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Grupo de Comunicação
CLIPPING 2 de outubro de 2019
“A força gerada pela não violência é infinitamente maior do que a força de todas as armas inventadas pela engenhosidade humana”
Mahatma Gandhi
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Grupo de Comunicação
SUMÁRIO
ENTREVISTAS ............................................................................................................................... 4
Especialistas da USP orientarão ações do governo de SP na área ambiental .......................................... 4
Aspacer anuncia plantio de mudas em reunião com o secretário de Meio Ambiente do Estado ................. 5
Justiça exclui Covas de ação civil por queda de viaduto na Marginal ..................................................... 6
Secretaria de Meio Ambiente lança sistema digital para Programa Nascentes ........................................ 8
SECRETARIA DE INFRAESTRUTURA E ............................................................................................. 10
Bruno Covas comemora isenção em acidente no Paissandu .............................................................. 10
Seguem discussões sobre as obras das marginais em nível com a Duque de Caxias ............................. 11
SB deve receber R$ 23,8 milhões provenientes de acordo para regularização de imóveis rurais ............ 12
Secretários de Ilhabela visitam Usina de Reciclagem de São Sebastião .............................................. 14
Licenciamento ambiental de empreendimentos que atraem aves é desburocratizado ........................... 16
Secretaria promove fiscalização em postos de combustíveis .............................................................. 17
Aterro sanitário reabre e coleta de lixo é retomada em Matão ........................................................... 18
Formosa do Rio Preto: Qualidade da água tratada está dentro dos parâmetros exigidos pelo Ministério da Saúde ........................................................................................................................................ 19
Tempo seco deve continuar em São Paulo ...................................................................................... 20
Laudo da Cetesb aponta resíduos de serviços de saúde, sanitários e industriais perigosos em área de mineradora de Mogi ..................................................................................................................... 21
Concessionária que administra o aeroporto pode ter repassado R$ 9,5 milhões a Cetesb ...................... 23
Tribunal de Contas do Estado inicia mapeamento do descarte de resíduos sólidos nos municípios .......... 24
Cetesb apura contaminação de nascentes em bairro ........................................................................ 26
Revap: ambientalistas cobram estudo de risco ................................................................................ 27
‘Plano Diretor e Zoneamento não tratam de contingenciamento de crise’, diz Manara .......................... 28
Carreta despenca de ponte e interrompe captação de água no interior de SP ...................................... 29
Ambientalistas cobram estudo de risco após incêndio na Revap......................................................... 30
Secretaria de Meio Ambiente lança sistema digital para Programa Nascentes ...................................... 32
Praia Grande adere ao projeto ‘Espaço árvore’ ................................................................................ 34
Justiça exclui Covas de ação civil por queda de viaduto na Marginal ................................................... 35
Processo de podas e trituração de galhos é iniciado em Itatiba .......................................................... 37
Prefeita participa de seminário sobre emprego e empreendedorismo ................................................. 38
Defesa Civil faz teste de sirenes de emergência da barragem em Alumínio ......................................... 39
Carreta-cegonha cai em rio, causa derramamento de óleo e interrompe captação de água no Vale ........ 40
Cetesb avalia acidente na Revap ................................................................................................... 41
Moradores se preocupam com obra que estaria aterrando córrego em bairro de Rio Preto .................... 42
Cetesb investiga mau cheiro na aguá durante o fim de semana ......................................................... 43
E emissão da licença de instalação dos trechos 3 e 4 das marginais da rodovia Marechal Rondon segue sem solução - ............................................................................................................................. 44
Buracos espalhados pela cidade incomodam motoristas e pedestres .................................................. 45
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Grupo de Comunicação
Resolve Fácil atende 100 mil em 4 meses ....................................................................................... 46
Estado pretende iniciar obras do Jaboticabal em janeiro ................................................................... 47
Perto de época de chuvas, piscinões carece, de limpeza ................................................................... 48
VEÍCULOS DIVERSOS .................................................................................................................. 49
Vale do Igapó é castigado por chamas ........................................................................................... 49
A economia do futuro é circular ..................................................................................................... 51
Estado de SP tem destaque na produção de flores e plantas ornamentais ........................................... 54
Se petróleo e dólar estão estáveis, por que Petrobras aumentou gasolina? ......................................... 56
Petrobras cumpre novas regras de enxofre para combustíveis ........................................................... 58
FOLHA DE S. PAULO .................................................................................................................... 59
OPINIÃO: Sabemos combater as mudanças climáticas ..................................................................... 59
Painel: Contradição de Janot é explorada por Lula em ação que pede suspeição de procuradores do STF 60
Indústria cresce em agosto, mas resultado é concentrado em petróleo, etanol e minério ...................... 62
'Interesse na Amazônia não é no índio nem na porra da árvore', diz Bolsonaro ................................... 64
Bolsonaro diz que Vale 'abocanhou direito minerário no Brasil' .......................................................... 66
Mônica Bergamo: Bolsonaro lança na quinta campanha publicitária de pacote anticrime de Moro .......... 68
Política hídrica de cidade do interior de Sergipe ganha prêmio de sustentabilidade .............................. 70
Em Berlim, Salles questiona contribuição humana na mudança climática ............................................ 72
Grandes capitais brasileiras estão ameaçadas pelo aquecimento global .............................................. 74
ESTADÃO ................................................................................................................................... 76
Bolsonaro: 'O interesse na Amazônia não é no índio e nem na árvore, é no minério' ............................ 76
Divisão do pré-sal pode comprometer meta fiscal ............................................................................ 78
‘Estatais só criaram ineficiência, privilégio e corrupção’, diz fundador da BR Partners ........................... 79
Alsol e Aliança apostam em tecnologia nacional para projeto solar flutuante ....................................... 81
Diretora da Petrobrás, Andrea de Almeida é a 49ª mulher mais poderosa do mundo ............................ 82
Os ipês ...................................................................................................................................... 84
“Desaquecimento global” derruba projeções para comércio. Mais um complicador ............................... 85
Onda de desinformação sobre índios inclui falsa venda de reserva para empresa irlandesa ................... 86
Após ataque de Bolsonaro na ONU, campanha de desinformação nas redes atinge cacique Raoni .......... 89
O caso Amazônia: como as declarações do Executivo ecoam no Legislativo? ....................................... 91
Antes do Sínodo, bispo católico prega ‘não’ à mineração e grandes obras na Amazônia ........................ 93
Chico Mendes, Raoni e um governo que menospreza nomes importantes da nossa história ................... 96
PL quer tirar do governo federal poder de criar unidades de conservação ........................................... 97
VALOR ECONÔMICO .................................................................................................................... 99
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Grupo de Comunicação
ENTREVISTAS Veículo: Jornal da USP
Data: 01/10/2019
Especialistas da USP orientarão ações do governo de SP na área ambiental
Comitê de Apoio à Gestão Ambiental do
Estado de São Paulo será presidido pelo
professor e ex-reitor da USP, José Goldemberg
Professor José Goldemberg presidirá comitê
estadual para apoiar ações do governo de São
Paulo na gestão ambiental – Foto: Cecília
Bastos / USP Imagens
O Estado de São Paulo passa a contar com um
comitê de apoio à gestão ambiental. A
proposta é designar uma assessoria consultiva
para definir estratégias na condução da
agenda ambiental estadual. O comitê será
presidido pelo professor e ex-reitor da USP
(1986-1990) José Goldemberg, que já foi
secretário do Meio Ambiente de São Paulo
entre 2002 e 2006.
Além de Goldemberg, integram o comitê
Wanda Günther, professora do Departamento
de Saúde Ambiental da Faculdade de Saúde
Pública (FSP) da USP, Tercio Ambrizzi, do
Departamento de Ciências Atmosféricas do
Instituto de Astronomia e Geofísica (IAG) da
USP, representantes da ONG SOS Mata
Atlântica e da Fundação Getúlio Vargas,
totalizando 15 pessoas da sociedade civil e
sete representantes do Estado.
O suplente do comitê é o secretário de
Infraestrutura e Meio Ambiente, Marcos
Penido, e conta com a participação dos
titulares das pastas de Saúde, José Henrique
Germann Ferreira; Agricultura e
Abastecimento, Gustavo Junqueira; Fazenda e
Planejamento, Henrique Meirelles;
Desenvolvimento Econômico, Patrícia Ellen; o
subsecretário de Meio Ambiente, Eduardo
Trani; o presidente da Sabesp, Benedito
Braga; e a diretora-presidente da Cetesb,
Patrícia Iglecias.
O anúncio foi feito no último dia 23 de
setembro pelo governador de São Paulo, João
Doria. “Além de excelentes profissionais do
Estado, altamente gabaritados, temos
representantes da sociedade civil,
especialistas, pessoas do setor que entendem
muito, e para presidir, o professor José
Goldemberg. O comitê é importante porque
vai orientar todas ações do governo na área
ambiental, nos ajudar com uma visão crítica
para que os projetos sejam os mais
adequados e modernos para o setor”, disse o
governador.
A participação no comitê não será
remunerada. Os conselheiros terão mandato
de dois anos e será permitida uma
recondução. “Nosso objetivo é fazer do Estado
de São Paulo o exemplo de desenvolvimento
sustentável do Brasil. Queremos gerar
emprego e renda conciliando as questões
ambientais. É um privilégio poder debater este
tema com pessoas importantes nesta área e
promover esta troca de experiências em prol
da criação de políticas públicas”, afirmou
Penido.
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Grupo de Comunicação
Veículo: Diário do Rio Claro
Veículo2: Jornal da Cidade
Data: 02/10/2019
Aspacer anuncia plantio de mudas em
reunião com o secretário de Meio Ambiente do Estado
http://cloud.boxnet.com.br/yynea3ms
http://cloud.boxnet.com.br/y25r8w2p
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Grupo de Comunicação
Justiça exclui Covas de ação civil por
queda de viaduto na Marginal
Estrutura na Marginal do Pinheiros ruiu em
novembro do ano passado; promotor viu ato
de improbidade administrativa do prefeito e de
secretários
Bruno Ribeiro, O Estado de S. Paulo
SÃO PAULO - A juíza Carolina Martins
Clemencio Duprat Cardoso, da 11ª Vara da
Fazenda Pública de São Paulo, decidiu excluir
o prefeito Bruno Covas (PSDB) da ação por
improbidade administrativa movida pelo
Ministério Público Estadual após a queda do
viaduto da Marginal do Pinheiros, ocorrida em
novembro do ano passado.
Ela aceitou, por outro lado, a ação contra o
secretário de Infraestrutura Urbana e Obras
da cidade, Vitor Aly, o ex-secretário, Marcos
Penido (atual secretário estadual de
Infraestrutura e Meio Ambiente do governo do
Estado) e contra a empresa JZ Engenharia,
que fez as obras emergenciais para reparar o
viaduto.
A ação questionava a responsabilidade
administrativa dos gestores em deixar o
viaduto cair e a contratação, sem licitação, da
empresa que fez os reparos de emergência.
Ao não receber a denúncia contra o prefeito, a
juíza Carolina afirmou que “não há qualquer
conduta descrita na petição inicial que
demonstre efetiva relação do requerido Bruno
Covas com os fatos em comento”.
A juíza considerou que Covas “assumiu o
cargo no primeiro semestre de 2018, quando
o evento danoso aconteceu em novembro do
mesmo ano” e que ele “não foi responsável
pela contratação da empresa JZ,ora requerida,
não partindo de seu gabinete qualquer decisão
relativa à dispensa de licitação.”
Por outro lado, a juíza decidiu receber a ação
contra os demais citados, que agora passam a
ser réus. O entendimento na época do
promotor Marcelo Milani, autor da ação, é de
que “a queda do viaduto era situação
perfeitamente previsível”, uma vez que a
manutenção não vinha sendo feita e o caso
era de conhecimento dos gestores.
“Como consequência, a contratação de
empresa para recuperação do viaduto tornou-
se ‘urgente’ por omissão administrativa”,
afirmou o promotor, na petição inicial.
Ao Estado, o prefeito afirmou que seus
secretários “respondem ‘pessoa física’”. “Da
mesma forma que eu tive de pagar um
advogado para me defender, agora a Justiça
me excluiu do processo”.
Segundo Covas, “não há nenhuma conduta
improba a ser analisada naquela ação, fico
contente em relação ao resultado da
exclusão.” Ele disse que a Prefeitura havia
discutido com o Tribunal de Contas do
Município por um ano e meio a forma correta
de se contratar estudos para a manutenção da
ponte.
“Me responsabilizar por (algo que ocorreu
após) quatro meses (de mandato) era uma
ginástica argumentativa como um duplo twist
carpado (movimento da ginástica olímpica)”,
disse Covas.
O advogado Marcio Pestana, que defende o
secretário Vitor Aly, afirmou que, embora
respeitem a decisão da juíza, não concordam
com a aceitação da ação. Por isso, irá
apresentar um agravo de instrumento
(recurso) no Tribunal de Justiça. “A conduta
do Vitor (Aly) , em tempo algum, indica dolo.
Também em tempo algum, indica violação a
algum princípio” que resultaria em ato de
improbidade.
Já o ex-secretário de Obras, Marcos
Penido, informou por meio de sua assessoria
que, enquanto esteve na Prefeitura “priorizou
a manutenção dos bens públicos e publicou os
editais para projetos de recuperação e
manutenção de 33 pontes e viadutos, além de
efetivar um programa sob o mesmo tema com
o Sindicato Nacional das Empresas de
Arquitetura e Engenharia Consultiva”.
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Grupo de Comunicação
Segundo a nota, “o secretário deixou a
função seis meses antes do acidente em
Pinheiros. Portanto não houve omissão do
agente público, o que poderá ser comprovado
no decorrer do processo”. Penido disse que se
coloca à disposição da Justiça.
O Estado procurou a empresa JZ Engenharia e
aguarda manifestação de seus representantes
sobre o tema.
https://politica.estadao.com.br/noticias/geral,j
ustica-exclui-covas-de-acao-civil-por-queda-
de-viaduto-na-marginal,70003032989
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Grupo de Comunicação
Veículo: Portal do Governo SP
Data: 1º/10/2019
Secretaria de Meio Ambiente lança
sistema digital para Programa Nascentes
Interessados terão acesso pela internet a
projetos de restauração ecológica no Estado
de São Paulo
A Secretaria de Infraestrutura e Meio
Ambiente (SIMA) lançou o sistema digital do
Programa Nascentes, que permite o
cadastro dos Projetos de Prateleira via
internet. A ação, anunciada na quinta-feira
(19), está em consonância com o Programa SP
Sem Papel instituído pelo Governo do Estado
com objetivo de reduzir o uso de papel entre
os órgãos da administração estadual.
“Esse sistema garante mais eficiência
administrativa e sustentabilidade ambiental,
além de facilitar a análise técnica e o
acompanhamento da implantação desses
projetos”, comenta o secretário de
Infraestrutura e Meio Ambiente, Marcos
Penido.
A Prateleira de Projetos disponibiliza propostas
de restauração para contratação por
interessados em promover a restauração
ecológica. Esses projetos têm a localização, a
estratégia de restauração definida e a
anuência do proprietário para sua realização.
Os projetos são propostos por empresas ou
ONGs que atuam no ramo da restauração
ecológica. “Esse é mais um importante passo
para facilitar e ampliar a restauração ecológica
no território paulista”, afirma o Subsecretário
de Meio Ambiente, Eduardo Trani.
Desde a criação do Programa Nascentes,
em 2014, foram aprovados 81 projetos em
propriedades privadas e também em Unidades
de Conservação. Daquele total, já foram
contratados 65 projetos, totalizando mais de
1.190 hectares.
O Programa é uma iniciativa do Governo do
Estado de São Paulo para promover a
restauração em áreas prioritárias, visando à
proteção e à conservação de recursos hídricos
e da biodiversidade.
O sistema é mais um módulo do Sistema
Integrado de Gestão Ambiental (SIGAM)
e foi concebido totalmente integrado com o
Sistema de Cadastro Ambiental Rural (SICAR-
SP), o Sistema de Áreas Protegidas (SIAP) e
ao Sistema Informatizado de Apoio à
Restauração Ecológica (SARE).
Participaram do lançamento da plataforma, os
membros da Comissão Interna do Programa
Nascentes com representantes da Cetesb,
Coordenadoria de Fiscalização e
Biodiversidade (CFB) e Fundação
Florestal (FF), além de 20 instituições que já
são proponentes de Projetos de Prateleira.
Programa Nascentes
O Programa Nascentes alia a conservação
de recursos hídricos à proteção da
biodiversidade por meio de uma estrutura
institucional inovadora. O programa de
Governo envolve 10 secretarias de Estado,
otimiza e direciona investimentos públicos e
privados para cumprimento de obrigações
legais, para compensação de emissões de
carbono ou redução da pegada hídrica, ou
ainda para implantação de projetos de
restauração voluntários.
O programa une especialistas em restauração,
empreendedores com obrigações de
recuperação a serem cumpridas e possuidores
de áreas com necessidade de recomposição da
vegetação nativa.
O Programa Nascentes contabiliza em
setembro 14.705 hectares em processo de
restauração. O Sistema Informatizado de
Apoio à Restauração Ecológica (SARE) foi
definido como métrica do Programa
Nascentes, contribuindo com a rastreabilidade
e acompanhamento dos projetos.
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Grupo de Comunicação
Mais informações acesse:
www.infraestruturameioambiente.sp.gov.br/pr
ogramanascentes.
Programa SP Sem Papel
O SP Sem Papel é um programa do Governo
do Estado de São Paulo que visa reduzir ou
eliminar gradualmente o trâmite de papel
entre os órgãos da administração estadual, e
também na relação do governo com os
municípios e com o cidadão.
O programa prevê ações de desburocratização
e a adoção de processos de tramitação e
controles de demanda totalmente digitais.
Para isso, a Prodesp – empresa de tecnologia
da informação do Governo de São Paulo – está
integrando e customizando dois sistemas já
existentes e plenamente aprovados pelos
usuários. Ambos utilizam software livre com
código aberto e público, e são a base do
modelo de governo digital que está sendo
implantado no Estado de São Paulo. Para
saber mais sobre o programa, acesse SP Sem
Papel.
http://www.saopaulo.sp.gov.br/spnoticias/sec
retaria-de-meio-ambiente-lanca-sistema-
digital-para-programa-nascentes/
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Grupo de Comunicação
SECRETARIA DE INFRAESTRUTURA E Veículo: Rádio CBN
Data: 14/09/2019
Bruno Covas comemora isenção em acidente no Paissandu
http://cloud.boxnet.com.br/y3g9fq4s
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Grupo de Comunicação
Veículo: 94fm
Data: 1/10/2019
Seguem discussões sobre as obras
das marginais em nível com a Duque de Caxias
POR EMERSON LUIZ ON 1 DE OUTUBRO DE
2019
A emissão da licença de instalação para os
trechos 3 e 4 das marginais da rodovia
Marechal Rondon, segue sem solução.
Em nota enviada à redação da 94, a Cetesb
informa que, para conclusão da análise do
pedido, ainda são aguardadas informações e
documentos. Mais detalhes na reportagem de
Emerson Luiz.
Na próxima semana, será realizada uma
audiência pública conjunta, entre Prefeitura e
Câmara, para discussão da alteração do
projeto, que prevê passagem em nível pela
Duque de Caxias. Ainda sobre esse assunto, o
Secretário de Estado, Marco Vinholi, disse que
o projeto técnico será apresentado à
população bauruense em DOIS meses.
https://94fm.com.br/seguem-discussoes-
sobre-as-obras-das-marginais-em-nivel-com-
a-duque-de-caxias/
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Grupo de Comunicação
Veículo: SB Notícias
Data: 01/10/2019
SB deve receber R$ 23,8 milhões provenientes de acordo para regularização de imóveis rurais
O Núcleo PCJ-Piracicaba do Grupo de Atuação
Especial de Defesa do Meio Ambiente
(Gaema), por meio da promotora Alexandra
Facciolli Martins, em conjunto com o município
de Santa Bárbara d’Oeste e o Departamento
de Água e Esgoto de Santa Bárbara d’Oeste,
celebrou, na última quinta-feira (26/9), acordo
judicial com as empresas Aguassanta
Participações Ltda., Cosan S/A e Nova
Amaralina S/A Propriedades Agrícolas visando
à regularização ambiental de 19 imóveis rurais
situados nos municípios de Santa Bárbara
d’Oeste, Capivari e Monte Mor, com área total
equivalente a 4.195,9 hectares. A informação
é do Gaema/Piracicaba.
A regularização ambiental das respectivas
áreas de preservação permanente (que
totalizam 349,39 hectares) e de reserva legal
(830,41 hectares) implicará em significativa
melhoria da cobertura vegetal e da qualidade
ambiental da região, contribuindo para a
preservação de recursos hídricos, da paisagem
e da estabilidade geológica, além de facilitar o
fluxo gênico e a conservação e reabilitação dos
processos ecológicos.
Segundo o Gaema, o acordo ganha ainda mais
importância considerando que os imóveis se
encontram em áreas consideradas de “muito
alta prioridade”, no mapa e na tabela de
“Áreas Prioritárias para Restauração de
Vegetação”, conforme Resolução SMA nº 07,
de 18 de janeiro de 2017.
Outras medidas, como o fechamento e
tamponamento de drenos para o
restabelecimento do sistema hídrico da região
do Córrego Monjolo Velho, já haviam sido
adotadas anteriormente, com a recuperação
de três grandes lagoas nas propriedades rurais
denominadas "Fazenda São Luiz" e "Fazenda
Areia Branca”.
Além da recuperação das áreas
ambientalmente protegidas, a Aguassanta
Participações e a Cosan se obrigaram, em
caráter solidário, a efetuar o pagamento do
valor equivalente a R$ 23.820.000,00 a ser
revertido em prol da comunidade barbarense e
da região, mediante a execução de diversos
projetos socioambientais e da área da saúde,
tais como a implantação de um Centro de
Cultura Ambiental; a reforma de um Centro de
Exames e Diagnósticos de Saúde; a reforma
de Unidade Básica de Saúde,com referência
pediátrica; a implantação de Parque Linear; a
aquisição de equipamentos destinados ao
programa de arborização urbana; a
implementação de programas, obras e
serviços de proteção à fauna doméstica e
silvestre e diversas outras medidas.
Dos R$ 23,8 milhões, a Prefeitura ficará com
R$ 7 milhões; o DAE com R$ 10,5 milhões, o
Fundo Municipal de Saúde com R$ 4 milhões,
o Fundo Municipal de Meio Ambiente com R$
1,7 milhão e R$ 520 mil vão para a Cetesb-
Companhia Ambiental do Estado de São Paulo
para reforma de sua sede em Americana. O
valor destinado ao Fundo Municipal de Saúde
deverá ser aplicado na reforma do prédio que
abrigaria a UPA (Unidade de Pronto
Atendimento) no Jardim Santa Rita de Cássia,
cujas obras estão paralisadas há mais de 7
anos.
A ação judicial foi ajuizada pela Prefeitura e o
Ministério Público Estadual e tramitava há 11
anos. Na ocasião as empresas descumpriram
liminar que mandava cessar com as
irregularidades. Ao longo dos anos, foram
várias multas às empresas pelo uso irregular
das áreas. Com o acordo, o processo fica
suspenso até que sejam cumpridas as
condições determinadas no documento. Os
advogados da Prefeitura e do DAE que
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Grupo de Comunicação
atuaram na ação receberão R$ 50 mil de
honorários.
Além dos mecanismos rotineiros de verificação
dos compromissos assumidos, tais projetos
contarão com o acompanhamento da Caixa
Econômica Federal, na qualidade de agente
técnico para acompanhamento dos projetos
beneficiados, bem como dos Conselhos
Municipais de Meio Ambiente e de Saúde de
Santa Bárbara d’Oeste.
http://www.sbnoticias.com.br/noticia/SB-
deve-receber-R-238-milhoes-provenientes-de-
acordo-para-regularizacao-de-imoveis-
rurais/171770
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Veículo: Morumbi News
Data: 01/10/2019
Secretários de Ilhabela visitam Usina de Reciclagem de São Sebastião
A usina de reprocessamento de resíduos de
podas e RCC de São Sebastião
Salete Magalhães (Meio Ambiente), Edvaldo
Anízio (Administração) e funcionários do
aterro municipal conheceram a usina
Uma comitiva de Ilhabela, composta pelos
secretários de Meio Ambiente e de
Administração, Salete Magalhães e Edvaldo
Anízio da Silva, respectivamente, e
funcionários do Aterro Municipal, visitaram
nesta segunda-feira (30), a Usina de
Reciclagem de São Sebastião, no bairro Canto
do Mar, com o objetivo de ver o
funcionamento do local que recebe os resíduos
de poda e da construção civil (RCC) do
arquipélago, e estudar novas alternativas para
o reprocessamento do material.
Os representantes de Ilhabela, acompanharam
o funcionamento das etapas de separação dos
materiais feitos com equipamentos e mão de
obra em terreno licenciado pela Cetesb. Desde
a chegada dos materiais de podas e de
construção, transportados em caminhões que
saem de Ilhabela (todos do recém-criado
Programa Carona Legal), são realizadas seis
etapas.
A primeira triagem consiste na retirada de
materiais como plástico, pedra e outros e a
passagem do material por uma máquina
conhecida como peneira vibratória, que separa
três tipos de material, por tamanho. Na
sequência o material cai em uma esteira de
triagem que separa troncos grandes, pedras e
material vegetal. As próximas etapas, após a
esteira, são a máquina trituradora e picadora,
de onde o material de diversas gramaturas
são levados por caminhões até as baías de
armazenamento-separadas por gramatura e
de onde é comercializado como adubo
orgânico.
Os secretários e funcionários do aterro ilhéu
foram recebidos pelo diretor Geral da empresa
Ideal, Pedro Amaral, e pelo Gerente do
Sistema de Gestão, Aurélio de Castro. Os
secretários Salete e Edvaldo explicaram que
essa foi mais uma das visitas que o governo
municipal tem realizado com o intuito de
estudar soluções viáveis para a ilha. “Por
orientação da prefeita Gracinha Ferreira,
fomos a Jacareí, vimos a usina de
transformação do RCC (Resíduo da Construção
Civil) em bloquetes usados em calçamento;
visitamos outras cidades onde conhecemos
equipamentos e tecnologias diferentes e
estivemos aqui conhecendo o
reprocessamento. A prefeita Gracinha tem nos
orientado sobre o fato de precisamos definir o
melhor caminho para o nosso município
atender as exigências legais e dar conta de
sua responsabilidade”, explicou Salete
Magalhães.
Segundo os funcionários do Aterro Municipal,
os caminhões do Programa Carona Legal
retiram do arquipélago e transportam para a
Usina de Reciclagem de São Sebastião uma
média de 300 toneladas/dia de resíduos de
podas e 330 toneladas/dia de RCC.
