jornal da sbhci - edição especial 02

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Edição Especial | 1 especial

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Jornal da SBHCI - Edição Especial 01, distribuída durante o Congresso de Curitiba em junho de 2011

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Edição Especial | 1

especial

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2 | jornal da SBHCI

Gestão 2010-2011Presidente: Maurício de Rezende Barbosa (MG) | Diretor Administrativo: Marcelo José de Carvalho Cantarelli (SP) | Diretor Financeiro: Fernando Stucchi Devito (SP) | Diretor Científico: Fábio Sândoli de Brito Jr. (SP) | Diretor de Comunicação: Alexandre Schaan de Quadros (RS) | Diretor de Qualidade Profissional: Adriano Dias Dourado Oliveira (BA) | Diretor de Edu cação Médica Continuada: Antônio Carlos de Camargo Carvalho (SP) | Diretor de Intervenções Extracardíacas: Marco Vug man Wainstein (RS) | Diretor de Intervenções em Cardiopatias Congênitas: Francisco José Araújo Chamié de Queiróz (RJ)

Equipe AdministrativaNorma Cabral | gerência administrativa | [email protected] Ribeiro | científico | [email protected] Peixinho | financeiro | [email protected] Peruzi | sócios | [email protected] Roberta Fonseca | eventos | [email protected]ânia Fernandes | secretaria | [email protected]

Sociedade Brasileira de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista www.sbhci.org.brRua Beira Rio, 45 – cjs. 71 e 74 Vila Olímpia – São Paulo, SPCEP 04548-050 Fone: (11) 3849-5034

Conselho editorial | SBHCI | www.sbhci.org.brMaurício de Rezende Barbosa (MG) | presidenteMarcelo Cantarelli (SP) | diretor administrativoAlexandre Schaan de Quadros (RS) | diretor de comunicação Luciana Constant Daher (GO) | editoraHélio Castello (SP) e João Manica (RS) | coeditoresCarlos Campos (SP) e Guilherme Attizzani (SP) | editores do PortalEquipe técnica | take-a-coffee ComunicaçãoJornalista responsável | André Ciasca, mtb 31.963Editora | Carla CiascaReportagem | Aline Khoury e Isadora de CamposRevisão | Christina G. DomeneTradução | Ruth GiallucaProdução gráfica | Ricardo FonsecaProjeto gráfico e direção de arte | Vagner SimonettiFotografia e tratamento de imagens | Gis Ciasca | www.gisciasca.com.brImpressão | Oficina do Impresso | www.oficinadoimpresso.com.br

fone: (11) [email protected] skype: take.a.coffeetwitter: @take_a_coffee

Editorial

Caros colegas, Estamos chegando ao fim de nosso congresso, o

qual tem demonstrado grande sucesso científico e de confraternização entre todos por meio de intenso e pro-dutivo intercâmbio de experiências sobre a evolução do conhecimento de nossa especialidade.

Neste número especial do Jornal da SBHCI, regis-tramos a cobertura da Conferência Inaugural e entre-vistas com alguns dos palestrantes internacionais que estão aqui em Curitiba. As fotos documentam o suces-so do evento nas salas de conferência, no centro de exposições com nossos parceiros da indústria e nos momentos de confraternização.

Aproveitem este último dia de programação científica, que começa com a apresentação de cinco casos clíni-cos selecionados para concorrer ao prêmio de “Melhor Caso do Ano”; segue com sessões de mesas-redondas e terá uma sessão conjunta sobre cardiopatias estrutu-rais com a transmissão de casos ao vivo.

Expressamos nosso sincero agradecimento a todos os que participaram da estruturação da parte científi-ca deste evento, em especial à Comissão Científica da SBHCI, à Comissão Científica local, ao presidente do congresso, e a toda a diretoria e equipe da SBHCI, re-conhecendo a grande dedicação e o esforço de todos, que, certamente, muito contribuíram para obtermos óti-mos resultados e o sucesso almejado deste congresso.

Aos colegas e amigos do Paraná, cumprimentamos pelos grandes avanços da cardiologia intervencionista no Estado e agradecemos a hospitalidade e o carinho rece-bidos em Curitiba durante os dias deste grande evento.

Um cordial abraço e bom retorno!

