jornal da sbhci - ed. 44 - 4/2010

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E mais: Diretoria faz o balanço da gestão 2010-2011 | Coberturas TCT e AHA Ano XIV | n o 4 | #44 outubro, novembro e dezembro de 2011 Publicação trimestral da Sociedade Brasileira de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista A Revista Brasileira de Cardiologia Invasiva foi indexada pelo SciELO

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Publicação institucional trimestral da Sociedade Brasileira de Cardiologia Intervencionista - SBHCI. Edição 44, 4/2010 - www.sbhci.org.br

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Page 1: Jornal da SBHCI - ed. 44 - 4/2010

E mais: Diretoria faz o balanço da gestão 2010-2011 | Coberturas TCT e AHA

Ano XIV | no 4 | #44outubro, novembro e dezembro de 2011

Publicação trimestral da Sociedade Brasileirade Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista

A Revista Brasileira de Cardiologia Invasiva

foi indexada pelo SciELO

Page 2: Jornal da SBHCI - ed. 44 - 4/2010

A vida merece uma segunda chance.

21% de redução do risco relativo na mortalidade cardiovascular versus clopidogrel.1

Superioridade de BRILINTA® na redução do desfecho de eficácia evidente nos primeiros 30 dias e aumento no período de 12 meses de tratamento.1

Não apresenta diferenças significativas no sangramento maior ou fatal versus clopidogrel.1

Oferece resultados consistentes em amplo espectro de pacientes com SCA e suas formas de tratamento.1

Agora você já pode fazer muito mais pelos seus pacientes com SCA.

Brilinta® demonstrou superioridade em relação ao clopidogrel no estudo PlatO:

A peRSISTIRem OS SINTOmAS, O médICO deveRá SeR CONSuLTAdO.

material destinado exclusivamente à classe médica.A bula do produto encontra-se no interior desta publicação.

Contraindicação: pacientes com sangramento patológico ativo, com antecedente de hemorragia intracraniana e/ou com insuficiência hepática grave. Interações medicamentosas: cetoconazol, diltiazem e rifampicina.

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BRILINTA® (ticagrelor) é um membro da classe química ciclopentiltriazolopirimidinas (CpTp), que é antagonista seletivo e reversível do receptor da adenosina difosfato (Adp), agindo sobre o receptor de Adp p2Y12 que pode prevenir a ativação e agregação plaquetária mediada por Adp. O ticagrelor é ativo por via oral e interage reversivelmente com o receptor plaquetário de Adp p2Y12. O ticagrelor não interage com o sítio de ligação Adp, mas sua interação com o receptor plaquetário de Adp p2Y12 previne a transdução de sinal. Indicações: BRILINTA® é indicado para a prevenção de eventos trombóticos – morte cardiovascular (Cv), infarto do miocárdio (Im) e acidente vascular cerebral (AvC) – em pacientes com síndrome coronariana aguda (SCA), angina instável, infarto agudo do miocárdio sem elevação do segmento ST (IAmSST) ou infarto agudo do miocárdio com elevação do segmento ST (IAmCST), incluindo pacientes tratados clinicamente e aqueles que são tratados com intervenção coronariana percutânea (ICp) ou cirurgia de revascularização do miocárdio (Rm). Contraindicações: BRILINTA® é contraindicado a pacientes com hipersensibilidade ao ticagrelor ou a qualquer componente da fórmula. este medicamento é contraindicado a pacientes com sangramento patológico ativo, com antecedente de hemorragia intracraniana e/ou com insuficiência hepática grave. Cuidados e Advertências: Advertências: risco de sangramento – Assim como com outros agentes antiplaquetários, o uso de BRILINTA® em pacientes com reconhecido risco aumentado de sangramento deve ser balanceado em relação ao benefício em termos de prevenção de eventos trombóticos. Não existem dados com BRILINTA® em relação ao benefício hemostático de transfusões de plaquetas; BRILINTA® circulante pode inibir as plaquetas transfundidas. uma vez que a coadministração de BRILINTA® com desmopressina não diminuiu o tempo de sangramento padrão, é improvável que a desmopressina seja efetiva no manuseio clínico do sangramento. Terapia antifibrinolítica (ácido aminocaproico ou ácido tranexâmico) e/ou fator vIIa recombinante podem aumentar a hemostasia. BRILINTA® pode ser retomado após a causa de sangramento ter sido identificada e controlada. Cirurgia – Se um paciente necessita de cirurgia, os médicos devem considerar o perfil clínico de cada paciente, bem como os benefícios e riscos da terapia antiplaquetária continuada, determinando quando a interrupção do tratamento BRILINTA® deve ocorrer. Pacientes com insuficiência hepática moderada – é aconselhada cautela em pacientes com insuficiência hepática moderada, pois não há estudos com BRILINTA® nesses pacientes. Pacientes com risco de eventos bradicárdicos – devido à experiência clínica limitada nesses pacientes, recomenda-se precaução. Dispneia – dispneia, geralmente de leve a moderada e frequentemente de resolução espontânea sem a necessidade de descontinuação do tratamento, foi relatada em pacientes tratados com BRILINTA® (aproximadamente 13,8%). Outros – A coadministração de ticagrelor com altas doses de ácido acetilsalicílico (>300 mg) não é recomendada. Descontinuações – Os pacientes que requerem a descontinuação de BRILINTA® estão em risco aumentado para eventos cardíacos. A descontinuação prematura do tratamento deve ser evitada. Gravidez: Categoria B – Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica (vide bula completa do produto). Interações medicamentosas: efeitos de outros medicamentos em BRILINTA® – Medicamentos metabolizados pela CYP3A4 – potentes inibidores da CYp3A4: a coadministração de cetoconazol com ticagrelor aumentou a Cmax e AuC de ticagrelor igual a 2,4 vezes e 7,3 vezes, respectivamente. A Cmax e AuC do metabólito ativo foram reduzidas em 89% e 56%, respectivamente. Outros potentes inibidores da CYp3A4 devem ter efeitos similares e não devem ser administrados concomitantemente com BRILINTA®). – Indutores da CYp3A4: a coadministração de rifampicina com ticagrelor diminuiu a Cmax e AuC de ticagrelor em 73% e 86%, respectivamente. A Cmax do metabólito ativo foi inalterada e a AuC diminuiu em 46%, respectivamente. Outros indutores da CYp3A4 devem diminuir a exposição ao ticagrelor e poderiam resultar em eficácia reduzida de BRILINTA®. Efeitos de BRILINTA® em outros medicamentos – Medicamentos metabolizados pela CYP3A4 – a coadministração de ticagrelor com sinvastatina aumentou a Cmax da sinvastatina em 81% e a AuC em 56% e elevou a Cmax em 64% e a AuC em 52% da sinvastatina ácida, com alguns aumentos individuais iguais a 2 a 3 vezes. Consideração de significância clínica deve ser dada referente à magnitude e variação de alterações na exposição à sinvastatina em pacientes que requerem mais de 40 mg de sinvastatina. Não houve efeito da sinvastatina nos níveis plasmáticos de ticagrelor. BRILINTA® pode ter efeito similar sobre a lovastatina, mas não é esperado ter um efeito clinicamente significativo sobre outras estatinas. – digoxina (substrato da Gpp – glicoproteína p): a administração concomitante de ticagrelor aumentou a Cmax da digoxina em 75% e a AuC em 28%. portanto, monitoramento laboratorial e/ou clínico adequado é recomendado quando da administração de medicamentos dependentes da glicoproteína p (Gpp) de índice terapêutico estreito como a digoxina concomitantemente com BRILINTA® (vide bula completa do produto). Reações adversas: as seguintes reações adversas foram identificadas nos estudos com BRILINTA® – Reação muito comum: hiperuricemia, dispneia. Reação comum: cefaleia, tontura, vertigem, epistaxe, dor abdominal, constipação, diarreia, dispepsia, hemorragia gastrointestinal, náusea, vômito, sangramento dérmico ou subcutâneo, rash, prurido, sangramento do trato urinário, creatinina sanguínea aumentada, hemorragia pós-procedimento (vide bula completa do produto). Posologia: o tratamento de BRILINTA® deve ser iniciado com uma dose única de 180 mg (dois comprimidos de 90 mg) e então continuada com a dose de 90 mg duas vezes ao dia. Os pacientes que estiverem utilizando BRILINTA® devem também tomar ácido acetilsalicílico diariamente, a menos que especificamente contraindicado. Após uma dose inicial de ácido acetilsalicílico, BRILINTA® deve ser utilizado com uma dose de manutenção de 75-150 mg de ácido acetilsalicílico. O tratamento é recomendado por pelo menos 12 meses, exceto se a interrupção de BRILINTA® for clinicamente indicada. em pacientes com síndrome coronariana aguda (SCA), a interrupção prematura com qualquer terapia antiplaquetária, incluindo BRILINTA®, poderia resultar em aumento do risco de morte cardiovascular ou infarto do miocárdio devido a doença subjacente do paciente. Superdose: atualmente, não há antídoto para reverter os efeitos do BRILINTA® e não é esperado que BRILINTA® seja dialisável. O tratamento da superdose deve seguir a prática médica local padrão. O efeito esperado da dose excessiva de BRILINTA® é a duração prolongada do risco de sangramento associado com a inibição plaquetária. Se ocorrer sangramento, devem ser tomadas medidas de suporte apropriadas. O ticagrelor é bem tolerado em doses únicas de até 900 mg. A toxicidade gastrointestinal foi dose-limitante em um único estudo de aumento de dose. Outros efeitos adversos significativos que podem ocorrer com a superdosagem incluem dispneia e pausas ventriculares. em caso de superdosagem, devem-se observar os efeitos adversos potenciais e considerar o monitoramento eCG. Apresentação(ões): comprimidos revestidos de 90 mg em embalagens com 20, 30 ou 60 comprimidos. USO ADULTO ACIMA DE 18 ANOS DE IDADE. USO ORAL. veNdA SOB pReSCRIÇÃO médICA. para mais informações, consulte a bula completa do produto. (BRL002a) AstraZeneca do Brasil Ltda., Rod. Raposo Tavares, km 26,9 - Cotia / Sp - Cep 06707-000. Tel.: 0800-0145578. www.astrazeneca.com.br BRILINTA®. MS – 1.1618.0238.

Referências bibliográficas: 1- Wallentin L, Becker RC, Budaj A, et al; pLATO investigators. Ticagrelor versus clopidogrel in patients with acute coronary syndromes. N engl J med. 2009;361:1045-57.

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A vida merece uma segunda chance.

21% de redução do risco relativo na mortalidade cardiovascular versus clopidogrel.1

Superioridade de BRILINTA® na redução do desfecho de eficácia evidente nos primeiros 30 dias e aumento no período de 12 meses de tratamento.1

Não apresenta diferenças significativas no sangramento maior ou fatal versus clopidogrel.1

Oferece resultados consistentes em amplo espectro de pacientes com SCA e suas formas de tratamento.1

Agora você já pode fazer muito mais pelos seus pacientes com SCA.

Brilinta® demonstrou superioridade em relação ao clopidogrel no estudo PlatO:

A peRSISTIRem OS SINTOmAS, O médICO deveRá SeR CONSuLTAdO.

material destinado exclusivamente à classe médica.A bula do produto encontra-se no interior desta publicação.

Contraindicação: pacientes com sangramento patológico ativo, com antecedente de hemorragia intracraniana e/ou com insuficiência hepática grave. Interações medicamentosas: cetoconazol, diltiazem e rifampicina.

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BRILINTA® (ticagrelor) é um membro da classe química ciclopentiltriazolopirimidinas (CpTp), que é antagonista seletivo e reversível do receptor da adenosina difosfato (Adp), agindo sobre o receptor de Adp p2Y12 que pode prevenir a ativação e agregação plaquetária mediada por Adp. O ticagrelor é ativo por via oral e interage reversivelmente com o receptor plaquetário de Adp p2Y12. O ticagrelor não interage com o sítio de ligação Adp, mas sua interação com o receptor plaquetário de Adp p2Y12 previne a transdução de sinal. Indicações: BRILINTA® é indicado para a prevenção de eventos trombóticos – morte cardiovascular (Cv), infarto do miocárdio (Im) e acidente vascular cerebral (AvC) – em pacientes com síndrome coronariana aguda (SCA), angina instável, infarto agudo do miocárdio sem elevação do segmento ST (IAmSST) ou infarto agudo do miocárdio com elevação do segmento ST (IAmCST), incluindo pacientes tratados clinicamente e aqueles que são tratados com intervenção coronariana percutânea (ICp) ou cirurgia de revascularização do miocárdio (Rm). Contraindicações: BRILINTA® é contraindicado a pacientes com hipersensibilidade ao ticagrelor ou a qualquer componente da fórmula. este medicamento é contraindicado a pacientes com sangramento patológico ativo, com antecedente de hemorragia intracraniana e/ou com insuficiência hepática grave. Cuidados e Advertências: Advertências: risco de sangramento – Assim como com outros agentes antiplaquetários, o uso de BRILINTA® em pacientes com reconhecido risco aumentado de sangramento deve ser balanceado em relação ao benefício em termos de prevenção de eventos trombóticos. Não existem dados com BRILINTA® em relação ao benefício hemostático de transfusões de plaquetas; BRILINTA® circulante pode inibir as plaquetas transfundidas. uma vez que a coadministração de BRILINTA® com desmopressina não diminuiu o tempo de sangramento padrão, é improvável que a desmopressina seja efetiva no manuseio clínico do sangramento. Terapia antifibrinolítica (ácido aminocaproico ou ácido tranexâmico) e/ou fator vIIa recombinante podem aumentar a hemostasia. BRILINTA® pode ser retomado após a causa de sangramento ter sido identificada e controlada. Cirurgia – Se um paciente necessita de cirurgia, os médicos devem considerar o perfil clínico de cada paciente, bem como os benefícios e riscos da terapia antiplaquetária continuada, determinando quando a interrupção do tratamento BRILINTA® deve ocorrer. Pacientes com insuficiência hepática moderada – é aconselhada cautela em pacientes com insuficiência hepática moderada, pois não há estudos com BRILINTA® nesses pacientes. Pacientes com risco de eventos bradicárdicos – devido à experiência clínica limitada nesses pacientes, recomenda-se precaução. Dispneia – dispneia, geralmente de leve a moderada e frequentemente de resolução espontânea sem a necessidade de descontinuação do tratamento, foi relatada em pacientes tratados com BRILINTA® (aproximadamente 13,8%). Outros – A coadministração de ticagrelor com altas doses de ácido acetilsalicílico (>300 mg) não é recomendada. Descontinuações – Os pacientes que requerem a descontinuação de BRILINTA® estão em risco aumentado para eventos cardíacos. A descontinuação prematura do tratamento deve ser evitada. Gravidez: Categoria B – Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica (vide bula completa do produto). Interações medicamentosas: efeitos de outros medicamentos em BRILINTA® – Medicamentos metabolizados pela CYP3A4 – potentes inibidores da CYp3A4: a coadministração de cetoconazol com ticagrelor aumentou a Cmax e AuC de ticagrelor igual a 2,4 vezes e 7,3 vezes, respectivamente. A Cmax e AuC do metabólito ativo foram reduzidas em 89% e 56%, respectivamente. Outros potentes inibidores da CYp3A4 devem ter efeitos similares e não devem ser administrados concomitantemente com BRILINTA®). – Indutores da CYp3A4: a coadministração de rifampicina com ticagrelor diminuiu a Cmax e AuC de ticagrelor em 73% e 86%, respectivamente. A Cmax do metabólito ativo foi inalterada e a AuC diminuiu em 46%, respectivamente. Outros indutores da CYp3A4 devem diminuir a exposição ao ticagrelor e poderiam resultar em eficácia reduzida de BRILINTA®. Efeitos de BRILINTA® em outros medicamentos – Medicamentos metabolizados pela CYP3A4 – a coadministração de ticagrelor com sinvastatina aumentou a Cmax da sinvastatina em 81% e a AuC em 56% e elevou a Cmax em 64% e a AuC em 52% da sinvastatina ácida, com alguns aumentos individuais iguais a 2 a 3 vezes. Consideração de significância clínica deve ser dada referente à magnitude e variação de alterações na exposição à sinvastatina em pacientes que requerem mais de 40 mg de sinvastatina. Não houve efeito da sinvastatina nos níveis plasmáticos de ticagrelor. BRILINTA® pode ter efeito similar sobre a lovastatina, mas não é esperado ter um efeito clinicamente significativo sobre outras estatinas. – digoxina (substrato da Gpp – glicoproteína p): a administração concomitante de ticagrelor aumentou a Cmax da digoxina em 75% e a AuC em 28%. portanto, monitoramento laboratorial e/ou clínico adequado é recomendado quando da administração de medicamentos dependentes da glicoproteína p (Gpp) de índice terapêutico estreito como a digoxina concomitantemente com BRILINTA® (vide bula completa do produto). Reações adversas: as seguintes reações adversas foram identificadas nos estudos com BRILINTA® – Reação muito comum: hiperuricemia, dispneia. Reação comum: cefaleia, tontura, vertigem, epistaxe, dor abdominal, constipação, diarreia, dispepsia, hemorragia gastrointestinal, náusea, vômito, sangramento dérmico ou subcutâneo, rash, prurido, sangramento do trato urinário, creatinina sanguínea aumentada, hemorragia pós-procedimento (vide bula completa do produto). Posologia: o tratamento de BRILINTA® deve ser iniciado com uma dose única de 180 mg (dois comprimidos de 90 mg) e então continuada com a dose de 90 mg duas vezes ao dia. Os pacientes que estiverem utilizando BRILINTA® devem também tomar ácido acetilsalicílico diariamente, a menos que especificamente contraindicado. Após uma dose inicial de ácido acetilsalicílico, BRILINTA® deve ser utilizado com uma dose de manutenção de 75-150 mg de ácido acetilsalicílico. O tratamento é recomendado por pelo menos 12 meses, exceto se a interrupção de BRILINTA® for clinicamente indicada. em pacientes com síndrome coronariana aguda (SCA), a interrupção prematura com qualquer terapia antiplaquetária, incluindo BRILINTA®, poderia resultar em aumento do risco de morte cardiovascular ou infarto do miocárdio devido a doença subjacente do paciente. Superdose: atualmente, não há antídoto para reverter os efeitos do BRILINTA® e não é esperado que BRILINTA® seja dialisável. O tratamento da superdose deve seguir a prática médica local padrão. O efeito esperado da dose excessiva de BRILINTA® é a duração prolongada do risco de sangramento associado com a inibição plaquetária. Se ocorrer sangramento, devem ser tomadas medidas de suporte apropriadas. O ticagrelor é bem tolerado em doses únicas de até 900 mg. A toxicidade gastrointestinal foi dose-limitante em um único estudo de aumento de dose. Outros efeitos adversos significativos que podem ocorrer com a superdosagem incluem dispneia e pausas ventriculares. em caso de superdosagem, devem-se observar os efeitos adversos potenciais e considerar o monitoramento eCG. Apresentação(ões): comprimidos revestidos de 90 mg em embalagens com 20, 30 ou 60 comprimidos. USO ADULTO ACIMA DE 18 ANOS DE IDADE. USO ORAL. veNdA SOB pReSCRIÇÃO médICA. para mais informações, consulte a bula completa do produto. (BRL002a) AstraZeneca do Brasil Ltda., Rod. Raposo Tavares, km 26,9 - Cotia / Sp - Cep 06707-000. Tel.: 0800-0145578. www.astrazeneca.com.br BRILINTA®. MS – 1.1618.0238.

