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1 Grupo de Comunicação CLIPPING 3 de setembro de 2019

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Grupo de Comunicação

CLIPPING 3 de setembro de 2019

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Grupo de Comunicação

SUMÁRIO

ENTREVISTAS ............................................................................................................................... 3

SECRETARIA DE INFRAESTRUTURA E MEIO AMBIENTE ....................................................................... 4

Ação pela Água Edição supera inscritos em 2012 ............................................................................... 4

Prefeitura de Cedral é flagrada descartando lixo da cidade à céu aberto ............................................... 5

Prefeitura implanta Via Rápida Empresa para agilizar abertura de empreendimentos ............................. 6

Salto: Chuva muda drasticamente paisagem do Rio Tietê ................................................................... 7

LICENÇA DE EMPREENDIMENTOS QUE ATRAEM AVES É DESBUROCRATIZADA ...................................... 8

Índice de mortalidade infantil alta na Baixada Santista ....................................................................... 9

Encontro para discutir a situação dos rios em Rio Grande será dia 11 ................................................ 10

Espuma que cobriu o Rio Tietê começa a se dissipar em Salto ........................................................... 11

Fuligem de cerâmica preocupa moradores de Condomínio ................................................................ 12

Consórcio divulga pontos de coleta de logística reversa no Grande ABC .............................................. 13

Parte de você: O que estamos fazendo com o nosso planeta? ........................................................... 14

Licenciamento ambiental de empreendimentos que atraem aves é desburocratizado ........................... 15

Cetesb apura denuncia de incêndios em canaviais em Piracicaba ....................................................... 16

VEÍCULOS DIVERSOS .................................................................................................................. 17

Cobra aparece em muro próximo a restaurante e assusta proprietária em SP ..................................... 17

FOLHA DE S. PAULO .................................................................................................................... 18

Pelos lados e para o alto, SP cresce 60% em área construída em 25 anos .......................................... 18

Painel: Para centro-direita, reação ao Datafolha mostra que Bolsonaro fala só ao núcleo duro de apoiadores ................................................................................................................................. 20

ESTADÃO ................................................................................................................................... 24

Torres no entorno do Parque da Água Branca viram alvo do MP ........................................................ 24

Crimes na Amazônia .................................................................................................................... 26

Focos de incêndio em mato dobram em agosto no Estado de São Paulo ............................................. 27

Entenda a guerra dos números sobre os focos de queimadas na Amazônia ......................................... 29

Entenda como o fogo destrói a Amazônia, a maior floresta tropical do mundo ..................................... 32

VALOR ECONÔMICO .................................................................................................................... 35

Maia e ruralistas articulam agenda ambiental paralela ...................................................................... 35

Principal interlocutor com indústria deixa cargo no MME ................................................................... 37

Aneel retoma processo da Cemig ................................................................................................... 38

Petrobras planeja manter 50% do mercado de gás .......................................................................... 39

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ENTREVISTAS Veículo: O Dia

Data: 03/09/2019

http://cloud.boxnet.com.br/yxheket7

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Grupo de Comunicação

SECRETARIA DE INFRAESTRUTURA E

MEIO AMBIENTE Veículo: Tribuna Piracicabana

Data: 03/09/2019

Ação pela Água Edição supera inscritos

em 2012

http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?

c=0&n=30478209&e=577

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Grupo de Comunicação

Veículo: Gazeta do Interior

Data: 03/09/2019

Prefeitura de Cedral é flagrada

descartando lixo da cidade à céu aberto

Prefeitura de Cedral é flagrada descartando

lixo da cidade à céu aberto

Funcionários da prefeitura de Cedral foram

flagrados nesta segunda-feira (02/09/2019),

descartando lixo no antigo lixão da cidade. O

material jogado à céu aberto de forma

irregular era para ser transportado até um

aterro sanitário apropriado conveniado com o

município.

O vídeo feito por um grupo de vereadores de

Cedral, mostra o momento exato em que o

caminhão de coleta do município chega no

antigo lixão e descarta os detritos. Na área,

duas máquinas também auxiliavam nos

trabalhos, entre elas uma retroescavadeira

que, segundo os vereadores, seria utilizada

para enterrar o material.

As imagens terminam antes do desfecho da

ação dos funcionários e os vereadores também

não souberam informar o destino final dos

resíduos. Na gravação aparece a quantidade

de lixo de apenas um caminhão que teria sido

descartado no local.

A prefeitura de Cedral informou em nota que

teve problema mecânico com um dos

caminhões responsáveis pelo transporte e que

precisava ser encaminhado à oficina. Para não

oferecer desconforto à população, a prefeitura

disse que depositou o lixo no local e em

seguida em outro caminhão.

“A prefeitura lamenta que o processo não

tenha sido gravado até o final, onde o lixo foi

depositado em outro caminhão e destinado ao

aterro conveniado com o município. O local

está completamente limpo e dentro das

normas da Cetesb”, diz trecho da nota.

O documento afirma ainda que o Aterro

Sanitário funcionou irregularmente de 2013 a

2017, e que foi alvo de constantes autuações,

mais de R$ 185 mil em multas, todas pagas

pela atual gestão, que também investiu cerca

de R$ 10 mil para encerrar o espaço.

A Cetesb disse que fiscalizou a área nesta

segunda-feira e que o local se encontra com

as atividades encerradas. Questionamos a

Constroeste Ambiental, empresa responsável

pelo recebimento do material, mas até agora

não respondeu nosso contato.

http://www.gazetainterior.com.br/index.php/p

refeitura-de-cedral-e-flagrada-descartando-

lixo-da-cidade-a-ceu-aberto/

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Grupo de Comunicação

Veículo1: Prefeitura de Hortolânida

Veículo2:Notícias de Hortolândia

Veículo3:Portal Hortolândia

Data: 02/09/2019

Prefeitura implanta Via Rápida Empresa para agilizar abertura de

empreendimentos

Prefeitura implanta Via Rápida Empresa para

agilizar abertura de empreendimentos

Com o objetivo de facilitar a vida dos

empresários, a Prefeitura implanta, em

parceria com o governo estadual, o Via Rápida

Empresa (VRE). Trata-se de uma ferramenta

digital que agiliza a abertura de inscrição

municipal, a obtenção de licença de exercício

de atividade econômica, entre outras tarefas.

O módulo está disponível no site da Prefeitura,

e pode ser acessado por meio do link

www.hortolandia.sp.gov.br

http://www2.hortolandia.sp.gov.br/servicos-

para-a-empresa/item/14922-via-rapida-

empresa.

De acordo com a Secretaria de

Desenvolvimento Econômico, Trabalho,

Turismo e Inovação, o VRE integra os órgãos

estaduais Centro de Vigilância Sanitária (CVS),

Cetesb (Companhia Ambiental do Estado

de São Paulo), Bombeiros e Secretaria de

Agricultura e Abastecimento.

O VRE permite que empresários obtenham a

licença de exercício de atividades econômicas

de baixo risco.

Já o sistema iCad Online continua em

operação, mas agora será utilizado somente

para encerramento de inscrição municipal.

Empresários de atividades econômicas de alto

risco e autônomos também devem utilizar

somente o iCad Online para abertura de

inscrição municipal e obtenção de licenças.

A secretária de Desenvolvimento Econômico,

Trabalho, Turismo e Inovação, Monique

Freschet, que, com a implantação do Via

Rápida Empresa, o município passa a integrar

a REDESIM (Rede Nacional para Simplificação

do Registro e da Legalização de Empresas e

Negócios), do governo federal, que confere

mais agilidade nos processos de abertura e

licenciamento de empresas e negócios na

cidade.

“A expectativa é de que as análises de

viabilidade de zoneamento alcancem o prazo

médio de 24 horas para sua emissão,

garantindo ao licenciamento de baixo risco

subsequente liberação. Importante ressaltar

que esta é apenas a segunda medida da nossa

agenda de desburocratização que foi

implementada. Até o final do ano, faremos

reformas profundas na legislação, de modo a

garantir mais transparência, simplificação e

responsividade no cômputo das autorizações

governamentais para exercício das atividades

econômicas em nosso território, alinhados ao

espírito da MP (Medida Provisória) da

Liberdade Econômica”, destaca Monique.

http://www2.hortolandia.sp.gov.br/secretaria-

desenvolvimento-economico/item/14968-

prefeitura-implanta-via-rapida-empresa-para-

agilizar-abertura-de-empreendimentos

https://noticiasdehortolandia.com.br/cidade/pr

efeitura-implanta-via-rapida-empresa-para-

agilizar-abertura-de-empreendimentos/

https://www.portalhortolandia.com.br/noticias

/nossa-cidade/via-rapida-empresa-para-

agilizar-abertura-de-empreendimentos-70468

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Veículo: Z1 Portal

Data: 02/09/2019

Salto: Chuva muda drasticamente

paisagem do Rio Tietê

Na tarde de sábado (31), nível estava bem

baixo, mas com forte chuva do fim de

semana, trecho que passa por Salto está

cheio.

A chuva que começou na noite de sábado (31)

mudou drasticamente a paisagem do Rio

Tietê, no trecho que passa por Salto (SP). O

rio, que estava com nível bem baixo no

sábado, agora está cheio.

A Defesa Civil de Salto declarou que há mais

de três meses não chovia forte na região e,

com a chuva deste fim de semana, o leito do

Rio Tietê voltou a subir.

Nas cidades da região por onde passa o Rio

Tietê choveu, em 48 horas, 55 milímetros. Em

agosto houve chuva em apenas três dias.

Com a estiagem era possível ver, no sábado,

as pedras que ficam no fundo do rio. Nesta

segunda-feira (2), o volume de água era bem

maior e ocupava todo o leito.

A ONG S.O.S. Mata Atlântica acredita que o

leito também estava baixo porque represas da

Grande São Paulo estariam remetendo água

para ter volume suficiente para produzir

energia.

A Empresa Metropolitana de Águas e Energia

(EMAE) disse que isso não acontece e que

durante a estiagem, os geradores de energia

são desligados.

Quando a vazão é baixa, a poluição fica ainda

mais visível. A situação era monitorada pela

prefeitura e pela Companhia Ambiental do

Estado de São Paulo (CETESB), que concluiu

que não havia nada de irregular e que o

problema era mesmo o período crítico de seca.

O Rio Tietê passa por grande parte do Estado

de São Paulo. Salto tem um ponto muito

crítico do rio, onde a poluição que sai da

Grande São Paulo se acumula.

Com informações do G1

https://www.z1portal.com.br/salto-chuva-

muda-drasticamente-paisagem-do-rio-tiete/

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Grupo de Comunicação

Veículo: O Liberal regional/Araçatuba

Data: 03/09/2019

BASTIDORES

LICENÇA DE EMPREENDIMENTOS QUE ATRAEM AVES É DESBUROCRATIZADA

A Cetesb (Companhia Ambiental do Estado *'

tigação e Prevenção de Acidentes

Aeronáuticos) de São Paulo), desde julho

deste ano, é a única do Comaer (Cofriando da

Aeronáutica) a atriresponsável peb

licenciamento ambiental de buição de se

manifestar previamente sobre a

empreendimentos com potencial atrativo de

avifauna nos processos de licenciamento

ambiavifauna no Estado localizados nas

imediações ental dessas atividades. Com a

liberação da de aeroportos. A nova regra está

valendo a partir apresentação de parecer

emitido pela autoriambientais de

empreendimentos com potenda publicação da

Portaria Normativa n° 54/GMdade

aeronáutica, empreendimentos como, dal

atrativo de fauna situados na área de seguMD,

de 15 de julho de 2019, do Ministério da por

exemplo, aterros sanitários, curtumes e

abarança aeroportuária de aeródromos.

