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1 Grupo de Comunicação CLIPPING 2 de outubro de 2019 “A força gerada pela não violência é infinitamente maior do que a força de todas as armas inventadas pela engenhosidade humana” Mahatma Gandhi

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1

Grupo de Comunicação

CLIPPING 2 de outubro de 2019

“A força gerada pela não violência é infinitamente maior do que a força de todas as armas inventadas pela engenhosidade humana”

Mahatma Gandhi

2

Grupo de Comunicação

SUMÁRIO

ENTREVISTAS ............................................................................................................................... 4

Especialistas da USP orientarão ações do governo de SP na área ambiental .......................................... 4

Aspacer anuncia plantio de mudas em reunião com o secretário de Meio Ambiente do Estado ................. 5

Justiça exclui Covas de ação civil por queda de viaduto na Marginal ..................................................... 6

Secretaria de Meio Ambiente lança sistema digital para Programa Nascentes ........................................ 8

SECRETARIA DE INFRAESTRUTURA E ............................................................................................. 10

Bruno Covas comemora isenção em acidente no Paissandu .............................................................. 10

Seguem discussões sobre as obras das marginais em nível com a Duque de Caxias ............................. 11

SB deve receber R$ 23,8 milhões provenientes de acordo para regularização de imóveis rurais ............ 12

Secretários de Ilhabela visitam Usina de Reciclagem de São Sebastião .............................................. 14

Licenciamento ambiental de empreendimentos que atraem aves é desburocratizado ........................... 16

Secretaria promove fiscalização em postos de combustíveis .............................................................. 17

Aterro sanitário reabre e coleta de lixo é retomada em Matão ........................................................... 18

Formosa do Rio Preto: Qualidade da água tratada está dentro dos parâmetros exigidos pelo Ministério da Saúde ........................................................................................................................................ 19

Tempo seco deve continuar em São Paulo ...................................................................................... 20

Laudo da Cetesb aponta resíduos de serviços de saúde, sanitários e industriais perigosos em área de mineradora de Mogi ..................................................................................................................... 21

Concessionária que administra o aeroporto pode ter repassado R$ 9,5 milhões a Cetesb ...................... 23

Tribunal de Contas do Estado inicia mapeamento do descarte de resíduos sólidos nos municípios .......... 24

Cetesb apura contaminação de nascentes em bairro ........................................................................ 26

Revap: ambientalistas cobram estudo de risco ................................................................................ 27

‘Plano Diretor e Zoneamento não tratam de contingenciamento de crise’, diz Manara .......................... 28

Carreta despenca de ponte e interrompe captação de água no interior de SP ...................................... 29

Ambientalistas cobram estudo de risco após incêndio na Revap......................................................... 30

Secretaria de Meio Ambiente lança sistema digital para Programa Nascentes ...................................... 32

Praia Grande adere ao projeto ‘Espaço árvore’ ................................................................................ 34

Justiça exclui Covas de ação civil por queda de viaduto na Marginal ................................................... 35

Processo de podas e trituração de galhos é iniciado em Itatiba .......................................................... 37

Prefeita participa de seminário sobre emprego e empreendedorismo ................................................. 38

Defesa Civil faz teste de sirenes de emergência da barragem em Alumínio ......................................... 39

Carreta-cegonha cai em rio, causa derramamento de óleo e interrompe captação de água no Vale ........ 40

Cetesb avalia acidente na Revap ................................................................................................... 41

Moradores se preocupam com obra que estaria aterrando córrego em bairro de Rio Preto .................... 42

Cetesb investiga mau cheiro na aguá durante o fim de semana ......................................................... 43

E emissão da licença de instalação dos trechos 3 e 4 das marginais da rodovia Marechal Rondon segue sem solução - ............................................................................................................................. 44

Buracos espalhados pela cidade incomodam motoristas e pedestres .................................................. 45

3

Grupo de Comunicação

Resolve Fácil atende 100 mil em 4 meses ....................................................................................... 46

Estado pretende iniciar obras do Jaboticabal em janeiro ................................................................... 47

Perto de época de chuvas, piscinões carece, de limpeza ................................................................... 48

VEÍCULOS DIVERSOS .................................................................................................................. 49

Vale do Igapó é castigado por chamas ........................................................................................... 49

A economia do futuro é circular ..................................................................................................... 51

Estado de SP tem destaque na produção de flores e plantas ornamentais ........................................... 54

Se petróleo e dólar estão estáveis, por que Petrobras aumentou gasolina? ......................................... 56

Petrobras cumpre novas regras de enxofre para combustíveis ........................................................... 58

FOLHA DE S. PAULO .................................................................................................................... 59

OPINIÃO: Sabemos combater as mudanças climáticas ..................................................................... 59

Painel: Contradição de Janot é explorada por Lula em ação que pede suspeição de procuradores do STF 60

Indústria cresce em agosto, mas resultado é concentrado em petróleo, etanol e minério ...................... 62

'Interesse na Amazônia não é no índio nem na porra da árvore', diz Bolsonaro ................................... 64

Bolsonaro diz que Vale 'abocanhou direito minerário no Brasil' .......................................................... 66

Mônica Bergamo: Bolsonaro lança na quinta campanha publicitária de pacote anticrime de Moro .......... 68

Política hídrica de cidade do interior de Sergipe ganha prêmio de sustentabilidade .............................. 70

Em Berlim, Salles questiona contribuição humana na mudança climática ............................................ 72

Grandes capitais brasileiras estão ameaçadas pelo aquecimento global .............................................. 74

ESTADÃO ................................................................................................................................... 76

Bolsonaro: 'O interesse na Amazônia não é no índio e nem na árvore, é no minério' ............................ 76

Divisão do pré-sal pode comprometer meta fiscal ............................................................................ 78

‘Estatais só criaram ineficiência, privilégio e corrupção’, diz fundador da BR Partners ........................... 79

Alsol e Aliança apostam em tecnologia nacional para projeto solar flutuante ....................................... 81

Diretora da Petrobrás, Andrea de Almeida é a 49ª mulher mais poderosa do mundo ............................ 82

Os ipês ...................................................................................................................................... 84

“Desaquecimento global” derruba projeções para comércio. Mais um complicador ............................... 85

Onda de desinformação sobre índios inclui falsa venda de reserva para empresa irlandesa ................... 86

Após ataque de Bolsonaro na ONU, campanha de desinformação nas redes atinge cacique Raoni .......... 89

O caso Amazônia: como as declarações do Executivo ecoam no Legislativo? ....................................... 91

Antes do Sínodo, bispo católico prega ‘não’ à mineração e grandes obras na Amazônia ........................ 93

Chico Mendes, Raoni e um governo que menospreza nomes importantes da nossa história ................... 96

PL quer tirar do governo federal poder de criar unidades de conservação ........................................... 97

VALOR ECONÔMICO .................................................................................................................... 99

4

Grupo de Comunicação

ENTREVISTAS Veículo: Jornal da USP

Data: 01/10/2019

Especialistas da USP orientarão ações do governo de SP na área ambiental

Comitê de Apoio à Gestão Ambiental do

Estado de São Paulo será presidido pelo

professor e ex-reitor da USP, José Goldemberg

Professor José Goldemberg presidirá comitê

estadual para apoiar ações do governo de São

Paulo na gestão ambiental – Foto: Cecília

Bastos / USP Imagens

O Estado de São Paulo passa a contar com um

comitê de apoio à gestão ambiental. A

proposta é designar uma assessoria consultiva

para definir estratégias na condução da

agenda ambiental estadual. O comitê será

presidido pelo professor e ex-reitor da USP

(1986-1990) José Goldemberg, que já foi

secretário do Meio Ambiente de São Paulo

entre 2002 e 2006.

Além de Goldemberg, integram o comitê

Wanda Günther, professora do Departamento

de Saúde Ambiental da Faculdade de Saúde

Pública (FSP) da USP, Tercio Ambrizzi, do

Departamento de Ciências Atmosféricas do

Instituto de Astronomia e Geofísica (IAG) da

USP, representantes da ONG SOS Mata

Atlântica e da Fundação Getúlio Vargas,

totalizando 15 pessoas da sociedade civil e

sete representantes do Estado.

O suplente do comitê é o secretário de

Infraestrutura e Meio Ambiente, Marcos

Penido, e conta com a participação dos

titulares das pastas de Saúde, José Henrique

Germann Ferreira; Agricultura e

Abastecimento, Gustavo Junqueira; Fazenda e

Planejamento, Henrique Meirelles;

Desenvolvimento Econômico, Patrícia Ellen; o

subsecretário de Meio Ambiente, Eduardo

Trani; o presidente da Sabesp, Benedito

Braga; e a diretora-presidente da Cetesb,

Patrícia Iglecias.

O anúncio foi feito no último dia 23 de

setembro pelo governador de São Paulo, João

Doria. “Além de excelentes profissionais do

Estado, altamente gabaritados, temos

representantes da sociedade civil,

especialistas, pessoas do setor que entendem

muito, e para presidir, o professor José

Goldemberg. O comitê é importante porque

vai orientar todas ações do governo na área

ambiental, nos ajudar com uma visão crítica

para que os projetos sejam os mais

adequados e modernos para o setor”, disse o

governador.

A participação no comitê não será

remunerada. Os conselheiros terão mandato

de dois anos e será permitida uma

recondução. “Nosso objetivo é fazer do Estado

de São Paulo o exemplo de desenvolvimento

sustentável do Brasil. Queremos gerar

emprego e renda conciliando as questões

ambientais. É um privilégio poder debater este

tema com pessoas importantes nesta área e

promover esta troca de experiências em prol

da criação de políticas públicas”, afirmou

Penido.

5

Grupo de Comunicação

Veículo: Diário do Rio Claro

Veículo2: Jornal da Cidade

Data: 02/10/2019

Aspacer anuncia plantio de mudas em

reunião com o secretário de Meio Ambiente do Estado

http://cloud.boxnet.com.br/yynea3ms

http://cloud.boxnet.com.br/y25r8w2p

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6

Grupo de Comunicação

Justiça exclui Covas de ação civil por

queda de viaduto na Marginal

Estrutura na Marginal do Pinheiros ruiu em

novembro do ano passado; promotor viu ato

de improbidade administrativa do prefeito e de

secretários

Bruno Ribeiro, O Estado de S. Paulo

SÃO PAULO - A juíza Carolina Martins

Clemencio Duprat Cardoso, da 11ª Vara da

Fazenda Pública de São Paulo, decidiu excluir

o prefeito Bruno Covas (PSDB) da ação por

improbidade administrativa movida pelo

Ministério Público Estadual após a queda do

viaduto da Marginal do Pinheiros, ocorrida em

novembro do ano passado.

Ela aceitou, por outro lado, a ação contra o

secretário de Infraestrutura Urbana e Obras

da cidade, Vitor Aly, o ex-secretário, Marcos

Penido (atual secretário estadual de

Infraestrutura e Meio Ambiente do governo do

Estado) e contra a empresa JZ Engenharia,

que fez as obras emergenciais para reparar o

viaduto.

A ação questionava a responsabilidade

administrativa dos gestores em deixar o

viaduto cair e a contratação, sem licitação, da

empresa que fez os reparos de emergência.

Ao não receber a denúncia contra o prefeito, a

juíza Carolina afirmou que “não há qualquer

conduta descrita na petição inicial que

demonstre efetiva relação do requerido Bruno

Covas com os fatos em comento”.

A juíza considerou que Covas “assumiu o

cargo no primeiro semestre de 2018, quando

o evento danoso aconteceu em novembro do

mesmo ano” e que ele “não foi responsável

pela contratação da empresa JZ,ora requerida,

não partindo de seu gabinete qualquer decisão

relativa à dispensa de licitação.”

Por outro lado, a juíza decidiu receber a ação

contra os demais citados, que agora passam a

ser réus. O entendimento na época do

promotor Marcelo Milani, autor da ação, é de

que “a queda do viaduto era situação

perfeitamente previsível”, uma vez que a

manutenção não vinha sendo feita e o caso

era de conhecimento dos gestores.

“Como consequência, a contratação de

empresa para recuperação do viaduto tornou-

se ‘urgente’ por omissão administrativa”,

afirmou o promotor, na petição inicial.

Ao Estado, o prefeito afirmou que seus

secretários “respondem ‘pessoa física’”. “Da

mesma forma que eu tive de pagar um

advogado para me defender, agora a Justiça

me excluiu do processo”.

Segundo Covas, “não há nenhuma conduta

improba a ser analisada naquela ação, fico

contente em relação ao resultado da

exclusão.” Ele disse que a Prefeitura havia

discutido com o Tribunal de Contas do

Município por um ano e meio a forma correta

de se contratar estudos para a manutenção da

ponte.

“Me responsabilizar por (algo que ocorreu

após) quatro meses (de mandato) era uma

ginástica argumentativa como um duplo twist

carpado (movimento da ginástica olímpica)”,

disse Covas.

O advogado Marcio Pestana, que defende o

secretário Vitor Aly, afirmou que, embora

respeitem a decisão da juíza, não concordam

com a aceitação da ação. Por isso, irá

apresentar um agravo de instrumento

(recurso) no Tribunal de Justiça. “A conduta

do Vitor (Aly) , em tempo algum, indica dolo.

Também em tempo algum, indica violação a

algum princípio” que resultaria em ato de

improbidade.

Já o ex-secretário de Obras, Marcos

Penido, informou por meio de sua assessoria

que, enquanto esteve na Prefeitura “priorizou

a manutenção dos bens públicos e publicou os

editais para projetos de recuperação e

manutenção de 33 pontes e viadutos, além de

efetivar um programa sob o mesmo tema com

o Sindicato Nacional das Empresas de

Arquitetura e Engenharia Consultiva”.

7

Grupo de Comunicação

Segundo a nota, “o secretário deixou a

função seis meses antes do acidente em

Pinheiros. Portanto não houve omissão do

agente público, o que poderá ser comprovado

no decorrer do processo”. Penido disse que se

coloca à disposição da Justiça.

O Estado procurou a empresa JZ Engenharia e

aguarda manifestação de seus representantes

sobre o tema.

https://politica.estadao.com.br/noticias/geral,j

ustica-exclui-covas-de-acao-civil-por-queda-

de-viaduto-na-marginal,70003032989

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8

Grupo de Comunicação

Veículo: Portal do Governo SP

Data: 1º/10/2019

Secretaria de Meio Ambiente lança

sistema digital para Programa Nascentes

Interessados terão acesso pela internet a

projetos de restauração ecológica no Estado

de São Paulo

A Secretaria de Infraestrutura e Meio

Ambiente (SIMA) lançou o sistema digital do

Programa Nascentes, que permite o

cadastro dos Projetos de Prateleira via

internet. A ação, anunciada na quinta-feira

(19), está em consonância com o Programa SP

Sem Papel instituído pelo Governo do Estado

com objetivo de reduzir o uso de papel entre

os órgãos da administração estadual.

“Esse sistema garante mais eficiência

administrativa e sustentabilidade ambiental,

além de facilitar a análise técnica e o

acompanhamento da implantação desses

projetos”, comenta o secretário de

Infraestrutura e Meio Ambiente, Marcos

Penido.

A Prateleira de Projetos disponibiliza propostas

de restauração para contratação por

interessados em promover a restauração

ecológica. Esses projetos têm a localização, a

estratégia de restauração definida e a

anuência do proprietário para sua realização.

Os projetos são propostos por empresas ou

ONGs que atuam no ramo da restauração

ecológica. “Esse é mais um importante passo

para facilitar e ampliar a restauração ecológica

no território paulista”, afirma o Subsecretário

de Meio Ambiente, Eduardo Trani.

Desde a criação do Programa Nascentes,

em 2014, foram aprovados 81 projetos em

propriedades privadas e também em Unidades

de Conservação. Daquele total, já foram

contratados 65 projetos, totalizando mais de

1.190 hectares.

O Programa é uma iniciativa do Governo do

Estado de São Paulo para promover a

restauração em áreas prioritárias, visando à

proteção e à conservação de recursos hídricos

e da biodiversidade.

O sistema é mais um módulo do Sistema

Integrado de Gestão Ambiental (SIGAM)

e foi concebido totalmente integrado com o

Sistema de Cadastro Ambiental Rural (SICAR-

SP), o Sistema de Áreas Protegidas (SIAP) e

ao Sistema Informatizado de Apoio à

Restauração Ecológica (SARE).

Participaram do lançamento da plataforma, os

membros da Comissão Interna do Programa

Nascentes com representantes da Cetesb,

Coordenadoria de Fiscalização e

Biodiversidade (CFB) e Fundação

Florestal (FF), além de 20 instituições que já

são proponentes de Projetos de Prateleira.

Programa Nascentes

O Programa Nascentes alia a conservação

de recursos hídricos à proteção da

biodiversidade por meio de uma estrutura

institucional inovadora. O programa de

Governo envolve 10 secretarias de Estado,

otimiza e direciona investimentos públicos e

privados para cumprimento de obrigações

legais, para compensação de emissões de

carbono ou redução da pegada hídrica, ou

ainda para implantação de projetos de

restauração voluntários.

O programa une especialistas em restauração,

empreendedores com obrigações de

recuperação a serem cumpridas e possuidores

de áreas com necessidade de recomposição da

vegetação nativa.

O Programa Nascentes contabiliza em

setembro 14.705 hectares em processo de

restauração. O Sistema Informatizado de

Apoio à Restauração Ecológica (SARE) foi

definido como métrica do Programa

Nascentes, contribuindo com a rastreabilidade

e acompanhamento dos projetos.

9

Grupo de Comunicação

Mais informações acesse:

www.infraestruturameioambiente.sp.gov.br/pr

ogramanascentes.

Programa SP Sem Papel

O SP Sem Papel é um programa do Governo

do Estado de São Paulo que visa reduzir ou

eliminar gradualmente o trâmite de papel

entre os órgãos da administração estadual, e

também na relação do governo com os

municípios e com o cidadão.

O programa prevê ações de desburocratização

e a adoção de processos de tramitação e

controles de demanda totalmente digitais.

Para isso, a Prodesp – empresa de tecnologia

da informação do Governo de São Paulo – está

integrando e customizando dois sistemas já

existentes e plenamente aprovados pelos

usuários. Ambos utilizam software livre com

código aberto e público, e são a base do

modelo de governo digital que está sendo

implantado no Estado de São Paulo. Para

saber mais sobre o programa, acesse SP Sem

Papel.

http://www.saopaulo.sp.gov.br/spnoticias/sec

retaria-de-meio-ambiente-lanca-sistema-

digital-para-programa-nascentes/

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10

Grupo de Comunicação

SECRETARIA DE INFRAESTRUTURA E Veículo: Rádio CBN

Data: 14/09/2019

Bruno Covas comemora isenção em acidente no Paissandu

http://cloud.boxnet.com.br/y3g9fq4s

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Grupo de Comunicação

Veículo: 94fm

Data: 1/10/2019

Seguem discussões sobre as obras

das marginais em nível com a Duque de Caxias

POR EMERSON LUIZ ON 1 DE OUTUBRO DE

2019

A emissão da licença de instalação para os

trechos 3 e 4 das marginais da rodovia

Marechal Rondon, segue sem solução.

Em nota enviada à redação da 94, a Cetesb

informa que, para conclusão da análise do

pedido, ainda são aguardadas informações e

documentos. Mais detalhes na reportagem de

Emerson Luiz.

Na próxima semana, será realizada uma

audiência pública conjunta, entre Prefeitura e

Câmara, para discussão da alteração do

projeto, que prevê passagem em nível pela

Duque de Caxias. Ainda sobre esse assunto, o

Secretário de Estado, Marco Vinholi, disse que

o projeto técnico será apresentado à

população bauruense em DOIS meses.

https://94fm.com.br/seguem-discussoes-

sobre-as-obras-das-marginais-em-nivel-com-

a-duque-de-caxias/

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12

Grupo de Comunicação

Veículo: SB Notícias

Data: 01/10/2019

SB deve receber R$ 23,8 milhões provenientes de acordo para regularização de imóveis rurais

O Núcleo PCJ-Piracicaba do Grupo de Atuação

Especial de Defesa do Meio Ambiente

(Gaema), por meio da promotora Alexandra

Facciolli Martins, em conjunto com o município

de Santa Bárbara d’Oeste e o Departamento

de Água e Esgoto de Santa Bárbara d’Oeste,

celebrou, na última quinta-feira (26/9), acordo

judicial com as empresas Aguassanta

Participações Ltda., Cosan S/A e Nova

Amaralina S/A Propriedades Agrícolas visando

à regularização ambiental de 19 imóveis rurais

situados nos municípios de Santa Bárbara

d’Oeste, Capivari e Monte Mor, com área total

equivalente a 4.195,9 hectares. A informação

é do Gaema/Piracicaba.

A regularização ambiental das respectivas

áreas de preservação permanente (que

totalizam 349,39 hectares) e de reserva legal

(830,41 hectares) implicará em significativa

melhoria da cobertura vegetal e da qualidade

ambiental da região, contribuindo para a

preservação de recursos hídricos, da paisagem

e da estabilidade geológica, além de facilitar o

fluxo gênico e a conservação e reabilitação dos

processos ecológicos.

Segundo o Gaema, o acordo ganha ainda mais

importância considerando que os imóveis se

encontram em áreas consideradas de “muito

alta prioridade”, no mapa e na tabela de

“Áreas Prioritárias para Restauração de

Vegetação”, conforme Resolução SMA nº 07,

de 18 de janeiro de 2017.

Outras medidas, como o fechamento e

tamponamento de drenos para o

restabelecimento do sistema hídrico da região

do Córrego Monjolo Velho, já haviam sido

adotadas anteriormente, com a recuperação

de três grandes lagoas nas propriedades rurais

denominadas "Fazenda São Luiz" e "Fazenda

Areia Branca”.

Além da recuperação das áreas

ambientalmente protegidas, a Aguassanta

Participações e a Cosan se obrigaram, em

caráter solidário, a efetuar o pagamento do

valor equivalente a R$ 23.820.000,00 a ser

revertido em prol da comunidade barbarense e

da região, mediante a execução de diversos

projetos socioambientais e da área da saúde,

tais como a implantação de um Centro de

Cultura Ambiental; a reforma de um Centro de

Exames e Diagnósticos de Saúde; a reforma

de Unidade Básica de Saúde,com referência

pediátrica; a implantação de Parque Linear; a

aquisição de equipamentos destinados ao

programa de arborização urbana; a

implementação de programas, obras e

serviços de proteção à fauna doméstica e

silvestre e diversas outras medidas.

Dos R$ 23,8 milhões, a Prefeitura ficará com

R$ 7 milhões; o DAE com R$ 10,5 milhões, o

Fundo Municipal de Saúde com R$ 4 milhões,

o Fundo Municipal de Meio Ambiente com R$

1,7 milhão e R$ 520 mil vão para a Cetesb-

Companhia Ambiental do Estado de São Paulo

para reforma de sua sede em Americana. O

valor destinado ao Fundo Municipal de Saúde

deverá ser aplicado na reforma do prédio que

abrigaria a UPA (Unidade de Pronto

Atendimento) no Jardim Santa Rita de Cássia,

cujas obras estão paralisadas há mais de 7

anos.

A ação judicial foi ajuizada pela Prefeitura e o

Ministério Público Estadual e tramitava há 11

anos. Na ocasião as empresas descumpriram

liminar que mandava cessar com as

irregularidades. Ao longo dos anos, foram

várias multas às empresas pelo uso irregular

das áreas. Com o acordo, o processo fica

suspenso até que sejam cumpridas as

condições determinadas no documento. Os

advogados da Prefeitura e do DAE que

13

Grupo de Comunicação

atuaram na ação receberão R$ 50 mil de

honorários.

Além dos mecanismos rotineiros de verificação

dos compromissos assumidos, tais projetos

contarão com o acompanhamento da Caixa

Econômica Federal, na qualidade de agente

técnico para acompanhamento dos projetos

beneficiados, bem como dos Conselhos

Municipais de Meio Ambiente e de Saúde de

Santa Bárbara d’Oeste.

http://www.sbnoticias.com.br/noticia/SB-

deve-receber-R-238-milhoes-provenientes-de-

acordo-para-regularizacao-de-imoveis-

rurais/171770

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14

Grupo de Comunicação

Veículo: Morumbi News

Data: 01/10/2019

Secretários de Ilhabela visitam Usina de Reciclagem de São Sebastião

A usina de reprocessamento de resíduos de

podas e RCC de São Sebastião

Salete Magalhães (Meio Ambiente), Edvaldo

Anízio (Administração) e funcionários do

aterro municipal conheceram a usina

Uma comitiva de Ilhabela, composta pelos

secretários de Meio Ambiente e de

Administração, Salete Magalhães e Edvaldo

Anízio da Silva, respectivamente, e

funcionários do Aterro Municipal, visitaram

nesta segunda-feira (30), a Usina de

Reciclagem de São Sebastião, no bairro Canto

do Mar, com o objetivo de ver o

funcionamento do local que recebe os resíduos

de poda e da construção civil (RCC) do

arquipélago, e estudar novas alternativas para

o reprocessamento do material.

Os representantes de Ilhabela, acompanharam

o funcionamento das etapas de separação dos

materiais feitos com equipamentos e mão de

obra em terreno licenciado pela Cetesb. Desde

a chegada dos materiais de podas e de

construção, transportados em caminhões que

saem de Ilhabela (todos do recém-criado

Programa Carona Legal), são realizadas seis

etapas.

A primeira triagem consiste na retirada de

materiais como plástico, pedra e outros e a

passagem do material por uma máquina

conhecida como peneira vibratória, que separa

três tipos de material, por tamanho. Na

sequência o material cai em uma esteira de

triagem que separa troncos grandes, pedras e

material vegetal. As próximas etapas, após a

esteira, são a máquina trituradora e picadora,

de onde o material de diversas gramaturas

são levados por caminhões até as baías de

armazenamento-separadas por gramatura e

de onde é comercializado como adubo

orgânico.

Os secretários e funcionários do aterro ilhéu

foram recebidos pelo diretor Geral da empresa

Ideal, Pedro Amaral, e pelo Gerente do

Sistema de Gestão, Aurélio de Castro. Os

secretários Salete e Edvaldo explicaram que

essa foi mais uma das visitas que o governo

municipal tem realizado com o intuito de

estudar soluções viáveis para a ilha. “Por

orientação da prefeita Gracinha Ferreira,

fomos a Jacareí, vimos a usina de

transformação do RCC (Resíduo da Construção

Civil) em bloquetes usados em calçamento;

visitamos outras cidades onde conhecemos

equipamentos e tecnologias diferentes e

estivemos aqui conhecendo o

reprocessamento. A prefeita Gracinha tem nos

orientado sobre o fato de precisamos definir o

melhor caminho para o nosso município

atender as exigências legais e dar conta de

sua responsabilidade”, explicou Salete

Magalhães.

