jornal novembro 2011

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Informativo do Colégio Santa Marcelina Ano VI - Nº 18 - Novembro de 2011 O Ícone – espelho visível de uma realidade invisível (2 a parte) 6 e 7 PÁGINAS O abuso do uso 11 PÁGINA VI Santa Mundi 5 PÁGINA Estrelas 10 PÁGINA Santa Marcelina em notícias

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Jornal Novembro 2011

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Page 1: Jornal Novembro 2011

Informativo do Colégio Santa MarcelinaAno VI - Nº 18 - Novembro de 2011

O Ícone – espelho visível de uma realidade

invisível (2a parte)

6 e 7p á g i n a S

O abuso do uso

11p á g i n a

VI Santa Mundi

5p á g i n a

Estrelas10

p á g i n a

Santa Marcelinaem notícias

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R E F L E X Õ E S

EXpEDiEnTE – SanTa MaRCELina EM nOTÍCiaS – anO 6, nº 18Diretora Pedagógica: Irmã Roseli Teresinha Hart – Diretora Administrativa: Irmã Marinez Rossato – Editor e Revisor: Igor Freitas de Queiroz – Revisora final: Ilmar Maria Aparecida dos Santos Coelho – Tiragem trimestral: 2000 exemplares – Endereço: Alameda das Falcatas, 505, São Luiz, Pampulha, CEP 31275-070 – Belo Horizonte / MG. Fone: (31) 34414988 – Fax (31) 34974189 – Homepage: www.colegiosantamarcelina.com.br - Arte, Im-pressão e Fotolito: Lanna Projetos Gráficos Ltda. E-mail para contribuições: [email protected]

EDITORIAL

Prof. Aloísio Rabelo

A arte é um grande laboratório de experimentações onde a materia-lidade criativa, que parte da expressão dos sentimentos, concreti-za-se em imagens ou formas. Entender o processo de concepção

é adentrar na obra, percorrendo milimetricamente o espaço. Ao perceber esse universo criativo, e relacionando o contexto, o apreciador se encontra com o ob-jetivo do artista.

Tudo isso faz parte de um misto de situações que, aglutinadas, fortale-cem o entendimento, ficando mais fácil a leitura da imagem. Acreditamos numa formação gradativa onde o apreciador vivencia continuamente esse processo, refletindo, lendo imagens e traduzindo-as em expressão artística. No mês de setembro, nossos alunos visitaram a "Exposição 1911 e 2011 - Arte Brasileira" e depois, na Coleção do Itaú Cultural, em cartaz no Palácio das Artes e entraram em contato com o uni-verso grandioso de produções artísticas dos últimos 100 anos de arte brasileira.

Conhecer obras originais, produzir registros de sentimentos e sensações faz parte do universo criativo nas artes. Esse processo se dá, muitas vezes, de forma coletiva, pois a liberdade criativa possibilita o encontro das diferenças e nós, como seres em formação contínua, exercitamos esse dever.

Traduzindo para o dia-a-dia, tudo isso não acontece de forma linear, é cíclico e, muitas vezes, poético. O registro gráfico da criança, as linhas precisas dos jovens adolescentes numa busca por acertos, formam um universo de dualidades. Entender essa lógica é entender o crescimento do ser humano. Propor diferentes estratégias dinamiza essa trilha. Exemplo disso foi a oficina na semana da criança

onde a educação infantil realizou uma atividade que chamamos de LAMBRE-CARTE, muita tinta espirrada, jogada e esfregada em suportes de papel gigantescos possibilitou muitos mo-vimentos e liberdade, não impor-tando o produto e sim o processo de construção. Esse entrelaçar de movimentos que ora privilegia o fazer, ora o experimentar e o apreciar faz da arte, algo intri-

gante, desafiador e transformador.

Experiência em ARTE

Para além da graça: um desabafo para uma arte que (também) pensaprof. Danilo Filho

Um artista não se forma, não se aprende, não se compra. Um artista nasce. por isso, a arte na escola não tem o dever de formar estrelas ou evidenciar dons. para mim, ela deve apontar caminhos para uma vida melhor. Faz parte de sua raiz criativa pensar, inventar, propor, enfim, pulsar o lúdico no dia a dia humano.

acredito numa arte que mova o mundo. Mais, acredito numa arte que exista para modificar aquilo que está ao seu redor – coisas, pessoas, relações. a arte que acredito – e exerço! – não existe apenas para oferecer graça ao homem, para entreter crianças e seus familiares, para enaltecer belezas. nós, artistas, temos o dever de criar a possibilidade de uma vida melhor. É nossa missão plantar essa semente.

nesse caminho, tenho pensado muito no fazer artístico e, principalmente, na experiência artística escolar. Tenho pregado que não somos (eu e arte já nos tornamos um só) apenas recreação ou entretenimento, geramos conheci-mento e temos uma história. não somos só os bobos da corte, nós também pensamos, desenvolvemos raciocínio e fazemos diferença na vida diária. Milito por essa arte e para que ela seja reconhecida pela formação que oferece ao homem e pela transformação que pode gerar no mundo em que brilha.

“O teatro é uma arte e ao mesmo tempo, talvez, algo mais que uma arte.” – escreveu o teatrólogo russo Vsevolod Meyerhold. aos meus alunos compar-tilho esse “algo mais” do teatro. isso que não é palpável, escrito, ensinado ou aprendido. Um “algo mais” que é sentido, divino. E que traz mudanças inimagi-náveis. para eles e para o que – e quem – se encontra à sua volta.

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O P I N I Ã O

as discussões abrangendo o novo Código Florestal estão to-mando conta do cenário político brasileiro e da mídia. as mudanças de texto propostas pelo deputado aldo Rebelo transformam o códi-go em um alvará de desmatamento.

O novo Código propõe a diminuição da Reserva Legal – área necessária à proteção da fauna e flora nativas – e que a área de preservação Legal seja agora descontada na Reserva Legal. Trata--se de uma zona protegida com a função ambiental de preservar a água, a paisagem e a biodiversidade. Tais proposições unilaterais visam a beneficiar apenas aqueles que lucram com o uso da terra: os fazendeiros.

