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1 Grupo de Comunicação CLIPPING 2 de julho de 2019 2 de julho de 1998 (https://guiadeareasprotegidas.sp.gov.br)

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Grupo de Comunicação

CLIPPING 2 de julho de 2019

2 de julho de 1998

(https://guiadeareasprotegidas.sp.gov.br)

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Grupo de Comunicação

SUMÁRIO

ENTREVISTAS ............................................................................................................................... 4

SECRETARIA DE INFRAESTRUTURA E MEIO AMBIENTE ....................................................................... 5

Chácara Baronesa será alvo de grupo de estudos .............................................................................. 5

Polícia Ambiental resgata filhotes de lobo-guará em canavial .............................................................. 6

Polícia Ambiental resgata filhotes de lobo-guará em canavial .............................................................. 6

Carla Morando lança Frente Parlamentar em Apoio à Exploração do Gás Natural ................................... 7

Fogo destrói pastagem e consome cerca de madeira .......................................................................... 8

Córrego com água roxa surpreende moradores de cidade da Grande São Paulo ..................................... 9

Água roxa é encontrada em córrego .............................................................................................. 10

NO inicia testes com adubo orgânico produzido a partir do esgoto ..................................................... 11

São Caetano lança programa Viva Fundação com foco em obras estruturais ....................................... 12

Investimento da Sabesp em Sto. André começa neste ano ............................................................... 13

Sabesp prevê metade de investimento em 7 anos ........................................................................... 14

VEÍCULOS DIVERSOS .................................................................................................................. 16

Estudo aponta que um sexto do território brasileiro é 'terra de ninguém' ............................................ 16

Sistema Cantareira opera em situação confortável ........................................................................... 18

Brasil terá que fazer reformas para cumprir acordo entre Mercosul e UE ............................................ 19

Desmonte sob Bolsonaro pode levar desmatamento da Amazônia a ponto irreversível, diz físico que estuda floresta há 35 anos ........................................................................................................... 21

BELEZA EM DOSE DUPLA .............................................................................................................. 28

FOLHA DE S. PAULO .................................................................................................................... 30

Quem é a autoridade? .................................................................................................................. 30

Painel: Em meio a crise de mensagens, procuradores pressionam Dodge a defender instituição ............ 32

União Europeia reduzirá tarifas mais rápido que Mercosul ................................................................. 34

Acordo Mercosul-UE inclui restrição a soja e carne em área desmatada .............................................. 37

Painel S.A.: Governo de SP deve criar agência para cuidar de metrô, CPTM e ônibus ........................... 38

Após três cortes, Petrobras aumenta preço do diesel em 3,9%.......................................................... 39

Mônica Bergamo: PSL pode tirar 22 votos da Previdência por recusa de Guedes a benefícios para policiais ................................................................................................................................................. 40

Japão retoma caça comercial de baleias após mais de 30 anos .......................................................... 42

Nova espécie de mosca é batizada com o nome de vilão de 'Game of Thrones' .................................... 44

ESTADÃO ................................................................................................................................... 45

ICMBio começa a nomear policiais para chefiar unidades de conservação ........................................... 45

Ações da Neoenergia sobem 8% após estreia na Bolsa ..................................................................... 46

Agora, o jeito é modernizar .......................................................................................................... 47

Furnas entra em energia solar e planeja produzir 200 MW em 2020 .................................................. 49

Preço médio da gasolina recuou em 22 Estados, aponta ANP ............................................................ 50

Senadores movem ação popular contra leilão de petróleo em área próxima a Abrolhos ........................ 51

Acordo Mercosul-UE aumentará abertura da economia brasileira, diz governo ..................................... 52

VALOR ECONÔMICO .................................................................................................................... 54

Custo faz 10 milhões de pessoas fugirem das redes de esgoto .......................................................... 54

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Grupo de Comunicação

Vendas de etanol no mercado doméstico batem novo recorde ........................................................... 55

Acordo com UE será primeiro teste para valer de abertura ................................................................ 57

Petrobras mantém interesse em sair da Braskem ............................................................................ 59

Light retoma oferta de ações de R$ 2,1 bilhões ............................................................................... 61

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Grupo de Comunicação

ENTREVISTAS

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Grupo de Comunicação

SECRETARIA DE INFRAESTRUTURA E

MEIO AMBIENTE Veículo: Diário Grande ABC

Data: 02/07/2019

Chácara Baronesa será alvo de grupo de

estudos

http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?

c=0&n=26491632&e=577

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Grupo de Comunicação

Veículo: Diário Grande ABC

Data: 02/07/2019

Polícia Ambiental resgata filhotes de

lobo-guará em canavial

http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?

c=0&n=26491632&e=577

Veículo: O Estado do S.Paulo

Data: 01/07/2019

Polícia Ambiental resgata filhotes de

lobo-guará em canavial

- Sustentabilidade - Estadão

José Maria Tomazela, O Estado de S.Paulo

SOROCABA - Três filhotes de lobo-guará,

animal considerado raro na natureza, foram

resgatados pela Polícia Ambiental em um

canavial de Itajobi, no interior de São Paulo.

Os animais recém-nascidos estavam em uma

espécie de ninho, em meio à plantação de

cana-de-açúcar, mas não foi detectada a

presença de animais adultos na área. Os

filhotes foram recolhidos e levados para uma

clínica veterinária particular. A Ambiental foi

acionada no sábado, 29, mas o resgate foi

divulgado nesta segunda-feira, 1º.

Conforme a Ambiental, a ninhada foi

encontrada pelo funcionário de uma usina de

açúcar e álcool, durante inspeção ao canavial.

Quando os policiais chegaram, encontraram

três filhotinhos vivos e um já morto. Ainda não

se sabe o que aconteceu com a mãe dos

animaizinhos, já que a espécie, na natureza,

não costuma abandonar suas crias. Conforme

a polícia, os pequenos lobos-guarás serão

tratados na clínica até adquirirem condições

de serem soltos na natureza.

Na madrugada desta segunda, policiais

militares flagraram um lobo-guará

caminhando pelas ruas de Osvaldo Cruz,

cidade do oeste paulista, distante 270

quilômetros de Itajobi. O animal solitário

passou pelo centro da cidade e enveredou pela

linha férrea, seguindo para uma área rural. Os

policiais acompanharam o passeio do lobo sem

interferir, até que ele deixasse a área urbana.

Apesar de não ser considerado em risco de

extinção pela União Internacional para

Conservação da Natureza (IUCN), o lobo-

guará é listado como espécie vulnerável pelo

Instituto Chico Mendes de Conservação da

Biodiversidade (ICMBio). No Estado de São

Paulo, a espécie está ameaçada pela

destruição do Cerrado para a ampliação da

agricultura.

Biólogos afirmam que, como a onça-parda, o

lobo-guará também se adaptou aos canaviais

que recobrem grande parte do interior

paulista. As fêmeas produzem ninhadas de 2 a

5 filhotes, mas podem ficar até dois anos sem

se reproduzirem.

https://sustentabilidade.estadao.com.br/notici

as/geral,policia-ambiental-resgata-filhotes-de-

lobo-guara-em-canavial,70002899159

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Grupo de Comunicação

Veículo: ABC Repórter

Data: 02/07/2019

Carla Morando lança Frente Parlamentar em Apoio à Exploração do Gás Natural

http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?

c=0&n=26484566&e=577

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Grupo de Comunicação

Veículo: Diário da Região WEB

Data: 02/07/2019

Fogo destrói pastagem e consome cerca

de madeira

O tempo seco provocado pelos 28 dias sem

chuva em Rio Preto colaborou para uma maior

incidência de incêndios. Só no mês de junho, o

Corpo de Bombeiros registrou 133 incêndios -

85 ocorrências a mais do que em maio.

Nesta segunda-feira, 1º, mais um incêndio em

mato ao redor da cidade. As chamas foram

flagradas pelo Diário em uma área com capim

alto e seco atrás do Residencial Parque da

Liberdade. As labaredas consumiram cerca e

porteira do local. A cena de fogo e fumaça alta

dava para ser vista da rodovia BR-153.

Do total de incêndios em junho, 116 foram

casos de fogo em vegetação. Outras nove

ocorrências foram por fogo em terreno baldio.

Sete outros incêndios foram controlados em

pontos de apoio, usados para descarte de

determinados resíduos. E apenas um caso foi

registrado em vegetação cultivada.

Os casos de junho representam 75% de todas

as ocorrências de fogo em mato de 2019. O

ano começou com menos chuva do que o

esperado e janeiro registrou 37 casos de

incêndios. Em fevereiro houve uma queda

para 15 registros, mas março voltou a subir

com 28 incêndios. Em abril disparou para 49

locais incendiados.

Qualidade do ar

Os incêndios liberam partículas de poluentes

no ar. Dados do Sistema de Informações da

Qualidade do Ar da Companhia Ambiental

do Estado de São Paulo (Cetesb) mostram

que em junho a estação de Rio Preto registrou

uma concentração de 19 microgramas de

material particulado fino - MP2,5/m³.

"Esse valor está 90% acima do Valor Guia

preconizado pela Organização Mundial da

Saúde, de 10 microgramas de MP2,5/m³",

alerta o relatório. "Nessas condições crianças

e pessoas idosas podem sentir garganta e

tosse secas e cansaço", completa a análise.

http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?

c=0&n=26485332&e=577

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Grupo de Comunicação

Veículo: UOL Notícias

Data: 01/07/2019

Córrego com água roxa surpreende

moradores de cidade da Grande São

Paulo

Os moradores de Itaquaquecetuba, na Grande

São Paulo, foram surpreendidos no último

sábado (29) ao verem a água do córrego

Caputera com a cor roxa. A cena foi registrada

pela vereadora Adriana Aparecida Félix (PSDB)

após receber reclamações de moradores da

Vila Japão.

Além da cor roxa, o odor é alvo de protestos

da população local. "Esse córrego já foi limpo

e a gente até tomava banho, pescava e o

pessoal até lavava roupa, logo quando eu

mudei para cá, há 40 anos. Agora é terrível. A

gente fica aqui pagando por isso e o abandono

é total da prefeitura. A água uma hora é azul,

outra hora é roxa", explica a moradora Maria

do Socorro de Castro Fernandes, 65.

Ela ainda ressalta que no final do dia a

situação fica ainda mais difícil. "O problema

desse rio está sério, porque na parte de baixo

quando é no fim da tarde ou quando o sol

esquenta o cheiro é horrível", afirma.

Segundo a vereadora, a água do córrego vem

de Arujá (cidade vizinha a Itaquaquecetuba),

passa pela Vila Japão e segue para o rio Tietê.

Além da Vila Japão, os bairros de Jardim Sol

Nascente, Carolina, Maragogipe, Viana e a Vila

São Carlos também estão sendo afetados com

a poluição do rio.

"Não tinha como ficar no bairro, o odor estava

muito forte e a água estava roxa. Depois que

saí de lá a minha cabeça quase estourou.

Imagina o morador que mora na rua Nossa

Senhora de Lourdes, que é bem próximo ao

córrego", questiona Adriana.

De acordo com a parlamentar, o problema

persiste desde 2017 e prefeitura da cidade e a

Cetesb (Companhia Ambiental do Estado

de São Paulo) já foram notificadas a

respeito.

Segundo a prefeitura de Itaquaquecetuba, a

região faz parte de um polo industrial, por

isso, acredita-se que uma dessas empresas

esteja jogando resíduos químicos no córrego e

se espalhando por todo o rio.

Em nota, a prefeitura informou que membros

da Defesa Civil, Fiscalização de Posturas e

Meio Ambiente estão fazendo hoje uma

"varredura" para descobrir qual empresa

despejou o material no rio e posteriormente

irá tomar as medidas necessárias.

Procurada pela reportagem, a Cetesb disse

que já esteve no local em outro momento, e

que multou várias vezes uma mesma empresa

que estava fazendo um lançamento irregular

no rio, com borras de alumínio.

Hoje, os técnicos da Cetesb estão novamente

na região, realizando uma vistoria para

encontrar a possível fonte poluidora.

http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?

c=0&n=26455967&e=577

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Grupo de Comunicação

Veículo1: Portal News

Veículo2: Diário do Alto Tietê

Veículo3: Mogi News

Data: 01/07/2019

Água roxa é encontrada em córrego

As pessoas que moram próximas ao córrego

caputera, no bairro Vila Japão, em

itaquaquecetuba, sofrem há cerca de cinco

anos com descarte feito no local

As pessoas que moram próximas ao córrego

Caputera, no bairro Vila Japão, em

Itaquaquecetuba, sofrem há cerca de cinco

anos com descarte feito no local. De acordo

com os habitantes, a saúde deles é

prejudicada pelas constantes mudanças da

água e pelo cheiro que chega até as casas do

entorno. Embora a Companhia Ambiental

do Estado de São Paulo (Cesteb) ainda não

tenha divulgado a substância que atingiu o

córrego e o deixou com a cor roxa, no sábado

passado, os habitantes suspeitam que houve o

despejo de amônia no corpo d'água.

A aposentada Jandira Fernandes, de 77 anos,

relatou como foram os dias do final de

semana. "Nós temos medo de obter algum

tipo de alergia e precisar ir para o hospital.

Aqui na rua, por exemplo, tem uma moradora

que realiza tratamentos de oxigenoterapia e

não pode inalar cheiros deste tipo. As crianças

e os idosos do bairro também passam mal

frequentemente. Nós já fizemos diversas

reclamações à prefeitura, mas nada foi

resolvido", explicou. A moradora ainda disse

que, quando se mudou para o bairro, lavava

as roupas no mesmo rio onde muitas pessoas

também se banhavam. De acordo com ela, a

água era quase cristalina.

A também aposentada, Jacira Santos, 71,

também mora próximo ao rio e contou que

teve dificuldade para respirar no final de

semana. "Na tarde de sábado passado eu

fiquei com muita falta de ar pelo próprio

cheiro da água. Embora hoje a coloração não

esteja mais roxa, ele continua cheio de lixo",

pontuou.

Em resposta à reportagem, a Cetesb afirmou

que durante a tarde de ontem uma equipe da

prefeitura realizou vistorias no local e

continuará fazendo fiscalizações para

identificar o responsável que despejou a

substância no córrego. (T.M.)

http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?

c=0&n=26485333&e=577

http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?

n=26504188&e=577

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Grupo de Comunicação

Veículo: Portal Novo Momento

Data: 01/07/2019

NO inicia testes com adubo orgânico

produzido a partir do esgoto

Foram investidos r$ 2,3 milhões no projeto

Nova Odessa iniciou na manhã desta segunda-

feira (1º) a fase de testes para produção de

fertilizante orgânico por meio do processo de

compostagem do lodo de esgoto. Os primeiros

movimentos da usina novaodessense foram

acompanhados pelo prefeito Benjamim Bill

Vieira de Souza, que também é presidente do

Consórcio PCJ (Bacias dos Rios Piracicaba,

Capivari e Jundiaí), o diretor-presidente da

Coden (Companhia de Desenvolvimento de

Nova Odessa), Ricardo Ongaro, e o diretor

técnico da companhia, Eric Padela.

A usina de compostagem funciona num

barracão de 1.250 metros quadrados,

construído na área da ETE (Estação de

Tratamento de Esgoto) Quilombo, responsável

pelo tratamento de todo esgoto coletado no

município. Foram investidos R$ 2,3 milhões no

projeto, sendo R$ 1,864 milhão provenientes

da cobrança pelo uso da água e R$ 448,9 mil

de contrapartida da Coden.

A compostagem consiste na mistura do lodo

de esgoto, resíduo gerado durante o processo

de tratamento, com restos de podas de

árvores e substâncias químicas, como óxido de

cálcio e calcário. A licença para operação da

usina foi emitida no final do mês passado pela

Cetesb (Companhia Ambiental do Estado

de São Paulo).

"É um dos projetos mais arrojados da Região

Metropolitana de Campinas. Uma iniciativa

inovadora, na qual transformamos o lodo

gerado pela Estação de Tratamento de Esgoto

e galhos das podas de árvores que fazemos

semanalmente na cidade em adubo orgânico,

que vamos usar em nossas praças, parques e

jardins", avaliou o prefeito Bill.

De acordo com o prefeito, a compostagem vai

gerar uma economia de R$ 50 mil aos cofres

públicos. "Hoje, o lodo gerado na ETE,

aproximadamente nove toneladas por dia, é

encaminhado a um aterro, para que tenha a

destinação correta. Com a usina, vamos

reduzir essa despesa e tornar nossa estação

sustentável", completou o prefeito.

Ricardo Ongaro, diretor-presidente da Coden,

empresa responsável pelos serviços de água,

esgoto e manejo de resíduos na cidade,

explicou que a fase experimental é

fundamental na busca da melhor composição

para o adubo. Segundo ele, além de lodo e

galhos triturados, a mistura pode receber

produtos químicos, para o equilíbrio da acidez.

"Com a usina de compostagem, nossa ETE se

tornará 100% sustentável. Já reduzimos em

aproximadamente 80% a carga orgânica do

esgoto que chega à estação e o devolvemos

ao Ribeirão Quilombo em forma de água

limpa. Agora, vamos transformar o lodo em

adubo, dimuindo ainda mais o impacto dos

efluentes no meio ambiente", explicou Ongaro.

Após a realização dos testes, a Coden

pretende comercializar o adubo orgânico para

o uso agrícola, criando uma nova fonte de

receita. Para isso, a companhia vai buscar a

certificação orgânica no Ministério da

Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?

c=0&n=26462484&e=577

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Grupo de Comunicação

Veículo: Repórter Diário

Data: 01/07/2019

São Caetano lança programa Viva

Fundação com foco em obras estruturais

Amanda Lemos

Na tarde desta segunda-feira (1º de julho) o

prefeito de São Caetano, José Auricchio Júnior,

esteve no bairro Fundação para lançar o

Programa Viva Fundação, que compreende

ações integradas para melhorias nos bairros

em diversos setores, entre eles obras em

unidades de saúde, escolas, recapeamento de

vias, operações de segurança, serviços de

zeladoria e outros.

A apresentação aconteceu na EMEF Senador

Fláquer, unidade que também está no

cronograma da prefeitura para receber

melhorias até abril de 2020. Bairro

considerado berço dos fundadores da cidade, o

Fundação já está dentro do cronograma do

programa Governo em Movimento, que

permite contato direto da população com as

secretaria da Prefeitura, além de atividades

voltadas ao emprego, saúde e cultura.

Agora, dentro do Viva Fundação, a proposta

do prefeito José Auricchio é que o bairro

receba serviços estruturais, como a construção

do parque no Espaço Matarazzo e,

principalmente obras em combate às

enchentes. 'Sabemos que há problemas

estruturais graves no bairro, principalmente

após o rebaixamento das vias na década de

80, quando o bairro foi comprometido', afirma

o prefeito ao lembrar ainda que o desnível de

quase dois metros ocasiona problemas

recorrentes com chuvas de grande volume.

A proposta do prefeito é que, a longo prazo, a

administração trabalhe junto a órgãos do

governo do Estado e Federal para construção

de novos piscinões que atendam a região e

amenizem os problemas recorrentes com as

chuvas. 'Precisamos da construção de novos

reservatórios em Mauá e Santo André, para

que assim, ameniza a vazão da água em

bairros prejudicados de São Caetano', afirma.

Na visão do chefe do executivo, prejuízos

como os registrados em março, época de

grandes chuvas, não podem voltar a

acontecer.