Segundo os funcionários do Aterro Municipal,

os caminhões do Programa Carona Legal

retiram do arquipélago e transportam para a

Usina de Reciclagem de São Sebastião uma

média de 300 toneladas/dia de resíduos de

podas e 330 toneladas/dia de RCC.

O Programa Carona Legal tem 28 empresas

operando, com aproximadamente 35

caminhões. A iniciativa da prefeitura, de criar

o Carona Legal, resultou em um grande

sucesso ao permitir a limpeza total de resíduos

de poda do terreno (autorizado pela Cetesb)

ao lado do “Campo do Galera”, no bairro Água

Branca, de onde em menos de um mês foram

removidas nove mil toneladas.

Solução

O “Programa Carona Legal” se transformou

em solução para o histórico problema do

esvaziamento do Aterro Municipal e mais uma

opção para a geração de emprego, renda e

valorização da mão de obra local. O projeto da

15

Grupo de Comunicação

prefeitura permite a utilização de

caminhoneiros e caçambeiros do arquipélago,

que sairiam com seus veículos vazios da

cidade, para a retirada de resíduos de podas e

de RCC.

Além da geração da empego, a prefeitura, por

meio da Secretaria de Meio Ambiente, também

conseguiu grande economia. A Administração

paga R$ 65 reais por tonelada retirada pelos

caminhoneiros e caçambeiros, enquanto

pagaria, em média, mais de R$ 300 se

destinasse o resíduo para o aterro municipal,

considerando o transporte e a destinação.

O esvaziamento do Aterro Municipal é uma

cobrança feita pelo Ministério Público desde

2004, ano que a prefeitura assinou, mas não

conseguiu atender, o Termo de Ajustamento

de Conduta (TAC) firmado com o MP para

cessar as atividades de recebimento de

resíduos e rejeitos no local.

Em 25 de abril de 2019, com a determinação

de fechamento do aterro, por parte do

Ministério Público (Gaema) e Companhia

Ambiental do Estado de São Paulo

(CETESB), sob pena de multa diária, a

prefeitura conseguiu impedir a ampliação, ao

proibir a entrada de novas caçambas de

resíduos de construção civil e podas. A outra

medida efetiva para reduzir a quantidade já

existente, acumulada há anos, foi a criação do

“Carona Legal”.

https://www.ilhabela.sp.gov.br/blog/secretario

s-de-ilhabela-visitam-usina-de-reciclagem-de-

sao-sebastiao/

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16

Grupo de Comunicação

Veículo: Jornal do Ouvidor

Data: 01/10/2019

Licenciamento ambiental de empreendimentos que atraem aves é desburocratizado

A Cetesb (Companhia Ambiental do

Estado de São Paulo), desde julho deste

ano, é a única responsável pelo licenciamento

ambiental de empreendimentos com potencial

atrativo de avifauna no Estado localizados nas

imediações de aeródromos. A nova regra está

valendo a partir da publicação da Portaria

Normativa nº 54/GM-MD, de 15 de julho de

2019, do Ministério da Defesa, que retirou do

Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção

de Acidentes Aeronáuticos) do Comaer

(Comando da Aeronáutica) a atribuição de se

manifestar previamente sobre a avifauna nos

processos de licenciamento ambiental dessas

atividades.

Com a liberação da apresentação de parecer

emitido pela autoridade aeronáutica,

empreendimentos como, por exemplo, aterros

sanitários, curtumes e abatedouros podem ter

seu licenciamento ambiental de modo mais

ágil.

Depois da publicação da Portaria Normativa nº

54/GM-MD, o Cenipa encaminhou ofício aos

órgãos ambientais do País recomendando a

adoção de procedimentos transitórios para

emissão das licenças ambientais de

empreendimentos com potencial atrativo de

fauna situados na área de segurança

aeroportuária de aeródromos.

Os novos procedimentos estabelecem que os

empreendimentos em fase de licenciamento

apresentem ao órgão ambiental informações

sobre localização em relação aos aeródromos

mais próximos e o compromisso formal,

assinado por representante legal e por

responsável técnico, por meio do qual

obrigam-se a empregar um conjunto de

técnicas para mitigar o efeito atrativo de

espécies-problema para aviação, de forma que

o empreendimento não se configure como um

foco atrativo de avifauna.

Com base nas novas informações que

passarão a ser solicitadas dos

empreendimentos com potencial atrativo de

aves, a Cetesb poderá dar continuidade aos

processos de licenciamento que estavam

represados na autoridade aeronáutica e

garantir maior fluidez às futuras solicitações

de licenças.

http://jornalouvidor.com.br/noticia/licenciame

nto-ambiental-de-empreendimentos-que-

atr/15572

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17

Grupo de Comunicação

Veículo: Jornal do Ogunhê

Data: 01/10/2019

Secretaria promove fiscalização em postos de combustíveis

A Secretaria Municipal de Meio Ambiente vem

realizando uma série de fiscalizações nos

postos de combustíveis de Avaré para

identificar possíveis riscos de contaminação ao

meio ambiente.

A iniciativa cumpre a diretiva do Programa

Município VerdeAzul do Estado de São Paulo.

Na primeira fase iniciada em 16 de setembro,

foram conferidos 8 estabelecimentos a fim de

identificar se os mesmos já haviam

regularizado sua situação.

Na segunda fase, que deve seguir até o

próximo ano, serão fiscalizados os demais

postos de Avaré. Os técnicos avaliam a

adequação à legislação e às normas técnicas

que regulam a atividade, desde a escolha do

local de instalação até o funcionamento.

No momento da fiscalização é solicitada a

licença de operação emitida pelo órgão

responsável, entre outros documentos. São

verificados também a área de abastecimento e

o local de troca de óleo, bem como outros

espaços.

Notificação

Os postos de combustíveis em desacordo com

a legislação ou com problemas nas instalações

são noticiados à Companhia Ambiental do

Estado de São Paulo (CETESB), agência do

Governo do Estado responsável pelo controle,

fiscalização, monitoramento e licenciamento

de atividades geradoras de poluição, para que

as providências cabíveis sejam adotadas para

a adequação e regularização do local.

Prevenção

Um posto de combustível apresenta inúmeros

e permanentes riscos para o meio ambiente e

para a saúde de seus funcionários, sendo

fundamental o diagnóstico prematuro de

vazamentos e armazenamento inadequado

para evitar possíveis acidentes.

A responsabilidade ambiental é compartilhada.

Por esse motivo, mesmo sendo do empresário

eliminação ou minimização dos riscos, cabe

aos órgãos públicos municipais e estaduais a

fiscalização dessas atividades.

http://www.jornaldoogunhe.com.br/page/notic

ia/secretaria-promove-fiscalizacao-em-postos-

de-combustiveis

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18

Grupo de Comunicação

Veículo: Jornal da Cidade

Data:01/10/2019

Aterro sanitário reabre e coleta de lixo é retomada em Matão

Durante todo o dia a falta da coleta de lixo foi

assunto na cidade, gerando inúmeros

questionamentos por parte da população

matonense.

Segundo apurado pela nossa reportagem, um

impasse entre a empresa responsável pelo

serviço de coleta e destinação do lixo

doméstico no município ( Colorado Ambiental)

e a empresa proprietária do aterro sanitário

(Construtora Bema) foi o motivo que culminou

com a paralisação momentânea do serviço.

A empresa Colorado Ambiental informou no

fim da tarde desta segunda-feira (01) que o

aterro sanitário já foi reaberto e o serviço de

coleta de lixo já foi retomado garantindo toda

a sua normalidade até amanhã.

EDITORIAL:

“Há muito tempo nossa cidade vive esse

constante impasse com assuntos relacionados

ao aterro sanitário local, que mesmo sendo

privado e particular presta um serviço público

de extrema necessidade para a população

matonense. Acontece que segundo levantado,

a empresa proprietária do aterro que pertence

a família do vereador Valter Trevizaneli (hoje

oposição ao prefeito Edinardo Esquetini)

Construtora Bema, estaria passando por sérios

problemas financeiros e sem condições de

arcar com os custos operacionais o que estaria

inviabilizando o serviço. Segundo apurado, o

aterro tem sido frequentemente alvo de

fiscalizações por parte da CETESB por

possíveis irregularidades , inclusive com

multas por danos ao meio ambiente. A

pergunta é simples, se a empresa que há

quase 30 anos opera o aterro sanitário esta

“quebrada” e não tem mais condições de

opera-lo, porque não abrir espaço para que

uma nova empresa o assuma e faça o serviço

como deve ser feito? porque o Prefeito

Edinardo Esquetini não toma providências no

sentido de desapropriar a área afim de

proteger e resguardar o interesse público ou

abre uma nova licitação para que uma nova

empresa possa construir um aterro sanitário

que realize o serviço corretamente? Quem

estaria por trás desse “jogo sujo” do “quanto

pior melhor” e gerar todo esse caos na cidade?

Este debate certamente deverá ser retomado

nos próximos dias, são perguntas

questionamentos como estes que pairam na

população que só almeja que o serviço seja

feito com frequência, corretamente e sem

interrupções.

Alexandre De Cinque – Jornalista

MTB599200/SSP – DA REDAÇÃO

http://jornalcidadesonline.com.br/site/2019/1

0/01/aterro-sanitario-reabre-e-coleta-de-lixo-

e-retomada-em-matao/

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19

Grupo de Comunicação

Veículo: Blog Sigi Vilares

Data: 01/10/2019

Formosa do Rio Preto: Qualidade da

água tratada está dentro dos parâmetros exigidos pelo Ministério da Saúde

Em resposta à notificação da Vigilância

Sanitária de Formosa do Rio Preto, a Empresa

Baiana de Águas e Saneamento (Embasa)

garante que a água tratada distribuída para a

população está dentro dos parâmetros de

qualidade de água exigidos pela portaria de

Consolidação Nº 5/2016, Anexo XX, do

Ministério da Saúde. O resultado das análises

de cor aparente e de coliformes totais

referentes aos meses de julho/agosto estão

em conformidade com o que determina a

legislação e não apresenta riscos à saúde da

população, contrariando o que foi notificado

pela Vigilância Sanitária.

Ao ser notificada pela Vigilância Sanitária, por

meio do programa Vigiágua, a Embasa

coletou, ainda na última segunda-feira (23),

amostras adicionais em nove pontos

identificados como fora do padrão para os

parâmetros de cor aparente (não causa riscos

à saúde da população) e de coliformes totais.

Os resultados, já encaminhados à Vigilância

Sanitária de Formosa do Rio Preto,

comprovam que a qualidade da água coletada

nestes pontos atende ao que determina a

legislação.

A Embasa ressalta, ainda, que a coleta das

amostras, seu acondicionamento e transporte

para análise em laboratório seguem as

recomendações do Guia Nacional de Coleta e

Preservação de Amostras: água, sedimento,

comunidades aquáticas e efluentes líquidos

(CETESB/ANA), que aborda sobre

amostragem de águas para abastecimento

humano e traz diretrizes e recomendações de

assepsia do profissional e do local da coleta na

rede distribuidora para não interferir na

aferição dos parâmetros na amostra durante a

análise laboratorial.

Os resultados das análises realizadas pelo

controle de qualidade da Embasa são lançados

no Sistema de Informações de Vigilância da

Qualidade da Água para consumo humano

(Sisagua). O município tem acesso a esse

sistema por meio da Vigilância Sanitária. Além

das 34 análises realizadas, mensalmente, em

vários pontos da rede distribuidora de

Formosa do Rio Preto, são realizadas, de duas

em duas horas, análises da água bruta e

tratada para garantir, ainda na fase de

tratamento, o cumprimento da portaria que

determina o padrão de potabilidade da água a

ser distribuída para a população.

http://www.sigivilares.com.br/index.php?pag=

noticia&id=83160

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20

Grupo de Comunicação

Veículo: Metro

Data: 02/10/2019

Tempo seco deve continuar em São

Paulo

O tempo seco que atingiu a capital nesta

terça-feira deve continuar predominando nesta

quarta. O Inmet (Instituto Nacional de

Meteorologia) prevê um dia com sol, névoa

seca e temperaturas entre 17ºC e 33ºC.

Ontem, a umidade do ar ficou abaixo de 30%

em todas as regiões da cidade, levando a

Defesa Civil a decretar emergência às 14h. A

poluição também piorou e, segundo a Cetesb,

duas estações tiveram ar ruim, e uma, muito

ruim.

https://www.metrojornal.com.br/foco/2019/1

0/02/tempo-seco-deve-continuar-em-sao-

paulo.html

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21

Grupo de Comunicação

Veículo: G1 Mogi

Veículo2: Wize

Veículo3: TV Diário

Veículo4: Rádio Metropolitana

Data: 01/10/2019

Laudo da Cetesb aponta resíduos de

serviços de saúde, sanitários e industriais perigosos em área de

mineradora de Mogi

Empresa foi alvo de uma operação conjunta

na semana passada, onde foram encontradas

as substâncias em parte de aterro.

Por G1 Mogi das Cruzes e Suzano

A Companhia Ambiental do Estado de São

Paulo (Cetesb) informou nesta terça-feira

(1º) que encontrou resíduos de serviços de

saúde, sanitários e industriais perigosos, com

odor de amônia, tinta/solvente e oleosos no

material coletado da cava de mineração da

Caravelas, em Mogi das Cruzes.

O local foi alvo de uma força-tarefa do

Ministério Público com a participação da

Cetesb, Prefeitura e Delegacia do Meio

Ambiente de Mogi, na semana passada. À

época, a empresa negou qualquer

irregularidade. O G1 solicitou um novo

posicionamento após a liberação do laudo.

Ainda de acordo com a Cetesb, o relatório de

vistoria está sendo finalizado, para só depois

ser aplicada a penalidade à mineradora.

A mineradora, segundo a Cetesb, está inserida

na Área de Proteção Ambiental (APA) da

Várzea do Rio Tietê, parte em Zona de Uso

Controlado (ZUC) e parte em Zona de Vida

Silvestre (ZVS).

A operação

No dia 24 de setembro, policiais da Delegacia

Ambiental encontraram materiais

contaminantes na área da mineradora

Caravelas, no Distrito de Brás Cubas, em Mogi

das Cruzes. A defesa da empresa alegou que

tudo ainda era uma suspeita.

A área, segundo a Cetesb, deveria estar

passando por um processo de recuperação e

não deveria estar sendo usada para descarte

de nenhum tipo de material.

O promotor público Leandro Lippi explicou que

a ação não gerou nenhuma prisão e nem o

embargo da área. Ainda de acordo com Lippi,

o MP vai continuar alertando a Justiça sobre o

perigo ambiental que o terreno da mineradora

representa.

Lippi destacou que desde 2015 existe uma

batalha judicial com a empresa responsável

pela área. De acordo com o promotor, a

empresa fez um acordo com o Ministério

Público para a recuperação da área, mas ele

não foi cumprido.

“O último pedido do MP à Justiça em relação à

área foi uma inspeção feita em maio desse

ano, mas ele foi indeferido pelo juiz da 2ª

Vara de Família de Mogi, mas o Ministério

Público recorreu. Buscamos a suspensão das

atividades e a interdição do local, tendo em

vista o aumento significativo da degradação

ambiental e o depósito de resíduos sólidos

perigosos.”

O promotor alertou que a empresa tem uma

licença de operação, mas ela está vencida.

Segundo Lippi, a Cetesb já emitiu um parecer

desfavorável a essa licença.

“Essa licença de operação que a empresa se

escora é para o início da propriedade. E eles

ampliaram essa atividade sem ter em nenhum

momento uma autorização para o depósito

desses resíduos perigosos, principalmente

avançando nessa área, chegando inclusive a

Área de Proteção Ambiental (APA) do Rio Tietê

onde tem queima da vegetação e constatamos

o depósito de óleo e resíduos químicos

contaminantes.”

De acordo com Del Poente, o local pertence a

uma mineradora e é objeto de um litígio

judicial e de uma ação da Cetesb.

22

Grupo de Comunicação

“O que ocorre nesse momento é que está

havendo atividade poluidora com descarte de

material contaminante. Inclusive material

hospitalar e outros resíduos, como borra de

alumínio, amônia e lixo orgânico. A Cetesb faz

o levantamento do grau poluente desse

material”, explica Del Poente.

Segundo o delegado, inicialmente a polícia

registrou um termo circunstanciado, fez a

apreensão de cinco máquinas, um caminhão e

uma perícia na área.

https://g1.globo.com/sp/mogi-das-cruzes-

suzano/noticia/2019/10/01/laudo-da-cetesb-

aponta-residuos-de-servicos-de-saude-

sanitarios-e-industriais-perigosos-em-area-de-

mineradora-de-mogi.ghtml

http://cloud.boxnet.com.br/y2afnorw

http://cloud.boxnet.com.br/y4vlubjh

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23

Grupo de Comunicação

Veículo: Folha Metropolitana

Data: 02/10/2019

Concessionária que administra o

aeroporto pode ter repassado R$ 9,5 milhões a Cetesb

http://cloud.boxnet.com.br/y666l3de

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24

Grupo de Comunicação

Veículo: Jornal da Manhã

Veículo2: O Dia de Marília

Data: 02/10/2019

Tribunal de Contas do Estado inicia

mapeamento do descarte de resíduos sólidos nos municípios

O TCE (Tribunal de Contas do Estado) vai

realizar um levantamento junto acs 644

municípios jurisdicionados para averiguar a

geração e o descarte de resíduos sólidos. Os

dados, que começaram a ser colhidos no dia

23 de setembro, deverão ser respondidos à

Corte de Contas até o dia

11 de outubro e resultarão em um mapa

virtual sobre a situação do tratamento dos

resíduos sólidos em todo o Estado.

No levantamento, serão levados em

consideração alguns pontos, que vão desde o

cumprimento da legislação - com a ediçãodo

Plano Municipal de Gestão Integrada de

Resíduos Sólidos, conforme previsto pela Lei

Federal n° 12.305/10 - passando pela

existência de locais apropriados, infraestrutura

para armazenagem, triagem, descarte e

seletividade, bem como a existência de

políticas públicas para Educação Ambiental.

Segundo o Presidente do TCE, Conselheiro

Antonio Roque Citadini, a iniciativa é fruto de

uma preocupação constante da Corte de

Contas que abrange não só a formalização de

contratos para a prestação de serviços na área

da limpeza pública, como também a situação

enfrentada pela fiscalização realizada neste

setor.

Fiscalização Em 2016, o Tribunal de Contas do

Estado de São Paulo realizou uma fiscalização

ordenada específica em amestra de 163

municípios para tratar sobre a questão.

O relatório gerencial apontou que 37% das

cidades não possuíam o Plano Municipal de

Resíduos, ao passo que 31% não aplicavam a

coleta seletiva nas suas localidades.

Outro dado revelado foi que mais de 70% dos

municípios não possuíam áreas de transbordo

- locais intermediários entre o gerador do

resíduo e o destino. Em 15% das cidades

vistoriadas que possuíam transbordos, os

locais não tinham a licença de operação

emitida pela Cetesb (Companhia Ambiental

do Estado de São Paulo).

Dados Por meio de Comunicado n° 28/2019,

expedido pela Secretaria-Diretoria Geral do

Tribunal de Contas e veiculado em 16 de

setembro no Caderno Legislativo do Diário

Oficial do Estado, as Prefeituras foram

notificadas a encaminharem, por meio de

questionário a ser respondido no sistema

específico no Portal de Sistemas do TCE, uma

série de dados sobre o tratamento dos

resíduos sólidos em cada municipalidade.

Para responder o questionário, o

jurisdicionado deve acessar o site do TCE e, no

topo da página, selecionar o botão ‘Login’ para

abrir a área de autenticação do Portai de

Sistemas. Feito isso, deverá entrar com e-mail

e senha, caso não possua uma conta, o

jurisdicionado deve clicar no botão ‘Não

possuo uma conta’ e seguir as instruções do

sistema.

Ao entrar no site, o jurisdicionado deve clicar

no ícone ‘Questionário’ disponível na primeira

página. Caso o ícone do sistema não esteja

disponível, o responsável deve procurar o

gestor de acessos do órgão e solicitar o acesso

ao portal.

Uma vez com acesso ao sistema, o

jurisdicionado deve acessar o botão ‘Coleta de

Resíduos Sólidos', clicando no ícone do

questionário. Todas as questões, que estarão

organizadas em grupos, devem ser

obrigatoriamente respondidas.

A Corte de Contas, com fundamento no artigo

25 da Lei Complementar Estadual n° 709/93,

determinou que cada cidade ‘deverá fornecer

as informações com absoluta fidedignidade,

estando o responsável sujeito às cominações

legais em caso de desatendimento ou de

informações inexatas’.

25

Grupo de Comunicação

TCE vai realizar um levantamento junto aos

644 municípios jurisdicionados para averiguar

a geração e o descarte de resíduos sólidos |

Divulgação

http://cloud.boxnet.com.br/y6xql5ml

http://cloud.boxnet.com.br/y6z4nes8

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26

Grupo de Comunicação

Veículo: O Diário de Mogi

Data: 02/10/2019

Cetesb apura contaminação de

nascentes em bairro

http://cloud.boxnet.com.br/y2umzzml

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27

Grupo de Comunicação

Veículo: O Vale

Data: 02/10/2019

Revap: ambientalistas cobram estudo de risco

http://cloud.boxnet.com.br/y2a4v4oq

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28

Grupo de Comunicação

Veículo: Gazeta de Taubaté

Veículo2: O Vale

Data: 02/10/2019

‘Plano Diretor e Zoneamento não

tratam de contingenciamento de crise’, diz Manara

http://cloud.boxnet.com.br/yxfbcukd

http://cloud.boxnet.com.br/y6z7fks7

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29

Grupo de Comunicação

Veículo:G1

Data: 01/10/2019

Carreta despenca de ponte e interrompe captação de água no

interior de SP

Acidente ocorreu na Rodovia Régis

Bittencourt, na altura de Cajati.

Por G1 Santos

Uma carreta cegonha caiu de uma ponte na

rodovia Régis Bittencourt e interrompeu a

captação de água na cidade de Cajati, no

interior de São Paulo. O grave acidente

provocou vazamento de óleo no rio

Jacupiranguinha, que abastece boa parte da

Cidade. O motorista da carreta foi socorrido

por pessoas que passavam na rodovia e passa

bem.

O acidente aconteceu, nesta segunda-feira

(30), por volta das 23h, no km 498 da

rodovia. A carreta transportava cinco veículos

e trafegava na pista sentido Curitiba, quando

bateu na mureta da ponte e acabou caindo de

uma altura de, aproximadamente, 20 metros.

O veículo ficou de cabeça para baixo e a

cabine foi totalmente destruída. O motorista

foi levado para um hospital da região.

Segundo apurado, a Defesa Civil e a

Companhia Ambiental do Estado de São

Paulo (CETESB) estiveram no local e

solicitaram a interrupção temporária da

captação de água no rio Jacupiranguinha, por

conta do vazamento de óleo causado pelo

acidente. Funcionários trabalham no local para

realizar a limpeza do material que vazou. A

Cidade não está sem água graças aos

reservatórios.

Na manhã desta terça (1°), funcionários de

uma empresa de guincho içaram parte do

veículo e seguem fazendo o trabalho de

retirada do veículo durante a tarde. O trânsito

chegou a ser monitorado pela Polícia

Rodoviária Federal e pela concessionária que

administra a rodovia. Não há

congestionamento e o trânsito flui

normalmente na rodovia.

https://g1.globo.com/sp/santos-

regiao/noticia/2019/10/01/carreta-despenca-

de-ponte-e-interrompe-captacao-de-agua-no-

interior-de-sp.ghtml

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30

Grupo de Comunicação

Veículo: Gazeta de Taubaté

Data: 02/10/2019

Ambientalistas cobram estudo de risco após incêndio na Revap

Ambientalistas cobram da Prefeitura de São

José dos Campos um estudo de risco para a

região leste da cidade em razão da existência

da Revap (Refinaria Henrique Lage), da

Petrobras.

O estudo apontaria, entre outras questões, os

impactos de um acidente de grandes

proporções na refinaria, as rotas de fuga para

a população do entorno, as áreas

contaminadas e quais procedimentos seriam

adotados numa ocorrência na Revap.

O pedido ganhou força após incêndio na

refinaria no último domingo, que exigiu seis

horas e meia de trabalho de 50 bombeiros e

brigadistas para ser contido, na noite do

domingo.

Segundo a Petrobras, o incêndio atingiu um

dos diques de tanques que armazenam

produtos utilizados na preparação de asfalto e

óleo combustível.

A Cetesb (Companhia Ambiental do

Estado de São Paulo) investiga as causas da

ocorrência e deve determinar as sanções para

a Petrobras ainda nesta semana.

LAUDO.

Em São José, ambientalistas aguardam o

laudo da Cetesb para encaminhar

representação ao Ministério Público e para a

Defensoria Pública e cobrar a elaboração de

um estudo de risco para a zona leste, região

que abriga a refinaria e é uma das mais

populosas do município.

'Permitir que a região leste seja adensada,

sem um estudo de risco, é dar um tiro no

escuro. É a região mais poluída da cidade, tem

número considerado de áreas contaminadas

pela própria refinaria e temos cobrado esse

estudo da prefeitura e da Câmara', disse o

ambientalista e professor José Moraes

Barbosa.

Segundo ele, o estudo foi cobrado da

prefeitura durante as discussões do Plano

Diretor, documento aprovado pela Câmara no

final de novembro do ano passado, com

validade de uma década.

'Nas audiências, a prefeitura alegou que não

tinha feito esse estudo e quem deveria fazê-lo

era a Petrobras', disse Barbosa, que irá

procurar apoio de sociedades de bairro na

zona leste para fortalecer a campanha pelo

estudo de risco.

O ambientalista disse que a principal

preocupação é com a nova Lei de

Zoneamento, que deve ser votada em

outubro, permitindo maior adensamento na

zona leste.

'A prefeitura aponta a região leste como vetor

de crescimento da cidade. Isso é temerário

sem um estudo de risco para um acidente na

refinaria. Não tem como eliminar o risco, está

sempre suscetível. Por mais que haja políticas

preventivas sempre há risco de acidentes',

afirmou Barbosa.

'Incêndio foi totalmente debelado e causas são

investigadas', diz Petrobras

A Petrobras informou nesta segunda-feira que

o incêndio nos diques dos tanques que

armazenam produto para a preparação de

asfalto e óleo combustível foi totalmente

debelado, sem nenhuma vítima.

Nesta segunda, unidades de destilação,

coqueamento e hidrotramento de diesel estão

em parada de manutenção.

As demais unidades operam normalmente. 'As

equipes técnicas continuam os trabalhos de

monitoramento da área e as causas do

incêndio serão analisadas', informou a

Petrobras.

Segundo os bombeiros, o fogo atingiu um

dique e ficou a cerca de dois metros de altura

do produto, em apenas um tanque de

31

Grupo de Comunicação

combustível, que foi saturado de espuma para

não explodir.

Brigadistas da Revap e de empresas também

atuaram..

