jornal da sbhci - ed. 42 - 02/2011

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XXXIII Congresso da SBHCI 17 palestrantes internacionais 149 palestrantes nacionais 1.115 congressistas 10 horas de transmissões ao vivo 52 parceiros da indústria XXXIII Congresso da SBHCI 17 palestrantes internacionais 149 palestrantes nacionais 1.115 congressistas 10 horas de transmissões ao vivo 52 parceiros da indústria E mais: Top 10 do ACC 2011 | Panorama do DES | Acreditação em hemodinâmica Ano XIV | n o 2 | #42 abril, maio e junho de 2011 Publicação trimestral da Sociedade Brasileira de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista

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Publicação trimestral da SBHCI - Sociedade Brasileira de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista - ed. 42 - 01/2011

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Page 1: Jornal da SBHCI - ed. 42 - 02/2011

XXXIII Congresso da SBHCI17 palestrantes internacionais

149 palestrantes nacionais1.115 congressistas

10 horas de transmissões ao vivo52 parceiros da indústria

XXXIII Congresso da SBHCI17 palestrantes internacionais

149 palestrantes nacionais1.115 congressistas

10 horas de transmissões ao vivo52 parceiros da indústria

E mais: Top 10 do ACC 2011 | Panorama do DES | Acreditação em hemodinâmica

Ano XIV | no 2 | #42abril, maio e junho de 2011

Publicação trimestral da Sociedade Brasileirade Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista

Page 2: Jornal da SBHCI - ed. 42 - 02/2011

A vida merece uma segunda chance.

21% de redução do risco relativo na mortalidade cardiovascular versus clopidogrel.1

Superioridade de BRILINTA® na redução do desfecho de eficácia evidente nos primeiros 30 dias e aumento no período de 12 meses de tratamento.1

Não apresenta diferenças significativas no sangramento maior ou fatal versus clopidogrel.1

Oferece resultados consistentes em amplo espectro de pacientes com SCA e suas formas de tratamento.1

Agora você já pode fazer muito mais pelos seus pacientes com SCA.

Brilinta® demonstrou superioridade em relação ao clopidogrel no estudo PlatO:

A peRSISTIRem OS SINTOmAS, O médICO deveRá SeR CONSuLTAdO.

material destinado exclusivamente à classe médica.A bula do produto encontra-se no interior desta publicação.

Contraindicação: pacientes com sangramento patológico ativo, com antecedente de hemorragia intracraniana e/ou com insuficiência hepática grave. Interações medicamentosas: cetoconazol, diltiazem e rifampicina.

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BRILINTA® (ticagrelor) é um membro da classe química ciclopentiltriazolopirimidinas (CpTp), que é antagonista seletivo e reversível do receptor da adenosina difosfato (Adp), agindo sobre o receptor de Adp p2Y12 que pode prevenir a ativação e agregação plaquetária mediada por Adp. O ticagrelor é ativo por via oral e interage reversivelmente com o receptor plaquetário de Adp p2Y12. O ticagrelor não interage com o sítio de ligação Adp, mas sua interação com o receptor plaquetário de Adp p2Y12 previne a transdução de sinal. Indicações: BRILINTA® é indicado para a prevenção de eventos trombóticos – morte cardiovascular (Cv), infarto do miocárdio (Im) e acidente vascular cerebral (AvC) – em pacientes com síndrome coronariana aguda (SCA), angina instável, infarto agudo do miocárdio sem elevação do segmento ST (IAmSST) ou infarto agudo do miocárdio com elevação do segmento ST (IAmCST), incluindo pacientes tratados clinicamente e aqueles que são tratados com intervenção coronariana percutânea (ICp) ou cirurgia de revascularização do miocárdio (Rm). Contraindicações: BRILINTA® é contraindicado a pacientes com hipersensibilidade ao ticagrelor ou a qualquer componente da fórmula. este medicamento é contraindicado a pacientes com sangramento patológico ativo, com antecedente de hemorragia intracraniana e/ou com insuficiência hepática grave. Cuidados e Advertências: Advertências: risco de sangramento – Assim como com outros agentes antiplaquetários, o uso de BRILINTA® em pacientes com reconhecido risco aumentado de sangramento deve ser balanceado em relação ao benefício em termos de prevenção de eventos trombóticos. Não existem dados com BRILINTA® em relação ao benefício hemostático de transfusões de plaquetas; BRILINTA® circulante pode inibir as plaquetas transfundidas. uma vez que a coadministração de BRILINTA® com desmopressina não diminuiu o tempo de sangramento padrão, é improvável que a desmopressina seja efetiva no manuseio clínico do sangramento. Terapia antifibrinolítica (ácido aminocaproico ou ácido tranexâmico) e/ou fator vIIa recombinante podem aumentar a hemostasia. BRILINTA® pode ser retomado após a causa de sangramento ter sido identificada e controlada. Cirurgia – Se um paciente necessita de cirurgia, os médicos devem considerar o perfil clínico de cada paciente, bem como os benefícios e riscos da terapia antiplaquetária continuada, determinando quando a interrupção do tratamento BRILINTA® deve ocorrer. Pacientes com insuficiência hepática moderada – é aconselhada cautela em pacientes com insuficiência hepática moderada, pois não há estudos com BRILINTA® nesses pacientes. Pacientes com risco de eventos bradicárdicos – devido à experiência clínica limitada nesses pacientes, recomenda-se precaução. Dispneia – dispneia, geralmente de leve a moderada e frequentemente de resolução espontânea sem a necessidade de descontinuação do tratamento, foi relatada em pacientes tratados com BRILINTA® (aproximadamente 13,8%). Outros – A coadministração de ticagrelor com altas doses de ácido acetilsalicílico (>300 mg) não é recomendada. Descontinuações – Os pacientes que requerem a descontinuação de BRILINTA® estão em risco aumentado para eventos cardíacos. A descontinuação prematura do tratamento deve ser evitada. Gravidez: Categoria B – Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica (vide bula completa do produto). Interações medicamentosas: efeitos de outros medicamentos em BRILINTA® – Medicamentos metabolizados pela CYP3A4 – potentes inibidores da CYp3A4: a coadministração de cetoconazol com ticagrelor aumentou a Cmax e AuC de ticagrelor igual a 2,4 vezes e 7,3 vezes, respectivamente. A Cmax e AuC do metabólito ativo foram reduzidas em 89% e 56%, respectivamente. Outros potentes inibidores da CYp3A4 devem ter efeitos similares e não devem ser administrados concomitantemente com BRILINTA®). – Indutores da CYp3A4: a coadministração de rifampicina com ticagrelor diminuiu a Cmax e AuC de ticagrelor em 73% e 86%, respectivamente. A Cmax do metabólito ativo foi inalterada e a AuC diminuiu em 46%, respectivamente. Outros indutores da CYp3A4 devem diminuir a exposição ao ticagrelor e poderiam resultar em eficácia reduzida de BRILINTA®. Efeitos de BRILINTA® em outros medicamentos – Medicamentos metabolizados pela CYP3A4 – a coadministração de ticagrelor com sinvastatina aumentou a Cmax da sinvastatina em 81% e a AuC em 56% e elevou a Cmax em 64% e a AuC em 52% da sinvastatina ácida, com alguns aumentos individuais iguais a 2 a 3 vezes. Consideração de significância clínica deve ser dada referente à magnitude e variação de alterações na exposição à sinvastatina em pacientes que requerem mais de 40 mg de sinvastatina. Não houve efeito da sinvastatina nos níveis plasmáticos de ticagrelor. BRILINTA® pode ter efeito similar sobre a lovastatina, mas não é esperado ter um efeito clinicamente significativo sobre outras estatinas. – digoxina (substrato da Gpp – glicoproteína p): a administração concomitante de ticagrelor aumentou a Cmax da digoxina em 75% e a AuC em 28%. portanto, monitoramento laboratorial e/ou clínico adequado é recomendado quando da administração de medicamentos dependentes da glicoproteína p (Gpp) de índice terapêutico estreito como a digoxina concomitantemente com BRILINTA® (vide bula completa do produto). Reações adversas: as seguintes reações adversas foram identificadas nos estudos com BRILINTA® – Reação muito comum: hiperuricemia, dispneia. Reação comum: cefaleia, tontura, vertigem, epistaxe, dor abdominal, constipação, diarreia, dispepsia, hemorragia gastrointestinal, náusea, vômito, sangramento dérmico ou subcutâneo, rash, prurido, sangramento do trato urinário, creatinina sanguínea aumentada, hemorragia pós-procedimento (vide bula completa do produto). Posologia: o tratamento de BRILINTA® deve ser iniciado com uma dose única de 180 mg (dois comprimidos de 90 mg) e então continuada com a dose de 90 mg duas vezes ao dia. Os pacientes que estiverem utilizando BRILINTA® devem também tomar ácido acetilsalicílico diariamente, a menos que especificamente contraindicado. Após uma dose inicial de ácido acetilsalicílico, BRILINTA® deve ser utilizado com uma dose de manutenção de 75-150 mg de ácido acetilsalicílico. O tratamento é recomendado por pelo menos 12 meses, exceto se a interrupção de BRILINTA® for clinicamente indicada. em pacientes com síndrome coronariana aguda (SCA), a interrupção prematura com qualquer terapia antiplaquetária, incluindo BRILINTA®, poderia resultar em aumento do risco de morte cardiovascular ou infarto do miocárdio devido a doença subjacente do paciente. Superdose: atualmente, não há antídoto para reverter os efeitos do BRILINTA® e não é esperado que BRILINTA® seja dialisável. O tratamento da superdose deve seguir a prática médica local padrão. O efeito esperado da dose excessiva de BRILINTA® é a duração prolongada do risco de sangramento associado com a inibição plaquetária. Se ocorrer sangramento, devem ser tomadas medidas de suporte apropriadas. O ticagrelor é bem tolerado em doses únicas de até 900 mg. A toxicidade gastrointestinal foi dose-limitante em um único estudo de aumento de dose. Outros efeitos adversos significativos que podem ocorrer com a superdosagem incluem dispneia e pausas ventriculares. em caso de superdosagem, devem-se observar os efeitos adversos potenciais e considerar o monitoramento eCG. Apresentação(ões): comprimidos revestidos de 90 mg em embalagens com 20, 30 ou 60 comprimidos. USO ADULTO ACIMA DE 18 ANOS DE IDADE. USO ORAL. veNdA SOB pReSCRIÇÃO médICA. para mais informações, consulte a bula completa do produto. (BRL002a) AstraZeneca do Brasil Ltda., Rod. Raposo Tavares, km 26,9 - Cotia / Sp - Cep 06707-000. Tel.: 0800-0145578. www.astrazeneca.com.br BRILINTA®. MS – 1.1618.0238.

Referências bibliográficas: 1- Wallentin L, Becker RC, Budaj A, et al; pLATO investigators. Ticagrelor versus clopidogrel in patients with acute coronary syndromes. N engl J med. 2009;361:1045-57.

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A vida merece uma segunda chance.

21% de redução do risco relativo na mortalidade cardiovascular versus clopidogrel.1

Superioridade de BRILINTA® na redução do desfecho de eficácia evidente nos primeiros 30 dias e aumento no período de 12 meses de tratamento.1

Não apresenta diferenças significativas no sangramento maior ou fatal versus clopidogrel.1

Oferece resultados consistentes em amplo espectro de pacientes com SCA e suas formas de tratamento.1

Agora você já pode fazer muito mais pelos seus pacientes com SCA.

Brilinta® demonstrou superioridade em relação ao clopidogrel no estudo PlatO:

A peRSISTIRem OS SINTOmAS, O médICO deveRá SeR CONSuLTAdO.

material destinado exclusivamente à classe médica.A bula do produto encontra-se no interior desta publicação.

Contraindicação: pacientes com sangramento patológico ativo, com antecedente de hemorragia intracraniana e/ou com insuficiência hepática grave. Interações medicamentosas: cetoconazol, diltiazem e rifampicina.

