jornal da sbhci - ed. 42 - 03/2011

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+ Honorários médicos É hora de união! E mais: Novo Portal SBHCI | Cobertura ESC e SOLACI | Salas híbridas Ano XIV | n o 3 | #43 julho, agosto e setembro de 2011 Publicação trimestral da Sociedade Brasileira de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista

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Publicação trimestral da SBHCI - Sociedade Brasileira de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista - ed. 43 - 03/2011

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Page 1: Jornal da SBHCI - ed. 42 - 03/2011

+Honorários médicos

É hora de união!

E mais: Novo Portal SBHCI | Cobertura ESC e SOLACI | Salas híbridas

Ano XIV | no 3 | #43julho, agosto e setembro de 2011

Publicação trimestral da Sociedade Brasileirade Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista

Page 2: Jornal da SBHCI - ed. 42 - 03/2011

A vida merece uma segunda chance.

21% de redução do risco relativo na mortalidade cardiovascular versus clopidogrel.1

Superioridade de BRILINTA® na redução do desfecho de eficácia evidente nos primeiros 30 dias e aumento no período de 12 meses de tratamento.1

Não apresenta diferenças significativas no sangramento maior ou fatal versus clopidogrel.1

Oferece resultados consistentes em amplo espectro de pacientes com SCA e suas formas de tratamento.1

Agora você já pode fazer muito mais pelos seus pacientes com SCA.

Brilinta® demonstrou superioridade em relação ao clopidogrel no estudo PlatO:

A peRSISTIRem OS SINTOmAS, O médICO deveRá SeR CONSuLTAdO.

material destinado exclusivamente à classe médica.A bula do produto encontra-se no interior desta publicação.

Contraindicação: pacientes com sangramento patológico ativo, com antecedente de hemorragia intracraniana e/ou com insuficiência hepática grave. Interações medicamentosas: cetoconazol, diltiazem e rifampicina.

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BRILINTA® (ticagrelor) é um membro da classe química ciclopentiltriazolopirimidinas (CpTp), que é antagonista seletivo e reversível do receptor da adenosina difosfato (Adp), agindo sobre o receptor de Adp p2Y12 que pode prevenir a ativação e agregação plaquetária mediada por Adp. O ticagrelor é ativo por via oral e interage reversivelmente com o receptor plaquetário de Adp p2Y12. O ticagrelor não interage com o sítio de ligação Adp, mas sua interação com o receptor plaquetário de Adp p2Y12 previne a transdução de sinal. Indicações: BRILINTA® é indicado para a prevenção de eventos trombóticos – morte cardiovascular (Cv), infarto do miocárdio (Im) e acidente vascular cerebral (AvC) – em pacientes com síndrome coronariana aguda (SCA), angina instável, infarto agudo do miocárdio sem elevação do segmento ST (IAmSST) ou infarto agudo do miocárdio com elevação do segmento ST (IAmCST), incluindo pacientes tratados clinicamente e aqueles que são tratados com intervenção coronariana percutânea (ICp) ou cirurgia de revascularização do miocárdio (Rm). Contraindicações: BRILINTA® é contraindicado a pacientes com hipersensibilidade ao ticagrelor ou a qualquer componente da fórmula. este medicamento é contraindicado a pacientes com sangramento patológico ativo, com antecedente de hemorragia intracraniana e/ou com insuficiência hepática grave. Cuidados e Advertências: Advertências: risco de sangramento – Assim como com outros agentes antiplaquetários, o uso de BRILINTA® em pacientes com reconhecido risco aumentado de sangramento deve ser balanceado em relação ao benefício em termos de prevenção de eventos trombóticos. Não existem dados com BRILINTA® em relação ao benefício hemostático de transfusões de plaquetas; BRILINTA® circulante pode inibir as plaquetas transfundidas. uma vez que a coadministração de BRILINTA® com desmopressina não diminuiu o tempo de sangramento padrão, é improvável que a desmopressina seja efetiva no manuseio clínico do sangramento. Terapia antifibrinolítica (ácido aminocaproico ou ácido tranexâmico) e/ou fator vIIa recombinante podem aumentar a hemostasia. BRILINTA® pode ser retomado após a causa de sangramento ter sido identificada e controlada. Cirurgia – Se um paciente necessita de cirurgia, os médicos devem considerar o perfil clínico de cada paciente, bem como os benefícios e riscos da terapia antiplaquetária continuada, determinando quando a interrupção do tratamento BRILINTA® deve ocorrer. Pacientes com insuficiência hepática moderada – é aconselhada cautela em pacientes com insuficiência hepática moderada, pois não há estudos com BRILINTA® nesses pacientes. Pacientes com risco de eventos bradicárdicos – devido à experiência clínica limitada nesses pacientes, recomenda-se precaução. Dispneia – dispneia, geralmente de leve a moderada e frequentemente de resolução espontânea sem a necessidade de descontinuação do tratamento, foi relatada em pacientes tratados com BRILINTA® (aproximadamente 13,8%). Outros – A coadministração de ticagrelor com altas doses de ácido acetilsalicílico (>300 mg) não é recomendada. Descontinuações – Os pacientes que requerem a descontinuação de BRILINTA® estão em risco aumentado para eventos cardíacos. A descontinuação prematura do tratamento deve ser evitada. Gravidez: Categoria B – Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica (vide bula completa do produto). Interações medicamentosas: efeitos de outros medicamentos em BRILINTA® – Medicamentos metabolizados pela CYP3A4 – potentes inibidores da CYp3A4: a coadministração de cetoconazol com ticagrelor aumentou a Cmax e AuC de ticagrelor igual a 2,4 vezes e 7,3 vezes, respectivamente. A Cmax e AuC do metabólito ativo foram reduzidas em 89% e 56%, respectivamente. Outros potentes inibidores da CYp3A4 devem ter efeitos similares e não devem ser administrados concomitantemente com BRILINTA®). – Indutores da CYp3A4: a coadministração de rifampicina com ticagrelor diminuiu a Cmax e AuC de ticagrelor em 73% e 86%, respectivamente. A Cmax do metabólito ativo foi inalterada e a AuC diminuiu em 46%, respectivamente. Outros indutores da CYp3A4 devem diminuir a exposição ao ticagrelor e poderiam resultar em eficácia reduzida de BRILINTA®. Efeitos de BRILINTA® em outros medicamentos – Medicamentos metabolizados pela CYP3A4 – a coadministração de ticagrelor com sinvastatina aumentou a Cmax da sinvastatina em 81% e a AuC em 56% e elevou a Cmax em 64% e a AuC em 52% da sinvastatina ácida, com alguns aumentos individuais iguais a 2 a 3 vezes. Consideração de significância clínica deve ser dada referente à magnitude e variação de alterações na exposição à sinvastatina em pacientes que requerem mais de 40 mg de sinvastatina. Não houve efeito da sinvastatina nos níveis plasmáticos de ticagrelor. BRILINTA® pode ter efeito similar sobre a lovastatina, mas não é esperado ter um efeito clinicamente significativo sobre outras estatinas. – digoxina (substrato da Gpp – glicoproteína p): a administração concomitante de ticagrelor aumentou a Cmax da digoxina em 75% e a AuC em 28%. portanto, monitoramento laboratorial e/ou clínico adequado é recomendado quando da administração de medicamentos dependentes da glicoproteína p (Gpp) de índice terapêutico estreito como a digoxina concomitantemente com BRILINTA® (vide bula completa do produto). Reações adversas: as seguintes reações adversas foram identificadas nos estudos com BRILINTA® – Reação muito comum: hiperuricemia, dispneia. Reação comum: cefaleia, tontura, vertigem, epistaxe, dor abdominal, constipação, diarreia, dispepsia, hemorragia gastrointestinal, náusea, vômito, sangramento dérmico ou subcutâneo, rash, prurido, sangramento do trato urinário, creatinina sanguínea aumentada, hemorragia pós-procedimento (vide bula completa do produto). Posologia: o tratamento de BRILINTA® deve ser iniciado com uma dose única de 180 mg (dois comprimidos de 90 mg) e então continuada com a dose de 90 mg duas vezes ao dia. Os pacientes que estiverem utilizando BRILINTA® devem também tomar ácido acetilsalicílico diariamente, a menos que especificamente contraindicado. Após uma dose inicial de ácido acetilsalicílico, BRILINTA® deve ser utilizado com uma dose de manutenção de 75-150 mg de ácido acetilsalicílico. O tratamento é recomendado por pelo menos 12 meses, exceto se a interrupção de BRILINTA® for clinicamente indicada. em pacientes com síndrome coronariana aguda (SCA), a interrupção prematura com qualquer terapia antiplaquetária, incluindo BRILINTA®, poderia resultar em aumento do risco de morte cardiovascular ou infarto do miocárdio devido a doença subjacente do paciente. Superdose: atualmente, não há antídoto para reverter os efeitos do BRILINTA® e não é esperado que BRILINTA® seja dialisável. O tratamento da superdose deve seguir a prática médica local padrão. O efeito esperado da dose excessiva de BRILINTA® é a duração prolongada do risco de sangramento associado com a inibição plaquetária. Se ocorrer sangramento, devem ser tomadas medidas de suporte apropriadas. O ticagrelor é bem tolerado em doses únicas de até 900 mg. A toxicidade gastrointestinal foi dose-limitante em um único estudo de aumento de dose. Outros efeitos adversos significativos que podem ocorrer com a superdosagem incluem dispneia e pausas ventriculares. em caso de superdosagem, devem-se observar os efeitos adversos potenciais e considerar o monitoramento eCG. Apresentação(ões): comprimidos revestidos de 90 mg em embalagens com 20, 30 ou 60 comprimidos. USO ADULTO ACIMA DE 18 ANOS DE IDADE. USO ORAL. veNdA SOB pReSCRIÇÃO médICA. para mais informações, consulte a bula completa do produto. (BRL002a) AstraZeneca do Brasil Ltda., Rod. Raposo Tavares, km 26,9 - Cotia / Sp - Cep 06707-000. Tel.: 0800-0145578. www.astrazeneca.com.br BRILINTA®. MS – 1.1618.0238.

Referências bibliográficas: 1- Wallentin L, Becker RC, Budaj A, et al; pLATO investigators. Ticagrelor versus clopidogrel in patients with acute coronary syndromes. N engl J med. 2009;361:1045-57.

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A vida merece uma segunda chance.

21% de redução do risco relativo na mortalidade cardiovascular versus clopidogrel.1

Superioridade de BRILINTA® na redução do desfecho de eficácia evidente nos primeiros 30 dias e aumento no período de 12 meses de tratamento.1

Não apresenta diferenças significativas no sangramento maior ou fatal versus clopidogrel.1

Oferece resultados consistentes em amplo espectro de pacientes com SCA e suas formas de tratamento.1

Agora você já pode fazer muito mais pelos seus pacientes com SCA.

Brilinta® demonstrou superioridade em relação ao clopidogrel no estudo PlatO:

A peRSISTIRem OS SINTOmAS, O médICO deveRá SeR CONSuLTAdO.

material destinado exclusivamente à classe médica.A bula do produto encontra-se no interior desta publicação.

Contraindicação: pacientes com sangramento patológico ativo, com antecedente de hemorragia intracraniana e/ou com insuficiência hepática grave. Interações medicamentosas: cetoconazol, diltiazem e rifampicina.