Maurício de Rezende BarbosaPresidente da SBHCI

Meus caros amigos, Uma entidade médica vive seu momento maior

no congraçamento de seus pares, no intercâmbio da produção científica, na troca de conhecimento e compartilhamento de experiências pessoais. Esse é o objetivo maior do Congresso da SBHCI, que motiva e justifica um investimento logístico enorme, desde incontáveis reuniões para a elaboração da programa-ção científica, definição de palestrantes nacionais e internacionais, preparação da sede do evento, onde estão envolvidos centenas de profissionais, entre eles recepcionistas, técnicos de imagem e som, traduto-res, jornalistas, agentes de viagens, gerências socie-tárias, só para citar alguns.

Durante três dias, estiveram reunidos médicos de todo Brasil, Américas e Europa, o que proporcionou discussões de elevado nível científico. Foi também o momento de encontrar velhos amigos e mestres, de congraçamento e descontração.

Esperamos que todos tenham aproveitado esse mo-mento único e especial, e que ainda possam desfrutar da cidade de Curitiba no fim de semana, com as dicas que listamos nessa edição.

Assim, a SBHCI, que tem em seus sócios o maior motivo de existir, sente-se honrada e agradece a sua participação, que enriqueceu sobremaneira esse even-to que é de todos.

Um forte abraço e até o próximo congresso.

Luciana Constant DaherEditora do Jornal da SBHCI

Caros amigos, Nos últimos 36 anos, desde a criação do Departa-

mento de Hemodinâmica e Angiocardiografia (DHA), em 1975, até hoje, com nosso maior evento científico, o crescimento de nossa Sociedade é nítido e marcante para o processo de melhoria contínua da assistência médica oferecida ao povo brasileiro.

As doenças cardiovasculares se fixaram como as principais causas de mortalidade e de internações em nosso País e o cardiologista intervencionista se posi-cionou como uma peça fundamental tanto na confir-mação diagnóstica como, principalmente, na indicação terapêutica, buscando diariamente novos recursos e técnicas com o objetivo de oferecer melhores resul-tados, menor risco e maior longevidade à população.

O Congresso da SBHCI é uma oportunidade de troca de informações técnico-científicas, de aproximação de mé-dicos e profissionais de saúde de várias partes do Brasil, mostrando suas diferentes realidades de um país tão am-plo. E, neste número especial do Jornal da SBHCI, re-gistramos a síntese das principais palestras e dos estudos mais relevantes, visando obter melhorias para os próximos anos, e documentamos o sucesso do evento com fotos.

Desta forma, fechamos com “chave de ouro” mais um Congresso da SBHCI, esperando que todos te-nham aproveitado muito e que já deixem em suas agendas os dias reservados para nosso próximo en-contro em Salvador, no ano de 2012, que com certe-za será ainda melhor. Um abraço e até lá.

Hélio CastelloCoeditor do Jornal da SBHCI

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Raio X do Congresso

>>> OS CRACHáS foram confeccionados em papel semente, um papel artesanal, 100% biodegradável, que após sua utilização pode ser plantado em terra fértil e, se cuidado corretamente, tem suas sementes de cravo germinadas, que se transformam em flores.

>>> AS CANEtAS E BLOCOS que compõem o kit

dos congressistas foram feitos com matérias-primas

a partir do reciclato, papel offset 100% reciclado.

>>> PROGRAMA E CERtIFICADOS possuem o selo FSC (Forest Stewardship Council ou Conselho de Manejo Florestal), certificação que atesta o uso de matérias-primas de origem controlada e que não degradam o meio ambiente.

De olho no meio ambienteEmpenhada em promover a sustentabilidade por meio de sua ações, a SBHCI preocupou-se que todo o material de papelaria do Congresso fosse ecologicamente correto

1.163 participantes do XXXIII Congresso da SBHCI

até as 12 horas de quinta-feira

10 horas

de transmissões de casos ao vivo

17convidados internacionais

149palestrantes nacionais

52parceiros da indústria

em números

Cobertura on-lineTodo o conteúdo científico discutido durante o Congresso está sendo transmitido simultaneamente no Portal da SBHCI (www.sbhci.org.br). Casos ao vivo, entrevistas com os convidados internacionais, melhores trabalhos premiados, cobertura do “Melhor Caso do Ano” e todos os detalhes do evento estão disponíveis on-line para que os sócios da SBHCI que não puderam vir a Curitiba acompanhem minuto a minuto este importante encontro científico.

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Um grande evento científico

Quarta-feira amanheceu com uma certa ten-são no ar. Há menos de 12 horas, havia che-gado diversas informações de voos cance-

lados e atrasados, devido às surpresas da natureza. Cardiologistas do Brasil inteiro ligavam informan-do que não chegariam a tempo ou possivelmente nem chegariam. Apesar de alguns pequenos atrasos provocados por intempéries e fechamento de ae-roportos, a grande maioria compareceu e Marcelo Cantarelli (SP), diretor administrativo da SBHCI, declarou aberto o principal evento anual da Socie-dade Brasileira de Hemodinâmica e Cardiologia In-tervencionista (SBHCI).