Referências bibliográficas: 1- Wallentin L, Becker RC, Budaj A, et al; pLATO investigators. Ticagrelor versus clopidogrel in patients with acute coronary syndromes. N engl J med. 2009;361:1045-57.

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PALAVRA DO PRESIDENTE

Estimados colegas, Neste editorial, último de nossa gestão, venho com emoção e gratidão agrade-

cer a todos pelo apoio recebido durante estes dois anos de trabalho. Este é um dezembro muito especial, pois em 2 de dezembro de 1976, há exatos 35 anos, foi realizado o pri-meiro Congresso da SBHCI, na cidade do Guarujá (SP). Aquele foi o começo das ati-vidades científicas que evoluíram constante-mente e hoje se destacam no trabalho realiza-do durante os dois anos de nossa gestão.

Sendo esta uma Sociedade científica, nos-sos esforços foram dirigidos para ações que contribuíssem para o contínuo aperfeiço-amento de nossa área de atuação. Foi mar-cante o sucesso dos eventos científicos rea-lizados em Belo Horizonte (MG) e Curitiba (PR), com recordes de participantes, dezenas de convidados internacionais e centenas de palestras em programações de alto nível. Ca-sos ao vivo foram transmitidos pela primeira vez do exterior para o nosso congresso. As transmissões foram projetadas nos auditó-rios pela primeira vez em alta definição e retransmitidas via Internet, possibilitando o acompanhamento on-line de todas as apre-sentações, colocando a SBHCI na vanguarda das comunicações. A Comissão Permanente de Certificação editou o livro de Questões de Provas Comentadas e participamos da elabo-ração do Livro de Cardiologia da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) com dois atualizados capítulos sobre cardiologia inter-vencionista. Ainda com a SBC, elaboramos a diretriz de Tratamento de Valvulopatias e a

diretriz de Formação do Cardiologista Clí-nico. Foram realizados Programas de Edu-cação Continuada, Cursos de Incentivo à Pesquisa e Cursos Hands-On, totalizando 23 eventos organizados em todo o País. Temas de Intervenção Extracardíaca e Intervenção em Cardiopatias Congênitas foram inseridos em todos os eventos da SBHCI consolidando nossa participação e o nosso espaço nestas importantes áreas de atuação.

No setor de comunicação, a SBHCI incor-porou grandes avanços. O Portal da SBHCI (www.sbhci.org.br) foi inteiramente renova-do em seu visual e sobretudo em sua estru-tura interna, com novas ferramentas de pes-quisa. A Revista Brasileira de Cardiologia Intervencionista (RBCI) consolida-se como um dos grandes periódicos da especialidade no mundo após exaustivo aprimoramento ao longo dos últimos anos. Após rigorosa análise, nosso jornal científico recebeu a me-recida indexação no SciELO, configurando uma grande vitória para a SBHCI. Com esta grande conquista, cumprimentamos e agra-decemos o dedicado trabalho da equipe atual da RBCI e todos aqueles que contribuíram e que sempre acreditaram na Revista.

Os dedicados repórteres da SBHCI com-pareceram aos mais importantes congressos da especialidade e apresentaram de forma rápida e eficiente no Portal da SBHCI os grandes avanços da especialidade. À equipe do Jornal da SBHCI o meu agradecimento pelo primoroso trabalho, levando a infor-mação de qualidade a mais de 11 mil cardio-logistas de todo o Brasil.

Aos colegas de Diretoria e a todos os co-missionados, o meu mais sincero agrade-cimento pelo imprescindível trabalho que possibilitou a manutenção, renovação e aprimoramento dos projetos. À equipe de colaboradores da administração, agradeço o trabalho dedicado e eficiente. À valiosa par-ticipação de nossos parceiros da indústria e empresas distribuidoras, o nosso sincero re-conhecimento pelo irrestrito apoio durante estes dois anos.

Aos meus pacientes, aos meus colegas de trabalho no Hospital Biocor, em Belo Hori-zonte, e à minha família, o agradecimento pe-nhorado pelo valioso suporte e compreensão durantes estes dois anos de intenso trabalho.

Com os olhos voltados para o futuro, na certeza de progresso contínuo, saúdo o novo presidente Marcelo Queiroga (PB) e sua Diretoria, confiante de que, com a notável capacidade desta nova equipe, a SBHCI seguirá renovada em sua trajetória de sucesso, em busca do progresso contí-nuo da especialidade, sempre cumprindo nossa missão em benefício de nossos pa-cientes. Vamos todos trabalhar unidos na defesa de nossos direitos e na luta por me-lhores condições e trabalho.

De coração, desejo a todos um fim de ano abençoado, com Felizes Festas, grandes realiza-ções com muito sucesso em 2012, saúde e paz.

Maurício de Rezende Barbosa

Presidente

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Realizações e agradecimentos

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Conselho editorial | SBHCI | www.sbhci.org.brMaurício de Rezende Barbosa (MG) | presidenteMarcelo Cantarelli (SP) | diretor administrativoAlexandre Schaan de Quadros (RS) | diretor de comunicação Luciana Constant Daher (GO) | editora Hélio Castello (SP), João Manica (RS) e Robson Bueno (GO) | coeditores

Equipe técnica | take-a-coffee ComunicaçãoJornalista responsável | André Ciasca, mtb 31.963Editora | Carla CiascaReportagem | Isadora de CamposRevisão | Christina G. DomeneProjeto gráfico e direção de arte | Vagner SimonettiFotografia e tratamento de imagens | Gis Ciasca | www.gisciasca.com.brImpressão | Gráfica e Editora Cocktail | www.graficacocktail.com.brTiragem | 11.600 exemplares Circulação | em todo o território nacional

Jornal da SBHCI é uma publicação trimestral da Sociedade Brasileira de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista – SBHCI. Os textos assina dos são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não refletem neces sariamente a opinião da SBHCI.

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fone: (11) [email protected] skype: take.a.coffeetwitter: @take_a_coffee

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ENTREVISTA | CARLOS RUIZ

Forame oval patente: quando fechar?Três perguntas para o pioneiro em implantes percutâneos de válvulas aórticas

CARDIOINTERV 2011

Ciência entre amigosDebates de alto nível com grandes nomes da hemodinâmica mundial

SBC | JORGE ILHA GUIMARÃES

Realizações e inovaçõesPresidente da SBC do biênio 2010-2011 faz um balanço de sua gestão

SBC | CANDIDATOS 2014-2015

Propostas de atuaçãoCandidatos à presidência da SBC apresentam suas propostas

ENTREVISTA | JULIO PALMAZ

Definindo o futuroDono de uma das dez patentes que mudou o mundo falou sobre o futuro do stent

REVISTA BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA INVASIVA

Indexada pelo ScieELOTrabalho de equipe realizado por diversos cardiologistas intervencionistas possibilitou a indexação da RBCI pelo SciELO

BALANÇO DA GESTÃO 2010-2011

Consolidando o crescimentoMaurício de Rezende Barbosa (MG) avalia as ações promovidas ao longo de sua gestão como presidente da SBHCI

JOGO RÁPIDO | AMANDA G.M.R. SOUZA

Mente brilhanteDIretora-geral do Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia fala dos 35 anos de carreira

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CERIMÔNIA DE POSSE | GESTÃO 2012-2013

Emocionante e intimistaDiretoria eleita toma posse em evento com convidados ilustres

OPINIÃO | PALAVRA DA EDITORA

Integração e coesãoLuciana Constant Daher (GO) avalia o Jornal da SBHCI nos últimos 24 meses

INTERNAS

Notas e notícias sobre a SBHCIReconhecimento profissional | Curso de Revisão | Hands-on | PEC@SBC

XXXIV CONGRESSO DA SBHCI

A caminho de SalvadorConheça as novidades que a Diretoria Científica preparou para o Congresso 2012

PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO

Para tornar-se maior e melhorEmpresa de consultoria dará suporte no desenvolvimento de novos projetos

QUALIDADE PROFISSIONAL

Agora tem prazoLei federal estabelece prazo de resposta para Ministério da Saúde

TCT 2011

Conhecimento compartilhadoSessão conjunta reforçou imagem da SBHCI no cenário internacional

AHA 2011

Descoberta de liderança e impacto globalFomos a Orlando para trazer informações dos estudos apresentados no congresso

ÍNDICE

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CERIMÔNIA DE POSSE | GESTÃO 2012-2013

O evento de transmissão e posse da gestão 2012-2013 da Socieda-de Brasileira de Hemodinâmica

e Cardiologia Intervencionista (SBHCI) foi realizado no dia 12 de dezembro no Hotel Hyatt, em São Paulo (SP). Marce-lo Cantarelli (SP), que deixou a Diretoria Administrativa para assumir uma vaga no Conselho Deliberativo, comandou o even-to de maneira intimista e emocionante. A intimidade tornou a solenidade uma bela reunião de amigos. A emoção foi conduzi-da por Maurício de Rezende Barbosa (MG) no discurso que marcou sua despedida da presidência da Sociedade.

Ao ocupar a tribuna, Barbosa lembrou de maneira detalhada as principais lutas e vitórias obtidas ao longo dos dois últi-mos anos. Ele agradeceu o apoio de todos os colegas que compuseram sua Diretoria,

profissionais e colaboradores que partici-param de sua gestão e seus familiares. “Ao presidente Queiroga, nós desejamos suces-so e oferecemos nossa colaboração incon-dicional”, afirmou Barbosa.

Ao ser empossado, Marcelo Queiroga (PB) exaltou os 12 ex-presidentes que ajudaram a construir e consolidar a SBHCI em seus 36 anos de existência. Queiroga apresentou, um a um, seus diretores e reafirmou seus pro-pósitos e metas para os próximos dois anos. “O Brasil vive um momento muito positivo”, afirmou Queiroga. “Vamos crescer ainda mais dando continuidade ao programa No-vas Ideias, que teve início na gestão de Luiz Alberto Piva e Mattos (SP) e foi expandido pela Diretoria de Maurício de Rezende Bar-bosa.”

Queiroga ainda enfatizou a importância da incorporação de novas tecnologias no

âmbito da saúde pública, a exemplo dos stents farmacológicos que, apesar de dispo-níveis há uma década, ainda não são oferta-dos pelo Sistema Único de Saúde. Também destacou os pontos centrais da futura ges-tão, alicerçada no tripé: certificação pro-fissional e institucional, associativismo médico e educação médica continuada. Para Queiroga, é preciso atuar de maneira incisiva na valorização do trabalho médico, sendo necessário tornar a atuação do car-diologista intervencionista mais conhecida da sociedade civil, realçando o tratamento intervencionista do infarto do miocárdio como emblemático. “A angioplastia no in-farto salva vidas, e esta é a principal missão dos médicos”, afirma Queiroga. “Precisa-mos ser reconhecidos por esta ação, não como meros implantadores de stents.”

Já como presidente da SBHCI, Queiroga

Emocionante e intimistaCom a presença da Diretoria que geriu a Sociedade no biênio 2010-2011, Maurício de Rezende Barbosa (MG) entregou a presidência para Marcelo Queiroga (PB) em uma cerimônia que reuniu boa parte da liderança da cardiologia intervencionista brasileira

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prestou homenagem ao ex-presidente Bar-bosa, à sua Diretoria e promoveu o reco-nhecimento do trabalho de Áurea Chaves (SP) como editora da Revista Brasileira de Cardiologia Invasiva (RBCI). “Só tenho a agradecer”, ela afirmou. “Agradeço à Direto-ria pelo apoio e independência editorial, e desejo que continuem colaborando, porque a Revista é o reflexo de nossa Sociedade.”

Oscar Mendiz (Argentina), atual presiden-te da Sociedade Latino-Americana de Car-diologia Intervencionista (SOLACI), parabe-nizou Barbosa pelas ações que aproximaram as Sociedades brasileira e latino-americana e se comprometeu a colaborar com a gestão de Queiroga. Também prestigiaram o evento o presidente futuro da SOLACI Jamil Abdala Saad (SP) e o presidente do Conselho Regio-nal de Medicina da Paraíba, João Gonçalves de Medeiros Filho (PB). ■

Maurício de Rezende Barbosa (MG) transmite a presidência da SBHCI para Marcelo Queiroga (PB), que presta homenagem ao colega com a entrega de uma placa comemorativa.

Diretoria da gestão 2010-2011 brinda

o encerramento dos trabalhos que

consolidaram o importante momento vivido pela SBHCI.

Maurício de Rezende Barbosa (MG) promoveu um

emocionado discurso de despedida da presidência

da SBHCI.

Diretoria da gestão 2012-2013 está pronta para dois anos de lutas em prol da cardiologia

intervencionista.

Maurício de Rezende Barbosa (MG) e Marcelo

Cantarelli (SP) inauguram o painel na galeria de

ex-presidentes.

Da esquerda para a direita, Jamil Abdala Saad (SP),

ex-presidente da SBHCI e presidente futuro da SOLACI;

Oscar Mendiz (Argentina), atual presidente da SOLACI;

Maurício de Rezende Barbosa (MG), presidente da gestão

2010-2011; e Marcelo Queiroga (PB), presidente da

gestão 2012-2013.

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OPINIÃO | PALAVRA DA EDITORA

Esta é a quarta e última edição do Jornal da SBHCI no ano de 2011, e também a última publicação na ges-

tão do biênio 2010-2011, comandada por Maurício de Rezende Barbosa (MG), que realizou uma administração de intenso, dedicado e profícuo trabalho, uma admi-nistração elegante como a de um regente de uma grande orquestra.

É o momento de agradecer a atenção dos colegas, dos leitores que motivaram a existência do Jornal da SBHCI e nos in-centivaram a progredir na busca da me-lhora contínua.

Faz-se necessário ressaltar o trabalho afi-nado que houve durante estes dois anos en-tre a Diretoria de Comunicação, corpo edi-torial e equipe de jornalismo; uma parceria forte, de profunda colaboração e confiança.

Desde o início da atual gestão houve por parte da Diretoria um reconhecimento do valor deste veículo de comunicação e de integração com os associados e com a co-munidade de médicos cardiologistas; mas também uma preocupação em relação aos custos desta publicação, com vistas a man-ter sua sustentabilidade, sem perda da qua-lidade editorial, visando o equilíbrio finan-ceiro da Sociedade.

Para alcançar este objetivo, houve uma readequação do layout do Jornal, com re-formulação de todo o projeto gráfico, com diminuição da fonte, melhor disposição das imagens, para citar alguns exemplos de alte-rações, permitindo redução do custo gráfico com aumento do conteúdo.

