planej emergencia refinarias

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VANDERLEI ALVES DA SILVA O PLANEJAMENTO DE EMERGÊNCIA EM REFINARIAS BRASILEIRAS: Um estudo dos planos de refinarias brasileiras e uma análise de acidentes em refinarias no mundo e a apresentação de uma proposta de relação de cenários acidentais para planejamento Dissertação apresentada ao Curso de Mestrado em Sistema de Gestão da Universidade Federal Fluminense, como requisito parcial para obtenção do grau de Mestre. Área de concentração: Meio Ambiente Orientador: Prof. Dr. Osvaldo Luiz Gonçalves Quelhas, D. Sc. Co-Orientador: Prof. Dr. César Antônio Leal, PhD NITERÓI 2003

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Page 1: PLANEJ EMERGENCIA REFINARIAS

VANDERLEI ALVES DA SILVA

O PLANEJAMENTO DE EMERGÊNCIA EM REFINARIAS BRASILEIRAS: Um

estudo dos planos de refinarias brasileiras e uma análise de acidentes em refinarias no

mundo e a apresentação de uma proposta de relação de cenários acidentais para

planejamento

Dissertação apresentada ao Curso de Mestrado em Sistema de Gestão da Universidade Federal Fluminense, como requisito parcial para obtenção do grau de Mestre. Área de concentração: Meio Ambiente

Orientador: Prof. Dr. Osvaldo Luiz Gonçalves Quelhas, D. Sc.

Co-Orientador: Prof. Dr. César Antônio Leal, PhD

NITERÓI

2003

Page 2: PLANEJ EMERGENCIA REFINARIAS

VANDERLEI ALVES DA SILVA

O PLANEJAMENTO DE EMERGÊNCIA EM REFINARIAS BRASILEIRAS: Um

estudo dos planos de refinarias brasileiras e uma análise de acidentes em refinarias no

mundo e a apresentação de uma proposta de relação de cenários acidentais para

planejamento

Dissertação apresentada ao Curso de Mestrado em Sistema de Gestão da Universidade Federal Fluminense, como requisito parcial para obtenção do grau de Mestre. Área de concentração: Meio Ambiente

Aprovado em:

BANCA EXAMINADORA

___________________________________________________________

Prof. Dr. Osvaldo Luiz Gonçalves Quelhas, D. Sc. (Orientador) Universidade Federal Fluminense

__________________________________________________________

Prof. Dr. César Antônio Leal, Ph.D. (Co-Orientador) Universidade Federal do Rio Grande do Sul

__________________________________________________________

Luis Perez Zotes, D. Sc. Universidade Federal Fluminense

________________________________________________________

Flavio Sanson Fogliatto, Ph.D. Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Niterói

2003

Formatado: Espanhol(Espanha-moderno)

Page 3: PLANEJ EMERGENCIA REFINARIAS

Dedico este trabalho

A DEUS, pelas inúmeras graças quem tem derramado durante toda a minha vida e de forma

especial durante a realização deste mestrado.

À minha esposa que me incentivou a retornar aos estudos permitindo as descobertas

possibilitadas durante estes dois anos.

À minha filha Rafaela e meu filho Gabriel pelo entendimento do meu esforço e por todo

carinho e alegria que tenho recebido deles

Aos meus pais que com sacrifício e dificuldades me transmitiram os princípios cristãos pelos

quais procuro guiar a minha vida

Page 4: PLANEJ EMERGENCIA REFINARIAS

AGRADECIMENTOS

A Deus, que me deu a saúde e as condições para realizar este trabalho.

À Alberto Pasqualini REFAP S. A. pelo investimento no meu desenvolvimento e em especial

ao Gerente de Segurança e Meio Ambiente Paulo Jorge Ribu de Freitas pelo apoio que me

proporcionou na realização deste trabalho.

Ao meu orientador prof. Dr. Quelhas que durante este trabalho foi um incentivador.

Ao meu co-orientador prof. Dr. Leal pelo inestimável apoio no desenvolvimento deste

trabalho sempre de forma amiga e cordial.

Ao engenheiro Augusto Barros pelo apoio, principalmente no entendimento do processo de

refino e na revisão do trabalho.

Às Refinarias de Manguinhos e Ipiranga que gentilmente forneceram através de suas áreas de

segurança e meio ambiente os seus planos de emergência.

Ao prof. Dr. Paulo Portich pela importante contribuição na elaboração desta dissertação.

Ao colega mestrando Nildemar Correa Ruella, que muito contribuiu no fornecimento de

referências bibliográficas para a composição desta dissertação.

Aos colegas de diversas refinarias da PETROBRAS, da Agência Nacional de Petróleo,

Fundação Estadual de Meio Ambiente (FEAM) de Minas Gerais pela presteza na resposta de

consultas necessárias a esta dissertação

Page 5: PLANEJ EMERGENCIA REFINARIAS

RESUMO

O Brasil vem apresentando avanços importantes em diversas áreas. Entre elas, por exemplo, a possibilidade de ser auto-suficiente na produção e refino de petróleo está entre as principais. Acidentes envolvendo grandes derrames de óleo, como os ocorridos na Baía da Guanabara e no Paraná, levaram a avanços no processo de planejamento de emergência brasileiro. Estas melhorias podem ser verificadas através do avanço da legislação, citando-se como exemplo a Resolução CONAMA 293, de 12 de dezembro de 2001, que introduziu o conceito de um conteúdo mínimo do Plano de Emergência Individual para incidentes de poluição por óleo originados em portos organizados, instalações portuárias, terminais, dutos ou plataformas, bem como suas respectivas instalações de apoio, além de orientar também a sua elaboração antes da ocorrência desses incidentes. Este trabalho baseia-se em estudo da legislação atual, incluindo a produção dos órgãos legislativos comuns e dos diversos órgãos ambientais licenciadores das refinarias, em acidentes ocorridos em refinarias no mundo inteiro e nos planos de emergência atualmente em vigor nas refinarias brasileiras. Apresenta, também, outras situações que se encaixem em uma estrutura semelhante ao contido na Resolução CONAMA 293, permitindo a adoção de ações de forma antecipada, isto é, não esperando que os acidentes atuem abrindo uma “porta” na parede rígida das organizações. Como parte dos resultados obtidos propõe-se uma estrutura de plano de ação de emergência que contém uma relação de ações comuns aplicáveis em diversas situações emergenciais evitando redundâncias que pouco contribuem para a elaboração de um planejamento de emergência. Além disto, desenvolve-se o conjunto de cenários de acidentes típicos para os quais deve-se ter uma preparação para ações de emergência, numa refinaria. O trabalho propõe que o planejamento seja constituído de um Procedimento Geral de Emergência e Planos de Emergência Individuais para os cenários determinados. O Procedimento Geral de Emergência deve conter as ações comuns a qualquer situação de emergência como, por exemplo, informações relativas a alarmes, comunicação, responsabilidades de gestão, evacuação e contagem de pessoal, entre outras. Neste sentido é apresentada uma lista de ações comuns identificadas nos planos de emergência pesquisados. Os Planos de Emergência Individuais deveriam ser elaborados para as situações particulares de cada instalação, entre as quais foram consideradas as seguintes: Derrame de Produtos, Nuvem Tóxica (Cloro e Gás Sulfídrico), Incêndio em Tanque, Parque de GLP, Unidades de Processo, Tubovia; Sistemas Elétricos e Equipamentos de Processo.

Palavras-chave: Refinaria. Planejamento de Emergência.

Page 6: PLANEJ EMERGENCIA REFINARIAS

ABSTRACT

Brazil has been showing important advances in several areas. Among them, for example, the possibility of being self-sufficient in petroleum production and refining is among the top ones. Accidents involving major oil spills, like the ones of Guanabara Bay and Paraná, have led to advances in the Brazilian process of emergency planning. These advances can be seen in the improvement of the legislation, taking as an example the CONAMA Resolution #293, of December, 12, 2001, which introduced the concept of minimum content for Individual Emergency Plan for oil pollution incidents occurring in organized harbors, naval and maritime installations, terminals, ducts or platforms, as well as their support installations, in advance, that is prior to the occurrence of these incidents. This dissertation is based on the study of current laws and regulations produced by the legislative organisms and governmental agencies that regulate the environmental licensing of refineries, on accidents that occurred in refineries all over the world and on present Brazilian refineries emergency plans. This dissertation shows, also, other situations that would fit into the structure of an Emergency Plan as defined by CONAMA #293, allowing the adoption of anticipated measures and not waiting for the opening of a “door” in the rigid wall of organizations. As part of the obtained results it is proposed a structure of an Emergency Action Plan containing a list of common measures that can be applied to several emergency situations, avoiding redundancies without significant contribution to emergency-planning. Furthermore, it develops a set of typical accident scenarios for which there must be preparedness in advance of emergency measures, in a refinery. It is proposes that the overall planning should be constituted by an General Emergency Procedure and Individual Emergency Plans for specific scenarios. The General Emergency Procedure should contain the actions common to any emergency situations such as, for instance, information about alarm, communications, management responsabilities, evacuation and personnel accountability amongst others. In this sense it is presented a list of common actions identified in the emergency plans that were object of this research. The Individual Emergency Plans should be made by considering the particular situations of each installation, with a suggestion of the following: Products Spill, Toxic Cloud (Chlorine and Sulphidric Gas), Tank Fire, LPG Park, Process Units, Pipeway, Electrical Systems and Process Equipment.

Keywords: Refinery. Emergency Planning.

Page 7: PLANEJ EMERGENCIA REFINARIAS

LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura. 1 – Esquema de processo de destilação atmosférica, ou primária. .............................27

Figura 2 – Esquema do processo de destilação a vácuo..........................................................28

Figura 3 – Esquema do processo de craqueamento catalítico fluido.......................................29

Figura 4 – Esquema do processo de craqueamento retardado................................................30

Figura 5 – Esquema do processo de desasfaltação a propano. ................................................31

Figura 6 – Esquema do processo de desparafinação com solvente. ........................................32

Figura 7 – Esquema do processo de desaromatização com solvente. .....................................33

Figura 8 - Quatro fases do gerenciamento de emergência. .....................................................63

Figura 9 – Representação da Seleção de Incidentes................................................................65

Figura 10 – Priorização de cenários para planejamento de emergências ................................67

Figura 11 – Esquema simplificado de construção da proposta de cenários ............................75

Figura 12 – Funções genéricas assumidas para organizar as ações genéricas ........................77

Figura 13 – Contribuições à proposta: cenários para planejamento de emergência................79

Figura 14 – Distribuição dos acidentes segundo a causa ........................................................82

Figura 15 - Número de acidentes por tipo de substância.........................................................83

Figura 16 - Caracterização dos acidentes por tipo de conseqüência .......................................84

Figura 17 – Acidentes por áreas das refinarias.......................................................................85

Page 8: PLANEJ EMERGENCIA REFINARIAS

LISTA DE TABELAS

Tabela Pág.

Tabela 1 Refinarias brasileiras, capacidade de processamento e localização – ANP, 2003 ......... 23

Tabela 2 Principais Unidades das Refinarias Brasileiras (LIMA, 2001) ...................................... 80

Tabela 3 Número de acidentes segundo a causa - MHIDAS (2002) ............................................. 81

Tabela 4 Número de acidentes e respectiva percentagem por substância – MHIDAS (2002) ...... 82

Tabela 5 Caracterização dos acidentes por tipo de conseqüência – MHIDAS (2002) .................. 84

Tabela 6 Acidentes por áreas das refinarias – MHIDAS (2002) ................................................... 85

Tabela 7 Informações de mortos e feridos em acidentes em refinarias – MHIDAS (2002) ......... 86

Tabela 8 Planejamento de Emergências e Cenários Acidentais das Refinarias ............................ 87

Tabela 9 Número de Planos de Emergência e sua Classificação ................................................ 89

Tabela 10 Número de Planos de Emergência por Área ................................................................. 90

Tabela 11 Número de Planos de Emergência por Equipamento ................................................... 91

Tabela 12 Número de Planos de Emergência para Nuvem Tóxica ou Inflamável ........................ 92

Tabela 13 Número de Planos de Emergência para Vazamento de Produtos Líquidos ................. 92

Tabela 14 Número de Planos de Emergência para Transporte ...................................................... 93

Tabela 15 Total das funções genéricas identificadas nos planos .................................................. 93

Tabela 16 Quantidade de Ações Genéricas de Coordenação Geral identificadas nos planos ....... 95

Tabela 17 Quantidade de Ações Genéricas de Resgate Médico identificadas nos planos ............ 96

Tabela 18 Quantidade de Ações Genéricas de Combate e Controle identificadas nos planos ...... 100

Tabela 19 Quantidade de Ações Genéricas de Isolamento/Evacuação Identificadas nos planos . 101

Tabela 20 Comparativo de níveis de efeito físico de gases tóxicos - (ppm) – Fonte: Guidelines for Chemical Process Quantitative Risk Analysis – CCPS, 1989 .................................................

105

Page 9: PLANEJ EMERGENCIA REFINARIAS

LISTA DE SIGLAS

AIChE American Institute of Chemical Engineers

ANP Agência Nacional do Petróleo

APELL Awareness and Preparedness for Emergency at Local Level

API American Petroleum Institute

BLEVE Boiling Liquid Expanding Vapor Explosion

CCPS Center for Chemical Process Safety

CEPRAM Conselho Estadual de Proteção ao Meio Ambiente

CETESB Centro Tecnológico de Saneamento Básico

CONAMA Conselho Nacional do Meio Ambiente

COPPE Coordenação dos Programas de Pós-Graduação em Engenharia

CRA Centro de Recursos Ambientais

DCPAE Diálogo com a Comunidade e Preparação e Atendimento a Emergências

DEA Dietanol Amina

EAR Estudo de Análise de Risco

EHS Environmental Health and Safety

EOC Emergency Operations Center

EPI Equipamento de Proteção Individual

FCC Fluid Catalytic Cracking

FEEMA Fundação Estadual de Engenharia do Meio Ambiente

FEMA Federal Emergency Management Agency

FEPAM Fundação Estadual de Proteção Ambiental

FMEA Failure Modes and Effects Analysis

GLP Gás Liquefeito de Petróleo

GN Gás Natural

HAZOP Hazard and Operability - Estudo de Risco e Operabilidade

HDT Hidrotratamento

IAP Instituto Ambiental do Paraná

IPAAM Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas

LGE Líquido Gerador de Espuma

LIMA Laboratório Interdisciplinar de Meio Ambiente

LGN Líquido de Gás Natural

MEK Metil Etil Cetona

Page 10: PLANEJ EMERGENCIA REFINARIAS

MHIDAS Major Hazard Incident Data System

MTE Ministério do Trabalho e Emprego

NBR Norma Brasileira Registrada (no INMETRO)

NR Norma Regulamentadora

OCE Organização de Controle de Emergência

OHSAS Occupational Health and Safety Assesssment Series

OIT Organização Internacional do Trabalho

ONU Organização das Nações Unidas

PAE Plano de Ação de Emergência

PAM Plano de Auxílio Mútuo

PCI Plano Comunitário Integrado

PCP Plano de Contingência do Pólo

PEI Plano de Emergência Individual

PGR Programa de Gerenciamento de Risco

PPEOB Programa de Prevenção da Exposição Ocupacional do Benzeno

REDUC Refinaria de Duque de Caxias

REGAP Refinaria Gabriel Passos

RINEM Rede Integrada de Emergência

RMP Risk Management Program

SEMACE Superintendência Estadual do Meio Ambiente do Ceará

SISNAMA Sistema Nacional do Meio Ambiente

SRD Safety and Reliability Directorate

SSST Secretaria de Segurança e Saúde do Trabalho

UOP Universal Oil Products

UPGN Unidade e Processamento de Gás Natural

WIA What If Analysis

Page 11: PLANEJ EMERGENCIA REFINARIAS

SUMÁRIO

1 ORGANIZAÇÃO DE PLANOS DE AÇÃO DE EMERGÊNCIA ...............................13 1.1 INTRODUÇÃO............................................................................................................................................... 13 1.2 SITUAÇÃO PROBLEMA............................................................................................................................... 16 1.3 OBJETIVOS DA PESQUISA.......................................................................................................................... 16 1.3.1 Objetivo Geral.............................................................................................................................................. 17 1.3.2 Objetivos Específicos.................................................................................................................................... 17 1.4 RELEVÂNCIA DO ESTUDO......................................................................................................................... 17 1.5 DELIMITAÇÃO DO ESTUDO ...................................................................................................................... 18 1.6 REFERENCIAL TEÓRICO E CONCEITUAL............................................................................................... 19 1.7 QUESTÕES SOBRE PLANOS DE EMERGÊNCIA...................................................................................... 19 1.8 DEFINIÇÃO DE TERMOS............................................................................................................................. 20 1.9 ORGANIZAÇÃO DO ESTUDO..................................................................................................................... 21

2 REVISÃO DA LITERATURA ..................................................................................22 2.1 O REFINO DE PETRÓLEO............................................................................................................................ 22 2.1.1 Unidades de Processamento......................................................................................................................... 25 2.1.2 Riscos dos processos .................................................................................................................................... 38 2.2 O PLANEJAMENTO DE EMERGÊNCIA E A SELEÇÃO DE CENÁRIOS ACIDENTAIS ........................ 43 2.2.1 Considerações Iniciais ................................................................................................................................. 43 2.2.2 Requisitos Legais.......................................................................................................................................... 43 2.2.3 Os Sistemas de Gestão.................................................................................................................................. 56 2.2.4 Critérios na Seleção de Cenários Acidentais ............................................................................................... 63 2.3 AÇÕES GENÉRICAS..................................................................................................................................... 68

3 METODOLOGIA.....................................................................................................73 3.1 APRESENTAÇÃO.......................................................................................................................................... 73 3.2 PROCEDIMENTOS PARA ELABORAÇÃO DA PROPOSTA DE CENÁRIOS E RELAÇÃO DE AÇÕES

GENÉRICAS ........................................................................................................................................................ 73 3.3 COLETA DOS DADOS DOS PLANOS DE EMERGÊNCIA ........................................................................ 75 3.4 ORGANIZAÇÃO E ANÁLISE DOS DADOS................................................................................................ 76

4 ESTUDO DE CASO ...............................................................................................78 4.1 CONSIDERAÇÕES INICIAIS ....................................................................................................................... 78 4.2 INFORMAÇÕES DA ÁREA DE REFINO BRASILEIRA ............................................................................. 79 4.3 ACIDENTES EM REFINARIAS .................................................................................................................... 81 4.3.1 Causas Identificadas .................................................................................................................................... 81 4.3.2 Substâncias Envolvidas ................................................................................................................................ 82

Page 12: PLANEJ EMERGENCIA REFINARIAS

13

4.3.3 Tipologia das Conseqüências de Acidentes.................................................................................................. 83 4.3.4 Caracterização dos Acidentes por Área de Ocorrência ............................................................................... 84 4.3.5 Acidentes com Feridos e Fatalidades........................................................................................................... 86 4.4 PLANEJAMENTO DE EMERGÊNCIA DAS REFINARIAS........................................................................ 86 4.4.1 Cenários Acidentais Identificados e Classificação ...................................................................................... 87 4.4.2 Cenários por Área de Emergência ............................................................................................................... 90 4.4.3 Cenários por Equipamentos ......................................................................................................................... 91 4.4.4 Cenários de Nuvem Tóxica ou Inflamável.................................................................................................... 91 4.4.5 Cenários de Vazamento de Produtos Líquidos............................................................................................. 92 4.4.6 Cenários de Transporte ................................................................................................................................ 93 4.5 AÇÕES GENÉRICAS..................................................................................................................................... 93 4.5.1 Coordenação Geral da Emergência............................................................................................................. 94 4.5.2 Resgate de Vítimas ....................................................................................................................................... 96 4.5.3 Combate e Controle da Emergência............................................................................................................. 97 4.5.4 Isolamento e Evacuação de Área ............................................................................................................... 100 4.6 PROPOSTA DE CENÁRIOS ACIDENTAIS ............................................................................................... 101 4.6.1 Considerações Iniciais ............................................................................................................................... 101 4.6.2 A Contribuição da Legislação e Sistemas de Gestão ................................................................................. 102 4.6.3 Procedimento Geral de Emergência .......................................................................................................... 103 4.6.4 O Estudo dos Acidentes e dos Planos de Emergência................................................................................ 104 4.6.5 Considerações Finais ................................................................................................................................. 108

5 CONCLUSÕES ....................................................................................................109

REFERÊNCIAS.......................................................................................................114

OBRAS CONSULTADAS........................................................................................118

APÊNDICE..............................................................................................................121

ANEXOS .................................................................................................................156

Page 13: PLANEJ EMERGENCIA REFINARIAS

1 ORGANIZAÇÃO DE PLANOS DE AÇÃO DE EMERGÊNCIA 1.1 INTRODUÇÃO

O crescimento populacional mundial nos dois últimos séculos tem trazido uma série de

novos problemas entre o equilíbrio do Homem e os seus recursos naturais. Cada vez mais este

aumento vertiginoso da população requer alimento, energia e espaço para tal (ONU, 1991).

A humanidade é incapaz de agir conforme a ordenação natural existente, porém

tem obtido resultados positivos em todas as áreas do conhecimento. Um dos exemplos disso

foi a descoberta e o aproveitamento do petróleo que trouxe inúmeros avanços para toda a

sociedade (ONU, 1991).

O Brasil vem obtendo avanços significativos na produção e processamento de

petróleo, quer para suprir a energia e os combustíveis necessários, quer para vislumbrar em

um futuro próximo a auto-suficiência em sua produção.

As exigências consideráveis de aumento de produção brasileira de petróleo, com o

conseqüente aumento da capacidade nacional de refino para atender principalmente ao

processamento do nosso petróleo, envolvem ampliação e atualização tecnológica em um

expressivo número de refinarias, fato este que introduz riscos adicionais ao parque de refino

atual.

As operações já existentes e as decorrentes de ampliações envolvem, na maioria

dos casos, altas temperaturas, altas pressões, produtos químicos perigosos e grandes

inventários, que implicam obrigatoriamente em riscos industriais com possibilidade de

Page 14: PLANEJ EMERGENCIA REFINARIAS

14

ocorrência de acidentes. Llory (2001) afirma que os acidentes não acabam nunca e podem

ocorrer em fábricas em qualquer parte do mundo, não estando nossas refinarias, obviamente,

imunes a enfrentarem acidentes industriais.

Igualmente o aumento da extração e conseqüentemente da capacidade de refino das

refinarias traz uma necessidade de maior armazenamento de combustíveis produzidos e

também um aumento da probabilidade de riscos de danos ambientais, tendo como origem

cenários de acidentes envolvendo vazamentos de tanques, dutos e outros.

Para ilustrar o aspecto mencionado, no parágrafo anterior, tem-se no Brasil dois

acidentes recentes envolvendo transferência por dutos de terminais para refinarias que tiveram

grande repercussão na mídia em decorrência de danos ambientais decorrentes de vazamentos.

Óleo combustível, numa quantidade de 1,292 milhões de litros, vazou, no dia 18 de janeiro de

2000, de um duto que ligava a Refinaria Duque de Caxias (REDUC) a um Terminal na Ilha

D’Água, atingindo a área da Baía da Guanabara no Rio de Janeiro (SENADO, 2000). No dia

16 de julho de 2000, no período da tarde, ocorreu o maior acidente com derramamento de

óleo/petróleo em recursos hídricos (arroio Saldanha, rio Barigui e rio Iguaçu) da história do

nosso País, levando o Instituto Ambiental do Paraná a aplicar uma multa de R$ 50.000.000,00

(cinqüenta milhões de reais) na PETROBRAS/REPAR (IAP, 2000). Estes acidentes abriram a

“porta” para que mudanças significativas ocorressem no Brasil como muito bem afirmou

Llory:

Tudo se passa como se o acidente entreabrisse uma porta na parede rígida das decisões passadas, dos procedimentos e proteções enraizadas, antes que mais uma vez essa porta ... se feche, e mais uma vez fique muito difícil formular de dentro das empresas e organizações uma crítica aprofundada, um questionamento da doutrina de segurança... Com a ajuda do tempo, o espectro do acidente se distancia e se apaga... E as conseqüências secundárias benéficas do acidente se desfazem. (LLORY, 2001).

Após os acidentes, diversas ações foram estabelecidas pela PETROBRAS, responsável

pela operação de dutos, terminais e refinarias envolvidos nos acidentes. Foram investidos

mais de 3 bilhões de reais através do Programa de Excelência Ambiental e Segurança

Operacional (PEGASO). Como exemplo, pode ser citada a instalação de nove Centros de

Page 15: PLANEJ EMERGENCIA REFINARIAS

15

Defesa Ambiental (CDA) em todo território nacional com pessoal especializado e

equipamentos de última geração no controle de vazamento de óleo, tornando o país uma

referência neste tipo de cenário. Todas as suas unidades obtiveram no final do ano de 2001

certificação ambiental, de segurança e saúde através das normas IS0 14001, OHSAS 18001 e

BS 8800. Os sistemas de gestão trazem ganhos importantes para as organizações (DA SILVA,

2002) e no conteúdo das normas citadas está estabelecida a necessidade da atenção à

Preparação e Atendimento a Emergências, algo importante para o tratamento de cenários de

acidentes potenciais.

Paralelamente, o governo federal desenvolveu legislações específicas, visando

estabelecer mecanismos de prevenção e mitigação de derrames de óleo no Brasil. Exemplos

disto são a Lei 9966, de 28 de abril de 2000, que dispõe sobre a prevenção, o controle e a

fiscalização da poluição causada por lançamento de óleo e outras substâncias nocivas e

perigosas em águas sob jurisdição nacional e a Resolução CONAMA Nº 293, de 12 de

dezembro de 2001, que estabelece o conteúdo mínimo do Plano de Emergência Individual

para incidentes de poluição por óleo originados em portos organizados, instalações portuárias

ou terminais, dutos, plataformas, bem como suas respectivas instalações de apoio e orienta a

sua elaboração.

Tendo em vista os riscos ambientais presentes em uma refinaria, há necessidade de

programas de segurança saúde e meio ambiente que apresentem caráter pró-ativo, simulando e

identificando potenciais ações de emergências, bem como a própria capacidade de resposta

da organização perante as mesmas.

Um bom planejamento de resposta deve contemplar os cenários acidentais possíveis e

ações genéricas que deverão ser desenvolvidas após a ocorrência de um acidente industrial

(QUARANTELLI, 2000).

A certeza de que acidentes são possíveis de ocorrer exige ações de resposta à

emergência por parte das organizações que operam unidades com riscos. O planejamento para

estas situações transforma-se em uma ferramenta importante para que vidas sejam salvas, o

meio ambiente seja preservado e perdas materiais sejam evitadas.

Page 16: PLANEJ EMERGENCIA REFINARIAS

16

1.2 SITUAÇÃO PROBLEMA

Os riscos existentes em uma refinaria de petróleo exigem a constituição de Planos de

Contingência e Emergência que são fundamentais, tanto à capacitação das equipes envolvidas

na organização do controle das emergências, quanto ao combate e controle em caso de

ocorrência de um acidente industrial. Os Planos de Emergência devem ser elaborados com

base em diversos cenários acidentais e, entre outros aspectos, devem conter as ações de

resposta imediatas a serem adotadas visando evitar a perda de vidas, minimizar danos

ambientais e perdas de materiais, com o retorno à normalidade tão rápido e ordenado quanto

possível. Conforme será visto, num levantamento realizado para elaboração desta dissertação,

a definição dos cenários acidentais e as ações genéricas comuns contidas nos Planos de

Emergência de refinarias brasileiras apresentam, em alguns casos, diferenças e, em outros,

semelhanças.

Considera-se como marco inicial as seguintes questões:

1) Quais são os cenários acidentais identificados pelas refinarias brasileiras que

determinaram a necessidade de elaboração de planos de emergência?

2) Existe uma relação de respostas iniciais genéricas a serem utilizadas na

elaboração dos Planos de Emergência de refinarias?

1.3 OBJETIVOS DA PESQUISA

O presente trabalho tem como objetivo estudar os planos de emergência elaborados

pelas refinarias brasileiras identificando os diversos cenários acidentais considerados e as

ações genéricas de resposta contidas nestes planos. Com base em uma análise histórica

realizada usando um banco de dados internacional de acidentes acrescido de eventos

ocorridos no país, no levantamento dos planos de ação de emergência de todas as refinarias

brasileiras, no estudo da legislação e normas nacionais e internacionais assim como nos

resultados obtidos e na literatura, será feita uma sugestão de conjunto de cenários que devem

servir de base para elaboração de planos de ação de emergência em refinarias.

Page 17: PLANEJ EMERGENCIA REFINARIAS

17

1.3.1 Objetivo Geral

• Identificar os diversos cenários acidentais que determinaram a elaboração de

planos de emergência de refinarias brasileiras e uma relação de ações genéricas contidas

nestes planos.

1.3.2 Objetivos Específicos

• Efetuar levantamento da legislação brasileira existente, em especial os requisitos

de licenciamento de órgãos ambientais nos estados onde as unidades de refino estão inseridas,

que contenha aspectos a serem considerados na elaboração de planos de emergência e que

possa, de alguma maneira, fundamentar a definição de cenários acidentais e ações genéricas.

• Estudar os requisitos estabelecidos nas normas ISO 14001, OHSAS 18001 e BS

8800 que foram utilizados na certificação das refinarias brasileiras. Este estudo consistirá na

análise das normas identificando possíveis aspectos que auxiliem na determinação de cenários

e ações de resposta genéricas.

• Identificar os cenários acidentais nos Planos de Emergência de refinarias

brasileiras, procurando identificar as diferenças e semelhanças existentes, de forma a verificar

e propor uma relação de cenários que exigiriam um planejamento de emergência com

estrutura semelhante a utilizada no CONAMA 293;

• Identificar uma relação de ações genéricas que possam ser utilizadas em todas as

situações de emergência de maneira a evitar redundância de ações em diversos planos

• Efetuar uma análise histórica dos acidentes ocorridos em refinarias no mundo

inteiro buscando identificar os cenários acidentais de maior incidência efetuando um

comparativo com os cenários estabelecidos para os Planos de Emergência de refinarias

brasileiras.

1.4 RELEVÂNCIA DO ESTUDO

Os planos de controle de emergência são fundamentais em instalações de refino, por

integrarem o Programa de Gerenciamento de Riscos que, segundo Walter (1998) se constitui

em três partes:

Page 18: PLANEJ EMERGENCIA REFINARIAS

18

Uma identificação dos Perigos;

Um Programa de Prevenção;

Um Programa de Resposta à Emergência

Estes planos possuem aspectos particulares com relação aos demais procedimentos

regulares (DUARTE, 2002) em virtude dos inúmeros impactos que ocorrem durante uma

situação de emergência.

Alguns tipos de cenários de acidentes possíveis de ocorrer em refinarias já estão

cobertos na legislação. A Resolução CONAMA 293 descreve procedimentos e formas de

apresentação dos planos de emergência para derrames de óleo, a qual foi elaborada após o

derrame de óleo ocorrido na Baía da Guanabara.

Deve-se ressaltar que o estudo de cenários acidentais possíveis de ocorrerem em uma

refinaria, que não estejam contemplados em legislações específicas, certamente representa

uma contribuição para a melhoria nos Programas de Gerenciamento de Risco destas

organizações, evitando que a elaboração de planos para tais cenários somente ocorra após um

grande acidente.

1.5 DELIMITAÇÃO DO ESTUDO

O estudo está baseado no levantamento de Planos de Emergência das refinarias

brasileiras no período de novembro de 2002 até setembro de 2003 e inclui todas as refinarias

existentes no Brasil.

As questões avaliadas nos planos se limitaram aos cenários acidentais utilizados nos

Planos de Emergência e às ações genéricas que devem ser desencadeadas quando da

ocorrência de um acidente, não abrangendo todos os demais aspectos contidos no plano de

emergência, tais como treinamento de pessoas, simulados, equipamentos, materiais, sistemas

de comunicação e evacuação de pessoas, entre outros.

Page 19: PLANEJ EMERGENCIA REFINARIAS

19

O estudo de acidentes em refinarias se limitou ao MHIDAS - Major Hazard Incident

Data System, do SRD (Safety and Reliability Directorate) do Reino Unido e a algumas

informações adicionais disponíveis sobre acidentes em refinarias brasileiras.

O estudo também não avaliou os critérios adotados pelas refinarias no estabelecimento

dos cenários acidentais e das ações genéricas, pois exigiria maior aprofundamento no

processo de formulação do Programa de Resposta à Emergência das diversas refinarias, o que

não está contido nos objetivos desta dissertação.

1.6 REFERENCIAL TEÓRICO E CONCEITUAL

O referencial teórico utilizado engloba a produção científica de vários pesquisadores

brasileiros nesta área, tais como Duarte (2002) e Souza Júnior (2002), que têm estudado

questões envolvendo emergências industriais no Brasil. Alguns desses pesquisadores fazem

parte do núcleo de pesquisa da Universidade Federal do Rio de Janeiro (COPPE/UFRJ)

tratando de questões de emergência.

No cenário internacional foram utilizados autores como E. L. Quarantelli, Frank P.

Lees, R. J. Walter e informações de instituições como o American Petroleum Institute (API),

a American Institute of Chemical Engineers (AIChE) e a Federal Emergency Management

Agency (FEMA). Algumas legislações estrangeiras também foram utilizadas.

No cenário nacional foi utilizada a legislação recente desenvolvida no Brasil, bem

como as exigências que vêm sendo estabelecidas pelos órgãos licenciadores das refinarias. A

experiência do pesquisador na implantação de Planos de Emergência em uma refinaria no Sul

do Brasil também foi utilizada, assim como as informações contidas nos planos de

emergência de várias refinarias brasileiras abrangendo todo o parque de refino nacional.

1.7 QUESTÕES SOBRE PLANOS DE EMERGÊNCIA

Neste trabalho pretende-se esclarecer algumas questões relativas às bases para

elaboração de planos de ação para atendimento de emergências em refinarias de petróleo. As

questões para as quais se pretende ter uma resposta são as seguintes:

Page 20: PLANEJ EMERGENCIA REFINARIAS

20

(1) Quais são as diferenças e as semelhanças existentes entre os planos de emergência

existentes no parque de refino brasileiros?

(2) Os cenários acidentais relacionados pela refinarias possuem alguma similaridade

com acidentes em unidades de refino ocorridos no mundo?

(3) Existe uma lista de ações genéricas a serem desempenhadas para os diversos

cenários acidentais levantados?

1.8 DEFINIÇÃO DE TERMOS Para melhor compreensão do estudo realizado, foram definidos alguns termos

importantes:

a) Plano de emergência: conjunto de medidas que determinam e estabelecem as

responsabilidades setoriais e as ações a serem desencadeadas imediatamente após um

incidente, bem como definem os recursos humanos, materiais e equipamentos adequados à

prevenção, combate e controle da situação.

b) Plano de contingência: conjunto de procedimentos e ações que visam à

integração dos diversos planos de emergência setoriais, bem como a definição dos recursos

humanos, materiais e equipamentos complementares para a prevenção, combate e controle da

situação.

c) Órgão ambiental ou órgão de meio ambiente: órgão do poder executivo federal,

estadual ou municipal, integrante do Sistema Nacional do Meio Ambiente (SISNAMA),

responsável pela fiscalização, controle e proteção ao meio ambiente no âmbito de suas

competências; (alínea XXI do Art. 2º da Lei 9966).

d) Órgão regulador da indústria do petróleo: órgão do poder executivo federal,

responsável pela regulação, contratação e fiscalização das atividades econômicas da indústria

do petróleo, sendo tais atribuições exercidas, no Brasil, pela Agência Nacional do Petróleo

(ANP). (alínea XXIV do Art. 2º da Lei 9966).

e) Cenário acidental: conjunto de situações e circunstâncias específicas de um

incidente com causa(s) e conseqüência(s) estabelecida(s).

f) Análise de vulnerabilidade: é a aplicação de modelos matemáticos, com

suporte de computação eletrônica, para quantificar os efeitos dos acidentes. Os cálculos

permitem dimensionar o alcance dos impactos dos acidentes, no espaço da instalação

industrial e de sua vizinhança (DUARTE, 2002).