O post Ambientalistas cobram estudo de risco

após incêndio na Revap apareceu primeiro em

Gazeta de Taubaté.

http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?

c=0&n=31961787&e=577

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32

Grupo de Comunicação

Veículo:Garça online

Data: 01/10/2019

Secretaria de Meio Ambiente lança sistema digital para Programa Nascentes

Interessados terão acesso pela internet a

projetos de restauração ecológica no Estado

de São Paulo

A Secretaria de Infraestrutura e Meio

Ambiente (SIMA) lançou o sistema digital do

Programa Nascentes, que permite o cadastro

dos Projetos de Prateleira via internet. A ação,

anunciada na quinta-feira (19), está em

consonância com o Programa SP Sem Papel

instituído pelo Governo do Estado com

objetivo de reduzir o uso de papel entre os

órgãos da administração estadual.

“Esse sistema garante mais eficiência

administrativa e sustentabilidade ambiental,

além de facilitar a análise técnica e o

acompanhamento da implantação desses

projetos”, comenta o secretário de

Infraestrutura e Meio Ambiente, Marcos

Penido.

A Prateleira de Projetos disponibiliza propostas

de restauração para contratação por

interessados em promover a restauração

ecológica. Esses projetos têm a localização, a

estratégia de restauração definida e a

anuência do proprietário para sua realização.

Os projetos são propostos por empresas ou

ONGs que atuam no ramo da restauração

ecológica. “Esse é mais um importante passo

para facilitar e ampliar a restauração ecológica

no território paulista”, afirma o Subsecretário

de Meio Ambiente, Eduardo Trani.

Desde a criação do Programa Nascentes, em

2014, foram aprovados 81 projetos em

propriedades privadas e também em Unidades

de Conservação. Daquele total, já foram

contratados 65 projetos, totalizando mais de

1.190 hectares.

O Programa é uma iniciativa do Governo do

Estado de São Paulo para promover a

restauração em áreas prioritárias, visando à

proteção e à conservação de recursos hídricos

e da biodiversidade.

O sistema é mais um módulo do Sistema

Integrado de Gestão Ambiental (SIGAM) e foi

concebido totalmente integrado com o

Sistema de Cadastro Ambiental Rural (SICAR-

SP), o Sistema de Áreas Protegidas (SIAP) e

ao Sistema Informatizado de Apoio à

Restauração Ecológica (SARE).

Participaram do lançamento da plataforma, os

membros da Comissão Interna do Programa

Nascentes com representantes da Cetesb,

Coordenadoria de Fiscalização e

Biodiversidade (CFB) e Fundação Florestal

(FF), além de 20 instituições que já são

proponentes de Projetos de Prateleira.

Programa Nascentes

O Programa Nascentes alia a conservação de

recursos hídricos à proteção da biodiversidade

por meio de uma estrutura institucional

inovadora. O programa de Governo envolve 10

secretarias de Estado, otimiza e direciona

investimentos públicos e privados para

cumprimento de obrigações legais, para

compensação de emissões de carbono ou

redução da pegada hídrica, ou ainda para

implantação de projetos de restauração

voluntários.

O programa une especialistas em restauração,

empreendedores com obrigações de

recuperação a serem cumpridas e possuidores

de áreas com necessidade de recomposição da

vegetação nativa.

O Programa Nascentes contabiliza em

setembro 14.705 hectares em processo de

restauração. O Sistema Informatizado de

Apoio à Restauração Ecológica (SARE) foi

definido como métrica do Programa

Nascentes, contribuindo com a rastreabilidade

e acompanhamento dos projetos.

Programa SP Sem Papel

O SP Sem Papel é um programa do Governo

do Estado de São Paulo que visa reduzir ou

eliminar gradualmente o trâmite de papel

entre os órgãos da administração estadual, e

também na relação do governo com os

municípios e com o cidadão.

33

Grupo de Comunicação

O programa prevê ações de desburocratização

e a adoção de processos de tramitação e

controles de demanda totalmente digitais.

Para isso, a Prodesp – empresa de tecnologia

da informação do Governo de São Paulo – está

integrando e customizando dois sistemas já

existentes e plenamente aprovados pelos

usuários. Ambos utilizam software livre com

código aberto e público, e são a base do

modelo de governo digital que está sendo

implantado no Estado de São Paulo.

https://garcaonline.com.br/2019/10/secretaria

-de-meio-ambiente-lanca-sistema-digital-

para-programa-nascentes

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34

Grupo de Comunicação

Veículo: Estação Litoral

Data: 01/10/2019

Praia Grande adere ao projeto ‘Espaço árvore’

Trabalho atende as normativas do Programa

Município Verde Azul

A arborização urbana, realizada de forma

adequada e atendendo todas as normas,

melhora a qualidade paisagística e ambiental

de uma cidade. Segundo esta linha de

atuação, a Prefeitura de Praia Grande aderiu

ao projeto ‘Espaço árvore’. Na prática, o

Município já conta com áreas deste tipo em

que as árvores possam receber mais água e

desenvolver suas raízes de forma livre e

saudável.

Os trabalhos no Município são desenvolvidos

pela Secretaria de Meio Ambiente (Sema)

local. As ações atendem as normativas do

Programa Município Verde Azul (PMVA),

iniciativa do Governo do Estado com o objetivo

de incentivar a prática de medidas

sustentáveis e de preservação do meio

ambiente nas cidades.

Os primeiros ‘Espaços árvore’ de Praia Grande

estão localizados nas seguintes áreas: Canal

Praião, na Avenida do Trabalhador, em frente

ao Terminal Rodoviário Tude Bastos; na Área

de Lazer Ézio Dall’Acqua (Portinho), em frente

às quadras de tênis e a sede do Departamento

de Educação Ambiental; no calçamento da

Escola Estadual Sylvia de Mello, no Bairro

Antártica.

“Com a adesão a este projeto, passamos a ter

condições de implantarmos uma arborização

de qualidade na Cidade, evitando o corte

futuro de árvores por conflito com

equipamentos, como postes ou tubulações”,

analisou o secretário de Meio Ambiente de

Praia Grande, Israel Lucas Evangelista.

A Cartilha de Arborização Urbana publicada

pela Sema está disponível gratuitamente na

versão online no site da Prefeitura de Praia

Grande (www.praiagrande.sp.gov.br).

No material fica didaticamente explicado que o

‘Espaço árvore’ deve ser implantado de acordo

com a largura do calçamento, que deve ter, no

mínimo, dois metros, respeitando sempre a

acessibilidade. É importante que seja mantida

uma área permeável que ocupe, pelo menos,

40% da largura da calçada e o dobro desse

valor em comprimento.

“Válido explicar que este espaço é uma área

permeável e que pode ser gramada. Desta

forma, toda e qualquer árvore pode receber

mais água e desenvolver suas raízes de forma

saudável’, explicou a bióloga da Secretaria de

Meio Ambiente praia-grandense, Elaine dos

Santos Rovati.

Destaques – Praia Grande tem desenvolvido

diversas ações em prol do Meio Ambiente.

Destaque para o aumento da coleta seletiva,

novos Ecopontos, destinação correta de

resíduos da construção civil (RCC),

arborização planejada, educação ambiental,

proteção aos animais, destinação final de

resíduos orgânicos, balneabilidade das praias,

fiscalização centralizada, combate à poluição

sonora e concursos sobre o meio ambiente.

https://www.estacaolitoralsp.com.br/praia-

grande-adere-ao-projeto-espaco-arvore/

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35

Grupo de Comunicação

Veículo: Istoé

Data: 01/10/2019

Justiça exclui Covas de ação civil por queda de viaduto na Marginal

A juíza Carolina Martins Clemencio Duprat

Cardoso, da 11ª Vara da Fazenda Pública de

São Paulo, decidiu excluir o prefeito Bruno

Covas (PSDB) da ação por improbidade

administrativa movida pelo Ministério Público

Estadual após a queda do viaduto da Marginal

do Pinheiros, ocorrida em novembro do ano

passado.

Ela aceitou, por outro lado, a ação contra o

secretário de Infraestrutura Urbana e Obras

da cidade, Vitor Aly, o ex-secretário Marcos

Penido (atual secretário estadual de

Infraestrutura e Meio Ambiente do

governo do Estado) e contra a empresa JZ

Engenharia, que fez as obras emergenciais

para reparar o viaduto.

A ação questionava a responsabilidade

administrativa dos gestores em deixar o

viaduto cair e a contratação, sem licitação, da

empresa que fez os reparos de emergência.

Ao não receber a denúncia contra o prefeito, a

juíza Carolina afirmou que “não há qualquer

conduta descrita na petição inicial que

demonstre efetiva relação do requerido Bruno

Covas com os fatos em comento”.

A juíza considerou que Covas “assumiu o

cargo no primeiro semestre de 2018, quando

o evento danoso aconteceu em novembro do

mesmo ano” e que ele “não foi responsável

pela contratação da empresa JZ, ora

requerida, não partindo de seu gabinete

qualquer decisão relativa à dispensa de

licitação.”

Por outro lado, a juíza decidiu receber a ação

contra os demais citados, que agora passam a

ser réus. O entendimento na época do

promotor Marcelo Milani, autor da ação, é de

que “a queda do viaduto era situação

perfeitamente previsível”, uma vez que a

manutenção não vinha sendo feita e o caso

era de conhecimento dos gestores.

“Como consequência, a contratação de

empresa para recuperação do viaduto tornou-

se ‘urgente’ por omissão administrativa”,

afirmou o promotor, na petição inicial.

À reportagem, o prefeito afirmou que seus

secretários “respondem ‘pessoa física'”. “Da

mesma forma que eu tive de pagar um

advogado para me defender, agora a Justiça

me excluiu do processo”.

Segundo Covas, “não há nenhuma conduta

improba a ser analisada naquela ação, fico

contente em relação ao resultado da

exclusão.” Ele disse que a Prefeitura havia

discutido com o Tribunal de Contas do

Município por um ano e meio a forma correta

de se contratar estudos para a manutenção da

ponte.

“Me responsabilizar por (algo que ocorreu

após) quatro meses (de mandato) era uma

ginástica argumentativa como um duplo twist

carpado (movimento da ginástica olímpica)”,

disse Covas.

O advogado Marcio Pestana, que defende o

secretário Vitor Aly, afirmou que, embora

respeitem a decisão da juíza, não concordam

com a aceitação da ação. Por isso, irá

apresentar um agravo de instrumento

(recurso) no Tribunal de Justiça. “A conduta

do Vitor (Aly), em tempo algum, indica dolo.

Também em tempo algum, indica violação a

algum princípio” que resultaria em ato de

improbidade.

Já o ex-secretário de Obras Marcos Penido

informou por meio de sua assessoria que,

enquanto esteve na Prefeitura “priorizou a

manutenção dos bens públicos e publicou os

editais para projetos de recuperação e

manutenção de 33 pontes e viadutos, além de

efetivar um programa sob o mesmo tema com

o Sindicato Nacional das Empresas de

Arquitetura e Engenharia Consultiva”.

Segundo a nota, “o secretário deixou a função

seis meses antes do acidente em Pinheiros.

Portanto não houve omissão do agente

público, o que poderá ser comprovado no

decorrer do processo”. Penido disse que se

coloca à disposição da Justiça.

36

Grupo de Comunicação

A reportagem procurou a empresa JZ

Engenharia e aguarda manifestação de seus

representantes sobre o tema.

https://istoe.com.br/justica-exclui-covas-de-

acao-civil-por-queda-de-viaduto-na-marginal/

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37

Grupo de Comunicação

Veículo: Jornal de Itatiba

Data: 02/10/2019

Processo de podas e trituração de

galhos é iniciado em Itatiba

http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?

c=0&n=31955203&e=577

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38

Grupo de Comunicação

Veículo: O Liberal Regional

Data: 02/10/2019

Prefeita participa de seminário sobre emprego e empreendedorismo

ENCONTRO Prefeita Tamiko Inoue com o vice-

govemador Rodrigo Garcia e a secretária

municipal Jane Martins

Andradina

A prefeita de Andradina, Tamiko Inoue,

participou do Io Seminário de Trabalho e

Renda, Empreendedorismo e Parcerias,

realizado no Palácio dos Bandeirantes e

dirigido a prefeitos e agentes públicos

municipais. Realizado nesta segunda-feira

(31) em São Paulo, o evento contou com a

presença do governador João Doria.

Tamiko foi informada sobre as iniciativas do

Governo do Estado em beneficio das gestões

locais. A prefeita explica que foram abordados

temas importantes como eficiência fiscal,

concessões, parcerias, simplificação tributária,

financiamento público, agronegódo e

qualificação profissional.

"A parceria com o Governo do Estado é

fundamental para o desenvolvimento de

Andradina. Nosso objetivo é de melhorar a

qualidade de vida, espedálmente na área de

geração de emprego e qualificação

profissional", comentou Tamiko ressaltando a

importância do trabalho conectado e em rede.

Participaram também do encontro os

secretários estaduais de Desenvolvimento

Regional, Marco Vinholi; de Fazenda e

Planejamento, Henrique Meirelles; o vice-

govemador e secretário de Governo, Rodrigo

Garcia; de Desenvolvimento Econômico,

Patrícia Ellen; de Infraestrutura e Meio

Ambiente, Marcos Penido e da Agricultura e

Abastecimento, Gustavo Junqueira.

A secretária municipal

de Desenvolvimento Econômico, Emprego e

Renda, Jane Martins, ressalta a importância de

ouvir de perto os secretários. "Foi debatidos os

investimentos nas qualificações profissionais,

criações de emprego, e os caminhos que o

município deve percorrer para garantir cursos

de capacitação gratuito".

Secretaria de Desenvolvimento mantém

importantes parcerias com o Governo do

Estado, como o Banco do Povo, PATE (Cidadão

Trabalhador), Via Rápida Emprego, Vi Rápida

Empresa, cursos, entre outros. O Governo de

Andradina também possui convênios para

investimentos em infraestrutura, como

recapeamento e pavimentação asfáltica que

liga Andradina a Paranápolis, entre outras

áreas.

http://cloud.boxnet.com.br/y347so5u

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39

Grupo de Comunicação

Veículo: O Liberal Regional

Veículo2: TEM Notícias

Data: 02/10/2019

Defesa Civil faz teste de sirenes de emergência da barragem em Alumínio

Testes continuam até as 20h e fazem parte da

preparação para o simulado que vai ser

realizado no dia 16 de outubro; moradores

vão precisar seguir orientações de

emergência.

Por G1 Sorocaba e Jundiaí

As sirenes de emergência da barragem do

Palmital, em Alumínio (SP), começaram a ser

testadas nesta terça-feira (1º). A ação faz

parte da preparação para o simulado de

situação de emergência que vai ser realizado

no mês de outubro.

Os testes começaram às 7h e seguem até as

20h. Foram instaladas 11 sirenes em pontos

estratégicos da cidade.

As sirenes começaram a ser testadas para

saber se os equipamentos estão funcionando

de forma correta e se toda a comunidade

consegue ouvir o sinal sonoro, que será

acionado em caso de emergência.

Como o procedimento é um teste, a população

não precisa fazer nada ao ouvir o soar das

sirenes.

Testes das sirenes na barragem do Palmital

em Alumínio tem início nesta terça-feira.

Já no dia 16 de outubro, às 10h, quando vai

acontecer o simulado, a população vai precisar

seguir as orientações de emergência. As

pessoas vão conhecer as rotas de fuga e

devem ir até os pontos de encontro que foram

definidos pela Defesa Civil.

Na barragem do Palmital ficam os rejeitos da

produção do alumínio. Segundo um relatório

divulgado pela empresa responsável pela

produção, enviado à Defesa Civil e à

Companhia Ambiental do Estado de São Paulo

(CETESB), caso a barragem se rompa, toda a

lama pode atingir até 5.500 pessoas.

https://g1.globo.com/sp/sorocaba-

jundiai/noticia/2019/10/01/defesa-civil-faz-

teste-de-sirenes-de-emergencia-da-barragem-

em-aluminio.ghtml

http://cloud.boxnet.com.br/yxb7gkye

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40

Grupo de Comunicação

Veículo: A Tribuna

Veículo2: G1

Veículo3: TV Globo Santos

Data: 02/10/2019

Carreta-cegonha cai em rio, causa

derramamento de óleo e interrompe captação de água no Vale

Equipes aguardam pela limpeza do rio e

trabalham na retirada do veículo, que tombou

quando trafegava pela Rodovia Régis

Bittencourt

Uma carreta-cegonha que trafegava pela Régis

Bittencourt, no km 498 em Cajati, no Vale do

Ribeira, tombou de uma ponte e acabou

caindo dentro do Rio Jacupiranguinha. O

acidente ocorreu por volta das 23h desta

segunda-feira (30). Os carros que eram

transportados pelo veículo acabaram caindo, e

a carreta causou derramamento de óleo na

água, que é captada para consumo na cidade.

Equipes atuam no local para a retirada do

caminhão e para conter o vazamento de óleo.

A Defesa Civil e a Cetesb pediram a

interrupção temporária da captação de água

do rio, a fim de evitar prejuízo ao

abastecimento.

A carreta seguia na rodovia, sentido Curitiba,

quando perdeu o controle e colidiu contra a

mureta de segurança em cima da ponte e caiu

de uma altura de 20 metros. O veículo ficou

de cabeça para baixo e a cabine do motorista

ficou completamente destruída. No momento

do acidente, cinco carros eram transportados

sobre o veículo.

Carreta caiu de uma altura de 20 metros

(Foto: Rinaldo Rori/TV Tribuna)

O motorista da carreta foi levado para um

hospital da região e seu estado de saúde é

estável. Ele foi socorrido por pessoas que

passavam no local no momento do acidente.

Segundo familiares, ele teve sorte, já que o

acidente foi muito grave.

No momento, não há congestionamento e o

trânsito é normal na Rodovia Régis

Bittencourt, segundo a Arteris-Régis,

operadora do trecho.

https://www.atribuna.com.br/cidades/valedori

beira/carreta-cegonha-cai-em-rio-causa-

derramamento-de-%C3%B3leo-e-interrompe-

capta%C3%A7%C3%A3o-de-%C3%A1gua-

no-vale-1.69658

http://cloud.boxnet.com.br/y376k9h7

http://cloud.boxnet.com.br/y2tl4ezd

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41

Grupo de Comunicação

Veículo: Rádio Band Vale

Veículo2: Record TV

Data: 01/10/2019

Cetesb avalia acidente na Revap

http://cloud.boxnet.com.br/y2n2kecs

http://cloud.boxnet.com.br/yxpnhyt6

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42

Grupo de Comunicação

Veículo: TEM Notícias

Data: 01/10/2019

Moradores se preocupam com obra que estaria aterrando córrego em

bairro de Rio Preto

http://cloud.boxnet.com.br/y3vhqxcc

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43

Grupo de Comunicação

Veículo: Rádio Mix

Data: 01/10/2019

Cetesb investiga mau cheiro na aguá durante o fim de semana

http://cloud.boxnet.com.br/yxrxo4kq

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44

Grupo de Comunicação

Veículo: Rádio 94,5 FM/Bauru

Data: 02/10/2019

E emissão da licença de instalação dos

trechos 3 e 4 das marginais da rodovia

Marechal Rondon segue sem solução -

Nota da Cesteb

http://cloud.boxnet.com.br/y5l3slpu

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45

Grupo de Comunicação

Veículo: Comércio de Franca

Data: 01/10/2019

Buracos espalhados pela cidade incomodam motoristas e pedestres

Os motoristas e pedestres francanos têm se

acostumado a conviver com os buracos que

tomam as ruas e avenidas da cidade.

:Buraco na avenida Santa Cruz aberto após

obra da Sabesp: empresa promete realizar a

pavimentação do trecho nesta terça-feira, 1º

Os motoristas e pedestres francanos têm se

acostumado a conviver com os buracos que

tomam as ruas e avenidas da cidade. Há

quase um mês sem contrato com a Prefeitura,

a Emdef (Empresa Municipal para o

Desenvolvimento de Franca), responsável pela

operação tapa buracos, deixou de prestar o

serviço e a situação só se agrava.

Além dos buracos que surgiram ainda com

mais intensidade após as chuvas da semana

passada e podem ser observados em avenidas

como Dr. Ismael Alonso y Alonso, Santa Cruz

e Ademar Pólo Filho, entre outras, existem

ainda aqueles que foram abertos por equipes

da Sabesp e seguem atrapalhando o trânsito.

Ao menos três deles causaram reclamações no

último fim de semana: na avenida Santa Cruz,

na Vila Santa Cruz; na rua Antônio Berdu

Garcia, no Jardim Paulistano; e na rua Carlos

Roberto Hadade, no Jardim Aeroporto I.

Em nota a Sabesp informou que o serviço de

pavimentação nas vias citadas está

programado para ocorrer nesta terça-feira, 1º

de outubro. Além disso, a empresa ainda se

desculpou pelos transtornos e afirmou que as

intervenções foram necessárias para sanar

vazamentos.

Procurada sobre o andamento do processo

para assinatura do novo contrato com a

Emdef, a Prefeitura não retornou o contato até

o fechamento desta matéria.

http://cloud.boxnet.com.br/y5422os4

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46

Grupo de Comunicação

Veículo: Diário da Região

Data: 02/10/2019

Resolve Fácil atende 100 mil em 4 meses

http://cloud.boxnet.com.br/y2q47cyh

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47

Grupo de Comunicação

Veículo: Diário Grande ABC

Veículo2: Destak

Data: 02/10/2019

Estado pretende iniciar obras do Jaboticabal em janeiro

Estado pretende iniciar obras do Jaboticabal

em janeiro - Diário do Grande ABC

O governo do Estado de São Paulo tem

expectativa de iniciar as obras do Piscinão

Jaboticabal, que atenderia a cidades do

Grande ABC, em janeiro. Nesta terça-feira,

técnicos do Daee (Departamento de Água e

Energia Elétrica) apresentaram o projeto e

cronograma para os prefeitos da região no

Consórcio Intermunicipal.

Segundo o corpo técnico da autarquia

estadual, o projeto do reservatório está

“praticamente terminado” e que toda a obra

deverá ser realizada dentro de 18 meses após

início da construção. O Piscinão Jaboticabal foi

anunciado pelo governador após as enchentes

que assolaram o Grande ABC no começo deste

ano, deixando dez mortos.

“Sobre o cronograma, o que posso dizer é que

serão 18 meses de prazo para construir o

reservatório. Estamos tentando viabilizar o

início das obras o mais rápido possível. Já há

comunicação com a superintendência (do

Daee) para que nossa meta de poder cumprir,

que é janeiro do próximo ano”, afirmou o

responsável pelo gerenciamento de projetos

do Daee, Celso Minoru Aoki.

O Daee alegou que ainda faltam alguns

trâmites do processo, como a parte de

desapropriação do terreno onde ficará o

Piscinão Jaboticabal e a conclusão do contrato

do financiamento. O terreno do reservatório

fica na divisa de São Bernardo, São Caetano e

a Capital. O governador João Doria (PSDB)

chamou para o governo do Estado toda

desapropriação através de designação de uma

DUP (Declaração de Utilidade Pública). A área

abrange 166,9 mil metros quadrados.

“O projeto de lei está em fase final de

aprovação na Assembleia Legislativa. É o

projeto que vai permitir que se faça, assim

que aprovado, a assinatura do governo do

Estado com a Caixa Econômica, que vai

destinar R$ 300 milhões para as obras do

piscinão”, disse o responsável pelo

gerenciamento de projetos do Daee, Celso

Minoru Aoki.

Além do montante vindo da Caixa, por meio

do programa Finisa (Financiamento à

Infraestrutura e Saneamento), o Palácio dos

Bandeirantes deverá aportar R$ 15,58

milhões. De todo valor gasto, R$ 126,4

milhões seriam para pagar as desapropriações

e R$ 189,1 milhões para custear as

intervenções físicas.

O Piscinão Jaboticabal terá diferença com

relação a outros reservatórios do País: a

utilização de comportas de operação. Segundo

o Daee, a finalidade é obter máxima eficiência

do reservatório no amortecimento da onda da

cheia. A previsão é a de que haja

determinação de vazão para que se acesse as

comportas e a água possa ocupar o volume no

reservatório.

http://cloud.boxnet.com.br/y2tsqxgx

http://cloud.boxnet.com.br/y423vs8p

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48

Grupo de Comunicação

Veículo: Diário do grande ABC

Data: 02/10/2019

Perto de época de chuvas, piscinões carece, de limpeza

http://cloud.boxnet.com.br/y2aoy6usVoltar ao

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49

Grupo de Comunicação

VEÍCULOS DIVERSOS Veículo: Jornal de Bauru

Data: 02/10/2019

Vale do Igapó é castigado por chamas

Fogo destruiu grande área de vegetação

nativa do cerrado e ameaçou casas; hipótese

de incêndio criminoso ganha força

por Marcele Tonelli

Vegetação de cerrado sendo destruída pelo

fogo no Vale do Igapó.

O Condomínio Vale do Igapó, em Bauru, foi

castigado pelas chamas por mais de dez horas

nesta terça-feira (1). O Corpo de Bombeiros

atuou durante grande parte do dia no combate

aos focos de incêndio. As estimativas

preliminares apontavam mais de 100 mil

metros quadrados de mata nativa de cerrado

destruída, contudo, a área total deve ser

calculada nesta quarta-feira (3), após a

análise por meio de drone. Não há

informações sobre feridos, mas uma casa teve

parte do quintal atingida.

Moradores dizem que o incêndio é criminoso e

até informaram ao Corpo de Bombeiros que

duas pessoas colocaram fogo na mata e

depois fugiram.

A Polícia Militar Ambiental também recebeu

a denúncia e informou que realizará, nesta

quarta, uma análise da área devastada e

procederá averiguações a fim de apurar as

causas e possíveis responsáveis.

CASAS AMEAÇADAS

"É um incêndio de grandes proporções.

Tivemos que estabelecer nossa prioridade, que

foi combater as chamas que ameaçavam as

casas. Depois, partimos para o combate aos

focos na mata, mas o fogo se espalhou

rapidamente", ressalta o sargento do Corpo de

Bombeiros Daniel Batista, que comandou a

operação no local.

As chamas chegaram a atingir parte da fiação

no condomínio e muitos moradores ficaram

sem energia elétrica e, consequentemente,

sem água ontem, porque o condomínio é

abastecido por poços artesianos. Equipes da

CPFL estiveram no local para o conserto e

restabelecimento do serviço.

PROBABILIDADE DE CRIME

O fogo, segundo moradores, teve início por

volta das 9h, próximo ao acostamento da

alameda Tachã, que dá acesso ao condomínio.