Neste editorial, é imprescindível res-saltar a grande integração entre a equi-pe do Jornal e a do Portal da SBHCI (www.sbhci.org.br). Podemos citar como exemplo os Highlights deste último, des-

tacando as publicações do Jornal, e mais ainda, a parceria na produção de várias pautas como nos eventos internacionais, nos quais a equipe da Diretoria de Co-municação fazia a ampla cobertura, que era publicada imediatamente no Portal e, posteriormente, no Jornal.

O Jornal da SBHCI avançou grande-mente como órgão informativo, criando as edições especiais do Congresso da SBHCI. No congresso de 2010, uma edição espe-cial foi distribuída aos participantes no primeiro dia do evento. Já em 2011, foram distribuídas duas edições, uma no primei-ro dia do evento, e a segunda, produzida durante ele, e distribuída aos congressistas no último dia do congresso. Mas além da cobertura das atividades científicas ocor-ridas durante o congresso, vale destacar a participação ativa da equipe do Jornal, entrevistando os mais renomados nomes da cardiologia na atualidade.

Todas as ações que brotaram desta grande integração entre Diretoria de Comunica-ção, corpo editorial e jornalístico do Jornal e do Portal têm como verdadeiro objetivo promover a informação e, especialmente, a congregação de todos os membros de nossa Sociedade. Uma sociedade coesa e informa-da, seja ela qual for, é sempre mais forte e representativa em seus anseios.

Como já feito por mim anteriormente, gostaria de encerrar este editorial citando Nietzsche: “A coragem máxima de quem busca o conhecimento mostra-se, não onde ele provoca espanto e susto, e sim aí onde ele precisa ser considerado pelos que não bus-cam o conhecimento como superficial, in-diferente... Vontade forte? Isso é muito, mas não basta. De uma vontade longa e forte eu preciso, de uma resolução eterna...”

Integração e coesão

É o momento de agradecer a atenção dos colegas, dos leitores que motivaram a existência do Jornal da SBHCI e nos incentivaram a progredir na busca da melhora contínua

Por Luciana Constant Daher (GO), editora

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Dois sócios da SBHCI tiveram desta-que durante o 66º Congresso Brasilei-ro de Cardiologia, realizado no mês de setembro, em Porto Alegre (RS). Na solenidade de abertura, José Anto-nio Marin-Neto (SP) e Carlos Antonio Mascia Gottschall (RS) receberam o Prêmio Mérito Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC). A premiação ocor-re todos os anos e tem o objetivo de destacar os sócios da SBC que con-tribuíram para o desenvolvimento da Sociedade. “É uma forma de valorizar e prestigiar os cardiologistas”, afirma Miguel Antonio Moretti (SP), diretor de Comunicação da SBC.

Marin-Neto foi premiado na catego-ria “Personalidade da Cardiologia” por sua trajetória na especialidade. Ele é professor-titular, chefe da Divisão de Cardiologia e diretor do Serviço de Cardiologia Intervencionista da Facul-dade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (USP). Para Marin-Neto, um prêmio como este é

verdadeiramente um reconhecimento pelas etapas vencidas e contribuições prestadas de uma forma ou de outra à coletividade. “Outro componente de significação é o do estímulo para que eu continue a trabalhar no sentido de consolidar esforços e contribuições que, de alguma forma, enalteçam a SBC e seus associados em geral.”

Gottschall recebeu o prêmio na ca-tegoria “Destaque Docente” por sua dedicação à formação do médico cardiologista. Gottschall é professor emérito da Fundação Universitária de Cardiologia e membro titular das Academias Sul-Rio-Grandense e Na-cional de Medicina, além de fundador e ex-presidente da SBHCI. “Receber este prêmio é uma honra pelo reco-nhecimento do envolvimento de tan-tos anos na atividade cardiológica de ensino e pesquisa”, afirma Gottschall. “Mais do que sentir-me honrado, o prêmio me estimula a continuar tra-balhando e produzindo.”

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Reconhecimento profissional

José Antonio Marin-Neto (SP) recebeu o prêmio “Personalidade da Cardiologia 2011”

Carlos Antonio Mascia Gottschall (RS) recebeu o prêmio SBC “Destaque Docente 2011”

INTERNAS | notas e notícias

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INTERNAS | notas e notícias

Este ano, o Curso de Revisão ganhou uma nova característica. Além de preparar os candidatos para a Prova de Título, muitos colegas participaram com o objetivo de se atualizar

Curso de RevisãoA edição 2011 do Curso Anual de

Revisão de Hemodinâmica e Car-diologia Intervencionista foi rea-

lizada nos dias 28 e 29 de outubro no Ho-tel Pullmann, em São Paulo (SP). Neste ano, 115 médicos foram inscritos para o Curso, sendo que apenas 45 deles tinham o objetivo de se preparar para a Prova de Título, que aconteceu no dia 30 de outu-bro. Os demais participantes assistiram às aulas com o objetivo de atualizar o co-nhecimento científico.

Na abertura do evento, Samuel Silva da Silva (PR), coordenador da Comissão Permanente de Certificação destacou os méritos do Curso, que evoluiu de manei-ra excepcional nos últimos anos. “Hoje, o Curso de Revisão é um evento que congre-ga tanto aqueles que farão a prova quanto os que querem apenas atualizar-se”, afir-mou Silva. “Alcançamos um grau de pro-fissionalismo e proficiência, resultado de anos de aprimoramento deste modelo.”

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Diversidade de objetivosConversamos com alguns dos profissionais que participaram do Curso de Revisão de 2011 com o objetivo de se atualizar.

“Sou titular da SBHCI desde 2008, mas resolvi acompanhar um residente e me atualizar no curso deste ano.”Alan Nascimento Paiva (MG)

“Eu já conhecia o Curso de Revisão e vou fazer a prova do ano que vem. Este ano eu vim para me atualizar em relação ao que já leio nos livros.”Márcio Alves de Urzeda (MG)

“Me inscrevi no curso porque queria me atualizar e me antecipar, já que vou fazer a prova em 2012.”Alexandre Russo Spósito (SP)

“Um curso como este ajuda a nós, enfermeiras, a entender melhor tudo o que acontece dentro de um serviço de hemodinâmica.”Mara Liliane Alves (SP)

“O curso é importante para renovar o conhecimento e, principalmente, ouvir mais sobre a vivência em áreas que não estou tão acostumado a ver nos hospitais onde trabalho.”Sylvio Robertyo Gomes Soares (PR)

PROVA DE TÍTULONo dia 30 de novembro, a

SBHCI realizou no Hotel Pullmann, em São Paulo (SP), a Prova de Tí-tulo de especialista para obtenção do Certificado de Área de Atuação em Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista para 45 candida-tos oriundos de todos os cantos do Brasil. Como em 2010, a prova foi dividida em três etapas, sendo uma teórica, uma teórico-prática, e a terceira, apenas prática.

Marcelo Cantarelli (SP), diretor adminis-trativo da SBHCI, lembrou aos participan-tes que o Curso de Revisão é um dos pon-tos fortes da SBHCI, e que a participação nestas aulas reforça o conhecimento cien-tífico, agrega qualidade e ajuda a preparar o cardiologista intervencionistas para a obtenção de sua certificação.

O presidente da SBHCI, Maurício de Rezende Barbosa (MG), declarou aberto oficialmente o Curso de Revisão ao ex-planar que o propósito do evento é tornar o cardiologista intervencionista um pe-rito em sua atividade. “Trabalhamos em uma área com uma gama enorme de tare-fas bem como de equipamentos, e preci-samos conhecer cada detalhe de cada um deles”, afirma o presidente.

Entre os temas discutidos durante os dois dias de evento, foram apresentadas novidades sobre o lançamento de novos dispositivos utilizados em cardiologia intervencionista no mundo todo, assim

como resultados dos últimos estudos clí-nicos que fortalecem a prática da medici-na baseada em evidências.

O Curso deste ano foi realizado em oito módulos divididos em 49 aulas da-das por 50 palestrantes convidados. Entre eles estava Oscar Mendiz, cardiologista intervencionista argentino e atual presi-dente da Sociedade Latino-Americana de Cardiologia Intervencionista (SOLACI). A vinda de Mendiz ao Curso de Revisão marca mais uma etapa da aproximação da SBHCI com a entidade internacional e reforça a proposta de manter o inter-câmbio constante e recíproco entre bra-sileiros e médicos dos demais países da América Latina. Também pela primeira vez, o Curso de Revisão foi transmitido ao vivo pela internet, por meio do Portal da SBHCI (www.sbhci.org.br), dando a oportunidade para que cardiologistas de todo o mundo pudessem acompanhar as aulas à distância.

Cardiologistas intervencionistas renomados apresentaram resultados de recentes estudos a 115 médicos inscritos no

Curso Anual de Revisão da SBHCI.

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INTERNAS | notas e notícias

Uma das grandes novidades da Diretoria de Educação Médica Continuada da SBHCI para o segundo semestre de 2011 foi a criação do Curso Hands On. Desenvolvido em parceria com a Cordis, o programa teórico e prático teve a participação de grandes nomes da cardiologia intervencionista brasileira, responsáveis pela apresentação das aulas teóricas e discussões de casos clínicos. Boa parte do curso foi dedicada à prática nos simuladores de intervenção coronariana para residentes do primeiro ano e de intervenção extracoronariana (carótida, renal, ilíaca, femoral) para os residentes do segundo ano.

Em 2011, foram realizadas três edições do curso, que ocorreram em setembro, outubro e novembro no J&J Medical Innovation Institute, em São Paulo (SP). A inscrição era gratuita e exclusiva para os residentes dos centros credenciados pela SBHCI. Novas edições devem acontecer ao longo de 2012. Acompanhem a programação de eventos no Portal da SBHCI (www.sbhci.org.br).

Na teoria e na prática

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A SBHCI levou ao Congresso 2011 da Sociedade Brasileira de Cardiologia

(SBC), realizado em Porto Alegre (RS), o Programa de Educação Continuada.

Marco Vugman Wainstein (RS), diretor de Intervenções Extracardíacas,

apresentou uma aula sobre o tratamento endovascular da estenose

da artéria renal. Valter Correia de Lima (RS) apresentou, logo em seguida, um caso clínico sobre angioplastia

de artéria renal. O segundo módulo tratou de doença estrutural cardíaca

e teve a participação de Fábio Sândoli de Brito Júnior (SP), diretor científico

da SBHCI; Alexandre Schaan de Quadros (RS), diretor de comunicação;

Francisco Araujo Chamié de Queiroz (RJ), diretor de Intervenções em Cardiopatias Congênitas, Raul Ivo

Rossi Filho (RS), Marcelo de Freitas Santos (PR), Rogério Sarmento-Leite

(RS) e Luiz Antonio Carvalho (RJ). O presidente Maurício de Rezende

Barbosa (MG) e Marcelo Queiroga (PB) também participaram do programa

discutindo os casos e temas apresentados.

PEC@SBC 2011

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XXXIV CONGRESSO DA SBHCI

A caminho de SALVADOR

A Diretoria Científica já determinou as diretrizes para o Congresso 2012. Convidados internacionais confirmaram presença, casos ao vivo estão sendo negociados para provocar debates e discussões sobre os temas em relevância na cardiologia intervencionista mundial

Há cerca de seis meses, a Diretoria Científica da SBHCI vem trabalhando na construção do programa e do formato do Congresso

2012, que acontecerá na cidade de Salvador, na Bahia. De acordo com Rogério Sarmento-Leite (RS), dire-tor científico da gestão 2012-2013, que tomou posse recentemente, a Comissão Organizadora vem traba-lhando na definição de palestrantes, temas e sessões e já tem a confirmação de pelo menos três colegas.

Os dois primeiros a confirmar presença foram os cardiologistas Kevin J. Croce e Ramon Quesada, ambos atuando nos Estados Unidos. Em meados de dezembro, chegou a confirmação da participa-ção do professor Sigmund Silber, da Universidade de Munique, na Alemanha, onde é diretor. Autor de mais de 150 trabalhos, o cardiologista alemão é o atual presidente da Society of Cardiologists in Private Practice em seu país; foi presidente do comitê European Society of Cardiology for Guide-lines Percutaneous Cardiovascular Intervention (ESC-PCI) no período em que a recomendação do tratamento intervencionista para doenças corona-

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INSCRIÇõES ABERTASA Comissão Científica do Congresso

2012 informa que as inscrições para os Temas Livres estão abertas desde o dia 5 de dezembro no Portal da SBHCI (www.sbhci.org.br). Conheça as regras para submissão de trabalhos:

→ O sistema para envio de trabalhos está disponível desde o dia 5 de dezembro de 2011.

→ Data limite para o envio: até as 24 horas do dia 11/03/2012, impreterivelmente.

→ O preenchimento e envio serão exclusivamente por meio eletrônico.

→ Siga as instruções na tela, clicando nos locais indicados.

→ Serão aceitos trabalhos para as categorias:

1) Intervenção em Doenças Cardiovasculares Adquiridas;2) Intervenção em Cardiopatias Congênitas;3) Intervenção em Doenças Extracardíacas;4) Enfermagem e Técnicos.

→ Não é permitido submeter o mesmo artigo a mais de uma categoria, sob pena de ter o trabalho desclassificado.

→ Os Temas Livres poderão ser enviados em português e inglês.

→ O Tema Livre aprovado deverá ser apresentado por um dos autores obrigatoriamente inscrito no congresso.

→ A SBHCI não será responsável pelos custos de transporte e hospedagem, relacionados à apresentação do Tema Livre aprovado.

→ Os resumos dos trabalhos aprovados serão publicados na Revista Brasileira de Cardiologia Invasiva (www.rbci.org.br).

TEMAS LIVRES

NÃO PERCAXXXIV Congresso da SBHCI20 a 22 de junho de 2012Centro de Convenções da BahiaInformações: (11) [email protected]

rianas foi publicado no European Heart Journal, em Estocol-mo, na Suécia. “Estamos trabalhando em outros nomes fortes do cenário da cardiologia intervencionista mundial e, em breve, teremos mais novidades”, afirma Sarmento-Leite.

Quem participar do Congresso de Salvador perceberá que a as apresentações de casos clínicos e situações complexas vi-vidas na rotina da cardiologia intervencionista ganharão bas-tante destaque. Haverá sessões dinâmicas com casos pontuais e explanações sintéticas focadas em assuntos específicos. Este modelo permitirá maior interação e troca de experiências en-tre os profissionais.

Além das tradicionais transmissões de casos ao vivo nacio-nais, a partir de hospitais de Salvador, casos transmitidos de centros europeus e americanos terão importante impacto na programação científica. Logo na abertura do congresso haverá dois casos de intervenção complexa em tronco de coronária es-querdo, transmitidos da Clínica Pasteur de Toulouse, na França, pelo professor Jean Fajadet. Outros centros de hemodinâmica de expressão e relevância internacional também farão transmis-sões de casos ao vivo. Estas confirmações serão informadas pelo Portal da SBHCI (www.sbhci.org.br) e publicadas nas próxi-mas edições de Newsletter e do Jornal da SBHCI. ■

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PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO

Para tornar-se maior e melhor

Com o objetivo de definir melhor sua metodologia de trabalho e otimizar resultados de maneira organizada e eficaz, a SBHCI fez uma parceria com a Antares NP Consulting, empresa de consultoria que recebeu a missão de elaborar estratégias visando a melhoria da gestão da Sociedade, desde o diagnóstico de problemas, definição de visão, missão e valores, e orientação do passo a passo de como alcançar os objetivos almejados

Criada há dez anos, a NP Consulting atua na equipação de hospitais pú-blicos e privados, dando suporte às

unidades de saúde no tocante à sua estrutura interna e operacional. Em 2010, associou-se à Antares Consulting, empresa espanhola com atuação em Madri e Barcelona (Es-panha), Lisboa (Portugal), Paris (França), Bruxelas (Bélgica) e Lausanne (Suíça). Esta nova fusão traz ao Brasil um conceito de tra-balho integrado voltado para o mercado de soluções em gestão na área da saúde, com consultoria, gerenciamento e tecnologia. Genésio Korbes, diretor associado da área de Unidades de Saúde da NP Consulting, explicou como será feito este planejamento estratégico e de que maneira ele vai benefi-ciar a SBHCI e seus associados.

O quE ÉEstratégia é definir a direção dos esforços.

É parte de um processo complexo, chamado de Sistema da Excelência da Gestão. Você não pode ter cinco ou dez direções, você deve ter uma direção.

A IMPORTâNCIAO Planejamento Estratégico será a base,

a estrutura de gestão que vai determinar os processos de trabalho e de atuação da SBHCI. Vamos começar determinando de forma clara qual a missão e quais os valores

da Sociedade. Estas informações já estão no Portal, em documento fantástico redi-gido por Carlos Gottschall (RS), e todos os associados devem conhecê-lo. Mas vamos partir dali para estabelecer este conteúdo de forma sintética, de uma maneira que gere sinergia entre todos os envolvidos com a SBHCI, sejam associados, colaboradores ou prestadores de serviço. O resultado des-te trabalho deve ser como as raízes de uma árvore, que devem ser fortes o suficiente para suportar qualquer vento.