Page 21: PLANEJ EMERGENCIA REFINARIAS

21

1.9 ORGANIZAÇÃO DO ESTUDO

No Capítulo 1 é apresentada uma introdução à pesquisa relacionando suas questões e

objetivos bem como estabelecendo sua delimitação.

No Capítulo 2 tem-se uma revisão da literatura com relação ao refino de petróleo, o

planejamento de emergências e a seleção de cenários acidentais bem como aspectos relativos

as ações genéricas de resposta à emergência.

No Capítulo 3 é apresentada a metodologia adotada na dissertação que consiste num

estudo de acidentes em unidades de refino e nos planos de emergência de refinarias

brasileiras.

No Capítulo 4 são apresentados os resultados e as discussões referentes à pesquisa,

tratando inicialmente dos acidentes ocorridos em unidades de refino e abordando na seqüência

os planos de emergência de refinarias brasileiras.

No Capítulo 5 as conclusões obtidas são apresentadas na forma de proposta de

cenários acidentais a serem considerados no Programa de Planejamento de Emergências bem

como a análise dos planejamentos atualmente existentes.

Page 22: PLANEJ EMERGENCIA REFINARIAS

2 REVISÃO DA LITERATURA

Neste capítulo faz-se a apresentação das bases e de dados para o entendimento do

desenvolvimento da dissertação. Primeiramente aborda-se a questão do Refino no Brasil,

descrevendo-se os processos e seus riscos e, por último, são expostos as bases conceituais do

planejamento de emergência e a seleção de cenários de acidentes. Trata-se de expor e

construir a consistência da proposta de cenários a ser apresentada no desdobramento desta

pesquisa e a relação de ações genéricas contidas nos planos de emergência pesquisados.

2.1 O REFINO DE PETRÓLEO

O Brasil comporta um grande parque de refino que possui atualmente capacidade de

processamento de praticamente toda a demanda de mercado do país. São apresentadas na

Tabela 1 as informações referentes ao processamento total de petróleo no ano de 2002,

conforme informação da Agência Nacional do Petróleo (ANP, 2003) bem como as cidades e

estados onde estão localizadas as refinarias.

Page 23: PLANEJ EMERGENCIA REFINARIAS

23

Tabela 1 - Refinarias brasileiras, capacidade de processamento e localização

SIGLA REFINARIA PROCESSAMENTO Total em m³ - ano 2002 LOCALIZAÇÃO

LUBNOR Lubrificantes e Derivados de Petróleo do Nordeste

339.735 Fortaleza – CE

IPIRANGA Petróleo Ipiranga 711.993 Rio Grande – RS MANGUINHOS Petróleos de Manguinhos 755.478 Rio de Janeiro – RJ RECAP Capuava 2.496.513 Mauá – SP REMAN Isaac Sabbá 2.605.558 Manaus – AM REFAP Alberto Pasqualini 6.113.408 Canoas – RS REGAP Gabriel Passos 7.243.645 Betim – MG RPBC Presidente Bernardes 8.868.567 Cubatão – SP REPAR Araucária 11.093.622 Araucária – PR REDUC Duque de Caxias 11.181.325 Rio de Janeiro – RJ REVAP Henrique Lage 11.290.663 S. J. dos Campos – SP RLAM Landulpho Alves 11.770.311 Mataripe – BA REPLAN Paulínia 18.783.493 Campinas – SP TOTAL 93.254.311 Fonte: ANP, 2003

A seguir é apresentada, de forma sucinta, uma descrição das atividades em uma

refinaria de petróleo. A mesma foi elaborada com base em informações do Manual Técnico da

OSHA Industrial Hygiene Monitoring Manual for Petroleum Refineries and Selected

Petrochemical Operations (API, 1971) e na experiência de 15 anos de trabalho em refinarias

de petróleo do autor desta dissertação. Pelo grande número de processos envolvidos na

atividade de refino de petróleo, pode ser compreendido o fato de que planos de ações de

emergência referentes a instalações aparentemente semelhantes possam vir a apresentar

significativas diferenças.

O início do refino de petróleo ocorreu através do processamento, na forma de

destilação, para obtenção de querosene. A evolução do refino de petróleo da simples

destilação para processos mais complexos vem exigindo um melhor gerenciamento dos

aspectos relativos de segurança, saúde e meio ambiente.

O refino de petróleo consiste no processamento de uma mistura complexa de

hidrocarbonetos, a forma na qual ele é extraído da natureza, de forma a obter várias outras

misturas complexas de hidrocarbonetos, com propriedades bem definidas para uso em fins

Page 24: PLANEJ EMERGENCIA REFINARIAS

24

específicos. Este processo de refino vem evoluindo constantemente em virtude da demanda

dos clientes e de exigências ambientais.

A exigência original era a produção de querosene como uma fonte de luz mais barata e

melhor que o óleo de baleia. O desenvolvimento do motor de combustão interna levou à

produção de gasolina e óleo diesel. A evolução aeronáutica criou uma primeira necessidade

de gasolina de aviação de alta octanagem para combustível de jatos, uma forma sofisticada do

produto original, o querosene.

Processos de Destilação. A primeira refinaria, aberta em 1861, produzia querosene por

destilação atmosférica simples. Seus subprodutos incluíam alcatrão e nafta. Logo foi

descoberto que óleos lubrificantes de alta qualidade poderiam ser produzidos por destilação

de petróleo sob vácuo. No entanto, pelos 30 anos seguintes o querosene foi o produto que os

consumidores queriam. Dois eventos significativos mudaram essa situação: (1) a invenção da

luz elétrica, que diminuiu a demanda por querosene, e (2) a invenção do motor de combustão

interna, que criou uma demanda por diesel e gasolina.

Processos de Craqueamento Térmico. Com o advento da produção em massa e da 1ª

Guerra Mundial, o número de veículos que utilizavam gasolina aumentou dramaticamente e a

demanda por gasolina aumentou proporcionalmente. No entanto, os processos de destilação

produziam apenas uma quantidade determinada de gasolina a partir do óleo cru. Em 1913, o

processo de craqueamento térmico foi desenvolvido, o qual sujeitava combustíveis pesados a

condições de intensos calor e pressão, quebrando fisicamente as grandes moléculas para gerar

outras menores a fim de produzir quantidades adicionais de gasolina e óleos destilados. O

processo de visco-redução, outra forma de craqueamento térmico, foi desenvolvido no final

da década de 1930 para produzir produtos mais desejáveis e valiosos.

Processos Catalíticos. Motores a gasolina de alta taxa de compressão requeriam

gasolina de alta octanagem com melhores características de antidetonação A introdução do

craqueamento catalítico e processos de polimerização nos finais da década de 1930 atenderam

à demanda fornecendo cortes melhorados de gasolina e maiores números de octanas.

Page 25: PLANEJ EMERGENCIA REFINARIAS

25

A alcoilação, outro processo catalítico desenvolvido no início da década de 1940,

produziu mais gasolina de aviação de alta octanagem e insumos petroquímicos para

explosivos e borracha sintética. Subseqüentemente, a isomerização catalítica foi desenvolvida

para converter hidrocarbonetos a fim de produzir quantidades aumentadas de insumos de

alcoilação. Melhores catalisadores e processos tais como hidrocraqueamento e reformação

foram desenvolvidos na década de 1960 para aumentar os cortes de gasolina e melhorar as

características de detonação. Estes processos catalíticos também produziam moléculas de

hidrocarbonetos com ligação dupla (alquenos) e formaram a base da moderna indústria

petroquímica.

Processos de Tratamento. Ao longo da história do refino vários métodos de tratamento

foram usados para remover produtos que não fossem hidrocarbonetos, impurezas e outros

constituintes que afetam adversamente as propriedades de produtos acabados ou reduzem a

eficiência dos processos de conversão. O tratamento pode envolver reação química e/ou

separação física. Exemplos típicos de tratamento são “adoçamento” químico, tratamento

ácido, lavagem cáustica, hidrotratamento, secagem, extração de solvente e desaromatização

de solvente. Compostos “adoçantes” e ácidos dessulfurizam o óleo cru antes do tratamento e

tratam os produtos durante e após o processamento.

Após a 2ª Guerra Mundial, vários processos de reformação melhoraram a qualidade e

variedade das gasolinas e produziram produtos de qualidade superior. Alguns destes

envolviam o uso de catalisadores e/ou hidrogênio para mudar moléculas e remover enxofre.

2.1.1 Unidades de Processamento As refinarias brasileiras utilizam um número variado de unidades para efetuar o

processamento do petróleo e obter os produtos finais desejados. Em consulta técnica à

Agência Nacional do Petróleo obtiveram-se informações sobre os processos de refino

utilizados nas refinarias brasileiras. Todas as refinarias do Brasil possuem as unidades de

Destilação Atmosférica, a Vácuo e unidade de Craqueamento Catalítico Fluido – FCC. A

resposta de consulta enviada à ANP está transcrita no Anexo A. Além das unidades já

mencionadas, verificou-se que os seguintes processos são encontrados em unidades de refino

brasileiras:

Page 26: PLANEJ EMERGENCIA REFINARIAS

26

Coqueamento Retardado;

Desasfaltação a propano;

Desparafinação com solvente;

Desaromatização com solvente;

Desoleificação de parafinas;

Hidrotratamento (HDT) de várias correntes, tais como nafta, querosene,

diesel, lubrificantes, n-parafinas e parafinas;

Reformação catalítica;

Alcoilação;

Unidade de Produção de propeno;

Unidade de Processamento de Gás Natural – UPGN;

Adoçamento de produtos, tais como GLP, gasolina e querosene;

Tratamento com DEA de várias correntes, tais como gás combustível e

GLP;

Unidade de Tratamento de Águas Ácidas;

Unidade de Recuperação de Enxofre;

Visco-redução.

No relatório Capacitação Institucional sobre Análise e Gerenciamento de Riscos

Ambientais das Atividades do Setor Petrolífero no Brasil (2001), elaborado pelo Laboratório

Interdisciplinar de Meio Ambiente (LIMA) da COPPE/UFRJ, está apresentado um breve

histórico das refinarias brasileiras bem como as unidades existentes e suas capacidade de

processamento.

Dessalinização do Petróleo

O petróleo usualmente contém água, sais inorgânicos, sólidos suspensos e traços de

metal solúveis em água. Como um primeiro passo no processo de refino, para reduzir e

prevenir uma série de problemas, esses contaminantes devem ser removidos por

dessalinização. Existem dois métodos típicos de dessalinização, quais sejam, as separações

química e eletrostática. Na química, água e surfactantes químicos (demulsificadores) são

adicionados ao óleo, aquecidos de forma que sais e outras impurezas fiquem dissolvidos ou

aderidos à água, e então enviados a um tanque de decantação. Na elétrica há a aplicação de

cargas eletrostáticas de alta voltagem para concentrar glóbulos em suspensão no fundo do

Page 27: PLANEJ EMERGENCIA REFINARIAS

27

tanque de decantação. O óleo é aquecido para reduzir a viscosidade e a tensão superficial a

fim de facilitar a mistura e a separação da água. A temperatura é limitada pela pressão de

vapor do óleo. Nas unidades de refino brasileiras este processo faz parte do processo de

destilação atmosférica.

Destilação Atmosférica e a Vácuo

O petróleo dessalinizado é pré-aquecido e enviado à coluna de destilação que opera a

pressões ligeiramente acima da atmosférica e a temperaturas acima de 300°C. Todas as

frações, exceto as mais pesadas, se vaporizam. À medida que o vapor sobe na torre, sua

temperatura vai se reduzindo. Óleo combustível pesado ou resíduo asfáltico são extraídos do

fundo. Os demais produtos variados, como óleo lubrificante, óleo combustível, querosene,

gasolina e gases não condensados são retirados de diferentes níveis da torre.

Figura. 1 – Esquema de processo de destilação atmosférica, ou primária.

Fonte: PETROBRAS, 2003

Page 28: PLANEJ EMERGENCIA REFINARIAS

28

O óleo residual da torre é destilado posteriormente a altas temperaturas com redução

de pressão para evitar o craqueamento térmico. O processo acontece em torres de destilação a

vácuo. A destilação a vácuo se parece com a destilação atmosférica. Exceto pelo fato de que

colunas de maior diâmetro são usadas, o equipamento também é similar. Torres a vácuo são

usadas tipicamente como alimentação do craqueamento catalítico.

Figura 2 – Esquema do processo de destilação a vácuo.

Fonte: PETROBRAS, 2003

Page 29: PLANEJ EMERGENCIA REFINARIAS

29

Unidade de Craqueamento Catalítico Fluido - FCC

No processo de craqueamento catalítico fluido, conhecido por FCC, o óleo é

craqueado na presença de um catalisador finamente dividido e mantido em estado aerado ou

fluidizado por vapores de óleo, e depois fracionado. O craqueador fluido consiste em uma

seção de catalisador e uma seção de fracionamento que operam juntas como uma unidade de

processamento integrada. Um processo FCC típico mistura uma carga de hidrocarboneto

aquecido com catalisador quente, regenerado, e a mistura é craqueada a baixas pressões. Este

craqueamento continua até que os vapores de óleo são separados do catalisador nos ciclones

do reator. A corrente de produto resultante é então carregada para uma coluna de

fracionamento onde é fracionada e tem uma parte do óleo pesado reciclada.

Figura 3 – Esquema do processo de craqueamento catalítico fluido.

Fonte: PETROBRAS, 2003

Page 30: PLANEJ EMERGENCIA REFINARIAS

30

Coqueamento Retardado

Também chamado de craqueamento retardado, neste processo a carga aquecida,

normalmente resíduo de torres de destilação, é transferida para grandes vasos que fornecem o

grande tempo de residência necessário para permitir que as reações de craqueamento se

completem. Inicialmente o insumo é aquecido e a mistura é transferida para um ou mais vasos

de coqueamento, onde o material quente é mantido (retardado) por aproximadamente 24

horas, até craquear, quando ocorre a formação de coque e produtos mais leves. Os vapores

retornam a um fracionador onde gás, nafta e óleos são separados. Os hidrocarbonetos mais

pesados são reciclados na fornalha. Depois que o coque atinge um determinado nível no vaso,

a corrente de material é enviada para outro vaso de forma que a operação seja contínua.

Figura 4 – Esquema do processo de craqueamento retardado.

Fonte: PETROBRAS, 2003

Page 31: PLANEJ EMERGENCIA REFINARIAS

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Desasfaltação a propano

É um processo de extração de asfalto a partir do óleo pelo uso de propano como

solvente. Neste processo são separadas as frações pesadas que produzem óleo lubrificante

pesado, insumo para craqueamento catalítico e asfalto. No processo, o insumo e o propano

líquido são bombeados para uma torre de extração e a separação ocorre em um contactor de

disco rotativo. Os produtos são evaporados e o vapor é lavado para recuperar o propano, que é

reciclado. Esse processo também remove alguns compostos de enxofre e nitrogênio, metais,

resíduos de carbono e parafinas do insumo.

Figura 5 – Esquema do processo de desasfaltação a propano.

Fonte: PETROBRAS, 2003

Page 32: PLANEJ EMERGENCIA REFINARIAS

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Desparafinação com solvente

A desparafinação com solvente é usada para remover a parafina tanto de destilados

quanto de estoques em qualquer estágio do processo de refino. Há vários processos usados

para a desparafinação, mas todos possuem os mesmos estágios em geral, que são: (1) misturar

o produto a um solvente; (2) precipitar a parafina da mistura por esfriamento, e (3) recuperar o

solvente da parafina e do produto desparafinado por destilação e por lavagem por vapor.

Normalmente são usados dois solventes: tolueno, que dissolve o óleo e mantém a fluidez a

baixas temperaturas, e metil etil cetona (MEK), que dissolve pouca parafina a baixas

temperaturas e age como agente precipitador de parafina.

Figura 6 – Esquema do processo de desparafinação com solvente.

Fonte: PETROBRAS, 2003

Page 33: PLANEJ EMERGENCIA REFINARIAS

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Desaromatização com solvente

O processo de desaromatização, ou extração de aromáticos, separa aromáticos,

naftenos e impurezas da corrente de produto por dissolução ou precipitação. O insumo é

primeiramente secado e então tratado usando uma operação de tratamento de solventes por

contracorrente contínua. O produto pode ser lavado com um líquido no qual as substâncias a

serem removidas são mais solúveis do que no produto, ou são adicionados solventes

selecionados para fazer as impurezas se precipitarem. O solvente é separado da corrente por

aquecimento, evaporação ou fracionamento, e resíduos são removidos subseqüentemente do

rafinado por lavagem por vapor ou flasheamento a vácuo. Precipitação elétrica pode ser usada

para a separação de compostos inorgânicos. O solvente então é regenerado para ser usado

novamente no processo.

Figura 7 – Esquema do processo de desaromatização com solvente.

Fonte: PETROBRAS, 2003

Page 34: PLANEJ EMERGENCIA REFINARIAS

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Desoleificação de parafinas

A desoleificação de parafinas visa recuperar parafinas de qualidade comercial a partir

da parafina oleosa produzida no processo. No processo, a carga de parafina oleosa recebe uma

diluição por MEK-tolueno (metil etil cetona e tolueno) e é resfriada em trocadores e

resfriadores de forma que a parafina dura se cristaliza e a parafina mole permanece em

solução. A mistura é enviada para filtros rotativos de fracionamento, onde a parafina mole

segue para extração de solvente e a parafina dura é retida, formando a “torta”. Essa “torta” é

diluída em solvente para dissolver a parafina mole residual, e a mistura segue para filtros

rotativos. A parafina dura resultante é enviada para a recuperação de solvente e o filtrado é

reciclado para diluir a parafina oleosa. Após a extração do solvente, tanto a parafina dura

quanto a mole são enviadas para estocagem.

Hidrotratamento (HDT)

O hidrotratamento catalítico é um processo de hidrogenação usado para remover

contaminantes tais como nitrogênio, enxofre, oxigênio e metais das frações de petróleo

líquidas. Tipicamente, o hidrotratamento é efetuado antes de processos como reformação

catalítica de modo que o catalisador não seja contaminado. O hidrotratamento também é

efetuado antes do craqueamento catalítico para reduzir o enxofre e melhorar a gama de

produtos finais, e para aperfeiçoar frações de petróleo de destilação intermediária para

querosene, óleo diesel e óleos de queima. Além disso, o hidrotratamento converte olefinas e

aromáticos em compostos saturados. O hidrotratamento para remoção de enxofre é chamado

especificamente de hidrodessulfurização. Em uma unidade típica, o insumo é desaerado e

misturado com hidrogênio, é pré-aquecido e carregado sob pressão através de um reator

catalítico de leito fixo. No reator os compostos de enxofre e nitrogênio do insumo são

convertidos em H2S (sulfeto de hidrogênio) e NH3 (amônia). A seguir os produtos da reação

deixam o reator e, após seu resfriamento, entram em um separador de gases. O gás rico em

hidrogênio resultante é reciclado para combinação com o insumo, e a corrente de gás em

baixa pressão, rica em H2S, é enviada para uma unidade de tratamento de gases. O gás limpo

é então adequado como combustível para as caldeiras da refinaria. A corrente líquida, o

produto do hidrotratamento, é normalmente enviada para uma coluna de lavagem para

remoção de componentes indesejáveis.

Page 35: PLANEJ EMERGENCIA REFINARIAS

35

Reformação catalítica

A reformação catalítica é um processo usado para converter naftas de baixo número de

octanas em componentes de gasolina com alto número de octanas chamados reformados. A

reformação representa o efeito total de numerosas reações ocorrendo simultaneamente. Um

reformador catalítico é uma combinação de reator e unidade de recuperação de produto. É

comum haver uma seção de pré-preparo na qual, por combinação de hidrotratamento e

destilação, o insumo é especificado. A maioria dos processos usa platina como catalisador

ativo. Algumas vezes a platina é misturada a um segundo catalisador (catalisador bimetálico)

tal como o rênio ou outro metal nobre.

Alcoilação

A alcoilação, ou alquilação, combina olefinas leves com isobuteno, na presença de um

catalisador, ácido sulfúrico ou hidrofluorídrico. O produto é chamado de alquilado e é

composto de uma mistura de hidrocarbonetos de alta octanagem com parafínicos de cadeia

ramificada.

No processo de alcoilação com ácido sulfúrico, nas unidades tipo cascata, o insumo

entra no reator e entra em contato com o catalisador de ácido sulfúrico em alta concentração.

O efluente do reator é separado nas fases ácida e de hidrocarbonetos em um separador, e o

ácido é devolvido ao reator. A fase hidrocarboneto é lavada em água quente com soda

cáustica para controle de pH antes de ser sucessivamente despropanizada, deisobutanizada e

desbutanizada. O alquilado obtido pode ir diretamente para a produção de combustível de

motor ou ser reprocessado para produzir material para produção de combustível de aviação. O

isobutano é reciclado para alimentação.

No processo de alcoilação com ácido hidrofluorídrico, os processos Phillips e UOP

são os processos mais comumente usados. No processo Phillips os insumos são secados e

alimentados para um conjunto reator/separador. Depois de deixar a zona de reação, o efluente

segue para um separador que separa o ácido, que é reciclado, dos hidrocarbonetos. A camada

superior de hidrocarbonetos, consistindo de propano, butano normal, alquilado e isobutano

excedente (reciclo), é carregada para o fracionador principal, sendo a sua camada inferior

usada como alquilado de motor. A saída de topo do fracionador, que consiste principalmente

Page 36: PLANEJ EMERGENCIA REFINARIAS

36

de propano, isobutano e ácido, segue para um depropanizador. O propano com traços de ácido

segue para um lavador de ácido e é defluorizado, tratado e mandado para estocagem. O

isobutano é retirado do fracionador principal e reciclado para o reator/separador, e o alquilado

do fundo do fracionador principal é enviado para a produção. O processo UOP usa dois

reatores com separadores separados. Metade do insumo secado é carregado no primeiro

reator, junto com o reciclo e o isobutano formado. O efluente do reator segue então para o

segundo reator, onde o ácido é reciclado e o hidrocarboneto é carregado no segundo reator. A

outra metade do insumo também vai para o segundo reator, com o ácido do separador sendo

reciclado e os hidrocarbonetos sendo carregados no fracionador principal. O processo

subseqüente é similar ao processo Phillips. A saída de topo do fracionador principal segue

para um depropanizador. O isobutano é reciclado para a zona de reação e o alquilado é

enviado para a produção.

Unidade de Produção de Propeno

A unidade de produção de propeno gera propeno a partir de uma carga de nafta

craqueada e GLP. Inicialmente a mistura é enviada para um desbutanizador, que separa o

GLP da nafta, a qual é enviada para a produção de gasolina. O GLP passa por um tratamento

com DEA e é umedecido. A mistura é enviada para um depropanizador, que separa as frações

butano e buteno, que seguem para produção de GLP. A mistura restante é tratada com soda e

novamente lavada com água, e segue para um deetanizador, que separa as frações etano e

eteno. O restante segue para um despropenizador, que separa o propeno do propano. O

propano é enviado para produção de GLP. O propeno é enviado para um leito de polimento e

então é estocado, pronto para servir como matéria prima.

Unidade de Processamento de Gás Natural – UPGN

A UPGN tem por objetivo processar o gás natural (GN) e gerar GLP e gasolina.

Inicialmente o GN tem seu condensado removido fisicamente por um coletor, e é tratado com

monoetilenoglicol para remoção de umidade por absorção. A corrente de gás é refrigerada em

um sistema de refrigeração a propano e passa em uma torre de absorção, onde um solvente em

contracorrente absorve gás. O gás residual sai então pelo topo da torre. O gás condensado pelo

resfriamento e pela absorção com solvente, chamado óleo rico, passa por uma torre de

desetanização que gera gás residual rico em etano e óleo rico desetanizado. Este óleo é

Page 37: PLANEJ EMERGENCIA REFINARIAS

37

fracionado em uma torre de destilação, resultando em óleo de absorção isento de GN,

chamado óleo pobre e que é tratado para voltar a absorver LGN do gás natural, e em líquido

de gás natural (LGN) que sai pelo topo da torre. O LGN segue para a desbutanizadora, sendo

então separado em GLP, que sai pelo topo, e em gasolina natural, que sai pelo fundo. A

gasolina segue diretamente para estocagem, enquanto o GLP é tratado para reduzir a

corrosividade e receber odorização, seguindo então para as esferas de armazenamento.

Adoçamento

O adoçamento, um dos principais tratamentos da gasolina, trata compostos de enxofre

(H2S, tiofeno e mercaptano) para melhorar a coloração, o odor e a estabilidade à oxidação. O

adoçamento também reduz as concentrações de dióxido de carbono.

Tratamento com DEA (Dietanol Amina)

Esse processo remove contaminantes ácidos de gases ácidos e correntes de

hidrocarbonetos. Nas plantas de amina, as correntes de gás e hidrocarbonetos contendo

dióxido de carbono e/ou sulfeto de hidrogênio são carregadas em uma torre de absorção ou

contactor líquido onde os contaminantes ácidos são absorvidos pelo contrafluxo de DEA

(dietanol amina). O gás ou líquido lavado é removido pela parte superior, e a DEA é mandada

para um regenerador. No regenerador os componentes ácidos são removidos por aquecimento

e refervimento e saem do sistema, e a amina é reciclada.

Unidade de Tratamento de Águas Ácidas

A unidade de tratamento de águas ácidas visa melhorar as condições do condensado

resultante de processo, chamado de água ácida, e que costuma ser uma mistura de água com

H2S e amônia. O condensado é enviado para uma torre de bandejas. Pode vir aquecido ou ser

aquecido na própria torre. O material que sai pelo topo, chamado de gás residual, é composto

de vapor, H2S e amônia, pode ser destinado para incineração ou para unidade de recuperação

de enxofre. O efluente do fundo da torre pode ser reaquecido e reinjetado na torre ou, se já se

tiver removido a maior parte do contaminante, ir para tratamento de efluentes, com a

denominação de água retificada.

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38

Unidade de Recuperação de Enxofre

Esse processo converte sulfeto de hidrogênio em gases ácidos e correntes de

hidrocarbonetos em enxofre simples. O sistema mais usado de recuperação é o processo

Claus, que usa tanto reações térmicas quanto de conversões catalíticas. Um processo típico

produz enxofre pela queima de sulfeto de hidrogênio sob condições controladas. Vasos de

esgotamento são usados para remover água e hidrocarbonetos das correntes de gás de

alimentação. Os gases são então expostos a um catalisador para recuperar enxofre adicional.

O vapor sulfúrico da queima e conversão é condensado e recuperado.

Visco-redução

Visco-redução, uma forma suave de craqueamento térmico, reduz significativamente a

viscosidade de resíduos pesados de óleo cru sem afetar muito o ponto de ebulição. O resíduo

da destilação atmosférica é aquecido a pressão atmosférica e suavemente rompido em um

aquecedor. É então abatido com gás frio para controlar uma ruptura excessiva, e flasheado em

uma torre de destilação. O processo é utilizado para reduzir o ponto de fusão de resíduos

parafínicos e reduzir a viscosidade de resíduos usados na mistura com óleos combustíveis

mais leves. Destilados médios podem também ser produzidos, dependendo da demanda de

produto. O alcatrão residual termicamente craqueado, que se acumula no fundo da torre de

fracionamento, é flasheado a vácuo em um stripper e o destilado é reciclado.

2.1.2 Riscos dos processos

Os riscos para as pessoas e equipamentos numa refinaria de petróleo estão

intimamente ligados à inflamabilidade dos inúmeros compostos processados e/ou

armazenados. É comum ter-se temperaturas elevadas, acima dos pontos de ebulição das

substâncias. Havendo perda de contenção, as substâncias inflamáveis podem entrar em

ignição dando lugar a cenários de acidentes tais como incêndio em poça e jato de fogo, os

quais podem causar danos em locais expostos diretamente as chamas ou em pontos nas

imediações, por ação da emissão de radiação térmica que acompanha a combustão.

Substâncias inflamáveis liberadas na atmosfera podem se misturar com o ar formando nuvem

de gás inflamável-ar que podem causar danos quando ocorre um incêndio em nuvem, ou

havendo condições favoráveis do tipo confinamento ou presença de equipamentos e estruturas

Page 39: PLANEJ EMERGENCIA REFINARIAS

39

que favoreçam a geração de turbulência e portanto aumento da velocidade de chama, a

queima pode se tornar explosiva. Explosões de nuvem de gás inflamável-ar são fenômenos

que, em geral, causam destruição que, dependendo da massa envolvida, podem chegar a

quilômetros do local da explosão.

A inflamabilidade da maior parte dos produtos manipulados em uma refinaria é a

propriedade que está intimamente ligada aos riscos que se tem neste tipo de planta industrial.

Não obstante, também há a presença de materiais tóxicos nas plantas como

subprodutos dos processos ou como parte de sistemas de tratamento, entre os quais o sulfeto

de hidrogênio ou ácido sulfídrico (H2S), o cloro e a amônia estão quase sempre presentes.

Estas substâncias citadas, entre outras, também constituem riscos para os trabalhadores e

eventualmente para a população.

As principais tipologias acidentais do refino são as seguintes; ver LIMA (2001):

Explosão ou incêndio ocasionados pela liberação de gases ou líquidos inflamáveis;

Liberação de gases tóxicos para atmosfera;

Explosão de vasos pressurizados;

Explosão de equipamentos devido à entrada de ar em sistemas contendo hidrocarbonetos aquecidos;

Explosão de equipamentos devido à entrada de hidrocarbonetos em sistemas de ar ou vapor;

Explosão devido ao contato de produtos aquecidos com água;

Incêndio em tanques de estocagem, materiais contaminados ou canaletas de drenagem com resíduos de produtos inflamáveis;

Derramamento de óleo, derivados e outras substâncias líquidas para o ambiente.

A seguir apresenta-se uma breve relação dos processos de refino existentes no Brasil,

onde se buscou relacionar os principais riscos de cada processo importantes para o

planejamento de emergências.

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Dessalinização. Há o risco potencial de incêndio devido a vazamento ou liberação de

óleo dos aquecedores na unidade de dessalinização. Os componentes do óleo com baixo ponto

de fulgor também podem ser liberados em caso de vazamento.

Destilação. Aquecedores e trocadores nas unidades de destilação atmosféricas e a

vácuo podem fornecer uma fonte de ignição, e o potencial para um incêndio existe se ocorrer

um vazamento ou liberação de produto.

Craqueamento térmico, coqueamento retardado, visco-redução. Por ser o

craqueamento térmico um processo fechado, o potencial primário para incêndio deriva de

vazamentos ou liberações de gases ou vapores que alcancem uma fonte de ignição, tal como

um aquecedor. O potencial para fogo está presente em operações de coqueamento graças à

possibilidade de vazamentos de vapor ou produtos. Se as temperaturas saírem de controle,

uma reação exotérmica pode ocorrer dentro dos coqueadores. Existe potencial para exposição

a gases perigosos, tais como sulfeto de hidrogênio e monóxido de carbono, e traços de

aromáticos polinucleares associados com operações de coqueamento. A água de efluente pode

ser altamente alcalina e conter óleo, sulfetos, amônia e/ou fenol.

Craqueamento catalítico fluido. Hidrocarbonetos líquidos no catalisador ou que entrem

na corrente de ar aquecido de combustão devem ser controlados para evitar reações

exotérmicas. Por causa da presença de aquecedores nas unidades de craqueamento catalítico,

existe a possibilidade de fogo devido a vazamento ou liberação de vapores. Na descarga de

catalisador coqueado existe a possibilidade de fogo em sulfeto férrico, que sofre ignição

espontânea quando exposto ao ar e, portanto, deve ser umedecido com água para evitar

vapores inflamáveis. Além disso, a exposição a sulfeto de hidrogênio e/ou monóxido de

carbono pode ocorrer durante uma liberação de produto ou vapor. A formação inadvertida de

carbonila de níquel pode ocorrer em processos que usem catalisadores à base de níquel, com

potencial para exposições perigosas.

Desasfaltação a propano. Há potencial de incêndio em caso de um vazamento ou

liberação de produto atingir uma fonte de ignição, tal como um aquecedor. Vapor condensado

dos vários processos de asfaltação e desasfaltação contém traços de hidrocarbonetos.

Qualquer perda no vácuo pode resultar na entrada de ar atmosférico e fogo subseqüente. Além

Page 41: PLANEJ EMERGENCIA REFINARIAS

41

disso, o aumento de temperatura no fundo da torre de vácuo para melhorar a eficiência pode

gerar metano por craqueamento térmico. Podem ser criados vapores nos tanques de asfalto

que não sejam detectados em amostragens e testes, mas que podem ser inflamáveis. Existe

potencial para exposição a sulfeto de hidrogênio e dióxido de enxofre na produção de asfalto.

Desparafinação e desaromatização com solvente. Tratamento por solventes é

essencialmente um processo fechado e, apesar de as pressões de operação serem relativamente

baixas, existe potencial para fogo de um vazamento ou derramamento se houver contacto com

uma fonte de ignição tal como um secador ou aquecedor de extração. Na remoção de

parafinas, a perda do vácuo cria um risco potencial de incêndio se permitir a entrada de ar no

sistema.

Desoleificação de parafinas. O processo é um processo fechado, e o potencial para

incêndio ocorre no caso de vazamentos ou derramamentos do solvente.

Hidrotratamento (HDT). Existe potencial para incêndio em caso de vazamento de

produto ou de hidrogênio. Há potencial de exposição a sulfeto de hidrogênio ou hidrogênio

gasoso devido a vazamentos, ou amônia no caso de ocorrências de liberações de água

residual. Pode haver a presença de fenol se insumos com alto ponto de ebulição forem

processados.

Reformação catalítica. Como o sistema é um processo fechado, existe o potencial de

incêndio se ocorrerem um vazamento ou liberação de gás de reformado ou hidrogênio.

Alcoilação. Como o sistema é um processo fechado, existe o potencial de incêndio no

caso de ocorrência de vazamento ou liberação de produto que possibilite o contato com uma

fonte de ignição. Pode haver danos sérios devido a resíduos ou liberações dos ácidos. O ácido

hidrofluorídrico provoca a formação de fluoreto férrico, e ambos os ácidos podem sair da

faixa de controle se entrarem em contato com água, podendo causar reações exotérmicas e

aumento da corrosão. Quanto à saúde humana, o ácido sulfúrico e, particularmente, o

hidrofluorídrico, são produtos potencialmente perigosos, e grandes liberações devem ser

consideradas situações emergenciais.

Page 42: PLANEJ EMERGENCIA REFINARIAS

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Unidade de Produção de Propeno. Existe possibilidade de incêndio tipo tocha caso um

vazamento pequeno de gás alcance fonte de ignição. Se houver a entrada de oxigênio na

tubulação e equipamentos com gás pode ocorrer uma explosão se as temperaturas alcançarem

a temperatura de ignição da mistura gasosa.

Unidade de Processamento de Gás Natural – UPGN. Existe potencial para incêndio

em tocha se ocorrer vazamento de gás por orifícios ou falhas em tubulação junto a fontes de

calor. Pode haver incêndio em nuvem se houver liberação de grande quantidade de gás, e

explosão se a nuvem estiver em local contido ou se entrar oxigênio na corrente gasosa e esta

entrar em contato com fonte de ignição.