Ao assumir seu lugar à mesa diretora, Jorge Ilha Guimarães (RS), presidente da Sociedade Brasi-leira de Cardiologia (SBC), parabenizou a SBHCI pelo grande evento e apresentou dados e fatos so-bre a saúde no Brasil que preocupam a SBC. “O índice de infarto no Brasil é inaceitável”, afirma Ilha. “Nós devemos usar nossa expertise e procu-rar caminhos para que não sejamos o pior país do

mundo em doenças cardiovasculares.” Samuel Sil-va da Silva (PR), presidente do congresso e um dos signatários da fundação da SBHCI em 1975, lem-brou os congressistas que, em 1972, veio ao Paraná e fundou o primeiro serviço de hemodinâmica do Estado fora da capital paranaense, uma ação que se replicou em diversos outros Estados brasileiros graças ao apoio do governo. “Tenho certeza que todo esse desenvolvimento que o Brasil está viven-do vai refletir na melhoria da qualidade da saúde no País”, diz Silva.

O presidente da SBHCI, Maurício de Rezende Barbosa (MG), exaltou a importância de se resga-tar a memória dos 36 anos de fundação e 35 anos de promoção de eventos científicos. “Ainda que jovem, nossa Sociedade vem trabalhando ao longo de todos esses anos em conjunto com a SBC, com as socieda-des locais e tem, além de grande experiência, muito a oferecer ao País”, afirmou Barbosa. “Queremos que o governo brasileiro conte com nossa Sociedade, pois nós contaremos com o governo.”

A conferência inaugural foi apresentada por Hel-vécio Miranda de Magalhães (MG), secretário da Agência Nacional de Saúde (ANS). Magalhães apon-tou diversos números referentes à saúde pública no Brasil. “Nesta conta, devemos levar em consideração uma tripla carga de doenças, que são o padrão de do-enças infectocontagiosas, o impressionante índice de violência urbana e, agora, a entrada em cena de forma contundente das doenças crônicas, em especial das cardiovasculares”, disse Magalhães. “Nós, portanto, devemos pensar na promoção da saúde e começar a nos afastar da medicina de cura para um estado de saúde realmente preventivo.” O secretário da ANS encerrou a conferência inaugural apresentando os 15 objetivos das redes de cuidados para tratamento e pre-venção de infartos agudos do miocárdio, apontando a criação de redes de tratamento e atendimento e o uso da telemedicina como pontos-chave do projeto.

Fábio Sândoli de Brito Jr. (SP), diretor científi-co da SBHCI, apresentou a primeira transmissão de casos ao vivo do Congresso. Antonio Colombo,

Nem o frio, nem a chuva, nem o vulcão chileno tiraram o brilho da abertura do XXXIII Congresso da SBHCI

XXXIII Congresso da SBHCI

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A área dos pôsteres permaneceram concorridas

nos dois primeiros dias.

Tenho certeza que todo esse

desenvolvimento que o Brasil está vivendo vai refletir na melhoria da

qualidade da saúde no País

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de Milão, na Itália, comandou o proce-dimento do Centro Cuore Columbus. “Colombo é uma das pessoas mais res-peitadas da hemodinâmica mundial e ti-vemos a oportunidade de acompanhá-lo em um caso muito interessante de um paciente com aterosclerose extensa, re-alizado com muita elegância”, disse Bar-bosa, presidente da SBHCI. Os painelis-tas discutiram com Colombo as opções de tratamento e trouxeram importantes esclarecimentos sobre o método de ava-liação de lesões coronarianas e sobre a reserva de fluxo fracionada (FFR), mui-to utilizada atualmente. Foi levantada a possibilidade de encaminhar o paciente à cirurgia, visto que é um procedimento frequentemente utilizado em pacientes multiarteriais. Porém, Colombo descar-tou a alternativa e concluiu a interven-ção com maestria.

Antonio Colombo operou em Milão, na Itália, o caso

ao vivo de um paciente com aterosclerose extensa.

A sala Barreirinha teve quorum alto em

todas as sessões.

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Na quinta-feira pela manhã, uma das sessões mais procuradas foi a de

Murat Tuzco (Estados Unidos) sobre o uso do ultrassom intracoronariano em

tronco da coronária esquerda.