O CAMINHOÉ preciso estabelecer as metas e o foco de

uma visão futura dentro de determinado período. A partir daí, passa-se a desenvol-ver um plano ordenado, com um método de trabalho para tudo o que se faz, desde os princípios éticos até a forma de gestão, o trato com os funcionários, com as pessoas que estão ao redor e com o meio ambiente. Dentro de todo o processo, temos um cam-po de atuação que são as Estratégias, Planos e Planejamento Estratégico. Se você quer ser reconhecido mundialmente, precisa lu-tar para isso. E como você é reconhecido mundialmente em uma sociedade médica? Por meio de pesquisas, resolutividade, ino-vação, novos procedimentos, muito estudo. Isto é a essência da Sociedade. É por este caminho que vamos seguir.

COMO SERá fEITOAlém da análise de cenários externos

econômicos, políticos, sociais de mer-cado, de concorrência, ambientais, nos quais verificamos oportunidade, amea-ças, pontos fortes e fraquezas, utilizamos o questionário confidencial. É um mate-rial riquíssimo para fazer consultas e pes-quisas. A partir da tabulação deste ques-tionário e das análises internas, nasce o mapa estratégico, com o uso da metodo-logia do Balanced Scorecard (BSC), mapa que engloba a parte de desenvolvimento humano e tecnologia.

Os autores chamam isso de perspecti-va: a perspectiva de processos internos, de mercado, dos concorrentes, dos clien-tes e a perspectiva financeira da entidade. Em cada perspectiva, haverá a locação de objetivos estratégicos, uma intenção que vira uma ação, que tem um indicador e uma resposta avaliada a cada mês. Isso é objetivo estratégico. ■

O documento oficial com as diretrizes do planejamento estratégico foi definido e apresentado pelas diretorias das gestões 2010-2011 e 2012-2013 em dezembro. Nas próximas edições, voltaremos a tratar do assunto, apresentando as etapas do trabalho que ainda está por vir.

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Muito tardia

- 3.067 pacientes

- 1.284 pacientes com vasos ≤ 2,5mm de diâmetro

- 125 centros europeus e asiáticos

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No dia 26 de outubro de 2011, en-trou em vigor a Lei Federal nº 12.401 de 28 de abril de 2011, dispondo so-bre a assistência terapêutica e a in-corporação de tecnologia em saúde no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). A nova lei estabelece que a Câ-mara de Incorporação de Tecnologias (CITEC) do Ministério da Saúde tem prazo máximo de 180 dias, podendo ser prorrogado por mais 90 dias, para divulgar respostas de solicitações. Em 2008 e 2009, a SBHCI solicitou à CITEC a incorporação de stents far-macológicos, cateteres de ultrassom e próteses para oclusão de comuni-cação interatrial. Até hoje, nenhuma resposta foi obtida. Porém, segundo Maria Ângela Avelar, representante do Ministério da Saúde na Câmara Técnica de Implantes da Associação Médica Brasileira (AMB), em breve a CITEC deve procurar a SBHCI para dar andamento aos processos. ■

Agora tem prazo

quALIDADE PROfISSIONAL

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Sessão conjunta entre a SBHCI e a CRF reforça a posição de destaque da Sociedade dentro da cardiologia intervencionista mundial e deve ser motivo de júbilo para seus associados

Conhecimento compartilhado

Com mais de 22 ensaios clínicos recentes, 650 resumos, 100 casos ao vivo e mais de três mil apresentações, cerca de 12 mil pessoas estiveram presentes este ano

ao Transcatheter Cardiovascular Therapeutics (TCT), encon-tro anual realizado pela Cardiovascular Research Foundation (CRF), entre os dias 7 e 11 de novembro, em São Francisco, nos Estados Unidos. Mais uma vez, a equipe de repórteres internacionais da SBHCI esteve presente para registrar in loco todas as atualizações e resultados obtidos nos mais diversos estudos científicos compartilhados pelos mais experientes nomes da cardiologia intervencionista mundial.

No dia 10 de novembro, Gregg Stone (Estados Unidos) fez a abertura da sessão conjunta entre a SBHCI e a CRF (Estados Unidos), quando foram realizadas excelentes palestras sobre implante percutâneo de válvula aórtica (TAVI) proferidas por expoentes da cardiologia intervencionista brasileira, além de convidados internacionais como Augusto Pichard (Chile), Murat Tuzcu (Turquia) e Antonio Colombo (Itália).

A escolha do candidato ideal para TAVI foi extensamente debatida pelos especialistas presentes; adicionalmente, ocor-reu uma ampla revisão acerca de como evitar as principais complicações do procedimento. Houve a apresentação de ca-sos clínicos desafiadores como abordagem de tronco de co-ronária esquerda não protegido e doença arterial coronária multiarterial, igualmente debatidos pelo painel de especialis-tas. A realização e o sucesso desta sessão reforçam a posição de destaque da SBHCI dentro da cardiologia intervencionista mundial e deve ser motivo de júbilo aos seus associados.

Durante os três dias de evento, foram abordados estudos comparativos entre diferentes stents farmacológicos, ava-liação do uso de balões farmacológicos no tratamento de reestenose intra-stent, bem como a apresentação do estudo ADVISE, que propõe uma forma de avaliar a fisiologia coro-nariana sem a infusão de adenosina. ■

Todos os estudos apresentados estão disponíveis no Portal da SBHCI (www.sbhci.org.br), com seus respectivos slides e artigos científicos.

Por Guilherme F. Attizzani (SP), editor do Portal da SBHCI, e Rodrigo Wainstein (RS), do Hospital de Clínicas de Porto Alegre

TCT 2011

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Conhecido como The Sunshine State, o Estado da Flórida tor-nou-se sinônimo de lazer, férias e atividades agradáveis. Esti-ma-se que a cidade de Orlando receba mais de cinco milhões

de visitantes por ano. Diante deste alcance turístico, o American He-art Association Scientific Sessions (AHA 2011) recebeu mais de 18 mil profissionais de cardiologia do mundo inteiro entre os dias 12 e 16 de novembro. A conferência contou com apresentações sobre os últimos avanços na medicina e cirurgia cardiovascular, fornecendo informações sobre a prevenção, diagnóstico e tratamento da hiper-tensão, dislipidemias, diabetes, infarto do miocárdio, insuficiência cardíaca congestiva, arritmias e acidente vascular cerebral.

O evento iniciou-se com uma abordagem arrojada: Leading Disco-very. Global Impact (Descoberta de liderança. Impacto Global). No primeiro dia do evento, as sessões na área da cardiologia intervencio-nista deram enfoque às estratégias de anticoagulação nas síndromes coronárias agudas e na prevenção de eventos trombóticos.

No segundo dia de cobertura, Oliver Smithies (Estados Unidos), ga-nhador do Prêmio Nobel de 2007 em fisiologia ou medicina, fez um de-poimento sobre a dedicação de 60 anos de sua vida à pesquisa científica. A premiação é resultado de suas descobertas dos princípios da introdução de modificações genéticas específicas por células-tronco embrionárias. Seu método levou a modelos transgênicos de camundongos que replica-ram doenças humanas como fibrose cística, hipertensão e aterosclerose.

Após a fala desta personalidade do mundo da cardiologia, ocorreram abrangentes sessões de estudos clínicos e ensaios que envolvem os cuida-dos com aderência ao tratamento e seus desfechos na insuficiência car-díaca e após infarto agudo do miocárdio. Para as intervenções coronárias percutâneas foram abordadas a aplicação de um termo de consentimento mais abrangente e explicativo, bem como a realização de procedimentos sem a retaguarda de cirurgia cardíaca. Na seção vespertina, todas as aten-ções estiveram voltadas para novas fronteiras no tratamento das arritmias cardíacas. No último dia de cobertura do AHA 2011, a sessão de Late Bre-aking Clinical Trials esteve voltada para o tratamento clínico da ateroscle-rose com abordagens de dislipidemias e modificações no estilo de vida. ■

Todos os estudos apresentados estão disponíveis no Portal da SBHCI (www.sbhci.org.br), com seus respectivos slides e artigos científicos.

Dois dias depois de encerrar a cobertura do TCT 2011, nossos colegas desembarcaram em Orlando, na Flórida, para iniciar a última edição do ano do “Repórter Internacional SBHCI”

Por Carlos Augusto de Campos (SP), editor executivo do Portal, Alexandre Schaan de Quadros (RS), diretor de Comunicação, e Aníbal Pereira Abelin (RS)

Descoberta de liderança e impacto global

AHA 2011

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Forame oval patente: quando fechar?

O senhor acredita que há pacientes com estruturas de átrio direito, forame oval e válvulas embriológicas com maior risco de embolização do que outros?Acredito que sim. Penso que os pacientes com válvulas de

Eustáquio maiores e aneurisma aórtico têm um maior risco de embolia do que outros.

Então, se ele teve um acidente isquêmico cerebral, e tem estas características no átrio direito, seria uma indicação mais precisa para o fechamento do forame oval patente (FOP) do que aqueles que não tiveram?Não, porque atualmente não temos dados que comprovem que

fechar o forame é melhor do que não fechá-lo. Precisamos des-ta informação. Estamos chegando a uma era da medicina em que precisamos de evidências para tudo e não contamos com a intuição médica. Não sei se isso é bom ou ruim. Mas é a nossa situação hoje.

O senhor acha que chegaremos a este ponto? Vamos atingir estes dados?Acho que sim. Porque, na verdade, essa é a ideia de todos

nós que tratamos este tipo de paciente. Vejamos: se eu tenho uma paciente de 30 anos, mãe de uma criança de dois anos, que teve um acidente vascular cerebral (AVC), que não estava sob o efeito de anticoagulantes, não tinha nada... Vocês acham que eu vou dizer pra ela: “vamos esperar pelo segundo AVC para fe-charmos o dispositivo?” Isto não é ético. Eu devo fechar o FOP. Não posso fazer uma afirmação pública generalizada sobre isso, mas seleciono muito cuidadosamente, principalmente quando há um neurologista envolvido. Se o neurologista disser: “Olha, não há dúvida, é trombólise”, então, eu fecho mesmo. ■

Por Adriano Dias Dourado Oliveira (BA),diretor de Qualidade Profissional da SBHCI, e Luiz Carlos Simões (RJ), do Instituto Nacional de Cardiologia do Rio de Janeiro

Diretor do Departamento de Cardiologia Intervencionista e Cardiopatias Congênitas e Estruturais do Lenox Hill Hospital, em Nova York (Estados Unidos), Carlos E. Ruiz é reconhecido internacionalmente pelo trabalho pioneiro em implantes percutâneos de válvulas aórticas e em valvuloplastias aórticas e mitrais, além de sua vasta pesquisa em desenvolvimento de inovações no campo das intervenções cardíacas estruturais

ENTREVISTA | CARLOS RuIZ

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Ciência entre amigosA edição 2011 do CardioInterv, Sim-

pósio Internacional de Cardiologia Intervencionista organizado pelo

Hospital Cardiológico Costantini, em Curi-tiba (PR), foi um evento de tirar o chapéu. Não bastasse os 16 casos ao vivo, mais de uma dezena de aulas com apresentações de estudos e casos editados e a presença dos câ-nones da cardiologia intervencionista brasi-leira, o CardioInterv foi palco de uma dis-cussão de elevado nível científico entre dois grandes expoentes da cardiologia interven-cionista. “Este foi o ponto alto de nosso sim-pósio”, afirmou Costantino R. F. Costantini (PR). De Washington DC (Estados Unidos), Augusto Pichard defendia, em transmissão ao vivo, a intervenção guiada pelo fluxo fra-cionado da reserva do miocárdio (FFR) em lesões intermediárias. Do outro lado, o espa-nhol Eulógio Garcia rebatia ferrenhamente os argumentos apresentados pelo colega.

Duas novidades do evento deste ano fo-ram as sessões “Como eu trato” e “E aí, dou-tor?”. Os nomes criativos já sugeriam que as aulas teriam um mote provocativo para en-volver o público em discussões científicas. De acordo com Costantini, foram apresen-tados casos bastante complexos e conflitivos que elevaram o nível científico da discussão.

Reconhecido internacionalmente por ser o evento que encerra as atividades científicas no Brasil, o CardioInterv vem atraindo um público maior a cada ano. A despeito disso, Costantini afirma que se tornar um grande congresso não é o propósito do evento. “Que-remos continuar apresentando à gente jovem os assuntos que eles nem sempre têm opor-tunidade de aprender por não poderem ir ao TCT ou AHA”, afirma Costantini. “E só con-seguimos fazer tudo isso pela presença dos amigos, pelo apoio das empresas e de todos os profissionais que trabalham conosco.” ■

CARDIOINTERV 2011

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SBC | JORGE ILHA GuIMARÃES

Jorge Ilha Guimarães (RS), presidente da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) durante o biênio 2010-2011, encerra sua gestão com o sentimento de missão cumprida. Em entrevista exclusiva, o presidente da entidade maior da cardiologia brasileira falou sobre a experiência vivida junto à sua equipe que, com empenho e dedicação ímpares, promoveu grandes realizações e inovações, como a finalização da primeira etapa dos “Registros Brasileiros Cardiovasculares”, projeto pioneiro no País

Realizações e inovações

Como surgiu a oportunidade de se candidatar à presidên-cia da SBC?Alguns anos atrás, já havia surgido o convite, mas não tive con-

dição de abraçá-lo em função do meu ritmo de trabalho na época, já que a presidência da SBC exige muito. Como costumo brincar, todas as outras atividades de nossa vida param quando se assume a SBC. Quando o convite surgiu novamente, houve uma forte mo-bilização por parte do meu Estado (RS) e do Departamento de Er-gometria para que eu aceitasse o desafio. Como a minha situação de vida estava mais estável, foi possível assumir esta empreitada. Assim, pude aceitar esta tarefa no meu melhor momento de vida.

Qual era seu grande projeto para a SBC?Tinha muitos projetos, mas um deles era especial: os Registros

Brasileiros Cardiovasculares. Nos últimos anos, a SBC fez um programa de diretrizes extremamente competente. Elaboramos diretrizes sobre o que era a doença, divulgamo-nas de várias for-mas, mas necessitávamos saber a realidade brasileira, a verdadeira prática cardiológica em nosso País, o que só seria possível com um programa de registros robusto e confiável. Nós precisávamos destes dados para saber o que acontece em nosso País.

Como conseguiu colocá-lo em prática?Nós começamos com um esforço enorme e conseguimos fechar

os Registros em tempo recorde. Nenhum país do mundo conse-guiu fazê-lo tão rapidamente. Em um ano e meio, saímos do zero e reunimos mais de 100 hospitais para trabalhar neste programa. Foi preciso registrar os Centros, ensinar como fazer os Registros, auditá-los etc. Houve mobilização de toda a Sociedade, o que tor-nou tudo possível. Inicialmente foram idealizados três Registros, abrangendo síndromes cardiológicas de elevada prevalência, com interesse de observação horizontal, ampla e federativa. O esboço destes Registros foi publicado como artigos originais, também de maneira inédita, nos Arquivos Brasileiros de Cardiologia. Em se-tembro, apresentamos no nosso Congresso e, recentemente, no

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American Heart Association Scientific Sessions (AHA), nos Esta-dos Unidos. Foi um êxito muito grande, mesmo.

Quais foram ações ou realizações mais importantes durante esses dois anos?Primeiro, fizemos a reorganização administrativa interna da

SBC, algo importante que nos deu agilidade para termos con-dição de dar respostas melhores. Trouxemos os Departamentos para dentro da Sociedade. Fizemos o livro-texto da SBC, escrito por cardiologistas do País todo. Este livro será usado para o en-sino da cardiologia no Brasil e para a Prova de Título de Espe-cialista. Criamos também a Universidade Corporativa da SBC, com um programa de educação consistente. Criamos uma web station no Rio de Janeiro, de forma a permitir a gravação de aulas para educação à distância. Esta iniciativa revelou-se um sucesso e está com a agenda cheia até março de 2012 para gravação de aulas, e já existem cerca de 100 aulas disponíveis em nosso site (www.cardiol.com.br). Idealizamos um programa visando o de-senvolvimento de novos centros de pesquisa espalhados por todo o Brasil, dentro de um princípio caro à SBC: ensinar a fazer pes-quisa. Aumentamos, assim, a nossa base de pesquisa no Brasil. Trabalhamos fortemente na qualidade assistencial, implementa-mos um programa de inclusão para novos associados: neste ano, foram admitidos mais de 500 jovens como sócios. Cabe destacar ainda uma série de programas com o governo.

Em quais áreas a SBC mais avançou durante a sua gestão?A nossa relação com o governo, que tem sido extraordinária, tem

trazido benefícios diretos no atendimento da nossa população. A SBC tem trabalhado com o Ministério da Saúde, com a diretoria da Secretaria de Atenção à Saúde (SAS), com a Agência Nacional de Vigilância à Saúde (Anvisa) e com o Conselho Federal de Medicina (CFM). Tudo isso em prol da melhora da qualidade do atendimen-to cardiovascular em nosso País. Já estamos tendo resultados no tratamento do infarto do miocárdio e da insuficiência cardíaca.