Araçatuba Defesa, que retirou do Cenipa

(Centro de Investedouros podem ter seu

licenciamento ambiensofreu com as restrições.

tal de modo mais ágiL Depois da publicação da

Portaria Normativa n° 54/GM-MD, o Cenipa

encaminhou ofído aos órgãos ambientais do

País recomendando a adoção de

procedimentos transitórios para emissão das

licenças

http://cloud.boxnet.com.br/y5kgmwt9

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Grupo de Comunicação

Veículo: Rádio Jovem Pan

Data: 03/09/2019

Índice de mortalidade infantil alta na

Baixada Santista

RÁDIO JOVEM PAN 95,1 FM/SANTOS | JORNAL

DA MANHÃ Data Veiculação: 03/09/2019 às

07h00

Duração: 00:07:05

Transcrição

Veja SP, ocorrências, hospitais públicos,

problemas com saneamento, Sabesp, média

estadual, políticos

http://cloud.boxnet.com.br/yxnt9v27

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Grupo de Comunicação

Veículo: Folha RibeirãoPires

Data: 03/09/2019

Encontro para discutir a situação dos

rios em Rio Grande será dia 11

http://cloud.boxnet.com.br/y27mb999

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Grupo de Comunicação

Veículo: G1 Jundiaí

Data: 03/09/2019

Espuma que cobriu o Rio Tietê

começa a se dissipar em Salto

Nos últimos dias, a paisagem mudou

drasticamente. Depois da chuva, a água

voltou em abundância, ficou escura e a

espuma apareceu.

Por G1 Sorocaba e Jundiaí

A chuva dos últimos dias provocou a cheia do

Rio Tietê, em Salto (SP), e a formação de

muita espuma, que começou a se dissipar

nesta terça-feira (3). Nos últimos dias, a

paisagem mudou drasticamente.

No sábado (31), o baixo volume de água

deixou as pedras expostas no fundo do rio e

fez a prefeitura acompanhar a situação. Já no

domingo (1º), depois da chuva, a água voltou

em abundância, ficou escura e a espuma

apareceu na segunda-feira (2).

Espuma volta a cobrir Rio Tietê em Salto

A espuma branca é resultado da poluição,

principalmente detergentes e sabão em pó

despejados junto com o esgoto. Se o rio

continuar a subir, pode transbordar e invadir

as ruas que ficam às margens.

O Rio Tietê passa por grande parte do estado

de São Paulo. Assim como nas outras vezes, a

espuma que cobriu o rio vem da Grande São

Paulo.

A ONG S.O.S. Mata Atlântica acredita que o

leito também estava baixo porque represas da

Grande São Paulo estariam remetendo água

para ter volume suficiente para produzir

energia.

A Empresa Metropolitana de Águas e Energia

(EMAE) disse que isso não acontece e que

durante a estiagem, os geradores de energia

são desligados.

Quando a vazão é baixa, a poluição fica ainda

mais visível. A situação era monitorada pela

prefeitura e pela Companhia Ambiental do

Estado de São Paulo (CETESB), que concluiu

que não havia nada de irregular e que o

problema era mesmo o período crítico de seca.

A vazão do rio chegou em 380 metros cúbicos.

Segundo a Defesa Civil, há mais de três meses

não era registrada uma chuva considerável na

região. Neste final de semana, o acumulado de

sábado e domingo em Salto foi de 100

milímetros.

https://g1.globo.com/sp/sorocaba-

jundiai/noticia/2019/09/03/espuma-que-

cobriu-o-rio-tiete-comeca-a-se-dissipar-em-

salto.ghtml

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Grupo de Comunicação

Veículo: Gazeta de Limeira

Data: 03/09/2019

Fuligem de cerâmica preocupa

moradores de Condomínio

Morador mostra uma das manchas provocadas

por fuligem no automóvel Foto: Denis Martins

Autor: Denis Martins

Moradores que residem no Condomínio

Paraíso, que fica às margens da Rodovia

Deputado Laércio Corte (SP-147/Limeira-

Piracicaba), estão preocupados com a fuligem

que é lançada ao ar por uma cerâmica que fica

naquela mesma região, a cerca de 400 metros

do bairro.

A substância cai nas pessoas, em carros, nas

plantações e nos animais. “Basta deixar o

carro aberto que as pequenas manchas

aparecem nele. A exposição não precisa ser

por muito tempo. Em poucos minutos, a

fuligem cai sobre o veículo”, disse um deles.

A preocupação maior não é com a sujeira, mas

com o risco de a substância causar algum mal

à saúde ou ao meio ambiente. “Temos

plantações e o temor é que esse material seja

poluente e cause contaminação. Outra

preocupação é com nossa saúde e dos

animais”, completaram.

A reportagem testemunhou a situação, pois,

durante as entrevistas, o veículo exposto ao ar

também ficou com manchas provocadas pela

fuligem. “Ela cai de dia e também à noite”,

finalizaram.

Fiscais da Secretaria Municipal de Meio

Ambiente e Agricultura foram ao condomínio

analisar a situação. “O Departamento de

Licenciamento, Fiscalização e Áreas Verdes

identificou inconformidades com a legislação.

A empresa foi orientada a se adequar de

acordo com as normas da Cetesb. A denúncia

foi encaminhada também ao órgão estadual. O

Departamento abriu processo administrativo

interno, e, caso as adequações não sejam

providenciadas pela empresa, será feita

notificação e multa”, pontuou.

Companhia Ambiental do Estado de São Paulo

(Cetesb) comunicou que também já esteve

por lá. “Entre 2018 e 2019, a Cetesb aplicou

quatro advertências e quatro multas no valor

total de R$ 102.388 à empresa cerâmica por

emitir poluentes na atmosfera, além de operar

sem as devidas licenças ambientais. A

companhia continuará as ações de fiscalização

no local”, citou.

A reportagem procurou a empresa para se

posicionar, por meio do e-mail disponível em

seu site, mas não teve retorno até a conclusão

dessa reportagem. Populares informaram que

aguardam uma providência e cogitam

apresentar denúncia no Ministério Público

(MP).

https://www.gazetainfo.com.br/portal/noticia/

2147491859/fuligem-de-ceramica-preocupa-

moradores-de-condominio.html

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Grupo de Comunicação

Veículo: Diário do Grande ABC

Data: 03/09/2019

Consórcio divulga pontos de coleta de logística reversa no Grande ABC

http://cloud.boxnet.com.br/yy8j24r8

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Grupo de Comunicação

Veículo: TEM Notícias Bauru

Data: 02/09/2019

Parte de você: O que estamos fazendo com o nosso planeta?

http://cloud.boxnet.com.br/y4egyf4f

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Grupo de Comunicação

Veículo: Jornal Folha Regional

Data: 02/09/2019

Licenciamento ambiental de

empreendimentos que atraem aves é desburocratizado

Publicado em 02/09/2019 10:47:12

Por: Secretaria de Infraestrutura e Meio

Ambiente

(Foto: Emater/DF)

Nova regulamentação libera a Cetesb da

exigência de autorização do Cenipa; com a

medida cerca de 600 destes processos em

avaliação deverão ser analisados mais

rapidamente

A Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de

São Paulo), desde julho deste ano, é a única

responsável pelo licenciamento ambiental de

empreendimentos com potencial atrativo de

avifauna no Estado localizados nas imediações

de aeródromos.

A nova regra está valendo a partir da

publicação da Portaria Normativa nº 54/GM-

MD, de 15 de julho de 2019, do Ministério da

Defesa, que retirou do Cenipa (Centro de

Investigação e Prevenção de Acidentes

Aeronáuticos) do Comaer (Comando da

Aeronáutica) a atribuição de se manifestar

previamente sobre a avifauna nos processos

de licenciamento ambiental dessas atividades.

Com a liberação da apresentação de parecer

emitido pela autoridade aeronáutica,

empreendimentos como, por exemplo, aterros

sanitários, curtumes e abatedouros podem ter

seu licenciamento ambiental de modo mais

ágil.

Depois da publicação da Portaria Normativa nº

54/GM-MD, o Cenipa encaminhou ofício aos

órgãos ambientais do País recomendando a

adoção de procedimentos transitórios para

emissão das licenças ambientais de

empreendimentos com potencial atrativo de

fauna situados na área de segurança

aeroportuária de aeródromos.

Os novos procedimentos estabelecem que os

empreendimentos em fase de licenciamento

apresentem ao órgão ambiental informações

sobre localização em relação aos aeródromos

mais próximos e o compromisso formal,

assinado por representante legal e por

responsável técnico, por meio do qual

obrigam-se a empregar um conjunto de

técnicas para mitigar o efeito atrativo de

espécies-problema para aviação, de forma que

o empreendimento não se configure como um

foco atrativo de avifauna.

Com base nas novas informações que

passarão a ser solicitadas dos

empreendimentos com potencial atrativo de

aves, a Cetesb poderá dar continuidade aos

processos de licenciamento que estavam

represados na autoridade aeronáutica e

garantir maior fluidez às futuras solicitações

de licenças.

http://www.jfolharegional.com.br/mostra.asp?

Noticias=40401

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Grupo de Comunicação

Veículo: CBN Campinas

Data: 02/09/2019

Cetesb apura denuncia de incêndios

em canaviais em Piracicaba

RÁDIO CBN 99,1 FM/CAMPINAS | CBN

CAMPINAS Data Veiculação: 02/09/2019 às

09h42

Duração: 00:01:36

http://cloud.boxnet.com.br/y4vjtoqw

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VEÍCULOS DIVERSOS Veículo: UOL

Data: 03/09/2019

Cobra aparece em muro próximo a restaurante e assusta proprietária em

SP Bruna Alves Colaboração

Uma cobra caninana foi vista em cima de um

muro, ao lado de um restaurante e assustou

os comerciantes da região, no último final de

semana, no centro de Pedro de Toledo,

interior de São Paulo. A dona do

estabelecimento contou ao UOL que ficou tão

assustada com a presença da serpente, que

chegou a fechar as portas do restaurante, com

medo que ela entrasse no local.

Era sexta-feira (30), por volta das 11h,

quando alguns comerciantes viram o animal

em cima de um muro. "Eu estava dentro do

meu estabelecimento trabalhando e um rapaz

que é meu amigo viu e veio me dizer que ela

estava no muro passeando, bem tranquila e

pegando um solzinho", relata a dona do

restaurante, Veronica Ferreira da Silva

Romualdo, 47.

"Já pensou se a gente está almoçando e de

repente a cobra está subindo a calçada? ",

questiona. A proprietária conta que a serpente

percebeu os olhares curiosos e saiu de cima

do muro rapidamente e começou a rastejar

em direção ao seu restaurante. Assustada, ela

não quis ver a cobra e ainda baixou as portas.