Joe Roberts e Friends lideraram o happy hour de quarta-feira à noite.

Samuel Silva da SilvaPresidente do

XXXIII Congresso da SBHCI

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Diretrizes

As diretrizes europeias levam em consideração as características dos pacientes para guiar a intervenção coronária percutânea no tronco de coronária esquerda. Elas também são mais permissivas do que as diretrizes americanas nesse aspecto. O senhor pode fazer alguns breves comentários sobre este tópico?Primeiramente, as diretrizes estão sempre

mudando à medida que surgem novas evidên-cias. As diretrizes combinadas da Sociedade Europeia de Cardiologia (ESC) e da Associação Europeia para Cirurgia Cadiotoráxica (EACTS) foram lançadas no Congresso ESC 2010, e na-quela época tínhamos novos dados que antes não estavam disponíveis; o acompanhamento de dois anos do estudo SYNTAX e também o número de estudos observacionais registrados por Seung-Jung Park (Coreia do Sul) e seu gru-po. Esses dados colaboraram para mostrar que a intervenção coronariana percutânea (ICP) com stents pode muito bem ser uma boa opção para pacientes com doenças no tronco da artéria co-ronária esquerda, principalmente se a lesão for relativamente simples, o que quer dizer que não está associada com uma doença da coronária muito extensa e nem com outros vasos próxi-mos, e também quando a localização permite a prática de técnicas relativamente fáceis para

stents. O tronco da artéria coronária esquerda é um vaso de grande calibre, por todas essas razões, acredito que temos dados interessantes que, certamente, geram a hipótese de que a ICP na coronária esquerda em bons candida-tos deve ser comparada à cirurgia, esses testes aleatórios que estão sendo feitos, EXCEL e NOBEL, estão colocando pacientes aleatoria-mente para uma ou outra técnica.

Quais fatores o senhor considera na escolha de stents recobertos com fár-maco para seus pacientes?Na Europa, temos acesso a vários stents

recobertos com fármaco que tem CE Mark. Além disso, é claro, existe uma segunda ques-tão que é o reembolso, que varia de país para país. Minha opinião pessoal é limitar o uso de stents que foram bem validados. E a lista de stents que têm bons dados geográficos dos pacientes também está nas diretrizes. Por isso há várias escolhas. É claro que é dada muita atenção ao aspecto da recobertura de fármaco do DES. Mas de igual importância são as múltiplas propriedades, a facilidade de entrega. O que quero dizer é que os três componentes do DES são muito importantes. Assim esses são os parâmetros, além dos da-dos disponíveis que me fazem escolher entre um ou outro stent.

William WijnsDiretor do EuroPCR e primeiro autor das diretrizes europeias de revascularização miocárdica concedeu entrevista sobre as diretrizes para o tratamento de multiarteriais e lesões de tronco

Como os métodos de imagem podem auxiliar na intervenção coronária percutânea (ICP) moderna ?O valor dos métodos de imagem aumen-

tarão no futuro à medida que obtivermos maiores evidências científicas dos desfechos em andamento. Até agora temos apreciado o papel do ultrassom intracoronário (IVUS – da sigla em inglês) na avaliação do verdadeiro diâmetro do tronco da coronária esquerda antes da ICP. Isso foi documentado no re-gistro MAIN-COMPARE (Circ Cardiovasc In-terv, 2009) em mais de 200 pacientes, com redução da reestenose (6,3% vs. 13,6%) e até mortalidade (4,7% vs. 16%) em pacien-tes que foram submetidos a IVUS antes da intervenção.

A maior resolução da tomografia por convergência ótica, comparáveis a imagens histológicas e outras formas de avaliação de imagens não invasivas como stent boost

e CT-FFR poderão certamente acrescentar importantes informações e aumentar a segu-rança e eficácia da ICP moderna.

Na prática, o que o médico deve con-siderar na prescrição de stents far-macológicos?Os stents farmacológicos têm visto uma

segunda onda de popularidade dentro da co-munidade intervencionista. Neste momento, o uso de stents farmacológicos é de 98,7% na Universidade de Viena, na Áustria. Ao mesmo tempo, existem poucas contraindi-cações, mas situações e cirurgias iminentes devem ser avaliadas. Por outro lado, as in-dicações anteriores de stents convencionais têm agora uma forte evidência em favor dos stents farmacológicos com melhores resul-tados, como infarto agudo do miocárdio e grandes artérias coronárias (Ex.: PASSION e BASKET-PROVE).