O governo nos atendeu em praticamente todas as demandas. Um outro aspecto no qual avançamos muito foi nas relações interna-cionais. Na gestão passada, o presidente Antonio Carlos Palandri Chagas (SP) iniciou um contato muito proveitoso com o Ameri-can College of Cardiology (ACC). Os resultados foram excelentes, e estendemos isso aos europeus, por meio da European Society of Cardiology (ESC), ao American Heart Association (AHA), às sociedades Interamericana e Sulamericana. Participamos da So-ciedade de Cardiologia de Língua Portuguesa, inclusive com um trabalho em Moçambique, enviando uma delegação para dar aulas, e também fizemos contratos de parceria com Espanha, Portugal e Argentina. As relações internacionais foram tremendamente ex-pandidas. Um exemplo disto ocorreu no Congresso Brasileiro de Cardiologia: vieram oito europeus para o Congresso brasileiro e vão oito brasileiros para o Congresso europeu. É uma salutar rela-ção de troca, de parceria.

Houve também avanço na atuação dentro do Brasil?Sim. Conseguimos agregar todos os Departamentos da SBC:

Cirurgia, Hemodinâmica, Arritmias, Ergometria, Insuficiência Cardíaca, e assim vai. Eram todos muito autônomos. Criamos um board departamental que funcionou muito bem. Só que não fomos tão eficientes em fazer isso com os Estados. Nossos pro-gramas para os Estados ocorreram com menor frequência do que pretendíamos. Talvez tenha sido o lado onde menos avan-çamos nestes dois anos.

Quais áreas da cardiologia mais avançaram nestes últimos dois anos?Basicamente, surgiram técnicas menos agressivas que estão se

desenvolvendo muito, como, por exemplo, o tratamento da válvula aórtica por via percutânea. Há pouco mais de dois anos não se fazia isso. É uma técnica completamente nova, algo revolucionário mesmo. Tivemos novos stents, novas drogas, principalmente na área de anticoagulação. Antes, era difícil anticoagular um paciente.

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Esta diretoria esteve focada para que o atendimento cardiovascular em nosso País fosse melhorado, principalmente nas classes mais pobres de nossa população, que é onde estão os piores índices de morbimortalidade.

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Havia muitos sangramentos, eram necessários retornos mensais. Hoje, não é preciso nada disso. Alguns estudos mostraram o avan-ço nas indicações de stents e a Sociedade acompanhou tudo isso. Nós estamos na ponta do mundo em tudo, nada é feito no mundo que não façamos aqui no Brasil. Este é o lado bom, mas tem o lado ruim. O lado ruim é que os índices de mortalidade cardiovascular do Brasil ainda são muito altos. Os índices de internação por insu-ficiência cardíaca são absurdos. Nós temos uma pirâmide, em que a parte de cima seria uma medicina de ponta e é igual à melhor do mundo. Mas, na parte de baixo desta pirâmide imaginária, o aten-dimento da população de baixa renda ainda deixa a desejar, e mui-to. Sabemos que um grande número de infartados não consegue chegar ao hospital, a um lugar onde possa receber uma terapêutica adequada. Isso acontece inclusive na periferia das cidades gran-des. Aqui nós ainda temos um caminho muito longo a percorrer. Quando assumimos, falei para toda a minha turma que teríamos de sair da sala de aula e subir o morro. Nós precisamos trabalhar nestes índices, trabalhar junto com o governo.

Isso engloba a questão da prevenção, principalmente na po-pulação de baixa renda?O governo do Brasil, historicamente, sempre atuou muito bem

nas doenças infecciosas. Mas nunca deu a importância que devia para as doenças cardiovasculares. O governo atual priorizou as doenças cardiovasculares, o que foi um grande avanço. Fizemos muita pressão para que isto ocorresse. Assim, as doenças cardio-vasculares, principalmente o infarto do miocárdio e o acidente vascular cerebral, foram colocadas como prioridade máxima. Isso nos ajudou muito, mas prevenção ainda é coisa que se faz muito pouco. Nós temos um projeto belíssimo nesse sentido e vamos tentar sensibilizar o governo. Não adianta só tratar, temos de prevenir e ainda fazer a prevenção secundária, com aquele indivíduo que já teve o infarto e precisa cuidar-se para não ter outro. Há necessidade de acompanhamento e tratamento com o paciente com insuficiência cardíaca pós-alta do hospital, caso contrário, um mês depois, estará no hospital novamente. É nesta direção que agora tentamos sensibilizar o governo.

Como as sociedades médicas podem levar informação à po-pulação, como o senhor disse, “subir o morro”, ir até onde o indivíduo não recebe a informação?O nosso braço de comunicação com o povo é o Fundo de

Aperfeiçoamento e Pesquisa em Cardiologia (FUNCOR). É a nossa interface que permite o desenvolvimento de uma série de ações sociais. Posso citar uma, que ocorreu via Departamento de Hipertensão, e que foi extraordinária: o programa “Eu sou 12 por 8”. Divulgando o conceito de cuidar da pressão arterial, obtivemos a colaboração de vários artistas e esportistas, que se apresentaram gratuitamente com a camiseta escrita “Eu sou 12 por 8”, em alusão ao cuidado com a pressão arterial. Entende-mos que uma Sociedade como a nossa deve ter uma responsabi-lidade social. O programa “Eu sou 12 por 8” atingiu mais de 50 milhões de pessoas. Foi incrível.

Dois temas polêmicos que estiveram em discussão ao longo de sua gestão foram a restrição da autonomia médica e a ques-tão dos honorários médicos. Qual o posicionamento da SBC diante das duas questões?Nós temos uma Diretoria de Qualidade Assistencial muito

atuante nessa defesa, focada exatamente nestes aspectos. Conse-guimos resultados muito bons neste período. O último foi com relação à valorização do teste ergométrico, que tinha valores de

remuneração muito baixos. Numa ação bem articulada, foi pos-sível uma remuneração melhor. Esta Diretoria esteve focada para que o atendimento cardiovascular em nosso País fosse melhora-do, principalmente nas classes mais pobres de nossa população, que é onde estão os piores índices de morbimortalidade. É claro que a restrição da autonomia médica não é uma coisa da qual a gente goste. A luta pelo honorário médico é geral e, evidentemen-te, continuamos nela, mas sempre com uma visão social do todo, focada no benefício ao paciente.

Como o senhor avalia sua gestão?Acho que fizemos uma gestão muito boa, principalmente de-

vido ao grupo extraordinário que esteve ao nosso lado. Ao longo desta gestão tive mais de 100 colegas cardiologistas trabalhando comigo em vários projetos e programas. Foi uma mobilização nunca vista antes. O pessoal mostrou disposição, quis participar. A sociedade está pacificada, está em festa e, com isso, tivemos muito apoio. Eu avalio que foi uma grande gestão, principal-mente porque foi planejada desde o momento de minha posse, quando uma grande reunião traçou o planejamento estratégico da gestão. O cumprimento à risca deste planejamento garantiu que atingíssemos este patamar de excelência.

O que é necessário para assumir a presidência da SBC e execu-tar esta função com excelência?Acho que, primordialmente, é preciso que um candidato à pre-

sidência da SBC entenda que deverá dedicar-se muito durante sua gestão, pois, como digo, ninguém pode ser presidente pela metade. Há uma exigência de dedicação e tempo que deve estar presente no horizonte de cada candidato. O próximo presidente sabe bem destas exigências, pois Jadelson Andrade (BA) é um grande amigo e nós trabalhamos juntos a vida inteira. Em verdade, ele me acom-panha em absolutamente tudo. São dez anos ombro a ombro co-migo o tempo inteiro. Ele vai ser um presidente muito bom, já está pronto. O que está acontecendo hoje já tem a participação dele. Os programas que incentivamos devem continuar. Nós temos conver-sado muito sobre como tornar as coisas melhores. Certamente, ele está preparado para assumir a empreitada. ■

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SBC | JORGE ILHA GuIMARÃES

A campanha “Sou 12 por 8” envolveu artistas famosos e atingiu mais de 50 milhões de pessoas.

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SBC | CANDIDATOS 2014-2015

Angelo Amato Vincenzo de Paola (SP)www.angelosbc2012.com.br

Denilson Albuquerque (RJ)www.denilsonalbuquerque.com.br

Luiz Antonio de Almeida Campos (RJ)luizantoniopresidente.wordpress.com

A SBC pode influir nas importantes realizações médicas e sociais que todos nós almejamos. O envolvimento acadêmico e associativo de três décadas, a participação na gestão atual, a proximidade técnica e ética de um grande grupo de apoio e, principalmente, a motivação de contribuir de forma intensa para o desenvolvimento da nossa Sociedade nos encorajaram a concorrer à presidência da SBC, um grande privilégio que nos esforçaremos ao máximo para merecer e, para o qual, todo o preparo é pouco.Acreditamos que a vida universitária plena de Professor Titular da Escola Paulista de Medicina e do Conselho Diretor da SPDM, junto com nossa história na SBC, sócio da SBHCI e da Sociedade Brasileira de Arritmias Cardíacas (SOBRAC) e várias diretorias da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo (SOCESP), SBC e Departamentos, tudo isso somou experiências para uma gestão inovadora, sustentada e serena, preparada para acolher e administrar as diversidades, melhorando as condições da prática cardiológica dos nossos associados.

Quero ser presidente da SBC para ampliar as ações de defesa profissional do cardiologista e continuar o trabalho de crescimento científico da cardiologia brasileira. Motivado por colegas de todo o País a apresentar meu nome para este pleito, iniciei a caminhada respaldado e alavancado previamente pelas lideranças da minha Sociedade original, a Sociedade de Cardiologia do Estado do Rio de Janeiro (SOCERJ). Recebi também o apoio global da Universidade na qual sou Professor, Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Foram incontáveis os apoios de diversos colegas, gestores e membros ativos, que labutam nos Departamentos e grupos de estudos da SBC, dos quais faço parte com dedicação e entusiasmo há quase 30 anos. Minha atuação é dedicada à assistência ao paciente, ao ensino e à pesquisa, como professor universitário, cardiologista clínico e investigador, ações estas, sempre muito próximas da SBC. Tenho uma vivência associativa rica, pontuada e acumulada nos grupos de estudos, departamentos e diretorias passadas da SBC e na presidência da SOCERJ. Estas experiências, reunidas ao longo de quase 30 anos consecutivos, serão valiosas para o gerenciamento futuro da nossa SBC, agregando a ajuda de todos os associados.

Ingressei na Sociedade de Cardiologia do Estado do Rio de Janeiro (SOCERJ) em 1989, convidado por Francisco Manes Albanesi Filho. Nestes últimos 22 anos, exerci as funções de diretor financeiro, diretor científico e presidente, e procurei dedicar-me ao máximo em prol da cardiologia e dos cardiologistas. Em 2008 e 2009, na diretoria presidida por Antonio Carlos Palandri Chagas, desempenhei a função de diretor científico. Em coerência com meu histórico societário e em consonância com os princípios da SBC, empenhei-me em promover Educação Continuada e difusão do conhecimento cardiológico em âmbito nacional, sempre baseado em uma visão e em ações federativas e igualitárias. No biênio 2010-2011, exerci as funções de membro da Comissão Eleitoral e de Ética Profissional (CELEP) e da Comissão de Relações Internacionais, sendo concomitantemente Fellow das entidades American College of Cardiology (ACC) e European Society of Cardiology (ESC). Respaldado por uma base de apoio nacional e revestido dos mais nobres princípios que alicerçam a nossa profissão e as nossas ações societárias, aliados à postura ética de dignidade, idoneidade e legitimidade, oficializei minha candidatura à presidência da SBC.

Propostas de atuaçãoPor que se candidatar à presidência da SBC?

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A disputa à presidência da SBC para o biênio 2014-2015 começou há alguns meses. Conheça as propostas dos três candidatos

A bandeira de nossa campanha “Integração Plena e Valorização Profissional” contempla: 1. Maior aproximação da SBC com o cardiologista, valorização da qualidade assistencial, remuneração adequada e estrutura jurídica para combater o aviltamento profissional do cardiologista. 2. Relação sinérgica com a Associação Médica Brasileira (AMB), Conselho Federal de Medicina (CFM) e Sistema Único de Saúde (SUS). 3. Gestão organizada e ética para captação apropriada de recursos dos órgãos governamentais e privados. 4. Reorganização da educação continuada. 5. Integração nacional das Regionais, Departamentos e Grupos de Estudo, com combate às desigualdades regionais. 6. Board dos Serviços de Cardiologia das Instituições de Ensino e Universidades brasileiras. 7. Comprometimento institucional da SBC com ensino, assistência e pesquisa.

Iniciamos o Board Científico Departamental ligado à Diretoria Científica, que funcionou de forma integrada com a Comissão Julgadora do Título de Especialista em Cardiologia (CJTEC) nos congressos, na Diretriz da formação do cardiologista e no livro-texto da SBC. Estas ações integradas devem ser ampliadas e estendidas também na valorização profissional, com a remuneração adequada de nossas atividades médicas. Como sócio da SBHCI e da SOBRAC, atuando nas áreas da cardiologia intervencionista e eletrofisiologia, vivi as dificuldades para incorporar tecnologia em nosso meio. Como diretor da SBC, SOCESP e Departamentos, presenciei a luta contra a baixa remuneração em todas as áreas da cardiologia. O Board Departamental integrado poderá atuar com mais força na AMB e no governo, para que a nossa profissão seja exercida com plenitude e dignidade. Com o apoio da SBHCI, sociedade reconhecidamente organizada e competente, teremos mais chances de viabilizar nossos projetos, sempre voltados para a ética e cidadania.

Herdaremos um quinquênio de avanços expressivos, sejam administrativos, de integração internacional inédita e crescente, ofertando bons serviços de suporte ao ensino, pesquisa e assistência científica. Esta herança reforça a necessidade de seguirmos em frente, com um grupamento comprometido e arrojado. Estamos reunindo um grupo de colegas éticos, qualificados e experientes, renovados no desejo de comprometer-se integralmente. No campo da defesa profissional, daremos ênfase no reforço à defesa dos interesses do cardiologista. É papel da SBC trabalhar pela melhoria e atualização dos valores de consulta e procedimentos em cardiologia. Também pretendemos tornar a Sociedade mais próxima do cardiologista. Na área científica, renovaremos os métodos para fornecimento de programas sustentados de educação continuada, adaptando-o às novas tecnologias, com conteúdo objetivo e de impacto imediato na prática assistencial diária, buscando modernização e inovação. Temos ações previstas para as áreas de epidemiologia cardiovascular, pesquisa, Diretrizes (aplicação prática e redução dos conflitos de interesses) e investimento no jovem cardiologista.

Reforçaremos o suporte às nossas Sociedades regionais, estaduais e Departamentos de menor porte, fornecendo integração e qualificação gerencial, buscando evitar o esvaziamento de seus congressos e facilitar o acesso às fontes de financiamento.No que tange diretamente à SBHCI, resgataremos a integração entre cardiologistas clínicos e intervencionistas. Ao longo dos últimos anos, percebemos um afastamento progressivo dos cardiologistas intervencionistas dos eventos da SBC. Considero fundamental resgatar esta integração, seja nos congressos e eventos da SBC, seja na luta pela defesa de seus interesses, buscando resgatar esta característica de unidade da nossa Sociedade.

Nossas principais propostas diretoras estão focadas em três pilares: Científico (Ensino e Pesquisa), Profissional (Qualificação e Valorização) e Administrativo (Gestão, Sustentabilidade e Relacionamento), os quais objetivam o aperfeiçoamento de todas as ações implementadas pelas prévias Diretorias. Sob o ponto de vista “Científico”, precisamos incrementar todo o Processo de Educação e Pesquisa, em níveis regional, estadual e municipal utilizando as três ferramentas pedagógicas: as Diretrizes, os Registros e a recém-criada Universidade Corporativa da SBC, através de seus Programas de Educação à Distância. No âmbito da “Defesa Profissional”, entendemos que a melhor maneira de nós, cardiologistas brasileiros, sermos valorizados é através da qualificação profissional. Na esfera “Administrativa” reside toda a Sustentabilidade de nossa Sociedade. A realidade contemporânea da vida associativa e das iniciativas empresariais exige elevados níveis de profissionalismo e relacionamento; parcerias e associações com as atuais entidades e empresas privadas e públicas e, sobretudo, com os “novos entrantes” se fazem fundamentais no Planejamento de Estratégias atuais e futuras da SBC.

A grandiosidade de nossa “Sociedade-Mãe” provém, indiscutivelmente, de sua extraordinária e auspiciosa “departamentalização”, pois, da força, do empreendedorismo e da vanguarda do conhecimento, embutidos em nossos Departamentos Especializados, modelou-se o pilar científico da SBC. A SBHCI é a expressão viva desta realidade e da íntima integração vigente.Entendemos que os “reforços de relacionamento” estão baseados em ações conjuntas e visões comuns, que pavimentem ainda mais esta integração. A direta parceria nas elaborações das “grades científicas” dos Congressos Nacionais, Regionais e Estaduais, além dos Cursos de Atualização, das Diretrizes, dos Registros, da Educação à Distância promovem, continuadamente, uma maior integração.