Espaço Matarazzo

Dentro do cronograma do Viva Fundação está

ainda a construção do parque no Espaço

Matarazzo. De acordo com o prefeito José

Auricchio, o projeto já está pronto,

desenvolvido e pré-aprovado pela Cetesb

(Companhia Ambiental do Estado de São

Paulo), fase final de tramitação. 'Queremos

soltar a licitação ainda este ano para que as

obras se transcorram já no primeiro semestre

de 2020', afirma. O projeto detalhado deve ser

apresentado ao longo dos próximos 30 dias.

http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?

c=0&n=26471852&e=577

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Grupo de Comunicação

Veículo: Diário do Grande ABC

Data: 02/07/2019

Investimento da Sabesp em Sto. André

começa neste ano

http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?

c=0&n=26491633&e=577

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Grupo de Comunicação

Veículo: Diário do Grande ABC

Data: 02/07/2019

Sabesp prevê metade de investimento em

7 anos

Prévia de contrato com o Semasa, aberta para

consulta, fixa valor de R$ 452,9 milhões até

2025

Fábio Martins

fabio martins@ dg abc. com .br

A minuta do contrato proposto pela Sabesp

(Companhia de Saneamento Básico do

Estado de São Paulo) para concessão de

parte dos serviços do Semasa (Serviço

Municipal de Saneamento Ambiental de Santo

André) prevê no quesito sobre plano de

investimento o repasse do valor de R$ 452,9

milhões até o fim de 2025, contando já 2019.

A prévia do vínculo com a autarquia

andreense, disponível para consulta pública -

exigência legal para formalização do acordo -,

detalha esse quadro completo que estabelece

praticamente metade do montante total nos

sete primeiros anos, o que compreende 49,4%

no período. A quantia geral envolve R$ 916,7

milhões (confira arte ao lado) em 40 anos de

terceirização, prorrogável pelo mesmo

período.

A expectativa destacada no documento fixa

transferência de R$ 76,8 milhões entre

agosto, quando o termo tende a ser assinado,

e dezembro, sendo R$ 35,3 milhões no

abastecimento de água e R$ 41,5 milhões

voltados ao esgoto sanitário. Em 2020, último

ano do mandato do prefeito Paulo Serra

(PSDB), a estimativa abrange R$ 67,3

milhões.

Os números constam no material aberto no

site do Paço para apresentação de sugestões.

O texto da minuta do contrato oficializado pela

Sabesp e seus anexos foram discutidos na

audiência pública de ontem - outra

formalidade obrigatória -, no anfiteatro Heleny

Guariba, com auditório lotado, mas sem clima

tenso, diferentemente do evento anterior,

realizado na Câmara, que antecedeu a votação

do projeto de lei autorizativo na casa.

Foram poucos os questionamentos colocados

no microfone durante a atividade, em uma

hora e meia de duração - boa tarde da plateia

era formada por servidores do Semasa. A

audiência promovida no Legislativo havia se

estendido por pouco mais de cinco horas.

Durante sua fala ontem, o superintendente da

área Sul da Sabesp, Roberval Tavares de

Souza, reiterou proposta de encerrar o

problema crônico de falta d'água antes do

começo do próximo ano, diante de

investimento revertido em novas adutoras

para modernizar a rede de distribuição, além

de universalizar o esgoto da cidade - 100%

coletado e tratado - no prazo de seis anos.

Esse índice hoje é de 48%. No período, os

valores para esgoto superam, inclusive, a

estimativa prevista para água. Secretário de

Assuntos Jurídicos, Caio Costa e Paula

representou o Paço.

Roberval ratificou que não haverá demissões

dos funcionários da autarquia - são 1.077

colaboradores -, salientando transição de

quatro anos para alocação no Paço. Conforme

os termos, o passivo de R$ 3,4 bilhões será

sanado, gradativamente, no decorrer no

contrato. Além dos R$ 916,7 milhões, a

minuta confirma também a destinação do

valor adicional de R$ 90 milhões para ações de

saneamento ambiental no município, divididos

em R$ 45 milhões em até um mês após a

assinatura do contrato e a outra metade até o

fim de fevereiro de 2020. Esses recursos

devem ser depositados em conta específica do

fundo municipal de saneamento ambiental e

infraestrutura. Haverá ainda o repasse de 4%

da arrecadação obtida pela Sabesp na cidade,

deduzida de impostos e taxas, ao fundo.

A lei que autoriza o Executivo a celebrar o

contrato foi publicada no dia 15. Na semana

seguinte, a empresa paulista protocolou a

proposta, com descrição do plano de metas,

pormenores sobre a transferência dos serviços

e prazo de investimentos. Com os dois passos,

se abriu período de 30 dias para apreciação da

minuta. Paulo Serra já sinalizou pretensão de

fechar o convênio entre fim de julho e começo

de agosto. Por nota, a Sabesp sustentou

também que, 'se não houver alterações

importantes, a expectativa é que o contrato

seja assinado o mais breve possível'.

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Grupo de Comunicação

ROBERVAL. Superintendente da área Sul compareceu à audiência para tratar de pontos da concessão

Superintendente cita agenda para

transição

Depois de participar da audiência pública,

Roberval Tavares de Souza se reuniu na

sequência, ao lado de outros quatro

integrantes da Sabesp, com o

superintendente do Semasa, Almir Cicote

(Avante), na sede administrativa do órgão,

próximo às imediações do Teatro Municipal. O

dirigente da autarquia andreense citou que o

encontro teve objetivo de preparar agenda de

transição. 'Entendemos a necessidade de

passarmos para o papel todo o ajuste fino do

que foi tratado durante o evento', pontuou.

Cicote alegou que o diálogo deu abertura às

tratativas do cronograma de reuniões no mês

de julho para esmiuçar todos os pontos que

envolvem a concessão dos serviços de água e

esgotamento sanitário. Segundo o dirigente,

entre os aspectos principais estão 'discussões

do ponto de vista comercial, operação

propriamente dita, contratos vigentes e

precatórios'. O Diário mostrou na edição de

ontem que o acordo de concessão do Semasa

irá suspender a cobrança de R$ 587 milhões já

convertida em dívida consolidada, que compõe

o débito judicial de R$ 1,7 bilhão da

Prefeitura.

A questão da tarifa praticada pela Sabesp,

segundo Cicote, 'está praticamente definida'.

Dentro destes termos, o prefeito Paulo Serra

sancionou lei, em acordo com emendas

inseridas no projeto aprovado na Câmara, que

menciona que 'não haverá reajuste de tarifas

ou preços no período de três anos, excetuando

as correções inflacionárias'. 'Após esse período

apurada as condições econômico- financeiras

mediante balancetes contábeis, de verificação

e balanço patrimonial, publicadas no Diário

Oficial do Estado, poderão as tarifas ou outros

preços serem majorados de forma gradativa

semestralmente', diz trecho da legislação

vigente.

O superintendente do Semasa pontuou

também que outro tema que irá permear as

conversas é a manutenção do quadro de

funcionários. Deve haver encontros para que

representantes da Sabesp possam expor o

cenário futuro aos servidores da autarquia

municipal. 'Será explicada toda a

operacionalização do período em que os

colaboradores ficarão disponível à empresa,

que tem a experiência de outras cidades,

como Guarulhos, Diadema e São Bernardo.

Queremos fazer isso até para deixar o pessoal

tranquilo, sem a insegurança que possa

ocorrer com informações desencontradas',

discorreu. FM

http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?

c=0&n=26491507&e=577

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Data: 02/07/2019

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Grupo de Comunicação

VEÍCULOS DIVERSOS Veículo: UOL Notícias

Data: 02/07/2019

Estudo aponta que um sexto do território

brasileiro é 'terra de ninguém'

A cooperação entre pesquisadores de

institutos e universidades nacionais e

internacionais condensou uma informação, até

então, pouco conhecida: uma área de 141

milhões de hectares, o equivalente a cerca de

um sexto de todo o território brasileiro, é de

propriedade desconhecida pelo governo.

O território, que, somado, abrange área

correspondente a três vezes o tamanho do

Paraguai, foi revelado pela pesquisa "A Quem

Pertencem as Terras Brasileiras?", publicada

no último dia 25 na revista Land Use Policy.

"Do total de 8,5 milhões de quilômetros

quadrados [do país], 36,1% de todas as terras

são públicas, 44,2% são privadas e 16,6%

não são registradas ou têm propriedade

desconhecida", aponta o estudo.

Foram observadas 18 bases de dados de

terras públicas e privadas, incluindo

informações do Incra (Instituto Nacional de

Colonização e Reforma Agrária), do Exército

Brasileiro e do Cadastro Ambiental Rural

(CAR) --instaurado após a aprovação do

Código Florestal, aprovado em 2012.

Entre as instituições que respaldaram o

estudo, estão o GeoLab da Esalq/USP

(Universidade de São Paulo), o Núcleo de

Economia Agrícola da Unicamp (Universidade

Estadual de Campinas), o Imaflora (Instituto

de Manejo e Certificação Florestal e Agrícola) e

o Stockholm Environment Institute, da Suécia.

"Impressiona saber que um sexto do Brasil

não está em nenhum banco de dados, a gente

não sabe quem está lá. Imaginamos que

sejam terras privadas que não tenham

registro no CAR, mas não dá para ter certeza.

É uma grande dúvida sobre um território

imenso. É possível que tenha gente se

escondendo do estado e pode ser também que

o estado não tenha encontrado populações

originais daqueles territórios", diz Luís

Fernando Guedes Pinto, pesquisador do

Imaflora e coautor do artigo.

Ao UOL, Guedes relatou uma saga dos

pesquisadores para concluírem o estudo da

forma mais fidedigna possível. Os autores

começaram a compilar dados em 2018 e

resolveram esperar o fim daquele ano para

que os proprietários rurais se

regulamentassem junto ao CAR, conforme

estabelecido pelo Código Florestal.

Manobras de Michel Temer (MDB) e de Jair

Bolsonaro (PSL), no entanto, adiaram

indefinidamente o prazo para adesão dos

proprietários. O limbo favorece parte dos

fazendeiros que desmataram ilegalmente e,

após o cadastro, teriam de ressarcir o estado

e recuperar as áreas destruídas.

Os pesquisadores constataram, além da

predominância territorial do grande latifúndio,

o número elevado de terras privadas em

interseção com terras públicas (176 milhões

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Data: 02/07/2019

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Grupo de Comunicação

de hectares). Estudo do Imazon divulgado na

segunda semana de junho mostra que a

solução encontrada pelo governo brasileiro

para sanar este problema pode causar um

prejuízo R$ 118 bilhões aos cofres públicos

com a alienação dessas propriedades em

interseção.

O prejuízo advém da chamada "MP da

Grilagem", sancionada em 2017 por Temer e

que deve abrir caminho para que frações

públicas dentro de terras privadas, exploradas

ilegalmente pelos proprietários, sejam

vendidas a preços abaixo dos praticados no

mercado.

"Essa MP do Temer era uma tentativa de

regularização fundiária, só que tinha vários

jabutis [adendos estranhos ao propósito

original da lei] no meio. Tentava resolver uma

parte, só que acabou permitindo a venda de

áreas griladas. Ela incentiva esse movimento",

diz Guedes.

"Excetuando-se alguns problemas técnicos

entre as bases de dados, as sobreposições de

terras públicas com privadas ou de terra

privadas entre si podem estar associadas a

graves problemas fundiários, como grilagem

de terras e corrupção de cartórios no registro

da propriedade", afirmou em nota o

pesquisador da Esalq/USP Gerd Sparovek,

também autor do artigo.

Concentração de terras e pautas do governo

Desde que empossado, o governo Bolsonaro

reitera determinadas teses sobre as terras

brasileiras, com especial enfoque nas áreas

demarcadas para os povos indígenas. O

presidente já afirmou mais de uma vez que

não demarcará nenhuma terra durante seu

mandato, e, nos meses que sucederam sua

eleição, atacou algumas vezes a reserva

indígena ianomâmi (localizada em Roraima),

criticando sua suposta baixa densidade

demográfica.

Disse o presidente, em evento em novembro

passado antes de assumir o cargo: "Justifica,

por exemplo, ter a reserva ianomâmi de duas

vezes o tamanho do estado do Rio de Janeiro

para, talvez, 9.000 índios? Não se justifica isso

aí".

O estudo mostra que apenas 13,2% do

território do país é demarcado para os povos

indígenas (cerca de 112 milhões de hectares).

Outro alvo do governo, as unidades de

conservação somam 93 milhões de hectares,

ou 11% da área do Brasil. Já os territórios

quilombolas amargam 0,4% do território do

país (3 milhões de hectares).

"Essas áreas protegidas cumprem um papel

fundamental para a preservação da vegetação

nativa. Outra questão que é importante deixar

clara: essas unidades de conservação e terras

indígenas estão concentradas na Amazônia.

Na mata atlântica, cerrado, nos pampas e

outros biomas, temos pouquíssimas terras

protegidas", pontua o pesquisador do

Imaflora.

Os números contrastam com a quantidade de

grandes latifúndios no país (os pesquisadores

seguiram a lei brasileira e utilizaram o número

de 15 módulos fiscais como base para

determinar essas propriedades).

As grandes fazendas ocupam a maior parte do

território do país (22%), com 182 milhões de

hectares. Por outro lado, os assentamentos

rurais --normalmente propriedades

desapropriadas que entram no radar da

reforma agrária-- ocupam 5% do território, ou

41 milhões de hectares.

“Isso porque a gente não conseguiu agregar

os imóveis que têm o mesmo dono. Se

tivéssemos o Cadastro Ambiental Rural com

CPF, a gente iria descobrir que isso é muito

mais concentrado.” Luís Fernando Guedes

Pinto, pesquisador do Imaflora

Os números de terras no Brasil

País tem 8,5 milhões de km², ou 850 milhões

de hectares

Maior parte é de terras privadas (44%), e

quase 17% da área do Brasil não tem

propriedade conhecida pelo Estado

Terras públicas ocupam 36% do território

nacional; cidades, corpos d'água e

infraestrutura cobrem apenas 3%

Enquanto grandes latifúndios ocupam 22%

(182 milhões de hectares) da área do país,

terras indígenas e quilombolas somam 13,6%

(cerca de 115 milhões de hectares)

Unidades de conservação somam 93 milhões

de hectares, ou 11% da área do Brasil e

assentamentos abrangem 5% do território, ou

41 milhões de hectares

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Data: 02/07/2019

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Grupo de Comunicação

Veículo: Correio Popular Campinas

Data: 02/07/2019

Sistema Cantareira opera em situação

confortável

http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?

c=0&n=26478119&e=577

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Data: 02/07/2019

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Grupo de Comunicação

Veículo: DCI

Data: 21/04/2019

Brasil terá que fazer reformas para

cumprir acordo entre Mercosul e UE

Tratado foi assinado na última sexta-feira,

após 20 anos de negociações, mas País ainda

tem desafio de reduzir tributação para

incentivar indústria e respeitar regras

ambientais e trabalhistas

Paula Salati /São Paulo

[email protected]

Reduzir o custo Brasil e cumprir

regulamentações e marcos ambientais e de

direitos humanos são algumas das tarefas que

o governo brasileiro terá que executar para

alavancar o acordo de comércio entre o

Mercosul (Brasil, Argentina, Paraguai e

Uruguai) e a União Europeia (UE).

Apesar de o tratado histórico ter sido assinado

na última sexta (29), depois de 20 anos de

negociação, este ainda precisa ser discutido e

aprovado nos parlamentos dos quatro países

do Mercosul, no Parlamento Europeu e nas

casas legislativas de cada país da União

Europeia.

Rubens Barbosa, ex-embaixador do Brasil em

Washington (1999-2004), avalia que esse

processo deve levar de dois a três anos, como

foi sinalizado pelo presidente Jair Bolsonaro

(PSL) no último domingo (30). Barbosa

destaca que, além das resistências dos setores

agrícola e ambiental do bloco europeu, o

governo brasileiro terá que acelerar a agenda

de reformas microeconômicas, como a

tributária e simplificação de burocracia para

não penalizar o setor privado nacional.

'Acredito que as tarifas de importação dos

produtos europeus devem ser zeradas em um

prazo de cerca de dez anos. Neste período, é

importante que o governo dê a sua

contribuição com reformas que diminuam o

custo Brasil, para que a qualidade do produto

brasileiro melhore de forma a competir com

mais igualdade com as mercadorias

europeias', afirma Barbosa.

O presidente da Associação Brasileira da

Indústria (Abit), Fernando Pimentel, concorda

que a agenda de competitividade precisa ser

alavancada para que as empresas brasileiras

consigam aproveitar ao máximo as vantagens

do acordo. Além disso, ele recomenda que,

assim que saírem mais detalhes do acordo, as

companhias comecem a mapear as

oportunidades de negócios com as empresas e

governos europeus nas operações de venda,

compra, investimentos, pesquisa e inovação.

Já o professor de relações internacionais da

Fundação Armando Alvares Penteado (FAAP),

Lucas Leite, reforça que o governo do País

terá que cumprir regras e marcos ambientais,

trabalhistas e de direitos humanos para

manter o acordo com os europeus.

'O Brasil só vai conseguir exportar

determinados produtos se cumprir uma série

de normativas de respeito aos direitos

humanos, à legislação trabalhista e ambiental

- como redução do uso de agrotóxicos. Do

contrário, os europeus colocarão uma série de

empecilhos', comenta o professor. Algumas

das exigências das lideranças da UE foram que

o Brasil proteja as comunidades indígenas e

permaneça no Acordo de Paris - que versa

sobre compromissos das nações com as

mudanças climáticas.

Lucas Leite comenta que ainda não há muito

detalhes sobre o que de fato será feito nesse

sentido, já que o texto do acordo entre

Mercosul e UE não foi divulgado na íntegra.

Ele lembra que Bolsonaro, por exemplo,

sempre criticou o Acordo de Paris.

Sobre isso, Barbosa analisa que houve uma

mudança de retórica do governo brasileiro,

para que o País consiga se inserir em

regulamentações internacionais e, dessa

forma, alavancar acordos de comércio. Por

fim, o embaixador avalia que, mesmo havendo

resistências, o acordo deverá ser ratificado. 'O

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Data: 02/07/2019

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Grupo de Comunicação

protecionismo dos Estados Unidos preocupa

muito o bloco europeu. A UE entende que é

preciso fazer um movimento contrário a esses

conflitos', diz Barbosa.

Redução tarifária

O texto final do acordo ainda não veio a

público. Porém, alguns dos pontos divulgados

são que os produtos agrícolas nacionais, como

suco de laranja, frutas e café solúvel, terão

suas tarifas zeradas. Também deve haver uma

cota de exportação para carnes, açúcar e

etanol, que será detalhada mais para a frente.

Além disso, mercadorias como cachaça,

queijo, vinho e café serão reconhecidas como

produtos diferenciados no mercado europeu.

Haverá ainda garantia de acesso efetivo em

diversos segmentos de serviços, como

comunicação, construção, distribuição,

turismo, transportes, serviços financeiros e

consultorias.

Em nota, a FecomércioSP destacou ontem que

as empresas brasileiras também terão acesso

ao mercado de licitações da União Europeia

(UE), estimado em US$ 1,6 trilhão.

Em contrapartida, as empresas europeias

terão acesso facilitado na participação de

licitações de obras nacionais. Isso deve reduzir

os custos das obras em todo território nacional

e proporcionar a ampliação para a

infraestrutura do turismo, por exemplo.

