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UNIVERSIDADE DO OESTE DO PARANÁ – UNIOESTE
ALOÍSIO ALBERTO SCHNEIDER
A EDUCAÇÃO AMBIENTAL COMO POSSIBILIDADE PARA ESTRUTURAR
CONTEÚDOS DE CIÊNCIAS
PRODUÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICA: UNIDADE DIDÁTICA
Marechal Cândido Rondon
2008
Secretaria de Estado da EducaçãoSuperintendência da Educação
Departamento de Políticas e Programas Educacionais
Coordenação Especial do PDE
PROFESSOR PDE: ALOÍSIO ALBERTO SCHNEIDER
PRODUÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICA: UNIDADE DIDÁTICA
ÁREA: CIÊNCIAS
TEMA: EDUCAÇÃO AMBIENTAL
PROFESSORA ORIENTADORA IES: Profª Drª IRENE CARNIATTO
Marechal Cândido Rondon
2º semestre de 2008
2
APRESENTAÇÃO
Este trabalho tem por objetivo contribuir para que as aulas práticas possam
auxiliam no desenvolvimento de conceitos científicos, contribuindo com os estudantes no
sentido de adquirirem ferramentas auxiliando na interpretação do seu mundo,
desenvolvendo possíveis soluções para problemas cotidianos que por si só já se mostram
complexos. Além disso, as aulas práticas servem de estratégia para o professor retomar um
assunto já abordado, construindo uma nova visão sobre um mesmo tema.
Quando o aluno compreende um conteúdo trabalhado em sala de aula, ele amplia
sua reflexão sobre os fenômenos que acontecem à sua volta e isso pode gerar,
conseqüentemente, discussões durante as aulas fazendo com que os alunos, além de
exporem suas idéias, aprendam a respeitar as opiniões de seus colegas de sala.
As aulas práticas de Ciências proporcionam grandes espaços para que o aluno seja
atuante, construtor do próprio conhecimento, descobrindo que a ciência é mais do que
mero aprendizado de fatos. Estas aulas de Ciências podem ser realizadas através de
trabalhos em campos, laboratórios, uso de computadores, visita a museus, uso de filmes,
jogos, atividades em grupo, entre outros, cujas sugestões estão aqui contidas. Através deste
trabalho busca-se contribuir para que através das sugestões de atividades apresentadas para
as aulas, o aluno aprenda a interagir com as suas próprias dúvidas, chegando a conclusões,
à aplicação dos conhecimentos por ele obtidos, tornando-se agente do seu aprendizado.
Os autores
ALOÍSIO ALBERTO SCHNEIDER
IRENE CARNIATTO
3
SUMÁRIO
SUMÁRIO .....................................................................................................................04
LISTA DE FUGURAS ..................................................................................................06
UNIDADE I – AQUECIMENTO GLOBAL.................................................................07
GASES RESPONSÁVEIS PELO AUMENTO DA TEMPERATURA....................09
PROBLEMAS NA CAMADA DE OZÔNIO............................................................10
EFEITO ESTUFA, SEMPRE UM VILÃO OU PODE SER BENÉFICO.................11
MEDIDAS BÁSICAS QUE PODEM SER TOMADAS PARA REDUZIR O EFEITO
ESTUFA.........................................................................................................................12
O PROTOCOLO DE KYOTO...................................................................................13
CHUVA ÁCIDA.........................................................................................................13
SUGESTÃO DE FILMES..........................................................................................15
O QUE É CRÉDITO DE CARBONO E QUAL SUA IMPORTÂNCIA EM NOSSAS
VIDAS?...........................................................................................................................17
PRESERVAÇÃO AMBIENTAL NA REGIÃO OESTE DO PARANÁ – PROJETOS
E AÇÕES REALIZADAS..............................................................................................18
UNIDADE II – RESÍDUOS SÓLIDOS.........................................................................20
PRODUÇÃO E GERAÇÃO DE RESÍDUOS...........................................................21
DEGRADAÇÃO HUMANA NOS LIXÕES............................................................23
O LIXO URBANO....................................................................................................26
O QUE VOCÊ JOGA NO LIXO...............................................................................27
A QUANTIDADE DE LIXO AUMENTA CADA VEZ MAIS...............................29
O QUE SE FAZ COM TANTO LIXO......................................................................31
A IMPORTÂNCIA DA RECICLAGEM..................................................................32
LIXO RURAL...........................................................................................................34
OUTROS POLUENTES DO SOLO.........................................................................34
4
DICAS PARA AJUDAR O MEIO AMBIENTE......................................................35
COMO ORGANIZAR UMA CAMPANHA DE COLETA SELETIVA DE LIXO NA
ESCOLA.........................................................................................................................37
REDUZIR, REUTILIZAR E RECICLAR................................................................37
COMO SEPARAR O LIXO DOMÉSTICO..............................................................38
PESQUISA QUALI-QUANTITATIVA COM OS PROFESSORES DE CIÊNCIAS
DO MUNICÍPIO DE MARECHAL CÂNDIDO RONDON – PR................................40
CONSIDERAÇÕES FINAIS....................................................................................42
REFERÊNCIAS.........................................................................................................44
5
LISTA DE FIGURAS
FIGURA Nº 01: Imagem de poluição do ar...........................................................................7FIGURA Nº 02: Gráfico da emissão em 2008 dos principais gases causadores do efeito estufa .....................................................................................................................................7FIGURA Nº 03: Gráfico dos maiores emissores de CO2, segundo a emissão de 2005. (bilhões de toneladas/ano)......................................................................................................8FIGURA Nº 04: Gráfico da disposição final do lixo no Brasil............................................21FONTE: Torres 2007...........................................................................................................21FIGURA Nº 05: Lixo produzido depositado em um lixão...................................................22FONTE:http://www.diaadia.pr.gov.br/tvpendrive/arquivos/Image/conteudos/imagens/2portugues/aterro1.jpg..................................................................................................................22FIGURA Nº 06: Catadores de lixo em um lixão..................................................................23Fonte:http://www.diaadia.pr.gov.br/tvpendrive/modules/mylinks/singlelink.php?cid=11&lid=5773.................................................................................................................23FIGURA Nº 07: Imagem da fome e desnutrição 1..............................................................23Fonte:http://www.diaadia.pr.gov.br/tvpendrive/arquivos/Image/conteudos/imagens/ingles/5hunger.jpg.............................................................................................................................23FIGURA Nº 08: Imagem da fome e desnutrição 2..............................................................24Fonte:http://www.diaadia.pr.gov.br/tvpendrive/arquivos/Image/conteudos/imagens/ingles/5poverty.jpg............................................................................................................................24FIGURA Nº 09: Charge da tecnologia e a miséria...............................................................24FONTE:http://www.diaadia.pr.gov.br/tvpendrive/arquivos/Image/conteudos/imagens/3sociologia/01cha_538.jpg...........................................................................................................24FIGURA Nº10: Composição do lixo no Brasil (%).............................................................27FIGURA Nº 11: Separação do lixo......................................................................................30FONTE: Disponível em http://www.diaadia.pr.gov.br/tvpendrive/arquivos/ Image/conteudos-/imagens/2Filosofia/2lixo.jpg, acesso em 02/10/2008.............................30FIGURA Nº 12: Média Nacional de Reciclagem por Material (%).....................................32FONTE: Disponível em http://www.amanha.com.br...........................................................32FIGURA Nº13: Quadro com o tempo Médio da decomposição do lixo (Anos)..................32FONTE: Disponível em http://lixo.no.mundo.zip.net/.........................................................32FIGURA Nº 14: Os professores levam alunos para realizarem pesquisas de campo..........39FIGURA Nº 15: Dificuldades encontradas pelos professores para trabalhar o tema EA.. . .40FIGURA Nº 16: Situação dos Laboratórios de Experimentos encontrados nas escolas da rede pública estadual de ensino. ..........................................................................................41
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UNIDADE I - AQUECIMENTO GLOBAL
Chamamos de efeito estufa, o aumento do armazenamento de calor na atmosfera,
contribuindo com o aumento da temperatura global. Os raios solares entram na atmosfera,
atingem as partículas de ar e a superfície (solo, água, plantas, rochas etc.) e são refletidos,
grande parte não retorna sendo absorvido transformando-se em calor. Esse é um fenômeno
natural em que o vapor d’água e outros gases, principalmente o CO2, metano e CFC, de
origem antropogênica (gerados pelo homem) e que apresentam grande capacidade de
absorção e re-emissão de radiação (calor), contribuindo desta forma para o aumento da
temperatura da Terra.
A camada de ozônio possui função fundamental nesse fenômeno, agindo como um
filtro protetor, tal como o vidro de um automóvel ou de uma estufa – que reflete parte dos
raios solares para a atmosfera e deixa passar outra parte para a superfície. Este filtro não
deixa sair todos os raios que atingem a superfície, retendo parte do calor, responsável pela
manutenção da temperatura ideal para sobrevivência dos seres vivos. A destruição da
camada de ozônio resulta em uma maior entrada de energia solar, contribuindo com o
aquecimento da superfície terrestre e da atmosfera inferior sendo resultante da absorção da
irradiação refletida pela superfície e absorvida por esses gases, garantindo a manutenção da
temperatura e o planeta em equilíbrio.