Pouco tempo depois, as chamas se

espalharam por uma área conhecida como

região 5 e 4 do Vale do Igapó. Quase todos os

terrenos das ruas de terra próximas à alameda

Teró queimaram. "Moradores contaram ter

visto dois cidadãos colocando fogo na mata

perto da rodovia e se embrenhando na mata,

mas é algo que será investigado pela polícia",

afirma o sargento Batista. "Mas, pela

característica do incêndio, parece mesmo

criminoso, pois os focos surgem até na direção

contrária ao vento", completa o bombeiro.

Há 7 anos morando no local, Kleuber Henrique

dos Santos, 41 anos, conta que há grandes

queimadas todos os anos nesta época. "Nunca

pegam ninguém, mas é constante. Acredito

que possa ser gente interessada nos lotes.

Fazem isso para limpar as áreas, porque é

proibido cortar o cerrado. Aí, para despistar,

colocam fogo em vários locais", esbraveja o

morador, saindo de casa às pressas com a

esposa, o filho e os cachorros. "Não dá para

respirar direito, é horrível. Vamos sair e ir

para a casa de parentes na cidade".

SOFRIMENTO

Em meio à cortina de fumaça que tomava

quase todas as quadras naquela região, uma

força-tarefa de moradores ajudava 15

bombeiros no controle às chamas. Mais de 40

mil litros de água ajudaram na contenção, que

contou com dois caminhões autobomba da

corporação e um caminhão-pipa da Semma.

50

Grupo de Comunicação

Mangueiras e até baldes com água de piscina

eram usados por moradores assustados com a

rapidez em que as chamas se espalhavam,

auxiliadas pelo vento e a umidade do ar

abaixo de 20%.

"Vi um gambá correndo do fogo, uma cena

muito triste. Os cachorrinhos estão todos

ofegantes por causa dessa fumaça. Não somos

só nós, os animais sofrem muito", queixa-se

Dorival Garcia, 61 anos, enquanto tentava

apagar o foco em frente ao seu lote com um

balde.

Outro morador até gravou o momento em que

animais silvestres fugiam do que sobrou da

vegetação.

https://www.jcnet.com.br/noticias/geral/2019

/10/698327-vale-do-igapo-e-castigado-por-

chamas.html

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51

Grupo de Comunicação

Veículo: O Globo

Data: 02/10/2019

A economia do futuro é circular

Encontro realizado pela Confederação Nacional

da Indústria (CNI) promove debate sobre o

papel das cadeias integradas na promoção de

um futuro sustentável

Desde a Revolução Industrial, no século XVIII,

a economia funcionou de forma linear. As

empresas extraem matéria-prima e a

transformam em produtos, gerando resíduos

ao longo do processo. Os compradores

consomem e descartam. O resultado é o uso

excessivo dos recursos naturais, numa ponta,

e a geração de lixo, na outra.

Esse modelo não se sustenta mais. Em seu

lugar, está se instaurando a economia circular,

que unifica as pontas da cadeia de produção e

consumo, com benefícios para a

sustentabilidade e para a geração de

empregos. Muito difundida na Europa, a

economia circular é um conceito essencial para

o desenvolvimento sustentável dos países e

que, no Brasil, começa a ganhar espaço. Como

mostra pesquisa inédita da Confederação

Nacional da Indústria (CNI), 76,4% das

empresas do setor adotam alguma prática de

economia circular.

Nesse sentido, a CNI tem trabalhado para

ampliar a adoção do modelo e mobilizar

empresas, governo, academia e sociedade em

escala nacional. Uma das ações recentes, dia

24, foi a realização do Encontro Economia

Circular e a Indústria do Futuro, em São

Paulo. Ao longo de um dia inteiro de painéis e

palestras que reuniram especialistas e

empreendedores da academia e dos setores

público e privado, o evento debateu não só o

conceito de economia circular, mas também

estratégias concretas de colocá-lo em prática.

AÇÕES E EMPREGOS Durante o evento,

correalizado pelo Serviço Nacional de

Aprendizagem Industrial (Senai) com o apoio

da Nespresso, do Instituto C&A e da

Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), a

CNI apresentou a primeira pesquisa de

abrangência nacional sobre o tema. Além de

mostrar que três quartos das empresas já

adotam alguma ação de economia circular, os

números mostram que 60% avaliam que a

prática pode gerar empregos e 75,9% a

percebem como relevante para evitar

desperdícios.

"A transição para a economia circular

permitirá que a indústria brasileira esteja à

frente das legislações e das normas g

nacionais e internacionais, 1 colaborando para

a cônsul trução de políticas públi| cas

facilitadoras às mudanças sistêmicas", afirma

Marcelo Thomé, presidente do Conselho

Temático de Meio Ambiente e Sustentabilidade

da CNI. "Em um primeiro momento, as

empresas terão de investir, mas em uma

etapa seguinte será possível diminuir custos

operacionais, com processos mais eficientes e

voltados para o reaproveitamento de resíduos

e utilização de bens reciclados".

Para o presidente da CNI, Robson Braga de

Andrade, a economia circular é um imperativo

e uma oportunidade em um mundo que está

em rápida transformação. "A economia circular

aparece como alternativa desejável ao modelo

tradicional, pois defende o uso dos recursos

naturais com menos desperdício. Além disso,

permite que as empresas reduzam custos e

perdas, gerem fontes alternativas de receita e

diminuam a dependência de matérias-primas

virgens."

Modelo abre espaço para novos negócios

Empresas inovam, se reinventam e reduzem

desperdícios com práticas da economia circular

Os desafios para tornar as empresas mais

sustentáveis aliados às possibilidades de

redução de custos operacionais e à exigência

do consumidor têm levado indústrias de

diferentes setores a adotarem práticas de

economia circular. A medida tem grande

potencial para a geração de empregos e o

aumento do aproveitamento de matérias-

primas, colocando a indústria em um novo

caminho de produção e consumo.

Compartilhamento, ciclos reversos, extensão

da vida do produto e uso de insumos

52

Grupo de Comunicação

circulares são tendências que fazem parte de

um quadro que inclui a extração cuidadosa de

matérias-primas, a produção com baixos

níveis de emissão e de consumo de energia. O

resultado disso é a inversão da tradicional

economia linear, de forma a reverter o

descarte e apostar na reciclagem e logística

reversa, sempre com o objetivo de

reaproveitaros insumos.

CAMISETA RECICLÁVEL É o caso do Instituto

C&A, um dos exemplos apresentados no

Encontro Economia Circular e a Indústria do

Futuro, realizado pela Confederação Nacional

da Indústria (CNI). A empresa holandesa de

moda está inserida em um dos setores menos

circulares do mundo por, tradicionalmente, ter

toda a sua cadeia de suprimentos organizada

de forma linear, o que dificulta a circulação de

materiais. O Instituto C&A vem trabalhando

para mudar essa realidade.

A empresa encomendou um estudo que

avaliou a possibilidade de oferecer moda como

serviço, utilizando três modelos de negócio: o

aluguel de roupas, o aluguel por assinatura e a

revenda pela própria marca. Em paralelo, a

C&A já criou camisetas feitas para serem

recicladas - ao fim de sua vida útil, elas se

tornam nutrientes para o solo, por meio da

compostagem.

aReconhecendo a urgência para agir, muitas

companhias do setor firmaram importantes

compromissos na direção de moda mais

sustentável. Algumas ações incluem conhecer

a cadeia logística o melhor possível, ser

transparente e exigir transparência dos

fornecedores, fazer escolhas de materiais e

design inteligentes e sustentáveis, e trabalhar

em colaboração com outras companhias",

destacou Douwe Joustra, diretor de Moda

Circular do Instituto C&A, que participou de

painel sobre os novos modelos de negócio

proporcionados pelo novo cenário de produção

e consumo.

'Precisamos de uma nova mentalidade

Em entrevista, escritora Lorraine Smith explica

a importância da economia regenerativa e o

potencial do modelo no Brasil

Ao subir ao palco do World Trade Center São

Paulo, a escritora e consultora canadense

Lorraine Smith se apresentou em português

no encontro Economia Circular e a Indústria

do Futuro. Ela é fluente no idioma desde que

fez intercâmbio e passou um ano no Brasil, na

adolescência. Smith, que é uma das mais

respeitadas vozes da defesa da economia

regenerativa no mundo, conhece bem o país e

já atuou em projetos com grandes empresas

nacionais. Na entrevista, ela explica a

importância de mudar a mentalidade visando

um novo modo de produzir e consumir.

Qual a relação da economia regenerativa com

a economia circular?

A economia circular é um passo na direção da

economia regenerativa. É necessário, ainda,

que exista o risco de não mudar o suficiente o

caminho que estamos seguindo, que é o do

colapso climático e dos ecossistemas e a

consequente ruptura social. Olhar apenas para

o ciclo da matéria-prima e para os dados de

redução de emissão de gases poluentes não

basta se continuarmos abusando da Mãe

Terra. Por enquanto, estamos caminhando

mais devagar para o abismo. Precisamos

mudar totalmente nossa direção.

Existem empresas e instituições que são

referência nesse processo? O que estão

fazendo?

Existem soluções de longo prazo interessantes

acontecendo. Estamos vendo aumentar o

alcance da agricultura regenerativa, que não

só restaura o solo e a biodiversidade como

também cria impactos sociais positivos. Já

somos capazes de formar ciclos completos

para a maior parte dos materiais utilizados na

indústria. Aprendemos a extrair energia do

sol, do vento e das marés e sabemos construir

cidades e edifícios eficientes, sem perder o

conforto e a elegância. Temos a vantagem de

não começar do zero: sabemos o que fazer. E

acumulamos grande experiência em

cooperação entre gerações e diferentes

culturas.

53

Grupo de Comunicação

Qual o potencial do Brasil nessa agenda e

quais as prioridades para o país alavancar o

novo modelo?

Muito grande. O Brasil tem uma das maiores

vantagens competitivas desse novo cenário,

que é a alta biodiversidade, aliada à enorme

diversidade de pessoas. O país tem condições

de competir em escala mundial, desde que

permita que sua diversidade seja encarada

como um fator essencial para gerar inovação.

http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?

c=0&n=31956907&e=577

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54

Grupo de Comunicação

Veículo: Portal Governo SP

Data: 1º/10/2019

Estado de SP tem destaque na produção

de flores e plantas ornamentais

Produtores do Estado exportaram US$ 8,41

milhões em 2018, representando 62,3% do

valor total dos itens que deixaram o Brasil

São Paulo é o principal produtor e exportador

de flores no Brasil. Em 2018, os produtores do

Estado exportaram US$ 8,41 milhões,

representando 62,3% do valor total dos itens

que deixaram o País (US$ 13,5 milhões). A

floricultura de São Paulo rendeu R$ 5,67

bilhões naquele ano, representando 70% do

valor faturado no território brasileiro com a

atividade.

Para prestigiar o trabalho dos produtores, a

equipe da Secretaria de Agricultura e

Abastecimento do Estado (SAA) participou de

atividades da 38ª Expoflora, maior exposição

de arranjos florais da América Latina,

promovida em Holambra, antiga colônia

holandesa, que responde por quase a metade

de todo o comércio brasileiro de flores e

plantas ornamentais.

“A exposição foi criada, há 38 anos, para

divulgar as novidades e os lançamentos do

setor e incentivar o comércio de flores e

plantas ornamentais em todo o Brasil. O

evento, já consagrado, recebe cerca de 300

mil visitantes por ano, gera cerca de 500

vagas de trabalho diretas e aproximadamente

5 mil indiretas, além de expor o trabalho de

500 produtores que atuam por meio das

cooperativas Veiling de Holambra e

Cooperflora”, salienta Vera Longuini,

coordenadora de comunicação do evento,

realizado até o último domingo (29).

Setor

O espaço na cidade ocupou o espaço de 250

mil m², com 200 mil vasos plantados e doze

ambientes que retrataram costumes e

tradições holandesas. “O setor de flores no

Brasil evoluiu muito e está cada vez mais

profissional. Temos quase 400 cooperados.

Dessa forma, conseguimos garantir

constância, variedade e qualidade”, ressalta

André Boss, diretor-geral da Veilling

Holambra, que acredita que o grande desafio

deste mercado é o abastecimento e a

inovação.

“As lojas precisam ser abastecidas

assiduamente, o que nos faz pensar nas

melhores estratégias de distribuição. Além

disso, estamos digitalizando nossos processos

e entrando no mercado de lojas virtuais”,

completa. De acordo com o empresário, a SAA

é fundamental para oferecer, além de

genética, o fortalecimento do setor por meio

de uma câmara setorial.

Graças ao trabalho de pesquisadores,

agrônomos e outros especialistas da área,

novidades podem ser apresentadas

anualmente. “Rosa bicolor, samambaia azul,

lírios gigantes, entre outras plantas e flores

que apresentamos nesta edição, são frutos de

anos de pesquisa e de cuidados em campo. O

objetivo é oferecer beleza, durabilidade e

bem-estar aos que estiverem rodeados por

essas preciosidades na natureza”, afirma Jan

Boon, designer floral. O profissional trabalha,

por exemplo, no novo foco de pesquisa ligado

ao perfume das flores.

Roberto Machado, diretor da Coordenadoria de

Desenvolvimento Rural Sustentável – Regional

Mogi Mirim, da qual Holambra faz parte, exalta

que plantas e flores têm papeis importantes

não só no paisagismo, mas também na

recuperação ambiental. “O setor é muito

intensivo, o que gera impactos positivos e

negativos. Cabe a nós, do Governo, orientar

as ações para que se tenham menos

interferências negativas na água, no solo e no

meio ambiente de forma geral”, explica.

Produção

Os números do setor no Estado apontam uma

tendência de crescimento de 12% na produção

de plantas verdes em vasos. Em segundo

lugar, vêm as plantas com flores, também em

vasos, com previsão de 7% de crescimento.

Espécies para jardinagem estão na sequência,

com aumento de 4%, e as flores de corte

fecham a lista com avanço de 2%.

O Brasil tem cerca de 8,3 mil produtores, 60

centrais de atacado (como as cooperativas,

por exemplo), 680 atacadistas e prestadores

de serviço e mais de 20 mil pontos de varejo.

São cerca de 15,6 mil hectares de área

cultivada, o que coloca o país no 8º lugar

55

Grupo de Comunicação

entre os maiores produtores de plantas

ornamentais do mundo.

Em 2019, foram criados 209 mil postos de

trabalho no setor, sendo que 54% dessas

vagas são no varejo, 39% na produção, 4%

no atacado e 3% em outras funções. Segundo

dados do Instituto Brasileiro de Floricultura

(Ibraflor), em 2018, a área de produção de

flores no Estado era de 9.360 hectares,

equivalente a 60% da área nacional.

Trabalham no cultivo das flores quatro mil

produtores, uma cadeia produtiva que gera

125 mil empregos por ano. Atibaia e Holambra

são os principais municípios produtores de São

Paulo com a área de produção, de

respectivamente, 891,5 e 397,1 hectares de

flores de corte e ornamentais, floricultura de

vaso, crisântemo e rosa.

http://www.saopaulo.sp.gov.br/ultimas-

noticias/estado-de-sp-tem-destaque-na-

producao-de-flores-e-plantas-ornamentais/

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56

Grupo de Comunicação

Veículo: O Petróleo

Data: 02/10/2019

Se petróleo e dólar estão estáveis, por

que Petrobras aumentou gasolina?

Porém, nos últimos dias, o preço da matéria-

prima ficou relativamente estável, assim como

a cotação do dólar em relação ao real, que

também afeta o valor do combustível no

Brasil. Mesmo assim, em menos de dez dias, a

Petrobras anunciou dois reajustes no preço da

gasolina nas refinarias. O primeiro reajuste foi

de 3,5%, no dia 19, e o segundo foi de 2,5%,

na sexta-feira (27), totalizando alta de 6,1%.

A Petrobras não comenta os motivos. O que

justifica essa alta? Entenda abaixo.

Preço do petróleo se estabilizou:dólar também

– O ataque a uma petroleira na Arábia Saudita

aconteceu num sábado e fez a cotação do

barril disparar quase 20% na segunda-feira

seguinte, a maior alta diária em 30 anos.

Mas o país, que é o maior exportador da

matéria-prima, conseguiu retomar a produção

diária, o que fez o preço baixar mais rápido do

que o esperado. O mercado internacional

também respondeu ao anúncio de que os EUA

usariam reservas de petróleo para compensar

a queda de produção no Oriente Médio e

controlar os preços da matéria-prima.

Entre o dia anterior ao atentado do dia (26), a

cotação em preços futuros do WTI (barril de

petróleo produzido nos EUA) foi de US$

56,11para US$ 56,41 —uma alta de 0,5%. O

Brent (barril de petróleo produzido na Europa)

teve um aumento de 4,2% nos preços futuros,

passando de US$ 60,22 para US$ 62,74. O

dólar, que também pode influenciar o valor da

gasolina no Brasil porque o petróleo é cotado

pela moeda norte americana, ficou

praticamente estável entre 13 e 26 de

setembro, com leve alta de 0,082%.

Gasolina no mercado global subiu 6,7% –

Assim como o petróleo, o preço da gasolina no

mercado internacional (RBOB futuros) também

teve alta expressiva na segunda-feira depois

do atentado: de 11,5%.

Consultora de mercado da Abicom (Associação

Brasileira dos Importadores de Combustíveis),

Milena Mansur diz que a quantidade de

gasolina disponível no mercado internacional

está menor do que o previsto, o que aumenta

os preços no mundo todo. “Se sai uma notícia

de que o estoque está alto, é excesso de

oferta, e o preço cai. Se a notícia é que o

estoque está baixo, é um risco, e o preço

sobe“, afirma.

Mansur afirma que o petróleo é apenas um

dos fatores que compõem o valor da gasolina.

“O preço do petróleo cru dita uma tendência

para os combustíveis fósseis. Mas, para saber

se realmente vai subir ou descer, temos que

acompanhar o preço dos derivados, e a

política de preço da Petrobras se baseia

nisso.”

Como funciona a política de preços da

Petrobras? Desde julho de 2017, a Petrobras

adota uma política de preços que repassa, ao

preço da gasolina e do diesel, nas refinarias, a

variação da cotação internacional dos

combustíveis. A estatal leva em consideração

quanto ela poderia ganhar se exportasse seus

produtos. Assim, se o valor sobe no mercado

internacional, a Petrobras tende a aumentar

os preços internos para preservar os lucros.

A estatal foi muito criticada durante os

governos de Lula e Dilma por segurar o

reajuste de preços para ajudar a conter a

inflação, mesmo que isso representasse lucros

menores ou, até mesmo, prejuízo à estatal.

Se o Brasil produz petróleo, por que a alta

internacional nos afeta? O Brasil produz

petróleo, mas atua tanto como importador

quanto exportador. Isso acontece por diversos

motivos, dentre os quais.O petróleo

predominante no Brasil é do tipo pesado, mais

denso e difícil de refinar. Assim, o país acaba

exportando petróleo cru e importando

derivados.

57

Grupo de Comunicação

Por questões logísticas, em alguns pontos do

país é mais barato importar petróleo. A nova

política de preços da Petrobras favorece a

concorrência.

Em relação aos derivados de petróleo, o Brasil

teve déficit de US$ 7,9 bilhões no mesmo

período: exportou o equivalente a 86,5

milhões de barris e importou 188,2 milhões.

https://www.opetroleo.com.br/se-petroleo-e-

dolar-estao-estaveis-por-que-petrobras-

aumentou-gasolina/

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58

Grupo de Comunicação

Veículo: O Petróleo

Data: 02/10/2019

Petrobras cumpre novas regras de

enxofre para combustíveis

A empresa petrolífera estatal brasileira

Petroleo Brasileiro SA disse que cumprirá as

regras globais para reduzir o teor de enxofre

em todos os seus embarques de combustíveis

a partir de terça-feira, bem antes do prazo de

2020.

A Petrobras, como é conhecida a empresa,

disse em comunicado que seu combustível de

bancas teria um teor máximo de enxofre de

0,5% a partir de terça-feira.

A Organização Marítima Internacional reduzirá

o teor de enxofre permitido no combustível de

bancas, usado pelos navios, de 3,5% para

0,5% a partir de 2020.

A Petrobras começou a ajustar suas refinarias

em abril para cumprir a regra e já produziu

1,2 milhão de metros cúbicos de combustível

de bancas com conteúdo de enxofre abaixo do

novo limite, informou a empresa.

A empresa não fez uma previsão de sua

capacidade anual de produção de combustível,

mas disse que atenderia à demanda doméstica

brasileira e exportaria qualquer excedente.

“A redução dos níveis de enxofre no bunker

(combustível) oferece à Petrobras a

oportunidade de aumentar lucrativamente sua

participação no mercado global”, afirmou a

Petrobras em comunicado.

https://www.opetroleo.com.br/petrobras-

cumpre-novas-regras-de-enxofre-para-

combustiveis/

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Data: 02/10/2019

59

Grupo de Comunicação

FOLHA DE S. PAULO OPINIÃO: Sabemos combater as mudanças

climáticas

Direito dos índios à terra é ação das mais

eficazes

Dinamam Tuxá

Em 20 de setembro de 1519 o português Fernão

de Magalhães partiu de Sanlúcar de Barrameda,

na Espanha, para a primeira viagem de circum-

navegação. Essa expedição provou, na prática,

que o planeta é esférico. Não é, evidentemente,

uma data a ser comemorada pelos povos

indígenas, já que as Grandes Navegações foram

a maior calamidade que se abateu sobre nós.

Só lembro a data por uma razão: passados 500

anos redondos, pessoas que ainda acreditam que

a Terra é plana querem nos tutelar; que gente

que nega a existência das mudanças climáticas,

diante de tantas evidências, pensa que sabe o

que é melhor para nós. Se deixarmos nos guiar

por essa turma que parou no tempo, só não

cairemos pela borda do globo por motivos óbvios.

Os europeus do século 16 se lançaram ao mar

para confirmar empiricamente o formato do

planeta. Nós, indígenas, não precisamos sair de

nossas terras para comprovar a existência de um

desequilíbrio no clima. Entretanto, nosso

conhecimento é, da mesma forma, prático. Ao

longo dos anos notamos as variações nos ciclos

da chuva e no comportamento dos animais,

sentimos na pele as variações na temperatura.

Vivemos em contato com a natureza, não em

uma selva de pedra. Hoje há consenso entre as

pessoas sensatas de que o verde é fundamental

para conter o avanço das mudanças climáticas.

Nossos territórios são os mais preservados e,

logo, o nosso conhecimento é necessário.

Durante a campanha eleitoral, o atual presidente

disse que sua intenção era que o país voltasse a

ser o que era “há 40, 50 anos”. É preciso

reconhecer que ele está se esforçando para

chegar lá; mas o resto do mundo não poderia dar

este grande salto para o passado nem se

quisesse. Dos anos 1970 para cá o planeta sofreu

estragos consideráveis. Danos que não poderiam

ser previstos naquela época, mas que hoje a

ciência comprova; prejuízos não podem ser

revertidos por decreto.

Convém lembrar que a cobiça e os erros de

Fernão de Magalhães o levaram à morte. Devido

a essa política retrógrada, o Brasil abriu mão de

sediar a conferência climática da ONU (COP25)

deste ano. O encontro será em Santiago, no

Chile, em dezembro. Fomos convidados a

participar de uma série de eventos preparatórios

que se realizaram nos Estados Unidos —o mais

importante deles é o Climate Action Summit. Não

fugimos à responsabilidade.

Os povos tradicionais protegem um terço das

florestas tropicais do planeta. Por isso nossa

importância foi reconhecida no último relatório do

Painel Intergovernamental sobre Mudanças

Climáticas (IPCC).

O documento, lançado em agosto por

especialistas de todo o mundo, afirma que

garantir o nosso direito à terra é uma das ações

mais eficazes para que a humanidade vença essa

crise. Não precisamos de tutela e não temos a

intenção de pajear ninguém. Estamos, sim,

dispostos a ajudar. Sabemos que a luta agora

não é somente por nossos direitos, mas pela

sobrevivência da espécie humana.

Dinamam Tuxá

Coordenador-executivo da Articulação dos Povos

Indígenas do Brasil (Apib); ex-integrante da

Aliança Global de Comunidades Territoriais,

coletivo formado por indígenas de Brasil,

Indonésia, América Central e Caribe

https://www1.folha.uol.com.br/opiniao/2019/10/

sabemos-combater-as-mudancas-

climaticas.shtml

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Data: 02/10/2019

60

Grupo de Comunicação

Painel: Contradição de Janot é explorada

por Lula em ação que pede suspeição de

procuradores do STF

O que disse e o que fiz Uma contradição revelada

no livro do ex-procurador-geral Rodrigo Janot vai

alimentar o pedido de suspeição dos

procuradores de Curitiba, feito no STF, por Lula.

Na obra, Janot diz ter repreendido integrantes da

força-tarefa por ignorarem limites impostos pelo

Supremo na formulação da primeira denúncia

contra o petista. À corte, porém, em 2016,

quando advogados do ex-presidente

questionaram Teori Zavascki sobre o ato da Lava

Jato, o então chefe da PGR defendeu a conduta

dos colegas.

Prólogo

No livro, Janot narra uma conversa tensa com

Deltan Dallagnol e outros procuradores que,

segundo diz, o pressionavam a denunciar Lula

antes de outros investigados para dar

sustentação à acusação que haviam feito, dias

antes, no caso do tríplex.

Motivo…

“Dallagnol e os demais colegas tinham vindo

cobrar uma inversão da minha pauta de trabalho.

Eles queriam que eu denunciasse imediatamente

o ex-presidente Lula por organização criminosa,

nem que para isso tivesse que deixar em

segundo plano outras denúncias”, diz Janot.

…razão…

Janot registra que a dura conversa ocorreu dias

após a Lava Jato denunciar Lula, no dia 14 de

setembro. No auge da discussão, acusado de

interferir no trabalho de Curitiba, Janot rebateu:

“O ministro Teori excluiu expressamente a

possibilidade de vocês investigarem e

denunciarem Lula por crime de organização

criminosa, que seguia no Supremo. E vocês

fizeram”.

…e circunstância

“Vocês desobedeceram à ordem do ministro”,

concluiu o então procurador, segundo o próprio

relato. Ao STF, porém, dia 16 de setembro, em

resposta a reclamação na qual a defesa dizia que

Lula estava sendo investigado pelos mesmos

fatos em dois lugares, STF e Curitiba, Janot

desqualificou o argumento e defendeu a Lava

Jato.

Muralha

Para Cristiano Zanin, advogado do ex-presidente,

o episódio mostra que “todos os abusos

identificados e formalizados por meio de recursos

no Judiciário não prosperaram porque havia essa

dinâmica interna”.

Fora da área de serviço?

Os deputados do PSL que mais atacam ministros

do STF nas redes silenciaram sobre a decisão de

Gilmar Mendes que suspendeu processos contra

Flavio Bolsonaro. A quietude intrigou os membros

do partido que acusam essa ala de agir com

oportunismo, poupando o clã Bolsonaro de

críticas.