Com as alterações, fazendeiros e grandes produtores se veem no direito de fazer o uso da terra com menos cuidado ainda em relação à maneira como era explorada antes. a nova Lei também garante a anistia daqueles que desmataram antes de 2008.

as consequências da aprovação desse código são inúmeras. a amazônia, que já sofre com o desmatamento desenfreado por causa da falta de fiscalização, terá dimunuídas, em grandes pro-porções, sua fauna e flora. Essa floresta pode acabar aos pou-cos, o que atingirá tanto quem é contra quanto quem é a favor do novo Código.

a maior parte da população do Brasil, assim como sua presi-dente, Dilma Rousseff, é contra a aprovação do novo Código. por ser uma decisão que afetará a todos e uma proposta que atende apenas a minoria, deveria haver um plebiscito. a população po-deria, assim, defender sua opinião e sua decisão seria contada como uma porcentagem dos votos. Dessa maneira, poderiam ser resolvidos os impasses inerentes à aprovação do texto.

Vivemos em um mundo no qual, cada dia mais, a natureza vem sendo agredida profundamente. Toneladas de matéria-prima são transformadas, produzindo uma quantidade absurda de rejeitos os quais denominamos “lixo”. atualmente, são cerca de 6,6 bilhões de habitantes no planeta, sen-do que cada indivíduo gera, em média, 1,5 Kg de lixo por dia, se levarmos em consideração apenas os resíduos domésticos e desconsiderarmos o hospitalar e o industrial, por exemplo.

a produção de dejetos sempre ocorreu, mas alcançou grandes propor-ções principalmente após a segunda metade do século XX, em decorrência do crescimento, em escala mundial, da industrialização e da população em centros urbanos. Como se já não fosse suficientemente preocupante a si-tuação de destino, armazenamento e processamento dos rejeitos, o consu-mismo, a intensa globalização, as inovações tecnológicas e a dispersão de mercadorias e ideias contribuíram para agravar esse fato.

nesse contexto, surge a necessidade de se criarem alter-nativas que visem à solução desse problema. a “Regra dos três R” (Reduzir, Reutilizar e Reciclar) foi uma proposta lançada, sendo o terceiro tópico o mais difundido e posto em prática. apesar de ser de grande importância, já que proporciona redu-zir a extração de matérias-primas e a produção de resíduos sólidos, a reciclagem não é capaz de solucionar esse impasse individualmente. Daí a relevância de se realizarem conferências, debates, oficinas sobre reaproveitamento para a conscientização do “aprender a consu-mir”. Essas atividades são parte dos direitos e deveres inerentes às pessoas e devem ser vis-tas como uma ação de cidadania em prol da vida e do meio ambiente.

Muitas são as “frases feitas” quando a pauta é a polêmica devastação do território amazônico. a maioria afirma que também se espanta ao de-parar-se com um merecidíssimo primeiro lugar no “ranking” dos países mais desmatados em quilô-metros quadrados. E só não subimos no “podium” de percentual desmatado devido a um vasto ter-ritório que engana friamente e faz parecer pouco

aos olhos hipócritas - os 42%, por enquanto, des-matados.

Em países desenvolvidos, o consumo de carne bovina é bem menor do que o do brasileiro. Esse, por sua vez, usa como desculpa o consumo habitu-al para arrancar 60% das florestas do país. E para aumentar as desculpas e justificativas para tamanha destruição, soma-se a agricultura.

não tem como dizer que a agricultura é respon-sável pelo desmatamento, ela não é um vetor tão significativo nesse caso. Esse hábito de consumo bovino brasileiro deve ser pensado para que tenha-mos futuros dados de diminuição do consumo e, concomitantemente a eles, a redução de desmata-mento que, convenhamos, não pode ser visto como irrelevante.

Lixo e consumismo

De floresta a deserto

Melissa Bravo Fonseca - 3º ano A - EM

Bárbara Moraes – 1º ano B – EM

Desmatamento liberadoMariana Cecília Ivo Martins - 3º ano A - EM

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aconteceu no dia 18/10/11, na Casa do Baile, a pre-miação da 8ª Edição do prêmio águas da pampulha, cujo tema foi “Duas cidades por uma Lagoa”, promovido pelo Consórcio de Recuperação da Bacia da pampulha, que visa identificar, valorizar e disseminar informações relaciona-das ao Meio ambiente, em especial à preservação das águas no âmbito da Bacia Hidrográfica da pampulha.

Os alunos do 6º ano do Colégio Santa Marcelina par-ticiparam do concurso, sob orientação da professora Mi-chelle geber e, dentre os 535 trabalhos inscritos, incluin-do textos e desenhos de alunos de Ensino Fundamental e Ensino Médio de escolas da região da Bacia da pampulha (Belo Horizonte e Contagem), tiveram alguns trabalhos selecionados e expostos na Casa do Baile: ana paula Lima (6º C), annia Catharina (6º B), Carolina Boaventura (6º C), Carolina Matos (6º B).

a aluna annia Catharina (6º B) teve seu desenho pre-miado em sua categoria – Ensino Fundamental – tendo recebido uma bicicleta e passaportes para o parque de Diversão guanabara, onde comemorou o prêmio e se di-vertiu com toda a sua turma.

Prêmio Águas da PampulhaProfa. Michelle Geber Myssior

O mundo do folclore é um mundo encantado, cheio de histórias e personagens estranhos que instigaram a curio-sidade das nossas crianças. No mês de setembro, as tur-mas dos 1º Períodos realizaram o projeto “O MUNDO EN-

CANTADO DAS LENDAS”. As crianças aprenderam e se divertiram muito durante a produção dos nossos

trabalhos. Encerramos o nosso projeto com uma linda exposição no corredor da

Ed. Infantil.