Christopher Wolf

Diretor do Laboratório de Cateterismo do Hospital Escola da Faculdade de Medicina de Viena (Itália) falou com exclusividade a Carlos Campos (SP), coeditor do Portal da SBHCI, acerca dos stents absorvíveis

Intervenção em Doenças Cardiovasculares Adquiridas

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Qual o tópico no campo vascular que deva ser considerado como um dos mais importantes a serem tratados em reuniões deste tipo?Acredito que os desenvolvimentos tecno-

lógicos sejam o assunto mais importante, os avanços que estão sendo feitos na tecnologias de stents revestidos com drogas, balões reves-tidos com drogas e a nova categoria de avan-ços terapêuticos, como ablação para hiperten-são arterial. Acredito que este seja um tema sobre o qual devemos manter nosso olhar e discutir detalhadamente, porque são áreas novas importantes que estão explodindo, com várias tecnologias a serem lançadas e testadas num futuro próximo.

O senhor espera que a intervenção carotídea aumente, mantenha-se no mesmo nível ou diminua, uma vez que a cirurgia mostrou resultados equiva-lentes ou melhores comparados com o tratamento vascular?Acredito que os procedimentos de interven-

ção carotídea aumentem. Os dados apontam que os indivíduos de baixo e alto riscos têm boa evolução. Em indivíduos de risco padrão, o estudo CREST demonstrou não ocorrência de AVC, ataque cardíaco e morte nos quatro anos subsequentes de tratamento. Acreditamos que

os indicadores para procedimentos de artéria carótida vão mudar nos Estados Unidos neste ano e o FDA (Food and Drug Administration) vai indicar intervenção carotídea para indivíduos que já demonstraram benefício com os stents em comparação com a endarterectomia. Em minha opinião, o número de casos de interven-ção deve aumentar e expandir e, esperamos, o reembolso virá logo em seguida.

O reembolso tem sido dado a pacien-tes assintomáticos? Ainda não. Já foi proposto pelo painel do

FDA para incluir todos os padrões de risco, in-clusive os assintomáticos.

Fale um pouco sobre as novas reuniões nas quais está envolvido, é uma boa oportunidade para anunciar para as pessoas no Brasil.Estamos muito felizes em anunciar o que

chamamos de Conferência M3. Esta reunião é uma evolução das reuniões já realizadas nas Américas, que eu formalmente organizei no México, em parceria com a Universidade de Miami. A Conferência de Intervenção Cardíaca Estrutural agora une forças em uma ação con-junta para realizar o encontro MOTA ou M3, a ser realizada em Miami, nos Estados Unidos, em outubro de 2011.

Robert Bersin

Intervenções Extracardíacas

O diretor do Serviço Endovascular, de Pesquisa Clínica e Cardiologia do Swedish Medical Center, em Seattle (Estados Unidos) conversou com Marco Vugman Wainstein (RS), diretor de Intervenções Extracardíacas da SBHCI

Quais os principais pontos de sua pa-lestra neste congresso?O principal foco da palestra foi a invenção,

inovação e a capacidade de fazer um procedi-mento em bebês e crianças sem aumentar seu risco. O outro foco foi sobre a capacidade de fazer o procedimento em bebês e em crianças sem aumentar o seu risco. As questões giram em torno da real necessidade de fazer a inter-venção ou não, quais são os seus benefícios, se é melhor não fazer nada com o paciente ou se o ideal é que eles sejam tratados cirurgi-camente ou com intervenção. Portanto, apre-sentei vários cenários, entre os quais, alguns puderam mostrar que a intervenção pode representar um risco maior do que a cirurgia, por isso não devemos procedê-la. Em outros casos, fazer nada é muito melhor do que a in-tervenção. Por isso, não devemos tratar alguns defeitos específicos. E outro ponto importante é que devemos permitir que indivíduos, clínicos

e equipes desenvolvam novas técnicas, porque não existe uma base que podemos usar. Por isso, se alguém tem uma ideia, precisamos do mecanismo para desenvolver a técnica, seguir em frente e incentivá-la.

Para os pais desses pacientes, existe uma resposta definitiva a ser dada pelo médico que os ajude a dizer “sim” ou “não” para o tratamento?Existem algumas respostas claras, quan-

do os defeitos são graves ou de grande proporção, não deixando dúvidas de que o defeito precisa ser tratado. E depois, se hou-ver dois tratamentos disponíveis, cirurgia ou intervenção, e se houver dados disponíveis para um ou outro, você pode usar um mé-todo ou outro. Mas há casos que oferecem dúvida sobre qual seja o melhor tratamento. Neste caso, os pais precisam ser capazes de tomar uma decisão.