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BRILINTA® (ticagrelor) é um membro da classe química ciclopentiltriazolopirimidinas (CpTp), que é antagonista seletivo e reversível do receptor da adenosina difosfato (Adp), agindo sobre o receptor de Adp p2Y12 que pode prevenir a ativação e agregação plaquetária mediada por Adp. O ticagrelor é ativo por via oral e interage reversivelmente com o receptor plaquetário de Adp p2Y12. O ticagrelor não interage com o sítio de ligação Adp, mas sua interação com o receptor plaquetário de Adp p2Y12 previne a transdução de sinal. Indicações: BRILINTA® é indicado para a prevenção de eventos trombóticos – morte cardiovascular (Cv), infarto do miocárdio (Im) e acidente vascular cerebral (AvC) – em pacientes com síndrome coronariana aguda (SCA), angina instável, infarto agudo do miocárdio sem elevação do segmento ST (IAmSST) ou infarto agudo do miocárdio com elevação do segmento ST (IAmCST), incluindo pacientes tratados clinicamente e aqueles que são tratados com intervenção coronariana percutânea (ICp) ou cirurgia de revascularização do miocárdio (Rm). Contraindicações: BRILINTA® é contraindicado a pacientes com hipersensibilidade ao ticagrelor ou a qualquer componente da fórmula. este medicamento é contraindicado a pacientes com sangramento patológico ativo, com antecedente de hemorragia intracraniana e/ou com insuficiência hepática grave. Cuidados e Advertências: Advertências: risco de sangramento – Assim como com outros agentes antiplaquetários, o uso de BRILINTA® em pacientes com reconhecido risco aumentado de sangramento deve ser balanceado em relação ao benefício em termos de prevenção de eventos trombóticos. Não existem dados com BRILINTA® em relação ao benefício hemostático de transfusões de plaquetas; BRILINTA® circulante pode inibir as plaquetas transfundidas. uma vez que a coadministração de BRILINTA® com desmopressina não diminuiu o tempo de sangramento padrão, é improvável que a desmopressina seja efetiva no manuseio clínico do sangramento. Terapia antifibrinolítica (ácido aminocaproico ou ácido tranexâmico) e/ou fator vIIa recombinante podem aumentar a hemostasia. BRILINTA® pode ser retomado após a causa de sangramento ter sido identificada e controlada. Cirurgia – Se um paciente necessita de cirurgia, os médicos devem considerar o perfil clínico de cada paciente, bem como os benefícios e riscos da terapia antiplaquetária continuada, determinando quando a interrupção do tratamento BRILINTA® deve ocorrer. Pacientes com insuficiência hepática moderada – é aconselhada cautela em pacientes com insuficiência hepática moderada, pois não há estudos com BRILINTA® nesses pacientes. Pacientes com risco de eventos bradicárdicos – devido à experiência clínica limitada nesses pacientes, recomenda-se precaução. Dispneia – dispneia, geralmente de leve a moderada e frequentemente de resolução espontânea sem a necessidade de descontinuação do tratamento, foi relatada em pacientes tratados com BRILINTA® (aproximadamente 13,8%). Outros – A coadministração de ticagrelor com altas doses de ácido acetilsalicílico (>300 mg) não é recomendada. Descontinuações – Os pacientes que requerem a descontinuação de BRILINTA® estão em risco aumentado para eventos cardíacos. A descontinuação prematura do tratamento deve ser evitada. Gravidez: Categoria B – Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica (vide bula completa do produto). Interações medicamentosas: efeitos de outros medicamentos em BRILINTA® – Medicamentos metabolizados pela CYP3A4 – potentes inibidores da CYp3A4: a coadministração de cetoconazol com ticagrelor aumentou a Cmax e AuC de ticagrelor igual a 2,4 vezes e 7,3 vezes, respectivamente. A Cmax e AuC do metabólito ativo foram reduzidas em 89% e 56%, respectivamente. Outros potentes inibidores da CYp3A4 devem ter efeitos similares e não devem ser administrados concomitantemente com BRILINTA®). – Indutores da CYp3A4: a coadministração de rifampicina com ticagrelor diminuiu a Cmax e AuC de ticagrelor em 73% e 86%, respectivamente. A Cmax do metabólito ativo foi inalterada e a AuC diminuiu em 46%, respectivamente. Outros indutores da CYp3A4 devem diminuir a exposição ao ticagrelor e poderiam resultar em eficácia reduzida de BRILINTA®. Efeitos de BRILINTA® em outros medicamentos – Medicamentos metabolizados pela CYP3A4 – a coadministração de ticagrelor com sinvastatina aumentou a Cmax da sinvastatina em 81% e a AuC em 56% e elevou a Cmax em 64% e a AuC em 52% da sinvastatina ácida, com alguns aumentos individuais iguais a 2 a 3 vezes. Consideração de significância clínica deve ser dada referente à magnitude e variação de alterações na exposição à sinvastatina em pacientes que requerem mais de 40 mg de sinvastatina. Não houve efeito da sinvastatina nos níveis plasmáticos de ticagrelor. BRILINTA® pode ter efeito similar sobre a lovastatina, mas não é esperado ter um efeito clinicamente significativo sobre outras estatinas. – digoxina (substrato da Gpp – glicoproteína p): a administração concomitante de ticagrelor aumentou a Cmax da digoxina em 75% e a AuC em 28%. portanto, monitoramento laboratorial e/ou clínico adequado é recomendado quando da administração de medicamentos dependentes da glicoproteína p (Gpp) de índice terapêutico estreito como a digoxina concomitantemente com BRILINTA® (vide bula completa do produto). Reações adversas: as seguintes reações adversas foram identificadas nos estudos com BRILINTA® – Reação muito comum: hiperuricemia, dispneia. Reação comum: cefaleia, tontura, vertigem, epistaxe, dor abdominal, constipação, diarreia, dispepsia, hemorragia gastrointestinal, náusea, vômito, sangramento dérmico ou subcutâneo, rash, prurido, sangramento do trato urinário, creatinina sanguínea aumentada, hemorragia pós-procedimento (vide bula completa do produto). Posologia: o tratamento de BRILINTA® deve ser iniciado com uma dose única de 180 mg (dois comprimidos de 90 mg) e então continuada com a dose de 90 mg duas vezes ao dia. Os pacientes que estiverem utilizando BRILINTA® devem também tomar ácido acetilsalicílico diariamente, a menos que especificamente contraindicado. Após uma dose inicial de ácido acetilsalicílico, BRILINTA® deve ser utilizado com uma dose de manutenção de 75-150 mg de ácido acetilsalicílico. O tratamento é recomendado por pelo menos 12 meses, exceto se a interrupção de BRILINTA® for clinicamente indicada. em pacientes com síndrome coronariana aguda (SCA), a interrupção prematura com qualquer terapia antiplaquetária, incluindo BRILINTA®, poderia resultar em aumento do risco de morte cardiovascular ou infarto do miocárdio devido a doença subjacente do paciente. Superdose: atualmente, não há antídoto para reverter os efeitos do BRILINTA® e não é esperado que BRILINTA® seja dialisável. O tratamento da superdose deve seguir a prática médica local padrão. O efeito esperado da dose excessiva de BRILINTA® é a duração prolongada do risco de sangramento associado com a inibição plaquetária. Se ocorrer sangramento, devem ser tomadas medidas de suporte apropriadas. O ticagrelor é bem tolerado em doses únicas de até 900 mg. A toxicidade gastrointestinal foi dose-limitante em um único estudo de aumento de dose. Outros efeitos adversos significativos que podem ocorrer com a superdosagem incluem dispneia e pausas ventriculares. em caso de superdosagem, devem-se observar os efeitos adversos potenciais e considerar o monitoramento eCG. Apresentação(ões): comprimidos revestidos de 90 mg em embalagens com 20, 30 ou 60 comprimidos. USO ADULTO ACIMA DE 18 ANOS DE IDADE. USO ORAL. veNdA SOB pReSCRIÇÃO médICA. para mais informações, consulte a bula completa do produto. (BRL002a) AstraZeneca do Brasil Ltda., Rod. Raposo Tavares, km 26,9 - Cotia / Sp - Cep 06707-000. Tel.: 0800-0145578. www.astrazeneca.com.br BRILINTA®. MS – 1.1618.0238.

Referências bibliográficas: 1- Wallentin L, Becker RC, Budaj A, et al; pLATO investigators. Ticagrelor versus clopidogrel in patients with acute coronary syndromes. N engl J med. 2009;361:1045-57.

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Page 4: Jornal da SBHCI - ed. 42 - 03/2011

PALAVRA DO PRESIDENTE

Estamos próximos do término de nos-so mandato e, com grande entusias-mo, vamos nos dedicar aos três meses

de intenso trabalho que temos pela frente. São muitas as realizações a serem imple-mentadas, as quais comento a seguir.

Entre nossas próximas atividades científi-cas, destaco dois importantes eventos. Nos dias 28 e 29 de outubro, teremos a edição 2011 do Curso Anual de Revisão em Hemo-dinâmica e Cardiologia Intervencionista, o qual foi reformulado para atender aos ob-jetivos daqueles que pretendem participar do Processo de Avaliação para Obtenção do Certificado de Área de Atuação em Hemo-dinâmica e Cardiologia Intervencionista, bem como proporcionar uma revisão dos avanços recentes em intervenção na doença coronária, nas cardiopatias congênitas e em procedimentos extracardíacos.

Para o aprimoramento científico dos car-diologistas intervencionistas em fomação, idealizamos um interessante programa teóri-co-prático, em parceria com a empresa Cor-dis/Johnson & Johnson, chamado SBHCI Hands-On Training, que será realizado nos dias 22 e 23 de setembro, 13 e 14 de outubro e 03/04 de novembro em São Paulo. Acre-ditamos que este curso, com auxílio de si-muladores, seja uma moderna modalidade de treinamento em cardiologia intervencio-nista, ampliando o leque dos procedimentos a serem estudados e praticados, elevando o nível científico dos especializandos.

Outro assunto que tem sido motivo de grande dedicação de todos é a tão almejada e justa indexação de nossa Revista Brasileira de Cardiologia Invasiva (RBCI). Nos pró-ximos meses, teremos a reavaliação de nos-sas solicitações em reunião com o SciELO, quando esperamos obter mais esta vitória.

Ainda na área da Comunicação, quero destacar uma grande realização no segundo semestre deste ano: o lançamento do novo Portal da SBHCI, com um visual inovador e estrutura moderna, que facilita a busca rápida pelo conteúdo. A cobertura do Con-gresso Europeu de Cardiologia (ESC) foi um grande sucesso e já temos programada a presença dos repórteres da SBHCI nos pró-ximos congressos internacionais.

Nesta edição, os colegas ficarão por den-tro de nossa luta por melhores honorários médicos, que tem sido intensa em todo o País, mas, infelizmente, sem avanços signi-ficativos. Nós, cardiologistas intervencio-nistas, devemos estar engajados nessa luta e, para isso, a união de todos é muito impor-tante para que, de forma organizada e firme, possamos negociar e exercer forte pressão nos sistemas público e privado para alcan-çarmos a justa e merecida remuneração.