Recuperação de enxofre e adoçamento. Existe potencial de incêndio em caso de

vazamento ou liberação de insumo ou produto. Processos de adoçamento usam oxigênio do

ar. Se ocorrer excesso de oxigênio no processo, é possível ocorrer fogo devido à geração de

eletricidade estática, que age como fonte de ignição. Há potencial de exposição a sulfeto de

hidrogênio (H2S), produtos cáusticos (hidróxido de sódio), cáusticos gastos, catalisador gasto

(Merox), poeira de catalisador e agentes de adoçamento (carbonato e bicarbonato de sódio).

Tratamento de correntes com DEA. Há potencial de incêndio se um derramamento ou

vazamento alcançar uma fonte de ignição. Há potencial de exposição a compostos de amina

(monoetanolamina, dietanolamina, metildietanolamina), sulfeto de hidrogênio e dióxido de

carbono.

Unidade de Tratamento de Águas Ácidas. Pode ocorrer vazamento de vapores ricos

em H2S e amônia, que são produtos perigosos para a incolumidade física, e portanto deve ser

considerado como de situação emergencial.

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2.2 O PLANEJAMENTO DE EMERGÊNCIA E A SELEÇÃO DE CENÁRIOS ACIDENTAIS 2.2.1 Considerações Iniciais

Torna-se imprescindível a apresentação dos conceitos a seguir expostos para o perfeito

entendimento, por parte de pesquisadores e profissionais, da contribuição que esta pesquisa

pretende oferecer à gestão do processo de planejamento de emergência em refinarias no

Brasil.

2.2.2 Requisitos Legais

Nesta seção, uma revisão dos aspectos legais será feita, pois na elaboração de um

planejamento de emergência é necessário que haja a consciência que regulamentos

estabelecidos podem afetar a seleção de cenários acidentais (CCPS, 1995).

No âmbito internacional é ampla a legislação que aborda aspectos relativos ao

planejamento de emergência e a seleção de cenários acidentais. Souza Júnior (2002) apresenta

os requisitos legais adotados pelos Estados Unidos e pela Comunidade Européia na

constituição dos processos de planejamento de emergência relativos a situações que podem

afetar a área externa de indústrias químicas e petroquímicas. Carvalho (2002) ressalta que a

“regulamentação brasileira relativa à indústria de petróleo vem, ao longo dos anos, utilizando

os regulamentos americanos como base em sua elaboração” e cita exemplos concretos

relativos a esta afirmação. Neste sentido foi julgado oportuno transcrever estudo elaborado

pelo Center for Chemical Process Safety of the American Institute of Chemical Engineers

referente a regulamentos existentes nos Estados Unidos que tratam de requisitos para a

seleção de cenários acidentais, conforme apresentado no Quadro 1.

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Regulamento/Ato Abordagem OSHA PSM (Process Safety Management), Plano de Evacuação e HAZWOPER (29 CFR 1910. 119, 1910.38a e 1990.120)

O PSM se refere ao uso de várias técnicas de Análise de Risco de Processo aceitas e não aborda especificamente se cenários não são dignos de crédito e se devem ser considerados. No PSM se enfatiza que o plano de ação de emergência precisa incluir procedimentos para responder a liberações menores, presumivelmente devido à sua maior probabilidade e impacto imediato no local de trabalho. O planejamento de evacuação de emergência e as normas HAZWOPER não abordam a consideração de incidentes não dignos de crédito.

Programa da Califórnia de Prevenção e Gerenciamento do Risco (Capítulo 6.95 do Código de Saúde e Segurança do Estado da Califórnia)

Este programa é destinado a abordar efeitos potenciais ao público de liberações acidentais ou efeitos fora dos limites da planta, e requerem Programas de Prevenção e Gerenciamento do Risco onde existe potencial de significativos efeitos fora do local. Os regulamentos requerem modelagem e análises das conseqüências para os cenários de liberação de maior potencial identificados na análise de risco. Não existem regras específicas requerendo a inclusão de incidentes não dignos de crédito no nível do estado. Somente algumas autoridades de reforço local requereram o uso do Pior Incidente Possível.

Ato de Delaware para Gerenciamento de Risco De Substâncias Extremamente Perigosas (Código Delaware 7, Capítulo 77)

O ato se destina a abordar efeitos potenciais para o público de liberações acidentais (ou seja, efeitos fora dos limites da planta) e requerer Programas de Gerenciamento de Risco onde existe o potencial de significativos efeitos fora do local. Os regulamentos especificamente definem várias abordagens para calcular a “Quantidade Potencial de Liberações”, todas elas indicando uma filosofia de Pior Incidente Digno de Crédito, conforme definido acima. Estas abordagens incluem:

• Falha catastrófica de tubulação (fluxo de ambas extremidades); • Falha catastrófica da mangueira (fluxo de ambas extremidades); • Exposição de vasos e equipamento ao fogo se o material é inflamável, ou se

substâncias inflamáveis ou combustíveis são manuseadas ou estocadas perto; • Abertura de válvulas de alívio de pressão com base no projeto de sistema de

alívio; e • Falha de sistemas de mitigação, tais como tochas, lavadores de gases, válvulas de

isolamento, válvulas de excesso de fluxo, sistemas de resfriamento. Inerente a estas abordagens é o reconhecimento de que vasos projetados apropriadamente em conformidade com códigos e normas e geridos em conformidade com os elementos recomendados de segurança de processos químicos têm probabilidade extremamente baixa de falha catastrófica instantânea.

Ato de Prevenção de Catástrofe Tóxica de Nova Jérsei (Título 7 NJAC – Capítulo 31)

A finalidade deste ato é similar à do Ato de Delaware. Os regulamentos requerem modelagem e análise das conseqüências dos cenários de maior liberação potencial identificados nas análises de risco. Não há regras específicas requerendo a inclusão de incidentes não dignos de crédito, mas a instalação precisa explicar porque qualquer risco de acidente não é abordado. Os regulamentos requerem que o treinamento da equipe de resposta à emergência inclua planos de ação para tratar de cenários específicos e que os treinamentos sejam baseados em critérios previamente planejados de liberações.

Programas de Gerenciamento de Risco U.S. EPA para Prevenção de Liberação Acidental de Produtos Químicos (58 FR 54190)

A finalidade destes regulamentos propostos em outubro de 1993 é similar aos atos estaduais referidos acima. A proposta inicial da EPA inclui o uso do “pior caso de liberação” para finalidades de planejamento de emergência. Pior caso de liberação é definido como “... a perda de toda substância regulada do processo numa liberação acidental que conduz às piores conseqüências fora do local“. Isto inclui todo o material contido em diferentes vasos. Contudo, EPA também indicou que “não quer que as instalações enfoquem somente os liberações de pior caso porque outros cenários de liberação são preocupantes, geralmente são mais prováveis que um cenário de liberação de pior caso e precisam ser abordados no programa de prevenção”. Além disso, enquanto este regulamento requer a identificação de “liberações de pior caso”, ele não requer planos de gerenciamento de emergência para aqueles incidentes não dignos de crédito.

Quadro 1 - Resumo de Abordagens Reguladoras à Seleção de Cenários.

Fonte: Seleção de Cenários, segundo o “Guidelines for Technical Planning for On-site Emergencies”

– CCPS,1995

No âmbito da legislação nacional a questão de planejamento de emergência é tratada

em uma série de documentos, a maior parte deles recente, e esses documentos, conforme sua

Page 45: PLANEJ EMERGENCIA REFINARIAS

45

origem, possuem graus hierárquicos e de detalhamento diferentes. Dessa forma, a legislação

brasileira pode ser estruturada da seguinte forma:

Constituição;

Emenda Constitucional;

Lei Complementar;

Leis federais;

Portarias, decretos, instruções normativas, normas reguladoras e outros.

De Moraes (2001) assinala que a competência de cada ente público (União,

Estados/Distrito Federal e Municípios) de legislar sobre um determinado assunto em geral

está bem delimitada nos diplomas legais superiores, de forma que não costuma haver

discussões sobre a competência de aplicação de lei federal, estadual ou municipal incidente

sobre um determinado assunto.

Em relação aos Estados, a estrutura legislativa é bastante semelhante, com uma

Constituição Estadual e Emendas à Constituição Estadual, leis estaduais e decretos, portarias

e outros atos emanados de órgãos estaduais. Da mesma forma, em relação ao Município a

estrutura é semelhante, com a ressalva de que há uma Lei Orgânica, leis municipais e

decretos, portarias e outros atos emanados de órgãos municipais. Dessa forma, conforme

Meirelles (2001), o Estado, através de todos os seus entes públicos (União, Estados, Distrito

Federal e Municípios), dispõe de um conjunto de regramentos cogentes, aplicáveis conforme

o âmbito de atuação. Este conjunto estabelece as obrigações de todos em relação à

preservação do meio ambiente.

Machado (2000) também ressalta que a lei formal referente ao estudo prévio de

impacto ambiental, bem como os demais atos que visam à proteção do meio ambiente, é de

competência comum, ou seja, pode ser elaborada e/ou fiscalizada pela União, pelo Estado ou

pelo Município, conforme facultado pelo art. 23, VI, da Constituição Federal de 1988.

A Lei 6.938, de 31 de agosto de 1981, dispõe sobre a Política Nacional do Meio

Ambiente, e cria em seu art. 6° o SISNAMA – Sistema Nacional de Meio Ambiente, do qual

o CONAMA – Conselho Nacional do Meio Ambiente – é órgão consultivo e deliberativo,

podendo propor diretrizes e políticas governamentais e deliberar sobre normas e padrões

Page 46: PLANEJ EMERGENCIA REFINARIAS

46

compatíveis com o meio ambiente ecologicamente correto, conforme definido na al. II desse

mesmo artigo. Dessa forma, a Lei 6.938 delegou competência ao CONAMA para a emissão

de diretrizes que visem à preservação do meio ambiente.

Assim, na esfera de competência da União, o CONAMA está autorizado a emitir

normas de caráter cogente. A Resolução CONAMA n° 1, de 23 de janeiro de 1986, que

dispunha sobre estudos de impacto ambiental, já ordena que faça parte do estudo a atividade

técnica de “... definição das medidas mitigadoras de impactos negativos..” (art. 6°, III), que é

o embrião da exigência legislativa para a elaboração de planos de emergência.

A resolução CONAMA n° 237, de 19 de novembro de 1997, dispõe sobre o

procedimento genérico de licenciamento ambiental, definindo as atribuições e competências

dos diversos órgãos envolvidos no processo de licenciamento. Define, também, que um plano

de emergência ou contingência é considerado um Estudo Ambiental para fins de

licenciamento, conforme seu artigo 1°, inciso III. Além disso, estabelece que cada órgão

licenciador poderá exigir, a seu critério, documentos diversos de forma a assegurar a

integridade do meio ambiente. Pelo fato de que os planos de emergência das refinarias têm

por objetivo primordial a minimização de impactos nocivos às pessoas, ao meio ambiente e as

instalações e também que geralmente associa uma minimização ou prevenção desses impactos

ao bem-estar da comunidade vizinha de uma instalação, a legislação nacional referente a

planos de emergência inexiste per si, e se origina do arcabouço legislativo das leis e normas

ambientais, extrapolando uma possibilidade de dano ambiental, para estruturar um plano de

emergência, com seus cenários, no ambiente industrial.

O art. 225, § 1°, IV, da Constituição Federal de 1988, estipula o seguinte:

Para assegurar a efetividade desse direito, incumbe ao Poder Público: IV – Exigir, na forma da lei, para instalação de obra ou atividade potencialmente causadora de significativa degradação do meio ambiente, estudo prévio de impacto ambiental, a que se dará publicidade.

A Lei 9966, de 28 de abril de 2000, estabelece os princípios básicos a serem

obedecidos na movimentação de óleo e outras substâncias nocivas ou perigosas em portos

organizados, instalações portuárias, plataformas e navios em águas sob jurisdição nacional e

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47

também neste contexto define plano de emergência e plano de contingência, dentro de uma

filosofia de abrangência e responsabilidades de ações.

A Lei 9966 define como plano de emergência um ou mais planos setoriais de ações,

com recursos humanos e materiais locais a cada setor, e considera plano de contingência o

conjunto desses planos setoriais, sua sinergia e outros recursos e procedimentos externos, de

caráter global ou geral, que não são abrangidos pelos planos setoriais.

A mesma lei estabelece, ainda, em seu artigo 7° e seguintes, que portos, instalações

portuárias, plataformas e suas instalações de apoio devem dispor de planos de emergência

individuais e integrados. A consolidação desses planos em um plano de contingência local

fica a cargo do órgão ambiental competente (artigo 8°, caput). No entanto, não dispõe sobre o

conteúdo mínimo desses planos. Outro fato importante é que esta legislação apresenta um

verdadeiro avanço para o estabelecimento de planos de emergência em território brasileiro

apenas abrangente para as áreas de portos e outros vinculados com vias fluviais, marítimas,

etc. Embora as refinarias de petróleo não estejam obrigadas a atender a esta legislação, os

princípios técnicos contidos nesta lei podem perfeitamente ser aplicados aos planos de

emergência e respostas de uma refinaria, fato este já usual em várias refinarias brasileiras.

Em complemento à Lei 9966, a resolução CONAMA n° 293, de 12 de dezembro de

2001, estabelece um conteúdo mínimo de Plano de Emergência Individual para acidentes de

derramamento de óleo em água, com uma série de questões que os planos devem prever. No

entanto, essa resolução é de observância obrigatória apenas para instalações sujeitas a esses

tipos de acidentes, mas se constitui em um guia para a elaboração de outros planos.

Embora até então não existisse uma legislação federal específica vinculada com riscos

de operação de refinarias, esta lacuna começou a ser preenchida por meio da Convenção OIT

nº 174, e Recomendação nº 181, que foi toda ela abordada em todas as suas etapas por Souza

Júnior (2002) que apresentou todo um histórico da implementação desta legislação no Brasil

iniciando em agosto de 1994, em um seminário com representantes dos trabalhadores, das

empresas e dos setores públicos.

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Estas etapas levaram à aprovação em janeiro de 2002, por meio do Decreto da

Presidência da República n° 4085 de 15 de janeiro de 2002, publicado no Diário Oficial em

16 de janeiro de 2002, referendando a aprovação pelo Congresso Nacional, do texto da

Convenção nº 174 da OIT sobre Prevenção de Acidentes Industriais Maiores, complementada

pela Recomendação nº 181 através do Decreto Legislativo nº 246 de 28 de junho de 2001. O

Decreto da Presidência estabelece que a Convenção “seja cumprida tão inteiramente como

nela se contêm”. Essa Convenção considera a necessidade de prevenção, redução ao mínimo

dos riscos e as conseqüências de acidentes maiores. A Convenção é aplicável a instalações

expostas a riscos de acidentes maiores excluindo a área nuclear, no tocante às substâncias

radioativas, a área militar e o transporte fora das instalações, distinto do transporte por dutos.

Em seu artigo 9°, “Disposições Relativas à Instalação”, alínea “d”, a Convenção

estipula que os empregadores deverão estabelecer e manter um sistema documentado de

prevenção de riscos que preveja:

planos e procedimentos de emergência que compreendam: i) a preparação de planos e procedimentos de emergência eficazes, com

inclusão de procedimentos médicos de emergência, para ser aplicado no local em caso de acidente maior ou de risco de acidente maior, a verificação e a avaliação periódica de sua eficácia e sua revisão quando for necessário;

ii) informar sobre os possíveis acidentes e os planos de emergência locais,

às autoridades e aos organismos encarregados de estabelecer os planos e procedimentos de emergência para proteger a população e ao meio ambiente na parte externa da instalação;

iii) quaisquer consultas necessárias com tais autoridades e organismos;

É interessante observar que “identificação e o estudo de perigos e a avaliação dos

riscos, levando também em conta as possíveis interações entre substâncias” e, em especial,

“medidas destinadas a limitar as conseqüências de um acidente ampliado” são consideradas

como não integrantes de planos de emergência, uma vez que estão referidas nas alíneas “a” e

“e” do artigo 9°. De acordo com esse ponto de vista, o planejamento de emergência tem então

um enfoque de mitigação de danos à saúde humana e ao meio ambiente preponderante a

atividades técnicas de combate e contenção.

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49

Do mesmo modo, em outra esfera de atuação, o Direito do Trabalho, mas ainda dentro

da área de competência da União, pelo Ministério do Trabalho, pela atualização recente de

leis e regulamentos tem produzido documentos técnicos, que interagem nesta preocupação de

prevenção de riscos específicos, abaixo discriminados:

A Portaria 23, da Secretaria de Segurança e Saúde no Trabalho (SSST), de 27 de

dezembro de 1994, alterou a NR (Norma Regulamentadora) 13 – Caldeiras e Vasos sob

Pressão redefinindo uma grande gama de itens, a ponto da norma ser totalmente substituída

pela nova redação. Já nesse momento se observava a necessidade de se pensar em termos de

emergências, pois foi colocado como documento obrigatório do Manual de Operação da

Caldeira, atualizado, um conjunto de procedimentos de emergência, conforme o item 13.3.1,

c. A norma, no entanto, não detalha o seu conteúdo mínimo.

Dentro desta mesma linha, por iniciativa do Ministério do Trabalho e outros órgãos

federais foi emitida a Portaria 14, de 20 de dezembro de 1995, como parte de um esforço

nacional para minimizar a exposição e diminuir a concentração ambiental aos menores níveis

possíveis para a geração e uso de benzeno, inseriu-se o Anexo 13-A – Benzeno – no Anexo

13 da NR 15 – Atividades e Operações Insalubres. Esse Anexo, entre outras providências,

determina que se uma empresa não puder deixar de utilizar benzeno em seu processo

produtivo, deve elaborar o PPEOB – Programa de Prevenção da Exposição Ocupacional ao

Benzeno (item 3.2). Em seu item 5.4, 11° parágrafo, determina também que o PPEOB

apresente uma descrição dos procedimentos e recursos necessários para o controle da situação

de emergência, até o retorno à normalidade. Nesse ponto já se verifica uma evolução

conceitual, refletindo uma preocupação maior com a questão de emergência, pois já menciona

que deve haver procedimentos e recursos à disposição do combate a emergências. No entanto,

ainda não define um conteúdo mínimo do plano.

Concluindo os esforços do governo federal, e vinculados com o estudo em tela, nos

interessa sobremaneira a nova redação da NR 22, que recebeu a nova denominação de

Segurança e Saúde Ocupacional na Mineração, efetuada pela Portaria 2.037 do Ministério do

Trabalho e Emprego (MTE) de 15 de dezembro de 1999. Nessa reformulação as atividades de

mineração ficam obrigadas a desenvolverem e implementarem um Programa de

Gerenciamento de Riscos (PGR), no qual o capítulo 22.32 é dedicado a operações de

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50

emergência. Neste capítulo, no item 22.32.1, estabelece que “toda mina deverá elaborar,

implementar e manter atualizado um plano de emergência...”, e a seguir lista uma série de

elementos que devem compor o plano. Deve ser observado que a não observância desse artigo

pode vir a implicar em multa e até interdição das atividades da mina. Pelo seu grau de detalhe,

esse modelo também pode servir como guia para elaboração de novos planos e evidencia um

avanço da legislação com relação ao planejamento de emergência.

Pode ser resumido que no âmbito Federal existe um avanço com relação à elaboração

de planos destinados a emergências mas no entanto somente o Decreto nº 4.085 referente a

Convenção da OIT 174 atinge diretamente as refinarias estabelecendo requisitos com relação

aos planos de emergência.

Além desses casos que são tratados na esfera federal, os demais casos de instalações

são tratados na esfera de competência dos Estados e Distrito Federal. Para instalações com

certo potencial de risco se faz necessária uma ação fiscalizatória por parte do Poder Estadual,

e assim é importante realizar um exame nos estados onde existem operações de refinarias. Os

estados que possuem refinarias em operação no Brasil atualmente são: Rio Grande do Sul,

Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Bahia, Ceará e Amazonas.

No Estado de São Paulo, o Centro Tecnológico de Saneamento Básico – CETESB - é

o órgão estadual que efetua as ações de licenciamento e fiscalização ambiental. Conforme o

tipo do empreendimento, as exigências para se obter Licença Prévia, de Instalação ou de

Operação são diferentes, sendo mais rigorosas para instalações de maior risco. Para tanto,

emite periodicamente Termos de Referência, de caráter geral e único para o Estado de São

Paulo, termos esses que fornecem as atividades básicas de Estudos de Análise de Riscos. Em

sua edição de março de 2002 emitiu o Termo de Referência para a Elaboração de Estudos de

Análise de Riscos determinando que um EAR (Estudo de Análise de Riscos) deve ter, entre

outros elementos, uma etapa de Gerenciamento de Riscos. Nesta etapa deve ser elaborado um

PAE – Plano de Ação de Emergência, baseado nos resultados da análise e avaliação de riscos

e nas exigências de legislação diversas. O PAE deve ser elaborado para empreendimentos de

qualquer porte, seja pequeno, médio ou grande. Os elementos que devem conter este

planejamento estão transcritos abaixo:

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Independentemente das ações preventivas previstas no PGR, um Plano de Ação de Emergência (PAE) deve ser elaborado e considerado como parte integrante do processo de gerenciamento de riscos.

O PAE deve se basear nos resultados obtidos no estudo de análise e avaliação de riscos, quando realizado, e na legislação vigente, devendo também contemplar os seguintes aspectos:

introdução;

estrutura do plano;

descrição das instalações envolvidas;

cenários acidentais considerados;

área de abrangência e limitações do plano;

estrutura organizacional, contemplando as atribuições e responsabilidades dos envolvidos;

fluxograma de acionamento;

ações de resposta às situações emergenciais compatíveis com os cenários acidentais considerados, de acordo com os impactos esperados e avaliados no estudo de análise de riscos, considerando procedimentos de avaliação, controle emergencial (combate a incêndios, isolamento, evacuação, controle de vazamentos, etc.) e ações de recuperação;

recursos humanos e materiais;

divulgação, implantação, integração com outras instituições e manutenção do plano;

tipos e cronogramas de exercícios teóricos e práticos, de acordo com os diferentes cenários acidentais estimados;

documentos anexos: plantas de localização da instalação e layout, incluindo a vizinhança sob risco, listas de acionamento (internas e externas), listas de equipamentos, sistemas de comunicação e alternativos de energia elétrica, relatórios, etc.

Pode ser verificado que o estado de São Paulo, através deste documento, determinou

um avanço importante na exigência dos Planos de Emergência sendo que a configuração

adotada é semelhante ao que nas refinarias da PETROBRAS está contido com uma

denominação diferente que é o Plano de Contingência Local. Outro fato importante é que os

cenários acidentais são determinados tendo como base o resultado do processo de análise de

risco utilizado.

No estado do Rio Grande do Sul a Fundação Estadual de Proteção Ambiental

Henrique Roessler – FEPAM emitiu em março de 2001 o Manual de Análise de Riscos

Page 52: PLANEJ EMERGENCIA REFINARIAS

52

Industriais que estipula que as exigências ou isenções, relativas à análise de riscos, para

obtenção das licenças dependem de uma classificação que é efetuada a partir de um índice de

risco calculado de acordo com os requisitos definidos no manual. São estabelecidas 4 (quatro)

categorias de risco sendo a categoria 1 aplicada àquelas instalações/atividades que podem ser

consideradas como de risco desprezível e a categoria 4 às de maior risco definido como

possível de causar danos significativos em distâncias superiores a 500 m do local. As outras

duas categorias são intermediárias. A exigência de PAE se aplica às categorias 3 e 4 e o

conteúdo do PAE é o descrito a seguir:

Os responsáveis pela atividade regulamentada deverão desenvolver e implementar um Plano de Ação de Emergência (PAE) com o objetivo de proteger os empregados, o público externo e o meio ambiente. Tal programa deverá envolver, pelo menos, os elementos relacionados a seguir.

a) Atribuição de responsabilidades

b) Designação de um Centro de Controle de Emergência (principal e alternativo)

c) Procedimentos para comunicação com Autoridades Competentes

d) Procedimentos para informação ao público potencialmente afetado

e) As bases técnicas para a elaboração do Plano

f) Procedimentos e medidas de ação de emergência no decorrer do acidente

g) Procedimentos para revisão e atualização do Plano

h) Procedimentos para treinamento periódico dos empregados

As bases técnicas para elaboração do PAE deverão ser consistentes com os resultados da análise de riscos das instalações envolvidas, identificando claramente os cenários de acidente tomados como base para o desenvolvimento do Plano e contemplando procedimentos e medidas de ação de emergência específicos para o controle das emergências geradas por cada um dos cenários analisados ou por grupos de cenários que apresentem evoluções semelhantes.

Pode ser observado que o estabelecimento de um grupo de cenários semelhantes é um

aspecto importante na medida em que é altamente recomendável ter um plano com

flexibilidade que possa ser utilizado com sua ampliação para determinados cenários ou

adoção em uma escala menor (LEES, 1996). Entende-se que apesar de riscos poderem ser

pequenos seria importante a adoção de um plano de emergência mesmo que simplificado pois

Page 53: PLANEJ EMERGENCIA REFINARIAS

53

fortaleceria a cultura para este aspecto e um Plano de Gerenciamento de Risco deveria

contemplar a preparação para uma emergência.

No estado do Paraná existe uma minuta de Lei do governo do estado que tem como

objetivos fornecer aos técnicos do Instituto Ambiental do Paraná (IAP) um padrão de

referência, que permita estabelecer se determinado empreendimento atende requisitos

mínimos de Gerenciamento de Risco e que possa ser efetuada uma avaliação periódica se

determinado empreendimento em operação mantém requisitos previamente estabelecidos.

O IAP dispõe de uma minuta de PGR que ainda não está em vigor. A minuta de lei

estabelece que a análise de risco deve estabelecer as possíveis emergências que exigirão

planos específicos. O texto contido na minuta da lei está transcrito abaixo:

Para Planos de Contingência é obrigatório o seguinte:

Os Planos de Contingência devem ser identificados e possuir data de emissão e número da revisão;

Devem ser cadastrados no Corpo de Bombeiros da área de articulação onde a empresa estiver localizada;

Descrição do cenário considerado, abrangência e respectivos impactos;

Ações a serem adotadas como conseqüência da emergência, inclusive com o envolvimento da população do entorno do empreendimento (se aplicável);

Deverão ser previstos os recursos humanos e materiais para a devida garantia do controle das emergências de acordo com o potencial de risco em função dos produtos perigosos envolvidos;

Programa de treinamento (teórico e prático) do Plano de Contingência;

Nome e assinatura dos responsáveis pela emissão e atualização do Plano de Contingência.

Podem ser percebidas neste documento a utilização do termo Plano de Contingência

ao invés do termo utilizado nos documentos da FEPAM e CETESB como Planos de Ação de

Emergência e a obrigatoriedade de cadastramento no Corpo de Bombeiros da localidade da

empresa, um fato importante que já permite um maior envolvimento do poder público no

tocante a esta questão.

Page 54: PLANEJ EMERGENCIA REFINARIAS

54

A minuta do PGR do IAP estabelece que o empreendimento “deve implantar e manter

uma organização de emergência e isto com o objetivo de dominar e minimizar as possíveis

emergências, oriundas de sua atividade” estabelecendo os requisitos mínimos desta

organização. A composição do plano está transcrita abaixo:

Para Planos de Contingência é obrigatório o seguinte:

Os Planos de Contingência devem ser identificadas e possuir data de emissão e numero da revisão;

Descrição do cenário considerado, abrangência e respectivos impactos;

Ações à serem tomadas como conseqüência da emergência, inclusive com o envolvimento da população do entorno do empreendimento (se aplicável);

Recursos humanos e materiais disponíveis;

Planos de ação (ação , responsável e prazo) para melhorias;

Programa de treinamento (teórico e prático) do Plano de Contingência;

Nome e assinatura dos responsáveis pela emissão e atualização do Plano de Contingência.

No estado do Rio de Janeiro a FEEMA - Fundação Estadual de Engenharia do Meio

Ambiente informa em sua página (http://www.feema.rj.gov.br/analise_risco.htm) que estão

em fase final de aprovação os seguintes documentos abordando a Análise de Risco:

Manual de Orientação de Análise de Risco;

Exigibilidade de verificação quanto ao risco para a comunidade;

Instruções Técnicas para Apresentação de Análise de Risco.

No documento Instruções Técnicas para Apresentação de Análise de Risco existe uma

classificação em Nível de Risco Preliminar e o texto abaixo aborda a questão do planejamento

de emergência:

Dependendo dos impactos que essas atividades podem causar à população e ao meio ambiente, há dois tipos de planos: Plano de Contingência e Plano de Ação para Emergência. O primeiro, Plano de Contingência, detalha a ação conjunta dos órgãos públicos e empresas privadas em caso de emergência de grande porte. O Plano de Ação para Emergência é exigido

Page 55: PLANEJ EMERGENCIA REFINARIAS

55

das atividades cujo nível de risco definido pela Análise de Risco seja igual a 3 ou 4; nele é detalhada a ação interna de uma empresa em caso de emergência.

Pode ser percebido que a FEEMA estabelece uma distinção clara entre Plano de

Emergência e Plano de Contingência sendo que o controle de incidentes que exijam ação

conjunta de órgãos públicos e privados são tratados dentro do conceito de Contingência e as

atividades da empresa dentro do plano de emergência.

No estudo elaborado pelo Laboratório Interdisciplinar de Meio ambiente da

COPPE/UFRJ, um estudo do termo de referência da FEEMA mostra que a identificação dos

cenários deve utilizar a Análise Preliminar de Perigos (APP) podendo ser auxiliada por outros

instrumentos com análise histórica (LIMA, 2001).

No estado de Minas Gerais a Fundação Estadual de Meio Ambiente (FEAM)

estabelece um Programa de Gerenciamento de Riscos com metodologia semelhante à da

CETESB. A Fundação foi consultada e informou (Anexo B) que o licenciamento naquele

estado apresentou uma inovação ao introduzir a dimensão do risco social. Na renovação da

licença de operação da REGAP, em 11/11/2000, foram introduzidos pela primeira vez no

Brasil os preceitos da OIT 174 (artigos 16 e 17).

Nos estados do Amazonas e do Ceará, o Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas

(IPAAM) e a Superintendência Estadual do Meio Ambiente do Ceará – (SEMACE) efetuam

exigências de apresentação de análise de risco para obtenção das licenças dentro de uma série

de outras exigências, porém não existe um manual ou padrão que contenha a estrutura ou

requisitos para o planejamento de emergência.

No estado da Bahia, o Centro de Recursos Ambientais (CRA) estabelece requisitos de

gerenciamento de risco para fins de licenciamento. Destaque deve ser feito ao Projeto Appolo

2 (2000) que foi exigência definida através do Conselho Estadual de Proteção ao Meio

Ambiente (CEPRAM) que emitiu a Resolução nº 2113 de 22 de outubro de 1999 com

exigências para o licenciamento do Complexo Básico do Pólo Petroquímico de Camaçari

incluindo o Mapeamento de Riscos, conforme Termo de Referência (CRA, 2000). O Projeto

estabelece diversos requisitos com relação ao gerenciamento de riscos incluindo, por

Page 56: PLANEJ EMERGENCIA REFINARIAS

56

exemplo, exigências de treinamentos básicos e avançados em Análise de Risco. No item que

aborda a área de Planejamento de Emergência está estabelecido que “A empresa deverá

elaborar um plano integrado de planos e procedimentos de emergências considerando, dentre

outros pontos, os cenários abordados nas análises de risco de processo”.

2.2.3 Os Sistemas de Gestão Existe uma tendência, observada em organizações brasileiras de grande porte e com

alto risco envolvido em suas operações, de buscar a implantação de sistemas de gestão com

certificação reconhecida internacionalmente, como, por exemplo, as normas ISO 9000, ISO

14001 e OHSAS 18001. É oportuno verificar que aspectos destes sistemas de gestão afetam o

planejamento de emergência e a identificação de cenários acidentais nas refinarias brasileiras.

Os sistemas de gestão de saúde e segurança permitem a uma organização controlar

seus riscos de acidentes e doenças ocupacionais e melhorar seu desempenho (OHSAS 18001,

1999). A BS 8800 tem como objetivo aprimorar o desempenho das organizações em matéria

de saúde e segurança, fornecendo orientação quanto à maneira pela qual o seu gerenciamento

deve ser integrado com a administração de outros aspectos do desempenho da empresa. A ISO

14001 (1996) estabelece sistemas de gestão ambiental que atendam às necessidades de um

vasto conjunto de partes interessadas e às crescentes necessidades da sociedade sobre

proteção ambiental.

As diretrizes estabelecidas por estas normas permitem uma certificação por órgãos

privados ou públicos de que possuem sistemas de gestão adequados. Essa certificação passa a

ser atestado de credibilidade para a empresa, em função de qual organismo efetuou a

certificação.

O sistema de gestão bem aplicado em relação a questões de meio ambiente e de

segurança e saúde ocupacional vem ao encontro dos princípios de desenvolvimento

sustentável, que em última análise é o modo de desenvolvimento que não esgota os recursos

para as gerações vindouras. Isso implica em políticas de renovação de recursos, de tratamento

de efluentes e outras, que têm por característica evitar degradação ao ambiente em torno do

empreendimento.

Page 57: PLANEJ EMERGENCIA REFINARIAS

57

Um planejamento de emergência busca, justamente, minimizar os danos ao entorno da

empresa quando houver um acidente de proporções, sendo esta a razão pela qual esse assunto

deve ser contemplado nas diretrizes de sistemas de gestão.

A norma OHSAS 18001 (1999) – Sistemas de Gestão da Segurança e Saúde

Ocupacional – Especificação –, estabelece, em seu item 4.4.7, que:

A organização deve estabelecer e manter planos e procedimentos para identificar o potencial e atender a incidentes e situações de emergência, bem como para prevenir e reduzir as possíveis doenças e lesões que possam estar associadas a eles.

A organização deve analisar criticamente seus planos e procedimentos de preparação e atendimento a emergências, em particular após a ocorrência de incidentes ou situações de emergência.

A organização deve também testar periodicamente tais procedimentos, onde exeqüível.

O tratamento a emergências, pela norma OHSAS 18001, faz parte do assunto

“operação”, assumindo um caráter mais personalizado. A norma OHSAS 18001 não define

mais detalhes de como deve ser um planejamento de emergência, pois se propõe tão somente

a indicar diretrizes gerais.

Por outro lado, a norma OHSAS 18002, de 2000 – Sistemas de Gestão da Segurança e

Saúde Ocupacional – Diretrizes para a implementação da OHSAS 18001 –, estabelece,

também em seu item 4.4.7, uma série de diretrizes mais detalhadas sobre o que o

planejamento de emergência deveria conter. Chama a atenção o fato da norma subdividir o

planejamento de emergência em duas áreas, uma chamada de “plano de emergência” e outra

chamada de “equipamentos de emergência”.

Sucintamente, o plano de emergência é apresentado como composto por um conjunto

ordenado de uma série de procedimentos, informações e vias de comunicação, elementos

estes citados no item 4.4.7.1, conforme mostrado abaixo:

É recomendado que o(s) plano(s) de emergência descreva(m) em linhas gerais as medidas a serem tomadas quando surgirem as situações especificadas, e inclua(m) o seguinte:

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58

identificação de acidentes e emergências potenciais;

identificação da pessoa que ficará como responsável durante a emergência;

detalhes das ações a serem desenvolvidas pelo pessoal durante a emergência, incluindo as medidas a serem tomadas por pessoas externas que se encontram no local da emergência como, por exemplo, contratados ou visitantes (ex.: pode-se solicitar aos contratados e visitantes que se movam para pontos de encontro específicos);

responsabilidade, autoridade e obrigações do pessoal com funções específicas durante a emergência (ex.: chefe de bombeiros, equipe de primeiros socorros, especialistas em vazamentos nucleares/tóxicos);

procedimentos de evacuação;

identificação e localização de materiais perigosos e medidas de emergência necessárias;

interligação com serviços externos de emergência;

comunicação com organismos oficiais;

comunicação com os vizinhos e com o público;

proteção de registros e equipamentos críticos;

disponibilidade das informações necessárias durante a emergência como, por exemplo: arranjo físico da planta, dados de materiais perigosos, procedimentos, instruções de trabalho e telefones de contato.

