si a missão de

melhorar a imagem de Jair Bolsonaro no exterior.

Nessa visão, os atuais diplomatas, ainda

alinhados com o pensamento de “esquerda”,

estariam fazendo corpo mole na hora de

defender o Brasil e falhando na comunicação dos

feitos do presidente, como, por exemplo, “o

combate à corrupção”. O governo planeja

eventos em Londres, Paris e Washington com a

presença de representantes de veículos de

comunicação locais.

Despetização.

Apesar de o Itamaraty já estar mudando

embaixadores em pontos estratégicos, o Planalto

vê ainda com desconfiança diplomatas em vários

postos no exterior.

Otimistas.

A Frente Parlamentar Agropecuária estava tão

confiante no seguimento da tramitação da PEC

que libera atividades de agricultura e pecuária

em terras indígenas que já havia até escolhido

um relator para a Comissão Especial: Arthur Maia

(DEM-BA).

A regra…

Depois da “vaza jato”, os tribunais redobraram a

atenção com pedidos do Ministério Público. Em

Brasília um pedido do MP-DF está deixando o TJ

distrital de cabelo em pé.

…é clara.

Um dos endereços para busca e apreensão

oferecidos pelos procuradores é de uma

embaixada, que goza de inviolabilidade em razão

da convenção de Viena (1961) e imunidade

diplomática. A trapalhada gerou desconforto

geral.

Biu!

A primeira reunião em Brasília do líder do

Solidariedade na Câmara, Augusto Coutinho (SD-

PE), nesta semana, foi uma caminhada às 7 da

matina na residência oficial do presidente da

Casa. O convite veio do próprio Rodrigo Maia.

Trincheira.

O senador Cid Gomes (PDT-CE) leu linha por

linha da conclusão do inquérito da PF sobre

Rodrigo Maia, de quem não é aliado. Na opinião

dele, não tem nada. “É pura retaliação”, afirma.

Vem Pra Câmara.

Carla Zambelli (PSL-SP) convidou movimentos de

rua para acompanhar a votação do pacote

anticrime pelo grupo de trabalho na próxima

terça-feira.

CLICK.

Bruno Covas (2.º à esq.), torcedor do Santos, na

festa dos 105 anos do Palmeiras: aplaudido ao

prometer apressar a autorização para reforma

das portarias do clube.

Apuração.

A Polícia do Senado Federal ouviu na sexta-feira

o jornalista Vinicius Guerrero, que defendeu em

vídeo o assassinato do presidente Bolsonaro e de

seus filhos. A peça viralizou na internet. O

ministro Sérgio Moro (Justiça) também pediu à

Polícia Federal para apurar o caso.

Apuração 2.

Guerrero teria confessado os crimes de ameaça e

injúria. A Coluna não conseguiu contato com ele.

O procedimento investigatório foi instaurado a

pedido do senador Flávio Bolsonaro. A conclusão

será encaminhada ao MPF.

Água…

O programa da Sabesp e do governo de SP para

despoluir o Rio Pinheiros, cartão-postal da

capital, traz duas inovações: contratos de

performance, em que o contratado só recebe se

cumprir metas, e o uso de miniestações que vão

tratar diretamente a água dos córregos poluídos.

…limpa.

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Grupo de Comunicação

Associadas à implantação das redes de esgoto, a

alternativa é o pulo do gato para que a iniciativa

dê certo até 2022, como promete João Doria.

PRONTO, FALEI!

Fabiano Contarato, senador (Rede-ES): “Como

humanista, aceito defender a internacionalização

do mundo. Enquanto o mundo me tratar como

brasileiro, lutarei para a Amazônia ser nossa.”

COM REPORTAGEM DE ALBERTO BOMBIG,

JULIANA BRAGA E MARIANNA HOLANDA.

COLABORARAM ELIANE CANTANHÊDE, GLAUCO

DE PIERRI E CIRO CAMPOS

https://politica.estadao.com.br/blogs/coluna-do-

estadao/planalto-quer-melhorar-imagem-no-

exterior/

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Data: 28/08/2019

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Grupo de Comunicação

A nossa Amazônia

A velha ambição disfarçada de filantropia de

fachada não prevalecerá

Antonio Hamilton Martins Mourão*, O Estado de

S.Paulo

No contexto de uma campanha internacional

movida contra o Brasil, ressurgiu a antiga

pretensão de relativizar, ou mesmo neutralizar, a

soberania brasileira sobre a parte da Região

Amazônica que nos cabe, a nossa Amazônia.

Acusações de maus-tratos a indígenas, uso

indevido do solo, desflorestamento descontrolado

e inação governamental perante queimadas

sazonais compõem o leque da infâmia despejada

sobre o País, a que se juntou a nota diplomática

do governo francês ofensiva ao presidente da

República e aos brasileiros.

O Brasil não mente. E tampouco seu presidente,

seu governo e suas instituições.

Em primeiro lugar, porque o Brasil tem a seu

lado a História, sobre a qual, em consideração à

memória nacional, nos devemos debruçar.

A Amazônia que nos pertence foi conquistada no

tempo em que só a ação intimorata garantia

direitos. Depois da expulsão dos franceses de

São Luís (1615) e da fundação do forte do

Presépio, a futura Belém (1616), corsários

ingleses e holandeses foram combatidos e

expulsos da foz do Rio Amazonas. A União

Ibérica (1580-1640) ofereceu oportunidade para

que bandeirantes e exploradores rompessem as

Tordesilhas, um desenvolvimento histórico que

tem na primeira navegação da foz à nascente do

Amazonas (1637), façanha cometida por Pedro

Teixeira, seu marco definitivo.

Foram fortalezas que prefiguraram a ocupação e

a delimitação da Amazônia brasileira. Foi a

catequese que aglutinou os indígenas sob a

proteção da cruz, favorecendo a miscigenação

que fomentou o povoamento da região. A

fundação do forte de São José do Rio Negro, na

confluência do Rio Negro com o Solimões (1663),

reuniu em seu entorno índios barés, baniuas e

passés, dando origem à povoação que viria a se

transformar na cidade de Manaus.

Após a Independência, em nossa primeira

legislatura, quando a pretensão estrangeira de

impor um monopólio de navegação no Amazonas

ousou atribuir aos brasileiros a pecha de

ignorantes, coube ao Senado devolvê-la,

lembrando que cabia aos brasileiros a primazia

dos descobrimentos sobre a região, conforme

atestado pelo próprio Humbolt.

E no início do século 20, enquanto a Europa se

dilacerava nos campos de batalha da 1.ª Guerra

Mundial, um dos nossos maiores soldados,

Cândido Mariano da Silva Rondon, completava

sua campanha sertanista (1915-1919) em Mato

Grosso levantando cartograficamente os vales do

Araguaia e as cabeceiras do Xingu; descobrindo

minas de sulfeto de ferro, ouro, diamantes,

manganês, gipsita, ferro e mica; e o mais

importante, fazendo amigas as nações

nhambiquara, barbados, quepi-quepi-uats,

pauatês, tacuatés, ipoti-uats, urumis, ariquemes

e urupás, que ao final da ciclópica empreitada

apontavam para as armas dos exploradores e

diziam: “Enombô, paranã! Dorokói pendehê”

(“joguem no rio, a guerra acabou”).

Epopeia consumada, mas por concluir, na qual o

Brasil jamais prescindiu da cooperação das

nações condôminas desse patrimônio reunidas no

Pacto Amazônico, que comemorou, no ano

passado, 40 anos de sua assinatura, o qual, pela

sua finalidade e sua clareza de propósitos,

dispensa protagonismos de última hora movidos

por interesses inconfessáveis. Se existisse algum

protagonismo nacional na Amazônia sul-

americana compartilhada por nove países, algo

que o Brasil nunca avocou, ele seria, pelos

números, pela presença e pela História,

brasileiro.

Se a História dá razão ao Brasil em qualquer

debate sobre a Amazônia, cabe colocar, em

segundo lugar, que ele tem a seu favor os fatos.

Não há país que combine legislação ambiental,

produtividade agropecuária, segurança alimentar

e preservação dos biomas com mais eficiência,

eficácia e efetividade do que o Brasil. Não

bastassem todos os dados legais e científicos,

sobejamente conhecidos, que comprovam essa

assertiva, tomem-se não as palavras, mas os

atos do governo brasileiro no sentido de

combater queimadas e apurar crimes de toda

natureza praticados na Região Amazônica, o que

desqualifica as desproporcionais acusações e

agressões desferidas contra o País por causa do

meio ambiente.

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Data: 28/08/2019

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Grupo de Comunicação

E se não bastassem a História e os fatos, cabe

apontar o que se revela nas declarações oficiais,

nas confidências mal escondidas, nas entrelinhas

dos comunicados e no ecorradicalismo incensado

pela imprensa: a velha ambição disfarçada por

filantropia de fachada.

É inacreditável que, num momento em que

guerras comerciais e protecionismos turvam o

horizonte mundial, e são publicamente

condenados em todas as instâncias internacionais

responsáveis, líderes de países europeus

venham, individualmente ou em conjunto, tomar

iniciativas contra o livre-comércio, procurando

sabotar acordos históricos como o firmado entre

a União Europeia e o Mercosul e entre este e os

países da Associação Europeia de Livre-Comércio

(Efta) – Noruega, Suíça, Islândia e Liechtenstein.