"O rapaz me avisou: Verônica, cuidado que ela

vai entrar. E eu morro de medo pelo bicho que

ela é, e não quero saber se ela é inofensiva ou

se é brava. Eu tenho pavor de olhar esses

bichos rastejantes".

A Secretaria de Meio Ambiente da cidade foi

acionada, e a serpente, que media pouco mais

de dois metros de comprimento, foi resgatada

por uma equipe da Fundação Florestal de São

Paulo e levada para o Parque Estadual Serra

do Mar - Núcleo Itariru, que também fica

localizado em Pedro de Toledo. "Eles vieram e

levaram ela embora, graças a Deus",

comemora.

A dona do restaurante só reabriu as portas,

após a equipe de meio ambiente ter capturado

a cobra e a levado embora. Segundo ela, essa

foi a primeira vez que uma cobra dessa

espécie foi vista na região. "Só aqui nesse

estabelecimento, eu tenho quinze anos, e

nunca vi uma cobra aparecer no centro da

cidade, nem nas redondezas", diz.

Porém, apesar do susto, Verônica conta que

seu restaurante está ficando famoso, graças a

'visita inesperada'. "Eu vou aproveitar esse

momento de fama por causa dessa cobra. Oh

cobra bendita", finaliza aos risos.

Caninana pode assustar, mas não é perigosa

A caninana é uma serpente agressiva, mas

não possui nenhum tipo de veneno. Ela pode

atingir no máximo 2,50 de altura. "Ela se

alimenta de roedores e ovos de aves. É uma

cobra que pode morder e a mordida machuca,

mas não tem perigo absolutamente nenhum,

claro que pode infecionar, mas não tem

veneno", explica o especialista em zoologia da

Universidade de São Paulo (USP), Miguel

Trefaut Rodrigues.

De acordo com o especialista, a caninana é

uma cobra que costuma rastejar por vários

quilômetros em busca de comida, mas está

sempre nos entornos da mata.

"Eventualmente, ela pode até aparecer dentro

de casa", finaliza.

https://noticias.uol.com.br/cotidiano/ultimas-

noticias/2019/09/02/cobra-aparece-em-muro-

proximo-a-restaurante-e-assusta-proprietaria-

em-sp.htm

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Data: 03/09/2019

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Grupo de Comunicação

FOLHA DE S. PAULO

Pelos lados e para o alto, SP cresce 60% em

área construída em 25 anos

Levantamento feito a partir de IPTU indica

gentrificação no centro e 'cidades' sem estrutura

na periferia

Cidade Tiradentes, que cresceu mais de 1.600%

em área construída desde 1995, vista de cima

Gabriel Cabral/Folhapress

Artur Rodrigues

SÃO PAULO

Do alto, Cidade Tiradentes é composta por

grandes fileiras de conjuntos habitacionais que

lembram peças de dominó. Ao redor dos prédios,

pequenas casas se espalham, avançando sobre

montanhas ainda verdes.

Casas e prédios não param de ser construídos no

bairro no extremo leste da cidade de São Paulo,

onde, proporcionalmente, deu-se a maior

expansão de área construída dos últimos 25

anos: 1.617%.

Levantamento realizado pela Folha a partir de

bases de dados da Secretaria Municipal de

Urbanismo e do cadastro do IPTU municipal

mostra que São Paulo avança pelas bordas e

para cima, de forma desenfreada e desigual.

No último quarto de século, a área construída

regularizada (e frise-se o regularizada) na capital

paulista aumentou 60%, de 330 milhões de

metros quadrados para 531 milhões. É o dobro

do avanço registrado pela população da cidade,

de 30% no período.

Os dados indicam que o boom imobiliário na

cidade empurrou pessoas de baixa renda para os

extremos antes de o transporte e serviços

chegarem, enquanto bairros nobres se

verticalizaram radicalmente e ficaram ainda mais

caros.

Iguatemi, vizinho a Cidade Tiradentes, aumentou

sua área construída em 328%. O distrito de

Anhanguera, no extremo norte, tem hoje dez

vezes o tamanho que tinha em área construída,

e, no lado oposto, Parelheiros triplicou.

Como outros bairros periféricos, Cidade

Tiradentes se tornou densamente povoada nas

últimas três décadas.

O historiador Márcio Reis, que viveu 27 de seus

43 anos no bairro, conta que a ocupação ali

começou a partir dos resquícios da antiga

fazenda Santa Etelvina, no fim do século 19. O

salto populacional só veio com a construção do

maior conjunto habitacional da cidade, da Cohab,

em 1984.

Desde então, esse fluxo cresceu de forma

ininterrupta. "A história está se repetindo.

Quando a Cohab foi inaugurada, foi sem escola,

sem transporte público, sem comércio, sem

nada. Agora, a população se expande, temos um

número alto de construções, e os postos de

saúde estão cada vez mais lotados", diz.

Obras de grande porte inauguradas nos anos

2000, como um CEU (Centro Educacional

Unificado) e um hospital geral, amenizaram a

situação. Ainda assim, o crescimento de

equipamentos não acompanhou o de habitantes.

Os cerca de 10 mil moradores dos anos 1980

haviam se tornado 211 mil em 2010, quando foi

feito o último Censo.

O número de residências aumentou 18 vezes —e

o de escola, menos de sete vezes. O bairro tem

hoje 31 escolas públicas e particulares, do ensino

infantil ao médio.

Outros equipamentos cresceram em proporção

similar à das escolas —a categoria classificada no

IPTU como "uso especial", que inclui hospitais,

cartórios e hotéis, aumentou sete vezes.

A principal queixa dos moradores, porém, é o

transporte. No bairro que até 1938 contava com

uma linha férrea, moradores que trabalham no

centro da cidade —a maioria— podem levar até

seis horas por dia entre ida e volta.

Reis diz que o anúncio dos planos para a chegada

do monotrilho da linha 15-prata do metrô só

serviu, por ora, para encarecer os imóveis na

região —a inauguração não está no horizonte

próximo.

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Data: 03/09/2019

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Grupo de Comunicação

Embora o crescimento tenha se dado de forma

desigual pela cidade nos últimos 25 anos, a falta

de planejamento parece uma constante.

Em bairros centrais, com ampla infraestutrura,

residências horizontais consideradas de baixo

padrão foram demolidas para dar lugar a prédios

de classes média e alta —o fenômeno conhecido

como gentrificação.

Com duas estações de metrô, equipamentos

culturais e unidades médicas, a Barra Funda

(zona oeste), por exemplo, reduziu em 46% o

número de lotes residenciais horizontais simples,

enquanto apartamentos de alto padrão

cresceram acima de 1.000%, e os de baixo,

25%.

Foto aérea de Cidade Tiradentes nos anos 1980,

quando foi construído primeiro conjunto

habitacionalImagem atual do bairro da zona leste

Vista área de Cidade Tiradentes nos anos 1980 e,

depois, imagem atual do bairro da zona leste

Esses apartamentos menores e mais baratos

foram empurrados para a periferia —em dez

distritos, a área que ocupam chegou a aumentar

mais de 1.000% na esteira do programa Minha

Casa Minha Vida.

O secretário de Desenvolvimento Urbano,

Fernando Chucre, diz que reverter essa tendência

de espraiamento, em muito estimulado pelo

poder público, é um desafio para a cidade e

propõe incentivos para a construção no centro,

por meio do projeto de intervenção urbana, em

andamento.

"Quando se faz um empreendimento habitacional

no centro, ele pode custar mais caro no primeiro

momento. Mas, no longo prazo, é infinitamente

mais barato, pois economiza na infraestrutura a

ser construída."

A depender da disponibilidade de terrenos,

entretanto, o espraiamento ainda tem muito a

avançar, sobretudo no extremo sul. É na região

que estão os distritos com mais terrenos vagos,

como Jardim Angela, Parelheiros e Grajaú.

Alheia a planos urbanísticos, essa área cresce de

forma extraoficial. Grandes faixas de terra são

rapidamente ocupadas em áreas de mata, à beira

de represas. "As ocupações avançam nos lugares

mais frágeis, onde tem menos fiscalização, onde

o poder público não existe, é inerte. A pressão

por moradia é enorme, é brutal. As pessoas não

conseguem pagar aluguel", diz o vereador e

ambientalista Gilberto Natalini (PV).

O custo ambiental é alto. "Tem derrubada de

mata, aterramento de nascentes, destruição de

fauna", afirma.

O vereador enumerou invasões são de todo tipo:

promovidas por movimentos sociais, por pessoas

que se embrenham na mata por conta própria e

pelo crime organizado.

Mas o poder público também tem papel no

desmatamento de áreas de manancial.

O maior empreendimento do Minha Casa Minha

Vida na cidade de São Paulo, com 193 prédios

para cerca de 16 mil habitantes, foi construído no

Jardim Apurá, em área de nascentes às margens

da represa Billings.

A construção do Residencial Espanha foi

autorizada na gestão de Fernando Haddad (PT) e

se consolidou durante as administrações dos

tucanos João Doria e Bruno Covas.

Moradores afirmam que o bairro, que viu seus 13

mil habitantes mais do que dobrarem em

volume, virou um caos sem as contrapartidas

prometidas pelo empreendimento.

"O máximo que fizeram foi alugar uma casa para

por 170 crianças e chamar de CEI [centro

educacional infantil]", diz Wesley Silvestre Rosa,

conselheiro em Cidade Ademar.

Ele afirma que o lugar, surgido de uma fazenda

de búfalos e que até recentemente conservava os

ares de interior, ganhou trânsito de área central.

"Temos lotações e apenas seis linhas [de ônibus],

agora temos que esperar um tempão na fila", diz

ele, a terceira geração de sua família no bairro.

Sem política urbana que perdure, a história de

Cidade Tiradentes ecoa do outro lado de São

Paulo 25 anos depois.

https://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2019/0

9/pelos-lados-e-para-o-alto-sp-cresce-60-em-

area-construida-em-25-anos.shtml

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Grupo de Comunicação

Painel: Para centro-direita, reação ao Datafolha mostra que Bolsonaro fala só

ao núcleo duro de apoiadores

Vale a pena ver de novo?

A reação de Jair Bolsonaro ao declínio de sua

aprovação no Datafolha reforçou em dirigentes

de siglas de centro-direita a avaliação de que ele

conscientemente abriu mão de reter todo o

eleitorado que o sagrou vencedor em 2018. Para

este grupo, o presidente está determinado a

alimentar apenas o núcleo duro de sua militância,

mantendo o antagonismo com o PT vivo nesta ala

por acreditar que em 2022 a rejeição à esquerda

vai reeditar o roteiro que lhe rendeu a vitória na

última disputa.

Na planilha

A análise de detalhamentos da última pesquisa

Datafolha tende a corroborar a avaliação política

feita pelos dirigentes partidários.

Alhos e bugalhos

A maioria dos eleitores que votaram em

Bolsonaro rechaça frases usadas por ele para

defender a indicação do filho Eduardo à

embaixada nos EUA, assim como a referência

pejorativa a governadores do Nordeste. Quando

a análise centra apenas os que declaram

preferência partidária pelo PSL, a proporção se

inverte.