Para frente se anda

Se o Supremo de fato retomar nesta quarta (2) a

discussão sobre o alcance da decisão que,

semana passada, impôs forte derrota à Lava

Jato, o ministro Luís Roberto Barroso vai seguir

linha que já vinha defendendo: circunscrever os

efeitos do veredito aos novos casos, sem permitir

que ele retroaja.

Primeiro round

Sete ministros entenderam que réus têm o

direito de apresentar alegações finais por último,

depois inclusive de delatores, para garantir a

ampla defesa. Essa ordem não foi seguida em

dezenas de casos da Lava Jato.

Segundo round

A posição de Barroso coincide com a de

procuradores, que temem a anulação de

sentenças —mas a aposta é a de que ele ficará

novamente vencido.

Fala muito

A pressão do Senado para que o governo cumpra

os acordos que firmou para destravar a reforma

da Previdência ampliou o atrito entre alas do

Planalto. Luiz Eduardo Ramos (Secretaria de

Governo) culpa Onyx Lorenzoni (Casa Civil) pela

insatisfação. Tem dito que o colega fez

promessas demais.

Corra

Até a chegada de Ramos, era Onyx o responsável

pela articulação política. O projeto que vai liberar

recursos que vão abastecer projetos indicados

pelos senadores será agilizado.

Soa como música

O ministro Paulo Guedes (Economia) voltou a

buscar apoio no Congresso com o discurso de

que quer “reabilitar a classe política”. Ele disse

Data: 02/10/2019

61

Grupo de Comunicação

em almoço com senadores, nesta terça (1), que

o ideal seria ter “menos dinheiro na mão de

ministro e mais na base”.

Canto da sereia

Guedes quer ampliar os esforços para aprovar o

pacto federativo. Ele também voltou a defender a

desvinculação de receitas. Disse que só assim,

com as reformas, conseguirá partilhar valores

com parlamentares e fortalecer o Legislativo.

TIROTEIO

Será que o problema dele é o regime pressupor

trabalho? Ou será que se apaixonou pela cadeia?

Fico sem saber…

Do deputado Delegado Waldir (GO), líder do PSL,

sobre a resistência do ex-presidente Lula a se

submeter às condições do semiaberto

https://painel.blogfolha.uol.com.br/2019/10/02/c

ontradicao-de-janot-e-explorada-por-lula-em-

acao-que-pede-suspeicao-de-procuradores-do-

stf/

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Data: 02/10/2019

62

Grupo de Comunicação

Indústria cresce em agosto, mas resultado é

concentrado em petróleo, etanol e minério

Avanço foi de 0,8%, após três meses de queda,

segundo IBGE

Nicola Pamplona

RIO DE JANEIRO

Puxada pela extração de minério e petróleo, a

produção industrial brasileira interrompeu três

meses de queda e registrou alta de 0,8% em

agosto, na comparação com o mês anterior. O

resultado, porém, foi concentrado e mostra

desaceleração da atividade ao longo dos últimos

meses.

De acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de

Geografia e Estatística), a indústria brasileira

acumula queda de 1,7% no ano. Em 12 meses, a

perda acumulada também é de 1,7%, superior

aos 1,3% registrados no mês anterior.

"Apesar da melhora na comparação com o mês

anterior, quando a gente compara com 2018, fica

evidente o tamanho da perda", diz o gerente da

Pesquisa Industrial Mensal, André Macedo. "E

essa melhora se dá em cima de uma base de

comparação mais baixa e com característica

muito concentrada."

Segundo o IBGE, o crescimento em agosto foi o

mais intenso desde junho de 2018, mas ficou

concentrado em uma das quatro atividades

econômicas pesquisadas pelo instituto: a

produção de bens intermediários, com alta de

1,4%.

Apenas 10 dos 26 ramos pesquisados pelo

instituto apresentaram alta no mês, em

comparação com julho. É o pior desempenho

desde maio, quando oito ramos mostraram

resultado positivo.

A influência mais importante para o resultado de

agosto veio da indústria extrativa, que avançou

6,6%. Foi a quarta taxa positiva após os tombos

registrados no início do ano com a suspensão de

atividades mineradoras após a tragédia de

Brumadinho (MG).

A melhora reflete a retomada das operações em

minas da Vale e a redução no número de paradas

para manutenção de plataformas de produção de

petróleo. Ainda assim, a indústria extrativa está

5% abaixo do patamar de janeiro, antes da

tragédia.

Com o impulso da extrativa, a produção de bens

intermediários, que representa 55% da indústria

brasileira, subiu 1,4% no mês, em comparação

com o mês anterior.

Também contribuíram para o desempenho o

setor de produção de combustíveis e a indústria

alimentícia — nos dois casos, com grande

influência de bens intermediários, como a

produção de açúcar, disse Macedo.

Já a produção de bens de capital caiu 0,8% e a

de bens de consumo, 0,7% —com destaque

negativo para os bens de consumo duráveis (-

1,4%), puxados pela queda na produção de

automóveis (-3%), que reverteu a expansão

registrada no mês anterior.

"Há um movimento errático na produção de

automóveis. Ora com crescimento, ora com

queda, em tentativa de adequar a produção à

demanda", diz o gerente da pesquisa.

Também influenciaram negativamente os ramos

de confecção de artigos de vestuário (-7,4%),

máquinas e equipamentos (-2,7%) e produtos

farmoquímicos (-2,7%).

"Mesmo avançando em relação a julho, esse

resultado está longe de significar uma reversão

das perdas do passado", avalia Macedo. Nos oito

meses de 2019, em cinco a indústria teve

resultado negativo.

No ano, a perda acumulada é de 1,7%, também

com forte impacto dos os efeitos de Brumadinho

—a indústria extrativa acumula queda de 10,7%,

puxando o setor de bens intermediários a queda

de 2,6%. As demais categorias ficaram próximas

da estabilidade.

Para Macedo, o ambiente de incerteza das

famílias e no comércio exterior continua

impactando o desempenho da indústria

brasileira. "São 12 milhões de pessoas fora do

mercado de trabalho, a qualidade do trabalho

também é menor. E isso não contribuiu para o

aumento da demanda doméstica", afirma.

Em relação a agosto de 2018, a produção

industrial brasileira recuou 2,3%, informou o

IBGE. Nesta base de comparação, houve queda

em todas as grandes atividades pesquisadas.

Data: 02/10/2019

63

Grupo de Comunicação

Em 12 meses, a indústria registra queda de

1,7%, o que indica perda de ritmo da atividade,

de acordo com Macedo. Em julho, o recuo era de

1,3%. Nessa base de comparação, 16 dos 26

setores estão no terreno negativo, o pior

espalhamento desde abril de 2017.

"A entrada de agosto nos dá uma ideia de

aumento da intensidade de perda da indústria",

disse o gerente da pesquisa. "É uma produção

industrial que opera abaixo de 2018, acentuando

as perdas do início do ano."

https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2019/10

/industria-cresce-em-agosto-mas-resultado-e-

concentrado-em-petroleo-etanol-e-minerio.shtml

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Data: 02/10/2019

64

Grupo de Comunicação

'Interesse na Amazônia não é no índio nem

na porra da árvore', diz Bolsonaro

Presidente discursou a garimpeiros, que pediam

proteção à atividade na Serra Pelada, e disse que

interesse estrangeiro é no minério

1º.out.2019 às 12h58. Atualizado: 1º.out.2019

às 17h57

Gustavo Uribe

BRASÍLIA

Em um discurso improvisado, feito a um grupo

de garimpeiros em Brasília, o presidente Jair

Bolsonaro disse nesta terça-feira (1º) que o

discurso estrangeiro favorável à floresta

amazônica não está preocupado com a

preservação ambiental ou com a proteção dos

índios.

Na entrada do Palácio do Planalto, onde subiu

numa cadeira para discursar, ele disse que o

interesse não é na "porra da árvore" e voltou a

fazer críticas ao cacique Raoni Metuktire, que

segundo ele "vive tomando champanhe" em

países europeus.

"O interesse na Amazônia não é no índio nem na

porra da árvore, é no minério. O Raoni fala pela

aldeia dele, fala como cidadão, [mas] não fala

por todos os índios, não. É outro que vive

tomando champanhe em outros países por aí",

disse.

Em defesa dos garimpeiros, Bolsonaro disse que

empresas estrangeiras têm culpa no

desmatamento amazônico e sugeriu que elas

pagam propina para encobrir crimes ambientais.

“O mundo muitas vezes critica o garimpeiro. A

covardia que fazem com o meio ambiente, como

empresas de vários países do mundo fazem aqui

dentro do Brasil, ninguém toca no assunto

porque a propina, pelo o que parece, corre solta",

disse.

O presidente atendeu a manifestação de

representantes da Coomigasp (Cooperativa de

Mineração dos Garimpeiros de Serra Pelada), que

havia protestado mais cedo no Palácio do

Alvorada.

Os representantes da entidade, que se reuniram

com Bolsonaro também no gabinete presidencial,

pedem que seja deslocado um contingente das

Forças Armadas a Serra Pelada, no Pará, para

proteger a atividade do garimpo.

"Vocês foram felizes no tempo do [presidente

militar João] Figueiredo. A legislação era outra e

eu tenho de cumprir a lei. Por isso que eu digo a

vocês: se tiver amparo legal, eu boto as Forças

Armadas lá", disse.

O grupo acusa a empresa mineradora Vale de

avançar sobre a área demarcada para a

exploração da cooperativa, por meio de túneis

subterrâneos. Eles solicitam que as licenças

passem a ser dadas pelo governo federal, não

mais pelos estaduais e municipais.

"As fotografias que eu vi, gostaria que a nossa

imprensa fizesse um trabalho nesse sentido,

mostram túneis em que entram um ônibus duplo

de tanto de ouro que tiraram da região de

vocês", disse o presidente.

Ele ressaltou, no entanto, que o poder público

"não vai desrespeitar contrato com ninguém" e

que pretende buscar uma maneira de solucionar

a situação no Pará, porque, segundo ele, "não

pode continuar como está".

"Esse é um país que é roubado há 500 anos. A

gente conhece o potencial mineral do Brasil, de

Roraima, do sul do Pará. Eu sei como a Vale

abocanhou, no governo Fernando Henrique

Cardoso, o direito minerário no Brasil. Um crime

que aconteceu", criticou.

Recebido por Bolsonaro, o garimpeiro Jonas

Andrada, representante da cooperativa, disse

que sua área de exploração, vizinha a uma região

de atuação da Vale, foi cedida pelo governo

militar, e sugeriu que a empresa possa estar

roubando o minério. Ele defendeu uma

intervenção federal para proteger a área.

"Nós queremos uma força-tarefa do governo

federal dentro de Serra Pelada. Estamos pedindo

Data: 02/10/2019

65

Grupo de Comunicação

ao Exército Brasileiro a demarcação de nossa

terra porque a Vale pode estar dentro de nossa

terra através de túneis para tirar o nosso

minério", acrescentou.

Procurada pela Folha, a Vale informou que não

tem atividades minerárias em Serra Pelada "nem

qualquer operação de mineração subterrânea no

Pará".

A Vale diz que cedeu a área de jazida à

Coomigasp em março de 2007. "A empresa

mantém no município de Curionópolis apenas a

unidade Serra Leste, de exploração exclusiva de

minério de ferro", disse.

O presidente discute projeto de lei para liberar

atividade de mineração em terras indígenas. A

ideia é que a proposta seja enviada ao Legislativo

neste mês. Para especialistas consultados pela

Folha, seria uma volta da tutela do Estado sobre

os indígenas que já foi revogada, com exceções,

pela Constituição de 1988.

Pesquisa Datafolha contratada pela organização

não governamental ISA (Instituto

Socioambiental) apontou que 86% dos brasileiros

discordam da permissão à entrada de empresas

de exploração mineral em terras indígenas.

https://www1.folha.uol.com.br/ambiente/2019/1

0/o-interesse-na-amazonia-nao-e-no-indio-nem-

na-porra-da-arvore-diz-bolsonaro.shtml

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Data: 02/10/2019

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Grupo de Comunicação

Bolsonaro diz que Vale 'abocanhou direito

minerário no Brasil'

Empresa nega irregularidades; garimpeiros

pedem ao presidente força-tarefa para proteger

Serra Pelada

2.out.2019 à 0h50

Gustavo Uribe

BRASÍLIA

Em apoio a um grupo de garimpeiros, o

presidente Jair Bolsonaro (PSL) criticou a atuação

da mineradora Vale nesta terça-feira (1º), em

Brasília.

“Esse é um país que é roubado há 500 anos. A

gente conhece o potencial mineral do Brasil, de

Roraima, do sul do Pará. Eu sei como a Vale

abocanhou, no governo Fernando Henrique

Cardoso, o direito minerário no Brasil. Um crime

que aconteceu", criticou.

Em defesa dos garimpeiros, Bolsonaro disse

ainda que empresas estrangeiras têm culpa no

desmatamento amazônico e sugeriu que elas

pagam propina para encobrir crimes ambientais.

“O mundo muitas vezes critica o garimpeiro. A

covardia que fazem com o meio ambiente, como

empresas de vários países do mundo fazem aqui

dentro do Brasil, ninguém toca no assunto

porque a propina, pelo o que parece, corre solta",

disse.

Bolsonaro atendeu a manifestação de

representantes da Coomigasp (Cooperativa de

Mineração dos Garimpeiros de Serra Pelada), que

havia protestado mais cedo no Palácio do

Alvorada.

Os representantes da entidade, que se reuniram

com Bolsonaro no gabinete presidencial, acusa a

Vale de avançar sobre a área demarcada para a

exploração da cooperativa, por meio de túneis

subterrâneos. Eles solicitam que as licenças

passem a ser dadas pelo governo federal, não

mais pelos estaduais e municipais.

Recebido por Bolsonaro, o garimpeiro Jonas

Andrada, representante da cooperativa, disse

que sua área de exploração, vizinha a uma região

de atuação da Vale, foi cedida pelo governo

militar, e sugeriu que a empresa possa estar

roubando o minério. Ele defendeu uma

intervenção federal para proteger a área.

"Nós queremos uma força-tarefa do governo

federal dentro de Serra Pelada. Estamos pedindo

ao Exército Brasileiro a demarcação de nossa

terra porque a Vale pode estar dentro de nossa

terra através de túneis para tirar o nosso

minério", acrescentou.

"As fotografias que eu vi, gostaria que a nossa

imprensa fizesse um trabalho nesse sentido,

mostram túneis em que entram um ônibus duplo

de tanto de ouro que tiraram da região de

vocês", disse o presidente.

Os garimpeiros querem que seja deslocado um

contingente das Forças Armadas a Serra Pelada,

no Pará, para proteger a atividade do garimpo.

"Vocês foram felizes no tempo do [presidente

militar João] Figueiredo. A legislação era outra e

eu tenho de cumprir a lei. Por isso que eu digo a

vocês: se tiver amparo legal, eu boto as Forças

Armadas lá", disse.

Bolsonaro ressaltou, no entanto, que o poder

público "não vai desrespeitar contrato com

ninguém" e que pretende buscar uma maneira de

solucionar a situação no Pará, porque, segundo

ele, "não pode continuar como está".

Procurada pela Folha, a Vale informou que não

tem atividades minerárias em Serra Pelada "nem

qualquer operação de mineração subterrânea no

Pará".

A Vale diz que cedeu a área de jazida à

Coomigasp em março de 2007. "A empresa

mantém no município de Curionópolis apenas a

unidade Serra Leste, de exploração exclusiva de

minério de ferro", disse.

Discussões sobre mineração na região norte têm

alimentado embates.

Na virada de agosto para setembro, fiscais do

Ibama e do ICMBio e agentes da Força Nacional

atuaram na região da floresta nacional do

Crepori, no Pará, queimando retroescavadeiras e

máquinas usadas para destruir o ambiente.

Havia milhares de garimpeiros operando em

áreas ilegais na floresta, segundo integrantes da

operação.

A ação provocou a reação de garimpeiros em

grupos de aplicativos de celular e redes sociais.

Data: 02/10/2019

67

Grupo de Comunicação

Alguns, que operavam ilegalmente dentro da

floresta, chegaram a distribuir áudios e vídeos

convocando moradores a reagir contra

fiscalização.

Há muitos debates também envolvendo a

exploração de jazidas em áreas demarcadas ou

em reservas ambientais em vários pontos

Amazônia Legal.

O governo deve anunciar até o fim do mês

proposta para regulamentar a exploração mineral

em terras indígenas. A extração nessas áreas é

permitida pela Constituição, mas nunca houve lei

para regulamentar a atividade. Crítico de

demarcações, o Bolsonaro já chegou a propor

uma consulta pública para debater o tema com a

sociedade.

Um grupo coordenado pela Casa Civil com

participação de outros ministérios está

elaborando a proposta de regulamentação.

Em alguns locais, a discussão chegou à Justiça.

No estado do Amazonas, a Justiça Federal

atendeu a um pedido de liminar do Ministério

Público Federal e cancelou 1.072 requerimentos

(equivalente a 96% do total) relativos a pesquisa

ou concessão para mineração em terras

indígenas no estado. Ainda há 41 processos a

serem analisados.

Os pedidos cancelados pela Justiça estavam

suspensos e encontravam-se em condição

semelhante a uma lista de espera —aguardando

uma lei que regulamentasse a mineração em

terras indígenas.

Segundo dados levantados por estudo do WWF-

Brasil, em fevereiro de 2018 havia no país 3.114

requerimentos de títulos minerários suspensos e

incidentes sobre terras indígenas na Amazônia

Legal, apenas na espera da criação de um marco

regulatório.

https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2019/10

/bolsonaro-diz-que-vale-abocanhou-direito-

minerario-no-brasil.shtml

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Data: 02/10/2019

68

Grupo de Comunicação

Mônica Bergamo: Bolsonaro lança na quinta

campanha publicitária de pacote anticrime

de Moro

Ação chegou a ser suspensa algumas vezes,

justamente nos momentos de crise entre os dois

O presidente Jair Bolsonaro lançará nesta quinta

(3) a campanha publicitária do pacote anticrime

do ministro da Justiça, Sergio Moro. Ela chegou a

ser suspensa algumas vezes —justamente nos

momentos em que a relação entre os dois

passava por uma crise.

RELATO

Os filmes, de 30 segundos, serão exibidos nas

TVs e na internet. Eles mostram pessoas reais

contando como sofreram com a impunidade no

Brasil.

RELATO 2

Em uma das peças, um homem relata que o pai

foi assassinado. O criminoso, condenado por um

tribunal do júri, permanece solto. Uma das

propostas de Moro é que a pessoa comece a

cumprir a pena logo depois de condenada, sem

esperar pela apreciação de outras instâncias da

Justiça.

REGIME FECHADO

Num outro filme, uma senhora conta como um

preso que tinha cometido crime grave saiu da

prisão em dias de visita a familiares e matou o

marido dela. O governo propõe que detentos de

alta periculosidade não tenham direito a saídas

temporárias.

VOLTA E MEIA

O caso de Rodrigo Janot, que pode ser

investigado pelo CNMP (Conselho Nacional do

Ministério Público) por ter planejado o

assassinato do ministro Gilmar Mendes, do STF

(Supremo Tribunal Federal), foi parar nas mãos

de Augusto Aras. O novo procurador-geral da

República é desafeto de Janot.

MEIA VOLTA

Otavio Luiz Rodrigues, conselheiro do CNMP,

decidiu enviar o caso à corregedoria do órgão.

Como o cargo está vago, caberá a Aras atuar

como corregedor.

ORIENTE

O vice-governador de São Paulo, Rodrigo Garcia,

e o secretário estadual de Infraestrutura e

Meio Ambiente, Marcos Penido, integrarão o

grupo de 30 empresários que irá à China neste

mês em viagem organizada pelo Lide, fundado

por João Doria.

FRETE

A tela “Operários”, de Tarsila do Amaral, deixará

o Palácio da Boa Vista, em Campos do Jordão,

depois de quase 50 anos. A partir desta quarta

(2), a obra ficará exposta no hall nobre do

Palácio dos Bandeirantes, em São Paulo.

AMIGOS PARA SEMPRE

A ministra Cármen Lúcia, do STF, participou, ao

lado de Gilmar Mendes, da sessão solene em

homenagem ao advogado Sigmaringa Seixas, um

dos melhores amigos de Lula e um dos

responsáveis pela indicação dela ao Supremo.

Estavam lá o advogado Marco Aurélio de

Carvalho e José Sarney, o defensor público Pedro

Carriello, o advogado Antônio Pedro Melchior e o

deputado federal Paulo Teixeira, que propôs a

cerimônia, e o ex-procurador-geral Roberto

Gurgel. O advogado José Geraldo Grossi também

foi homenageado.

NOVA MIRADA

O cineasta José Padilha desembarcou em Brasília

para conversar com personalidades para o

documentário que está fazendo sobre a Operação

Lava Jato. Ele já esteve com os ministros Gilmar

Mendes e Luís Roberto Barroso, do STF (Supremo

Tribunal Federal).

AGENDA

O diretor ainda não conversou com Sergio Moro

—de quem era admirador e hoje é crítico.

AGENDA 2

No Rio, Padilha esteve com o jornalista Glenn

Greenwald, do The Intercept Brasil, que revelou

o escândalo da Vaza-Jato. Em Curitiba,

conversou com o procurador Deltan Dallagnol.

LADO DE FORA

O cineasta dedicará boa parte do filme, que terá

lançamento mundial, ao braço da operação nos

EUA.

O MAIOR

Sua equipe está entrevistando procuradores e

autoridades do país. “Parece que a Lava Jato

aconteceu só no Brasil. Mas teve uma

investigação inteira nos EUA”, afirma. Lá,

segundo lembra, Petrobras, Odebrecht e

Data: 02/10/2019

69

Grupo de Comunicação

Braskem “firmaram o maior acordo de leniência

da história americana”.

FILME ABERTO

Ele afirma que não sabe como o documentário

terminará. “Muita coisa importante ainda deve

acontecer”, afirma.

TRIBUNAL

O presidente Jair Bolsonaro (PSL) terá que pagar

R$ 2.000 de despesas e honorários da ação em

que processou o apresentador Marcelo Tas por

danos morais. Bolsonaro pede R$ 20 mil de

indenização por Tas tê-lo chamado de racista e

homofóbico em uma entrevista em 2017.

TRIBUNAL 2

A Justiça de SP rejeitou o pedido. Bolsonaro pode

recorrer. “O debate político tem que ser livre.

Sem apelação para processos”, diz Tas. A

Presidência da República não se manifestou até a

conclusão desta edição.

LÁ...

O programa do governo de SP Juntos pela

Cultura, que a partir de chamamentos públicos

promove eventos culturais em parceria com

municípios paulistas, recebeu em sua primeira

edição 209 inscrições de cidades interessadas em

participar da programação do Circuito SP —

dessas, 90 serão selecionadas.

... E CÁ

Outros 65 municípios se inscreveram para

participar da Virada SP, que ocorre em novembro

e dezembro, e 156 cidades para o Tradição SP,

que apoia expressões culturais populares

tradicionais.

PIPOCA

Os atores Daniel de Oliveira, Chay Suede e Laura

Neiva foram à pré-estreia do filme “Domingo”,

realizada na segunda (30), no CineSesc, em São

Paulo. As atrizes Maria Manoella, Martha Nowill e

Camila Morgado também passaram por lá.

CURTO-CIRCUITO

Barbara Gancia faz sessão de bate-papo na noite

de autógrafos para o lançamento do seu livro “A

Saideira”. Hoje, às 19h, na Livraria da Travessa

de Pinheiros.

O Theatro Municipal promove hoje o lançamento

de livro e documentário sobre os 50 anos do Balé

da Cidade de São Paulo.

A marca Selo lança a sua primeira loja no país.

Hoje, às 17h, na rua Melo Alves, em São Paulo.

com BRUNO B. SORAGGI, GABRIEL RIGONI e

VICTORIA AZEVEDO

https://www1.folha.uol.com.br/colunas/monicabe

rgamo/2019/10/bolsonaro-lanca-nesta-quarta-

campanha-publicitaria-de-pacote-anticrime-de-

moro.shtml

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Data: 02/10/2019

70

Grupo de Comunicação

Política hídrica de cidade do interior de

Sergipe ganha prêmio de sustentabilidade

Projeto Águas de São Cristóvão resultou em

ampliação da rede de abastecimento de água no

município

Jorge Abrahão

“Hoje nós podemos dizer que estamos ricos”. O

depoimento de um morador da comunidade

Brasilinha, periferia de São Cristóvão (SE),

resume a emoção dos quase 90 mil habitantes da

pequena cidade nordestina que hoje comemora a

facilidade de ter, pela primeira vez, água tratada

em quase 100% das casas.

O projeto “Águas de São Cristóvão”, iniciado em

2017, ganhou destaque nacional ao conquistar o

primeiro lugar na 3ª edição do Prêmio Cidades

Sustentáveis, no tema Acesso a Serviços,

categoria municípios pequenos. A cerimônia de

premiação ocorreu durante a Conferência

Catalisando Futuros Urbanos Sustentáveis,

realizada há duas semanas no Parque do

Ibirapuera, em São Paulo.

Homem sentado sobre caminhão-pipa

Projeto também fornece maiores informações

sobre padrões de qualidade dos serviços de

captação, tratamento e abastecimento de água e

resultou em ampliação do tratamento de água na

região - Jarbas Oliveira/Folhapress

Depois de um longo processo de análise, que

contou com a participação de especialistas e

organizações parceiras do Programa Cidades

Sustentáveis, a vitória desta boa prática

sergipana é extremamente significativa e

simbólica ao representar o poder dos pequenos

municípios brasileiros na promoção da qualidade

de vida aos seus cidadãos.

O projeto “Águas de São Cristóvão” inovou ao

priorizar uma administração integrada dos

recursos hídricos sempre com o foco em três

pilares: gestão participativa, acesso à água como

direito e qualidade dos serviços e produtos.

O poder público municipal, responsável pela

iniciativa —e premiado por isso— também teve o

cuidado de alinhar as ações aos Objetivos de

Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU,

principalmente em relação ao terceiro objetivo,

que visa “assegurar uma vida saudável e

promover o bem-estar para todos, em todas as

idades” e ao sexto objetivo, que busca

“assegurar a disponibilidade e gestão sustentável

da água e saneamento para todos”.

Chama a atenção a preocupação dos gestores em

qualificar a relação com os moradores da cidade.

Os padrões de qualidade dos serviços de

captação, tratamento e abastecimento de água

são divulgados por meio de mensagens nas

contas de água, notas no jornal local e no site da

prefeitura.

Também são prestadas informações por meio da

central de atendimento via telefone com quatro

linhas disponíveis. Segundo a prefeitura de São

Cristóvão, todas as solicitações e reclamações

dos usuários são analisadas e consideradas nos

processos de gestão.