Este assunto foi foco do I Fórum de Quali-dade Profissional da SBHCI/SNNEHCI, rea-lizado em 20 de agosto, em Aracaju (SE). Na ocasião, a questão da remuneração do tra-balho médico foi profundamente debatida e, dentre as soluções propostas, está a consti-

tuição de cooperativas médicas de cardiolo-gistas intervencionistas, uma fórmula muito bem conhecida e que permanece como uma solução muito atual com ótimos resultados, sempre com muito entendimento e forte união entre os colegas. A SBHCI pretende coordenar, estimular e dar continuidade aos debates sobre a qualidade profissional e remuneração em encontros de níveis regio-nal e nacional. Não seremos bem-sucedidos sem união e sem luta!

O Jornal da SBHCI traz ainda, nesta edi-ção, entrevistas com renomados cardiologis-tas internacionais, como Mario Carminati, chefe da Cardiologia Pediátrica do Instituto Policlinico San Donato, de Milão (Itália); uma reportagem especial sobre a expansão das salas híbridas no País e um bate-papo com Carlos Gottschall (RS), um dos pionei-ros da angioplastia coronariana no Brasil.

Estamos em pleno processo de transi-ção para uma nova gestão, trabalhando em diversas frentes em conjunto com a futura diretoria da SBHCI (gestão 2012-2013). As primeiras reuniões para o próximo Con-gresso já foram efetivadas e antecipamos mais um grande sucesso de nosso principal evento nacional em Salvador (BA), nos dias 20 a 22 de junho de 2012.

Um cordial abraço e boa leitura!

Maurício de Rezende BarbosaPresidente

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Estimados colegas

Page 5: Jornal da SBHCI - ed. 42 - 03/2011

Conselho editorial | SBHCI | www.sbhci.org.brMaurício de Rezende Barbosa (MG) | presidenteMarcelo Cantarelli (SP) | diretor administrativoAlexandre Schaan de Quadros (RS) | diretor de comunicação Luciana Constant Daher (GO) | editora Hélio Castello (SP), João Manica (RS) e Robson Bueno (GO) | coeditores

Equipe técnica | take-a-coffee ComunicaçãoJornalista responsável | André Ciasca, mtb 31.963Editora | Carla CiascaReportagem | Isadora de CamposRevisão | Christina G. DomeneProjeto gráfico e direção de arte | Vagner SimonettiFotografia e tratamento de imagens | Gis Ciasca | www.gisciasca.com.brImpressão | Gráfica e Editora Cocktail | www.graficacocktail.com.brTiragem | 11.600 exemplares Circulação | em todo o território nacional

Jornal da SBHCI é uma publicação trimestral da Sociedade Brasileira de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista – SBHCI. Os textos assina dos são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não refletem neces sariamente a opinião da SBHCI.

#4303/2011

fone: (11) [email protected] skype: take.a.coffeetwitter: @take_a_coffee

18 CARDIOPAtIA PEDIátRICA

Bate-papo em MilãoJoão Manica (RS) conversou com o mestre italiano Mario Carminati durante um café em Milão

12 GIRO PELO BRASIL | GOIáS

Em constante crescimentoIntervencionistas de Goiás almejam a concretização da Associação Goiana de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista

16 INFARtO AGUDO DO MIOCáRDIO

Inovações no tratamentoUma entrevista exclusiva com o cardiologista italiano Federico Piscione

17 StENtS FARMACOLóGICOS

Uma visão sobre os stents farmacológicosAlexandre Abizaid (SP) faz duas perguntas para Peter Fitzgerald, diretor do Centro de Pesquisa em Intervenções Cardiovasculares e do Laboratório de Análises Cardiovasculares Core (CCAL) da Universidade de Stanford

26 JOGO RáPIDO

Médico e escritorUm dos pioneiros da angioplastia coronariana no Brasil e introdutor da técnica no Rio Grande do Sul, Carlos Antonio Mascia Gottschall (RS) é um dos mais renomados cardiologistas intervencionistas do País

20 ESC 2011

Recorde científicoO evento anual da Sociedade Europeia de Cardiologia superou todas as expectativas da comissão científica tanto em público como em número de estudos apresentados

22 QUALIDADE PROFISSIONAL

Honorários médicos: é hora de intervir!Cardiologistas intervencionistas e hemodinamicistas de todo o Brasil precisam unir-se para mudar a realidade da remuneração de nossa especialidade

24 PANORAMA | SALAS HÍBRIDAS

Novo conceito de tecnologia A união de conhecimentos e técnicas aprimoradas formam equipes multidisciplinares, somando habilidades de clínicos, hemodinamicistas e cirurgiões junto ao que existe de mais moderno em tecnologia em um único ambiente

6 INtERNAS

Notas e notícias sobre a SBHCII Fórum de Qualidade Profissional | Estivemos na SOLACI’11 | Curso de Revisão | Prova de Título | Novo Portal da SBHCI: mais moderno, mais acessível | Literatura histórica | Hemodinâmica em pauta | Reunião de Investigadores do Registro Brasileiro de Implante de Bioprótese Valvar Aórtica Por Cateter | Sócios homologados

27 AGENDA

Eventos Conheça as datas e locais dos próximos eventos nacionais e internacionais de hemodinâmica e cardiologia intervencionista

ÍNDICE

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I Fórum de Qualidade Profissional SBHCI/SNNHCI

Em um sábado ensolarado, no dia 20 de agosto, a cidade de Aracaju (SE) recebeu o I Fórum de Qualidade Profissional da SBHCI/SNNEHCI, durante o XXXI Congresso Norte e Nordeste de Cardiologia, no Centro de Conven-

ções do Radisson Hotel. Com a presença de colegas da região e dos Estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Paraná, houve uma importante discussão sobre os problemas enfrentados no dia-a-dia de nossa profissão, como as restrições impostas à liberdade do ato médico pelas operadoras de planos de saúde, culminando, muitas vezes, em demandas judiciais.

Ficou evidente, nas apresentações de casos, o desrespeito repetitivo aos direitos dos médicos, garantidos pelo Código de Ética Médica nas resoluções do Conselho Federal de Medicina (CFM), na decisão sobre o melhor tratamento de seus pacientes. Com as participações da representante do Conselho Regional de Medicina (CRM) de Sergipe, Glória Tereza Lima Barreto, e da promotora do Ministério Público (MP) de Sergipe, Euza Missano, percebemos que não deve-mos recuar e, sempre que nossos direitos forem desrespeitados, é preciso comunicar ao CRM e ao MP para assegurar a liberdade do exercício profissional.

É importante lembrar que todo e qualquer plano ou seguro de saúde, para exercer suas atividades, deve estar inscrito no CRM local e ter um médico au-ditor responsável, inscrito também neste Conselho. Entretanto, mesmo neste contexto de “judicialização da medicina”, termo usado por Euza Missano, deve-mos sempre dar prioridade ao bem-estar do paciente. Do ponto de vista legal, é preciso registrar toda a nossa conduta em prontuário médico ou de consultório e, quando necessário, fazer relatórios médicos bem embasados e substancia-dos que, via de regra, são utilizados como prova em processos judiciais.

O ponto alto do encontro foi a discussão sobre os honorários médicos e a apresentação da experiência bem-sucedida dos médicos anestesistas da Cooperativa de Cardiologistas de Pernambuco, à qual se juntaram recen-temente os hemodinamicistas, e a experiência também bem-sucedida do movimento dos cirurgiões cardíacos.

A mensagem principal de todas as apresentações foi a necessidade de união. Todos os relatos descreveram mobilizações vitoriosas quando os colegas es-tiveram unidos e com o mesmo objetivo. Em alguns casos, mesmo diante de divergências passadas, houve espaço para os médicos sentarem à mesa para discutir atitudes em conjunto, com resultados proveitosos para a categoria.

O encontro foi um sucesso, não só pelo nível das discussões e grande audi-ência, mas principalmente porque foi dado o primeiro passo para mobilização dos cardiologistas intervencionistas. Pela resposta da plateia, em sua maioria, profissionais da cardiologia intervencionista, percebe-se que o caminho a ser seguido deve ser centrado na união como forma de viabilizar o resgate dos honorários médicos, atualmente aviltados, sobretudo, em face das peculiari-dades de nossa área de atuação, fortemente sujeita à insalubridade.

Por Adriano Dias Dourado Oliveira (BA) | diretor de Qualidade Profissional, e Marcelo Cantarelli (SP) | diretor administrativo

Estivemos na SOLACI’11

Entre os dias 3 e 5 de agosto, aconte-ceu o XVII Congresso da Sociedade Latino--Americana de Cardiologia Intervencionista (SOLACI), em Santiago do Chile. Durante os três dias do evento, cerca de 2.300 par-ticipantes estiveram reunidos no Centro de Convenções CasaPiedra, sendo 1.158 médicos, 340 enfermeiros e técnicos e 753 representantes da indústria farmacêutica para apresentar e debater os temas mais relevantes da cardiologia intervencionista. Na cerimônia de abertura, diante de uma massiva audiência, o presidente do Con-gresso, Gastón Dussaillant Nielsen (Chile), destacou o papel da SOLACI no desenvolvi-mento, expansão e integração da cardiolo-gia intervencionista na América Latina.

O número de participantes estrangeiros foi bastante alto, e chegou a 60% do públi-co presente, com representantes de todos os países da América do Sul. O evento teve a presença de 26 convidados internacionais (Estados Unidos e Europa) e 181 palestran-tes latino-americanos. Foram transmitidos 17 casos ao vivo de intervenções coronárias percutâneas por meio da tecnologia em HD. Foram apresentados 236 trabalhos de te-mas-livres, sendo 68 no formato oral e 168 sob a forma de pôsteres, na área de expo-sições. Sessões conjuntas foram realizadas com outras Sociedades e instituições inter-nacionais como SBHCI, Transcatheter Car-diovascular Therapeutics (TCT), EuroPCR e Cleveland Clinic.

O Programa de Educação Continuada (PEC) da SBHCI se fez presente no segun-do dia do evento, com a sessão “Nova ge-ração de DES: Segurança e Eficácia”, que contou com Maurício de Rezende Barbosa (MG) como moderador e Fábio Sândoli de Brito Jr. (SP), Jamil Saad (MG), Costantino Costantini (PR) e Darío Echeverry (Colôm-bia) como painelistas.

Seguiram-se palestras de Expedito Ribeiro (SP), sobre a segurança dos DES de segun-da geração; e apresentações de dois casos de falhas de DES da nova geração com po-límeros duráveis e com polímeros biodegra-dáveis, por Rogério Sarmento-Leite (RS) e Marco Antonio Perin (SP), respectivamente. Fausto Feres (SP) apresentou um caso com stent livre de polímero e, finalmente, Ale-xandre Abizaid (SP) realizou uma palestra sobre stents livres de polímeros e stents biodegradáveis.

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Prova de títuloO presidente da SBHCI, Maurício de Rezende Bar-

bosa (MG), comunica a abertura das inscrições do Processo de Avaliação para Obtenção do Certificado de Área de Atuação em Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista. Os candidatos interessados deverão acessar o Portal da SBHCI (www.sbhci.org.br) no pe-ríodo de 26 de setembro a 7 de outubro e seguir rigorosamente as instruções.

Este processo de avaliação constará de três etapas: prova teórica, prova teórico-prática e análise do cur-rículo; prova prática; comprovação da publicação de artigo científico na Revista Brasileira de Cardiologia Invasiva (RBCI) ou em outra revista indexada e dedi-cada à cardiologia.

As provas teórica e teórico-prática que compõem a primeira etapa do processo serão realizadas no dia 30 de outubro, em São Paulo (SP).