Lideranças mundiais se reúnem no G-20 no

Japão: acordo Mercosul e UE foi firmado na

última sexta (28)

http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?

c=0&n=26491507&e=577

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Data: 02/07/2019

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Grupo de Comunicação

Veículo: Época Negócios

Data: 02/07/2019

Desmonte sob Bolsonaro pode levar

desmatamento da Amazônia a ponto

irreversível, diz físico que estuda floresta

há 35 anos

A destruição da floresta pode atingir um limite

irreversível "em dois governos Bolsonaro",

prevê o cientista paulo artaxo, doutor em

física

Sem pressão internacional como a que

Alemanha e França fizeram sobre o governo

brasileiro durante a reunião do G20, o

desmatamento na Amazônia vai acelerar a

trajetória crescente que se desenha desde

2013.

Com o ritmo atual de desmonte da estrutura

de fiscalização e da legislação ambiental

demonstrado durante os seis primeiros meses,

a destruição da floresta pode atingir um limite

irreversível "em dois governos Bolsonaro",

prevê o cientista Paulo Artaxo, doutor em

física atmosférica pela Universidade de São

Paulo (USP) e estudioso da Amazônia desde

1984, quando viajou para lá pela primeira vez

como parte de sua pesquisa de doutorado.

Estimativas mostram que, desmatada uma

área de 40% da floresta, o restante não

consegue sustentar o funcionamento de um

ecossistema de uma floresta tropical chuvosa

e, nesse cenário, parte da floresta poderia

virar cerrado. A Amazônia já perdeu 20% da

cobertura original.

"É uma questão absolutamente crucial para a

estabilidade do clima do planeta - assim como

reduzir as emissões de combustíveis fósseis

dos países desenvolvidos", explica Artaxo.

Hoje em dia, ele vai à região pelo menos uma

vez por mês para supervisionar o Projeto LBA,

a torre de 325 metros que investiga a

atmosfera amazônica e que permitiu ao

cientista ajudar a desvendar a formação das

nuvens de chuva na Amazônia.

Artaxo é um dos 12 brasileiros que fazem

parte da lista dos 4.000 cientistas mais

influentes do mundo, feita com base em

números de citações em artigos acadêmicos

pela Highly Cited Researchers 2018. Também

é membro, desde 2003, do Painel

Intergovernamental sobre Mudanças

Climáticas (IPCC).

O pesquisador conversou com a BBC News

Brasil na última quinta-feira (27), quando

começou a ser noticiada a resposta do

presidente Bolsonaro aos comentários feitos

pela chanceler alemã Angela Merkel sobre a

política ambiental do Brasil - ao chegar ao

Japão para a cúpula do G20, o presidente

afirmou que a Alemanha tinha muito o que

aprender com o país e que não tinha ido ao

encontro para "ser advertido".

Para Artaxo, é justamente a pressão vinda de

outros países o único caminho que pode frear

o atual processo desmonte da fiscalização e da

legislação ambientais que ele afirma ter se

iniciado com o novo governo. Usar temas

econômicos como moeda de troca, como foi o

caso do acordo entre Mercosul e União

Europeia, seria uma estratégia eficiente nesse

sentido.

Enquanto isso, o cenário que era de mudança

climática se encaminha cada vez mais para o

de "emergência climática" global.

Nas condições atuais, o planeta vai aquecer

em média 3,5ºC. No caso do Brasil, "vamos

ver o Nordeste se desertificar totalmente nos

próximos 30 anos, vamos ver alterações

profundas no bioma amazônico e mudanças

climáticas sem precedentes nos últimos 10

milhões de anos".

"Isto vai ocorrer. O que nós podemos fazer é

minimizar esse cenário."

Leia, a seguir, trechos da entrevista.

BBC News Brasil - Como o senhor avalia a

agenda ambiental nesses seis meses de

governo Bolsonaro?

Paulo Artaxo - A mesma coisa que o Trump fez

nos EUA. Basicamente desmontar toda a

legislação ambiental - que, no Brasil, foi

construída a duras penas ao longo dos últimos

30 anos, incluindo Código Florestal e assim

por diante -, e desmontar toda a estrutura de

fiscalização do Ministério do Meio Ambiente.

Porque este governo tem como uma das

principais bandeiras o não cumprimento da lei.

Nós temos um governo que a todo momento

diz: 'Olha, não vamos cumprir a lei, essa lei

não vale, essa lei não é boa'. Seja de

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Data: 02/07/2019

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Grupo de Comunicação

cadeirinhas para criança no carro, seja o

cadastro ambiental rural na Amazônia (o

presidente editou em junho Medida Provisória

extinguindo o prazo para os proprietários de

terra fazerem o cadastro).

Então, a lei que eles não gostam não é pra ser

cumprida. É a primeira vez no Brasil a gente

tem um governo que vai contra sua própria

razão de existência, que é dar um

ordenamento jurídico para um país como o

Brasil.

BBC News Brasil - Em termos de medidas

concretas, em que consiste esse desmonte ao

qual o sr. se refere?

Artaxo - O principal é você estimular ações

violentas no campo. O atual governo está

fazendo isso, primeiro, por meio da não

repressão quando esses atos violentos

ocorrem.

O Brasil hoje é campeão de ações que matam

ambientalistas, aqueles que lutam pelo direito

da terra, ações contra populações indígenas e

assim por diante. O que a gente vê é uma

fração muito pequena do que está ocorrendo

no campo, que é o que acaba saindo na

grande imprensa.

A segunda questão é a destruição de todo o

sistema de fiscalização ambiental no Brasil. O

Ibama tinha, por exemplo, um sistema

chamado Prevfogo, de prevenção de

queimadas, que tinha centenas de

funcionários há um ano e hoje está reduzido a

algumas dezenas de pessoas para cuidar do

combate a queimadas na Amazônia.

É um sistema que, mesmo que o Brasil no ano

que vem retome a necessidade de combater

queimadas, basicamente todas as pessoas que

estavam lidando com isso foram dispensadas.

BBC News Brasil - O governo fala, nesses

casos, que isso é reflexo da falta de recursos,

que acaba afetando todos os ministérios...

Artaxo - O Brasil é a nona economia do

planeta e não existe essa questão de falta de

recursos. Falta de recursos é uma justificativa

para você implementar a sua própria agenda.

Por que não faltam recursos para pagar os

juros da dívida? Por que não faltam recursos

para financiar a produção agropecuária

brasileira? Por que não faltam recursos para

se dar subsídios às indústrias?

E faltam recursos para manter um sistema

como o Prevfogo, que custa absolutamente

nada para o país, mas que foi desmantelado.

O discurso de falta de recursos não existe. O

problema é onde você aloca os recursos. É a

mesma coisa nos EUA. O Trump desmontou

toda a estrutura da EPA (Environmental

Protection Agency). É falta de dinheiro? Não. É

ideologia.

BBC News Brasil - O sr. elencou então como

segundo ponto esse desmonte da estrutura de

fiscalização...

Artaxo - Fiscalização e legislação. Aí entra, por

exemplo, o desmonte do Conama (Conselho

Nacional do Meio Ambiente, criado em 1981 e

do qual o físico faz parte), da estrutura de

monitoramento e acompanhamento das

mudanças climáticas globais, que antes era

dividido entre Ministério da Ciência e

Tecnologia, Ministério do Meio Ambiente e

Itamaraty.

Se você vai hoje nesses três órgãos e

pergunta quem cuida da questão climática no

país, você não encontra ninguém. Toda a

divisão de clima do MCTI não existe mais.

É um desmonte que, para se refazer toda essa

estrutura num próximo governo, vai demorar

de 10 a 20 anos, realisticamente.

BBC News Brasil - Do ponto de vista

ambiental, que tipo de consequência de médio

e longo prazo essa política pode acarretar?

Pode haver algum tipo de dano irreversível?

Artaxo - Pode não, já está tendo. O

desmatamento na Amazônia já está

aumentando, porque todos os mecanismos de

combate foram desmantelados.

Não são problemas futuros - é no presente. A

questão de agrotóxicos. Vamos ter algum

problema no futuro? Não, estamos tendo no

presente. São quase 250 novos agrotóxicos,

inclusive que são proibidos em outros países,

aprovados nesses seis meses. Não é no futuro,

é prejuízo hoje, que já está ocorrendo.

BBC News Brasil - Existe uma conta de que o

"ponto de não retorno" para a Amazônia, a

partir do qual a floresta entraria em

autodestruição, seria um desmatamento de

40% de sua área. O quão distante estamos

desse limite?

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Grupo de Comunicação

Artaxo - Ontem (26/6) o INPE (Instituto

Nacional de Pesquisas Espaciais) soltou um

novo número de quanto da floresta original foi

desmatada.

Nós desmatamos 20% - 20% de 5,5 milhões

de km² é uma área absurdamente grande.

Estimativas de cálculos do Carlos Nobre, do

Thomas Lovejoy mostram que, se você

desmatar 40% da floresta, basicamente o

restante não tem condições de sustentar o

funcionamento de um ecossistema de uma

floresta tropical chuvosa.

E aí todo o carbono que está armazenado

naquela floresta vai para atmosfera,

agravando em muito e acelerando em muito

as mudanças climáticas.

Nós não estamos falando de um aspecto trivial

ou de um aspecto que não tenha impacto sério

sobre o clima do planeta. É uma questão

absolutamente crucial para a estabilidade do

clima do planeta - assim como reduzir as

emissões de combustíveis fósseis dos países

desenvolvidos, em particular dos EUA.

BBC News Brasil - Então estamos no meio do

caminho?

Artaxo - Isso, estamos no meio do caminho. E

o restante do caminho pode acontecer nos

próximos oito anos, durante dois mandatos de

governo Bolsonaro.

BBC News Brasil - No ritmo atual, essa é uma

possibilidade real?

Artaxo - Não há menor dúvida. A única coisa

que pode impedir isso é pressão internacional.

É o que a Merkel está fazendo essa semana (a

chanceler alemã declarou, em sessão do

Parlamento, estar "muito preocupada" com a

atuação do presidente brasileiro na área

ambiental, disse considerar a situação

"dramática" e afirmou que conversaria sobre o

tema com Bolsonaro durante a cúpula do

G20).

Mesmo pressão interna não é suficiente, não

tem força.

BBC News Brasil - O caminho é esse então,

usar como moeda de troca temas econômicos

importantes, como o acordo Mercosul-União

Europeia?

Artaxo - Claro.

BBC News Brasil - Nesse sentido, o governo

tem questionado o Fundo Amazônia. O

ministro do Meio Ambiente chegou a entrar

em atrito com a Noruega, um dos principais

mantenedores do fundo, afirmando que não

há indicativo de que ele tenha ajudado a

reduzir o desmatamento e apontando

problemas em contratos com ONGs. Faz

sentido a análise do ministro?

Artaxo - Veja, o ministro não fez uma análise.

Ele primeiro acusou o Fundo Amazônia, sem

qualquer comissão que fizesse análise de cada

projeto que estava sendo executado, de estar

desviando recursos. Por que isso?

Porque o Fundo Amazônia é o único

instrumento em funcionamento hoje

trabalhando pela sustentabilidade e

preservação da Amazônia. Não existe qualquer

outro recurso financeiro para isso.

Segundo aspecto: o Fundo Amazônia tem mais

de R$ 300 milhões depositados no BNDES

esperando para ser gastos. O que o ministro

quer é passar a mão nesses R$ 300 milhões.

Este dinheiro está aqui, já foi doado, é muito

difícil para Noruega e para Alemanha pedirem

esse dinheiro de volta. Mesmo que eles cortem

futuros investimentos no fundo, este já foi

feito.

BBC News Brasil - Tomando a própria

Noruega, entretanto, a gente tem o caso

recente da mineradora Hydro Alunorte, que

despejava rejeitos em nascentes amazônicas

por meio de um duto clandestino. A posição do

país para cobrar uma política ambiental

responsável do Brasil não fica comprometida?

Artaxo - Você tem que separar uma questão

de macropolítica ligada com mudanças

climáticas globais com questões específicas de

uma, duas ou três empresas.

É evidente que as empresas, inclusive as

alemãs no Brasil, se aproveitam da fraca

legislação ambiental brasileira. A mesma coisa

com Noruega, EUA, França.

BBC News Brasil - Nesse caso específico o

governo norueguês também é acionista.

Artaxo - Não importa isso, é uma empresa.

Isso ocorre sim.

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Grupo de Comunicação

E a culpa disso não é deles, é nossa. Nós é

que temos que ter uma legislação que proteja

a população brasileira de questões como

Brumadinho etc. O erro não é deles, é nosso,

da fraqueza da nossa legislação em proteger a

economia e a população brasileira.

BBC News Brasil - Qual é a maneira mais

eficiente de se controlar desmatamento?

Artaxo - Controlar desmatamento é muito,

muito, muito simples. Temos todas as

ferramentas para isso. Um sistema de

monitoramento de queimadas que não existe

em nenhum outro lugar do mundo - o sistema

do INPE funciona, é extremamente eficiente e

foi aprimorado e validado com experimentos

de campo ao longo dos últimos 20 anos.

Com o cruzamento agora com o MapBiomas,

com o cruzamento com o cadastro ambiental

rural e dados de propriedade de terra, a gente

não sabe só onde mas quem está

desmatando.

O Brasil, se quiser zerar o desmatamento,

pode fazer isso no ano que vem. Não falta

nenhuma tecnologia para isso, basta vontade

política.

(Entre 2004 e 2012) nós conseguimos reduzir

o desmatamento de 24 mil km² por ano para

4 mil km². Esses 4 mil km² em 2013/2013

estão hoje em 8 mil km² e, em 2019, vai ser

um número próximo de 10 mil km² de floresta

desmatada.

BBC News Brasil - O ministro Ricardo Salles

defende a geração de emprego para as

comunidades locais, uma alternativa à

exploração ilegal da floresta, como caminho

para reduzir o desmatamento. Faz sentido?

Artaxo - Faz. Inclusive um dos principais

projetos do Fundo Amazônia, executado pelo

Instituto de Pesquisas Ambientais da

Amazônia (Ipam), trabalhou quatro anos

exatamente nesta direção: como dar uma vida

decente com recursos para populações

ribeirinhas de tal maneira que eles não

precisem se deslocar e continuar desmatando.

Com isso, você ataca um dos aspectos do

desmatamento, que é uma questão muito

mais complexa e envolve grandes empresas

agropecuárias, mineração, empresas de

extração de madeira e também pequenos

sitiantes e pequenos proprietários de terra.

Esse projeto do Ipam foi de extremo sucesso,

evitou um desmatamento enorme porque deu

perspectiva, renda e assessoria técnica para

pequenos produtores do sul do Pará. Um

minúsculo investimento de R$ 2 milhões ou R$

3 milhões traz um retorno enorme para a

comunidade e para o Brasil.

É possível achar um caminho de

sustentabilidade para a Amazônia com uma

renda decente para os 20 milhões de

brasileiros que vivem na região amazônica? A

resposta clara é sim. Mas, para isso, você

precisa de políticas públicas consistentes, de

longo prazo.

BBC News Brasil - O governo tentou tirar a

Funai do Ministério da Justiça, o Congresso

decidiu mantê-la na pasta. O presidente editou

então nova Medida Provisória, transferindo a

competência da demarcação de terras para a

Agricultura, mas a medida foi suspensa pelo

STF. Como o senhor avalia essa queda de

braço?

Artaxo - Não importa onde a Funai vai ficar,

na minha opinião. Pode ficar na Agricultura,

pode ficar na Justiça, no Meio Ambiente, em

qualquer lugar.

Mas, se for uma Funai fraca, inoperante, com

dez funcionários para cuidar de centenas de

reservas indígenas... Não faz a menor

diferença.

O que é mais importante é a política do

governo de realmente destruir a população

indígena brasileira. Isto é explícito.

Esse embate, se fica na Agricultura, se fica na

Justiça, na minha opinião, não é importante. O

que a gente quer é uma Funai forte, que

efetivamente proteja a população indígena,

que dê assistência a essa população indígena,

que a proteja de mineradores, de ataques de

latifundiários, das milícias que atuam na

Amazônia, do crescente tráfico de drogas que

está entrando forte na Amazônia, através das

fronteiras com a Colômbia, Bolívia e Peru. E

isto não está ocorrendo.

BBC News Brasil - No meio dessa polêmica da

Funai a gente vê circulando gráficos

mostrando que as áreas de reservas indígenas

são aquelas em que...

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Artaxo - A floresta é mais preservada. Isso é

real, você mede por satélite, fácil. É

exatamente por isso que os indígenas estão

sendo atacados, porque eles conseguem

preservar adequadamente as suas fronteiras.

BBC News Brasil - O governo ameaçou retirar

o Brasil do Acordo de Paris, mas voltou atrás.

O senhor viu isso como sinalização positiva?

Artaxo - Sair ou não sair, na minha opinião, é

uma questão meramente semântica. Se você

não cumprir as metas, tanto faz - que é do

que o Trump acabou sendo convencido.

Para quê sair do Acordo de Paris? É só não

cumprir as metas - não tem punição pra

ninguém. É irrelevante a questão de sair ou

não sair, se você não tem uma política para

cumprir os compromissos internacionais do

país na área ambiental e energética.

BBC News Brasil - O ministro falou que todas

as metas serão cumpridas...

Artaxo - Dependendo de como você calcula o

cumprimento dessas metas... O Brasil se

comprometeu a reflorestar 12 milhões de

hectares. As florestas abandonadas estão

nesse critério? Se for, nós já cumprimos. Mas

será que a promessa foi feita nessa direção?

Não, ela foi feita na direção de fomentar novas

áreas com plantio para retirar CO2 na

atmosfera. E isso não está sendo feito.

Outros tópicos vão ser também igualmente

difíceis. Por exemplo, ter um aumento

significativo da fração de energias

alternativas, solar e eólica, na matriz

energética brasileira. Isso está sendo

cumprido, mas de forma muito mais lenta que

o necessário.

A principal promessa, que é reduzir o

desmatamento ilegal a zero até 2025... Neste

ano, nós desmataremos 10 mil km² de

florestas virgens. Isto não tem como ser

cumprido. Nós não vamos cumprir as nossas

metas.

BBC News Brasil - Ainda no caso do Acordo de

Paris, chegou-se a dizer que o governo reviu

sua posição por pressão do próprio

agronegócio, que tem feito contraponto a

alguns aspectos da política ambiental

bolsonarista...

Artaxo - Assim como na sociedade brasileira, é

importante a gente perceber que existem duas

correntes antagônicas, no governo e no

agronegócio, que estão radicalmente divididas.

Assim como a sociedade brasileira acabou

sendo dividida por esse discurso do ódio e da

violência.

Tem uma corrente do agronegócio que diz:

'Vamos ocupar a Amazônia o mais rápido

possível, enquanto a gente pode, vamos

derrubar tudo o que for possível, sem

qualquer fiscalização, sem qualquer punição,

sem qualquer mecanismo estatal de controle'.

Essa é uma corrente.

A outra corrente é a que diz: 'Olha, essa

estratégia vai nos prejudicar, prejudicar a

imagem do agronegócio brasileiro no

estrangeiro, e daqui a pouco vai ficar difícil a

gente exportar até para a China, porque nós

podemos ser acusados de predadores do meio

ambiente' - e isso não é um bom negócio pro

Brasil.

BBC News Brasil - Essas duas correntes estão

representadas hoje no Congresso?

Artaxo - Sim. Obviamente, a primeira é

atualmente predominante, claramente.