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BRILINTA® (ticagrelor) é um membro da classe química ciclopentiltriazolopirimidinas (CpTp), que é antagonista seletivo e reversível do receptor da adenosina difosfato (Adp), agindo sobre o receptor de Adp p2Y12 que pode prevenir a ativação e agregação plaquetária mediada por Adp. O ticagrelor é ativo por via oral e interage reversivelmente com o receptor plaquetário de Adp p2Y12. O ticagrelor não interage com o sítio de ligação Adp, mas sua interação com o receptor plaquetário de Adp p2Y12 previne a transdução de sinal. Indicações: BRILINTA® é indicado para a prevenção de eventos trombóticos – morte cardiovascular (Cv), infarto do miocárdio (Im) e acidente vascular cerebral (AvC) – em pacientes com síndrome coronariana aguda (SCA), angina instável, infarto agudo do miocárdio sem elevação do segmento ST (IAmSST) ou infarto agudo do miocárdio com elevação do segmento ST (IAmCST), incluindo pacientes tratados clinicamente e aqueles que são tratados com intervenção coronariana percutânea (ICp) ou cirurgia de revascularização do miocárdio (Rm). Contraindicações: BRILINTA® é contraindicado a pacientes com hipersensibilidade ao ticagrelor ou a qualquer componente da fórmula. este medicamento é contraindicado a pacientes com sangramento patológico ativo, com antecedente de hemorragia intracraniana e/ou com insuficiência hepática grave. Cuidados e Advertências: Advertências: risco de sangramento – Assim como com outros agentes antiplaquetários, o uso de BRILINTA® em pacientes com reconhecido risco aumentado de sangramento deve ser balanceado em relação ao benefício em termos de prevenção de eventos trombóticos. Não existem dados com BRILINTA® em relação ao benefício hemostático de transfusões de plaquetas; BRILINTA® circulante pode inibir as plaquetas transfundidas. uma vez que a coadministração de BRILINTA® com desmopressina não diminuiu o tempo de sangramento padrão, é improvável que a desmopressina seja efetiva no manuseio clínico do sangramento. Terapia antifibrinolítica (ácido aminocaproico ou ácido tranexâmico) e/ou fator vIIa recombinante podem aumentar a hemostasia. BRILINTA® pode ser retomado após a causa de sangramento ter sido identificada e controlada. Cirurgia – Se um paciente necessita de cirurgia, os médicos devem considerar o perfil clínico de cada paciente, bem como os benefícios e riscos da terapia antiplaquetária continuada, determinando quando a interrupção do tratamento BRILINTA® deve ocorrer. Pacientes com insuficiência hepática moderada – é aconselhada cautela em pacientes com insuficiência hepática moderada, pois não há estudos com BRILINTA® nesses pacientes. Pacientes com risco de eventos bradicárdicos – devido à experiência clínica limitada nesses pacientes, recomenda-se precaução. Dispneia – dispneia, geralmente de leve a moderada e frequentemente de resolução espontânea sem a necessidade de descontinuação do tratamento, foi relatada em pacientes tratados com BRILINTA® (aproximadamente 13,8%). Outros – A coadministração de ticagrelor com altas doses de ácido acetilsalicílico (>300 mg) não é recomendada. Descontinuações – Os pacientes que requerem a descontinuação de BRILINTA® estão em risco aumentado para eventos cardíacos. A descontinuação prematura do tratamento deve ser evitada. Gravidez: Categoria B – Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica (vide bula completa do produto). Interações medicamentosas: efeitos de outros medicamentos em BRILINTA® – Medicamentos metabolizados pela CYP3A4 – potentes inibidores da CYp3A4: a coadministração de cetoconazol com ticagrelor aumentou a Cmax e AuC de ticagrelor igual a 2,4 vezes e 7,3 vezes, respectivamente. A Cmax e AuC do metabólito ativo foram reduzidas em 89% e 56%, respectivamente. Outros potentes inibidores da CYp3A4 devem ter efeitos similares e não devem ser administrados concomitantemente com BRILINTA®). – Indutores da CYp3A4: a coadministração de rifampicina com ticagrelor diminuiu a Cmax e AuC de ticagrelor em 73% e 86%, respectivamente. A Cmax do metabólito ativo foi inalterada e a AuC diminuiu em 46%, respectivamente. Outros indutores da CYp3A4 devem diminuir a exposição ao ticagrelor e poderiam resultar em eficácia reduzida de BRILINTA®. Efeitos de BRILINTA® em outros medicamentos – Medicamentos metabolizados pela CYP3A4 – a coadministração de ticagrelor com sinvastatina aumentou a Cmax da sinvastatina em 81% e a AuC em 56% e elevou a Cmax em 64% e a AuC em 52% da sinvastatina ácida, com alguns aumentos individuais iguais a 2 a 3 vezes. Consideração de significância clínica deve ser dada referente à magnitude e variação de alterações na exposição à sinvastatina em pacientes que requerem mais de 40 mg de sinvastatina. Não houve efeito da sinvastatina nos níveis plasmáticos de ticagrelor. BRILINTA® pode ter efeito similar sobre a lovastatina, mas não é esperado ter um efeito clinicamente significativo sobre outras estatinas. – digoxina (substrato da Gpp – glicoproteína p): a administração concomitante de ticagrelor aumentou a Cmax da digoxina em 75% e a AuC em 28%. portanto, monitoramento laboratorial e/ou clínico adequado é recomendado quando da administração de medicamentos dependentes da glicoproteína p (Gpp) de índice terapêutico estreito como a digoxina concomitantemente com BRILINTA® (vide bula completa do produto). Reações adversas: as seguintes reações adversas foram identificadas nos estudos com BRILINTA® – Reação muito comum: hiperuricemia, dispneia. Reação comum: cefaleia, tontura, vertigem, epistaxe, dor abdominal, constipação, diarreia, dispepsia, hemorragia gastrointestinal, náusea, vômito, sangramento dérmico ou subcutâneo, rash, prurido, sangramento do trato urinário, creatinina sanguínea aumentada, hemorragia pós-procedimento (vide bula completa do produto). Posologia: o tratamento de BRILINTA® deve ser iniciado com uma dose única de 180 mg (dois comprimidos de 90 mg) e então continuada com a dose de 90 mg duas vezes ao dia. Os pacientes que estiverem utilizando BRILINTA® devem também tomar ácido acetilsalicílico diariamente, a menos que especificamente contraindicado. Após uma dose inicial de ácido acetilsalicílico, BRILINTA® deve ser utilizado com uma dose de manutenção de 75-150 mg de ácido acetilsalicílico. O tratamento é recomendado por pelo menos 12 meses, exceto se a interrupção de BRILINTA® for clinicamente indicada. em pacientes com síndrome coronariana aguda (SCA), a interrupção prematura com qualquer terapia antiplaquetária, incluindo BRILINTA®, poderia resultar em aumento do risco de morte cardiovascular ou infarto do miocárdio devido a doença subjacente do paciente. Superdose: atualmente, não há antídoto para reverter os efeitos do BRILINTA® e não é esperado que BRILINTA® seja dialisável. O tratamento da superdose deve seguir a prática médica local padrão. O efeito esperado da dose excessiva de BRILINTA® é a duração prolongada do risco de sangramento associado com a inibição plaquetária. Se ocorrer sangramento, devem ser tomadas medidas de suporte apropriadas. O ticagrelor é bem tolerado em doses únicas de até 900 mg. A toxicidade gastrointestinal foi dose-limitante em um único estudo de aumento de dose. Outros efeitos adversos significativos que podem ocorrer com a superdosagem incluem dispneia e pausas ventriculares. em caso de superdosagem, devem-se observar os efeitos adversos potenciais e considerar o monitoramento eCG. Apresentação(ões): comprimidos revestidos de 90 mg em embalagens com 20, 30 ou 60 comprimidos. USO ADULTO ACIMA DE 18 ANOS DE IDADE. USO ORAL. veNdA SOB pReSCRIÇÃO médICA. para mais informações, consulte a bula completa do produto. (BRL002a) AstraZeneca do Brasil Ltda., Rod. Raposo Tavares, km 26,9 - Cotia / Sp - Cep 06707-000. Tel.: 0800-0145578. www.astrazeneca.com.br BRILINTA®. MS – 1.1618.0238.

Referências bibliográficas: 1- Wallentin L, Becker RC, Budaj A, et al; pLATO investigators. Ticagrelor versus clopidogrel in patients with acute coronary syndromes. N engl J med. 2009;361:1045-57.

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PALAVRA DO PRESIDENTE

A SBHCI é uma Sociedade científi-ca, e o evento mais destacado em seu calendário é o congresso anu-

al. Esta é uma missão de educação conti-nuada e confraternização dos associados, que foi cumprida com louvor durante os 35 anos desde a realização do primeiro evento na cidade do Guarujá (SP).

Com um olhar para o passado, relem-bramos os primeiros eventos e, durante o congresso de Curitiba (PR), prestamos mais uma vez nossa homenagem aos pre-sidentes dos congressos anteriores e a todos aqueles que, com dedicação, con-tribuíram para o contínuo e pujante cres-cimento de nossa Sociedade.

A realização do XXXIII Congresso da SBHCI foi um grande sucesso. Devo cumprimentar os profissionais e colegas envolvidos na realização deste evento. Em especial, parabenizo Fábio Sândoli de Brito Jr. (SP), diretor científico da SBHCI, e os componentes das Comissões Cientí-ficas nacional e local, que não mediram esforços para coordenar com maestria cada detalhe do congresso. Fábio esteve à frente desde a elaboração dos temas a se-rem abordados, até a certeza de que cada convidado internacional estivesse pronto e a postos para iniciar a apresentação ou participação na programação.

O primoroso programa científico con-templou os pontos mais relevantes da car-diologia intervencionista, com a partici-pação de notáveis palestrantes nacionais,

17 convidados internacionais e casos ao vivo transmitidos do Brasil e do exterior. Destaco ainda, a presença de Helvécio Miranda Magalhães Júnior (MG), secre-tário de Atenção à Saúde do Ministério da Saúde, palestrante na cerimônia de abertura, que proporcionou uma impor-tante integração com os cardiologistas intervencionistas, visando projetos em conjunto com a SBHCI. Ao colega e ami-go Samuel Silva da Silva (PR), presidente local do congresso, o nosso agradecimen-to especial, por seu entusiasmo e dedica-ção na coordenação dos trabalhos deste memorável evento.

Cumprimento ainda todos os cardio-logistas intervencionistas do Paraná, reconhecendo-lhes a dedicação, esforço e comprometimento para que o evento fosse um sucesso. Quem pôde ir a Curi-tiba conferiu o resultado nas confortáveis salas do moderno Expotrade Convention Center e no excepcional espaço para a exibição de nossos parceiros da indústria. Quem não pôde, tem mais uma chance, acompanhando o resumo de nosso con-gresso na reportagem desta edição, ou assistindo às apresentações dos casos ao vivo que foram gravados e disponibiliza-dos no Portal da SBHCI.

Com os olhos no futuro, já estamos tra-balhando para o Congresso de 2012, que será realizado em Salvador (BA), tendo como presidente Adriano Dias Dourado de Oliveira (BA). Com uma grande equi-

pe de cardiologistas intervencionistas, o congresso na Bahia é mais uma certeza de sucesso nesta bela cidade do nordeste, hospitaleira e com ótimas opções para o turismo.

Outra missão cumprida com louvor foi a eleição da diretoria que tomará posse em janeiro próximo para o biênio 2012-2013. A Assembleia Geral Ordinária realizada no dia 9 de junho homologou a eleição de Marcelo Cartaxo Queiroga Lopes (PB) como o próximo presidente de nossa So-ciedade. Com uma notável e representati-va equipe de diretores, com certeza tere-mos grandes avanços na próxima gestão. Em discurso emocionado, o presidente eleito apresentou pessoalmente aos cole-gas seus propósitos e sua missão de manter a Sociedade unida e continuar elevando a cardiologia intervencionista brasileira a posições de relevância mundial.

Parabenizo e desejo ao futuro presi-dente e equipe muito sucesso na reali-zação de todas as metas. Contem com a nossa colaboração, unidos para manter a SBHCI firme nos propósitos determina-dos por seus fundadores.

Maurício de Rezende BarbosaPresidente

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Caros colegas

Page 5: Jornal da SBHCI - ed. 42 - 02/2011

Conselho editorial | SBHCI | www.sbhci.org.brMaurício de Rezende Barbosa (MG) | presidenteMarcelo Cantarelli (SP) | diretor administrativoAlexandre Schaan de Quadros (RS) | diretor de comunicação Luciana Constant Daher (GO) | editora Hélio Castello (SP), João Manica (RS) e Robson Bueno (GO) | coeditores

Equipe técnica | take-a-coffee ComunicaçãoJornalista responsável | André Ciasca, mtb 31.963Editora | Carla CiascaRevisão | Christina G. DomeneProjeto gráfico e direção de arte | Vagner SimonettiFotografia e tratamento de imagens | Gis Ciasca | www.gisciasca.com.brImpressão | Ipsis | www.ipsis.com.brTiragem | 11.600 exemplares Circulação | em todo o território nacional

Jornal da SBHCI é uma publicação trimestral da Sociedade Brasileira de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista – SBHCI. Os textos assina dos são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não refletem neces sariamente a opinião da SBHCI.

#4202/2011

fone: (11) [email protected] skype: take.a.coffeetwitter: @take_a_coffee

16 XXXIII CONGRESSO DA SBHCI

Prêmio RBCI 2011Conheça todos os vencedores da edição 2011

10 GIRO PELO BRASIL | RONDÔNIA

Difícil, porém gratificanteA história dos serviços de hemodinâmica de Rondônia é repleta de desafios

12 XXXIII CONGRESSO DA SBHCI

Atualização científica em alta definiçãoO maior evento científico brasileiro de hemodinâmica e cardiologia intervencionista recebeu 1.115 congressistas em Curitiba

15 XXXIII CONGRESSO DA SBHCI

Enfermagem e técnicosMais de 400 pessoas participaram da programação científica da XVI Jornada de Enfermagem

17 CARDIOPATIAS CONGêNITAS

Indicações e procedimentosZiyad Hijazi concedeu entrevista sobre indicações e procedimentos em cardiopatias congênitas

18 STENTS BIOABSORVíVEIS

Uma pergunta para Ron WaksmanQual o status atual do desenvolvimento dos stents bioabsorvíveis?

23 QuALIDADE PROfISSIONAL

Acreditação em hemodinâmicaProcesso de certificação utilizado para avaliar e implementar a qualidade dos serviços prestados tem se tornado comum entre as organizações de saúde

19

Notícias de MilãoJoão Manica envia notícias e mostra que existem momentos amenos além de muito trabalho e estudo na Itália

20 ACC 2011

Transparência inequívoca e analíse críticaCom programação enxuta, evento do American College of Cardiology apresentou 17 ensaios clínicos em quatro sessões dedicadas

22 EuROPCR 2011

Tips and tricks Congresso europeu manteve o foco na abordagem prática

24 PANORAMA | DES

Stents farmacológicos no BrasilUm panorama da incorporação dos stents farmacológicos na realidade brasileira

6 INTERNAS

Notas e notícias sobre a SBHCIMomento histórico | Nova diretoria | Livro novo | Enquete no Portal | PEC na SOCESP | Título de reconhecimento GI2: um evento ambicioso | SOLACI 2011

26 AGENDA

Eventos Conheça as datas e locais dos próximos eventos nacionais e internacionais de hemodinâmica e cardiologia intervencionista

ÍNDICE

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6

INTERNAS | notas e notícias

Momento HISTÓRICO

Ao abrir a Assembleia Geral Ordinária de 2011, realizada durante o XXXIII Congresso da SBHCI, o presidente Maurício de Rezende Barbosa (MG), juntamente com sua diretoria, promoveu um momento de homenagem a todos os ex-presidentes da Sociedade e a todos os ex-presidentes dos congressos. A diretoria da gestão atual empenhou-se em contatar, convidar e levar à Assembleia os mestres e colegas que já estiveram à frente da Sociedade e de seus eventos científicos.

Maurício de Rezende Barbosa (MG), atual

presidente, e J. Eduardo Sousa (SP), primeiro presidente da SBHCI.

Ex-presidentes e presidentes dos congressos da SBHCI.