O MUNDO ENCANTADO DAS

LENDASEquipe do infantil

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no período de 01 a 03 de se-tembro, ocorreu, no Colégio Santa Marcelina de Belo Horizonte, o Vi Santa Mundi. O evento contou com a participação de alunos do 9º ano do Ensino Fundamental e do Ensino Médio do Colégio Santa Marcelina, de ex-alunos que, hoje, são univer-sitários e de convidados de outras escolas de nível básico e universi-tário.

O Vi Santa Mundi promoveu uma simulação da Organização das Con-ferências islâmicas (OCi) com a dis-cussão do tema terrorismo.

O evento de abertura, na quinta--feira, iniciou-se com um discurso da Diretora pedagógica, ir. Roseli Hart, da secretária geral, Marcela de pau-la, e com a apresentação da mesa diretora composta pelas ex-alunas do colégio Lídia generoso, Jacqueli-ne Tôrres e ana paula de andrade. após a cerimônia de abertura, houve a apresentação das regras e uma si-mulação do treinamento.

O segundo dia iniciou-se com breve apresentação do posiciona-mento dos países representados em relação ao tema do encontro. Os delegados definiram uma agenda informal de discussão com os se-guintes temas: conceituação de ter-

rorismo, identificação dos grupos terroristas mais atuantes e res-pectiva caracterização, prevenção de ações de grupos terroristas e desvinculação da imagem do isla-mismo como terrorismo.

a par tir dessa agenda, os de-bates se voltaram para as discus-sões dos temas priorizados. Mui-tas vezes, houve impasse quanto ao posicionamento pró-Estados Unidos tomado por alguns países membros da conferência.

no terceiro dia do Vi Santa Mundi, a mesa diretora deu pros-seguimento às discussões do dia anterior. Frequentemente, os de-

legados promoviam debates ca-lorosos, principalmente quando relacionados ao apoio de algumas nações islâmicas ao governo dos Estados Unidos.

Um dos pontos marcantes das discussões esteve vinculado ao “apoio incondicional ao reconheci-mento da República da palestina”, negado por algumas delegações, como a do afeganistão. Esses mo-mentos de debate foram cruciais para a qualidade das simulações, bem como para demonstrar a ma-turidade dos alunos, e, também, o processo de pesquisa que antece-deu o evento.

Foi concedida Menção Honro-sa, pela seriedade que dedicaram às pesquisas e por contribuirem com destaque para as discussões, aos alunos: ian Sager e pedro Mat-tioli (2º B – delegação da Turquia), nicholas nunes e Louise Machado (alunos do 9º ano – delegação da albânia) e Marina Ribeiro e Maria-na Ribeiro (aluna do 1º ano e sua irmã – delegação da Malásia).

a finalização do evento foi mar-cada pelas falas de agradecimento e parabenização aos professores coordenadores – Claudio Lima Ribei-ro Junior e Érica paula Frade – e à Diretora pedagógica, ir Roseli Hart.

VI Santa MundiÉrica Frade e Cláudio Lima/ Professores coordenadores do VI Santa Mundi

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Principais tipos de ícones

Tipos de ícones (por sua temática):• Ícones de Cristo: o Salvador não feito por

mãos humanas (acheiropoietos), Cristo Senhor do Universo (pantócrator)

• Ícones da Mãe de Deus (Theotokos)• Ícones das doze grandes festas do ano

litúrgico e das demais festas dos misté-rios da salvação.

• Ícones dos santos e santas.

Icones de Nosso Senhor jesus Cristo

O rosto do Salvador não feito por mãos hu-manas (acheiropoietos) – denominado Mandílion.

Conta a lenda: tendo ficado leproso, o rei ab-gar, de Edessa, mandou seu secretário, Hannan, com uma carta para Jesus convidando-o para ir a Edessa, certo de que poderia ser curado por ele. Hannan tentou pintar o rosto de Jesus, mas não podia fixar os olhos nele por causa da luz radiante que emanava de seu rosto. ao perceber isso, Je-sus lavou o rosto e o enxugou com um lenço, onde deixou impressa sua imagem. Entregou-o a Han-nan, que o levou ao rei. ao ver a imagem, começou a cura que se completou somente quando o rei aderiu à fé cristã, pela pregação de São Judas Ta-deu.

na auréola de Jesus aparecem três raios, sím-bolo da Trindade.

Em cada um aparece uma das iniciais gregas da frase “Eu sou”, título divino de Deus.

Pantocrátor: imagem de nosso Senhor Jesus

Cristo, soberano de tudo o que existe. imagem de Jesus triunfante. Tendo vencido a morte, reina para sempre. Demonstra o poder misericordioso e fir-me do Salvador, sua humanidade e sua divindade.

Com uma mão abençoa e com a outra segura um livro, algumas vezes fechado, outras vezes aber-to, com alguma passagem do Evangelho escrita. a mão que abençoa une três dedos (iconografia russa) representando a Santíssima Trindade, ou dois dedos (iconografia grega), representando as duas naturezas de Jesus: a divina e a humana.

Maria, a Theotokos: Mãe de Deus “ao pro-clamar esse termo, o Concílio de Éfeso, em 431, lembra que a criança que ela carregou em seu seio e colocou no mundo era ‘verdadeiramente homem e verdadeiramente Deus’, que seu filho é também o Filho de Deus.

Orígenes e depois mestre Eckhart dizem-nos que todos nós devemos nos tornar ‘Mãe de Deus’, no sentido de que devemos trazer e fazer ama-durecer em nós a verdade, a vida, o amor, de que devemos fazer crescer em nós a Criança Divina para trazê-la ao mundo, ou seja, para encarnar, no espaço e no tempo, todas as qualidades divinas.