Como é inacreditável que pessoas que até há

pouco tempo ocupavam cargos públicos se

esqueçam de uma das linhas mestras da

diplomacia do Brasil, a de preservar a liberdade

de interpretar a realidade do País e de encontrar

soluções brasileiras para os problemas

brasileiros, conforme colocadas pelo chanceler

Horácio Lafer em 1959.

Nada disso prevalecerá. O Brasil não tem tempo

a perder. Com trabalho, coragem e determinação

ele encontrará o seu destino de grandeza: ser a

mais pujante e próspera democracia liberal do

Hemisfério Sul.

E por qualquer perspectiva, da preservação ao

desenvolvimento, da defesa à segurança, da

História ao Direito, a nossa Amazônia continuará

a ser brasileira. E nada exprime melhor isso do

que a canção do internacionalmente reconhecido

Centro de Instrução de Guerra na Selva: À

Amazônia inconquistável o nosso preito,/ A nossa

vida por tua integridade/ A nossa luta pela força

do direito/ Com o direito da força por validade.

*VICE-PRESIDENTE DA REPÚBLICA

https://opiniao.estadao.com.br/noticias/espaco-

aberto,a-nossa-amazonia,70002985255

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Data: 28/08/2019

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Grupo de Comunicação

A degradação da Presidência

Faria bem ao presidente Jair Bolsonaro aprender

a ter modos no exercício do cargo

Notas e Informações, O Estado de S.Paulo

O presidente Jair Bolsonaro só diz as

barbaridades que diz porque não lhe são

interpostos a contento os devidos freios, se não

jurídicos, de natureza ética. A rigor, o que ocorre

é exatamente o oposto. De seus fiéis apoiadores,

uma parcela estimada em 30% dos eleitores, e

de seu círculo próximo de colaboradores - alguns

deles, na verdade, meros bajuladores -, o

presidente tem recebido o incentivo incondicional

e barulhento para agir exatamente como tem

agido, ou seja, estimulando conflitos em vez de

ser o agente primaz da pacificação de um país

esgarçado.

De outros segmentos da sociedade, incluindo

algumas autoridades, o que se observa é, no

máximo, uma certa resignação diante da

absoluta inadequação de Jair Bolsonaro para o

elevado cargo ao qual foi alçado. Com

frequência, costuma-se dizer que “ele (o

presidente) é isso”, “ele é assim mesmo”, como

se a aceitação de um padrão de comportamento

que amesquinha a Presidência da República não

fosse muito grave.

É evidente que há focos de indignação na

sociedade, até mesmo entre aqueles que

votaram em Bolsonaro, diante dos impropérios

do presidente, cada vez mais frequentes. Mas

estes nem de longe são capazes de levá-lo à

reflexão sobre suas palavras e ações. Fiel à sua

conhecida natureza autoritária, Jair Bolsonaro

desqualifica qualquer opinião diferente da

vassalagem ou da adulação.

O resultado não poderia ser pior. Sentindo-se à

vontade para proceder como se a dignidade do

cargo fosse um luxo excessivo e descartável, o

presidente Bolsonaro tem impingido

constrangimentos atrás de constrangimentos aos

brasileiros ciosos da moralidade pública, da ética

e da altivez que deve ter o ocupante da

Presidência da República.

Há poucos dias, um desses apoiadores mais

santanários de Jair Bolsonaro publicou no perfil

oficial do presidente no Facebook uma inominável

grosseria contra a primeira-dama da França,

Brigitte Macron. Na visão do sujeito, a recente

animosidade entre Emmanuel Macron e o

presidente brasileiro, por conta da crise

ambiental na Região Amazônica, seria fruto da

“inveja” do presidente francês diante da “beleza”

da primeira-dama brasileira, Michelle Bolsonaro.

O mínimo que se poderia esperar é que a tolice

de um fã destrambelhado fosse ignorada. Mas o

presidente Jair Bolsonaro não só a comentou,

como a endossou. “Não humilha, cara. Kkkkkkk”,

respondeu o chefe do Poder Executivo, usando

linguagem de um adolescente carente de riqueza

vocabular.

A baixeza do presidente do Brasil mereceu pronta

resposta de sua contraparte francesa. O

presidente Emmanuel Macron veio a público na

segunda-feira passada dizer que tem “amizade e

respeito pelo grande povo brasileiro” e disse

esperar que o Brasil “tenha rapidamente um

presidente que se comporte à altura”.

Este foi apenas mais um lamentável episódio de

uma série de atitudes do presidente Jair

Bolsonaro que, pouco a pouco, têm degradado a

Presidência da República. Não faltam exemplos

nesses pouco mais de oito meses de mandato,

indo desde a defesa da tortura como ação de

Estado até a negação da Ciência.

O presidente Jair Bolsonaro, ao contrário do que

possa parecer, não age irrefletidamente. Não é

crível supor que tenha feito o comentário que fez

a respeito dos atributos físicos da primeira-dama

francesa, apenas para ficar no caso mais recente,

sem sopesar as reações às suas baixarias. Se

não há cálculo político, no mínimo há um desleixo

moral que só viceja no mais alto cargo executivo

da República porque a ele não é dado o devido

combate.

Parece cada vez mais claro que Jair Bolsonaro

optou por radicalizar ainda mais seu discurso e

suas ações a fim de manter acesa a chama do

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que acha ser a militância mais aguerrida. Essa é

uma atitude infantojuvenil que não cabe ao

presidente da República, representante

constitucional do povo brasileiro. O País já

assistiu a essa prática e os resultados não foram

bons. Faria bem ao presidente Jair Bolsonaro

aprender a ter modos no exercício do cargo. Se

não por educação e liturgia, por proveito pessoal.

https://opiniao.estadao.com.br/noticias/notas-e-

informacoes,a-degradacao-da-

presidencia,70002985240

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Data: 28/08/2019

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Trump pressiona para liberar exploração

madeireira em Tongass, maior floresta dos

EUA

A medida afetaria uma abrangente política da

administração Clinton de proteção ambiental,

conhecida como Roadless Rulle, que tem

sobrevivido a décadas de ataques legais

Redação, O Estado de S.Paulo

O presidente americano, Donald Trump, instruiu

seu secretário da Agricultura, Sonny Perdue, a

tentar liberar mais da metade da Floresta

Nacional de Tongass, no Alasca, de restrições de

desmatamento impostas há quase 20 anos. A

informação foi divulgada pelo jornal The

Washington Post, citando três pessoas com

conhecimento no assunto, após uma discussão

privada entre o presidente e o governador do

Estado, Michael Dunleavy.

A medida, se avançar, sujeitará parte da

Tongass, de 16,7 milhões de acres, a potenciais

projetos de extração de madeira, energia e

mineração. A medida afetaria uma abrangente

política da administração Clinton de proteção

ambiental, conhecida como Roadless Rulle, que

tem sobrevivido a décadas de ataques legais. A

política, assinada dias antes de o presidente

deixar o cargo, em 2001, impediu a construção

de estradas em mais de 50 milhões de acres de

florestas nos EUA.

A floresta de Tongass, no Alasca Foto: Paul A.

Robbins/Forest Service/W.Post

De acordo com o Post, Trump assumiu um

interesse pessoal sobre "manejo florestal", um

termo que ele disse no ano passado ter

"redefinido" desde que assumiu o cargo, em

2017.

Políticos têm, há anos, disputado o destino da

Tongass, um enorme trecho do sudeste do Alasca

repleto de antigos pinheiros, cedros e rios ricos

em salmão. O presidente George W. Bush tentou

reverter a política de Clinton, mas foi impedido

por um juiz federal.

A decisão de Trump tem um peso, no momento

em que os funcionários do Serviço Florestal

haviam planejado mudanças no sentido contrário

para o gerenciamento da floresta, retomando

uma batalha que o governo anterior pretendia

resolver.

Em 2016, no governo Obama, a agência finalizou

um plano para eliminar gradualmente a prática

de extração de madeira na Tongass em até uma

década. O Congresso determinou que mais de

5,7 milhões de acres da floresta devem

permanecer protegidos sob quaisquer

circunstâncias. Se o plano de Trump for bem

sucedido, isso poderá afetar 9,5 milhões de

acres.

A madeira corresponde a uma pequena fração

dos empregos no sudeste do Alasca - pouco

menos de 1%, de acordo com a organização de

desenvolvimento regional Southeast Conference,

comparado aos 8% do processamento de frutos

do mar e aos 17% do turismo.

Mas os habitantes do Alasca, incluindo o

governador republicano e a senadora Lisa

Murkowski, do mesmo partido, pressionam

Trump a isentar seu Estado da regra ambiental,

que não permite estradas, exceto quando o

Serviço Florestal aprova projetos específicos, e

impede a extração comercial de madeira.

Em um comunicado, Murkowski disse que toda a

delegação do Alasca no Congresso e o

governador procuraram bloquear a política de

Clinton. “Nunca deveria ter sido aplicada ao

nosso Estado e está prejudicando nossa

capacidade de desenvolver uma economia

sustentável para a região Sudeste, onde menos

de 1% da terra é privada”, disse ela.

Os líderes do Alasca encontraram agora um

poderoso aliado no presidente Trump. Falando a

repórteres em 26 de junho, após se encontrar

com ele durante uma escala do Air Force One

para reabastecimento na Base Aérea de

Elmendorf, o governador disse que o presidente

"acredita nas oportunidades no Alasca". "Ele tem

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feito tudo o que pode para trabalhar conosco em

nossas preocupações de mineração, de extração

de madeira; falamos sobre as tarifas também.