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7

A SBHCI acaba de lançar o livro “Provas para Obtenção de Certificado em Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista – Provas Comentadas 2006 a 2010”, pela Editora Manole. O trabalho foi produzido pelos editores Marcelo de Freitas Santos (PR), Décio Salvadori Jr. (SP), Samuel Silva da Silva (PR) e André Gasparini Spadaro (SP) e teve a colaboração de mais 21 cardiologistas intervencionistas sócios da SBHCI.

O livro reúne 224 questões de múltipla escolha comenta-das e didaticamente explicadas por seus autores, retiradas de provas realizadas durante os últimos cinco anos do pro-cesso de concessão do Certificado de Atuação na Área de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista, pela Comissão Permanente de Certificação (CPC). Os casos editados das provas teórico-práticas, com imagens dinâmicas e os check--lists destinados aos avaliadores, estão disponíveis no site da Editora Manole (www.manole.com.br).

A iniciativa da obra surgiu há cerca de um ano da percep-ção pela CPC da boa receptividade de futuros candidatos para buscar provas realizadas no Portal da SHBCI e o inte-resse pela justificação das alternativas solucionadas. Desta maneira, os membros da CPC acreditam que o livro deva au-xiliar no processo de ensino e aprendizagem, transformando as provas em meios de produção, consolidação e divulgação de conhecimento. “É um instrumento atual para aprimora-mento teórico e teórico-prático, não só para candidatos ao título, mas para nós mais experientes nos atualizarmos”, afirma Décio Salvadori Jr. “O dia-a-dia da hemodinâmica está neste livro.”

O livro foi lançado em dois momentos distintos. O lança-mento oficial ocorreu em 8 de junho, na tarde do primeiro dia do XXXIII Congresso da SBHCI, em Curitiba (PR). No úl-timo dia 25 de junho, no XXXII Congresso da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo (SOCESP), a obra foi apresentada novamente aos cardiologistas presentes.

Livro NOVO

Enquete no Portal

No dia 8 de junho, a SBHCI divulgou o resultado da eleição da nova diretoria para o biênio 2012-2013, após promulgação pela Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC).

O processo eleitoral foi realizado por meio de voto eletrônico entre os dias 1 e 7 de junho, no Portal da SBHCI. Confira abaixo os membros da nova diretoria eleita:

Marcelo Antonio Queiroga Cartaxo Lopes (PB)PresidentePedro Alves Lemos Neto (SP)Diretor administrativoAntônio Luiz Secches (SP)Diretor financeiroRogério Eduardo Gomes Sarmento-Leite (RS)Diretor científicoJosé Ary Boechat e Salles (RJ)Diretor de ComunicaçãoHélio José Castello Junior (SP)Diretor de Qualidade ProfissionalSamuel Silva da Silva (PR)Diretor de Educação Médica ContinuadaAntônio Carlos Neves ferreira (MG)Diretor de Intervenções ExtracardíacasCarlos AC Pedra (SP)Diretor de Intervenções em Cardiopatias Congênitas

Conselho FiscalCarlos Eduardo Diniz Couto (MG)José Marconi Almeida de Sousa (SP)Marcello Augustus de Sena (RJ)

Conselho DeliberativoAdrian Paulo Morales Kormann (SC) José Klauber Roger Carneiro (CE)Alexandre do Canto Zago (RS) Leonardo Cogo Beck (Df)Bruno Moulin Machado (ES) Marcelo José de Carvalho Cantarelli (SP)flávio Roberto A. de Oliveira (PE) Maria Cristina Meira ferreira (RJ)Gérson Miranda (MG) Viviana de Mello Guzzo Lemke (PR)João Orávio de freitas Júnior (SP)

Nova diretoria

Como você efetiva o seguimento de seus pacientes subme-tidos à intervenção coronária percutânea (ICP) do tronco de coronária esquerda não-protegido?

a. Submeto todos os pacientes a provas não-invasivas em determinado período, independentemente dos sintomas.

b. Submeto todos os pacientes à angiografia de controle.c. Procedo investigação adicional de acordo com os sintomas

apresentados.d. Não realizo ICP de tronco de artéria coronária esquerda em

meu laboratório de hemodinâmica. Acesse www.shbci.org.br e saiba o que os colegas responderam.

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INTERNAS | notas e notícias

Durante o último congresso do Ame-rican College Cardiology (ACC), no dia 4 de abril deste ano, Marcelo Cantarelli (SP), diretor administrativo da SBHCI, foi contemplado com o título de Fellow na cerimônia anual de posse da Socie-dade americana. O título de Fellow do ACC (FACC) é concedido aos membros reconhecidos em suas comunidades por sua atividade e produção científica destacadas e por sua liderança em suas instituições.

Nesta cerimônia, além da nomeação dos fellows nacionais e internacionais, ocorreu também a posse de David Hol-mes (Estados Unidos) como novo pre-sidente do ACC, entre outras homena-gens. Foram premiados desde jovens pesquisadores a consagrados profes-sores por suas publicações e contribui-ções à cardiologia. Com destaque, uma homenagem especial a Patrick Serruys (Holanda), renomado cardiologista in-tervencionista, por sua grande contri-buição à ciência.

A cerimônia contou também com a presença de presidentes de várias so-ciedades de cardiologia de todo o mun-do, com as presenças dos presidentes da Sociedade Latino-Americana de Cardiologia Intervencionista (SOLACI), Dario Echeverri (Colômbia), e da So-ciedade Brasileira de Cardiologia (SBC), Jorge Ilha Guimarães (RS).

O convite para que Cantarelli subme-tesse seu curriculum à comissão de se-leção dos novos fellows partiu do Prof. Antônio Carlos Palandri Chagas (SP), presidente-passado da SBC e atual go-vernador do Capítulo Brasileiro do ACC, em um encontro no Congresso Mundial de Cardiologia de 2010, em Pequim (China). “Para mim, o fato de ter sido lembrado para receber este título já foi muito gratificante”, disse o diretor administrativo da SBHCI. “Recebê-lo foi uma honra e um grande reconhecimen-to não só ao meu trabalho, mas ao de toda uma equipe na qual estou inserido há 19 anos.”

O trabalho da SBC ao lado do ACC tem feito com que cada vez mais car-diologistas brasileiros obtenham este reconhecimento internacional, fortale-cendo o laço entre as duas entidades. Com esta nomeação, a SBHCI possui agora 13 de seus associados detento-res desta honraria da Sociedade ameri-cana. São eles: Alexandre Abizaid (SP), Amanda G. M. R. Sousa (SP), Andrea Abizaid (SP), Antonio Carlos de Camar-go Carvalho (SP), Costantino R. Costan-tini (PR), Edgard Victor Filho (PE), Jorge Buchler (SP), José Antonio Marin-Neto (SP), José Carlos Raimundo Brito (BA), J. Eduardo Sousa (SP), Leslie Albuquer-que Aloan (RJ), Marcelo J. C. Cantarelli (SP) e Paulo Caramori (RS).

Título de RECONHECIMENTO

Segundo da esquerda para a direita: Marcelo Cantarelli (SP), diretor administrativo da SBHCI, tomou posse do título de fellow no último congresso do American College Cardiology (ACC).

O Programa de Educação Continuada (PEC) da SBHCI participou do XXXII Congresso da So-ciedade de Cardiologia do Estado de São Paulo (SOCESP), realizado nos dias 23, 24 e 25 de junho, na capital paulista. A SBHCI organizou um simpósio-satélite no último dia do evento, que atraiu cerca de 250 cardiologistas clínicos, nú-mero bastante acima da média das demais salas de aula do dia 25. Maurício de Rezende Barbo-sa (MG), presidente da SBHCI, abriu o progra-ma informando que seriam abordados aspectos atuais da hemodinâmica, sobretudo a utilização de implantes de biopróteses. Antonio Carlos de Camargo Carvalho (SP), diretor de Educação Médica Continuada da SBHCI, e Expedito Ribeiro (SP) reforçaram a mensagem de que a proposta do PEC é trazer assuntos práticos e atuais.

Fábio Sândoli de Brito Jr. (SP), diretor cien-tífico da SBHCI, apresentou a primeira aula do programa levantando uma questão para ser dis-cutida: “Já podemos ampliar as indicações para implantes de bioprótese aórtica?”. Após apre-sentar dados sobre os dispositivos disponíveis no Brasil, a seleção dos candidatos baseada em estudos importantes e as limitações do uso dos dispositivos, a mesa diretora discutiu as infor-mações.

Além de Maurício de Rezende Barbosa, Expedi-to Ribeiro e Antonio Carlos de Camargo Carvalho, a mesa de painelistas foi composta por Dimytri Alexandre Siqueira (SP), José Armando Mangione (SP), Pedro Lemos (SP), Marcelo Cantarelli (SP), diretor administrativo da SBHCI, e pelo cardiolo-gista chileno radicado nos Estados Unidos, Con-rad Simpfendorfer. Ao fim da discussão, Fábio Sândoli de Brito Jr. apresentou a resposta para a questão que havia sido levantada: “Ainda não podemos ampliar as indicações para procedimen-tos de implantes de biopróteses, mas trata-se de algo inevitável em um futuro próximo”.

O PEC realizado no Congresso da SOCESP se-guiu com a aula de Conrad Simpfendorfer sobre o manejo no pós-operatório do paciente que re-cebeu stents farmacológicos. Dimytri Alexandre Siqueira ainda apresentou um caso do Instituto de Cardiologia Dante Pazzanese típico de implan-te de válvula aórtica devido ao alto grau de risco cirúrgico, apresentado na avaliação do paciente. Marcelo Cantarelli concluiu o evento ao expor um caso e abordar a questão sobre a melhor conduta em relação à dupla antiagregação plaquetária.

PEC na SOCESP

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O Global Summit on Innovations in In-tervention (GI2), congresso internacio-nal realizado entre os dias 13 e 15 de abril de 2011, no WTC Convention Cen-ter, em São Paulo (SP), recebeu apro-ximadamente 500 médicos e outros cerca de 400 participantes da indústria, totalizando de 900 a mil pessoas pre-sentes. Pela primeira vez no Brasil, um evento deste porte reuniu mais de 30 renomados cardiologistas intervencio-nistas de todo o mundo, reafirmando a relevância dos médicos brasileiros no panorama da cardiologia intervencionis-ta mundial.

O objetivo do evento foi alcançado por meio do amplo debate e das discus-sões sobre inovações dentro da cardio-logia intervencionista. Foram abordados temas como as aplicações de novas tecnologias, tendo como destaque o uso das salas híbridas – de cateterismo e cirurgia - para realização de novos procedimentos, stents e medicamentos para doenças coronárias, tratamento intervencionista das doenças valvares, cirurgia e intervenção cardíaca robóti-ca, aspectos processuais e regulatórios da pesquisa clínica, métodos de imagem para o diagnóstico mais preciso de afec-ções cardíacas, entre outros.

De acordo com Fausto Feres (SP), diretor do Departamento de Cardiolo-gia Invasiva do Instituto Dante Pazza-nese, e um dos idealizadores do GI2, o evento preencheu todas as expectati-vas. “O GI2 preenche uma lacuna que existia entre os eventos da cardiologia intervencionista”, afirma Feres. “É um evento internacional e não deixa de ser um investimento em educação. Quando se investe em educação, ciência e pes-

quisa, existe uma complementação aos congressos nacionais, como o da SBHCI, que tem suas peculiaridades”.

Juntamente com Feres, o evento foi dirigido por Alexandre Abizaid (SP), Car-los Pedra (SP) e J. Eduardo Sousa (SP), referências mundialmente conhecidas em suas áreas de atuação. O programa científico do GI2 foi elaborado em par-ceria com a Cardiovascular Research Foundation (CRF), de Nova York (Esta-dos Unidos), que tem longa tradição na organização do Transcatheter Cardio-vascular Therapeutics (TCT), o maior evento mundial de hemodinâmica e car-diologia intervencionista, e contou com a parceria de entidades como Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia, SBHCI, Sociedade Latino-Americana de Cardio-logia Intervencionista (SOLACI), Society for Cardiac Angiography and Interven-tions (SCAI), Pediatric Interventional Cardiology Symposium (PICS) e TCT.

Foram realizados 14 procedimentos ao vivo, transmitidos diretamente do Instituto Dante Pazzanese de Cardio-logia. “Os convidados internacionais ficaram muito impressionados”, afir-ma Feres. “Houve um feedback muito favorável de todos ao final do evento, com mensagens de estímulo e manifes-tações de interesse de estar presentes no evento do ano que vem.” De acordo com o diretor, o GI2 tem uma tendência natural de crescimento e de prestígio cada vez maior como unidade científica internacional e nacional, que é o públi-co-alvo. O próximo Global Summit on Innovations in Intervention no Brasil já tem data marcada: de 11 a 13 de abril de 2012, no WTC Convention Center, em São Paulo (SP).

GI2 no Brasil: um evento AMBICIOSO

A Sociedade Latino-Americana de Cardiolo-gia Intervencionista (SOLACI) vai realizar seu XVII Congresso entre os dias 3 e 5 de agosto de 2011, no Centro de Convenções CasaPie-dra, em Santiago do Chile, em uma reunião conjunta com o XIV Congresso de Cardiologia Intervencionista da Sociedade Chilena de Car-diologia e Cirurgia Cardiovascular (SOCHICAR).

Como em anos anteriores, o SOLACI 2011 apresentará um atraente programa científico sobre o “Estado da Arte” com conferências, tecnologias emergentes, debates, workshops, transmissões de casos ao vivo, revisão de casos clínicos, simpósios e sessões especiais para os cardiologistas clínicos.

O presidente do congresso, Gastón Dus-saillant Nielsen (Chile), chefe do Laboratório de Hemodinâmica do Departamento Cardio-vascular do Hospital Clínico da Universidade do Chile, afirma ser um importante desafio reali-zar o evento em Santiago, depois de 12 anos. “Nossa ideia é montar um programa científico atrativo, que aborde as áreas mais importan-tes da cardiologia intervencionista, dentre as quais, intervenções coronárias, congênitas, estruturais e doenças cardíacas valvares aór-tica e mitral, intervenções vasculares periféri-cas, entre outras”, diz Dussaillant. “Também queremos dar um enfoque significativo à inte-gração do clínico e do cirurgião com uma dis-cussão ampla do enfrentamento de problemas cardiovasculares, para que juntos possam ofe-recer a melhor perspectiva para o paciente.”