Então nós temos que trabalhar para construir

políticas públicas para diminuir a velocidade

da destruição da floresta amazônica, já que o

próprio presidente tem uma política de

destruir o mais rápido possível a maior parcela

possível da floresta.

BBC News Brasil - O senhor acha que há risco

de o Acordo de Paris virar um Protocolo de

Kyoto, não ver as metas cumpridas e se tornar

uma frustração no futuro?

Artaxo - Não é questão de ser frustração.

Existe um problema grave na questão das

mudanças climáticas globais - a falta de

governança.

Essa história do fracasso de Kyoto... Não é

fracasso. Seria impossível, sem um sistema de

governança global que funcione, você atingir

as metas de Kyoto - assim como vai ser

impossível atingir as metas do Acordo de

Paris.

Quem vai punir os EUA pelo não cumprimento

das metas? Quem vai punir o Brasil? Que

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tribunal vai julgar isto? Quem vai aplicar essas

sanções? Isso tudo não existe. Isso tudo vai

ter que ser construído do zero.

Nós temos que fazer o pós-Acordo de Paris ser

um acordo com vinculação, ou seja, onde haja

penalidades claras para os países que não

cumprirem as suas metas. Por enquanto, nós

estamos brincando de reduzir emissões.

Mesmo se todas as metas do Acordo de Paris

forem cumpridas, o planeta se aquece ainda

2,7ºC, em média, o que em áreas continentais

significa um aumento de 3,5ºC.

BBC News Brasil - Ou seja, nossa geração

ainda vai ver uma situação de catástrofes...

Artaxo - Não é catástrofe. É importante dizer o

seguinte: isso não está colocando em risco a

nossa existência (como humanidade).

Eu não gosto de chamar de catástrofe. Nós

vamos ver o planeta se aquecendo, em média,

3,5ºC, vamos ver o Nordeste se desertificar

totalmente nos próximos 30 anos, vamos ver

alterações profundas no bioma amazônico e

mudanças climáticas sem precedentes nos

últimos 10 milhões de anos.

Isto vai ocorrer. O que nós podemos fazer é

minimizar esse cenário. O próximo acordo

pós-Paris vai ter que lidar com esse cenário.

Por isso que, nas últimas semanas, vários

países estão dizendo que a gente está

entrando em uma "emergência climática".

Caiu a ficha. A Islândia vai proibir a venda de

carros a gasolina, diesel ou qualquer

combustível fóssil a partir de 2025. Noruega

também.

Outros países estão tentando ganhar o

máximo de dinheiro possível agora, antes que

esse cenário aconteça - como os EUA.

BBC News Brasil - O senhor fala de cair a

ficha, mas a questão ambiental mobiliza

menos a sociedade civil do que outros temas.

Os cientistas estão falando de impactos

negativos sérios na vida das pessoas no médio

prazo e, ainda assim, não há uma pressão

social importante pra que os governos tomem

uma atitude pra tentar evitar esse cenário.

Artaxo - Veja, você acha que as pessoas têm

consciência do que significa você dar uma

arma na mão de cada um dos brasileiros?

Acha que as pessoas têm consciência disso?

Não.

São coisas que estão no dia a dia delas,

violência urbana, e as pessoas votaram por

isso. Tá respondido.

BBC News Brasil - Não adianta então ficar

mostrando mapa com as capitais litorâneas do

Brasil submersas...

Artaxo - Não. Mas, para a Ciência, é muito

claro. O nível do mar vai subir 1,5 metro até

2050, 2070. A praia de Copacabana que você

vê hoje vai ser coisa do passado.

Não há menor dúvida - e esse processo é

irreversível faça o que você quiser fazer com o

Acordo de Paris. Vamos falar português bem

claro.

BBC News Brasil - Sua visão como cientista

então, diante desse cenário, é otimista ou

pessimista?

Artaxo - Esse negócio de a imprensa ficar

procurando heróis e vilões, ser otimista ou

pessimista... Não existe isso.

A sociedade tem uma dinâmica complexa, que

é dirigida não por desejo das pessoas, mas

pelo interesse econômico. Quem vai mandar

nisso é o dinheiro.

Um grupo de 477 investidores que

administram um patrimônio total de US$ 34

trilhões assinou uma carta aberta aos

governos falando que nós precisamos

urgentemente apertar as metas do Acordo de

Paris, fazer medidas concretas e mensuráveis

pra diminuir as emissões já.

Por que eles estão fazendo isso? Não é porque

eles são bonzinhos. Eles têm uma única

preocupação: como é que eu vou continuar

ganhando dinheiro? Uma fração dos bilionários

percebeu que eles estão correndo um risco

enorme.

Agora voltando para a sua pergunta, não é

questão de ser otimista ou pessimista, você

tem que ser realista: nem um lado, nem

outro.

O que a realidade está nos mostrando é que a

gente está realmente acelerando as mudanças

climáticas, os eventos climáticos extremos,

isso já está tendo um impacto econômico e

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social enorme na nossa sociedade, e isso vai

se intensificar muito e em um futuro muito

próximo, nos próximos cinco ou dez anos.

Isto vai trazer recessão econômica, tensões

enormes entre os países. Hoje você tem uma

região do Oriente Médio que é semiárida.

Quando essa região ficar desértica, com cinco

graus acima do que é hoje, o que vai

acontecer com as migrações para a Europa? O

que a gente está vendo hoje é uma amostra

grátis do que vai vir nos próximos dez anos.

Esta ficha está caindo.

BBC News Brasil - Ainda assim, líderes como o

presidente americano não acreditam...

Artaxo - Essa questão do "acredito" também

me deixa doente em qualquer debate. Não é

religião, nós estamos falando de Ciência. Você

pode acreditar em Deus, acreditar ou não na

sua mulher, isso é irrelevante.

O que nós estamos observando

cientificamente é que estamos mudando

fortemente e rapidamente o clima do nosso

planeta. Ponto.

http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?

c=0&n=26466699&e=577

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Veículo: O Globo - jornal

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BELEZA EM DOSE DUPLA

Paraty pode ser eleita esta semana Patrimônio

Mundial da Unesco por natureza e cultura

Matheus Maciel e Ludmilla De Lima

Emoldurada pelo verde. A Igreja de Santa Rita de Cássia, cartão-postal do centro Histórico de Paraty: cidade colonial entre a Mata Atlântica e o mar é candidata a património mundial por aliar bens culturais e natureza exuberante.

Conhecida pelo casario colonial e pela

paisagem deslumbrante, Paraty quer ser

muito mais que uma joia da Costa Verde. Ela

poderá ser eleita Patrimônio Mundial da

Unesco, numa votação que acontecerá em

Baku, no Azerbaijão, entre sexta-feira e

sábado. Para não correr o risco de ser

rejeitada, como aconteceu em 2009, quando

se candidatou destacando sua importância

histórica, Paraty agora mudou de estratégia e

"engordou" seus predicados. Além de mostrar

sua arquitetura, vai exibir aos jurados quatro

zonas de preservação repletas de espécies

raras de fauna e flora. Com isso, almeja a

categoria de patrimônio misto, que engloba as

riquezas culturais e naturais. Caso a cidade

ganhe, será a primeira vez que o Brasil terá

um lugar contemplado nesse quesito.

Se Paraty sair vencedora, deverá entrar na

rota mundial de destinos turísticos

imperdíveis. Mas o título, além de abrir

caminho para um aumento do número de

visitantes, trará também responsabilidades.

Estado, prefeitura e União terão de garantir

que a paisagem cultural e natural não sofrerá

mudanças. Para isso, será criado um plano de

gestão, que estabelecerá o que cada um terá

de fazer para manter o desenvolvimento

sustentável da região. Caso a área seja

descaracterizada, pode deixar a lista de bens

da Unesco.

Diretor de Patrimônio Material do Instituto do

Patrimônio Histórico e Artístico Nacional

(Iphan), Andrey Rosenthal ressalta que o

reconhecimento implicará não só na

preservação do casario e da biodiversidade,

mas das comunidades tradicionais, como a de

caiçaras, e seus hábitos.

- O que muda em primeiro lugar com o título é

o compromisso que municípios, estado e União

assumem perante o mundo do ponto de vista

de gestão: nós temos a obrigação de

preservar esse bem. Em segundo, há um

reforço das identidades locais. E, em terceiro,

como mostram estatísticas, está a

transformação da área em destino de

interesse turístico internacional - diz Andrey.

De acordo com o Iphan, há dados que

mostram que o turismo duplicou na região da

Pampulha (em Minas Gerais) após o conjunto

entrar, em 2016, na relação de patrimônios

culturais mundiais. Dos 21 sítios brasileiros

reconhecidos pela Unesco, 14 fazem parte da

categoria cultural (como o Cais do Valongo, no

Rio) e sete, da natural. Embora não haja uma

obrigação de transferência de recursos

federais a partir do título, a expectativa em

Paraty é grande.

- Esse reconhecimento abre muitas

oportunidades para soluções de problemas de

infraestrutura - afirma a secretária de Cultura

da cidade, Cristina Maseda. Para ela, o

principal desafio agora é ampliar o

saneamento.

O dossiê da atual candidatura começou a

ganhar a atual forma há cinco anos e inclui,

além do Centro Histórico, o Parque Nacional

da Serra da Bocaina, a Área de Proteção

Ambiental de Cairuçu, o Parque Estadual da

Ilha Grande e a Reserva Biológica Estadual da

Praia do Sul. Toda essa área, calculada em

149 mil hectares, extrapola os limites de

Paraty, abrangendo parte de Angra dos Reis e

também de Ubatuba, Cunha, São José do

Barreiro e Areais, cidades no estado de São

Paulo. O dossiê destaca ainda a existência de

duas terras indígenas, dois territórios

quilombolas e 28 comunidades caiçaras, que

vivem da relação com a natureza.

O dossiê sobre a região inclui curiosidades,

como a existência de 36 espécies vegetais

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raras, incluindo o palmito-jussara, uma

palmeira nativa da Mata Atlântica que é

sucesso na gastronomia local. Já a caixeta,

também conhecida como pau-paraíba, é uma

árvore de madeira maleável muito utilizada

pelos caiçaras para a produção de

instrumentos musicais. E pesam a favor da

inclusão desse paraíso da Costa Verde as

paisagens de tirar o fôlego. Na Serra da

Bocaina, o visual da sua parte alta atrai

turistas. Por lá, há trilhas de diferentes níveis

de dificuldade até mirantes, picos e

cachoeiras. A visão oposta é a do litoral, onde

ficam as famosas praias da Caixa D Aço, além

de piscinas naturais. Tudo emoldurado pela

Mata Atlântica.

- Temos uma joia natural aqui, um presente

do mundo para toda a população e os

visitantes. Áliar o turismo com a preservação

ambiental é fundamental comenta o guia local,

Ubirajara Fernandes, de 36 anos.

TORCIDA GRANDE Para torcer pela vitória de

Paraty, embarcam hoje para o Azerbaijão o

prefeito em exercício de Paraty, Valcenir da

Silva Teixeira, Cristina Maseda e outros dois

secretários. A delegação conta também com o

prefeito de Angra, Fernando Jordão, e dois

integrantes de seu governo, além da própria

presidente do Iphan, Kátia Bogéa, integrante

da Convenção do Patrimônio Mundial (hoje o

Brasil ocupa a vice-presidência). O grupo, com

21 representantes, é quem decidirá sobre a

candidatura de Paraty (o país não vota nesse

caso) e de outros 35 locais no mundo. Hoje,

há 1.092 sítios reconhecidos como patrimônios

mundiais, mas apenas 38 na categoria mista.

http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?

c=0&n=26492592&e=577

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FOLHA DE S. PAULO Quem é a autoridade?

O povo se expressa pela manifestação do

Legislativo

Michel Temer

Observei, ao longo do tempo, que muitos

entendem que autoridade é uma pessoa física.

Presidente, governadores, senadores, deputados,

prefeitos, vereadores, juízes e até outras

categorias são (ou se acham) autoridades,

segundo o uso comum. Não são. São, isto sim,

autoridades constituídas. E constituídas pela

única autoridade legítima nos estados

democráticos: o povo.

Todo poder emana do povo não é regra de

palanque político, de momento eleitoral. É regra

jurídica, que diz quem manda no Estado. E, a

partir daí, quem manda constitui autoridades por

eleições ou por vias legalmente estabelecidas.

Estas, autoridades constituídas, exercerão

funções definidas na Lei Maior: legislação,

execução e jurisdição. Vejam que a lei criadora

do Estado é fruto da vontade de um povo

determinado. Por isso, costuma-se dizer que ela

expressa a soberania popular.

Soberania, por sua vez, é vocábulo que vem de

soberano, supremo e incontestado governante,

como ocorria no Estado absolutista. Significa que

não encontra contraste. É incontrastável.

Juridicamente é a capacidade de querer

coercitivamente, fixando competências, direitos e

deveres. E sanções quando for o caso. É o que

faz a Lei Maior, a Constituição. Portanto, desde o

nascimento do Estado de Direito, verifica-se a

certeza da dicção: autoridade é o povo.

É quem titulariza e defere o exercício do poder

constituinte originário, cuja vontade prossegue

na elaboração legislativa infraconstitucional. A

derivação se dá por meio de leis nascidas no

Parlamento ou, no nosso sistema, por medidas

provisórias. Portanto, depois de nascido o Estado

por meio da Constituição (que é ditada, no geral,

pelos representantes populares), é o Legislativo

que passa a expressar a vontade popular. Por

meio, naturalmente, dos atos normativos que

edita.

Nele, Legislativo, estão presentes os

representantes do povo. Repito: única autoridade

do Estado. Assim, quando se edita a lei, esta é

que revela a autoridade. Nesse sentido, o

Legislativo é o primeiro poder do Estado. Ele,

legislador, só pode fazer aquilo que está escrito

na Lei Maior. E a legislação é o ato deflagrador

da atividade jurisdicional e executiva.

A jurisdição, “juris dicere”, significa aplicar o

direito posto pelo legislador na solução de

controvérsias. E o Executivo executa o disposto

na lei. Tanto é assim que a competência para

regulamentar a lei por meio de decreto não pode

ultrapassar os seus limites sob pena de este ser

anulado por ato normativo, o chamado decreto

legislativo. Em outras palavras, o Judiciário e o

Executivo (ressalvada a hipótese da medida

provisória) não são deflagradores da atividade

estatal.

Têm o Executivo e o Judiciário a iniciativa para

provocar a deflagração. Tem o Executivo ainda

competência de impedir o ingresso da lei ou de

parte dela na ordem jurídica por meio do veto.

Mas não tem a palavra definitiva, pois o veto

pode ser derrubado pelo Legislativo. De igual

maneira, o Judiciário. Este pode dizer —em

tarefa importantíssima— o que é lei e o que não

é.

Explico: em ação direta de inconstitucionalidade

ou mesmo em ação que questione a

constitucionalidade de um ato normativo,

oferecida em litígio individual ou coletivo, pode

fazer banir do sistema lei que contrarie a

Constituição. O mesmo pode dar-se na ação

direta de constitucionalidade. E na arguição de

descumprimento de preceito fundamental.

É por isso que, quando as ruas se manifestam,

quem deve vocalizar essa voz (afinal, é o povo) é

o Legislativo após examinar o conteúdo e as

circunstâncias das postulações. Executivo e

Judiciário poderão aumentar essa sonoridade.

Poderão somar-se à voz popular propondo a

modificação normativa. Modificada, passa-se a

aplicá-la.

Afinal, a mensagem dada pela Constituição,

embora crie três órgãos do Poder, é que o povo

na democracia se expressa pela manifestação do

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Legislativo. Portanto, a autoridade está na lei,

não nas pessoas constituídas pela vontade

popular. Não é sem razão que a Constituição

estabelece que ninguém será obrigado a fazer ou

deixar de fazer qualquer coisa senão em virtude

de lei, elevando-a às culminâncias da atividade

estatal.

Peço escusas àqueles versados em razão da

obviedade do que escrevi. É que ele serve de

alerta no momento em que nem todas as

autoridades constituídas se pautam pela Carta

Magna e pelas leis. Até porque, muitas vezes,

consideram-se acima delas. E isso é o que cria a

chamada “insegurança jurídica”. E,

consequentemente, a instabilidade institucional,

circunstância indesejada não só pelos cidadãos

comuns como pelos investidores, nacionais ou

estrangeiros.

Michel Temer

Ex-presidente da República (2016-2018)

https://www1.folha.uol.com.br/opiniao/2019/07/

quem-e-a-autoridade.shtml

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Painel: Em meio a crise de mensagens,

procuradores pressionam Dodge a defender

instituição

Sem colete à prova de balas A ausência de uma

defesa pública e enfática por parte da

procuradora-geral da República, Raquel Dodge,

dos colegas mencionados nas mensagens

reveladas pelo The Intercept Brasil começou a

incomodar membros do Ministério Público

Federal. Parte da categoria também se ressente

do fato de ela, até hoje, não ter feito ofensiva via

imprensa ao que é chamado no MPF de ataque

criminoso à privacidade dos envolvidos. O

silêncio, dizem esses procuradores, amplia a

exposição institucional.

Sua casa A ala que cobra uma postura mais ativa

da PGR diz que a insatisfação com Dodge chegou

ao auge quando, no domingo (30), a Folha

revelou conversas que envolveram o gabinete do

antecessor dela no comando do órgão e, nem

assim, houve manifestação.

Ninguém mais A Lava Jato, dizem integrantes

desse grupo, fala por si, e a Associação Nacional

de Procuradores pela carreira, mas só Dodge

pode fazer uma defesa da instituição.

Passo em falso A pressão interna amplia o cerco

do qual a procuradora-geral é alvo. Dodge sabe

que um grupo de ministros do Supremo

acompanha com lupa os desdobramentos do caso

e vê com forte assombro a conduta registrada

nas mensagens de procuradores e do ex-juiz

Sergio Moro.

Com as armas de Jorge A aguardada oitiva do

ministro da Justiça, nesta terça (2), na Comissão

de Constituição e Justiça da Câmara, mobilizou a

oposição. O PT pediu que seus integrantes

voltassem mais cedo a Brasília para traçar

estratégia. Tentará dar a Moro tratamento mais

duro do que o recebido no Senado.

Pode vir quente Pessoas próximas ao ministro já

contam com um ambiente mais agitado na

Câmara, mas veem Moro tranquilo e fortalecido

pelos atos de apoio no domingo.

O ovo… Após o confronto entre militantes do MBL

e do Direita SP, em ato na avenida Paulista, o

caminhão do segundo grupo exibiu vídeo em que

Olavo de Carvalho citou “traidores que

começaram a negociar com a outra parte e

intitular-se moderados” e disse que era preciso

“quebrar as pernas desses vagabundos”.

…da serpente A divisão tornou-se evidente. Os

que pregam o expurgo do MBL falam em

“depuração” da direita. Do outro lado há forte

temor de que atos pró-Bolsonaro descambem

para o radicalismo puro e simples, apoiado no

discurso anti-instituições.

Certo por vias tortas Para minimizar o dano

provocado pela possível retirada de estados e

municípios da reforma da Previdência,

parlamentares estudam a elaboração de um selo

de responsabilidade previdenciária regional.

Pelo bolso O debate se dá em torno da criação

de uma lei de responsabilidade previdenciária,

segundo a qual os estados seriam forçados a

aprovar medidas de ajuste, sob pena de perder o

direito de tomar empréstimos. Algumas delas,

porém, já constam do relatório de Samuel

Moreira (PSDB-SP).