AGENDE-SEProva de títuloData: 30 de outubro de 2011Local: Hotel PullmanEndereço: Rua Joinville, 515, Ibirapuera – São Paulo (SP)Informações e inscrições(11) 3849-5034 ou [email protected]

Curso de RevisãoJá estão abertas as inscrições para o Curso de Re-

visão de 2011. Serão mais de 40 palestrantes apre-sentando as últimas atualizações sobre os principais assuntos da especialidade em oito módulos durante os dois dias de programação. Neste ano, o evento terá a presença de Oscar Mendiz (Argentina), presi-dente da Sociedade Latino-Americana de Cardiolo-gia Intervencionista (SOLACI). “A diretoria da SBHCI convida todos os sócios para mais um Curso de Re-visão, quando serão discutidos os temas mais atu-ais e relevantes da cardiologia intervencionista por renomados palestrantes”, diz Maurício de Rezende Barbosa (MG), presidente da SBHCI. As vagas são limitadas. Os interessados poderão inscrever-se até o dia 19 de outubro no Portal da SBHCI (www.sbhci.org.br). Após esta data, as inscrições serão feitas somente no local, no dia do evento.

AGENDE-SECurso de Revisão 2011Data: 28 e 29 de outubro de 2011Local: Hotel PullmanEndereço: Rua Joinville, 515, Ibirapuera – São Paulo (SP)Informações e inscrições(11) 3849-5034 ou [email protected]

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INTERNAS | notas e notícias

No dia 15 de agosto, a SBHCI lançou a nova versão de seu Portal na Internet (www.sbhci.org.br), que traz um visual

mais objetivo, layout moderno e maior facilida-de no acesso às informações de interesse dos as-sociados. O objetivo da mudança é incentivar a interatividade e incrementar a atualização cien-tífica. “O site foi construído numa plataforma moderna em que os médicos do corpo edito-rial conseguem publicar conteúdo diretamente, o que dá uma agilidade tremenda ao Portal”, afirma Carlos Augusto de Campos (SP), editor executivo do Portal da SBHCI. “As últimas atu-alizações de congressos poderão ser postadas instantaneamente, a exemplo do que ocorreu no ESC 2011, que foi nossa primeira cobertura realizada em tempo real.”

Entre as inovações do Portal está uma fer-ramenta de busca interna mais moderna e eficiente, localizada no topo da homepage, que facilita a localização das informações que o associado procura, desde nomes até publica-ções antigas e atuais. A forma como o site foi construído vai possibilitar também que os sites de busca da Internet, como Google e Yahoo, di-recionem os internautas ao Portal da SBHCI como uma das opções mais diretas aos assun-tos relacionados. “Isso deve ampliar considera-velmente o número de acessos do site”, afirma Campos, ressaltando outra ferramenta nova: o controlador de acessos. Esta tecnologia, praticamente invisível aos olhos leigos, fará o monitoramento detalhado de todas as pessoas que acessam o Portal, permitindo relatórios de acessos diários, informando a cidade onde ocorreu o acesso, quantas páginas o indivíduo visitou, se foi pelo smartphone ou pelo com-putador. “É uma estratégia de crescimento que nos dará um detalhamento muito mais pro-fundo e que vai nos ajudar a conhecer melhor o usuário, gerando informações para o cresci-mento do Portal”, afirma o editor executivo.

Outra novidade são os highlights, janelas de destaque que informarão os visitantes sobre os cursos, notícias institucionais, patrocínios, publicações do Jornal da SBHCI e da Revista Brasileira de Cardiologia Invasiva (RBCI) de maneira dinâmica. Abaixo destas janelas, está o quadro “Fique por dentro”, um espaço que reú-ne todas as notícias, aulas e conferências, artigos comentados e casos clínicos organizados nas principais categorias que envolvem a cardio-logia intervencionista: cardiologia clínica, car-diopatias estruturais, doença arterial coronária, extracardíacos, farmacologia adjunta, imagem, síndromes coronárias agudas e stents farmaco-lógicos. Outro ponto importante é a visualiza-ção rápida das últimas notícias publicadas e a possibilidade de acesso a itens mais antigos. O associado vai ficar sabendo de notícias anterio-res, que estarão disponíveis em um link ao final de cada página. “Buscamos uma apresentação mais clara e objetiva de seu conteúdo por meio de um desenho mais arrojado. Ferramentas que dividem os artigos revisados em pastas distin-tas, de acordo com seu tema principal, facilitam sobremaneira o acesso à informação”, afirma Guilherme Ferragut Attizzani (SP), editor cien-tífico do Portal. “Esperamos que todos apro-veitem e participem enviando casos clínicos, comentários e sugestões”.

O carro-chefe do novo Portal é a interati-vidade. Com o objetivo de proporcionar aos cardiologistas intervencionistas um canal de comunicação mais dinâmico, a SBHCI criou um espaço para inserção de comentários ao final de cada publicação, estudos de caso e arti-gos. “É um modelo prático e intuitivo para que a pessoa entre em contato e faça comentários, contribuindo para uma discussão rica em co-nhecimento”, afirma Alexandre Schaan de Qua-dros (RS), diretor de Comunicação da SBHCI. “Toda manifestação publicada ali é comunicada instantaneamente, o que torna a interatividade

com o associado muito mais ágil”. Os comen-tários permanecerão publicados para transfor-mar este espaço em um fórum de discussão, visando a troca de experiências.

O acesso restrito dos associados também fi-cou mais fácil. Na margem direita do site, logo abaixo do espaço publicitário, há um campo disponível para digitar login e senha. É uma área onde todos os sócios quites da SBHCI vão encontrar informações restritas, lista de e-mails e revistas internacionais. Este acesso também pode ser feito no link “Área restrita”, localizado no canto superior esquerdo da homepage.

A partir de agora, com esta nova plata-forma do site, os médicos que compõem o corpo editorial do Portal poderão adminis-trar todo o conteúdo publicado de maneira direta e objetiva, usufruindo de maior auto-nomia e rapidez no fluxo das informações. É uma conquista da SBHCI e um benefício a todos os sócios, que têm em mãos um importante canal de comunicação para es-tar em dia com o que há de novo no campo científico.“Esta transição foi um processo longo e difícil, já que o modelo do site antigo tinha sua audiência consolidada desde que o assumimos como editores, em 2006”, afirma Quadros. “Gostaria de agradecer o traba-lho incansável do Carlos Augusto Campos, Guilherme Ferragut Attizzani e demais co-editores, e da colaboração e apoio irrestrito de nosso presidente, Maurício Rezende de Barbosa (MG), e do diretor administrativo, Marcelo Cantarelli (SP), que acreditaram na equipe e apostaram neste projeto!”

A equipe responsável pelo Portal da SBHCI é comandada pelo editor científico, Guilherme Ferragut Attizzani; pelo editor executivo, Carlos Augusto Campos; e pelo time de coeditores for-mado por Daniel Chamié (SP), Rodrigo Wains-tein (RS), Alberto Fonseca (DF), Anibal Abelin (RS) e Rafael Cavalcante (SP). ■

Novo Portal da SBHCI:MAIS MODERNO, MAIS ACESSívEL

Com novo visual e recursos mais modernos, o novo Portal da SBHCI permite maior interação entre os associados e facilita o acesso ao conteúdo científico atualizado

Por Carla Ciasca | jornalista

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BARRA SUPERIOR

áREA REStRItAO acesso dos usuários à área restri-ta do site continua sendo feito por meio de login e senha. Quem não possuir senha ou tiver dificuldade para acessar, pode entrar em conta-to com a SBHCI pelo e-mail [email protected]

NEwSLEttER: Caso tenha interes-se em assinar os informativos sema-nais da SBHCI, solicite o seu cadas-tro aqui.

FALE CONOSCOAqui, os usuários podem entrar em contato com a SBHCI para tirar to-das as suas dúvidas relacionadas ao Portal ou a qualquer assunto de seu interesse.

REDES SOCIAISNão deixe de acompanhar as últimas notícias da SBHCI nas redes e mídias socais: Facebook e Twitter.

NOVO MENU INStINtIVOCAPAAcesso à página inicial do Portal a qualquer momento.

INStItUCIONALInformações sobre a diretoria, con-selhos, comitês, regionais e mem-bros da SBHCI; acesso direto ao his-tórico, estatuto e boletins.

PROFISSIONALTudo sobre a legislação, diretrizes, centros de treinamento, honorários, notas e pareceres.

CIENtÍFICOCanal de acesso a todas as informa-ções científicas publicadas no site, como artigos, aulas, conferências e casos clínicos; edições anteriores do Jornal da SBHCI e da Revista Brasi-leira de Cardiologia Invasiva (RBCI).

NOtÍCIASArquivos disponibilizados de editais e provas realizadas; avisos de oportu-nidades profissionais; divulgação de eventos nacionais e internacionais.

CONGRESSOSTudo sobre o principal evento cien-tífico nacional da especialidade e todos os congressos internacionais nos quais a SBHCI é representada por meio de seus membros.

BOtÕES DE RáPIDO ACESSOCriamos quatro botões para facilitar o acesso a quatro áreas de grande interesse dos visitantes:

. RBCI

. CENIC

. Newsletter

. Associe-se

ACESSO áREA REStRItAEste é outro caminho de rápido acesso à área restrita do Portal. Bas-ta inserir login, senha e clicar no bo-tão “enviar”.

Conheça os principais links de acesso e a organização do conteúdo do novo Portal da SBHCI: www.sbhci.org.br

NOVO MENU LAtERALOs links do menu lateral foram de-senvolvidos para direcionar o visitan-te aos assuntos científicos de seu in-teresse sem que precise procurar os temas pelo site:

. CARDIOLOGIA CLÍNICA

. CARDIOPAtIAS EStRUtURAIS

. DOENçA ARtERIAL CORONáRIA

. ExtRACARDÍACOS

. FARMACOLOGIA ADJUNtA

. IMAGEM

. SÍNDROMES CORONáRIAS AGUDAS

. StENtS FARMACOLóGICOS

NOtÍCIAS E AVISOSAlém das áreas de destaque no alto da página, a parte central também é dedicada às notícias, avisos de cur-sos, estímulo à produção científica e a outros assuntos de importância para o associados e demais médicos interessados em hemodinâmica e cardiologia intervencionista.

As notícias mais antigas permanece-rão no Portal, listadas sempre abaixo das demais áreas.

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Prefeito de São Paulo Gilberto Kassab esteve

entre as autoridades presentes na solenidade

No dia 8 de agosto, foi lançado o livro “Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia, 57 anos de História (1954-2011)”, em uma cerimônia solene com a pre-sença da diretoria da instituição, representada por Amanda G. M. R. Sousa (SP) e J. Eduardo Sousa (SP), e autoridades governamentais como o ministro da Saú-de, Alexandre Padilha, o secretário estadual de Saúde, Giovanni Guido Cerr, e o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab.

Dividida em dois volumes, totalizando 800 páginas, a obra descreve a trajetória da instituição fundada por Dan-te Pazzanese e fala sobre a estrutura e administração do hospital, desde os primeiros passos até os dias de hoje, quando é mundialmente reconhecido como referência em intervenções cardíacas.