Entre as atividades do congresso, no dia 4 de agosto, a SBHCI apresentará a sessão “Nova geração de DES (drug-eluting stent): Segurança e Eficácia”, com apresentações de Expedito Ribeiro (SP), Rogério Sarmento-Leite (RS), Marco Antonio Perin (SP), Alexandre Abi-zaid (SP) e Fausto Feres (SP), e moderação de Maurício de Rezende Barbosa (MG), presidente da SBHCI.

AGENDE-SEXVII Congresso da SOLACIData: 3 a 5 de agosto de 2011Local: Centro de Convenções CasaPiedra, Santiago do ChileInformações e inscriçõeswww.solacicongress.com

SOLACI 2011

Gastón Dussaillant Nielsen (Chile), presidente do Congresso SOLACI 2011.

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GIRO PELO BRASIL | RONDÔNIA

A história de nossa especialidade em Rondônia é muito recente. Em 2002, no governo de José de Abreu

Bianco, devido ao imenso gasto com passa-gens e tratamentos na área da cardiologia fora de domicílio, houve um chamamento público para instalação do serviço de he-modinâmica no Hospital de Base Dr. Ary Pinheiro, sendo Amado Ahamad Rahal (RO) seu diretor na época.

Participaram um grupo de São José do Rio Preto (SP), um grupo de Cuiabá (MT) e o grupo HEMOCCOR, que venceu pela melhor proposta de terceirização para o Estado (tabela do Sistema Único de Saú-de – SUS), composto de hemodinamicistas da Digicor, Serviço da Policlínica Casca-vel, Luiz de Castro Bastos (PR) e Evandro Queiroz Flores (PR), o cirurgião vascular

Luiz Antonio de Azevedo Accioly (RO) e cardiologistas de Porto Velho (RO), re-presentados por José Augusto de Oliveira (RO), ambos do PRONTOCOR, além dos hemodinamicistas, Carlos Schlee Gomes (RS), da Santa Casa de Pelotas (RS) e Gé-derson Rossato (RO), na época no Hospital São Francisco, da Irmandade de Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre (RS), entre outros sócios.

Em meados de 2002, foi comprado um equipamento Philips Integris modelo H 3000 usado para a prestação dos serviços. Naquela época, Accioly já realizava an-giografias periféricas e cerebrais, inclusive pelo SUS, além de atender particulares e convênios, em um equipamento Philips BV 300 no Hospital PRONTOCOR, de pro-priedade de Oliveira.

Em novembro de 2002, aguardando a chegada do angiógrafo, Bastos realizou o primeiro cateterismo cardíaco diagnós-tico em Rondônia, no arco cirúrgico BV 300 do Hospital PRONTOCOR. Em 2003, iniciou o governo de Ivo Narciso Cassol no Estado e, com a chegada da Integris H 3000 ao Hospital de Base, mudei-me para Porto Velho em 23 de fevereiro para acompanhar a instalação.

Ocorreram inúmeros problemas durante os trâmites do contrato com a Secretaria de Saúde do Estado, cujo secretário na época era Miguel de Sena, que tinha como secre-tário-adjunto Milton Moreira. Não haven-do possibilidade de continuarmos, restou como solução a retirada do equipamento do Hospital de Base em meados de 2003, como a única alternativa viável para, então,

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Por Géderson Rossato (RO)

A história dos serviços de hemodinâmica de Rondônia é repleta de desafios, mas, vencidas as batalhas, entrega aos profissionais gratificante sentimento de estarem cumprindo a missão de salvar vidas

Difícil, porém GRATIFICANTE

A capital Porto Velho realizou o primeiro cateterismo

diagnóstico do Estado de Rondônia em 2002.

Page 11: Jornal da SBHCI - ed. 42 - 02/2011

instalarmos a máquina em outro hospital.Iniciamos a reforma do Hospital PRON-

TOCOR, onde a primeira hemodinâmica inaugurada em Rondônia começou a fun-cionar em abril de 2006, sendo realizados, nessa época, alguns cateterismos cardíacos e angiografias periféricas e a primeira an-gioplastia coronária com implante de stent no Estado, também por Bastos. O funciona-mento do Serviço teve de ser interrompido devido às dificuldades operacionais do hos-pital para iniciar o funcionamento da uni-dade de terapia intensiva e oferecer supor-te de cirurgia cardíaca, ambos necessários, conforme as normas da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA).

O Hospital Panamericano de Porto Velho também instalou um angiógrafo em no-vembro de 2005, inaugurando sua hemodi-nâmica. Em maio de 2008, deu-se início ao funcionamento do Centro de Cateterismo e Tratamento Endovascular (CCATE) no Hos-pital de Base, exclusivamente pelo SUS, com os hemodinamicistas Wilson Cecim Coelho (PA), Daniel Ferreira Mugrabi (RO) e, mais tarde, Wanglês Jotão Geraldo (RN), além da cardiologista Simone Soares Coelho (PA).

Em outubro de 2008 foi inaugurado o

Angiocenter no Complexo Hospitalar Cen-tral, o único que realiza cirurgias de revas-cularização miocárdica, de aorta e de troca valvar. Os procedimentos cardiológicos in-tervencionistas são realizados por Rossato e Alexandre Venturelli da Silva (RO), os pro-cedimentos endovasculares periféricos são feitos pelo cirurgião vascular Vinícius Brasil Correa da Cunha (RO), e os procedimentos endovasculares neurológicos, pelo neuroci-rurgião Rogelio Iván Ortiz Velasquez (RO). O Angiocenter tem corpo clínico de cinco neurocirurgiões, oito cardiologistas, dois cirurgiões vasculares e um cirurgião car-díaco e já realizou 1.500 procedimentos in-tervencionistas nestas áreas em 28 meses de existência, atendendo apenas o setor priva-do. A maioria dos membros deste corpo clí-nico, preocupada com a qualidade e a me-lhoria do atendimento, também assumiu, em março de 2010, a unidade de exames por imagem do Complexo Hospitalar Cen-tral, dirigida pelo radiologista Bruno Sérgio de Souza Bernardes (RO), responsável pela instalação da Cardionuclear, a primeira unidade de medicina nuclear de Rondônia, inaugurada em novembro de 2010, dirigida pelo cardiologista e médico nuclear Carlos

Borelli Zeller (RO), e inaugurará em breve a primeira unidade de terapia intensiva car-diológica do Estado no setor privado, com nove leitos. Será a única unidade com car-diologista de plantão 24 horas.

Em julho de 2008, começou a funcionar a hemodinâmica do Hospital Cândido Ron-don, em Ji-Paraná, a Angiocath, com exames sendo realizados por Alex Sandro dos Santos Carvalho (RO). Um ano depois, o corpo clí-nico do CCATE assumiu o serviço de hemo-dinâmica do Hospital 9 de Julho, o Novecate.

Atualmente, os serviços de hemodinâmica em funcionamento em Rondônia são três: o Angiocenter, Novecate e o CCATE, todos em Porto Velho. Há, ainda, um projeto de insta-lação de um serviço em Cacoal, no interior do Estado. A quantidade ínfima de serviços se dá graças às grandes dificuldades, desde a falta de mão-de-obra qualificada (técnicos de enfermagem, enfermeiros e pessoal adminis-trativo) até de fornecedores (custos mais ele-vados e indisponibilidade local) e manutenção de equipamentos, o que gera maiores custos e desgaste para serem administrados. Porém, a gratificação é imensa, pois pacientes que não sobreviveriam antes de existirem esses servi-ços, hoje, têm a chance de serem salvos. ■

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XXXIII CONGRESSO DA SBHCI

Foi com grande satisfação que pudemos constatar o sucesso do XXXIII Congresso da SBHCI, realizado entre os dias 8 e 10 de junho no Expotrade Convention Center, na região metropoli-

tana de Curitiba (PR). Nem mesmo um ciclone tropical nem o vul-cão chileno impediram a reunião dos profissionais de nossa Socie-dade, reforçada pela presença de renomados formadores de opinião vindos de todo o Globo. No frio acolhedor da capital paranaense, foi possível trocar experiências, revisitar conceitos e observar o cons-tante crescimento científico de nossa especialidade.

Durante a abertura oficial do congresso, o presidente da SBHCI, Maurício de Rezende Barbosa (MG), exaltou a importância de se resgatar a memória dos 36 anos de fundação e 35 anos de pro-moção de eventos científicos da SBHCI. “Ainda que jovem, nos-sa Sociedade vem trabalhando ao longo de todos esses anos em conjunto com a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), com as sociedades locais e tem, além de grande experiência, muito a oferecer ao País”, afirmou Barbosa.

A conferência inaugural foi apresentada por Helvécio Miranda de Magalhães Júnior (MG), secretário de Atenção à Saúde, do Ministé-rio da Saúde. Magalhães apontou diversos números referentes à saúde pública no Brasil. “Nesta conta, devemos levar em consideração uma tripla carga de doenças, que são o padrão de doenças infectocontagio-

sas, o impressionante índice de violência urbana e, agora, a entrada em cena de forma contundente das doenças crônicas, em especial das cardiovasculares”, disse Magalhães. “Portanto, nós devemos pensar na promoção da saúde e começar a nos afastar da medicina de cura para um estado de saúde realmente preventivo.” O secretário encerrou a conferência inaugural apresentando os 15 objetivos das redes de cui-dados para tratamento e prevenção de infartos agudos do miocárdio, apontando a criação de redes de tratamento e atendimento e o uso da telemedicina como pontos-chave do projeto.

A programação científica do evento foi valorizada pelas aulas de 17 convidados internacionais e pela brilhante atuação de especialistas nacionais durante as sessões de apresentações de caso. Neste ano, a SBHCI transmitiu os procedimentos utilizando a tecnologia de alta definição. Qualquer dúvida ou questionamento sobre os benefícios da transmissão em alta definição esvaiu-se ao longo da programação do último dia do congresso. Antes do procedimento de Mark Reisman (Estados Unidos) do Swedish Hospital, em Seattle, o cardiologista norte-americano apresentou uma videoconferência utilizando peças de anatomia cardíaca. Enquanto Reisman explicava e mostrava, por exemplo, o posicionamento de uma válvula na peça em suas mãos, a imagem nos telões era perfeitamente nítida, podendo ser observada até mesmo a textura das peças, das válvulas e dos stents.

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Por Carlos Campos (SP) | editor executivo do Portal da SBHCI

O maior evento científico brasileiro de hemodinâmica e cardiologia intervencionista recebeu 1.115 congressistas em Curitiba

Atualização científica em ALTA DEfINIÇÃO

Page 13: Jornal da SBHCI - ed. 42 - 02/2011

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Outros dois pontos que merecem destaque no congresso deste ano são o empenho da organização em utilizar materiais ecologicamente corretos, como crachás, canetas, blocos, programas e certificados, e a produção de duas edições especiais do Jornal da SBHCI, sendo que uma delas foi produzida durante o evento e distribuída no último dia de programação científica, com entrevistas exclusivas com palestran-tes internacionais. Caso você queira conferir este conteúdo inédito, acesse as edições especiais pelo Portal da SBHCI, onde também po-dem ser encontradas as aulas apresentadas durante o congresso.

PRODUÇÃO NACIONALReceberam grande destaque os resultados dos estudos que avalia-

ram o stent farmacológico nacional. Foram expostos os dados iniciais do estudo clínico randomizado multicêntrico INSPIRON I Trial. O stent farmacológico com liga de cromo-cobalto e polímero biodegra-dável produzido no Brasil demonstrou perda luminal tardia de 0,18 mm vs. 0,67 mm do stent metálico convencional (P=0,009). Este stent demonstrou redução na ocorrência de revascularização da lesão alvo (0% vs. 10,5%; P=0,004). Esta plataforma também foi submetida à avaliação por tomografia por convergência óptica com o stent eluidor em coronárias porcinas. Celso Kiyoshi Takimura (SP) mostrou que o stent eluidor de sirolimus produzido no Brasil apresentou grau de hiperplasia neointimal semelhante ao stent eluidor de biolimus A9.

Daniel Anibal Zanuttini (PR) demonstrou, em população bra-sileira, que os resultados das intervenções em tronco de coroná-ria esquerda não protegido com stents farmacológicos tiveram probabilidade de sobrevida tardia (dois anos) de 95%, com 2% de infarto e 13% de revascularização do vaso alvo. Série unicêntrica apresentada por Fábio Sândoli de Brito Jr. (SP), diretor científico da SBHCI, demonstrou que o implante percutâneo da valva aórti-ca realizado em 35 pacientes obteve sucesso em 88,6% dos casos, com 14,2% de mortalidade hospitalar em população de elevada complexidade clínica (EuroScore 19,3±15,2%). A melhora nos sintomas de insuficiência cardíaca ocorreu em 84%, com queda média no gradiente transvalvar superior a 60 mmHg.

fábio Sândoli de Brito Jr. (SP), diretor científico; Jorge Ilha

Guimarães (RS), presidente da SBC;

Helvécio Miranda de Magalhães Júnior

(MG), secretário de Atenção à Saúde do

MS; Marcelo Cantarelli, diretor administrativo, e Maurício de Rezende

Barbosa (MG), presidente da SBHCI.

Caso ao vivo na sala dedicada a cardiopatias

congênitas.

Público manteve-se interessado pelos

trabalhos apresentados na área de pôsteres.

A SBHCI recebeu o apoio da Volvo, que fez o translado dos

palestrantes no novo veículo da marca.

O happy hour com o grupo Joe Roberts

and friends encerrou o primeiro dia de

congresso.

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XXXIII CONGRESSO DA SBHCI

O Registro DESIRE nos brindou com análise do impacto da função renal estimada pelo Clearence de Creatinina (ClCr) ou elevação isolada da creatinina nos desfechos muito tardios após implante dos stents farmacológicos. Ficou demonstrado que o uso isolado da creatinina pode subestimar em até 60% a presença de insuficiência renal. O desfecho clínico dos pacientes com alteração no ClCr mas com Cr sérica inferior a 1,5 mg/dl foi pior que o dos pacientes realmente com função renal preservada.

Os investigadores do estudo SPIRIT WOMEN demonstraram os resultados do subgrupo de pacientes latino-americanos. Com 138 participantes, a ocorrência de eventos cardíacos adversos maiores ao fim de um ano foi de 10,1%, sendo que estes desfechos, compostos ou isolados, não foram diferentes da coorte que envol-veu os outros centros do mundo.