Além da satisfação visível no rosto dos

moradores de São Cristóvão, há números

impressionantes desta boa prática em menos de

dois anos de execução. Alguns deles: aumento

em 30% do volume de água represada com o

alargamento do minante do Banho Morno e Rio

das Moças; perfuração de 7 novos poços

tubulares, aumentando a capacidade em cerca de

18 mil litros/hora; conclusão em 100% da

Estação de Tratamento de Água do Rio

Comprido; implantação de mais de cinco mil

metros de rede de abastecimento de água;

interiorização das ações para cerca de doze

povoados, além do Centro Histórico.

Data: 02/10/2019

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Grupo de Comunicação

Dar voz e visibilidade a histórias tão bem-

sucedidas quanto essa foi nossa intenção ao

incluir a cerimônia de entrega do Prêmio Cidades

Sustentáveis na programação de uma

conferência internacional que reuniu mais de

1.200 especialistas de 201 cidades e 40 países.

Muito mais do que entregar um troféu à gestão

em vigor, o Prêmio tem o papel pedagógico de

estimular boas práticas em todo o Brasil,

valorizando o papel das cidades e, assim como

em São Cristóvão, revelando o poder

transformador dos pequenos municípios,

independentemente dos recursos financeiros e

das condições políticas mais ou menos

favoráveis.

A genuína felicidade do humilde morador

declarando-se rico diante da água —em contraste

com a valorização da riqueza material dos dias

de hoje— fez muitos pensarem em questões

básicas que saem de nosso radar nos grandes

centros urbanos e mostrar que temos muito a

avançar em temas simples, mas fundamentais

para a qualidade de vida de importante parcela

da população.

Iniciativas consistentes como a de São Cristóvão

têm caráter multiplicador e devem servir de

inspiração para as mais diversas cidades

brasileiras.

Jorge Abrahão

Coordenador geral do Instituto Cidades

Sustentáveis, organização realizadora da Rede

Nossa São Paulo e do Programa Cidades

Sustentáveis.

https://www1.folha.uol.com.br/colunas/jorge-

abrahao/2019/10/politica-hidrica-de-cidade-do-

interior-de-sergipe-ganha-premio-de-

sustentabilidade.shtml

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Data: 02/10/2019

72

Grupo de Comunicação

Em Berlim, Salles questiona contribuição

humana na mudança climática

Em entrevista a jornal conservador, ministro diz

ser preciso 'averiguar' se homem é o principal

agente da mudança do clima

BONN (ALEMANHA) | DW

Em sua viagem pela Europa para defender a

política ambiental brasileira, o ministro do Meio

Ambiente, Ricardo Salles, questionou o impacto

da contribuição humana na mudança climática

em entrevista ao jornal conservador alemão FAZ

(Frankfurter Allgemeine Zeitung).

Nesta terça-feira (1º), Salles cumpre seu

segundo dia de agenda em Berlim. Segundo

declarou em um vídeo no Twitter, o giro europeu

tem como objetivo "desmistificar" um

"sensacionalismo" de informações que "não são

corretas" sobre a situação ambiental brasileira.

A etapa alemã da viagem segue uma agenda que

não vem sendo divulgada publicamente pelo

Ministério do Meio Ambiente brasileiro. Parte da

programação inclui entrevistas e encontros com

autoridades. Na segunda-feira, uma reunião com

representantes de grandes empresas alemãs,

incluindo as gigantes do setor químico Bayer e

Basf, foi alvo de protestos organizados pelo

Greenpeace, que havia vazado a realização do

encontro.

Na entrevista ao FAZ, Salles foi questionado

pelos jornalistas sobre o impacto da ação

humana nas mudanças climáticas. O brasileiro

afirmou acreditar que o "comportamento humano

tem um impacto no clima", mas que "ainda é

preciso questionar quão grande é a contribuição

humana" para a mudança climática. "Ainda

temos que averiguar isso", disse.

Os jornalistas do FAZ perguntaram então a Salles

se ele acredita que a participação humana nas

alterações climáticas é "grande" ou "pequena". O

ministro respondeu: "Não posso responder isso.

Não sou nenhum cientista."

Porém, segundo a Agência Federal para o Meio

Ambiente –principal autoridade ambiental da

Alemanha–, a maioria dos cientistas que estudam

as mudanças climáticas aponta que, sim, a

contribuição humana não é apenas grande, como

dominante entre as causas das alterações do

clima. De acordo com a agência, estudos indicam

que os humanos são os principais agentes

causadores das alterações que foram registradas

desde a metade do século 20.

Já o IPCC (Painel Intergovernamental sobre

Mudanças Climáticas), das Nações Unidas,

referência sobre o tema, afirma que é 95% certo

que os humanos causaram mais da metade do

aumento de temperatura registrado entre 1951 e

2010.

A Nasa (Agência Espacial Americana), por sua

vez, aponta que 97% dos cientistas que

regularmente publicam estudos sobre mudanças

climáticas indicam que elas ocorrem por causa da

ação humana.

O governo alemão não questiona esses dados.

Em junho, a ministra do Meio Ambiente, Proteção

da Natureza e Segurança Nuclear da Alemanha,

Svenja Schulze, disse: "Não temos nenhum

problema de desconhecimento sobre a proteção

do clima. Cientistas do mundo todo comprovam a

mudança climática provocada pelos humanos."

COMBATE AO DESMATAMENTO E ATRITOS COM

A ALEMANHA

Ainda na mesma entrevista, Salles disse que o

Brasil conta com "uma boa rede legal para a

proteção do meio ambiente" e voltou a rebater a

afirmação de que a Amazônia é "o pulmão do

mundo". "Já foi provado que esse conceito é

incorreto", disse o ministro, argumentando que a

"Amazônia produz a mesma quantidade de

oxigênio que consome".

O ministro, no entanto, admitiu, diante dos

questionamentos dos jornalistas, que a Amazônia

tem um papel importante na absorção de CO2 .

"É claro que sabemos da importância da

floresta."

Data: 02/10/2019

73

Grupo de Comunicação

"O Brasil está desempenhando um trabalho muito

bom na luta contra a mudança climática. Nós

temos como base a energia renovável, reduzir o

desmatamento na Amazônia e promover o

reflorestamento. Nossa contribuição nacional é

provavelmente a mais ambiciosa do mundo",

afirmou.

O ministro ainda foi questionado sobre a

possibilidade de o acordo entre a União Europeia

e o Mercosul não ser ratificado. Desde o início da

crise do desmatamento e queimadas na

Amazônia, em agosto, diversos países europeus,

entre eles a França e a Irlanda, sinalizaram que

não devem ratificar o acordo por causa da

política ambiental do governo Bolsonaro. A

Áustria foi mais longe, e seu Parlamento aprovou

uma moção para obrigar o governo federal a

vetar o pacto.

Para Salles, rejeitar o acordo e renunciar às

oportunidades de investimentos no Brasil teria "o

efeito oposto" na Amazônia. "O acordo oferece

grandes oportunidades econômicas. [...] As

maiores ameaças à proteção da natureza no

Brasil estão ligadas à pobreza e à falta de

desenvolvimento", disse o ministro.

Nesse ponto, a posição de Salles não é muito

diferente da abordagem do governo alemão. Os

ministros da chanceler federal, Angela Merkel, já

entraram em atrito com o governo brasileiro

sobre o desmatamento no Brasil e a gestão do

Fundo Amazônia, mas a posição oficial do

governo alemão tem sido de continuar a apoiar o

acordo com o Mercosul.

No fim de agosto, um porta-voz da chancelaria

alemã afirmou que "a não ratificação do acordo

com o Mercosul não contribuirá para reduzir o

desmatamento na Amazônia", acrescentando que

o pacto possui um "ambicioso capítulo de

sustentabilidade com regulamentos vinculativos

para a proteção climática".

ENCONTROS COM AUTORIDADES

Na tarde desta terça-feira, Salles tinha um

encontro marcado com sua equivalente alemã, a

ministra Svenja Schulze, ministra do Meio

Ambiente. Mais cedo, ele se encontrou com o

ministro Gerd Müller, da pasta para Cooperação e

Desenvolvimento da Alemanha.

Em frente à sede da pasta de Müller, na região

central de Berlim, três dezenas de manifestantes

do Greenpeace voltaram a protestar contra a

presença de Salles na Alemanha, como já havia

ocorrido na segunda-feira. Eles estenderam uma

faixa com a frase "Não destruam a Amazônia".

Segundo o porta-voz do ato, Jannes Stoppel, o

protesto não tinha apenas Salles como alvo, mas

também o governo alemão. "O ministro Müller se

vangloriou sobre a proteção de florestas na

semana passada durante a Cúpula do Clima da

ONU, mas ele também apoia a ratificação do

acordo com o Mercosul, e consequentemente a

pecuária do Brasil e a destruição da Amazônia."

https://www1.folha.uol.com.br/ambiente/2019/1

0/em-berlim-salles-questiona-contribuicao-

humana-na-mudanca-climatica.shtml

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Data: 02/10/2019

74

Grupo de Comunicação

Grandes capitais brasileiras estão

ameaçadas pelo aquecimento global

Cidades como Porto Alegre, Rio de Janeiro e

Recife terão problemas críticos caso temperatura

aumente

Robert Muggah

Quer os políticos do Brasil acreditem ou não, o

aquecimento global é um fato. Existe um perigo

de que, enquanto os dados climáticos são

questionados, as populações brasileiras sejam

deixadas despreparadas para atenuar e se

adaptar aos efeitos catastróficos que já estão em

andamento.

Mais de 80% dos brasileiros vivem a algumas

centenas de quilômetros da costa do país, mas

poucas cidades desenvolveram estratégias e

mecanismos financeiros abrangentes para lidar

com o aumento do calor, a escassez de água e o

aumento do nível do mar. A menos que o Brasil

comece a agir agora, milhões enfrentarão a

morte, deslocamento forçado e inúmeras

dificuldades.

Uma das consequências mais perigosas das

mudanças climáticas é o aquecimento dos

oceanos e o derretimento do gelo do mar.

Aproximadamente 70% da superfície do mundo é

coberta por oceanos.

O último relatório do IPCC, divulgado na última

semana, oferece as informações mais

abrangentes publicadas até agora dos impactos

das mudanças climáticas nos oceanos, nas

geleiras e nos mantos de gelo. O prognóstico é

terrível: os oceanos estão sofrendo um

aquecimento dramático e se tornando mais

pobres em oxigênio.

A menos que as emissões de gases de efeito

estufa e as temperaturas globais sejam

intensamente reduzidas nas próximas décadas,

os ecossistemas marinhos podem entrar em

colapso e as comunidades costeiras podem ficar

submersas.

Até recentemente, as dimensões dos impactos

das mudanças climáticas nos oceanos não eram

totalmente compreendidas. A atenção estava

concentrada nas consequências que eram mais

perceptíveis no curto e médio prazo —secas,

incêndios e perda de biodiversidade na terra. Mas

à medida que as geleiras derretem e os oceanos

esquentam, o nível do mar sobe.

A escassez de água também está no horizonte

devido à diminuição do gelo, inclusive no

Himalaia, terceiro maior polo do mundo. Os

sinais do colapso se tornam cada vez mais

evidentes. Ondas de calor marinhas estão se

tornando mais frequentes. Tendo mais do que

duplicado em incidência desde os anos 1980, elas

devem se tornar de 20 a 50 vezes mais

frequentes nesse século.

Populações de peixe já estão migrando para

longe de seus criadouros naturais e patógenos

estão se espalhando e infectando populações de

mariscos.

As implicações do aquecimento do oceano na

segurança alimentar são terríveis. O crescimento

da acidez nas águas está destruindo

ecossistemas delicados, dificultando o

crescimento de corais e mariscos. Os frutos do

mar representam cerca de 17% da proteína do

mundo e milhões de pessoas dependem da pesca

para sobreviver. A indústria da pesca já está sob

pressão, com muitos sendo forçados a reduzir

cachês para permitir que o estoque se

reconstrua.

O aumento do nível do mar também gerará um

movimento migracional sem precedentes. A

última estimativa aponta que cerca de 200

milhões de pessoas serão deslocadas

forçadamente pelo clima até 2050, grande parte

vindo de comunidades costeiras expostas a

inundações.

Mas não apenas pessoas serão forçadas ao

deslocamento, cidades inteiras também.

Municípios como Porto Alegre, Florianópolis, Rio

de Janeiro, Recife e Belém enfrentarão ameaças

críticas caso a temperatura global aumente 2ºC e

estarão submersas caso aumente 4ºC.

Embora muitos desses impactos sejam

inevitáveis, existem caminhos para diminuir o

dano das mudanças climáticas nos oceanos e nos

Data: 02/10/2019

75

Grupo de Comunicação

seres humanos em geral. O requisito mais

fundamental é que os países cortem a emissão

de gases estufa e limitem o crescimento da

temperatura global em menos de 2ºC.

Isso não impedirá que recifes de corais sejam

devastados ou que o nível do mar aumente, mas

pode reduzir danos. No Brasil, as vastas reservas

de óleo, refinarias e incêndios florestais maciços

geram bilhões de toneladas de gases de efeito

estufa por ano.

O país precisa urgentemente estabelecer uma

meta para descarbonizar e reduzir as emissões

antes que seja tarde demais. Também precisa

preparar suas cidades e populações costeiras

para as próximas tempestades.

Robert Muggah é diretor de Pesquisa do Instituto

Igarapé.

https://www1.folha.uol.com.br/ilustrissima/2019

/10/grandes-capitais-brasileiras-estao-

ameacadas-pelo-aquecimento-global.shtml

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Data: 02/10/2019

76

Grupo de Comunicação

ESTADÃO Bolsonaro: 'O interesse na Amazônia não é

no índio e nem na árvore, é no minério'

Presidente garantiu pessoalmente a garimpeiros

que, se houver amparo legal, enviará militares

para atuação em Serra Pelada

Julia Lindner, O Estado de S.Paulo

BRASÍLIA - O presidente Jair Bolsonaro (PSL)

voltou a criticar nesta terça-feira, 1º, o interesse

de outros países na Floresta Amazônica. "O

interesse na Amazônia não é no índio e nem na

porra da árvore, é no minério", afirmou

Bolsonaro a um grupo de garimpeiros que o

esperava no Palácio do Planalto, em Brasília.

Bolsonaro disse ao grupo que, se houver amparo

legal, vai enviar as Forças Armadas para atuar na

região de Serra Pelada, no sul do Pará, e

assegurar a exploração mineral no local.

Os representantes da Cooperativa de Mineração

dos Garimpeiros de Serra Pelada (Coomigasp)

estão desde cedo em Brasília para tentar

conversar com o presidente. Mais cedo, foram ao

Palácio da Alvorada, mas não puderam entrar.

Depois, no Palácio do Planalto, foram atendidos

pessoalmente por Bolsonaro, que conversou por

cerca de dez minutos com os integrantes da

cooperativa na entrada da sede do governo.

Críticas à Vale e suposta propina que 'corre

solta'

No encontro, os garimpeiros reclamaram da

mineradora Vale, que atua na região. Segundo

Bolsonaro, a empresa "abocanhou" o direito

mineral no Brasil no governo do ex-presidente

Fernando Henrique Cardoso (1995 a 2003).

"Esse é um País que é roubado há 500 anos. A

gente conhece o potencial mineral do Brasil. Eu

sei como a Vale do Rio Doce abocanhou, no

governo FHC, o direito mineral no Brasil. Um

crime, um crime o que aconteceu", disse o

presidente.

O presidente também disse que é uma "covardia"

o que fazem com garimpeiros no Brasil e

insinuou que há pessoas que pagam propina para

encobrir ilegalidades.

"Está aí o mundo falando e muitas vezes

criticando garimpeiros. É uma covardia que

fazem com o meio ambiente de vários países do

mundo. Faz aqui dentro do Brasil, ninguém toca

no assunto porque a propina, pelo que parece,

corre solta", declarou.

No encontro com garimpeiros, Bolsonaro afirmou

ainda que há muitos problemas no Brasil e que

"perde o sono" pensando em soluções e que

daria uma resposta "ainda hoje" para as

reivindicações dos garimpeiros, que pedem uma

intervenção de militares na região de Serra

Pelada.

"Tenho que cumprir a lei. Digo para vocês, se

tiver amparo legal, eu boto as Forças Armadas lá.

Não vou prometer para vocês porque não posso",

disse.

O presidente afirmou ainda ter pedido ao

ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque,

para buscar "alternativas" que ajudem os

Data: 02/10/2019

77

Grupo de Comunicação

garimpeiros junto à Agência Brasileira de

Mineração.

"Se tiver alternativa, a gente vai até o final da

linha", afirmou. "Não vou oferecer milagre para

ninguém aqui, mas se tiver alternativa, se tiver

meios, porque o presidente pode muito, mas não

pode tudo, a gente soluciona o problema de

vocês."

Bolsonaro afirmou que são muitos os problemas

no País.

"Quis Deus que eu estivesse aqui. Como pode

país rico como o nosso, tem toda tabela periódica

embaixo da terra e continuar vendo vocês aqui

sofridos? Há mais de 30 anos, desde que cheguei

no Parlamento, em 1991, sei que vocês brigam

por isso", disse o presidente. "Sei que foram

felizes no tempo do (ex-presidente João Baptista

de Oliveira) Figueiredo."

Vídeo de cientista russo e novas críticas a

Raoni Metuktire

Em vários momentos da conversa, Bolsonaro

disse que divulgará um vídeo de um cientista

russo que poderia "abrir a cabeça da população"

sobre interesses na Floresta Amazônica.

Embora não tenha citado o nome do cientista, no

início do mês, Bolsonaro recebeu o russo

Konstantin Novoselov, Prêmio Nobel de Física em

2010, por seu trabalho com o grafeno.

Ele também voltou a criticar o líder indígena

Raoni Metuktire, da etnia Caiapó, citado pelo

presidente no discurso na Assembleia Geral das

Nações Unidas.

"Raoni fala pela aldeia dele, fala como cidadão,

não fala por todos os índios. (Ele) É outro que

vive tomando champanhe em outros países por

aí, esse tal de Raoni", declarou Bolsonaro.

Posicionamento da Vale

A empresa informa que não tem atividades

minerárias em Serra Pelada, nem qualquer

operação de mineração subterrânea no Pará. A

Vale cedeu a área de jazida à Coomigasp em

março de 2007. A empresa mantém no município

de Curionópolis apenas a unidade Serra Leste, de

exploração exclusiva de minério de ferro.

https://sustentabilidade.estadao.com.br/noticias/

geral,bolsonaro-o-interesse-na-amazonia-nao-e-

no-indio-e-nem-na-arvore-e-no-

minerio,70003032700

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Data: 02/10/2019

78

Grupo de Comunicação

Divisão do pré-sal pode comprometer meta

fiscal

Atraso em definição da forma de partilha de

recursos de megaleilão do petróleo pode colocar

em risco regra das contas públicas em 2020

Adriana Fernandes e Camilla Turtelli, O Estado de

S.Paulo

BRASÍLIA - Um atraso na definição da forma de

partilha dos recursos arrecadados com o

megaleilão do petróleo pode provocar um

verdadeiro descompasso entre receitas e

despesas no Orçamento do governo federal e

atrapalhar o cumprimento da meta fiscal em

2020.

O risco entrou no radar da equipe econômica por

causa da disputa no Congresso da divisão dos

recursos entre Estados, municípios e União.

Deputados querem alterar a divisão da

arrecadação do leilão que seria repassada para

Estados (15%) e municípios (15%), aumentando

a parcela para os prefeitos. Como mostrou o

Estado na edição do último sábado, há lideranças

também que querem diminuir a fatia da receita

que ficará com a União.

O acirramento da disputa pelos recursos, com a

proximidade do leilão, marcado para novembro,

pode retardar a aprovação da Proposta de

Emenda à Constituição (PEC) que trata do tema.

O assunto é tão sensível que senadores

ameaçam parar a votação da reforma da

Previdência após 1º turno devido ao risco de a

divisão ser alterada. Governadores pressionam

pelo cumprimento do acordo.

Se o leilão for realizado no dia 6 de novembro,

como o previsto, mas a partilha não tiver definida

até 27 de dezembro, quando o dinheiro terá que

entrar no caixa, os recursos que seriam

destinados aos Estados e municípios serão

computados como receitas da União, diminuindo

o rombo de 2019. Nesse cenário, o déficit deste

ano cairia para cerca de R$ 50 bilhões.

Mas, por outro lado, em 2020, o governo teria

que arcar com o repasse dos recursos para os

Estados e municípios, o que “arrebentaria” com o

Orçamento de 2020, segundo a área econômica,

já que o repasse é computado como despesa.

Cenários

Segundo um integrante da equipe econômica, o

melhor cenário para as contas públicas é a

expectativa de ágio (valor acima do mínimo

exigido pelo governo). Nesse caso, o consórcio

ganhador terá o direito de parcelar o valor a ser

pago em duas vezes. O parcelamento ajuda a

desafogar o resultado fiscal deste ano e também

o de 2020. Além disso, evita uma inscrição

grande de despesas no chamado “restos a pagar”

(transferidas de um ano para o outro), o que

pode acontecer já que o dinheiro só entra no

caixa no final de dezembro sem tempo para a

execução de gastos que estavam bloqueados.

Na semana passada, foi fechado um acordo entre

o ministro da Economia, Paulo Guedes, e os

presidentes Davi Alcolumbre (Senado) e Rodrigo

Maia (Câmara) para garantir o leilão com o

promulgação da PEC. Pelo acordo, dos R$ 106,5

bilhões do bônus de assinatura do leilão, a

Petrobrás ficará com R$ 33,6 bilhões. Outros R$

10,95 bilhões (15%) seriam repassados a

Estados; R$ 10,95 bilhões (15%) para os

municípios e R$ 2,19 bilhões (3%) seriam

distribuídos para o Rio. A União ficaria com a

fatia de R$ 48,9 bilhões. A equipe econômica

espera o cumprimento do acordo.

O Tribunal de Contas da União (TCU) ainda terá

que dar o aval para o leilão. A sessão estava

marcada para esta quarta-feira, mas foi adiada

para a próxima semana.

https://economia.estadao.com.br/noticias/geral,

divisao-do-pre-sal-pode-comprometer-meta-

fiscal,70003033265

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Data: 02/10/2019

79

Grupo de Comunicação

‘Estatais só criaram ineficiência, privilégio e

corrupção’, diz fundador da BR Partners

Para banqueiro, venda de ativos podem trazer

até R$ 200 bilhões, podendo dar impulso para o

crescimento econômico do Brasil

Entrevista com

Ricardo Lacerda, presidente da BR Partners

Fernando Scheller e Mônica Scaramuzzo, O

Estado de S.Paulo

À frente do fechamento de importantes negócios

em 2019 – como a venda da TAG, da Petrobrás,

à francesa Engie e da fatia do Grupo Pão de

Açúcar na Via Varejo ao empresário Michael Klein

e a outros sócios – o banqueiro Ricardo Lacerda,

da BR Partners, vê nas privatizações o caminho

para a retomada da economia. Ele estima a

injeção de capital com a venda de estatais de R$

150 bilhões e R$ 200 bilhões até o fim do

governo Bolsonaro.

Para Lacerda, trata-se não apenas de uma

oportunidade de injetar dinheiro na economia,

mas também de uma chance de mudar o

ambiente de negócios no Brasil. A privatização,

em sua opinião, vem para dar trazer mais

transparência ao País. “Empresa estatal brasileira

só serviu até hoje para criar ineficiência,

privilégio e corrupção.”

Leia, a seguir, os principais trechos da

entrevista:

A turbulência política atrapalha o crescimento da

economia?

Temos de separar a dinâmica política da

dinâmica de governo. A dinâmica política está

volátil e confusa. O presidente optou por um

discurso mais voltado aos “eleitores raiz”. E ele

faz isso de uma maneira muito direta e crua, via

rede social. Provavelmente ele busca garantir um

contingente mínimo de eleitores para a próxima

eleição, mantendo os fiéis à dinâmica de

governo. Mas vejo de maneira positiva que as

coisas no governo estão funcionando muito bem,

como a infraestrutura, a Economia e até o

Itamaraty, que assumiu uma postura mais

pragmática. Mas a economia não tem respondido

como se esperava.

Pode ser que os investidores estejam esperando

que a questão política fique mais clara antes de

voltar a investir no Brasil?

Acho que a demora na retomada econômica

reflete fatores estruturais e conjunturais. As

estruturais se referem à Constituição de 1988,

que criou uma série de privilégios. Já do lado

conjuntural, há a volatilidade do câmbio, que

prejudica o investimento. A retomada tem sido

lenta e gradual. Minha visão é que ela vai se

acelerar entre o fim deste ano e o início de 2020.

A equipe econômica tem uma visão muito clara

de reduzir o tamanho do Estado e trabalha para

isso. E o tamanho do Estado é a grande

desgraça, o grande câncer, que afeta o Brasil.

Nesse quesito específico, (o governo) está acima

das minhas expectativas.

Mas as falas do presidente não são um retrocesso

institucional?

Não. O Congresso está funcionando

perfeitamente, o Judiciário está funcionando

perfeitamente…

Mas a polêmica envolvendo Amazônia não deixa

o investidor com o pé atrás?

Desde que o Brasil perdeu o grau de

investimento, houve saída consistente de

recursos. O mundo hoje caminha para juros

negativos ou muito baixos. No Brasil, os juros

altos sempre foram uma forma de atrair dinheiro.

Talvez o investidor demore um pouco a entender

isso, mas vejo que estamos fazendo progresso

em mudanças estruturais, em e

desburocratização. O dinheiro (da venda das

estatais) pode trazer um vento de cauda muito

Data: 02/10/2019

80

Grupo de Comunicação

favorável para o Brasil, puxando o resto da

economia.

Há interesse do setor privado pelas estatais

brasileiras?

Há grande interesse. Já houve outras equipes

econômicas tão capazes quanto a atual, mas hoje

vemos um desejo real de implementar a redução

do Estado. Estamos vendo um trabalho de

atração de capital, sem pensar se as propostas

ferem grupos de interesse. O ministro da

Economia, Paulo Guedes, deixa muito claro que

não adianta gente da Fiesp chorar em Brasília

para ganhar privilégios. Isso já era.

O programa de privatizações deve dar o

empurrão para o crescimento econômico?

Acredito que sim. Durante muito tempo, o

grande ponto de atração de capital externo foram

os juros altos. Entre os investidores locais, a

queda dos juros trouxe o efeito benéfico de

transferir dinheiro para a Bolsa. E o governo está

fazendo muito para atrair capital estrangeiro, que

ainda não voltou. E entende que não adianta ter

uma política de transformar o Brasil em potência

industrial, que isso é coisa do século passado. A

redução do Estado é a chance do Brasil atrair o

investidor estrangeiro.

O que o sr. acha da velocidade de aprovação das

reformas?

A reforma da Previdência evitou que o País

quebrasse. As outras reformas, como a tributária

e a administrativa, vão eliminar limitações

estruturais para o crescimento.

O risco externo pode frear o crescimento?