Alhos e bugalhos 2

Entre todos os que declaram ter votado em

Bolsonaro, 54% discordam de fala pronunciada

por ele para justificar a indicação de Eduardo,

enquanto 42% concordam. O mesmo índice

desse grupo diz não chancelar a menção a

“governadores de Paraíba”, enquanto 36%

assinam embaixo dela.

Meu pessoal

Se levados em conta apenas os que dizem ter

preferência pelo PSL, o partido do presidente,

59% dizem concordar com a menção a

“governadores de Paraíba” e 57% endossam a

justificativa para a indicação de Eduardo à

embaixada nos EUA.

Corda bamba

Integrantes do PT e do PSDB acham que

Bolsonaro ainda não atingiu seu piso de apoio. O

índice de aprovação, hoje em 29%, poderia,

portanto, minguar ainda mais na avaliação deles.

Credo em cruz

Os resultados alcançados pelo presidente no

Nordeste são tão ruins que políticos da região já

preveem uma eleição municipal “arrasadora para

o PSL” por lá.

Em seu labirinto

Pessoas próximas ao presidente afirmam que ele

ouve um número cada vez menor de pessoas,

com ênfase no grupo alinhado a Olavo de

Carvalho.

Reforço

Ciro Nogueira (PI), presidente do PP, avisou que

vai apoiar a indicação de Eduardo à embaixada.

Há dois indecisos na bancada da sigla.

Parte que me cabe

A Frente Nacional de Prefeitos enviou ofício ao

ministro Alexandre de Moraes, do Supremo

Tribunal Federal, para pedir a ele uma parte do

chamado fundo da Lava Jato, que acumula hoje

R$ 2,5 bilhões.

Parte que me cabe 2

Os gestores querem que uma fração do dinheiro

seja investida no combate à evasão escolar e

sugerem que o ministro repasse os valores aos

municípios.

Parte que me cabe 3

“Metade dos recursos da Lava Jato já resgataria

milhares de crianças para as salas de aula”, diz

Jonas Donizette, presidente da Frente Nacional

de Prefeitos.

Investimento…

Coordenadores de bancadas no Congresso que

vão fazer indicações para cargos federais nos

estados, a pedido do Planalto, chamam atenção

para um fator: na relação de funções, o governo

incluiu postos em empresas como os Correios e a

Infraero, que devem ser privatizadas ou

esvaziadas.

…de curto prazo

O dado pesou na avaliação de líderes de partidos,

já que nada garante que os indicados vão

permanecer nas empresas depois de elas serem

reformuladas. Os outros cargos colocados à

disposição pelo governo, dizem, são de terceiro

ou quarto escalão.

Basta

O vice-líder do PC do B na Câmara, deputado

Márcio Jerry (MA), elaborou projeto que prevê

multa e reclusão de até três anos para

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responsáveis por difundir ou incitar a intolerância

e o ódio na internet. Na proposta, ele diz ser

urgente coibir ataques desse tipo nas redes e

aplicativos de mensagens.

Filhote

O presidente da Câmara de SP, vereador Eduardo

Tuma (PSDB), propôs medida inspirada na

medida provisória da Liberdade Econômica que

prevê simplificação para as empresas

paulistanas. Ele quer incluir o secretário de

Desburocratização, Paulo Uebel, no debate.

TIROTEIO

Em tempos de queimadas, surge uma nova

espécie em extinção no país –os apoiadores de

Jair Bolsonaro

Da deputada Jandira Feghali (PC do B-RJ), sobre

a última pesquisa Datafolha, que apontou o

aumento da reprovação do presidente

https://painel.blogfolha.uol.com.br/2019/09/03/

para-centro-direita-reacao-ao-datafolha-mostra-

que-bolsonaro-fala-so-ao-nucleo-duro-de-

apoiadores/

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Mônica Bérgamo: CPI das universidades de

SP vai investigar contas da USP, Unesp e

Unicamp

Comissão requisitou informações de todas as

contas que elas mantêm, de 2011 a 2019

A CPI da Assembleia Legislativa que investiga as

universidades de SP requisitou informações de

sigilo bancário da Unicamp, da Unesp e da USP.

Elas terão que enviar aos deputados extratos

mensais de todas as contas que mantêm, do

período de 2011 a 2019.

PONTA

Só a USP faz mais de 30 mil movimentações

bancárias por mês. Serão, portanto, no total, 3

milhões de linhas que os parlamentares terão

que ler para decifrar a origem e o destino dos

recursos.

PUNHADO

A deputada Maria Izabel (PT-SP), conhecida

como Professora Bebel, pediu vista e argumentou

que não haveria condições de a CPI analisar os

dados. Já o presidente da CPI, Wellington Moura

(PRB-SP), diz que a análise será feita por

amostragem.

PUNHADO 2

Nesta semana, a CPI deve aprovar requerimentos

exigindo que as universidades enviem à

Assembleia a “relação de todas as pesquisas

realizadas”, com título, objeto, valor e resultado

do estudo. São milhares de projetos feitos a cada

ano.

ÀS CEGAS

“A CPI perdeu o rumo”, diz a professora Bebel.

Segundo ela, as iniciativas estão gerando

insegurança nas instituições, que gozam de

autonomia universitária. Moura diz que se trata

apenas de buscar a “transparência”.

IDEIAS

As instituições têm recebido, além da CPI,

enxurradas de pedidos de informação. O

deputado Douglas Garcia (PSL-SP), por exemplo,

enviou à USP requerimento pedindo informações

sobre todos os eventos “ministrados” no campus

de São Carlos desde o início do ano até agora. E

pede que sejam discriminados quais deles foram

organizados por movimentos sociais.

TESOURA

Ainda a educação: um dos cortes mais drásticos

na Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de

Pessoal de Nível Superior) foi no programa de

concessão de bolsas de apoio à educação básica,

para a reciclagem de professores. Ele é

considerado crucial para a melhora da qualidade

do ensino.

TESOURA 2

De R$ 806 milhões neste ano, o orçamento deve

cair para R$ 375 milhões em 2020 —um corte de

53,42%.

BABEL

Mesmo contracenando em idiomas diferentes, o

ator alemão Udo Kier e a compositora Lia de

Itamaracá viraram amigos no set de ‘Bacurau’.

TIC-TAC

A propaganda do projeto anticrime de Sergio

Moro já tem data para entrar no ar: 17 de

setembro.

TAC-TIC

O governo já adiou o início da propaganda duas

vezes —os adiamentos coincidiram com

momentos em que a relação de Jair Bolsonaro

com Moro passava por desgastes.

TE VI NA TV

As pazes não foram ainda reestabelecidas de

forma plena. Mas os anúncios receberam sinal

verde para chegar às telas.

TENHO

O presidente do PSDB paulistano, Fernando

Alfredo, mantém a fala de que o deputado Aécio

Neves distribuiu dinheiro para correligionários.

“Não disse nenhuma mentira”, afirma ele. “O

Aécio, quando presidiu o partido, foi responsável

pela divisão dos recursos do fundo partidário, e

em 2018 exerceu a mesma força na divisão do

fundo eleitoral.”

DITO

Em agosto, Alfredo disse à coluna que “boa parte

da turma” que votou pela permanência de Aécio

no partido é aquela “para quem ele distribuiu

dinheiro”. Como a coluna Painel informou, o

PSDB de Belo Horizonte e de MG irão acioná-lo

pela afirmação.

LIVRO ABERTO

O ex-secretário especial da Cultura Henrique

Pires, que deixou o cargo em agosto afirmando

que o governo tenta impor censura no país, foi

convidado pela Comissão de Cultura da Câmara

para relatar como foram seus oito meses no

governo Bolsonaro. “Vou sem filtros”, diz ele.

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NÃO É BEM ASSIM

O ex-secretário refuta a versão do governo de

que foi afastado por não estar “desempenhando

as políticas propostas pela pasta”. “Estava abaixo

da expectativa deles. Mas [na saída] fui

convidado para assumir uma fundação no Rio. Há

uma contradição aí”, afirma. Ele diz que tem

sinalização do governador Eduardo Leite (PSDB),

do Rio Grande do Sul, para trabalhar na

administração dele.

HOSTILIDADE

Os proprietários do Al Janiah, espaço cultural

palestino no centro de SP que foi alvo de bomba

de gás lacrimogêneo e spray de pimenta atirados

por um grupo de homens na madrugada de

domingo (1º), registrou o boletim de ocorrência

sobre o fato na tarde de segunda (2).

REFÚGIO

Segundo a Secretaria de Segurança Pública,

policiais do 5º DP foram ao encontro dos donos

do estabelecimento para coletar as informações.

Um inquérito foi instaurado para apurar o caso e

identificar os agressores.

BOA NOITE

Os jornalistas Fátima Bernardes, Patrícia Poeta,

Sergio Chapelin, Maju Coutinho e Sandra

Annenberg estiveram na festa de 50 anos do

“Jornal Nacional”. O evento foi realizado no

domingo (1º), no Rio de Janeiro.

CURTO-CIRCUITO

Começa nesta terça (3) o Festival inFINITO, que

promove debates e workshops sobre a morte. Na

Unibes Cultural e no Petra Belas Artes.

O Itaú Cultural debate a integração de pedestres,

ciclistas e motoristas. Nesta terça (3), às 8h30.

A Liga Solidária faz nesta terça (3) uma conversa

sobre automutilação na adolescência.

A 14ª Balada Literária, que começa na quarta

(4), terá happy hours na Mercearia São Pedro,

em São Paulo.

https://www1.folha.uol.com.br/colunas/monicabe

rgamo/2019/09/cpi-das-universidades-de-sp-vai-

investigar-contas-da-usp-unesp-e-unicamp.shtml

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ESTADÃO Torres no entorno do Parque da Água

Branca viram alvo do MP

Promotoria instaurou inquérito para investigar

impactos no entorno e às nascentes do parque;

Prefeitura e construtora dizem que obras têm as

autorizações necessárias

Felipe Resk, O Estado de S.Paulo

SÃO PAULO - Moradores da zona oeste de São

Paulo têm se mobilizado contra a construção de

dois edifícios de alto padrão no entorno do

Parque da Água Branca. Após receber queixas, o

Ministério Público Estadual instaurou um

inquérito civil para investigar as obras por

possíveis danos à vizinhança e ao meio ambiente

- entre eles, o risco de secar nascentes do

parque, como já aconteceu no passado.

Previstos para ter garagem no subsolo e mais de

20 andares de altura, os empreendimentos foram

lançados pela construtora Kallas e ficam nas

Ruas Doutor Costa Júnior e Melo Palheta, a

menos de 400 metros do Água Branca. Na

internet, a proximidade é vendida como um dos

principais atrativos. “Luxo é ter um mirante com

vista exclusiva para o parque”, diz um anúncio.

Moradores mais antigos, no entanto, estão

preocupados com a possibilidade de os

empreendimentos afetarem um dos principais

redutos verdes da região. “Se você cria uma

parede de prédios no entorno do parque, acaba

matando a finalidade dele”, afirma o engenheiro

químico Andrés Cespedes, de 52 anos, que faz

parte da Sociedade Amigos de Perdizes, a

entidade responsável por fazer a representação

no Ministério Público.

Para moradores, o projeto dos espigões também

destoa dos outros imóveis da área,

predominantemente formada por casas ou

edificações baixas. Além da mudança na

paisagem urbana, eles temem problemas como

aumento populacional e do fluxo de veículos.