Estamos trabalhando em um monte de coisas

juntos, mas o presidente se importa muito com o

Estado do Alasca."

Trump expressou apoio para derrubar as

isenções em Tongass durante a conversa com o

governador, de acordo com três pessoas que

falaram sob condição de anonimato sobre o

assunto. No início deste mês, Trump disse a seu

secretário para emitir um plano com esse

objetivo, segundo as fontes.

Não está claro quanto de extração de madeira

ocorreria na Tongass se as restrições federais

fossem levantadas porque o Serviço Florestal

teria de alterar seu plano de manejo para uma

potencial nova venda de madeira. O plano de

2016 identificou 962.000 acres como adequados

para exploração comercial e sugeriu que não

mais do que 568.000 acres deveriam ser

utilizados.

John Schoen, um ecologista aposentado da vida

selvagem que trabalhou na Tongass para o

Departamento de Pesca e Caça do Alasca, foi

coautor de um documento de pesquisa de 2013

que descobriu que aproximadamente metade das

grandes árvores antigas da floresta tinham sido

derrubadas no século passado. As grandes

árvores remanescentes fornecem um hábitat

crítico para os ursos marrons, os cervos Sitka,

uma ave de rapina chamada North Goshawk e

outras espécies, acrescentou.

Trump tem conversado frequentemente com seus

assessores sobre como administrar as florestas

do país e assinou uma ordem executiva no ano

passado com o objetivo de aumentar a

exploração madeireira, agilizando as revisões

ambientais federais desses projetos.

O presidente foi amplamente ridicularizado

depois de sugerir durante uma visita a Paradise,

a comunidade californiana devastada por um

incêndio em 2018, que os Estados Unidos

poderiam conter esses desastres seguindo o

modelo da Finlândia, que não sofre graves

incêndios florestais porque o país nórdico dedica

"muito tempo" a capinar suas florestas. / W.

POST

https://internacional.estadao.com.br/noticias/ger

al,trump-pressiona-para-liberar-exploracao-

madeireira-em-tongass-maior-floresta-dos-

eua,70002985429

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Incêndios na Bolívia expõem problemas

políticos para Evo Morales

Adversários de Morales atribuem incêndios à

campanha do governo de distribuição de terras

gratuitamente para camponeses

Anatoly Kurmanaev e Monica Machicao, The New

York Times

LA PAZ, BOLÍVIA - Em meio ao alarme

internacional diante dos incêndios na Amazônia

brasileira, a Bolívia enfrenta os próprios incêndios

devastadores. Para enfrentar a calamidade, o

presidente Evo Morales aceitou a ajuda

internacional. “Toda a cooperação oferecida é

bem-vinda, independentemente de ser oferecida

por organizações internacionais, celebridades ou

pelos presidentes que prometeram ajudar", disse

Morales na cidade de Cochabamba, onde faz

campanha pelo quarto mandato.

Os incêndios são uma característica regular da

temporada de seca no norte da América do Sul.

Mas esse ano foi diferente. Os incêndios na

floresta de Chiquitano, Bolívia, e na região

amazônica do Brasil foram muito maiores e mais

espalhados do que nas temporadas anteriores.

Isso despertou a preocupação internacional e, no

caso do Brasil, indignação diante do pouco caso

do presidente Jair Bolsonaro em relação à

gravidade do problema.

Morales disse ter recebido telefonemas dos

presidentes da Espanha, Chile e Paraguai nos

dias mais recentes, todos oferecendo ajuda. A

recuperação será lenta. Podem ser necessários

até 200 anos para que as florestas da Bolívia se

recuperem, disse Miguel Crespo, diretor do grupo

ambiental sem fins lucrativos Probioma. “Nunca

vi uma tragédia ambiental nessa escala", disse

ele. No início, Morales tentou reduzir a

importância do incêndio, que se espalha por

quatro estados desde o início de agosto.

Mas, em um país já galvanizado pela controversa

tentativa de reeleição de Morales, a reação ao

incêndio assumiu fortes tonalidades políticas. A

constituição da Bolívia impede Morales de se

candidatar novamente, e ele foi derrotado em um

referendo que teria permitido o quarto mandato.

Quando recorreu aos tribunais para eliminar o

limite à reeleição, a resposta foi o protesto nas

ruas. Agora, muitos criticam Morales pela

lentidão na resposta aos incêndios.

Já em 24 de agosto, o fogo tinha destruído quase

2,5 milhões de acres de floresta no estado

oriental de Santa Cruz, o dobro da área

incendiada na semana anterior. As chamas

estavam se aproximando da cidade de Santa

Cruz. Especialistas ambientais dizem que o fogo

ameaça cerca de 500 tipos de animais, incluindo

onças, antas e 35 espécies ameaçadas. E a

câmara do comércio da Bolívia previu que o fogo

reduzirá pela metade o produto interno bruto do

país este ano.

Os adversários de Morales atribuem os incêndios

descontrolados à campanha do governo de

distribuição de terras gratuitamente para

camponeses, abrindo novas áreas para o

agronegócio. Essas políticas garantiram a Morales

um amplo apoio entre os pobres, ao mesmo

tempo satisfazendo os apetites dos grupos

empresariais conservadores do país. Mas o custo

foi a exposição de vastas áreas à exploração,

terras que são limpas com a queimada, dizem os

críticos.

A autoridade de gestão de terras da Bolívia

calcula que 87% dos incêndios tenham começado

como queimadas ilegais iniciadas pelos

agricultores. Depois de ignorar os incêndios

inicialmente, Morales enviou soldados e três

helicópteros para combatê-los agora. Mas a

maior parte do trabalho de controle das chamas

é realizado por voluntários e estudantes.

Em seus 13 anos de governo, Morales lutou para

equilibrar suas supostas prioridades ambientais e

a necessidade política de produzir rápidos

resultados econômicos. O governo dele aprovou

pelo menos quatro leis e seis decretos ampliando

o uso agrícola de áreas florestais frágeis desde

2013, por exemplo.

A autoridade de gestão de terras da Bolívia disse

que o desmatamento teve alta de 200% depois

que o governo quadruplicou a área de

desmatamento permitida para os pequenos

produtores em 2015. “O governo desencadeou

um desastre ambiental", disse Crespo. “Em

grande medida, essa tragédia é o resultado do

populismo do governo e uma visão de

desenvolvimento com base no agrobusiness.” /

TRADUÇÃO DE AUGUSTO CALIL

https://internacional.estadao.com.br/noticias/nyt

iw,incendios-bolivia-evo-morales,70002984945

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Grupo de Comunicação

Governo Johnny Bravo

O estilo de Bolsonaro guarda, de fato,

semelhanças com o do topetudo personagem dos

anos 1990, do Cartoon Network

Vera Magalhães, O Estado de S. Paulo

De todas as declarações polêmicas que Jair

Bolsonaro já deu nos seus oito meses de

mandato, poucas competem em nonsense com

uma do dia 6 deste mês. Questionado sobre a

indicação de Eduardo Bolsonaro para a

embaixada em Washington, se irritou com a

imprensa e soltou essa: “A imprensa tem de

entender que eu, Johnny Bravo, Jair Bolsonaro,

ganhou, porra!”.

Exibir apelidos privados é algo que a maioria das

pessoas procura evitar, pelo natural

constrangimento. Bolsonaro não só demonstrou

orgulho como repetiu a dose em outra ocasião –

o que torna um pouco mais difícil que ele diga,

agora, que não disse o que disse, outra de suas

bossas recentes.

Johnny Bravo é um personagem dos anos 1990,

do Cartoon Network. Seu character design é o de

um sujeito marombado, narcisista, machista e

burro. O que já torna estranho o orgulho de

evocar a alcunha.

Governadores estranharam insistência em pautas

alheias à crise Foto: Marcos Corrêa/PR

Há, inclusive, um episódio da segunda temporada

em que Johnny Bravo ascende ao poder, meio

por acaso. Todos os políticos da cidade são

acometidos de uma intoxicação alimentar, e a

legislação local determina que o “maior idiota da

cidade” assuma.

Bravo, então, passa a governar segundo critérios

estritamente pessoais: destrói uma livraria para

construir uma esfinge com seu rosto, decreta que

funcionárias devem trabalhar de biquíni,

transforma um parque público num

estacionamento e prende os oposicionistas. Até

ser destituído.

O estilo de Bolsonaro guarda, de fato,

semelhanças com o do topetudo. Suas

declarações desde que revogou a comunicação

institucional e inventou a paradinha do Alvorada

versaram sobre temas como cocô, ataques à

imprensa e à ciência, investida contra o pai

assassinado do presidente da OAB e a acusação

de que ONGs queimam a Amazônia.

Ao focar na exploração de terras indígenas na

reunião de ontem dos governadores da Amazônia

que deveria tratar da emergência ambiental,

Bolsonaro fez com que os presentes saíssem de

lá com a certeza de que sua pauta pessoal

sempre estará acima das questões de Estado.

“Foi bastante constrangedor ver o descolamento

do presidente da realidade”, disse à Coluna um

dos participantes (que, atenção, não era o

comunista Flávio Dino).