O Programa Carona Legal tem 28 empresas
operando, com aproximadamente 35
caminhões. A iniciativa da prefeitura, de criar
o Carona Legal, resultou em um grande
sucesso ao permitir a limpeza total de resíduos
de poda do terreno (autorizado pela Cetesb)
ao lado do “Campo do Galera”, no bairro Água
Branca, de onde em menos de um mês foram
removidas nove mil toneladas.
Solução
O “Programa Carona Legal” se transformou
em solução para o histórico problema do
esvaziamento do Aterro Municipal e mais uma
opção para a geração de emprego, renda e
valorização da mão de obra local. O projeto da
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Grupo de Comunicação
prefeitura permite a utilização de
caminhoneiros e caçambeiros do arquipélago,
que sairiam com seus veículos vazios da
cidade, para a retirada de resíduos de podas e
de RCC.
Além da geração da empego, a prefeitura, por
meio da Secretaria de Meio Ambiente, também
conseguiu grande economia. A Administração
paga R$ 65 reais por tonelada retirada pelos
caminhoneiros e caçambeiros, enquanto
pagaria, em média, mais de R$ 300 se
destinasse o resíduo para o aterro municipal,
considerando o transporte e a destinação.
O esvaziamento do Aterro Municipal é uma
cobrança feita pelo Ministério Público desde
2004, ano que a prefeitura assinou, mas não
conseguiu atender, o Termo de Ajustamento
de Conduta (TAC) firmado com o MP para
cessar as atividades de recebimento de
resíduos e rejeitos no local.
Em 25 de abril de 2019, com a determinação
de fechamento do aterro, por parte do
Ministério Público (Gaema) e Companhia
Ambiental do Estado de São Paulo
(CETESB), sob pena de multa diária, a
prefeitura conseguiu impedir a ampliação, ao
proibir a entrada de novas caçambas de
resíduos de construção civil e podas. A outra
medida efetiva para reduzir a quantidade já
existente, acumulada há anos, foi a criação do
“Carona Legal”.
https://www.ilhabela.sp.gov.br/blog/secretario
s-de-ilhabela-visitam-usina-de-reciclagem-de-
sao-sebastiao/
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16
Grupo de Comunicação
Veículo: Jornal do Ouvidor
Data: 01/10/2019
Licenciamento ambiental de empreendimentos que atraem aves é desburocratizado
A Cetesb (Companhia Ambiental do
Estado de São Paulo), desde julho deste
ano, é a única responsável pelo licenciamento
ambiental de empreendimentos com potencial
atrativo de avifauna no Estado localizados nas
imediações de aeródromos. A nova regra está
valendo a partir da publicação da Portaria
Normativa nº 54/GM-MD, de 15 de julho de
2019, do Ministério da Defesa, que retirou do
Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção
de Acidentes Aeronáuticos) do Comaer
(Comando da Aeronáutica) a atribuição de se
manifestar previamente sobre a avifauna nos
processos de licenciamento ambiental dessas
atividades.
Com a liberação da apresentação de parecer
emitido pela autoridade aeronáutica,
empreendimentos como, por exemplo, aterros
sanitários, curtumes e abatedouros podem ter
seu licenciamento ambiental de modo mais
ágil.
Depois da publicação da Portaria Normativa nº
54/GM-MD, o Cenipa encaminhou ofício aos
órgãos ambientais do País recomendando a
adoção de procedimentos transitórios para
emissão das licenças ambientais de
empreendimentos com potencial atrativo de
fauna situados na área de segurança
aeroportuária de aeródromos.
Os novos procedimentos estabelecem que os
empreendimentos em fase de licenciamento
apresentem ao órgão ambiental informações
sobre localização em relação aos aeródromos
mais próximos e o compromisso formal,
assinado por representante legal e por
responsável técnico, por meio do qual
obrigam-se a empregar um conjunto de
técnicas para mitigar o efeito atrativo de
espécies-problema para aviação, de forma que
o empreendimento não se configure como um
foco atrativo de avifauna.
Com base nas novas informações que
passarão a ser solicitadas dos
empreendimentos com potencial atrativo de
aves, a Cetesb poderá dar continuidade aos
processos de licenciamento que estavam
represados na autoridade aeronáutica e
garantir maior fluidez às futuras solicitações
de licenças.
http://jornalouvidor.com.br/noticia/licenciame
nto-ambiental-de-empreendimentos-que-
atr/15572
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17
Grupo de Comunicação
Veículo: Jornal do Ogunhê
Data: 01/10/2019
Secretaria promove fiscalização em postos de combustíveis
A Secretaria Municipal de Meio Ambiente vem
realizando uma série de fiscalizações nos
postos de combustíveis de Avaré para
identificar possíveis riscos de contaminação ao
meio ambiente.
A iniciativa cumpre a diretiva do Programa
Município VerdeAzul do Estado de São Paulo.
Na primeira fase iniciada em 16 de setembro,
foram conferidos 8 estabelecimentos a fim de
identificar se os mesmos já haviam
regularizado sua situação.
Na segunda fase, que deve seguir até o
próximo ano, serão fiscalizados os demais
postos de Avaré. Os técnicos avaliam a
adequação à legislação e às normas técnicas
que regulam a atividade, desde a escolha do
local de instalação até o funcionamento.
No momento da fiscalização é solicitada a
licença de operação emitida pelo órgão
responsável, entre outros documentos. São
verificados também a área de abastecimento e
o local de troca de óleo, bem como outros
espaços.
Notificação
Os postos de combustíveis em desacordo com
a legislação ou com problemas nas instalações
são noticiados à Companhia Ambiental do
Estado de São Paulo (CETESB), agência do
Governo do Estado responsável pelo controle,
fiscalização, monitoramento e licenciamento
de atividades geradoras de poluição, para que
as providências cabíveis sejam adotadas para
a adequação e regularização do local.
Prevenção
Um posto de combustível apresenta inúmeros
e permanentes riscos para o meio ambiente e
para a saúde de seus funcionários, sendo
fundamental o diagnóstico prematuro de
vazamentos e armazenamento inadequado
para evitar possíveis acidentes.
A responsabilidade ambiental é compartilhada.
Por esse motivo, mesmo sendo do empresário
eliminação ou minimização dos riscos, cabe
aos órgãos públicos municipais e estaduais a
fiscalização dessas atividades.
http://www.jornaldoogunhe.com.br/page/notic
ia/secretaria-promove-fiscalizacao-em-postos-
de-combustiveis
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18
Grupo de Comunicação
Veículo: Jornal da Cidade
Data:01/10/2019
Aterro sanitário reabre e coleta de lixo é retomada em Matão
Durante todo o dia a falta da coleta de lixo foi
assunto na cidade, gerando inúmeros
questionamentos por parte da população
matonense.
Segundo apurado pela nossa reportagem, um
impasse entre a empresa responsável pelo
serviço de coleta e destinação do lixo
doméstico no município ( Colorado Ambiental)
e a empresa proprietária do aterro sanitário
(Construtora Bema) foi o motivo que culminou
com a paralisação momentânea do serviço.
A empresa Colorado Ambiental informou no
fim da tarde desta segunda-feira (01) que o
aterro sanitário já foi reaberto e o serviço de
coleta de lixo já foi retomado garantindo toda
a sua normalidade até amanhã.
EDITORIAL:
“Há muito tempo nossa cidade vive esse
constante impasse com assuntos relacionados
ao aterro sanitário local, que mesmo sendo
privado e particular presta um serviço público
de extrema necessidade para a população
matonense. Acontece que segundo levantado,
a empresa proprietária do aterro que pertence
a família do vereador Valter Trevizaneli (hoje
oposição ao prefeito Edinardo Esquetini)
Construtora Bema, estaria passando por sérios
problemas financeiros e sem condições de
arcar com os custos operacionais o que estaria
inviabilizando o serviço. Segundo apurado, o
aterro tem sido frequentemente alvo de
fiscalizações por parte da CETESB por
possíveis irregularidades , inclusive com
multas por danos ao meio ambiente. A
pergunta é simples, se a empresa que há
quase 30 anos opera o aterro sanitário esta
“quebrada” e não tem mais condições de
opera-lo, porque não abrir espaço para que
uma nova empresa o assuma e faça o serviço
como deve ser feito? porque o Prefeito
Edinardo Esquetini não toma providências no
sentido de desapropriar a área afim de
proteger e resguardar o interesse público ou
abre uma nova licitação para que uma nova
empresa possa construir um aterro sanitário
que realize o serviço corretamente? Quem
estaria por trás desse “jogo sujo” do “quanto
pior melhor” e gerar todo esse caos na cidade?
Este debate certamente deverá ser retomado
nos próximos dias, são perguntas
questionamentos como estes que pairam na
população que só almeja que o serviço seja
feito com frequência, corretamente e sem
interrupções.
Alexandre De Cinque – Jornalista
MTB599200/SSP – DA REDAÇÃO
http://jornalcidadesonline.com.br/site/2019/1
0/01/aterro-sanitario-reabre-e-coleta-de-lixo-
e-retomada-em-matao/
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19
Grupo de Comunicação
Veículo: Blog Sigi Vilares
Data: 01/10/2019
Formosa do Rio Preto: Qualidade da
água tratada está dentro dos parâmetros exigidos pelo Ministério da Saúde
Em resposta à notificação da Vigilância
Sanitária de Formosa do Rio Preto, a Empresa
Baiana de Águas e Saneamento (Embasa)
garante que a água tratada distribuída para a
população está dentro dos parâmetros de
qualidade de água exigidos pela portaria de
Consolidação Nº 5/2016, Anexo XX, do
Ministério da Saúde. O resultado das análises
de cor aparente e de coliformes totais
referentes aos meses de julho/agosto estão
em conformidade com o que determina a
legislação e não apresenta riscos à saúde da
população, contrariando o que foi notificado
pela Vigilância Sanitária.
Ao ser notificada pela Vigilância Sanitária, por
meio do programa Vigiágua, a Embasa
coletou, ainda na última segunda-feira (23),
amostras adicionais em nove pontos
identificados como fora do padrão para os
parâmetros de cor aparente (não causa riscos
à saúde da população) e de coliformes totais.
Os resultados, já encaminhados à Vigilância
Sanitária de Formosa do Rio Preto,
comprovam que a qualidade da água coletada
nestes pontos atende ao que determina a
legislação.
A Embasa ressalta, ainda, que a coleta das
amostras, seu acondicionamento e transporte
para análise em laboratório seguem as
recomendações do Guia Nacional de Coleta e
Preservação de Amostras: água, sedimento,
comunidades aquáticas e efluentes líquidos
(CETESB/ANA), que aborda sobre
amostragem de águas para abastecimento
humano e traz diretrizes e recomendações de
assepsia do profissional e do local da coleta na
rede distribuidora para não interferir na
aferição dos parâmetros na amostra durante a
análise laboratorial.
Os resultados das análises realizadas pelo
controle de qualidade da Embasa são lançados
no Sistema de Informações de Vigilância da
Qualidade da Água para consumo humano
(Sisagua). O município tem acesso a esse
sistema por meio da Vigilância Sanitária. Além
das 34 análises realizadas, mensalmente, em
vários pontos da rede distribuidora de
Formosa do Rio Preto, são realizadas, de duas
em duas horas, análises da água bruta e
tratada para garantir, ainda na fase de
tratamento, o cumprimento da portaria que
determina o padrão de potabilidade da água a
ser distribuída para a população.
http://www.sigivilares.com.br/index.php?pag=
noticia&id=83160
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20
Grupo de Comunicação
Veículo: Metro
Data: 02/10/2019
Tempo seco deve continuar em São
Paulo
O tempo seco que atingiu a capital nesta
terça-feira deve continuar predominando nesta
quarta. O Inmet (Instituto Nacional de
Meteorologia) prevê um dia com sol, névoa
seca e temperaturas entre 17ºC e 33ºC.
Ontem, a umidade do ar ficou abaixo de 30%
em todas as regiões da cidade, levando a
Defesa Civil a decretar emergência às 14h. A
poluição também piorou e, segundo a Cetesb,
duas estações tiveram ar ruim, e uma, muito
ruim.
https://www.metrojornal.com.br/foco/2019/1
0/02/tempo-seco-deve-continuar-em-sao-
paulo.html
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21
Grupo de Comunicação
Veículo: G1 Mogi
Veículo2: Wize
Veículo3: TV Diário
Veículo4: Rádio Metropolitana
Data: 01/10/2019
Laudo da Cetesb aponta resíduos de
serviços de saúde, sanitários e industriais perigosos em área de
mineradora de Mogi
Empresa foi alvo de uma operação conjunta
na semana passada, onde foram encontradas
as substâncias em parte de aterro.
Por G1 Mogi das Cruzes e Suzano
A Companhia Ambiental do Estado de São
Paulo (Cetesb) informou nesta terça-feira
(1º) que encontrou resíduos de serviços de
saúde, sanitários e industriais perigosos, com
odor de amônia, tinta/solvente e oleosos no
material coletado da cava de mineração da
Caravelas, em Mogi das Cruzes.
O local foi alvo de uma força-tarefa do
Ministério Público com a participação da
Cetesb, Prefeitura e Delegacia do Meio
Ambiente de Mogi, na semana passada. À
época, a empresa negou qualquer
irregularidade. O G1 solicitou um novo
posicionamento após a liberação do laudo.
Ainda de acordo com a Cetesb, o relatório de
vistoria está sendo finalizado, para só depois
ser aplicada a penalidade à mineradora.
A mineradora, segundo a Cetesb, está inserida
na Área de Proteção Ambiental (APA) da
Várzea do Rio Tietê, parte em Zona de Uso
Controlado (ZUC) e parte em Zona de Vida
Silvestre (ZVS).
A operação
No dia 24 de setembro, policiais da Delegacia
Ambiental encontraram materiais
contaminantes na área da mineradora
Caravelas, no Distrito de Brás Cubas, em Mogi
das Cruzes. A defesa da empresa alegou que
tudo ainda era uma suspeita.
A área, segundo a Cetesb, deveria estar
passando por um processo de recuperação e
não deveria estar sendo usada para descarte
de nenhum tipo de material.
O promotor público Leandro Lippi explicou que
a ação não gerou nenhuma prisão e nem o
embargo da área. Ainda de acordo com Lippi,
o MP vai continuar alertando a Justiça sobre o
perigo ambiental que o terreno da mineradora
representa.
Lippi destacou que desde 2015 existe uma
batalha judicial com a empresa responsável
pela área. De acordo com o promotor, a
empresa fez um acordo com o Ministério
Público para a recuperação da área, mas ele
não foi cumprido.
“O último pedido do MP à Justiça em relação à
área foi uma inspeção feita em maio desse
ano, mas ele foi indeferido pelo juiz da 2ª
Vara de Família de Mogi, mas o Ministério
Público recorreu. Buscamos a suspensão das
atividades e a interdição do local, tendo em
vista o aumento significativo da degradação
ambiental e o depósito de resíduos sólidos
perigosos.”
O promotor alertou que a empresa tem uma
licença de operação, mas ela está vencida.
Segundo Lippi, a Cetesb já emitiu um parecer
desfavorável a essa licença.
“Essa licença de operação que a empresa se
escora é para o início da propriedade. E eles
ampliaram essa atividade sem ter em nenhum
momento uma autorização para o depósito
desses resíduos perigosos, principalmente
avançando nessa área, chegando inclusive a
Área de Proteção Ambiental (APA) do Rio Tietê
onde tem queima da vegetação e constatamos
o depósito de óleo e resíduos químicos
contaminantes.”
De acordo com Del Poente, o local pertence a
uma mineradora e é objeto de um litígio
judicial e de uma ação da Cetesb.
22
Grupo de Comunicação
“O que ocorre nesse momento é que está
havendo atividade poluidora com descarte de
material contaminante. Inclusive material
hospitalar e outros resíduos, como borra de
alumínio, amônia e lixo orgânico. A Cetesb faz
o levantamento do grau poluente desse
material”, explica Del Poente.
Segundo o delegado, inicialmente a polícia
registrou um termo circunstanciado, fez a
apreensão de cinco máquinas, um caminhão e
uma perícia na área.
https://g1.globo.com/sp/mogi-das-cruzes-
suzano/noticia/2019/10/01/laudo-da-cetesb-
aponta-residuos-de-servicos-de-saude-
sanitarios-e-industriais-perigosos-em-area-de-
mineradora-de-mogi.ghtml
http://cloud.boxnet.com.br/y2afnorw
http://cloud.boxnet.com.br/y4vlubjh
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23
Grupo de Comunicação
Veículo: Folha Metropolitana
Data: 02/10/2019
Concessionária que administra o
aeroporto pode ter repassado R$ 9,5 milhões a Cetesb
http://cloud.boxnet.com.br/y666l3de
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24
Grupo de Comunicação
Veículo: Jornal da Manhã
Veículo2: O Dia de Marília
Data: 02/10/2019
Tribunal de Contas do Estado inicia
mapeamento do descarte de resíduos sólidos nos municípios
O TCE (Tribunal de Contas do Estado) vai
realizar um levantamento junto acs 644
municípios jurisdicionados para averiguar a
geração e o descarte de resíduos sólidos. Os
dados, que começaram a ser colhidos no dia
23 de setembro, deverão ser respondidos à
Corte de Contas até o dia
11 de outubro e resultarão em um mapa
virtual sobre a situação do tratamento dos
resíduos sólidos em todo o Estado.
No levantamento, serão levados em
consideração alguns pontos, que vão desde o
cumprimento da legislação - com a ediçãodo
Plano Municipal de Gestão Integrada de
Resíduos Sólidos, conforme previsto pela Lei
Federal n° 12.305/10 - passando pela
existência de locais apropriados, infraestrutura
para armazenagem, triagem, descarte e
seletividade, bem como a existência de
políticas públicas para Educação Ambiental.
Segundo o Presidente do TCE, Conselheiro
Antonio Roque Citadini, a iniciativa é fruto de
uma preocupação constante da Corte de
Contas que abrange não só a formalização de
contratos para a prestação de serviços na área
da limpeza pública, como também a situação
enfrentada pela fiscalização realizada neste
setor.
Fiscalização Em 2016, o Tribunal de Contas do
Estado de São Paulo realizou uma fiscalização
ordenada específica em amestra de 163
municípios para tratar sobre a questão.
O relatório gerencial apontou que 37% das
cidades não possuíam o Plano Municipal de
Resíduos, ao passo que 31% não aplicavam a
coleta seletiva nas suas localidades.
Outro dado revelado foi que mais de 70% dos
municípios não possuíam áreas de transbordo
- locais intermediários entre o gerador do
resíduo e o destino. Em 15% das cidades
vistoriadas que possuíam transbordos, os
locais não tinham a licença de operação
emitida pela Cetesb (Companhia Ambiental
do Estado de São Paulo).
Dados Por meio de Comunicado n° 28/2019,
expedido pela Secretaria-Diretoria Geral do
Tribunal de Contas e veiculado em 16 de
setembro no Caderno Legislativo do Diário
Oficial do Estado, as Prefeituras foram
notificadas a encaminharem, por meio de
questionário a ser respondido no sistema
específico no Portal de Sistemas do TCE, uma
série de dados sobre o tratamento dos
resíduos sólidos em cada municipalidade.
Para responder o questionário, o
jurisdicionado deve acessar o site do TCE e, no
topo da página, selecionar o botão ‘Login’ para
abrir a área de autenticação do Portai de
Sistemas. Feito isso, deverá entrar com e-mail
e senha, caso não possua uma conta, o
jurisdicionado deve clicar no botão ‘Não
possuo uma conta’ e seguir as instruções do
sistema.
Ao entrar no site, o jurisdicionado deve clicar
no ícone ‘Questionário’ disponível na primeira
página. Caso o ícone do sistema não esteja
disponível, o responsável deve procurar o
gestor de acessos do órgão e solicitar o acesso
ao portal.
Uma vez com acesso ao sistema, o
jurisdicionado deve acessar o botão ‘Coleta de
Resíduos Sólidos', clicando no ícone do
questionário. Todas as questões, que estarão
organizadas em grupos, devem ser
obrigatoriamente respondidas.
A Corte de Contas, com fundamento no artigo
25 da Lei Complementar Estadual n° 709/93,
determinou que cada cidade ‘deverá fornecer
as informações com absoluta fidedignidade,
estando o responsável sujeito às cominações
legais em caso de desatendimento ou de
informações inexatas’.
25
Grupo de Comunicação
TCE vai realizar um levantamento junto aos
644 municípios jurisdicionados para averiguar
a geração e o descarte de resíduos sólidos |
Divulgação
http://cloud.boxnet.com.br/y6xql5ml
http://cloud.boxnet.com.br/y6z4nes8
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26
Grupo de Comunicação
Veículo: O Diário de Mogi
Data: 02/10/2019
Cetesb apura contaminação de
nascentes em bairro
http://cloud.boxnet.com.br/y2umzzml
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27
Grupo de Comunicação
Veículo: O Vale
Data: 02/10/2019
Revap: ambientalistas cobram estudo de risco
http://cloud.boxnet.com.br/y2a4v4oq
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28
Grupo de Comunicação
Veículo: Gazeta de Taubaté
Veículo2: O Vale
Data: 02/10/2019
‘Plano Diretor e Zoneamento não
tratam de contingenciamento de crise’, diz Manara
http://cloud.boxnet.com.br/yxfbcukd
http://cloud.boxnet.com.br/y6z7fks7
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29
Grupo de Comunicação
Veículo:G1
Data: 01/10/2019
Carreta despenca de ponte e interrompe captação de água no
interior de SP
Acidente ocorreu na Rodovia Régis
Bittencourt, na altura de Cajati.
Por G1 Santos
Uma carreta cegonha caiu de uma ponte na
rodovia Régis Bittencourt e interrompeu a
captação de água na cidade de Cajati, no
interior de São Paulo. O grave acidente
provocou vazamento de óleo no rio
Jacupiranguinha, que abastece boa parte da
Cidade. O motorista da carreta foi socorrido
por pessoas que passavam na rodovia e passa
bem.
O acidente aconteceu, nesta segunda-feira
(30), por volta das 23h, no km 498 da
rodovia. A carreta transportava cinco veículos
e trafegava na pista sentido Curitiba, quando
bateu na mureta da ponte e acabou caindo de
uma altura de, aproximadamente, 20 metros.
O veículo ficou de cabeça para baixo e a
cabine foi totalmente destruída. O motorista
foi levado para um hospital da região.
Segundo apurado, a Defesa Civil e a
Companhia Ambiental do Estado de São
Paulo (CETESB) estiveram no local e
solicitaram a interrupção temporária da
captação de água no rio Jacupiranguinha, por
conta do vazamento de óleo causado pelo
acidente. Funcionários trabalham no local para
realizar a limpeza do material que vazou. A
Cidade não está sem água graças aos
reservatórios.
Na manhã desta terça (1°), funcionários de
uma empresa de guincho içaram parte do
veículo e seguem fazendo o trabalho de
retirada do veículo durante a tarde. O trânsito
chegou a ser monitorado pela Polícia
Rodoviária Federal e pela concessionária que
administra a rodovia. Não há
congestionamento e o trânsito flui
normalmente na rodovia.
https://g1.globo.com/sp/santos-
regiao/noticia/2019/10/01/carreta-despenca-
de-ponte-e-interrompe-captacao-de-agua-no-
interior-de-sp.ghtml
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30
Grupo de Comunicação
Veículo: Gazeta de Taubaté
Data: 02/10/2019
Ambientalistas cobram estudo de risco após incêndio na Revap
Ambientalistas cobram da Prefeitura de São
José dos Campos um estudo de risco para a
região leste da cidade em razão da existência
da Revap (Refinaria Henrique Lage), da
Petrobras.
O estudo apontaria, entre outras questões, os
impactos de um acidente de grandes
proporções na refinaria, as rotas de fuga para
a população do entorno, as áreas
contaminadas e quais procedimentos seriam
adotados numa ocorrência na Revap.
O pedido ganhou força após incêndio na
refinaria no último domingo, que exigiu seis
horas e meia de trabalho de 50 bombeiros e
brigadistas para ser contido, na noite do
domingo.
Segundo a Petrobras, o incêndio atingiu um
dos diques de tanques que armazenam
produtos utilizados na preparação de asfalto e
óleo combustível.
A Cetesb (Companhia Ambiental do
Estado de São Paulo) investiga as causas da
ocorrência e deve determinar as sanções para
a Petrobras ainda nesta semana.
LAUDO.
Em São José, ambientalistas aguardam o
laudo da Cetesb para encaminhar
representação ao Ministério Público e para a
Defensoria Pública e cobrar a elaboração de
um estudo de risco para a zona leste, região
que abriga a refinaria e é uma das mais
populosas do município.
'Permitir que a região leste seja adensada,
sem um estudo de risco, é dar um tiro no
escuro. É a região mais poluída da cidade, tem
número considerado de áreas contaminadas
pela própria refinaria e temos cobrado esse
estudo da prefeitura e da Câmara', disse o
ambientalista e professor José Moraes
Barbosa.
Segundo ele, o estudo foi cobrado da
prefeitura durante as discussões do Plano
Diretor, documento aprovado pela Câmara no
final de novembro do ano passado, com
validade de uma década.
'Nas audiências, a prefeitura alegou que não
tinha feito esse estudo e quem deveria fazê-lo
era a Petrobras', disse Barbosa, que irá
procurar apoio de sociedades de bairro na
zona leste para fortalecer a campanha pelo
estudo de risco.
O ambientalista disse que a principal
preocupação é com a nova Lei de
Zoneamento, que deve ser votada em
outubro, permitindo maior adensamento na
zona leste.
'A prefeitura aponta a região leste como vetor
de crescimento da cidade. Isso é temerário
sem um estudo de risco para um acidente na
refinaria. Não tem como eliminar o risco, está
sempre suscetível. Por mais que haja políticas
preventivas sempre há risco de acidentes',
afirmou Barbosa.
'Incêndio foi totalmente debelado e causas são
investigadas', diz Petrobras
A Petrobras informou nesta segunda-feira que
o incêndio nos diques dos tanques que
armazenam produto para a preparação de
asfalto e óleo combustível foi totalmente
debelado, sem nenhuma vítima.
Nesta segunda, unidades de destilação,
coqueamento e hidrotramento de diesel estão
em parada de manutenção.
As demais unidades operam normalmente. 'As
equipes técnicas continuam os trabalhos de
monitoramento da área e as causas do
incêndio serão analisadas', informou a
Petrobras.
Segundo os bombeiros, o fogo atingiu um
dique e ficou a cerca de dois metros de altura
do produto, em apenas um tanque de
31
Grupo de Comunicação
combustível, que foi saturado de espuma para
não explodir.
Brigadistas da Revap e de empresas também
atuaram..