É recomendado que o envolvimento de órgãos externos no planejamento e atendimento a emergências seja claramente documentado. É recomendado que tais órgãos sejam informados sobre as possíveis circunstâncias de seu envolvimento e que recebam essas informações, se assim desejarem, a fim de facilitar seu envolvimento nas atividades de atendimento.

Por outro lado, os equipamentos de emergência serão aqueles previstos no

planejamento como um todo como passíveis de uso em caso de emergência, cuja necessidade

deve ser apurada e fornecida a quantidade adequada, bem como deve ser estabelecido um

sistema de testes. Neste item, a norma fornece exemplos de equipamentos, tais como sistemas

de alarme, meios de saída, etc., mas não estabelece obrigatoriedade de determinado

equipamento.

A OHSAS encara um planejamento de emergência de forma diferente do estabelecido

na legislação: subdivide o planejamento em plano, que é basicamente um conjunto de

procedimentos, e em equipamentos necessários, definidos em função dos procedimentos. O

plano a que se refere é bastante amplo, vindo a se envolver com uma série de aspectos

Page 59: PLANEJ EMERGENCIA REFINARIAS

59

externos, similar a um plano de contingência. Em comparação com o estabelecido na

legislação brasileira, se observa que o aspecto de plano de emergência engloba equipamentos

e procedimentos locais, e plano de contingência abrange os planos de emergência

complementando-os com procedimentos e recursos especiais de forma a consolidar padrões

de atendimento de modo mais completo e integrado em uma área maior.

A norma NBR ISO 14001 (1996) – Sistemas de Gestão Ambiental – Especificação e

Diretrizes para Uso – foi editada antes da Norma OHSAS 18001, e definiu o texto que foi

adotado para as especificações básicas de planos de emergência, com enfoque na questão

ambiental. Assim, o item 4.4.7 da norma ISO 14001 define que:

A organização deve estabelecer e manter procedimentos para identificar o potencial e atender a acidentes e situações de emergência, bem como para prevenir e mitigar os impactos ambientais que possam estar associados a eles.

A organização deve analisar e revisar, onde necessários, seus procedimentos de preparação e atendimento a emergências, em particular após ocorrência de acidentes ou situações de emergência.

A organização deve também testar periodicamente tais procedimentos, onde exeqüível.

Como se observa, o texto da norma OHSAS 18001 foi adaptado do texto da NBR ISO

14001 modificado em alguns pontos devido a questões de terminologia: “acidentes” passaram

a ser mencionados como “incidentes”, de forma a se tentar deixar o termo mais genérico, e os

danos a serem evitados passaram a ser “doenças e lesões” ao invés de “impactos ambientais”

que seriam prevenidos e/ou mitigados.

A norma NBR ISO 14004 (1996) – Sistemas de Gestão Ambiental – Diretrizes Gerais

sobre Princípios, Sistemas e Técnicas de Apoio – em seu item 4.3.3.4 define parâmetros para

planejamento de emergências ambientais. Neste caso, o planejamento de emergência é

considerado somente como o plano, conjunto de procedimentos, sem mencionar a questão dos

recursos e dos equipamentos. Fornece ainda uma lista, como auxílio prático, de componentes

que devem constar do plano. O enfoque do plano de emergência, neste caso, é o de um plano

de contingência conforme definido pela legislação brasileira.

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60

A norma BS 8800 (1996) – Guia para Sistemas de Gestão de Segurança e Saúde

Ocupacional –, foi editada também antes da Norma OHSAS 18001, e em seu item 4.3.7 –

Preparação e Resposta a Emergências – define que: “Uma organização deve tomar

providências para estabelecer planos de contingências em emergências previsíveis e

minimizar os seus efeitos.”

Observa-se que neste caso também há uma incerteza quanto à terminologia, remetendo

ao conceito empregado nas normas ISO, por tratar indistintamente plano de emergência e

plano de contingência. No entanto, na norma BS 8800 menciona-se que a tomada de decisões

é feita em uma análise baseada em risco (Risk-Based Decision Making), que propõe aplicar

uma metodologia definida e padronizada à tarefa de identificação dos riscos das instalações,

com reflexos na elaboração de procedimentos de emergência estabelecendo neste caso uma

metodologia a ser utilizada no estabelecimento de cenários que deverão ser considerados para

elaboração de um plano de emergência.

As publicações API 9100A e 9100B (1998) orientam a adoção de sistema modelo de

gestão ambiental, de saúde e segurança. É enfatizado que a adoção do sistema proposto é

voluntária, e tem por objetivo desenvolver um sistema de gestão ou aperfeiçoar um já

existente.

A publicação API 9100A, intitulada “Sistema Modelo de Gestão Ambiental, de Saúde

e Segurança (EHS)”, descreve quais os objetivos da adoção do sistema proposto, quais devem

ser os elementos constitutivos dos sistemas e quais são as expectativas. Uma dessas

expectativas, definida no item 3.9.2 da publicação, é a pronta resposta a emergências por meio

de um sistema organizado:

Há um sistema implantado para resposta em emergência e administração de crise para cada instalação, o que inclui planos documentados, atualizados, acessíveis, disseminados e compreendidos. Os planos incluem: estrutura organizacional, responsabilidades, autoridades e procedimentos para comunicações internas e externas; acesso ao pessoal, recursos de equipamentos; informações de segurança, saúde e meio ambiente; e o entrosamento com outras organizações de resposta em emergência da comunidade e da companhia.

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Sendo um documento referente a diretrizes gerais, não se aprofunda nos itens que

devem fazer parte de um plano de emergência, mas orienta sua confecção.

Na publicação API 9100B, intitulada “Documento de Orientação para o Sistema

Modelo de Gestão Ambiental, de Saúde e Segurança (EHS)”, a resposta a emergências é

considerada uma ação de suporte e são dadas mais orientações sobre sua elaboração, no item

2.3.4:

Devem ser estabelecidos planos e procedimentos para assegurar resposta correta a incidentes inesperados, decorrentes de operações anormais, acidentes ou outras potenciais situações de emergência. Quando apropriado, os planos devem abordar ferimentos imediatos e de longo prazo a pessoas, seja no local da instalação ou fora dele; danos a equipamentos; liberações químicas acidentais para a atmosfera, água ou terreno; e os efeitos específicos ambientais ou sobre o ecossistema oriundos de liberações acidentais.

Nesse mesmo item a publicação fornece um “Auxílio Prático”:

Os planos de emergência tipicamente incluem a organização e responsabilidades nestas situações; uma lista do pessoal mais importante e como chegar a ele; uma lista de serviços de emergência e como obtê-los; planos de comunicações internas e externas; ações a serem adotadas no caso de tipos diferentes de emergência; informações sobre materiais perigosos; planos de treinamento; e um programa para testar a eficácia do plano pela condução de exercícios.

Na publicação API 1628B, de julho de 1996, está estabelecido que a técnica “Risk-

Based Decision Making” é aplicável tanto a medidas quanto a materiais utilizados para

remediação de acidentes envolvendo liberação de hidrocarbonetos favorecendo a proteção da

saúde e do meio ambiente e facilitando o combate apropriado. A publicação não se refere

diretamente a planejamento de emergência, mas este é contemplado pelo foco da sua

aplicação, e assim considera-se que essa técnica influi em sua elaboração.

O API, não obstante, desenvolveu procedimentos específicos para permitir um

adequado planejamento de emergências. Exemplo disso é a publicação “Management of

Atmospheric Storage Tank Fires”, API Recommended Practice n° 2021, quarta edição, de

maio de 2001.

Page 62: PLANEJ EMERGENCIA REFINARIAS

62

A ABIQUIM, através de seu programa “Atuação Responsável”, emitiu, em agosto

de 2002, uma série de recomendações visando à implantação da sistemática da Convenção

OIT 174 nas indústrias químicas. Assim, refere Códigos de Práticas Gerenciais que devem ser

adaptados de forma a atenderem à Convenção. Dentre os seis Códigos citados, um deles

mereceu atenção especial: o Código de Diálogo com a Comunidade e Preparação e

Atendimento a Emergências – DCPAE – que tem seus objetivos descritos no item II.2.B:

A finalidade do Código é de assegurar um preparo adequado para situações de emergências, e para que a comunidade esteja informada sobre as operações e riscos existentes nas unidades. Um dos componentes principais do Código é a garantia de que cada instalação industrial possua um programa implantado que responda rápida e precisamente a qualquer tipo de emergência, de forma a auxiliar na proteção dos funcionários e da comunidade. Outro componente é que as empresas iniciem e mantenham um programa de efetiva comunicação com a comunidade, de forma a responder a toda e qualquer preocupação que essa possa ter sobre segurança, saúde ocupacional e meio ambiente.

A finalidade da publicação foi avaliar a situação nacional sob a perspectiva da

Convenção 174 e propor diretrizes para sua efetiva implantação. No que tange a planos de

emergência, referiu-se ao fato de já existirem PAE – Planos de Atendimento a Emergências –

em todas as indústrias associadas à ABIQUIM, muito embora várias regiões não possuíssem

ainda planos de atividades quando fossem exigidas ações extra-muros. Referiu-se a que todos

os Pólos Petroquímicos dispõem de organizações como PAM – Plano de Auxílio Mútuo; PCI

– Plano Comunitário Integrado; APELL – Awareness and Preparedness for Emergency at

Local Level; RINEM – Rede Integrada de Emergências; PCP – Plano de Contingência do

Pólo; e outras denominações similares, bem como alguns pólos industriais e localidades com

alta concentração de indústrias também dispõem de organizações no formato PAM. Conclui a

avaliação referente a atendimento a emergências declarando que a indústria química já vem

assumindo atitudes em relação a acidentes maiores.

Os sistemas de gestão aplicados em refinarias brasileiras, bem como a Atuação

Responsável das Indústrias Químicas, estabelecem a necessidade de identificar os perigos e

adotar medidas para o controle de situações de emergência. O critério a ser adotado para esta

identificação e a quantidade de planos de emergência e sua estruturação é flexível e deve ser

definido pelas próprias refinarias.

Page 63: PLANEJ EMERGENCIA REFINARIAS

63

2.2.4 Critérios na Seleção de Cenários Acidentais

A abordagem efetuada nas regulamentações permite verificar que as leis brasileiras

começam a estabelecer critérios importantes para definição de cenários acidentais. Exemplo

disso é o cenário de derramamento de óleo. Os critérios utilizados para elaboração de um

Plano de Emergência para derrame de óleo vêm sendo adotados pelas refinarias apesar dessas

unidades não estarem obrigadas por lei a cumprir esta legislação. Os sistemas de gestão

implementados pelas refinarias, como pode ser verificado acima, exigiram diversas questões

relativas ao planejamento de emergência e o licenciamento para operação das unidades vem

demandando diversos aspectos relativos à elaboração de Planos de Emergência. Verifica-se

que existem algumas diferenças na terminologia que certamente serão melhor entendidas com

a implementação da nova legislação que vem sendo elaborada tratando de aspectos relativos

ao planejamento de emergência que, conforme foi verificado, é algo recente no Brasil.

Um planejador de emergências necessita ter consciência que o planejamento de

emergência é um processo contínuo, cíclico, iniciando com a prevenção e incluindo a

prontidão, a resposta e a recuperação (CCPS, 1995) que pode ser representado conforme a

Figura 8.

Figura 8 - Quatro fases do gerenciamento de emergência.

Fonte: CCPS, 1995

“Instalações que conduzem de forma apropriada uma análise dos perigos do processo

podem encontrar um número grande de cenários de incidentes potenciais” (CCPS, 1995) e

certamente a priorização dos cenários se torna importante para o planejador. “Geralmente é

Page 64: PLANEJ EMERGENCIA REFINARIAS

64

reconhecido que é impossível identificar todas causas possíveis, eventos intermediários e

conseqüências finais de cenários de incidentes potenciais” (CCPS, 1995).

A CCPS considera que existem vários métodos para selecionar cenários que devem ser

considerados no planejamento de emergência que variam de técnicas informais a análises

formais de risco de processo. Em seu guideline estão relacionadas as seguintes técnicas:

Levantamento informal por especialistas são levantamentos informais efetuados por

especialistas familiarizados com o projeto da planta, operação, manutenção do processo,

devendo incluir no mínimo uma pessoa com experiência em planejamento de emergência.

Relaciona requisitos necessários para desenvolvimento do trabalho e sugere a técnica de

“brainstorming” para definição dos cenários a serem considerados. Apresenta uma tabela

com causas genéricas para incidentes de perda de contenção

Levantamento do perigo para apoiar o planejamento de emergência são levantamentos

tipicamente conduzidos por um grupo de participantes com uma gama de experiência e

conhecimento incluindo engenharia, operação de área, supervisão da operação,

manutenção, resposta de emergência e um líder com experiência na análise de riscos do

processo. Os levantamentos são similares às técnicas de análise de risco de processo sendo

que, no entanto, neste caso o número de cenários documentado será menor que o obtido na

análise de risco de processo e aponta como vantagem uma melhor identificação de

cenários mais complexos com a incorporação de análise de risco;

Análise de Riscos do Processo para Apoiar o Planejamento de Emergência neste caso a

base para o planejamento de emergência utiliza técnicas utilizadas para identificar

incidentes tais como: Análise de “Caso Se” (“What If Analysis” – WIA), Estudo do Risco

e Operabilidade (HAZOP) e Análise dos Modos de Falha e Efeitos (“Failure Modes and

Effects Analysis” - FMEA)

A priorização ocorre após se executar uma relação de todos os cenários passando a

seleção de um número limitado. A análise deve ser efetuada no sentido de permitir o

planejamento de emergência identificando um grupo de incidentes representativos dos:

Vários tipos de perigos.

Limites superiores da gravidade de conseqüências e do impacto final.

Page 65: PLANEJ EMERGENCIA REFINARIAS

65

Limites superiores de risco.

A CCPS apresenta uma representação da seleção de incidentes que é transcrita na

Figura 9.

NOTAS (1) Aborda um número infinito de possíveis incidentes de várias proporções. (2) Obtido por alguma(s) forma(s) de análise de risco inclusive listas de verificações, “caso se” , etc. (3) Remoção de incidentes com poucas conseqüências. (4) Combina incidentes similares, especialmente aqueles com conseqüências similares. (5) A lista da qual os incidentes serão selecionados para o estudo de planejamento de emergência (ou

avaliação do risco). Com base na lista condensada, é obtida por agrupamento de incidentes em subconjuntos onde estão envolvidos materiais similares e/ou características de derramamento.

(6) Esta é a lista de subconjuntos representativos de incidentes a serem considerados. (7) No grupo limite estão os incidentes do conjunto representativo que têm as maiores conseqüências.

Figura 9 – Representação da Seleção de Incidentes Fonte: CCPS, 1995

A classificação de incidentes segundo a CCPS deve ser efetuada com base nas

seguintes considerações:

Incidentes com efeito localizado (cheiro fora da refinaria, por exemplo);

Incidentes grandes prováveis de ocorrer os que tenham ocorrido durante a vida

da planta são mais importantes para o planejamento de emergência;

Piores incidentes com conseqüências catastróficas com uma freqüência muito

baixa estes incidentes devem ser seriamente considerados, pois podem exceder os

recursos da organização.

Page 66: PLANEJ EMERGENCIA REFINARIAS

66

As medidas para selecionar incidentes definidas pela CCPS são (tradução do

pesquisador):

1. Eliminar incidentes localizados que não requerem mobilização da equipe de

resposta de emergência.

2. Consolidar incidentes remanescentes redundantes ou muito similares que têm

composição, estoques, taxas de descarga, locais de descarga e tipos adequados

de ações de resposta de emergência similares.

3. Selecionar um incidente de pior caso e de maior conseqüência digno de

crédito e um incidente grande de maior probabilidade para representar cada

grupo consolidado.

Com relação ao número de cenários a serem considerados, foi traduzido o

entendimento da CCPS (1995):

Geralmente, estes incluirão até dez tipos de incidentes que refletem a gama de perigos, estratégias, equipamentos, técnicas e escala de operações que serão encontrados na maioria dos incidentes. Inclusive um grande número de incidentes pode prejudicar a capacidade de uso do plano de emergência e a eficiência dos treinamentos e exercícios.

A Federal Emergency Management Agency (FEMA), agência do governo americano

para gerenciamento de emergência, em seu Emergency Management Guide For Business &

Industry (2002), num guia elaborado para auxiliar a elaboração de planejamentos de

emergência para qualquer tipo de indústria, define que para o estabelecimento dos cenários

acidentais deve-se inicialmente relacionar todas as emergências que podem afetar a empresa.

O grupo de planejamento deve considerar questões internas e externas à empresa bem como

análise histórica (incidentes ocorridos na empresa ou fora dela), questões tecnológicas (falhas

de processo e de sistemas tais com falta de resfriamento), erros humanos (fadiga, pouco

treinamento por exemplo), meios físicos (aspectos relativos ao tipo de construção, raios entre

outros) e os aspectos definidos na legislação. É citado como exemplo um levantamento

efetuado para um banco que concluiu ser catastrófico um incêndio na sala de computadores.

Page 67: PLANEJ EMERGENCIA REFINARIAS

67

A lista posteriormente é colocada em uma planilha, de forma a ser elaborada uma

priorização dos cenários acidentais identificados. Os critérios e o tipo de planilha estão

apresentados na Figura 10, traduzida pelo Autor.

Figura 10 – Priorização de cenários para planejamento de emergências

Fonte: FEMA, 2002

Duarte (2002) considera dois casos distintos para seleção de cenários que servirão de

base para a elaboração de planejamento de emergências:

Caso A quando existe um documento de análise de risco – A análise de risco

servirá para selecionar os cenários obedecendo aos seguintes critérios:

Escolha de um cenário de cada tipo de acidente potencial contido na análise

de risco;

Avaliação dos diversos locais onde os acidentes podem ocorrer – neste

sentido pode ser afirmado que, em muitas situações, as análises de risco

carecem de identificação clara do local do acidente;

Capacidade de resposta aos acidentes nos diversos horários – como citado

anteriormente, existem avaliações de risco que não detalham o horário da

ocorrência;

Utilização do espaço vulnerável para definir áreas seguras, rotas de fuga

evacuação e abrigagem – este aspecto pode ser considerado quando existe

uma análise completa, que é a abordagem efetuada; porém nem sempre

existe uma quantificação dos riscos;

Avaliação da possibilidade de agravamento – esta é uma situação que deve

ser considerada no planejamento de emergência, mas que normalmente não

Page 68: PLANEJ EMERGENCIA REFINARIAS

68

está contemplada na análise de riscos. Neste sentido é apresentada uma

metodologia para consideração de cenários agravados.

Caso B – Não existe documento formal de análise de risco – São definidas etapas

a serem utilizadas na definição dos cenários acidentais sendo semelhante ao

processo formulado pela CCPS. Uma planilha é apresentada bem como exemplo

de um cenário selecionado. Os critérios para seleção são semelhantes aos

utilizados quando existe uma análise de risco.

Não são definidas formas de priorização. No entanto as ferramentas propostas

permitem que esta priorização seja efetuada, pois as planilhas apresentadas, após preenchidas,

certamente facilitam a visualização dos cenários de maior importância.

2.3 AÇÕES GENÉRICAS

Pesquisas efetuadas pelo Centro de Pesquisa de Desastres (Disaster Research Center –

DRC) durante mais de quatro décadas, conduzidas por inúmeros pesquisadores, levaram à

conclusão de que desastres naturais e tecnológicos, essencialmente, não apresentam

diferenças significativas; Quarantelli (2000). A boa gestão de um desastre pode ser avaliada,

segundo os pesquisadores do DRC, através de 10 critérios transcritos abaixo:

Reconhecer corretamente a diferença entre necessidades e demandas geradas pelo agente de reação;

Empreender as funções genéricas de forma adequada;

Mobilizar pessoal e recursos de forma eficiente;

Envolver delegação de tarefas e divisão do trabalho apropriadas;

Permitir o processamento de informações adequado;

Permitir o exercício adequado de tomada de decisão;

Enfatizar o desenvolvimento da coordenação como um todo;

Misturar os aspectos emergentes com aqueles estabelecidos;

Prover um sistema de comunicação de massa com informações adequadas;

Ter um centro de operações de emergência (EOC – Emergency Operations Center) que funcione bem;

Page 69: PLANEJ EMERGENCIA REFINARIAS

69

Como o desenvolvimento adequado das funções genéricas durante uma emergência é

necessário para boa gestão do controle de uma emergência, considera-se fundamental definir

claramente estas funções no planejamento da emergência.

As ações genéricas são divididas, de acordo com Quarantelli (apud PERRY, 2000), em

6 enquadramentos, a saber: alerta; evacuação; abrigo; assistência médica de emergência;

busca e resgate e proteção da propriedade.

As funções genéricas são ações ou atividades que podem ser úteis em diversos eventos desastrosos. A evacuação, por exemplo, será necessária em inundações, furacões, erupções vulcânicas, acidentes em fábricas de energia nuclear ou acidentes com materiais perigosos. As funções genéricas são desenvolvidas e planejadas na fase anterior ao impacto ‘embora algumas decisões tenham que ser adaptada às demandas da situação (QUARANTELLI apud PERRY, 2000).

Duarte (2002) ao abordar a importância da existência, nos planos de emergência, de

ações a serem desempenhadas pelos diversos participantes, elenca uma série de ações,

dividindo as mesmas entre os diversos grupos que atuam no processo de controle de

emergência. São apontadas as ações a serem tomadas, quando ocorrer uma emergência, por

operadores, pessoal da área de segurança industrial, da área de socorro médico, de gerentes e

pessoal administrativo e de diretores e superintendentes. Entende, conforme a corrente mais

moderna de pensamento, que cada pessoa dentro da organização tem um papel a desempenhar

na ocorrência de uma emergência, dentro de sua posição na organização, bem como suas

habilidades e competências organizacionais. Essas ações estão relatadas abaixo, sendo muitas

delas deflagradas logo após o acionamento do sinal de alarme.

OPERADORES:

Cortar corrente elétrica de áreas com risco de explosão;

Fazer paradas de emergência em equipamentos;

Despressurizar sistemas;

Interromper bombeamentos;

Bloquear fluxos indesejáveis;

Fazer circular vapor em equipamentos ameaçados;

Page 70: PLANEJ EMERGENCIA REFINARIAS

70

Acionar os equipamentos de combate a incêndio e resfriamento instalados na área;

Deslocar veículos das áreas sinistradas.

SEGURANÇA INDUSTRIAL:

Mobilizar os recursos humanos e materiais necessários;

Estabelecer o centro local de controle do acidente;

Buscar, resgatar e remover vítimas;

Implementar ações de controle dos efeitos locais, fazendo uso dos equipamentos adequados;

Implementar ações para prevenir a ampliação do acidente, tais como conter espalhamento dos derramamentos e usar neblinas d’água para impedir que nuvens de gás inflamável atinjam fontes de ignição;

Isolar a área;

Controlar o tráfego interno;

Orientar a evacuação de áreas internas;

Orientar o posicionamento da equipe de socorro médico e de suas respectivas viaturas de apoio;

Manter o fluxo de informações aos demais níveis do controle de emergência;

Manter o suprimento de materiais e equipamentos durante o controle do acidente;

Orientar o trânsito de pessoas nas áreas próximas ao acidente.

EQUIPES DE SOCORRO MÉDICO:

Deslocar-se para as proximidades do acidente, conforme a orientação recebida;

Estabelecer posto de atendimento avançado;

No caso de múltiplas vítimas, proceder à seleção das prioridades de atendimento;

Prestar socorro médico compatível com os recursos disponíveis no posto de atendimento avançado e no centro de atendimento médico;

Encaminhar vítimas graves a atendimento hospitalar;

Page 71: PLANEJ EMERGENCIA REFINARIAS

71

Manter contato com as unidades hospitalares receptoras, a fim de fornecer informações sobre vítimas encaminhadas;

Identificar e encaminhar vítimas fatais para locais apropriados;

Manter o fluxo de informações aos demais níveis de controle de emergência.

GERENTES E FUNCIONÁRIOS ADMINISTRATIVOS

Manter contato com as autoridades e órgãos públicos de apoio;

Dar auxílio logístico às ações de controle e mitigação, providenciando recursos materiais específicos ou suprimentos maiores, para emergências de longa duração;

Convocar, em caráter extraordinário, recursos humanos adicionais;

Manter contato com os meios de comunicação e representantes das comunidades vizinhas.

DIRETORES E SUPERINTENDENTES

Apresentar as características da ocorrência, os respectivos meios de controle empregados e a avaliação das conseqüências aos respectivos elementos:

Autoridades dos órgãos de controle específico da atividade;

Autoridades dos órgãos públicos responsáveis pelo licenciamento da instalação e pelo controle do meio ambiente (municipais, estaduais e federais);

Instâncias superiores internas, tais como Conselho de acionistas e dirigentes do grupo industrial do qual faça parte;

Representantes de comunidades vizinhas;

Público em geral, através dos meios de comunicação de massa;

Autoridades do poder judiciário, em depoimentos formais.

Ao abordar o papel dos setores envolvidos no atendimento médico de emergência em

acidentes químicos ampliados, Vasconcellos e Gomez (2000) relacionam papéis a serem

desenvolvidos no processo de controle de emergência.

Page 72: PLANEJ EMERGENCIA REFINARIAS

72

O Guidelines for Technical Planning for On-site Emergencies (CCPS, 1995) ressalta

que existem procedimentos comuns em qualquer situação emergencial e que eles devem ser

descritos somente uma vez. A eliminação destas ações redundantes nos diversos planos

melhoram a consistência na resposta a uma emergência. O guia descreve dez funções comuns

para a maioria das empresas: Alerta e Alarme, Comunicação, Coordenação, Evacuação e

Contagem de Pessoal, Procedimentos de Parada de Emergência, Segurança Patrimonial, Plano

de Auxílio Mútuo, Informações para Mídia e Público, Notificações Especiais e Procedimento

de Fatalidade, Elaboração de Relatórios Obrigatórios. O guia também orienta que além destes

procedimentos comuns deverão ser elaboradas ações específicas não contidas no conjunto

relacionado acima para: fogo, vazamento químico, médico e resgate, furacão, tornado e

vendaval, nevasca /tempestade e enchentes. Pode ser percebida uma orientação clara de não

efetuar repetições de ações semelhantes em todos os planos existentes relacionando nos

planos as ações específicas do cenário definido.

O guia da Agência Federal de Gerenciamento de Emergências dos EUA (FEMA,

1996), para o planejamento de emergências de forma genérica, atribui competências a órgãos

públicos, conforme o papel desses órgãos no atendimento das necessidades públicas. O

planejamento de emergências, para os diversos níveis, contém (ou deve conter) as seguintes

seções:

Direção e controle;

Comunicações;

Aviso;

Informação da emergência ao público;

Evacuação ou abandono;

Atendimento de pessoas;

Saúde e atendimento médico;

Gerenciamento de recursos.

Page 73: PLANEJ EMERGENCIA REFINARIAS

3 METODOLOGIA 3.1 APRESENTAÇÃO

A metodologia de pesquisa aplicada neste trabalho é essencialmente exploratória e

utiliza as ferramentas de estudo de caso, pesquisa bibliográfica, pesquisa de campo, coleta e

análise de dados.

3.2 PROCEDIMENTOS PARA ELABORAÇÃO DA PROPOSTA DE CENÁRIOS E RELAÇÃO DE AÇÕES GENÉRICAS

A metodologia de trabalho adotada consistiu em duas etapas distintas:

Primeiramente foi realizada pesquisa bibliográfica, seguida de pesquisa de banco de

dados referentes aos planos de emergência das refinarias brasileiras. Foram realizadas

consultas a cada uma das refinarias, envolvendo diretamente os responsáveis da área de

segurança. Foram obtidas informações sobre:

Cenários acidentais e ações genéricas existentes nos planos de emergência

e contingência de todas as refinarias brasileiras;

Acidentes ocorridos em unidades de refino no mundo inteiro constantes no

Banco de Dados – MHIDAS (2002)

A obtenção dos planos permitiu uma compilação dos cenários acidentais considerados

nestes planos e efetuar a relação de ações genéricas a serem empreendidas na gestão de uma

emergência. A compilação foi efetuada por meio de uma planilha com os cenários acidentais

Page 74: PLANEJ EMERGENCIA REFINARIAS

74

considerados nas diversas refinarias e uma relação de ações genéricas. O resultado desta

compilação está apresentado no Apêndice A. Nas tabelas apresentadas, o termo “ok” indica

que a ação está contemplada no plano.

Foram realizados ainda estudos de acidentes ocorridos em unidades de refino no

mundo inteiro através de dados disponíveis no banco de dados de acidentes - Major Hazard

Incident Data System, (MHIDAS) do Safety and Reliability Directorate (SRD) do Reino

Unido. Foi efetuado o acréscimo de dados referentes a algumas ocorrências nacionais. O

estudo do Banco de Dados, que contêm mais de doze mil registros de dados de acidentes

disponíveis, permitiu estabelecer um conjunto de 533 acidentes ocorridos em refinarias. A

este conjunto incorporam-se mais dez acidentes ocorridos em refinarias brasileiras, elevando

o número para 543 registros de acidentes.

Com base neste universo de dados, buscou-se estabelecer:

quais as causas dominantes;

em que setores das refinarias os acidentes mais freqüentemente ocorrem;

quais os efeitos predominantes.

Os registros de dados do MHIDAS não são completos, de forma que nem todos têm

registro disponível de detalhes que seriam interessantes.

Por exemplo, só foram obtidas informações sobre as causas de acidentes para 247 do

total de 543 registros utilizados. Este estudo, portanto, analisou as causas de 247 acidentes, e

permitiu efetuar uma identificação dos cenários acidentais que ocorreram em unidades de

refino.

Utilizando o resultado da pesquisa efetuada em planos de emergência das unidades de

refino foi possível elaborar uma proposta de cenários acidentais a serem considerados na

elaboração de planos de emergência que possam refletir a gama de perigos, estratégias,

equipamentos, técnica e escala de operações que deverão ser encontrados na maioria dos

incidentes.

Page 75: PLANEJ EMERGENCIA REFINARIAS

75

A proposta elaborada, além das duas pesquisas relacionadas anteriormente, considerou

também os aspectos relativos à legislação brasileira, inicialmente elaborada somente para

derrame de óleo, bem como a experiência do pesquisador nas atividades de gerenciamento de

emergências da Alberto Pasqualini REFAP S/A na cidade de Canoas, no Rio Grande do Sul.

A construção da proposta apresentada pode ser esquematizada através da Figura 11.

Estudo de

Acidentes

Planos dasRefinarias

RequisitosLegais

ExperiênciaProfissional& Pesquisa

Proposta deCenários

paraPlanejamento

Figura 11 – Esquema simplificado de construção da proposta de cenários

Fonte: Elaborada pelo autor

3.3 COLETA DOS DADOS DOS PLANOS DE EMERGÊNCIA

O parque de refino existente no Brasil é composto de treze refinarias, onze delas

pertencendo ao sistema PETROBRAS (REFAP, REPAR, REPLAN, RECAP, REVAP,

RPBC, REDUC, REGAP, RLAM, LUBNOR e REMAN), e as outras duas pertencentes aos

grupos privados Ipiranga, no caso da Refinaria Ipiranga, e REPSOL-YPF, no caso da

Refinaria de Manguinhos. A Alberto Pasqualini REFAP S/A pertence 70% ao sistema

PETROBRAS e 30% à REPSOL-YPF. Todas estas refinarias possuem sistemas de gestão

implantados o que facilita a coleta dos documentos relativos ao planejamento de emergência.

Page 76: PLANEJ EMERGENCIA REFINARIAS

76

A coleta dos planos de contingência e emergência das refinarias da PETROBRAS

ocorreu através de consulta ao sistema interno de documentação, visto o pesquisador ter

acesso a todo o planejamento de emergência de todas unidades de refino da PETROBRAS.

Contato efetuado com gerência da REPSOL/YPF permitiu obter as informações

necessárias da Refinaria de Manguinhos, através da gerência de Segurança e Meio Ambiente

daquela unidade.

A refinaria da Ipiranga forneceu, através da gerência de Segurança e Meio Ambiente,

os documentos de sua unidade localizada na cidade de Rio Grande, no Rio Grande do Sul.

O estudo nos Planos de Contingência e Emergência abrangeu a totalidade das

refinarias existentes no território nacional. Foram obtidos no levantamento todos os Planos de

Contingência das refinarias brasileiras, totalizando 13 Planos de Contingência e foram

identificados 146 (cento e quarenta e seis) Planos de Emergência no universo de refinarias

estudadas.

O período de coleta de todos os planos ocorreu de novembro de 2002 a setembro de

2003.

3.4 ORGANIZAÇÃO E ANÁLISE DOS DADOS

Os planos de contingência e emergência obtidos foram analisados e agrupados

segundo os seguintes critérios:

Cenários acidentais Todos os planos que continham o mesmo cenário acidental

foram agrupados de forma a identificar a quantidade de cenários que levaram a

constituição de um plano de emergência;

Ações genéricas de resposta No caso das refinarias onde as ações são

apresentadas na forma de 5W 1H (metodologia que descreve as ações de

emergência da forma: “O que fazer?”, “Quem faz?”, “Quando faz?”, “Como faz?”,

“Onde faz?” e “Por que faz?”) as diversas questões foram transformadas em uma

Page 77: PLANEJ EMERGENCIA REFINARIAS

77

ação. Constatou-se que cinco refinarias têm seus planos organizados segundo este

modelo.

As ações de resposta genéricas identificadas nos planos foram relacionadas na planilha

do Apêndice A.

Foi assumido, com base na prática desenvolvida em planejamento de emergência de

uma refinaria, um número de 4 (quatro) funções, a fim de relacionar as ações genéricas

identificadas na pesquisa efetuada. Esta forma adotada de organizar reflete o que o

pesquisador entende como as ações mais adequadas no planejamento de emergência de uma

refinaria, principalmente no aspecto de teste destes planos. Essa abordagem facilita o

treinamento, podendo dividí-lo em quatro áreas independentes, isto é, pode-se trabalhar na

simulação somente do resgate médico, por exemplo (plano de emergência médico).

As ações de resposta genéricas obtidas foram, então, relacionadas com cada uma das

quatro seguintes funções genéricas: Coordenação Geral da Emergência, Resgate de Vítimas,

Combate e Controle de Emergência e Isolamento/Evacuação de Área.

A Figura 12 apresenta uma representação das funções genéricas que se assume como

importante para serem agrupadas as ações identificadas nos planos de emergência:

CordenaçãoGeral da

Emergência

Resgate deVítimas

Isolamento eEvacuação de

Área

Combate eControle deEmergência

Figura 12 – Funções genéricas assumidas para organizar as ações genéricas

Fonte: Elaborada pelo autor

Page 78: PLANEJ EMERGENCIA REFINARIAS

4 ESTUDO DE CASO 4.1 CONSIDERAÇÕES INICIAIS

Neste capítulo, após a apresentação de informações sucintas da área de refino

brasileira, se apresenta o resultado dos estudos de acidentes ocorridos em refinarias no mundo

inteiro e do planejamento de emergência de unidades de refino brasileiras. Este estudo, aliado

à revisão da literatura e à experiência do pesquisador em planejamento de emergência,

possibilitou a apresentação, na seqüência, da proposta de cenários acidentais onde se torna

necessário um planejamento de emergência por parte das refinarias. A Figura 13 apresenta

uma representação esquemática dos aspectos que contribuíram para a elaboração da proposta

de planejamentos a serem efetuados pelas refinarias.