As atividades humanas têm provocado um aumento contínuo na concentração
desses gases na atmosfera desde a revolução industrial, aumentando a retenção do calor. O
constante aumento do consumo de combustíveis fósseis (petróleo, carvão mineral, xisto,
gás natural etc.), armazenados durante milhões de anos na forma de floresta que foram
soterradas por atividades geológicas, libera CO2 e diversos poluentes no momento da
combustão. Esses gases têm uma grande capacidade de armazenar calor, fazendo com que
a temperatura da atmosfera se eleve, porque maiores quantidades de raios solares que
deveriam ser refletidos para fora do globo terrestre são retidos e transformados em calor,
desencadeando o efeito estufa. A queima de combustíveis fósseis lança na atmosfera a cada
ano, cerca de 5,4 bilhões de toneladas de carbono. O desmatamento também contribui
significativamente nesse processo, adicionando à atmosfera outros 1,6 bilhões de toneladas
de carbono anualmente.
6
O Dióxido de Carbono ou Gás Carbônico (CO2) é considerado o principal agente
do efeito estufa, responsável por aproximadamente 60% do fenômeno, enquanto que outros
gases liberadas pelas atividades antropogênicas, (resultantes das atividades humanas) como
metano, CFCS, ozônio e óxidos de nitrogênio, contribuindo com outros 40% do fenômeno.
Os organismos vivos estão adaptados às temperaturas normais de cada região, a
elevação ou a diminuição drástica da temperatura é prejudicial ao seu desenvolvimento.
Além de provocar alterações climáticas, o aquecimento do planeta pode ter impactos na
agricultura, na silvicultura e sobre os seres humanos. Outra preocupação apresentada pelos
cientistas, com relação ao efeito estufa, é que a elevação da temperatura poderá
descongelar a água nos pólos e geleiras causando a elevação do nível dos mares, sendo
extremamente danoso para as cidades e planícies litorâneas de todo o globo terrestre
(TORRES, 2007).
FIGURA Nº 01: Imagem de poluição do ar.Fonte: Disponível em: http://www.diaadia.pr.gov.br/tvpendrive/modules/mylinks-/singlelink.-php?cid=17&lid=3672. Acesso em 18/10/2008.
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Dióxido deCarbono (CO2)
Clorofluorcarbono(CFCs)
Metano (CH4)
Ácido nítrico (HNO3)
Ozônio (O3)
Gases responsáveis pelo efeito estufa (%)
FIGURA Nº 02: Gráfico da emissão em 2008 dos principais gases causadores do efeito estufa
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Fonte: SINPAF, 2008.
GASES RESPONSÁVEIS PELO AUMENTO DA TEMPERATURA
Dióxido de carbono (CO2) – Diariamente, cerca de 6 milhões de toneladas de
CO2, são lançados na atmosfera, através da utilização de combustíveis fósseis como o
petróleo, gás natural, carvão e desmatamento. Este gás é responsável por 64% do efeito
estufa.
Clorofluorcarbono (CFC) – Responsável pela destruição da camada de ozônio,
esse gás responde por cerca de 10% do efeito estufa. É utilizado em sprays, motores de
avião, plásticos e solventes utilizados na indústria eletrônica.
Metano (CH4) – Emitidos por campos de arroz, pelo gado, pelas lixeiras e nas
regiões de pântanos (alagados), este gás é responsável por 19% do efeito estufa.
Ácido nítrico (HNO3) – Produzido pela queima de madeira e de combustíveis
fósseis, pela decomposição de fertilizantes químicos e por micróbios, sendo responsável
por aproximadamente 6% do efeito estufa.
Ozônio (O3) – Têm origem na poluição dos solos pelas fábricas, refinarias de
petróleo e veículos automotores (SINPAF, 2008).
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Estados Unidos China Rússia Japão Índia
CONHEÇA OS CINCO MAIORES EMISSORES DE CO2
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FIGURA Nº 03: Gráfico dos maiores emissores de CO2, segundo a emissão de 2005. (bilhões de toneladas/ano) Fonte: MIRANDA, 2008.
A relação dos países que mais emitem CO2 do mundo tem mudado nos últimos
anos, em 2003, a lista apresentada pela ONU trazia como o país que mais emite CO2, os
EUA, com uma emissão anual de aproximadamente 5,8 bilhões de toneladas, ou seja,
21,2% de toda emissão de CO2 do mundo saía de solo americano. Os EUA vinham
seguidos pela China (15,2%), Rússia (5,4%), Índia (4,6%) e Japão (4,5%). O Brasil
ocupava a 20ª posição, sendo responsável por 1,1% da emissão mundial.
Considerando a emissão de CO2 per capita, praticamente tudo muda, ou seja: Em
2003, a emissão per capita dos EUA era 19,8 toneladas de CO2 por habitante. Na
Austrália, 18, no Canadá 17,9, na Arábia Saudita, 13. A China, o Brasil e a Índia tinham
emissões per capita de 3,2, 1,6 e 1,2 respectivamente.
Segundo a “Netherlands Environmental Assessment Agency” a emissão global de
CO2 vindas somente de uso de combustíveis fósseis aumentou 2,6% em 2006 (menos do
que em 2005, cujo aumento tinha sido 3,3%). O item que mais contribuiu, foi o aumento de
4,5% no consumo global de carvão, principalmente pela China, responsável por 2/3 desta
quantidade. A China ficou em primeiro lugar da lista dos países mais emissores,
ultrapassando os EUA, principalmente por conta do aumento no uso de carvão e por ser
responsável por 44% de toda produção mundial de cimento. Atualmente o Brasil está
sendo acusado de ser o 4º maior emissor de CO2 na atmosfera, principalmente pelo fato de
o País não conseguir diminuir as queimadas as quais são responsáveis por cerca de 75% do
CO2 emitido (SIGNORINI, 2008).
PROBLEMAS NA CAMADA DE OZÔNIO
A diminuição de ozônio na estratosfera tem como principais fatores à ação de
materiais conhecidos como CFC. Estes gases são formados por Cloro, Flúor e Carbono que
reagem com o gás ozônio, transformando-o em gás oxigênio, destruindo assim, a chamada
camada e ozônio. Ao contrário do ozônio, o oxigênio não funciona como filtro para a
radiação UV do Sol, não nos protegendo da ação nociva desses raios. Os CFC já foram
muito utilizados em produtos como os aerossóis usados em: desodorantes e tintas, produtos
de limpeza, na fabricação de isopor, em sistemas de refrigeração de geladeiras e ar
condicionado. Atualmente seu uso é proibido em muitos países, inclusive no Brasil. O
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chamado buraco na camada de ozônio é uma área na atmosfera onde houve a diminuição
do gás ozônio, sendo que a parte mais afetada está sobre a Antártida, no Pólo Sul. Com a
diminuição da camada de ozônio, aumenta a quantidade de raios UV do Sol que atingem a
superfície terrestre, provocando câncer de pele e ao nascimento de seres com deformações.
A destruição da camada de ozônio também pode provocar mudanças radicais no clima,
possuindo um mecanismo de regeneração natural, já que o ozônio é formado
constantemente. O processo de sua formação, entretanto, é mais lento que o de sua
destruição, em conseqüência disso, mesmo com a diminuição do uso de CFC, estima-se
que o buraco na camada de ozônio só deverá diminuir a partir de 2050 (ANDRADE,
2006).
EFEITO ESTUFA, SEMPRE UM VILÃO OU PODE SER BENÉFICO???
Quase sempre só se fala mal do efeito estufa, mas isso não deveria ser assim, pois
ele é o responsável para manter a temperatura agradável do nosso planeta. Isto acontece
também quando se fala da origem dos gases estufa, parece que estes gases surgiram com o
progresso. Alguns gases responsáveis pelo efeito estufa têm origem natural, enquanto
outros são produzidos artificialmente. Os de origem natural, podemos citar: o gás metano,
gerado nos pântanos como resultado do processo de apodrecimento de vegetação alagada;
o dióxido de carbono, originado de erupções vulcânicas e também nas queimadas. Sem
dúvida de que a quantidade de gases-estufa aumentou muito com o progresso da
humanidade, é só verificar o aumento do número de fábricas jogando fumaça pelas
chaminés, como também cresceu a quantidade de carros expelindo fumaça pelo
escapamento nas ruas e, conseqüentemente, gás carbônico.
Para pensar: por que razão a temperatura de Vênus é mais elevada que a de Mercúrio, que
se encontra mais próximo do sol? A presença de muitas nuvens sobre Vênus, bem como
sua atmosfera constituída basicamente por dióxido de carbono, “aprisionam” grande
quantidade de radiação infravermelha. Isso provoca um aprisionamento destes gases
provocando um superaquecimento do planeta, que chamamos de intensificação do efeito
estufa. Não estamos livres deste processo se não adotarmos atitudes mais corretas e
equilibradas em relação ao nosso ambiente. Com a intensificação do efeito estufa, a
temperatura da Terra se elevará a níveis insuportáveis, alterando significativamente os
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diversos ambientes do nosso planeta e ameaçando a vida de muitos seres (SANTANA,
2006).