Como há mil e uma maneiras únicas e insubs-tituíveis de encarnar a verdade, a vida, o amor, há mil e uma maneiras de representar a Theotokos" Jean-Yves Leloup em: O ícone, uma escola do olhar, UnESp, 2.006, pág.92.

a tradição ortodoxa apresenta a Mãe de Deus sob quatro iconografias fundamentais: a que está no trono, a que ora, a que mostra O Caminho (Je-sus) Hodigitria e a (Eleousa), Mãe da Misericór-dia, da Ternura, a Virgem da paixão, conhecida no ocidente como nossa Senhora do perpétuo So-

corro. Com base nesses tipos, foram catalogadas duzentas e trinta variações.

além da origem teológica, o nome dos ícones de Maria podem herdar o nome de seu lugar de origem: Vladimir, iaroslavl, Kazan, Smolensk, Kor-sun, Tver, novgorod e outras cidades russas, dão seus nomes a célebres ícones de Maria.

ir. Zélia Maria Maranhas Dias Leite O Ícone – espelho visível de uma realidade invisível

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arte noFaço

Virgem da Ternura – ícone escrito pelo Padre Gleición e Ir. Zélia – en-

cáustica sobre madeira

Nossa Senhora do Perpétuo Socorro – ícone escrito pelo Padre Gleición e Ir.Zélia – encáustica sobre madeira

Ícones das grandes Festas do Ano Litúrgico

1. a natividade da Virgem (8 de setembro)2. a apresentação de Maria no Templo (21 de novembro)3. O natal do Senhor (25 de dezembro)4. a Epifania do Senhor, ou Batismo de Jesus (móvel)5. a apresentação de Jesus no Templo (2 de fevereiro)6. a anunciação (25 de março)7. Entrada messiânica em Jerusalém (Domingo de Ramos)8. a ascensão do Senhor (Móvel)9. pentecostes (Móvel)10. a Transfiguração do Senhor (6 de agosto)11. a assunção de n. Senhora, ou a Dormição de n. Senhora (15 de agosto)12. a Exaltação da Santa Cruz (14 de setembro) 13. Ressurreição (anastasis) ou a descida ao Hades (móvel)14. Crucifixão (móvel)

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(2ª parte) O Ícone – espelho visível de uma realidade invisível

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arte noSanta

O ícone é de inspiração divina. Segue as orientações do Vii Concílio Ecumênico. Tem alma, opera maravilhas. Reduz a expressão pictórica ao mínimo e mostra o essencial. Desen-cadeia processos de conversão e santidade.

Arte religiosa: não é de inspiração divina. não segue as orientações para a escrita de ícones . a temática é religiosa, mas a representação é mundana, realista, fica no superficial e não indica o essencial. Desperta sentimentos emotivos.

Padre Gleición escrevendo o Ícone da Ressurreição

Ícone e Arte Religiosa

Ícone da Ressurreição escrito pelo Padre Gleición e Ir. ZéliaArte Religiosa: Natal – (aquarela) pin-

tado por Ir. Zélia

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P R O j E T O S

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Os alunos do Ensino Fundamental i, ii e Médio se prepararam, durante as aulas de Educação Física, para o festival de Dança do Colégio Santa Marcelina. Consolidado pela tradição, pelo envolvimento dos alu-nos e de toda família Marcelina, neste ano, o festival completou sua 27ª edição e fez a abertura da Mostra Científico-Cultural.

a dança favorece o desenvolvimento in-tegral dos alunos; visa expandir os horizon-tes pessoais para que compreendam a vida nas dimensões sociais, cognitivas, afetivas, culturais e éticas; explora novas descober-tas; educa para o dançar e o apreciar; me-lhora a auto-estima; socializa; respeita as diferenças; estimula novas competências, a criatividade, a imaginação e a emoção.

É por meio da emoção que ocorre a comunicação e a interpretação da arte da dança.

para Laban (1978), bailarino, profes-sor, coreógrafo, diretor e pesquisador, a educação corporal, por meio da dança, permite a integração entre o conhecimento intelectual e as habilidades criativas do alu-no. para ele, o corpo é o instrumento pelo qual o homem se comunica e se expressa.

a dança é uma das três principais artes cênicas da antigüidade, ao lado do teatro e da música. Ela nasce com o homem e evolui com ele. Em todas as civilizações, se dança, de maneiras e por motivos diferentes.

a dança caracteriza-se pelo uso do

corpo seguindo movimentos previamente estabelecidos: dança cênica como forma de arte, coreografadas ou improvisadas; dança como divertimento e dança como atividade física (sem exprimir emoções). assim como as demais práticas corporais, a dança é uma manifestação da cultura de movimento importante e relevante em todo o mundo.

De um jeito ou de outro, todo mundo dança ou já dançou, sem precisar ter ao lado um coreógrafo ou um professor para ensiná-lo. a dança sempre teve grande presença e importância na vida do homem, pois o acompanha ao longo da sua histó-ria, desde os rituais dos povos primitivos, passando por acontecimentos sociais e re-ligiosos e influenciando até nas festas dos dias de hoje.

para Klauss Vianna, professor de dança, bailarino e coreógrafo, a dança deixa de ser uma profissão, uma diversão, uma ginásti-ca, deixa de ser até uma arte no sentido mais restrito do termo, para ser entendida e vivida como um caminho de autoconheci-mento, de comunhão e de expressão com o mundo. para os não profissionais, ele dizia que todos são, sem exceção, bailarinos da vida, todos se movendo para um único e fundamental objetivo: o autoconhecimento.

“O corpo diz o que as palavras não podem dizer” (Marta Graham)

no período de 15 de agosto a 12 de setem-bro de 2011, os alunos do 9º ano EF e dos 1º, 2º e 3º anos do Ensino Médio do Colégio Santa Mar-celina/Belo Horizonte, reunidos em quatro equi-pes, coordenados pelos professores de História Claudio Lima Ribeiro Junior e Érica paula Frade, participaram da 3ª Olimpíada nacional em Histó-ria do Brasil promovida pelo Museu Exploratório de Ciências/UniCaMp.

a Olimpíada traz o desafio de estudar a História do Brasil por meio de diferentes fontes

(imagens, charges, textos, documentos, mapas) e da resolução de questões objetivas pelas equi-pes sob orientação dos professores.

a escola contou com equipes orientadas pe-los professores de história Érica Frade e Cláudio Lima, a saber: Equipe Sérgio Buarque de Holanda composta pelos alunos guilherme gervásio Cha-gas (3ºB), paula de Castro Mendes gomes (1ºB) e nathália de Souza Lima Rodrigues (9º B); Equi-pe gilberto Freyre composta pelos alunos pedro Willian Ribeiro Diniz (2º a), Laura Reis Dutra C de

Souza (2º a) e Vitor andrade Riccio; Equipe Caio prado Junior composta pelos alunos Lívia Bar-bosa da Silva (2º B), Lucas negrisoli de Oliveira (2º B) e Júlia Brostel Medeiros (9º B) e a Equipe Bóris Fausto composta pela alunas ana Carolina Brostel Medeiros (2º B), ana Clara Teixeira Serva (2º B) e Julia Mendes Martins dos Santos (9º C).