É grave o caso Nos cálculos de parlamentares do

Nordeste, a inclusão de estados tiraria apoios a

ponto de pôr em risco a reforma por 10 a 15

votos.

Sua parte Até a noite desta segunda, ala do PSL

tentava convencer Paulo Guedes (Economia) a

aceitar regra de transição mais amena para

integrantes de forças de segurança.

Mulher de César Aliados de Jair Bolsonaro

seguem afirmando que não veem como ele

manter o ministro Marcelo Álvaro Antônio

(Turismo) no cargo. Especialmente após

integrantes do governo e familiares do presidente

protagonizarem chamados públicos a atos pró-

combate à corrupção.

Liquida O governador Romeu Zema (MG) indicou

ao governo federal que pretende incluir a

privatização da Cemig no pacote de obrigações

que deve cumprir para aderir ao plano de

recuperação fiscal. A venda precisa do aval da

Assembleia.

Visitas à Folha Marc Allen, vice-presidente sênior

da Boeing e presidente da parceria com a

Embraer e de Operações do grupo, visitou a

Folha nesta segunda-feira (1º), onde foi recebido

em almoço. Estava acompanhado de Ana Paula

Ferreira, diretora de comunicação.

O embaixador Pedro Monzón, cônsul-geral de

Cuba em São Paulo, visitou a Folha nesta

segunda-feira.

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TIROTEIO

A direita libertária e a conservadora precisam

sentar e conversar. Se virar briga, não

atingiremos nossos objetivos

Da deputada Carla Zambelli (PSL-SP), sobre as

divergências que descambaram para a agressões

entre grupos de direita no domingo

https://painel.blogfolha.uol.com.br/2019/07/02/e

m-meio-a-crise-de-mensagens-procuradores-

pressionam-dodge-a-defender-instituicao/

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União Europeia reduzirá tarifas mais rápido

que Mercosul

Bernardo Caram

O acordo assinado entre a União Europeia e o

Mercosul prevê que os europeus reduzam suas

tarifas de importação de forma mais acelerada do

que o corte tarifário exigido dos países sul-

americanos.

O acordo não está em vigor e ainda precisa ser

aprovado pelo Parlamento Europeu e pelas casas

legislativas de cada membro do bloco. No

Mercosul, os negociadores avaliam a

possibilidade de que a regra entre em vigor

assim que o primeiro país do bloco aprovar os

termos.

Segundo o secretário de comércio exterior do

ministério da Economia, Lucas Ferraz, o acordo

traz percentuais diferenciados para cumprimento

pelos países de cada bloco. Cada categoria de

produto terá uma regra específica.

Em um prazo de dez anos após a entrada em

vigor, a União Europeia se compromete a zerar

as tarifas de importação de 92% dos produtos

importados do Mercosul. Os sul-americanos terão

de zerar as tarifas de 72% dos produtos

importados da Europa.

No setor industrial, a União Europeia vai acabar

com as tarifas de importação para 100% dos

manufaturados em até dez anos. O Mercosul, por

sua vez, terá dez anos para zerar as tarifas de

72% dos produtos industrializados e mais cinco

anos para atingir o patamar de 90,8%.

Na área agrícola, os europeus terão dez anos

para acabar com tarifas de 81,8% das

mercadorias, enquanto o Mercosul deverá

cumprir um percentual de 67,4%.

Para o setor automotivo, a tarifa de 35% cobrada

sobre a importação dos carros europeus cairá

para 17,5% em até dez anos, com uma cota de

50 mil carros para o Mercosul nos primeiros sete

anos, sendo 32 mil para o Brasil. Em 15 anos, a

taxa cairá a zero.

Para fechar o acordo, o Mercosul ainda negociou

a liberação de cotas de exportação em áreas

específicas. Membros do governo avaliam que o

Brasil será o maior beneficiado, já que é o maior

produtor da região em grande parte das

categorias.

Haverá, por exemplo, uma cota adicional de 180

mil toneladas de frango exportado para a Europa

por ano com tarifa zero dentro da cota. No ano

passado, por exemplo, toda a exportação de

frango do Brasil para a Europa somou 200 mil

toneladas.

No caso do açúcar, produto que o Brasil exportou

22 mil toneladas para a Europa em 2018, a cota

extra para o Mercosul será de 180 mil toneladas

ao ano com tarifa zero. Há também cota para

exportação anual de 450 mil toneladas de etanol

industrial sem tarifa.

O acordo também traz cotas com tarifas

reduzidas para venda de etanol de uso geral e de

carne bovina.

Essas cotas crescerão gradualmente até

atingirem os valores totais cerca de cinco anos

após a entrada em vigor do tratado.

“É uma cota para o Mercosul, mas o Brasil é o

grande exportador”, disse o secretário.

Ferraz ressalta que o acordo foi destravado após

o Mercosul abrir mão de pontos que eram

demandados pelos europeus na área de

navegação e da origem de componentes das

mercadorias.

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Grupo de Comunicação

A chamada regra de origem foi flexibilizada.

Desse modo, os países do acordo poderão usar,

por exemplo, componentes importados da China

ou outros países para compor um produto que

será vendido dentro do acordo. Em etapas

anteriores da negociação, os produtos deveriam

ser integralmente produzidos dentro dos blocos.

Também pelo tratado, navios europeus poderão

participar da navegação de cabotagem no

Mercosul. O Brasil ainda vai zerar um imposto

cobrado desde 1808 de navios que atracam em

seus portos. A regra valerá para os outros países

do acordo.

Principais itens do acordo Mercosul-UE

O que é um tratado de livre-comércio?

É um acordo entre países para reduzir ou zerar

tarifas e eliminar outras barreiras para

importação e exportação.

Quando o acordo com a União Europeia entra em

vigor?

Tratado ainda precisa ser ratificado pelo

Parlamento Europeu e ter a anuência de cada

membro do bloco.

No Mercosul, regra pode entrar em vigor assim

que o primeiro país sul-americano aprovar

termos.

Previsão é que acordo seja ratificado em dois

anos.

O que o acordo prevê?

Europeus vão reduzir suas tarifas de importação

de forma mais acelerada; cada categoria de

produto tem uma regra.

Em dez anos, a UE deve zerar tarifas de

importação de 92% dos produtos do Mercosul. Já

o bloco sul-americano vai zerar impostos de 72%

dos importados da Europa.

No setor industrial, União Europeia vai liberar

100% dos manufaturados em até dez anos.

Mercosul, liberaliza 72% dos produtos

industrializados em uma década, e 91% em 15

anos.

Quais são as principais cotas de importação?

No setor automotivo: tarifa de 35% cobrada pelo

Mercosul hoje sobre a importação dos carros

europeus cairá para 17,5% em até dez anos,

com uma cota de 50 mil carros nos primeiros

sete anos, sendo 32 mil para o Brasil. Em 15

anos, a taxa cairá a zero.

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Grupo de Comunicação

Carne: UE estabeleceu cota de 99 mil toneladas a

uma tarifa de 7,5% para o produto bovino vindo

do Mercosul em seis anos. Para frango, serão

180 mil toneladas livres de imposto em seis

anos. Já a proteína suína tem cota de 25 mil

toneladas com tarifa de € 83 por tonelada.

Etanol: UE impõe cota de 450 mil toneladas livres

de imposto para uso industrial e 200 mil com

redução da tarifa a um terço do valor cobrado

atualmente para utilização em qualquer uso

(inclusive combustível) em seis anos.

Queijo e leite em pó: os dois blocos estipularam

as mesmas cotas para esses produtos, de 30 mil

e 10 mil toneladas livres de imposto em dez

anos.

Quais os compromissos ambientais são exigidos?

Os dois blocos se comprometeram com iniciativas

de preservação ambiental que incluem restrições

a produtos como soja e carne produzidos em

áreas desmatadas.

O documento menciona “moratória da soja no

Brasil” para limitar a expansão das plantações de

soja em áreas florestais.

Qual o tamanho dos mercados?

O Mercosul e a UE representam, somados, PIB de

cerca de US$ 20 trilhões, aproximadamente 25%

da economia mundial, e um mercado de 780

milhões de pessoas.

Quanto movimenta o comércio entre os blocos?

Exportações do Mercosul para os 28 países do

bloco europeu somaram € 42,6 bilhões (R$ 186

bilhões) em 2018.

A União Europeia vendeu € 45 bilhões (R$ 196,7

bilhões) para o Mercosul no mesmo período.

https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2019/07

/uniao-europeia-reduzira-tarifas-mais-rapido-

que-mercosul.shtml

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Data: 02/07/2019

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Grupo de Comunicação

Acordo Mercosul-UE inclui restrição a soja e

carne em área desmatada

Eduardo Cucolo

O Mercosul e a União Europeia se

comprometeram com iniciativas de preservação

ambiental que incluem restrições a produtos

como soja e carne produzidos em áreas

desmatadas.

Documento divulgado nesta segunda-feira (1º)

com detalhes sobre as negociações do acordo

comercial entre os dois blocos, concluídas na

última sexta-feira (28), traz um resumo sobre o

tema “Comércio e Desenvolvimento Sustentável”,

que terá um capítulo especial.

Entre os temas tratados no capítulo estarão o

compromisso de resguardar iniciativas na área de

agricultura sustentável, como a adoção dos

conceitos de “desmatamento zero” nas cadeiras

de suprimentos e de “moratória da soja no

Brasil”, neste último caso, “para limitar a

expansão das plantações de soja em áreas

florestais no Brasil”.

A moratória da soja é um acordo feito entre

ONGs, governo e a agroindústria brasileira, que

se comprometeu a não comprar o produto de

áreas desmatadas na Amazônia, ação que

contribuiu para brecar o desmatamento na

região.

O capítulo também cita o compromisso do setor

privado em não adquirir carne de fazendas em

áreas desmatadas.

Um artigo especial desse capítulo será dedicado

ao compromisso de ambas as partes em

respeitar acordos ambientais já assinados,

destacando a obrigação de “implementar

efetivamente o Acordo de Paris”, iniciativa que o

governo brasileiro ameaçou abandonar.

O capítulo sobre Comércio e Desenvolvimento

Sustentável trata ainda de procedimentos de

resolução de litígios nessas áreas.

Uma queixa de não cumprimento dessas

questões será primeiro tratada por meio de

consulta formal ao governo local. Se a situação

não for resolvida, pode ser requisitada abertura

de um painel independente de especialistas para

examinar o assunto e fazer recomendações, que

serão divulgadas ao público geral. O documento

não fala em sanções específicas nessas questões.

O mesmo capítulo também trata de condições de

trabalho, com o compromisso de respeitar regras

de combate ao trabalho forçado e infantil, de

não-discriminação no ambiente de trabalho e de

liberdade de associação e direito à negociação

coletiva.

“É a premissa de que o aumento do comércio não

deve ocorrer às custas do meio ambiente ou das

condições de trabalho. Pelo contrário, deve

promover o desenvolvimento sustentável”, diz o

documento divulgado nesta segunda-feira.

O posicionamento do governo Jair Bolsonaro

(PSL) em relação à questão ambiental era um

dos entraves para a conclusão das negociações

com a União Europeia. Em viagem ao Japão na

semana passada, o presidente chegou a falar na

existência de uma "psicose ambientalista" contra

o Brasil.

https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2019/07

/acordo-mercosul-ue-inclui-restricao-a-soja-e-

carne-em-area-desmatada.shtml

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Data: 02/07/2019

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Grupo de Comunicação

Painel S.A.: Governo de SP deve criar

agência para cuidar de metrô, CPTM e

ônibus

O governo de São Paulo se prepara para criar

uma nova agência reguladora para cuidar

especificamente de transporte coletivo de

passageiros no estado.

Ela seria o desmembramento de um pedaço da

Artesp, a agência de transporte que atualmente é

responsável por regular e fiscalizar o programa

de concessões das rodovias, além dos ônibus

intermunicipais. O projeto tem sido planejado há

meses e já foi apresentado ao secretariado.

União Sob o guarda-chuva da nova superagência

ficariam os trens da CPTM e Metrô, os ônibus da

EMTU e outros.

No tranco O final feliz do acordo entre Mercosul e

União Europeia deve tornar um pouco mais fácil a

conclusão de outras negociações, segundo Carlos

Abijaodi, diretor da CNI (Confederação Nacional

da Indústria). “O ambiente fica mais confortável,

outros países já sabem os limites de um acordo

conosco”, afirma.

Vizinhos O acordo com o Efta (bloco com

Islândia, Liechtenstein, Noruega e Suíça) deve

ser o próximo a ser destravado com a recente

injeção de otimismo, diz Vera Kanas, sócia do

TozziniFreire Advogados. “Há também outros em

andamento, com Canadá, Singapura e Coreia do

Sul.”

Espelho Diz muito sobre cada bloco o tamanho

das concessões que fizeram na negociação. O

Mercosul deixou 10% dos bens industriais que

importa fora do acordo, classificando-os como

sensíveis —europeus incluíram 100%. Na área

agrícola, 95% foram incluídos pelos sul-

americanos e 82% pela UE.

Paçoca São os próprios servidores do Ministério

da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos

que vão custear o arraial da pasta, mencionado

em vídeo pela ministra Damares Alves nesta

segunda (1º).

Piadinha A única coisa que não será paga por

eles é o prometido sorteio da viagem para

Taguatinga, cidade-satélite de Brasília. É que não

vai ter viagem nenhuma. A prenda foi só uma

brincadeira da ministra.

Pit stop Na febre do mercado de entregas, o

aplicativo Loggi montou uma tenda em São Paulo

para motoboys descansarem. O espaço oferece

aos entregadores carga de celular, wi-fi e

pebolim —é tudo grátis, mas só com hora

marcada.

Atraso A taxa média de inadimplência de

pessoas físicas deve alcançar 4,71% neste mês,

segundo projeção do Ibevar (instituto do varejo).

A alta é de 0,31 ponto percentual ante o mesmo

mês de 2019.

Caça aos devedores A Secretaria da Fazenda de

São Paulo passou os dois últimos meses correndo

atrás de devedores de ICMS. Realizou 255

reuniões com dirigentes de empresas e agora

conclui a primeira fase da operação, chamada de

Inadimplentes.

Rombo O esforço inicial selecionou empresas

com dívidas que somadas ultrapassam

R$ 1 bilhão, sendo R$ 700 milhões já na dívida

ativa.

Pendura Segundo a Fazenda, foram R$ 382

milhões em débitos recuperados de contribuintes

—R$ 44 milhões foram pagos à vista e os outros

R$ 338 milhões, parcelados em até 60 vezes.

Cobrança Foram 421 contribuintes fiscalizados e

279 acordos firmados, com uma taxa de sucesso

em torno de 65% nas abordagens. O primeiro

esforço acabou, mas em breve tem mais.

Já? O que disse o presidente de um banco de

investimento enquanto assistia pela televisão as

multidões se avolumarem nos atos em defesa do

ministro Sergio Moro em todos os estados neste

domingo (30): “Já pensou se começam a sair

pesquisas eleitorais para 2022 com Doria,

Bolsonaro e Moro, dando Moro disparado na

liderança?”

Reboco Empresários da indústria de material de

construção voltaram a ficar mais animados com o

governo. Cerca de 19% afirmaram em junho

estar otimistas com ações governamentais nos

próximos meses. Foi uma alta de 11 pontos

percentuais, a primeira do ano, segundo a

Abramat (associação do setor).

com Igor Utsumi e Paula Soprana

https://www1.folha.uol.com.br/colunas/painelsa/2019/07/governo-de-sp-deve-criar-agencia-para-cuidar-de-metro-cptm-e-onibus.shtml Voltar ao Sumário

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Grupo de Comunicação

Após três cortes, Petrobras aumenta preço

do diesel em 3,9%

Nicola Pamplona

A Petrobras anunciou nesta segunda (1) aumento

de 3,9%, em média, no preço do óleo diesel

vendido por suas refinarias. Foi o primeiro

reajuste desde 12 de junho, quando a companhia

pôs fim ao prazo mínimo para mudanças no

preço do combustível.

Segundo a estatal, o aumento é de R$ 0,081 por

litro. A partir desta terça (2), portanto, o diesel

será vendido, em média, a R$ 1,9854 por litro. O

repasse ao consumidor, porém, dependerá de

políticas comerciais de distribuidoras e postos.

Segundo a ANP (Agência Nacional do Petróleo,

Gás e Biocombustíveis), o preço do diesel nas

bombas vem caindo a cinco semanas

consecutivas, como reflexo de três cortes

promovidos pela Petrobras nas refinarias —o

último, em junho, foi de 4,6%.

Na média nacional, de acordo com os dados da

agência, o litro do óleo diesel foi vendido pelos

postos a R$ 3,570 por litro na semana passada,

baixa de 4,4% com relação ao verificado um mês

antes. O movimento de queda respondeu a

redução nas cotações internacionais do petróleo.

No dia 12 de junho, a Petrobras anunciou nova

alteração em sua política de preços, eliminando o

prazo mínimo de 15 dias para reajustes

estabelecido em março, como resposta a

crescentes pressões dos caminhoneiros contra

aumentos no início do ano.

A empresa avaliou que os prazos mínimos

prejudicavam sua capacidade de competição em

um momento de queda nas cotações

internacionais, abrindo janelas de oportunidade

para importações por companhias privadas.

O preço da gasolina vendida pela Petrobras

permanece inalterado nesta terça —o último

reajuste ocorreu no dia 10 de junho, com corte

de 3%.

Segundo a ANP, também neste caso, o valor de

bomba vem registrando constante queda: já são

sete semanas de redução. Na semana passada, o

preço médio do combustível nos postos

brasileiros foi R$ 4,425 por litro, 2,73% a menos

do que um mês antes.

https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2019/07

/apos-tres-cortes-petrobras-aumenta-preco-do-

diesel-em-39.shtml

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Grupo de Comunicação

Mônica Bergamo: PSL pode tirar 22 votos da

Previdência por recusa de Guedes a

benefícios para policiais

A bancada do PSL pode registrar uma baixa de

até 22 votos a favor da reforma da Previdência. A

debandada seria causada pela recusa do ministro

Paulo Guedes, da Economia, de aceitar destaques

que beneficiariam policiais civis e federais com

regras mais brandas para a aposentadoria.

ÁGUA

Guedes resistia à ideia. Na manhã de segunda

(1°), repetiu a orientação ao deputado Alexandre

Frota (PSL-SP), coordenador da comissão da

reforma da Previdência. “A hora não é de

desidratar. É de hidratar a proposta”, diz o

parlamentar.

TALHER

Frota, por sinal, chegou a marcar um almoço

entre Guedes e o presidente da Câmara, Rodrigo

Maia, para azeitar de novo a relação entre os

dois. O encontro acabou desmarcado depois que

o presidente Jair Bolsonaro acusou os

parlamentares de quererem transformá-lo em

uma rainha da Inglaterra.

ASSINATURA

Frota diz, no entanto, que o governo deve a

reforma a Maia. Segundo ele, o governo de Jair

Bolsonaro “não reúne hoje nem 50 votos na

Câmara”. A reforma, se passar, será “uma obra

do Rodrigo Maia [presidente da Casa]”.

MORO QUEM?

Os filhos de Jair Bolsonaro, considerados

importantes mobilizadores nas redes sociais, não

divulgaram no Twitter nenhuma informação

sobre a manifestação de domingo (30) nos dias

que antecederam os protestos —que tinham

como principal bandeira a defesa de Sergio Moro.