Shakeel Qureshi

Professor sênior e consultor cardiologista pediátrico da Escola de Medicina do Hospital Guy’s St. Thomas; diretor do Laboratório de Cateterismo Cardíaco, chefe do Serviço de Cardiologia Pediátrica e professor de Cardiologia Pediátrica do King’s College, em Londres (Inglaterra), Shakeel Qureshi conversou com Francisco Chamié (RJ) logo após sua aula na sala Bosque do Alemão

Cardiopatias Congênitas

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Guia de Curitiba

Cozinha contemporânea com influências da tradicional gastronomia italiana, unindo a criatividade da culinária nacional e a delicada finalização francesa. O Terra Madre Ristorante trabalha um conceito chamado “Slow Food”, que se contrapõe ao ritmo frenético dos “fast--foods” e incentiva a percepção dos diversos sabores dos pratos. Teorias gastronômicas à parte, o restaurante venceu grandes prêmios da gastronomia, como o da revista Veja Curi-tiba e o da Revista Gula, além de ser ter sido eleito a Revelação Gastronômica de 2011 pelo Guia Quatro Rodas.

Inaugurada em 2005, sob as ordens do chef Ivan Lopes, a casa tem como destaque no menu de pescados o filhote. Feito com pei-xe dos rios amazônicos, este prato é grelhado

em crosta de amêndoas ao molho azedinha. Seu concorrente direto é o pirarucu com dueto de palmito pupunha e gel de mandioquinha. A bisteca fiorentina com spaghetti de palmito pupunha fresco, agrião e rúcula se sobressai entre as carnes vermelhas.

As janelas de vidro, trazem a luz e o jardim para o salão, criando um ambiente informal e charmoso, cenário perfeito para visitar acom-panhado da família ou amigos dispostos a um bate-papo em um cenario sóbrio e elegante.

Terra Madre Ristorante(41) 3335-6070Rua Desemb. Otávio do Amaral, 515 www.terramadreristorante.com.br

Gastronomia DESPOJADA

Inaugurado em 2008, o bar Matriz & Filial sempre teve como foco a música, muito bem representada por todos os lados. Nas charmo-sas paredes de tijolinho à mostra, há caricaturas de cantores e compositores; nas mesas, mosai-cos de instrumentos e lembranças de Ipanema e Copacabana (RJ), o berço da bossa nova. Às sextas e sábados, o repertório da casa é feito de Adoniran Barbosa, Caetano Veloso, Carlos Lyra, Dorival Caymmi e Paulinho da Viola.

A casa tem no cardápio as 20 cachaças elei-tas pela revista Playboy como as melhores do Brasil e carta de vinhos bastante interessante. Para comer, o chef Marcos Ravaglio sugere al-guns dos petiscos exclusivos, como o camarão crocante empanado no Sucrilhos.

Matriz & Filial(41) 3343-3063Av. Iguaçu, 2300 – Água Verde De segunda a sábado, a partir das 19h00Aos domingos, a partir das 20h00www.matrizefilial.com.br

Matriz ou Filial?Ao fazer o caminho entre Curitiba e o Ex-

potrade, passamos em frente à Vallejo Chur-rascaria, que pertence aos primos gaúchos Rui e Nilo Vallejo. Em 1993, eles instalaram a casa por aqui na intenção de marcar terri-tório com a culinária típica do Rio Grande do Sul. O churrasco é a estrela do restaurante. Os acompanhamentos são os tradicionais de uma boa churrascaria.

Vallejo Churrascaria(41) 3557-5653Rod. Dep. João Leopoldo Jacomel, 12955 De segunda a sábado, das 11h30 às 15h00 e 18h30 às 23h00www.vallejochurrascaria.com.br

No meio do caminho

Inaugurado em 2000, o Durski International Cuisine é conhecido por paparicar seus clientes. O restaurante oferece uma broa artesanal, fa-bricada ali mesmo, para cada senhora que entra na casa enquanto seus pares são servidos com uma taça de champagne. Oferecer este agrado é indispensável para o chef e proprietário Junior Durski, que aprendeu a seduzir seus clientes e colecionar títulos de gente que entende muito de restaurante no Brasil: Chef 5 Estrelas, Restauran-ter do Ano, Chef do Ano, Melhor Restaurante do Sul do Brasil, Melhor Sobremesa da Cidade e, os mais recentes, Melhor Carta de Vinhos do Brasil pelas publicações Prazeres da Mesa e Guia Brasil Quatro Rodas 2011.