Segundo informação dos organizadores da olimpíada, presentes no site do evento, mais de 12 mil equipes, espalhadas por todo o Brasil, se inscreveram para o evento.

Olimpíada de Históriaprofessores Cláudio Lima Ribeiro Júnior e Érica Frade

A arte da DançaProfa. Alexsandra Viana de Moura

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O projeto adoleScer, no 5º ano do Ensino Fundamental i, tem o objetivo de propiciar ao educando momentos de re-flexão, trocas de experiências e oferecer informações educativas, assegurando, assim, a prática saudável da sexualidade embasada na afetividade, nos valores e nos princípios humanos e cristãos.

Desta forma, os alunos são incenti-vados a expressar o momento que estão vivendo de diversas maneiras e, em um desses momentos, eles foram incentiva-dos a redigir uma poesia sobre a infân-cia.

Projeto AdoleScer – adolescendo e construindo a identidade

Minha infância foi uma bobeira,Subi e desci ladeira,Rasguei a roupa,Comi uma sopa.ajudei mamãe na cozinha,algumas vezes não fui boazinha.Deixei joelho roxo,Tive muitos cachorros.nadei a noite toda,Fiquei à toa.Ralei o cotovelo, Já quis ter um coelho.Fiquei doente, perdi um dente e...Conheci muita gente.Tive medo do escuro e do bicho-papão,De monstro grandão.Criei um passarinho, fui picada por um besourinho.

Tentei pular muro e fugir de casa.Quebrei copos e tive uma bola furada.Já me borrei de maquiagem e quis ser adulta.pintei um quadro e, um desenho de caneta borrado.agora tenho que ir, da minha infância me despedirpois, agora é a hora de uma nova fase!

Minha InfânciaVitória Botelho - 5ºano D - EFI

Brinquei de boneca,

nadei na chuva,

chupei picolé de uva,

fui para praia,

fiquei queimada.

aprendi a andar de bicicleta

no meio do nada.

Brinquei de pega-pega,

ralei o joelho,

mais tarde,

cortei o cabelo sozinha,

fiquei arrependida

tentei colar com cola,

colecionei figurinhas,

brinquei de dar aulinha.

a infância é

a melhor fase da vida,

mas, hoje,

como sou

pré-adolescente,

tenho que

encarar a vida.

Saudade da

InfânciaBárbara Ferrari Salgado Fer-

nandes - 5º ano - EFI

ESTILO ENTÃOLetícia Lanna da Silva – 6ºC – EFII

Então, quando acordei de manhã, percebi que estava sozinha em casa, pois o silêncio era absurdo. Olhei em direção à janela e vi que começava a chu-viscar. Quase não aguentei levantar da cama, mas, mesmo meio sonolenta, fui à cozinha, abri o armário e peguei algumas bolachas para comer. Escutava o barulho da chuva aumentando lá fora, mas isso não me aborrecia. Voltei para meu quarto, sentei-me na beirada da cama e fiquei admirando a chuva pela ja-nela.

Então, eu resolvi checar meu celular para ver se havia alguma mensagem. infelizmente, não havia mensagem alguma, nem mesmo um simples recado de meus pais avisando a que horas voltariam. Fui até meu computador e liguei-o. Enquanto o computador ligava, fui até a sala para ver se havia algum bilhete na mesa. a sala estava escura, parecia que era até noite, então fui rapidamente em direção ao interrup-

tor acender a luz.De repente, o telefone tocou, mas, quando eu

fui atendê-lo, ele parou. Fiquei assustada e com o coração acelerado. Então, apaguei as luzes da sala e fui correndo para meu quarto usar o computador que havia deixado ligando sozinho.

Entrei no bate-papo do computador e contei tudo que estava acontecendo para minha melhor amiga. Era uma maneira de não se sentir sozinha naquele momento. Então, olhei pela janela e vi que a chuva aumentava mais. Então, avisei à minha amiga que eu iria desligar o computador, pois o tempo estava muito carregado, com relâmpagos e trovoadas a cada minu-to. Retirei também a maioria dos eletrodomésticos da tomada que havia na casa, exceto a televisão que dei-xei ligada no volume razoável para esquecer que es-tava sozinha naquele dia. Então, voltei ao meu quarto para trocar de roupa, pois ainda estava de pijama. abri

a porta do guarda-roupa e peguei uma blusa laranja, uma calça jeans desbotada e um all-Star preto.

Então, quando estava voltando à sala, a campai-nha tocou, olhei primeiramente quem era antes de abri-la. Era um amigo meu.Convidei-o para entrar. Ele estava bastante molhado, pois ainda chovia muito. Então, providenciei rapidamente uma toalha para ele se secar.

Então, depois que ele se enxugou, fomos assistir a um filme que estava passando na televisão. Então ele sentou no sofá, com a toalha no colo. ainda esta-va um pouco molhado e sentindo muito frio.

Então, a cada minuto que se passava, ficávamos um mais perto do outro, até que aconteceu o mo-mento mais esperado de minha vida, de tanto ficar-mos conversando, trocamos um beijo.

Então, eu acabo de lhe falar o que aconteceu no dia mais estranho e mais feliz de minha vida.