Page 79: PLANEJ EMERGENCIA REFINARIAS

79

Conhecimento Técnico

Aci

dent

es e

m R

efin

aria

s

Plan

ejam

ento

de

Emer

gênc

ias

Proposta de Planejamento deEmergência:

Planejamento GeralDerrame de Produtos

Formação de Nuvem TóxicaIncêndio em Tanque

Parque de GLPUnidades de Processo

TuboviaSistemas Elétricos

Equipamentos de Processo

Falha mecânica 75Eventos externos 72Fatores humanos 54Impacto 29C

ausa

s

Serviço 8

238 96%

Petróleo 231Combustíveis 115Hidrocarbonetos 47Deriv. Petróleo 40

Sub

stân

cia

Gases 27

460 87%

Incêndio 200Explosão 158Liberação 77Vazamento 44

Con

seqü

ênci

a

Incêndio Tanque 11

490 93%

Processo 300Tancagem 105Transporte 66Transferência 52Á

rea

Armazenagem 3

526 99%

10 Tanque7 Torre5 Permutadores4 Compressores

81% 30

4 Vasos Equ

ipam

ento

7 H2S7 Cloro4 Gás Natural2 Gás Combust.

88% 22

2 Catalisador Nuv

em tó

xica

ouco

mbu

stív

el

10 Petróleo4 Produtos Quím.3 Álcool2 Nafta

87% 20

1 DEA+Incêndio Vaz

amen

to d

eP

rodu

tos

10 Casa Força10 Parque GLP8 Casa de Bomb.7 Tubovia

75% 42

7 Unid. Processo

Áre

a

Derrame deProdutos

Produtos comBenzeno Caldeiras

Experiência Profissional &Revisão de Literatura

Legislação

Figura 13 – Contribuições à proposta: cenários para planejamento de emergência Fonte: Elaborada pelo autor

O estudo do planejamento de emergência permitiu a elaboração de uma relação de

ações genéricas aplicáveis em qualquer situação de emergência, podendo ser utilizada no

planejamento geral.

4.2 INFORMAÇÕES DA ÁREA DE REFINO BRASILEIRA

A PETROBRAS, com suas onze refinarias, é responsável por 98% do refino de

petróleo no Brasil, sendo os 2% restantes processados pelas refinarias de Manguinhos e

Ipiranga. A Tabela 2 apresenta as principais unidades existentes nas refinarias brasileiras,

permitindo uma visão da complexidade existente nas diferentes refinarias.

Page 80: PLANEJ EMERGENCIA REFINARIAS

80

Tabela 2 – Principais unidades das refinarias brasileiras

Unidade

RE

PLA

N

RE

DU

C

RL

AM

RE

VA

P

RE

PAR

RPB

C

RE

GA

P

RE

FAP

RE

CA

P

RE

MA

N

LU

BN

OR

MA

NG

UIN

HO

S

IPIR

AN

GA

Destilação X X X X X X X X X X X X X Craqueamento X X X X X X X X X X X X Desasfaltação X X X X

Hidrotratamento X X X X X X X Coque X X MTBE X X X X

Reforma X X X Lubrificante X X X

Fonte: LIMA, 2001

Para efetuar o processamento de petróleo, estas unidades constituem-se de um sistema

complexo de tubulações que serve para interligação de um elevado número de equipamentos

tais como: permutadores, vasos, torres, reatores, misturadores, compressores, bombas,

tanques, motores elétricos e sistemas de instrumentação e controle. As unidades normalmente

produzem as utilidades necessárias para sua operação tais como: água, eletricidade, vapor e ar

comprimido.

A PETROBRAS, após o derrame ocorrido na Baía da Guanabara, decidiu que todas

suas unidades deveriam certificar-se em normas de Segurança, Meio Ambiente e Saúde. No

final do ano de 2001 todas as refinarias da PETROBRAS obtiveram a certificação em normas

que tratam da gestão de SMS. A refinaria de Manguinhos detém atualmente a certificação de

qualidade ISO 9001 e a refinaria Ipiranga possui a certificação ISO 14001.

O atual parque de refino receberá elevados investimentos (Plano Plurianual de

Investimentos 2001-2005) da PETROBRAS, buscando atender às crescentes exigências

ambientais com o processamento de petróleos mais pesados e uso de novas tecnologias. Este

aumento implicará, em paralelo, num aumento de acidentes, que é um dos reflexos negativos

deste avanço, com risco de perda de vidas humanas, degradação do meio ambiente e prejuízos

ao patrimônio.

Page 81: PLANEJ EMERGENCIA REFINARIAS

81

4.3 ACIDENTES EM REFINARIAS 4.3.1 Causas Identificadas

A pesquisa efetuada no Banco de Dados MHIDAS (2002), identificou registro de

informações sobre as causas para 247 registros do total de 543 acidentes em refinarias

existentes no banco de dados, ou seja, pouco mais de 45% dos casos. Neste total onde as

causas são conhecidas, as três principais causas são: falha mecânica com 30,36%, eventos

externos com 29,15% e falha humana responsável por 21,86% dos casos. Refinarias são

sistemas complexos com muitos componentes mecânicos; portanto, ter-se como principal

causa identificada a falha mecânica é algo que não surpreende, mas que talvez indique a

importância de um Programa de Gerenciamento de Riscos consistente com reforço nas

questões relativas à manutenção e qualidade de componentes mecânicos. O fator humano que

aparece como terceira maior causa, com mais de 21% dos casos, também possui um

acréscimo significativo com aspectos relativos à disciplina operacional e treinamento

adequado da força de trabalho. Os resultados obtidos na identificação das causas são

apresentados de forma organizada na Tabela 3 e visando fornecer uma melhor visualização

também estão apresentados na forma de torta, na Figura 14.

Tabela 3 – Número de acidentes segundo a causa

Causa Número de acidentes Percentagem

Falha mecânica 75 30,36 Eventos externos 72 29,15 Fator humano 54 21,86 Impacto 29 11,74 Serviço 8 3,24 Condições anormais de processo 4 1,62 Instrumentação 3 1,21 Reações descontroladas 2 0,81 Total 247 100

Fonte: MHIDAS, 2002

Page 82: PLANEJ EMERGENCIA REFINARIAS

82

Causas de Acidentes Ocorridos

29

72

54

3

75

4 8 2

Impacto Eventos Externos Fator HumanoInstrumentação Falha Mecânica Condições Anormais de ProcessoServiço Reações Violentas

Figura 14 – Distribuição dos acidentes segundo a causa Fonte: MHIDAS (2002)

4.3.2 Substâncias Envolvidas

Foi identificada, entre os 543 acidentes analisados, a existência de informações sobre

as substâncias envolvidas para 527 casos. Na Tabela 4 foram listados os resultados em

número de acidentes ocorridos e as substâncias envolvidas. Foi possível identificar que

acidentes envolvendo petróleo são dominantes, com quase 49% de casos onde o mesmo está

envolvido, seguindo-se os combustíveis com aproximadamente 22% dos casos. Dado que

estes dois componentes estão presentes em larga escala, em refinarias, o resultado é coerente

com as operações de refino.

Tabela 4 - Número de acidentes e respectiva percentagem por substância

Substância Nº de acidentes PercentagemPetróleo 231 43,83 Combustíveis 115 21,82 Hidrocarbonetos 47 8,92 Derivados do petróleo 40 7,59 Gases 27 5,12 Inorgânicos 26 4,93 Diversos 16 3,04 Solventes 10 1,90 Lubrificantes 10 1,90 Resíduos 5 0,95 Total 527 100

Fonte: MHIDAS, 2002

Page 83: PLANEJ EMERGENCIA REFINARIAS

83

São apresentados, para auxiliar a visualização, os mesmos resultados na Figura 15.

Ocorrência de Acidentes por Substância

26

115

47

1040

1027

231

16 5

Inorgânicos Combustíveis Hidrocarbonetos SolventesDerivados do Petróleo Lubrificantes Gases PetróleoDiversos Resíduos

Figura 15 - Número de acidentes por tipo de substância

Fonte: MHIDAS, 2002

4.3.3 Tipologia das Conseqüências de Acidentes

A pesquisa também foi realizada para verificação do tipo de conseqüências que

resultaram dos acidentes para os casos onde estes dados estavam disponíveis. As informações

foram identificadas para 525 casos, ou seja, para quase a totalidade. Incêndios aparecem como

o principal tipo de conseqüência de acidentes em refinarias com 38,10% dos casos, explosões

vêm em segundo lugar com 30,10%, ou seja, entre somente estes dois tipos de conseqüências

tem-se quase que 70% dos tipos de cenário de acidente. Dado que em refinarias praticamente

todos os insumos e produtos são líquidos ou gases inflamáveis, os resultados da pesquisa

confirmam algo esperado permitindo afirmar a importância de considerar este fator no

processo de planejamento de emergência de refinarias. Pode ser constatado que o número de

acidentes envolvendo vazamentos responde por oito por cento (8%) do total, mas, no entanto,

acidentes desta natureza normalmente apresentam grande repercussão, como foram os casos

do derrame da Baía da Guanabara e do Paraná. Os dados são apresentados na Tabela 5 e

também na Figura 16, permitindo uma melhor visualização.

Page 84: PLANEJ EMERGENCIA REFINARIAS

84

Tabela 5 - Caracterização dos acidentes por tipo de conseqüência Conseqüência Nº de acidentes Percentagem

Incêndio 200 38,10 Explosão 158 30,10 Liberação contínua 77 14,67 Vazamento 44 8,38 Incêndio em tanque 11 2,10 Explosão não confinada 10 1,90 Liberação instantânea 7 1,33 Incêndio em nuvem 5 0,95 Explosão confinada 4 0,76 Tocha 4 0,76 BLEVE e incêndio 1 0,19 Explosão nuvem de pó 1 0,19 Bola de fogo 1 0,19 Nuvem de gás 1 0,19 Incêndio em poça 1 0,19 Total 525 100,00

Fonte: MHIDAS, 2002

Ocorrência de Acidentes por Tipo

1 477

1

158

200

441 7 11 11 4 10 5

BLEVE & Incêndio Explosão Confinada Liberação ContínuaExplosão de Nuvem de Pó Explosão IncêndioVazamento Nuvem de Gás Liberação InstantâneaIncêndio em Poça Bola de Fogo Incêndio em TanqueTocha Explosão Não Confinada Flash Fire

Figura 16 - Caracterização dos acidentes por tipo de conseqüência Fonte: MHIDAS, 2002

4.3.4 Caracterização dos Acidentes por Área de Ocorrência

No planejamento de emergência, um aspecto importante a ser considerado é a área

onde existe a ocorrência. Certamente um incêndio em uma unidade de processo exige

estratégias distintas do mesmo incêndio quando ocorrendo em uma tubovia de processo.

Page 85: PLANEJ EMERGENCIA REFINARIAS

85

Dessa forma foram pesquisadas nos relatórios as áreas onde ocorreram os acidentes. Na

Tabela 6 são apresentados os resultados do levantamento obtido para 529 casos de acidentes,

de um total de 541 disponíveis. Pode-se perceber que a área de processo é onde a maior parte

dos acidentes acontece, pois responde por 300 acidentes do total conhecido, ou seja, 56,71%.

Outro aspecto importante é que a área de tancagem responde por 19,85% totalizando nestas

duas áreas mais de três quartos dos acidentes em refinarias. Como já feito anteriormente,

apresentam-se os resultados também através da Figura 17.

Tabela 6 – Acidentes por áreas das refinarias

Área Nº de acidentes PercentagemProcesso 300 56,70 Tancagem 105 19,85 Transporte 66 12,48 Transferência 52 9,83 Armazenagem 3 0,57 Resíduos 3 0,57 Total 529 100

Fonte: MHIDAS, 2002

Ocorrência de Acidentes por Área

300

105

52

663 3

Processo Tancagem Transferência Transporte Armazenagem Resíduos

Figura 17 – Acidentes por áreas das refinarias

Fonte: MHIDAS, 2002

Page 86: PLANEJ EMERGENCIA REFINARIAS

86

4.3.5 Acidentes com Feridos e Fatalidades

Evitar a perda de vidas humanas em acidentes é um dos grandes objetivos do

planejamento de emergência e julgou-se importante efetuar a coleta de dados com relação ao

número médio de mortes e de feridos em acidentes em refinarias. Foi obtido um total de 114

registros de acidentes com mortes, uma cifra considerável, pois este número de acidentes com

mortes representa cerca de 25% do total de registros. O número médio de mortes observado

foi de 3,8, uma média que não pode ser considerada baixa e um desvio padrão também alto,

mostrando que há uma variação grande em redor da média. O maior número de mortes

observado foi de 39 mortes. Com relação aos dados disponíveis de feridos em acidentes, tem-

se também um desvio padrão elevado em torno da média que foi de cerca de 15 feridos. Essas

informações estão apresentadas na Tabela 7.

Nº médio de mortes 3,8 Nº médio de feridos 14,8 Desvio padrão 5,8 Desvio padrão 31,4 Máximo 39 Máximo 329 Nº de registros 114 Nº de registros 183 Tabela 7 - Informações de mortos e feridos em acidentes em refinarias

Fonte: MHIDAS, 2002

4.4 PLANEJAMENTO DE EMERGÊNCIA DAS REFINARIAS

A pesquisa efetuada permitiu identificar como está estruturado o planejamento de

emergência das refinarias brasileiras. As unidades da PETROBRAS elaboram o seu

Planejamento fundamentado em uma norma específica da empresa desenvolvida para esta

finalidade, fato este que demonstra a importância que esta questão possui para a empresa. Esta

norma permite uma padronização no planejamento de emergência da empresa visto a

inexistência de padronização no Brasil. A Norma N-2644 – Critérios para Elaboração do

Plano de Contingência Local de agosto de 2000 estabelece no item 4.10.2 - Planos de

Emergência o seguinte:

4.10.2.1 Os planos devem ser elaborados para cada hipótese acidental, podendo ser agrupados de acordo com as similaridades. As hipóteses acidentais a serem consideradas neste plano são: incêndio, vazamento de

Page 87: PLANEJ EMERGENCIA REFINARIAS

87

produtos químicos, socorro médico, emergências meteorológicas e naturais, entre outros.

4.10.2.2 Em cada plano devem estar descritas e esquematizadas todas as ações desencadeadas por cada grupo integrante da OCE, cobrindo as diversas fases do controle da emergência, desde a detecção do evento até a avaliação final das operações com emissão do relatório.

Nota: Recomenda-se que seja em forma de fluxograma associado a planilha no formato 5W e 1H. [Prática Recomendada]

4.10.2.3 Deve estar previsto o desencadeamento de ações para utilização de recursos externos.

Como pode ser verificado, as refinarias da PETROBRAS possuem um Plano de

Contingência Local e Planos de Emergência específicos. Verificou-se que uma unidade

incorporou ao Plano Local os planos de emergência, exemplo este seguido pela Refinaria de

Manguinhos.

Considerou-se importante este esclarecimento inicial uma vez que o planejamento

elaborado pelas refinarias da PETROBRAS distingue claramente a existência de um Plano de

Contingência Local e Planos de Emergência específicos onde se obteve os cenários acidentais

e as ações de resposta genéricas relacionadas no Apêndice A.

4.4.1 Cenários Acidentais Identificados e Classificação

Os cenários acidentais utilizados como base para o Planejamento de Emergência

identificados na pesquisa efetuada estão relacionados na Tabela 8 onde pode ser verificada em

algumas refinarias a existência de um elevado número de planos específicos de emergência e

em outros um planejamento contido no próprio Plano de Contingência Local.

Tabela 8 – Planejamento de emergências e cenários acidentais das refinarias

Cenário Contido no

Plano de Emergência A B C D E F G H I J K L M

Vazamento de amônia X X

Page 88: PLANEJ EMERGENCIA REFINARIAS

88

Cenário Contido no

Plano de Emergência A B C D E F G H I J K L M

Vasos de Blow down X X X

Vazamento/incêndio

casa de bombas X X X X X X X X

Casa de força, subestações e equipamentos elétricos

X X X X X X X X X X

Caldeiras X X Vazamento de catalisador X X Compressores X X X X Laboratório X X X X Prédio administrativo X X Estação de Tratamento de Despejos Industriais X X X X X Fornos X X X Envolvendo gás natural X X X X Vazamento de GLP no parque de armazenamento

X X X X X X X X X X

Permutadores X X X X X Reatores X X Vazamento de produtos químicos em rios X X X X Tanques X X X X X X X X X X Torres X X X X X X X Transporte Ferroviário X Transporte rodoviário X X X X Tubovia X X X X X X X Unidades de processo X X X X X X X Vasos X X X X Vazamento de Álcoois X X X Vazamento de cloro X X X X X X X Vazamento de DEA seguido de incêndio X Vazamento de enxofre seguido de incêndio X Vazamento de etano X Vazamento de gás combustível X X

Page 89: PLANEJ EMERGENCIA REFINARIAS

89

Cenário Contido no

Plano de Emergência A B C D E F G H I J K L M

Vazamento de H2S X X X X X X X Vazamento de nafta X X Vazamento de petróleo ou derivados X X X X X X X X X X Vazamento de SO2 X Vazamento de soda cáustica X

Fonte: Elaborada pelo autor

Foi adotada uma classificação dos 34 (trinta e quatro) cenários que determinaram a

elaboração de Planos de Emergência da seguinte forma:

Área de Emergência Foi possível verificar que, para um elevado número de

Planos elaborados, a área onde a emergência ocorre foi determinante para

elaboração do Planejamento. Foi constatada a existência de 56 planos de

emergência considerando este requisito para sua elaboração;

Equipamento de Processo Foi constatado que este critério para elaboração de

Planos de Emergência foi adotado pelas refinarias em 37 situações;

Liberação de Gás Tóxico e/ou Inflamável Ao se agrupar os cenários utilizados

para elaboração de Planos de Emergência em gases tóxicos e inflamáveis se pôde

constatar que esta condição foi utilizada na elaboração de 25 planos;

Vazamento de Produtos Líquidos O vazamento de produtos líquidos como

cenário determinante para elaboração de Planos de Emergência foi critério

utilizado em 17 situações;

Transporte Se constatou que 5 Planos de Emergência foram elaborados

utilizando cenários de transporte rodoviário e ferroviário. Este reduzido número é

resultado da pesquisa considerar emergências internas (on-site); mas, mesmo

assim, puderam ser identificadas refinarias que possuem planos específicos para

estas ocorrências internas.

A Tabela 9 apresenta um resumo dos planos de emergência identificados na pesquisa

efetuada:

Page 90: PLANEJ EMERGENCIA REFINARIAS

90

Tabela 9 – Número de planos de emergência e sua classificação

Classificação/Cenário Quantidade % Área de Emergência 56 38% Equipamento 37 25% Liberação Gás Tóxico ou Inflamável 25 17% Vazamento Produtos Líquidos 23 16% Transporte 5 3% Total 146 100%

Fonte: Elaborada pelo autor

4.4.2 Cenários por Área de Emergência

Verificou-se que a área onde ocorrem as emergências é considerada um fator

determinante na necessidade identificada pelas refinarias para elaboração de planos de

emergência. Mesmo as refinarias que não dispõem de planos específicos de emergência, isto

é, cujo Planejamento está todo contido dentro do Plano de Contingência, levam bastante em

consideração a área onde as emergências ocorrem. Esse fato já era esperado, visto a

necessidade de estratégias, equipamentos e treinamentos distintos para controle de uma

emergência dependendo do local onde ela se desenvolve. A Tabela 10 apresenta as áreas onde

se verificou uma maior preocupação na elaboração de Planos de Emergência.

Tabela 10 – Número de planos de emergência por área

Área da Emergência Quantidade Casa de Força/Subestações 10 Parque de GLP 10 Casa de Bombas 8 Tubovia 7 Unidades de Processo 7 Estação de Tratamento Despejo Industrial 5 Laboratório 4 Vasos de Blow Down 3 Prédio administrativo 2

Total 56 Fonte: Elaborada pelo autor

Foi constatado que quase 40% dos planos por área de emergência foram desenvolvidos

para atender a emergências em Parques de Armazenamento de GLP e instalações elétricas e

subestações. Parques de Armazenamento de GLP representam normalmente os cenários de

Page 91: PLANEJ EMERGENCIA REFINARIAS

91

maior alcance em refinarias, o que justifica todas as unidades possuírem planos específicos

para esta área. As subestações e casas de força exigem estratégias e equipamentos distintos e

leva as unidades a desenvolverem planos específicos para estas áreas.

4.4.3 Cenários por Equipamentos

Foi possível identificar que 26% dos planos de emergência elaborados pelas refinarias

foram elaborados a partir de um cenário de emergência em equipamentos específicos. O

cenário que trata de tanques se encontra presente em todas unidades de refino estudadas e é

algo esperado visto que emergências nestes equipamentos, em especial incêndios,

normalmente representam as maiores exigências de recursos tais como Líquido Gerador de

Espuma (LGE), uma elevada quantidade de água e mesmo efetivos e estratégias distintas. As

torres, previsivelmente, se encontram logo a seguir, provavelmente em virtude de suas

grandes alturas, que levam a estratégias e equipamentos e treinamentos distintos. A Tabela 11

apresenta o número de Planos identificados por equipamento.

Tabela 11 – Número de planos de emergência por equipamento

Equipamento Quantidade Tanques 10 Torres 7 Permutadores 5 Compressores 4 Vasos 4 Fornos 3 Caldeiras 2 Reatores 2 Total 37

Fonte: Elaborada pelo autor

4.4.4 Cenários de Nuvem Tóxica ou Inflamável

Pôde ser identificada a preocupação das refinarias com cenários de nuvens tóxicas, em

especial com cloro e H2S (sulfeto de hidrogênio, gás sulfídrico). As refinarias, para aumentar

a confiabilidade no fornecimento de água e mesmo pelo elevado consumo exigido em suas

unidades, usualmente necessitam dispor de Estações de Tratamento de Água que utilizam

cloro em grandes quantidades. O gás sulfídrico é inerente ao petróleo e normalmente se

Page 92: PLANEJ EMERGENCIA REFINARIAS

92

apresenta em maiores quantidades nas unidades de Recuperação de Enxofre. Em virtude da

elevada toxicidade destes produtos já era de se esperar um elevado número de planos

específicos para estes cenários. A Tabela 12 apresenta o número de planos desenvolvidos para

tratar de cenários envolvendo nuvem tóxica ou inflamável.

Tabela 12 – Número de planos de emergência para nuvem tóxica ou inflamável

Liberação de Gás Tóxico ou Inflamável Quantidade H2S 7 Cloro 7 Gás Natural 4 Gás Combustível 2 Catalisador 2 Amônia 2 SO2 1 Total 25

Fonte: Elaborada pelo autor

4.4.5 Cenários de Vazamento de Produtos Líquidos

O cenário de derrame de óleo em corpos d’água exigiu a elaboração de planos

específicos de emergência por todas as refinarias. Foi percebido que este cenário vem

recebendo preocupação maior em virtude das grandes ocorrências da Baía da Guanabara e do

Paraná e estão sendo elaborados planos tratando especificamente de vazamento de produtos

químicos. A Tabela 13 apresenta os cenários que levaram as refinarias a elaborar planos

específicos de emergência.

Tabela 13 – Número de planos de emergência para vazamento de produtos líquidos

Vazamento Produtos Líquidos Quantidade Petróleo 10 Produtos Químicos em Rio 4 Álcool 3 Nafta 2 DEA seguido incêndio 1 Enxofre seguido incêndio 1 Soda Cáustica 1 Etano 1 Total 23

Fonte: Elaborada pelo autor

Page 93: PLANEJ EMERGENCIA REFINARIAS

93

4.4.6 Cenários de Transporte

Como o objeto deste estudo trata de emergências internas (on-site) os acidentes de

transporte não estão incluídos. Se pôde, entretanto, constatar que algumas refinarias elaboram

planos específicos de transporte e a quantidade pode ser verificada na Tabela 14.

Tabela 14 – Número de planos de emergência para transporte

Transporte Quantidade

Rodoviário 4

Ferroviário 1

Total 5

Fonte: Elaborada pelo autor

4.5 AÇÕES GENÉRICAS

A relação de Ações Genéricas obtidas pode ser verificada no Apêndice A para os

Planos de Contingência ou então para os Planos de Emergência pesquisados. Foi identificada

nos documentos pesquisados uma relação de 3.465 ações sendo que 64,2% do total abordam

ações que foram assumidas como de Combate e Controle da Emergência. Esta constatação se

justifica na medida em que são planos específicos desenvolvidos pelas refinarias para tratar

das ações de combate e controle de emergência e mesmo nas três unidades onde estas ações

estão contidas dentro do plano de contingência podem ser identificadas ações típicas de

brigadas que atuam diretamente no combate e no controle. A Tabela 15 apresenta o resumo

das ações obtidas no estudo efetuado.

Tabela 15 – Total das funções genéricas identificadas nos planos

Funções Genéricas Quantidade % Combate e Controle da Emergência 2225 64,2 Coordenação Geral da Emergência 498 14,4 Resgate de Vítimas 485 14,0 Isolamento e Evacuação de Área 257 7,4

Total 3465 100 Fonte: Elaborada pelo autor

Page 94: PLANEJ EMERGENCIA REFINARIAS

94

4.5.1 Coordenação Geral da Emergência

Todos os planos pesquisados apresentam uma estrutura da coordenação de emergência

que normalmente está relacionada no Plano de Contingência. Foram identificadas ações nos

Planos de Emergência que se assumiu serem típicas de coordenação geral. As ações

identificadas na pesquisa que tratam da coordenação geral são:

Acionamento do Plano de Auxílio Mútuo (PAM) As refinarias normalmente

participam de PAM nas regiões onde atuam. O acionamento em muitas situações pode ser

efetuado pela Organização de Controle de Emergência (OCE).

Avaliação do Impacto Ambiental Esta é uma atribuição típica da área de coordenação,

pois normalmente exige especialistas e consultores muitas vezes não disponíveis na região

e em algumas situações até mesmo não disponíveis no país.

Comunicação ao Órgão Ambiental As comunicações a órgãos oficiais são importantes,

e atualmente as refinarias devem, também, efetuar comunicação formal à Agência

Nacional do Petróleo (ANP) para os casos definidos na Portaria ANP Nº 03 de 10 de

janeiro de 2003. Seria importante ampliar esta ação contemplando o comunicado à ANP.

Comunicação à sede da empresa As refinarias possuem sistemática de comunicação de

emergências para suas sedes, que, em muitos casos, está contida dentro do Plano de

Contingência e em outros documentos específicos para esta finalidade.

Acionamento de Corpo de Bombeiros, Polícias Rodoviárias e Militar, Defesa Civil Foi

entendido que o acionamento mais importante deve ser o da Defesa Civil. As refinarias,

em nosso entender, devem atuar de forma a centralizar ações. O acionamento do Corpo de

Bombeiros normalmente é realizado nos casos em que as brigadas internas não

conseguem controlar os incêndios. A maioria das situações é controlada pelos efetivos de

segurança próprios que as refinarias possuem com treinamento específico em cenários que

raramente as unidades de bombeiros atuam.

Retorno às atividades normais Esta é uma ação que depende muitas vezes de avaliações

de especialistas que, adicionadas às disponíveis pelas equipes de controle, permitem um

retorno seguro às atividades após uma emergência.

Page 95: PLANEJ EMERGENCIA REFINARIAS

95

Disposição final dos resíduos Esta ação muitas vezes não recebe uma atenção especial

dos planejadores de emergência, visto que as refinarias dispõem de sistemas implantados

de gestão de resíduos. Muitas vezes este sistema será insuficiente para atender uma

elevada demanda em virtude de uma emergência sendo que um derrame de óleo é um dos

cenários onde este aspecto é extremamente relevante.

Investigação e Elaboração de Relatórios As refinarias dispõem de sistemas

estabelecidos para investigação de acidentes e as próprias corporações estabelecem formas

de conduzir este processo.

Os Planos de Contingência das refinarias estudadas apresentam também ações de

grupos específicos como, por exemplo, área jurídica e financeira que não foram abordados

neste trabalho e que fazem parte das atividades de grupos de coordenação. A Tabela 16

apresenta as ações identificadas e o número de vezes que foram relacionadas nos planos

pesquisados:

Tabela 16 – Quantidade de ações genéricas de coordenação geral identificadas nos planos

Ação Genérica de Coordenação Geral Quantidade % Comunicação ao órgão ambiental 107 22 Acionamento de bombeiros, polícias rodoviária e militar, defesa civil, etc, se necessário

101 20

Remoção e disposição final dos resíduos 99 20

Acionamento do PAM, em caso de necessidade 80 16

Investigação e elaboração de relatório sobre o acidente 56 11

Avaliação do impacto ambiental 31 6

Comunicação à Sede da empresa 13 3

Retorno às atividades normais de operação 11 2 Total 480 100

Fonte: Elaborada pelo autor

Page 96: PLANEJ EMERGENCIA REFINARIAS

96

4.5.2 Resgate de Vítimas

As refinarias estudadas possuem Planos de Emergência Médica que não foram objeto

deste estudo. As refinarias, como percebido, possuem equipes treinadas em prestar resgate

médico às vítimas, pois um primeiro atendimento é necessário até a chegada de recursos

médicos. Foram constatadas nos planos as seguintes ações genéricas:

Verificação da existência de vítimas Esta é uma atribuição da OCE, porém típica da

atividade de resgate médico. Esta é uma ação importante pois a existência de vítimas pode

alterar a estratégia de controle em função, por exemplo, da localização da vítima.

Resgate de Vítimas Esta ação muitas vezes depende de especialistas nesta área, como é

o caso de brigadas que necessitam de especialistas para resgate em altura.

Equipe Médica presta os primeiros socorros à vítima Em muitos casos estes primeiros

socorros são prestados por socorristas voluntários previamente treinados.

Duarte (2002) relaciona outras ações que se encontram relacionadas no Plano de

Emergência Médico das refinarias. No entanto, considerou-se oportuno a citação relativa ao

posto de atendimento avançado, pois é vital que os atendimentos sejam efetuados em local

isento do risco da emergência que está ocorrendo.

A Tabela 17 apresenta a distribuição das ações obtidas na pesquisa efetuada, onde se

pôde constatar que as três ações identificadas nos planos estão praticamente distribuídas

igualmente.

Tabela 17 – Quantidade de ações genéricas de resgate médico identificadas nos planos

Ação Genérica de Resgate Médico Quantidade % Equipe médica presta os primeiros socorros às vítimas 168 35

Verificação da existência de vítimas 161 33 Resgate das vítimas 156 32

Total 485 100 Fonte: Elaborada pelo autor

Page 97: PLANEJ EMERGENCIA REFINARIAS

97

4.5.3 Combate e Controle da Emergência

As ações de combate e controle de uma emergência, contidas nos planos estudados,

permitem verificar uma gama de estratégias adotadas nos diversos cenários acidentais que

puderam ser identificados nesta pesquisa. As ações selecionadas são aplicáveis a todos os

planos estudados. Como era esperado, o número de ações encontradas foi maior do que nas

outras três funções assumidas neste estudo.

Detecção da anormalidade/emergência Esta ação é de elevada importância, pois o

tempo transcorrido entre o início efetivo de uma emergência e sua detecção pode ser

determinante no tamanho e complexidade dos efeitos. Neste sentido, os planejadores

devem contemplar aspectos importantes para reduzir este tempo de detecção ao mínimo

possível. Atualmente muitas refinarias possuem câmaras e detectores de óleo nos canais

de seus efluentes, reduzindo assim o tempo de resposta em caso de um derrame acidental;

Comunicação do ocorrido ao painel e à coordenação geral Esta ação permite operações

importantes de controle por parte da central de controle da refinaria e configura o

acionamento das brigadas que irão atuar no controle da emergência;

Operadores se equipam e iniciam o primeiro combate Um elevado número de

incidentes é contido antes mesmo da chegada das brigadas com ações de operadores, pois

em muitos casos o controle deve ser efetuado com a eliminação da alimentação do

produto gerador da emergência e que pode ser efetuado em muitos casos pelos operadores.

A preservação da vida dos operadores é a prioridade neste caso e pode ser percebido que

os planos buscam estabelecer que inicialmente os operadores devem estar equipados com

roupas, aparelhos autônomos entre outros para iniciar um controle colocando sempre suas

vidas como prioridade;

Acionamento da OCE Dependendo do sistema de detecção existente a OCE pode ser a

primeira a ser acionada e o tempo entre a detecção e o efetivo acionamento é importante;

Acionamento da bomba de emergência Se percebeu que nem sempre o sistema de

bombas é acionado automaticamente. Este é um aspecto importante a ser considerado

pelos planejadores de forma a trabalhar para que o sistema de bombas tenha um

acionamento automático, alterando esta ação para algo do tipo “verificação se o sistema

de bombas está funcionando”;

Page 98: PLANEJ EMERGENCIA REFINARIAS

98

Acionamento do Plano de Contingência da Refinaria Apesar de em alguns planos não

constar esta ação, entende-se que ela deverá ocorrer em um caso de emergência, pois estes

planos fazem parte do plano de contingência.

Acionamento do alarme Duarte (2002) ressalta que o acionamento do alarme é o ponto

de partida das ações a serem desempenhadas por toda a estrutura de controle de

emergência de uma empresa. Ressalta que este apito permite um entendimento por parte

das pessoas e a associação a um determinado procedimento. Os planejadores devem ter

clara a importância deste sistema, pois o início de muitas ações dependerá deste sinal.

Avaliação da magnitude do evento Llory (2001) analisando uma série de acidentes

ressalta a dificuldade de efetuar uma avaliação de uma situação de emergência e cita, por

exemplo, que no caso específico de Bhopal a maioria dos operadores ignorava a

periculosidade real das substâncias fabricadas. A avaliação da magnitude do evento pode

ser determinante no sucesso do controle de uma emergência. No relatório do acidente com

a P-36, onde ocorreu a morte de 11 brigadistas, está contida a recomendação: “Aprimorar

os Procedimentos e Planos de Emergência no que concerne, dentre outros, aos seguintes

tópicos: Ida da brigada de incêndio diretamente para o local da ocorrência...”. Entendeu-se

que os brigadistas não conseguiram avaliar a magnitude do evento que estavam vivendo,

em virtude de diversas informações que não dispunham quando da sua ocorrência.

Verificação da direção do vento Este é um componente importante para determinar as

estratégias de controle bem como do processo de evacuação da área onde a emergência

está ocorrendo, ou daquelas que poderão ser afetadas;

Monitoramento de gases/vapores tóxicos/inflamáveis Esta ação permitirá dotar o

comando de informações importantes para a segurança das brigadas e para decisão com

relação ao abandono do local ou proximidades;

Monitoramento/eliminação de fontes de ignição Em atividades de refinarias, em uma

emergência, as possíveis fontes de ignição tornam-se importantes, pois em muitos casos a

ignição de uma nuvem inflamável, por exemplo, ocorre longe do ponto de vazamento,

sendo um aspecto importante a ser verificado pela OCE;

Orientação quanto ao EPI adequado Esta ação demonstra a importância que os planos

conferem à segurança dos brigadistas. Estratégias de controle devem obrigatoriamente

garantir a integridade da vida dos brigadistas, sendo prática recomendada a designação de

um dos componentes como o responsável por cuidar da segurança da própria equipe, isto

é, verificando se os equipamentos foram colocados adequadamente, se questões de

Page 99: PLANEJ EMERGENCIA REFINARIAS

99

segurança não estão sendo esquecidas. Este componente atua como um “anjo da guarda”

dos demais componentes;

Orientação de deslocamento dos brigadistas Um trabalhador componente de uma

brigada normalmente está executando seu trabalho rotineiro quando ocorre a convocação

para uma emergência. O deslocamento até o local de forma segura e rápida é garantida

através de comunicado eficiente efetuado durante a chamada;

Aplicação de neblina de água ou espuma A maioria das emergências de uma refinaria

exigirá a utilização de água e/ou espuma, como, por exemplo, neblina em nuvens tóxicas.