Ricardo Alves da Costa (SP) apresentou análise pormenorizada das bifurcações tratadas com stents farmacológicos com estraté-gias de um ou dois stents. Neste cenário complexo, as lesões tra-tadas com stent provisional necessitaram de stent no ramo lateral de 21% dos casos, e os preditores de cruzamento foram extensão e gravidade da lesão, índice de remodelamento e calcificação. No seguimento de nove meses, a reestenose no ramo lateral foi signifi-cativamente maior nas lesões tratadas com um stent vs. dois stents.

Investigadores de todo o Brasil, liderados por Pedro Lemos (SP), expuseram os resultados de três anos do PAINT Trial. Foi feita uma comparação randomizada de stent com sirolimus, stent com paclitaxel e stent convencional. A grande diferença nesta compa-ração deste estudo é que, nos stents farmacológicos, a plataforma e o polímero são idênticos, sendo a primeira comparação “cabeça a cabeça” entre estes fármacos. Neste seguimento tardio, os stents farmacológicos mantiveram seus benefícios em relação ao stent convencional para novas revascularizações. Merece destaque a não ocorrência de trombose de stent (ARC) após o terceiro ano.

Juliano Rasquin Slhessarenko (SP) realizou avaliação seriada com ultrassom intracoronário do stent eluidor de biolimus A9 após seis meses e seis anos de implante. A perda tardia foi de 0,20 mm aos seis meses e 0,29 mm aos seis anos (p=0,82). O volume de hiperplasia neointimal foi de 1,2 mm3 vs. 4,9 mm3 (p=0,054), enquanto que a obstrução intimal foi de 0,7% e 3,8% (p=0,06) aos seis meses e seis anos, respectivamente.

NOVIDADESNeste ano, a Comissão Científica do XXXIII Congresso da

SBHCI, representada pelo diretor científico da SBHCI, Fábio Sân-doli de Brito Jr. (SP), propôs duas inovações bastante interessantes. A primeira delas refere-se aos factóides, slides projetados simulta-neamente à apresentação dos casos ao vivo, contendo as principais informações sobre os estudos e técnicas comentados durante o desenvolvimento dos casos. Trata-se de iniciativa promissora de interatividade em nosso congresso, visto ser um procedimento re-alizado com grande sucesso em eventos internacionais.

A segunda inovação deste ano foi a apresentação dos cinco melho-res casos do ano, selecionados dentre os 47 enviados para julgamento da Comissão Científica. Após apresentação dos casos e deliberação da comissão julgadora, o título de “Melhor Caso do Ano” ficou com Da-niel Anibal Zanuttini (PR), que apresentou o caso sobre a evolução a 15 meses do fechamento percutâneo de pseudo-aneurisma da fibrosa mitroaórtica. ■

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Rafael Cavalcante (SP), André Lima (MG) e Henrique Ribeiro (SP) foram os responsáveis pelos factóides, slides projetados simultaneamente à apresentação dos casos ao vivo com as principais informações sobre estudos e técnicas comentados durante os procedimentos.

SBHCI e SOLACI promoveram uma sessão conjunta para tratar de intervenções coronárias complexas.

Videoconferência apresentada por Mark Reisman diretamente do Swedish Hospital, em Seattle, nos Estados unidos.

Carlos Gottschall (RS) e Maurício de Rezende Barbosa (MG) entregaram o prêmio de “Melhor Caso do Ano” a Daniel Anibal Zanuttini (PR), ao centro.

Antonio Colombo, do Centro Cuore Colombo, em Milão, na Itália, estreou a transmissão de casos ao vivo em alta definição.

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O Expotrade Convention Center, em Curi-tiba (PR), recebeu a XVI Jornada Brasileira de Enfermagem em Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista, com a participação de mais de 400 profissionais entre técnicos e enfermeiros.

A programação científica foi apresentada por 56 palestrantes e teve entre os temas abor-dados inovações tecnológicas, segurança do paciente, saúde ocupacional, gestão e lideran-ça e pesquisa clínica, além de procedimentos percutâneos em cardiologia, radiologia vascu-lar e neurorradiologia.

Os Temas Livres evidenciaram o empe-nho da Enfermagem em Intervenção Car-diovascular em desenvolver pesquisas na área. A categoria oral foi submetida à análise dos julgadores, e os três melhores trabalhos foram contemplados com o Prêmio Abbott Vascular para Enfermagem. O primeiro lu-gar ficou com Nathalia Campanholi Ribeiro (SP), do Hospital Maternidade São Camilo Santana, com o tema “Análise da adesão à terapêutica farmacológica e não farmacoló-gica de pacientes submetidos à realização de angioplastia coronária transluminal percu-tânea com implante de stent”.

Os simpósios-satélite abordaram as incorpo-rações de novas tecnologias e a segurança do paciente. “Agradecemos às Comissões Organi-zadora e Científica, pois a Jornada foi um êxito pela excelência das sessões e participação ativa dos congressistas”, disse Ivanise Gomes (SP), presidente do Departamento de Enfermagem da SBHCI. “O sentimento é de dever cumprido e estamos confiantes que contribuímos para o avanço da ciência e crescimento profissional da enfermagem em intervenção cardiovascular.”

Durante a Assembleia Ordinária, foi reali-zada a eleição para a nova gestão 2012-2013, composta por Ivanise Gomes (SP), presidente; Jacqueline Wachleski (RS), vice-presidente; Maria Aparecida de Carvalho Campos (SP), primeira-secretária; Tatiane Bellia (PR), segun-da-secretária; Adriana Correia de Lima (MS), primeira-tesoureira; Rosa Maria Quinzani Al-meida (MG), segunda-tesoureira; Érika Gon-dim Gurgel Ramalho Lima (CE), coordenadora científica; Luciana Cristina Lima Correia Lima (RJ), coordenadora de Educação Continuada; Simone Fantin (RS), coordenadora de Titula-ção; e Márcia Tosi (SP), coordenadora de Co-municação e Divulgação. ■

Enfermagem e técnicos

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XXXIII CONGRESSO DA SBHCI

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MELHOR TEMA LIVRE NO JULGAMENTO ELETRÔNICO

DOENÇA CARDIOVASCuLAR ADQuIRIDAHenrique Barbosa Ribeiro (SP)InCor/SP - Instituto do CoraçãoAvaliação da segurança e eficácia do primeiro stent farmacológico desen-volvido no Brasil – INSPIRON I TRIAL.

Daniel Anibal Zanuttini (PR)Hospital Cardiológico CostantiniMortalidade a dois anos de evolução em pacientes submetidos a angioplas-tia com implante de stents farmacológicos em lesões de tronco de coroná-ria esquerda não protegido.

fábio Sândoli de Brito Jr. (SP)Hospital Israelita Albert EinsteinImplante de bioprótese valvar por cateter para o tratamento da estenose aórtica: experiência de três anos em um único centro.

José de Ribamar Costa Júnior (SP)HCOR - Associação do Sanatório SírioDesfechos bastante tardios de pacientes com insuficiência renal diagnos-ticada pelo nível sérico de Creatinina vs. Clearence de Creatinina quando tratados com stents farmacológicos.

Celso Kiyochi Takimura (SP)InCor/HC-fMuSPAvaliação pela tomografia de coerência óptica de stent nacional recoberto com polímero biodegradável eluidor de Sirolimus vs. Biolimus A9 em arté-rias coronárias porcinas.

Liliana Grinfeld (Argentina)Hospital Italiano de Buenos AiresSPIRIT WOMEN: Evaluation of the XIENCE V Everolimus Eluting Stent in the treatment of women with de novo coronary artery lesions: analysis of latin american subset.

Ricardo Alves da Costa (SP)Instituto Dante Pazzanese de CardiologiaPreditores de falência da estratégia provisional no tratamento de lesões coronárias em bifurcação complexas tratadas com stents farmacológicos liberadores de Everolimus - resultados de um estudo prospectivo, randomi-zado, realizado em centro único.

Pedro Alves Lemos Neto (SP)PAINT Trial InvestigatorsLate Clinical Outcomes after implantation of drug-eluting stents coated with biodegradable polymers: 3-year follow-up of the PAINT randomized trial.

Juliano Rasquin Slhessarenko (SP)Instituto Dante Pazzanese de CardiologiaAvaliação seriada com ultrassom intracoronário da eficácia e segurança bastante tardia (seis anos) do stent Biomatrix com Biolimus A9.

Breno de Alencar Araripe falcão (SP)InCor/SP - Instituto do CoraçãoProgressão da doença arterial coronária em pacientes de alto risco: seguimento ultras-sonográfico tardio do tronco da artéria co-ronária esquerda.

Cristiano de Oliveira Cardoso (RS)Instituto de Cardiologia do Rio Grande do SulAngioplastia primária para tratamento do infar-to agudo: existe diferença nos desfechos entre as angioplastias realizadas em horário de rotina e no esquema de plantão?

Jesus Reyes (PE)Real Hospital Português de BeneficênciaDesfechos clínicos tardios em mulheres por-tadoras de diabetes mellitus submetidas à intervenção coronária percutânea com stents farmacológicos em vasos de fino ca-libre. Experiência de quatro anos.

MELHOR TEMA LIVRE NO CONGRESSO

DOENÇA CARDIOVASCuLAR ADQuIRIDAJosé Augusto Marcondes de Souza (SP)universidade federal de São Paulo/ EPMImplante valvar aórtico por via transapical em sala híbrida e equipe multidis-ciplinar – Série inicial de 33 pacientes.

Breno de Alencar Araripe falcão (SP)InCor/HC-fMuSPIntravascular Ultrasound Assessment of Atherosclerotic Burden at the Left Main Significantly Predicts the Disease Extension in the rest of the Coronary Tree.

Gustavo Rique Morais (SP)InCor/HC-fMuSPAnálise comparativa através de ultrassom intracoronário com histologia virtual entre segmentos angiograficamente normais e segmentos com es-tenose luminal significativa.

Barbara Beatriz Dias Rodrigues (RJ)Instituto de Radioproteção e DosimetriaEstimativa das doses recebidas por cardiologistas em procedimentos in-tervencionistas.

Rodrigo Lagny de Castro Oliveira (RJ)Santa Casa de Barra MansaImpacto da disponibilização de stents farmacológicos nas indicações de revascularização miocárdica em pacientes do Sistema Único de Saúde.

Marcelo José de Carvalho Cantarelli (SP)Hospital BandeirantesIntervenção coronária percutânea primária. Resultados em pacientes do Sistema Único de Saúde e Saúde Suplementar.

Marco Tulio Zanettini (RS)Instituto de Cardiologia do Rio Grande do Sul - IC/fuCRetirada precoce do introdutor arterial, guiada pelo tempo de coagulação ativada de pacientes submetidos à intervenção coronariana.

Roberto Ramos Barbosa (SP)Instituto Dante Pazzanese de CardiologiaValor da subdivisão do escore SYNTAX para predição de eventos adversos após intervenção coronária percutânea.

Dulce I. Welter (RS)Instituto de Cardiologia do Rio Grande do Sul - IC/fuCEfetividade da intervenção coronariana primária pela via radial.

Nesta edição, 258 trabalhos foram inscritos e 177 foram finalizados em Temas Livres. Conheça os autores e temas dos trabalhos premiados neste congresso.

Prêmio RBCI 2011

4º PRÊMIO ABBOTT INTERVENCIONISTA DO ANO

CARDIOPATIA CONGêNITACarlos Augusto Cardoso Pedra (SP)HCOR – Associação do Sanatório SírioImplante de stents para tratamento da coartação da aorta em crianças.

CARDIOPATIA CONGêNITAfrancisco José Araujo Chamié de Queiróz (RJ)INTERCAT - Cardiologia IntervencionistaUtilização da prótese Biostar para a oclusão percutânea dos Foramens Ovais (FO).

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Page 17: Jornal da SBHCI - ed. 42 - 02/2011

CARDIOPATIAS CONGÊNITAS

Professor da Universidade de Medicina de Jordan e chefe da equipe de cardiologia intervencionista do Center for Congenital and Structural Heart Disease da Universidade de Medicina Rush, em Chicago, nos Estados Unidos, Ziyad Hijazi concedeu entrevista sobre indicações e procedimentos em cardiopatias congênitas

Indicações e procedimentos

À luz do conhecimento atual, podemos considerar a oclusão percutânea do forame oval patente (FOP) como tratamento de primeira escolha?Não, eu não diria isso. O forame oral patente (FOP) pode estar

associado a muitas coisas. Temos alguns exemplos: se você tem um paciente com cianose importante devido a um shunt direita--esquerda, essa é uma forte indicação; se o paciente possui marca--passo no coração e um FOP, você deve fechá-lo para prevenção de eventos; caso o paciente seja jovem com FOP, tendo cursado com acidente vascular cerebral (AVC), e não existe nenhuma outra razão a não ser o FOP, eu acredito que deva ser fechado; mas se alguém chega e diz “eu tenho isso e aquilo” e você faz uma resso-nância magnética (MRI), e dá tudo negativo, para estes pacientes você deve esperar, obter mais informações e mais dados antes de fazer o procedimento. Temos de ser mais seletivos.

Mesmo no caso de um aneurisma?Sim, mesmo em casos de aneurisma. Se o AVC não foi documen-

tado por uma MRI, e o paciente não passou por todos os testes em busca de respostas, eu não ficaria confortável em fazê-lo, pensando em prevenir um AVC. Às vezes, o neurologista busca antigos estu-dos clínicos nos quais pacientes acima de 45 ou 55 anos demonstra-ram que o FOP poderia ser a razão do AVC. E para pacientes jovens nem todos concordam… Tanto em jovens quanto em mais velhos, até mesmo em pacientes idosos acima de 70 anos. Nós já demonstra-mos em vários artigos que todo paciente acima de 55 anos de idade que teve AVC a causa foi um FOP. Não devemos nos privar porque somos mais velhos. Isso não se aplica. O tratamento é o mesmo.

Mudando de assunto, há uma preocupação quanto ao futuro dos dispositivos e o desenvolvimento dos stents biodegradá-

veis. O senhor acha que este é o futuro?Não há dúvida de que a melhor coisa é não deixar nada para trás.