NOVOS LITERATOS

Equipe do Fundamental I

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j O V E N S L I T E R A T O S

Era um dia normal como todos os outros; eu cheguei da aula, almo-cei rapidamente, tomei um banho e saí para pegar o ônibus, pois eu ti-nha uma consulta no ortodontista às duas e quarenta.

Quando cheguei ao ponto de ônibus, ele já tinha passado, então eu e a Eva, a empregada da minha casa, fomos para um outro ponto e o outro ônibus também havia ido embora.

Sentamos no banco do ponto e fizemos algumas contas para ter certeza de que não iríamos chegar no centro, onde se encontra o Cen-tro Odontológico, muito atrasadas. nesse momento, o ônibus chegou e parou no seu ponto final. após al-guns minutos, resolvi perguntar ao motorista a que horas o ônibus iria sair. Ele me disse que seria às duas e quarenta, mas, se eu quisesse, o outro ônibus, o 5031, passaria as duas e trinta e cinco.

Eva, novamente, fez os cálculos e nós não chegaríamos tão atrasa-das. Duas e meia, o ônibus chegou. no ônibus, eu estava aflita, pois chegaria atrasada e não tinha feito um raio x que o ortodontista havia pedido, pois não tinha dado tempo de fazê-lo.

Chegamos ao dentista às três e dez, amanda, a recepcionista, dis-se que eu tive sorte, pois o cliente das três horas havia desmarcado. paguei a consulta, bebi água, pois estava ofegante e tive que sentar ao lado da recepção, pois onde eu cos-tumo sentar, em frete ao bebedouro e ao lado das salas, estava cheio.

O tempo foi passado, eu e a Eva

estávamos vendo a novela e resol-vemos tomar mais um copo de água. amanda, rapidamente, pediu para eu acompanhá-la até a recepção. Lá, ela começou a chamar os nomes das pacientes do Dr. Fernando, meu ortodontista.

Finalmente, ela concluiu que não havia jeito de eu ser atendida. naquele momento, eu fiquei com muita raiva, pois todas as vezes em que eu vou fazer a minha manuten-ção mensal, eu fico trinta a qua-renta minutos esperando para ser atendida, mas, quando eu atraso, a recepcionista diz que vou poder ser atendida, entretanto, no final de quarenta minutos esperando, ela conclui que não serei atendida!

Os pensamentos acabaram e eu voltei para a realidade, pedi para amanda verificar se o Dr. Fernando tinha horário na próxima terça-feira, dia trinta. Eu marquei e fui fazer o raio x, que era do outro lado da ave-nida afonso pena.

no local onde eu fiz o raio x, Eva estava com medo de não dar tempo dela chegar em casa, fazer o jantar, cuidar dos seus filhos e chegar a tempo na aula. Chegamos ao pon-to, às cinco e dez. O ônibus ficou lotado, eu e a Eva desistimos de ir naquele ônibus, iríamos pegar o próximo, assim teríamos mais chan-ces de ficar sentadas.

Mais ou menos dez minutos de-pois, a passeata contra a greve dos professores chegou e fechou duas pistas. Os policiais estavam tentan-do achar uma maneira de fazer os carros e os ônibus darem a volta para não ficarem presos naquela

passeata. O tempo foi passando, o ponto ficou cheio. Olhei no relógio, eram cinco e quarenta, quando uma mulher, muito ofegante, apareceu correndo no ponto e disse para todas as pessoas que o ônibus não ia passar, então todos tinham que ir para outro ponto ou encontrar um outro meio de ir para a casa.

O pior, de novo, aconteceu, eu não sabia onde ficava esse ‘ou-tro’ ponto e Eva não sabia andar para os lados onde ficava o ponto, entretanto, finalmente, o milagre aconteceu: a minha mãe retornou a ligação que eu fiz a ela às duas e quinze da tarde. Eu resumi o meu ‘grande’ dia e ela falou para eu pe-gar o metrô. Eva iria me levar em casa, para depois voltar para sua casa, sendo que já estava tarde demais! a minha mãe propôs uma excelente idéia ou pelo menos era ótima para aquele momento, eu e a Eva íamos pegar o metrô e a minha mãe ia me buscar quando chegás-semos.

assim foi feito, mas surgiu ou-tro problema que já era de se espe-rar: quando estávamos descendo a escada para chegar no local de embarque e desembarque, o metrô tinha acabado de ir embora. Eva estava aflita e eu estava tentando acalmá-la. nesse momento, eu percebi que o metrô que havia passado há poucos minutos era do destino Vilarinho e não ao Eldorado, que era o lado certo para nós.

pegamos o metrô. Eu fui da estação La-goinha até a 1º de

Maio, contando para a Eva como eu ia contar para a minha mãe a nossa ‘grande aventura’. Final-mente, chegamos à estação 1º de Maio. Minha mãe estava sentada lendo o livro que comprou. Eva foi para a sua casa e eu e minha mãe fomos para nossa. Contei tudo para Re-gina, minha mãe, ela riu muito. O mais im-portante é que, no final, tudo acabou bem, até a parte que eu lembrei que voltaria ao centro na se-mana seguin-te.

não é sempre que podemos vê-lasaparecem à noite e, durante o dia, se escondem

Têm medo de quem não sabe admirá-las.

Brilhando, boas lembranças trazemàqueles que, bons momentos sob elas, já tiveram.

E são inspiração aos mais diversos poetas

Contudo sempre têm seu brilho ofuscado pelo da lua.

Esta que nem brilho próprio possuiÉ capaz de ter atenção maior que as meras estrelas

Mesmo assim, convivem em perfeita harmonia

Conseguem dividir admirações e conquistar corações.

Em noite de lua nova, têm privilégiosComo se a protagonista principal do teatro celeste

Tivesse saído de cenaE a atenção passa a ser de todas aquelas figurantes

Que sempre conseguem dar conta do serviço por inteiro.