MEDIDAS BÁSICAS A SEREM TOMADAS PARA REDUZIR O EFEITO ESTUFA:
a) Combater a poluição atmosférica, evitando a utilização de produtos à base de
CFCs, tais como os utilizados em sprays, para inflar caixa de isopor e o gás
freon, utilizado na fabricação de geladeiras.
b) Utilizar combustíveis alternativos aos derivados de petróleo como: álcool, gás
natural, biodiesel, hidrogênio e até elétrico.
c) Não poluir as águas e especialmente os mares, pois as algas presentes nestes são
as grandes responsáveis pela fotossíntese;
d) Promover o reflorestamento em massa, já que as florestas têm um papel
importante na fixação do CO2 livre na atmosfera;
- reflorestamento de áreas de Proteção ambiental – APP
- plantios ou reflorestamentos de áreas verdes urbanas
- implantação de parques ambientais
e) Utilizar-se de meios de transporte alternativos menos poluidores:
- bicicleta
- transporte coletivo
SUGESTÃO DE ATIVIDADES
Existem vários vídeos que podem ser utilizados para melhorar a compreensão do
conteúdo, como sugestão procure em www.youtube.com.br, vídeos sobre o tema:
aquecimento ambiental, como por exemplo:
- Aquecimento global I, História do conhecimento (1) e (2): Disponível em:
http://br.youtube.com/watch?v=OTae7YLpi1E. e http://br.youtube.com/watch?v=FSdZAc-
QkwMQ, respectivamente.
- Aquecimento global II, O que é o aquecimento global (3) e (4): Disponível em:
http://br.youtube.com/watch?v=rcVDqqtrY-k e http://br.youtube.com/watch?v=nQACs-
Ga8MSk, respectivamente.
11
- Aquecimento global e o nosso futuro. Disponível em: http://br.youtube.com/-
watch?v=BkY6VMiVoGo.
- Mudanças climáticas no Brasil. Disponível em: http://br.youtube.com-/watch?
v=Nm8tPLcLn84.
O PROTOCOLO DE KYOTO
O protocolo de Kyoto é um documento elaborado em 1997 e assinado por 189
nações, baseado nos princípios do Tratado da ONU sobre mudanças climáticas. Este
documento é resultado da 3ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças
Climáticas, onde estavam presentes representantes praticamente do mundo todo,
estabelecendo o compromisso internacional da redução dos gases do efeito estufa. Para
virar lei, era necessária a participação de países que são grandes poluidores, como os
Estados Unidos (EUA) e a Rússia. Somente em novembro de 2004, a Rússia assinou o
acordo e o Protocolo de Kyoto passou a vigorar. Após este período o grande desafio passou
a ser de convencer os EUA, responsável pela emissão de 25% do gás carbônico no Planeta,
a participarem do esforço global para reduzir a emissão de gases estufa (BBC-BRASIL,
2007).
SUGESTÃO DE ATIVIDADE:
Assistir o vídeo, disponível em:
http://video.globo.com/Videos/Player/Noticias/0,,GIM616995-7823-
AQUECIMENTO+GLOBAL+CALOR+AMEACA+A+BIODIVERSIDADE,00.html
CHUVA ÁCIDA
As atividades indústrias juntamente com os automóveis em circulação libertam
poluentes na atmosfera. Estas, por sua vez, se combinam com o vapor de água e o gás
oxigênio, formando substâncias ácidas, uma vez dissolvidas na chuva, essas substâncias
formam a chuva ácida, caindo no solo, nos rios e lagos, provocando a morte de vegetais,
animais, algas e microorganismos. A chuva ácida atinge principalmente as regiões mais
industrializadas, pois nesses locais há maior quantidade de poluentes. Florestas que ficam
perto destes locais com muitas indústrias sofrem mais com os efeitos, no Brasil, ocorre em
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regiões da mata atlântica, como nas áreas próximas da cidade de Cubatão, no estado de São
Paulo (PROJETO ARARIBÁ, 2006).
CURIOSIDADE
Se toda a história do universo pudesse ser compactada em um tempo de um ano, os
seres humanos teriam surgido na Terra há apenas sete minutos. Nesse período, o homem
inventou o automóvel e o avião, viajou à Lua e voltou, criou à escrita, a música e a
internet, venceu doenças, triplicou sua própria expectativa de vida. Mas foram também sete
minutos em que a espécie humana agrediu a natureza mais que todos os outros seres vivos
do planeta em todos os tempos.
A Agenda 21 é o principal documento decorrente da Conferência Mundial da ONU
(Organização das Nações Unidas) sobre o Desmatamento Sustentável (Eco-92). Seus 40
capítulos formulam quase 2,5 mil recomendações e soluções para governos, instituições de
desenvolvimento e empresas em todos os âmbitos nos quais a ação do homem afeta o meio
ambiente. Segundo o Banco Mundial, na última década estima-se que se tenham perdido
94 milhões de hectares de florestas na América Latina e África, 12% das aves, 24% dos
mamíferos e 30% dos peixes estão vulneráveis ou em risco iminente de extinção
(AYMONE, S. Sa).
SUGESTÃO DE ATIVIDADES
1. Visita a uma estufa que pode ser tanto de flores como produção de hortaliças;
2. Confecção de uma estufa que pode ser um aquário ou um vidro com tampa; coloque
um termômetro dentro e os alunos podem anotar em períodos fixos, de 2 em 2 h a
temperatura, fazer estudo e elaboração de gráficos;
3. Pesquise as principais conseqüências de um possível aumento do efeito estufa na Terra;
4. Confeccionar cartazes indicando as principais fontes poluidoras do efeito estufa;
5. Fazer um debate com os alunos da turma, dividindo-a em dois grupos, um a favor e
outro contrário a este modelo de vida atual.
6. O que poderia ser feito para diminuir o aquecimento global? Seria simples implantar
essa medida? Por quê?
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SUGESTÕES DE FILMES:
- OS SIMPSONS – O filme, 87 min.
SINOPSE DO FILME:
Homer Simpson (Dan Castellaneta) tem um novo bicho de estimação: um porco.
Devido a um silo perfurado e cheio de fezes, um desastre de grandes proporções
acontece em Springfield. Isto faz com que uma multidão sedenta por vingança se reúna
diante da casa dos Simpsons, querendo Homer e sua família de qualquer jeito. Eles
conseguem escapar, mas a partir de então os Simpsons passam a discutir e se dividir
sobre o ocorrido. Paralelamente o ocorrido chama a atenção do presidente dos Estados
Unidos, Arnold Schwazenegger (Harry Shearer), e do chefe da Agência de Proteção
Ambiental, Russ Cargill (Albert Brooks), que planeja realizar um plano diabólico para
conter o desastre ocorrido.
- BEE MOVIE – A história de uma abelha, 90 min.
SINOPSE DO FILME:
Barry B. Benson (Jerry Seinfeld) formou-se recentemente e sonha com um emprego na
Honex, onde poderá produzir mel. Desta forma ele se aventura fora da colméia, onde
descobre um mundo até então inteiramente desconhecido. É quando conhece Vanessa
Bloome (Renée Zellweger), uma alegre florista de Manhattan com quem quebra as
regras das abelhas e passa a conversar regularmente. Logo eles se tornam amigos, o
que faz com que Barry conheça melhor os humanos. Porém Barry descobre que
qualquer pessoa pode comprar mel nos supermercados, o que o deixa profundamente
irritado por considerar que estão roubando a produção das abelhas. É quando ele decide
processar os humanos, na intenção de corrigir esta injustiça. Apesar do bom humor
adulto, “Bee movie” tem muitos ingredientes para divertir também a criançada: as
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aventuras e trapalhadas de Barry em Nova York, e mais uma bonitinha lição sobre
natureza e responsabilidade ambiental.
- O DIA DEPOIS DE AMANHÃ – Onde você vai estar? 124 min.
SINOPSE DO FILME:
Os piores pesadelos da humanidade se transformam em realidade neste filme, que
mostra a catástrofe que enfrenta a Terra depois de uma brusca mudança climática. Os
tornados assolam Los Angeles, uma forte tempestade de neve atinge Nova Deli,
chuvas de granizo destroem Tóquio e na cidade de Nova Iorque, a temperatura cai
drasticamente em um único dia. No centro do filme – que surpreende com incríveis
efeitos especiais – está Jack Hall (Denis Quaid), um cientista que tenta salvar o planeta
e seu próprio filho (Jake Gyllenhaal) dos efeitos do aquecimento global. O diretor
Roland Emmerich substitui os extraterrestres do filme “Independence Day” por outro
letal inimigo. No dia de amanhã, onde está você?
- UMA VERDADE INCONVENIENTE – 100 min.
SINOPSE DO FILME:
O ex-vice-presidente dos Estados Unidos Al Gore apresenta uma análise da questão do
aquecimento global, mostrando os mitos e equívocos existentes em torno do tema e
também possíveis saídas para que o planeta não passe por uma catástrofe climática nas
próximas décadas.
7. SITIO: www.smartkids.com.br
No sítio existem vário ícones possíveis de serem utilizados pelo professor com os
alunos para trabalhar o tema aquecimento global, através de jogos, entre outros. Além de
ser lúdico, o jogo desenvolve a atenção e o raciocínio na resolução das questões, além de
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ser atraente com respostas imediatas, também se torna atraente pelo fato de estar sendo
utilizada uma mídia que não é a convencional, ou seja, a informática.
O QUE É CRÉDITO DE CARBONO E QUAL SUA IMPORTÂNCIA EM NOSSAS VIDAS?