No momento, nós não temos uma tecnologia mágica para implantar algo que, em apenas seis meses, já seja considerado seguro. Entretan-to, os dispositivos disponíveis, até agora, são bem seguros; não 100%, mas perto disso. E contanto que haja acompanhamento e avaliação, eu me sinto confiante em continuar implantando estes dispositivos em minha família e em meus pacientes. Mas não há dúvida, o futuro é promissor para a tecnologia bioabsorvível: colocamos alguma coisa lá e depois ela some, e não deixa nenhuma evidência de que haja algu-ma coisa errada. Porque você pode ter o bioabsorvível, mas o tecido torna-se fibroso, e com o tempo suaviza, e isso é um problema.

O senhor acredita que o tipo de AVC documentado pode in-fluenciar na decisão de fechar FOP ?Essa é uma boa pergunta porque, por exemplo, no RESPECT

Trial eles excluíram o AVC lacunar. Então, no caso de um AVC profundo e pequeno, eles não acreditam que esses eventos tenham causa paradoxal ou natural. Por isso, acredito que o tipo de AVC seja realmente importante para dar ao neurologista a ideia de ser paradoxo ou não paradoxo.

Em quais casos você acha que a ecocardiografia intracardíaca (ICE) é melhor do que a ecorcardiografia transesofágica (TEE)?Para mim, em todos eles. Eu uso exclusivamente a ICE em todos

os meus pacientes. A grande vantagem é que o paciente fica acorda-do, alerta, interativo e você tem as mesmas imagens da TEE. Então, por que eu faria a TEE no lugar da ICE? É claro, tem o custo... É mais alto. Mas com a colaboração da empresa, você pode esterilizar algumas vezes e obter as mesmas imagens. Por isso, em nosso centro, fazemos somente imagens ecocardiográficas intracardíacas. ■

17

Por Adriano Dias Dourado Oliveira (BA), diretor de Qualidade Profissional da SBHCI, e Luiz Carlos Simões (RJ), chefe do Serviço de Cardiologia do Instituto Nacional de Cardiologia do Rio de Janeiro

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STENTS BIOABSORVÍVEIS

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Por Marcelo Cantarelli (SP) | diretor administrativo

Uma pergunta para RON WAkSMAN

Qual o status atual do desenvolvimento dos stents bioabsorvíveis?Os stents bioabsorvíveis, que chamamos também de scaffolds

bioabsorvíveis, realmente, são a próxima fronteira na intervenção coronária percutânea. Os resultados que temos de um ano de avalia-ção destes dispositivos são compatíveis com os dos melhores stents recobertos com drogas. No entanto, temos de atentar para detalhes relativos à técnica de implante destes novos dispositivos. A libera-ção com alta pressão não deve ser exercida com liberalidade pelo risco de fratura da malha podendo causar problemas. Temos de ser mais delicados na hora do implante.

Quanto às características físicas, por não haver metal, o stent bio-absorvível, na verdade, é mais flexível do que os metálicos. Sua vi-sibilidade ou radiopacidade é quase nula, por ser praticamente um polímero, ficando sua visualização dependente de marcadores. Por isso, definitivamente, há algumas limitações. Temos de usar mar-cadores para ter um posicionamento mais preciso do dispositivo.

Em termos de resultados definitivos que embasem o implante dos bioabsorvíveis, estes só virão na observação comparativa de longo prazo (até cinco anos) com os melhores stents farmacoló-gicos não absorvíveis. Porque sabemos que há a probabilidade de termos reestenose tardia, que talvez haja aumento de 2% ao ano na formação neointimal e que existe cerca de 0,2% a 0,5% de trombo-se no stents todo ano.

Neste cenário, em dois anos, não haverá diferenças significati-vas na redução de reestenose e trombose na comparação entre os bioabsorvíveis e os stents farmacológicos não absorvíveis. Talvez, tenhamos de esperar de dois a cinco anos para ver se haverá di-ferença entre eles. Se não houver diferença, acredito que o custo--efetividade deles será difícil de ser comprovado e não terá sentido pagar mais caro por eles.

Se perguntarmos a pacientes e médicos, todos aguardam an-siosos pelos stents temporários, uma vez que não serão mantidos para sempre. Mas ninguém quer pagar o preço, porque dinheiro é uma questão delicada. Por isso, realmente, é preciso mostrar al-gum benefício a mais do que este que a tecnologia disponível nos coloca atualmente.

Não acredito que poderemos mostrar todo o benefício desta nova tecnologia em um ano. Entretanto, todo o conceito de recu-perar a vasoatividade das coronárias é muito atraente. É um gran-de campo a ser explorado com muita coisa boa vindo por aí, o que leva a indústria a continuar seu investimento no desenvolvimento desta nova tecnologia. ■

Cardiologista intervencionista, professor de Cardiologia da Universidade Georgetown, em Washington-DC, atual diretor da Divisão de Cardiologia do Washington Hospital Center, do setor de Angioplastia Experimental & Novas Tecnologias e dos Centros de Plaquetas e Válvulas do Instituto de Pesquisa Cardiovascular, esteve presente ao Global Summit on Innovations in Intervention (GI2), realizado em abril, em São Paulo, onde falou com a equipe do Jornal da SBHCI sobre stents bioabsorvíveis. Uma única pergunta foi o suficiente para ouvir uma verdadeira palestra sobre o assunto

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seguimento clínico3 e 4 anos de

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Morte / Infarto do Miocárdio

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Eventos Adversos Cardíacos Maiores

Revascularização da Lesão Alvo

TMB_IS-Ad-SBHCI-Nobori-Março2011_A.indd 1 03/03/11 11:20

Por João Manica* (RS) | coeditor do Portal da SBHCI

Depois de meses de treinamento intenso, não apenas em hemodi-nâmica, em junho, a squadra da cardiologia pediátrica (cardioped) do IRCCS Policlinico San Donato Milanese estreou nos gramados do torneio anual do hospital. Sem jamais ter vencido um campeonato, neste ano, a equipe era uma das favoritas ao título, pois contava com um atacan-te brasileiro de qualidade discutível, “fazedor de gols”, um zagueiro argentino da seleção nacional de rugby (cardiologista pediátrico em Córdoba), um treinador palestino (conhecido como “José Mourinho” da Faixa de Gaza) e um “napolitano”, entre outros estrangeiros. Em tempo, napolitano é considerado quase um estrangeiro aqui em Milão!

Nesta edição, a equipe disputou o torneio com a camisa de um re-nomado clube brasileiro (Grêmio) e, ironicamente, no jogo de estreia, o time adversário – da cirurgia geral – vestia uniforme em vermelho e branco. A cor da camisa adversária animou a squadra, que começou bem o campeonato e, logo de cara, estreou com vitória. Entretanto, no fim do primeiro tempo da partida, a “promessa” brasileira saiu de campo com uma lesão. Levado ao hospital, o atleta realizou exames que detectaram estiramento do músculo posterior da coxa. Recebeu tratamento e saiu de lá com o desafio de estar pronto para encarar, pelo menos, as semifinais, caso o time fosse adiante.

Após três semanas com desfalque do atacante brasileiro, que se encontrava confinado no “departamento médico”, ou melhor, no la-boratório de hemodinâmica, sem ver a cor da bola, a squadra voltou a campo, agora desfalcada do argentino, para a semifinal contra os ar-quirrivais da cardiocirurgia, dividindo o coração dos cirurgiões cardíacos pediátricos. No primeiro minuto, um gol brasileiro em um chute inde-fensável deu tranquilidade para a squadra resolver a partida em 4 a 1.

Dois dias depois, veio a grande final. Para o brasileiro, ainda sentindo

a lesão, era jogo de sacrifício, pois na arquibancada encontravam-se os chefes da cardiologia pediátrica, Mario Carminati, e da cardiocirurgia, Alessandro Frigiola, além de vários outros ilustres colegas e esposas. Jogo tenso. O time adversário de força física muito superior (equipe da manutenção) lutava pelo bicampeonato. Primeiro tempo, 0 a 0, com boas chances para os dois lados. Na etapa complementar, o susto: a squadra voltou bem, mas em um lateral revertido (pelo brasileiro na ânsia de apressar a partida), o time adversário pegou a defesa desar-rumada e fez 1 a 0.

Desolação total na arquibancada, a squadra se atirava inconsequen-temente para o ataque, com chances claras de gol, porém sofrendo contra-ataques perigosíssimos. Quando tudo parecia perdido, faltando apenas dois minutos para o encerramento da partida, o brasileiro rece-beu a bola dentro da área, tirou do adversário e... Pênalti! O estádio foi à loucura! Placar final: 1 a 1. O empate garantiu a disputa na cobrança de pênaltis e, aí, foi a vez do goleiro da squadra brilhar, já que o brasi-leiro pediu para ficar fora da disputa. Com duas defesas sensacionais, a cardiologia pediátrica sagrou-se, pela primeira vez na história, “campeã do hospital”!

Foram grandes momentos, ragazzi! Emoção e muito vinho com mas-sa (ou alguém havia pensado em um cardápio diferente?!) fizeram a festa de encerramento com a participação das outras equipes! A taça, adivinhem, foi parar na sala de Carminati, ex-jogador da Inter de Milão, que já deve estar pensando em trazer algo melhor do Brasil no próximo ano! Alguém se candidata?

Arrivederci!

* João Manica está atualmente fazendo estágio de Cardiologia Pediátrica no Serviço de Mario Carminati, em Milão. Mas a vida não é só trabalho, e ele nos escreveu este interessante relato de suas “atividades extracurriculares”

Notícias de MILÃO

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ACC 2011

Milhares de cardiologistas do mundo todo participaram do 60o Congresso Anual do Ame-

rican College of Cardiology (ACC.11 & i2 Summit), realizado no Centro de Con-venções Ernest N. Morial, sob o calor da cidade de Louisiana, em Nova Orleans, nos Estados Unidos. Entre os dias 2 e 5 de abril, os profissionais puderam acompa-nhar a apresentação de estudos importan-tes e diversos seguimentos de longo prazo de ensaios clínicos consagrados dentro da cardiologia intervencionista.

Durante a sessão inaugural do evento, o foco foi totalmente direcionado ao implan-te valvar aórtico percutâneo. Nas sessões seguintes, houve uma mescla da exibição de resultados de stents farmacológicos de nova geração com os de ensaios clínicos de revascularização cirúrgica. Além disso, a comparação randomizada do uso do acesso radial ou femoral para a realização da ci-neangiocoronariografia ou da intervenção coronária percutânea “apimentou” o con-gresso em Nova Orleans.

Como destaque da edição deste ano, houve a apresentação de pesquisas que ava-

liaram o tratamento dos defeitos valvares e estruturais cardíacos. Uma delas é o estudo PARTNER (implante percutâneo de próte-se aórtica) com sua evolução clínica de um ano e análise de sua possível não inferiori-dade vs. a cirurgia convencional, associada à aferição da sobrevida e custo-efetividade. Este é um estudo que poderá expandir o tratamento para pacientes de menor risco para cirurgia convencional e, assim, deter-minar mais um avanço muito consistente de nossa especialidade.

O ensaio EVEREST (mitralclip® vs. cirur-gia para correção de insuficiência mitral) e o estudo RIVAL (acesso transradial vs. femo-ral para procedimentos intervencionistas coronários na vigência de síndromes coro-nárias agudas) também tiveram sua impor-tância na apresentação de resultados.

A sala La Nouvelle do centro de conven-ções se encontrava lotada quando S.J. Park (Coreia do Sul) inaugurou as apresentações dos Late Breaking Clinical Trials, e se man-teve assim até o encerramento, com Carlo Briguori (Itália). Durante todo o evento, as salas estavam sempre lotadas com o público ávido para assistir, presencialmente, às reve-

lações mais inéditas que podem modificar ou não a prática clínica vigente. Este é um aspecto que merece reflexão, pois cada vez mais se associa à robustez de um novo en-saio clínico sua apresentação em um grande palco como este, mas também, sua publi-cação, na íntegra, em uma revista científica reconhecida mundialmente, com elevado fator de impacto na revisão por pares. E este fenômeno aconteceu novamente, qual seja, dos 17 ensaios previstos, mais de 50% foram também publicados simultaneamente. Esta ação fornece transparência inequívoca aos resultados expostos e promove análise críti-ca horizontal de grande amplitude.

A cardiologia intervencionista segue como líder em atenção na governança da pesquisa científica, ofertando contribui-ções relevantes, e com elevada ressonân-cia imediata e futura, para o tratamento de nossos pacientes. O espaço que ocupa é nobre, evidenciando que, diante do im-pacto da sua prevalência, cada vez mais é possível ofertar ferramentas, estratégias e dispositivos para recuperar os pacientes, sem a necessidade de realizar uma cirur-gia cardíaca. ■

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Por Guilherme Ferragut Attizzani (SP) | editor do Portal da SBHCI; Alexandre Schaan de Quadros (RS) | diretor de Comunicação; Carlos Augusto Magalhães Campos (SP) | editor executivo do Portal da SBHCI; e Luiz Alberto Piva e Mattos (SP)

Com programação mais enxuta comparada a anos anteriores, o evento oficial do American College of Cardiology apresentou 17 ensaios clínicos em quatro sessões dedicadas

Transparência inequívoca e analíse crítica

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As salas estiveram sempre lotadas durante todas as

apresentações das sessões de casos clínicos.

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Transparência inequívoca e analíse crítica

TOP 10 do ACC.11Implante percutâneo de valva aórtica consolida-

do, com a disponibilidade de duas endopróteses com resultados similares, com curva de aprendi-

zado e recomendações técnicas transparentes e melhores resultados tardios, não inferiores à cirur-gia cardíaca. É uma técnica que está estabelecida, e somente irá evoluir, seja nas estratégias e na seleção de pacientes, ensino e difusão, como na durabilidade tardia do procedimento.

Tudo indica que o cotejamento do implante percutâneo de valva aór-tica avançará para a seleção de

pacientes longevos (idade superior a 70 anos), porém em estado clínico consi-derado bom, retirando o rótulo inicial do procedimento, ou seja, de sua prescrição somente para aqueles enfermos muito longevos e/ou muito doentes. Avan-çar ainda mais, aumentar seu espectro de aplicação, para aqueles mais jovens, certamente, será o desafio futuro e com certeza será explorado em breve.