Honrarias à parte, a ordem é entrar no restau-rante e chamar o próprio Durski para sugerir o prato, e o sommelier para indicar um entre os mais de dois mil rótulos de vinho de 23 naciona-lidades com safras a partir de 1884. No cardápio, pratos franceses, italianos, menu degustação de pratos poloneses e ucranianos com uma sequên- cia de sete pratos típicos, incluindo sobreme-sa; menu confiance com cinco pratos à base de peixes ou carnes e petit gâteau de doce de leite como sobremesa. A casa acabou de passar por uma grande reforma e foi reinaugurada em 25 de maio, disposta a ganhar os títulos de 2012.

Durski International Cuisine (41) 3225-7893Av. Jaime Reis, 254 – São FranciscoDe segunda a quinta, das 19h45 às 23h00Sexta e Sábado, das 19h45 às 24h00www.durski.com.br

O melhor do sul do Brasil

Que tal esticar o fim de semana na cidade e prestigiar o que a capital paranaense tem de melhor?

Antes de voltar para casa

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Glamour à francesa

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No Vin Bistrô, os pratos são mero acompa-nhamento. O que a casa tem de mais valioso e mais procurado pelos clientes está, literalmente, debaixo da terra. Trata-se da adega subterrâ-nea com centenas de garrafas e uma área para degustação. Mas, antes de escolher seu vinho, acomode-se. A área interna, mais intimista, abri-ga confortavelmente 70 pessoas Já a externa é descontraída, com deck, sofás e ombrelones.

Inaugurado em 2009 pelo sommelier Ronaldo Bohnenstengel, o restaurante capricha no menu de pratos internacionais. Os que mais chamam a atenção são o polvo grelhado servido com bata-tas douradas e tapenade de azeitonas; o lombo de bacalhau Gadus Morhua grelhado servido com alho assado, o entrecote argentino grelha-

do com palmito fresco gratinado; o filé mignon ao molho poivre vert com sonhos de batata; e o ravióli recheado com queijo chévre ao molho de tomate e basílico. É difícil escolher de primeira. A extensa carta de vinhos também servirá de guia na saída do restaurante. Ao lado da casa, o Vin Bistrô mantém uma loja de vinhos com os mais de 300 rótulos listados na carta do restaurante.

Vin Bistrô(41) 3225-3444Rua Fernando Simas, 260 – Batel De segunda a sábado, das 12h00 às 14h30 e das 19h30 às 24h00Sextas e sábados até 1h00www.vinbistro.com.br

DOIS em UMC La Vie Brasserie é o restaurante de Erick

Jacquin, premiado chef francês em atividade no Brasil, proprietário também da casa paulis-tana La Bresserie. Entre os prêmios recebidos, merece destaque o título “maître cuisinier de France”, a mais alta honraria da gastronomia francesa. O chef Eduardo Marcondes é quem comanda a unidade curitibana, inaugurada em agosto de 2010, com a missão de unir a sofis-ticação da gastronomia francesa à atmosfera casual do Brasil.

O mix da conexão franco-brasileira, que re-sulta em pratos belos e sabor requintado, está na entrada de pupunha assada com raviólis de roquefort ao creme de nozes ou no camarão assado com molho de baunilha e risoto de man-

ga. “Procuramos um sotaque bem francês para o C La Vie, mas sem ficar apenas no clássico”, afirma Marcondes, que estará à disposição dos congressistas que quiserem conhecer o restau-rante. Se a intenção for apenas uma passada rápida, o cliente pode optar pelo cardápio espe-cial de petiscos e sanduíches, disponível das 15h às 19h. É uma ótima opção para o happy hour após o encerramento do congresso.

C La Vie Brasserie (41) 3029-9988Rua Comendador Araújo, 970 – BatelDe segunda a quinta, das 12h00 às 24h00Sexta e sábado, das 12h00 à 1h00www.clavierestaurante.com.br

Comandado por Junior Durski, o premiado chef do Durski International Cuisine, o Restau-rante Madero Prime Steakhouse se intitula dono do “melhor hambúrguer do mundo”. Quem não conhece, desconfia. Quem conhece, respeita e defende o cardápio da casa, que une carnes com cortes nobres às criações gastronômicas do chef Durski.