O post Ambientalistas cobram estudo de risco
após incêndio na Revap apareceu primeiro em
Gazeta de Taubaté.
http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?
c=0&n=31961787&e=577
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32
Grupo de Comunicação
Veículo:Garça online
Data: 01/10/2019
Secretaria de Meio Ambiente lança sistema digital para Programa Nascentes
Interessados terão acesso pela internet a
projetos de restauração ecológica no Estado
de São Paulo
A Secretaria de Infraestrutura e Meio
Ambiente (SIMA) lançou o sistema digital do
Programa Nascentes, que permite o cadastro
dos Projetos de Prateleira via internet. A ação,
anunciada na quinta-feira (19), está em
consonância com o Programa SP Sem Papel
instituído pelo Governo do Estado com
objetivo de reduzir o uso de papel entre os
órgãos da administração estadual.
“Esse sistema garante mais eficiência
administrativa e sustentabilidade ambiental,
além de facilitar a análise técnica e o
acompanhamento da implantação desses
projetos”, comenta o secretário de
Infraestrutura e Meio Ambiente, Marcos
Penido.
A Prateleira de Projetos disponibiliza propostas
de restauração para contratação por
interessados em promover a restauração
ecológica. Esses projetos têm a localização, a
estratégia de restauração definida e a
anuência do proprietário para sua realização.
Os projetos são propostos por empresas ou
ONGs que atuam no ramo da restauração
ecológica. “Esse é mais um importante passo
para facilitar e ampliar a restauração ecológica
no território paulista”, afirma o Subsecretário
de Meio Ambiente, Eduardo Trani.
Desde a criação do Programa Nascentes, em
2014, foram aprovados 81 projetos em
propriedades privadas e também em Unidades
de Conservação. Daquele total, já foram
contratados 65 projetos, totalizando mais de
1.190 hectares.
O Programa é uma iniciativa do Governo do
Estado de São Paulo para promover a
restauração em áreas prioritárias, visando à
proteção e à conservação de recursos hídricos
e da biodiversidade.
O sistema é mais um módulo do Sistema
Integrado de Gestão Ambiental (SIGAM) e foi
concebido totalmente integrado com o
Sistema de Cadastro Ambiental Rural (SICAR-
SP), o Sistema de Áreas Protegidas (SIAP) e
ao Sistema Informatizado de Apoio à
Restauração Ecológica (SARE).
Participaram do lançamento da plataforma, os
membros da Comissão Interna do Programa
Nascentes com representantes da Cetesb,
Coordenadoria de Fiscalização e
Biodiversidade (CFB) e Fundação Florestal
(FF), além de 20 instituições que já são
proponentes de Projetos de Prateleira.
Programa Nascentes
O Programa Nascentes alia a conservação de
recursos hídricos à proteção da biodiversidade
por meio de uma estrutura institucional
inovadora. O programa de Governo envolve 10
secretarias de Estado, otimiza e direciona
investimentos públicos e privados para
cumprimento de obrigações legais, para
compensação de emissões de carbono ou
redução da pegada hídrica, ou ainda para
implantação de projetos de restauração
voluntários.
O programa une especialistas em restauração,
empreendedores com obrigações de
recuperação a serem cumpridas e possuidores
de áreas com necessidade de recomposição da
vegetação nativa.
O Programa Nascentes contabiliza em
setembro 14.705 hectares em processo de
restauração. O Sistema Informatizado de
Apoio à Restauração Ecológica (SARE) foi
definido como métrica do Programa
Nascentes, contribuindo com a rastreabilidade
e acompanhamento dos projetos.
Programa SP Sem Papel
O SP Sem Papel é um programa do Governo
do Estado de São Paulo que visa reduzir ou
eliminar gradualmente o trâmite de papel
entre os órgãos da administração estadual, e
também na relação do governo com os
municípios e com o cidadão.
33
Grupo de Comunicação
O programa prevê ações de desburocratização
e a adoção de processos de tramitação e
controles de demanda totalmente digitais.
Para isso, a Prodesp – empresa de tecnologia
da informação do Governo de São Paulo – está
integrando e customizando dois sistemas já
existentes e plenamente aprovados pelos
usuários. Ambos utilizam software livre com
código aberto e público, e são a base do
modelo de governo digital que está sendo
implantado no Estado de São Paulo.
https://garcaonline.com.br/2019/10/secretaria
-de-meio-ambiente-lanca-sistema-digital-
para-programa-nascentes
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34
Grupo de Comunicação
Veículo: Estação Litoral
Data: 01/10/2019
Praia Grande adere ao projeto ‘Espaço árvore’
Trabalho atende as normativas do Programa
Município Verde Azul
A arborização urbana, realizada de forma
adequada e atendendo todas as normas,
melhora a qualidade paisagística e ambiental
de uma cidade. Segundo esta linha de
atuação, a Prefeitura de Praia Grande aderiu
ao projeto ‘Espaço árvore’. Na prática, o
Município já conta com áreas deste tipo em
que as árvores possam receber mais água e
desenvolver suas raízes de forma livre e
saudável.
Os trabalhos no Município são desenvolvidos
pela Secretaria de Meio Ambiente (Sema)
local. As ações atendem as normativas do
Programa Município Verde Azul (PMVA),
iniciativa do Governo do Estado com o objetivo
de incentivar a prática de medidas
sustentáveis e de preservação do meio
ambiente nas cidades.
Os primeiros ‘Espaços árvore’ de Praia Grande
estão localizados nas seguintes áreas: Canal
Praião, na Avenida do Trabalhador, em frente
ao Terminal Rodoviário Tude Bastos; na Área
de Lazer Ézio Dall’Acqua (Portinho), em frente
às quadras de tênis e a sede do Departamento
de Educação Ambiental; no calçamento da
Escola Estadual Sylvia de Mello, no Bairro
Antártica.
“Com a adesão a este projeto, passamos a ter
condições de implantarmos uma arborização
de qualidade na Cidade, evitando o corte
futuro de árvores por conflito com
equipamentos, como postes ou tubulações”,
analisou o secretário de Meio Ambiente de
Praia Grande, Israel Lucas Evangelista.
A Cartilha de Arborização Urbana publicada
pela Sema está disponível gratuitamente na
versão online no site da Prefeitura de Praia
Grande (www.praiagrande.sp.gov.br).
No material fica didaticamente explicado que o
‘Espaço árvore’ deve ser implantado de acordo
com a largura do calçamento, que deve ter, no
mínimo, dois metros, respeitando sempre a
acessibilidade. É importante que seja mantida
uma área permeável que ocupe, pelo menos,
40% da largura da calçada e o dobro desse
valor em comprimento.
“Válido explicar que este espaço é uma área
permeável e que pode ser gramada. Desta
forma, toda e qualquer árvore pode receber
mais água e desenvolver suas raízes de forma
saudável’, explicou a bióloga da Secretaria de
Meio Ambiente praia-grandense, Elaine dos
Santos Rovati.
Destaques – Praia Grande tem desenvolvido
diversas ações em prol do Meio Ambiente.
Destaque para o aumento da coleta seletiva,
novos Ecopontos, destinação correta de
resíduos da construção civil (RCC),
arborização planejada, educação ambiental,
proteção aos animais, destinação final de
resíduos orgânicos, balneabilidade das praias,
fiscalização centralizada, combate à poluição
sonora e concursos sobre o meio ambiente.
https://www.estacaolitoralsp.com.br/praia-
grande-adere-ao-projeto-espaco-arvore/
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35
Grupo de Comunicação
Veículo: Istoé
Data: 01/10/2019
Justiça exclui Covas de ação civil por queda de viaduto na Marginal
A juíza Carolina Martins Clemencio Duprat
Cardoso, da 11ª Vara da Fazenda Pública de
São Paulo, decidiu excluir o prefeito Bruno
Covas (PSDB) da ação por improbidade
administrativa movida pelo Ministério Público
Estadual após a queda do viaduto da Marginal
do Pinheiros, ocorrida em novembro do ano
passado.
Ela aceitou, por outro lado, a ação contra o
secretário de Infraestrutura Urbana e Obras
da cidade, Vitor Aly, o ex-secretário Marcos
Penido (atual secretário estadual de
Infraestrutura e Meio Ambiente do
governo do Estado) e contra a empresa JZ
Engenharia, que fez as obras emergenciais
para reparar o viaduto.
A ação questionava a responsabilidade
administrativa dos gestores em deixar o
viaduto cair e a contratação, sem licitação, da
empresa que fez os reparos de emergência.
Ao não receber a denúncia contra o prefeito, a
juíza Carolina afirmou que “não há qualquer
conduta descrita na petição inicial que
demonstre efetiva relação do requerido Bruno
Covas com os fatos em comento”.
A juíza considerou que Covas “assumiu o
cargo no primeiro semestre de 2018, quando
o evento danoso aconteceu em novembro do
mesmo ano” e que ele “não foi responsável
pela contratação da empresa JZ, ora
requerida, não partindo de seu gabinete
qualquer decisão relativa à dispensa de
licitação.”
Por outro lado, a juíza decidiu receber a ação
contra os demais citados, que agora passam a
ser réus. O entendimento na época do
promotor Marcelo Milani, autor da ação, é de
que “a queda do viaduto era situação
perfeitamente previsível”, uma vez que a
manutenção não vinha sendo feita e o caso
era de conhecimento dos gestores.
“Como consequência, a contratação de
empresa para recuperação do viaduto tornou-
se ‘urgente’ por omissão administrativa”,
afirmou o promotor, na petição inicial.
À reportagem, o prefeito afirmou que seus
secretários “respondem ‘pessoa física'”. “Da
mesma forma que eu tive de pagar um
advogado para me defender, agora a Justiça
me excluiu do processo”.
Segundo Covas, “não há nenhuma conduta
improba a ser analisada naquela ação, fico
contente em relação ao resultado da
exclusão.” Ele disse que a Prefeitura havia
discutido com o Tribunal de Contas do
Município por um ano e meio a forma correta
de se contratar estudos para a manutenção da
ponte.
“Me responsabilizar por (algo que ocorreu
após) quatro meses (de mandato) era uma
ginástica argumentativa como um duplo twist
carpado (movimento da ginástica olímpica)”,
disse Covas.
O advogado Marcio Pestana, que defende o
secretário Vitor Aly, afirmou que, embora
respeitem a decisão da juíza, não concordam
com a aceitação da ação. Por isso, irá
apresentar um agravo de instrumento
(recurso) no Tribunal de Justiça. “A conduta
do Vitor (Aly), em tempo algum, indica dolo.
Também em tempo algum, indica violação a
algum princípio” que resultaria em ato de
improbidade.
Já o ex-secretário de Obras Marcos Penido
informou por meio de sua assessoria que,
enquanto esteve na Prefeitura “priorizou a
manutenção dos bens públicos e publicou os
editais para projetos de recuperação e
manutenção de 33 pontes e viadutos, além de
efetivar um programa sob o mesmo tema com
o Sindicato Nacional das Empresas de
Arquitetura e Engenharia Consultiva”.
Segundo a nota, “o secretário deixou a função
seis meses antes do acidente em Pinheiros.
Portanto não houve omissão do agente
público, o que poderá ser comprovado no
decorrer do processo”. Penido disse que se
coloca à disposição da Justiça.
36
Grupo de Comunicação
A reportagem procurou a empresa JZ
Engenharia e aguarda manifestação de seus
representantes sobre o tema.
https://istoe.com.br/justica-exclui-covas-de-
acao-civil-por-queda-de-viaduto-na-marginal/
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37
Grupo de Comunicação
Veículo: Jornal de Itatiba
Data: 02/10/2019
Processo de podas e trituração de
galhos é iniciado em Itatiba
http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?
c=0&n=31955203&e=577
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38
Grupo de Comunicação
Veículo: O Liberal Regional
Data: 02/10/2019
Prefeita participa de seminário sobre emprego e empreendedorismo
ENCONTRO Prefeita Tamiko Inoue com o vice-
govemador Rodrigo Garcia e a secretária
municipal Jane Martins
Andradina
A prefeita de Andradina, Tamiko Inoue,
participou do Io Seminário de Trabalho e
Renda, Empreendedorismo e Parcerias,
realizado no Palácio dos Bandeirantes e
dirigido a prefeitos e agentes públicos
municipais. Realizado nesta segunda-feira
(31) em São Paulo, o evento contou com a
presença do governador João Doria.
Tamiko foi informada sobre as iniciativas do
Governo do Estado em beneficio das gestões
locais. A prefeita explica que foram abordados
temas importantes como eficiência fiscal,
concessões, parcerias, simplificação tributária,
financiamento público, agronegódo e
qualificação profissional.
"A parceria com o Governo do Estado é
fundamental para o desenvolvimento de
Andradina. Nosso objetivo é de melhorar a
qualidade de vida, espedálmente na área de
geração de emprego e qualificação
profissional", comentou Tamiko ressaltando a
importância do trabalho conectado e em rede.
Participaram também do encontro os
secretários estaduais de Desenvolvimento
Regional, Marco Vinholi; de Fazenda e
Planejamento, Henrique Meirelles; o vice-
govemador e secretário de Governo, Rodrigo
Garcia; de Desenvolvimento Econômico,
Patrícia Ellen; de Infraestrutura e Meio
Ambiente, Marcos Penido e da Agricultura e
Abastecimento, Gustavo Junqueira.
A secretária municipal
de Desenvolvimento Econômico, Emprego e
Renda, Jane Martins, ressalta a importância de
ouvir de perto os secretários. "Foi debatidos os
investimentos nas qualificações profissionais,
criações de emprego, e os caminhos que o
município deve percorrer para garantir cursos
de capacitação gratuito".
Secretaria de Desenvolvimento mantém
importantes parcerias com o Governo do
Estado, como o Banco do Povo, PATE (Cidadão
Trabalhador), Via Rápida Emprego, Vi Rápida
Empresa, cursos, entre outros. O Governo de
Andradina também possui convênios para
investimentos em infraestrutura, como
recapeamento e pavimentação asfáltica que
liga Andradina a Paranápolis, entre outras
áreas.
http://cloud.boxnet.com.br/y347so5u
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39
Grupo de Comunicação
Veículo: O Liberal Regional
Veículo2: TEM Notícias
Data: 02/10/2019
Defesa Civil faz teste de sirenes de emergência da barragem em Alumínio
Testes continuam até as 20h e fazem parte da
preparação para o simulado que vai ser
realizado no dia 16 de outubro; moradores
vão precisar seguir orientações de
emergência.
Por G1 Sorocaba e Jundiaí
As sirenes de emergência da barragem do
Palmital, em Alumínio (SP), começaram a ser
testadas nesta terça-feira (1º). A ação faz
parte da preparação para o simulado de
situação de emergência que vai ser realizado
no mês de outubro.
Os testes começaram às 7h e seguem até as
20h. Foram instaladas 11 sirenes em pontos
estratégicos da cidade.
As sirenes começaram a ser testadas para
saber se os equipamentos estão funcionando
de forma correta e se toda a comunidade
consegue ouvir o sinal sonoro, que será
acionado em caso de emergência.
Como o procedimento é um teste, a população
não precisa fazer nada ao ouvir o soar das
sirenes.
Testes das sirenes na barragem do Palmital
em Alumínio tem início nesta terça-feira.
Já no dia 16 de outubro, às 10h, quando vai
acontecer o simulado, a população vai precisar
seguir as orientações de emergência. As
pessoas vão conhecer as rotas de fuga e
devem ir até os pontos de encontro que foram
definidos pela Defesa Civil.
Na barragem do Palmital ficam os rejeitos da
produção do alumínio. Segundo um relatório
divulgado pela empresa responsável pela
produção, enviado à Defesa Civil e à
Companhia Ambiental do Estado de São Paulo
(CETESB), caso a barragem se rompa, toda a
lama pode atingir até 5.500 pessoas.
https://g1.globo.com/sp/sorocaba-
jundiai/noticia/2019/10/01/defesa-civil-faz-
teste-de-sirenes-de-emergencia-da-barragem-
em-aluminio.ghtml
http://cloud.boxnet.com.br/yxb7gkye
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40
Grupo de Comunicação
Veículo: A Tribuna
Veículo2: G1
Veículo3: TV Globo Santos
Data: 02/10/2019
Carreta-cegonha cai em rio, causa
derramamento de óleo e interrompe captação de água no Vale
Equipes aguardam pela limpeza do rio e
trabalham na retirada do veículo, que tombou
quando trafegava pela Rodovia Régis
Bittencourt
Uma carreta-cegonha que trafegava pela Régis
Bittencourt, no km 498 em Cajati, no Vale do
Ribeira, tombou de uma ponte e acabou
caindo dentro do Rio Jacupiranguinha. O
acidente ocorreu por volta das 23h desta
segunda-feira (30). Os carros que eram
transportados pelo veículo acabaram caindo, e
a carreta causou derramamento de óleo na
água, que é captada para consumo na cidade.
Equipes atuam no local para a retirada do
caminhão e para conter o vazamento de óleo.
A Defesa Civil e a Cetesb pediram a
interrupção temporária da captação de água
do rio, a fim de evitar prejuízo ao
abastecimento.
A carreta seguia na rodovia, sentido Curitiba,
quando perdeu o controle e colidiu contra a
mureta de segurança em cima da ponte e caiu
de uma altura de 20 metros. O veículo ficou
de cabeça para baixo e a cabine do motorista
ficou completamente destruída. No momento
do acidente, cinco carros eram transportados
sobre o veículo.
Carreta caiu de uma altura de 20 metros
(Foto: Rinaldo Rori/TV Tribuna)
O motorista da carreta foi levado para um
hospital da região e seu estado de saúde é
estável. Ele foi socorrido por pessoas que
passavam no local no momento do acidente.
Segundo familiares, ele teve sorte, já que o
acidente foi muito grave.
No momento, não há congestionamento e o
trânsito é normal na Rodovia Régis
Bittencourt, segundo a Arteris-Régis,
operadora do trecho.
https://www.atribuna.com.br/cidades/valedori
beira/carreta-cegonha-cai-em-rio-causa-
derramamento-de-%C3%B3leo-e-interrompe-
capta%C3%A7%C3%A3o-de-%C3%A1gua-
no-vale-1.69658
http://cloud.boxnet.com.br/y376k9h7
http://cloud.boxnet.com.br/y2tl4ezd
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41
Grupo de Comunicação
Veículo: Rádio Band Vale
Veículo2: Record TV
Data: 01/10/2019
Cetesb avalia acidente na Revap
http://cloud.boxnet.com.br/y2n2kecs
http://cloud.boxnet.com.br/yxpnhyt6
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42
Grupo de Comunicação
Veículo: TEM Notícias
Data: 01/10/2019
Moradores se preocupam com obra que estaria aterrando córrego em
bairro de Rio Preto
http://cloud.boxnet.com.br/y3vhqxcc
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43
Grupo de Comunicação
Veículo: Rádio Mix
Data: 01/10/2019
Cetesb investiga mau cheiro na aguá durante o fim de semana
http://cloud.boxnet.com.br/yxrxo4kq
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44
Grupo de Comunicação
Veículo: Rádio 94,5 FM/Bauru
Data: 02/10/2019
E emissão da licença de instalação dos
trechos 3 e 4 das marginais da rodovia
Marechal Rondon segue sem solução -
Nota da Cesteb
http://cloud.boxnet.com.br/y5l3slpu
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45
Grupo de Comunicação
Veículo: Comércio de Franca
Data: 01/10/2019
Buracos espalhados pela cidade incomodam motoristas e pedestres
Os motoristas e pedestres francanos têm se
acostumado a conviver com os buracos que
tomam as ruas e avenidas da cidade.
:Buraco na avenida Santa Cruz aberto após
obra da Sabesp: empresa promete realizar a
pavimentação do trecho nesta terça-feira, 1º
Os motoristas e pedestres francanos têm se
acostumado a conviver com os buracos que
tomam as ruas e avenidas da cidade. Há
quase um mês sem contrato com a Prefeitura,
a Emdef (Empresa Municipal para o
Desenvolvimento de Franca), responsável pela
operação tapa buracos, deixou de prestar o
serviço e a situação só se agrava.
Além dos buracos que surgiram ainda com
mais intensidade após as chuvas da semana
passada e podem ser observados em avenidas
como Dr. Ismael Alonso y Alonso, Santa Cruz
e Ademar Pólo Filho, entre outras, existem
ainda aqueles que foram abertos por equipes
da Sabesp e seguem atrapalhando o trânsito.
Ao menos três deles causaram reclamações no
último fim de semana: na avenida Santa Cruz,
na Vila Santa Cruz; na rua Antônio Berdu
Garcia, no Jardim Paulistano; e na rua Carlos
Roberto Hadade, no Jardim Aeroporto I.
Em nota a Sabesp informou que o serviço de
pavimentação nas vias citadas está
programado para ocorrer nesta terça-feira, 1º
de outubro. Além disso, a empresa ainda se
desculpou pelos transtornos e afirmou que as
intervenções foram necessárias para sanar
vazamentos.
Procurada sobre o andamento do processo
para assinatura do novo contrato com a
Emdef, a Prefeitura não retornou o contato até
o fechamento desta matéria.
http://cloud.boxnet.com.br/y5422os4
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46
Grupo de Comunicação
Veículo: Diário da Região
Data: 02/10/2019
Resolve Fácil atende 100 mil em 4 meses
http://cloud.boxnet.com.br/y2q47cyh
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47
Grupo de Comunicação
Veículo: Diário Grande ABC
Veículo2: Destak
Data: 02/10/2019
Estado pretende iniciar obras do Jaboticabal em janeiro
Estado pretende iniciar obras do Jaboticabal
em janeiro - Diário do Grande ABC
O governo do Estado de São Paulo tem
expectativa de iniciar as obras do Piscinão
Jaboticabal, que atenderia a cidades do
Grande ABC, em janeiro. Nesta terça-feira,
técnicos do Daee (Departamento de Água e
Energia Elétrica) apresentaram o projeto e
cronograma para os prefeitos da região no
Consórcio Intermunicipal.
Segundo o corpo técnico da autarquia
estadual, o projeto do reservatório está
“praticamente terminado” e que toda a obra
deverá ser realizada dentro de 18 meses após
início da construção. O Piscinão Jaboticabal foi
anunciado pelo governador após as enchentes
que assolaram o Grande ABC no começo deste
ano, deixando dez mortos.
“Sobre o cronograma, o que posso dizer é que
serão 18 meses de prazo para construir o
reservatório. Estamos tentando viabilizar o
início das obras o mais rápido possível. Já há
comunicação com a superintendência (do
Daee) para que nossa meta de poder cumprir,
que é janeiro do próximo ano”, afirmou o
responsável pelo gerenciamento de projetos
do Daee, Celso Minoru Aoki.
O Daee alegou que ainda faltam alguns
trâmites do processo, como a parte de
desapropriação do terreno onde ficará o
Piscinão Jaboticabal e a conclusão do contrato
do financiamento. O terreno do reservatório
fica na divisa de São Bernardo, São Caetano e
a Capital. O governador João Doria (PSDB)
chamou para o governo do Estado toda
desapropriação através de designação de uma
DUP (Declaração de Utilidade Pública). A área
abrange 166,9 mil metros quadrados.
“O projeto de lei está em fase final de
aprovação na Assembleia Legislativa. É o
projeto que vai permitir que se faça, assim
que aprovado, a assinatura do governo do
Estado com a Caixa Econômica, que vai
destinar R$ 300 milhões para as obras do
piscinão”, disse o responsável pelo
gerenciamento de projetos do Daee, Celso
Minoru Aoki.
Além do montante vindo da Caixa, por meio
do programa Finisa (Financiamento à
Infraestrutura e Saneamento), o Palácio dos
Bandeirantes deverá aportar R$ 15,58
milhões. De todo valor gasto, R$ 126,4
milhões seriam para pagar as desapropriações
e R$ 189,1 milhões para custear as
intervenções físicas.
O Piscinão Jaboticabal terá diferença com
relação a outros reservatórios do País: a
utilização de comportas de operação. Segundo
o Daee, a finalidade é obter máxima eficiência
do reservatório no amortecimento da onda da
cheia. A previsão é a de que haja
determinação de vazão para que se acesse as
comportas e a água possa ocupar o volume no
reservatório.
http://cloud.boxnet.com.br/y2tsqxgx
http://cloud.boxnet.com.br/y423vs8p
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48
Grupo de Comunicação
Veículo: Diário do grande ABC
Data: 02/10/2019
Perto de época de chuvas, piscinões carece, de limpeza
http://cloud.boxnet.com.br/y2aoy6usVoltar ao
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49
Grupo de Comunicação
VEÍCULOS DIVERSOS Veículo: Jornal de Bauru
Data: 02/10/2019
Vale do Igapó é castigado por chamas
Fogo destruiu grande área de vegetação
nativa do cerrado e ameaçou casas; hipótese
de incêndio criminoso ganha força
por Marcele Tonelli
Vegetação de cerrado sendo destruída pelo
fogo no Vale do Igapó.
O Condomínio Vale do Igapó, em Bauru, foi
castigado pelas chamas por mais de dez horas
nesta terça-feira (1). O Corpo de Bombeiros
atuou durante grande parte do dia no combate
aos focos de incêndio. As estimativas
preliminares apontavam mais de 100 mil
metros quadrados de mata nativa de cerrado
destruída, contudo, a área total deve ser
calculada nesta quarta-feira (3), após a
análise por meio de drone. Não há
informações sobre feridos, mas uma casa teve
parte do quintal atingida.
Moradores dizem que o incêndio é criminoso e
até informaram ao Corpo de Bombeiros que
duas pessoas colocaram fogo na mata e
depois fugiram.
A Polícia Militar Ambiental também recebeu
a denúncia e informou que realizará, nesta
quarta, uma análise da área devastada e
procederá averiguações a fim de apurar as
causas e possíveis responsáveis.
CASAS AMEAÇADAS
"É um incêndio de grandes proporções.
Tivemos que estabelecer nossa prioridade, que
foi combater as chamas que ameaçavam as
casas. Depois, partimos para o combate aos
focos na mata, mas o fogo se espalhou
rapidamente", ressalta o sargento do Corpo de
Bombeiros Daniel Batista, que comandou a
operação no local.
As chamas chegaram a atingir parte da fiação
no condomínio e muitos moradores ficaram
sem energia elétrica e, consequentemente,
sem água ontem, porque o condomínio é
abastecido por poços artesianos. Equipes da
CPFL estiveram no local para o conserto e
restabelecimento do serviço.
PROBABILIDADE DE CRIME
O fogo, segundo moradores, teve início por
volta das 9h, próximo ao acostamento da
alameda Tachã, que dá acesso ao condomínio.
Pouco tempo depois, as chamas se
espalharam por uma área conhecida como
região 5 e 4 do Vale do Igapó. Quase todos os
terrenos das ruas de terra próximas à alameda
Teró queimaram. "Moradores contaram ter
visto dois cidadãos colocando fogo na mata
perto da rodovia e se embrenhando na mata,
mas é algo que será investigado pela polícia",
afirma o sargento Batista. "Mas, pela
característica do incêndio, parece mesmo
criminoso, pois os focos surgem até na direção
contrária ao vento", completa o bombeiro.