Com o objetivo de compensar a emissão de gases que produzem o efeito estufa,
através de um programa onde são revistas as políticas dos processos industriais,
diminuindo a poluição na atmosfera e o seu impacto no aquecimento e no clima, criou-se o
sistema de créditos de carbono. Foi criada um certificado emitido pelas agências de
proteção ambiental reguladoras, sempre que houver redução da emissão de gases do efeito
estufa na atmosfera, a empresa recebe uma quantidade de créditos de carbono. Ficou
acordado que uma tonelada de dióxido de carbono (CO2) equivale a um crédito de
carbono, este por sua vez é negociado no mercado internacional, passando a ter um valor
monetário. Existem diversas formas para conseguir o certificado como, por exemplo, a
energia eólica, solar, reflorestamentos, substituição de combustíveis fósseis pelos
ecologicamente corretos como o caso do álcool e do biodiesel no Brasil. Os países
desenvolvidos passam a ter cotas máximas para emissão de gases do efeito estufa, se
ultrapassarem estas cotas estabelecidas terão que comprar os certificados de crédito de
carbono enquanto que os que conseguirem diminuir suas emissões poderão vender o
excedente nas Bolsas de Valores e Mercadorias a outros países ou indústrias que precisam
adquirir créditos. O mercado de carbono possui um critério que se chama adicionalidade,
segundo este, o projeto precisa retirar do ar o dióxido de carbono, no caso de
reflorestamentos, ou evitar o lançamento de gases do efeito estufa, no caso de eficiência
energética. Muitas pessoas criticam esses certificados, segundo eles os países ou indústrias
ficariam livres para continuar poluindo, enquanto que outros ficariam sem se desenvolver
por estarem protegendo as matas existentes e até aumentando o reflorestamento, para
compensar e neutralizar a emissão desses gases poluidores. No projeto consta também a
intensão de que os países com maior índice de poluição, diminuissem suas emissões e que
os em desenvolvimento, atraídos pelo ganho financeiro, cuidassem melhor de suas
florestas evitando queimadas, mas apesar dos estímulos financeiros, algumas empresas
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continuam destruindo, esquecendo que as conseqüências serão para todos inclusive para as
gerações futuras. Não podemos culpar somente os produtores rurais e pecuaristas pelo
desflorestamento ocorrido em nosso País, os governos também foram omissos e muitas
vezes financiavam e até incentivavam o desmatamento. Ainda hoje governantes de países
importantes ignoram os sinais de perigo demostrado pela natureza contra os seres
humanos. Duas atitudes deveriam ser aplicadas imediatamente por todos os governos do
mundo. A primeira seria a diminuição das emissões de gases poluentes, seja nas indústrias
ou nos transportes. A segunda, intensificar a fiscalização contra o desmatamento
descontrolado das florestas. Recentemente foi divulgado pelos meios de comunicação de
que o Incra, órgão ligado ao Governo Federal, é o responsável pelo maior desmatamento
no País causando surpresa e descrédito ao poder público. Diante disso, a criação dos
créditos de carbono tem um papel importante de conscientização dos países e suas
indústrias, mas não será suficiente para resolver esse problema se não houver vontade de
todos os envolvidos. Governos, empresas e sociedade devem reunir-se e discutir como
mudar esse crime, que é contra o meio ambiente, mas, principalmente, contra nós mesmos. Para
sermos um mundo sustentável são necessários mais que programas de incentivo financeiro ligados
ao meio ambiente, é preciso que tenhamos responsabilidade socioambiental e consciência
coletiva da necessidade dessa mudança que deve ser imediato (VALLE, 2008).
PRESERVAÇÃO AMBIENTAL NA REGIÃO OESTE DO PARANÁ - PROJETOS E EXEMPLOS DE AÇÕES REALIZADAS.
Em nossa região temos bons exemplos na preservação no meio ambiente como no
caso da Itaipu Binacional, que desenvolve o projeto cultivando água boa – mata ciliar.
Agricultores residentes na Bacia do Paraná III, conscientes de sua responsabilidade, que
querem repor a mata ciliar em suas propriedades, são apoiados pela Itaipu. Esta mata
funciona como um filtro melhorando as águas que desembocam no lago, protegendo as
margens dos rios evitando o assoreamento do lago, aumentando desta forma sua vida útil, e
também a qualidade o ar. Como incentivo aos produtores com o intuito de proteger a mata
ciliar, o programa Cultivando Água Boa, fornece mudas, arame e poste para a proteção e
recomposição da vegetação nas áreas existentes em margens de rios, córregos, riachos e
17
lagos. Para a realização deste projeto, os produtores são orientados por agrônomos
entrando somente com a mão-de-obra (ITAIPU BINACIONAL, 2008)
Outro exemplo louvável é o Parque Nacional do Iguaçu, localizado na Tríplice
Fronteira entre Brasil, Argentina e Paraguai. Sendo este o último remanescente da Floresta
Pluvial Subtropical da nossa região e que deve ser preservado. O parque foi criado em 10
de janeiro de 1939, pelo Decreto nº 1.035, é o segundo Parque Nacional criado com
aproximadamente 185.262,2 ha, no ano de 1986, recebeu o título de Patrimônio Nacional
da Humanidade concedido pela UNESCO (IBAMA).
Temos ainda em nossa região, o Parque Nacional de Ilha Grande, criado em 30 de
setembro de 1997 pelo Governo Federal, pode ser considerado um resgate histórico do
Parque Nacional de Sete Quedas que teve parte de sua área alagada pelo lago pela Usina
Hidroelétrica de Itaipu, fazendo desaparecer os saltos das sete quedas. Apesar desta perda
irreparável, nem tudo estava perdido, ainda restava o conjunto de ilhas e várzeas do
arquipélago de Ilha Grande, garantindo a proteção de um ecossistema complexo de
extrema importância ambiental (CAMPOS, 2001).
18
UNIDADE II - RESIDOS SÓLIDOS
A última geração consumiu uma quantidade maior de recursos do que todas as
populações desde o aparecimento do homem na terra. Essa escala de produção gera uma
enorme pressão ambiental sobre os recursos naturais, que já demonstram sinais de escassez
gerando uma grande quantidade de resíduos, causando impactos ambientais, com graves
conseqüências para a população. A solução do problema produzido pelos resíduos deve,
portanto, iniciar com uma análise nos padrões de consumo das populações, a qual, como se
sabe, é bastante desigual entre as populações ricas e pobres.
Devemos ter em mente que os resíduos sem serventia para nós, jogados no lixo, são
a fonte de sobrevivência de milhares de pessoas que vagam pelas cidades ou retiram seu
sustento de lixões. Precisamos avaliar até que ponto a nossa geração tem o direito de
utilizar-se das reservas de recursos, agravando a situação e até mesmo comprometendo a
qualidade de vida e a possibilidade de sobrevivência de futuras gerações.
Como reconheceu a Agenda 21, o equacionamento do gerenciamento dos resíduos
deve, portanto, seguir a seguinte ordem de prioridades: redução da produção, reuso e
reciclagem e, finalmente, a correta destinação final dos resíduos, sendo este um grande
desafio à sociedade, mas também pode ser um novo e promissor mercado, incluindo aí a
indústria da reciclagem e da disposição final dos resíduos.
Segundo a Norma ABNT 10.004/1987, entende-se por resíduos sólidos os
“resíduos sólidos e semi-sólidos que resultantes de atividades de origem industrial,
doméstica, hospitalar, comercial, agrícola, de serviços de varrição, os provenientes do
sistema de tratamento da água, aqueles gerados em equipamentos e instalações de controle
de poluição, bem como determinados líquidos cujas características os tornam inadequados
para seu lançamento na rede pública de esgotos ou corpos d’água, exigindo para isso,
soluções técnicas e economicamente viáveis para o tratamento destes dejetos.
Na maioria das cidades brasileiras, tanto o lixo como o esgoto são lançados a céu
aberto, em praias, córregos e lagoas, por falta de ofertas de serviços ou por não existirem
coletas ou rede coletora de dejetos por falta de planejamento e comprometimento dos
órgãos responsáveis, criando ambientes prejudiciais à saúde, colocando a população
19
residente em contato com várias doenças infecto-contagiosas como vermes, infecções
bacterianas e viróticas.
Para promoção do desenvolvimento ambientalmente saudável dos assentamentos
humanos, se faz necessário a implementação de um conjunto de medidas, envolvendo a
coleta e o tratamento adequado de quaisquer tipos de resíduos: sólidos, líquidos e gasosos,
que possam prejudicar a qualidade ambiental, bem como a saúde da população. Devemos
ter em mente que o problema dos resíduos não se resolverá apenas com novas tecnologias,
precisamos desenvolver uma nova mentalidade, produzindo atitudes diferentes, educando e
modificando hábitos, mediante um trabalho contínuo, em que as pessoas possam
transformar velhos paradigmas, cultivando uma forma mais responsável de relacionar-se
com o meio ambiente (TORRES, 2007).
PRODUÇÃO E GERAÇÃO DE RESÍDUOS
Hoje estamos vivendo a época dos descartáveis, aquelas embalagens ou produtos
utilizados uma única vez e em seguida são jogados fora. A composição e a quantidade de
resíduos produzidos estão diretamente ligadas com o modo de vida das pessoas. Nos países
mais industrializados, as quantidades destas embalagens utilizadas são maiores e que a
composição é mais problemática.
As alterações nos padrões de consumo, fez com que o lixo produzido no Brasil,
aumentasse de 0,5 Kg/habitante/dia para uma média de 0,8Kg a 1,2Kg/hab./dia, em pouco
mais de 20 anos. Isso significa que a cidade de Curitiba, por exemplo, com cerca de
1.600.000 habitantes (IBGE, 2000), considerando a média de produção de 1 kg/hab./dia,
são geradas em torno de 1.600 toneladas de lixo diariamente. Já nos EUA, a produção
chega a aproximadamente 2 kg de lixo por pessoa/dia.