“Os prédios devem acabar descaracterizando o

entorno, que hoje tem baixa densidade

populacional, e afetar os serviços que estão

nessas ruas”, diz. “Nosso intuito é demonstrar

que há riscos: não é uma gritaria à toa.”

Na representação, a Sociedade Amigos de

Perdizes afirma que as construções estariam a

mais de 400 metros da Avenida Francisco

Matarazzo, portanto fora do eixo liberado pela Lei

de Zoneamento para a construção de espigões.

Também afirma que as obras de demolição

seriam irregulares, sem cerca de proteção para

evitar danos a imóveis vizinhos e sem

identificação da empresa responsável.

Antes de recorrer à promotoria, o grupo já havia

feito um abaixo-assinado e também uma série de

reclamações pela internet. Eles afirmam que não

não tiveram acesso a nenhum estudo de impacto

urbanístico ou ambiental das obras.

Em 29 de maio, a Promotoria de Habitação e

Urbanismo acatou a queixa e abriu investigação.

Na portaria, o MPE-SP pede esclarecimentos à

construtora e à Prefeitura sobre os

licenciamentos da obra e a existência dos

estudos. Outra dúvida da promotoria é se os

empreendimentos estariam localizados dentro ou

fora da área permitida para espigões.

O MPE-SP também ordenou que a gestão

municipal fizesse vistoria nos locais para verificar

como as demolições eram realizadas. O inquérito

civil ainda está em andamento. A Prefeitura

afirma que a obra dispõe das autorizações

necessárias. A Kallas diz que seguiu os trâmites

legais.

Inaugurado em 1929, o Parque da Água

Branca tem quase 80 mil m² só de área verde e

abriga espécies em preservação da fauna e da

flora de São Paulo. Patrimônio tombado pela

Prefeitura e pelo Estado, o parque também tem

valor hídrico, com olhos d’água que alimentam

seus lagos e fontes.

Em 2002, a construção de outro prédio com

garagem subterrânea chegou a provocar danos

ambientais ao Água Branca. Na ocasião, as obras

de escavação afetaram uma nascente

responsável por abastecer fontes do parque. O

chafariz secou e cerca de 400 carpas tiveram de

ser transferidas às pressas. Parte dos peixes

morreu.

Os moradores receiam que, sem avaliação

específica, o problema volte a acontecer. "Não

podemos repetir erros do passado”, diz

Cespedes. "Nossa posição não é contrária a

imobiliárias ou incorporadores. É contra um

projeto que veio demolindo casas e tomando

posse do entorno sem o devido estudo técnico."

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Responsável por administrar o Água Branca, a

Secretaria de Infraestrutura e Meio

Ambiente, da gestão João Doria (PSDB), diz ter

acompanhado as “medidas mitigatórias” para a

solução do problema de 2002 e que, hoje, o

abastecimento está regular. Sobre as novas

construções, no entanto, afirma que “não coube

ao governo do Estado o licenciamento do

empreendimento”. As autorizações são emitidas

pela Prefeitura.

Questionada sobre a existência de estudos

técnicos, a gestão Bruno Covas (PSDB) afirma

que os empreendimentos da Kallas “não

necessitam de relatório de impacto de vizinhança

e relatório de impacto ambiental”, segundo a Lei

de Parcelamento, Uso e Ocupação do Solo.

Embora ainda não tenha respondido ao MPE-SP,

a Prefeitura também diz que as construções

dispõem de todas as autorizações necessárias e

que não ferem a legislação.

Ainda segundo o município, a construtora chegou

a ser autuada por causa de demolições

irregulares. Na Rua Melo Palheta, a Prefeitura fez

vistoria no dia 9 de agosto e aplicou multa após

constatar a ausência de alvará de demolição. Já

na Doutor Costa Junior foram impostas outras

quatro multas, em maio, também por falta da

documentação. Os valores, ao todo, chegam a R$

21,5 mil. "As demolições estão sob vigilância,

caso persistam no descumprimento do embargo

da demolição será lavrada respectiva multa

novamente", afirma a nota.

Empresa diz que tem estudo e nega

irregularidade em demolição

A construtora Kallas afirma ter seguido o trâmite

legal e que os empreendimentos não oferecem

risco urbanístico, ambiental ou ao Parque da

Água Branca. A empresa nega, ainda, que houve

irregularidades durante as demolições. "A Kallas

preencheu todos os critérios legais ambiental e

urbanístico e foi aprovada em todos os órgãos da

Prefeitura e possui empresas especializadas que

fizeram todas as análises, visando eliminar

qualquer possibilidade de ofensa ao meio

ambiente", diz.

Segundo a empresa, o estudo "afastou qualquer

hipótese da localidade enquadrar-se em área de

preservação", o que teria sido confirmado pela

Secretaria Municipal do Verde e do Meio

Ambiente (SVMA) e Secretaria Municipal de

Licenciamento (SMUL). Para a construtora,

também não deve haver adensamento

populacional, uma vez que, somados, os prédios

terão 112 unidades. "Não são projetos com

grande número de unidades a serem

comercializadas, a legislação vigente afasta a

necessidade de estudo de impacto urbanístico",

diz.

"A Kallas se preocupa muito com o

desenvolvimento da cidade e com os impactos

estruturais de grandes populações, como ocorre

em São Paulo", afirma a nota. "Por isso, analisa

detalhadamente quando e onde construirá os

empreendimentos, para que não atrapalhe o

entorno e não seja um empecilho na vida das

pessoas."

A construtora também nega que as demolições

foram feitas de forma irregular. "A demolição

ocorreu exatamente como determina a legislação

e não seria diferente diante da preocupação da

Kallas com a regularidade de suas obras e com

seu entorno", afirma.

https://sao-

paulo.estadao.com.br/noticias/geral,predios-de-

luxo-no-entorno-do-parque-da-agua-branca-

viram-alvo-do-ministerio-publico,70002993133

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Crimes na Amazônia

Há muito a esclarecer na questão dos incêndios.

Repressão precisa ser implacável com

organizações criminosas

Notas & Informações, O Estado de S.Paulo

03 de setembro de 2019 | 03h00

Há muito a esclarecer e regulamentar na questão

dos focos de incêndio na Amazônia. Boa parte

dos críticos - de estrelas do show business a

chefes de Estado - não só ignora a função da

floresta para o equilíbrio ambiental, como

exagera o tamanho das queimadas. Já as

propostas conservacionistas radicais criminalizam

todo tipo de atividade produtiva, contrariando os

interesses de mais de 20 milhões de brasileiros

que vivem na Amazônia, quase metade deles

abaixo da linha da pobreza. Muitos índios, por

exemplo, gostariam de praticar a mineração ou a

agropecuária sustentáveis em suas terras, mas

são proibidos por lei. Parte do desmatamento e

da extração ilegais é realizada por nativos

pobres, buscando meios para sobreviver. Mas

também cabe às autoridades, além de esclarecer

e regulamentar, reprimir vigorosamente as

organizações criminosas que expandem sua

atuação na Amazônia.

Como mostrou reportagem do Estado, a floresta

amazônica tem se mostrado terreno fértil para

uma série de crimes além das queimadas, como

corrupção, formação de quadrilha, trabalho

escravo, violência, grilagem e tráfico de madeira.

“Existe sim o desmatamento da pobreza, que é

para fins de subsistência”, disse o procurador

Joel Bogo, no Amazonas. Mas, segundo ele, a

parcela mais expressiva dos desmatamentos tem

outras causas: “No sul do Amazonas há cortes de

200, 500, mil hectares de uma só vez. E isso

quem faz é o fazendeiro já com rebanho

considerável que quer se expandir para uma área

que não é dele. É o grileiro que invade uma terra

pública. Não tem nada a ver com pobreza”.

O desmatamento e a grilagem - isto é, a

apropriação de terras públicas e a falsificação de

documentos com o objetivo de tomar posse da

terra - quase sempre são acompanhados pela

corrupção de agentes públicos, como cartorários

e fiscais. No Acre e no Amazonas, a Operação

Ojuara do Ministério Público Federal, por

exemplo, denunciou 22 pessoas por corrupção,

lavagem de dinheiro, milícia privada e associação

criminosa.

A ausência de regulamentação para a prática

sustentável do garimpo em terras indígenas

também cria condições para o crime. O garimpo

clandestino, além de levar ao desmatamento,

gera por vezes conflitos com os indígenas, mas

também à sua corrupção: comunidades são

recorrentemente subornadas para fazer vista

grossa às atividades dos garimpeiros.

Há locais na Amazônia ocupados há décadas por

famílias nativas, mas que nunca foram

regularizados. Diante disso, o poder público

frequentemente edita leis a fim de legitimar

essas propriedades e dar preferência de compra

a quem está ocupando a terra. O problema é que

quando esta justa regulação fundiária não é

acompanhada pela devida fiscalização, cria-se

uma situação atraente aos posseiros, que se

mobilizam para ocupar terras virgens na

expectativa de regularizar a sua posse e comprá-

las por um preço abaixo do mercado.

Considerando regularizações previstas pelo

governo, pesquisadores consultados pela

reportagem estimam um potencial de perda de

receita de R$ 20 bilhões. Em termos ambientais,

a consequência mais grave é o desmatamento

que se segue inexoravelmente às ocupações.

Segundo a Nasa, a alta das queimadas neste ano

está relacionada à alta do desmatamento. Pelo

padrão das colunas de fumaça, infere-se que boa

parte dos focos de incêndio não vem de fogos

esparsos e rasteiros, o que indicaria queima de

resíduos de campos de cultivo ou de pasto, mas

centralizados e altos, de pilhas de troncos em

chamas. Assim, o aumento dos focos de incêndio

pode até ser menos devastador do que sugerem

os alarmistas - que se prendem ao aumento de

80% em relação a 2018, mas esquecem que é

apenas 7% maior do que a média dos últimos 10

anos -, porém é mais grave do que sugere o

governo, já que, ao que tudo indica, está

relacionado não a conspirações de organizações

não governamentais, como insinuou o presidente

da República, mas a organizações criminosas.

Nesse caso, a repressão precisa ser implacável.

https://opiniao.estadao.com.br/noticias/notas-e-

informacoes,crimes-na-amazonia,70002994003

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Data: 03/09/2019

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Grupo de Comunicação

Focos de incêndio em mato dobram em agosto no Estado de São Paulo

No mês, foram 742 queimadas contra 350 no

mesmo período do ano passado; uma das

explicações está na falta de chuvas

José Maria Tomazela, O Estado de S.Paulo

03 de setembro de 2019 | 09h30

SOROCABA - Os focos de incêndio em mato mais

do que dobraram em agosto deste ano, em

comparação com o mesmo mês do ano passado,

no Estado de São Paulo. Segundo dados do

Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe),

o mês de agosto terminou com o registro de 742

queimadas no Estado. Em agosto de 2018,

tinham sido 350.

Incêndio florestal em Castilho

Chamas consumiram ao menos 3 mil hectares na

reserva ambiental Foz do Aguapeí, em Castilho,

no extremo oeste de São Paulo Foto: Corpo de

Bombeiros

Conforme o Inpe, uma das explicações está na

falta de chuvas. Agosto foi um mês muito seco,

neste ano, em São Paulo. Na capital, por

exemplo, caíram apenas 3,3 milímetros de

chuva, para a média de 36 mm que caracteriza o

mês. Em outras regiões do Estado, os índice

pluviométricos variaram entre 3 e 15 mm, muito

abaixo da média.