Há 7 anos morando no local, Kleuber Henrique
dos Santos, 41 anos, conta que há grandes
queimadas todos os anos nesta época. "Nunca
pegam ninguém, mas é constante. Acredito
que possa ser gente interessada nos lotes.
Fazem isso para limpar as áreas, porque é
proibido cortar o cerrado. Aí, para despistar,
colocam fogo em vários locais", esbraveja o
morador, saindo de casa às pressas com a
esposa, o filho e os cachorros. "Não dá para
respirar direito, é horrível. Vamos sair e ir
para a casa de parentes na cidade".
SOFRIMENTO
Em meio à cortina de fumaça que tomava
quase todas as quadras naquela região, uma
força-tarefa de moradores ajudava 15
bombeiros no controle às chamas. Mais de 40
mil litros de água ajudaram na contenção, que
contou com dois caminhões autobomba da
corporação e um caminhão-pipa da Semma.
50
Grupo de Comunicação
Mangueiras e até baldes com água de piscina
eram usados por moradores assustados com a
rapidez em que as chamas se espalhavam,
auxiliadas pelo vento e a umidade do ar
abaixo de 20%.
"Vi um gambá correndo do fogo, uma cena
muito triste. Os cachorrinhos estão todos
ofegantes por causa dessa fumaça. Não somos
só nós, os animais sofrem muito", queixa-se
Dorival Garcia, 61 anos, enquanto tentava
apagar o foco em frente ao seu lote com um
balde.
Outro morador até gravou o momento em que
animais silvestres fugiam do que sobrou da
vegetação.
https://www.jcnet.com.br/noticias/geral/2019
/10/698327-vale-do-igapo-e-castigado-por-
chamas.html
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51
Grupo de Comunicação
Veículo: O Globo
Data: 02/10/2019
A economia do futuro é circular
Encontro realizado pela Confederação Nacional
da Indústria (CNI) promove debate sobre o
papel das cadeias integradas na promoção de
um futuro sustentável
Desde a Revolução Industrial, no século XVIII,
a economia funcionou de forma linear. As
empresas extraem matéria-prima e a
transformam em produtos, gerando resíduos
ao longo do processo. Os compradores
consomem e descartam. O resultado é o uso
excessivo dos recursos naturais, numa ponta,
e a geração de lixo, na outra.
Esse modelo não se sustenta mais. Em seu
lugar, está se instaurando a economia circular,
que unifica as pontas da cadeia de produção e
consumo, com benefícios para a
sustentabilidade e para a geração de
empregos. Muito difundida na Europa, a
economia circular é um conceito essencial para
o desenvolvimento sustentável dos países e
que, no Brasil, começa a ganhar espaço. Como
mostra pesquisa inédita da Confederação
Nacional da Indústria (CNI), 76,4% das
empresas do setor adotam alguma prática de
economia circular.
Nesse sentido, a CNI tem trabalhado para
ampliar a adoção do modelo e mobilizar
empresas, governo, academia e sociedade em
escala nacional. Uma das ações recentes, dia
24, foi a realização do Encontro Economia
Circular e a Indústria do Futuro, em São
Paulo. Ao longo de um dia inteiro de painéis e
palestras que reuniram especialistas e
empreendedores da academia e dos setores
público e privado, o evento debateu não só o
conceito de economia circular, mas também
estratégias concretas de colocá-lo em prática.
AÇÕES E EMPREGOS Durante o evento,
correalizado pelo Serviço Nacional de
Aprendizagem Industrial (Senai) com o apoio
da Nespresso, do Instituto C&A e da
Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), a
CNI apresentou a primeira pesquisa de
abrangência nacional sobre o tema. Além de
mostrar que três quartos das empresas já
adotam alguma ação de economia circular, os
números mostram que 60% avaliam que a
prática pode gerar empregos e 75,9% a
percebem como relevante para evitar
desperdícios.
"A transição para a economia circular
permitirá que a indústria brasileira esteja à
frente das legislações e das normas g
nacionais e internacionais, 1 colaborando para
a cônsul trução de políticas públi| cas
facilitadoras às mudanças sistêmicas", afirma
Marcelo Thomé, presidente do Conselho
Temático de Meio Ambiente e Sustentabilidade
da CNI. "Em um primeiro momento, as
empresas terão de investir, mas em uma
etapa seguinte será possível diminuir custos
operacionais, com processos mais eficientes e
voltados para o reaproveitamento de resíduos
e utilização de bens reciclados".
Para o presidente da CNI, Robson Braga de
Andrade, a economia circular é um imperativo
e uma oportunidade em um mundo que está
em rápida transformação. "A economia circular
aparece como alternativa desejável ao modelo
tradicional, pois defende o uso dos recursos
naturais com menos desperdício. Além disso,
permite que as empresas reduzam custos e
perdas, gerem fontes alternativas de receita e
diminuam a dependência de matérias-primas
virgens."
Modelo abre espaço para novos negócios
Empresas inovam, se reinventam e reduzem
desperdícios com práticas da economia circular
Os desafios para tornar as empresas mais
sustentáveis aliados às possibilidades de
redução de custos operacionais e à exigência
do consumidor têm levado indústrias de
diferentes setores a adotarem práticas de
economia circular. A medida tem grande
potencial para a geração de empregos e o
aumento do aproveitamento de matérias-
primas, colocando a indústria em um novo
caminho de produção e consumo.
Compartilhamento, ciclos reversos, extensão
da vida do produto e uso de insumos
52
Grupo de Comunicação
circulares são tendências que fazem parte de
um quadro que inclui a extração cuidadosa de
matérias-primas, a produção com baixos
níveis de emissão e de consumo de energia. O
resultado disso é a inversão da tradicional
economia linear, de forma a reverter o
descarte e apostar na reciclagem e logística
reversa, sempre com o objetivo de
reaproveitaros insumos.
CAMISETA RECICLÁVEL É o caso do Instituto
C&A, um dos exemplos apresentados no
Encontro Economia Circular e a Indústria do
Futuro, realizado pela Confederação Nacional
da Indústria (CNI). A empresa holandesa de
moda está inserida em um dos setores menos
circulares do mundo por, tradicionalmente, ter
toda a sua cadeia de suprimentos organizada
de forma linear, o que dificulta a circulação de
materiais. O Instituto C&A vem trabalhando
para mudar essa realidade.
A empresa encomendou um estudo que
avaliou a possibilidade de oferecer moda como
serviço, utilizando três modelos de negócio: o
aluguel de roupas, o aluguel por assinatura e a
revenda pela própria marca. Em paralelo, a
C&A já criou camisetas feitas para serem
recicladas - ao fim de sua vida útil, elas se
tornam nutrientes para o solo, por meio da
compostagem.
aReconhecendo a urgência para agir, muitas
companhias do setor firmaram importantes
compromissos na direção de moda mais
sustentável. Algumas ações incluem conhecer
a cadeia logística o melhor possível, ser
transparente e exigir transparência dos
fornecedores, fazer escolhas de materiais e
design inteligentes e sustentáveis, e trabalhar
em colaboração com outras companhias",
destacou Douwe Joustra, diretor de Moda
Circular do Instituto C&A, que participou de
painel sobre os novos modelos de negócio
proporcionados pelo novo cenário de produção
e consumo.
'Precisamos de uma nova mentalidade
Em entrevista, escritora Lorraine Smith explica
a importância da economia regenerativa e o
potencial do modelo no Brasil
Ao subir ao palco do World Trade Center São
Paulo, a escritora e consultora canadense
Lorraine Smith se apresentou em português
no encontro Economia Circular e a Indústria
do Futuro. Ela é fluente no idioma desde que
fez intercâmbio e passou um ano no Brasil, na
adolescência. Smith, que é uma das mais
respeitadas vozes da defesa da economia
regenerativa no mundo, conhece bem o país e
já atuou em projetos com grandes empresas
nacionais. Na entrevista, ela explica a
importância de mudar a mentalidade visando
um novo modo de produzir e consumir.
Qual a relação da economia regenerativa com
a economia circular?
A economia circular é um passo na direção da
economia regenerativa. É necessário, ainda,
que exista o risco de não mudar o suficiente o
caminho que estamos seguindo, que é o do
colapso climático e dos ecossistemas e a
consequente ruptura social. Olhar apenas para
o ciclo da matéria-prima e para os dados de
redução de emissão de gases poluentes não
basta se continuarmos abusando da Mãe
Terra. Por enquanto, estamos caminhando
mais devagar para o abismo. Precisamos
mudar totalmente nossa direção.
Existem empresas e instituições que são
referência nesse processo? O que estão
fazendo?
Existem soluções de longo prazo interessantes
acontecendo. Estamos vendo aumentar o
alcance da agricultura regenerativa, que não
só restaura o solo e a biodiversidade como
também cria impactos sociais positivos. Já
somos capazes de formar ciclos completos
para a maior parte dos materiais utilizados na
indústria. Aprendemos a extrair energia do
sol, do vento e das marés e sabemos construir
cidades e edifícios eficientes, sem perder o
conforto e a elegância. Temos a vantagem de
não começar do zero: sabemos o que fazer. E
acumulamos grande experiência em
cooperação entre gerações e diferentes
culturas.
53
Grupo de Comunicação
Qual o potencial do Brasil nessa agenda e
quais as prioridades para o país alavancar o
novo modelo?
Muito grande. O Brasil tem uma das maiores
vantagens competitivas desse novo cenário,
que é a alta biodiversidade, aliada à enorme
diversidade de pessoas. O país tem condições
de competir em escala mundial, desde que
permita que sua diversidade seja encarada
como um fator essencial para gerar inovação.
http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?
c=0&n=31956907&e=577
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54
Grupo de Comunicação
Veículo: Portal Governo SP
Data: 1º/10/2019
Estado de SP tem destaque na produção
de flores e plantas ornamentais
Produtores do Estado exportaram US$ 8,41
milhões em 2018, representando 62,3% do
valor total dos itens que deixaram o Brasil
São Paulo é o principal produtor e exportador
de flores no Brasil. Em 2018, os produtores do
Estado exportaram US$ 8,41 milhões,
representando 62,3% do valor total dos itens
que deixaram o País (US$ 13,5 milhões). A
floricultura de São Paulo rendeu R$ 5,67
bilhões naquele ano, representando 70% do
valor faturado no território brasileiro com a
atividade.
Para prestigiar o trabalho dos produtores, a
equipe da Secretaria de Agricultura e
Abastecimento do Estado (SAA) participou de
atividades da 38ª Expoflora, maior exposição
de arranjos florais da América Latina,
promovida em Holambra, antiga colônia
holandesa, que responde por quase a metade
de todo o comércio brasileiro de flores e
plantas ornamentais.
“A exposição foi criada, há 38 anos, para
divulgar as novidades e os lançamentos do
setor e incentivar o comércio de flores e
plantas ornamentais em todo o Brasil. O
evento, já consagrado, recebe cerca de 300
mil visitantes por ano, gera cerca de 500
vagas de trabalho diretas e aproximadamente
5 mil indiretas, além de expor o trabalho de
500 produtores que atuam por meio das
cooperativas Veiling de Holambra e
Cooperflora”, salienta Vera Longuini,
coordenadora de comunicação do evento,
realizado até o último domingo (29).
Setor
O espaço na cidade ocupou o espaço de 250
mil m², com 200 mil vasos plantados e doze
ambientes que retrataram costumes e
tradições holandesas. “O setor de flores no
Brasil evoluiu muito e está cada vez mais
profissional. Temos quase 400 cooperados.
Dessa forma, conseguimos garantir
constância, variedade e qualidade”, ressalta
André Boss, diretor-geral da Veilling
Holambra, que acredita que o grande desafio
deste mercado é o abastecimento e a
inovação.
“As lojas precisam ser abastecidas
assiduamente, o que nos faz pensar nas
melhores estratégias de distribuição. Além
disso, estamos digitalizando nossos processos
e entrando no mercado de lojas virtuais”,
completa. De acordo com o empresário, a SAA
é fundamental para oferecer, além de
genética, o fortalecimento do setor por meio
de uma câmara setorial.
Graças ao trabalho de pesquisadores,
agrônomos e outros especialistas da área,
novidades podem ser apresentadas
anualmente. “Rosa bicolor, samambaia azul,
lírios gigantes, entre outras plantas e flores
que apresentamos nesta edição, são frutos de
anos de pesquisa e de cuidados em campo. O
objetivo é oferecer beleza, durabilidade e
bem-estar aos que estiverem rodeados por
essas preciosidades na natureza”, afirma Jan
Boon, designer floral. O profissional trabalha,
por exemplo, no novo foco de pesquisa ligado
ao perfume das flores.
Roberto Machado, diretor da Coordenadoria de
Desenvolvimento Rural Sustentável – Regional
Mogi Mirim, da qual Holambra faz parte, exalta
que plantas e flores têm papeis importantes
não só no paisagismo, mas também na
recuperação ambiental. “O setor é muito
intensivo, o que gera impactos positivos e
negativos. Cabe a nós, do Governo, orientar
as ações para que se tenham menos
interferências negativas na água, no solo e no
meio ambiente de forma geral”, explica.
Produção
Os números do setor no Estado apontam uma
tendência de crescimento de 12% na produção
de plantas verdes em vasos. Em segundo
lugar, vêm as plantas com flores, também em
vasos, com previsão de 7% de crescimento.
Espécies para jardinagem estão na sequência,
com aumento de 4%, e as flores de corte
fecham a lista com avanço de 2%.
O Brasil tem cerca de 8,3 mil produtores, 60
centrais de atacado (como as cooperativas,
por exemplo), 680 atacadistas e prestadores
de serviço e mais de 20 mil pontos de varejo.
São cerca de 15,6 mil hectares de área
cultivada, o que coloca o país no 8º lugar
55
Grupo de Comunicação
entre os maiores produtores de plantas
ornamentais do mundo.
Em 2019, foram criados 209 mil postos de
trabalho no setor, sendo que 54% dessas
vagas são no varejo, 39% na produção, 4%
no atacado e 3% em outras funções. Segundo
dados do Instituto Brasileiro de Floricultura
(Ibraflor), em 2018, a área de produção de
flores no Estado era de 9.360 hectares,
equivalente a 60% da área nacional.
Trabalham no cultivo das flores quatro mil
produtores, uma cadeia produtiva que gera
125 mil empregos por ano. Atibaia e Holambra
são os principais municípios produtores de São
Paulo com a área de produção, de
respectivamente, 891,5 e 397,1 hectares de
flores de corte e ornamentais, floricultura de
vaso, crisântemo e rosa.
http://www.saopaulo.sp.gov.br/ultimas-
noticias/estado-de-sp-tem-destaque-na-
producao-de-flores-e-plantas-ornamentais/
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56
Grupo de Comunicação
Veículo: O Petróleo
Data: 02/10/2019
Se petróleo e dólar estão estáveis, por
que Petrobras aumentou gasolina?
Porém, nos últimos dias, o preço da matéria-
prima ficou relativamente estável, assim como
a cotação do dólar em relação ao real, que
também afeta o valor do combustível no
Brasil. Mesmo assim, em menos de dez dias, a
Petrobras anunciou dois reajustes no preço da
gasolina nas refinarias. O primeiro reajuste foi
de 3,5%, no dia 19, e o segundo foi de 2,5%,
na sexta-feira (27), totalizando alta de 6,1%.
A Petrobras não comenta os motivos. O que
justifica essa alta? Entenda abaixo.
Preço do petróleo se estabilizou:dólar também
– O ataque a uma petroleira na Arábia Saudita
aconteceu num sábado e fez a cotação do
barril disparar quase 20% na segunda-feira
seguinte, a maior alta diária em 30 anos.
Mas o país, que é o maior exportador da
matéria-prima, conseguiu retomar a produção
diária, o que fez o preço baixar mais rápido do
que o esperado. O mercado internacional
também respondeu ao anúncio de que os EUA
usariam reservas de petróleo para compensar
a queda de produção no Oriente Médio e
controlar os preços da matéria-prima.
Entre o dia anterior ao atentado do dia (26), a
cotação em preços futuros do WTI (barril de
petróleo produzido nos EUA) foi de US$
56,11para US$ 56,41 —uma alta de 0,5%. O
Brent (barril de petróleo produzido na Europa)
teve um aumento de 4,2% nos preços futuros,
passando de US$ 60,22 para US$ 62,74. O
dólar, que também pode influenciar o valor da
gasolina no Brasil porque o petróleo é cotado
pela moeda norte americana, ficou
praticamente estável entre 13 e 26 de
setembro, com leve alta de 0,082%.
Gasolina no mercado global subiu 6,7% –
Assim como o petróleo, o preço da gasolina no
mercado internacional (RBOB futuros) também
teve alta expressiva na segunda-feira depois
do atentado: de 11,5%.
Consultora de mercado da Abicom (Associação
Brasileira dos Importadores de Combustíveis),
Milena Mansur diz que a quantidade de
gasolina disponível no mercado internacional
está menor do que o previsto, o que aumenta
os preços no mundo todo. “Se sai uma notícia
de que o estoque está alto, é excesso de
oferta, e o preço cai. Se a notícia é que o
estoque está baixo, é um risco, e o preço
sobe“, afirma.
Mansur afirma que o petróleo é apenas um
dos fatores que compõem o valor da gasolina.
“O preço do petróleo cru dita uma tendência
para os combustíveis fósseis. Mas, para saber
se realmente vai subir ou descer, temos que
acompanhar o preço dos derivados, e a
política de preço da Petrobras se baseia
nisso.”
Como funciona a política de preços da
Petrobras? Desde julho de 2017, a Petrobras
adota uma política de preços que repassa, ao
preço da gasolina e do diesel, nas refinarias, a
variação da cotação internacional dos
combustíveis. A estatal leva em consideração
quanto ela poderia ganhar se exportasse seus
produtos. Assim, se o valor sobe no mercado
internacional, a Petrobras tende a aumentar
os preços internos para preservar os lucros.
A estatal foi muito criticada durante os
governos de Lula e Dilma por segurar o
reajuste de preços para ajudar a conter a
inflação, mesmo que isso representasse lucros
menores ou, até mesmo, prejuízo à estatal.
Se o Brasil produz petróleo, por que a alta
internacional nos afeta? O Brasil produz
petróleo, mas atua tanto como importador
quanto exportador. Isso acontece por diversos
motivos, dentre os quais.O petróleo
predominante no Brasil é do tipo pesado, mais
denso e difícil de refinar. Assim, o país acaba
exportando petróleo cru e importando
derivados.
57
Grupo de Comunicação
Por questões logísticas, em alguns pontos do
país é mais barato importar petróleo. A nova
política de preços da Petrobras favorece a
concorrência.
Em relação aos derivados de petróleo, o Brasil
teve déficit de US$ 7,9 bilhões no mesmo
período: exportou o equivalente a 86,5
milhões de barris e importou 188,2 milhões.
https://www.opetroleo.com.br/se-petroleo-e-
dolar-estao-estaveis-por-que-petrobras-
aumentou-gasolina/
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58
Grupo de Comunicação
Veículo: O Petróleo
Data: 02/10/2019
Petrobras cumpre novas regras de
enxofre para combustíveis
A empresa petrolífera estatal brasileira
Petroleo Brasileiro SA disse que cumprirá as
regras globais para reduzir o teor de enxofre
em todos os seus embarques de combustíveis
a partir de terça-feira, bem antes do prazo de
2020.
A Petrobras, como é conhecida a empresa,
disse em comunicado que seu combustível de
bancas teria um teor máximo de enxofre de
0,5% a partir de terça-feira.
A Organização Marítima Internacional reduzirá
o teor de enxofre permitido no combustível de
bancas, usado pelos navios, de 3,5% para
0,5% a partir de 2020.
A Petrobras começou a ajustar suas refinarias
em abril para cumprir a regra e já produziu
1,2 milhão de metros cúbicos de combustível
de bancas com conteúdo de enxofre abaixo do
novo limite, informou a empresa.
A empresa não fez uma previsão de sua
capacidade anual de produção de combustível,
mas disse que atenderia à demanda doméstica
brasileira e exportaria qualquer excedente.
“A redução dos níveis de enxofre no bunker
(combustível) oferece à Petrobras a
oportunidade de aumentar lucrativamente sua
participação no mercado global”, afirmou a
Petrobras em comunicado.
https://www.opetroleo.com.br/petrobras-
cumpre-novas-regras-de-enxofre-para-
combustiveis/
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Data: 02/10/2019
59
Grupo de Comunicação
FOLHA DE S. PAULO OPINIÃO: Sabemos combater as mudanças
climáticas
Direito dos índios à terra é ação das mais
eficazes
Dinamam Tuxá
Em 20 de setembro de 1519 o português Fernão
de Magalhães partiu de Sanlúcar de Barrameda,
na Espanha, para a primeira viagem de circum-
navegação. Essa expedição provou, na prática,
que o planeta é esférico. Não é, evidentemente,
uma data a ser comemorada pelos povos
indígenas, já que as Grandes Navegações foram
a maior calamidade que se abateu sobre nós.
Só lembro a data por uma razão: passados 500
anos redondos, pessoas que ainda acreditam que
a Terra é plana querem nos tutelar; que gente
que nega a existência das mudanças climáticas,
diante de tantas evidências, pensa que sabe o
que é melhor para nós. Se deixarmos nos guiar
por essa turma que parou no tempo, só não
cairemos pela borda do globo por motivos óbvios.
Os europeus do século 16 se lançaram ao mar
para confirmar empiricamente o formato do
planeta. Nós, indígenas, não precisamos sair de
nossas terras para comprovar a existência de um
desequilíbrio no clima. Entretanto, nosso
conhecimento é, da mesma forma, prático. Ao
longo dos anos notamos as variações nos ciclos
da chuva e no comportamento dos animais,
sentimos na pele as variações na temperatura.
Vivemos em contato com a natureza, não em
uma selva de pedra. Hoje há consenso entre as
pessoas sensatas de que o verde é fundamental
para conter o avanço das mudanças climáticas.
Nossos territórios são os mais preservados e,
logo, o nosso conhecimento é necessário.
Durante a campanha eleitoral, o atual presidente
disse que sua intenção era que o país voltasse a
ser o que era “há 40, 50 anos”. É preciso
reconhecer que ele está se esforçando para
chegar lá; mas o resto do mundo não poderia dar
este grande salto para o passado nem se
quisesse. Dos anos 1970 para cá o planeta sofreu
estragos consideráveis. Danos que não poderiam
ser previstos naquela época, mas que hoje a
ciência comprova; prejuízos não podem ser
revertidos por decreto.
Convém lembrar que a cobiça e os erros de
Fernão de Magalhães o levaram à morte. Devido
a essa política retrógrada, o Brasil abriu mão de
sediar a conferência climática da ONU (COP25)
deste ano. O encontro será em Santiago, no
Chile, em dezembro. Fomos convidados a
participar de uma série de eventos preparatórios
que se realizaram nos Estados Unidos —o mais
importante deles é o Climate Action Summit. Não
fugimos à responsabilidade.
Os povos tradicionais protegem um terço das
florestas tropicais do planeta. Por isso nossa
importância foi reconhecida no último relatório do
Painel Intergovernamental sobre Mudanças
Climáticas (IPCC).
O documento, lançado em agosto por
especialistas de todo o mundo, afirma que
garantir o nosso direito à terra é uma das ações
mais eficazes para que a humanidade vença essa
crise. Não precisamos de tutela e não temos a
intenção de pajear ninguém. Estamos, sim,
dispostos a ajudar. Sabemos que a luta agora
não é somente por nossos direitos, mas pela
sobrevivência da espécie humana.
Dinamam Tuxá
Coordenador-executivo da Articulação dos Povos
Indígenas do Brasil (Apib); ex-integrante da
Aliança Global de Comunidades Territoriais,
coletivo formado por indígenas de Brasil,
Indonésia, América Central e Caribe
https://www1.folha.uol.com.br/opiniao/2019/10/
sabemos-combater-as-mudancas-
climaticas.shtml
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Data: 02/10/2019
60
Grupo de Comunicação
Painel: Contradição de Janot é explorada
por Lula em ação que pede suspeição de
procuradores do STF
O que disse e o que fiz Uma contradição revelada
no livro do ex-procurador-geral Rodrigo Janot vai
alimentar o pedido de suspeição dos
procuradores de Curitiba, feito no STF, por Lula.
Na obra, Janot diz ter repreendido integrantes da
força-tarefa por ignorarem limites impostos pelo
Supremo na formulação da primeira denúncia
contra o petista. À corte, porém, em 2016,
quando advogados do ex-presidente
questionaram Teori Zavascki sobre o ato da Lava
Jato, o então chefe da PGR defendeu a conduta
dos colegas.
Prólogo
No livro, Janot narra uma conversa tensa com
Deltan Dallagnol e outros procuradores que,
segundo diz, o pressionavam a denunciar Lula
antes de outros investigados para dar
sustentação à acusação que haviam feito, dias
antes, no caso do tríplex.
Motivo…
“Dallagnol e os demais colegas tinham vindo
cobrar uma inversão da minha pauta de trabalho.
Eles queriam que eu denunciasse imediatamente
o ex-presidente Lula por organização criminosa,
nem que para isso tivesse que deixar em
segundo plano outras denúncias”, diz Janot.
…razão…
Janot registra que a dura conversa ocorreu dias
após a Lava Jato denunciar Lula, no dia 14 de
setembro. No auge da discussão, acusado de
interferir no trabalho de Curitiba, Janot rebateu:
“O ministro Teori excluiu expressamente a
possibilidade de vocês investigarem e
denunciarem Lula por crime de organização
criminosa, que seguia no Supremo. E vocês
fizeram”.
…e circunstância
“Vocês desobedeceram à ordem do ministro”,
concluiu o então procurador, segundo o próprio
relato. Ao STF, porém, dia 16 de setembro, em
resposta a reclamação na qual a defesa dizia que
Lula estava sendo investigado pelos mesmos
fatos em dois lugares, STF e Curitiba, Janot
desqualificou o argumento e defendeu a Lava
Jato.
Muralha
Para Cristiano Zanin, advogado do ex-presidente,
o episódio mostra que “todos os abusos
identificados e formalizados por meio de recursos
no Judiciário não prosperaram porque havia essa
dinâmica interna”.
Fora da área de serviço?
Os deputados do PSL que mais atacam ministros
do STF nas redes silenciaram sobre a decisão de
Gilmar Mendes que suspendeu processos contra
Flavio Bolsonaro. A quietude intrigou os membros
do partido que acusam essa ala de agir com
oportunismo, poupando o clã Bolsonaro de
críticas.
Para frente se anda
Se o Supremo de fato retomar nesta quarta (2) a
discussão sobre o alcance da decisão que,
semana passada, impôs forte derrota à Lava
Jato, o ministro Luís Roberto Barroso vai seguir
linha que já vinha defendendo: circunscrever os
efeitos do veredito aos novos casos, sem permitir
que ele retroaja.