O projeto editorial foi realizado por uma comissão de cin-co médicos coordenados por J. Eduardo Sousa, que exer-ceu a função de diretor da instituição por 21 anos, e traz uma coletânea de depoimentos de autoridades e especia-listas na área da Saúde. Patrocinado pela Fundação Brades-co e editado pela Livraria Atheneu, o livro será distribuído gratuitamente para hospitais e instituições de ensino e para médicos e residentes do Instituto Dante Pazzanese.

O lançamento do livro sobre a história do Instituto Dante

Pazzanese de Cardiologia teve participação de grandes nomes

da cardiologia brasileira, além de autoridades.

Literatura histórica

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INTERNAS | notas e notícias

Hemodinâmica em pautaPelo segundo ano, especialistas debateram as novidades

no tratamento de doenças cardiovasculares em um evento realizado em agosto, em São Paulo (SP), pelo Hospital To-talCor em parceria com a Cleveland Clinic, dos Estados Uni-dos. O II Simpósio Internacional de Cardiologia teve a parti-cipação de profissionais vinculados à SBHCI como Expedito Ribeiro (SP), que falou sobre as opções entre angioplastia ou cirurgia, baseado em escores de risco de pacientes com doença arterial coronária; Áurea Jacob Chaves (SP), que esteve à frente do debate sobre a diferença do tratamento da doença coronária em mulheres e novos anticoagulantes na prática clínica; e Eberhard Grube (SP), que realizou uma excelente aula sobre o estado atual do tratamento percu-tâneo das valvas aórtica e mitral, que tem evidenciado uma melhora da qualidade de vida em mais de 80% dos casos.

O ponto alto do evento foi a discussão de casos clínicos, que reuniu dez clínicos, cirurgiões e intervencionistas das duas instituições, entre eles o especialista em medicina interna e cardiologia, James Thomas, e o cirurgião sueco Gotta Petterson, ambos da Cleveland Clinic. Um dos princi-pais aspectos levantados foi a importância do entendimen-to comum do heart team, equipe que atua conjuntamente na decisão do tratamento mais adequado ao paciente, e a necessidade do check-list de exames essenciais.

A discussão de casos clínicas promovida por Expedito Ribeiro (SP) foi o ponto aldo do evento

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Reunião de Investigadores do Registro Brasileiro de Implante

de Bioprótese Valvar Aórtica Por CateterRealizado no dia 10 de agosto, no Hotel Golden Tulip

– Paulista Plaza, em São Paulo (SP), o encontro teve a participação de 13 investigadores brasileiros, além do espanhol Cesar Moris, coordenador do Registro Ibero-

Latino-Americano. Foram discutidas inclusão de dados e definições de complicações, e foi feita a programação

futura em relação à divulgação dos resultados do Registro.

Sócios homologadosNa última Assembleia Geral Ordinária

da SBHCI, realizada no dia 9 de junho, 24 novos associados foram homologados. Hoje, o rol de membros de Sociedade conta com mais de mil sócios, sendo 608 titulares e 188 aspirantes ativos. Saiba quem são os novos associados:

Anibal Pereira Abelin (RS)Breno de Alencar Araripe Falcão (SP)Carlos Renato Pinto de Oliveira (RJ)Cristiane Cardoso da Cunha (RJ)Daniel Conterno Lemos (SP)Denise Machado de Oliveira (RS)Ederlon Ferreira Nogueira (SP)Eduardo Erudilho (SP)Ernesto Misael Cintra Osterne (SP)Fabiano Lima Cantarelli (PE)Fábio Vivian Ferreira (SP)Gustavo Pinaud Laufer (RJ)Jair Baron Júnior (SP)Jeyson Marcus Araújo Miranda (SP)Joaquim David Carneiro Neto (CE)Juliano Rasquin Slhessarenko (SP)Leandro Z. F. de Freitas (GO)Leon Gustavo dos Reis Macedo (SP)Ricardo de Gasperi (SP)Rodrigo Barreto (SP)Rodrigo Cantarelli Alves (PE)Rodrigo Gimenez Pissuti Modolo (SP)Rodrigo Nieckel da Costa (SP)Zandonai Miranda (MG)

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GIRO PELO BRASIL | GOIáS

O Estado de Goiás, na Região Centro--oeste do País, tem cerca de seis milhões de habitantes em seus 246

municípios, ocupando a sétima posição no ranking nacional, tanto em extensão ter-ritorial como em número de municípios, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE-2010). A ca-pital Goiânia é reconhecida nacionalmente como um dos melhores lugares para se viver no País, tendo como destaque a maior área verde por habitante do Brasil.

A história da hemodinâmica no Estado se assemelha à de outras regiões brasileiras. Na década de 1970, o primeiro hospital do centro-oeste, o Hospital Santa Genoveva, localizado em Goiânia, possuía um serviço de cirurgia cardíaca, chefiado por Hibraim Borges Kaadi, mas ainda não contava com

equipamento para realização de procedi-mentos intervencionistas.

Em novembro de 1974, o hospital ad-quiriu um equipamento Phillips de Berço e convidou José Silvério Peixoto Guima-rães (GO), com formação em hemodinâ-mica pelo Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia, de São Paulo, e Aguinaldo Parrode Caiado (GO), procedente da Santa Casa de Misericórdia do Rio de Ja-neiro (RJ), para dar início aos primeiros trabalhos na capital goiana, sendo inau-gurado o primeiro serviço de hemodi-nâmica no Estado de Goiás. O Hospital Santa Genoveva passou, então, a receber pacientes de todo o centro-oeste e da Re-gião Norte do País, que percorriam gran-des distâncias para receber tratamento médico especializado.

Mesmo com todas as dificuldades encon-tradas, como cateteres grosseiros, meios de contraste de alta osmolaridade e alta arrit-mogenicidade, dificuldades com reesterili-zações dos materiais, falta de manutenção dos equipamentos, além da necessidade de gravação e revelação dos filmes de 35 mm, José Silvério tem boas lembranças daque-la época de pioneirismo. Ele se recorda da primeira paciente que atendeu, uma criança da cidade de Anápolis (GO) que apresentava estenose pulmonar, e do medo excessivo dos familiares com relação aos riscos inerentes ao procedimento por eles desconhecido.

No início da década de 1980, o Hospital São Francisco de Assis, também em Goiânia, importou da França um equipamento CGR e convidou José Antônio Jatene (GO) para assu-mir o serviço de hemodinâmica do hospital.

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Por Robson Bueno de Carvalho (GO) | coeditor

Em 37 anos de história da hemodinâmica no Estado, intervencionistas de Goiás almejam a concretização da Associação Goiana de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista

Em constanteCRESCIMENTO

Atualmente, os médicos de Goiás vivem o desafio de manter o

crescimento da hemodinâmica no Estado e concretizar a Associação

Goiana de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista

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Procedente de São Paulo, do Instituto Dante Pazzanese, Jatene iniciou sua atividade em 1983 no hospital, que já contava com equipe de cirurgia cardíaca chefiada por Austiclinio de Abreu (GO), tendo em sua inauguração a presença ilustre de Euryclides Zerbini (SP).

Na década seguinte, os serviços se multi-plicaram na cidade de Goiânia, que passou a oferecer à população atendimento no Hospi-tal São Salvador, no Hospital Santa Helena, na Santa Casa de Misericórdia, no Hospital Lú-cio Rebelo e Anis Rassi Hospital. O aumento da demanda dos serviços também ocasionou a ida de diversos cardiologistas intervencio-nistas para Goiás, como José Maria Dias de Azeredo Bastos (GO), Hernando Eduardo Nazzeta (GO), Copérnico José Di Ramos Caiado (GO), Alberico Borges de Carvalho Neto (GO), Roberto José de Alvarenga Freire (GO), Álvaro de Morais Junior (GO) e David de Araújo Almeida Filho (GO).

No final do anos 1990, chegaram Lucia-na Constant Daher (GO), Mauricio Lopes Prudente (GO), João Bosco da Silva Filho (GO), Robson Bueno de Carvalho (GO), Vi-nícius Daher Vaz (GO) e Gustavo Carvalho (GO). Grupos se formavam e se dissolviam, mudavam de hospitais e criavam novos ser-

viços. O crescimento do número de serviços foi grande de 2000 a 2011, tanto na capital como no interior. Atualmente, Goiás conta com mais de 30 profissionais atuando em todo o Estado.

São cerca de 26 equipamentos de hemo-dinâmica em funcionamento, sendo 18 em Goiânia, um em Anápolis, dois na cidade de Aparecida de Goiânia, dois em Rio Ver-de, dois em Catalão e um em Luziânia, com previsão de outros serviços até o final do ano, uma vez que o grande número de ser-viços existentes não atende todas as regiões do Estado, dificultando o acesso de parte da população aos centros com serviço de he-modinâmica para tratamento das síndromes coronarianas agudas.

O grande desafio no momento é a concretização da Associação Goiana de Hemodinâmica e Cardiologia Interven-cionista, que se encontra em andamento seguindo o bom exemplo das demais re-gionais sob a chancela da SBHCI, e quem sabe, para um futuro próximo, a criação da Sociedade Centro-Oeste de Hemodinâ-mica e Cardiologia Intervencionista com Goiás, Distrito Federal, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul como membros. ■

Os serviços de GoiásGOIâNIAHospital Geral de GoiâniaHospital das Clínicas da UFGSanta Casa de Misericórdia da PUC-GOHospital São Francisco de AssisHospital Santa GenovevaHospital Monte SinaiEncore no Hospital Lúcio RebeloHospital São Bernardo

ANáPOLISHospital Evangélico

RIO VERDEHospital Presbisteriano Dr. GordonHospital Santa Terezinha

APARECIDA DE GOIâNIA Cardiovida no Hospital Santa MônicaEncore no Hospital São Bernardo

CAtALãOHospital São NicolauHospital Nasser Faiad

LUzIâNIA Hospital Santa Luzia

Goiás conta com 16 serviços de hemodinâmica e cardiologia

intervencionista espalhados por todo o Estado

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Federico Piscione, professor de Cardiologia, chefe do Laboratório de Intervenções Cardiovasculares do Departamento de Clínica Médica, Ciências Cardiovasculares e Imunológicas da Escola de Medicina da Universidade de Napoli, na Itália, fala com exclusividade para o Jornal da SBHCI sobre as inovações no atendimento do infarto agudo do miocárdio

INOVAçõES no tratamento

Qual farmacoterapia adjunta o senhor considera padrão ouro na intervenção coronária percutânea (ICP) primária?Eu acredito que o candidato para ICP primária deve receber,

o quanto antes, ainda na ambulância, AAS e dose de ataque de tienopiridínico juntamente com heparina não fracionada (se hou-vesse risco de sangramento, eu preferiria utilizar bivalirudina após a admissão hospitalar). Após a angiografia, eu utilizo muitas vezes Abciximab, particularmente no caso de grande carga trombótica, administrando a dose de bolus intracoronária.

Em relação à intervenção propriamente dita, que detalhes técnicos podem fazer a diferença na ICP primária?Tenho convicção de que o primeiro objetivo seja a prevenção da

embolização distal, que afeta um grande número de ICPs primárias. Eu utilizei todos os dispositivos disponíveis para este propósito e, nes-te momento, estou conduzindo um estudo randomizado controlado para testar trombectomia manual mais stent convencional vs. o stent MGUARD. Este último é um stent convencional com uma rede de PET que supostamente aprisiona em sua estrutura os trombos e de-bris, prevenindo ou minimizando a embolização distal.