O clímax acontece em noites chuvosas,

as nuvens carregadas querem aparecer,

Mas não têm vez e,a sincronia de lua e estrelas interrompem

Entretanto ficam felizes as humildes estrelas,

pois sabem que tudo isso é passageiro.

EstrelasMarcela L. de Paula – 2B – EM

Um Dia Para Todo o Sempre

Maria Vitória Torres Barbosa – 7º Ano B – EFII

Page 11: Jornal Novembro 2011

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O P I N I Ã O

a corrupção policial é um problema crescente na sociedade brasileira. Cada vez mais, aparecem notícias sobre policiais envolvidos em formação de milícias e no trá-fico de drogas. a causa dessa corrupção é a má remuneração e a baixa escolaridade dos policiais em geral, que leva a uma falta de perspectivas para o futuro, fazendo com que eles busquem uma alternativa para a situação nas atividades ilícitas.

O problema da corrupção policial atingiu um nível tal que, no Rio de Janeiro, por exemplo, várias favelas estão sob comando de milícias, formadas principalmente por policiais que, muitas vezes, fazem acordos com os traficantes para manter o controle da região, ou seja, os policiais passam a não mais desempenhar o papel social o qual lhes foi incumbido, que é de proteger a população.

Há algumas semanas, essa temática ganhou novo impulso na mídia, devido ao assassinato da juíza patrícia acioli, que levantou suspeita de envolvimento de poli-ciais corruptos nesse fato, supostamente planejado por criminosos de dentro de um presídio, evidenciando uma parceria entre policiais e bandidos.

as delegacias do Rio, por não serem tão modernizadas, acabam não ajudando no processo de justiça por causa da falta de comunicação com suas unidades, po-liciais e viaturas.

além disso, há o problema da falta de treinamento e má remuneração que aca-bam fazendo com que a profissão seja menos valorizada que outras.

para evitar a corrupção policial, é necessário valorizar mais a profissão, dando a devida atenção ao treinamento adequado dos policiais, além de uma forte fisca-lização por parte do governo.

as últimas décadas foram marcadas com tentativas frus-trantes de preservar o meio ambiente. Qualquer tema rela-cionado à sustentabilidade aparecia como mera ação de “ma-rketing”. agora, no entanto, a visão ecológica é ampliada por meio da economia globalizada. instaura-se um novo modelo econômico que considera o consumo excessivo o principal desafio a ser vencido na luta pela preservação da natureza.

a humanidade tem abusado da capacidade do planeta. Segundo relatório divulgado na COp-10 (Conferência das partes) realizado na cidade de nagoia, em outubro de 2010, usamos cerca de um terço a mais dos recursos naturais que a Terra é capaz de nos fornecer. O descompasso entre o consu-mo e a capacidade de recuperação leva ao esgotamento dos recursos naturais dos quais depende a nossa sobrevivência. nesse sentido, saímos de uma cultura de consumo para ou-tra, de consumismo.

Consumir mais implica produzir mais, por conseguinte, explorar mais recursos naturais. Estima-se que, a cada ano, a humanidade extraia do planeta 60 bilhões de toneladas de recursos naturais, logo, além de poluirmos mais, produzimos mais lixo.

O aumento do montante de lixo é um problema que de-corre do consumo excessivo. Conforme dados do documentá-rio “História das Coisas”, de annie Leonard, 99% das coisas que consumimos se tornam lixo em menos de seis meses. grande parte desse lixo é despejada em locais inadequados, como lixões e aterros controlados. a destinação inadequada do lixo facilita a contaminação do meio ambiente, que, por sua vez, propicia focos de doenças, como dengue, leptos-pirose, tétano, febre tifoide. O manejo inadequado do lixo, portanto, representa um risco à saúde.

O desenvolvimento real somente acontece quando se co-liga redução do uso de recursos naturais e preservação dos ecossistemas. para alcançá-lo devemos investir na execução de projetos, como a ampliação da coleta seletiva, que viabi-liza o desenvolvimento econômico, atrelado à preservação ambiental.

Reduzir o consumo e a consequente produção de lixo, como também empregar de maneira mais eficiente os recur-sos naturais, reutilizando e reciclando, são medidas essen-ciais para preservar a natureza e projetar um futuro susten-tável para as próximas gerações.

a geração de energia através de usinas nucleares é um problema. além dos danos que a radioatividade pode causar à saúde, tem ainda o problema do descarte do lixo produzido. no Brasil, após 26 anos da criação de angra 1 e 9 anos da criação de angra 2, o governo co-meçou a pensar em o que fazer com o lixo radioativo que não pode ser jogado fora como o lixo comum. Com essa série de problemas, o iBaMa estipulou um projeto para criar um depósito que guardará o lixo de baixa, média e alta radioatividade e que irá reprocessá-lo ou tratá-lo como rejeito radioativo – “especialis-tas afirmam que o Brasil pode esperar cerca de 30 anos até definir uma solução” – “Os poucos países que realizam o reprocessamento como a França e o Japão conseguem reaproveitar 95% do combustível”.

a criação de usinas nucleares no Brasil é o pior erro que o governo brasileiro co-meteu, pois o Brasil possui condições geográficas muito favoráveis para se abastecer de energia eólica e energia hídrica, mas preferiu correr o risco de, algum dia, se contaminar. além disso, a criação dos depósitos proposta pelo iBaMa não é definitiva, pois esses depósitos só abrigarão o lixo radioativo por mais o menos 200 a 300 anos e, depois, as novas gerações terão que dar um novo fim ao lixo, ou seja, hoje o governo só está passando o problema para frente em vez de achar uma solução segura e definitiva.

não há muito que se fazer. a batalha possessiva do Brasil para se tornar país de 1° mundo tem piorado as coisas e arriscado o país, expondo-o. a usina nuclear gerou problemas irreversíveis e o único jeito de evitar piores consequências é investir na cria-ção de depósitos mais eficazes ou pensar na possibilidade da desativação das usinas nucleares, mas ainda haverá risco de contaminação e o problema não estará resolvido definitivamente.

não é sempre que podemos vê-lasaparecem à noite e, durante o dia, se escondem

Têm medo de quem não sabe admirá-las.