A importância de ações desta natureza pode ser evidenciada na falha do sistema de

neblina do acidente de Bhopal (LLORY, 2001). Esta ação talvez pudesse ser excluída das

ações genéricas, porém, em virtude do elevado número de aplicações, se decidiu mantê-la

nesta relação;

Execução de Manobras Operacionais As refinarias dispõem de procedimentos

operacionais específicos a serem utilizados em caso de emergência, os quais não foram

objeto deste estudo. Estas ações, na maioria dos casos, são indispensáveis para o controle

da emergência e para evitar que o cenário seja ampliado;

Resfriamento de equipamentos vizinhos Esta ação visa resguardar a ampliação do

cenário da emergência reduzindo o seu tamanho. É uma ação que não tem aplicação em

todos os cenários acidentais, porém, em função de sua importância, foi relacionada dentro

das que foram classificadas como genéricas;

Registro da emergência em relatório de turno Foi verificado um número reduzido desta

ação nos planos de ações estudados (25 de um total de 2.225);

Avaliação final para término da emergência Esta ação em muitos casos não poderá ser

executada somente pelas equipes de combate e controle. Exigirá, em muitos casos, a ação

de especialistas, pois a partir dessa avaliação será tomada a decisão de retorno ou não das

operações normais;

Acionamento do alarme de final de emergência A decisão sobre o acionamento deste

alarme em algumas situações passa pela coordenação geral, que atua em conjunto com as

equipes de combate e controle.

A Tabela 18 apresenta o resultado encontrado nos planos de emergência e

contingência para ações de combate e controle. Foram identificadas 2.225 ações e foi julgado

importante ressaltar o segundo item, que trata do processo de equipar os brigadistas.

Entendeu-se que o número elevado de planos registrando este aspecto indica a preocupação

Page 100: PLANEJ EMERGENCIA REFINARIAS

100

contida nos planos com a vida dos brigadistas. Certamente, o fato de todos estarem equipados

não é suficiente para garantir a segurança de pessoas que irão participar de eventos que muitas

vezes acarretam alta destruição. No entanto, sendo este um dos aspectos que foram

considerados como da mais alta importância no controle de uma emergência, foi constatado

com satisfação que esta é segunda maior ação registrada nos planos de emergência.

Tabela 18 – Quantidade de ações genéricas de combate e controle identificadas nos planos

Ações Genéricas de Combate e Controle Quant. % Combate ao evento conforme orientação do comando de combate 204 9,2

Orientação quanto ao uso de EPI´s adequados ao combate do evento 193 8,7

Execução de manobras operacionais 183 8,2 Avaliação da magnitude do evento 173 7,8 Acionamento do alarme de início de emergência 157 7,1 Acionamento da OCE 147 6,6 Resfriamento dos equipamentos envolvidos e vizinhos 125 5,6 Monitoramento de gases/vapores tóxicos/inflamáveis 123 5,5 Verificação da direção do vento para melhorar aproximação 115 5,2 Acionamento da bomba de emergência 103 4,6 Orientação quanto a rota e posicionamento a ser seguido por viaturas até o local da emergência 97 4,4

Monitoramento/eliminação de fontes de ignição 92 4,1 Comunicação do ocorrido ao operador de painel e este à coordenação geral da emergência 87 3,9

Interrupção da transferência de produtos 73 3,3 Acionamento do alarme de fim de emergência 72 3,2 Avaliação final para término da emergência 71 3,2 Detecção da anormalidade/emergência 61 2,7 Aplicação de neblina d'água ou espuma conforme o caso 53 2,4 Operadores equipam-se com EPI´s adequados e iniciam primeiro combate até a chegada da equipe de emergência 44 2,0

Acionamento do plano de contingência da refinaria 27 1,2 Registro da emergência em relatório de turno 25 1,1

Total 2225 100 Fonte: Elaborada pelo autor

4.5.4 Isolamento e Evacuação de Área

As refinarias estudadas possuem planos de abandono específicos que são parte

integrante dos planos de contingência. Duarte (2002) reputa esta ação como a mais complexa

Page 101: PLANEJ EMERGENCIA REFINARIAS

101

das medidas mitigadoras quando os acidentes podem afetar a população. Podem ser

identificadas duas ações relativas ao isolamento e evacuação de área como partes integrantes

dos planos de emergência:

Interdição da área afetada Muitos relatos de acidentes registram problemas gerados

devido ao acesso de pessoas não autorizadas em uma emergência. Torna-se importante,

portanto, controlar o acesso da área através de isolamento;

Evacuação da área envolvida A evacuação, em casos de incêndio e explosão, tende a

ocorrer em um intervalo de tempo tão curto que uma evacuação não é prática (LEES,

1996), sendo, no entanto, importante no caso de nuvens tóxicas. No caso de um plano de

emergência com atuação na área interna da refinaria, a evacuação dos trabalhadores de um

local onde, por exemplo, iniciou-se um vazamento de combustível, é extremamente

importante, pois em muitos casos decorre um tempo relativamente grande até que a

nuvem inflamável alcance uma fonte de ignição (o queimador de um forno, por exemplo).

A quantidade de ações genéricas identificadas nos planos está na Tabela 19.

Tabela 19 – Quantidade de ações genéricas de isolamento/evacuação identificadas nos planos

Ação Genérica de Isolamento/Evacuação Quant. %

Interdição da área afetada a fim de impedir o acesso ao local da emergência 147 57

Evacuação da área envolvida e de outras áreas da refinaria 110 43

Total 257 100

Fonte: Elaborada pelo autor

4.6 PROPOSTA DE CENÁRIOS ACIDENTAIS 4.6.1 Considerações Iniciais

Como já citado, a existência de um elevado número de planos de emergência pode

prejudicar a capacidade de uso desses planos e a eficiência dos treinamentos e exercícios

(CCPS, 1995), ao mesmo tempo em que a inexistência de planejamento para determinados

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102

incidentes acarretará falhas importantes no controle de incidentes. A consideração do

planejamento de emergência como um processo cíclico e contínuo é fundamental, pois muitas

unidades podem passar vários anos sem necessitar que toda sua estrutura de resposta seja

utilizada em uma situação real. No entanto, o processo contínuo de melhoria através de

treinamentos e simulados permite avanços no sistema existente, que podem ser o diferencial

entre o sucesso e o fracasso em um caso real.

O estudo efetuado permitiu verificar que o Conselho Nacional do Meio Ambiente

introduziu um avanço significativo com a Resolução CONAMA 293/2001. Esta resolução

introduziu o conteúdo mínimo do Plano de Emergência Individual (PEI) para incidentes de

poluição por óleo, e em suas considerações iniciais consta que uma das razões que

determinaram a emissão desta Resolução foram incidentes recentes ocorridos no Brasil. O

conteúdo mínimo que deve constar no PEI encontra-se no Anexo I da referida Resolução. O

avanço introduzido pela Resolução pode ser estendido para outros incidentes, diferentes do

derrame de óleo, aproveitando a estrutura introduzida por esta legislação sem, no entanto,

ampliar de forma desnecessária a relação de incidentes, ampliação essa que comprometeria

uma gestão adequada do processo de atendimento à emergência das empresas.

4.6.2 A Contribuição da Legislação e Sistemas de Gestão

O estudo realizado demonstrou que a legislação brasileira já determina a existência de

planejamento de emergência nas seguintes situações:

Derrame de óleo apesar da legislação não incluir as refinarias, pode-se

perceber que todas as unidades brasileiras contemplam no seu processo de

planejamento de emergências este cenário acidental. Os requisitos contidos na

Lei 9966 e na Resolução CONAMA 293 não estão plenamente implementados

nos planos atualmente existentes, mas pode-se perceber o avanço das

refinarias nesta direção, mesmo não sendo as mesmas obrigadas pela lei;

Emergência em caldeiras A NR-13 estabelece a exigência deste cenário

como parte integrante do Manual de Operação da Caldeira. Este fato é

contemplado pelas refinarias, sendo que se identificaram 2 planos de

emergência específicos para esse cenário;

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103

Emergência com benzeno Este cenário está incluído nos planos de

emergência para líquidos inflamáveis das refinarias, onde os requisitos

específicos com cuidados relativos ao benzeno estão contidos dentro do

Programa de Prevenção da Exposição Ocupacional do Benzeno (PPEOB) das

refinarias.

Pode-se verificar que os órgãos estaduais licenciadores das refinarias estabelecem

exigências com relação ao planejamento de emergência, com requisitos de estrutura dos

planos. A base dos cenários acidentais é construída a partir da análise de risco das instalações.

Julga-se oportuno ressaltar que a FEPAM, no estado do Rio Grande do Sul, cita que podem

ser utilizados cenários ou grupo de cenários. Pode-se também perceber que a FEEMA, no

estado do Rio de Janeiro, introduz uma diferença importante entre plano de emergência, que

trata de planejamento com envolvimento exclusivo das empresas, e plano de contingência,

quando ocorre o envolvimento de órgãos públicos, aspecto este que não consta na Lei 9966,

mas que entende-se tenha sido bem interpretado pela FEEMA. Pode-se perceber que nenhum

dos órgãos tipificou previamente cenários que obrigatoriamente devem ter planejamento de

emergência.

Os sistemas de gestão estudados, como se entende que deveria ser, não entra em

detalhes quanto a cenários, sendo que a BS 8800 remete a definição dos cenários às

conclusões da análise de risco.

A análise da legislação e dos sistemas de gestão praticamente apontam para cenários

de derrame de óleo, incidentes envolvendo benzeno, e caldeiras. Nenhum deles demanda um

conteúdo mínimo para estes planos, sendo que a estrutura dependerá do órgão licenciador

onde a refinaria está instalada.

4.6.3 Procedimento Geral de Emergência

Pode-se verificar que, considerando o conteúdo mínimo da Resolução CONAMA 293,

diversos itens seriam comuns a todos os PEI’s a serem elaborados sendo, portanto, viável a

elaboração de um Procedimento Geral de Emergência. Este seria um documento contendo as

ações comuns a qualquer situação de emergência no qual as ações genéricas estariam

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104

estabelecidas, evitando redundâncias nos demais planos. Constariam deste documento os

seguintes itens: informações relativas a alarmes; comunicação; responsabilidades de gestão;

evacuação e contagem de pessoal; procedimentos de paradas de emergência; segurança das

equipes de emergência; plano de auxílio mútuo; informações para imprensa; notificações

especiais e de fatalidades; e requisitos de relatórios (CCPS, 1995), bem como os requisitos

aplicáveis a todos os planos contidos no conteúdo mínimo da Resolução CONAMA 293.

Como já foi citado, a eliminação de redundâncias assegura uma melhor consistência ao

planejamento de emergência.

4.6.4 O Estudo dos Acidentes e dos Planos de Emergência

O estudo realizado em acidentes ocorridos em refinarias e nos planos de emergência

existentes, aliado à experiência do pesquisador no planejamento de emergências, leva a

considerar que os seguintes cenários refletem a gama de perigos, estratégias, técnicas e

escalas de operações que serão encontrados na maioria dos incidentes possíveis de ocorrer em

uma refinaria:

Derrame de hidrocarbonetos ou substâncias tóxicas em cursos d’água este

cenário, além da exigência legal, que avançou bastante no Brasil nos últimos anos

após os acidentes na Baía da Guanabara e no Paraná, demanda estratégias, recursos

e treinamentos específicos. A contaminação por substâncias tóxicas pode ser

incluída dentro do processo de planejamento de derrames considerando, no

entanto, os volumes de substâncias existentes nas refinarias e elaborando

procedimentos específicos que contenham aspectos a considerar no caso de um

derrame de produto que seja solúvel em água.

Formação de nuvem tóxica tal como de cloro ou gás sulfídrico O estudo dos

planos das refinarias permitiu verificar a preocupação com liberação de nuvens

tóxicas e inflamáveis sendo que se pôde identificar 14 planos de emergência

específicos para controle de emergência com cloro e H2S. Identificou-se um

número de 84 acidentes envolvendo liberações acidentais contínuas e instantâneas,

entre as 525 ocorrências consideradas quanto às suas conseqüências. Verifica-se a

importância da existência de um plano específico para nuvem tóxica para as

refinarias com forte consideração para os gases cloro e H2S. O cloro é um gás

utilizado nas estações de tratamento de água sendo o de maior toxicidade existente,

Page 105: PLANEJ EMERGENCIA REFINARIAS

105

em grandes quantidades, nas refinarias. O H2S aparece em diversas unidades de

processo das refinarias, estando presente em maiores quantidades nas Unidades de

Recuperação de Enxofre e Unidades de Águas Residuais, e apresenta também uma

elevada toxicidade. A Tabela 20 apresenta um comparativo da toxicidade dos

gases identificados como tóxicos nos planos de emergência das refinarias. A

obrigatoriedade de um planejamento específico seria estabelecida para refinarias

que tivessem quantidades de cloro e gás sulfídrico superiores a 700 kg, sendo

dispensável, obviamente, para as refinarias que não dispusessem de algum desses

gases, por exemplo, de cloro. Existem diferenças importantes no processo de

controle de uma emergência com gás sulfídrico, cloro e amônia, tais como: o cloro

é gás pesado, o H2S quase neutro e a amônia leve; a solubilidade da amônia na

água é grande, o mesmo não ocorrendo com a do cloro que é pequena. Por outro

lado, existem semelhanças, tais como o dimensionamento de recursos e

treinamento das brigadas em proteção respiratória. Este planejamento necessitaria,

portanto, conter os aspectos semelhantes para emergências com nuvens tóxicas e

procedimentos específicos, no caso das diferenças identificadas.

Tabela 20 – Comparativo de níveis de efeito físico de gases tóxicos - (ppm)

Descrição Cloro H2S Amônia IPVS Concentração que representa uma ameaça de morte ou danos irreversíveis à saúde, imediata ou posterior, ou que poderia interferir com a habilidade do indivíduo em poder escapar

10 100 300

LC1-30 Nível de concentração com potencial de causar 1 % de fatalidades em 30 minutos de exposição

136 256 1206

LC10-30 Nível de concentração com potencial de causar 10 % de fatalidades em 30 minutos de exposição

241 327 4315

Limite, em kg, para implementação de Gerenciamento de Riscos (EPA) 1135 4540 4540

Limite, em kg, para implementação de Gerenciamento de Riscos (OSHA) 681 681 4540

Fonte: Guidelines for Chemical Process Quantitative Risk Analysis – CCPS, 1989.

Page 106: PLANEJ EMERGENCIA REFINARIAS

106

Incêndio em tanques Pode-se perceber que todas as refinarias possuem

planejamento de emergência para incêndio em tanques. Dez refinarias apresentam

planos específicos, e as três que não possuem planos específicos têm este cenário

incluído no seu Plano de Contingência. O estudo de acidentes mostra um número

de 200 acidentes de incêndio e 11 acidentes de incêndios em tanques quando

consideramos a conseqüência e de 105 acidentes ocorrendo na tancagem quando

consideramos a área de ocorrência evidenciando de certa forma a importância

deste cenário. Essa importância elevada decorre das exigências de

dimensionamento de recursos de água e de Líquido Gerador de Espuma, uma vez

que os incêndios nestes equipamentos são de grandes proporções e a

disponibilidade dos recursos é fundamental para que as ações de combate e

mitigação tenham sucesso. A API 2021 considera, por exemplo, que incêndios que

ocorram em toda a superfície do líquido são extremamente difíceis de serem

controlados. Um planejamento para este cenário seria necessário

independentemente do tamanho da tancagem da refinaria.

Parque de GLP O armazenamento de grandes quantidades de GLP em esferas e

cilindros, localizados em parques exclusivos para esta finalidade, representa um

dos maiores riscos da atividade de refino. Pode-se constatar, através do estudo

realizado em acidentes no refino, que o evento BLEVE, que usualmente envolve

GLP, teve registrado um caso, mas a proporção de cenários onde as consequências

dos acidentes são explosões, geradas em um grande número de casos por GLP, é

superior a 30% de todos os acidentes. Constatou-se, no estudo dos planos de

emergência, que todas as refinarias estudadas dispõem de planejamento para

emergências em parques de GLP. Pode-se concluir que um planejamento de

emergências específico para o parque de GLP é praticamente obrigatório para uma

refinaria.

Unidades de Processo O Brasil conta atualmente com 17 diferentes unidades de

processo nas diversas refinarias atualmente em operação. Em que pese a aparente

diversidade de situações, costumam apresentar os mesmos riscos básicos, a saber:

uma área conflagrada, com obstruções a acesso, com equipamentos próximos e

com trânsito de pessoas; fogo em situação tridimensional; material inflamável

aquecido, sob pressão e suscetível ao contato com oxigênio; e a possível presença

Page 107: PLANEJ EMERGENCIA REFINARIAS

107

de substâncias tóxicas, em especial o gás sulfídrico. Dessa forma, esse pode ser

considerado um cenário praticamente padrão para unidades de processo, com o

cuidado de considerar as substâncias envolvidas e seu estado físico. Um

planejamento executado considerando como cenário a área de ocorrência em

unidades de processo contemplaria quase 60% de emergências em unidades de

refino, observação essa que pode ser comprovada no estudo realizado sobre

acidentes e pelo fato de sete de todas refinarias disporem de planos de emergência

para unidades de processo. Este planejamento exigiria procedimentos específicos

em decorrência dos diferentes riscos existentes nas unidades identificados, por

exemplo, através da análise de risco existente.

Tubovia As ocorrências emergenciais em tubovias costumam desenvolver

panoramas bidimensionais, que podem vir a envolver substâncias de todas as

unidades de processo. Também neste caso pode ser considerado um cenário típico,

envolvendo a possibilidade de que se lide com todas as substâncias que sejam

transportadas na unidade. Usualmente as tubovias, também denominadas dutovias,

apresentam a característica de conter um número elevado de tubulações com os

mais variados produtos. Estratégias importantes devem ser desenvolvidas no

controle de uma emergência nesta área, e cita-se como exemplo a importância de

manter o fluxo em determinadas linhas de forma a evitar o colapso de uma

tubulação próxima à um incêndio, bem como do envolvimento com unidades

interligadas às linhas em que ocorreu o acidente, podendo serem necessárias

paradas de unidades em emergência, ações de fechamento de válvulas dos tanques

interligados, e outras. O estudo de acidentes apresenta um número de 52 acidentes

em áreas de tranferência, e 7 refinarias possuem planos para emergências em

tubovias.

Sistemas elétricos Este é um cenário que o estudo realizado em acidentes

ocorridos em refinarias não identificou. Porém, no estudo dos planos de

emergência, pôde-se verificar uma forte preocupação das refinarias com cenários

nesses sistemas. Verifica-se que acidentes em subestações, porões de cabos, salas

de baterias, geradores e outros locais similares são importantes para as refinarias.

Acidentes em sistemas elétricos podem desencadear uma série de eventos em toda

a refinaria, e dessa forma estratégias e equipamentos distintos são necessários no

Page 108: PLANEJ EMERGENCIA REFINARIAS

108

controle de uma emergência desta natureza. Este fato deve ter levado as refinarias

a contemplar este cenário com planos específicos de emergência.

Equipamentos de Processo O estudo do planejamento de emergência das

refinarias permitiu identificar que 25% de todos os planos existentes foram

elaborados considerando equipamentos de processo existentes nas unidades.

Tanques e torres representam 46% deste total, e no estudo de acidentes pode-se

verificar que em torno de 20% dos acidentes ocorrem com tancagem. Sem uma

análise profunda pode-se deduzir que estes equipamentos demandam estratégias e

recursos distintos, fato este que pode ter levado as refinarias a estabelecerem

planos específicos para estes equipamentos. As torres, por exemplo, em virtude de

sua altura e dificuldade de acesso, e os tanques, em função da elevada demanda de

água e LGE, foram, em nosso entender, as causas que determinaram esta

preocupação das refinarias. Existem semelhanças entre os equipamentos levando-

se, portanto, a propor um procedimento geral contemplando os diversos

equipamentos. Este cenário, em nosso entender, deveria ser elaborado

considerando um critério de priorização a partir da análise de risco existente pelas

refinarias.

4.6.5 Considerações Finais

Deseja-se salientar que, para os cenários propostos, o planejamento de emergência

seria elaborado com estrutura semelhante ao previsto no CONAMA 293, sendo necessário

desenvolver para cada cenário o conteúdo mínimo, a exemplo do que foi efetuado para

derrame de óleo, exigindo, portanto a alteração da forma como atualmente são elaborados os

planos de emergência. Entende-se que os cenários anteriormente propostos, com base na

pesquisa realizada, englobariam praticamente todos os cenários possíveis de ocorrer em uma

refinaria, facilitando o gerenciamento dos planos atualmente existentes.

Page 109: PLANEJ EMERGENCIA REFINARIAS

5 CONCLUSÕES

A pesquisa realizada permitiu verificar um forte desenvolvimento no Processo de

Gerenciamento de Riscos no Brasil nos últimos anos, fato este ocorrido, em nosso

entendimento, por causa de esforços presentes em diversos segmentos da sociedade, por força

de acidentes de grande repercussão e por avanços na legislação ambiental. O planejamento de

emergência, um dos componentes de um Programa de Gerenciamento de Riscos, porém, teve

um avanço menor, apesar de perceberem-se iniciativas importantes neste sentido, tais como a

aprovação da Resolução CONAMA 293 e a aprovação da Convenção OIT 174.

Percebe-se que os órgãos licenciadores vêm estabelecendo avanços através das

exigências nos processos de licenciamento das empresas, porém entende-se que seria

extremamente importante que esse processo fosse desenvolvido de forma padronizada em

todo território nacional adotando os mesmos critérios. Tal situação ocorre, por exemplo, nos

Estados Unidos, através do requisito da EPA Risk Management Program Rule (RMP), bem

como o padrão definido na Publicação API 760 de 1998. Os critérios para um programa de

gerenciamento de riscos poderiam ser estabelecidos através de uma Resolução CONAMA

abrangendo todo o Território Nacional.

O estudo permitiu verificar que existe um longo caminho a ser trilhado no processo de

planejamento de emergência, mas que as refinarias brasileiras dispõem de uma boa estrutura

de planejamento de emergência sendo possível, no entanto, obter avanços importantes a partir

das recentes legislações, principalmente o CONAMA 293 e o decreto que aprovou a

Convenção da OIT 174, que exigirão dos poderes públicos ações importantes no tocante a

emergências externas às empresas.

Page 110: PLANEJ EMERGENCIA REFINARIAS

110

Certamente é difícil estabelecer um número rígido de planos de emergência a ser

elaborado por uma empresa. No entanto, o bom gerenciamento de um grande número de

planos dentro de um processo cíclico e contínuo se torna extremamente difícil, e este trabalho

pretendeu efetuar uma contribuição no sentido de identificar aspectos importantes que devem

ser considerados neste planejamento. Não existem dúvidas com relação ao cenário de

derramamento de óleo, principalmente após os grandes acidentes ocorridos no Brasil e,

certamente, antecipar-se no estabelecimento de outros cenários é de vital importância.

O estudo permitiu identificar a necessidade de um Plano que inclua aspectos comuns a

todos os cenários acidentais que foi denominado Procedimento Geral de Emergência:

Informações relativas a alarmes;

Comunicação;

Responsabilidades de gestão, evacuação e contagem de pessoal;

Procedimentos de paradas de emergência;

Segurança das equipes de emergência;

Planos de auxílio mútuo;

Informações para a imprensa;

Notificações especiais e de fatalidades;

Requisitos de relatórios obrigatórios;

Demais requisitos aplicáveis a todos os planos conforme o conteúdo mínimo da

Resolução CONAMA 293.

Dessa forma foi elaborada proposta de necessidade de elaboração de Planos de

Emergência Individual para:

Derrame de Produtos Neste Plano de Emergência Individual (PEI) estaria

incluída qualquer situação de derrame passível de ocorrência na refinaria,

necessitando, por exemplo, um procedimento específico contemplando produtos

tóxicos que misturam-se com água.

Page 111: PLANEJ EMERGENCIA REFINARIAS

111

Formação de Nuvem Tóxica Este PEI envolve as situações da refinaria onde

existe a possibilidade de ocorrência de formação de nuvem tóxica, em especial

envolvendo o gás cloro e sulfídrico.

Incêndio em Tanque O PEI para este cenário necessita de procedimentos

envolvendo o parque de tancagem da refinaria. Sugere-se como base para

desenvolvimento deste planejamento o API Recommended Practice 2021 –

Management of Atmospheric Storage Tank Fires, que fornece informações

importantes para planejamento de emergência para este tipo de ocorrência.

Parque de GLP Os grandes impactos possíveis de ocorrerem por causa de um

acidente em parques de GLP apontaram para a necessidade de um PEI específico

que contemple a área de armazenagem de GLP.

Unidades de Processo O PEI para unidades de processo exige levar em

considerações as diferentes características das unidades de processo existentes.

Constatou-se que 60% das emergências ocorridas em refinarias se deram em

unidades de processo e, portanto, se torna importante priorizar o planejamento de

emergência nestas áreas.

Tubovia O PEI para emergências em tubovias foi incluído devido ao número

importante de acidentes identificados no estudo, e percebe-se uma preocupação

das refinarias com emergências nesta região.

Sistemas Elétricos Estabeleceu-se a necessidade de elaboração de um PEI para

emergências em sistemas elétricos, principalmente as ocorridas em subestações e

casas de força. Este cenário somente foi identificado no planejamento de

emergência das refinarias, não ficando evidente no estudo de acidentes realizado.

Equipamentos de Processo O elevado número de planos de emergência das

refinarias elaborados especificamente para equipamentos de processo, tais como

permutadores, vasos, torres e reatores, nos leva a propor um PEI englobando estes

equipamentos. Obviamente esta elaboração dependerá da interface com o PEI para

unidades de processo, com o objetivo de evitar redundâncias desnecessárias.

Page 112: PLANEJ EMERGENCIA REFINARIAS

112

O estudo permitiu identificar a necessidade de planos estruturados para outras

empresas. Um exemplo dessa necessidade é com relação ao gás cloro. Considera-se que

nenhuma empresa poderia operar com quantidades de cloro superiores a 700 kg

(considerando-se os requisitos da EPA e da OSHA) e questiona-se o seguinte: Um grande

acidente envolvendo cloro levaria a emissão de uma Resolução específica para este incidente?

Por que não antecipar esta exigência?

A efetiva gestão de um plano, incluindo a etapa de prevenção, pode ser obtida através

de simulados, permitindo uma redução nos acidentes e, em caso de concretização da

ocorrência de um acidente, uma redução da dimensão dos impactos decorrentes.

Deve estar claro que este estudo não esgota o tema, mas simplesmente discute algumas

das questões importantes do planejamento de emergência e apresenta sugestões que podem

contribuir para o avanço desta área de conhecimento. Outras ações, tais como o

aprofundamento do estudo da relação de ações genéricas identificadas neste estudo e a

proposta de cenários apresentada, podem ser estudadas, incluindo outros aspectos de um

controle de emergência não incluídos neste trabalho, tais como evacuação, comunicação e

relacionamento com a mídia, entre outros.

Pela percepção de diferenças importantes no planejamento de emergência das

refinarias, este estudo também poderá contribuir na busca contínua do aperfeiçoamento deste

processo, pois este nunca se acaba.

Considera-se a necessidade de aprofundamento do assunto principalmente na

definição do conteúdo mínimo a ser considerado nos diversos cenários que aqui se propõe.

Qual seria o conteúdo mínimo para um Plano de Emergência Individual envolvendo nuvem

tóxica, por exemplo, de cloro? Utilizando um paralelo ao que foi elaborado para derrame de

óleo, qual seria o pior caso a considerar em um incêndio em tanque? A elaboração de forma

antecipada destes conteúdos mínimos para cada um dos cenários pode, por exemplo,

identificar instalações com número insuficiente de equipamentos autônomos ou falhas

importantes no processo de abandono ou abrigagem, bem como insuficiência de recursos para

controle de um incidente específico.

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113

A proposta de um Procedimento Geral de Emergência necessita de um

desenvolvimento utilizando a ótica da Resolução CONAMA 293, permitindo ganhos

significativos ao processo de planejamento de emergência. Um estudo com uma proposta de

conteúdo mínimo para os diversos incidentes evitaria que cada estado desenvolvesse

exigências diferentes e unificaria esta questão no Brasil, fato que pode estar aliado ao

Gerenciamento de Risco como um todo.

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APÊNDICE

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APÊNDICE A – Ações de respostas genéricas

LegendaRefinarias que não possuem plano de emergência para este eventoRefinarias que possuem plano para este evento

Ações A B C D E F G H I J K L MAcionamento do PAM, em caso de necessidade ok okAvaliação do impacto ambiental okComunicação ao órgão ambiental ok okComunicação à SEDE da PetrobrásAcionamento de bombeiros, polícias rodoviária e militar, defesa civil, etc,se necessário ok ok

Retorno às atividades normais de operação okDisposição final dos resíduos ok okInvestigação e elaboração de relatório sobre o acidente okVerificação da existência de vítimas ok ok ok ok okResgate das vítimas ok ok ok ok

Equipe médica presta os primeiros socorros às vítimas ok ok ok ok

Detecção da anormalidade/emergência okComunicação do ocorrido ao operador de painel e este à coordenaçãogeral da emergência ok

Operadores equipam-se com EPI´s adequados e iniciam primeiro combateaté a chegada da equipe de emergência ok ok

Acionamento da OCE ok okAcionamento da bomba de emergência ok okAcionamento do plano de contingência da refinaria okAcionamento do alarme de início de emergência ok ok ok okAvaliação da magnitude do evento ok ok ok ok

Verificação da direção do vento para melhorar aproximação ok ok ok

Monitoramento de gases/vapores tóxicos/inflamáveis ok okMonitoramento/eliminação de fontes de ignição ok okOritentação quanto ao uso de EPI´s adequados ao combate do evento ok ok ok okOritentação quanto a rota e o posicionamento a ser seguido por viaturasaté o local da emergência ok

Combate ao evento conforme orientação do comando de combate ok ok ok okAplicação de neblina d'água ou espuma conforme o caso ok ok ok okExecução de manobras operacionais destinadas ao controle daemergência, quando possível ok ok ok ok

Resfriamento dos equipamentos envolvidos e vizinhos ok okRegistro da emergência em relatório de turnoAvaliação final para término da emergência ok okAcionamento do alarme de fim de emergência ok ok

Interdição da área afetada a fim de impedir o acesso ao local daemergência ok ok ok ok

Evacuação da área envolvida e de outras áreas da refinaria ok ok ok ok

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LegendaRefinarias que não possuem plano de emergência para este eventoRefinarias que possuem plano para este evento

Ações A B C D E F G H I J K L MAcionamento do PAM, em caso de necessidadeAvaliação do impacto ambientalComunicação ao órgão ambiental okComunicação à SEDE da PetrobrásAcionamento de bombeiros, polícias rodoviária e militar, defesa civil, etc,se necessário ok

Retorno às atividades normais de operaçãoDisposição final dos resíduos okInvestigação e elaboração de relatório sobre o acidenteVerificação da existência de vítimas ok ok ok okResgate das vítimas ok ok ok ok ok

Equipe médica presta os primeiros socorros às vítimas ok ok ok ok ok

Detecção da anormalidade/emergência ok okComunicação do ocorrido ao operador de painel e este à coordenaçãogeral da emergência ok

Operadores equipam-se com EPI´s adequados e iniciam primeiro combateaté a chegada da equipe de emergênciaAcionamento da bomba de emergência okAcionamento da OCE ok okAcionamento do plano de contingência da refinaria okAcionamento do alarme de início de emergência ok okAvaliação da magnitude do evento ok okVerificação da direção do vento para melhorar aproximação ok ok ok okMonitoramento de gases/vapores tóxicos/inflamáveis ok ok okMonitoramento/eliminação de fontes de ignição ok okOritentação quanto ao uso de EPI´s adequados ao combate do evento ok ok ok okCombate ao evento conforme orientação do comando de combate ok ok okOritentação quanto a rota e o posicionamento a ser seguido por viaturasaté o local da emergência ok ok ok

Aplicação de neblina d'água ou espuma conforme o caso ok okExecução de manobras operacionais destinadaas ao controle daemergência, quando possível ok ok ok ok

Resfriamento dos equipamentos envolvidos e vizinhos ok ok okRegistro da emergência em relatório de turnoAvaliação final para término da emergência okAcionamento do alarme de fim de emergência

Interdição da área afetada a fim de impedir o acesso ao local daemergência ok ok ok

Evacuação da área envolvida e de outras áreas da refinaria ok ok ok

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LegendaRefinarias que não possuem plano de emergência para este eventoRefinarias que possuem plano para este evento

Ações A B C D E F G H I J K L MAcionamento do PAM, em caso de necessidade ok ok okAvaliação do impacto ambiental ok okComunicação ao órgão ambiental ok ok ok okComunicação à SEDE da Petrobrás okAcionamento de bombeiros, polícias rodoviária e militar, defesa civil, etc,se necessário ok ok ok

Retorno às atividades normais de operação okDisposição final dos resíduos ok ok ok okInvestigação e elaboração de relatório sobre o acidente ok ok okVerificação da existência de vítimas ok ok ok ok okResgate das vítimas ok ok ok ok ok ok

Equipe médica presta os primeiros socorros às vítimas ok ok ok ok ok ok ok

Detecção da anormalidade/emergência ok ok ok okComunicação do ocorrido ao operador de painel e este à coordenaçãogeral da emergência ok ok ok ok ok

Operadores equipam-se com EPI´s adequados e iniciam primeiro combateaté a chegada da equipe de emergência ok ok ok

Acionamento da bomba de emergência ok ok ok ok ok okAcionamento da OCE ok ok ok ok okAcionamento do plano de contingência da refinaria ok okAcionamento do alarme de início de emergência ok ok ok ok ok ok okAvaliação da magnitude do evento ok ok ok ok ok ok ok

Verificação da direção do vento para melhorar aproximação ok ok ok ok ok

Monitoramento de gases/vapores tóxicos/inflamáveis ok ok ok ok ok okMonitoramento/eliminação de fontes de ignição ok ok ok ok okOritentação quanto ao uso de EPI´s adequados ao combate do evento ok ok ok ok ok ok ok okOrientação quanto a rota e posicionamento a ser seguido por viaturas até olocal da emergência ok ok ok ok ok

Combate ao evento conforme orientação do comando de combate ok ok ok ok ok ok ok okAplicação de neblina d'água ou espuma conforme orientação do comandode combate ok ok ok ok ok ok ok ok

Execução de manobras operacionais destinadaas ao controle daemergência, quando possível ok ok ok ok ok ok ok ok ok

Resfriamento dos equipamentos envolvidos e vizinhos ok ok ok ok ok ok ok ok okInterrupção da transferência de produtos okRegistro da emergência em relatório de turno ok okAvaliação final para término da emergência ok ok ok okAcionamento do alarme de fim de emergência ok ok ok

Interdição da área afetada a fim de impedir o acesso ao local daemergência ok ok ok ok ok ok ok

Evacuação da área envolvida e de outras áreas da refinaria ok ok ok ok ok

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LegendaRefinarias que não possuem plano de emergência para este eventoRefinarias que possuem plano para este evento

Ações A B C D E F G H I J K L MAcionamento do PAM, em caso de necessidade ok ok okAvaliação do impacto ambiental ok okComunicação ao órgão ambiental ok ok ok ok okComunicação à SEDE da Petrobrás okAcionamento de bombeiros, polícias rodoviária e militar, defesa civil, etc,se necessário ok ok ok