Os incêndios se multiplicaram ao longo do mês.

No maior deles, as chamas consumiram ao

menos 3 mil hectares, área equivalente a 3 mil

campos de futebol, na reserva ambiental Foz do

Aguapeí, pertencente à Companhia Energética de

São Paulo (Cesp), em Castilho, no extremo oeste

paulista. O combate às chamas durou cinco dias.

Os danos ambientais ainda são calculados.

Outra queimada teve um resultado trágico. No

dia 31 de agosto, a fumaça do fogo em área de

mato invadiu a pista e causou um acidente entre

um caminhão e uma van que transportava

pacientes de hemodiálise, em Mirandópolis,

também no interior. Cinco pessoas morreram -

quatro no local do acidente, uma após ser levada

ao hospital. A polícia investiga as causas do

acidente e, também, possíveis responsáveis pela

queimada.

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Data: 03/09/2019

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Grupo de Comunicação

Terras indígenas causam ingovernabilidade,

diz Bolsonaro

Em entrevista a youtuber, presidente diz que

'sempre se discutiu' que territórios seriam novos

países no futuro. Sobre o Fundo Amazônia, ele

disse que a Alemanha queria comprar o Brasil

Mateus Vargas, O Estado de S.Paulo

03 de setembro de 2019 | 00h15

BRASÍLIA - O presidente Jair Bolsonaro (PSL)

disse que o Brasil está “quase na

ingovernabilidade no tocante às reservas”,

fazendo referência a territórios indígenas

reconhecidos. "A intenção dessas grandes

reservas, e isso sempre se discutiu na ONU, é

que, pela autodeterminação dos povos indígenas,

seriam novos países no futuro", afirmou.

Amazõnia

As chamas consomem a floresta Foto: Gabriela

Biló/Estadao

A declaração ocorreu em entrevista à atriz e

youtuber Antonia Fontenelle, apoiadora do

presidente nas redes sociais, gravada na última

sexta-feira, 30, e divulgada nesta segunda-feira,

2. O presidente voltou a afirmar que países,

"como a Alemanha, em especial", estavam

"comprando o Brasil via Fundo Amazônia". Disse

ainda que a crise internacional pelas queimadas

foi um momento duro: "Essa pancada aí de o

'capitão incendiário da Amazônia' foi barra

pesada".

Segundo Bolsonaro, o presidente da França,

Emmanuel Macron, “mexeu com os brios” dos

países amazônicos. As críticas sobre o Brasil

foram contornadas pela articulação com outros

países, como os EUA, disse. "Quando começou (a

reunião da cúpula do) o G7, Macron estava

isolado."

O presidente afirmou que os países amazônicos

devem elaborar uma "nota conjunta" sobre a

crise na região, além de reafirmar que "temos

direito e vamos explorar de forma sustentável a

região amazônica".

Bolsonaro voltou a afirmar que será

determinante para a escolha de novo procurador-

geral da República a opinião do candidato sobre

meio ambiente e "minorias". "Cada vez se quer

mais terra pra índio. O próximo PGR tem de ser

nota 7 em tudo. Não ser 10 num (ponto) e 2 no

outro", afirmou.

O presidente disse que a listra tríplice para a

escolha ao cargo é "invenção do passado" e que

não precisa ser seguida. Segundo o presidente,

há três nomes em análise para a chefia do MPF.

"A senhora Raquel Dodge já falou que gostaria de

ser reconduzida", disse, sem apontar se a atual

PGR está no páreo para a escolha.

https://sustentabilidade.estadao.com.br/noticias/

geral,terras-indigenas-causam-

ingovernabilidade-diz-bolsonaro,70002994164

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Grupo de Comunicação

Entenda a guerra dos números sobre os focos de queimadas na Amazônia

Governo Bolsonaro tenta minimizar o problema,

mas dados comprovam a gravidade da situação.

'Estado' separou pontos importantes desse

debate. Veja

Giovana Girardi, O Estado de S.Paulo

02 de setembro de 2019 | 19h22

SÃO PAULO - Desde que a crise das queimadas

na Amazônia ganhou a atenção internacional,

uma série de declarações feitas por parte do

governo Jair Bolsonaro ou de seus apoiadores

tem buscado minimizar o problema, apontando

que houve números mais altos de queimadas em

outros momentos. Entenda.

Incêndio na Amazônia

Há evidências de que a destruição da floresta

tropical teria um impacto devastador sobre as

temperaturas globais, sobre os padrões

climáticos e a agricultura Foto: Gabriela

Biló/Estadão

Preste atenção nas datas

Uma tabela foi apresentada pela deputada

federal Joice Hasselmann (PSL-SP) com o

número de focos de queimadas no Brasil inteiro

entre 2001 e 2019 – compilados pelo Instituto

Nacional de Pesquisas Educacionais (Inpe) –, na

qual ela coloca os dados da gestão Bolsonaro em

último lugar no ranking. Na tabela, ela apresenta

o ano, a quantidade de focos, a média/mês e a

posição de cada ano no ranking.

A tabela, porém, compara dados de anos inteiros

com os primeiros oito meses (incompletos) da

gestão Bolsonaro. Para apresentar a média

mensal, todos os dados foram divididos por 12,

mas isso não pode ser feito para 2019, já que

ainda faltam quatro meses para o ano acabar.

Com essa conta, o número fica muito menor do

que a realidade. A tabela ainda dava números

compilados até por volta de 20 de agosto –

76.350 focos. Ao final de agosto, de acordo com

o Inpe, o ano já somava em 90.505 focos.

Compare os períodos corretos

Desse modo, a média de focos de incêndio para

todo o País neste ano foi de 11.312 focos

(90.505 dividido por 8). Não de 6.363, como

apontou a deputada. Assim 2019 sobe para a 17ª

posição. Olhando para os dados dos últimos anos

entre 1º de janeiro e 31 de agosto, vemos que o

Brasil como um todo está com o maior número

de focos desde 2010, que foi um ano de seca

severa e teve até o fim de agosto 137.701 focos

em todo o País.

Amazônia - Incêndio na Floresta Nacional do

Jamanxim, em Novo Progresso, no Pará

Não confunda Amazônia com Brasil

Comparar os focos de incêndio para todo o Brasil

também tira o foco do real problema neste ano,

que são as queimadas na Amazônia. De todos os

incêndios registrados até agora (1º de

setembro), 52% são no bioma. Então é preciso

olhar para os dados do bioma especificamente.

E o que eles mostram? Vejamos o mês de

agosto: o número de focos de incêndio na

Amazônia foi quase o triplo do registrado no ano

passado. Foram 30.901 focos de incêndio até

sábado, 31, ante 10.421 em agosto do ano

passado – alta de 196%. O total de focos

também supera a média histórica para o mês, de

25.853, para o período entre 1998 e 2018. É

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ainda o mais alto desde agosto de 2010 – ano de

seca histórica severa, que teve 45.018 focos.

Por que agosto é importante?

Porque é o início da temporada seca. Em geral, é

a partir de julho que a região começa a queimar,

a partir de ações que vão desde limpeza de pasto

até a queima de floresta que foi derrubada, como

parece ser o caso neste ano. Como a vegetação

está mais seca, o fogo tende a se espalhar. Mas

neste ano a umidade não está tão baixa a ponto

de explicar a elevação das queimadas. A

justificativa parece ser a alta do desmatamento.

Houve períodos com mais queima na Amazônia

antes?

Sim. Na série histórica do Inpe, que considera

queimadas entre 1998 e 2018, os anos de 2004 e

2005 chamam especial atenção, porque foram

anos com altas taxas de desmatamento na

Amazônia. Por causa disso, esses dois anos

foram os que tiveram mais focos ao longo dos 12

meses, considerando somente a região. Agosto

de 2005 foi o recorde para o mês, com 63.764

focos. Ainda comparando somente o mês de

agosto, o segundo colocado foi 2007, com

46.385 focos.

Até então, o desmatamento estava praticamente

sem controle no País. Foi em 2008 que entrou

em vigor o principal programa de combate ao

desmatamento da Amazônia (PPCDAm), que

diminuiu as taxas de desmatamento. Comparar

os dois períodos só olhando os números de

queimadas deixa de levar em conta que o cenário

começou a mudar a partir de 2008. O terceiro

colocado em queimadas no mês de agosto foi

2010, ano de seca intensa. Desde então, a taxa

para o mês não era tão alta. O dado deste ano

chama a atenção justamente por isso: porque

indica uma retomada da alta do desmatamento.

Além do Inpe, outros sistemas de monitoramento

também observam alta nas queimadas na

Amazônia?

Sim, a Nasa observou que neste ano o número

de focos de calor é o mais alto desde 2010,

assim como a Agência Espacial Europeia divulgou

nota apontando que há quase quatro vezes mais

fogo neste ano que no ano passado.

Hoje tive uma conversa bastante produtiva com a

Chanceler Ângela Merkel, a qual reafirmou a

soberania brasileira na nossa região amazônica.

A pedido do Governo Alemão, o Serviço Europeu

de Ação Externa foi mobilizado para avaliar a

situação das queimadas na América do Sul.

Mas os incêndios da África não são mais graves

que os da Amazônia?

A savana africana de fato tem mais focos de

incêndio que a Amazônia, mas lá eles ocorrem

em área de agricultura e de savana, tipo de

vegetação mais resistente ao fogo, como ocorre

com o nosso Cerrado. A floresta tropical úmida é

muito mais sensível aos incêndios e demora

muito mais para se recuperar.

Houve aumento do desmatamento no Brasil?

O número oficial usado pelo governo para

divulgar os dados de desmatamento anual da

Amazônia – do sistema Prodes, do Instituto

Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) ainda não

foi divulgado (isso deve ocorrer até novembro),

mas números obtidos com uma resolução um

pouco menor indicam que sim. O sistema Deter,

também do Inpe, que faz detecções rápidas com

satélite para orientar a fiscalização em campo,

observou um aumento de 49,62% no corte da

floresta entre 1.º de agosto do ano passado e 31

de julho deste ano (período histórico de análise),

em comparação com os 12 meses anteriores. Os

alertas do Deter observaram a perda de 6,841

km² neste período, ante 4.572 km² no período

anterior. Apesar de ter uma resolução menor,

nos últimos anos a tendência vista pelo Deter é

confirmada posteriormente pelo Prodes.

Outros sistemas confirmam isso?

Outros sistemas de monitoramento

independentes confirmaram a tendência de alta.

O SAD, da ONG Imazon, indicou para esse

período alta de 15%.Instituições estrangeiras,

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como a Nasa e a Universidade de Maryland, que

também monitora florestas em todo o mundo,

também constataram alta no desmatamento da

Amazônia nos últimos 12 meses. Já o governo

Bolsonaro admitiu que houve um aumento no

corte da floresta, mas ressaltou que isso vem

ocorrendo desde 2012. A gestão disse que talvez

a perda não seja tão alta quanto mostrou o Deter

e o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles,

chegou a destacar alguns erros do sistema (que

tem acurácia em torno de 90%).