Assim, não é de estranhar que ele se abespinhe

quando questiona do sobre a indicação do filho, e

que ache normal dar o “filé” ao rebento. A sem-

cerimônia com que isso é defendido por

Bolsonaro Bravo, no entanto, começa a

preocupar os que têm de conviver

institucionalmente com ele – prefeitos,

governadores, funcionários públicos,

congressistas, procuradores, ministros do

Supremo… A lista é enorme, e ninguém fora do

círculo dos puxa-sacos está disposto a aceitar

coisas que seriam caricatas até em desenho

animado, como ofender a mulher de um chefe de

Estado e recusar dinheiro internacional por birra.

MEIO AMBIENTE: Ex-ministros pedirão a Maia

ação do Congresso na crise

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, receberá

hoje ex-ministros do Meio Ambiente, o presidente

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da OAB, Felipe Santa Cruz, e representantes do

setor produtivo, que entregarão a ele carta

pedindo a interferência do Congresso na crise

ambiental desencadeada pelo desmatamento e

agravada pelas queimadas na Amazônia. A

entrada de Maia no debate na semana passada

irritou Bolsonaro, que sugeriu que, se ele quer

ajudar, deve destinar recursos do Fundo

Partidário para conter as queimadas.

DINHEIRO SIM: Doria faz road show na

Alemanha em busca de investimentos

E Bolsonaro acabou dando ao governador João

Doria, seu potencial adversário em 2022, mais

uma chance de fazer um contraponto a seu

estilo. Enquanto o presidente se indispôs com a

Alemanha (e Noruega, e França), o governador

paulista inicia hoje um giro pelo país, com

previsão de anúncios de investimentos de R$ 1

bilhão e criação de 400 novos empregos.

https://politica.estadao.com.br/noticias/geral,gov

erno-johnny-bravo,70002985414

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Despoluição do Rio Pinheiros vai dar certo

se for transparente, diz ativista

Plano apresentado pela gestão Doria promete

investimento de R$ 1,5 bilhão. Fundador do

Movimento Volta Pinheiros diz que é preciso ter

certeza que esse é um projeto para a cidade,

'não só um passo eleitoral do governo'

Entrevista com Marcelo Reis, publicitário e

ativista do Movimento Volta Pinheiros

Tulio Kruse, O Estado de S.Paulo

Fundador do Movimento Volta Pinheiros, o

publicitário e ativista Marcelo Reis cobra do

governo estadual transparência e um cronograma

"mês a mês" da despoluição do Rio Pinheiros até

2022. Ele acredita no sucesso do plano,

apresentado pela gestão João Doria (PSDB), que

promete investimento de R$ 1,5 bilhão, a ser

pago de acordo com o desempenho de empresas

na limpeza do curso d´água.

Fundador do Movimento Volta Pinheiros diz que é preciso ter certeza que esse é um projeto para a

cidade Foto: VALERIA GONCALVEZ/ESTADAO

O Volta Pinheiros funciona como uma espécie de

“guerrilha midiática”, segundo Reis, ao chamar a

atenção para o esgoto jogado no Pinheiros por

meio de ações de marketing. Eles já colocaram

bonecos infláveis de cocô no rio e uma cápsula

do tempo, com cartas de crianças para o ano de

2020, no Parque do Povo, zona sul de São Paulo.

Caso o plano de despoluição dê certo, Reis

acredita que o movimento deve se tornar

“vigilante” e participar do esforço de manutenção

da orla.

“Precisamos ter certeza que esse projeto não é

só um passo eleitoral do governo. Esse projeto é

para a cidade”, afirma Reis.

O que o senhor achou do plano de R$ 1,5 bilhão

para despoluir o Rio Pinheiros, divulgado pela

Sabesp?

Conversando com vários atores, que entendem

profundamente sobre esse tema, percebemos

que tem o sonho de um projeto realmente

plausível ali. A própria Sabesp (Companhia de

Saneamento Básico do Estado de São Paulo) já

veio até nós para apresentar, pedindo apoio,

para conscientizar as pessoas. E a gente tem

sempre a mesma opinião, muito transparente

com a Sabesp: façam deste um projeto aberto,

coletivo, para que as pessoas possam consultar e

acessar.

A gente questionou bastante o desassoreamento,

que por si só não leva a lugar nenhum e já foi

feito. Mas o plano de investimento de R$ 1,5

bilhão tem todo o sentido, do ponto de vista do

saneamento. É tudo o que a gente vem

estudando com relação à limpeza: a

descentralização, os parceiros serem cobrados

por performance e não por volume de esgoto

coletado, ter mini-estações que cubram os 14

córregos que deságuam no rio, fazer a limpeza

para que o destino final não receba a poluição

crua e nua. O projeto faz sentido, é plausível.

O que está faltando agora, e que o governo

precisa apresentar para que isso não pareça

campanha política é: cadê o projeto? Com data,

com cronograma, com as empresas?

Abram o projeto para as pessoas, coloquem

“deadlines” (prazos), como acontece em qualquer

grande empresa de infraestrutura quando

apresentar qualquer projeto. Somos acionistas do

governo do Estado. A gente quer saber quando

começa e termina, como estará em 2021, qual é

o passo a passo.

Por que é importante abrir o projeto dessa

forma? O que pode ser feito a partir do momento

que o governo divulga esse cronograma?

Transparência é colocar os atores civis, ONGs,

SOS Mata Atlântica, a USP (Universidade de São

Paulo), as empresas de saneamento privado,

todo mundo da mesa para discutir o projeto. Isso

não pode ser resolvido pelo político e pelo

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consórcio que vai ganhar dinheiro em cima do

saneamento.

É colocar os atores sociais ao lado do governo,

participando, discutindo, entendendo, ouvindo.

Se não puder abrir para todo mundo participar,

tem de ao menos ouvir algumas pessoas idôneas,

para a sociedade saber o que está acontecendo.

Outra coisa: transparência é contar para onde

vão esse R$ 1,5 bilhão (da despoluição), e os R$

70 milhões do desassoreamento. Como será

usado o nosso dinheiro? A gente precisa saber.

O governo pode não conseguir fazer o que se

propõe até 2022. Se as pessoas virem que o

projeto está andando e virem seriedade, o

governador pode até ter outros interesses

políticos, querer virar presidente, mas vamos

perceber que há um projeto sério e dar

continuidade. Não é um projeto de governo, é de

Estado.

O Brasil nunca fez isso. O governo do Estado e a

Sabesp têm uma oportunidade de ouro, de

transformar um problema em sonho. Eles têm na

mão o desejo de 20 milhões de pessoas, que

pode se transformar em um exemplo para o

Brasil.

É um projeto de cidadania, de como reconstruir a

credibilidade do povo brasileiro com a classe

política. Perto de problemas como saúde,

educação e segurança, parece que o rio é

bobagem. Mas não é.

A questão do saneamento tem (relação) com

doenças, qualidade de vida, lazer, economia,

emprego formal e informal. Esse governo tem na

mão um projeto histórico, e é para fazer disso

um legado para o País. Este rio não é um

problema, é uma solução. Quem colocar esse

projeto à frente será lembrado eternamente por

essa cidade

Qual é o papel da sociedade civil para que a

despoluição tenha sucesso? O empresariado da

cidade deveria ter alguma responsabilidade nesse

esforço?

Sem a participação da população, isso não vai

acontecer. Para engajar as pessoas, perceber que

empresas idôneas – que não têm a ver com a

política – participam é uma demonstração de que

o projeto ganhou força. É vital que o governo

apresente um projeto detalhado, de longo prazo,

mês a mês, semestre a semestre, para que

consiga colocar para dentro a credibilidade de

CEOs de grandes marcas. Só assim as pessoas

vão acreditar que ali existe um projeto.

O que discutimos não é se é viável ou não. É

viável, sim. Não tem uma pessoa de empresa de

saneamento que não fale: em quatro anos, o rio

para de feder e volta a ter aspecto “convivível”.

O que está sendo discutido agora é credibilidade

política. Precisamos ter certeza que esse projeto

não é só um passo eleitoral do governo. Esse

projeto é para a cidade.

Infelizmente, hoje o político está tendo de provar

que não usa a coisa pública para interesses

partidários. Transparência é o primeiro passo

para ter credibilidade. Aí sim vamos conseguir

cobrar que alguém não jogue bituca na rua, não

jogue plástico na rua, não jogue óleo na pia. Se

os pais não cuidam da casa, é impossível cobrar

o filho.

E se esse plano fracassar e a sociedade não se

mobilizar?

É impossível ter um projeto sério que não visa a

mobilização das pessoas. Isso envolve vários

políticos. Se você torce contra determinado

governador, não vai torcer contra a sua cidade.

Não acredito que um projeto desse, feito com

seriedade, não ganhe o abraço das pessoas.

Como foi a faixa de bicicleta, a faixa de ônibus há

muitos anos atrás, como foi a (Lei) Cidade

Limpa. É impossível não abraçar.

(A sociedade) Não vai abraçar só se chegar em

2021 e não vermos nada acontecendo. Não há a

menor possibilidade de isso acontecer se o

projeto for transparente.

No melhor cenário possível, e se o projeto der

certo e o governo alcançar as metas? O que

acontece com o Movimento Volta Pinheiros

quando o rio voltar?

O movimento terá de ser vigilante, e espero que

tenha importância e credibilidade. Por isso,

precisamos ter muito cuidado agora e saber qual

é o projeto. Daqui a algum tempo, vamos ter de

deixar de ser “guerrilha midiática” e se

transformar em um movimento vigilante.