Retorno às atividades normais de operação ok okRemoção e disposição final dos resíduos ok ok ok okInvestigação e elaboração de relatório sobre o acidente ok ok ok okVerificação da existência de vítimas ok ok ok ok ok ok ok ok okResgate das vítimas ok ok ok ok ok ok ok ok

Equipe médica presta os primeiros socorros às vítimas ok ok ok ok ok ok ok ok ok

Detecção da anormalidade/emergência ok ok ok okComunicação do ocorrido ao operador de painel e este à coordenaçãogeral da emergência ok ok ok ok ok

Operadores equipam-se com EPI´s adequados e iniciam primeiro combateaté a chegada da equipe de emergência ok ok ok ok

Acionamento da bomba de emergência ok ok ok okAcionamento da OCE ok ok ok ok ok ok ok okAcionamento do plano de contingência da refinaria okAcionamento do alarme de início de emergência ok ok ok ok ok ok okAvaliação da magnitude do evento ok ok ok ok ok ok ok ok ok okVerificação da direção do vento para melhorar aproximação ok ok ok okMonitoramento de gases/vapores tóxicos/inflamáveis ok ok ok okMonitoramento/eliminação de fontes de ignição ok ok okOritentação quanto ao uso de EPI´s adequados ao combate do evento ok ok ok ok ok ok ok ok ok okOrientação quanto a rota e posicionamento a ser seguido por viaturas até olocal da emergência ok ok

Combate ao evento conforme orientação do comando de combate ok ok ok ok ok ok ok ok ok okExecução de manobras operacionais destinadas ao controle daemergência, quando possível ok ok ok ok ok ok ok ok ok ok ok

Registro da emergência em relatório de turno ok ok okAvaliação final para término da emergência ok ok ok ok okAcionamento do alarme de fim de emergência ok ok ok

Interdição da área afetada a fim de impedir o acesso ao local daemergência ok ok ok ok ok ok

Evacuação da área envolvida e de outras áreas da refinaria ok ok ok ok ok ok

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LegendaRefinarias que não possuem plano de emergência para este eventoRefinarias que possuem plano para este evento

Ações A B C D E F G H I J K L MAcionamento do PAM, em caso de necessidade okAvaliação do impacto ambiental okComunicação ao órgão ambiental ok okComunicação à SEDE da PetrobrásAcionamento de bombeiros, polícias rodoviária e militar, defesa civil, etc,se necessário ok

Retorno às atividades normais de operaçãoRemoção e disposição final dos resíduos ok okInvestigação e elaboração de relatório sobre o acidente okVerificação da existência de vítimas ok ok ok okResgate das vítimas ok ok ok ok

Equipe médica presta os primeiros socorros às vítimas ok ok ok

Detecção da anormalidade/emergência okComunicação do ocorrido ao operador de painel e este à coordenaçãogeral da emergência ok

Operadores equipam-se com EPI´s adequados e iniciam primeiro combateaté a chegada da equipe de emergência ok

Acionamento da bomba de emergência ok okAcionamento da OCE ok okAcionamento do plano de contingência da refinaria okAcionamento do alarme de início de emergência ok ok okAvaliação da magnitude do evento ok ok okVerificação da direção do vento para melhorar aproximação ok ok okMonitoramento de gases/vapores tóxicos/inflamáveis ok ok okMonitoramento/eliminação de fontes de ignição ok okOritentação quanto ao uso de EPI´s adequados ao combate do evento ok ok ok okOrientação quanto a rota e posicionamento a ser seguido por viaturas até olocal da emergência ok ok

Combate ao evento conforme orientação do comando de combate ok ok okExecução de manobras operacionais destinadas ao controle daemergência, quando possível ok ok ok

Resfriamento dos equipamentos envolvidos e vizinhos ok ok okRegistro da emergência em relatório de turno okAvaliação final para término da emergência ok okAcionamento do alarme de fim de emergência ok

Interdição da área afetada a fim de impedir o acesso ao local daemergência ok ok ok

Evacuação da área envolvida e de outras áreas da refinaria ok ok ok

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LegendaRefinarias que não possuem plano de emergência para este eventoRefinarias que possuem plano para este evento

Ações A B C D E F G H I J K L MAcionamento do PAM, em caso de necessidadeAvaliação do impacto ambientalComunicação ao órgão ambiental okComunicação à SEDE da PetrobrásAcionamento de bombeiros, polícias rodoviária e militar, defesa civil, etc,se necessário ok ok

Retorno às atividades normais de operaçãoRemoção e disposição final dos resíduos ok okInvestigação e elaboração de relatório sobre o acidenteVerificação da existência de vítimas ok ok okResgate das vítimas ok ok ok

Equipe médica presta os primeiros socorros às vítimas ok ok ok ok

Detecção da anormalidade/emergênciaComunicação do ocorrido ao operador de painel e este à coordenaçãogeral da emergênciaOperadores equipam-se com EPI´s adequados e iniciam primeiro combateaté a chegada da equipe de emergênciaAcionamento da bomba de emergência okAcionamento da OCE ok okAcionamento do plano de contingência da refinaria okAcionamento do alarme de início de emergência ok okAvaliação da magnitude do evento ok ok okVerificação da direção do vento para melhorar aproximação ok okMonitoramento de gases/vapores tóxicos/inflamáveis ok okMonitoramento/eliminação de fontes de ignição okOritentação quanto ao uso de EPI´s adequados ao combate do evento ok ok ok okOrientação quanto a rota e posicionamento a ser seguido por viaturas até olocal da emergência ok

Combate ao evento conforme orientação do comando de combate ok okExecução de manobras operacionais destinadas ao controle daemergência, quando possível ok ok ok

Resfriamento dos equipamentos envolvidos e vizinhos okAplicação de neblina d'água ok okRegistro da emergência em relatório de turnoAvaliação final para término da emergência okAcionamento do alarme de fim de emergência

Interdição da área afetada a fim de impedir o acesso ao local daemergência ok ok

Evacuação da área envolvida e de outras áreas da refinaria ok

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Refinarias

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LegendaRefinarias que não possuem plano de emergência para este eventoRefinarias que possuem plano para este evento

Ações A B C D E F G H I J K L MAcionamento do PAM, em caso de necessidade ok okAvaliação do impacto ambiental okComunicação ao órgão ambiental ok ok okComunicação à SEDE da PetrobrásAcionamento de bombeiros, polícias rodoviária e militar, defesa civil, etc,se necessário ok

Retorno às atividades normais de operaçãoRemoção e disposição final dos resíduos ok ok ok okInvestigação e elaboração de relatório sobre o acidente ok ok okVerificação da existência de vítimas ok ok ok ok

Resgate das vítimas ok ok ok ok

Equipe médica presta os primeiros socorros às vítimas ok ok ok ok okDetecção da anormalidade/emergência ok ok okComunicação do ocorrido ao operador de painel e este à coordenaçãogeral da emergência ok ok ok

Operadores equipam-se com EPI´s adequados e iniciam primeiro combateaté a chegada da equipe de emergência ok

Acionamento da bomba de emergência ok ok ok okAcionamento da OCE ok ok okAcionamento do plano de contingência da refinaria okAcionamento do alarme de início de emergência ok ok ok ok okAvaliação da magnitude do evento ok ok ok ok okVerificação da direção do vento para melhorar aproximação ok ok okMonitoramento de gases/vapores tóxicos/inflamáveis ok ok ok ok okMonitoramento/eliminação de fontes de ignição ok okOritentação quanto ao uso de EPI´s adequados ao combate do evento ok ok ok okOrientação quanto a rota e posicionamento a ser seguido por viaturas até olocal da emergência ok ok

Combate ao evento conforme orientação do comando de combate ok ok ok ok ok okExecução de manobras operacionais destinadas ao controle daemergência, quando possível ok ok ok ok ok

Resfriamento dos equipamentos envolvidos e vizinhos ok ok okAplicação de neblina d'água ou espuma conforme o caso ok okRegistro da emergência em relatório de turno okAvaliação final para término da emergência okAcionamento do alarme de fim de emergência ok ok

Interdição da área afetada a fim de impedir o acesso ao local daemergência ok ok ok ok ok

Evacuação da área envolvida e de outras áreas da refinaria ok ok ok ok

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LegendaRefinarias que não possuem plano de emergência para este eventoRefinarias que possuem plano para este evento

Ações A B C D E F G H I J K L MAcionamento do PAM, em caso de necessidade okAvaliação do impacto ambientalComunicação ao órgão ambiental ok okComunicação à SEDE da PetrobrásAcionamento de bombeiros, polícias rodoviária e militar, defesa civil, etc,se necessário ok ok

Retorno às atividades normais de operação okRemoção e disposição final dos resíduos ok ok okInvestigação e elaboração de relatório sobre o acidente ok okVerificação da existência de vítimas ok ok ok

Resgate das vítimas ok ok ok

Equipe médica presta os primeiros socorros às vítimas ok ok ok ok ok

Detecção da anormalidade/emergência ok okComunicação do ocorrido ao operador de painel e este à coordenaçãogeral da emergência ok ok ok

Operadores equipam-se com EPI´s adequados e iniciam primeiro combateaté a chegada da equipe de emergência ok ok

Acionamento da bomba de emergência ok ok okAcionamento da OCE ok ok ok ok okAcionamento do plano de contingência da refinariaAcionamento do alarme de início de emergência ok ok ok okAvaliação da magnitude do evento ok ok ok ok okVerificação da direção do vento para melhorar aproximação ok okMonitoramento de gases/vapores tóxicos/inflamáveis ok ok ok ok okMonitoramento/eliminação de fontes de ignição ok ok okOritentação quanto ao uso de EPI´s adequados ao combate do evento ok ok ok ok okOrientação quanto a rota e posicionamento a ser seguido por viaturas até olocal da emergência ok

Combate ao evento conforme orientação do comando de combate ok ok ok ok okExecução de manobras operacionais destinadas ao controle daemergência, quando possível ok ok ok

Resfriamento dos equipamentos envolvidos e vizinhos ok okAplicação de neblina d'água ou espuma conforme o caso ok ok okRegistro da emergência em relatório de turno okAvaliação final para término da emergênciaAcionamento do alarme de fim de emergência ok ok

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EMERGÊNCIA NO LABORATÓRIO

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LegendaRefinarias que não possuem plano de emergência para este eventoRefinarias que possuem plano para este evento

Ações A B C D E F G H I J K L MAcionamento do PAM, em caso de necessidade okAvaliação do impacto ambientalComunicação ao órgão ambiental okComunicação à SEDE da PetrobrásAcionamento de bombeiros, polícias rodoviária e militar, defesa civil, etc,se necessário ok ok

Retorno às atividades normais de operação okRemoção e disposição final dos resíduos okInvestigação e elaboração de relatório sobre o acidenteVerificação da existência de vítimas ok ok ok okResgate das vítimas ok ok ok ok

Equipe médica presta os primeiros socorros às vítimas ok ok ok ok

Detecção da anormalidade/emergência okComunicação do ocorrido ao operador de painel e este à coordenaçãogeral da emergência ok

Operadores equipam-se com EPI´s adequados e iniciam primeiro combateaté a chegada da equipe de emergênciaAcionamento da bomba de emergência okAcionamento da OCE ok ok ok okAcionamento do plano de contingência da refinariaAcionamento do alarme de início de emergência ok ok ok okAvaliação da magnitude do evento ok ok ok okVerificação da direção do vento para melhorar aproximação ok okMonitoramento de gases/vapores tóxicos/inflamáveis ok okMonitoramento/eliminação de fontes de ignição ok okOritentação quanto ao uso de EPI´s adequados ao combate do evento ok ok ok okOrientação quanto a rota e posicionamento a ser seguido por viaturas até olocal da emergência ok

Combate ao evento conforme orientação do comando de combate ok ok ok ok okExecução de manobras operacionais destinadas ao controle daemergência, quando possível ok ok ok

Resfriamento dos equipamentos envolvidos e vizinhos ok ok okAplicação de neblina d'água ou espuma conforme o caso ok okRegistro da emergência em relatório de turnoAvaliação final para término da emergênciaAcionamento do alarme de fim de emergência ok

Interdição da área afetada a fim de impedir o acesso ao local daemergência ok ok ok

Evacuação da área envolvida e de outras áreas da refinaria ok ok ok ok

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EMERGÊNCIA NO PRÉDIO ADM

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LegendaRefinarias que não possuem plano de emergência para este eventoRefinarias que possuem plano para este evento

Ações A B C D E F G H I J K L MAcionamento do PAM, em caso de necessidade ok okAvaliação do impacto ambiental okComunicação ao órgão ambiental ok ok ok okComunicação à SEDE da PetrobrásAcionamento de bombeiros, polícias rodoviária e militar, defesa civil, etc,se necessário ok ok ok

Retorno às atividades normais de operaçãoRemoção e disposição final dos resíduos ok okInvestigação e elaboração de relatório sobre o acidente ok ok

Verificação da existência de vítimas ok ok ok

Resgate das vítimas ok ok ok

Equipe médica presta os primeiros socorros às vítimas ok ok ok

Detecção da anormalidade/emergência ok ok ok okComunicação do ocorrido ao operador de painel e este à coordenaçãogeral da emergência ok ok ok ok ok

Operadores equipam-se com EPI´s adequados e iniciam primeiro combateaté a chegada da equipe de emergência ok ok ok

Acionamento da bomba de emergência ok ok ok okAcionamento da OCE ok ok ok ok ok okAcionamento do plano de contingência da refinaria okAcionamento do alarme de início de emergência ok ok ok ok okAvaliação da magnitude do evento ok ok ok ok ok okVerificação da direção do vento para melhorar aproximação ok ok okMonitoramento de gases/vapores tóxicos/inflamáveis ok ok ok okMonitoramento/eliminação de fontes de ignição ok okOritentação quanto ao uso de EPI´s adequados ao combate do evento ok ok ok okOrientação quanto a rota e posicionamento a ser seguido por viaturas até olocal da emergência ok ok ok

Combate ao evento conforme orientação do comando de combate ok ok ok ok okExecução de manobras operacionais destinadas ao controle daemergência, quando possível ok ok ok ok ok

Resfriamento dos equipamentos envolvidos e vizinhos ok ok ok okInterrupção da transferência de produtos ok ok okAplicação de neblina d'água ou espuma conforme o caso okRegistro da emergência em relatório de turnoAvaliação final para término da emergência okAcionamento do alarme de fim de emergência ok ok ok

Interdição da área afetada a fim de impedir o acesso ao local daemergência ok ok ok ok ok ok

Evacuação da área envolvida e de outras áreas da refinaria ok ok

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EMERGÊNCIA NA ETDI

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LegendaRefinarias que não possuem plano de emergência para este eventoRefinarias que possuem plano para este evento

Ações A B C D E F G H I J K L MAcionamento do PAM, em caso de necessidade okAvaliação do impacto ambiental okComunicação ao órgão ambiental ok okComunicação à SEDE da PetrobrásAcionamento de bombeiros, polícias rodoviária e militar, defesa civil, etc,se necessário ok

Retorno às atividades normais de operaçãoRemoção e disposição final dos resíduos ok ok ok okInvestigação e elaboração de relatório sobre o acidente ok

Verificação da existência de vítimas ok ok ok ok ok

Resgate das vítimas ok ok ok ok okEquipe médica presta os primeiros socorros às vítimas ok ok ok okDetecção da anormalidade/emergência okComunicação do ocorrido ao operador de painel e este à coordenaçãogeral da emergência ok

Operadores equipam-se com EPI´s adequados e iniciam primeiro combateaté a chegada da equipe de emergência ok

Acionamento da bomba de emergência ok okAcionamento da OCE ok ok okAcionamento do plano de contingência da refinaria okAcionamento do alarme de início de emergência ok ok okAvaliação da magnitude do evento ok ok okVerificação da direção do vento para melhorar aproximação ok ok ok okMonitoramento de gases/vapores tóxicos/inflamáveis ok ok okMonitoramento/eliminação de fontes de ignição ok ok okOritentação quanto ao uso de EPI´s adequados ao combate do evento ok ok ok ok okOrientação quanto a rota e posicionamento a ser seguido por viaturas até olocal da emergência ok ok

Combate ao evento conforme orientação do comando de combate ok ok ok ok okExecução de manobras operacionais destinadas ao controle daemergência, quando possível ok ok ok ok

Resfriamento dos equipamentos envolvidos e vizinhos ok ok ok okInterrupção da transferência de produtos okAplicação de neblina d'água ou espuma conforme o caso ok okRegistro da emergência em relatório de turnoAvaliação final para término da emergência ok okAcionamento do alarme de fim de emergência ok

Interdição da área afetada a fim de impedir o acesso ao local daemergência ok ok ok ok

Evacuação da área envolvida e de outras áreas da refinaria ok ok ok ok

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EMERGÊNCIA EM FORNOS

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LegendaRefinarias que não possuem plano de emergência para este eventoRefinarias que possuem plano para este evento

Ações A B C D E F G H I J K L MAcionamento do PAM, em caso de necessidade ok ok ok okAvaliação do impacto ambiental ok ok okComunicação ao órgão ambiental ok ok ok okComunicação à SEDE da Petrobrás okAcionamento de bombeiros, polícias rodoviária e militar, defesa civil, etc,se necessário ok ok ok

Retorno às atividades normais de operação okRemoção e disposição final dos resíduos ok okInvestigação e elaboração de relatório sobre o acidente ok okVerificação da existência de vítimas ok ok ok ok okResgate das vítimas ok ok ok ok ok

Equipe médica presta os primeiros socorros às vítimas ok ok ok ok ok

Detecção da anormalidade/emergência okComunicação do ocorrido ao operador de painel e este à coordenaçãogeral da emergência ok ok ok

Operadores equipam-se com EPI´s adequados e iniciam primeiro combateaté a chegada da equipe de emergência ok ok

Acionamento da bomba de emergência ok ok ok okAcionamento da OCE ok ok ok ok okAcionamento do plano de contingência da refinariaAcionamento do alarme de início de emergência ok ok ok ok okAvaliação da magnitude do evento ok ok ok ok okVerificação da direção do vento para melhorar aproximação ok ok ok okMonitoramento de gases/vapores tóxicos/inflamáveis ok ok ok okMonitoramento/eliminação de fontes de ignição ok ok ok ok okOritentação quanto ao uso de EPI´s adequados ao combate do evento ok ok ok ok ok okOrientação quanto a rota e posicionamento a ser seguido por viaturas até olocal da emergência ok ok ok

Combate ao evento conforme orientação do comando de combate ok ok ok ok ok okExecução de manobras operacionais destinadas ao controle daemergência, quando possível ok ok ok ok ok

Resfriamento dos equipamentos envolvidos e vizinhos ok ok okInterrupção da transferência de produtos okAplicação de neblina d'água ou espuma conforme o caso okRegistro da emergência em relatório de turnoAvaliação final para término da emergência ok okAcionamento do alarme de fim de emergência ok ok

Interdição da área afetada a fim de impedir o acesso ao local daemergência ok ok ok ok ok

Evacuação da área envolvida e de outras áreas da refinaria ok ok ok ok

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EMERGÊNCIA ENVOLVENDO GÁS NATURAL

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LegendaRefinarias que não possuem plano de emergência para este eventoRefinarias que possuem plano para este evento

Ações A B C D E F G H I J K L MAcionamento do PAM, em caso de necessidade ok ok ok okAvaliação do impacto ambiental ok okComunicação ao órgão ambiental ok ok ok ok ok ok okComunicação à SEDE da Petrobrás ok okAcionamento de bombeiros, polícias rodoviária e militar, defesa civil, etc,se necessário ok ok ok ok ok ok ok ok ok

Retorno às atividades normais de operação okRemoção e disposição final dos resíduos ok ok okInvestigação e elaboração de relatório sobre o acidente ok ok ok ok okVerificação da existência de vítimas ok ok ok ok ok ok ok

Resgate das vítimas ok ok ok ok ok ok

Equipe médica presta os primeiros socorros às vítimas ok ok ok ok ok ok ok okDetecção da anormalidade/emergência ok ok ok okComunicação do ocorrido ao operador de painel e este à coordenaçãogeral da emergência ok ok ok ok ok ok ok

Operadores equipam-se com EPI´s adequados e iniciam primeiro combateaté a chegada da equipe de emergência ok ok ok ok ok ok

Acionamento da bomba de emergência ok ok ok ok ok ok ok okAcionamento da OCE ok ok ok ok ok ok ok okAcionamento do plano de contingência da refinaria ok okAcionamento do alarme de início de emergência ok ok ok ok ok ok ok ok okAvaliação da magnitude do evento ok ok ok ok ok ok ok okVerificação da direção do vento para melhorar aproximação ok ok ok ok okMonitoramento de gases/vapores tóxicos/inflamáveis ok ok ok ok ok ok okMonitoramento/eliminação de fontes de ignição ok ok ok ok okOritentação quanto ao uso de EPI´s adequados ao combate do evento ok ok ok ok ok ok ok ok okOrientação quanto a rota e posicionamento a ser seguido por viaturas até olocal da emergência ok ok ok ok ok

Combate ao evento conforme orientação do comando de combate ok ok ok ok ok ok ok ok ok ok ok okExecução de manobras operacionais destinadas ao controle daemergência, quando possível ok ok ok ok ok ok ok ok ok ok

Resfriamento dos equipamentos envolvidos e vizinhos ok ok ok ok ok ok ok ok okInterrupção da transferência de produtos ok ok ok okAplicação de neblina d'água ou espuma conforme o caso ok ok ok ok ok okRegistro da emergência em relatório de turno okAvaliação final para término da emergência ok ok ok okAcionamento do alarme de fim de emergência ok ok ok ok ok ok

Interdição da área afetada a fim de impedir o acesso ao local daemergência ok ok ok ok ok ok ok ok ok ok

Evacuação da área envolvida e de outras áreas da refinaria ok ok ok ok ok ok ok ok

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VAZAMENTO DE GLP NO PARQUE DE ARMAZENAMENTO

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LegendaRefinarias que não possuem plano de emergência para este eventoRefinarias que possuem plano para este evento

Ações A B C D E F G H I J K L MAcionamento do PAM, em caso de necessidade ok okAvaliação do impacto ambiental okComunicação ao órgão ambiental ok ok okComunicação à SEDE da PetrobrásAcionamento de bombeiros, polícias rodoviária e militar, defesa civil, etc,se necessário ok

Retorno às atividades normais de operaçãoRemoção e disposição final dos resíduos ok ok ok ok okInvestigação e elaboração de relatório sobre o acidente ok ok ok

Verificação da existência de vítimas ok ok ok ok ok

Resgate das vítimas ok ok ok ok okEquipe médica presta os primeiros socorros às vítimas ok ok ok ok ok okDetecção da anormalidade/emergência ok ok okComunicação do ocorrido ao operador de painel e este à coordenaçãogeral da emergência ok ok ok

Operadores equipam-se com EPI´s adequados e iniciam primeiro combateaté a chegada da equipe de emergência ok ok

Acionamento da bomba de emergência ok ok ok okAcionamento da OCE ok ok ok ok okAcionamento do plano de contingência da refinaria okAcionamento do alarme de início de emergência ok ok ok ok okAvaliação da magnitude do evento ok ok ok ok okVerificação da direção do vento para melhorar aproximação ok ok ok okMonitoramento de gases/vapores tóxicos/inflamáveis ok ok ok ok ok okMonitoramento/eliminação de fontes de ignição ok ok okOritentação quanto ao uso de EPI´s adequados ao combate do evento ok ok ok ok ok ok okOrientação quanto a rota e posicionamento a ser seguido por viaturas até olocal da emergência ok ok

Combate ao evento conforme orientação do comando de combate ok ok ok ok ok okExecução de manobras operacionais destinadas ao controle daemergência, quando possível ok ok ok ok ok ok

Resfriamento dos equipamentos envolvidos e vizinhos ok ok ok okInterrupção da transferência de produtos okAplicação de neblina d'água ou espuma conforme o caso ok okRegistro da emergência em relatório de turno okAvaliação final para término da emergência ok okAcionamento do alarme de fim de emergência ok ok

Interdição da área afetada a fim de impedir o acesso ao local daemergência ok ok ok ok ok ok

Evacuação da área envolvida e de outras áreas da refinaria ok ok ok ok ok

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EMERGÊNCIA NOS PERMUTADORES

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Page 137: PLANEJ EMERGENCIA REFINARIAS

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LegendaRefinarias que não possuem plano de emergência para este eventoRefinarias que possuem plano para este evento

Ações A B C D E F G H I J K L MAcionamento do PAM, em caso de necessidade okAvaliação do impacto ambientalComunicação ao órgão ambiental ok okComunicação à SEDE da PetrobrásAcionamento de bombeiros, polícias rodoviária e militar, defesa civil, etc,se necessário ok

Retorno às atividades normais de operaçãoRemoção e disposição final dos resíduos ok ok okInvestigação e elaboração de relatório sobre o acidente ok okVerificação da existência de vítimas ok ok

Resgate das vítimas ok okEquipe médica presta os primeiros socorros às vítimas ok ok ok okDetecção da anormalidade/emergência ok okComunicação do ocorrido ao operador de painel e este à coordenaçãogeral da emergência ok ok

Operadores equipam-se com EPI´s adequados e iniciam primeiro combateaté a chegada da equipe de emergência ok ok

Acionamento da bomba de emergência ok ok okAcionamento da OCE ok ok okAcionamento do plano de contingência da refinariaAcionamento do alarme de início de emergência ok ok ok okAvaliação da magnitude do evento ok ok ok okVerificação da direção do vento para melhorar aproximação okMonitoramento de gases/vapores tóxicos/inflamáveis ok ok okMonitoramento/eliminação de fontes de ignição okOritentação quanto ao uso de EPI´s adequados ao combate do evento ok ok ok okOrientação quanto a rota e posicionamento a ser seguido por viaturas até olocal da emergência ok

Combate ao evento conforme orientação do comando de combate ok ok okExecução de manobras operacionais destinadas ao controle daemergência, quando possível ok ok ok

Resfriamento dos equipamentos envolvidos e vizinhos ok okInterrupção da transferência de produtos okAplicação de neblina d'água ou espuma conforme o casoRegistro da emergência em relatório de turno okAvaliação final para término da emergênciaAcionamento do alarme de fim de emergência ok ok

Interdição da área afetada a fim de impedir o acesso ao local daemergência ok ok ok

Evacuação da área envolvida e de outras áreas da refinaria ok ok

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EMERGÊNCIA NOS REATORES

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LegendaRefinarias que não possuem plano de emergência para este eventoRefinarias que possuem plano para este evento

Ações A B C D E F G H I J K L MAcionamento do PAM, em caso de necessidade ok ok okAvaliação do impacto ambiental okComunicação ao órgão ambiental ok ok ok ok okComunicação à SEDE da PetrobrásAcionamento de bombeiros, polícias rodoviária e militar, defesa civil, etc,se necessário ok ok ok ok ok

Retorno às atividades normais de operaçãoRemoção e disposição final dos resíduos ok ok ok ok okInvestigação e elaboração de relatório sobre o acidente ok okVerificação da existência de vítimas ok ok ok ok ok

Resgate das vítimas ok ok ok ok ok

Equipe médica presta os primeiros socorros às vítimas ok ok ok ok okDetecção da anormalidade/emergência okComunicação do ocorrido ao operador de painel e este à coordenaçãogeral da emergência ok ok ok

Operadores equipam-se com EPI´s adequados e iniciam primeiro combateaté a chegada da equipe de emergência ok

Acionamento da bomba de emergência ok ok okAcionamento da OCE ok ok ok ok ok okAcionamento do plano de contingência da refinariaAcionamento do alarme de início de emergência ok ok ok ok okAvaliação da magnitude do evento ok ok ok ok ok ok okVerificação da direção do vento para melhorar aproximação ok ok ok okMonitoramento de gases/vapores tóxicos/inflamáveis ok ok okCaso produto vazado possua concentração de benzeno maior que 1% emvolume, deve-se monitorar o benzeno ok ok

Monitoramento/eliminação de fontes de ignição ok ok ok okOritentação quanto ao uso de EPI´s adequados ao combate do evento ok ok ok ok ok okOrientação quanto a rota e posicionamento a ser seguido por viaturas até olocal da emergência ok ok ok ok ok

Combate ao evento conforme orientação do comando de combate ok ok ok ok ok okExecução de manobras operacionais destinadas ao controle daemergência, quando possível ok ok ok ok

Resfriamento dos equipamentos envolvidos e vizinhos ok ok okInterrupção da transferência de produtosAplicação de neblina d'água ou espuma conforme o casoRegistro da emergência em relatório de turno okControle dos envolvidos, em caso de vazamento envolvendo benzeno okAvaliação final para término da emergência ok ok okAcionamento do alarme de fim de emergência ok

Interdição da área afetada a fim de impedir o acesso ao local daemergência ok ok ok ok ok

Evacuação da área envolvida e de outras áreas da refinaria ok ok ok ok ok

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VAZAMENTO DE PRODUTOS QUÍMICOS

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LegendaRefinarias que não possuem plano de emergência para este eventoRefinarias que possuem plano para este evento

Ações A B C D E F G H I J K L MAcionamento do PAM, em caso de necessidade ok ok ok ok ok ok okAvaliação do impacto ambiental ok okComunicação ao órgão ambiental ok ok ok ok ok ok okComunicação à SEDE da Petrobrás okAcionamento de bombeiros, polícias rodoviária e militar, defesa civil, etc,se necessário ok ok ok ok ok ok

Retorno às atividades normais de operação okRemoção e disposição final dos resíduos ok ok ok ok ok okInvestigação e elaboração de relatório sobre o acidente ok ok ok ok

Verificação da existência de vítimas ok ok ok ok ok ok ok

Resgate das vítimas ok ok ok ok ok ok okEquipe médica presta os primeiros socorros às vítimas ok ok ok ok ok ok ok ok okDetecção da anormalidade/emergência ok ok ok okComunicação do ocorrido ao operador de painel e este à coordenaçãogeral da emergência ok ok ok ok ok ok

Operadores equipam-se com EPI´s adequados e iniciam primeiro combateaté a chegada da equipe de emergência ok ok ok

Acionamento da bomba de emergência ok ok ok ok ok ok okAcionamento da OCE ok ok ok ok ok ok ok ok ok okAcionamento do plano de contingência da refinaria okAcionamento do alarme de início de emergência ok ok ok ok ok ok ok ok okAvaliação da magnitude do evento ok ok ok ok ok ok ok ok okVerificação da direção do vento para melhorar aproximação ok ok ok ok ok ok okMonitoramento de gases/vapores tóxicos/inflamáveis ok ok ok ok ok okMonitoramento/eliminação de fontes de ignição ok ok ok ok okOritentação quanto ao uso de EPI´s adequados ao combate do evento ok ok ok ok ok ok ok ok ok ok okOrientação quanto a rota e posicionamento a ser seguido por viaturas até olocal da emergência ok ok ok ok ok ok

Combate ao evento conforme orientação do comando de combate ok ok ok ok ok ok ok ok ok ok ok okExecução de manobras operacionais destinadas ao controle daemergência, quando possível ok ok ok ok ok ok ok ok ok ok ok ok

Resfriamento dos equipamentos envolvidos e vizinhos ok ok ok ok ok ok ok ok ok ok okInterrupção da transferência de produtos ok ok okAplicação de neblina d'água ou espuma conforme o caso ok ok ok ok ok okRegistro da emergência em relatório de turno ok okAvaliação final para término da emergência ok ok ok okAcionamento do alarme de fim de emergência ok ok ok ok ok

Interdição da área afetada a fim de impedir o acesso ao local daemergência ok ok ok ok ok ok ok ok ok ok

Evacuação da área envolvida e de outras áreas da refinaria ok ok ok ok ok ok ok ok

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EMERGÊNCIA EM TANQUES

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LegendaRefinarias que não possuem plano de emergência para este eventoRefinarias que possuem plano para este evento

Ações A B C D E F G H I J K L MAcionamento do PAM, em caso de necessidade ok ok okAvaliação do impacto ambiental okComunicação ao órgão ambiental ok ok ok okComunicação à SEDE da PetrobrásAcionamento de bombeiros, polícias rodoviária e militar, defesa civil, etc,se necessário ok ok

Retorno às atividades normais de operaçãoRemoção e disposição final dos resíduos ok ok ok ok okInvestigação e elaboração de relatório sobre o acidente ok ok ok

Verificação da existência de vítimas ok ok ok ok ok

Resgate das vítimas ok ok ok ok okEquipe médica presta os primeiros socorros às vítimas ok ok ok ok ok ok okDetecção da anormalidade/emergência ok ok ok okComunicação do ocorrido ao operador de painel e este à coordenaçãogeral da emergência ok ok ok ok ok

Operadores equipam-se com EPI´s adequados e iniciam primeiro combateaté a chegada da equipe de emergência ok

Acionamento da bomba de emergência ok ok ok ok okAcionamento da OCE ok ok ok ok ok ok okAcionamento do plano de contingência da refinariaAcionamento do alarme de início de emergência ok ok ok ok ok okAvaliação da magnitude do evento ok ok ok ok ok okVerificação da direção do vento para melhorar aproximação ok ok ok ok okMonitoramento de gases/vapores tóxicos/inflamáveis ok ok ok ok okMonitoramento/eliminação de fontes de ignição ok ok okOritentação quanto ao uso de EPI´s adequados ao combate do evento ok ok ok ok ok ok ok okOrientação quanto a rota e posicionamento a ser seguido por viaturas até olocal da emergência ok ok ok ok

Combate ao evento conforme orientação do comando de combate ok ok ok ok ok ok ok okExecução de manobras operacionais destinadas ao controle daemergência, quando possível ok ok ok ok ok ok ok ok

Resfriamento dos equipamentos envolvidos e vizinhos ok ok ok ok okInterrupção da transferência de produtos okAplicação de neblina d'água ou espuma conforme o caso ok okRegistro da emergência em relatório de turno okAvaliação final para término da emergência ok ok okAcionamento do alarme de fim de emergência ok ok ok

Interdição da área afetada a fim de impedir o acesso ao local daemergência ok ok ok ok ok

Evacuação da área envolvida e de outras áreas da refinaria ok ok ok ok ok ok

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EMERGÊNCIA EM TORRES

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LegendaRefinarias que não possuem plano de emergência para este eventoRefinarias que possuem plano para este evento

Ações A B C D E F G H I J K L MAcionamento do PAM, em caso de necessidade ok okAvaliação do impacto ambiental okComunicação ao órgão ambiental ok okComunicação à SEDE da PetrobrásAcionamento de bombeiros, polícias rodoviária e militar, defesa civil, etc,se necessário ok ok ok

Retorno às atividades normais de operaçãoRemoção e disposição final dos resíduos ok okInvestigação e elaboração de relatório sobre o acidente okVerificação da existência de vítimas ok ok ok ok

Resgate das vítimas ok ok ok ok

Equipe médica presta os primeiros socorros às vítimas ok ok ok okDetecção da anormalidade/emergência okComunicação do ocorrido ao operador de painel e este à coordenaçãogeral da emergência ok

Operadores equipam-se com EPI´s adequados e iniciam primeiro combateaté a chegada da equipe de emergência ok

Acionamento da bomba de emergência ok okAcionamento da OCE ok ok okAcionamento do plano de contingência da refinariaAcionamento do alarme de início de emergência ok ok ok okAvaliação da magnitude do evento ok ok ok okVerificação da direção do vento para melhorar aproximação ok okMonitoramento de gases/vapores tóxicos/inflamáveis ok okMonitoramento/eliminação de fontes de ignição ok okOritentação quanto ao uso de EPI´s adequados ao combate do evento ok ok ok okOrientação quanto a rota e posicionamento a ser seguido por viaturas até olocal da emergência ok ok ok