Além de toda essa produção de lixo em nosso país, os dados sobre o desperdício
são impressionantes. Jogamos fora anualmente 6,7 milhões de toneladas de material de
construção, 14 bilhões de toneladas de alimentos (o que corresponde a 30% da safra),
desperdiçamos 20% da energia consumida em todo o País e quase metade da água
distribuída.
20
No Brasil, estima-se que aproximadamente 40% do lixo produzido nem sequer é
coletado. Do que é coletado, a maior parte tem destino impróprio. As graves conseqüências
são conhecidas: canais, córregos, rios e praias cheias de resíduos, encostas com toneladas
de lixo transformadas em avalanches, nas épocas de chuvas. Além disso, os gastos com
coleta, transporte e destino final são cada vez maiores. Isso mostra que, um dos maiores
problemas ambientais enfrentados atualmente em nosso planeta é o que fazer com o lixo
produzido. A geração de resíduos sólidos no Brasil é um dos grandes problemas
enfrentados pelo poder público, principalmente no nível municipal. São produzidas mais
de 241 mil toneladas de resíduos diariamente no País, e apenas 63% dos domicílios contam
com coleta regular de lixo. A população não atendida muitas vezes, queima seu lixo ou se
desfaz do mesmo jogando-o junto a habitações, logradouros públicos, terrenos baldios,
encostas e cursos de água, contaminando o ambiente e comprometendo a saúde humana.
Dos resíduos coletados, 76% são dispostos a céu aberto, o restante é destinado a
aterros (controlados, 13%; ou sanitários 10%), usinas de compostagem (0,9%) e
incineradores (0,1%), e uma parcela muito pequena é recuperada em centrais de
triagem/beneficiamento para reciclagem, segundo o Manual de Gerenciamento Integrado
pelo IPT/Cempre.
FIGURA Nº 04: Gráfico da disposição final do lixo no Brasil.Fonte: Torres 2007
O lixo depositado a céu aberto nos chamados lixões estimula a multiplicação de
vetores de doenças (moscas, mosquitos, baratas, ratos etc.), gerando mau cheiro e,
21
0
10
20
30
40
50
60
70
80
%
Céu aberto Aterrocontrolado
Aterro sanitário Usina decompostagem
Disposição final do lixo no Brasil
principalmente, contaminando o solo, as águas superficiais e subterrâneas. Mesmo os
aterros sanitários, por mais bem construídos, também causam impactos ambientais e à
saúde, pois a infiltração das águas das chuvas contamina os lençóis freáticos. Os aterros,
por ocuparem grandes extensões, são considerados como uma alternativa problemática de
destinação de resíduos em áreas próximas a centros urbanos. Também as usinas de
compostagem são uma solução adequada, pois os materiais coletados em prévia separação
resultam em um composto orgânico de baixa qualidade. Por fim, a incineração de resíduos
não deve ser considerada como saída, pelo impacto causado no ambiente e na saúde
humana. As diversas atividades humanas geram resíduos e produtos que não têm utilização
imediata e que se acumulam no ambiente. Este material constitui o lixo, que é um dos
maiores problemas das sociedades modernas (TORRES, 2007).
FIGURA Nº 05: Lixo produzido depositado em um lixão Fonte:http://www.diaadia.pr.gov.br/tvpendrive/arquivos/Image/conteudos/imagens/2portugues/aterro1.jpg.
DEGRADAÇÃO HUMANA NOS LIXÕES
As questões sociais decorrentes dos lixões se tornam uma prova viva da exclusão
social e degradação humana. É comum encontrarmos nestes locais centenas de pessoas que
dia após dia vão em busca de materiais e objetos que possam ser vendidos para o processo
de reciclagem (ferro, alumínio, papel, vidro entre muitos outros) e também restos de
alimentos que muitas vezes já se encontram de forma inadequada para o consumo humano
e que mesmo assim são consumidos. Estes locais refletem diretamente as desigualdades
22
sociais existentes em países subdesenvolvidos ou em desenvolvimento, além de deixar
visível a degradação humana (MUNDO EDUCAÇÃO, 2008).
FIGURA Nº 06: Catadores de lixo em um lixãoFonte:http://www.diaadia.pr.gov.br/tvpendrive/modules/mylinks/singlelink.php?cid=11&lid=5773
SUGESTÃO DE ATIVIDADES
1 - Na sua opinião, que problemas o lixo pode trazer para uma sociedade?
2 - Muitas pessoas vivem nos lixões, procurando material para ser vendido, consumido e
até mesmo usado por elas. Você acha que essas pessoas podem ser consideradas como
desocupadas ou estão aí por que são preguiçosos e não querem trabalhar de verdades?
Como você compreende este fenômeno, será que estão aí por necessidade?
3 - O trabalho das pessoas que catam materiais nos lixões é muito importante. Você
concorda com essa frase? Se houvesse a coleta seletiva do lixo em sua cidade, como esta
coleta poderia melhorar as condições de vida dessas pessoas?
FIGURA Nº 07: Imagem da fome e desnutrição 1Fonte:http://www.diaadia.pr.gov.br/tvpendrive/arquivos/Image/conteudos/imagens/ingles/5hunger.jpg
23
FIGURA Nº 08: Imagem da fome e desnutrição 2Fonte:http://www.diaadia.pr.gov.br/tvpendrive/arquivos/Image/conteudos/imagens/ingles/5poverty.jpg
FIGURA Nº 09: Charge da tecnologia e a misériaFonte:http://www.diaadia.pr.gov.br/tvpendrive/arquivos/Image/conteudos/imagens/3sociologia/01cha_538.jpg
4 - Para refletir e debater
a - Será que somos cúmplices desta situação?
b - O que você acha que deve ser feito para minimizar estes problemas sociais?
c – Desenvolver um trabalho de conscientização na separação dos resíduos secos dos
úmidos.
24
O LIXO URBANO
Nos últimos 20 anos, a quantidade de lixo urbano tem aumentado sua constituição
tem-se alterado. Os resíduos nas residências são compostos por restos de alimentos e
materiais recicláveis (vidros, latas, papel e plásticos), dispondo grande número de materiais
que podem causar prejuízos aos ecossistemas e riscos a saúde humana. Entre eles,
podemos citar o alumínio (Al), utilizado na produção de cosméticos e maquilagens; o
níquel (Ni) e o cádmio (Cd), existente nas pilhas e baterias; o mercúrio (Hg), é um metal
que envenena as pessoas, presente nas lâmpadas, e o amianto que entra na composição das
pastilhas e lonas de freios, caixas d’água e na fabricação de telhas podendo acumular-se
nos pulmões. Além destes, existem ainda os resíduos industriais e o lixo hospitalar
(ANDRADE, 2006).
SUGESTÃO DE ATIVIDADE
Uma pessoa produz em torno de 0,8 kg de lixo por dia. Procure saber qual a população de
sua cidade ou de seu município, e calcule a quantidade aproximada de lixo produzida em:
- um dia.
- uma semana.
- um mês.
Obs.: Esta mesma questão pode ser desenvolvida na escola, fazendo o cálculo com a
quantidade de pessoas envolvidas na atividade escolar, entre professores, funcionários e
alunos.
SUGESTÃO DE PESQUISA:
1 - Observe e anote no caderno tudo o que você e sua família jogam no lixo, o material e a
quantidade. Faça este procedimento durante uma semana. Ao final desse período, elabore
um cartaz, mostrando, através de desenhos ou figuras a composição do lixo em sua casa.
Apresente seu cartaz de modo a indicar a composição e o tipo de lixo que é jogado fora.
Não se esqueça de anotar o que você joga fora nas dependências da escola e em outros
lugares. Depois de terminar o trabalho, responda:
25
α) Qual a quantidade de lixo produzida pela sua família em uma semana?
β) Quais os materiais presentes nele?
χ) Desses materiais, quais poderiam ser reutilizados?
δ) E reciclados?
ε) Quais poderiam ser transformados em adubo orgânico?
φ) Quais são considerados tóxicos?
γ) Quais deveriam ser recolhidos e enviados ao aterro sanitário?
Obs.: Seria importante discutir as respostas na classe, oferecendo aos alunos a
oportunidade de comparar seus hábitos com os dos outros e ao mesmo tempo refletir sobre
sua atitude frente à questão.
2 – Com os dados coletados pelos alunos, é possível elaborar um quadro geral da turma.
LIXO PRODUZIDO PELAS FAMÍLIAS DOS ALUNOS ENVOLVIDOS
Materiais
recicláveis
Materiais
reutilizáveis
Materiais orgânicos Materiais tóxicos
3 – Atividade que deve ser desenvolvida em grupo:
a) Será possível produzir menos lixo por sua família? Dê sugestões de como isso pode ser
feito.
b) Indique novos usos para os materiais que vocês consideram reutilizáveis. A turma pode
montar uma oficina de artesanato com a ajuda do professor de Arte.
c) Para onde deveriam ser levados os materiais recicláveis? Esses locais existem em sua
cidade ou município?
O QUE VOCÊ JOGA NO LIXO
Roupas, calçados, móveis e outros objetos podem ser utilizados por bastante tempo,
mas certamente chegará o dia em que irão para o lixo. Restos de alimento, papéis usados,
embalagens vazias fazem parte do lixo diário da maioria das pessoas. A palavra lixo está
muito ligada à idéia de imundície, de coisa inútil e sem valor. Será que tudo o que jogamos
no lixo, realmente não pode ser reaproveitado? De modo geral, chamamos de lixo todos os
resíduos que não são necessários para nós naquele momento. O que para muitos é lixo,
26
para outros pode não ser, sendo que sua definição está diretamente associada aos padrões
de vida de determinada sociedade. Teoricamente, o lixo representa todos os resíduos
decorrentes da atividade humana na sociedade, sendo o lixo doméstico apenas uma parte
de todo o que é produzido na cidade.