Uma vez que o rio estiver limpo, podemos

começar a convidar marcas para participar da

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Data: 28/08/2019

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Grupo de Comunicação

manutenção: restauração de ciclovia, implantar

transporte público, quem vai colocar o primeiro

restaurante. O movimento pode se desenvolver

de diversas formas, sempre convidando as

pessoas a ocupar. Quando as pessoas ocupam,

não tem mais como deixar degradar.

https://sustentabilidade.estadao.com.br/noticias/

geral,despoluicao-do-rio-pinheiros-vai-dar-certo-

se-for-transparente-diz-ativista,70002985473

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Data: 28/08/2019

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Grupo de Comunicação

Pelo menos 18 marcas, como Timberland e

Kipling, suspendem compra de couro do

Brasil

Empresas alegam a alta das queimadas na

Amazônia como motivo para a boicote, alerta

entidade que representa o setor em carta ao

ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles

Giovana Girardi, O Estado de S.Paulo

SÃO PAULO - Pelo menos 18 marcas de roupas e

calçados internacionais, como Timberland,

Kipling, Vans e The North Face, solicitaram a

suspensão de compras de couro do Brasil por

causa das queimadas na Amazônia.

A informação foi passada nesta terça-feira, 27,

pelo Centro das Indústrias de Curtumes do Brasil

(CICB), associação que representa as empresas

produtoras de couro, em carta enviada ao

ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles.

“Recentemente, recebemos com muita

preocupação o comunicado de suspensão de

compras de couros a partir do Brasil de alguns

dos principais importadores mundiais. Este

cancelamento foi justificado em função de

notícias relacionando queimadas na região

amazônica ao agronegócio do País. Para uma

nação que exporta mais de 80% de sua produção

de couros, chegando a gerar US$ 2 bilhões em

vendas ao mercado externo em um único ano,

trata-se de uma informação devastadora”,

escreve José Fernando Bello, presidente

executivo do CICB.

“Entendemos com muita clareza o panorama que

se dispõe nesta situação, com uma interpretação

errônea do comércio e da política internacionais

acerca do que realmente ocorre no Brasil e o

trabalho do governo e da iniciativa privada com

as melhores práticas em manejo, gestão e

sustentabilidade. Porém, é inegável a demanda

de contenção de danos à imagem do país no

mercado externo sobre as questões amazônicas”,

continua a entidade, que na sequência, lista

alguns exemplos de empresas que fizeram esse

pedido.

Na carta, foram citadas: Timberland, Dickies,

Kipling, Vans, Kodiak, Terra, Walls, Workrite,

Eagle Creek, Eastpack, JanSport, The North Face,

Napapijri, Bulwark, Altra, Icebreaker, Smartwoll

e Horace Small.

Bello afirma ainda que a entidade está tentanto

reverter o quadro, mas pede “ao ministério uma

atenção especial sobre a realidade que já nos é

posta, com a criação de barreiras comerciais por

importantes marcas ao produto nacional”.

Alta nas queimadas

A Amazônia, do início do ano até esta terça-feira,

já sofreu 43.421 focos de incêndio neste ano.

Somente neste mês foram 27.497 –valor mais

alto que a média para o mês inteiro registrada

nos últimos 21 anos, que foi de 25.853 focos,

segundo dados do Programa Queimadas, do

Inpe. Para o bioma, este é o mais número de

focos de incêndio para o mês desde 2010,

quando houve 45.018. Mas aquele foi um ano de

seca histórica na região.

Agosto em geral tem mais fogo, porque é o início

da temporada seca na Amazônia. Apesar disso,

este ano está um pouco mais úmido que nos

anteriores. Tanto a Nasa quanto o Instituto de

Pequisa Ambiental da Amazônia (Ipam),

mostraram que os incêndios deste ano estão

relacionados com a alta do desmatamento na

região. Alertas feitos pelo Deter, do Inpe,

indicam para uma alta de quase 50% no

desmatamento entre agosto do ano passado e

julho deste ano, na comparação com os 12

meses anteriores.

https://sustentabilidade.estadao.com.br/noticias/

geral,pelo-menos-18-marcas-como-timberland-e-

kipling-suspendem-compra-de-couro-do-

brasil,70002985937

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Grupo de Comunicação

E as abelhas continuam morrendo

A Comissão Europeia em Bruxelas tomou uma

decisão que aguardávamos há seis anos sobre a

luta contra a mortalidade das abelhas

Gilles Lapouge , colunista

Está na moda censurar a União Europeia por sua

inércia, seus encargos, sua lentidão, suas inúteis

palavras paralisantes entre nações. Este mês, no

entanto, ela fez um esforço.

Em 17 de julho, no meio das férias de verão, a

Comissão Europeia em Bruxelas tomou uma

decisão que aguardávamos há seis anos sobre a

luta contra a mortalidade das abelhas. Qual a

decisão? Bruxelas desistiu de atualizar os

princípios de avaliação de risco dos pesticidas

responsáveis pelas mortes de abelhas. Ela pediu

à Autoridade Europeia para a Segurança dos

Alimentos (EFSA) que analisasse o assunto.

Portanto a decisão foi adiada até o verão de

2O21, o que permitirá que sejam realizados

novos “testes com abelhas”. Como as abelhas

cumpriram esse novo prazo das autoridades

europeias? Resignadas, diríamos.

A decisão de Bruxelas prolonga o infortúnio das

abelhas (e o da Terra, uma vez que a polinização

realizada por esses insetos é totalmente ligada à

vegetação, aos campos, às florestas, aos jardins

e, portanto, aos homens). Mas há trinta anos os

homens assistem, perplexos à morte maciça de

abelhas (lembro-me de ter escrito um artigo no

Estado de S. Paulo). Desde então, o desastre foi

confirmado. O desaparecimento de insetos,

incluindo abelhas, está se acelerando. A revista

científica PloS One informa que, desde 1989, a

quantidade de insetos voadores caiu 75% em

sessenta “áreas protegidas” na Alemanha.

A ciência se indagou se tal morte de insetos

poderia ser explicada pelo clima. No entanto,

essa hipótese foi rejeitada: nem calor, nem frio,

nem iluminação, nem nitrogênio no solo, nada

disso fornece uma explicação coerente para esse

colapso da população de insetos. Portanto, não

se trata de uma causa natural, mas uma causa

externa, uma manipulação dos homens.

Pela lógica, a diminuição dos insetos voadores

deve ter efeitos fatais para aves, cuja

alimentação é parcialmente vinda desses insetos.

De fato, em 2018, o CNRS e o Museu de História

Natural de Paris semearam consternação ao

anunciar que 30% da população de aves

selvagens desapareceu na França em quinze

anos (e encontramos os mesmos resultados em

quase toda a Europa) Até os caminhantes,

mochileiros, amantes, poetas, ficam

impressionados com a escassez dos pássaros e

seus cantos.

O ministro da Ecologia da França, o notável

Nicolas Hulot, com o qual Macron havia obtido

seu “álibi ecológico”, anunciara esse desastre em

2 de março de 2008 frente à Assembleia Nacional

com as seguintes palavras: “Tenho vergonha”.

Alguns meses depois, ele renunciou, deixando

Macron, no domínio ecológico, entregue às suas

habilidades e retórica.

Essa “vergonha” significa: foi provavelmente uma

das muitas dificuldades que Nicolas Hulot

encontrou à frente durante sua presença no

ministério francês. Não há dúvida de que, no

caso das abelhas, como no caso dos glifosatos, e

em outras batalhas, Nicolas Hulot encontrou os

mesmos silvicultores das finanças e trevas, os

mesmos pelos quais Hulot, com sua ineficaz

espada teve que voltar. Ele foi derrotado: os

fabricantes de produtos mortais, que se

contorciam como vermes, ou melhor, como

escorpiões, montavam barricadas sempre que

um de seus atraentes venenos corria o risco de

ser denunciado pelos cientistas. E, como essas

empresas poderosas, essas “hidras”, com dez mil

braços, dispõem, na falta de moralidade, de

enormes estoques de prata que sua química lhes

dá, eles conseguem facilmente convocar

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Data: 28/08/2019

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Grupo de Comunicação

batalhões de cientistas, pesquisadores, prontos

para adiar indefinidamente as decisões drásticas

que devem ser tomadas.

Foi o que aconteceu em Bruxelas: os países

membros, camuflados por trás da Comissão,

rejeitaram a decisão sobre os principais

inseticidas neonicotinóides e, tanto pior se

enquanto isso, as colônias se obstinassem em

morrer, como elas têm o costume de fazer.

/Tradução de Claudia Bozzo

https://sustentabilidade.estadao.com.br/noticias/

geral,e-as-abelhas-continuam-

morrendo,70002985491

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Data: 28/08/2019

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Grupo de Comunicação

VALOR ECONÔMICO Governo estuda decreto para proibir

queimadas

Por Cristiano Zaia | De Brasília

Diante da crise com os incêndios na Amazônia, o

governo avalia baixar um decreto para proibir o

uso do fogo em todo o território nacional por um

período de dois meses por causa das estiagens. A

medida vem sendo estudada para regulamentar

mais ainda as queimadas legais no país.

"Já encaminhei uma minuta de decreto para a

Casa Civil e, se não houver nenhum problema

legal, o presidente pode assinar nos próximos

dias", disse ao Valor o ministro Ricardo Salles.

"Não é tão simples fazer a proibição peremptória,

precisa ser transitória. Tem comunidades

tradicionais que usam o fogo como parte da sua

cultura", acrescentou. Só ficariam livres do

decreto as queimadas para fins fitossanitários

(usadas para doenças e pragas em pastos e

lavouras).