Propostas de atuaçãoQuais as suas propostas para a SBC? Como pode ser elaborada uma maior integração

entre os Departamentos da SBC?

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Definindo o futuroAo participar do desenvolvimento do primeiro stent, o se-nhor imaginou como seria o futuro dentro da cardiologia intervencionista?Esta é uma boa pergunta. Em relação ao stent propriamente

dito, eu jamais imaginei que seria aplicado desta forma, além das fronteiras do implante coronário percutâneo (ICP). Eu acho que ele foi muito além daquilo que eu sonhei que iria. Imaginei que ele seria usado em, talvez, 15% a 20% dos casos. Jamais imaginei que seria usado em sua maioria.

Em relação à evolução dos stents, a partir da perspectiva dos anos 1980, quando começamos, eu achava que no ano 2000 os stents estariam muito além em termos de tecnologia e melho-rias do que hoje. Então, é um pouco frustrante do ponto de vista tecnológico. Acredito que temos apenas mais do mesmo. Em outras palavras, além do fato de que naquela época os stents fo-ram a grande manchete, os bioabsorvíveis estão tentando voltar, e eu acho que todos eventualmente encontrarão o seu lugar. Eu não imaginei, a partir dos primeiros estudos da angioplastia, que o ICP dominaria. Estou feliz em ver o que está acontecendo. O benefício do ICP é bem claro.

Qual é a sua opinião a respeito dos stents bioabsorvíveis? Eles são o futuro?Você está falando com alguém tendencioso. Sempre apoiei o

implante permanente. Mas deixe-me explicar minha posição: eu sempre trabalhei com o pressuposto de que o vaso “morto” per-deu sua estrutura, e que o stent, na verdade, fornece esta função de se tornar a estrutura do vaso “morto”.

A partir deste raciocínio simples, com os stents absorvíveis te-remos uma estenose tardia, baseado no fato de que a lesão pode

acontecer novamente. Para lesões simples, vemos benefícios.Se eu tiver que fazer uma previsão simples para o futuro,

diria que os absorvíveis serão aplicados em lesões simples, em pacientes relativamente jovens, simplesmente, porque é inte-ressante o fato de que você não precisa deixar um implante permanente no lugar. Mas posso antecipar que não vai fun-cionar em lesões mais severas. Eu não acho que os bioabsor-víveis vão suprir a necessidade mecânica que os stents metá-licos suprem nas lesões mais complexas. Eu não acho que os bioabsorvíveis vão atender estas necessidades. Além de outros problemas. Eu acho que vai haver limitações. Mas eles terão o seu lugar no ICP.

Existe um foco para o uso do Paclitaxel ou a família “limus” atende a todos os tipos de pacientes?Os dois são agentes com drogas antiproliferativas, e a diferença

de ação deles é tão pequena que é difícil de analisar sua influ-ência e fazer qualquer comparação entre os dois. Portanto, não estou certo de que é justo escolher entre um e outro, porque há outros fatores menores que podem modificar os resultados. As diferenças são tão sutis. Ambos se comportam de forma muito semelhante. Eu realmente não posso afirmar.

É como escolher entre Mercedez e BMW, uma vez que as dife-renças são mínimas e os dois são bons?Na verdade, não tenho certeza de que todos esses imensos

testes que apenas comprovam a diferença de fração de porcen-tagem se justificam. Penso que é um concorrente tentando em-purrar o outro para fora do mercado. Mas estes dispositivos são realmente semelhantes, como você disse. ■

ENTREVISTA | JuLIO PALMAZ

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Criador do primeiro stent expansível por balão, pelo qual recebeu uma patente registrada em 1985, o cardiologista intervencionista argentino Julio Palmaz é reconhecido pela revista internacional Intellectual Property como uma das “Dez Patentes que Mudaram o Mundo” no século passado

Por Marcelo Cantarelli (SP), diretor administrativo da SBHCI

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Apoio:

Existem muitas razões para ouvir de perto o

coração das brasileiras.

Um compromisso Medtronic com o bem-estar das brasileiras.

www.portrasdobiquini.com.brReferências: 1. IBGE - 2010 Brazilian Census. 2. <http://www.mayoclinic.com/health/heart-disease/HB00040>. 3. <http://www.cardiol.br/imprensa/jornais/impresso/sampa.htm>.

No Brasil, uma em cada cinco mulheres adultas corre o •

risco de desenvolver doença cardiovascular;1

Sintomas de doença cardíaca em mulheres podem ser •

diferentes dos sintomas sentidos pelos homens;2

No Brasil, as doenças cardiovasculares matam mais •

mulheres que qualquer outra doença;3

Apesar do risco, apenas um pequeno número de •

mulheres visita o cardiologista periodicamente.3

Por isso, a Medtronic está promovendo no Brasil, junto

às sociedades médicas, uma campanha socioeducativa

para conscientizar as mulheres sobre a importância de

manter os exames cardiovasculares sempre em dia.

Esta iniciativa faz parte do envolvimento da Medtronic com a campanha de ação global iniciada pela ONU,

que busca combater os problemas de saúde decorrentes

das DCNT – Doenças Crônicas Não Transmissíveis.

Para isso, o cardiologista é o melhor médico para ser

procurado. Ajude a divulgar essa campanha.

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REVISTA BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA INVASIVA

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Revista Brasileira de Cardiologia Invasiva é a única publicação da especialidade na América Latina e acaba de ser indexada pelo ScieELO

Indexada pelo SciELOEm dezembro de 2011, a SBHCI comemorou mais um

marco em sua história: a indexação da Revista Brasilei-ra de Cardiologia Invasiva (RBCI) pelo Scientific Elec-

tronic Library Online (SciELO), conquistada após o cumpri-mento de rigorosos quesitos de forma e conteúdo. Alcançado anualmente por pouquíssimos periódicos, este reconhecimen-to da qualidade científica aumentará significantemente a visi-bilidade da Revista. O SciELO é uma base de dados de consulta ampla e elevará a classificação da RBCI no Qualis Periódicos, atraindo, dessa maneira, a produção científica proveniente de programas de Mestrado e Doutorado.

De acordo com o professor Antonio Carlos de Carvalho Ca-margo (SP), a indexação é consequência do esforço coletivo e homogêneo de muitos colegas que atuaram com todos os en-volvidos no processo de avaliação do SciELO. “Os critérios de entrada são extremamente amplos, estão cada vez mais difíceis de serem alcançados e envolvem muita gente”, afirma Carva-lho. “Por isso é um resultado muito gratificante e que vai nos levar a preencher uma lacuna que existia na América Latina no que se refere às revistas indexadas da especialidade.” Para Luiz Alberto Piva e Mattos (SP), diretor científico da Socieda-de Brasileira de Cardiologia (SBC), a inserção da única revista científica dedicada à publicação periódica de pesquisas rela-cionadas à cardiologia intervencionista na América Latina é o reconhecimento do valor agregado exposto na RBCI.

O SciELO é uma biblioteca dedicada à publicação eletrônica de periódicos científicos na Internet. Proporciona acesso aber-to à sua coleção de revistas científicas e dispõe de ferramentas

Áurea Jacob Chaves (SP) recebe de Alexandre Schaan de Quadros (RS) placa em homenagem aos trabalhos realizados como editora da Revista Brasileira de Cardiologia Invasiva.

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para medir o fator de impacto dessas publicações. Criado em 1998 pela cooperação da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) e do Centro Latino-Americano e do Caribe de Informação em Ciências da Saúde (BIREME), ele conta, desde 2002, com o apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

A inclusão da RBCI inicia uma nova fase, em que as maiores exigências para a aprovação para publicação dos manuscritos atrairão artigos de maior qualidade científica e elevarão o grande prestígio que a RBCI já desfruta em território nacional. Os passos mais importantes em um curto prazo consistem em obter a versão completa em inglês da RBCI. Esta ação contribuirá para a interna-cionalização da Revista e está programada para ser implementada em 2012. A política de convidar médicos de prestígio internacio-nal para redigirem editoriais a respeito dos temas publicados será mantida assim como o estímulo, em conjunto com a Sociedade Latino-Americana de Cardiologia Intervencionista (SOLACI), para a publicação de artigos científicos de países vizinhos.

A REVIStACriada em 1993, na gestão de José Armando Mangione (SP),

quatro colegas editores já estiveram no comando da publica-ção: Expedito Ribeiro (SP), Marco Antonio Perin (SP), Adriano Mendes Caixeta (SP) e Áurea Jacob Chaves (SP), que exerce a função desde 2007 e foi, recentemente, reconduzida ao cargo pelos próximos quatro anos.

A RBCI, na versão impressa, circula em todo território na-cional, distribuída aos mais de dez mil cardiologistas associa-

dos à SBC. Além disso, tem portal próprio (www.rbci.com.br), de acesso aberto. Nestes dois últimos anos, observamos o cres-cimento progressivo da audiência ao portal, que atingiu quase 23 mil acessos por mês em 2012.

Fator indissociável desse sucesso foi o apoio irrestrito da diretoria 2010-2011 da SBHCI à Revista, que entendeu ser a RBCI um de seus bens mais valiosos. Essa diretoria empreen-deu duas ações que visavam estimular autores a produzir arti-gos científicos. Um deles foi o Curso de Incentivo à Pesquisa Clínica, ministrado em diversas regiões do País, e o outro, a disponibilização de serviço que dará suporte aos sócios para a realização de análise estatística, sem custos.

A indexação da RBCI no SciELO foi alcançada por um ver-dadeiro trabalho de equipe, no qual vários membros da SBHCI atuaram incansavelmente na busca do objetivo comum. “Agrade-ço, em especial, a Alexandre Schaan de Quadros (RS), Antonio Carlos Carvalho (SP), Carlos AC Pedra (SP), José Antonio Ma-rin-Neto (RS), Marcelo Cantarelli (SP) e Maurício de Rezende Barbosa (MG), pela parceria na busca desta almejada conquista”, afirma Áurea. A editora também agradeço a Luiz Alberto Piva e Mattos (SP) e a Rogério Sarmento-Leite (RS) pela ajuda impres-cindível na reestruturação da RBCI a partir de 2007, e a Marcelo Queiroga (PB) que, como presidente do Conselho Deliberativo da gestão 2010-2011, conduziu o processo que culminou com a completa independência editorial da Revista, por meio da se-leção pública do editor-chefe, e aprovou importante resolução criando o programa de estímulo à pesquisa em cardiologia inter-vencionista, a qual fortalecerá ainda mais a RBCI. ■

“Os critérios de entrada são extremamente amplos, estão cada vez mais difíceis de serem alcançados e envolvem muita gente. Por isso é um resultado muito gratificante e que vai nos levar a preencher uma lacuna que existia na América Latina no que se refere às revistas indexadas de cardiologia intervencionista e invasiva.” Antonio Carlos de Camargo Carvalho (SP), diretor científico da gestão 2010-2011

“A indexação no SciELO representa um certificado de qualidade científica e editorial. Para nossa Sociedade, é uma maior visibilidade por passar a ter a oportunidade de expor sua produtividade nessa importante base de dados. Para a cardiologia intervencionista brasileira, representa a materialização da qualidade de sua atuação e a certeza de estarmos trilhando o rumo certo em direção ao PubMed/ISI” Marcelo Cantarelli (SP), diretor administrativo da gestão 2010-2011

“Nós nos ombreamos com demais órgãos de divulgação cientifica médica, valorizamos a pesquisa brasileira e iremos alavancar, progressivamente, o fator de impacto da nossa publicação, na busca da sua indexação em outros portais reconhecidos internacionalmente” Luiz Alberto de Piva e Mattos (SP), diretor científico da SBC

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SETEMBRO DE 2010 - SBHCI teve participação ativa na programação científica do Congresso SOLACI 2010.

JUNHO DE 2010 - XXXII Congresso da SBHCI, em Belo Horizonte (MG), teve a primeira transmissão pela Internet em tempo real.

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BALANÇO DA GESTÃO 2010-2011

Consolidando o CRESCIMENTO

No fim de dezembro, encerram-se os trabalhos na SBHCI da diretoria da gestão do biênio 2010-2011. Comandada por Maurício de Rezende Barbosa (MG) e seu corpo diretivo, a equipe manteve o foco constante na busca pelo crescimento, renovação, integração e desenvolvimento de novos projetos

MAIO DE 2010 - Auditório lotado e fila de espera no PEC@SOCESP, sucesso repetido em 2011.

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Em janeiro de 2010 era dado o pontapé inicial de uma nova administração na SBHCI. Novos diretores, novos hábitos, porém, com a mesma responsabilidade e ampla visão de

continuidade e expansão do trabalho realizado pela gestão an-terior. “Recebemos da gestão que nos antecedeu a Sociedade organizada, transparente e estruturada como uma grande em-presa”, afirmavam à época o presidente Maurício de Rezende Barbosa (MG) e sua equipe.

Durante os últimos dois anos, a hemodinâmica e a cardiolo-gia intervencionista passaram por inovações científicas e avan-ços tecnológicos. A SBHCI cresceu e se fortaleceu tanto quan-to a especialidade. Parcerias com entidades internacionais nos Estados Unidos e Europa promoveram o acesso à informação e o intercâmbio de experiências, conhecimento e de profissio-nais durante toda a gestão. Os canais de comunicação da SBHCI também evoluíram a fim de divulgar as boas práticas e o cresci-mento científico no campo da pesquisa e da educação.

NO BRASIL E NO MuNDOSob o escopo do desenvolvimento científico, realizamos

com êxito os Congressos anuais de 2010, em Belo Horizon-te (MG), e 2011, em Curitiba (PR). Somados os dois even-tos, tivemos a presença de 33 convidados internacionais, mais de 370 palestrantes nacionais e a apresentação de 28 casos ao vivo, transmitidos de centros no Brasil e no exterior – e, pela primeira vez, transmitidos pela Internet. A SBHCI participou e apoiou a realização de dezenas de simpósios científicos nas

Sociedades regionais, bem como em outros eventos em diver-sos pontos do País, levando conhecimento e aprimoramento dos temas mais recentes do Estado da Arte da Hemodinâmica e da Cardiologia Intervencionista.

No campo da literatura, participamos do projeto do livro--texto da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC). Nossos associados contribuíram com dois capítulos de hemodinâ-mica e cardiologia intervencionista – o equivalente a mais de 150 páginas. A Comissão Permanente de Certificação (CPC) editou, em 2011, uma importante publicação: o livro “Provas para Obtenção de Certificado em Hemodinâmica e Cardiolo-gia Intervencionista – Provas Comentadas 2006 a 2010”. Esta é uma obra que muito vai contribuir para o aprimoramento dos conhecimentos do jovem intervencionista, que pretende obter a devida certificação na área de atuação, assim como para os mais experientes que podem, com o exercício das questões, manter seu conhecimento atualizado.

Neste ano de 2011, foi lançado um evento em parceria com a Society for Cardiovascular Angiography and Interventions (SCAI): um curso de cardiologia intervencionista, com a parti-cipação de palestrantes nacionais e convidados internacionais, que foi efetivado durante o primeiro Global Summit on Innova-tions in Intervention (GI2) realizado na cidade de São Paulo (SP). Um de nossos objetivos, fortemente trabalhado, diz respeito à integração da SBHCI às sociedades internacionais, em especial à Sociedade Latino-Americana de Cardiologia Intervencionista (SOLACI), da qual somos fundadores e ativamente participantes.

ABRIL DE 2011 - A SBHCI teve participação especial em sessão exclusiva no primeiro GI2 Summit realizado em São Paulo (SP).

JUNHO DE 2011 - XXXIII Congresso da SBHCI, em Curitiba (PR), foi o primeiro com casos ao vivo em alta definição.

DEZEMBRO DE 2011 - Em parceria com a SCAI, a SBHCI sorteou duas vagas no SCAI Fall Fellews Course 2010 e outras duas em 2011.

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NOVEMBRO DE 2010 - Curso de Revisão realizado em São Paulo (SP).

NOVEMBRO DE 2010 - Curso de Bioestatística, estimulando a produção científica.

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BALANÇO DA GESTÃO 2010-2011

Pudemos fortalecer nossa Sociedade ao estimular a participação de todos, com base em sólidos princípios éticos e sempre em cli-ma de cordialidade e união. Entre os frutos deste trabalho está o Simpósio SBHCI@SOLACI no Congresso da SOLACI, em San-tiago do Chile; e o Simpósio SOLACI@SBHCI, com a presença de representantes da Sociedade Latino-Americana. Esta sessão foi um grande sucesso no congresso de Curitiba.

COBERtuRAS INtERNACIONAISCom grande eficiência, rapidez e alto nível científico, a

SBHCI esteve presente em cinco importantes congressos in-ternacionais: American College of Cardiology (ACC), Paris Course of Revascularization (PCR), European Society of Car-diology (ESC), Transcatheter Cardiovascular Therapeutics (TCT) e American Heart Association (AHA). Em tempo real, dezenas de importantes estudos eram reportados em nossos canais de comunicação online: site, Newsletter, Facebook e Twitter direcionados à SBHCI e à SOLACI, com receptividade bastante positiva.