Acredito que não. Há uma desaceleração global,

mas estamos muito menos dependentes de

capital estrangeiro do que em outros momentos.

Se conseguirmos a reduzir volatilidade do

câmbio, o dinheiro externo volta.

Quanto o pacote de privatizações pode trazer em

recursos?

Podemos levantar de R$ 150 bilhões a R$ 200

bilhões até o fim do governo Bolsonaro. Tenho

visto foco na melhora de resultados das estatais,

algo que nunca vi antes. Hoje o caminho do

Brasil é a redução do tamanho do Estado e o

fortalecimento do setor privado. Empresa estatal

brasileira só serviu até hoje para criar

ineficiência, privilégio e corrupção.

https://economia.estadao.com.br/noticias/geral,e

statais-so-criaram-ineficiencia-privilegio-e-

corrupcao-diz-fundador-da-br-

partners,70003032959

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Data: 02/10/2019

81

Grupo de Comunicação

Alsol e Aliança apostam em tecnologia

nacional para projeto solar flutuante

Coluna do Broadcast

Por Luciana Collet

Sai o importado, entra o produto nacional. A

Aliança Energia e a Alsol Energias Renováveis, do

grupo Energisa, instalaram uma usina solar

flutuante de 100 Kwp no reservatório da

Hidrelétrica Eliezer Batista, em Aimorés (MG),

que utiliza flutuadores com tecnologia 100%

nacional, na primeira iniciativa deste tipo até

agora. Atualmente, os flutuadores são fabricados

apenas por empresas estrangeiras, o que

encarece esse sistema para empreendedores

brasileiros.

Milhões envolvidos. O projeto em

desenvolvimento pelas empresas visa a

disponibilizar ao mercado um flutuador brasileiro

e sustentável, feito a partir de materiais

reciclados. Os modelos estão atualmente sendo

testados, de modo a aperfeiçoar a nacionalização

da tecnologia. No total, os investimentos

envolvidos neste projeto somam R$ 22 milhões.

https://economia.estadao.com.br/blogs/coluna-

do-broad/alsol-e-alianca-apostam-em-tecnologia-

nacional-para-projeto-solar-flutuante/

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Data: 02/10/2019

82

Grupo de Comunicação

Diretora da Petrobrás, Andrea de Almeida é

a 49ª mulher mais poderosa do mundo

Executiva da estatal na área de Finanças, que

chegou ao ranking da revista norte-americana

'Fortune', trabalhou por 25 anos na Vale

Fernanda Nunes, O Estado de S.Paulo

RIO - Apontada pela revista Fortune como uma

das 50 mulheres mais poderosas do mundo, a

diretora Finanças e de Relações com Investidores

da Petrobrás, Andrea Marques de Almeida, está

sendo reconhecida por contribuir com a

recuperação financeira e de imagem da estatal,

após a crise provocada por escândalos de

corrupção, revelados na Operação Lava-Jato, da

Polícia Federal.

Para justificar a 49ª colocação concedida à

executiva, a revista norte-americana destacou

que Andrea tem um trabalho desafiador pela

frente: de reconstruir a empresa. A Fortune

ressaltou também que o custo da corrupção –

como com o ressarcimento de US$ 2,95 bilhões a

investidores dos Estados Unidos – não impediu

que a companhia fechasse o ano passado com

receita de US$ 95,6 bilhões e lucro de US$ 7,2

bilhões.

Entre as características de Andrea salientadas

pela revista está a responsabilidade de

supervisionar uma operação bilionária na

Petrobrás, que ocupa a 74º posição na lista

Fortune Global 500. A maior parte desse

investimento, nos próximos cinco anos, ocorrerá

no pré-sal.

Na Petrobrás desde março de 2019, a diretora já

sinalizou como será a condução das finanças da

empresa daqui para frente. Em evento recente

com investidores, disse que as metas para o ano

que vem são desafiadoras, para tornar a

companhia mais competitiva no exterior e

também no Brasil, que deve receber novos

investidores com a abertura do mercado, como o

de refino.

A Petrobrás fechou acordo com o Conselho

Administrativo de Defesa da Concorrência (Cade)

para vender ativos de gás natural e, assim

promover a desconcentração do mercado. Além

disso, quer se desfazer de metade da sua

capacidade de produção de derivados de

petróleo.

No mesmo encontro com investidores, ela

afirmou também que a petroleira merece ter de

volta o grau de investimento concedido pelas

agências de classificação de risco, perdida em

2015.

Sob sua gestão, em seis meses, a Petrobrás

alterou algumas regras de pagamento de

dividendos. Quando o endividamento bruto for

inferior a US$ 60 bilhões, os acionistas poderão

ficar com 60% da diferença ente o fluxo de caixa

operacional e os investimentos. Nesta semana,

ainda foi aprovada alteração no estatuto social da

empresa para deixar claro que o retorno aos

investidores poderá ser distribuído em até seis

meses. Até então, o compromisso era de três

meses.

No segundo trimestre deste ano, já com a

assinatura de Andrea, a Petrobrás registrou lucro

de R$ 18,86 bilhões, recorde para um trimestre.

Mas foi no setor de mineração, na Vale, e não no

mercado de petróleo, que a executiva construiu

sua carreira. Ela ingressou na mineradora há 25

anos, como trainee. “Aprendi muito enquanto

preparávamos a Vale para ser uma empresa

privada. Participar do crescimento de uma

empresa que basicamente produzia minério de

ferro para se tornar diversificada, não só em

produtos, mas em geografia e cultura, foi uma

grande oportunidade”, afirmou Marques em uma

campanha de comunicação promovida pela Vale

quando ainda fazia parte do quadro da

companhia.

Na mineradora, a executiva também ocupou

cargos de confiança na área financeira, embora

sua formação seja de engenheira de Produção

pela UFRJ, com pós-graduações em finanças e

em gestão. Quando deixou a mineradora, era

chefe de Tesouraria Global e, antes disso, foi

diretora Financeira da Vale Canadá. Também

Data: 02/10/2019

83

Grupo de Comunicação

atuou na Vale como gerente e, no início da sua

vida profissional, como analista de Finanças.

“Meu principal desafio foi evoluir de um perfil

técnico para o de uma profissional capaz de

gerenciar recursos humanos ao redor do mundo”,

disse a atual diretora da Petrobrás sobre sua

história profissional.

https://economia.estadao.com.br/noticias/geral,

diretoradefinancas-da-petrobras-

andreadealmeidae-a-49-mulher-mais-poderosa-

do-mundo,70003033057

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Data: 02/10/2019

84

Grupo de Comunicação

Os ipês

Os ipês, em todas as suas cores, foram feitos por

Deus para mostrar a beleza, em qualquer idade.

Cabe a nós encontrá-la para dar sentido à nossa

vida!

Antonio Penteado Mendonça

O ipê roxo abre a sessão, entrando de sola com

suas flores arroxeadas logo na metade do ano.

Os ipês roxos são árvores com forte noção de

solidariedade, por isso estão plantadas em vários

cemitérios da cidade para deixar a eternidade

dos mortos mais bela e mais amiga, enfeitada

com suas flores deslumbrantes.

Depois, ainda que a ordem não seja

absolutamente correta, nem integralmente

respeitada, podemos seguir com os ipês rosas e

os ipês brancos, para finalizar com os ipês

amarelos.

Mas isso é muito mais ou menos. Tem sempre

um engraçadinho querendo chegar na frente dos

outros, o que quebra a sequência, confunde os

ipês e atrapalha a rotina das árvores, que se

perdem na quebra da ordem.

Os ipês rosas são deslumbrantes e completam o

cenário criado pelos ipês roxos. Com eles, o

contraste com o céu atinge um ponto de conto de

fadas e aí tanto faz se o trânsito anda ou não

anda. Ficar vendo as árvores floridas paga todos

os preços.

Os ipês brancos são os mais delicados, os mais

suaves, mas sua florada atinge uma intensidade

de sonho, como se a neve que não cai no Brasil

tomasse suas flores de assalto para mostrar o

que o branco mais branco pode fazer para a

felicidade dos seres humanos.

Os ipês amarelos falam de lendas, de Eldorados,

de Lagoas Douradas, de entradas, bandeiras e

monções que partiam de São Paulo para arrancar

do fundo dos sertões o ouro que mudou a cara

do mundo.

Suas flores amarelas remetem aos rudes

europeus que desembarcaram no Brasil, atrás de

aventuras e riquezas.

Os ipês são únicos. Deus os fez florir no outono e

no inverno para mostrar que a beleza não tem

época, nem idade, e que compete a cada um de

nós encontrá-la para dar sentido à própria vida.

https://economia.estadao.com.br/blogs/antonio-

penteado-mendonca/os-ipes/

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Data: 02/10/2019

85

Grupo de Comunicação

“Desaquecimento global” derruba projeções

para comércio. Mais um complicador

Cida Damasco

A Organização Mundial do Comércio (OMC)

confirmou nesta terça-feira o quadro traçado há

poucos dias pela Organização de Cooperação e

Desenvolvimento Econômico (OCDE). A economia

mundial perde fôlego e pioram as projeções tanto

para 2019 como para 2020. Segundo as novas

projeções da OCDE, o crescimento do comércio

global foi reduzido de 2,6% para 1,2% neste ano

e, no ano que vem, de 3% para 2,7%. E o PIB

deverá repetir um crescimento de 2,3% tanto em

2019 como em 2020, abaixo dos 2,6% esperados

anteriormente.

A causa central dessas revisões é a persistente

guerra comercial entre Estados Unidos e China,

cujos efeitos vêm se espalhando por todo o

mundo, num cenário marcado pela integração

das economias — o exemplo extremo é o das

empresas americanas que fornecem

componentes e/ou matérias-primas para as

chinesas e, em razão das barreiras erguidas pelo

governo Trump, também acabam prejudicadas.

Além disso, há o enfraquecimento das economias

europeias, com destaque para as incertezas

trazidas pelo Brexit.

A região da América do Sul e Central não foge à

regra do desaquecimento global: as importações

de mercadorias deverão cair 0,7% em volume,

em 2019, com maior peso dos negócios na

Argentina e no Chile, e aumentar 4,5% em 2020.

E as exportações da região deverão crescer 1,3%

neste ano, e apenas 0,7% no próximo.

Enfim, o quadro que sai dessas estatísticas,

embora não seja surpreendente para quem

acompanha o andar da economia internacional,

traz algumas preocupações. No caso do Brasil,

em particular, a questão é que a demanda

externa internacional não ajuda a contrabalançar

a paradeira da demanda interna — ainda que não

se espere nenhum desastre. Com o governo

enredado em problemas fiscais e disposto a

dobrar a aposta de combate aos gastos, não há

expectativa de um forte impulso ao consumo

interno a curto prazo — mesmo considerando-se

a intenção declarada de atacar alguns gastos

obrigatórios, para abrir espaço, por exemplo, a

investimentos. Daí porque, nesse momento, seria

crucial contar com um avanço significativo da

demanda externa. Pelo visto, não será o caso.

https://economia.estadao.com.br/blogs/cida-

damasco/desaquecimento-global-derruba-

projecoes-para-comercio-mais-um-complicador/

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Data: 02/10/2019

86

Grupo de Comunicação

Onda de desinformação sobre índios inclui

falsa venda de reserva para empresa

irlandesa

Contrato foi anulado pela Justiça e era, na

verdade, para venda de créditos de carbono

Projeto Comprova

É falso um texto compartilhado no Facebook

afirmando que terras indígenas em Rondônia

teriam sido vendidas para uma organização

irlandesa e que a negociação teria sido anulada

pela Justiça.

Na realidade, um contrato para a venda de

créditos de carbono, celebrado entre uma

empresa irlandesa e uma associação indígena, foi

suspenso em 2012 por decisão judicial provisória,

a pedido da Advocacia Geral da União (AGU).

O contrato previa que a empresa irlandesa teria

os direitos sobre os créditos de carbono gerados

pela preservação da floresta pelos indígenas nos

trinta anos seguintes. No entendimento da

Justiça, os termos do acordo seriam ilegais e

abusivos.

Caso fosse um contrato de venda, ele também

seria considerado ilegal, pois a Constituição não

permite a venda de terras indígenas.

O contrato foi assinado em 2011 pela irlandesa

Celestial Green Ventures PL e a Associação

Indígena Awo “Xo” Hwara, organização que é

apontada no documento como representante das

terras indígenas de Igarapé Lage, Rio Negro-

Ocaia e Igarapé Ribeirão, localizadas em

Guajará-Mirim, em Rondônia. A Celestial Green

Ventures já havia feito negociações semelhantes

no mesmo período com outros povos indígenas.

O valor total do contrato era de US$ 13 milhões,

que seriam pagos à associação indígena em

parcelas anuais de US$ 445 mil, ao longo de 30

anos. No entanto, nada chegou a ser pago,

porque a venda de créditos de carbono foi

anulada pela Justiça Federal em Rondônia em

2012, a pedido da AGU.

Um dos argumentos foi de que a Fundação

Nacional do Índio (Funai) não participou da

articulação. Segundo a legislação, as terras são

de uso exclusivo dos indígenas e o

aproveitamento dos recursos só pode ser

efetivado se o governo federal concordar.

A anulação do contrato foi confirmada em 2018,

decisão a que se refere o texto verificado pelo

Comprova. O processo transitou em julgado em

junho de 2019, ou seja, não cabe mais recurso.

Esta verificação do Comprova analisou um texto

publicado no site Terça Livre, compartilhado em

uma página de apoio ao ministro Sergio Moro e

pela página República de Curitiba no Facebook.

Falso para o Comprova é o conteúdo divulgado

de modo deliberado para espalhar uma mentira.

Como verificamos

Para esta verificação, o Comprova consultou o

andamento do processo de número 0012239-

70.2012.4.01.4100 no site da Justiça Federal em

Rondônia (Para visualizar os documentos, você

deve acessar a área “inteiro teor”).

Além disso, entramos em contato com as

assessorias de imprensa da Funai e da AGU e

ouvimos Pedro Soares, gerente de REDD+

(Redução das Emissões por Desmatamento e

Degradação) da ONG Instituto de Conservação e

Desenvolvimento Sustentável da Amazônia

(Idesam).

Também foi contatado Raul Silva Telles do Valle,

diretor de Justiça Socioambiental da ONG

internacional World Wide Fund for Nature,

conhecida pela sigla WWF.

O Comprova não conseguiu acesso à íntegra do

contrato entre a Celestial Green e a Associação

Indígena Awo “Xo” Hwara.

Através de pesquisas pelo CNPJ da empresa no

site da Receita Federal, foi possível encontrar

dois cadastros de 1997 com o nome da

associação, um deles inativo desde 2008 e o

outro ativo. Porém, o Comprova não conseguiu

Data: 02/10/2019

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Grupo de Comunicação

contato com a entidade através dos telefones que

estão disponíveis.

Você pode refazer o caminho da verificação do

Comprova usando os links para consultar as

fontes originais.

O que é o mercado de créditos de carbono

O mercado de créditos de carbono do Redução

das Emissões por Desmatamento e Degradação

(Redd) prevê que uma entidade pode pagar outra

por ela ter evitado a emissão de gases que

provocam o efeito estufa (por meio de ações

como a redução do desmatamento). Cada crédito

é equivalente ao aquecimento global causado por

uma tonelada métrica de dióxido de carbono

(CO2).

O Redd é um mecanismo voltado para o

pagamento daqueles que preservam florestas,

reconhecendo que mantê-las de pé ajuda a

conter a emissão de gases estufa. O conceito

vem sendo desenvolvido desde 2003 nas

Conferências do Clima organizadas pela

Organização das Nações Unidas (ONU). Umas das

discussões é de que maneira países

desenvolvidos podem remunerar países em

desenvolvimento que conservam suas florestas.

Por que o contrato foi anulado?

Segundo as decisões dos juízes, há dois

argumentos principais para a anulação do

contrato: o fato de que a lei prevê consulta às

comunidades indígenas nas negociações e que a

Funai deveria ter sido contatada. Para isso, usam

como base o artigo 8º do Estatuto do Índio e o

artigo 231 da Constituição Federal.

Também foi apontado que o uso das terras

indígenas é exclusivo dos povos indígenas e que,

apesar do direito ao uso, as terras são da União.

A juíza Laís Durval Leite, responsável pela

sentença de 2018, avaliou que não pode haver

exploração comercial das terras indígenas, pois,

ao garantir esse direito, o objetivo é de preservar

a cultura e as tradições desses povos. A juíza

classificou ainda como “abusiva” a cláusula do

contrato “que impede o uso da terra, dos rios e

dos lagos pelos seus ocupantes tradicionais”.

Em entrevista ao Comprova, Pedro Soares,

gerente de REDD+ do Idesam, afirmou que os

projetos de Redd deveriam prever apenas ações

para redução de desmatamento ilegal e

atividades que vão contra o plano de gestão

dessas terras. “Qualquer coisa fora disso, que vá

restringir atividades tradicionais, é errada e não

pode ser feita dentro de um contrato do tipo”,

disse.

Em entrevista ao Comprova, o diretor de Justiça

Socioambiental da WWF, Raul Silva Telles do

Valle, afirmou que, em geral, indígenas deveriam

ter o direito de comercializar créditos de carbono

de suas terras. “Se eles têm o direito de usar a

terra, eles podem decidir se pode desmatar ou

não. (…) Assim como, se explorar madeira, eles

que vão vender. (…) Nessa mesma lógica, o

carbono não é algo em si, mas é a ação de abrir

mão de desmatar e de isso ser reconhecido por

terceiros como um benefício para a humanidade”,

afirmou.

Em 2012, antes da primeira decisão que

suspendia o contrato, a Funai consultou a

Advocacia-Geral da União (AGU) sobre a

possibilidade de vender créditos de carbono em

terras indígenas. A AGU afirmou que era

necessário debater a questão para definir leis e

políticas públicas a respeito.

A AGU apontou risco nesse tipo de contrato por

questões como a dificuldade de confirmar que

essas organizações indígenas representem os

povos indígenas envolvidos, além de “violações

que têm sido verificadas à autonomia e aos

direitos dos povos indígenas”.

Tanto a Constituição Brasileira, quanto a

Convenção 169 da OIT (Organização

Internacional do Trabalho), que trata de povos

indígenas e tribais, preveem a criação de um

protocolo de que defina o que deve ser

considerado consulta oficial a um povo indígena.

O protocolo das terras indígenas envolvidas no

contrato foi publicado na última sexta-feira, 27.

Imagem aérea, tirada em 21 de agosto de 2019,

mostra trecho da floresta amazônica desmatado

perto de Porto Velho, Rondônia Foto: Ueslei

Marcelino

O que é a Celestial Green Ventures?

A Celestial Green Ventures era uma empresa que

dizia se dedicar a financiar projetos de

compensação de carbono, ou seja, iniciativas de

reflorestamento ou preservação de florestas com

o objetivo de compensar a emissão de gás

Data: 02/10/2019

88

Grupo de Comunicação

carbônico por empresas. A informação está em

documento enviado pela Celestial Green Ventures

para o site de jornalismo investigativo Agência

Pública em 2012.

De acordo com reportagem do ‘Estado’ de 2012,

no mesmo período, a Funai registrava 30

projetos semelhantes. Deles, 16 eram com a

empresa irlandesa.

Segundo dados disponíveis no site do Companies

Registration Office, órgão do governo irlandês

para registro de empresas, a Celestial Green

Ventures foi criada em Dublin, capital irlandesa,

em 2010, mas foi liquidada em 2016.

Em que contexto foi feito o contrato?

Os contratos entre a Celestial Green e diferentes

povos indígenas foram feitos no contexto do

avanço do debate sobre o Redd, que seria uma

recompensa em dinheiro a governos, pessoas

jurídicas ou projetos que tenham reduzido sua

emissão de gases estufa, por meio da redução do

desmatamento.

Um dos mecanismos do Redd é o mercado

voluntário de créditos de carbono – chamado

assim porque os créditos obtidos por meio dele

não podem ser considerados nas metas de

redução de emissões que os países tenham que

cumprir. Nele, pessoas jurídicas e projetos

podem vender créditos de carbono fiscalizados

por entidades independentes da ONU.

O que diferencia o mercado voluntário do

mercado obrigatório (ou regulado) é que ele não

está atrelado aos acordos internacionais

vigentes. Para o Redd, isso muda em 2020,

quando entra em vigor o Acordo de Paris, e ele

passará a integrar o mercado regulado.

De acordo com Pedro Soares, da ONG Idesam, o

contrato da Celestial Green era um projeto mal-

intencionado e mal feito. “Ela (a empresa) tentou

se aproveitar de um mecanismo (Redd) em

construção para um benefício próprio. A gente

acredita que, se houvesse regulamentação de

Redd no Brasil, esse projeto [da Celestial Green]

nunca teria chegado no estágio em que chegou”,

afirmou Soares.

Sobrevoo em aérea desmatada mostra árvore

que resistiu as queimadas na Amazônia, perto de

Porto Velho, em Rondônia. Foto: Bruno Kelly /

Reuters

O que a legislação brasileira diz a respeito do

Redd?

Não existe legislação federal no Brasil que defina

as regras de Redd, tampouco suas

particularidades em relação a povos indígenas.

Alguns estados, como Acre, Rondônia, Amazonas

e Mato Grosso, criaram leis estaduais sobre o

tema.

Em 2015, a portaria nº 365 do Ministério do Meio

Ambiente instituiu o Programa de Monitoramento

Ambiental dos Biomas Brasileiros e, no ano

seguinte, o governo brasileiro lançou sua

Estratégia Nacional para REDD+. Apesar disso,

não há lei que especifique as regras de como isso

deve ocorrer.

Mercado obrigatório de crédito de carbono

O mercado obrigatório de créditos de carbono

consiste atualmente no Mecanismo de

Desenvolvimento Limpo (MDL), que entrou em

vigor em 2005 e foi previsto pelo Protocolo de

Kyoto. O MDL é regulado pela ONU. Por meio

dele, países desenvolvidos apoiam projetos de

redução de emissões de gases estufa em países

em desenvolvimento, como o Brasil, com o

objetivo de cumprir suas metas ambientais.

Repercussão nas redes

O Comprova verifica conteúdos duvidosos sobre

políticas públicas do governo federal que tenham

grande potencial de viralização.

O texto foi publicado no site Terça Livre no início

de setembro, mas só foi compartilhado nas

páginas República de Curitiba e Sérgio Moro no

dia 26. Até o dia 1 de outubro, tinha 6 mil

compartilhamentos e 3,3 mil curtidas na primeira

e 2,7 mil compartilhamentos e 4,9 mil curtidas

na segunda.

https://politica.estadao.com.br/blogs/estadao-

verifica/onda-de-desinformacao-sobre-indios-

inclui-falsa-venda-de-reserva-para-empresa-

irlandesa/

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Data: 02/10/2019

89

Grupo de Comunicação

Após ataque de Bolsonaro na ONU,

campanha de desinformação nas redes

atinge cacique Raoni

Publicação apresenta dados falsos sobre líder

indígena e destinação de recursos a comunidades

indígenas

Marina Cardoso, especial para o Estado

São falsas as alegações de que o cacique Raoni

Metuktire tenha dado um golpe na empresa The

Body Shop e de que não more mais no Brasil.

Intitulado “A farsa chamada Raoni”, um texto de

autoria desconhecida ganhou visibilidade nas

redes sociais ao ser compartilhado em três perfis

diferentes no Facebook entre os dias 27 e 28 de

setembro. A publicação sugere que o líder

indígena usou US$ 10 milhões que teriam sido

doados pela empresa de cosméticos inglesa para

comprar carros de luxo e máquinas de garimpo.

Tudo falso.

Para checar as informações, o Estadão Verifica

entrou em contato com o coordenador-geral do

Instituto Raoni, Edson Santini, que desde 2009 é

responsável pela contabilidade da organização e

nega qualquer repasse dos valores mencionados.

Também procurada, a The Body Shop no Brasil

divulgou nota na qual afirma desconhecer “as

informações recentemente expostas em grupos

de WhatsApp”. Confira checagem completa:

O texto afirma que Anita Roddick, fundadora da

The Body Shop, determinou que a empresa não

abrisse nenhuma loja no Brasil “por conta da

maior decepção da sua vida”, e acrescenta que a

marca só chegou ao Brasil após a morte da

empresária, em 2017.

Anita, porém, faleceu dez anos antes, em 2007,

e a marca chegou ao país em 2014, após uma

parceria com a rede brasileira Empório Body

Store. Em setembro de 2017, foi comprada pela

Natura Cosméticos.

A publicação cita ainda que a “desoladora

experiência” está descrita em um dos livros

publicados pela empresária. Em Business as

Unusual — The Triumph of Ann Roddick

(disponível na Open Library), Raoni nem sequer é

mencionado. O livro cita, sim, a experiência da

empresária no Brasil, mas relata apenas o

encontro com dois líderes caiapós: Paulinho

Paiakan e Pykative Pykatire.

Os dois eram líderes de uma região ao sul do

Pará, enquanto Raoni é de uma aldeia na terra

indígena no norte de Mato Grosso. Outra

informação equivocada é a de que Raoni seria da

“tribo yanomami” – presente nos Estados de

Roraima e Amazonas –, quando na verdade, ele

é caiapó, grupo indígena dos Estados de Mato

Grosso e Pará.

Há informações erradas também no seguinte

trecho: “Encantada com toda aquela natureza e

após tomar banho pelada no rio Negro em

companhia das índias (imagina isso na cabeça de

uma inglesa), ela determinou que a sua empresa

realizasse doações de 10 milhões de dólares

através da ONG Cobra Coral para comprar

remédios e instalar ambulatórios e escolas nas

comunidades indígenas”. A tribo de Raoni está

localizada na bacia do Xingu, e não no rio Negro.

Já a “ONG Cobra Coral” parece ser referência à

Fundação Cacique Cobra Coral, instituição

fundada por Ângelo Scritori, já falecido, que se

apresentava como médium. Procurada pela

reportagem, a fundação não se posicionou sobre

o assunto.

A única organização diretamente ligada ao

cacique é o Instituto Raoni, fundado em 2001,

com sede no município de Peixoto Azevedo (MT).

A instituição é responsável por gerenciar projetos

nas áreas de monitoramento, fiscalização e

vigilância de terras indígenas, geração de renda e

sustentabilidade na cadeia produtiva. Edson

Santini, coordenador-geral do instituto, afirma

que o financiamento se dá por editais e pelo

Fundo Amazônia.

Data: 02/10/2019

90

Grupo de Comunicação

Desde o discurso na Assembleia-Geral da

Organização das Nações Unidas, os ataques do

presidente Jair Bolsonaro ao cacique Raoni têm

ganhado repercussão. Mais recentemente, ele

afirmou que o líder indígena “não fala por todos

os índios“. Em outra ocasião, Bolsonaro disse que

Raoni foi “cooptado” por chefes de Estado.