O ministro já havia aventado a possibilidade do

decreto há dois dias, ainda admitiu que alguns

governos estaduais já publicaram decretos nesse

sentido conforme o rigor do clima seco em suas

regiões, outros não proíbem e há os que proíbem

mas não cumprem. A Casa Civil vem ponderando

que a proibição deve se restringir a unidades de

conservação ambiental.

O governador do Maranhão, Flávio Dino, por

exemplo, editou na segunda-feira decreto

proibindo o uso de fogo nesse "período crítico" e

que prevê práticas sustentáveis com o intuito de

conciliar a preparação de áreas para agricultura e

a proteção ambiental. "Achamos que esse é o

mecanismo útil para que possamos sair desse

quadro emergencial."

O artigo 38 do Código Florestal, de 2012, já

prevê as chamadas "queimadas legais" em todo

Brasil para atividades agropecuárias e florestais,

em unidades de conservação e para pesquisa

científica, desde que autorizadas por órgãos

ambientais. Quem queimar áreas já abertas ou

para desmatar sem autorização, está sujeito a

uma multa de R$ 1 mil por hectare. Por outro

lado, o órgão que fiscaliza precisa provar a

origem do eventual "uso irregular do fogo" - se a

queima for acidental ou causada por terceiros, o

produtor não é penalizado.

Rodrigo Justus, assessor técnico da Confederação

da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), lembra

que os Estados costumam vedar a queimada

geralmente entre junho e setembro, auge do

clima seco, para evitar incêndios. E voltam a

permitir as queimadas quando aparecem as

chuvas, de outubro a abril.

Em casos de desmatamento previsto em lei e

usado para abrir novas áreas de plantio - no caso

do bioma amazônico, o máximo permitido para

desmatar é de 20% da propriedade -, é preciso

retirar a madeira e cercar a área, antes de

queimar, além de comunicar vizinhos. Trata-se

da queima controlada que, se bem conduzida,

guarda baixo risco do fogo se espalhar e causar

um incêndio. "A queima autorizada só é feita

para abrir área, geralmente na agricultura

familiar ou assentamentos. Usar fogo na

agricultura moderna é ter prejuízo na certa e

você perde 10% de produtividade."

Assuero Veronez, presidente da Federação de

Agricultura do Acre, admite que o desmatamento

ilegal é uma realidade na região, mas adverte

que as queimadas também podem ter natureza

acidental, como cigarro jogados em estradas e

mesmo queima de lixo.

Nesta semana, o Instituto Chico Mendes (ICMBio)

alertou que, além de supostos incêndios

criminosos, os órgãos da força-tarefa deslocados

para a Amazônia também têm atuado em

incêndios naturais, facilitados pelo clima seco.

https://www.valor.com.br/brasil/6410127/govern

o-estuda-decreto-para-proibir-queimadas

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Data: 28/08/2019

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GDSolar investirá R$ 800 mi até 2021 Por Rodrigo Polito | Do Rio

O grupo brasileiro GDSolar, especializado em

construção e operação de usinas solares

fotovoltaicas, prevê investir R$ 800 milhões até o

fim de 2020. Com isso, o investimento total da

companhia, desde a sua criação, em 2015,

alcançará R$ 1,2 bilhão no fim do próximo ano.

Os investimentos serão destinados a duas novas

áreas de negócio da companhia: uma voltada

para comercialização de energia e outra para

mobilidade elétrica. Com relação à primeira, a

estratégia é construir usinas solares fotovoltaicas

para fornecer energia para consumidores livres,

por meios de contratos de longo prazo (PPAs,

sigla em inglês de "power purchase agreement").

A empresa já está construindo projetos com

capacidade total de 50 megawatts-pico (MWp,

unidade de potência de projetos de energia solar)

para atender o novo negócio. O objetivo é dobrar

esse número para 100 MWp até o fim de 2020.

Na área de mobilidade, a companhia pretende

iniciar nos próximos meses a operação de um

sistema de abastecimento e locação de veículos

elétricos, únicos ou para frotas completas, com

fornecimento de energia solar, no Estado de São

Paulo. A solução é voltada para o público que

depende de um veículo para fazer entregas,

transporte urbano ou coleta de lixo.

A frota planejada inicialmente pela GDSolar inclui

18 ônibus biarticulados, 50 caminhões de lixo e

30 veículos urbanos de carga (VUCs). O modelo

de negócio prevê a locação dos veículos, com a

responsabilidade operacional sendo da GDSolar

Mobilidade Elétrica, empresa do grupo GDSolar

criada para esta finalidade.

A ideia é que os veículos sejam abastecidos em

pontos criados pela GDSolar Mobilidade Elétrica.

O fornecimento de energia para esses pontos

será feito por uma usina de 5 MWp em

construção pelo grupo. "Não adianta ter um

veículo elétrico abastecido na ponta por uma

termelétrica a combustível fóssil. Estamos

trabalhando no ciclo renovável", afirmou Ricardo

Costa, fundador e presidente do grupo GDSolar.

Com os novos negócios, a companhia mudou sua

estrutura. Foi criada a holding GDSolar. Abaixo

dela estarão a GDSolar Energia, primeira unidade

de negócio do grupo e responsável pelo

desenvolvimento de projetos no modelo de

geração distribuída (GD) remota, a GDSolar

Mobilidade Elétrica e a GDSolar Comercializadora,

que ficará responsável pelos projetos voltados

para o mercado livre.

Antes das novas áreas de negócio, a GDSolar

atuava basicamente na construção de parques

solares para arrendamento de energia por

empresas de diversos setores, como

telecomunicações, financeiro, de varejo e bebidas

- este negócio ficará a cargo da GDSolar Energia.

Até o fim deste ano, o portfólio da empresa será

composto por 27 usinas, com 100 MWp de

capacidade, evitando a emissão de 1,6 toneladas

de dióxido de carbono por mês. Entre os

principais clientes do grupo hoje estão Itaú,

Claro, Oi, TIM e Magazine Luiza.

Os novos investimentos serão realizados com

recursos próprios da companhia e financiamentos

A GDSolar tem como acionistas Costa e outros

três executivos, além do fundo Bravia. O grupo

projeta triplicar o faturamento em 2019, ante o

ano anterior, porém não revela os números por

questões estratégicas.

A companhia não descarta uma possível oferta

pública inicial de ações (IPO na sigla em inglês)

no futuro. Segundo o presidente da GDSolar

Energia, Alexandre Gomes, porém, neste

momento, o objetivo da empresa é o

amadurecimento do setor de energia solar.

https://www.valor.com.br/empresas/6410045/gd

solar-investira-r-800-mi-ate-2021

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Data: 28/08/2019

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Governo diz ter US$ 30 bi a receber de

países ricos

Por Assis Moreira | De Genebra

Depois de recusar a ajuda de emergência do G-7

para combater queimadas e fazer o

reflorestamento da Amazônia, o governo

brasileiro faz agora cobranças à França e a

outros países desenvolvidos sobre compromissos

financeiros não respeitados.

Em nota publicada pelo Itamaraty e que dá a

linha para a reação de representantes brasileiros

no exterior, o governo diz que o país já reduziu

emissões de gases de efeito estufa provenientes

de desmatamento, cujo valor estimado é de US$

30 bilhões, e aguarda pagamento por parte de

França e outros países ricos.

O presidente francês, Emmanuel Macron, disse

que decidiu levar a questão da Amazônia ao G-7

por se tratar de uma "crise internacional". Em

postagem no Twitter com imagens de queimadas

na Amazônia, o primeiro-ministro do Canadá,

Justin Trudeau, disse: "Não podemos ficar

inativos enquanto nosso planeta queima". O

presidente dos EUA, Donald Trump, ausentou-se

no G-7 do debate sobre clima e biodiversidade,

alegando compromissos bilaterais.

O governo nem menciona o G-7, falando que

acompanha notícias na imprensa sobre "um

suposto lançamento de novas iniciativas

relacionadas à Amazônia". O texto diz, em

direção dos países "que estão aventando a

possibilidade de lançar tais iniciativas", que

vários instrumentos já existem na Convenção-

Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do

Clima (Unfccc), para financiar atividades de

redução do desmatamento e de reflorestamento.

Lembra que, na aprovação em 2015 do Acordo

de Paris contra mudanças climáticas, os países

desenvolvidos se comprometeram a mobilizar

US$ 100 bilhões por ano em financiamento

climático para nações em desenvolvimento até

2020, "compromisso que não está sendo

cumprido nem remotamente".

https://www.valor.com.br/brasil/6410119/govern

o-diz-ter-us-30-bi-receber-de-paises-ricos

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Data: 28/08/2019

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Suécia e Noruega fazem alerta sobre

investimento

Por De São Paulo

Os governos da Suécia e da Noruega fizeram

alertas sobre o investimento de empresas de

seus países no Brasil, depois da crise gerada pela

disparada dos incêndios na Amazônia.

No caso da Suécia, ela vai investigar os

investimentos de seus fundos de pensão públicos

no Brasil e em toda a América do Sul, informou o

ministro sueco das Finanças, Per Bolund.

Esses fundos administram um patrimônio de R$

650 bilhões e são responsáveis por administrar

os recursos para aposentadoria de toda a

população do país.

"Somos críticos ao fato de [Jair] Bolsonaro e o

governo brasileiro não assumirem suas

responsabilidades de atender ao Acordo de Paris.