Primeiro round
Sete ministros entenderam que réus têm o
direito de apresentar alegações finais por último,
depois inclusive de delatores, para garantir a
ampla defesa. Essa ordem não foi seguida em
dezenas de casos da Lava Jato.
Segundo round
A posição de Barroso coincide com a de
procuradores, que temem a anulação de
sentenças —mas a aposta é a de que ele ficará
novamente vencido.
Fala muito
A pressão do Senado para que o governo cumpra
os acordos que firmou para destravar a reforma
da Previdência ampliou o atrito entre alas do
Planalto. Luiz Eduardo Ramos (Secretaria de
Governo) culpa Onyx Lorenzoni (Casa Civil) pela
insatisfação. Tem dito que o colega fez
promessas demais.
Corra
Até a chegada de Ramos, era Onyx o responsável
pela articulação política. O projeto que vai liberar
recursos que vão abastecer projetos indicados
pelos senadores será agilizado.
Soa como música
O ministro Paulo Guedes (Economia) voltou a
buscar apoio no Congresso com o discurso de
que quer “reabilitar a classe política”. Ele disse
Data: 02/10/2019
61
Grupo de Comunicação
em almoço com senadores, nesta terça (1), que
o ideal seria ter “menos dinheiro na mão de
ministro e mais na base”.
Canto da sereia
Guedes quer ampliar os esforços para aprovar o
pacto federativo. Ele também voltou a defender a
desvinculação de receitas. Disse que só assim,
com as reformas, conseguirá partilhar valores
com parlamentares e fortalecer o Legislativo.
TIROTEIO
Será que o problema dele é o regime pressupor
trabalho? Ou será que se apaixonou pela cadeia?
Fico sem saber…
Do deputado Delegado Waldir (GO), líder do PSL,
sobre a resistência do ex-presidente Lula a se
submeter às condições do semiaberto
https://painel.blogfolha.uol.com.br/2019/10/02/c
ontradicao-de-janot-e-explorada-por-lula-em-
acao-que-pede-suspeicao-de-procuradores-do-
stf/
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Data: 02/10/2019
62
Grupo de Comunicação
Indústria cresce em agosto, mas resultado é
concentrado em petróleo, etanol e minério
Avanço foi de 0,8%, após três meses de queda,
segundo IBGE
Nicola Pamplona
RIO DE JANEIRO
Puxada pela extração de minério e petróleo, a
produção industrial brasileira interrompeu três
meses de queda e registrou alta de 0,8% em
agosto, na comparação com o mês anterior. O
resultado, porém, foi concentrado e mostra
desaceleração da atividade ao longo dos últimos
meses.
De acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística), a indústria brasileira
acumula queda de 1,7% no ano. Em 12 meses, a
perda acumulada também é de 1,7%, superior
aos 1,3% registrados no mês anterior.
"Apesar da melhora na comparação com o mês
anterior, quando a gente compara com 2018, fica
evidente o tamanho da perda", diz o gerente da
Pesquisa Industrial Mensal, André Macedo. "E
essa melhora se dá em cima de uma base de
comparação mais baixa e com característica
muito concentrada."
Segundo o IBGE, o crescimento em agosto foi o
mais intenso desde junho de 2018, mas ficou
concentrado em uma das quatro atividades
econômicas pesquisadas pelo instituto: a
produção de bens intermediários, com alta de
1,4%.
Apenas 10 dos 26 ramos pesquisados pelo
instituto apresentaram alta no mês, em
comparação com julho. É o pior desempenho
desde maio, quando oito ramos mostraram
resultado positivo.
A influência mais importante para o resultado de
agosto veio da indústria extrativa, que avançou
6,6%. Foi a quarta taxa positiva após os tombos
registrados no início do ano com a suspensão de
atividades mineradoras após a tragédia de
Brumadinho (MG).
A melhora reflete a retomada das operações em
minas da Vale e a redução no número de paradas
para manutenção de plataformas de produção de
petróleo. Ainda assim, a indústria extrativa está
5% abaixo do patamar de janeiro, antes da
tragédia.
Com o impulso da extrativa, a produção de bens
intermediários, que representa 55% da indústria
brasileira, subiu 1,4% no mês, em comparação
com o mês anterior.
Também contribuíram para o desempenho o
setor de produção de combustíveis e a indústria
alimentícia — nos dois casos, com grande
influência de bens intermediários, como a
produção de açúcar, disse Macedo.
Já a produção de bens de capital caiu 0,8% e a
de bens de consumo, 0,7% —com destaque
negativo para os bens de consumo duráveis (-
1,4%), puxados pela queda na produção de
automóveis (-3%), que reverteu a expansão
registrada no mês anterior.
"Há um movimento errático na produção de
automóveis. Ora com crescimento, ora com
queda, em tentativa de adequar a produção à
demanda", diz o gerente da pesquisa.
Também influenciaram negativamente os ramos
de confecção de artigos de vestuário (-7,4%),
máquinas e equipamentos (-2,7%) e produtos
farmoquímicos (-2,7%).
"Mesmo avançando em relação a julho, esse
resultado está longe de significar uma reversão
das perdas do passado", avalia Macedo. Nos oito
meses de 2019, em cinco a indústria teve
resultado negativo.
No ano, a perda acumulada é de 1,7%, também
com forte impacto dos os efeitos de Brumadinho
—a indústria extrativa acumula queda de 10,7%,
puxando o setor de bens intermediários a queda
de 2,6%. As demais categorias ficaram próximas
da estabilidade.
Para Macedo, o ambiente de incerteza das
famílias e no comércio exterior continua
impactando o desempenho da indústria
brasileira. "São 12 milhões de pessoas fora do
mercado de trabalho, a qualidade do trabalho
também é menor. E isso não contribuiu para o
aumento da demanda doméstica", afirma.
Em relação a agosto de 2018, a produção
industrial brasileira recuou 2,3%, informou o
IBGE. Nesta base de comparação, houve queda
em todas as grandes atividades pesquisadas.
Data: 02/10/2019
63
Grupo de Comunicação
Em 12 meses, a indústria registra queda de
1,7%, o que indica perda de ritmo da atividade,
de acordo com Macedo. Em julho, o recuo era de
1,3%. Nessa base de comparação, 16 dos 26
setores estão no terreno negativo, o pior
espalhamento desde abril de 2017.
"A entrada de agosto nos dá uma ideia de
aumento da intensidade de perda da indústria",
disse o gerente da pesquisa. "É uma produção
industrial que opera abaixo de 2018, acentuando
as perdas do início do ano."
https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2019/10
/industria-cresce-em-agosto-mas-resultado-e-
concentrado-em-petroleo-etanol-e-minerio.shtml
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Data: 02/10/2019
64
Grupo de Comunicação
'Interesse na Amazônia não é no índio nem
na porra da árvore', diz Bolsonaro
Presidente discursou a garimpeiros, que pediam
proteção à atividade na Serra Pelada, e disse que
interesse estrangeiro é no minério
1º.out.2019 às 12h58. Atualizado: 1º.out.2019
às 17h57
Gustavo Uribe
BRASÍLIA
Em um discurso improvisado, feito a um grupo
de garimpeiros em Brasília, o presidente Jair
Bolsonaro disse nesta terça-feira (1º) que o
discurso estrangeiro favorável à floresta
amazônica não está preocupado com a
preservação ambiental ou com a proteção dos
índios.
Na entrada do Palácio do Planalto, onde subiu
numa cadeira para discursar, ele disse que o
interesse não é na "porra da árvore" e voltou a
fazer críticas ao cacique Raoni Metuktire, que
segundo ele "vive tomando champanhe" em
países europeus.
"O interesse na Amazônia não é no índio nem na
porra da árvore, é no minério. O Raoni fala pela
aldeia dele, fala como cidadão, [mas] não fala
por todos os índios, não. É outro que vive
tomando champanhe em outros países por aí",
disse.
Em defesa dos garimpeiros, Bolsonaro disse que
empresas estrangeiras têm culpa no
desmatamento amazônico e sugeriu que elas
pagam propina para encobrir crimes ambientais.
“O mundo muitas vezes critica o garimpeiro. A
covardia que fazem com o meio ambiente, como
empresas de vários países do mundo fazem aqui
dentro do Brasil, ninguém toca no assunto
porque a propina, pelo o que parece, corre solta",
disse.
O presidente atendeu a manifestação de
representantes da Coomigasp (Cooperativa de
Mineração dos Garimpeiros de Serra Pelada), que
havia protestado mais cedo no Palácio do
Alvorada.
Os representantes da entidade, que se reuniram
com Bolsonaro também no gabinete presidencial,
pedem que seja deslocado um contingente das
Forças Armadas a Serra Pelada, no Pará, para
proteger a atividade do garimpo.
"Vocês foram felizes no tempo do [presidente
militar João] Figueiredo. A legislação era outra e
eu tenho de cumprir a lei. Por isso que eu digo a
vocês: se tiver amparo legal, eu boto as Forças
Armadas lá", disse.
O grupo acusa a empresa mineradora Vale de
avançar sobre a área demarcada para a
exploração da cooperativa, por meio de túneis
subterrâneos. Eles solicitam que as licenças
passem a ser dadas pelo governo federal, não
mais pelos estaduais e municipais.
"As fotografias que eu vi, gostaria que a nossa
imprensa fizesse um trabalho nesse sentido,
mostram túneis em que entram um ônibus duplo
de tanto de ouro que tiraram da região de
vocês", disse o presidente.
Ele ressaltou, no entanto, que o poder público
"não vai desrespeitar contrato com ninguém" e
que pretende buscar uma maneira de solucionar
a situação no Pará, porque, segundo ele, "não
pode continuar como está".
"Esse é um país que é roubado há 500 anos. A
gente conhece o potencial mineral do Brasil, de
Roraima, do sul do Pará. Eu sei como a Vale
abocanhou, no governo Fernando Henrique
Cardoso, o direito minerário no Brasil. Um crime
que aconteceu", criticou.
Recebido por Bolsonaro, o garimpeiro Jonas
Andrada, representante da cooperativa, disse
que sua área de exploração, vizinha a uma região
de atuação da Vale, foi cedida pelo governo
militar, e sugeriu que a empresa possa estar
roubando o minério. Ele defendeu uma
intervenção federal para proteger a área.
"Nós queremos uma força-tarefa do governo
federal dentro de Serra Pelada. Estamos pedindo
Data: 02/10/2019
65
Grupo de Comunicação
ao Exército Brasileiro a demarcação de nossa
terra porque a Vale pode estar dentro de nossa
terra através de túneis para tirar o nosso
minério", acrescentou.
Procurada pela Folha, a Vale informou que não
tem atividades minerárias em Serra Pelada "nem
qualquer operação de mineração subterrânea no
Pará".
A Vale diz que cedeu a área de jazida à
Coomigasp em março de 2007. "A empresa
mantém no município de Curionópolis apenas a
unidade Serra Leste, de exploração exclusiva de
minério de ferro", disse.
O presidente discute projeto de lei para liberar
atividade de mineração em terras indígenas. A
ideia é que a proposta seja enviada ao Legislativo
neste mês. Para especialistas consultados pela
Folha, seria uma volta da tutela do Estado sobre
os indígenas que já foi revogada, com exceções,
pela Constituição de 1988.
Pesquisa Datafolha contratada pela organização
não governamental ISA (Instituto
Socioambiental) apontou que 86% dos brasileiros
discordam da permissão à entrada de empresas
de exploração mineral em terras indígenas.
https://www1.folha.uol.com.br/ambiente/2019/1
0/o-interesse-na-amazonia-nao-e-no-indio-nem-
na-porra-da-arvore-diz-bolsonaro.shtml
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Data: 02/10/2019
66
Grupo de Comunicação
Bolsonaro diz que Vale 'abocanhou direito
minerário no Brasil'
Empresa nega irregularidades; garimpeiros
pedem ao presidente força-tarefa para proteger
Serra Pelada
2.out.2019 à 0h50
Gustavo Uribe
BRASÍLIA
Em apoio a um grupo de garimpeiros, o
presidente Jair Bolsonaro (PSL) criticou a atuação
da mineradora Vale nesta terça-feira (1º), em
Brasília.
“Esse é um país que é roubado há 500 anos. A
gente conhece o potencial mineral do Brasil, de
Roraima, do sul do Pará. Eu sei como a Vale
abocanhou, no governo Fernando Henrique
Cardoso, o direito minerário no Brasil. Um crime
que aconteceu", criticou.
Em defesa dos garimpeiros, Bolsonaro disse
ainda que empresas estrangeiras têm culpa no
desmatamento amazônico e sugeriu que elas
pagam propina para encobrir crimes ambientais.
“O mundo muitas vezes critica o garimpeiro. A
covardia que fazem com o meio ambiente, como
empresas de vários países do mundo fazem aqui
dentro do Brasil, ninguém toca no assunto
porque a propina, pelo o que parece, corre solta",
disse.
Bolsonaro atendeu a manifestação de
representantes da Coomigasp (Cooperativa de
Mineração dos Garimpeiros de Serra Pelada), que
havia protestado mais cedo no Palácio do
Alvorada.
Os representantes da entidade, que se reuniram
com Bolsonaro no gabinete presidencial, acusa a
Vale de avançar sobre a área demarcada para a
exploração da cooperativa, por meio de túneis
subterrâneos. Eles solicitam que as licenças
passem a ser dadas pelo governo federal, não
mais pelos estaduais e municipais.
Recebido por Bolsonaro, o garimpeiro Jonas
Andrada, representante da cooperativa, disse
que sua área de exploração, vizinha a uma região
de atuação da Vale, foi cedida pelo governo
militar, e sugeriu que a empresa possa estar
roubando o minério. Ele defendeu uma
intervenção federal para proteger a área.
"Nós queremos uma força-tarefa do governo
federal dentro de Serra Pelada. Estamos pedindo
ao Exército Brasileiro a demarcação de nossa
terra porque a Vale pode estar dentro de nossa
terra através de túneis para tirar o nosso
minério", acrescentou.
"As fotografias que eu vi, gostaria que a nossa
imprensa fizesse um trabalho nesse sentido,
mostram túneis em que entram um ônibus duplo
de tanto de ouro que tiraram da região de
vocês", disse o presidente.
Os garimpeiros querem que seja deslocado um
contingente das Forças Armadas a Serra Pelada,
no Pará, para proteger a atividade do garimpo.
"Vocês foram felizes no tempo do [presidente
militar João] Figueiredo. A legislação era outra e
eu tenho de cumprir a lei. Por isso que eu digo a
vocês: se tiver amparo legal, eu boto as Forças
Armadas lá", disse.
Bolsonaro ressaltou, no entanto, que o poder
público "não vai desrespeitar contrato com
ninguém" e que pretende buscar uma maneira de
solucionar a situação no Pará, porque, segundo
ele, "não pode continuar como está".
Procurada pela Folha, a Vale informou que não
tem atividades minerárias em Serra Pelada "nem
qualquer operação de mineração subterrânea no
Pará".
A Vale diz que cedeu a área de jazida à
Coomigasp em março de 2007. "A empresa
mantém no município de Curionópolis apenas a
unidade Serra Leste, de exploração exclusiva de
minério de ferro", disse.
Discussões sobre mineração na região norte têm
alimentado embates.
Na virada de agosto para setembro, fiscais do
Ibama e do ICMBio e agentes da Força Nacional
atuaram na região da floresta nacional do
Crepori, no Pará, queimando retroescavadeiras e
máquinas usadas para destruir o ambiente.
Havia milhares de garimpeiros operando em
áreas ilegais na floresta, segundo integrantes da
operação.
A ação provocou a reação de garimpeiros em
grupos de aplicativos de celular e redes sociais.
Data: 02/10/2019
67
Grupo de Comunicação
Alguns, que operavam ilegalmente dentro da
floresta, chegaram a distribuir áudios e vídeos
convocando moradores a reagir contra
fiscalização.
Há muitos debates também envolvendo a
exploração de jazidas em áreas demarcadas ou
em reservas ambientais em vários pontos
Amazônia Legal.
O governo deve anunciar até o fim do mês
proposta para regulamentar a exploração mineral
em terras indígenas. A extração nessas áreas é
permitida pela Constituição, mas nunca houve lei
para regulamentar a atividade. Crítico de
demarcações, o Bolsonaro já chegou a propor
uma consulta pública para debater o tema com a
sociedade.
Um grupo coordenado pela Casa Civil com
participação de outros ministérios está
elaborando a proposta de regulamentação.
Em alguns locais, a discussão chegou à Justiça.
No estado do Amazonas, a Justiça Federal
atendeu a um pedido de liminar do Ministério
Público Federal e cancelou 1.072 requerimentos
(equivalente a 96% do total) relativos a pesquisa
ou concessão para mineração em terras
indígenas no estado. Ainda há 41 processos a
serem analisados.
Os pedidos cancelados pela Justiça estavam
suspensos e encontravam-se em condição
semelhante a uma lista de espera —aguardando
uma lei que regulamentasse a mineração em
terras indígenas.
Segundo dados levantados por estudo do WWF-
Brasil, em fevereiro de 2018 havia no país 3.114
requerimentos de títulos minerários suspensos e
incidentes sobre terras indígenas na Amazônia
Legal, apenas na espera da criação de um marco
regulatório.
https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2019/10
/bolsonaro-diz-que-vale-abocanhou-direito-
minerario-no-brasil.shtml
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Data: 02/10/2019
68
Grupo de Comunicação
Mônica Bergamo: Bolsonaro lança na quinta
campanha publicitária de pacote anticrime
de Moro
Ação chegou a ser suspensa algumas vezes,
justamente nos momentos de crise entre os dois
O presidente Jair Bolsonaro lançará nesta quinta
(3) a campanha publicitária do pacote anticrime
do ministro da Justiça, Sergio Moro. Ela chegou a
ser suspensa algumas vezes —justamente nos
momentos em que a relação entre os dois
passava por uma crise.
RELATO
Os filmes, de 30 segundos, serão exibidos nas
TVs e na internet. Eles mostram pessoas reais
contando como sofreram com a impunidade no
Brasil.
RELATO 2
Em uma das peças, um homem relata que o pai
foi assassinado. O criminoso, condenado por um
tribunal do júri, permanece solto. Uma das
propostas de Moro é que a pessoa comece a
cumprir a pena logo depois de condenada, sem
esperar pela apreciação de outras instâncias da
Justiça.
REGIME FECHADO
Num outro filme, uma senhora conta como um
preso que tinha cometido crime grave saiu da
prisão em dias de visita a familiares e matou o
marido dela. O governo propõe que detentos de
alta periculosidade não tenham direito a saídas
temporárias.
VOLTA E MEIA
O caso de Rodrigo Janot, que pode ser
investigado pelo CNMP (Conselho Nacional do
Ministério Público) por ter planejado o
assassinato do ministro Gilmar Mendes, do STF
(Supremo Tribunal Federal), foi parar nas mãos
de Augusto Aras. O novo procurador-geral da
República é desafeto de Janot.
MEIA VOLTA
Otavio Luiz Rodrigues, conselheiro do CNMP,
decidiu enviar o caso à corregedoria do órgão.
Como o cargo está vago, caberá a Aras atuar
como corregedor.
ORIENTE
O vice-governador de São Paulo, Rodrigo Garcia,
e o secretário estadual de Infraestrutura e
Meio Ambiente, Marcos Penido, integrarão o
grupo de 30 empresários que irá à China neste
mês em viagem organizada pelo Lide, fundado
por João Doria.
FRETE
A tela “Operários”, de Tarsila do Amaral, deixará
o Palácio da Boa Vista, em Campos do Jordão,
depois de quase 50 anos. A partir desta quarta
(2), a obra ficará exposta no hall nobre do
Palácio dos Bandeirantes, em São Paulo.
AMIGOS PARA SEMPRE
A ministra Cármen Lúcia, do STF, participou, ao
lado de Gilmar Mendes, da sessão solene em
homenagem ao advogado Sigmaringa Seixas, um
dos melhores amigos de Lula e um dos
responsáveis pela indicação dela ao Supremo.
Estavam lá o advogado Marco Aurélio de
Carvalho e José Sarney, o defensor público Pedro
Carriello, o advogado Antônio Pedro Melchior e o
deputado federal Paulo Teixeira, que propôs a
cerimônia, e o ex-procurador-geral Roberto
Gurgel. O advogado José Geraldo Grossi também
foi homenageado.
NOVA MIRADA
O cineasta José Padilha desembarcou em Brasília
para conversar com personalidades para o
documentário que está fazendo sobre a Operação
Lava Jato. Ele já esteve com os ministros Gilmar
Mendes e Luís Roberto Barroso, do STF (Supremo
Tribunal Federal).
AGENDA
O diretor ainda não conversou com Sergio Moro
—de quem era admirador e hoje é crítico.
AGENDA 2
No Rio, Padilha esteve com o jornalista Glenn
Greenwald, do The Intercept Brasil, que revelou
o escândalo da Vaza-Jato. Em Curitiba,
conversou com o procurador Deltan Dallagnol.
LADO DE FORA
O cineasta dedicará boa parte do filme, que terá
lançamento mundial, ao braço da operação nos
EUA.
O MAIOR
Sua equipe está entrevistando procuradores e
autoridades do país. “Parece que a Lava Jato
aconteceu só no Brasil. Mas teve uma
investigação inteira nos EUA”, afirma. Lá,
segundo lembra, Petrobras, Odebrecht e
Data: 02/10/2019
69
Grupo de Comunicação
Braskem “firmaram o maior acordo de leniência
da história americana”.
FILME ABERTO
Ele afirma que não sabe como o documentário
terminará. “Muita coisa importante ainda deve
acontecer”, afirma.
TRIBUNAL
O presidente Jair Bolsonaro (PSL) terá que pagar
R$ 2.000 de despesas e honorários da ação em
que processou o apresentador Marcelo Tas por
danos morais. Bolsonaro pede R$ 20 mil de
indenização por Tas tê-lo chamado de racista e
homofóbico em uma entrevista em 2017.
TRIBUNAL 2
A Justiça de SP rejeitou o pedido. Bolsonaro pode
recorrer. “O debate político tem que ser livre.
Sem apelação para processos”, diz Tas. A
Presidência da República não se manifestou até a
conclusão desta edição.
LÁ...
O programa do governo de SP Juntos pela
Cultura, que a partir de chamamentos públicos
promove eventos culturais em parceria com
municípios paulistas, recebeu em sua primeira
edição 209 inscrições de cidades interessadas em
participar da programação do Circuito SP —
dessas, 90 serão selecionadas.
... E CÁ
Outros 65 municípios se inscreveram para
participar da Virada SP, que ocorre em novembro
e dezembro, e 156 cidades para o Tradição SP,
que apoia expressões culturais populares
tradicionais.
PIPOCA
Os atores Daniel de Oliveira, Chay Suede e Laura
Neiva foram à pré-estreia do filme “Domingo”,
realizada na segunda (30), no CineSesc, em São
Paulo. As atrizes Maria Manoella, Martha Nowill e
Camila Morgado também passaram por lá.
CURTO-CIRCUITO
Barbara Gancia faz sessão de bate-papo na noite
de autógrafos para o lançamento do seu livro “A
Saideira”. Hoje, às 19h, na Livraria da Travessa
de Pinheiros.
O Theatro Municipal promove hoje o lançamento
de livro e documentário sobre os 50 anos do Balé
da Cidade de São Paulo.
A marca Selo lança a sua primeira loja no país.
Hoje, às 17h, na rua Melo Alves, em São Paulo.
com BRUNO B. SORAGGI, GABRIEL RIGONI e
VICTORIA AZEVEDO
https://www1.folha.uol.com.br/colunas/monicabe
rgamo/2019/10/bolsonaro-lanca-nesta-quarta-
campanha-publicitaria-de-pacote-anticrime-de-
moro.shtml
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Data: 02/10/2019
70
Grupo de Comunicação
Política hídrica de cidade do interior de
Sergipe ganha prêmio de sustentabilidade
Projeto Águas de São Cristóvão resultou em
ampliação da rede de abastecimento de água no
município
Jorge Abrahão
“Hoje nós podemos dizer que estamos ricos”. O
depoimento de um morador da comunidade
Brasilinha, periferia de São Cristóvão (SE),
resume a emoção dos quase 90 mil habitantes da
pequena cidade nordestina que hoje comemora a
facilidade de ter, pela primeira vez, água tratada
em quase 100% das casas.
O projeto “Águas de São Cristóvão”, iniciado em
2017, ganhou destaque nacional ao conquistar o
primeiro lugar na 3ª edição do Prêmio Cidades
Sustentáveis, no tema Acesso a Serviços,
categoria municípios pequenos. A cerimônia de
premiação ocorreu durante a Conferência
Catalisando Futuros Urbanos Sustentáveis,
realizada há duas semanas no Parque do
Ibirapuera, em São Paulo.
Homem sentado sobre caminhão-pipa
Projeto também fornece maiores informações
sobre padrões de qualidade dos serviços de
captação, tratamento e abastecimento de água e
resultou em ampliação do tratamento de água na
região - Jarbas Oliveira/Folhapress
Depois de um longo processo de análise, que
contou com a participação de especialistas e
organizações parceiras do Programa Cidades
Sustentáveis, a vitória desta boa prática
sergipana é extremamente significativa e
simbólica ao representar o poder dos pequenos
municípios brasileiros na promoção da qualidade
de vida aos seus cidadãos.
O projeto “Águas de São Cristóvão” inovou ao
priorizar uma administração integrada dos
recursos hídricos sempre com o foco em três
pilares: gestão participativa, acesso à água como
direito e qualidade dos serviços e produtos.
O poder público municipal, responsável pela
iniciativa —e premiado por isso— também teve o
cuidado de alinhar as ações aos Objetivos de
Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU,
principalmente em relação ao terceiro objetivo,
que visa “assegurar uma vida saudável e
promover o bem-estar para todos, em todas as
idades” e ao sexto objetivo, que busca
“assegurar a disponibilidade e gestão sustentável
da água e saneamento para todos”.
Chama a atenção a preocupação dos gestores em
qualificar a relação com os moradores da cidade.
Os padrões de qualidade dos serviços de
captação, tratamento e abastecimento de água
são divulgados por meio de mensagens nas
contas de água, notas no jornal local e no site da
prefeitura.
Também são prestadas informações por meio da
central de atendimento via telefone com quatro
linhas disponíveis. Segundo a prefeitura de São
Cristóvão, todas as solicitações e reclamações
dos usuários são analisadas e consideradas nos
processos de gestão.