NA VOLTA

Em viagem com o pai para o G-20, o deputado

federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) praticamente

só tratou de assuntos internacionais. Apenas no

dia da manifestação, à qual compareceu, ele

postou fotos e filmagens.

NEM ISSO

Carlos Bolsonaro (PSL-RJ) desprezou o assunto.

Só falou dele no dia —e, ainda assim, retuitando

uma única mensagem. O senador Flávio

Bolsonaro, nem isso.

TAMO JUNTO

Já o MBL (Movimento Brasil Livre), criticado no

passado por Moro, tentou bombar o tema —

foram

dez mensagens às vésperas da mobilização.

ARTE DE RUA

O grafiteiro Nunca inaugurou a exposição “Meide

in Brazil”, na Galeria Kogan Amaro, no sábado

(29).

O curador Ricardo Resende, o crítico de arte José

Henrique Fabre Rolim, o arquiteto Rodrigo

Ohtake e a curadora Ana Carolina Ralston

compareceram, assim como o artista Daniel

Lannes.

BRAÇO DE FERRO

Um grupo de estagiários da Defensoria Pública do

Estado de SP diz ter sido desligado do órgão

como forma de retaliação por eles terem

participado de uma paralisação pedindo aumento

no seu vale transporte, em junho.

A Defensoria nega.

É O FIM

“Não houve estagiário com contrato renovado

que tenha sido descredenciado”, afirma o órgão,

que diz serem “comuns os descredenciamentos

por ausência de prorrogação, que não ocorrem

por retaliação, mas conforme a realidade do

serviço em cada localidade”.

MEXE...

A Secretaria Municipal de Cultura abriu edital

para selecionar uma organização interessada em

realizar a gestão artística e pedagógica do Centro

de Referência da Dança (CRD), situado sob o

viaduto do Chá, no centro da capital paulista.

... A CADEIRA

O contrato dura um ano e oferece R$ 300 mil.

CORTA E RECORTA

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Grupo de Comunicação

O ator Sérgio Mamberti vai expor 60 colagens

autorais em exposição na Galeria São Paulo

Flutuante que será inaugurada no dia 5 agosto.

Intitulada “Comandante Mamberti: Fotos

Colagens e Fotos Históricas”, a mostra também

reúne fotografias de sua carreira e de sua

família.

FECHANDO...

Uma equipe do Banco Interamericano de

Desenvolvimento esteve no Memorial da América

Latina e na Sala São Paulo na sexta (28).

... NEGÓCIOS

Os dois equipamentos culturais foram avaliados

para receber a 10ª edição do PPP Américas 2021,

evento de fomento ao turismo de negócios e às

parcerias público privadas que ocorrerá em São

Paulo em maio de 2021.

ESPÍRITOS DE UM TEMPO

Os atores Georgette Fadel, Vinícius Meloni e

Roberta Estrela D’Alva estão no elenco da peça

“Terror e Miséria no Terceiro Milênio -

Improvisando Utopias”. O espetáculo, que

estreou na sexta (28) no Sesc Bom Retiro,

também conta com atuação de Jairo Pereira e

tem direção de Claudia Schapira.

CURTO-CIRCUITO

O Grupo Summus Editorial debate ética e

comunicação no século 21 no primeiro painel

para celebrar seus 45 anos. Nesta terça (2), às

19h, na Unibes Cultural.

O Instituto MetaSocial forma uma nova turma de

banhistas de pet shop com alunos deficientes

intelectuais ou em vulnerabilidade social. Nesta

terça (2), no Sindicato Nacional da Indústria de

Produtos para Saúde Animal.

A Schutz lança colaboração com a Fiever. Hoje,

às 16h, na rua Oscar Freire, 944.

com BRUNA NARCIZO, BRUNO B. SORAGGI e

VICTORIA AZEVEDO

https://www1.folha.uol.com.br/colunas/monicabe

rgamo/2019/07/psl-pode-tirar-22-votos-da-

previdencia-por-recusa-de-guedes-a-beneficios-

para-policiais.shtml

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Data: 02/07/2019

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Grupo de Comunicação

Japão retoma caça comercial de baleias

após mais de 30 anos

Harumi Ozawa

Nesta segunda (1), navios japoneses caçaram

com arpão duas baleias em águas japonesas,

inaugurando a retomada da caça comercial desse

animal que estava interrompida há mais de três

décadas.

O retorno ao mar dos baleeiros para caçar

baleias para consumo se dá após a decisão do

governo de deixar a Comissão Baleeira

Internacional (CBI) há seis meses.

Duas baleias minke foram caçadas por

embarcações que zarparam nesta manhã do

porto de Kushiro (ilha de Hokkaido), depois de

uma cerimônia na qual vários políticos

defenderam a legitimidade desta tradição.

Pelo menos um dos barcos retornou à tarde ao

porto e descarregou suas presas, constataram

jornalistas da AFP.

"É uma pequena indústria, mas estou orgulhoso

da caça às baleias. A prática existe há mais de

400 anos na minha cidade", disse Yoshifumi Kai,

presidente de uma associação de baleeiros,

animado em voltar ao mar.

Para Hideki Abe, é algo novo. Ele tem 23 anos e

nunca participou de uma missão desse tipo. "Eu

estou um pouco nervoso, mas feliz que possamos

começar. Gostaria que mais pessoas provassem

carne de baleia, pelo menos uma vez", disse

antes de sua partida.

O navio-fábrica Nisshin Maru, o carro-chefe da

frota baleeira japonesa, e outras embarcações

também deixaram o porto de Shimonoseki

(sudoeste), onde há uma enorme estátua em

forma de uma baleia.

"Acreditamos que as baleias são recursos

marinhos como os peixes e que podem ser

usadas de acordo com critérios científicos",

explicou à AFP um funcionário do Ministério da

Agricultura, Silvicultura e Pesca. "Determinamos

cotas para não prejudicar as espécies", disse.

O Japão iniciou suas "missões de pesquisa" na

Antártida e no nordeste do Pacífico há 32 e 25

anos respectivamente, renunciando à pesca

puramente comercial, mas servindo-se de uma

"exceção científica", tolerada pela CBI.

Durante essas três décadas, o arquipélago foi

fortemente criticado por ambientalistas por suas

maneiras de proceder, julgadas cruéis, enquanto

existem métodos não letais para realizar

experimentos científicos, segundo seus

detratores.

Além disso, embora as baleias tenham sido

usadas para fins científicos, parte de sua carne

acabou em peixarias, embora não seja muito

popular.

No entanto, algumas pessoas querem preservar

uma tradição ainda ancorada em parte da

população, especialmente entre os idosos, que

lembram que a baleia era sua única fonte

importante de proteína no período pós-guerra.

Para algumas cidades, a caça à baleia representa

uma razão de ser, se não econômica, pelo menos

cultural e moral.

"O Japão está abandonando a caça às baleias em

alto mar, não é uma interrupção completa, mas é

um grande passo para o fim", considerou Patrick

Ramage, diretor do programa de conservação

marinha do Fundo Internacional para o Bem-

Estar Animal (IFAW).

Ele vê na retomada da caça comercial e na

interrupção da pesca científica na Antártida uma

espécie de última batalha para o Japão.

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A indústria baleeira, que conta com de 250

pescadores, "afundará rapidamente", prevê.

"Recebíamos [carne de baleia] na cantina quando

eu era pequena, mas acho que não vou comê-la

de novo. Acho que o Japão deveria tomar suas

decisões levando em conta o resto do mundo,

que diz que isso não está certo", declarou em

Tóquio uma japonesa de 30 anos que pediu

anonimato.

https://www1.folha.uol.com.br/ambiente/2019/0

7/japao-retoma-caca-comercial-de-baleias-apos-

mais-de-30-anos.shtml

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Nova espécie de mosca é batizada com o

nome de vilão de 'Game of Thrones'

Uma nova espécie de mosca descoberta na

Austrália foi batizada com o nome de um vilão da

série "Game of Thrones", o Rei da Noite (Night

King, em inglês).

A paramonovius nightking recebeu este nome

porque pode ser encontrada no inverno, tem uma

coroa de pelos e transforma outros insetos em

"zumbis", segundo os pesquisadores. Ela tem 1

centímetro de comprimento e vive em uma

pequena região no oeste da Austrália. Cerca de

230 novas espécies foram batizadas na Austrália

no último ano.

A paramonovius nightking foi originalmente

descoberta em 2012 por uma dupla de cientistas

amadores no Parque Nacional Wandoo. Anos

depois, Xuankun Li, um estudante de pós-

doutorado na Organização de Pesquisa Industrial

e Científica da Commonwealth (CSIRO, na sigla

em inglês), na Austrália, confirmou que se

tratava de uma nova espécie.

CIENTISTA QUIS HOMENAGEAR SÉRIE

O entomólogo Bryan Lessard, da CSIRO, disse

que a decisão de batizar a espécie com o nome

do vilão da série da HBO foi simples. "Xuankun é

um grande fã de 'Game of Thrones', e queria

agradecer ao programa pelas horas de diversão

que havia proporcionado", disse ele à BBC.

"Esta mosca tem uma série de similaridades com

o personagem. Eles dois só podem ser

encontrados durante o inverno e têm uma coroa

de 'espinhos' em sua cabeça. As fêmeas colocam

seus ovos em outros insetos, que, quando

eclodem, comem o hospedeiro de dentro para

fora, os transformando em zumbis ambulantes,

como o Rei da Noite."

"Se algo acontece em uma série de ficção

científica ou fantasia, as chances são de que a

natureza tenha feito isso primeiro", acrescentou

Lessard.

A paramonovius nighting faz parte de um grupo

de moscas que se parecem com abelhas. Os

cientistas acreditam que se desenvolveram assim

para evitar serem comidas por pássaros, que

sabem que as abelhas picam.

Existem mais de 5.200 espécies conhecidas de

moscas de abelha em todo o mundo, mas

Lessard afirmou ser provável que existam

"muitos mais" não documentadas.

BBC News Brasil

https://f5.folha.uol.com.br/bichos/2019/07/nova

-especie-de-mosca-e-batizada-com-o-nome-de-

vilao-de-game-of-thrones.shtml

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Grupo de Comunicação

ESTADÃO ICMBio começa a nomear policiais para

chefiar unidades de conservação

- Sustentabilidade - Estadão

André Borges, O Estado de S.Paulo

BRASÍLIA - Depois de ter as suas chefias

repassadas para oficiais da Polícia Militar nos

últimos três meses, o Instituto Chico Mendes de

Conservação da Biodiversidade (ICMBio) começa

agora a ter as coordenações de suas unidades de

conservação comandadas por policiais.

O comandante da Polícia Militar Ambiental de São

Paulo, coronel Homero de Giorge Cerqueira, que

assumiu a presidência do ICMBio em abril,

nomeou o 2º tenente da PM do Maranhão

Antonio Victor Moreira Gonçalves para ocupar o

cargo de chefe do Parque Nacional dos Lençóis

Maranhenses, um dos principais alvos do governo

para que seja concedido à iniciativa privada.

ICMBio começa a nomear policiais para chefiar

unidades de conservação

Segundo tenente da PM do Maranhão Antonio Victor Moreira Gonçalves vai ocupar o cargo de chefe do Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses Foto: GILBERTO SOARES/MMA–10/4/2017

Outra nomeação feita pela presidência do ICMBio

é a de Marledo Egídio Costa, policial militar em

Santa Catarina. No caso de Costa, o PM não

assumirá apenas uma unidade, mas 41 florestas

protegidas. Como chefe da coordenação regional

do ICMBio em Florianópolis, ele passa a ser

responsável por todas as unidades de

conservação federais da região Sul do País, além

de uma outra situada na divisa entre os Estados

do Paraná e Mato Grosso do Sul.

Desde que assumiu o Ministério de Meio

Ambiente, Ricardo Salles tem nomeado oficiais

da Polícia Militar e Defesa para ocupar cargos de

chefia na pasta, no Ibama e no ICMBio. As

informações divulgadas pelos órgãos foram

centralizadas no MMA e, antes de qualquer

divulgação, devem ser “validadas” pelo

ministério. Internamente, o MMA também passou

a tratar informações rotineiras como algo

sigiloso, fechando o acesso de servidores a dados

comuns e administrativos executados pela pasta.

O Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses faz

parte da lista de 20 unidades de conservação que

o governo pretende leiloar. Outras três

prioridades são os parques nacionais de

Jericoacoara (CE), Chapada dos Guimarães (MT)

e Aparados da Serra (RS). Hoje, 100% da gestão

desses parques é feita pelo ICMBio.

https://sustentabilidade.estadao.com.br/noticias/

geral,icmbio-comeca-a-nomear-policiais-para-

chefiar-unidades-de-conservacao,70002899235

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Data: 02/07/2019

46

Grupo de Comunicação

Ações da Neoenergia sobem 8% após

estreia na Bolsa

- Economia - Estadão

Fernanda Guimarães e Luciana Collet, O Estado

de S.Paulo

A chegada no mercado brasileiro de ações da

empresa da Neoenergia, controlada pelo grupo

espanhol Iberdrola, foi bem recebida pelos

investidores. Com alta de mais de 8% no pregão

de estreia, os papéis da companhia fecharam

cotados a R$ 16,96. A companhia realizou o

maior IPO (oferta inicial de ações) de uma

empresa do setor elétrico na Bolsa paulista ao

menos desde 2004, de acordo com informações

no site da B3.

Neoenergia deve investir R$ 30 bi no País até 2022. Foto: EFE/Nelson Antoine

“O mercado recebeu muito bem a estreia da

Neoenergia na bolsa. Aliado ao bom momento

pelo qual passa o setor, os investidores gostaram

de que o Banco do Brasil se desfez dos papéis

(da companhia)”, disse Ilan Arbetman, analista

da Ativa Investimentos. Segundo o analista, a

queda da taxa de juros contribui para reduzir o

custo da dívida da empresa de energia.

A Neoenergia atua desde 1997 no Brasil e

controla quatro distribuidoras de energia no País,

na Bahia, em Pernambuco, no Rio Grande do

Norte e em São Paulo. A empresa também tem

negócios em geração, incluindo uma fatia na

hidrelétrica de Belo Monte, em Rondônia, além

de presença em transmissão e comercialização.

No ano passado, a companhia envolveu-se em

uma guerra de lances pela aquisição da

distribuidora de eletricidade paulista Eletropaulo,

uma disputa que acabou com a vitória da italiana

Enel, mas mostrou o apetite dos espanhóis da

Iberdrola pelo Brasil.

Além de ter permitido a saída completa da BB

Investimentos, a abertura de capital também

reduziu as participações da Iberdrola (que passou

a deter 50% do negócio, mais uma ação) e da

Previ, fundo de previdência dos funcionários do

BB, que reduziu sua fatia em quase 8 pontos

porcentuais, para 30,3%.

A saída do Banco do Brasil do controle da

Neoenergia, viabilizada pela abertura de capital,

não vai afetar a estratégia de crescimento da

companhia, disse Mario Ruiz-Tagle, diretor-

presidente da Neoenergia, que tem um plano de

investimentos estimado em R$ 30 bilhões para o

Brasil entre os anos de 2018 e 2022. Ele lembrou

que o negócio está fora da atuação central para

um negócio do setor financeiro.

Críticas

Ruiz-Tagle também afirmou que a abertura de

capital favorecerá a comunicação com o

mercado, permitindo que a Neoenergia explique

melhor seus movimentos e teses de

investimento.

A companhia foi criticada nos últimos anos por

sua estratégia de participação em leilões de

transmissão, adquirindo projetos com lances

questionados pelo mercado.

Ruiz-Tagle afirmou considerar as críticas

“injustas”. “Somos uma companhia disciplinada,

formamos parte de um grande grupo, que é a

Iberdrola, e temos disciplina de alocação de

capital”, ressaltou. “Entendemos a crítica do

mercado, porque ele não nos conhece, agora

vamos ter abertura comunicacionais mais fluida e

ter mais espaço para explicar.” /COM REUTERS

https://economia.estadao.com.br/noticias/negoci

os,acoes-da-neoenergia-sobem-8-apos-estreia-

na-bolsa,70002899575

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Data: 02/07/2019

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Grupo de Comunicação

Agora, o jeito é modernizar

- Opinião - Estadão

Modernizar é mais do que nunca um imperativo,

uma condição de sobrevivência e de crescimento

imposta pelo acordo de livre comércio entre

Mercosul e União Europeia. Este é o mais amplo

e mais ambicioso pacto comercial celebrado pelo

Brasil e pelos parceiros de bloco, mas é também

o mais desafiante. Não basta combinar abertura

de mercados e prazos para a redução ou

eliminação de tarifas. Para competir, as

empresas terão de se tornar mais produtivas e

inovadoras, mas dependerão também de

medidas políticas para enfrentar a nova

concorrência. Do outro lado estarão produtores

modernos, bem equipados, criativos, apoiados

por ampla oferta de capital e de mão de obra

qualificada e operando num ambiente mais

propício aos negócios – com infraestrutura mais

eficiente, menores entraves burocráticos, tributos

mais funcionais, maior segurança jurídica e maior

visibilidade para planejar.

Durante a longa negociação, iniciada há mais de

20 anos, a diplomacia do Mercosul foi sempre

ofensiva quando se tratou do agronegócio e

defensiva na discussão do comércio de bens

industriais e de serviços. A diplomacia europeia

dedicou-se ao jogo inverso, mas as duas

estratégias nunca foram exatamente simétricas.

Ao defender a agropecuária, os europeus deram

atenção, com frequência, mais a pressões

políticas internas do que a fatores técnicos. Do

lado do Mercosul, os negociadores,

principalmente brasileiros e argentinos, tiveram

de levar em conta as condições efetivas de

competição das indústrias locais.

A abertura será gradual dos dois lados e

razoavelmente rápida para importantes produtos

do agronegócio sul-americano. As indústrias do

Mercosul também terão, de modo geral, prazos

bem razoáveis para se ajustar às novas

condições de concorrência. Já surgiram,

naturalmente, reclamações de alguns segmentos

industriais, mas isso era previsível. De modo

geral, o acordo foi elogiado pelo presidente da

Confederação Nacional da Indústria (CNI),

Robson Andrade, em artigo escrito para o Estado.

Mas a importância do acerto comercial com a

União Europeia vai muito além da expansão do

intercâmbio entre os dois blocos e da formação

de um mercado potencial de 780 milhões de

pessoas. Pela primeira vez o Mercosul celebra um

acordo com um parceiro desenvolvido e de

grande peso internacional. Esse acordo é o

primeiro grande passo para uma integração

efetiva do Brasil e dos parceiros do bloco na

cadeia global de produção. Essa era a vocação

original do Mercosul, mas o rumo foi mudado

com a aliança do petismo com o kirchnerismo.

O acordo, o maior já celebrado pela União

Europeia, é também uma resposta à onda

protecionista e antiglobalista desencadeada pelo

presidente Donald Trump e pelo novo populismo

nacionalista na Europa. O chanceler Ernesto

Araújo mencionou uma nova atitude europeia,

mais favorável ao entendimento e menos à

imposição de condições. Mas a mudança é sem

mistério. Sem querer, o presidente americano e a

nova direita europeia apadrinharam o acordo.

Por isso, é quase divertido ver o presidente Jair

Bolsonaro celebrar o acordo como grande feito.

Onde ficam seu discurso antiglobalista e suas

afinidades com Trump e com a nova direita

europeia, além do desprezo ao Mercosul

manifestado pelo ministro da Economia, Paulo

Guedes?