A íntegra do comunicado da The Body Shop é a

seguinte:

“A The Body Shop desconhece as informações

recentemente expostas em grupos de WhatsApp

e esclarece que Dame Anita Roddick, fundadora

da companhia, foi pioneira no segmento de

beleza sustentável no mundo. Em 1987, ela

lançou o programa Trade not Aid, hoje conhecido

como Community Trade, ou Comércio com

Comunidades, vigente até hoje na The Body

Shop, que consiste na compra de acessórios e

ingredientes naturais de comunidades produtoras

por um preço justo, permitindo que elas se

desenvolvam social e economicamente.

Por meio desse programa, a The Body Shop já

comprou óleo de castanha de uma etnia na

Amazônia brasileira, assim como já o fez em

outros países. Hoje a The Body Shop conta com

diversas comunidades produtoras de ingredientes

no mundo todo, incluindo o Brasil com a

comunidade de óleo de babaçu na região do Lago

do Junco, no Maranhão, relação essa que existe

há mais de 20 anos.

Antes de Anita falecer, ela e o marido, Gordon,

conheceram os fundadores da Natura em uma de

suas vindas ao Brasil. A marca abriu suas

primeiras lojas no país em 2014, três anos antes

da aquisição da The Body Shop pela Natura”.

A Agência Lupa também verificou esse conteúdo.

Esta checagem foi feita por meio da parceria

entre Estadão Verifica e Facebook. Para sugerir

verificações, envie uma mensagem para o

número (11) 99263-7900.

https://politica.estadao.com.br/blogs/estadao-

verifica/apos-ataque-de-bolsonaro-na-onu-

campanha-de-desinformacao-nas-redes-atinge-

cacique-raoni/

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Data: 02/10/2019

91

Grupo de Comunicação

O caso Amazônia: como as declarações do

Executivo ecoam no Legislativo?

Carolina Corrêa

Há um consenso mundial a respeito da

importância de se preservar a Floresta

Amazônica, cuja maior parte se situa em

território brasileiro. Inevitavelmente, a atenção

internacional em relação a esta matéria

aumentou desde que Bolsonaro assumiu a

Presidência – membros do seu Governo têm

insistido em declarações polêmicas, ao citar, por

exemplo, o Fundo Amazônia e a atuação de

ONGs na região. Essa situação foi agravada pelo

aumento de 70% nos focos de incêndio em

florestas brasileiras, sendo que mais da metade,

segundo dados do INPE, ocorreu no território

amazônico. Em seu recente discurso na

Assembleia Geral da ONU, Bolsonaro dedicou

parte significativa para tratar da Amazônia

brasileira – o pronunciamento, no mínimo, dividiu

opiniões sobre a estratégia ambiental adotada

em seu Governo.

Se o Executivo brasileiro sinaliza com políticas

ambientais consideradas negativas no plano

internacional, com projetos inconsistentes e com

a inexistência de plano integrado de

desenvolvimento sustentável, cabe ao Legislativo

a tarefa institucional de restabelecimento do

equilíbrio e da racionalidade no processo político

nacional. Conforme já salientado aqui, o Poder

Legislativo é uma peça fundamental no que diz

respeito às políticas públicas ambientais – soma-

se a isso o fato de o Legislativo ter como uma de

suas funções a fiscalização do Poder Executivo.

Em alguma medida, pode-se dizer que há sinais

de empenho dos parlamentares no

enfrentamento das questões ambientais; dentro

de suas atribuições, estes atores políticos

procuram reagir às decisões e declarações

oriundas da Presidência da República.

Alguns exemplos ilustram essa atuação

legislativa. Tramita na Câmara dos Deputados o

Projeto de Lei 4387/2019, do deputado Capitão

Alberto Neto (PRB-AM), que visa a dar amparo

legal ao Fundo Amazônia, ressaltando a

necessidade de sua instituição por Lei. Seu teor,

de modo geral, tem o mérito de fazer desse

plano de captação de doações uma política de

Estado, imune às oscilações no governo.

Criado a partir do Decreto 6.527/2008, para

receber doações destinadas a ações de

conservação e combate ao desmatamento na

floresta, o Fundo Amazônia é gerido pelo BNDES.

Ter sido criado por Decreto compromete a

segurança jurídica dos seus contratos, já que a

sua manutenção fica comprometida a cada troca

de governo. Essa instabilidade ficou bastante

clara quando o atual ministro do Meio Ambiente,

Ricardo Salles, afirmou que pretendia assinar um

novo Decreto para alterar as normas do Fundo.

Sua pretensão era permitir que esses recursos

pudessem ser utilizados para outros fins, como o

pagamento de indenizações a donos de

propriedades privadas que vivem em áreas de

Unidade de Conservação – o que, para ele,

facilitaria a regularização fundiária. Essa e outras

declarações fizeram com que a Alemanha e a

Noruega, os maiores contribuintes do Fundo,

bloqueassem suas doações.

Em reação, alguns deputados, como Nilto Tatto

(PT-SP) e Edmilson Rodrigues (PSOL-PA),

apresentaram requerimentos solicitando que o

ministro Salles comparecesse em audiências

públicas de Comissões Permanentes a fim de

prestar esclarecimentos sobre as possíveis

alterações no Fundo Amazônia. O ministro fez-se

presente em uma audiência pública conjunta, da

CMADS e da CINDRA, no dia 07 de agosto.

Recentemente, a Comissão Mista Permanente

sobre Mudanças Climáticas (CMMC) também

promoveu audiências públicas sobre temas

ambientais que reverberam no debate público –

no dia 18 de setembro, debateu a situação do

Fundo Amazônia; no dia 25 de setembro,

recebeu convidados para abordar o

monitoramento dos desmatamentos e

queimadas.

Data: 02/10/2019

92

Grupo de Comunicação

Em setembro, a Câmara dos Deputados criou

uma Comissão Externa destinada a avaliar e

monitorar as políticas públicas ambientais, a

qualidade da sua execução e seus impactos

socioeconômicos. Seu intuito é propor políticas

para a integração do meio ambiente com a

economia nacional, no âmbito dos Ministérios do

Meio Ambiente, da Economia, da Agricultura,

Pecuária e Abastecimento e Relações Exteriores.

O Coordenador da Comissão é o deputado Daniel

Coelho (CIDADANIA/PE) e sua relatora é a

deputada Tábata Amaral (PDT-SP).

No Senado, tramitam dois pedidos de criação de

CPI cujo foco é a região amazônica. No dia 27 de

agosto, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), líder da

oposição no Senado, anunciou ter protocolado o

pedido de CPI para apurar o desmatamento, as

queimadas e os motivos que levaram o Governo

a perder os recursos de países que doavam ao

Fundo Amazônia – vale lembrar que, no dia 22

de agosto, a bancada da Rede, partido do

Senador Randolfe, protocolou um pedido de

impeachment no STF contra o ministro Ricardo

Salles. No dia 17 de setembro, o Senador Plínio

Valério (PSDB-AM) solicitou, em Plenário, a

instalação de uma CPI para investigar a atuação

de ONGs na Amazônia. O Senador afirmou que

muitas instituições arrecadam dinheiro no

exterior para investir na preservação da floresta,

mas, na verdade, utilizam as doações para outros

fins. Em princípio, trata-se de uma reação do

Governo às iniciativas do Legislativo em defesa

de políticas ambientais consistentes e

sustentáveis, pois o discurso desse Senador vai

ao encontro justamente daquilo que tem sido dito

por Bolsonaro.

Como mostram esses exemplos – apenas os

principais e mais recentes – o Legislativo

brasileiro vem atuando de duas maneiras

enquanto componente crucial do sistema de

pesos e contrapesos na questão ambiental: (1)

busca dialogar com o Poder Executivo,

especialmente com o Ministério do Meio

Ambiente, a respeito das propostas e declarações

que têm sido apresentadas pelo Governo, na

tentativa de contribuir para a formulação de um

plano de política ambiental mais sólido; e (2)

procura respostas, dentro do debate público,

para os diferentes questionamentos sobre a

questão ambiental, advindos do Governo, da

oposição, de entidades ambientalistas e da

população em geral. Em meio à crise política que

já dura alguns anos e às trepidações sofridas

pela arquitetura institucional da democracia

brasileira nesse período, temos indicações de que

o Poder Legislativo é um espaço crucial de debate

sobre as diferentes visões a respeito do meio

ambiente e do desenvolvimento sustentável.

Portanto, as falas inconsistentes do Executivo,

pelo menos nesse caso, ecoam com algum grau

de racionalidade no Legislativo.

https://politica.estadao.com.br/blogs/legis-

ativo/o-caso-amazonia-como-as-declaracoes-do-

executivo-ecoam-no-legislativo/

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Data: 02/10/2019

93

Grupo de Comunicação

Antes do Sínodo, bispo católico prega ‘não’

à mineração e grandes obras na Amazônia

D. Evaristo Spengler cobrou, durante audiência

na Câmara dos Deputados, a 'suspensão

imediata da implementação de megaprojetos que

agridem o bioma da região'

Felipe Frazão, O Estado de S.Paulo

BRASÍLIA - Em uma prévia de como o clero vai

se posicionar durante o Sínodo da Amazônia, o

bispo do Marajó (PA), d. Evaristo Spengler,

integrante da comitiva brasileira que viaja ao

Vaticano na próxima semana para a assembleia

especial com o papa Francisco, manifestou nesta

terça-feira, dia 1º, um pedido de rechaço à

mineração e a grandes obras na região, o que vai

contra planos do governo Jair Bolsonaro. O bispo

cobrou, durante audiência na Câmara dos

Deputados, a "suspensão imediata da

implementação de megaprojetos que agridem o

bioma da Amazônia".

"Queremos pedir um não a projeto de mineração

em territórios indígenas, não ao garimpo legal e

ilegal na Amazônia, não à regularização de novos

garimpos. Não às rodovias, ferrovias e

hidrelétricas que destroem o meio ambiente.

Nenhum grande projeto pode ser implantando

sem a consulta prévia, livre e informada".

Mais cedo, o presidente Jair Bolsonaro, que já

admitiu monitorar a preparação do sínodo por

suspeita de ameaças à soberania brasileira,

conversou com um grupo de garimpeiros em

frente ao Palácio do Planalto e criticou o interesse

estrangeiro na floresta. "O interesse na Amazônia

não é no índio e nem na porra da árvore, é no

minério", afirmou Bolsonaro. O presidente

cogitou mobilizar as Forças Armadas para

assegurar a possibilidade de exploração mineral

na região de Serra Pelada, sul do Pará. Além

disso, o governo Bolsonaro prepara na Secretaria

de Assuntos Estratégicos o programa Barão do

Rio Branco, que inclui a construção da Ponte de

Óbidos, de uma hidrelétrica no Rio Trombetas e a

expansão da BR-163.

A Igreja nega ser a favor da internacionalização

da Amazônia. O bispo afirmou que a Igreja

conhece bem a região porque “mergulhou na

Amazônia” e que os missionários “chegam onde o

Estado não chega”. Spengler voltou a dizer que

as lideranças católicas que defendem direitos

humanos e da terra são "criminalizadas e

tratadas como inimigos da pátria" - uma

referência a críticas feitas por integrantes do

governo federal ao sínodo e os documentos

preparatórios. "Há uma inversão total de

valores", reclamou Spengler.

O representante da Igreja anunciou que a Rede

Eclesial Pan-Amazônica (Repam-Brasil) e a

Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB)

vão lançar logo após o Sínodo uma campanha

por mais proteção aos defensores. O clérigo

solicitou que a Câmara "se empenhe e reforce o

programa de proteção a defensoras e defensores

de direitos humanos, socioambientais e

indígenas, hoje ameaçados de morte por sua

luta".

"Esses defensores de direitos confrontam com

grupos econômicos poderosos que violam normas

do direito nacional e internacional. Para garantir

seus objetivos, esses não têm escrúpulo em

eliminar vidas quando cruzam seus interesses",

denunciou o bispo. "É imprescindível para manter

a floresta em pé e a vida dos povos preservada

que suas lideranças e comunidades ameaçadas

estejam efetivamente protegidas de todo tipo de

violência e ameaça que hoje estão sofrendo."

A Igreja também pediu a criação de políticas

públicas de financiamento de iniciativas

econômicas que valorizem o projeto

socioambiental em detrimento de "projetos de

exploração predatória".

Data: 02/10/2019

94

Grupo de Comunicação

"Há necessidade de criar linhas de financiamento

público para que as comunidades tradicionais e

os povos indígenas possam desenvolver seus

meios de vida garantindo a floresta em pé. Até

hoje, só acontece financiamento público para

projetos predatórios e pessoas que não são da

Amazônia. Nessa perspectiva, também é muito

importante que se invista em políticas públicas

para valorização dos produtos que mantenham a

floresta em pé e que possam ter efetivamente a

preservação da própria identidade, até com

patente dos produtos da Amazônia. Se não os

japoneses vão patenteá-los.”

Governo Bolsonaro coloca soberania em risco, diz

bispo católico

D. Evaristo Spengler, rebateu nesta terça-feira,

dia 1º, a tese de integrantes do governo Jair

Bolsonaro segundo os quais o Sínodo da

Amazônia, assembleia especial convocada pelo

papa Francisco, pode ameaçar a soberania

nacional. Para o bispo, a Igreja e o governo

falam “em campos opostos”, e as iniciativas de

Bolsonaro é que deixam “em risco” a soberania

do País.

Um dos integrantes da comitiva brasileira que

viaja ao Vaticano na próxima semana, o bispo

Spengler criticou o acordo entre os governos do

Brasil e dos Estados Unidos para exploração

comercial da base de lançamentos espaciais de

Alcântara (MA) e a procura do presidente por

parceiros internacionais “do primeiro mundo”

para explorar riquezas minerais em terras

indígenas.

“Levanta-se uma suspeita: se o sínodo ameaça a

soberania nacional. Minha pergunta: quem é que

está entregando a base de Alcântara? Quem é

que está chamando mineradoras norte-

americanas e estrangeiras para vir explorar a

Amazônia? Não é a Igreja. Então quem está

colocando a soberania em risco não é a Igreja.

Talvez seja esse governo que está colocando a

soberania do Brasil em risco”, afirmou d. Evaristo

Spengler, durante audiência na Câmara dos

Deputados. “A Igreja, pelo contrário, defende os

povos que vivem na Amazônia, defende os povos

indígenas, e quer a relação do ser humano com o

meio ambiente seja de harmonia, não de

destruição. Então, estamos falando em campos

opostos. E a Igreja mantém e reafirma a sua

decisão de dizer que a soberania é brasileira,

mas nós queremos defender o meio ambiente,

porque isso foi criado por Deus e nós somos

corresponsáveis por tudo que Deus criou.”

O clérigo reconheceu que, apesar de não ser um

fórum internacional de governantes, mas uma

assembleia interna, o sínodo terá repercussões

“para fora”. Atualmente, a maior preocupação do

governo, sobretudo de diplomatas e militares,

são com as resoluções do pontífice após o sínodo.

O presidente já disse que a Agência Brasileira de

Inteligência (Abin) monitora a preparação do

encontro, que, para ele “tem muita influência

política”.

O secretário executivo do Conselho Indigenista

Missionário (Cimi), Cleber César Buzatto, disse

que o papa Francisco sugere, com o sínodo, a

criação de uma alternativa à sociedade do

consumo capitalista e também criticou o governo

Bolsonaro.

“O papa Francisco nos propõe que construamos

um novo modelo de sociedade, onde a

sobriedade feliz seja a razão de existência e do

futuro, uma sociedade do bem viver como

alternativa à sociedade do consumo, do acúmulo

sem fim, da desigualdade absoluta, sociedade

esta produzida pelo sistema capitalista e seu

modelo neoliberal, ao qual o governo Bolsonaro é

subserviente. Por isso que o governo discursa e

age com essa intencionalidade de destruir a vida

e os projetos de futuro dos povos da Amazônia, a

fim de atender a interesses financeiros de

corporações empresariais internacionais da

mineração, do agronegócio e outros setores

financistas.”

Data: 02/10/2019

95

Grupo de Comunicação

Martha Bispo, secretária executiva da

Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB)

Nordeste 5, no Maranhão, fez críticas a um

sistema “que destrói e mata a Amazônia” e

defendeu que as comunidades locais sejam

ouvidas pelo governo para “administrar melhor o

Brasil”. Ela rejeitou interferências estrangeiras na

floresta.

“Não queremos uma Amazônia dos Estados

Unidos, não queremos uma Amazônia europeia.

Queremos uma Amazônia brasileira, território

brasileiro, gestado a partir de nossas vidas”,

disse a leiga católica. “Nós apelamos para um

jeito de governar e de fazer política dos povos

indígenas, dos quilombolas, das quebradeiras de

coco. Por que não vamos atrás de outro

modelo?”, questionou.

https://brasil.estadao.com.br/noticias/geral,ante

s-do-sinodo-bispo-catolico-prega-nao-a-

mineracao-e-grandes-obras-na-

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Data: 02/10/2019

96

Grupo de Comunicação

Chico Mendes, Raoni e um governo que

menospreza nomes importantes da nossa

história

Maria Fernanda Ribeiro

Algumas atitudes, ações e comentários do atual

governo, seja pelo presidente ou por membros

do seu time, são realmente difíceis de engolir, de

abstrair, de deixar passar, de achar que não era

bem isso. Os cães ladram, a caravana passa e as

palavras continuam a ecoar. O caso do ministro

do Meio Ambiente, Ricardo Salles, quando

indagado em fevereiro deste ano pelos jornalistas

do programa Roda Vida sobre o maior líder

seringueiro deste país e respondeu “Que

importância tem Chico Mendes neste momento?”,

por exemplo, ainda perturba os pensamentos de

muita gente. O comentário já poderia ser

considerado desastroso se tivesse sido proferido

por qualquer autoridade, mas o efeito foi

potencializado por se tratar da pessoa nomeada

para um cargo que deveria exatamente lutar por

preservar tudo aquilo que Chico Mendes

defendeu.

Como relembrar é viver, importante deixar

grifado que a ignorância revestida de indiferença

foi proferida antes mesmo de as queimadas na

Amazônia ganharem os céus de São Paulo

transformando o dia em noite e as cinzas da ação

ligada a um governo que tem como lema destruir

ao invés de preservar, gerar reações até mesmo

no agronegócio, setor que invariavelmente era

considerado o vilão na destruição da floresta e

agora integra a lista daqueles que defendem que

ela em pé é melhor do que derrubada.

Ricardo Salles menosprezou um dos maiores

ambientalistas do Brasil, um cidadão brasileiro

assassinado a tiros na cidade de Xapuri, no Acre,

em dezembro de 1988. Morto porque atuava pela

defesa da floresta. Nada de novo no fronte no

país que já ocupou o primeiro lugar no ranking

de lugares onde mais são assassinados ativistas

no mundo.

Cacique Raoni Kayapó durante coletiva de

imprensa em Brasília após discurso do presidente

na ONU

Agora, o discurso do presidente Jair Bolsonaro na

ONU, na semana passada, continua sendo tema

das rodas de conversa mundo afora. E nem

vamos entrar no mérito – nesse texto – de ele

ter levado a indígena Ysani Kalapalo para compor

a comitiva presidencial, num movimento

alegórico e contraditório de tentar dizer ao

mundo que os povos indígenas estão de acordo

com sua política (anti) indigenista, deixando claro

que de índio o presidente nada ou pouco

entende. Se tivesse alguma noção saberia como

funciona a escolha de um representante entre os

povos indígenas. Antes de qualquer coisa é

preciso escuta.

O discurso do presidente na ONU, além das

fantasiosas elucubrações sobre o comunismo, o

socialismo e o foro de São Paulo, foi contra tudo

o que já se tinha visto até hoje ao usar tal

espaço para atacar a atuação do cacique Raoni

Kayapó, de 88 anos, reconhecido

internacionalmente há décadas por ser um dos

maiores defensores da floresta, com a bravata de

que “o monopólio do senhor Raoni acabou.” Mais

uma vez um cidadão brasileiro que mereceria o

mínimo de respeito e reconhecimento é tratado

sem nenhum. Raoni concorre ao Nobel da Paz e

na bolsa de apostas londrina aparece em terceiro

lugar entre os favoritos.

O escritor russo Tolstoi, durante a redação da

segunda edição do seu livro sobre a criação do

calendário da sabedoria, em 1904, escreveu que

estava cada vez mais atônito ante a ignorância

cultural e moral da sociedade. “Toda nossa

educação deveria ser orientada para o acúmulo

da herança cultural de nossos ancestrais, os

melhores pensadores do mundo”, escreveu. Aqui

no Brasil, caro Tolstoi, também estamos cada vez

mais atônitos. Tudo vai mal.

https://sustentabilidade.estadao.com.br/blogs/eu-na-

floresta/chico-mendes-raoni-e-um-governo-que-menospreza-

nomes-importantes-da-nossa-historia/

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Data: 02/10/2019

97

Grupo de Comunicação

PL quer tirar do governo federal poder de

criar unidades de conservação

Texto estabelece que unidades sejam criadas por

meio de lei, com aprovação prévia das

assembleias legislativas e das câmaras

municipais dos Estados e municípios onde estão

localizadas

André Borges, O Estado de S.Paulo

BRASÍLIA – Um projeto de lei que tramita no

Senado quer retirar do governo o poder de criar

unidades de conservação ambiental. O texto, de

autoria do senador Marcio Bittar, ligado ao setor

do agronegócio, prevê que a presidência da

República deixe de ter a prerrogativa de criar,

por meio de decretos, novas florestas protegidas.

Em vez disso, o PL 1553 estabelece que novas

unidades sejam criadas por meio de lei, com

aprovação prévia das assembleias legislativas e

das câmaras municipais dos Estados e municípios

onde estão localizadas.

O PL entrou na pauta da Comissão de

Constituição e Justiça, para ser apreciado nesta

quarta-feira, 2. Se aprovado, segue para a

Comissão de Meio Ambiente do Senado. Ao

defender seu projeto, Bittar justificou que “a

configuração atual abre brechas para a criação

indiscriminada de unidades de conservação” e

que “é evidente a necessidade de racionalização

legal para a criação de novas unidades de

conservação”.

O governo federal já deixou claro que não tem a

intenção de criar nenhuma nova unidade de

conservação. Pelo contrário. O ministro do Meio

Ambiente, Ricardo Salles, já disse que vai revisar

todas as 334 unidades federais que existem hoje,

com a intenção de reclassificá-las e, dessa forma,

permitir a exploração comercial dessas áreas,

além de fazer a concessão de parques para a

iniciativa privada.

A proposta é criticada por ambientalistas. João

Capobianco, ex-secretário-executivo do Ministério

do Meio Ambiente e doutor pela Universidade de

São Paulo (USP), disse que o projeto é

inconstitucional. “A criação de unidades de

conservação por decreto está prevista na

Constituição. Portanto, qualquer mudança nessa

regra teria de ser por meio de uma PEC

(Proposta de Emenda Constitucional)”, afirmou

Capobianco, que é ex-presidente da SOS Mata

Atlântica. “É um projeto totalmente

extemporâneo.”

Para Marcio Astrini, coordenador de políticas

públicas do Greenpeace Brasil, o objetivo do PL é

acabar com a possibilidade de criação de

unidades de conservação. “Esse é o mesmo

senador que queria acabar com a reserva legal

no País. Se o PL for aprovado, na prática,

nenhuma nova unidade seria criada, é uma

espécie de Unidade de Conservação Zero.

Tentaram fazer o mesmo com terras indígenas,

através da PEC 215. Gostaria de saber se o

Senador vai propor o mesmo para a emissão de

títulos de grandes propriedades rurais, de

latifundiários”, disse.

O advogado do Instituto Socioambiental (ISA),

Maurício Guetta, lembra que as áreas protegidas,

ao lado das terras indígenas, são as que

efetivamente têm permitido a manutenção da

integridade da vegetação brasileira, inclusive na

Amazônia. “Basta ver que são reduzidíssimas as

taxas de desmatamento dentro delas. Possuem

função essencial na manutenção dos serviços

gratuitamente prestados pela floresta, como a

água que bebemos e que viabiliza atividades

econômicas, como a agricultura”, comentou.

Para o relator do PL, o senador Mecias de Jesus

(Republicanos-RR), a proposta é “perfeitamente

legítima”, porque “assegura a atuação do

Legislativo sempre que se pretenda modificar, ou

extinguir, unidade de conservação já definida”.

Data: 02/10/2019

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"A criação de uma unidade de conservação tem a

envergadura e o impacto suficientes para exigir a

participação do Legislativo na decisão”, justificou.

Na avaliação de Angela Kuczach, diretora

executiva da organização Rede Nacional Pro

Unidades de Conservação, o PL “está entre os

maiores retrocessos da atualidade, sinônimo do

posicionamento retrógrado que hoje impera em

determinadas áreas, mas que já não encontra

espaço no mundo, como podemos ver

recentemente com as reações internacionais

quanto ao desmatamento da Amazônia”.

“É uma distopia. O processo de criação de

unidades no Brasil é um dos mais técnicos e

precedidos de estudos do mundo, socialmente

justo e igualitário, uma vez que a própria

realização de consultas públicas garante a

participação não somente do legislativo, como

também dos demais grupos representativos da

sociedade. O que o senador propõe é o

engessamento do processo de criação de UCs e a

inviabilização na prática da proteção de

ambientes naturais, uma afronta ao Artigo 225

Constituição Federal e de um dos direitos

fundamentais dessa e das futuras gerações de

brasileiros”, disse.

Criação de novas unidades é de responsabilidade

do governo federal, decidiu STF

Para o Supremo Tribunal Federal (STF), não há

dúvidas sobre o assunto: cabe ao governo

federal criar as unidades. Na semana passada, o

tribunal, por unanimidade, julgou improcedente a

ação direta de inconstitucionalidade movida pelo

governo de Santa Catarina, que pedia a

suspensão do decreto presidencial que criou, em

2005, o Parque Nacional das Araucárias. No ano

passado, o ministro Alexandre de Moraes já havia

indeferido uma liminar na Ação Cível Originária

(ACO) 838, na qual o Estado de Santa Catarina

pedia a suspensão do decreto presidencial.

Na petição inicial, o Estado de Santa Catarina

afirmava que a criação de parque nacional só

poderia ocorrer por meio de lei, e não de decreto,

porque exigia a desapropriação de áreas privadas

e, portanto, constituía “uma limitação ao direito

constitucional de propriedade”.

O ministro afirmou que a jurisprudência do STF

admite a possibilidade da criação de unidades de

conservação por meio de decreto. Destacou

ainda que foi rejeitada medida liminar na Ação

Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 3646, na

qual se questionam dispositivos da Lei Federal

9.985/2000, que instituiu o Sistema Nacional de

Unidades de Conservação (SNUC), que autorizam

a instituição de unidades de conservação por ato

do Poder Público.

https://sustentabilidade.estadao.com.br/noticias/

geral,pl-quer-tirar-do-governo-federal-poder-de-

criar-unidades-de-conservacao,70003032565

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