0
10
20
30
40
50
60
%
Matériaorgânica
Papel epapelão
Plásticos Vidros Metais Outros
Composição do lixo no Brasil
FIGURA Nº10: Composição do lixo no Brasil (%).
O lixo nos mostra o que as pessoas compram, comem, usam, lêem, enfim, como
vivem e utilizam os recursos disponíveis. O tipo e a quantidade produzida nos revelam os
hábitos e costumes da população de um país, assim como sua preocupação com o ambiente
e o uso de seus recursos naturais. O lixo modifica o ambiente, além de deixá-lo com
aspecto desagradável, ele nos revela a preocupação que as pessoas têm com o ambiente. O
lixo pode ainda pode ser considerado como um vetor para a transmissão de doenças, a
poluição do solo e das águas. Mais lixo também significa mais matéria-prima gasta, mais,
mais energia utilizada, mais água consumida (SANTANA, 2006).
SUGESTÃO DE VÍDEO
Vídeo: http://www.cempre.org.br/video_ver.php?codeps=fHx8fHwzMQ
Duração: 11min e 10s
27
O caminho do vale perdido. É a história de um ratinho chamado Rodolfo, que vive
num lixão clandestino junto com sua família. Até que ele encontra um álbum de fotografias
de seu avô, esse avô morava numa toca em um lugar chamado vale verde. E essa é a busca
do Rodolfo, e então ele vai em busca desse lugar perdido que até então ele não conhecia. A
realidade dele era o próprio lixão e aí ele entra nessa coisa de herói, da busca do que
acontece o que tem do outro lado, ele tem que achar isso. O objetivo é mostrar para o aluno
que existem outras possibilidades de vida, ecologicamente mais correto, reduzindo a
quantidade de lixo produzido.
SUGESTÃO DE ATIVIDADES:
Procure verificar se pensam em usar mais produtos que produzem lixo passível de
ser decomposto na natureza. Formule algumas questões, como:
1 – Por que não fazer suco de frutas em casa?
2 - Por que não comprar menos salgadinhos e bolachas e mais frutas e fazer doces
com elas do tipo compota caseira?
3 – Por que usar enlatados, no lugar de legumes frescos?
4 – Por que não fazer os sanduíches preferidos em casa?
Sugestão: Discutir para repensar as conseqüências de sua escolha.
SUGESTÃO DE PESQUISA:
Peça auxílio a uma pessoa de mais idade e anote no caderno produtos que a 50 ou
60 anos atrás não existiam. Compare com a sua resposta em atividades desenvolvidas
anteriormente. A quantidade de lixo é maior nos dias atuais do que era meio século atrás?
Por quê?
Como o leite era embalado e conservado antigamente e hoje? Represente em
desenho. Quais as vantagens e as desvantagens de usar as embalagens antigas e as atuais?
A QUANTIDADE DE LIXO AUMENTA CADA VEZ MAIS
Em todos os ramos e atividades desenvolvidas pelo homem, ocorre à produção de
lixo. Comunidades pré-históricas, sentindo-se desconfortável com o lixo que se
28
aglomerava e sem saber o que fazer, migravam para outras regiões, enquanto que na Índia,
o lixo incomodava tanto, que as pessoas construíram casas para armazená-lo.
Quando as pessoas querem se ver livre de alguma coisa acabamos jogamos fora,
imaginando que o problema acabou para ele, o que estava nos incomodando não nos
interessam mais. Normalmente as pessoas pensam que: quanto mais distante o lixo estiver,
melhor. Mas será que o problema está resolvido pelo simples fato de jogarmos o lixo na
lata de lixo? A partir do momento em que o lixo sai da porta de nossa casa, parece que o
problema e seu destino não nos interessam mais, mas na verdade estamos transferindo o
problema de lugar, deixando que a prefeitura resolva o que fazer com ele.
Há cerca de meio século, o volume de resíduos sólidos, ou seja, de lixo, era bem
menor que há produzida nos dias atuais. A cada dia, essa quantidade aumenta muito.
Dados atuais mostram que, enquanto a população mundial cresceu 18% ente 1970 e 1990,
a produção de lixo aumentou, no mesmo período, 25%.
No início do século XX, os resíduos que estavam na composição do lixo, era
principalmente matéria orgânica, formada por restos de alimentos, neste período o plástico
ainda não havia sido inventado, e as embalagens plásticas, também não existiam. A partir
da metade do século, houve um grande avanço na industrialização, conseqüentemente
passamos a ter a nossa disposição uma imensa oferta de novos produtos como: Molhos,
enlatados, produtos de limpeza variados, alimentos congelados são algumas das novidades
que surgiram com o mundo moderno. Com o avanço das novas tecnologias, foram
desenvolvidos novos materiais como o plástico, latas, isopores, pilhas, baterias de celular e
lâmpadas passaram a ser cada vez mais constantes na composição do lixo, explicando o
aumento da quantidade de lixo. Mais da metade do lixo produzido no Brasil corresponde a
sobras de alimentos. Quando se observa o lixo urbano produzido pela cidade de São Paulo,
por exemplo, confirma-se também que aproximadamente 60% é material orgânico, e a
maior parte é representada por restos de alimentos não aproveitados. Essa situação é muito
diferente da que acontece, por exemplo, em Nova Iorque, onde apenas 12% do lixo é
composto de materiais orgânicos, sendo o restante representado por embalagens
(SANTANA, 2006).
29
E O QUE SE FAZ COM TANTO LIXO?
Cabe à Prefeitura das cidades realizarem a coleta e dar o destino adequado aos
resíduos sólidos produzidos. Infelizmente, a maioria delas não consegue recolher e dar ao
lixo o destino correto, sendo que a prática mais comum é recolher o lixo e jogá-lo em
grandes depósitos a céu aberto, chamados de lixões.
Os lixões por sua vez, são fontes de problemas, fornecendo abrigo e alimento para
animais que podem transmitir doenças, além de causar poluição visual, seus resíduos
poluem o ar, o subproduto que escorre do material em decomposição, chamado de
chorume, pode poluir o solo e as águas, principalmente durante períodos chuvosos, parte
do material pode ser transportada para os cursos d’água, causando poluição. Uma das
saídas é a construção de aterros sanitários, que são grandes depósitos de lixo compactado e
coberto por camadas de terra. A decomposição do material orgânico soterrado produz
gases explosivos como o (metano), podendo ser canalizado e utilizado em fogões, geração
de energia. Caso isso não seja feito, deve-se deixar saídas (escapes) evitando que ocorram
incêndios acidentais na área em função de o gás ser explosivo. Estes locais também podem
produzir chorume, contaminando os mananciais de água existentes naquele local.
Outro grande problema é o lixo hospitalar, atualmente em muitas cidades utiliza-se
da queima em fornos especiais, mas essa incineração pode lançar gases poluentes e
tóxicos no ar e por isso este processo é proibido em algumas cidades.
Atualmente não temos muitas saídas, mas a melhor estratégia no recolhimento do
lixo é utilizar-se da coleta seletiva, permitindo desta forma a separação do lixo orgânico de
outros materiais, tais como o vidro, o papel, o alumínio, metais e alguns tipos de plástico.
Estes podem ser reutilizados ou reciclados e o material orgânico, transformado em adubo,
após passar por um processo de decomposição controlada, que pode ser a compostagem
(ANDRADE, 2006).
30
FIGURA Nº 11: Separação do lixo.Fonte: Disponível em http://www.diaadia.pr.gov.br/tvpendrive/arquivos/ Image/conteudos-/imagens/2Filosofia/2lixo.jpg, acesso em 02/10/2008.
Atualmente a separação do lixo já não é mais feita da forma como está na imagem
acima, utilizando-se somente de dois recipientes, um com o lixo úmido ou orgânico, por
exemplo: restos de alimentos, cascas de frutas e verduras, e o outro com o lixo seco como
vidro, plástico, papelão, latas. Esta forma de distribuição dos resíduos sólidos é facilitada
pelo fato de que precisamos somente de dois recipientes, proporcionando economia de
espaço.
A IMPORTÂNCIA DA RECICLAGEM
Reciclagem é um conjunto de técnicas utilizadas na transformação de materiais que
se tornariam lixo, ou que estão no lixo, para que sejam utilizados como matéria-prima na
produção de novos produtos. São muitas as vantagens obtidas com a reciclagem dos mais
diversos materiais, como por exemplo, a dos metais, evitando gastos nas transformações do
minério em metal nas siderúrgicas, fato esse que envolve um alto consumo de energia e
requer extração e transporte de grandes volumes de minério, além de construções de
instalações caras, destinadas a produção em grande escala. Os principais incentivos à
reciclagem de papel, além dos econômicos, são a preservação das florestas e a diminuição
da poluição e da quantidade de lixo. A reciclagem de plásticos, trás uma série de vantagens
à sociedade, incluindo aí o aumento da vida útil dos aterros, a geração de empregos, a
31
economia de energia sem falar na parte ambiental. A reciclagem do vidro reduz os custos
de produção, o consumo de matérias-primas retiradas do ambiente, o tempo de fabricação e
a energia gasta no processo contribuindo também na vida útil dos aterros (ANDRADE,
2006).