Além da satisfação visível no rosto dos
moradores de São Cristóvão, há números
impressionantes desta boa prática em menos de
dois anos de execução. Alguns deles: aumento
em 30% do volume de água represada com o
alargamento do minante do Banho Morno e Rio
das Moças; perfuração de 7 novos poços
tubulares, aumentando a capacidade em cerca de
18 mil litros/hora; conclusão em 100% da
Estação de Tratamento de Água do Rio
Comprido; implantação de mais de cinco mil
metros de rede de abastecimento de água;
interiorização das ações para cerca de doze
povoados, além do Centro Histórico.
Data: 02/10/2019
71
Grupo de Comunicação
Dar voz e visibilidade a histórias tão bem-
sucedidas quanto essa foi nossa intenção ao
incluir a cerimônia de entrega do Prêmio Cidades
Sustentáveis na programação de uma
conferência internacional que reuniu mais de
1.200 especialistas de 201 cidades e 40 países.
Muito mais do que entregar um troféu à gestão
em vigor, o Prêmio tem o papel pedagógico de
estimular boas práticas em todo o Brasil,
valorizando o papel das cidades e, assim como
em São Cristóvão, revelando o poder
transformador dos pequenos municípios,
independentemente dos recursos financeiros e
das condições políticas mais ou menos
favoráveis.
A genuína felicidade do humilde morador
declarando-se rico diante da água —em contraste
com a valorização da riqueza material dos dias
de hoje— fez muitos pensarem em questões
básicas que saem de nosso radar nos grandes
centros urbanos e mostrar que temos muito a
avançar em temas simples, mas fundamentais
para a qualidade de vida de importante parcela
da população.
Iniciativas consistentes como a de São Cristóvão
têm caráter multiplicador e devem servir de
inspiração para as mais diversas cidades
brasileiras.
Jorge Abrahão
Coordenador geral do Instituto Cidades
Sustentáveis, organização realizadora da Rede
Nossa São Paulo e do Programa Cidades
Sustentáveis.
https://www1.folha.uol.com.br/colunas/jorge-
abrahao/2019/10/politica-hidrica-de-cidade-do-
interior-de-sergipe-ganha-premio-de-
sustentabilidade.shtml
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Data: 02/10/2019
72
Grupo de Comunicação
Em Berlim, Salles questiona contribuição
humana na mudança climática
Em entrevista a jornal conservador, ministro diz
ser preciso 'averiguar' se homem é o principal
agente da mudança do clima
BONN (ALEMANHA) | DW
Em sua viagem pela Europa para defender a
política ambiental brasileira, o ministro do Meio
Ambiente, Ricardo Salles, questionou o impacto
da contribuição humana na mudança climática
em entrevista ao jornal conservador alemão FAZ
(Frankfurter Allgemeine Zeitung).
Nesta terça-feira (1º), Salles cumpre seu
segundo dia de agenda em Berlim. Segundo
declarou em um vídeo no Twitter, o giro europeu
tem como objetivo "desmistificar" um
"sensacionalismo" de informações que "não são
corretas" sobre a situação ambiental brasileira.
A etapa alemã da viagem segue uma agenda que
não vem sendo divulgada publicamente pelo
Ministério do Meio Ambiente brasileiro. Parte da
programação inclui entrevistas e encontros com
autoridades. Na segunda-feira, uma reunião com
representantes de grandes empresas alemãs,
incluindo as gigantes do setor químico Bayer e
Basf, foi alvo de protestos organizados pelo
Greenpeace, que havia vazado a realização do
encontro.
Na entrevista ao FAZ, Salles foi questionado
pelos jornalistas sobre o impacto da ação
humana nas mudanças climáticas. O brasileiro
afirmou acreditar que o "comportamento humano
tem um impacto no clima", mas que "ainda é
preciso questionar quão grande é a contribuição
humana" para a mudança climática. "Ainda
temos que averiguar isso", disse.
Os jornalistas do FAZ perguntaram então a Salles
se ele acredita que a participação humana nas
alterações climáticas é "grande" ou "pequena". O
ministro respondeu: "Não posso responder isso.
Não sou nenhum cientista."
Porém, segundo a Agência Federal para o Meio
Ambiente –principal autoridade ambiental da
Alemanha–, a maioria dos cientistas que estudam
as mudanças climáticas aponta que, sim, a
contribuição humana não é apenas grande, como
dominante entre as causas das alterações do
clima. De acordo com a agência, estudos indicam
que os humanos são os principais agentes
causadores das alterações que foram registradas
desde a metade do século 20.
Já o IPCC (Painel Intergovernamental sobre
Mudanças Climáticas), das Nações Unidas,
referência sobre o tema, afirma que é 95% certo
que os humanos causaram mais da metade do
aumento de temperatura registrado entre 1951 e
2010.
A Nasa (Agência Espacial Americana), por sua
vez, aponta que 97% dos cientistas que
regularmente publicam estudos sobre mudanças
climáticas indicam que elas ocorrem por causa da
ação humana.
O governo alemão não questiona esses dados.
Em junho, a ministra do Meio Ambiente, Proteção
da Natureza e Segurança Nuclear da Alemanha,
Svenja Schulze, disse: "Não temos nenhum
problema de desconhecimento sobre a proteção
do clima. Cientistas do mundo todo comprovam a
mudança climática provocada pelos humanos."
COMBATE AO DESMATAMENTO E ATRITOS COM
A ALEMANHA
Ainda na mesma entrevista, Salles disse que o
Brasil conta com "uma boa rede legal para a
proteção do meio ambiente" e voltou a rebater a
afirmação de que a Amazônia é "o pulmão do
mundo". "Já foi provado que esse conceito é
incorreto", disse o ministro, argumentando que a
"Amazônia produz a mesma quantidade de
oxigênio que consome".
O ministro, no entanto, admitiu, diante dos
questionamentos dos jornalistas, que a Amazônia
tem um papel importante na absorção de CO2 .
"É claro que sabemos da importância da
floresta."
Data: 02/10/2019
73
Grupo de Comunicação
"O Brasil está desempenhando um trabalho muito
bom na luta contra a mudança climática. Nós
temos como base a energia renovável, reduzir o
desmatamento na Amazônia e promover o
reflorestamento. Nossa contribuição nacional é
provavelmente a mais ambiciosa do mundo",
afirmou.
O ministro ainda foi questionado sobre a
possibilidade de o acordo entre a União Europeia
e o Mercosul não ser ratificado. Desde o início da
crise do desmatamento e queimadas na
Amazônia, em agosto, diversos países europeus,
entre eles a França e a Irlanda, sinalizaram que
não devem ratificar o acordo por causa da
política ambiental do governo Bolsonaro. A
Áustria foi mais longe, e seu Parlamento aprovou
uma moção para obrigar o governo federal a
vetar o pacto.
Para Salles, rejeitar o acordo e renunciar às
oportunidades de investimentos no Brasil teria "o
efeito oposto" na Amazônia. "O acordo oferece
grandes oportunidades econômicas. [...] As
maiores ameaças à proteção da natureza no
Brasil estão ligadas à pobreza e à falta de
desenvolvimento", disse o ministro.
Nesse ponto, a posição de Salles não é muito
diferente da abordagem do governo alemão. Os
ministros da chanceler federal, Angela Merkel, já
entraram em atrito com o governo brasileiro
sobre o desmatamento no Brasil e a gestão do
Fundo Amazônia, mas a posição oficial do
governo alemão tem sido de continuar a apoiar o
acordo com o Mercosul.
No fim de agosto, um porta-voz da chancelaria
alemã afirmou que "a não ratificação do acordo
com o Mercosul não contribuirá para reduzir o
desmatamento na Amazônia", acrescentando que
o pacto possui um "ambicioso capítulo de
sustentabilidade com regulamentos vinculativos
para a proteção climática".
ENCONTROS COM AUTORIDADES
Na tarde desta terça-feira, Salles tinha um
encontro marcado com sua equivalente alemã, a
ministra Svenja Schulze, ministra do Meio
Ambiente. Mais cedo, ele se encontrou com o
ministro Gerd Müller, da pasta para Cooperação e
Desenvolvimento da Alemanha.
Em frente à sede da pasta de Müller, na região
central de Berlim, três dezenas de manifestantes
do Greenpeace voltaram a protestar contra a
presença de Salles na Alemanha, como já havia
ocorrido na segunda-feira. Eles estenderam uma
faixa com a frase "Não destruam a Amazônia".
Segundo o porta-voz do ato, Jannes Stoppel, o
protesto não tinha apenas Salles como alvo, mas
também o governo alemão. "O ministro Müller se
vangloriou sobre a proteção de florestas na
semana passada durante a Cúpula do Clima da
ONU, mas ele também apoia a ratificação do
acordo com o Mercosul, e consequentemente a
pecuária do Brasil e a destruição da Amazônia."
https://www1.folha.uol.com.br/ambiente/2019/1
0/em-berlim-salles-questiona-contribuicao-
humana-na-mudanca-climatica.shtml
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Data: 02/10/2019
74
Grupo de Comunicação
Grandes capitais brasileiras estão
ameaçadas pelo aquecimento global
Cidades como Porto Alegre, Rio de Janeiro e
Recife terão problemas críticos caso temperatura
aumente
Robert Muggah
Quer os políticos do Brasil acreditem ou não, o
aquecimento global é um fato. Existe um perigo
de que, enquanto os dados climáticos são
questionados, as populações brasileiras sejam
deixadas despreparadas para atenuar e se
adaptar aos efeitos catastróficos que já estão em
andamento.
Mais de 80% dos brasileiros vivem a algumas
centenas de quilômetros da costa do país, mas
poucas cidades desenvolveram estratégias e
mecanismos financeiros abrangentes para lidar
com o aumento do calor, a escassez de água e o
aumento do nível do mar. A menos que o Brasil
comece a agir agora, milhões enfrentarão a
morte, deslocamento forçado e inúmeras
dificuldades.
Uma das consequências mais perigosas das
mudanças climáticas é o aquecimento dos
oceanos e o derretimento do gelo do mar.
Aproximadamente 70% da superfície do mundo é
coberta por oceanos.
O último relatório do IPCC, divulgado na última
semana, oferece as informações mais
abrangentes publicadas até agora dos impactos
das mudanças climáticas nos oceanos, nas
geleiras e nos mantos de gelo. O prognóstico é
terrível: os oceanos estão sofrendo um
aquecimento dramático e se tornando mais
pobres em oxigênio.
A menos que as emissões de gases de efeito
estufa e as temperaturas globais sejam
intensamente reduzidas nas próximas décadas,
os ecossistemas marinhos podem entrar em
colapso e as comunidades costeiras podem ficar
submersas.
Até recentemente, as dimensões dos impactos
das mudanças climáticas nos oceanos não eram
totalmente compreendidas. A atenção estava
concentrada nas consequências que eram mais
perceptíveis no curto e médio prazo —secas,
incêndios e perda de biodiversidade na terra. Mas
à medida que as geleiras derretem e os oceanos
esquentam, o nível do mar sobe.
A escassez de água também está no horizonte
devido à diminuição do gelo, inclusive no
Himalaia, terceiro maior polo do mundo. Os
sinais do colapso se tornam cada vez mais
evidentes. Ondas de calor marinhas estão se
tornando mais frequentes. Tendo mais do que
duplicado em incidência desde os anos 1980, elas
devem se tornar de 20 a 50 vezes mais
frequentes nesse século.
Populações de peixe já estão migrando para
longe de seus criadouros naturais e patógenos
estão se espalhando e infectando populações de
mariscos.
As implicações do aquecimento do oceano na
segurança alimentar são terríveis. O crescimento
da acidez nas águas está destruindo
ecossistemas delicados, dificultando o
crescimento de corais e mariscos. Os frutos do
mar representam cerca de 17% da proteína do
mundo e milhões de pessoas dependem da pesca
para sobreviver. A indústria da pesca já está sob
pressão, com muitos sendo forçados a reduzir
cachês para permitir que o estoque se
reconstrua.
O aumento do nível do mar também gerará um
movimento migracional sem precedentes. A
última estimativa aponta que cerca de 200
milhões de pessoas serão deslocadas
forçadamente pelo clima até 2050, grande parte
vindo de comunidades costeiras expostas a
inundações.
Mas não apenas pessoas serão forçadas ao
deslocamento, cidades inteiras também.
Municípios como Porto Alegre, Florianópolis, Rio
de Janeiro, Recife e Belém enfrentarão ameaças
críticas caso a temperatura global aumente 2ºC e
estarão submersas caso aumente 4ºC.
Embora muitos desses impactos sejam
inevitáveis, existem caminhos para diminuir o
dano das mudanças climáticas nos oceanos e nos
Data: 02/10/2019
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Grupo de Comunicação
seres humanos em geral. O requisito mais
fundamental é que os países cortem a emissão
de gases estufa e limitem o crescimento da
temperatura global em menos de 2ºC.
Isso não impedirá que recifes de corais sejam
devastados ou que o nível do mar aumente, mas
pode reduzir danos. No Brasil, as vastas reservas
de óleo, refinarias e incêndios florestais maciços
geram bilhões de toneladas de gases de efeito
estufa por ano.
O país precisa urgentemente estabelecer uma
meta para descarbonizar e reduzir as emissões
antes que seja tarde demais. Também precisa
preparar suas cidades e populações costeiras
para as próximas tempestades.
Robert Muggah é diretor de Pesquisa do Instituto
Igarapé.
https://www1.folha.uol.com.br/ilustrissima/2019
/10/grandes-capitais-brasileiras-estao-
ameacadas-pelo-aquecimento-global.shtml
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Data: 02/10/2019
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Grupo de Comunicação
ESTADÃO Bolsonaro: 'O interesse na Amazônia não é
no índio e nem na árvore, é no minério'
Presidente garantiu pessoalmente a garimpeiros
que, se houver amparo legal, enviará militares
para atuação em Serra Pelada
Julia Lindner, O Estado de S.Paulo
BRASÍLIA - O presidente Jair Bolsonaro (PSL)
voltou a criticar nesta terça-feira, 1º, o interesse
de outros países na Floresta Amazônica. "O
interesse na Amazônia não é no índio e nem na
porra da árvore, é no minério", afirmou
Bolsonaro a um grupo de garimpeiros que o
esperava no Palácio do Planalto, em Brasília.
Bolsonaro disse ao grupo que, se houver amparo
legal, vai enviar as Forças Armadas para atuar na
região de Serra Pelada, no sul do Pará, e
assegurar a exploração mineral no local.
Os representantes da Cooperativa de Mineração
dos Garimpeiros de Serra Pelada (Coomigasp)
estão desde cedo em Brasília para tentar
conversar com o presidente. Mais cedo, foram ao
Palácio da Alvorada, mas não puderam entrar.
Depois, no Palácio do Planalto, foram atendidos
pessoalmente por Bolsonaro, que conversou por
cerca de dez minutos com os integrantes da
cooperativa na entrada da sede do governo.
Críticas à Vale e suposta propina que 'corre
solta'
No encontro, os garimpeiros reclamaram da
mineradora Vale, que atua na região. Segundo
Bolsonaro, a empresa "abocanhou" o direito
mineral no Brasil no governo do ex-presidente
Fernando Henrique Cardoso (1995 a 2003).
"Esse é um País que é roubado há 500 anos. A
gente conhece o potencial mineral do Brasil. Eu
sei como a Vale do Rio Doce abocanhou, no
governo FHC, o direito mineral no Brasil. Um
crime, um crime o que aconteceu", disse o
presidente.
O presidente também disse que é uma "covardia"
o que fazem com garimpeiros no Brasil e
insinuou que há pessoas que pagam propina para
encobrir ilegalidades.
"Está aí o mundo falando e muitas vezes
criticando garimpeiros. É uma covardia que
fazem com o meio ambiente de vários países do
mundo. Faz aqui dentro do Brasil, ninguém toca
no assunto porque a propina, pelo que parece,
corre solta", declarou.
No encontro com garimpeiros, Bolsonaro afirmou
ainda que há muitos problemas no Brasil e que
"perde o sono" pensando em soluções e que
daria uma resposta "ainda hoje" para as
reivindicações dos garimpeiros, que pedem uma
intervenção de militares na região de Serra
Pelada.
"Tenho que cumprir a lei. Digo para vocês, se
tiver amparo legal, eu boto as Forças Armadas lá.
Não vou prometer para vocês porque não posso",
disse.
O presidente afirmou ainda ter pedido ao
ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque,
para buscar "alternativas" que ajudem os
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Grupo de Comunicação
garimpeiros junto à Agência Brasileira de
Mineração.
"Se tiver alternativa, a gente vai até o final da
linha", afirmou. "Não vou oferecer milagre para
ninguém aqui, mas se tiver alternativa, se tiver
meios, porque o presidente pode muito, mas não
pode tudo, a gente soluciona o problema de
vocês."
Bolsonaro afirmou que são muitos os problemas
no País.
"Quis Deus que eu estivesse aqui. Como pode
país rico como o nosso, tem toda tabela periódica
embaixo da terra e continuar vendo vocês aqui
sofridos? Há mais de 30 anos, desde que cheguei
no Parlamento, em 1991, sei que vocês brigam
por isso", disse o presidente. "Sei que foram
felizes no tempo do (ex-presidente João Baptista
de Oliveira) Figueiredo."
Vídeo de cientista russo e novas críticas a
Raoni Metuktire
Em vários momentos da conversa, Bolsonaro
disse que divulgará um vídeo de um cientista
russo que poderia "abrir a cabeça da população"
sobre interesses na Floresta Amazônica.
Embora não tenha citado o nome do cientista, no
início do mês, Bolsonaro recebeu o russo
Konstantin Novoselov, Prêmio Nobel de Física em
2010, por seu trabalho com o grafeno.
Ele também voltou a criticar o líder indígena
Raoni Metuktire, da etnia Caiapó, citado pelo
presidente no discurso na Assembleia Geral das
Nações Unidas.
"Raoni fala pela aldeia dele, fala como cidadão,
não fala por todos os índios. (Ele) É outro que
vive tomando champanhe em outros países por
aí, esse tal de Raoni", declarou Bolsonaro.
Posicionamento da Vale
A empresa informa que não tem atividades
minerárias em Serra Pelada, nem qualquer
operação de mineração subterrânea no Pará. A
Vale cedeu a área de jazida à Coomigasp em
março de 2007. A empresa mantém no município
de Curionópolis apenas a unidade Serra Leste, de
exploração exclusiva de minério de ferro.
https://sustentabilidade.estadao.com.br/noticias/
geral,bolsonaro-o-interesse-na-amazonia-nao-e-
no-indio-e-nem-na-arvore-e-no-
minerio,70003032700
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Data: 02/10/2019
78
Grupo de Comunicação
Divisão do pré-sal pode comprometer meta
fiscal
Atraso em definição da forma de partilha de
recursos de megaleilão do petróleo pode colocar
em risco regra das contas públicas em 2020
Adriana Fernandes e Camilla Turtelli, O Estado de
S.Paulo
BRASÍLIA - Um atraso na definição da forma de
partilha dos recursos arrecadados com o
megaleilão do petróleo pode provocar um
verdadeiro descompasso entre receitas e
despesas no Orçamento do governo federal e
atrapalhar o cumprimento da meta fiscal em
2020.
O risco entrou no radar da equipe econômica por
causa da disputa no Congresso da divisão dos
recursos entre Estados, municípios e União.
Deputados querem alterar a divisão da
arrecadação do leilão que seria repassada para
Estados (15%) e municípios (15%), aumentando
a parcela para os prefeitos. Como mostrou o
Estado na edição do último sábado, há lideranças
também que querem diminuir a fatia da receita
que ficará com a União.
O acirramento da disputa pelos recursos, com a
proximidade do leilão, marcado para novembro,
pode retardar a aprovação da Proposta de
Emenda à Constituição (PEC) que trata do tema.
O assunto é tão sensível que senadores
ameaçam parar a votação da reforma da
Previdência após 1º turno devido ao risco de a
divisão ser alterada. Governadores pressionam
pelo cumprimento do acordo.
Se o leilão for realizado no dia 6 de novembro,
como o previsto, mas a partilha não tiver definida
até 27 de dezembro, quando o dinheiro terá que
entrar no caixa, os recursos que seriam
destinados aos Estados e municípios serão
computados como receitas da União, diminuindo
o rombo de 2019. Nesse cenário, o déficit deste
ano cairia para cerca de R$ 50 bilhões.
Mas, por outro lado, em 2020, o governo teria
que arcar com o repasse dos recursos para os
Estados e municípios, o que “arrebentaria” com o
Orçamento de 2020, segundo a área econômica,
já que o repasse é computado como despesa.
Cenários
Segundo um integrante da equipe econômica, o
melhor cenário para as contas públicas é a
expectativa de ágio (valor acima do mínimo
exigido pelo governo). Nesse caso, o consórcio
ganhador terá o direito de parcelar o valor a ser
pago em duas vezes. O parcelamento ajuda a
desafogar o resultado fiscal deste ano e também
o de 2020. Além disso, evita uma inscrição
grande de despesas no chamado “restos a pagar”
(transferidas de um ano para o outro), o que
pode acontecer já que o dinheiro só entra no
caixa no final de dezembro sem tempo para a
execução de gastos que estavam bloqueados.
Na semana passada, foi fechado um acordo entre
o ministro da Economia, Paulo Guedes, e os
presidentes Davi Alcolumbre (Senado) e Rodrigo
Maia (Câmara) para garantir o leilão com o
promulgação da PEC. Pelo acordo, dos R$ 106,5
bilhões do bônus de assinatura do leilão, a
Petrobrás ficará com R$ 33,6 bilhões. Outros R$
10,95 bilhões (15%) seriam repassados a
Estados; R$ 10,95 bilhões (15%) para os
municípios e R$ 2,19 bilhões (3%) seriam
distribuídos para o Rio. A União ficaria com a
fatia de R$ 48,9 bilhões. A equipe econômica
espera o cumprimento do acordo.
O Tribunal de Contas da União (TCU) ainda terá
que dar o aval para o leilão. A sessão estava
marcada para esta quarta-feira, mas foi adiada
para a próxima semana.
https://economia.estadao.com.br/noticias/geral,
divisao-do-pre-sal-pode-comprometer-meta-
fiscal,70003033265
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Data: 02/10/2019
79
Grupo de Comunicação
‘Estatais só criaram ineficiência, privilégio e
corrupção’, diz fundador da BR Partners
Para banqueiro, venda de ativos podem trazer
até R$ 200 bilhões, podendo dar impulso para o
crescimento econômico do Brasil
Entrevista com
Ricardo Lacerda, presidente da BR Partners
Fernando Scheller e Mônica Scaramuzzo, O
Estado de S.Paulo
À frente do fechamento de importantes negócios
em 2019 – como a venda da TAG, da Petrobrás,
à francesa Engie e da fatia do Grupo Pão de
Açúcar na Via Varejo ao empresário Michael Klein
e a outros sócios – o banqueiro Ricardo Lacerda,
da BR Partners, vê nas privatizações o caminho
para a retomada da economia. Ele estima a
injeção de capital com a venda de estatais de R$
150 bilhões e R$ 200 bilhões até o fim do
governo Bolsonaro.
Para Lacerda, trata-se não apenas de uma
oportunidade de injetar dinheiro na economia,
mas também de uma chance de mudar o
ambiente de negócios no Brasil. A privatização,
em sua opinião, vem para dar trazer mais
transparência ao País. “Empresa estatal brasileira
só serviu até hoje para criar ineficiência,
privilégio e corrupção.”
Leia, a seguir, os principais trechos da
entrevista:
A turbulência política atrapalha o crescimento da
economia?
Temos de separar a dinâmica política da
dinâmica de governo. A dinâmica política está
volátil e confusa. O presidente optou por um
discurso mais voltado aos “eleitores raiz”. E ele
faz isso de uma maneira muito direta e crua, via
rede social. Provavelmente ele busca garantir um
contingente mínimo de eleitores para a próxima
eleição, mantendo os fiéis à dinâmica de
governo. Mas vejo de maneira positiva que as
coisas no governo estão funcionando muito bem,
como a infraestrutura, a Economia e até o
Itamaraty, que assumiu uma postura mais
pragmática. Mas a economia não tem respondido
como se esperava.
Pode ser que os investidores estejam esperando
que a questão política fique mais clara antes de
voltar a investir no Brasil?
Acho que a demora na retomada econômica
reflete fatores estruturais e conjunturais. As
estruturais se referem à Constituição de 1988,
que criou uma série de privilégios. Já do lado
conjuntural, há a volatilidade do câmbio, que
prejudica o investimento. A retomada tem sido
lenta e gradual. Minha visão é que ela vai se
acelerar entre o fim deste ano e o início de 2020.
A equipe econômica tem uma visão muito clara
de reduzir o tamanho do Estado e trabalha para
isso. E o tamanho do Estado é a grande
desgraça, o grande câncer, que afeta o Brasil.
Nesse quesito específico, (o governo) está acima
das minhas expectativas.
Mas as falas do presidente não são um retrocesso
institucional?
Não. O Congresso está funcionando
perfeitamente, o Judiciário está funcionando
perfeitamente…
Mas a polêmica envolvendo Amazônia não deixa
o investidor com o pé atrás?
Desde que o Brasil perdeu o grau de
investimento, houve saída consistente de
recursos. O mundo hoje caminha para juros
negativos ou muito baixos. No Brasil, os juros
altos sempre foram uma forma de atrair dinheiro.
Talvez o investidor demore um pouco a entender
isso, mas vejo que estamos fazendo progresso
em mudanças estruturais, em e
desburocratização. O dinheiro (da venda das
estatais) pode trazer um vento de cauda muito
Data: 02/10/2019
80
Grupo de Comunicação
favorável para o Brasil, puxando o resto da
economia.
Há interesse do setor privado pelas estatais
brasileiras?
Há grande interesse. Já houve outras equipes
econômicas tão capazes quanto a atual, mas hoje
vemos um desejo real de implementar a redução
do Estado. Estamos vendo um trabalho de
atração de capital, sem pensar se as propostas
ferem grupos de interesse. O ministro da
Economia, Paulo Guedes, deixa muito claro que
não adianta gente da Fiesp chorar em Brasília
para ganhar privilégios. Isso já era.
O programa de privatizações deve dar o
empurrão para o crescimento econômico?
Acredito que sim. Durante muito tempo, o
grande ponto de atração de capital externo foram
os juros altos. Entre os investidores locais, a
queda dos juros trouxe o efeito benéfico de
transferir dinheiro para a Bolsa. E o governo está
fazendo muito para atrair capital estrangeiro, que
ainda não voltou. E entende que não adianta ter
uma política de transformar o Brasil em potência
industrial, que isso é coisa do século passado. A
redução do Estado é a chance do Brasil atrair o
investidor estrangeiro.
O que o sr. acha da velocidade de aprovação das
reformas?
A reforma da Previdência evitou que o País
quebrasse. As outras reformas, como a tributária
e a administrativa, vão eliminar limitações
estruturais para o crescimento.
O risco externo pode frear o crescimento?
Acredito que não. Há uma desaceleração global,
mas estamos muito menos dependentes de
capital estrangeiro do que em outros momentos.