PRODuçãO CIENtíFICANestes dois anos, a SBHCI investiu em um programa de in-

centivo à pesquisa científica, com a realização de Cursos de Me-todologia Científica e Estatística em diversos pontos do País. Uma empresa especializada em estatística médica foi contrata-da para auxiliar os cardiologistas intervencionistas na elabora-ção de trabalhos científicos. Este programa visa implementar a produção e a publicação de artigos, divulgando a cardiologia intervencionista em revistas nacionais e internacionais.

Um dos objetivos pretendidos por este programa é a manu-tenção da pontualidade e do nível das publicações científicas no campo da cardiologia intervencionista. Como entidade cien-tífica, a SBHCI mantém a Revista Brasileira de Cardiologia Invasiva (RBCI). Este é o mais importante meio de divulgação das atividades da especialidade no País, na América Latina e em todo o mundo. Trabalhos científicos de altíssimo nível têm sido publicados e comentados em editoriais, sempre redigidos por profissionais de grande destaque do Brasil e do exterior.

REVIStA BRASILEIRA DE CARDIOLOgIA INVASIVACom o objetivo de ser reconhecida mundialmente como So-

ciedade médica por meio da evolução tecnológica, científica e inovadora, a Diretoria da SBHCI não mediu esforços em busca da importante indexação da RBCI na Scientific Electronic Libra-ry Online (SciELO), conquistada em dezembro. Nosso periódi-co científico possui tiragem de 11 mil exemplares e é distribuí-do gratuitamente a todos os sócios da SBHCI e da SBC, além de 79 bibliotecas de instituições universitárias.

Desde 2003, a RBCI disponibiliza sua versão eletrônica no site www.rbci.org.br, com textos na íntegra que podem ser acessados livremente. Em 2011, o site recebeu, em média, 22 mil acessos mensais. Indexada nas bases de dados da Literatura Latino--Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS) e Sco-pus, os índices bibliométricos da RBCI, obtidos na página do Scopus, indicam, em 2010, índices SJR (SCImago Journal Rank) e SNIP (Source Normalized Impact per Paper) de 0,028 e 0,205,

JUNHO DE 2010 - Participação da SBHCI em debate técnico no CREMERS (RS).

JUNHO DE 2011 - Autores do livro sobre as provas comentadas de 2006 a 2010.

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respectivamente. O índice h de 2008 a 2010 variou de 2 a 3. A indexação foi conquistada graças ao grande trabalho de edi-tores, coeditores e da contribuição dos associados com os tra-balhos enviados.

RELACIONAMENtO COM O gOVERNONo início de 2011, estivemos em Brasília (DF) para audiência

no Ministério da Saúde com o secretário de Assistência à Saúde, Helvécio de Miranda Magalhães (MG). Tivemos a oportunida-de de fazer uma série de solicitações acerca do reajuste de ho-norários médicos no Sistema Único de Saúde (SUS), a solicita-ção de incorporação do stent farmacológico e das próteses para fechamento de comunicação interatrial – para a qual tivemos recentemente um parecer da Câmara Técnica de Implantes da Associação Médica Brasileira (AMB) – bem como a solicitação de incorporação do ultrassom intracoronário (IVUS).

O secretário de Atenção à Saúde do Ministério da Saúde com-pareceu ao Congresso da SBHCI em Curitiba (PR) e ministrou conferência na abertura do evento. Desde então, tem mantido frequentes contatos com a Diretoria da Sociedade no intuito de disponibilizar os grandes avanços da cardiologia intervencio-nista para os pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS).

DIREtRIzESAs Diretrizes e Consensos têm sido importantes instru-

mentos de orientação na rotina diária da nossa profissão, e a SBHCI tem se dedicado intensamente a desenvolver estes instrumentos. Durante nossa gestão, foram realizadas duas Diretrizes em conjunto com a SBC: a Diretriz de Tratamento de Valvulopatias e a Diretriz sobre Processos e Competência para a Formação em Cardiologia no Brasil. Foram também estruturadas as bases para a edição da Diretriz de Intervenção em Cardiopatias Congênitas.

O FutuRO DA CARDIOLOgIA INtERVENCIONIStAMais do que renovar o conhecimento e manter nossos pro-

fissionais atualizados com os recentes avanços da especialida-de, uma grande preocupação de nossa gestão foi a formação dos jovens cardiologistas, interessados em obter o título de especialista de cardiologista intervencionista. Procuramos incentivar o jovem intervencionista a se dedicar, durante o período de residência, à elaboração de trabalhos científicos originais para publicação, enriquecendo sua formação médica e o currículo profissional.

Acreditamos que cursos de metodologia científica podem orientar e facilitar a estruturação destes trabalhos científicos, bem como contribuir com uma análise estatística adequada. Para isso, fizemos investimentos em prêmios para publicações na RBCI, melhores trabalhos de Temas Livres e pôsteres, Curso da SCAI em Las Vegas, nos Estados Unidos. Incentivamos pro-jeção simultânea de “FACTOIDS” com aspectos científicos re-levantes durante a apresentação dos casos ao vivo no congresso e promovemos o Curso Hands-on, com simuladores, em parce-ria com a Cordis – Johnson&Johnson. Com o apoio de todos os associados, a SBHCI cresce e se destaca nos cenários nacional e internacional, sempre em busca de um futuro melhor. ■

ABRIL DE 2011- Comissão da SBHCI após audiência com Helvécio Magalhães, do Ministério da Saúde.

JUNHO DE 2011- Helvécio Magalhães (centro), do Ministério da Saúde, junto à diretoria da SBHCI e SBC.

SETEMBRO DE 2011 - I Fórum de Qualidade Profissional realizado em Aracajú (SE).

NOVEMBRO DE 2011 - Os presidentes das gestões 2010-2011 e 2012-2013 levando a SBHCI ao TCT.

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BALANÇO DA GESTÃO 2010-2011

Marcelo Cantarelli (SP)Diretor Administrativo

Desde a primeira reunião de nossa Diretoria, em janei-ro de 2010, quando foram levantadas ideias, formata-das estratégias e traçadas metas para o crescimento e

melhoria contínua da SBHCI, entendemos que o papel da Di-retoria Administrativa seria ajudar a viabilizar todos aqueles projetos com sustentabilidade, responsabilidade e zelo, bus-cando também contribuir com ideias que trouxessem melho-rias e benefícios aos nossos associados.

Entre muitas realizações, houve participação direta ou in-direta de nossa Diretoria no suporte para a viabilização do novo Portal da SBHCI; ações para a facilitação da produção científica de nossos associados no intuito do crescimento da Revista Brasileira de Cardiologia Invasiva (RBCI) com os cursos de estatística e redação científica e a oferta de asses-soria estatística gratuita; participações na Câmara Técnica de Implantes da Associação Médica Brasileira (AMB), com pro-ximidade aos representantes do Ministério da Saúde e Agên-cia Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Também desenvolvemos cursos com o uso de simuladores (Hands-On) para residentes; incentivamos a participação em fóruns da Associação Brasileira de Importadores e Distribui-dores de Implantes (ABRAIDI), Conselho Regional de Medi-cina do Estado de São Paulo (Cremesp) e Associação Nacional de Hospitais Privados (ANAHP); viabilizamos Programas de Educação Continuada (PECs) na Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo (SOCESP) e Sociedade Brasileira de Car-diologia (SBC) e o projeto de publicação do livro de questões elaborado pela Comissão Permanente de Certificação (CPC); apoiamos o projeto de inovação da Central Nacional de In-tervenções Cardiovasculares (CENIC) e a campanha de mídia “Coração Alerta” sobre infarto agudo do miocárdio; entre tan-tas outras atividades.

Participar destas ações só foi possível graças à competência de todos os diretores e colaboradores da SBHCI, hoje, ami-gos. A SBHCI permanece soberana, cheia de sonhos, ávida por novos projetos e realizações capazes de agregar competência técnica e científica, reconhecimento, respeito e valorização profissional ao cardiologista intervencionista brasileiro.

Fernando Stucchi Devito (SP)Diretor Financeiro

A principal ação da Diretoria Financeira foi dar estrutu-ra e capacitação às demais diretorias para a realização das diversas atividades projetadas e realizadas. Para

isto, buscamos manter um custo administrativo correto e dar prioridade às ações com a finalidade de beneficiar a Sociedade como um todo, em detrimento de pequenos grupos ou mesmo de alguns sócios individualmente.

Entre as ações mais marcantes, é possível citar o exercício do equilíbrio financeiro, mesmo à custa de restrições à reali-zação de projetos além da capacidade atual. Além disto, des-tacamos a administração do patrimônio da Sociedade com a máxima segurança possível, preservando com responsabilida-de seus recursos para os fins justos e exclusivos a que se pro-põe a nossa Sociedade.

Entre as adversidades, cito a indisponibilidade de recursos para a capacitação de mais projetos. Como recomendação a meu sucessor, sugiro o esforço de manter o equilíbrio finan-ceiro de nossa Sociedade, nosso bem maior.

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Fábio Sândoli de Brito Junior (SP)Diretor Científico

Durante a gestão, o estreitamento das relações com a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo (SOCESP) e

demais entidades representativas dos cardiologistas clínicos foi uma conquista importante. A SBHCI participou ativamen-te da construção da programação dos maiores congressos de cardiologia do País. Nos dois últimos congressos, em Belo Ho-rizonte (MG) e Curitiba (PR), oferecemos inscrições gratuitas para nossos colegas clínicos, estimulando a participação deles.

A internacionalização do congresso da SBHCI foi, segura-mente, um grande avanço. Tivemos a participação de convi-dados de grande reconhecimento em todo o mundo, além de centros de excelência transmitindo casos ao vivo. Em Belo Horizonte, pela primeira vez em um congresso exclusivo da SBHCI, tivemos Eulogio Garcia (Espanha) transmitindo de Madri, e Martin Leon (Estados Unidos) e Gregg Stone (Esta-dos Unidos), de Nova York. Neste ano, em Curitiba, Antonio Colombo (Itália) fez a abertura de nosso evento transmitin-do ao vivo o tratamento de paciente com lesão complexa de tronco de coronária esquerda. Tivemos transmissões brilhan-tes de Washington, com Augusto Pichard (Chile), e de Seattle, com Mark Reisman (Estados Unidos). Hoje, o Congresso da SBHCI já é conhecido e respeitado internacionalmente como um evento de alto nível científico. Além disso, a SBHCI teve participação destacada nos congressos da Sociedade Latino--Americana de Cardiologia Intervencionista (SOLACI) e Transcatheter Cardiovascular Therapeutics (TCT) em 2010 e 2011, com excelentes simpósios.

A herança para meu sucessor é a de um time treinado, mo-tivado e plenamente capacitado para a realização de eventos científicos. O espírito de melhoria contínua é uma grande vir-tude deste grupo que hoje trabalha para a SBHCI. Recomendo que mantenha a participação ativa da SBHCI na programação dos congressos de cardiologia clínica e que procure atraí-los cada vez mais para os nossos eventos.

Alexandre Schaan de Quadros (RS)Diretor de Comunicações

As principais estratégias de comunicação da SBHCI já tinham sido traçadas na gestão anterior, e procuramos manter esta linha e aperfeiçoar alguns pontos. O de-

senvolvimento do novo site foi o projeto mais elaborado, que envolveu muito tempo de planejamento, uma pesquisa exten-sa no mercado e avaliação de inúmeras empresas e aspectos que desejávamos melhorar. Ficamos satisfeitos, pois o proje-to teve ótima receptividade e realmente aperfeiçoou muito o serviço prestado pela SBHCI. É importante ressaltar também nossa participação pioneira nas novas mídias, como Facebook e Twitter, que ajudaram a divulgar a Sociedade e facilitaram o acesso aos associados e usuários do site. As coberturas científicas dos congressos internacionais foram mantidas e aperfeiçoadas em alguns aspectos, com entrevistas exclusivas e também com o suporte do novo site. O apoio constante à Revista Brasileira de Cardiologia Invasiva (RBCI) foi outra ação importante, juntamente com a continuidade no pleito de indexação ao SciELO. O Jornal da SBHCI também foi prio-rizado, e introduzimos edições extras durante os últimos dois congressos da SBHCI.

Acreditamos que a Sociedade necessita de uma atuação mais pró-ativa na mídia leiga, com o objetivo de divulgar a especialidade e os avanços frequentes, e também esclarecer o público leigo quanto a temas controversos. Este é um projeto importante que estamos avaliando com muito cuidado, e que poderá ser implementado nos próximos dois anos, conforme a avaliação da próxima Diretoria.

Ao meu sucessor, recomendo manter as iniciativas atuais, iniciadas em 2006 e que têm sido constantemente aprimora-das. Também recomendo investir em uma assessoria de im-prensa dedicada a um posicionamento estratégico da SBHCI na mídia leiga, para melhor informar a comunidade sobre nossa especialidade e questões técnicas, científicas e de exer-cício profissional a ela relacionadas.

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BALANÇO DA GESTÃO 2010-2011

Adriano Dias Dourado Oliveira (BA)Diretor de Qualidade Profissional

Felizmente conseguimos manter as conquistas da gestão anterior. Mantivemos ativo o suporte ao sócio através da nossa página na Internet, por e-mail, por carta e até

por contato telefônico. Problemas de relacionamento com convênios e questões médico-científicas foram os assuntos mais frequentes. A presença nas reuniões da Câmara Técnica de Implantes da Associação Médica Brasileira (AMB) também foi constante. Relevantes discussões foram realizadas, mas, principalmente, fizemos contatos importantes com represen-tantes do Ministério da Saúde e Agência Nacional de Vigilân-cia Sanitária (Anvisa).

Outra conquista considerável foi o fomento da parceria en-tre SBHCI, Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN) e Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia (IFBA) – laboratório de física radiológica credenciado pela Anvisa – resultando em um projeto de cooperação com a Agência Internacional de Energia Atômica a ser implementa-do no próximo biênio.

Apesar de nossos esforços e do prévio contato com a Anvisa, não conseguimos colocar o Implante Percutâneo de Prótese Aórtica na Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedi-mentos Médicos (CBHPM) e nem na Terminologia Unificada da Saúde Suplementar (TUSS).

A melhor remuneração do cardiologista intervencionista sempre foi uma preocupação especial e os contatos frequentes com os colegas mostrou ser este um anseio de todos. Realiza-mos em Aracaju (SE), juntamente com a SNNEeHCI o I Fó-rum de Qualidade Profissional, talvez o ponto de partida para a mobilização nacional dos cardiologistas intervencionistas.

Desejo boa sorte à nova Diretoria, com quem já venho tra-balhando nestes dois últimos anos. Os dois projetos mais re-levantes, a serem trabalhados pela nova Diretoria são a mo-bilização nacional dos cardiologistas intervencionistas, com vistas a lutar por uma melhor remuneração e o projeto de cer-tificação dos serviços de hemodinâmica.

Antonio Carlos de Camargo Carvalho (SP)Diretor de Educação Médica Continuada

Em nossa área, durante toda a gestão, houve uma preo-cupação em dar continuidade às ações efetivas que vi-nham sendo realizadas. O nosso Programa de Educação

Continuada (PEC) é o exemplo mais exuberante. Procuramos aprimorá-lo, e hoje temos PECs em praticamente todos os eventos maiores, mesmo fora da SBHCI, realizados nas mais diversas regiões do País. A nova formatação abordou progra-mas nas áreas de intervenção em território das carótidas, con-gênita, renal, aorta, válvula aórtica, oclusão de apêndice atrial, além do carro-chefe: território coronário. No período de dois anos, realizamos 13 PECs , sete Cursos de Incentivo à Pesquisa Clínica, três Cursos Hands-on , dois Cursos de Revisão, duas atividades específicas em congressos da SBHCI e um Fórum de Qualificação Profissional.

Entre as ações mais marcantes, valorizo muito o curso ini-cial em simuladores (Hands-On), oferecido a todas as pessoas em treinamento (primeiro e segundo anos) em lugares reco-nhecidos pela SBHCI. Para que isto se tornasse realidade, foi imprescindível o apoio de toda a Diretoria. Meu sonho é que, em alguns anos, este curso seja feito como pré-início efetivo de atuação no paciente, o que permitirá uma formação técnica de qualidade a todos que irão fazer a especialidade. Ao meu sucessor, recomendo aprimorar este curso de simuladores, pois este início significou apenas o pontapé inicial. O objetivo é torná-lo o mais precoce possível para alunos de primeiro ano. Isto aproximará os jovens efetivamente da Sociedade. Te-mos também de atingir mais clínicos de um modo mais efeti-vo, seja organizando módulos em áreas mais gerais, em con-gressos fora da área cardiológica ou por meio do oferecimento às secretarias municipais e estaduais de treinamento da rede básica, que atinge a população que mais precisa ser cuidada.

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Marco Vugman Wainsten (RS)Diretor de Intervenções Extracardíacas

Talvez a melhor ação da Diretoria de Intervenções Ex-tracardíacas durante toda a gestão tenha sido colocar-mos tópicos de extracardíacos em absolutamente todos

os eventos e simpósios científicos que tiveram a chancela da SBHCI, incluindo os diversos Programas de Educação Conti-nuada (PECs) realizados em todo o Brasil.