Um ensaio clínico com compara-ção direta entre as duas endo-próteses percutâneas aórticas

disponíveis será realizado algum dia? Na medida em que os resultados fo-rem fortalecidos, assim como a sua prescrição, e a busca de refinamento for premente, é bem possível que esta demanda venha a ser questionada. Te-mos de aguardar, mas esta é uma das tradições do intervencionismo.

Inserção percutânea de clipe para correção da insufici-ência mitral ainda precisa definir e clarear os resulta-dos, principalmente no quesito de durabilidade tardia.

O ensaio EVEREST II, acrônimo majestoso, porém, com resultados que ainda ficaram abaixo dos oito mil metros do topo da Terra, justamente, devido ao elevado por-centual de perda de resultado tardio, associado à técni-ca de inserção percutânea complexa. Deve evoluir para encontrar um nicho específico de aplicação, localizado no tratamento de insuficiências funcionais e frente ao alto risco cirúrgico vislumbrado.

Stents farmacológicos de segunda geração consolidam-se como

a escolha preferencial, com resultados robustos e cada vez mais longevos, assim como evidência de ótimos resultados com novas ligas metálicas, como a platina.

PRECOMBAT é uma pesquisa que somente enaltece o elevado padrão de rigor cientifico observado no centro sul-coreano e seus demais par-ticipantes, demonstrando que é possível efetivar pesquisa com repu-

tação inquestionável, promotora de resultados consistentes, merecedoras de aplausos. É um ensaio que se assemelha ao SYNTAX com refinamentos marcantes, como a utilização de ultrassom intracoronário em >90% dos casos, reunindo 600 casos de estenose não protegida localizada no tronco esquerdo, em temporalidade curta. E reprisa os achados do ensaio multiar-terial citado, qual seja, angioplastia coronária com implante de múltiplos stents farmacológicos, em pacientes com aceitação mútua seja pelo inter-vencionista e o cirurgião cardíaco, proporciona taxas de segurança tardia similares ao método cirúrgico, com menor risco de outras complicações. Porém, repete-se a mesma melodia, a evidência de inferioridade no quesito durabilidade tardia (nova revascularização do vaso-alvo), quando cotejada com o método cirúrgico. É uma decisão personalizada, guiada pela experi-ência local, ofertada ao paciente de ambos os métodos, associado à análise angiográfica e ultrassonográfica de cada caso.

A evidência tardia do ensaio PRECOMBAT é de melhores resultados com o implan-te de stents farmacológicos “limus” (si-

rolimus), comentário e percepção já exposta quando da apresentação do SYNTAX, com pelo menos 35% na redução da taxa de necessidade de repetição de novos procedimentos de re-vascularização tardios para o vaso-alvo.

ISAR-CABG demonstra novamente a durabilidade na pesquisa originada no sul da Alemanha (Scho-mig, kastrati, Mehili e Cols). Sempre buscando

ofertar respostas a dúvidas que ainda vicejam na prática clínica. Quais dos colegas ainda não foram questionados se devem ou não implantar stent farmacológico em um enxerto de veia safena? Pois bem, em quase mil enxertos comparados ran-domicamente, com diâmetro de referência próxi-mo de 3,50 mm, os dispositivos farmacológicos lograram reduzir a reestenose clínica em quase 50%. E fecha-se a cortina para mais um questio-namento que pairava sob nossas mãos e cabeças.

RIVAL alavanca a utilização do acesso transradial para efetivar angio-plastia coronária em pacientes na vigência de síndrome coronária aguda. Método este já estabelecido no Brasil, de crescente utili-

zação, mas, ainda de aceitação tímida na América do Norte. O acesso femoral não foi inferior, porém mais desconfortável ao paciente e evi-dencia maior chance da ocorrência de hematomas, complicações graves reunidas naqueles submetidos a ICP primária. É uma nova estrada que se pavimenta no intervencionismo. E relembrar que, há alguns anos, ques-tionava-se colegas que efetivassem ICP primária (IAM ST supra) por meio de acesso transradial... Nada como evidências isentas de viés!

Finalizando, ainda seguimos observando apresentações de pesquisas com a utiliza-ção de n-acetilcisteina com o objetivo de

ofertar proteção renal à exposição aos meios de contraste, que, após o elegante ensaio brasilei-ro ACT, apresentado no congresso da American Heart Association (AHA 2010), não mereça re-ceber maior relevância na prática clinica diária. Hidratar bem e gastar menos contraste é a do-bradinha que dá mais certo.

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EuROPCR 2011

Entre os dias 17 e 20 de maio, o con-gresso oficial da Associação Europeia de Intervenções Cardiovasculares

Percutâneas (EAPCI), o EuroPCR 2011, reuniu 12.567 congressistas para discutir as recentes atualizações e os últimos avanços da ciência em hemodinâmica e cardiologia intervencionista no Palais des Congrès, na cidade de Paris, na França.

O EuroPCR manteve a abordagem mais prática, com grandes contribuições à rotina do cardiologista intervencionista, integrando de maneira bastante elegante a medicina baseada em evidência com tips and tricks da rotina di-ária do cardiologista intervencionista. Entre os assuntos abordados durante os três dias de con-gresso, os já conhecidos temas como interven-ções em lesões no tronco da coronária esquerda não protegido, bifurcações, oclusões crônicas, pacientes multiarteriais e intervenção valvar percutânea preencheram a agenda do evento, com os mais diferentes enfoques.

Neste ano, a Comissão Organizadora revelou uma novidade aos participantes: “All I Need to Know About...”, uma iniciativa que proporcio-nou discussões de temas específicos dirigidas integralmente por especialistas, com questões como incidência, fisiopatologia, relevância e implicância clínica, além das alternativas tera-pêuticas baseadas nas evidências mais recentes. A oportunidade foi encarada como um prato cheio para uma breve e completa revisão.

O primeiro dia de congresso teve como destaque os Late Breaking Clinical Trials, cujo principal foco foi a comparação entre diferen-tes tipos e gerações de stents farmacológicos, os quais apresentaram algumas características em comum, como estudos randomizados, mul-ticêntricos e bom número de pacientes para avaliar os desfechos propostos. Os congressistas também puderam assistir a uma comparação

entre o uso de dispositivo de oclusão vascular vs. a compressão manual para prevenção de eventos hemorrágicos, e a comparação de di-ferentes tipos de contraste acerca da ocorrência de nefropatia por contraste.

Durante o segundo dia de evento na “Cidade Luz”, os Late Breaking First-In-Human Trials demonstraram os resultados iniciais de expe-rimentos em humanos com diferentes disposi-tivos e terapêuticas. A conclusão é que a busca por um melhor perfil de segurança dos stents farmacológicos permanece atual. Entre os es-tudos apresentados, é possível citar resultados positivos como o benefício da segurança e efi-cácia do primeiro stent farmacológico metálico absorvível, demonstradas pelo BIOSOLVE-I.

Já o estudo BIOFLOW-I apresentou os resul-tados iniciais em humanos do stent farmacoló-gico híbrido Orsiro, que introduz o interessante conceito de cobertura passiva e ativa, visando alcançar o cenário ideal de melhora da segu-rança sem perda da eficácia. As intervenções valvares aórticas estiveram representadas pela apresentação dos resultados de 12 meses do estudo TA-AVI. Este estudo avaliou a prótese Symetis Acurate TA, que traz o atrativo teórico de um implante mais fácil e intuitivo, determi-nado pela orientação anatômica das comissuras valvares, e um implante valvar subcoronário, permitindo livre acesso aos vasos coronários.

O estudo DISCOVER-FLOW avaliou um conceito interessante e inovador de avaliação fisiológica não invasiva com FFR calculado, através de informações obtidas de imagens de angiotomografia coronária. O cenário das in-tervenções complexas também foi abordado na apresentação do estudo CTO-1, que apre-sentou os resultados iniciais da aplicação local de colagenase para facilitar a recanalização de vasos cronicamente ocluídos. Os investigadores do estudo C-CURE avaliaram o uso de células-

-tronco mesenquimais modificadas para linha-gem cardiopoiética no tratamento de pacientes com insuficiência cardíaca.

A sessão de Late Breaking Science do terceiro dia de evento trouxe importantes contribuições sobre terapias adjuntas à ICP primária e à far-macologia padrão, com o objetivo de reduzir o tamanho do infarto ou aumentar o índice de salvamento miocárdico em pacientes com in-farto agudo do miocárdio. Entre os destaques, tivemos a apresentação de três ensaios que investigavam: os efeitos da eritropoietina no estudo EPOMI; do Exenatide, um peptídeo-1 semelhante ao glucagon, no estudo POSTCON II; e do pós-condicionamento isquêmico no es-tudo POST-AMI.

Uma subanálise do estudo HEBE III avaliou os efeitos do stent capturador de células endote-liais progenitoras Genous, em associação com a administração de eritropoietina, que estimula a mobilização de células endoteliais progenitoras da medula óssea. A área da imagem intravascu-lar também esteve representada no elegante es-tudo SIRTAX LATE OCT, em que a tomografia por coerência ótica foi utilizada para avaliar as reações vasculares tardias (após cinco anos) de stents farmacológicos de primeira geração. No estudo STIB, foi avaliado o impacto da ausên-cia de resposta à terapia antiplaquetária dupla padrão em pacientes submetidos à ICP eletiva.

Os efeitos do pré-tratamento com rosuvasta-tina em pacientes submetidos à ICP eletiva para reduzir a incidência de mionecrose periproce-dimento foram avaliados no estudo ROMA. As pesquisas fora da área da intervenção coronária também tiveram espaço, com a apresentação de uma subanálise do estudo CARISMA, em que a incidência e valor prognóstico da fibrilação atrial de início recente, registrada por moni-tores cardíacos implantáveis, foi detectada em pacientes que sofreram IAM. ■

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Congresso europeu manteve o foco na abordagem prática

Tips and tricks

A edição 2011 do EuroPCR reuniu

12.567 profissionaiss interessados nos

últimos avanços da especialidade.

Por Daniel Chamié (SP) e Alberto Fonseca (DF) | coeditores do Portal da SBHCI

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QuALIDADE PROfISSIONAL

Cada vez mais, as instituições de saúde buscam identificar antecipa-damente quais os riscos possíveis

durante o atendimento de um paciente e estimular a melhoria contínua dos proce-dimentos internos, a fim de evitar que estes riscos se tornem realidade. Este processo chama-se “Acreditação” e vem ganhando força no País na última década.

Esta nova forma de entender as institui-ções prestadoras de serviços de saúde tem como objetivo introduzir a gestão da quali-dade como uma ferramenta permanente de aprimoramento institucional, buscar maior eficiência e efetividade do atendimento, ra-cionalizar a utilização de recursos humanos, financeiros e tecnológicos e ampliar a segu-rança dos usuários na escolha e utilização dos serviços.

Embora já exista há mais de 50 anos nos Estados Unidos e no Canadá, o assunto “Acreditação” começou a ser discutido com maior intensidade no Brasil a partir da déca-da de 1990. Com o objetivo de desenvolver um plano de ação voltado para o estabeleci-mento de um conjunto de regras, normas e procedimentos relacionados com um siste-ma de avaliação para a certificação dos ser-viços de saúde, foi criada em 1999 a Organi-zação Nacional de Acreditação (ONA).

Hoje, existem mais de 20 instituições de saúde acreditadas no País, por meio de or-ganizações credenciadas que representam a ONA. Rubens José Covello, CEO do Institu-to Qualisa de Gestão (IQG Health Services Accreditation), uma dessas organizações credenciadas, participou do último Curso de Revisão da SBHCI, realizado em novembro

do ano passado, e falou sobre a importân-cia do processo de Acreditação como uma atitude ética a ser tomada. “Praticar respon-sabilidade social na área da saúde é demo-cratizar informações e praticar políticas de segurança do paciente”, afirma Covello.

O especialista conversou com a equipe do Jornal da SBHCI sobre como é feito o pro-cesso de Acreditação em instituições brasi-leiras atualmente.

O que é Acreditação?O processo de Acreditação é muito mais

que uma simples certificação. É uma fer-ramenta de gestão da qualidade, que visa principalmente o gerenciamento de riscos da assistência e o gerenciamento eficaz do negócio. O processo de Acreditação tem de-monstrado ser o caminho para implemen-tação segura da gestão da qualidade e de melhorias contínuas.

Qual é a importância deste trabalho no sistema de saúde?Os processos de Acreditação e qualifi-

cação de instituições de saúde resultam na melhoria da qualidade da assistência e dimi-nuição dos custos institucionais.

Como é o processo de Acreditação no Serviço de Hemodinâmica?Os Serviços de Hemodinâmica são ava-

liados no processo de Acreditação no esco-po do hospital, exatamente como os outros prestadores de serviços hospitalares. Perce-bo um movimento em algumas sociedades médicas de selo de qualificação, utilizando metodologias de segurança e processo, se-

melhante aos métodos de Acreditação, en-tendendo que a Sociedade deve desenhar um programa de certificação própria, que, com certeza, qualificará a rede.

Para dar certo, o processo depende dos profissionais ou dos donos dos serviços de saúde?Quem compra a ideia da Acreditação é a

alta administração, mas quem a implanta é o corpo de colaboradores.

Qual o custo de uma implantação?Acreditação não tem um custo alto. Às

vezes, algumas alterações na estrutura fí-sica podem resultar em algum custo. Mas o maior custo de um processo de Acredi-tação está na capacitação e envolvimento de pessoas.

Como implantar o processo e quais as principais dificuldades?A maior dificuldade que temos em relação

à implantação de programas de qualidade está no envolvimento médico no processo. E esta é uma dificuldade mundial.