As discussões com a União Europeia foram

tiradas do limbo político pelos presidentes

Mauricio Macri e Michel Temer. O argentino Macri

continuou empenhado em negociar, até porque

um avanço nessa frente poderá beneficiá-lo na

campanha da reeleição. A ministra da

Agricultura, Tereza Cristina, com visão mais clara

dos interesses comerciais e econômicos do Brasil,

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Data: 02/07/2019

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Grupo de Comunicação

certamente deu a sua contribuição. Mas ela é

uma exceção, numa equipe notória por criar

casos com chineses e muçulmanos, grandes

importadores.

Seja como for, o acordo foi negociado. Falta a

aprovação dos Parlamentos, mas pelo menos a

negociação foi liquidada. Falta o governo

trabalhar pela competitividade – se sobrar

tempo, depois de cuidar de prioridades como

armas, pontos na CNH e tomadas.

https://opiniao.estadao.com.br/noticias/notas-e-

informacoes,agora-o-jeito-e-

modernizar,70002899374

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Grupo de Comunicação

Furnas entra em energia solar e planeja

produzir 200 MW em 2020

- Economia - Estadão

Denise Luna, O Estado de S.Paulo

RIO - Conhecida como a "caixa d'água" do

sistema elétrico brasileiro pelo grande número de

hidrelétricas próprias, e já com uma perna em

energia eólica, com 43 parques espalhados pelo

País, Furnas acaba de dar os primeiros passos na

energia solar, com a construção do primeiro

parque solar fotovoltaico da empresa.

De acordo com o superintendente de

empreendimentos de geração de Furnas, Rodrigo

Calixto, o primeiro projeto será para consumo

próprio (geração distribuída), mas já estuda a

entrada no negócio de geração centralizada no

ano que vem, seja por meio dos leilões de

energia ou pela venda direta direto no mercado

livre.

A ideia é que já em meados de 2020 a empresa

participe dos leilões para vender projetos de três

usinas solares, totalizando 200 megawatts. Outra

opção será a venda dessa energia no mercado

livre, informou Calixto.

Uma das usinas terá capacidade de gerar 130

megawatts, e se aprovada, será instalada na

divisa de São Paulo e Minas (usina hidrelétrica de

Luiz Carlos Barreto). Outra, de 40 megawatts,

será construída em Goiás (usina hidrelétrica de

Corumbá) e a terceira, de 30 megawatts, na

usina de Batalha, na divisa de Minas com Goiás.

“A geração distribuída foi a melhor forma que a

gente encontrou para reduzir nossa conta de luz

e já estamos olhando mais duas para atender

nossas contas da Enel (interior do Rio). É

também uma forma de conhecer melhor o setor

para os futuros projetos”, explicou Calixto ao

Estadão/Broadcast.

Energia solar para consumo próprio

O primeiro projeto da empresa na geração

distribuída vai custar R$ 11,1 milhões e prevê a

construção de três usinas solares fotovoltaicas de

1 megawatt cada. As unidades serão instaladas

em locais próximos à usina hidrelétrica Anta,

localizada no Rio Paraíba do Sul, divisa entre os

Estados do Rio de Janeiro e Minas Gerais.

O segundo projeto, de acordo com Calixto, será

feito em Campos, interior do Rio, com capacidade

para gerar meio megawatt. “É pequena, mas a

intenção é reduzir a conta de luz das nossas

operações também no interior do Estado”,

explicou.

O projeto pioneiro tem por objetivo reduzir a

conta de luz dos escritórios de Furnas na zona sul

do Rio em 40%, estima. O sistema funcionará

pelo esquema de autoconsumo remoto, que

permite que o consumidor instale seu sistema

gerador em local diferente do local de consumo,

desde que ambos estejam em sua titularidade e

dentro da área de concessão da mesma

distribuidora.

A previsão é de que o primeiro parque fique

pronto em nove meses e tenha a primeira

geração comercial no primeiro trimestre de 2020.

A expectativa é de que o investimento se pague

em cerca de cinco anos, segundo o

superintendente.

O segundo projeto deve custar entre R$ 2

milhões e R$ 2,5 milhões e a licitação será

lançada ainda em julho, de acordo com Calixto.

“Pretendemos também fazer outros parques de

autoconsumo remoto das unidades de Furnas em

São Paulo e Minas Gerais para reduzir ainda mais

os nossos custos”, afirmou.

https://economia.estadao.com.br/noticias/geral,f

urnas-contrata-energia-solar-distribuida-para-

economizar-40-na-conta-de-luz,70002899311

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Data: 02/07/2019

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Grupo de Comunicação

Preço médio da gasolina recuou em 22

Estados, aponta ANP

- Economia - Estadão

RIBEIRÃO PRETO - O valor médio da gasolina

vendida nos postos brasileiros recuou em 22

Estados na semana passada, segundo dados da

Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e

Biocombustíveis (ANP), compilados pelo AE-

Taxas. Houve alta apenas no Distrito Federal, no

Maranhão, no Rio de Janeiro e no Rio Grande do

Norte. Em Tocantins, não houve variação entre

as semanas.

Na média nacional, o preço médio recuou 0,45%

na semana sobre a anterior, de R$ 4,445 para R$

4,425. Em São Paulo, maior consumidor do País

e com mais postos pesquisados, o litro da

gasolina caiu 0,62%, de R$ 4,168 para R$ 4,142,

em média. No Rio de Janeiro, o combustível

subiu 0,02%, de R$ 4,927 para R$ 4,928, em

média. Em Minas Gerais houve a queda no preço

médio da gasolina foi 0,15%, de R$ 4,715 para

R$ 4,708 o litro.

Etanol

Os preços médios do etanol hidratado recuaram

em 19 Estados do Brasil e no Distrito Federal na

semana passada, segundo dados do mesmo

levantamento. Houve alta em seis Estados e no

Amapá não foi feita avaliação.

Na média dos postos brasileiros pesquisados pela

ANP houve recuo de 0,89% no preço médio do

etanol na semana passada ante a anterior, de R$

2,803 para R$ 2,778. Em São Paulo, houve baixa

de 1,39% no período e a cotação média do

hidratado variou de R$ 2,593 para R$ 2,557 o

litro. A maior queda semanal, de 2,19%, foi na

Bahia e a maior elevação, de 1,23%, foi em

Alagoas.

Na comparação mensal, os preços do etanol

recuaram em 23 Estados e no Distrito Federal e

subiram apenas na Paraíba e em Tocantins. Sem

avaliação na semana passada, não houve base

de comparação mensal no Amapá. Na média

brasileira o preço do biocombustível pesquisado

pela ANP acumulou baixa mensal de 5,70%, com

destaque para Mato Grosso, maior recuo

individual, de 7,70% no período.

O preço mínimo registrado na semana passada

para o etanol em um posto foi de R$ 2,159 o

litro, em São Paulo e o menor preço médio, de

R$ 2,436, foi em Mato Grosso. O preço máximo

individual de R$ 4,970 o litro, foi registrado em

um posto do Pará e o Rio Grande do Sul registrou

o maior preço médio, de R$ 4,116 o litro.

Os preços médios do etanol continuaram

vantajosos ante os da gasolina em cinco Estados

brasileiros - Goiás, Mato Grosso, Minas Gerais,

São Paulo e Paraná - todos grandes produtores

do biocombustível. O levantamento considera

que o etanol de cana ou de milho, por ter menor

poder calorífico, tenha um preço limite de 70%

do derivado de petróleo nos postos para ser

considerado vantajoso.

Em Mato Grosso, o hidratado é vendido, em

média, por 54,77% do preço da gasolina, em

Goiás a 63,24% e em Minas Gerais a 61,98%.

Em São Paulo, a paridade ficou em 61,73% e no

Paraná em 67,54%.

Na média dos postos pesquisados no País, a

paridade é de 62,78% entre os preços médios de

etanol e gasolina, também favorável ao

biocombustível. A gasolina foi mais vantajosa no

Rio Grande do Sul, com a paridade de 90,42%

para o preço do etanol.

https://economia.estadao.com.br/noticias/geral,e

stados-registram-queda-nos-precos-da-gasolina-

e-etanol-segundo-anp,70002898914

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Grupo de Comunicação

Senadores movem ação popular contra

leilão de petróleo em área próxima a

Abrolhos

- Economia - Estadão

André Borges, O Estado de S.Paulo

BRASÍLIA – Os senadores Fabiano Contarato

(Rede-ES) e Randolfe Rodrigues (Rede-AP)

entraram com uma ação popular na Justiça

Federal do Distrito Federal, para requerer a

exclusão dos blocos de petróleo próximos do

Parque Nacional de Abrolhos, que o governo

pretende leiloar em outubro.

Abrolhos

Segundo a ANP, os blocos próximos a Abrolhos

estão localizados em 'áreas de interesse para a

ampliação do conhecimento geológico das bacias

brasileiras' Foto: Roman Nemec

A ação com pedido liminar de tutela de urgência,

apresentada na última sexta-feira, 28, foi

juntada a uma petição anterior apresentada pelos

senadores, na qual requeriam os documentos do

Ibama e do Ministério do Meio Ambiente que

levaram à inclusão dos blocos no leilão da

chamada 16ª rodada de petróleo.

Na peça, os senadores fazem referência à

decisão do presidente do Ibama, Eduardo

Fortunato Bim, que contrariou um parecer

técnico feito por um comitê especializado e

autorizou o leilão de campos de petróleo. O caso,

revelado pelo Estado, mostra que Bim recebeu

um ofício diretamente da Secretaria-Executiva do

Ministério do Meio Ambiente (MMA), dias após o

ministério tomar conhecimento do parecer que

pedia a retirada do bloco de petróleo, por causa

da alta sensibilidade ambiental envolvida na

área.

O parecer do Ibama que pedia a rejeição do

bloco próximo a Abrolhos foi emitido no dia 18 de

março. No dia 29 de março, a secretária-

executiva do MMA, Ana Maria Pellini, braço direito

do ministro do MMA, Ricardo Salles, enviou um

ofício a Eduardo Fortunato Bim, para que ele

revisasse a decisão do grupo técnico. Pellini

determinou a Bim que fizesse a “avaliação de seu

teor”, por causa da “relevância estratégica do

tema”. A secretária-executiva ainda deu até um

prazo, pedindo ao que se manifestasse até o dia

1 de abril.

No dia 1 deste mês, Bim encaminhou sua decisão

diretamente a Ana Maria Pellini. Em duas

páginas, ele rejeitou as argumentações técnicas

e coloca os sete blocos de petróleo de volta no

leilão da 16ª Rodada, marcada para ocorrer em

outubro deste ano. A diretoria de licenciamento

ambiental teve sua decisão contrariada.

Além das quatro áreas no litoral baiano, há ainda

a recomendação de Bim para que sejam leiloados

outros três blocos localizados nas bacias de

Jacuípe e Sergipe-Alagoas. Os técnicos tinham

esclarecido que as áreas ainda são alvo de um

estudo de Avaliação Ambiental de Área

Sedimentar (AAAS) que não foi concluído. Por

isso, a orientação era de que se aguardasse esse

detalhamento para então levar as áreas a leilão.

Na ação, Fabiano Contarato e Randolfe Rodrigues

pedem que estas áreas também sejam excluídas

do leilão. “A ação popular é o meio constitucional

adequado para que é parte legítima para propor

ação popular que vise a anular ato lesivo ao

patrimônio público”, declaram os senadores, no

processo. “O potencial lesivo do ato é

significativo: uma vez iniciada a exploração dos

blocos nas referidas áreas, o ecossistema da

região estará comprometido de maneira

irreversível.”

https://economia.estadao.com.br/noticias/geral,s

enadores-movem-acao-popular-contra-leilao-de-

petroleo-em-area-proxima-a-

abrolhos,70002899036

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Grupo de Comunicação

Acordo Mercosul-UE aumentará abertura da

economia brasileira, diz governo

- Economia - Estadão

BRASÍLIA - O secretário especial de Comércio

Exterior do Ministério da Economia, Marcos

Troyjo, comentou nesta segunda-feira, 1.º, que o

acordo firmado entre o Mercosul e a União

Europeia na semana passada trará um aumento

significativa na corrente de comércio (soma de

exportações e importações) brasileira nos

próximos 15 anos.

Segundo ele, empresas já colocarão “na sua tela

de radar” o fato do Mercosul já ter firmado o

acordo com a União Europeia. “Não é verdade

que vai demorar muito tempo para economia

sentir efeitos do acordo”, avaliou.

Troyjo minimizou as resistências que podem

haver em Parlamentos europeus sobre a

aprovação do acordo, sobretudo pelas pressões

de ruralistas franceses e metalúrgicos alemães.

“A União Europeia tem ganhos significativos com

o acordo, equivalentes aos nossos”, respondeu.

O secretário repetiu que o acordo não trata

apenas do comércio entre os dois blocos. “O

acordo também trata de padrões, e com isso nos

preparamos para os grandes acordos comerciais

do século 21. Tarifas e cotas são coisas do século

20, mas esse século tratará mais de padrões.

Isso também ajudará o Brasil a ter a estrutura

necessária para se tornar membro pleno da

OCDE”, avaliou.

Segundo Troyjo, acordos externos funcionam

como catalisadores, ou aceleradores, de reformas

internas. “O grande acordo comercial que o Brasil

precisa fazer e com ele mesmo, ou seja,

harmonizando as condições internas para que o

País possa competir internacionalmente”,

completou, citando reformas da Previdência e

tributária.

O secretário ponderou ainda que esses acordos

internacionais não podem ser encarados como a

solução de todos os problemas, reforçando a

necessidade de continuar a se tomar medidas de

promoção comercial. Ele lembrou as negociações

em curso com Canadá, Coreia do Sul e Japão.

“Temos também oportunidade de avançar em

nossas relações comerciais com os Estados

Unidos, que hoje ainda estão bem aquém do que

deveriam ser”, apontou.

Antecessores

O secretário de Comércio Exterior, Lucas Ferraz,

comentou que o acordo firmado entre o Mercosul

e a União Europeia na semana passada também

tem mérito de governos passados que fizeram

andar as negociações ao longo dos últimos anos.

Segundo ele, porém, houve mudanças de

paradigmas da gestão atual, sob a liderança do

presidente Jair Bolsonaro e seus ministros, para

que o acordo fosse selado.

“Os temas que restavam sobre a mesa era muito

complexos de serem concluídos. A nossa

percepção era a de que o acordo estava travado

talvez por uma ideia equivocada do que hoje são

as relações de comércio no mundo”, afirmou.

“Temos hoje um comércio internacional

fragmentado em suas cadeias de valor, enquanto

Brasil e Mercosul ainda negociavam sob a lógica

da substituição de importações”, completou.

Ferraz lembrou que hoje as fábricas são

mundiais, com grande fluxo de comércio de bens

intermediários. “Brasil e Mercosul precisam se

integrar em cadeias globais de suprimento e o

acordo com a União Europeia é uma grande

janela de oportunidade para trilhar esse

caminho”, afirmou.

Para o secretário, as concessões feitas pelo Brasil

no acordo não devem ser encaradas como

derrotas. “Não existem vencedores e perdedores.

Aberturas comerciais geram ganhos mútuos”,

enfatizou.

Segundo Ferraz, o acordo traz flexibilização de

regra de origem, principalmente em relação a

insumos e deve trazer ganhos de eficiência em

serviços, com destaque para os trabalhos de

cabotagem no Mercosul. “Também acabamos

com a ‘taxa de farol’ paga pelos navios europeus

desde a abertura dos portos pelo Rei Dom João

VI, com reciprocidade para os navios brasileiros

na Europa”, destacou.

Ferraz afirmou que o Mercosul discute regra para

que acordos comerciais comecem a valer em

cada país membro tão logo o Parlamento de cada

um os ratifique. Atualmente, as regras exigem

que todos os Parlamentos aprovem o texto final

antes que o acordo possa começar a valer.

Aprovação

Ferraz avaliou que o debate sobre a política

ambiental do Brasil não deve ser uma dificuldade

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Grupo de Comunicação

para a aprovação do acordo entre o Mercosul e a

União Europeia pelos Parlamentos dos países

europeus.

“Apenas a análise jurídica do acordo deve levar

um ano. Então nossa estimativa é de que o

processo de aprovação por todos os parlamentos

envolvidos leve de dois anos a dois anos e meio,

a partir de agora”, completou.

Ele esclareceu que o acordo não traz

salvaguardas específicas para setores, como

desejavam inicialmente os negociadores

europeus. “Essas cláusulas caíram nas últimas

rodadas de negociação”, relatou.

Ferraz explicou que as salvaguardas previstas

não são exatamente iguais aos instrumentos da

Organização Mundial de Comércio (OMC),

contendo maiores flexibilizações para aplicação.

“Mas salvaguarda não é automática, deve haver

comprovação de surto de importação e de dano”,

completou.

https://economia.estadao.com.br/noticias/geral,a

cordo-mercosul-ue-aumentara-abertura-da-

economia-brasileira-diz-governo,70002898897

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Grupo de Comunicação

VALOR ECONÔMICO Custo faz 10 milhões de pessoas fugirem

das redes de esgoto

Por Estevão Taiar | De São Paulo

Mais de 10 milhões de brasileiros têm rede de

esgoto à disposição, mas não estão ligados a ela,

segundo estudo da Associação Brasileira de

Agências Reguladoras (Abar). As ligações ociosas

limitam não apenas os benefícios da rede de

saneamento, mas também os investimentos do

setor, já que os prestadores de serviço deixam

de arrecadar anualmente aproximadamente R$

1,5 bilhão.

A principal razão para a ociosidade são os custos

das tarifas mensais, segundo Fernando Franco,

presidente da Abar. "Muitas vezes, a pessoa

prefere fazer uma fossa no quintal de casa do

que se ligar à rede", diz.

Realizado em fevereiro deste ano, o estudo da

Abar foi feito com dados de oito agências

reguladoras estaduais, responsáveis por 38,6%

das ligações de esgoto ativas no Brasil. O

levantamento apontou 1,1 milhão de ligações

ociosas e 11 milhões de ligações ativas.

Posteriormente, o resultado foi extrapolado para

o país inteiro, indicando 2,8 milhões de

domicílios, em que vivem 10 milhões de pessoas,

sem ligação com a rede.

Para diminuir a ociosidade, é essencial que as

prefeituras ampliem a fiscalização, determinem

um prazo para que a ligação seja feita e

apliquem sanções caso isso não seja obedecido,

na visão da Abar. Estudo do Instituto Trata Brasil

mostrava que, em 2015, 81% dos municípios não

tinham legislação específica que tornasse a

ligação obrigatória. Para Franco, isso diminui os

incentivos para as prefeituras diminuírem a

ociosidade.

Para a Abar, é necessária a criação de uma

espécie de taxa de disponibilidade, que será

cobrada pelo simples fato de a rede estar

disponível para o domicílio, independentemente

de ela ser usada ou não. A obrigatoriedade de

pagamento da tarifa deve levar à queda da

ociosidade, já que pouco valerá a pena para o

domicílio pagar uma taxa que não oferece

nenhum benefício, segundo Franco.

Além disso, a Abar defende que poder público e

prestadores de serviços ampliem os subsídios

para domicílios de baixa renda, de maneira

semelhante ao que já é feito por alguns Estados,

como São Paulo, Ceará e Espírito Santo.