Não se trata de uma lanchonete do tipo fast--food. O Madero é um restaurante nobre que oferece uma refeição saborosa e cuidadosamen-te elaborada. Que tal começar com um palmito assado na brasa com flor de sal de guérande? Depois desta entrada, pode-se mergulhar em um dos 11 sanduíches de nome simples e sabor requintado, ou em uma de suas carnes, também merecedoras de prêmios.

O Madero foi criado em 2005 e tem como di-ferencial a qualidade de seus alimentos. Os san-duíches são feitos com carne de corte argentino

e uruguaio, grelhadas em lenha pré-queimada de Bracatinga (não há emissão de CO2 e deixa um sabor diferenciado no alimento), e a maioria dos ingredientes que compõem os pratos são fei-tos no próprio restaurante, como as massas, os condimentos, os embutidos e os pães. Além dos lanches e carnes, o Madero também oferece mas-sas e pratos light. Se o cardápio interessou, mas o tempo é curto, a dica é dirigir-se ao Madero Bur-ger & Grill, uma versão mais enxuta com atendi-mento e serviços mais ágeis, ideal para quem tem pressa ou um compromisso logo depois, como pegar o avião de volta para casa na sexta-feira à noite, após o encerramento do congresso.

Madero Prime Steakhouse e Madero Burger & Grill™(41) 3013-2300Av. Jaime Reis, 254 – São Francisco www.restaurantemadero.com.br

O melhor hambúrguer do mundo

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Por dentro do Congresso

Livro NOVONa tarde do primeiro dia do congresso, a SBHCI lançou o livro “Pro-

vas para Obtenção de Certificado em Hemodinâmica e Cardiologia

Intervencionista – Provas Comentadas 2006 a 2010”, pela Editora

Manole. O trabalho foi produzido pelos editores André Gasparini Spadaro

(SP), Décio Salvadori Jr. (SP), Marcelo de Freitas Santos (PR) e Samuel Silva

da Silva (PR) e teve a colaboração de mais 21 cardiologistas intervencionistas

sócios da SBHCI.

O livro reúne 224 questões de múltipla escolha comentadas e didaticamente

explicadas por seus autores, retiradas de provas realizadas durante os últimos

cinco anos do processo de concessão do Certificado de Atuação na Área de

Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista, pela Comissão Permanente de

Certificação (CPC). Os casos editados das provas teórico-práticas, com ima-

gens dinâmicas e os check-lists destinados aos avaliadores, estão disponíveis

no site da Editora Manole (www.manole.com.br).

A iniciativa da obra surgiu, há cerca de um ano, da percepção pela CPC

da boa receptividade de futuros candidatos em buscar provas realizadas no

Portal da SHBCI e o interesse pela justificação das alternativas solucionadas.

Desta maneira, os membros da CPC acreditam que o livro deve auxiliar no

processo de ensino e aprendizagem, transformando as provas em meios de

produção, consolidação e divulgação de conhecimento. “É um instrumento

atual para aprimoramento teórico e teórico-prático não só para candidatos

ao título, mas para nós, mais experientes, nos atualizarmos”, afirma Décio

Salvadori Jr. “O dia-a-dia da hemodinâmica está neste livro.”

Enfermagem e técnicos

A XVI Jornada Brasileira de Enfermagem em He-

modinâmica e Cardiologia Intervencionista re-

cebe este ano cerca de 400 congressistas para

discutir os principais tópicos em cardiologia interven-

cionista, radiologia vascular e neurorradiologia inter-

vencionista, como inovações tecnológicas, segurança

do paciente, saúde ocupacional, gestão e liderança em

enfermagem e pesquisa clínica. Ontem, na Assembleia

Geral Ordinária, foi realizada eleição para nova direto-

ria do biênio 2012-2013. Nesta sexta-feira, haverá uma

sessão interativa sobre Síndrome Coronariana Aguda e

Assistência de Enfermagem utilizando a NANDA, NIC e

NOC, a qual premiará os participantes que acertarem o

maior número de questões feitas ao final da apresenta-

ção dos estudos de caso.

A SBHCI agradece a todos os parceiros da indústria presentes neste XXXIII Congresso da SBHCI, que comemora os 35 anos de eventos científicos organizados por nossa Sociedade.

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cartaz congresso 2012] 1 5/23/11 10:32 AM

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Crossability, Deliverability TREKABILITY

TREK & MINI TREKCateteres de Dilatação Coronária

Desenho sem transição para anatomias desafiadoras

MINI TREK feito para lesões complexas

Nenhum ambiente é desafiador demais

10079323 - Trek Literatura Abr/11

Capa Trek.indd 1 17/05/2011 14:06:18