Combate ao evento conforme orientação do comando de combate ok ok ok okExecução de manobras operacionais destinadas ao controle daemergência, quando possível ok ok ok

Resfriamento dos equipamentos envolvidos e vizinhos ok okInterrupção da transferência de produtos okAplicação de neblina d'água ou espuma conforme o casoRegistro da emergência em relatório de turnoAvaliação final para término da emergência ok okAcionamento do alarme de fim de emergência ok

Interdição da área afetada a fim de impedir o acesso ao local daemergência ok ok ok

Evacuação da área envolvida e de outras áreas da refinaria ok ok ok

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EMERGÊNCIA EM TRANSPORTE FERROVIÁRIO

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LegendaRefinarias que não possuem plano de emergência para este eventoRefinarias que possuem plano para este evento

Ações A B C D E F G H I J K L MAcionamento do PAM, em caso de necessidade ok okAvaliação do impacto ambiental okComunicação ao órgão ambiental ok ok okComunicação à SEDE da PetrobrásAcionamento de bombeiros, polícias rodoviária e militar, defesa civil, etc,se necessário ok ok ok ok

Retorno às atividades normais de operaçãoRemoção e disposição final dos resíduos ok okInvestigação e elaboração de relatório sobre o acidenteVerificação da existência de vítimas ok ok ok

Resgate das vítimas ok ok ok

Equipe médica presta os primeiros socorros às vítimas ok ok okDetecção da anormalidade/emergência ok okComunicação do ocorrido ao operador de painel e este à coordenaçãogeral da emergência ok ok ok ok

Operadores equipam-se com EPI´s adequados e iniciam primeiro combateaté a chegada da equipe de emergênciaAcionamento da bomba de emergência ok okAcionamento da OCE ok ok ok ok okAcionamento do plano de contingência da refinariaAcionamento do alarme de início de emergência ok ok ok okAvaliação da magnitude do evento ok ok ok ok ok okVerificação da direção do vento para melhorar aproximação okMonitoramento de gases/vapores tóxicos/inflamáveis okMonitoramento/eliminação de fontes de ignição ok okOritentação quanto ao uso de EPI´s adequados ao combate do evento ok ok ok ok okOrientação quanto a rota e posicionamento a ser seguido por viaturas até olocal da emergência ok ok ok

Combate ao evento conforme orientação do comando de combate ok ok ok ok ok okExecução de manobras operacionais destinadas ao controle daemergência, quando possível ok ok ok ok

Resfriamento dos equipamentos envolvidos e vizinhos ok ok okInterrupção da transferência de produtos ok okAplicação de neblina d'água ou espuma conforme o casoRegistro da emergência em relatório de turnoAvaliação final para término da emergência okAcionamento do alarme de fim de emergência ok

Interdição da área afetada a fim de impedir o acesso ao local daemergência ok ok ok ok

Evacuação da área envolvida e de outras áreas da refinaria ok ok ok ok

Com

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EMERGÊNCIA EM TRANSPORTE RODOVIÁRIO

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Page 143: PLANEJ EMERGENCIA REFINARIAS

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LegendaRefinarias que não possuem plano de emergência para este eventoRefinarias que possuem plano para este evento

Ações A B C D E F G H I J K L MAcionamento do PAM, em caso de necessidade ok ok ok ok ok okAvaliação do impacto ambiental ok ok okComunicação ao órgão ambiental ok ok ok ok okComunicação à SEDE da Petrobrás ok okAcionamento de bombeiros, polícias rodoviária e militar, defesa civil, etc,se necessário ok ok ok ok ok ok ok

Retorno às atividades normais de operação okRemoção e disposição final dos resíduos ok ok ok ok ok okInvestigação e elaboração de relatório sobre o acidente ok ok ok

Verificação da existência de vítimas ok ok ok ok ok ok ok

Resgate das vítimas ok ok ok ok ok okEquipe médica presta os primeiros socorros às vítimas ok ok ok ok ok ok ok okDetecção da anormalidade/emergência ok ok ok okComunicação do ocorrido ao operador de painel e este à coordenaçãogeral da emergência ok ok ok ok ok

Operadores equipam-se com EPI´s adequados e iniciam primeiro combateaté a chegada da equipe de emergência ok ok

Acionamento da bomba de emergência ok ok ok okAcionamento da OCE ok ok ok ok ok ok ok okAcionamento do plano de contingência da refinariaAcionamento do alarme de início de emergência ok ok ok ok ok ok ok okAvaliação da magnitude do evento ok ok ok ok ok ok ok ok ok okVerificação da direção do vento para melhorar aproximação ok ok ok okMonitoramento de gases/vapores tóxicos/inflamáveis ok ok ok okMonitoramento/eliminação de fontes de ignição ok ok ok ok ok okOritentação quanto ao uso de EPI´s adequados ao combate do evento ok ok ok ok ok ok ok okOrientação quanto a rota e posicionamento a ser seguido por viaturas até olocal da emergência ok ok ok ok ok ok ok

Combate ao evento conforme orientação do comando de combate ok ok ok ok ok ok ok ok ok okExecução de manobras operacionais destinadas ao controle daemergência, quando possível ok ok ok ok ok ok ok ok ok ok

Resfriamento dos equipamentos envolvidos e vizinhos ok ok ok ok ok ok okInterrupção da transferência de produtos ok ok okAplicação de neblina d'água ou espuma conforme o caso ok ok ok okRegistro da emergência em relatório de turnoAvaliação final para término da emergência ok ok okAcionamento do alarme de fim de emergência ok ok ok ok

Interdição da área afetada a fim de impedir o acesso ao local daemergência ok ok ok ok ok ok ok

Evacuação da área envolvida e de outras áreas da refinaria ok ok ok ok ok ok ok

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EMERGÊNCIA EM TUBOVIA

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Refinarias

Page 144: PLANEJ EMERGENCIA REFINARIAS

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LegendaRefinarias que não possuem plano de emergência para este eventoRefinarias que possuem plano para este evento

Ações A B C D E F G H I J K L MAcionamento do PAM, em caso de necessidade ok okAvaliação do impacto ambiental okComunicação ao órgão ambiental ok ok okComunicação à SEDE da PetrobrásAcionamento de bombeiros, polícias rodoviária e militar, defesa civil, etc,se necessário ok

Retorno às atividades normais de operaçãoRemoção e disposição final dos resíduos ok ok ok okInvestigação e elaboração de relatório sobre o acidente ok ok ok

Verificação da existência de vítimas ok ok ok

Resgate das vítimas ok ok okEquipe médica presta os primeiros socorros às vítimas ok ok ok ok okDetecção da anormalidade/emergência ok ok okComunicação do ocorrido ao operador de painel e este à coordenaçãogeral da emergência ok ok ok

Operadores equipam-se com EPI´s adequados e iniciam primeiro combateaté a chegada da equipe de emergência ok

Acionamento da bomba de emergência ok ok ok okAcionamento da OCE ok ok ok okAcionamento do plano de contingência da refinariaAcionamento do alarme de início de emergência ok ok ok ok okAvaliação da magnitude do evento ok ok ok ok okVerificação da direção do vento para melhorar aproximação ok okMonitoramento de gases/vapores tóxicos/inflamáveis ok ok ok ok okMonitoramento/eliminação de fontes de ignição ok ok okOritentação quanto ao uso de EPI´s adequados ao combate do evento ok ok ok ok okOrientação quanto a rota e posicionamento a ser seguido por viaturas até olocal da emergência ok ok

Combate ao evento conforme orientação do comando de combate ok ok ok ok okExecução de manobras operacionais destinadas ao controle daemergência, quando possível ok ok ok ok ok

Resfriamento dos equipamentos envolvidos e vizinhos ok ok ok okInterrupção da transferência de produtos okAplicação de neblina d'água ou espuma conforme o casoRegistro da emergência em relatório de turno okAvaliação final para término da emergência okAcionamento do alarme de fim de emergência ok ok ok

Interdição da área afetada a fim de impedir o acesso ao local daemergência ok ok ok ok ok

Evacuação da área envolvida e de outras áreas da refinaria ok ok ok ok

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EMERGÊNCIA EM VASOS

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Refinarias

Page 145: PLANEJ EMERGENCIA REFINARIAS

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LegendaRefinarias que não possuem plano de emergência para este eventoRefinarias que possuem plano para este evento

Ações A B C D E F G H I J K L MAcionamento do PAM, em caso de necessidade ok okAvaliação do impacto ambientalComunicação ao órgão ambiental ok ok okComunicação à SEDE da PetrobrásAcionamento de bombeiros, polícias rodoviária e militar, defesa civil, etc,se necessário ok ok ok

Retorno às atividades normais de operaçãoRemoção e disposição final dos resíduos okInvestigação e elaboração de relatório sobre o acidente

Verificação da existência de vítimas ok ok ok ok

Resgate das vítimas ok ok okEquipe médica presta os primeiros socorros às vítimas ok okDetecção da anormalidade/emergênciaComunicação do ocorrido ao operador de painel e este à coordenaçãogeral da emergência ok

Operadores equipam-se com EPI´s adequados e iniciam primeiro combateaté a chegada da equipe de emergênciaAcionamento da bomba de emergência ok okAcionamento da OCE ok okAcionamento do plano de contingência da refinaria okAcionamento do alarme de início de emergência ok ok okAvaliação da magnitude do evento ok ok okVerificação da direção do vento para melhorar aproximação ok ok okMonitoramento de gases/vapores tóxicos/inflamáveis ok ok okMonitoramento/eliminação de fontes de ignição ok ok okOritentação quanto ao uso de EPI´s adequados ao combate do evento ok ok ok okOrientação quanto a rota e posicionamento a ser seguido por viaturas até olocal da emergência ok ok ok

Combate ao evento conforme orientação do comando de combate ok ok ok ok okExecução de manobras operacionais destinadas ao controle daemergência, quando possível ok ok ok ok

Resfriamento dos equipamentos envolvidos e vizinhos ok okInterrupção da transferência de produtos okAplicação de neblina d'água ou espuma conforme o caso ok ok okRegistro da emergência em relatório de turnoAvaliação final para término da emergência ok okAcionamento do alarme de fim de emergência

Interdição da área afetada a fim de impedir o acesso ao local daemergência ok ok ok

Evacuação da área envolvida e de outras áreas da refinaria ok ok ok

Com

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VAZAMENTO DE ALCOOIS

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Page 146: PLANEJ EMERGENCIA REFINARIAS

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LegendaRefinarias que não possuem plano de emergência para este eventoRefinarias que possuem plano para este evento

Ações A B C D E F G H I J K L MAcionamento do PAM, em caso de necessidade ok ok okAvaliação do impacto ambiental ok okComunicação ao órgão ambiental ok ok ok ok ok okComunicação à SEDE da Petrobrás ok okAcionamento de bombeiros, polícias rodoviária e militar, defesa civil, etc,se necessário ok ok ok ok

Retorno às atividades normais de operação okRemoção e disposição final dos resíduos ok okInvestigação e elaboração de relatório sobre o acidente ok ok ok okVerificação da existência de vítimas ok ok ok ok ok

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Equipe médica presta os primeiros socorros às vítimas ok ok ok ok ok ok okDetecção da anormalidade/emergência ok ok okComunicação do ocorrido ao operador de painel e este à coordenaçãogeral da emergência ok ok ok ok

Operadores equipam-se com EPI´s adequados e iniciam primeiro combateaté a chegada da equipe de emergência ok ok

Acionamento da bomba de emergência ok ok ok okAcionamento da OCE ok ok ok ok ok okAcionamento do plano de contingência da refinaria okAcionamento do alarme de início de emergência ok ok ok ok ok okAvaliação da magnitude do evento ok ok ok ok ok okVerificação da direção do vento para melhorar aproximação ok ok ok ok ok okMonitoramento de gases/vapores tóxicos/inflamáveis ok ok ok ok okMonitoramento/eliminação de fontes de ignição okOritentação quanto ao uso de EPI´s adequados ao combate do evento ok ok ok ok ok ok ok ok okOrientação quanto a rota e posicionamento a ser seguido por viaturas até olocal da emergência ok ok ok ok ok

Combate ao evento conforme orientação do comando de combate ok ok ok ok ok ok ok ok okExecução de manobras operacionais destinadas ao controle daemergência, quando possível ok ok ok ok ok ok ok ok

Resfriamento dos equipamentos envolvidos e vizinhos okInterrupção da transferência de produtos okAplicação de neblina d'água ou espuma conforme o caso ok ok ok okRegistro da emergência em relatório de turno okAvaliação final para término da emergência ok ok okAcionamento do alarme de fim de emergência ok ok ok

Interdição da área afetada a fim de impedir o acesso ao local daemergência ok ok ok ok ok

Evacuação da área envolvida e de outras áreas da refinaria ok ok ok ok ok ok

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VAZAMENTO DE CLORO

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Refinarias

Page 147: PLANEJ EMERGENCIA REFINARIAS

147

LegendaRefinarias que não possuem plano de emergência para este eventoRefinarias que possuem plano para este evento

Ações A B C D E F G H I J K L MAcionamento do PAM, em caso de necessidade okAvaliação do impacto ambientalComunicação ao órgão ambiental okComunicação à SEDE da PetrobrásAcionamento de bombeiros, polícias rodoviária e militar, defesa civil, etc,se necessário ok ok

Retorno às atividades normais de operaçãoRemoção e disposição final dos resíduos ok okInvestigação e elaboração de relatório sobre o acidenteVerificação da existência de vítimas ok ok ok ok

Resgate das vítimas ok ok ok ok

Equipe médica presta os primeiros socorros às vítimas ok ok okDetecção da anormalidade/emergênciaComunicação do ocorrido ao operador de painel e este à coordenaçãogeral da emergênciaOperadores equipam-se com EPI´s adequados e iniciam primeiro combateaté a chegada da equipe de emergênciaAcionamento da bomba de emergência okAcionamento da OCE ok okAcionamento do plano de contingência da refinaria okAcionamento do alarme de início de emergência ok ok okAvaliação da magnitude do evento ok ok okVerificação da direção do vento para melhorar aproximação ok okMonitoramento de gases/vapores tóxicos/inflamáveis okMonitoramento/eliminação de fontes de ignição okOritentação quanto ao uso de EPI´s adequados ao combate do evento ok ok ok okOrientação quanto a rota e posicionamento a ser seguido por viaturas até olocal da emergência ok ok

Combate ao evento conforme orientação do comando de combate ok ok ok okExecução de manobras operacionais destinadas ao controle daemergência, quando possível ok ok ok

Resfriamento dos equipamentos envolvidos e vizinhos ok okInterrupção da transferência de produtos okAplicação de neblina d'água ou espuma conforme o casoRegistro da emergência em relatório de turnoAvaliação final para término da emergência okAcionamento do alarme de fim de emergência

Interdição da área afetada a fim de impedir o acesso ao local daemergência ok ok ok

Evacuação da área envolvida e de outras áreas da refinaria ok ok

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VAZAMENTO DE DEA SEGUIDO DE INCÊNDIO

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Page 148: PLANEJ EMERGENCIA REFINARIAS

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LegendaRefinarias que não possuem plano de emergência para este eventoRefinarias que possuem plano para este evento

Ações A B C D E F G H I J K L MAcionamento do PAM, em caso de necessidadeAvaliação do impacto ambientalComunicação ao órgão ambiental okComunicação à SEDE da PetrobrásAcionamento de bombeiros, polícias rodoviária e militar, defesa civil, etc,se necessário ok

Retorno às atividades normais de operaçãoRemoção e disposição final dos resíduos okInvestigação e elaboração de relatório sobre o acidenteVerificação da existência de vítimas ok ok ok

Resgate das vítimas ok ok

Equipe médica presta os primeiros socorros às vítimas ok okDetecção da anormalidade/emergênciaComunicação do ocorrido ao operador de painel e este à coordenaçãogeral da emergênciaOperadores equipam-se com EPI´s adequados e iniciam primeiro combateaté a chegada da equipe de emergênciaAcionamento da bomba de emergência okAcionamento da OCE okAcionamento do plano de contingência da refinaria okAcionamento do alarme de início de emergência ok okAvaliação da magnitude do evento ok okVerificação da direção do vento para melhorar aproximação ok okMonitoramento de gases/vapores tóxicos/inflamáveis ok okMonitoramento/eliminação de fontes de ignição okOritentação quanto ao uso de EPI´s adequados ao combate do evento ok ok okOrientação quanto a rota e posicionamento a ser seguido por viaturas até olocal da emergência ok

Combate ao evento conforme orientação do comando de combate ok ok okExecução de manobras operacionais destinadas ao controle daemergência, quando possível ok ok

Resfriamento dos equipamentos envolvidos e vizinhos okInterrupção da transferência de produtos okAplicação de neblina d'água ou espuma conforme o casoRegistro da emergência em relatório de turnoAvaliação final para término da emergência okAcionamento do alarme de fim de emergência

Interdição da área afetada a fim de impedir o acesso ao local daemergência ok ok

Evacuação da área envolvida e de outras áreas da refinaria ok ok

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VAZAMENTO DE ENXOFRE SEGUIDO DE INCÊNDIO

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Page 149: PLANEJ EMERGENCIA REFINARIAS

149

LegendaRefinarias que não possuem plano de emergência para este eventoRefinarias que possuem plano para este evento

Ações A B C D E F G H I J K L MAcionamento do PAM, em caso de necessidadeAvaliação do impacto ambientalComunicação ao órgão ambiental okComunicação à SEDE da PetrobrásAcionamento de bombeiros, polícias rodoviária e militar, defesa civil, etc,se necessário ok

Retorno às atividades normais de operaçãoRemoção e disposição final dos resíduos okInvestigação e elaboração de relatório sobre o acidente

Verificação da existência de vítimas ok ok ok

Resgate das vítimas ok ok okEquipe médica presta os primeiros socorros às vítimas ok okDetecção da anormalidade/emergênciaComunicação do ocorrido ao operador de painel e este à coordenaçãogeral da emergênciaOperadores equipam-se com EPI´s adequados e iniciam primeiro combateaté a chegada da equipe de emergênciaAcionamento da bomba de emergência okAcionamento da OCE okAcionamento do plano de contingência da refinaria okAcionamento do alarme de início de emergência ok okAvaliação da magnitude do evento ok okVerificação da direção do vento para melhorar aproximação ok okMonitoramento de gases/vapores tóxicos/inflamáveis ok okMonitoramento/eliminação de fontes de ignição okOritentação quanto ao uso de EPI´s adequados ao combate do evento ok ok okOrientação quanto a rota e posicionamento a ser seguido por viaturas até olocal da emergência ok

Combate ao evento conforme orientação do comando de combate ok ok okExecução de manobras operacionais destinadas ao controle daemergência, quando possível ok ok

Resfriamento dos equipamentos envolvidos e vizinhos ok okInterrupção da transferência de produtos okAplicação de neblina d'água ou espuma conforme o casoRegistro da emergência em relatório de turnoAvaliação final para término da emergência okAcionamento do alarme de fim de emergência

Interdição da área afetada a fim de impedir o acesso ao local daemergência ok ok

Evacuação da área envolvida e de outras áreas da refinaria ok ok

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VAZAMENTO DE ETANO

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Page 150: PLANEJ EMERGENCIA REFINARIAS

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LegendaRefinarias que não possuem plano de emergência para este eventoRefinarias que possuem plano para este evento

Ações A B C D E F G H I J K L MAcionamento do PAM, em caso de necessidade okAvaliação do impacto ambientalComunicação ao órgão ambiental ok okComunicação à SEDE da PetrobrásAcionamento de bombeiros, polícias rodoviária e militar, defesa civil, etc,se necessário ok ok

Retorno às atividades normais de operaçãoRemoção e disposição final dos resíduos ok ok okInvestigação e elaboração de relatório sobre o acidente

Verificação da existência de vítimas ok ok ok ok

Resgate das vítimas ok ok ok okEquipe médica presta os primeiros socorros às vítimas ok ok okDetecção da anormalidade/emergênciaComunicação do ocorrido ao operador de painel e este à coordenaçãogeral da emergência ok

Operadores equipam-se com EPI´s adequados e iniciam primeiro combateaté a chegada da equipe de emergênciaAcionamento da bomba de emergência ok okAcionamento da OCE ok okAcionamento do plano de contingência da refinaria okAcionamento do alarme de início de emergência ok ok okAvaliação da magnitude do evento ok ok okVerificação da direção do vento para melhorar aproximação ok okMonitoramento de gases/vapores tóxicos/inflamáveis okMonitoramento/eliminação de fontes de ignição ok ok okOritentação quanto ao uso de EPI´s adequados ao combate do evento ok ok ok okOrientação quanto a rota e posicionamento a ser seguido por viaturas até olocal da emergência ok ok

Combate ao evento conforme orientação do comando de combate ok ok ok okExecução de manobras operacionais destinadas ao controle daemergência, quando possível ok ok ok

Resfriamento dos equipamentos envolvidos e vizinhos ok okInterrupção da transferência de produtos okAplicação de neblina d'água ou espuma conforme o caso ok okRegistro da emergência em relatório de turnoAvaliação final para término da emergência okAcionamento do alarme de fim de emergência

Interdição da área afetada a fim de impedir o acesso ao local daemergência ok ok ok

Evacuação da área envolvida e de outras áreas da refinaria ok ok ok

Com

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VAZAMENTO DE GÁS COMBUSTÍVEL

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Page 151: PLANEJ EMERGENCIA REFINARIAS

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LegendaRefinarias que não possuem plano de emergência para este eventoRefinarias que possuem plano para este evento

Ações A B C D E F G H I J K L MAcionamento do PAM, em caso de necessidade ok ok ok okAvaliação do impacto ambiental ok okComunicação ao órgão ambiental ok ok ok ok okComunicação à SEDE da Petrobrás okAcionamento de bombeiros, polícias rodoviária e militar, defesa civil, etc,se necessário ok ok ok ok ok ok

Retorno às atividades normais de operaçãoRemoção e disposição final dos resíduos ok ok okInvestigação e elaboração de relatório sobre o acidente ok ok

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Resgate das vítimas ok ok ok ok ok ok okEquipe médica presta os primeiros socorros às vítimas ok ok ok ok ok okDetecção da anormalidade/emergência ok okComunicação do ocorrido ao operador de painel e este à coordenaçãogeral da emergência ok ok ok

Operadores equipam-se com EPI´s adequados e iniciam primeiro combateaté a chegada da equipe de emergência ok

Acionamento da bomba de emergência ok ok okAcionamento da OCE ok ok ok ok okAcionamento do plano de contingência da refinaria okAcionamento do alarme de início de emergência ok ok ok ok ok ok okAvaliação da magnitude do evento ok ok ok ok ok ok okVerificação da direção do vento para melhorar aproximação ok ok ok ok okMonitoramento de gases/vapores tóxicos/inflamáveis ok ok ok ok ok okMonitoramento/eliminação de fontes de ignição ok okOritentação quanto ao uso de EPI´s adequados ao combate do evento ok ok ok ok ok ok ok ok ok okOrientação quanto a rota e posicionamento a ser seguido por viaturas até olocal da emergência ok ok ok ok

Combate ao evento conforme orientação do comando de combate ok ok ok ok ok ok ok ok ok okExecução de manobras operacionais destinadas ao controle daemergência, quando possível ok ok ok ok ok ok ok ok ok

Resfriamento dos equipamentos envolvidos e vizinhos ok ok okInterrupção da transferência de produtos ok okAplicação de neblina d'água ou espuma conforme o caso ok ok ok ok okRegistro da emergência em relatório de turnoAvaliação final para término da emergência ok ok ok okAcionamento do alarme de fim de emergência ok ok ok

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VAZAMENTO DE H2S

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Page 152: PLANEJ EMERGENCIA REFINARIAS

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LegendaRefinarias que não possuem plano de emergência para este eventoRefinarias que possuem plano para este evento

Ações A B C D E F G H I J K L MAcionamento do PAM, em caso de necessidade okAvaliação do impacto ambientalComunicação ao órgão ambiental ok okComunicação à SEDE da PetrobrásAcionamento de bombeiros, polícias rodoviária e militar, defesa civil, etc,se necessário ok ok

Retorno às atividades normais de operaçãoRemoção e disposição final dos resíduos ok okInvestigação e elaboração de relatório sobre o acidente

Verificação da existência de vítimas ok ok ok ok

Resgate das vítimas ok ok okEquipe médica presta os primeiros socorros às vítimas ok okDetecção da anormalidade/emergênciaComunicação do ocorrido ao operador de painel e este à coordenaçãogeral da emergência ok

Operadores equipam-se com EPI´s adequados e iniciam primeiro combateaté a chegada da equipe de emergênciaAcionamento da bomba de emergência ok okAcionamento da OCE ok okAcionamento do plano de contingência da refinaria okAcionamento do alarme de início de emergência ok ok okAvaliação da magnitude do evento ok ok okVerificação da direção do vento para melhorar aproximação ok ok okMonitoramento de gases/vapores tóxicos/inflamáveis ok okMonitoramento/eliminação de fontes de ignição ok okOritentação quanto ao uso de EPI´s adequados ao combate do evento ok ok ok okOrientação quanto a rota e posicionamento a ser seguido por viaturas até olocal da emergência ok ok

Combate ao evento conforme orientação do comando de combate ok ok ok okExecução de manobras operacionais destinadas ao controle daemergência, quando possível ok ok ok

Resfriamento dos equipamentos envolvidos e vizinhos okInterrupção da transferência de produtos okAplicação de neblina d'água ou espuma conforme o caso ok okRegistro da emergência em relatório de turnoAvaliação final para término da emergência ok okAcionamento do alarme de fim de emergência

Interdição da área afetada a fim de impedir o acesso ao local daemergência ok ok ok

Evacuação da área envolvida e de outras áreas da refinaria ok ok ok

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VAZAMENTO DE NAFTA

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Refinarias

Page 153: PLANEJ EMERGENCIA REFINARIAS

153

LegendaRefinarias que não possuem plano de emergência para este eventoRefinarias que possuem plano para este evento

Ações A B C D E F G H I J K L MAcionamento do PAM, em caso de necessidade ok ok ok okAvaliação do impacto ambiental okComunicação ao órgão ambiental ok ok okComunicação à SEDE da Petrobrás okAcionamento de bombeiros, polícias rodoviária e militar, defesa civil, etc,se necessário ok ok ok ok

Retorno às atividades normais de operaçãoRemoção e disposição final dos resíduos ok ok ok ok okInvestigação e elaboração de relatório sobre o acidente ok ok

Verificação da existência de vítimas ok ok ok ok ok ok

Resgate das vítimas ok ok ok ok ok okEquipe médica presta os primeiros socorros às vítimas ok ok ok ok ok okDetecção da anormalidade/emergência ok okComunicação do ocorrido ao operador de painel e este à coordenaçãogeral da emergência ok ok ok ok

Operadores equipam-se com EPI´s adequados e iniciam primeiro combateaté a chegada da equipe de emergênciaAcionamento da bomba de emergência ok okAcionamento da OCE ok ok ok ok okAcionamento do plano de contingência da refinaria okAcionamento do alarme de início de emergência ok ok ok ok ok okAvaliação da magnitude do evento ok ok ok ok ok okVerificação da direção do vento para melhorar aproximação ok ok okMonitoramento de gases/vapores tóxicos/inflamáveis ok ok okMonitoramento/eliminação de fontes de ignição ok okOritentação quanto ao uso de EPI´s adequados ao combate do evento ok ok ok ok ok okOrientação quanto a rota e posicionamento a ser seguido por viaturas até olocal da emergência ok ok ok

Combate ao evento conforme orientação do comando de combate ok ok ok ok ok ok okExecução de manobras operacionais destinadas ao controle daemergência, quando possível ok ok ok ok ok ok

Resfriamento dos equipamentos envolvidos e vizinhos ok okInterrupção da transferência de produtos ok okAplicação de neblina d'água ou espuma conforme o caso okRegistro da emergência em relatório de turno okAvaliação final para término da emergência ok ok okAcionamento do alarme de fim de emergência ok ok

Interdição da área afetada a fim de impedir o acesso ao local daemergência ok ok ok ok ok

Evacuação da área envolvida e de outras áreas da refinaria ok ok ok ok ok

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VAZAMENTO DE PETRÓLEO OU DERIVADOS

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de

Víti

mas

Refinarias

Page 154: PLANEJ EMERGENCIA REFINARIAS

154

LegendaRefinarias que não possuem plano de emergência para este eventoRefinarias que possuem plano para este evento

Ações A B C D E F G H I J K L MAcionamento do PAM, em caso de necessidadeAvaliação do impacto ambientalComunicação ao órgão ambiental okComunicação à SEDE da PetrobrásAcionamento de bombeiros, polícias rodoviária e militar, defesa civil, etc,se necessário ok

Retorno às atividades normais de operaçãoRemoção e disposição final dos resíduos okInvestigação e elaboração de relatório sobre o acidente

Verificação da existência de vítimas ok ok ok

Resgate das vítimas ok okEquipe médica presta os primeiros socorros às vítimas ok okDetecção da anormalidade/emergênciaComunicação do ocorrido ao operador de painel e este à coordenaçãogeral da emergênciaOperadores equipam-se com EPI´s adequados e iniciam primeiro combateaté a chegada da equipe de emergênciaAcionamento da bomba de emergência okAcionamento da OCE okAcionamento do plano de contingência da refinaria okAcionamento do alarme de início de emergência ok okAvaliação da magnitude do evento ok okVerificação da direção do vento para melhorar aproximação ok okMonitoramento de gases/vapores tóxicos/inflamáveis ok okMonitoramento/eliminação de fontes de ignição okOritentação quanto ao uso de EPI´s adequados ao combate do evento ok ok okOrientação quanto a rota e posicionamento a ser seguido por viaturas até olocal da emergência ok

Combate ao evento conforme orientação do comando de combate ok ok okExecução de manobras operacionais destinadas ao controle daemergência, quando possível ok ok

Resfriamento dos equipamentos envolvidos e vizinhos okInterrupção da transferência de produtos okAplicação de neblina d'água ou espuma conforme o casoRegistro da emergência em relatório de turnoAvaliação final para término da emergência okAcionamento do alarme de fim de emergência

Interdição da área afetada a fim de impedir o acesso ao local daemergência ok ok

Evacuação da área envolvida e de outras áreas da refinaria ok ok

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Refinarias

Page 155: PLANEJ EMERGENCIA REFINARIAS

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LegendaRefinarias que não possuem plano de emergência para este eventoRefinarias que possuem plano para este evento

Ações A B C D E F G H I J K L MAcionamento do PAM, em caso de necessidade okAvaliação do impacto ambientalComunicação ao órgão ambiental okComunicação à SEDE da PetrobrásAcionamento de bombeiros, polícias rodoviária e militar, defesa civil, etc,se necessário ok ok

Retorno às atividades normais de operaçãoRemoção e disposição final dos resíduos ok okInvestigação e elaboração de relatório sobre o acidenteVerificação da existência de vítimas ok ok ok ok

Resgate das vítimas ok ok ok ok

Equipe médica presta os primeiros socorros às vítimas ok ok okDetecção da anormalidade/emergênciaComunicação do ocorrido ao operador de painel e este à coordenaçãogeral da emergênciaOperadores equipam-se com EPI´s adequados e iniciam primeiro combateaté a chegada da equipe de emergênciaAcionamento da bomba de emergência okAcionamento da OCE ok okAcionamento do plano de contingência da refinaria okAcionamento do alarme de início de emergência ok ok okAvaliação da magnitude do evento ok ok okVerificação da direção do vento para melhorar aproximação ok okMonitoramento de gases/vapores tóxicos/inflamáveis okMonitoramento/eliminação de fontes de ignição okOritentação quanto ao uso de EPI´s adequados ao combate do evento ok ok okOrientação quanto a rota e posicionamento a ser seguido por viaturas até olocal da emergência ok ok

Combate ao evento conforme orientação do comando de combate ok ok ok okExecução de manobras operacionais destinadas ao controle daemergência, quando possível ok ok ok

Resfriamento dos equipamentos envolvidos e vizinhos ok ok okInterrupção da transferência de produtos okAplicação de neblina d'água ou espuma conforme o casoRegistro da emergência em relatório de turnoAvaliação final para término da emergência ok okAcionamento do alarme de fim de emergência

Interdição da área afetada a fim de impedir o acesso ao local daemergência ok ok ok

Evacuação da área envolvida e de outras áreas da refinaria ok ok ok

Com

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Evac

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VAZAMENTO DE SODA CAUSTICA

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Refinarias

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ANEXOS

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ANEXO A - Consulta Técnica – Manifestação 5943/2003:

Prezado Senhor:

Em resposta à sua consulta de 16/05/2003, informamos que os processos abaixo relacionados são encontrados em refinarias brasileiras, sendo que apenas os assinalados (*) existem em todas elas:

- Destilação atmosférica e a vácuo (*);

- Craqueamento Catalítico Fluido – FCC (*);

- Coqueamento Retardado;

- Desasfaltação a propano;

- Desparafinação com solvente;

- Desaromatização com solvente;

- Desoleificação de parafinas;

- Hidrotratamento (HDT) de várias correntes, tais como nafta, querosene, diesel, lubrificantes, n-parafinas e parafinas;

- Reformação catalítica;

- Alcoilação;

- Unidade de Produção de propeno;

- Unidade de Processamento de Gás Natural – UPGN;

- Adoçamento de produtos, tais como GLP, gasolina e querosene;

- Tratamento com DEA de várias correntes, tais como gás combustível e GLP;

- Unidade de Tratamento de Águas Ácidas;

- Unidade de Recuperação de enxofre;

- Visco-redução.

Atenciosamente.

Joberto Ferreira Dias Junior

ANP/SRP

Page 158: PLANEJ EMERGENCIA REFINARIAS

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ANEXO B - E-mail recebido da FEAM

De um modo geral a metodologia utilizada para avaliação dos EAR - Estudos de Análise de

Riscos que são apresentados para a FEAM é a mesma elaborada pela CETESB sendo que no

PGR - Programa de Gerenciamento de Riscos introduzimos o parâmetro PCR - Programa de

Comunicação de Riscos que para atingira sua finalidade, ou seja o direito e a necessidade de

saber que tem a comunidade adjacente sobre um empreendimento( ou atividades específicas

dele), e seus riscos o PCR deve atender os seguintes objetivos:

*educação e informação;

*aprimoramento do conhecimento público;

*metas organizacionais;

*metas de cunho legal, e

*resolução de problemas e conflitos.

O PCR foi introduzido como parte do licenciamento ambiental por meio da Deliberação

Normativa COPAM (Conselho de Política Ambiental) N° 39 de 19 de Novembro de 1999

que dispõe sobre o licenciamento ambiental de Dutos para o Transporte de Gás Natural.

Portanto é importante ressaltar que essa deliberação teve o mérito de inovar ao incorporar no

seu texto a dimensão social do risco.

Além disso, nas recentes (nos três últimos anos) avaliações dos EARs, temos nos referenciado

na Avaliação Sociotécnica (experiência adquirida com os pesquisadores da

ENSP/FIOCRUZ).

Finalmente sugiro que você entre em contato com os seus colegas da REGAP pois na

revalidação da Licença de Operação -11/11/2000 - desta refinaria, além de ter sido avaliada

neste contexto foi o primeiro caso no Brasil que foi incorporado ao licenciamento ambiental

os preceitos da OIT 174 (Artigos 16 e 17), portanto dois anos antes do Brasil ter se tornado

signatário (Decreto Federal nº 4085 de 15 de janeiro de 2002).

Espero ter atendido as sua espectativas (desculpe se fui um pouco pedante, mas é preciso

colocar as boas coisas que o entes públicos e seus servidores vem realizando dentro da melhor

resposta social a ser dada à comunidade).

Saudações

Antonio Carlos Rosa