Quando o senhor recomenda a utilização de stents farmaco-lógicos na ICP primária? Nunca, sempre ou depende? Eu acredito que os stents eluidores de medicação são úteis, par-

ticularmente, nos casos de oclusão proximal de vaso epicárdico principal, já que minimiza a já relativamente baixa taxa de revas-cularização do vaso alvo após ICP primária (e recentemente publi-camos na Atherosclerosis uma metanálise de stents farmacológicos vs. stents convencionais no infarto agudo). Por outro lado, temos de considerar que muitas vezes não conseguimos determinar infor-mações cruciais sobre outras possíveis doenças em nossos pacien-tes, tornando difícil e até perigosa a utilização de stents com droga. Como estamos lidando cada vez mais com pacientes idosos e que podem ter comorbidades ou serem frágeis, nós estamos utilizando mais frequentemente, neste cenário, stents que favoreçam a regene-ração ou stents farmacológicos sem polímeros. ■

Por Expedito Ribeiro (SP) | diretor do Serviço de Cardiologia Intervencionista do Instituto do Coração do Hospital das Clínicas de São Paulo

INFARTO AGUDO DO MIOCáRDIO

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Nos últimos dez anos, o senhor colaborou para o desenvolvi-mento dos stents farmacológicos, e ficamos muito entusias-mados com tudo o que vimos. Como podemos aumentar a segurança destes stents?Acho que esta é uma pergunta instigadora, sendo que já exis-

tem dados de longo prazo relacionados à segurança dos stents recobertos com fármacos, pelo menos da segunda geração. Penso que isso pode ser melhorado, com plataformas com perfil mais baixo e o tipo de tecnologia de balão coberto de fármaco. Uma ideia interessante é aplicação local do fármaco que não fique ar-mazenado por muito tempo, e também polímeros biodegradá-veis. Acho que isso é o que vem a seguir. E por fim, acho que podemos ver tecnologias que nem usam o polímero para aplicar o medicamento. Já vimos alguns casos, e acho que eles nos ajuda-rão na questão de segurança.

Agora, voltando nossa atenção para o TAVI (implante per-cutâneo de válvula aórtica), talvez essa seja a grande onda da cardiologia intervencionista. Estamos muito animados com os primeiros resultados. Considerando que AVCs e complicações vasculares são as principais limitações des-ta técnica, qual sua opinião e experiência com aparelhos e tecnologias futuristas? Qual será a solução para estas duas complicações?Estas são as duas complicações a que nos referimos: cérebro e

sangue. Provavelmente, haverá outras com as quais teremos de lidar com o uso da tecnologia. Mas acho que a proteção cerebral durante o procedimento é muito importante. Não sei se podemos mudar o aparelho e focar nas características que realmente preci-samos para implantar uma válvula eficiente e, ao mesmo tempo, tê-la fortalecida com alguma solução intrínseca para cuidar da questão do AVC. Acho que vamos ver muita integração das tec-nologias que acompanham o TAVI e, mais uma vez, para nós clí-nicos, é muita responsabilidade. Não se trata apenas da questão de colocar uma válvula. É permitir que o paciente receba alta em dois dias sem ter AVC e sem ter sangramento. ■

Peter Fitzgerald, diretor do Centro de Pesquisa em Intervenções Cardiovasculares e do Laboratório de Análises Cardiovasculares Core (CCAL) da Universidade de Stanford (Estados Unidos), conversou com Alexandre Abizaid (SP) para o Jornal da SBHCI sobre sua experiência com stents farmacológicos

Por Alexandre Abizaid (SP) | Chefe de intervenções co-ronárias no Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia, em São Paulo, e professor visitante de Medicina da Columbia University Medical Center, em Nova York

UMA vISãO sobre os stents farmacológicos

STENTS FARMACOLóGICOS

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CARDIOPATIA CONGêNITA

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Chefe da Cardiologia Pediátrica do I.R.C.C.S. Policlinico San Donato, em Milão (Itália), Mario Carminati passa muito tempo de sua vida ensinando colegas no mundo todo sobre como implementar novos procedimentos hemodinâmicos ou tratar casos difíceis

BATE-PAPO em Milão

Em uma pausa para um bom café italiano, Carminati falou so-bre sua carreira médica que, em 2009, foi condecorada com o prêmio Pediatric International Cardiac Symposium Achieve-

ment Award, como reconhecimento por suas contribuições inova-doras no campo da cardiologia intervencionista congênita.

Quando surgiu o seu interesse pela medicina?Aos 16 anos, saí de Bergamo para Milão para jogar futebol no time

juvenil da Internazionale. Dois anos depois, troquei as chuteiras pelos li-vros. Nunca soube exatamente porque escolhi a medicina, mas durante os primeiros anos na universidade, meu interesse e paixão cresceram e fiquei convencido de que tinha feito a escolha certa.

De onde surgiu o interesse pela cardiologia pediátrica? Após a graduação, em 1976, trabalhei no Departamento de Cardiolo-

gia do Hospital Riuniti, em Bergamo, sob a direção de Lucio Parenzan. Foi um ótimo começo de carreira e, com certeza, foi o Prof. Parenzan que me trouxe inspiração e conhecimento necessários para me dedicar cada vez mais ao diagnóstico e manejo das cardiopatias congênitas.

Em sua carreira, como foi a transição da cardiologia invasiva diagnóstica para intervencionista?Após a primeira valvoplastia pulmonar com balão, foi iniciada a

era do cateterismo intervencionista. A partir daí, meu entusiasmo redobrou e, desde então, tenho focado minha carreira nos proce-dimentos intervencionistas como valvoplastias pulmonar e aórtica, angioplastia de ramos pulmonares e obstruções do arco aórtico e, posteriormente, no implante de stents.

O senhor foi o pioneiro da cardiologia intervencionista na Itá-lia. Quando isso começou?Em 1993, tornei-me diretor do Hospital G. Pasquinucci em Massa, na

Toscana, onde, juntamente com Sandra Giusti e Vittorio Vanini, comecei a introduzir novas técnicas e aumentamos muito o número de procedi-mentos intervencionistas. Em 1996, realizamos o primeiro fechamento percutâneo de defeito atrial na Itália, em Massa. Já em 2000, quando me

tornei chefe da cardiologia pediátrica do I.R.C.C.S. Policlinico San Dona-to, em Milão, o mais importante hospital para manejo e tratamento das cardiopatias congênitas na Itália, com aproximadamente duas mil cirur-gias ao ano, tive a oportunidade de exercer a cardiologia intervencionista em um centro de excelência voltado para pesquisa biomédica clínica e translacional. Em 2008, com Philipp Bonhoeffer, realizei o primeiro im-plante de válvula percutânea e, desde então, mais de 50 pacientes se bene-ficiaram deste procedimento em nossa instituição.

Em dez anos, o Policlinico San Donato tornou-se um dos gran-des centros de cardiologia intervencionista em cardiopatias congênitas no mundo. Quais foram os principais fatores que contribuíram para isso?Com certeza a presença de Gianfranco Butera, Massimo Chessa e Lu-

ciane Piazza foi fundamental para o crescimento de um Serviço de he-modinâmica que realizou, até 2010, mais de mil fechamentos percutâ-neos de comunicações interatriais (CIA) e forame oval patente (FOP) . Entretanto, sem o suporte de uma equipe multidisciplinar e o apoio de cardiologistas clínicos de extrema competência não teríamos chegado a este patamar. O cardiologista intervencionista deve saber onde suas habi-lidades se encaixam dentro da grande estrutura que é o manejo dos defei-tos congênitos. A avaliação clínica antes, durante e após o procedimento é de vital importância.

O I.R.C.C.S. possui convênio de intercâmbio profissional com diversos centros em países em desenvolvimento da África, Ásia e América do Sul. Conte um pouco desta experiência. Desde 1993, Alessandro Frigiola e Silvia Cirri, chefes da Unidade de Te-

rapia Intensiva do Hospital San Ambrogio, em Milão, encabeçam a Asso-ciação de Crianças Cardiopatas no Mundo, oferecendo tratamentos não disponíveis em países em desenvolvimento. Até hoje, mais de 1.500 ci-rurgias cardíacas e 250 bolsas de estudo para médicos estrangeiros foram subsidiadas, além da construção de centros para o tratamento cirúrgico e intervencionista de cardiopatias congênitas em Shisong (Camarões), Damasco (Síria) e Pristina (Kosovo) e de duas Unidades de Tratamento Intensivo para hospitais em Lima (Peru) e no Cairo (Egito). ■

Por João Manica (Itália) | coeditor, direto de Milão

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ESC 2011

A principal conferência mundial so-bre a ciência, gestão e prevenção de doença cardiovascular da Sociedade

Europeia de Cardiologia, o ESC 2011, neste ano, recebeu o público recorde de 32.946 con-gressistas entre os dias 27 e 31 de agosto, no Parc des Expositions de Paris Nord Villepin-te, em Paris (França). Além do elevado nú-mero de inscritos, de um total de 144 países – dentre os quais, o Brasil foi o terceiro com mais participantes – o evento foi superlativo também em quantidade de estudos de grande porte e de pesquisa científica, contabilizando 521 sessões, 143 topics e 4.276 abstracts.

Neste ano, os holofotes ficaram sobre as questões controversas em cardiologia, com garantia de intenso debate sobre inúmeros te-mas. Foram feitas contribuições individuais e coletivas por membros de 53 Sociedades na-cionais de Cardiologia, cinco Associações, 19 grupos de trabalho e cinco Conselhos. Um as-pecto ressaltado pelo presidente do congresso,

Michel Komajda (França), foi a importância dos registros clínicos, os quais foram também objeto de diversas sessões. Na área da cardiolo-gia intervencionista, nenhum estudo apresen-tou grande impacto que deva levar à mudança das condutas adotadas atualmente baseadas nas diretrizes vigentes, mas vale a pena ressal-tar as últimas evidências da especialidade.

Um dos dias do evento teve como foco os estudos de fibrilação atrial, com a apresentação do ARISTOTLE, um novo trial com mais de 18 mil pacientes que compara o novo anticoagu-lante apixaban com o tratamento convencional. O nome do estudo é uma homenagem ao filó-sofo grego Aristóteles – à semelhança de Platão, que recentemente foi homenageado com o es-tudo PLATO, comparando o uso de clopidogrel e ticagrelor nas síndromes coronárias agudas –, uma das mais importantes personalidades da filosofia ocidental, e cujas pesquisas exerceram influência na lógica, física, metafísica, música, biologia, ética, política, zoologia e medicina.

No estudo ARISTOTLE, o apixabam, inibi-dor do fator Xa, mostrou-se não inferior (de-senho original do estudo visava demonstrar não-inferioridade em relação à warfarina em termos de eficácia), e até superior à droga con-trole, na prevenção de eventos tromboembóli-cos em pacientes portadores de fibrilação atrial e pelo menos um fator de risco adicional. Adi-cionalmente, não houve preço alto a se pagar pelo benefício: as taxas de sangramento foram, de fato, reduzidas em 31% com a nova droga.

Os fatos indicam que os novos inibidores do fator Xa (rivaroxaban e apixabam), bem como o dabigatran (inibidor direto da trombina), pa-recem ser alternativas mais eficazes, seguras e confortáveis (não demandam coleta de sangue periódica para checar o tempo de protrombi-na) que a warfarina neste cenário. Contudo, seu custo marcadamente superior (embora não exista nenhum estudo de custo-efetividade detalhado com tais drogas dentro da realidade brasileira) poderá inibir seu uso disseminado.