Brilhando, boas lembranças trazemàqueles que, bons momentos sob elas, já tiveram.

E são inspiração aos mais diversos poetas

Contudo sempre têm seu brilho ofuscado pelo da lua.

Esta que nem brilho próprio possuiÉ capaz de ter atenção maior que as meras estrelas

Mesmo assim, convivem em perfeita harmonia

Conseguem dividir admirações e conquistar corações.

Em noite de lua nova, têm privilégiosComo se a protagonista principal do teatro celeste

Tivesse saído de cenaE a atenção passa a ser de todas aquelas figurantes

Que sempre conseguem dar conta do serviço por inteiro.

O clímax acontece em noites chuvosas,

as nuvens carregadas querem aparecer,

Mas não têm vez e,a sincronia de lua e estrelas interrompem

Entretanto ficam felizes as humildes estrelas,

pois sabem que tudo isso é passageiro.

Os limites da corrupçãoArthur A. C. Santiago – 2ºA – EM

Lixo radioativoGiovanna Reis Granata – 7º ano A – EFII

O ABUSO DO USOClara Rodrigues – 3º Ano B – EM

Page 12: Jornal Novembro 2011

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O P I N I Ã O

O desmatamento da floresta amazônica já se tornou um fato preocupante e que ganha constantemente, maior repercussão midiática. as áreas desmatadas vêm dando espaço para as áreas de pecuária.

O Brasil é o primeiro colocado em área desmatada do mundo, segundo a pesquisa feita pelo Banco Mundial, dado que, certamente, já se elevou. na floresta amazônica, apenas 5% da área desmatada é destinada à agricultura e 60% dela, à criação de gado de corte. O aumento da procura da carne bovina tem contribuído para a eleva-ção dessa taxa de desmatamento.

Outro fato que contribui com o desmatamento é o novo código florestal que en-globa medidas prejudiciais à natureza, como a diminuição das áreas de preservação nas margens de rios e das encostas. Ele vincula-se à justificativa de que as medidas são necessárias para o desenvolvimento do pequeno agricultor, mas, na reali- dade, o que o novo código visa é aumentar as regiões onde possa ocorrer exploração da terra por latifundiários e o aumento da regiões de pecuária.

Se não reduzirmos o consumo de carne, a fim de diminuir as regiões desmatadas para o cultivo de gado, transformare-mos a amazônia em um pasto.

O livro retrata a realidade não só pela classe social e econômica, pois ele indica que o racismo e o preconceito são dados através da cor, ou seja, pelo tom de pele. a personagem do livro, Mira, era uma menina muito estudiosa e ganhou a bolsa de estudo no Colégio Strauss, pois ela merecia. porém, em minha opinião, a ação de distinguir os negros como menos favorecidos e lhes dar bolsas ou reservar cotas, já mostra o de-sequilíbrio na sociedade. Esse desequilíbrio ocorre no Ensino público que deveria aten-der bem a todos os estudantes brasileiros.

O ensino, desde as séries iniciais, deve ser prioridade e ter qualidade, assim não preci-saria desses sistemas de bolsa. O problema é que falar é muito fácil e fazer é mais difícil ainda, pois estas situações de preconceito, desigualdades, estão presentes no Brasil desde a época colonial, conforme estou es-tudando na disciplina de história.

algumas partes do livro que mais me impressionaram foram quando o pai de Mira contou sobre a situação de ele ter sido dis-criminado quando o porteiro o pediu para subir pelo elevador de serviço devido a sua

cor e quando as duas meninas do Strauss falaram que Mira não deveria representar o Colégio, mais uma vez, devido ao seu tom de pele. gos-tei muito quando Mira se aceitou do seu jeito. afinal, todos nós somos diferentes fisi-camente, porém somos cidadãos e temos direitos iguais.

Crítica do livro “A Cor do Preconceito”Por Ana Luiza de Muylder - 7ºC - EFII

RE

SEN

HA

Em nossa sociedade atual, os assuntos que mais estão em pauta são a preservação ambiental e as medidas socioeconômi-cas que não agridam o meio ambiente. Que o digam os habitantes de Belo Horizonte, já que, recentemente, a Câmara dos Vereado-res aprovou a lei que proíbe o fornecimento de sacolas plásticas em estabelecimentos comerciais de todo município, pegando-os um pouco desprevenidos.

O mais privilegiado foi o meio ambiente, já que a redução em massa de sacolas plásticas em BH diminui o uso de petróleo, água, madeira e outras matérias-primas utilizadas na sua fabri-cação. Espera-se também que outras cidades se “inspirem” no exemplo e façam o mesmo. Embora a população esteja lidando bem com o fato, pois, somente no início, houve uma redução no consumo de produtos, falta ainda uma maior educação da sua parte. De que adianta reduzir o número de “sacolinhas” se mo-toristas, no trânsito, abrem a janela e aliviam seu lixo nas vias públicas? a mudança, por lei, já está em prática, mas deve ser feita uma mudança, também, dentro de casa. Questiona-se, então, se será sempre necessária a ação de uma lei para que as pessoas saiam de sua inércia e mudem seus maus hábitos.

Cada um já poderia fazer suas compras, levando suas próprias sacolas, mas prefere-se a sacola plástica do estabelecimento por ser mais cômodo. Somos egoístas demais para parar e pensar que, a médio e a longo prazo, o uso de nossas próprias sacolas, mais resistentes e duráveis, evitaria o uso de recursos naturais para fabricação das “sacolinhas”.

a sociedade, dessa maneira, ainda caminha muito lentamen-te rumo à sustentabilidade. Leis já existem para auxiliar nossa transição, porém precisamos nos educar para que essas ações se tornem inerentes a nós mesmos. E o meio ambiente está nos cobrando imediatamente essa mudança de mentalidade.

E a educação ambiental, como fica?Jéssica Ferreira Campos – 3º ano B – EM

Pasto amazonenseCecília Simões – 1B – EM

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