Houve desmatamentos maiores no passado?

Sim. Os anos de 1995 e 2004 tiveram as maiores

taxas de perda da floresta – 29.059 km² e

27.772 km², respectivamente, de acordo com o

Prodes, do Inpe, que calcula a perda anual da

floresta (entre agosto de um ano a julho do ano

seguinte) desde 1989. Em 2012, observou-se o

menor nível histórico – 4.571 km².

https://sustentabilidade.estadao.com.br/noticias/

geral,entenda-a-guerra-dos-numeros-sobre-os-

focos-de-queimadas-na-amazonia,70002993803

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Data: 03/09/2019

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Entenda como o fogo destrói a Amazônia, a maior floresta tropical do

mundo Pesquisadores explicam como ocorrem a rápida

devastação da vegetação e o lento processo de

regeneração

Giovana Girardi, O Estado de S.Paulo

SÃO PAULO - Neste mês de agosto, a Amazônia

teve uma quantidade de queimadas bem acima

da média histórica para o mês. Foram 30.901

focos de incêndio ao longo do mês, ante uma

média de 25.853 para o período entre 1998 e

2018. O número é quase o triplo do registrado

em agosto do ano passado, que teve 10.421

focos (alta de 196%), e é também o mais alto

desde agosto de 2010 - ano de seca histórica

severa, que teve 45.018 focos. Setembro

começou quente, com 980 focos no primeiro dia.

Incêndio na Amazônia, em Santo Antônio do

Matupi

O processo de morte das árvores da Floresta

Amazônica pode durar pelo menos cinco anos

depois do fogo Foto: Gabriela Biló/Estadão

Análises feitas pela Nasa e pela Instituto de

Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam) indicam

que os incêndios estão correlacionados com a

alta de desmatamento no ano. Após o corte,

pilhas de madeira são feitas para limpar a área. É

floresta já derrubada, mas uma boa parte desse

fogo acaba escapando e atinge a mata que

permanece em pé. Unidades de conservação e

terras indígenas estão entre as florestas

atingidas pelo fogo.

A extensão desse impacto só deve ser conhecida

quando a fumaça baixar e for possível ver melhor

como a vegetação foi afetada, mas estudos sobre

queimadas anteriores e experimentos

controlados mostram que os efeitos podem ser

devastadores.

“Ouvi algumas pessoas argumentando nos

últimos dias que a floresta regenera, então não

haveria problema. Mas a verdade é que a floresta

não se regenera dessa maneira”, disse ao Estado

a bióloga Erika Berenguer, pesquisadora da

Universidade de Oxford, que estuda o impacto do

fogo na biodiversidade e nos estoques de

carbono na Amazônia. “A Amazônia não é um

ecossistema acostumado com fogo periódicos. É

úmida, não queima de modo natural com

frequência, então, não evoluiu com incêndios,

como ocorreu com o Cerrado, por exemplo. A

floresta não tem um mecanismo de recuperação

rápida, tanto em termos de biodiversidade

quanto em estoque de carbono.”

Para queimar, explica a pesquisadora, em geral

alguém tem de por fogo na floresta.

Segundo Jos Barlow, professor de Ciência da

Conservação da Universidade de Lancaster, e

Alexander C. Lees, professor de Biologia da

Conservação na Universidade Metropolitana de

Manchester, ambos com mais de uma década de

pesquisas na Amazônia, em florestas tropicais

não perturbadas, o fogo vai consumindo a

floresta por baixo.

“As chamas avançam apenas de 200 a 300

metros por dia e raramente ultrapassam os 30

cm de altura, queimando apenas folhas secas e

madeira caída”, explicam em artigo publicado

nesta semana no site Ambiental Media, de

divulgação científica. “Mesmo um incêndio de

baixa intensidade pode matar a metade das

árvores. Enquanto árvores pequenas são mais

suscetíveis em um primeiro momento, as

maiores geralmente morrem nos anos

seguintes”, escrevem.

Erika afirma que esse processo de morte das

árvores pode durar pelo menos cinco anos depois

do fogo. “As que nascem depois são fininhas, vão

levar centenas de anos para chegar ao tamanho

daquelas que morreram. Além disso, vão vir

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primeiro as espécies pioneiras, que também tem

menos capacidade de armazenar carbono”, diz.

“Mesmo passados 30 anos após o fogo, essa

nova floresta ainda armazena 25% menos

carbono do que uma não queimada”, explica ela,

citando estudo publicado no ano passado na

revista Philosophical Transactions B, que

quantificou no longo prazo biomassa, mortalidade

e produtividade de madeira de locais queimados.

Erika e Barlow estão entre os autores do estudo,

que contou com 21 pesquisadores especialistas

na Amazônia. “Incêndios em florestas tropicais

podem reduzir significativamente a biomassa por

décadas ao aumentar a taxa de mortalidade de

todas as árvores”, escreve o grupo.

“Uma floresta sem distúrbios tem árvores

gigantescas. Mas quando elas morrem, surgem

clareiras, árvores finas, muito cipó. Vai virando

um queijo suíço. Em vez da sombra constante,

começa a entrar muito sol e vento dentro da

floresta. A temperatura e a umidade mudam.

Muitas espécies da fauna e da flora acabam não

encontrando mais condições de ficar nesses

locais”, complementa Erika. “Nesse cenário, a

floresta fica mais seca, mais inflamável e, desse

modo, mais vulnerável a novos eventos de fogo.”

Aí o impacto é ainda mais devastador.

“Quando as florestas sofrem incêndios

recorrentes, as árvores mortas anteriormente

viram combustível para uma verdadeira fogueira:

uma área cheia de lenha seca sob um dossel

aberto. A altura das chamas nessas florestas

geralmente atinge as copas das árvores,

causando a morte de quase todos os indivíduos

remanescentes”, escrevem Barlow e Lees.

Floresta perturbada

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Data: 03/09/2019

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Florestas que já sofreram outras perturbações,

como a retirada seletiva de madeira ou os

impactos de estarem no entorno de grandes

desmatamentos também são mais vulneráveis ao

fogo. Acredita-se que essas sejam algumas das

que podem estar sendo afetadas agora pelos

incêndios de agosto que escapam da “limpeza”

feita nas áreas que foram desmatadas.

“Além do desmatamento, o fogo vai comendo a

floresta pelas bordas cada vez mais”, afirma a

bióloga.

As áreas verdes que restam no chamado arco do

desmatamento - região que concentra os maiores

índices de desmatamento da Amazônia, do

sudeste do Pará em direção oeste, passando por

Mato Grosso, Rondônia e Acre - são, desse modo,

bastante sensíveis, mas extremamente

importantes para a conservação da

biodiversidade que resta ali.

“Este ano não está extremamente seco, então as

florestas com grandes árvores, bem sombreadas,

não devem estar queimando. Provavelmente o

fogo deva estar atingindo aquelas mais próximas

ao desmatamento, na fronteira entre agricultura

e pecuária”, concordou em entrevista ao Estado o

pesquisador Paulo Brando, do Centro de Pesquisa

Woods Hole e do Ipam.

É o chamado efeito de borda, em que a porção

da floresta exposta por estar “descoberta” acaba

ficando mais seca e mais inflamável. “E aí o fogo

tem efeito catastrófico”, diz Brando.

Ele observou isso em um experimento de longo

prazo feito na fazenda Tanguro, do grupo

Amaggi, em Mato Grosso. Lá, trechos de floresta

vêm sendo queimados de modo controlado desde

2004 a fim de entender quanto a vegetação é

resiliente ao fogo.

“Quando fizemos a primeira queima, em um ano

não muito seco e em floresta preservada, três

anos depois ela havia se recuperado muito bem.

Depois, queimamos de novo e já notamos que

perto da borda a recuperação não era tão boa.

Nove anos depois e ainda há mortalidade de

árvores e entrada de gramíneas, que dificultam a

recuperação”, conta.

Nos anos que houve secas severas, como 2005 e

2010, houve um empobrecimento florestal

profundo. Segundo Brando, mais de 50% das

árvores morreram na fase de colapso. Na borda

foi quase 100%. Uma tempestade de vento forte

que ocorreu um tempo depois chegou a derrubar

2 mil árvores em meia hora de ventania.

Brando é um dos autores da nota técnica do

Ipam que apontou para correlação das

queimadas atuais com o desmatamento.

Segundo a análise, as cidades com mais

queimadas até 14 de agosto eram também as

que mais tinham desmatado entre agosto do ano

passado e julho deste ano.

“O período seco da Amazônia sempre tem mais

queimadas (como de limpeza de pasto). Mas a

diferença deste ano é que tem mais fogo de

desmatamento em algumas regiões específicas.

Imagine que o desmatamento pode ter subido

15% neste ano. Estamos falando de cerca de

1.000 km² a mais do que no ano passado. Não

quer dizer que toda essa área queimou, mas boa

parte pode ter queimado”, estima. “É incêndio de

floresta que foi derrubada, que escapa e pega o

que está em pé a partir das bordas secas. Ainda

é cedo para dizer tudo o que pode estar sendo

atingido, se está pegando floresta primária. E

ainda temos mais algumas semanas de fogo por

vir”, afirma o pesquisador.

Historicamente, setembro é o mês com mais

queimadas na região.

https://sustentabilidade.estadao.com.br/noticias/

geral,entenda-como-o-fogo-destroi-a-amazonia-

a-maior-floresta-tropical-do-

mundo,70002993118

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Data: 03/09/2019

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Grupo de Comunicação

VALOR ECONÔMICO Maia e ruralistas articulam agenda

ambiental paralela

Por Cristiano Zaia e Marcelo Ribeiro | De Brasília

4-6 minutos

Diante da crise dos incêndios na Amazônia que

ganhou contornos internacionais e atingiu o

presidente Jair Bolsonaro, o presidente da

Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e a bancada

ruralista traçaram uma agenda ambiental

paralela ao governo para contrapor, no

Congresso, as críticas da comunidade

internacional ao aumento do desmatamento no

país.

A ofensiva, já discutida em duas reuniões na

residência oficial de Maia nas últimas semanas

conta com a participação da ministra da

Agricultura, Tereza Cristina. Há uma insatisfação

crescente de deputados e senadores ruralistas

com a retórica ambiental do presidente e do

ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles. No

ano passado, houve grande apoio da bancada e

do setor agropecuário à eleição do atual

presidente. Segundo um deputado do núcleo

ruralista, "Bolsonaro tem que descer do palanque

e o radicalismo é uma praga que está

prejudicando o país", diz um deputado do núcleo

ruralista.

A pauta inclui uma viagem à Europa, que integra

os esforços dos ruralistas do agronegócio

brasileiro - sobretudo os agroexportadores - de

melhorar a imagem do setor no exterior e marcar

posições na defesa do uso racional de

agrotóxicos e da produção agropecuária com viés

de preservação ambiental. Com paradas

previstas na Alemanha, Inglaterra, França e

Itália, a ideia é mostrar que o produtor rural

brasileiro não é culpado pelas queimadas e pelo

desmatamento ilegal na região amazônica.

Ao Valor, Maia afirmou que a viagem tem como

objetivo emplacar a tese de que o Parlamento

brasileiro tem compromisso com a preservação

do meio ambiente. O parlamentar do DEM

acredita que a viagem também servirá para

enterrar as possibilidades de os parlamentos

europeus atrasarem a análise do acordo entre o

Mercosul e a União Europeia.