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O evento anual da Sociedade Europeia de Cardiologia superou todas as expectativas da comissão científica tanto em público como em número de estudos apresentados

Recorde científicoA equipe da diretoria de Comunicação fez ampla cobertura ao

vivo do ESC 2011, que pode ser encontrada

no Portal da SBHCI

Por Alexandre Schaan de Quadros (RS) | diretor de Comunicação; Rodrigo V. Wainstein (RS) | Hospital de Clínicas de Porto Alegre (RS); e Guilherme F. Attizzani (Estados Unidos) | editor científico do Portal da SBHCI

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No estudo PURE, coordenado por Salim Yusuf (Índia), foi avaliada a adequação do tratamento clínico em aproximadamente 150 mil pacientes de diversos países ao redor do mundo, estratificados por nível socioeconô-mico. O estudo dal-VESSEL relatou resul-tados preliminares com o dalcetrapib, que pode ser uma nova opção para o tratamento do HDL baixo, mesmo após os resultados de-sapontadores do ILLUMINATE.

Algumas sessões do congresso destacaram o uso do controle à distância para acompanhar pacientes com desfibriladores implantáveis, si-tuação cada vez mais frequente em uma popu-lação mais velha e doente. Estudos de interven-ção percutânea e comparações com resultados cirúrgicos também foram exibidos, e uma atu-alização do estudo EMPHASIS foi apresentada.

Outro tópico ressaltado durante o evento foi o stent eluidor de everolimus (SEE), juntamente com o implante valvar aórtico percutâneo. Baseado em dados de estudos randomizados e de registros de

mundo real, o uso de SEE já se mostrou seguro e eficaz em pacientes de distin-tos perfis de risco, inclusive diabéticos. Além deste dispositivo, outros stents far-macológicos de nova geração ganharam o mercado recentemente: eluidores de novas drogas, controlados por polímeros bioabsorvíveis ou, até mesmo, sem polí-mero. Seus perfis de segurança e eficácia parecem semelhantes e adequados, tor-nando difícil uma comparação direta na tentativa de responder à pergunta: qual deles é o melhor?

Um grande registro francês sobre o implante valvar aórtico percutâneo, o qual utilizou tanto a prótese balão expansível quanto a autoexpan-sível, demonstrou a segurança e eficácia desta prática em pacientes com estenose aórtica grave e elevado risco operatório. Registro com carac-terísticas semelhantes ao FRANCE II está sen-do conduzido atualmente em nosso meio.

No estudo MINAP-GPRD, a cessação pre-coce do uso de clopidogrel após síndromes

coronárias agudas mostrou-se comum e as-sociada a desfechos adversos duros. Já o estu-do PRODIGY demonstrou a possibilidade do uso mais abreviado do clopidogrel após inter-venções com stents farmacológicos, e novos estudos com os dispositivos de nova geração reforçam sua segurança e eficácia até mesmo no infarto agudo do miocárdio. O alto risco de eventos recorrente após síndromes isquê-micas agudas estimula a tentativa da terapia antiplaquetária tripla nestes pacientes, mas até o momento evidências consistentes de be-nefício não estão disponíveis.

O estudo RUBY-1 não demonstrou benefí-cio do uso do darexaban (inibidor do fator Xa) associado à terapia convencional em pacientes com síndromes coronárias agudas. A droga promoveu, adicionalmente, um aumento nas taxas de sangramentos. ■

todos os estudos apresentados estão disponíveis no Portal da SBHCI (www.sbhci.org.br), com seus respectivos slides e artigos científicos.

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QUALIDADE PROFISSIONAL

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Por Adriano Dias Dourado Oliveira (BA) | diretor de Qualidade Profissional da SBHCI

Cardiologistas intervencionistas e hemodinamicistas de todo o Brasil precisam unir-se para mudar a realidade da remuneração de nossa especialidade, e a SBHCI pode ajudar

Honorários médicos: É HORA DE INTERvIR!

A palavra “honorário” tem como significado “remuneração por ser-viços prestados em cargo facultati-

vo, de qualificação honrosa, tais como o de médico, advogado etc.; estipêndio”. Assim sendo, a expressão “honorário médico” deve ser entendida como o valor com que é remunerado o serviço de um profissio-nal de medicina, referente a um procedi-mento ou ato realizado, de acordo com a especialização e atuação.

É clara a defasagem dos honorários médicos em todas as áreas da medicina, inclusive na cardiologia intervencionista. O Sistema Único de Saúde (SUS) paga, de honorários médicos, R$ 122,20 pelo cate-terismo cardíaco diagnóstico e R$ 587,24 pelos procedimentos terapêuticos. É im-portante lembrar que, deste valor, devem ser extraídos os honorários de outros pro-fissionais médicos envolvidos no cuidado ao paciente, como, por exemplo, anestesis-tas, intensivistas, cardiologista clínico etc. Este tema foi discutido com o secretário de Atenção à Saúde do Ministério da Saú-de, Helvécio Miranda Magalhães Júnior (MG), quando da nossa visita ao seu gabi-nete, em Brasília (DF), no início deste ano. Ele se mostrou sensível ao nosso pleito e prometeu estudar o assunto.

Na saúde suplementar, enfrentamos problema semelhante, com um agravante: existem diversas formas de relacionamen-to dos médicos com as empresas de saúde,

desde uma relação contratual de creden-ciamento, até a ausência de relação dire-ta, sendo os honorários repassados pela unidade hospitalar. Além disso, a saúde suplementar é muito regionalizada, pois existe um número muito grande de em-presas, com penetrações muito distintas e variáveis de Estado para Estado. Tenho conhecimento de colegas que recebem R$ 100,00 de honorários por cateterismo diagnóstico, enquanto em outros locais, a média varia de R$ 400,00 a R$ 700,00.

A Classificação Brasileira Hierarquiza-da de Procedimentos Médicos (CBHPM), apesar de algumas distorções e de várias manifestações contrárias, principalmen-te das empresas de saúde suplementar, é uma realidade. A unificação dos códigos dos procedimentos, pela Agência Na-cional de Saúde (ANS), utilizou-a como parâmetro, inclusive com a mesma codi-ficação, facilitando as cobranças e dimi-nuindo a burocracia.

A discussão sobre remuneração é uma constante em qualquer reunião informal de médicos que estão cada vez mais cons-cientes e cientes dos seus direitos. Na úl-tima assembleia da nossa Sociedade, em Curitiba (PR), o assunto foi muito discu-tido, de maneira que é possível perceber que é crescente a união e o engajamento dos médicos e de suas entidades em movi-mentos por uma remuneração mais justa. A paralisação de abril foi uma prova da

força desta união, pois foi grande a adesão em todo o País. Acredita-se, inclusive, que o parecer da Secretaria de Direito Eco-nômico do Ministério da Saúde, liberado rapidamente, depois de muito tempo em análise, foi uma resposta do “lobby” das empresas de saúde suplementar, na tenta-tiva de frear o movimento médico.

Em minha opinião, devemos assumir definitivamente a CBHPM como valor referencial “mínimo e ético” de remune-ração e, a partir dela, discutir regional-mente com as operadoras de saúde. En-tendo que o ato médico, por exemplo, o cateterismo diagnóstico, é o mesmo em qualquer lugar do País e, por este proce-dimento, o médico deverá ser remunera-do da mesma forma, independentemen-te das instalações hospitalares. O valor pago à unidade hospitalar não está em discussão aqui. Por outro lado, considero lícito também que aqueles profissionais com maior reconhecimento, titulação e/ou experiência, valorizem a mais, nunca a menos, o seu honorário. A CBHPM, atualmente em sua 6ª edição (2010), cor-rigida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC/IBGE), traz o valor referencial para o cateterismo cardíaco diagnóstico e implante percutâneo de stent (um vaso), respectivamente, de R$ 621,40 e R$ 1423,50, no plano enferma-ria, e R$ 1.242,80 e R$ 2.847,00, no plano apartamento.

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UNIR PARA INTERVIROutro ponto fundamental é a união dos

colegas. Vários exemplos mostram que ape-nas unidos os médicos conseguem fazer valer seus direitos. Foi assim em Natal (RN), quan-do, em 2005, após 70 dias de paralisação, os médicos conseguiram reverter uma decisão arbitrária da Prefeitura Municipal e ainda receberam 100% de reajuste de seus honorá-rios. Pernambuco possui uma cooperativa de cardiologistas muito forte e atuante, à qual se juntaram os cardiologistas intervencionistas e cirurgiões cardíacos. Conseguiram aumen-tos reais dos honorários médicos e, atual-mente, discutem a implantação da CBHPM 2010, para o grupo Unidas. Em Sergipe, a mobilização é crescente e, atualmente, o gru-po Unidas já remunera com base na CBHPM (4ª edição), sem redução. Na Bahia, a cardio-logia intervencionista sempre esteve unida e participando ativamente das ações da Comis-são Estadual de Honorários. Por este motivo, não se permitiu a inclusão dos honorários nos “pacotes” de procedimentos, que são va-lorizados separadamente e não entram na ne-gociação das empresas de saúde suplementar com as unidades hospitalares.

Recentemente, apesar de considerar a CBHPM 2010 como valor referencial correto, o Departamento de Hemodinâmica e Cardio-logia Intervencionista apoiou a negociação regional dos médicos com o grupo Unidas, para a implantação, a partir do mês de agosto, dos valores da CBHPM (5ª edição). Mesmo

assim, em geral, o valor do cateterismo diag-nóstico será reajustado em aproximadamente 30%. Não podemos esquecer do movimento dos cirurgiões cardíacos, no ano passado, que, após paralisação, conseguiram reajustes de até 227% na remuneração dos seus proce-dimentos pelo SUS.

Este é o melhor momento para lutarmos pela justa valorização de nossos honorários. En-tretanto, precisamos sair um pouco da sala de hemodinâmica, das salas de aula, das atividades científicas e gastar um pouco mais de tempo defendendo a nossa profissão. As experiências citadas comprovam ser possível conseguir boas negociações, quando estamos unidos.

As operadoras também já perceberam este momento e, por serem muito bem organiza-das, estão atuando preventivamente. O grupo Unidas, aqui citado várias vezes, tem toma-do a iniciativa de negociar com as entidades médicas, na tentativa de minimizar gastos. Os movimentos devem ser regionalizados devido às realidades distintas, mas a SBHCI pode ajudar, facilitando e promovendo a tro-ca de informações e de experiências. No dia 20 de agosto, a SBHCI promoveu, juntamente com a Sociedade Norte-Nordeste de Hemo-dinâmica e Cardiologia Intervencionista, o I Fórum de Qualidade Profissional em Sergipe, durante o Congresso Norte-Nordeste de Car-diologia. Portanto, o diagnóstico está feito e é hora de partir para a intervenção, pois talvez, mais tarde, o paciente (no caso, o cardiologis-ta intervencionista) não resista. ■

Planos de saúdeNo dia 3 de Agosto, o juiz federal

Daniel Paz Ribeiro, do Tribunal Regio-nal Federal da 1ª Região, de Brasília (DF), cassou a liminar que suspen-dia os efeitos da medida preventiva da Secretaria de Direito Econômico (SDE) do Ministério da Justiça. Por enquanto, as entidades médicas es-tão proibidas de coordenar boicotes e paralisações a planos de saúde.