Por isso é importante saber quais efeitos os

investimentos suecos podem ter", disse o

ministro, que não soube estimar o volume de

investimentos dos fundos que possam estar

impactando negativamente a Amazônia.

Já o governo norueguês pediu às empresas do

país ativas no Brasil que garantam que elas não

contribuam para a destruição da Amazônia.

Representantes da petrolífera Equinor, da

fabricante de fertilizantes Yara e da produtora de

alumínio Norsk Hydro, na qual o país norueguês

é o principal proprietário, participaram de reunião

ontem com o ministro do Clima e Meio Ambiente,

Ola Elvestuen, para discutir as queimadas na

Amazônia.

Já Erna Solberg, premiê da Noruega, integrante

da Associação Europeia de Livre-Comércio (Efta

na sigla em inglês), lamentou o "péssimo

momento" do acordo comercial recém-concluído

com o Mercosul, o qual prevê compromissos com

ambiente, trabalho decente e combate à

corrupção. (Com agências noticiosas)

https://www.valor.com.br/brasil/6410121/suecia

-e-noruega-fazem-alerta-sobre-investimento

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Data: 28/08/2019

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Bolsonaro usa reunião sobre floresta para

atacar reserva

Por Fabio Murakawa e Renan Truffi | De Brasília

Convocada sob o pretexto de discutir a questão

das queimadas na floresta amazônica, a reunião

entre o presidente Jair Bolsonaro e governadores

da região da Amazônia Legal, nesta terça-feira,

no Palácio do Planalto, serviu, na verdade, para

unificar o discurso crítico à demarcação de terras

indígenas e à política de ambiental de governos

anteriores. No encontro, Bolsonaro reforçou

críticas ao presidente francês, Emmanuel Macron,

com quem vem trocando críticas desde o início

da crise.

A dissidência foi aberta pelos governadores do

Pará, Hélder Barbalho (MDB), e Flávio Dino

(PCdoB). Barbalho disse a Bolsonaro que o países

esta "perdendo muito tempo" com as críticas de

Macron. Dino afirmou que "não é o momento

para rasgar dinheiro". Era uma referência à

recusa de Bolsonaro em aceitar a ajuda de US$

20 milhões do G-7 para o combate aos incêndios

e aos cortes promovidos por Alemanha e

Noruega no Fundo Amazônia por discordância

sobre a politica ambiental do país.

Falando ao vivo na TV pública, Bolsonaro e os

governadores se revezaram nas críticas a um

licenciamento ambiental "rigoroso" e a um

"excesso" de áreas de proteção. Logo no início da

reunião, o presidente questionou os

governadores, por exemplo, sobre o porquê de

tantas terras demarcadas. "Temos em torno de

40% do território tomado por terras indígenas.

Por que tantas terras indígenas?"

A pergunta foi respondida pelo governador de

Roraima, Antonio Denarium (PSL), que tem

referendado o discurso de Bolsonaro. "Isso foi

fruto de uma política de terra indigenista. As

áreas indígenas e as ONGs de todo o Brasil estão

concentradas nessas áreas das nossas riquezas",

criticou.

Bolsonaro listou, em tom de indignação, alguns

novos pedidos de demarcações que estariam

sobre sua mesa. "A gente está mostrando para o

mundo, para o Brasil em especial, onde nós

chegamos com essa política ambiental que não

foi usada de forma racional", disse.

O governador do Tocantins, Mauro Carlesse

(DEM), minimizou a questão das queimadas ao

dizer que isso acontece todos os anos por causa

da seca. Ele aproveitou ainda para enfatizar a

dificuldade que tem de escoar produtos do

Estado para outras partes do país devido às

reservas indígenas na Ilha do Bananal.

O governador de Mato Grosso, Mauro Mendes

(DEM), apoiou Bolsonaro nas críticas. "O que me

preocupa mais é essa guerra de comunicação

que se estabeleceu, que está sendo patrocinada

pelos nossos concorrentes mundiais", disse.

"Macron está surfando nas cinzas da Amazônia,

mas não está preocupado com o ambiente. Ele

pretende criar barreiras para os produtos

brasileiros." Mendes defendeu que os governos

possam retirar as riquezas que estão sob os

territórios indígenas.

Já o governador do Amazonas, Wilson Lima

(PSC), disse que não é possível preservar a

Amazônia enquanto os moradores dessas regiões

passam dificuldades. "Não há como preservar a

biodiversidade com pobreza. Enquanto nosso

povo estiver passando fome não vai dar para

preservar", disse.

Em determinado momento, o ministro do

Gabinete de Segurança (GSI), Augusto Heleno,

tomou a palavra para criticar o passado colonial

da França e chamar de "molecagem" as falas de

Macron sobre o ambiente no Brasil.

Foi quando Barbalho fez uma reprimenda,

dirigindo-se a Bolsonaro. "Estamos perdendo

muito tempo com o Macron. Temos que cuidar do

nosso país e tocar a vida", afirmou. "Nós temos

que cuidar dos nossos problemas. É preciso

sinalizar para o mundo a diplomacia ambiental,

que é fundamental para o agronegócio."

Barbalho pediu ao ministro do Meio Ambiente,

Ricardo Salles, "uma manifestação" de que os

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recursos do Fundo Amazônia são importantes

para o Brasil. Ele se queixou de declarações de

Salles e de Bolsonaro que passavam a impressão

de desdém em relação a centenas de milhares de

dólares congelados por Alemanha e Noruega por

discordâncias quanto à politica ambiental

brasileira.

Para ele, a comunicação feita pelas autoridades

federais na reunião, de que o dinheiro é

importante, era "muito diferente da que foi

colocada no início desta crise".

Flavio Dino defendeu o fundo como "uma

ferramenta da qual nós não podemos abrir mão".

O ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva,

afirmou que evoluiu a ação dos militares no

combate às queimadas na Amazônia. Ele disse

que Chile e Equador vão ceder aeronaves.

Questionado sobre a ajuda francesa, ele disse

que o assunto cabe ao Itamaraty, mas disse

acreditar que no momento, "não é o caso". Sobre

a falta de recursos das Forças Armadas para

honrar os contratos, acrescentou que conta com

o desbloqueio de parte da verba nos próximos

dias.

Sobre o combate ao fogo na Amazônia, Azevedo

disse que a operação de Garantia da Lei e da

Ordem (GLO) está operando com dois comandos

militares, do Norte e da Amazônia, com tropas do

Exército, Marinha e Aeronáutica, e que a chegada

das chuvas na região oeste reforçou o trabalho

dos militares. O ministro adiantou que os

recursos já foram liberados.

Em parecer enviado ao Supremo Tribunal Federal

(STF) a Advocacia-Geral da União (AGU)

manifestou-se favorável pela destinação inicial de

R$ 500 milhões do fundo da Petrobras para

conter o desmatamento na Amazônia. O

montante é quase metade do que havia sugerido

a Procuradoria-Geral da República: R$ 1,2 bilhão.

O advogado-geral da União, André Mendonça,

afirma que esta é a solução que permitirá

atender o problema das queimadas, sem

descuidar dos valores destinados a políticas para

a educação infantil e bem-estar das crianças,

outra finalidade do fundo. (Colaboraram Andrea

Jubé e Luísa Martins)

https://www.valor.com.br/brasil/6410123/bolson

aro-usa-reuniao-sobre-floresta-para-atacar-

reserva

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Subsídio cresce 60% nas contas de energia

de distribuidoras em 2018

Por Rodrigo Polito | Do Rio

O total de subsídios cobrados dos clientes das

distribuidoras de energia para garantir o

suprimento de fonte renovável, com exceção de

grandes hidrelétricas, a pequenos e médios

consumidores livres cresceu cerca de 60% em

um ano. O valor relativo a esse apoio passou de

R$ 1,9 bilhão, em 2017, para cerca de R$ 3

bilhões no ano passado, de acordo com dados do

Ministério de Minas e Energia (MME).

Pela regulação atual do setor elétrico, os

chamados consumidores "especiais", empresas

com demanda de 500 quilowatts (kW) até 2,5

megawatts (MW), que contratam energia de

projetos de fontes "incentivadas" (eólica, solar,

biomassa, e pequena central hidrelétrica)

possuem desconto de 50% na tarifa de uso da

rede de distribuição (Tusd). Os outros 50% são

cobrados na tarifa das distribuidoras.

Segundo a secretária-executiva do MME, Marisete

Pereira, o impacto do subsídio foi o principal

motivo para o governo retomar a discussão sobre

redução gradual dos limites de migração de

consumidores do mercado cativo para o livre. A

ideia é que ao longo dos próximos anos os

consumidores deixem de ser especiais e

comprem energia no mercado livre de qualquer

fonte, eliminando o subsídio.

"É uma forma de permitir que esses

consumidores adquiram energia de qualquer

fonte, não apenas de fontes incentivadas. Isso

faz com que os subsídios não cresçam", explicou

ao Valor.

Na segunda-feira, o MME prorrogou para 7 de

setembro o prazo para recebimento de

contribuições para a consulta pública que discute

a ampliação do mercado livre, para dar mais

tempo aos interessados se manifestarem.

Pela proposta do MME, o limite de migração de

consumidores totalmente livres (que podem

comprar energia de qualquer fonte) passará de 2

MW para 1,5 MW a partir de janeiro de 2021. A

partir de julho de 2021, o limite cairá

novamente, para 1 MW. E, em janeiro de 2022,

para 500 kW.