Durante a viagem, Maia e os ruralistas também

pretendem falar sobre os contratos bilaterais

firmados entre Brasil e o Reino Unido antes do

plebiscito de 2016 que aprovou o "Brexit".

Segundo fontes, há alguns contratos que

precisam ser revistos para evitar prejuízo ao

comércio exterior brasileiro após a saída do Reino

Unido da União Europeia. O Brasil é superavitário

em suas relações comerciais com o Reino Unido,

segundo dados da balança comercial, divulgados

pelo Ministério da Economia.

Hoje, em café da manhã na Confederação da

Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Maia,

parlamentares da bancada do agronegócio e

dirigentes da rede de federações da entidade

voltarão a discutir projetos de lei que entendem

dar uma resposta ao impasse ambiental. Entre

eles, o que prevê o Pagamento por Serviço

Ambientais (PSA) - que deve ter o requerimento

de urgência aprovado no plenário da Câmara

ainda nesta semana. Também deve entrar na

lista o que agiliza e simplifica o licenciamento

ambiental no país e o que trata de defensivos

agrícolas.

Menos avançados, outros dois projetos também

devem sair do papel nos próximos meses: um

deles tem como objetivo tratar do desmatamento

ilegal e da regulação fundiária e outro que

endurece penas contra delitos ambientais.

"Não apenas somos contra desmatamento ilegal

como defendemos mais fiscalização", afirma o

deputado Alceu Moreira (MDB-RS), presidente da

Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA).

"Estamos tentando destravar na Câmara uma

agenda ambiental que consolide uma imagem de

que o agronegócio é sustentável e preserva o

meio ambiente. Sempre fomos muito tímidos em

fazer esse contra-ataque. Mas dadas as

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Data: 03/09/2019

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circunstâncias, temos que mostrar que a

responsabilidade ambiental e o nível tecnológico

do setor são altos", destaca o deputado Evair de

Melo (PP-ES), que é vice-presidente da FPA.

Relator do projeto de licenciamento ambiental, o

deputado Kim Kataguiri (DEM-SP), trabalha em

uma nova versão do texto. Ele afirmou que já

está "com 70% do texto pronto", mas destaca

que ainda não tem uma data certa para que o

texto seja apreciado. Ele admite que a onda de

queimadas e os dados de desmatamento

"contaminaram o debate", o que pode, em sua

avaliação, atrasar os planos de aprovação da

proposta.

https://www.valor.com.br/politica/6418693/maia

-e-ruralistas-articulam-agenda-ambiental-

paralela

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Data: 03/09/2019

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Principal interlocutor com indústria deixa cargo no MME Por Rodrigo Polito | Do Rio

2-3 minutos

A pouco mais de dois meses para a realização do

megaleilão do excedente da cessão onerosa e da

6ª rodada do pré-sal, o engenheiro Márcio Félix

pediu demissão do cargo de secretário de

Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis do

Ministério de Minas e Energia (MME). Principal

interlocutor do governo com o mercado de óleo e

gás, Félix alegou motivos pessoais para deixar o

cargo.

A exoneração foi publicada ontem no "Diário

Oficial" da União, que informa que a exoneração

ocorreu a pedido do secretário.

Na carta de demissão enviada ao ministro de

Minas e Energia, Bento Albuquerque, Félix disse

estar "à disposição, como cidadão brasileiro e

técnico da área, para continuar ajudando a fazer

acontecer as políticas públicas relacionadas a

biocombustíveis, gás e petróleo". Procurado pelo

Valor, Félix não comentou o assunto. Em nota,

Albuquerque agradeceu os serviços prestados.

Questionado pelo Valor, o ministério informou

que até ontem à noite não havia uma definição

sobre o substituto de Félix nem sobre quem iria

assumir o cargo pelo menos de forma interina.

Enquanto o assunto não é definido, o principal

nome da área no ministério é o de Renata Isfer,

secretária-adjunta da secretaria de Petróleo, Gás

Natural e Biocombustíveis. Ela também possui

boa interlocução com a indústria de petróleo e

gás.

Félix assumiu por duas vezes a secretaria de

Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis. A

primeira vez foi entre julho de 2016 e abril de

2018. Também foi secretário-executivo da pasta

no ano passado. Durante sua passagem pelo

MME, o engenheiro teve participação relevante

no desenvolvimento da agenda petrolífera do

país, com destaque para o fim do papel da

Petrobras como operadora única no pré-sal e o

aperfeiçoamento das regras de conteúdo local.

Um de seus últimos trabalhos de destaque foram

as articulações junto à Petrobras para destravar

o acordo de revisão do contrato da cessão

onerosa, que viabiliza a realização do megaleilão

do excedente.

https://www.valor.com.br/brasil/6418713/princip

al-interlocutor-com-industria-deixa-cargo-no-

mme

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Aneel retoma processo da Cemig

Por Camila Maia | De São Paulo

2 minutos

A diretoria da Agência Nacional de Energia

Elétrica (Aneel) retoma hoje o processo de

análise dos indicadores técnicos de qualidade de

serviço reportados pela Cemig em 2016 e 2017.

No ano passado, a companhia recebeu da

agência reguladora um auto de infração que

determinou o recálculo dos indicadores e uma

multa de R$ 12,4 milhões pela irregularidade.

A estatal mineira recorreu da decisão, e os

recursos tiveram relatoria atribuída ao diretor da

Aneel Efraim Pereira. A diretora Elisa Bastos, no

entanto, pediu vistas e solicitou à procuradoria

federal junto à Aneel um parecer sobre o tema, a

fim de assegurar a conformidade legal dos

processos punitivos. O documento, assinado pelo

procurador Marcelo Escalante, concluiu pelo

desprovimento do recurso.

Com isso, a expectativa é que a Cemig precise

recalcular os indicadores de qualidade daqueles

anos. O problema está nos números de duração

(DEC) e frequência (FEC) das interrupções no

fornecimento de energia. Segundo a Aneel, a

Cemig utilizou critérios equivocados ao

considerar diversas interrupções como "dia

crítico", com expurgo do resultado final.

O maior risco, para a Cemig, é que o recalculo

dos indicadores resulte em números abaixo das

metas regulatórias. Pelo aditivo contratual

assinado pela Cemig em 2015, pode ser aberto

um processo de caducidade da concessão.

https://www.valor.com.br/empresas/6418629/an

eel-retoma-processo-da-cemig

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Petrobras planeja manter 50% do

mercado de gás Por André Ramalho | Do Rio

A Petrobras espera que, com a consolidação da

abertura do mercado brasileiro de gás natural,

nos próximos anos, passe a deter fatia de 50%

do setor. O gerente-executivo de gás natural da

companhia, Rodrigo Costa Lima e Silva, conta

que a petroleira estatal trabalha para acelerar a

sua saída do transporte e distribuição e está

aberta a antecipar o fim dos contratos de compra

de gás de terceiros, como parte do termo de

compromisso assumido junto ao Conselho

Administrativo de Defesa Econômica (Cade). De

acordo com ele, a estatal quer avançar, nos

próximos meses, ainda, com a abertura de parte

de sua infraestrutura para outros produtores.

Atualmente, a Petrobras responde por 77% do

gás produzido no país, mas é praticamente a

única fornecedora relevante do mercado, porque

as demais empresas têm dificuldades para

chegar ao consumidor e optam por vender suas

parcelas de gás, a preços baixos, para a estatal.

De acordo com Lima e Silva, a Petrobras compra,

atualmente, cerca de 14 milhões de metros

cúbicos diários (m3 /dia) de terceiros - o

equivalente a 11% de toda a produção nacional.

A estatal, contudo, assinou termo com o Cade

para não comprar mais gás de seus parceiros, o

que abre espaço para que suas sócias nos

campos de produção, sobretudo do pré-sal,

possam buscar mercado para seus volumes.

"A medida que esses contratos forem vencendo,

não iremos mais renová-los", afirmou o gerente-

executivo ontem, durante participação no Brazil

Energy Future Summit, promovido no Rio de

Janeiro pelo Conselho Britânico de Energia (EIC).

O executivo explicou que os contratos com seus

parceiros têm prazos de validade diferentes e

que alguns começam a vencer já entre 2021 e

2022, mas há casos de compromissos firmados

até a década de 2030. Nesse sentido, a Petrobras

está aberta a antecipar o fim de alguns deles. "É

possível sentar para negociar. Se as condições

forem benéficas para ambas as partes, encerra-

se de forma antecipada", disse.

Com o fim da compra de gás de terceiros, a

expectativa da petroleira é que passe a deter

cerca de 50% de participação na produção e nas

atividades de escoamento, processamento e

comercialização de gás. Hoje, a Petrobras

responde por 77% da produção e do

escoamento, por 100% da infraestrutura de

processamento e por 95% da comercialização.

"[Em quantos anos a empresa terá sua

participação reduzida para 50%] Vai depender da

dinâmica e ritmo em que se dê a abertura do

mercado", afirmou Lima e Silva.

Ele disse, ainda, que a Petrobras tem até 2021

para concluir os desinvestimentos no transporte

e distribuição de gás, mas que a companhia está

trabalhando para "acelerar ao máximo possível"

as vendas. A empresa assumiu o compromisso

de se desfazer de suas fatias de 51% na

Gaspetro e na Transportadora Brasileira

Gasoduto Bolívia-Brasil (TBG) e de 10% na

Transportadora Associada de Gás (TAG), vendida

para consórcio formado por Engie e Caisse de

Dépôt et Placement du Québec (CDPQ), e Nova

Transportadora do Sudeste (NTS), vendida para

a Brookfield.

Ainda de acordo com o Cade, conforme os

demais produtores forem aumentando a sua fatia

de mercado, a ideia é que a Petrobras abra a sua

capacidade de processamento de gás para

terceiros. O termo de compromisso prevê que a

estatal entregue, até o fim do ano, uma minuta

de contrato de acesso de outras empresas as

suas unidades de processamento de gás natural

(UPGNs).

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"A ideia não é vender participação [nas UPGNs],

mas sim prestarmos o serviço de processamento

[para terceiros]. Vamos cobrar uma tarifa para o

processamento, para que aquele produtor que

descontratou com a Petrobras tenha como

processar seu gás. No curto prazo não tem como

ser diferente. Eles vão processar nas nossas

unidades, até que eles construam [suas

próprias]", explicou.

Silva e Lima disse ainda que a Petrobras espera

concluir neste ano a reestruturação societária de

seu sistema de gasodutos marítimos de

escoamento. Hoje, a empresa detém fatias

diferentes nos gasodutos Rota 1 e Rota 2, ao

lado de outras petroleiras coproprietárias, e

opera 100% do Rota 3, que está em construção.

A ideia é construir um sistema integrado de

escoamento, de forma que a Petrobras e seus

sócios tenham participação societária uniforme

em todo o sistema. Além disso, o gerente

afirmou que a estatal pretende, daqui para

frente, investir em novas infraestruturas de gás

em parcerias, e não mais sozinha.

https://www.valor.com.br/empresas/6418645/pe

trobras-planeja-manter-50-do-mercado-de-gas

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