0
10
20
30
40
50
60
70
80
%
Alum ínio P apel Vidro Aço P lást ico
Média Nacional de Reciclagem por Material
FIGURA Nº 12: Média Nacional de Reciclagem por Material (%).Fonte: Disponível em http://www.amanha.com.br
A degradação dos materiais varia muito no meio ambiente nem sempre ocorrem
conforme os tempos informados nas tabelas. Isso porque existem vários fatores que
influenciam nesse processo como, por exemplo: temperatura, umidade, luminosidade,
pressão atmosférica, disponibilidade de oxigênio, dentre outros.
TEMPO MÉDIO DE DECOMPOSIÇÃO
Lata de alumínio 200 a 500 anosPlástico 450 anosLata de conserva 100 anosMadeira pintada 13 anosChicletes 5 anosCigarro 1 a 2 anosMeia de lã 1 anoCorda 3 a 4 mesesTecido de algodão 1 a 5 mesesGarrafas IndeterminadoPneus IndeterminadoCaixa de papel 3 anos
32
Nylon 650 anosPilhas 100 a 500 anosCopos de plástico 50 anos
FIGURA Nº13: Quadro com o tempo Médio da decomposição do lixo (Anos).Fonte: Disponível em http://lixo.no.mundo.zip.net/
LIXO RURAL
Além do lixo das residências, o lixo rural contém sobras de adubos químicos,
embalagens de agrotóxicos, produtos veterinários e dejetos de animais, dejetos estes como
fontes de contaminação do solo e das águas. Uma forma de resolver este problema é o
biodigestor, que se utiliza dos resíduos animais (dejetos de suínos, de aves e de bovinos)
para a produção de energia (metano). Os produtores enfrentam ainda um outro problema: a
dificuldade para destinar o lixo comum como: vidros, latas e plásticos), pela falta de coleta
pública, levando os produtores a tomarem decisões que nem sempre são as melhores
alternativas, tomando decisões que provocam danos aos ecossistemas como: queimar,
enterrar ou jogar esse lixo em locais não apropriados. Atualmente, o Brasil já consegue
recolher 65% das embalagens de produtos químicos perigosos para o ambiente. Os
fabricantes ou seus representantes são responsáveis por receber de volta essas embalagens,
mas ainda longe do que poderia ser considerado ideal, apesar de já termos um bom
começo, demostrando preocupação com o ambiente em que vivemos.
OUTROS POLUENTES DO SOLO
O solo também pode se contaminado por material radioativo (emite radição
perigosa para os seres vivos como: lixo nuclear, raio x, bombas atômicas). Quando isso
acontece, ele se torna impróprio para o uso e provoca a contaminação de tudo o que tiver
contato com ele: água, alimentos, seres vivos, entre outros (ANDRADE, 2006).
DICAS PARA AJUDAR O MEIO AMBIENTE
Papel
33
• A cada 28 mil quilos de papel reaproveitado evita-se o corte de 1 hectare de floresta
(1 tonelada evita o corte de 30 ou mais árvores);
• Para a produção de mil quilos de papel novo consomem-se de 50 a 60 eucaliptos,
100 mil litros de água e 5 mil KW/h de energia. Já uma tonelada de papel reciclado
consome 1.200 Kg de papel velho, 2 mil litros de água e 1.000 a 2.500 KW/h de
energia;
• Com a reutilização de papel reciclado dispensam-se processos químicos e evitando
a poluição ambiental, reduzindo aproximadamente 74% os poluentes liberados no
ar e em 35% os lançados na água, além de poupar árvores;
• A reutilização de uma tonelada de jornais diminui a emissão de 2,5 toneladas de
dióxido de carbono na atmosfera;
• O papel jornal produzido a partir de reciclados consome de 25% a 60% menos
energia elétrica do que a necessária para obter papel novo.
Metais
• A reciclagem de mil quilos de aço economiza-se cerca de 1.140 Kg de minério de
ferro, 155. Kg de carvão e 18 Kg de cal;
• Na reciclagem de 1 tonelada de alumínio são economizados em torno de 95% de
energia (são 17.600 kw/h para fabricar alumínio a partir de matéria-prima virgem,
contra 750 kw/h a partir de alumínio reciclado), além de 5 toneladas de bauxita,
evitando a poluição causada pelo processo convencional, reduzindo 85% da
poluição do ar e 76% do consumo de água;
• Mil quilos de latinhas de alumínio, quando recicladas, economizam cerca de 200
metros cúbicos de aterros sanitários; O Brasil recicla aproximadamente 96% das
latas, superando os índices de países como o Japão, Inglaterra, Alemanha, Itália,
Espanha e Portugal.
Vidro
• O vidro não pode ser considerado lixo por ele ser 100% reciclável. 1 kg de vidro
reciclado produz 1 kg de vidro novo; Suas propriedades se mantêm mesmo depois
34
de sucessivos processos de reciclagem, já o papel perde sua qualidade após
algumas reciclagens; A degradação do vidro é muito lenta, se existir, por esse
motivo, não deve ser depositado no solo; O vidro, em seu processo de reciclagem,
requer menos temperatura para ser fundido, economizando aproximadamente 70%
de energia e permitindo maior durabilidade dos fornos; Mil quilos de vidro
reciclado evita a extração de 1,3 toneladas de areia, economiza 22% no consumo de
barrilha (material importado) e 50% no consumo de água.
Plásticos
• É um produto derivados do petróleo, um recurso natural não renovável e altamente
poluente;
• Sua reciclagem economiza até 90% de energia e gera mão-de-obra pela
implantação de pequenas e médias indústrias;
• 100 toneladas de plástico reciclado economizam a extração de 1 tonelada de
petróleo (WWF-BRASIL, 2008).
ATIVIDADE EM GRUPO – PESQUISA
Reunido com seu grupo, você vai pesquisar quais são os principais problemas
relacionados ao lixo aí no bairro e no município onde você mora e vive.
Procure saber quais as soluções que têm sido postas em prática; se existe coleta
seletiva e qual o destino do lixo recolhido. Analise se essas medidas são suficientes e
adequadas. Caso não sejam, que outras medidas devem ser tomadas pela população e pelo
governo do município?
As conclusões de sua investigação podem ser encaminhadas para a autoridade
municipal.
COMO ORGANIZAR UMA CAMPANHA DE COLETA SELETIVA DE LIXO NA
ESCOLA
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1) Definir o material reciclável que será coletado: jornais, papéis, papelão, vidros,
plásticos, latas de alumínio etc.
2) Entre em contato em sua cidade com pessoas que recebam ou comprem lixo
reciclável: centros de reciclagem, sucateiros, catadores de papel. Organize data
e horário para retirada do lixo, evitando acúmulo de material.
3) Combine com a direção da escola o local onde cada tipo de lixo poderá ser
guardado.
4) Converse com o pessoal da faxina e envolva-os na campanha.
5) Elabore cartazes e divulgue a campanha entre todos os alunos e funcionários.
6) Mobilize o maior número possível de pessoas da comunidade, demonstrando a
importância da iniciativa e informando-os sobre formas de participar.
7) Mascote da coleta seletiva: para divulgar esse projeto e motivar a adesão das
pessoas, podemos construir uma mascote. Reúna e traga para a escola materiais
recicláveis e reutilizáveis. Crie e monte um boneco com essa sucata. A classe
elege o melhor boneco para ser a mascote da campanha.
REDUZIR – REUTILIZAR – RECICLAR
A produção de lixo se tornou um problema ambiental, principalmente nas grandes
cidades, o acúmulo nas ruas e até mesmo nos lixões, que normalmente é um depósito a céu
aberto. O que vamos fazer com tantos resíduos? Se continuarmos neste ritmo, daqui a
alguns anos não haverá mais local para depositar o lixo.
Pensando nisso, a reciclagem é uma ótima aliada na batalha contra o acúmulo de
lixo, porém não pode ser considerada como uma solução definitiva para o problema. Faz-
se necessário conscientizar as pessoas para que produzam menos resíduos, reutilizando o
que for possível e colocando em prática no seu dia-a-dia atitudes simples como: separar o
material sólido do orgânico. Esta separação e sua reciclagem diminuem sensivelmente a
quantidade de lixo a ser aterrada, ajudando a preservar o meio ambiente, diminuindo a
extração de matéria-prima da natureza para a fabricação de novos produtos,
proporcionando vantagens na qualidade de vida das pessoas e ainda ajuda na produção de
empregos.
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A definição da palavra lixo nos dicionário é: resto que não se aproveita, entulho,
coisa imprestável. Em nossos dias sabe-se que não é bem desta forma, pois, grande parte
dos materiais descartados podem e devem ser reaproveitados para outros fins. Outro ponto
importante a ser ressaltado é a de que a coleta seletiva pode até gerar algum rendimento
financeiro, mas não podemos ignorar o objetivo maior que é melhorar o planeta em que
vivemos e que vamos deixar para as futuras gerações (ALMEIDA & CARMEM, S/a).
COMO SEPARAR O LIXO DOMÉSTICO
É preciso ter dois recipientes para colocar o lixo seco e o úmido.
Exemplos de lixo seco que pode ser reciclado:
Papel: Jornais, folhetos, folhas de caderno, revistas, listas telefônicas, folhas de rascunho,
papéis de embrulho, envelopes, caixas de leite, papelão, suco, iogurte; folhetos, cartazes,
papel de fax, fotocópias e aparas de papel.
Vidro: Vidros em geral como: Garrafas, jarros, vidros de conserva, de produtos de
limpeza.