Além disso, pela proposta, até o fim de janeiro

de 2002, deverão ser feitos estudos sobre as

medidas regulatórias necessárias para permitir a

abertura do mercado livre para consumidores

com carga inferior a 500 kW. A ideia é que o

cronograma de abertura total do mercado de

energia elétrica (incluindo consumidores

residenciais) tenha início em janeiro de 2024.

Por outro lado, as distribuidoras de energia se

queixam de uma abertura maior do mercado

livre, o que estimula a saída de consumidores do

mercado regulado. Pereira explica que a proposta

do governo considerou os dois aspectos: o custo

do subsídio e o efeito da migração de clientes

para o mercado livre. "Essa migração não

causaria perturbação ou desequilíbrio para as

distribuidoras", disse ela.

Com relação à reforma do marco legal do setor

elétrico, o ministério planeja encaminhar a

proposta sobre o assunto por meio de

aprimoramento em um dos dois projetos de lei

(PLs) relativos ao tema que já tramitam no

Congresso.

"A ideia é contribuir para a melhoria de projetos

que estão em tramitação no Congresso", disse

ela. Segundo a secretária-executiva, essa é uma

orientação do ministro Bento Albuquerque.

Os PLs em trâmite no Congresso são fruto das

discussões relativas à consulta pública (CP) 33,

lançada em 2017 pelo ministério e que debateu

com o mercado as bases para uma ampla

reforma do setor.

No início deste ano, porém, o MME criou um

grupo de trabalho para discutir a modernização

do setor elétrico. O grupo, que teve como ponto

de partida os resultados da CP 33, tem prazo

para concluir o trabalho no início de outubro.

A ideia, explicou Pereira, é aproveitar o que já foi

feito no âmbito da CP 33, fazer um diagnóstico e

apresentar aperfeiçoamentos. "Sempre me refiro

à CP 33. Concluído o diagnóstico, identificaremos

o que podemos oferecer com melhorias no

projeto", afirmou.

Questionada se a mesma estratégia pode ser

adotada para o plano de capitalização da

Eletrobras, ou seja, aproveitar um PL na Câmara,

a secretária-executiva disse que a forma de

apresentação do tema no Congresso ainda será

definida pelo governo com o presidente da

Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ).

Sobre o PL que traz a solução jurídica para o

déficit causado pelo risco hidrológico, que trava a

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Data: 28/08/2019

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liquidação mensal do mercado de curto prazo de

energia em R$ 7 bilhões, ela disse esperar que

ele seja aprovado logo pelo Senado.

https://www.valor.com.br/brasil/6410107/subsidi

o-cresce-60-nas-contas-de-energia-de-

distribuidoras-em-2018

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Data: 28/08/2019

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Grupo de Comunicação

Setor de etanol cobra promessas de Trump

Por Dow Jones Newswires

O Cinturão do Milho dos Estados Unidos tem

muita influência em Washington - especialmente

no momento. E isso está vindo a calhar para as

empresas de etanol, que têm perdido algumas

batalhas para o setor de combustíveis fósseis.

No último ano, políticas que obrigam que a

gasolina vendida nos EUA inclua biocombustível

feito de milho colidiram contra o alívio dado pelo

governo Trump às refinarias de petróleo em um

complicado sistema que mantém o fluxo de

combustível produzido com o cereal. E essa briga

entre as indústrias chegou ao ápice na semana

passada.

O debate se dá sobre o Padrão de Combustíveis

Renováveis, ou RFS (na sigla em inglês), o

primeiro estabelecido pelo Congresso como parte

de uma lei de energia de 2005 e expandido

significativamente em 2007. O RFS obriga que

grandes quantidades de etanol sejam misturadas

na gasolina.

Quase toda a gasolina dos Estados Unidos

contém 10% de etanol graças à lei, e a política

tem beneficiado a demanda por milho. Pequenas

refinarias impuseram objeções, dado que muitas

enfrentam problemas logísticos para misturar o

produto. O custo de comprar os crédito no lugar

de fazer a mistura pode ser elevado e,

eventualmente desastroso. Todo ano, muitas

refinarias pedem isenções à Agência de Proteção

Ambiental (EPA), e lobistas de milho e de etanol

têm protestado contra essas isenções -

especialmente diante outros desafios econômicos

enfrentados atualmente por Washington, como a

disputa comercial com Pequim.

Trump prometeu uma expansão do programa de

etanol enquanto candidato, mas traçou uma linha

tênue entre os grupos conflitantes. No início do

mês, por exemplo, a EPA concedeu isenções de

mistura de etanol para 31 refinarias, mais do que

quatro vezes o nível de 2015.

Grupos de lobby de milho e etanol ficaram

furiosos, e os preços das ações de empresas

como Pacific Ethanol, Green Plains e Renewable

Energy Group caíram. No fim da semana

passada, uma concessão parece ter começado a

tomar forma - a agência Reuters informou que o

governo Trump estava considerando aumentar as

cotas de mistura de biocombustível nos próximos

anos.

As ações das empresas de etanol inicialmente

pularam ante a notícia. E os preços do etanol,

que caíram mais de 20% desde junho,

recuperaram parte das perdas, embora os do

milho tenham ficado estáveis, mas por causa de

informações "baixistas" relacionadas à safra dos

EUA.

O negócio de milho em geral é muito maior que o

etanol, e o Departamento de Agricultura dos EUA

(USDA) estimou que a produção americana

alcançará 353 milhões de toneladas nesta safra,

enquanto a Associação de Combustíveis

Renováveis (RFA) diz que as concessões às

refinarias cortarão a demanda em 5,7 milhoes de

toneladas - a EPA tem atrelado as isenções que

concede à demanda por milho.

É bom ter amigos em altos postos, mas as

refinarias podem ter um aliado mais poderoso do

que Donald Trump - o mercado.

https://www.valor.com.br/agro/6409911/setor-

de-etanol-cobra-promessas-de-trump

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Data: 28/08/2019

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França pode tentar bloquear acordo até

2022

Por Assis Moreira | De Genebra

O governo francês pode ser tentado a arranjar

todo pretexto para bloquear a ratificação do

acordo de livre-comércio União Europeia-

Mercosul pelo menos até 2022, ano em que

Emmanuel Macron buscará a reeleição à

Presidência do país. É com esse cenário que

trabalham diferentes fontes na Europa que

conhecem Macron, negociações comerciais, o

tamanho da irritação francesa com Jair Bolsonaro

e a dimensão da "onda verde" na cena política

europeia.

Sob a pressão ecologista, Macron aproveitou as

queimadas na Amazônia e as reações de

Bolsonaro para partir para o lado "verde". O

bom resultado dos Verdes franceses, com 13,5%

na eleição para o Parlamento Europeu, ameaça

agora o partido macronista La République en

Marche (LM) para as eleições municipais do ano

que vem.

Macron já avisou que o texto do acordo UE-

Mercosul não é suficiente - ou seja, será preciso

reabrir o tratado, o que já dá espaço para a

Europa pressionar o Brasil a respeitar

engajamentos sobre clima e desmatamento.

Paris não disse o que desejaria reabrir no acordo.

A julgar pelas posições de Macron, analistas

acham que sobra para ele buscar incluir no

tratado algum mecanismo de sanção vinculado à

implementação de compromissos ambientais.

Mas o entendimento geral entre negociadores é

de que isso não passa de jeito nenhum no

Mercosul, ainda mais vindo como pressão de

Macron. O acordo é resultado de troca de

concessões que formam um certo equilíbrio. "Se

reabrir o acordo, mata tudo", diz uma fonte.

Certas fontes consideram curioso que a lógica de

reabrir o tratado tenha o pressuposto de que o

acordo UE-Mercosul interessa muito mais ao

Brasil do que aos europeus. É que quem cortará

tarifas altas é o Mercosul, o mercado fechado que

vai se abrir é o Cone Sul. De seu lado, os

europeus estão fechados no setor agrícola e não

abrem, apenas oferecem pequenas cotas, num

comércio administrado. Na ponta do lápis, quem

está pagando o preço maior é o Mercosul,

argumenta uma importante fonte.

Atualmente, o que existe de concreto é um

acordo político do qual nem sequer foi feita a

revisão jurídica do texto. Alguns "ajustes

marginais" poderiam ocorrer, mas sem impacto

maior, como já foi o caso em outras negociações

da UE.

No acordo entre a UE e o Canadá, diante da

revolta das regiões belgas, os dois lados tiveram

que introduzir um "instrumento interpretativo",

com a mesma força jurídica, para deixar claro

que o tratado não limitaria a capacidade dos

governos de adotar medidas ambientais, de

saúde pública e outras.

Quando a UE negociou um acordo de associação

com a Ucrânia, a Holanda lançou um referendo

popular não obrigatório contra a ratificação do

entendimento. Apesar da aprovação do

referendo, a negociação foi concluída, mas com

uma "interpretação" esclarecendo que o acordo

de associação não implicava uma futura adesão

da Ucrânia à UE.

Assim, a inclusão de algum documento anexo

varia conforme a preocupação manifestada antes

da ratificação do acordo. Com sua influência na

cena europeia e a pressão política interna,

Macron pode torpedear a ratificação do acordo

UE-Mercosul por um bom tempo, atrasando os

benefícios para as empresas dos dois blocos.

https://www.valor.com.br/brasil/6410115/franca

-pode-tentar-bloquear-acordo-ate-2022

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