Existe muita gente oferecendo serviço de Acreditação? Como diferenciar os serviços de qualidade?Não existem muitos serviços credencia-

dos que ofertem Acreditação no merca-do de saúde. Mas a identificação de qual a metodologia e ou instituição acreditadora deve ser feita tendo entendimento da histó-ria dela e do entendimento que Acreditação não é uma simples certificação, e sim um programa de gestão. ■

Por Carla Ciasca (SP) | jornalista

ACREDITAçãO em hemodinâmica

Processo de certificação utilizado para avaliar e implementar a qualidade dos serviços prestados tem se tornado comum entre as organizações de saúde

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PANORAMA | DES

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No último mês de junho, a mídia leiga dedicou certa atenção à cardiologia in-tervencionista. A revista Saúde, da Edi-

tora Abril, publicou reportagem sobre a evolu-ção da angiografia e as aplicações dos stents. As editorias de economia de jornais de expressão nacional e internacional publicaram a decisão de uma empresa em deixar o mercado de stents farmacológicos. Para elevar a discussão ao nível científico, abrimos espaço para tratar do pano-rama atual dos stents farmacológicos no Brasil.

Estudos recentes dedicados à cardiologia in-tervencionista no Brasil e no mundo indicam o avanço das evidências e provam que, exce-tuando algumas situações, os stents farmaco-lógicos apresentam indicação e aplicação con-sistentes na prática clínica. Estes dados foram divulgados no XXXIII Congresso da SBHCI, em aula apresentada por Luiz Alberto Mattos (SP), diretor de Pesquisa em Cardiologia In-tervencionista do Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia de São Paulo e presidente da SBHCI entre 2006 e 2009, sobre a realidade destes dispositivos no cenário atual.

A última Diretriz da Sociedade Europeia de Cardiologia recomenda o implante dos stents farmacológicos baseada em evidências científicas, de modo amplo e irrestrito, salva-guardando algumas restrições, a salientar, pa-cientes impossibilitados de receber medicação antiplaquetária dupla por, pelo menos, seis meses e cautela na prescrição deste dispositivo na vigência do infarto agudo do miocárdio e em enxertos de veia safena calibrosos.

Contudo, o cenário europeu de aderência a este dispositivo é heterogêneo, relacionado ao custo e ao perfil de saúde de cada país. Em mé-dia, a aderência na comunidade europeia é de 60%, de acordo com registros apresentados em congresso norte-americano neste ano.

Dados de 2009 apontam que, nos cenários norte-americano e europeu, há queda na reali-zação de cirurgia cardíaca e há avanço expres-sivo no uso dos stents farmacológicos, com a

queda do evento da trombose a partir de 2006 e uma leve recuperação após isso, mas sem retornar aos patamares altos de 2003, quando os dispositivos foram lançados. Já na América Latina, o último registro da Sociedade Latino--Americana de Cardiologia Intervencionista (SOLACI) indica crescimento progressivo na utilização dos dispositivos farmacológicos, apresentando dado de 31%.

Ao longo dos últimos quatro anos, a quan-tidade de stents utilizados no Brasil tem apre-sentado percentual elevado. “O número de pro-cedimentos percutâneos de coronária no Brasil tem aumentado progressivamente, a uma taxa constante de 10% ao ano”, afirma Pedro Lemos (SP), cardiologista intervencionista no Instituto do Coração (InCor) do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP e coorde-nador técnico do Serviço de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista do Hospital Sírio-Libanês, destacando que a maioria desses procedimentos é feita com stent coronariano no Brasil. “Mas, de qualquer forma, o número de procedimentos anuais realizados no Brasil, comparado ao tamanho da população, aponta uma taxa de procedimentos per capita muito inferior à de alguns países, o que por si só indica um atendimento heterogêneo no País.”

De acordo com a aula apresentada por Mattos, a análise pormenorizada desses nú-meros registrados pelo Sistema Único de Saú-de (SUS) pode ser conferida na edição dos Arquivos de Cardiologia de abril este ano, de autoria de Leopoldo Piegas (SP). Em 2006, fo-ram realizadas 41.730 intervenções coronárias percutâneas, utilizando o total de 39.563 stents. Em 2010, o número de procedimentos chegou a 55.980, com o total de 53.558 dispositivos convencionais utilizados. De acordo com esti-mativa da Agência Nacional de Saúde (ANS), há um número projetado em cerca de 42 mil procedimentos ao ano. Isso significa que, soma-do aos números do SUS, o Brasil atingiu o total de quase 100 mil intervenções no País ao ano.

Há um crescimento nítido da saúde suple-mentar no País, na medida em que o Brasil cresce, tem a economia estável e o aumento da demanda por emprego estável com car-teira assinada estimula a ampliação das car-teiras dos convênios também. Consequente-mente, há o aumento expressivo de maneira semelhante dentro do SUS.

Mas o cenário do stent farmacológico apre-senta-se de maneira oposta. No âmbito dos pa-cientes atendidos sob a égide do SUS no Brasil, este dispositivo ainda não está disponível para utilização; e o índice estimado pela ANS gira em torno de 70%, o que projeta um total de 30%. Uma das maiores discussões que justifica o índice relativamente baixo é sobre o custo dos dispositivos. “Hoje em dia, o reembolso da an-gioplastia coronariana realizado pelo SUS não contempla os stents farmacológicos”, afirma Le-mos. “Isso é um problema, pois os farmacológi-cos já estão disponíveis para uso rotineiro desde 2002. Então esta questão tem de ser resolvida.”

Mattos leva a discussão adiante ao afirmar que, muito antes da questão do reembolso dos stents farmacológicos, os gestores públicos de-veriam consolidar os créditos nos resultados afirmativos quanto à segurança e eficácia para a validação do material. Relacionado ao pedi-do de incorporação deste dispositivo no SUS, os cardiologistas Luiz Alberto Mattos, Otávio Berwanger (SP), do Instituto de Educação e Pesquisa do Hospital do Coração, e Denizar Vianna Araújo (RJ), da Universidade Estadual do Rio de Janeiro, prepararam uma metanálise para submissão à Comissão de Incorporação de Tecnologias do Ministério da Saúde (CITEC) e ao Ministério da Saúde (MS). Esta metanáli-se, com 42 ensaios clínicos, em quatro anos de seguimento, demonstra que o stent farmacoló-gico é superior ao convencional, tanto em segu-rança quanto em eficácia, portanto não há mais nenhum motivo para o questionamento quanto à sua segurança tardia, quando se coteja o far-macológico e o não-farmacológico.

Discussão sobre a incorporação dos stents farmacológicos na realidade brasileira e quais critérios devem ser utilizados para a escolha de um dispositivo seguro e eficaz para o paciente

STENTS fARMACOLÓGICOS no Brasil

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Utilizando a análise de benefício e com a redução da quantidade de eventos tardios, com o uso do stent farmacológico, ao reduzir eventos de nova revascu-larização tardia, ou seja, menos reestenose, menos pacientes voltarão para uma nova angioplastia, para um novo cateterismo ou, eventualmente, para uma cirur-gia de revascularização. É evidente que este dispositivo tem uma redução de 70% em eventos tardios, os pacientes vão retornar menos aos hospitais e clínicas, e o sistema será menos onerado.

Para que o panorama atual do uso dos stents farmacológicos no Brasil seja mu-dado, a diretoria da SBHCI vem trabalhando insistentemente junto ao Ministério da Saúde há, pelo menos, quatro anos. Após longos meses sem nenhum retorno por parte dos representantes do governo federal, a diretoria atual da SBHCI e car-diologistas intervencionistas representantes de diversos hospitais que atendem o SUS em todo o País estiveram em uma audiência com Helvécio Miranda de Ma-galhães Júnior (MG), secretário de Atenção à Saúde do MS. Tanto na audiência quanto em seu discurso na abertura do Congresso da SBHCI, Magalhães mos-trou-se favorável a mudanças em favor dos hemodinamicistas. “O entendimen-to com as autoridades do Ministério da Saúde do novo governo tem sido muito produtivo”, afirma Maurício de Rezende Barbosa (MG), presidente da SBHCI. “Esperamos que, em breve, os stents farmacológicos, um dos maiores avanços da cardiologia intervencionista na atualidade, possam beneficiar a população brasi-leira, especialmente os mais necessitados, a exemplo do que já ocorre em muitos países da América Latina e em todo o mundo.”

De acordo com Barbosa, o atendimento pelo SUS ao povo brasileiro é um mo-delo para muitos países. Entretanto, a medicina evolui em alta velocidade, o que torna difícil a rápida incorporação de novas tecnologias. “Uma vez estabelecido o valor destes novos dispositivos, o Ministério da Saúde poderá analisar e estabe-lecer os critérios para aprovação deste tratamento em todo o território nacional”, afirma o presidente da SBHCI. “Vale a pena salientar que este é um desafio co-mum ao sistema de saúde de todos os países, e não algo exclusivo do Brasil.” ■

O cenário atual1. Stents farmacológicos são superiores aos não farmacológicos: promovendo marcante e comprovada redução da necessidade de repetição de novos procedimentos de revascularização, abrangente e consistente, nas múltiplas apresentações clínicas e morfológicas.

2. Os stents de segunda geração (everolimus, zotarolimus e biolimus) se destacam pela maior versatilidade no implante com eficácia tardia comprovada (seguimento médio de três anos).

3. Stents eluidores de everolimus vêm demonstrando taxas muito reduzidas de trombose tardia, uma vantagem no cotejamento com sirolimus (segurança); prescrição de tienopiridínico < 12 meses.

4. A durabilidade e eficácia tardia ofertadas sofrem redução, à medida que a complexidade cresce (extensão total dos stents e diabéticos), porém em proporção muito menos significativa que o congênere não farmacológico.

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JuLHOdias 24 a 27PICS & AICS 2011 - Pediatric & Adult Interventional Cardiac SymposiumBoston, Estados unidos www.picsymposium.com

AGOSTOdia 2II Course “José Gabay” for fellows inInterventional Cardiology ProEducar - SOLACISantiago, Chilewww.solaci.org/eventos/proeducar.asp

dia 4Simpósio SBHCI@SOLACISantiago, Chilewww.sbhci.org.br

dias 3 a 5XVII Congresso da Sociedade Latino-Americana de Cardiologia IntervencionistaSantiago, Chilewww.solaci.org

dia 12II Simpósio Internacional de CardiologiaSão Paulo, SPwww.simposiodecardiologia.com.br

dias 18 a 20XXXI Congresso Norte Nordeste de Cardiologia 2011Aracaju, SE

dia 26Simpósio SBHCI CongressoNorte-rio-grandenseNatal, RNwww.sbhci.org.br

dias 27 a 31ESC Congress 2011European Society of CardiologyParis, françawww.escardio.org

SETEMBROdias 10 a 14CIRSE 2011Cardiovascular and Interventional Radiological Society of EuropeMunique, Alemanhawww.cirse.org

dia 19Simpósio SBHCI no 66º Congresso Brasileiro de CardiologiaPorto Alegre, RS www.sbhci.org.br

dias 16 a 1966º Congresso Brasileiro de Cardiologia Porto Alegre, RScongresso.cardiol.br/66

OuTuBROdias 7 e 8CAAT 2011 - São PauloCurso Avançado em AterotromboseDiagnóstico e TratamentoSão Paulo, SPwww.caat2011.com.br

dias 9 a 12Venice Arrhythmias 2011Veneza, Itália www.venicearrhythmias.org

dia 14Simpósio SBHCI Congresso Goianode CardiologiaGoiânia, GOwww.sbhci.org.br

dias 14 e 15CAAT 2011 - Rio de JaneiroCurso Avançado em AterotromboseDiagnóstico e TratamentoRio de Janeiro, RJwww.caat2011.com.br

dias 20 a 22CAAT 2011 - Porto AlegreCurso Avançado em AterotromboseDiagnóstico e TratamentoPorto Alegre, RSwww.caat2011.com.br

dias 28 e 29Curso Anual de Revisão em Hemodinâmicae Cardiologia Intervencionista 2011São Paulo, SPwww.sbhci.org.br

NOVEMBROdias 3 a 5CCT 2011Complex Cardiovascular TherapeuticsKobe, Japãocct.gr.jp/2011

dias 7 a 11TCT 2011Transcatheter Cardiovascular TherapeuticsSão francisco, Estados unidoswww.tctconference.com

dias 12 a 16American Heart Association Scientific Sessions 2011 (AHA)Orlando, Estados unidos scientificsessions.americanheart.org

dias 25 e 26CARDIO INTERV 2011Curitiba, PRwww.cardiointerv.com

DEZEMBROdia 25th Imaging & Physiology Summit 2011Seul, Coreia do Sul www.imaging-physiology.com/2011

dia 3VIII Simpósio de Cardiologia Clínica e Hemodinâmica do Hospital Mario Lioni (AMIL Par RJ)Rio de Janeiro, RJTel. (21) 2775-3000

dias 7 a 10Reunião Científica Anual SOCIME 2011Puebla, Méxicowww.socime.com.mx

dias 9 e 10Endovascular Summit 2011San Juan, Porto Rico www.endovascularsummit.net

JuNHO/2012dias 20 a 22XXXIV Congresso da SBHCISalvador, BAwww.sbhci.org.br

AGENDA

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Gestão 2010-2011Presidente: Maurício de Rezende Barbosa (MG) | Diretor Administrativo: Marcelo José de Carvalho Cantarelli (SP) | Diretor financeiro: fernando Stucchi Devito (SP) | Diretor Científico: fábio Sândoli de Brito Jr. (SP) | Diretor de Comunicação: Alexandre Schaan de Quadros (RS) | Diretor de Qualidade Profissional: Adriano Dias Dourado Oliveira (BA) | Diretor de Edu cação Médica Continuada: Antônio Carlos de Camargo Carvalho (SP) | Diretor de Intervenções Extracardíacas: Marco Vug man Wainstein (RS) | Diretor de Intervenções em Cardiopatias Congênitas: francisco José Araújo Chamié de Queiróz (RJ)

Equipe AdministrativaNorma Cabral | gerência administrativa | [email protected] Ribeiro | científico | [email protected] Peixinho | financeiro | [email protected] Peruzi | sócios | [email protected] Roberta fonseca | eventos | [email protected]ânia fernandes | secretaria | [email protected]

Sociedade Brasileira de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista

www.sbhci.org.brRua Beira Rio, 45 – cjs. 71 e 74 Vila Olímpia – São Paulo, SPCEP 04548-050 fone: (11) 3849-5034

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v-13224-01-AN Jorn II Simposio Cardio 210x280.indd 1 5/12/11 9:27:48 PM

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cartaz congresso 2012] 1 5/23/11 10:32 AM

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cartaz congresso 2012] 1 5/23/11 10:32 AM