No entanto, a concessão de alguns desses

benefícios traz graves distorções, segundo a

entidade. Por exemplo: das 5,6 milhões de

pessoas beneficiadas no ano retrasado com a

chamada "tarifa social", 75% estavam no

Sudeste - a região com alguns dos melhores

indicadores de saneamento. Além disso, "ainda

havia cerca de 22,7 milhões de pessoas de baixa

renda com acesso ao esgotamento que não eram

beneficiadas" pela tarifa social.

Outro problema apontado pelo estudo da Abar é

a falta de regulação dos serviços de saneamento.

Dados da associação mostram que, entre 2015 e

este ano, "apenas 59,93% dos municípios

brasileiros com serviços de abastecimento de

água ou esgotamento sanitário" tinham alguma

regulação.

Mais grave ainda é o caso de outras 1.388

cidades, com serviços de saneamento próprio,

que não estavam ligados a uma rede estadual,

por exemplo.

Desse grupo, apenas 189 municípios (ou

13,62%) tinham agências reguladoras.

Os baixos índices podem "se refletir na prestação

dos serviços com qualidade aquém" do desejado

ou "impossibilitando investimentos e a expansão"

dos serviços, dado que o preço das tarifas pode

muitas vezes ser estabelecido em um patamar

abaixo do necessário.

Em um grupo de 398 cidades, apenas 0,75%

tinha uma tarifa média que superava "o valor da

despesa total com os serviços por metro cúbico".

"Tal resultado, ainda que relativo a um conjunto

pequeno de municípios", mostra geração

insuficiente de receitas "para fazer frente aos

custos e despesas incorridos na prestação dos

serviços".

Outro ponto negativo é que as agências que

regulam somente um município ou municípios

menores correm maiores riscos de serem

aparelhadas politicamente, alerta Franco. Por

isso, ele sugere formações de uma espécie de

"consórcio" entre diversas cidades, para que elas

sejam atendidas por uma única agência.

https://www.valor.com.br/brasil/6327987/custo-

faz-10-milhoes-de-pessoas-fugirem-das-redes-

de-esgoto

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Data: 02/07/2019

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Grupo de Comunicação

Vendas de etanol no mercado doméstico

batem novo recorde

Por Camila Souza Ramos | De São Paulo

As vendas de etanol hidratado (usado

diretamente nos tanques dos veículos) realizadas

pelas distribuidoras aos postos de combustíveis

alcançaram em maio o maior volume da história

para o mês. De acordo com informações da

Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e

Biocombustíveis (ANP), foram 1,87 bilhão de

litros, um aumento de 42% na comparação com

maio de 2018, quando demanda interna já

estava aquecida.

Nos primeiros cinco meses de 2019, foram

comercializados 9,03 bilhões de litros de etanol

hidratado, 36,9% mais que no mesmo período do

ano passado, de acordo com os dados da ANP.

Nesse ritmo, as vendas do biocombustível, que

compete com a gasolina, poderão chegar a cerca

de 26 bilhões de litros até o fim do ano. E, se o

consumo de gasolina C (vendida nos postos, com

27,5% de etanol anidro misturado) também

seguir a tendência observada até maio passado,

as vendas totais de etanol poderão se aproximar

do patamar de 36 bilhões de litros.

O crescimento do consumo de etanol hidratado

continua ocorrendo sobre o mercado da gasolina.

Em maio, os preços do combustível fóssil

mudaram pouco de patamar nos postos

localizados nos principais centros consumidores

do país, enquanto o etanol vem registrando forte

queda com o avanço da moagem de cana no

Centro-Sul do país e a preferência das usinas em

produzir o biocombustível em detrimento do

açúcar.

Mesmo na última entressafra da região, os

preços do hidratado se mantiveram abaixo de

70% do valor da gasolina nos postos de São

Paulo, Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso. O

etanol perde vantagem econômica para a média

da frota flex brasileira quando a relação está

acima de 70%. No Paraná, a correlação caiu

abaixo de 70% na segunda semana de maio.

Abrigando cerca de metade do consumo nacional,

São Paulo registrou vendas de 977,5 milhões de

litros de etanol hidratado em maio, 38% mais

que no mesmo mês de 2018. As vendas no

Estado já acumularam 4,69 bilhões de litros no

ano, um aumento de 33%.

Em maio, o preço do etanol ficou em média 65%

da gasolina nos postos paulistas. E, em junho, o

litro do biocombustível encerrou o mês valendo

62% do valor da gasolina, de acordo com o

último levantamento semanal de preços da ANP.

Segundo principal mercado de combustíveis do

país, Minas teve vendas de 258,3 milhões de

litros de etanol hidratado em maio, avanço de

68%. No ano, o crescimento foi de 58,4%, para

1,2 bilhão de litros.

A comercialização de etanol tem apresentado

crescimento vertiginoso também em Mato

Grosso, onde a demanda tem sido abastecida

cada vez mais pelas usinas de etanol à base de

milho. No mês de maio, as vendas de etanol

hidratado cresceram 40% na comparação anual,

para 81,6 milhões de litros.

As vendas de maio foram as maiores da história

de Mato Grosso, superando o último recorde,

alcançado em outubro de 2018 (81 milhões de

litros). Neste ano, já são 390,4 milhões de litros

de hidratado vendidos aos postos mato-

grossenses, um aumento de 23,5%.

No mercado mato-grossense, o etanol está mais

competitivo que a gasolina há mais de um ano. A

última vez em que seu preço superou 70% do

valor da gasolina nos postos foi na segunda

semana de abril de 2018. Em maio, o percentual

ficou em 58%.

No Paraná, as vendas cresceram 36% em maio,

para 146,6 milhões de litros. O biocombustível só

ficou economicamente mais vantajoso do que a

gasolina nos postos paranaenses na segunda

metade de maio. Em média, o preço do

bicombustível em maio ficou em 70% do valor do

fóssil no Estado.

https://www.valor.com.br/agro/6327813/vendas

-de-etanol-no-mercado-domestico-batem-novo-

recorde

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Data: 02/07/2019

56

Grupo de Comunicação

Japão retoma pesca comercial de baleias

Após 31 anos, o Japão retomou ontem a pesca

comercial de baleias. Uma flotilha de cinco barcos

deixou o porto em Kushiro, no extremo norte da

ilha principal de Hokkaido, pela manhã e

retornou com duas baleias minke. Na foto, um

barco descarrega uma baleia de 8 metros. No

domingo, terminou o prazo de seis meses desde

que o Japão anunciou a sua saída da Comissão

Internacional da Baleia. O país alega que muitas

espécies se recuperaram, após décadas de

proteção, o que permitiria a volta da pesca

comercial. Tóquio disse que os barcos japoneses

atuarão nas águas da zona econômica exclusiva

do país e que a cota de captura até o fim do ano

será de 227 exemplares. A cota, a ser fixada

anualmente, é menor que as 330 baleias que o

Japão pescava na Antártida até recentemente,

em seu programa de "pesquisa". Noruega,

Islândia e Coreia do Sul são outros países que

têm pesca comercial.

https://www.valor.com.br/internacional/6328021

/japao-retoma-pesca-comercial-de-baleias

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Data: 02/07/2019

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Grupo de Comunicação

Acordo com UE será primeiro teste para

valer de abertura

Nenhum acordo comercial foi até hoje tão

importante para o Brasil quanto o que foi

acertado na semana passada entre Mercosul e a

União Europeia. Ele abre uma perspectiva de

grande escala para as exportações brasileiras e

para a ampliação da participação das empresas

do país nas cadeias globais de produção. Os

magros acordos feitos pelo Brasil cobrem países

que somam só 8% do comércio mundial - com os

europeus, chega-se ao triplo disso. Se aprovado,

haverá impulso modernizador não só na

retaguarda regulatória e de conformidade -

normas sanitárias, barreiras tarifárias e não

tarifárias, procedimentos alfandegários - do

comércio bilateral, como também nos

promissores campos da pesquisa, ciência,

tecnologia e ambiente.

Vinte longos anos se passaram do início até a

conclusão do acordo divulgado na quinta-feira.

Idiossincrasias ideológicas e estratégias

comerciais foram responsáveis pelo atraso. Os

governos petistas tinham outra visão da inserção

no comércio global. A UE sempre foi fortemente

protecionista na agricultura e o Brasil procurou

abrir essa couraça europeia em negociações na

Organização Mundial do Comércio que pouco

prosperaram. O Brasil não deveria ter

abandonado a opção dos acordos bilaterais, mas

os governos petistas estavam mais interessados

no comércio Sul-Sul e desprezaram as

possibilidades dos mercados desenvolvidos. O

resultado é que o país não fez qualquer acordo

relevante e continuou até hoje como um dos

mais fechados do mundo.

Ao governo de Jair Bolsonaro coube arrematar o

acordo ao seu jeito - criando problemas para si

próprio. A primeira participação de Bolsonaro na

reunião do G-20 foi péssima. O presidente disse

que não chegara ali para ser advertido por

ninguém, enquanto Alemanha estava, como os

brasileiros, preocupada com o desmatamento e a

França ameaçava não assinar nada se o Brasil

não se comprometesse com o Acordo de Paris. O

ministro do GSI, Alberto Heleno, mandou-os

"procurar sua turma". Não foi necessário porque

o governo brasileiro prometeu seguir suas metas

no Acordo de Paris como, apesar das

preferências de Bolsonaro, e agir para proteger o

ambiente e as comunidades indígenas.

Para o acordo concorreram o trabalho do governo

anterior, de Michel Temer, o incentivo da ala

econômica liberal do governo Bolsonaro e as

circunstâncias - o protecionismo de Trump e a

ascensão de lideranças xenófobas em vários

países. Politicamente, o acordo Mercosul-UE é um

bom antídoto e uma vitória sobre as tendências

protecionistas crescentes. Economicamente, para

a UE, o acerto tem ganhos superiores ao feito

com o Canadá, e, em valores - tarifas que

deixará de pagar, de €4 bilhões -, maior que a

parceria com o Japão.

Os detalhes finais do acordo permitirão avaliar se

houve desequilíbrio nas concessões mútuas.

Segundo a Comissão Europeia, a UE liberará ao

fim de 10 anos 92% de suas importações do

Mercosul, este, 92% das europeias em 15 anos -

a maior parte em 10 anos. O Mercosul abrirá

91% das linhas tarifárias e a UE, 95%. Antes do

acordo, só 24% das linhas tarifárias de

exportaçãões do Mercosul eram isentas.

Protecionista no setor agrícola, a UE liberou 82%

das importações - suco de laranja, frutas, café

etc- e o Brasil, 93%. Haverá acesso preferencial

via cotas para carnes, açúcar, etanol etc, que se

esvairão em uma década.

Para as vendas da indústria do Mercosul, as

tarifas deixarão de existir em 10 anos. Nos

cálculos do Ministério da Economia, o PIB

crescerá US$ 87,5 bilhões, as exportações, US$

100 bilhões e os investimentos, US$ 113 bilhões

em 15 anos.

UE e Brasil vão utilizar as regras da OMC para o

uso de medidas contra dumping e subsídios.

Afora isso, por até 18 anos, concordaram em

criar salvaguardas especiais no caso de

"aumentos inesperados ou significativos" de

produtos com acesso preferencial decorrentes do

acordo. A preferência pode ser suspensa por 2

anos, prorrogável por mais dois. Há ruídos sobre

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Data: 02/07/2019

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Grupo de Comunicação

o "princípio de precaução" mantido por

insistência da UE, que permite suspensão de

importações em caso de suspeita de danos à

segurança de alimentos, plantas e animais

mesmo diante de evidências científicas

inconclusivas.

Se passar pela barreira revigorada eleitoralmente

dos verdes em vários países europeus e no

Parlamento, o acordo abre novos caminhos para

a política comercial brasileira e rompe com

histórica letargia. Cabe agora ao governo ser ágil

na remoção dos obstáculos que impedem a

indústria de ser competitiva, já que a

concorrência será muito mais forte do que antes.

https://www.valor.com.br/opiniao/6327841/acor

do-com-ue-sera-primeiro-teste-para-valer-de-

abertura

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Data: 02/07/2019

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Petrobras mantém interesse em sair da

Braskem

Por André Ramalho | Do Rio

O presidente da Petrobras, Roberto Castello

Branco, disse que a companhia mantém os

planos de se desfazer da Braskem, mesmo após

a LyondellBasell encerrar as negociações com a

Odebrecht para compra da petroquímica. O

executivo sinalizou, contudo, que a petroleira

segue interessada no setor, no longo prazo, e

que a estatal poderá voltar a investir no negócio

de petroquímica no futuro, como parte de uma

estratégia de integração com suas refinarias.

"Possivelmente no futuro vamos estudar a

integração dessas refinarias com operações

petroquímicas", afirmou Castello Branco, ontem,

durante evento promovido pelo Grupo de Líderes

Empresariais (Lide), no Rio.

O executivo ponderou, no entanto, que o assunto

ainda não foi objeto de uma discussão

aprofundada e está hoje apenas no campo das

ideias. Uma futura integração dos negócios de

petroquímica e refino, porém, não muda em nada

a decisão da Petrobras de vender sua fatia na

Braskem. "[A Braskem] é um investimento

financeiro que não faz nenhum sentido", disse.

A Odebrecht possui 38% do capital total da

Braskem, enquanto a Petrobras detém 36%. A

petroleira aguardava os avanços das negociações

entre a Odebrecht e LyondellBasell para avaliar

se acompanharia ou não o movimento de sua

sócia de vender o ativo. A negociação sofreu um

revés recente, com o anúncio da recuperação

judicial da Odebrecht. Como os papéis detidos

pela construtora na petroquímica foram usados

como garantia para credores, uma venda

conjunta dos papéis da Petrobras e da

empreiteira para um potencial comprador tornou-

se mais difícil.

A discussão sobre o futuro da Petrobras na

petroquímica já passou por idas e vindas. Em

2017, na gestão Pedro Parente, a Petrobras

manifestou a intenção de sair integralmente do

setor, mas depois a empresa voltou atrás da

estratégia, ao incorporar a área como atividade

integrada ao refino dentro de seu novo plano de

negócios - lançado ao fim da gestão Ivan

Monteiro, em 2018. Ao assumir o comando da

estatal, no início deste ano, Castello Branco

reiterou o desejo de vender a Braskem.

Ainda sobre o programa de desinvestimentos da

Petrobras, o executivo destacou ontem que a

petroleira tem a intenção de sair integralmente

do transporte e distribuição de gás natural e que

espera abrir formalmente, entre fim deste mês e

início de agosto, o processo de venda de mais

quatro refinarias, do pacote de oito unidades que

a empresa pretende vender. Na sexta-feira, a

Petrobras iniciou formalmente o processo de

desinvestimentos da RNEST (PE), RLAM (BA),

REPAR (PR) e REFAP (RS). As próximas unidades

a serem colocadas à venda serão a REGAP (MG),

REMAN (AM), SIX (PR) e LUBNOR (CE). A

previsão é concluir a venda das oito unidades em

até dois anos.

Castello Branco afirmou que existem

interessados potenciais nas unidades. O

interesse, porém, só será efetivamente

confirmado daqui para frente, com o início formal

do processo de desinvestimentos. "As 'majors'

[grandes petroleiras globais] não estão

interessadas, sabemos disso... Mas existem

outros 'players' que já demonstraram interesse

superficial e agora vamos ver um interesse

efetivo dos compradores", afirmou.

A venda das refinarias, segundo seu presidente,

ajudará a Petrobras a reduzir riscos. E destacou

que, entre 2002 e 2018, a companhia acumulou

perdas de R$ 160 bilhões com a ingerência na

sua política de preços.

Castello Branco chamou de "lamentável" a

decisão da Associação Brasileira de Importadores

de Combustíveis (Abicom), que na semana

passada protocolou embargos de declaração no

Conselho Administrativo de Defesa Econômica

(Cade) contra o termo celebrado entre a

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petroleira e o órgão antitruste, segundo o qual a

estatal se compromete a vender oito das suas 13

refinarias. O acordo suspende a investigação que

apurava supostos abusos de poder econômico

praticados pela Petrobras.

"Parece que essas empresas privadas não

querem privatização, que elas querem que a

Petrobras continue como velho monopolista,

colocando preços altos", afirmou Castello Branco.

Em resposta, a Abicom esclareceu que é

favorável à venda das refinarias, mas que não

concorda que os processos de investigação de

práticas predatórias por parte da estatal sejam

arquivados.

Sobre os ativos internacionais, Castello Branco

disse que a Petrobras está conversando com o

governo uruguaio para devolver "o mais rápido

possível" as duas concessões de distribuição de

gás natural que detém no país vizinho. "Até

podemos fazer isso [voltar a investir no exterior]

no futuro, mas depois de reforçarmos bastante

nossas bases no Brasil", disse.

Durante seu discurso, o executivo saiu em defesa

do ministro da Justiça, Sérgio Moro. Em meio às

repercussões dos vazamentos de diálogos do

ministro com membros da força-tarefa da Lava-

Jato, Castello Branco disse que Moro e os

procuradores devem ser encarados como "heróis"

que ajudaram a "descobrir e punir" a organização

criminosa que "saquearam" a Petrobras. "Vejo

hoje algumas pessoas com inclinação criminosa

tentando denegrir a imagem desses profissionais

que devem ser considerados heróis", disse.

https://www.valor.com.br/empresas/6327935/pe

trobras-mantem-interesse-em-sair-da-braskem

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Light retoma oferta de ações de R$ 2,1

bilhões

Por Maria Luíza Filgueiras e Flávia Furlan | De

São Paulo

A distribuidora de energia Light está retomando

seu processo de oferta subsequente de ações

(follow-on), apurou o Valor. A companhia

pretende comunicar nesta terça-feira, até o fim

do dia, o início do processo, disseram duas

fontes.

A oferta deve movimentar R$ 2,1 bilhões, sendo

que 90% disso será captação primária e apenas

10% secundária. A Cemig, principal acionista,

bateu o martelo ontem à noite sobre os

percentuais de distribuição - até o período da

tarde ainda cogitava um percentual um pouco

maior na venda secundária, conforme uma fonte,

mas preferiu concentrar a captação de recursos

para o caixa da empresa.

A venda secundária é uma fatia pequena da

participação total da Cemig. A Cemig tem

49,99% da Light - o BNDESPar tem 9,39% e o

restante está em circulação no mercado. A Light

vale em bolsa, atualmente, R$ 3,84 bilhões.

Desde outubro do ano passado, quando a

companhia contratou os bancos e ensaiou vir a

mercado, as ações valorizaram 15,4%.

A companhia manteve o sindicato de bancos

contratado no ano passado, formado por Itaú

BBA, Santander, Bradesco BBI, Citi, XP

Investimentos e Banco do Brasil. Além disso,

adicionou agora o banco BTG Pactual, apurou o

Valor, totalizando sete instituições.

No primeiro trimestre, a companhia mostrou

números melhores de desempenho em relação ao

início de 2018. O lucro foi de R$ 164 milhões,

alta de 77% no período, e a receita subiu 11,8%.

No entanto, o endividamento continua subindo -

no trimestre, fechou em 3,7 vezes o Ebitda,

sendo que seu limite contratual de dívida é de

3,75 vezes.

Em junho, foram duas ofertas de ações do setor

de energia - a oferta inicial (IPO) da Neoenergia,

que estreou ontem na B3, e o "re-IPO" da CPFL

Energia.

https://www.valor.com.br/financas/6327811/ligh

t-retoma-oferta-de-acoes-de-r-21-bilhoes

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