Metal: Latas, arames, pregos, parafusos, tampas, fios, objetos de cobre, alumínio, chumbo,
ferro e bronze.
Plásticos: Sacos e sacolas, brinquedos, bacias e baldes, potes de creme de xampu, canos,
tubos, garrafas e embalagens plásticas.
O Lixo úmido, chamado de rejeitos domésticos, é recolhido pelas Companhias de
Limpeza Pública de cada cidade, normalmente destinados aos lixões. Alguns municípios
contam com a coleta seletiva para o recolhimento dos materiais recicláveis como é o caso
do nosso, já existe um programa de coleta seletiva, desenvolvido através de uma
cooperativa de catadores com incentivo do município e da Itaipu Binacional.
Neste projeto temos como objetivo desenvolver algumas técnicas de reutilização de
materiais descartados, diminuindo desta forma a quantidade de lixo que é depositado nos
lixões, aumentando a vida útil e contribuindo principalmente com o ambiente. Para auxiliar
o professor no desenvolvimento destas atividades, é importante a consulta nas revistas da
Ed. Escala, entre outras.
SUGESTÃO DE ATIVIDADES
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Como sugestão de atividades, com o reaproveitamento de materiais alternativos e
reciclados consulte as revistas abaixo:
- Pegue & Faça com Marisa Almeida e Maria Del Carmem – Ed. Escala Ltda. – São Paulo;
- Coleção Aprenda a Fazer – Ed. Escala Ltda. São Paulo;
- Arte Fácil – Reciclagem Ed. Minuano Ltda
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EDUCAÇÃO AMBIENTAL - PESQUISA QUALI-QUANTITAVIDA NO ENSINO
REALIZADA COM PROFESSORES DA REDE PÚBLICA DO ENSINO EM
MARECHAL CÂNDIDO RONDON - PR
Sabe-se que realizar pesquisas de campo, melhora em muito o interesse a
participação e a aprendizagem dos alunos, pelo fato de eles estarem vivenciando, ou
melhor, vendo na prática o tema a ser trabalhado, podendo desta forma, expressar suas
opiniões e possíveis soluções. Apresenta-se a seguir alguns resultados da pesquisa
realizada com dezoito professores da Rede Pública Estadual sobre o tema de Educação
Ambiental, buscando conhecer as práticas cotidianas destes professores e seus alunos ao
trabalharem a educação ambiental em suas escolas. Através de uma Investigação Narrativa,
foi perguntado aos professores: Você leva seus alunos para realizarem pesquisa de campo?
FIGURA Nº 14: Os professores levam alunos para realizarem pesquisas de campo
Em relação a este tema percebe-se que a maioria dos professores não leva seus
alunos para realizarem pesquisa de campo, considerando que, segundo eles os principais
fatores que influenciam nestas condições são:
• Custo do transporte (4 indicações);
• Número elevado de alunos (3 indicações);
• Adaptação de horários (3 indicações);
• Aulas no período noturno (1 indicação);
39
0123456789
nº in
dica
ções
Sim Não
• Dispersão dos alunos (1 indicação);
• Por outro lado, os que levam seus alunos, relatam que entre os principais
fatores levados em consideração para realizarem pesquisas de campo está a
complementação da teoria (2 indicações).
Ainda sobre quais as principais dificuldades encontradas para trabalhar o tema EA,
foram enumeradas em ordem de dificuldade, segundo a figura número quinze.
FIGURA Nº 15: Dificuldades encontradas pelos professores para trabalhar o tema EA.
Pelos dados elencados, a principal dificuldade para trabalhar o tema EA é:
• Número elevado de alunos por turma, dificultando o trabalho do professor;
• Falta de material de apoio para o aluno, ou seja, existe pouco material sobre
este tema principalmente nos livros didáticos;
• Encontra dificuldades por ser um tema bastante recente e pouco trabalhado
em sua graduação;
• Além da falta de material para o aluno, existe também a falta deste para o
professor desenvolver suas aulas;
8; 18%
11; 25%
6; 14%
7; 16%
12; 27% Falta de material para osalunos
Número elevado dealunos por sala,dificultando o trabalhoFalta de material de apoio
para o professor
Encontra dificuldadespor ser um tema poucotrabalhado na graduação
Outros
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• Outros temas também foram elencados pelos professores como: falta de
tempo, apoio de colegas, transporte, horário entre outros
A respeito da estrutura encontrada nas escolas para o desenvolvimento dos temas de
Educação Ambiental, obteve-se os dados seguintes, sobre os aspectos de uso do laboratório
pelos professores estão representados na figura dezesseis. Dos dezoito professores
participantes, 04 disseram que usam muito o laboratório, 07 professores usam pouco o
laboratório e para outros 07 professores, no local onde trabalham simplesmente o
laboratório não existe como demonstra a figura dezesseis.
0
1
2
3
4
5
6
7
Não existe Poucousado
Muitousado
Não usado
FIGURA Nº 16: Situação dos Laboratórios de Experimentos encontrados nas escolas da rede pública estadual de ensino.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Considerando a pesquisa realizada, pode-se enfatizar o que asseguram as Diretrizes
Curriculares, quando afirma que a atividade experimental precisa estar presente no ensino
de Ciências, contribuindo para a superação de obstáculos na aprendizagem de conceitos
científicos, não somente por propiciar interpretações, discussões e confrontos de idéias
entre os estudantes, mas também pela natureza investigativa.
No entanto, percebe-se que em mais da metade das escolas do Município, não há
laboratório de experimentos, ficando desta forma prejudicado o desenvolvimento ou a
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conclusão de conteúdos através da demonstração. Sabe-se também, que muitos
experimentos podem ser desenvolvidos com material alternativo não necessitando somente
do laboratório.
Para sete dos entrevistados, o laboratório e pouco usado, conforme relatado na
questão 04 desta demonstração de dados e para outros sete ele não é utilizado.
No entanto para quatro professores, ele é utilizado de forma intensa, servindo como
complemento, atividade de fixação e ou concluir experimentos.
Na semana pedagógica, muitos diretores demonstram preocupação com a não
utilização do laboratório pelos professores, dados estes relatados na questão número dois
deste questionário.
Outro problema que pode ser observado na pesquisa com relação ao uso do
laboratório de experimentos é de que um dos principais fatores elencados pelos professores
como justificativa para deixarem de usar o laboratório é o número muito elevado de alunos
por turma, falta de material (um microscópio para 40 alunos) e também pela falta do agente
de apoio.
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REFERÊNCIAS
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Escala, nº 09, Sa.
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http://www.bbc.co.uk/portuguese/reporterbbc/story/2007/12/071204_entanda_kyoto_dez_
2007.shtml, ACESSO EM 13/novembro/2008.
CAMPOS, João Batista, org – Parque Nacional de Ilha Grande: re-conquista e
desafios. Maringá: IAP – Instituto Ambiental do Paraná, 2. Ed, 2001.
GUIA SUSTENTABILIDADE, Meio ambiente – Resíduos sólidos e reciclagem.
Disponível em: http://www.amanha.com.br/NoticiaDetalhe.aspx?
NoticiaID=0bcff688-96be-4ac4-8874-1f3adbcf109a&EdicaoID=05a0f0ad-9692-408b-8f97
-6b012ec97173 ACESSO EM: 10/novembro/2008.
IBAMA, Parque Nacional do Iguaçu. SPVS/PNMA, Foz do Iguaçu – PR: Optagraf, Sd e
Sa.
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urbanos, julho 2007, nº12. Disponível em: http://www.bndes.gov.br/conhecimento/-Infra/
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ITAIPU BINACIONAL, Cultivando água boa. Disponível em:
http://www.itaipu.gov.br/?q=node/286, ACESSO EM: 17/outubro/2008.
MIRANDA, Evaristo Eduardo de - Carta na Escola – Nós como falsos vilões. Disponível
em: http://www.cartanaescola.com.br/edicoes/28/nos-como-falsos-viloes ACESSO EM:
12/setembro/2008.
MMA - MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE, História do Parque Nacional do Iguaçu.
Disponível em: http://www.ibama.gov.br/parna_iguacu/index.php?id_menu=45, ACESSO
EM: 17/outubro/2008.
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http://www.mundoeducacao.com.br-/geografia/o-lixo.htm ACESSO EM:
25/setembro/2008.
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PROJETO ARARIBÁ: ciências / obra coletiva, concebida, desenvolvida e produzida
pela Editora Moderna; editor responsável José Luiz Carvalho da Cruz. – 1. ed – São
Paulo: Moderna, 2006.
SANTANA, Olga. Ciências Naturais, 5ª série / Olga Santana, Aníbal Fonseca. – 2. ed.
São Paulo: Saraiva, 2006.
SIGNORINI, Paula - Dispersando Ciências – Rastro de Carbono. Disponível em:
http://lablogatorios.com.br/rastrodecarbono/?p=543, ACESSO EM: 11/setembro/2008.
SINPAF – Sindicato Nacional dos Trabalhadores de Pesquisa e Desenvolvimento
Agropecuário – Efeitos negativos do Aquecimento Global ainda podem ser evitados.
Disponível em: http://www.sinpaf.org.br/modules/smartsection/item.php?itemid=314.
ACESSO EM 12/setembro/2008.
TORRES, Patrícia Lupion, org. Alguns fios para entretecer o pensar e o agir / Patrícia
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VALLE, Luiz Fernando do, O que é crédito de carbono e qual sua importância em
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