Se conseguirmos a reduzir volatilidade do
câmbio, o dinheiro externo volta.
Quanto o pacote de privatizações pode trazer em
recursos?
Podemos levantar de R$ 150 bilhões a R$ 200
bilhões até o fim do governo Bolsonaro. Tenho
visto foco na melhora de resultados das estatais,
algo que nunca vi antes. Hoje o caminho do
Brasil é a redução do tamanho do Estado e o
fortalecimento do setor privado. Empresa estatal
brasileira só serviu até hoje para criar
ineficiência, privilégio e corrupção.
https://economia.estadao.com.br/noticias/geral,e
statais-so-criaram-ineficiencia-privilegio-e-
corrupcao-diz-fundador-da-br-
partners,70003032959
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Data: 02/10/2019
81
Grupo de Comunicação
Alsol e Aliança apostam em tecnologia
nacional para projeto solar flutuante
Coluna do Broadcast
Por Luciana Collet
Sai o importado, entra o produto nacional. A
Aliança Energia e a Alsol Energias Renováveis, do
grupo Energisa, instalaram uma usina solar
flutuante de 100 Kwp no reservatório da
Hidrelétrica Eliezer Batista, em Aimorés (MG),
que utiliza flutuadores com tecnologia 100%
nacional, na primeira iniciativa deste tipo até
agora. Atualmente, os flutuadores são fabricados
apenas por empresas estrangeiras, o que
encarece esse sistema para empreendedores
brasileiros.
Milhões envolvidos. O projeto em
desenvolvimento pelas empresas visa a
disponibilizar ao mercado um flutuador brasileiro
e sustentável, feito a partir de materiais
reciclados. Os modelos estão atualmente sendo
testados, de modo a aperfeiçoar a nacionalização
da tecnologia. No total, os investimentos
envolvidos neste projeto somam R$ 22 milhões.
https://economia.estadao.com.br/blogs/coluna-
do-broad/alsol-e-alianca-apostam-em-tecnologia-
nacional-para-projeto-solar-flutuante/
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Data: 02/10/2019
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Grupo de Comunicação
Diretora da Petrobrás, Andrea de Almeida é
a 49ª mulher mais poderosa do mundo
Executiva da estatal na área de Finanças, que
chegou ao ranking da revista norte-americana
'Fortune', trabalhou por 25 anos na Vale
Fernanda Nunes, O Estado de S.Paulo
RIO - Apontada pela revista Fortune como uma
das 50 mulheres mais poderosas do mundo, a
diretora Finanças e de Relações com Investidores
da Petrobrás, Andrea Marques de Almeida, está
sendo reconhecida por contribuir com a
recuperação financeira e de imagem da estatal,
após a crise provocada por escândalos de
corrupção, revelados na Operação Lava-Jato, da
Polícia Federal.
Para justificar a 49ª colocação concedida à
executiva, a revista norte-americana destacou
que Andrea tem um trabalho desafiador pela
frente: de reconstruir a empresa. A Fortune
ressaltou também que o custo da corrupção –
como com o ressarcimento de US$ 2,95 bilhões a
investidores dos Estados Unidos – não impediu
que a companhia fechasse o ano passado com
receita de US$ 95,6 bilhões e lucro de US$ 7,2
bilhões.
Entre as características de Andrea salientadas
pela revista está a responsabilidade de
supervisionar uma operação bilionária na
Petrobrás, que ocupa a 74º posição na lista
Fortune Global 500. A maior parte desse
investimento, nos próximos cinco anos, ocorrerá
no pré-sal.
Na Petrobrás desde março de 2019, a diretora já
sinalizou como será a condução das finanças da
empresa daqui para frente. Em evento recente
com investidores, disse que as metas para o ano
que vem são desafiadoras, para tornar a
companhia mais competitiva no exterior e
também no Brasil, que deve receber novos
investidores com a abertura do mercado, como o
de refino.
A Petrobrás fechou acordo com o Conselho
Administrativo de Defesa da Concorrência (Cade)
para vender ativos de gás natural e, assim
promover a desconcentração do mercado. Além
disso, quer se desfazer de metade da sua
capacidade de produção de derivados de
petróleo.
No mesmo encontro com investidores, ela
afirmou também que a petroleira merece ter de
volta o grau de investimento concedido pelas
agências de classificação de risco, perdida em
2015.
Sob sua gestão, em seis meses, a Petrobrás
alterou algumas regras de pagamento de
dividendos. Quando o endividamento bruto for
inferior a US$ 60 bilhões, os acionistas poderão
ficar com 60% da diferença ente o fluxo de caixa
operacional e os investimentos. Nesta semana,
ainda foi aprovada alteração no estatuto social da
empresa para deixar claro que o retorno aos
investidores poderá ser distribuído em até seis
meses. Até então, o compromisso era de três
meses.
No segundo trimestre deste ano, já com a
assinatura de Andrea, a Petrobrás registrou lucro
de R$ 18,86 bilhões, recorde para um trimestre.
Mas foi no setor de mineração, na Vale, e não no
mercado de petróleo, que a executiva construiu
sua carreira. Ela ingressou na mineradora há 25
anos, como trainee. “Aprendi muito enquanto
preparávamos a Vale para ser uma empresa
privada. Participar do crescimento de uma
empresa que basicamente produzia minério de
ferro para se tornar diversificada, não só em
produtos, mas em geografia e cultura, foi uma
grande oportunidade”, afirmou Marques em uma
campanha de comunicação promovida pela Vale
quando ainda fazia parte do quadro da
companhia.
Na mineradora, a executiva também ocupou
cargos de confiança na área financeira, embora
sua formação seja de engenheira de Produção
pela UFRJ, com pós-graduações em finanças e
em gestão. Quando deixou a mineradora, era
chefe de Tesouraria Global e, antes disso, foi
diretora Financeira da Vale Canadá. Também
Data: 02/10/2019
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Grupo de Comunicação
atuou na Vale como gerente e, no início da sua
vida profissional, como analista de Finanças.
“Meu principal desafio foi evoluir de um perfil
técnico para o de uma profissional capaz de
gerenciar recursos humanos ao redor do mundo”,
disse a atual diretora da Petrobrás sobre sua
história profissional.
https://economia.estadao.com.br/noticias/geral,
diretoradefinancas-da-petrobras-
andreadealmeidae-a-49-mulher-mais-poderosa-
do-mundo,70003033057
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Data: 02/10/2019
84
Grupo de Comunicação
Os ipês
Os ipês, em todas as suas cores, foram feitos por
Deus para mostrar a beleza, em qualquer idade.
Cabe a nós encontrá-la para dar sentido à nossa
vida!
Antonio Penteado Mendonça
O ipê roxo abre a sessão, entrando de sola com
suas flores arroxeadas logo na metade do ano.
Os ipês roxos são árvores com forte noção de
solidariedade, por isso estão plantadas em vários
cemitérios da cidade para deixar a eternidade
dos mortos mais bela e mais amiga, enfeitada
com suas flores deslumbrantes.
Depois, ainda que a ordem não seja
absolutamente correta, nem integralmente
respeitada, podemos seguir com os ipês rosas e
os ipês brancos, para finalizar com os ipês
amarelos.
Mas isso é muito mais ou menos. Tem sempre
um engraçadinho querendo chegar na frente dos
outros, o que quebra a sequência, confunde os
ipês e atrapalha a rotina das árvores, que se
perdem na quebra da ordem.
Os ipês rosas são deslumbrantes e completam o
cenário criado pelos ipês roxos. Com eles, o
contraste com o céu atinge um ponto de conto de
fadas e aí tanto faz se o trânsito anda ou não
anda. Ficar vendo as árvores floridas paga todos
os preços.
Os ipês brancos são os mais delicados, os mais
suaves, mas sua florada atinge uma intensidade
de sonho, como se a neve que não cai no Brasil
tomasse suas flores de assalto para mostrar o
que o branco mais branco pode fazer para a
felicidade dos seres humanos.
Os ipês amarelos falam de lendas, de Eldorados,
de Lagoas Douradas, de entradas, bandeiras e
monções que partiam de São Paulo para arrancar
do fundo dos sertões o ouro que mudou a cara
do mundo.
Suas flores amarelas remetem aos rudes
europeus que desembarcaram no Brasil, atrás de
aventuras e riquezas.
Os ipês são únicos. Deus os fez florir no outono e
no inverno para mostrar que a beleza não tem
época, nem idade, e que compete a cada um de
nós encontrá-la para dar sentido à própria vida.
https://economia.estadao.com.br/blogs/antonio-
penteado-mendonca/os-ipes/
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Data: 02/10/2019
85
Grupo de Comunicação
“Desaquecimento global” derruba projeções
para comércio. Mais um complicador
Cida Damasco
A Organização Mundial do Comércio (OMC)
confirmou nesta terça-feira o quadro traçado há
poucos dias pela Organização de Cooperação e
Desenvolvimento Econômico (OCDE). A economia
mundial perde fôlego e pioram as projeções tanto
para 2019 como para 2020. Segundo as novas
projeções da OCDE, o crescimento do comércio
global foi reduzido de 2,6% para 1,2% neste ano
e, no ano que vem, de 3% para 2,7%. E o PIB
deverá repetir um crescimento de 2,3% tanto em
2019 como em 2020, abaixo dos 2,6% esperados
anteriormente.
A causa central dessas revisões é a persistente
guerra comercial entre Estados Unidos e China,
cujos efeitos vêm se espalhando por todo o
mundo, num cenário marcado pela integração
das economias — o exemplo extremo é o das
empresas americanas que fornecem
componentes e/ou matérias-primas para as
chinesas e, em razão das barreiras erguidas pelo
governo Trump, também acabam prejudicadas.
Além disso, há o enfraquecimento das economias
europeias, com destaque para as incertezas
trazidas pelo Brexit.
A região da América do Sul e Central não foge à
regra do desaquecimento global: as importações
de mercadorias deverão cair 0,7% em volume,
em 2019, com maior peso dos negócios na
Argentina e no Chile, e aumentar 4,5% em 2020.
E as exportações da região deverão crescer 1,3%
neste ano, e apenas 0,7% no próximo.
Enfim, o quadro que sai dessas estatísticas,
embora não seja surpreendente para quem
acompanha o andar da economia internacional,
traz algumas preocupações. No caso do Brasil,
em particular, a questão é que a demanda
externa internacional não ajuda a contrabalançar
a paradeira da demanda interna — ainda que não
se espere nenhum desastre. Com o governo
enredado em problemas fiscais e disposto a
dobrar a aposta de combate aos gastos, não há
expectativa de um forte impulso ao consumo
interno a curto prazo — mesmo considerando-se
a intenção declarada de atacar alguns gastos
obrigatórios, para abrir espaço, por exemplo, a
investimentos. Daí porque, nesse momento, seria
crucial contar com um avanço significativo da
demanda externa. Pelo visto, não será o caso.
https://economia.estadao.com.br/blogs/cida-
damasco/desaquecimento-global-derruba-
projecoes-para-comercio-mais-um-complicador/
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Data: 02/10/2019
86
Grupo de Comunicação
Onda de desinformação sobre índios inclui
falsa venda de reserva para empresa
irlandesa
Contrato foi anulado pela Justiça e era, na
verdade, para venda de créditos de carbono
Projeto Comprova
É falso um texto compartilhado no Facebook
afirmando que terras indígenas em Rondônia
teriam sido vendidas para uma organização
irlandesa e que a negociação teria sido anulada
pela Justiça.
Na realidade, um contrato para a venda de
créditos de carbono, celebrado entre uma
empresa irlandesa e uma associação indígena, foi
suspenso em 2012 por decisão judicial provisória,
a pedido da Advocacia Geral da União (AGU).
O contrato previa que a empresa irlandesa teria
os direitos sobre os créditos de carbono gerados
pela preservação da floresta pelos indígenas nos
trinta anos seguintes. No entendimento da
Justiça, os termos do acordo seriam ilegais e
abusivos.
Caso fosse um contrato de venda, ele também
seria considerado ilegal, pois a Constituição não
permite a venda de terras indígenas.
O contrato foi assinado em 2011 pela irlandesa
Celestial Green Ventures PL e a Associação
Indígena Awo “Xo” Hwara, organização que é
apontada no documento como representante das
terras indígenas de Igarapé Lage, Rio Negro-
Ocaia e Igarapé Ribeirão, localizadas em
Guajará-Mirim, em Rondônia. A Celestial Green
Ventures já havia feito negociações semelhantes
no mesmo período com outros povos indígenas.
O valor total do contrato era de US$ 13 milhões,
que seriam pagos à associação indígena em
parcelas anuais de US$ 445 mil, ao longo de 30
anos. No entanto, nada chegou a ser pago,
porque a venda de créditos de carbono foi
anulada pela Justiça Federal em Rondônia em
2012, a pedido da AGU.
Um dos argumentos foi de que a Fundação
Nacional do Índio (Funai) não participou da
articulação. Segundo a legislação, as terras são
de uso exclusivo dos indígenas e o
aproveitamento dos recursos só pode ser
efetivado se o governo federal concordar.
A anulação do contrato foi confirmada em 2018,
decisão a que se refere o texto verificado pelo
Comprova. O processo transitou em julgado em
junho de 2019, ou seja, não cabe mais recurso.
Esta verificação do Comprova analisou um texto
publicado no site Terça Livre, compartilhado em
uma página de apoio ao ministro Sergio Moro e
pela página República de Curitiba no Facebook.
Falso para o Comprova é o conteúdo divulgado
de modo deliberado para espalhar uma mentira.
Como verificamos
Para esta verificação, o Comprova consultou o
andamento do processo de número 0012239-
70.2012.4.01.4100 no site da Justiça Federal em
Rondônia (Para visualizar os documentos, você
deve acessar a área “inteiro teor”).
Além disso, entramos em contato com as
assessorias de imprensa da Funai e da AGU e
ouvimos Pedro Soares, gerente de REDD+
(Redução das Emissões por Desmatamento e
Degradação) da ONG Instituto de Conservação e
Desenvolvimento Sustentável da Amazônia
(Idesam).
Também foi contatado Raul Silva Telles do Valle,
diretor de Justiça Socioambiental da ONG
internacional World Wide Fund for Nature,
conhecida pela sigla WWF.
O Comprova não conseguiu acesso à íntegra do
contrato entre a Celestial Green e a Associação
Indígena Awo “Xo” Hwara.
Através de pesquisas pelo CNPJ da empresa no
site da Receita Federal, foi possível encontrar
dois cadastros de 1997 com o nome da
associação, um deles inativo desde 2008 e o
outro ativo. Porém, o Comprova não conseguiu
Data: 02/10/2019
87
Grupo de Comunicação
contato com a entidade através dos telefones que
estão disponíveis.
Você pode refazer o caminho da verificação do
Comprova usando os links para consultar as
fontes originais.
O que é o mercado de créditos de carbono
O mercado de créditos de carbono do Redução
das Emissões por Desmatamento e Degradação
(Redd) prevê que uma entidade pode pagar outra
por ela ter evitado a emissão de gases que
provocam o efeito estufa (por meio de ações
como a redução do desmatamento). Cada crédito
é equivalente ao aquecimento global causado por
uma tonelada métrica de dióxido de carbono
(CO2).
O Redd é um mecanismo voltado para o
pagamento daqueles que preservam florestas,
reconhecendo que mantê-las de pé ajuda a
conter a emissão de gases estufa. O conceito
vem sendo desenvolvido desde 2003 nas
Conferências do Clima organizadas pela
Organização das Nações Unidas (ONU). Umas das
discussões é de que maneira países
desenvolvidos podem remunerar países em
desenvolvimento que conservam suas florestas.
Por que o contrato foi anulado?
Segundo as decisões dos juízes, há dois
argumentos principais para a anulação do
contrato: o fato de que a lei prevê consulta às
comunidades indígenas nas negociações e que a
Funai deveria ter sido contatada. Para isso, usam
como base o artigo 8º do Estatuto do Índio e o
artigo 231 da Constituição Federal.
Também foi apontado que o uso das terras
indígenas é exclusivo dos povos indígenas e que,
apesar do direito ao uso, as terras são da União.
A juíza Laís Durval Leite, responsável pela
sentença de 2018, avaliou que não pode haver
exploração comercial das terras indígenas, pois,
ao garantir esse direito, o objetivo é de preservar
a cultura e as tradições desses povos. A juíza
classificou ainda como “abusiva” a cláusula do
contrato “que impede o uso da terra, dos rios e
dos lagos pelos seus ocupantes tradicionais”.
Em entrevista ao Comprova, Pedro Soares,
gerente de REDD+ do Idesam, afirmou que os
projetos de Redd deveriam prever apenas ações
para redução de desmatamento ilegal e
atividades que vão contra o plano de gestão
dessas terras. “Qualquer coisa fora disso, que vá
restringir atividades tradicionais, é errada e não
pode ser feita dentro de um contrato do tipo”,
disse.
Em entrevista ao Comprova, o diretor de Justiça
Socioambiental da WWF, Raul Silva Telles do
Valle, afirmou que, em geral, indígenas deveriam
ter o direito de comercializar créditos de carbono
de suas terras. “Se eles têm o direito de usar a
terra, eles podem decidir se pode desmatar ou
não. (…) Assim como, se explorar madeira, eles
que vão vender. (…) Nessa mesma lógica, o
carbono não é algo em si, mas é a ação de abrir
mão de desmatar e de isso ser reconhecido por
terceiros como um benefício para a humanidade”,
afirmou.
Em 2012, antes da primeira decisão que
suspendia o contrato, a Funai consultou a
Advocacia-Geral da União (AGU) sobre a
possibilidade de vender créditos de carbono em
terras indígenas. A AGU afirmou que era
necessário debater a questão para definir leis e
políticas públicas a respeito.
A AGU apontou risco nesse tipo de contrato por
questões como a dificuldade de confirmar que
essas organizações indígenas representem os
povos indígenas envolvidos, além de “violações
que têm sido verificadas à autonomia e aos
direitos dos povos indígenas”.
Tanto a Constituição Brasileira, quanto a
Convenção 169 da OIT (Organização
Internacional do Trabalho), que trata de povos
indígenas e tribais, preveem a criação de um
protocolo de que defina o que deve ser
considerado consulta oficial a um povo indígena.
O protocolo das terras indígenas envolvidas no
contrato foi publicado na última sexta-feira, 27.
Imagem aérea, tirada em 21 de agosto de 2019,
mostra trecho da floresta amazônica desmatado
perto de Porto Velho, Rondônia Foto: Ueslei
Marcelino
O que é a Celestial Green Ventures?
A Celestial Green Ventures era uma empresa que
dizia se dedicar a financiar projetos de
compensação de carbono, ou seja, iniciativas de
reflorestamento ou preservação de florestas com
o objetivo de compensar a emissão de gás
Data: 02/10/2019
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Grupo de Comunicação
carbônico por empresas. A informação está em
documento enviado pela Celestial Green Ventures
para o site de jornalismo investigativo Agência
Pública em 2012.
De acordo com reportagem do ‘Estado’ de 2012,
no mesmo período, a Funai registrava 30
projetos semelhantes. Deles, 16 eram com a
empresa irlandesa.
Segundo dados disponíveis no site do Companies
Registration Office, órgão do governo irlandês
para registro de empresas, a Celestial Green
Ventures foi criada em Dublin, capital irlandesa,
em 2010, mas foi liquidada em 2016.
Em que contexto foi feito o contrato?
Os contratos entre a Celestial Green e diferentes
povos indígenas foram feitos no contexto do
avanço do debate sobre o Redd, que seria uma
recompensa em dinheiro a governos, pessoas
jurídicas ou projetos que tenham reduzido sua
emissão de gases estufa, por meio da redução do
desmatamento.
Um dos mecanismos do Redd é o mercado
voluntário de créditos de carbono – chamado
assim porque os créditos obtidos por meio dele
não podem ser considerados nas metas de
redução de emissões que os países tenham que
cumprir. Nele, pessoas jurídicas e projetos
podem vender créditos de carbono fiscalizados
por entidades independentes da ONU.
O que diferencia o mercado voluntário do
mercado obrigatório (ou regulado) é que ele não
está atrelado aos acordos internacionais
vigentes. Para o Redd, isso muda em 2020,
quando entra em vigor o Acordo de Paris, e ele
passará a integrar o mercado regulado.
De acordo com Pedro Soares, da ONG Idesam, o
contrato da Celestial Green era um projeto mal-
intencionado e mal feito. “Ela (a empresa) tentou
se aproveitar de um mecanismo (Redd) em
construção para um benefício próprio. A gente
acredita que, se houvesse regulamentação de
Redd no Brasil, esse projeto [da Celestial Green]
nunca teria chegado no estágio em que chegou”,
afirmou Soares.
Sobrevoo em aérea desmatada mostra árvore
que resistiu as queimadas na Amazônia, perto de
Porto Velho, em Rondônia. Foto: Bruno Kelly /
Reuters
O que a legislação brasileira diz a respeito do
Redd?
Não existe legislação federal no Brasil que defina
as regras de Redd, tampouco suas
particularidades em relação a povos indígenas.
Alguns estados, como Acre, Rondônia, Amazonas
e Mato Grosso, criaram leis estaduais sobre o
tema.
Em 2015, a portaria nº 365 do Ministério do Meio
Ambiente instituiu o Programa de Monitoramento
Ambiental dos Biomas Brasileiros e, no ano
seguinte, o governo brasileiro lançou sua
Estratégia Nacional para REDD+. Apesar disso,
não há lei que especifique as regras de como isso
deve ocorrer.
Mercado obrigatório de crédito de carbono
O mercado obrigatório de créditos de carbono
consiste atualmente no Mecanismo de
Desenvolvimento Limpo (MDL), que entrou em
vigor em 2005 e foi previsto pelo Protocolo de
Kyoto. O MDL é regulado pela ONU. Por meio
dele, países desenvolvidos apoiam projetos de
redução de emissões de gases estufa em países
em desenvolvimento, como o Brasil, com o
objetivo de cumprir suas metas ambientais.
Repercussão nas redes
O Comprova verifica conteúdos duvidosos sobre
políticas públicas do governo federal que tenham
grande potencial de viralização.
O texto foi publicado no site Terça Livre no início
de setembro, mas só foi compartilhado nas
páginas República de Curitiba e Sérgio Moro no
dia 26. Até o dia 1 de outubro, tinha 6 mil
compartilhamentos e 3,3 mil curtidas na primeira
e 2,7 mil compartilhamentos e 4,9 mil curtidas
na segunda.
https://politica.estadao.com.br/blogs/estadao-
verifica/onda-de-desinformacao-sobre-indios-
inclui-falsa-venda-de-reserva-para-empresa-
irlandesa/
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Data: 02/10/2019
89
Grupo de Comunicação
Após ataque de Bolsonaro na ONU,
campanha de desinformação nas redes
atinge cacique Raoni
Publicação apresenta dados falsos sobre líder
indígena e destinação de recursos a comunidades
indígenas
Marina Cardoso, especial para o Estado
São falsas as alegações de que o cacique Raoni
Metuktire tenha dado um golpe na empresa The
Body Shop e de que não more mais no Brasil.
Intitulado “A farsa chamada Raoni”, um texto de
autoria desconhecida ganhou visibilidade nas
redes sociais ao ser compartilhado em três perfis
diferentes no Facebook entre os dias 27 e 28 de
setembro. A publicação sugere que o líder
indígena usou US$ 10 milhões que teriam sido
doados pela empresa de cosméticos inglesa para
comprar carros de luxo e máquinas de garimpo.
Tudo falso.
Para checar as informações, o Estadão Verifica
entrou em contato com o coordenador-geral do
Instituto Raoni, Edson Santini, que desde 2009 é
responsável pela contabilidade da organização e
nega qualquer repasse dos valores mencionados.
Também procurada, a The Body Shop no Brasil
divulgou nota na qual afirma desconhecer “as
informações recentemente expostas em grupos
de WhatsApp”. Confira checagem completa:
O texto afirma que Anita Roddick, fundadora da
The Body Shop, determinou que a empresa não
abrisse nenhuma loja no Brasil “por conta da
maior decepção da sua vida”, e acrescenta que a
marca só chegou ao Brasil após a morte da
empresária, em 2017.
Anita, porém, faleceu dez anos antes, em 2007,
e a marca chegou ao país em 2014, após uma
parceria com a rede brasileira Empório Body
Store. Em setembro de 2017, foi comprada pela
Natura Cosméticos.
A publicação cita ainda que a “desoladora
experiência” está descrita em um dos livros
publicados pela empresária. Em Business as
Unusual — The Triumph of Ann Roddick
(disponível na Open Library), Raoni nem sequer é
mencionado. O livro cita, sim, a experiência da
empresária no Brasil, mas relata apenas o
encontro com dois líderes caiapós: Paulinho
Paiakan e Pykative Pykatire.
Os dois eram líderes de uma região ao sul do
Pará, enquanto Raoni é de uma aldeia na terra
indígena no norte de Mato Grosso. Outra
informação equivocada é a de que Raoni seria da
“tribo yanomami” – presente nos Estados de
Roraima e Amazonas –, quando na verdade, ele
é caiapó, grupo indígena dos Estados de Mato
Grosso e Pará.
Há informações erradas também no seguinte
trecho: “Encantada com toda aquela natureza e
após tomar banho pelada no rio Negro em
companhia das índias (imagina isso na cabeça de
uma inglesa), ela determinou que a sua empresa
realizasse doações de 10 milhões de dólares
através da ONG Cobra Coral para comprar
remédios e instalar ambulatórios e escolas nas
comunidades indígenas”. A tribo de Raoni está
localizada na bacia do Xingu, e não no rio Negro.
Já a “ONG Cobra Coral” parece ser referência à
Fundação Cacique Cobra Coral, instituição
fundada por Ângelo Scritori, já falecido, que se
apresentava como médium. Procurada pela
reportagem, a fundação não se posicionou sobre
o assunto.
A única organização diretamente ligada ao
cacique é o Instituto Raoni, fundado em 2001,
com sede no município de Peixoto Azevedo (MT).
A instituição é responsável por gerenciar projetos
nas áreas de monitoramento, fiscalização e
vigilância de terras indígenas, geração de renda e
sustentabilidade na cadeia produtiva. Edson
Santini, coordenador-geral do instituto, afirma
que o financiamento se dá por editais e pelo
Fundo Amazônia.
Data: 02/10/2019
90
Grupo de Comunicação
Desde o discurso na Assembleia-Geral da
Organização das Nações Unidas, os ataques do
presidente Jair Bolsonaro ao cacique Raoni têm
ganhado repercussão. Mais recentemente, ele
afirmou que o líder indígena “não fala por todos
os índios“. Em outra ocasião, Bolsonaro disse que
Raoni foi “cooptado” por chefes de Estado.