Aliada a esta ação, é possível também citar a criação e re-alização da Newsletter do Extracardíaco, publicação na qual, periodicamente, foram apresentados casos clínicos e resulta-dos de estudos científicos da área. É relevante citar que, com a ajuda da Educação Médica Continuada, conseguimos final-mente dar início ao Curso Hands-On de capacitação prática de residentes. Isso é absolutamente fundamental para aqueles que buscam certificação na área.

Minha recomendação para o próximo diretor é manter a luta constante para que os temas de extracardíacos tenham papel de destaque nos diversos eventos científicos que carre-gam a chancela da SBHCI.

Francisco José Araujo Chamié de Queiroz (RJ)Diretor de Intervenções em Cardiopatias Congênitas

Como uma das boas ações desta gestão, destaco a con-solidação da especialidade no seio da SBHCI, obtendo o espaço que é devido a uma área que está em franco

crescimento nos últimos anos. Certamente, um dos fatos mais marcantes foi promover o entrosamento entre os colegas de todo o País, dando chance aos mais novos de mostrar seu tra-balho na programação científica dos nossos congressos. Pro-movemos também uma prova específica para defeitos congê-nitos, elaborada por colegas de reconhecido saber. Iniciamos o processo de elaboração das Diretrizes de Intervenção dos Defeitos Congênitos, que, de há muito, é necessária e devida.

Como adversidade durante este período, posso citar a resis-tência da Associação Médica Brasileira (AMB) em reconhecer e titular os colegas oriundos da Pediatria, que, no momento, ainda não conseguem ter acesso à prova da especialidade.

A meu sucessor, recomendo que, além das iniciativas pró-prias que certamente terá, dê sequência às ações que começa-mos e que não foi possível terminar durante o nosso mandato. É claro que ele contará sempre com a nossa integral colabo-ração em todas as eventualidades. Que ele procure sempre trabalhar visando o bem maior da especialidade prestigiando a todos, sem restrições. O novo diretor de Intervenções em Defeitos Congênitos é pessoa da maior competência e imenso prestígio e, certamente, com a sua criatividade e visão abran-gente da cardiologia intervencionista, será capaz de agregar valor, fortalecendo e engrandecendo a nossa especialidade.

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JOGO RáPIDO | AMANDA G.M.R. SOuZA

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Por Carla Ciasca | jornalista

Mente brilhante

Quando a senhora decidiu pela medicina?Para ser franca, eu tenho dificuldade de me imaginar em qualquer

situação que não seja na medicina, porque eu decidi por ela pratica-mente na minha adolescência, no momento em que, saindo do pri-meiro grau, entrei para o científico, que era dividido em biológicas e exatas. Eu fiz naturalmente biológicas. Desde então, já me voltei para biologia, ciências biológicas e depois para medicina quase como um caminho natural. Sendo assim foi uma escolha precoce, e nunca tive a dúvida do que iria fazer dentro das diversas áreas do conhecimento.

Por que escolheu a cardiologia?Inicialmente pensei em nefrologia pela proximidade com o pro-

fessor Oswaldo Ramos, mas comecei a atuar em cardiologia traba-lhando com cardiologistas desde o 4º ano da faculdade. Tive uma identificação tão grande com a especialidade e, na minha visão, um certo domínio daquele conhecimento, que me fascinou. Tal-vez, se a cardiologia começasse no primeiro ano, eu já seria cardio-logista antes de ser médica.

Se não fosse médica, qual carreira teria escolhido?Tenho dificuldade de dizer o que eu faria. Gosto de lecionar, mas

não daria aula de coisa alguma que não fosse da área de medicina, mais especificamente da medicina cardiovascular. Eu sei que não faria nada relacionado às ciências exatas. Talvez seguisse na área do direito, porque meu pai foi magistrado, desembargador, por eu ser polemista, por ter aberto fronteiras junto com o professor J. Eduardo Sousa e sua equipe.

Quem foi o professor que mais a influenciou? Por quê?O professor Oswaldo Ramos, de nefrologia, foi o primeiro a formar

um serviço com as características que gostamos demais. Além da for-te assistência e trabalhos pioneiros, reforçava grandemente a área de ensino e pesquisa. Ingressando no Dante, indubitavelmente, o gran-de mentor foi o professor J. Eduardo Sousa. Por identificação com a

Amanda G.M.R. Souza (SP), diretora-geral do Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia, tem 35 anos de uma carreira ímpar e impecável na cardiologia intervencionista mundial. Casada há mais de 30 anos com o professor J. Eduardo Sousa (SP) – com quem escreveu a história da hemodinâmica brasileira e mundial nas últimas três décadas –, Amanda tem seis filhos e nove netos, para os quais dedica seu tempo livre e faz questão de acompanhar de perto

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área, passamos a organizar a partir de 1979 a sessão de angioplastia e, ligados a ele que é um pioneiro, passamos a trabalhar na vanguarda. Hoje, ele comanda no Instituto um grupo chamado CIDEC, que é o Centro de Intervenções de Doenças Estruturais do Coração, também uma iniciativa pioneira por formar um dos heart teams mais operati-vos da América Latina. Então, posso afirmar que o professor Oswaldo Ramos foi o que mais me marcou na graduação, mas durante esses 35 anos de vida profissional, sem dúvida, foi o professor J. Eduardo Sousa, porque nós tivemos uma ligação em absolutamente tudo em termos de desenvolvimento da cardiologia intervencionista terapêu-tica. O primeiro deu o start na orientação, e o outro, todo o resto. Eu gostaria de citar também entre os mentores o professor Adib Jatene. Todos nós miramos muito na pessoa dele.

Qual a maior conquista de sua carreira?Foram as conquistas acadêmicas. O doutorado representou muito,

a livre docência, depois a aplicação de tudo isso à pós-graduação stric-to sensu no Dante Pazzanese. Este é o ponto que agrada o meu cora-ção e sinto que desenvolvi um traço da minha personalidade médica muito importante. Eu gosto demais de assistência, mas eu me realizo muitíssimo também nesta outra área.

Qual é a área mais promissora na medicina hoje?Eu não tenho dúvidas que é a cardiologia. Primeiro porque as do-

enças cardiovasculares representam, junto com as doenças neoplá-sicas, as maiores causas de morbimortalidade do mundo ocidental. Então, a importância já se dá pelo próprio guarda-chuva que elas abrigam. Desta forma, toda a prevenção que vem antes da doença nestas áreas evoluíram de uma maneira extraordinária. Eu sempre digo que me sinto profundamente afortunada por estar no mundo na época em que estou, pois iniciei a minha carreira em meados dos anos 1970. Quando me formei, vi todo o desenvolvimento do tratamento clínico com as novas terapêuticas farmacológicas e a consagração dos quatro grupos importantes de medicamentos an-tiplaquetários. Ao mesmo tempo, vi o florescer e a evolução da cirurgia cardíaca. São três décadas e meia de desenvolvimento, e pude testemunhar e me valer dela na minha profissão. E, por fim, participei da alma da cardiologia intervencionista brasileira. Eu não teria inibição de dizer que nós tivemos um grande destaque na cardiologia intervencionista mundial como grupo muito ope-rativo e reconhecido internacionalmente. Viver nesta época, em que todas as formas de abordagem na medicina cardiovascular ti-veram esta ênfase, é um privilégio. Já me sinto privilegiada como ser humano, como filha de Deus, herdeira do paraíso. Privilegiada de estar em um país em desenvolvimento e termos podido fazer com que todas estas técnicas tivessem um impacto social enorme. Privilegiada em estar nesta Instituição, em poder fazer tudo o que nós nos propomos a fazer. Então, o que posso dizer? É a cardiolo-gia. Tudo evoluiu. Da mesma maneira como a técnica prespassou a cardiologia, as evoluções tecnológicas também prespassaram todas as outras. Mas a cardiologia, pelo impacto que tem, pela importân-cia que tem, pela abrangência que tem, é, modéstia à parte, de uma dianteira que não tem tamanho.

Qual a sua recomendação para os novos médicos?O novo médico precisa colocar-se na postura de batalhador, de

lutador, reconhecer a boa causa e se ligar a ela, e, sobretudo, dar o exemplo porque ele precisa ter coerência. Um líder maduro é coeren-te, faz o que fala, procura ser aquilo que entende que tem valor. Então,

é na busca desta coerência madura que todos devem caminhar em qualquer campo que atuem, não só na medicina. Um líder deve ter autoridade moral, princípios éticos. De certa maneira, cada um é um líder de uma pequena comunidade, de sua família, de seu grupo na escola, de um grupo de amigos, do seu bairro, e, em qualquer posição de liderança, maior ou menor, a pessoa precisa se revestir de autori-dade moral, de comprometimento com a causa, ligar o seu destino ao destino da causa. O líder é o que mais serve, não é o que é servido.

A senhora tem um sonho a realizar?Sinto-me privilegiada pelas oportunidades que tive e tenho. Seria

uma injustiça eu dizer que tenho tantos sonhos não realizados. Natu-ralmente, entendo que a minha vida não está terminada. Mas a cada dia imagino que ela pudesse terminar. Então, o meu maior sonho é preencher o meu “container” até a borda e, ao final, dizer que não resta nenhuma gota para preenchê-lo.

O que a deixa inspirada e de bom humor?A vida. Eu acho que a vida é um presente e cada dia é um presente.

Existem preocupações, existem momentos de apreensão, de tensão. Isso é natural das rotinas, mas não altera a minha alegria de viver. Sou uma pessoa que acha a vida uma graça. Tenho um respeito profundo pelo outro, o que deve ser uma característica natural do médico. Te-nho um comprometimento com o restabelecimento da saúde física, psíquica e espiritual de tudo que me cerca.

O que a tira do sério?A injustiça me deixa profundamente indignada. Não me tira o

bom-humor, mas me deixa preocupada, tira do sério. Eu saio para lutar contra. No que depende de mim, luto contra qualquer tipo de in-justiça, qualquer tipo de falta de acesso dos que estão ao meu redor às coisas boas. Disponho-me a promover o que há de melhor para todos.

Como a senhora gosta de passar o seu tempo livre?A arte me fascina. Gosto muito de música. Sempre busquei estar a

par do que ocorre na música, quais são os novos valores, como é feita a releitura dos antigos valores, das obras. É um hobby. Tão grande ou maior é o hobby da literatura. Estas duas paixões vêm, naturalmente, da influência familiar. Fui formada num ambiente com avós europeus que traziam na bagagem essa cultura. As artes plásticas estariam em segundo lugar, pois aprecio muito. Pelo Suplemento Sabático do jor-nal O Estado de S. Paulo, fico sabendo dos lançamentos do teatro e, dentre tudo isso, uma distração muito grande é o cinema.

Qual livro está lendo atualmente?Nos três últimos anos, tomei a decisão de fazer um percurso sobre

a literatura latino-americana. Comecei por um percurso geográfico, desci do norte da América do Sul entre os diversos autores da Colôm-bia, Venezuela, Chile, Argentina. No último ano, entrei no Brasil, e confesso que, havia muito tempo, não lia Guimarães Rosa. “Grandes Sertões Veredas” foi, talvez, a tônica mais forte deste ano.

Como é um dia perfeito?É um dia de muito trabalho bem-sucedido e, ao final, aquela his-

tória do “container” estar preenchido e tudo que de mim depende foi feito, acompanhado de um bom resultado. Não tem dia melhor.

Que título daria à sua autobiografia?“A vida como ela é”. ■

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AGENDA

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Gestão 2010-2011Presidente: Maurício de Rezende Barbosa (MG) | Diretor Administrativo: Marcelo José de Carvalho Cantarelli (SP) | Diretor Financeiro: Fernando Stucchi Devito (SP) | Diretor Científico: Fábio Sândoli de Brito Junior (SP) | Diretor de Comunicação: Alexandre Schaan de Quadros (RS) | Diretor de Qualidade Profissional: Adriano Dias Dourado Oliveira (BA) | Diretor de Edu cação Médica Continuada: Antonio Carlos de Camargo Carvalho (SP) | Diretor de Intervenções Extracardíacas: Marco Vug man Wainstein (RS) | Diretor de Intervenções em Cardiopatias Congênitas: Francisco José Araujo Chamié de Queiroz (RJ)

Equipe AdministrativaNorma Cabral | gerência administrativa | [email protected] Ribeiro | científico | [email protected] Peixinho | financeiro | [email protected] Peruzi | sócios | [email protected] Roberta Fonseca | eventos | [email protected]ânia Fernandes | secretaria | [email protected]

Sociedade Brasileira de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista

www.sbhci.org.brRua Beira Rio, 45 – cjs. 71 e 74 Vila Olímpia – São Paulo, SPCEP 04548-050 Fone: (11) 3849-5034

FEVEREIROdias 9 a 12JIM 2012 Joint Interventional MeetingRoma, Itáliawww.jim-vascular.com

MARÇOdias 4 a 9Interventional Cardiology 2012: 27th Annual International SymposiumColorado, Estados Unidoswww.promedicacme.com

dias 24 a 27ACC 2012 - 61st Annual Scientific Session Chicago, Estados Unidosaccscientificsession.cardiosource.org

ABRILdias 11 a 13GI² - Global Summit on Innovations in Interventions São Paulo, SPwww.gi2summit.com

dias 18 a 21World Congress of Cardiology Scientific Sessions 2012Dubai, Emirados Árabes Unidoswww.world-heart-federation.org

dias 19 a 2818th Annual Interventional Cardiology Fellows CourseMiami, Estados Unidoswww.fellowscourse.com

dias 22 a 24XXXII Congresso Português de CardiologiaVilamoura, Portugalwww.spc.pt/spc/CongressoXXXII

dia 25XIII Simpósio de Cardiologia Intervencionista do Rio de Janeiro Rio de Janeiro, RJwww.sohcierj.org.br

dias 25 a 2829o Congresso de Cardiologia da SOCERJ – Sociedade de Cardiologia do Rio de JaneiroRio de Janeiro, RJwww.socerj.org.br

dias 25 a 28CICE 2012 - Congresso Internacional de Cirurgia EndovascularSão Paulo, SPwww.icve.com.br/cice2012

MAIOdias 9 a 12SCAI 2012 Society for Cardiovascular Angiography and Interventions Scientific SessionsLas Vegas, Estados Unidoswww.scai.org/SCAI2012

dias 15 a 18EuroPCR 2012Paris Course of RevascularizationParis, Françawww.europcr.com

dias 15 a 18PICS & AICS 2012 - Pediatric & Adult Interventional Cardiac SymposiumChicago, Estados Unidoswww.picsymposium.com

dias 25 e 26XXXIX Congresso Paranaense de CardiologiaCuritiba, PRwww.abev.com.br/paranaense2012

dia 30 a 2 de junhoXXIV Congresso de Cardiologia do Estado da BahiaSalvador, BAsociedades.cardiol.br/ba/congresso.asp

dia 31 a 2 de junhoXXX Congreso Nacional de CardiologíaSalta, Argentinawww.fac.org.ar/1/cong/2012

JUNHOdias 7 a 9XXXIII Congresso da SOCESP - Sociedade de Cardiologia do Estado de São PauloSão Paulo, SPwww.SOCESP2012.com.br

dias 20 a 22XXXIV Congresso da SBHCISalvador, BAwww.sbhci.org.br

dias 22 e 23I Fórum de Cardiologia Intervencionista da SBC-MTCuiabá, MTsociedades.cardiol.br/mt

dias 28 a 30CSI 2012 Congenital & Structural InterventionsFrankfurt, Alemanhawww.csi-congress.org

JULHOdias 5 a 7XXII Congresso Mineiro de CardiologiaBelo Horizonte, MGsociedades.cardiol.br/sbc-mg

AGOSTOdias 2 a 4SOCERGS 2012 – Congresso de Cardiologia do Rio Grande do SulGramado, RSwww.socergs.org.br

dias 8 a 10XVIII Congresso SOLACI – Sociedade Latino-Americana de Cardiologia IntervencionistaCidade do México, Méxicowww.solaci.org

dias 9 a 11XV Congresso de Cardiologia do Estado do Mato Grosso (SBC-MT)Cuiabá, MTsociedades.cardiol.br/mt

dias 16 a 1817o Congresso Paraibano de CardiologiaJoão Pessoa, PBsociedades.cardiol.br/pb

dias 25 a 26ESC Congress 2012 Sociedade Europeia de CardiologiaMunique, Alemanhawww.escardio.org

SETEMBROdias 14 a 1767º Congresso Brasileiro de CardiologiaRecife, PEeducacao.cardiol.br/eventos

dias 15 a 19CIRSE 2012 Cardiovascular and Interventional Radiological Society of EuropeLisboa, Portugalwww.cirse.org

OUTUBROdias 22 a 26TCT 2012 Transcatheter Cardiovascular TherapeuticsMiami, Estados Unidoswww.tctconference.com

NOVEMBROdias 3 a 7AHA 2012 - American Heart AssociationLos Angeles, Estados Unidosscientificsessions.org

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cartaz congresso 2012] 1 5/23/11 10:32 AM

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