A íntegra do comunicado da The Body Shop é a
seguinte:
“A The Body Shop desconhece as informações
recentemente expostas em grupos de WhatsApp
e esclarece que Dame Anita Roddick, fundadora
da companhia, foi pioneira no segmento de
beleza sustentável no mundo. Em 1987, ela
lançou o programa Trade not Aid, hoje conhecido
como Community Trade, ou Comércio com
Comunidades, vigente até hoje na The Body
Shop, que consiste na compra de acessórios e
ingredientes naturais de comunidades produtoras
por um preço justo, permitindo que elas se
desenvolvam social e economicamente.
Por meio desse programa, a The Body Shop já
comprou óleo de castanha de uma etnia na
Amazônia brasileira, assim como já o fez em
outros países. Hoje a The Body Shop conta com
diversas comunidades produtoras de ingredientes
no mundo todo, incluindo o Brasil com a
comunidade de óleo de babaçu na região do Lago
do Junco, no Maranhão, relação essa que existe
há mais de 20 anos.
Antes de Anita falecer, ela e o marido, Gordon,
conheceram os fundadores da Natura em uma de
suas vindas ao Brasil. A marca abriu suas
primeiras lojas no país em 2014, três anos antes
da aquisição da The Body Shop pela Natura”.
A Agência Lupa também verificou esse conteúdo.
Esta checagem foi feita por meio da parceria
entre Estadão Verifica e Facebook. Para sugerir
verificações, envie uma mensagem para o
número (11) 99263-7900.
https://politica.estadao.com.br/blogs/estadao-
verifica/apos-ataque-de-bolsonaro-na-onu-
campanha-de-desinformacao-nas-redes-atinge-
cacique-raoni/
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Data: 02/10/2019
91
Grupo de Comunicação
O caso Amazônia: como as declarações do
Executivo ecoam no Legislativo?
Carolina Corrêa
Há um consenso mundial a respeito da
importância de se preservar a Floresta
Amazônica, cuja maior parte se situa em
território brasileiro. Inevitavelmente, a atenção
internacional em relação a esta matéria
aumentou desde que Bolsonaro assumiu a
Presidência – membros do seu Governo têm
insistido em declarações polêmicas, ao citar, por
exemplo, o Fundo Amazônia e a atuação de
ONGs na região. Essa situação foi agravada pelo
aumento de 70% nos focos de incêndio em
florestas brasileiras, sendo que mais da metade,
segundo dados do INPE, ocorreu no território
amazônico. Em seu recente discurso na
Assembleia Geral da ONU, Bolsonaro dedicou
parte significativa para tratar da Amazônia
brasileira – o pronunciamento, no mínimo, dividiu
opiniões sobre a estratégia ambiental adotada
em seu Governo.
Se o Executivo brasileiro sinaliza com políticas
ambientais consideradas negativas no plano
internacional, com projetos inconsistentes e com
a inexistência de plano integrado de
desenvolvimento sustentável, cabe ao Legislativo
a tarefa institucional de restabelecimento do
equilíbrio e da racionalidade no processo político
nacional. Conforme já salientado aqui, o Poder
Legislativo é uma peça fundamental no que diz
respeito às políticas públicas ambientais – soma-
se a isso o fato de o Legislativo ter como uma de
suas funções a fiscalização do Poder Executivo.
Em alguma medida, pode-se dizer que há sinais
de empenho dos parlamentares no
enfrentamento das questões ambientais; dentro
de suas atribuições, estes atores políticos
procuram reagir às decisões e declarações
oriundas da Presidência da República.
Alguns exemplos ilustram essa atuação
legislativa. Tramita na Câmara dos Deputados o
Projeto de Lei 4387/2019, do deputado Capitão
Alberto Neto (PRB-AM), que visa a dar amparo
legal ao Fundo Amazônia, ressaltando a
necessidade de sua instituição por Lei. Seu teor,
de modo geral, tem o mérito de fazer desse
plano de captação de doações uma política de
Estado, imune às oscilações no governo.
Criado a partir do Decreto 6.527/2008, para
receber doações destinadas a ações de
conservação e combate ao desmatamento na
floresta, o Fundo Amazônia é gerido pelo BNDES.
Ter sido criado por Decreto compromete a
segurança jurídica dos seus contratos, já que a
sua manutenção fica comprometida a cada troca
de governo. Essa instabilidade ficou bastante
clara quando o atual ministro do Meio Ambiente,
Ricardo Salles, afirmou que pretendia assinar um
novo Decreto para alterar as normas do Fundo.
Sua pretensão era permitir que esses recursos
pudessem ser utilizados para outros fins, como o
pagamento de indenizações a donos de
propriedades privadas que vivem em áreas de
Unidade de Conservação – o que, para ele,
facilitaria a regularização fundiária. Essa e outras
declarações fizeram com que a Alemanha e a
Noruega, os maiores contribuintes do Fundo,
bloqueassem suas doações.
Em reação, alguns deputados, como Nilto Tatto
(PT-SP) e Edmilson Rodrigues (PSOL-PA),
apresentaram requerimentos solicitando que o
ministro Salles comparecesse em audiências
públicas de Comissões Permanentes a fim de
prestar esclarecimentos sobre as possíveis
alterações no Fundo Amazônia. O ministro fez-se
presente em uma audiência pública conjunta, da
CMADS e da CINDRA, no dia 07 de agosto.
Recentemente, a Comissão Mista Permanente
sobre Mudanças Climáticas (CMMC) também
promoveu audiências públicas sobre temas
ambientais que reverberam no debate público –
no dia 18 de setembro, debateu a situação do
Fundo Amazônia; no dia 25 de setembro,
recebeu convidados para abordar o
monitoramento dos desmatamentos e
queimadas.
Data: 02/10/2019
92
Grupo de Comunicação
Em setembro, a Câmara dos Deputados criou
uma Comissão Externa destinada a avaliar e
monitorar as políticas públicas ambientais, a
qualidade da sua execução e seus impactos
socioeconômicos. Seu intuito é propor políticas
para a integração do meio ambiente com a
economia nacional, no âmbito dos Ministérios do
Meio Ambiente, da Economia, da Agricultura,
Pecuária e Abastecimento e Relações Exteriores.
O Coordenador da Comissão é o deputado Daniel
Coelho (CIDADANIA/PE) e sua relatora é a
deputada Tábata Amaral (PDT-SP).
No Senado, tramitam dois pedidos de criação de
CPI cujo foco é a região amazônica. No dia 27 de
agosto, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), líder da
oposição no Senado, anunciou ter protocolado o
pedido de CPI para apurar o desmatamento, as
queimadas e os motivos que levaram o Governo
a perder os recursos de países que doavam ao
Fundo Amazônia – vale lembrar que, no dia 22
de agosto, a bancada da Rede, partido do
Senador Randolfe, protocolou um pedido de
impeachment no STF contra o ministro Ricardo
Salles. No dia 17 de setembro, o Senador Plínio
Valério (PSDB-AM) solicitou, em Plenário, a
instalação de uma CPI para investigar a atuação
de ONGs na Amazônia. O Senador afirmou que
muitas instituições arrecadam dinheiro no
exterior para investir na preservação da floresta,
mas, na verdade, utilizam as doações para outros
fins. Em princípio, trata-se de uma reação do
Governo às iniciativas do Legislativo em defesa
de políticas ambientais consistentes e
sustentáveis, pois o discurso desse Senador vai
ao encontro justamente daquilo que tem sido dito
por Bolsonaro.
Como mostram esses exemplos – apenas os
principais e mais recentes – o Legislativo
brasileiro vem atuando de duas maneiras
enquanto componente crucial do sistema de
pesos e contrapesos na questão ambiental: (1)
busca dialogar com o Poder Executivo,
especialmente com o Ministério do Meio
Ambiente, a respeito das propostas e declarações
que têm sido apresentadas pelo Governo, na
tentativa de contribuir para a formulação de um
plano de política ambiental mais sólido; e (2)
procura respostas, dentro do debate público,
para os diferentes questionamentos sobre a
questão ambiental, advindos do Governo, da
oposição, de entidades ambientalistas e da
população em geral. Em meio à crise política que
já dura alguns anos e às trepidações sofridas
pela arquitetura institucional da democracia
brasileira nesse período, temos indicações de que
o Poder Legislativo é um espaço crucial de debate
sobre as diferentes visões a respeito do meio
ambiente e do desenvolvimento sustentável.
Portanto, as falas inconsistentes do Executivo,
pelo menos nesse caso, ecoam com algum grau
de racionalidade no Legislativo.
https://politica.estadao.com.br/blogs/legis-
ativo/o-caso-amazonia-como-as-declaracoes-do-
executivo-ecoam-no-legislativo/
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Data: 02/10/2019
93
Grupo de Comunicação
Antes do Sínodo, bispo católico prega ‘não’
à mineração e grandes obras na Amazônia
D. Evaristo Spengler cobrou, durante audiência
na Câmara dos Deputados, a 'suspensão
imediata da implementação de megaprojetos que
agridem o bioma da região'
Felipe Frazão, O Estado de S.Paulo
BRASÍLIA - Em uma prévia de como o clero vai
se posicionar durante o Sínodo da Amazônia, o
bispo do Marajó (PA), d. Evaristo Spengler,
integrante da comitiva brasileira que viaja ao
Vaticano na próxima semana para a assembleia
especial com o papa Francisco, manifestou nesta
terça-feira, dia 1º, um pedido de rechaço à
mineração e a grandes obras na região, o que vai
contra planos do governo Jair Bolsonaro. O bispo
cobrou, durante audiência na Câmara dos
Deputados, a "suspensão imediata da
implementação de megaprojetos que agridem o
bioma da Amazônia".
"Queremos pedir um não a projeto de mineração
em territórios indígenas, não ao garimpo legal e
ilegal na Amazônia, não à regularização de novos
garimpos. Não às rodovias, ferrovias e
hidrelétricas que destroem o meio ambiente.
Nenhum grande projeto pode ser implantando
sem a consulta prévia, livre e informada".
Mais cedo, o presidente Jair Bolsonaro, que já
admitiu monitorar a preparação do sínodo por
suspeita de ameaças à soberania brasileira,
conversou com um grupo de garimpeiros em
frente ao Palácio do Planalto e criticou o interesse
estrangeiro na floresta. "O interesse na Amazônia
não é no índio e nem na porra da árvore, é no
minério", afirmou Bolsonaro. O presidente
cogitou mobilizar as Forças Armadas para
assegurar a possibilidade de exploração mineral
na região de Serra Pelada, sul do Pará. Além
disso, o governo Bolsonaro prepara na Secretaria
de Assuntos Estratégicos o programa Barão do
Rio Branco, que inclui a construção da Ponte de
Óbidos, de uma hidrelétrica no Rio Trombetas e a
expansão da BR-163.
A Igreja nega ser a favor da internacionalização
da Amazônia. O bispo afirmou que a Igreja
conhece bem a região porque “mergulhou na
Amazônia” e que os missionários “chegam onde o
Estado não chega”. Spengler voltou a dizer que
as lideranças católicas que defendem direitos
humanos e da terra são "criminalizadas e
tratadas como inimigos da pátria" - uma
referência a críticas feitas por integrantes do
governo federal ao sínodo e os documentos
preparatórios. "Há uma inversão total de
valores", reclamou Spengler.
O representante da Igreja anunciou que a Rede
Eclesial Pan-Amazônica (Repam-Brasil) e a
Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB)
vão lançar logo após o Sínodo uma campanha
por mais proteção aos defensores. O clérigo
solicitou que a Câmara "se empenhe e reforce o
programa de proteção a defensoras e defensores
de direitos humanos, socioambientais e
indígenas, hoje ameaçados de morte por sua
luta".
"Esses defensores de direitos confrontam com
grupos econômicos poderosos que violam normas
do direito nacional e internacional. Para garantir
seus objetivos, esses não têm escrúpulo em
eliminar vidas quando cruzam seus interesses",
denunciou o bispo. "É imprescindível para manter
a floresta em pé e a vida dos povos preservada
que suas lideranças e comunidades ameaçadas
estejam efetivamente protegidas de todo tipo de
violência e ameaça que hoje estão sofrendo."
A Igreja também pediu a criação de políticas
públicas de financiamento de iniciativas
econômicas que valorizem o projeto
socioambiental em detrimento de "projetos de
exploração predatória".
Data: 02/10/2019
94
Grupo de Comunicação
"Há necessidade de criar linhas de financiamento
público para que as comunidades tradicionais e
os povos indígenas possam desenvolver seus
meios de vida garantindo a floresta em pé. Até
hoje, só acontece financiamento público para
projetos predatórios e pessoas que não são da
Amazônia. Nessa perspectiva, também é muito
importante que se invista em políticas públicas
para valorização dos produtos que mantenham a
floresta em pé e que possam ter efetivamente a
preservação da própria identidade, até com
patente dos produtos da Amazônia. Se não os
japoneses vão patenteá-los.”
Governo Bolsonaro coloca soberania em risco, diz
bispo católico
D. Evaristo Spengler, rebateu nesta terça-feira,
dia 1º, a tese de integrantes do governo Jair
Bolsonaro segundo os quais o Sínodo da
Amazônia, assembleia especial convocada pelo
papa Francisco, pode ameaçar a soberania
nacional. Para o bispo, a Igreja e o governo
falam “em campos opostos”, e as iniciativas de
Bolsonaro é que deixam “em risco” a soberania
do País.
Um dos integrantes da comitiva brasileira que
viaja ao Vaticano na próxima semana, o bispo
Spengler criticou o acordo entre os governos do
Brasil e dos Estados Unidos para exploração
comercial da base de lançamentos espaciais de
Alcântara (MA) e a procura do presidente por
parceiros internacionais “do primeiro mundo”
para explorar riquezas minerais em terras
indígenas.
“Levanta-se uma suspeita: se o sínodo ameaça a
soberania nacional. Minha pergunta: quem é que
está entregando a base de Alcântara? Quem é
que está chamando mineradoras norte-
americanas e estrangeiras para vir explorar a
Amazônia? Não é a Igreja. Então quem está
colocando a soberania em risco não é a Igreja.
Talvez seja esse governo que está colocando a
soberania do Brasil em risco”, afirmou d. Evaristo
Spengler, durante audiência na Câmara dos
Deputados. “A Igreja, pelo contrário, defende os
povos que vivem na Amazônia, defende os povos
indígenas, e quer a relação do ser humano com o
meio ambiente seja de harmonia, não de
destruição. Então, estamos falando em campos
opostos. E a Igreja mantém e reafirma a sua
decisão de dizer que a soberania é brasileira,
mas nós queremos defender o meio ambiente,
porque isso foi criado por Deus e nós somos
corresponsáveis por tudo que Deus criou.”
O clérigo reconheceu que, apesar de não ser um
fórum internacional de governantes, mas uma
assembleia interna, o sínodo terá repercussões
“para fora”. Atualmente, a maior preocupação do
governo, sobretudo de diplomatas e militares,
são com as resoluções do pontífice após o sínodo.
O presidente já disse que a Agência Brasileira de
Inteligência (Abin) monitora a preparação do
encontro, que, para ele “tem muita influência
política”.
O secretário executivo do Conselho Indigenista
Missionário (Cimi), Cleber César Buzatto, disse
que o papa Francisco sugere, com o sínodo, a
criação de uma alternativa à sociedade do
consumo capitalista e também criticou o governo
Bolsonaro.
“O papa Francisco nos propõe que construamos
um novo modelo de sociedade, onde a
sobriedade feliz seja a razão de existência e do
futuro, uma sociedade do bem viver como
alternativa à sociedade do consumo, do acúmulo
sem fim, da desigualdade absoluta, sociedade
esta produzida pelo sistema capitalista e seu
modelo neoliberal, ao qual o governo Bolsonaro é
subserviente. Por isso que o governo discursa e
age com essa intencionalidade de destruir a vida
e os projetos de futuro dos povos da Amazônia, a
fim de atender a interesses financeiros de
corporações empresariais internacionais da
mineração, do agronegócio e outros setores
financistas.”
Data: 02/10/2019
95
Grupo de Comunicação
Martha Bispo, secretária executiva da
Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB)
Nordeste 5, no Maranhão, fez críticas a um
sistema “que destrói e mata a Amazônia” e
defendeu que as comunidades locais sejam
ouvidas pelo governo para “administrar melhor o
Brasil”. Ela rejeitou interferências estrangeiras na
floresta.
“Não queremos uma Amazônia dos Estados
Unidos, não queremos uma Amazônia europeia.
Queremos uma Amazônia brasileira, território
brasileiro, gestado a partir de nossas vidas”,
disse a leiga católica. “Nós apelamos para um
jeito de governar e de fazer política dos povos
indígenas, dos quilombolas, das quebradeiras de
coco. Por que não vamos atrás de outro
modelo?”, questionou.
https://brasil.estadao.com.br/noticias/geral,ante
s-do-sinodo-bispo-catolico-prega-nao-a-
mineracao-e-grandes-obras-na-
amazonia,70003032887
Voltar ao Sumário
Data: 02/10/2019
96
Grupo de Comunicação
Chico Mendes, Raoni e um governo que
menospreza nomes importantes da nossa
história
Maria Fernanda Ribeiro
Algumas atitudes, ações e comentários do atual
governo, seja pelo presidente ou por membros
do seu time, são realmente difíceis de engolir, de
abstrair, de deixar passar, de achar que não era
bem isso. Os cães ladram, a caravana passa e as
palavras continuam a ecoar. O caso do ministro
do Meio Ambiente, Ricardo Salles, quando
indagado em fevereiro deste ano pelos jornalistas
do programa Roda Vida sobre o maior líder
seringueiro deste país e respondeu “Que
importância tem Chico Mendes neste momento?”,
por exemplo, ainda perturba os pensamentos de
muita gente. O comentário já poderia ser
considerado desastroso se tivesse sido proferido
por qualquer autoridade, mas o efeito foi
potencializado por se tratar da pessoa nomeada
para um cargo que deveria exatamente lutar por
preservar tudo aquilo que Chico Mendes
defendeu.
Como relembrar é viver, importante deixar
grifado que a ignorância revestida de indiferença
foi proferida antes mesmo de as queimadas na
Amazônia ganharem os céus de São Paulo
transformando o dia em noite e as cinzas da ação
ligada a um governo que tem como lema destruir
ao invés de preservar, gerar reações até mesmo
no agronegócio, setor que invariavelmente era
considerado o vilão na destruição da floresta e
agora integra a lista daqueles que defendem que
ela em pé é melhor do que derrubada.
Ricardo Salles menosprezou um dos maiores
ambientalistas do Brasil, um cidadão brasileiro
assassinado a tiros na cidade de Xapuri, no Acre,
em dezembro de 1988. Morto porque atuava pela
defesa da floresta. Nada de novo no fronte no
país que já ocupou o primeiro lugar no ranking
de lugares onde mais são assassinados ativistas
no mundo.
Cacique Raoni Kayapó durante coletiva de
imprensa em Brasília após discurso do presidente
na ONU
Agora, o discurso do presidente Jair Bolsonaro na
ONU, na semana passada, continua sendo tema
das rodas de conversa mundo afora. E nem
vamos entrar no mérito – nesse texto – de ele
ter levado a indígena Ysani Kalapalo para compor
a comitiva presidencial, num movimento
alegórico e contraditório de tentar dizer ao
mundo que os povos indígenas estão de acordo
com sua política (anti) indigenista, deixando claro
que de índio o presidente nada ou pouco
entende. Se tivesse alguma noção saberia como
funciona a escolha de um representante entre os
povos indígenas. Antes de qualquer coisa é
preciso escuta.
O discurso do presidente na ONU, além das
fantasiosas elucubrações sobre o comunismo, o
socialismo e o foro de São Paulo, foi contra tudo
o que já se tinha visto até hoje ao usar tal
espaço para atacar a atuação do cacique Raoni
Kayapó, de 88 anos, reconhecido
internacionalmente há décadas por ser um dos
maiores defensores da floresta, com a bravata de
que “o monopólio do senhor Raoni acabou.” Mais
uma vez um cidadão brasileiro que mereceria o
mínimo de respeito e reconhecimento é tratado
sem nenhum. Raoni concorre ao Nobel da Paz e
na bolsa de apostas londrina aparece em terceiro
lugar entre os favoritos.
O escritor russo Tolstoi, durante a redação da
segunda edição do seu livro sobre a criação do
calendário da sabedoria, em 1904, escreveu que
estava cada vez mais atônito ante a ignorância
cultural e moral da sociedade. “Toda nossa
educação deveria ser orientada para o acúmulo
da herança cultural de nossos ancestrais, os
melhores pensadores do mundo”, escreveu. Aqui
no Brasil, caro Tolstoi, também estamos cada vez
mais atônitos. Tudo vai mal.
https://sustentabilidade.estadao.com.br/blogs/eu-na-
floresta/chico-mendes-raoni-e-um-governo-que-menospreza-
nomes-importantes-da-nossa-historia/
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Data: 02/10/2019
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Grupo de Comunicação
PL quer tirar do governo federal poder de
criar unidades de conservação
Texto estabelece que unidades sejam criadas por
meio de lei, com aprovação prévia das
assembleias legislativas e das câmaras
municipais dos Estados e municípios onde estão
localizadas
André Borges, O Estado de S.Paulo
BRASÍLIA – Um projeto de lei que tramita no
Senado quer retirar do governo o poder de criar
unidades de conservação ambiental. O texto, de
autoria do senador Marcio Bittar, ligado ao setor
do agronegócio, prevê que a presidência da
República deixe de ter a prerrogativa de criar,
por meio de decretos, novas florestas protegidas.
Em vez disso, o PL 1553 estabelece que novas
unidades sejam criadas por meio de lei, com
aprovação prévia das assembleias legislativas e
das câmaras municipais dos Estados e municípios
onde estão localizadas.
O PL entrou na pauta da Comissão de
Constituição e Justiça, para ser apreciado nesta
quarta-feira, 2. Se aprovado, segue para a
Comissão de Meio Ambiente do Senado. Ao
defender seu projeto, Bittar justificou que “a
configuração atual abre brechas para a criação
indiscriminada de unidades de conservação” e
que “é evidente a necessidade de racionalização
legal para a criação de novas unidades de
conservação”.
O governo federal já deixou claro que não tem a
intenção de criar nenhuma nova unidade de
conservação. Pelo contrário. O ministro do Meio
Ambiente, Ricardo Salles, já disse que vai revisar
todas as 334 unidades federais que existem hoje,
com a intenção de reclassificá-las e, dessa forma,
permitir a exploração comercial dessas áreas,
além de fazer a concessão de parques para a
iniciativa privada.
A proposta é criticada por ambientalistas. João
Capobianco, ex-secretário-executivo do Ministério
do Meio Ambiente e doutor pela Universidade de
São Paulo (USP), disse que o projeto é
inconstitucional. “A criação de unidades de
conservação por decreto está prevista na
Constituição. Portanto, qualquer mudança nessa
regra teria de ser por meio de uma PEC
(Proposta de Emenda Constitucional)”, afirmou
Capobianco, que é ex-presidente da SOS Mata
Atlântica. “É um projeto totalmente
extemporâneo.”
Para Marcio Astrini, coordenador de políticas
públicas do Greenpeace Brasil, o objetivo do PL é
acabar com a possibilidade de criação de
unidades de conservação. “Esse é o mesmo
senador que queria acabar com a reserva legal
no País. Se o PL for aprovado, na prática,
nenhuma nova unidade seria criada, é uma
espécie de Unidade de Conservação Zero.
Tentaram fazer o mesmo com terras indígenas,
através da PEC 215. Gostaria de saber se o
Senador vai propor o mesmo para a emissão de
títulos de grandes propriedades rurais, de
latifundiários”, disse.
O advogado do Instituto Socioambiental (ISA),
Maurício Guetta, lembra que as áreas protegidas,
ao lado das terras indígenas, são as que
efetivamente têm permitido a manutenção da
integridade da vegetação brasileira, inclusive na
Amazônia. “Basta ver que são reduzidíssimas as
taxas de desmatamento dentro delas. Possuem
função essencial na manutenção dos serviços
gratuitamente prestados pela floresta, como a
água que bebemos e que viabiliza atividades
econômicas, como a agricultura”, comentou.
Para o relator do PL, o senador Mecias de Jesus
(Republicanos-RR), a proposta é “perfeitamente
legítima”, porque “assegura a atuação do
Legislativo sempre que se pretenda modificar, ou
extinguir, unidade de conservação já definida”.
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Grupo de Comunicação
"A criação de uma unidade de conservação tem a
envergadura e o impacto suficientes para exigir a
participação do Legislativo na decisão”, justificou.
Na avaliação de Angela Kuczach, diretora
executiva da organização Rede Nacional Pro
Unidades de Conservação, o PL “está entre os
maiores retrocessos da atualidade, sinônimo do
posicionamento retrógrado que hoje impera em
determinadas áreas, mas que já não encontra
espaço no mundo, como podemos ver
recentemente com as reações internacionais
quanto ao desmatamento da Amazônia”.
“É uma distopia. O processo de criação de
unidades no Brasil é um dos mais técnicos e
precedidos de estudos do mundo, socialmente
justo e igualitário, uma vez que a própria
realização de consultas públicas garante a
participação não somente do legislativo, como
também dos demais grupos representativos da
sociedade. O que o senador propõe é o
engessamento do processo de criação de UCs e a
inviabilização na prática da proteção de
ambientes naturais, uma afronta ao Artigo 225
Constituição Federal e de um dos direitos
fundamentais dessa e das futuras gerações de
brasileiros”, disse.
Criação de novas unidades é de responsabilidade
do governo federal, decidiu STF
Para o Supremo Tribunal Federal (STF), não há
dúvidas sobre o assunto: cabe ao governo
federal criar as unidades. Na semana passada, o
tribunal, por unanimidade, julgou improcedente a
ação direta de inconstitucionalidade movida pelo
governo de Santa Catarina, que pedia a
suspensão do decreto presidencial que criou, em
2005, o Parque Nacional das Araucárias. No ano
passado, o ministro Alexandre de Moraes já havia
indeferido uma liminar na Ação Cível Originária
(ACO) 838, na qual o Estado de Santa Catarina
pedia a suspensão do decreto presidencial.
Na petição inicial, o Estado de Santa Catarina
afirmava que a criação de parque nacional só
poderia ocorrer por meio de lei, e não de decreto,
porque exigia a desapropriação de áreas privadas
e, portanto, constituía “uma limitação ao direito
constitucional de propriedade”.
O ministro afirmou que a jurisprudência do STF
admite a possibilidade da criação de unidades de
conservação por meio de decreto. Destacou
ainda que foi rejeitada medida liminar na Ação
Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 3646, na
qual se questionam dispositivos da Lei Federal
9.985/2000, que instituiu o Sistema Nacional de
Unidades de Conservação (SNUC), que autorizam
a instituição de unidades de conservação por ato
do Poder Público.
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geral,pl-quer-tirar-do-governo-federal-poder-de-
criar-unidades-de-conservacao,70003032565
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