Em 18 de Agosto, Roberto d’Ávila, presidente do Conselho Federal de Medicina (CFM), reuniu-se em Brasília com representantes da Agência Na-cional de Saúde Suplementar (ANS), Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE) e SDE, para tra-tar do assunto. Foi iniciado, então, processo de negociação para que a CBHPM possa vir a ser utilizada como referência em discussões sobre re-muneração e para a posssibilidade de negociação coletiva dos médicos, sem ferir o Sistema Brasileiro de De-fesa da Concorrência (SBDC).

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PANORAMA | SALAS HÍBRIDAS

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Com o objetivo de otimizar a realização de procedimentos de alta complexida-de, médicos especializados nas áreas

clínica, hemodinâmica e cirúrgica têm atuado de forma conjunta, com equipamentos alta-mente avançados, em um mesmo espaço de maneira segura, rápida e menos invasiva. Este é o objetivo da sala híbrida, um conceito mo-derno da medicina no tratamento de doenças cardiovasculares complexas que começa a se espalhar em hospitais brasileiros.

O termo “híbrida” foi dado porque este espaço dispõe de todos os recursos de uma unidade de hemodinâmica convencional em um centro cirúrgico. O ambiente consiste em uma sala de cateterismo cardíaco com todos os recursos tecnológicos de última geração, dentro do bloco cirúrgico, que possibilita a intervenção percutânea acoplada, quando necessário, às cirurgias cardiovasculares, em geral, minimamente invasivas.

No Brasil, a ideia deste ambiente unificado já existia no hospital da Universidade Fede-ral de São Paulo (Unifesp) desde 2005. “Na-quela época, já trabalhávamos algum concei-to de sala híbrida, não do jeito como ela está concebida agora, mas de forma primária,

desde quando desenvolvemos um grupo de tratamento endovascular, com stents de aor-ta”, afirma José Honório Palma da Fonseca (SP), cirurgião cardiovascular que já lidava com a técnica conjunta de implante de stents de aorta na Unifesp ao lado de Claudia M. R. Alves (SP), José Augusto Marcondes de Sou-za (SP) e Marcelo Cantarelli (SP). “Vimos a necessidade de trabalhar em um ambiente com mais equipamentos, com recursos me-lhores, como o ecocardiograma transesofá-gico, entre outros”, explica Fonseca, que hoje atua em uma sala com tecnologia de ponta, por meio de uma parceria com o Ministério da Saúde. “A grande vantagem da sala híbri-da e desta equipe multiprofissional é dedica-da ao doente, porque a gente consegue fazer uma cirurgia menos invasiva do que faria num procedimento normal.”

De acordo com Rogério Sarmento-Leite (RS), diretor técnico do Laboratório de He-modinâmica e Cardiologia Intervencionista do Instituto de Cardiologia do Rio Grande do Sul da Fundação Universitária de Cardiologia (IC-FUC), o maior benefício da sala híbrida é a segurança total do paciente, por se tratar de um ambiente que permite maior versatilida-

de de procedimentos. “Podemos transformar um procedimento minimamente invasivo em maximamente invasivo, se houver necessida-de, com todo o suporte necessário”, afirma. “Isso agrega segurança àqueles casos cada vez mais complexos que fazemos no dia-a-dia e ainda permite a extensão a novas áreas e ce-nários de casos mais difíceis.”

Em fevereiro deste ano, o IC-FUC do Rio Grande do Sul inaugurou sua primeira sala híbrida, com aproximadamente 300 metros quadrados, que atende todas as faixas etárias e segmentos da população, com equipamen-tos de ponta que oferecem avanços inéditos com foco na abordagem minimamente inva-siva das cardiopatias isquêmica e estrutural, afecções das válvulas cardíacas e da aorta torácica. A partir de então, procedimentos com cateteres tradicionais e suas associa-ções podem garantir, por exemplo, que um paciente com doença coronária receba, na mesma sala, uma artéria mamária na artéria coronária descendente anterior. Ao mesmo tempo, no mesmo procedimento, pode-se fazer angioplastia das demais artérias coro-nárias, associando cirurgia, angioplastia e implante de stents

A união de conhecimentos e técnicas aprimoradas formam equipes multidisciplinares somando habilidades de clínicos, hemodinamicistas e cirurgiões junto ao que existe de mais moderno em tecnologia em um único ambiente

NOVO CONCEItO de tecnologia

Por Carla Ciasca | jornalista e Isadora de Campos | jornalista

Sala híbrida do Instituto de Cardiologia

do Rio Grande do Sul da Fundação Universitária de

Cardiologia (IC-FUC)

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“Os procedimentos mais comuns realizados ali são os implantes percutâneos valvares aórticos, tratamento de cardiopatias congê-nitas, tratamento endovascular das doenças da aorta e revasculari-zação híbrida do miocárdio, em que se pode colocar stent em um vaso e fazer uma revascularização em outro vaso”, explica Sarmen-to-Leite, que coordena a equipe multidisciplinar do IC-FUC ao lado do cirurgião cardiovascular Paulo Roberto Prates (RS), que corrobora o benefício ao paciente com este novo método de tra-balho. “Uma cirurgia que durava cinco horas, agora, pode ser rea-lizada em até uma hora”, afirma Prates. “E ainda reduz o tempo de espera para a pessoa ir para o quarto e ter alta, que pode acontecer em dois dias. Antes eram necessários dez, pelo menos.”

Este modelo de ambiente está lentamente ganhando expressão no Brasil, já que o custo e a complexidade para a instalação são altos. Entretanto, há boas perspectivas de desenvolvimento em consonância com uma tendência muito presente nas instituições, que é a figura do team heart como maneira ideal de se trabalhar. “O cenário ideal seria que todas as instituições de referência dis-pusessem de equipes multidisciplinares para tratar dessas doen-ças que, na verdade, são multissistêmicas”, afirma Sarmento-Leite, ressaltando que o trabalho em equipe divide não só responsabili-dades, mas também áreas de atuação. “Este cenário permite que se somem esforços em prol de um objetivo comum.” ■

álvaro Albrecht (RS), Rogério Sarmento-Leite (RS)e Paulo Roberto Prates (RS), da equipe multisistêmica do Instituto de Cardiologia do Rio Grande do Sul da

Fundação Universitária de Cardiologia (IC-FUC)

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JOGO RáPIDO

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Por Isadora de Campos | jornalista

Médico e escritor

Professor e diretor do Laboratório de Hemodinâmica e Cardiologia Inter-vencionista do Instituto de Cardiologia

da Fundação Universitária de Cardiologia do Rio Grande do Sul (IC/FUC) e livre-docente em cardiologia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Carlos Antonio Mascia Gottschall é um dos pioneiros do ensino pós--graduado em medicina das duas instituições.

Autor de mais de mil textos médicos, teses e alguns livros, recebeu dezenas de prêmios nacionais e internacionais. Presidiu a Socie-dade de Cardiologia do Rio Grande do Sul, é fundador e ex-presidente da SBHCI, fun-dador da Associação Gaúcha de História da Medicina e seu Presidente de Honra.

Casado há 48 anos com a artista plástica Elisabete Santos Gottschall, por quem faz questão de se declarar completa e irrever-sivelmente apaixonado desde os 14 anos de idade, Gottschall tem três filhos e sete netos. Mas sua paixão doentia é o time do coração: Grêmio Foot-Ball Porto Alegrense.

Quando decidiu pela medicina?Já nasci médico. Nunca pensei em ser ou-

tra coisa. Eu era o melhor em ciências natu-rais; sempre tirava dez!

Por que cardiologia? Entre as matérias básicas do curso de

medicina, a que mais me atraiu foi a fisiolo-gia, em especial a fisiologia cardiovascular, área que me possibilitava entendimento e

explicações baseadas em princípios físicos e matemáticos. Daí foi um pulo para a car-diologia, que considero a mais racional das especialidades médicas, em especial, a he-modinâmica, na qual os princípios físicos e fisiológicos são ressaltados.

Quem foi o professor que mais o in-fluenciou? Por quê?O humanista Rubens Mario Garcia Maciel

(RS), sobre quem terminei de escrever o livro “Rubens Maciel, o triunfo da inteligência”. Car-diologista e professor de Semiologia, fundador da lendária Enfermaria 29 da Santa Casa de Porto Alegre (RS). Foram discípulos de Ru-bens Maciel: Rubem Rodrigues (RS), funda-dor do IC/FUC, e Mario Rigatto (RS), ambos também meus mestres. No exterior, destaco a figura de Richard K. Myler (Estados Unidos).

Qual é a área mais promissora na medi-cina de hoje?Não se trata de especialidades, mas de ser-

viços médicos a serem prestados. Entre estes está a cardiologia intervencionista.

E quais as áreas mais negligenciadas?As faculdades de medicina precisam voltar a

adicionar à sua cultura a história da medicina (para prevenir erros que se repetem); o huma-nismo (para evitar o tecnicismo desumani-zante); e a bioética (para que o médico insira o paciente no meio ambiente com a dignidade que o ser humano merece e a natureza requer).

Qual sua recomendação para os médi-cos que estão prestes a se formar?O óbvio: gostar do que faz, estudar sempre,

trabalhar com ética. Recompensa monetária deve ser consequência, não busca primária.

O que o deixa inspirado e de bom humor?Sentir que realizei alguma tarefa de ma-

neira adequada.

O que o tira do sério?Mentira, traição, covardia, hipocrisia, pre-

potência.

Como o senhor gosta de relaxar?Aproveitar com a família, com a minha

esposa, praticar algum exercício ao ar livre, ler, escrever, uma boa viagem e uma boa mesa, claro que com um bom vinho.

Qual livro está lendo atualmente?Na verdade, terminei de escrever e estou

preparando “Rubens Maciel, o triunfo da in-teligência. Registros e reminiscências”. Cul-tivo muito o conselho de Disraeli: “Quando você quer muito ler um livro, escreva-o”. Antes disso, o último que li foi “Boaventura”, um excelente livro sobre o ciclo do ouro no Brasil e que explica muito da formação cul-tural e econômica de nosso País.

Se o senhor escrevesse uma autobiogra-fia, que título daria ao livro?“O sujeito que procurou acertar”. ■

Um dos pioneiros da angioplastia coronariana no Brasil e introdutor da técnica no Rio Grande do Sul, Carlos Antonio Mascia Gottschall (RS), é um dos mais renomados cardiologistas intervencionistas do País e carrega a satisfação de ter formado um grande número de profissionais íntegros

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A experiência em Las Vegas, no ano passado, foi engrandecedora. Não só pelo intercâmbio de informações com os fellows de outros países e por poder desfrutar do conhecimento dos grandes nomes da intervenção mundial, mas principalmente por certificar que os nossos centros formadores são de excelência e com reconhecimento mundial.Gustavo Travassos Gama (SP)ex-residente do Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia

O curso foi sensacional, com material prático e científico extenso. Um pouco cansativo, mas muito além da expectativas. Foi muito bom o contato com os residentes de outros países e saber que nosso aprendizado está no mesmo nível, quiçá além dos demais.

Ricardo Santana Parente Soares Jr. (SP)ex-residente do Hospital Beneficência Portuguesa de São Paulo

A SBHCI, em parceria com a SCAI, sorteará entre os intervencionistas em formação (residentes) nos Centros de Treinamento credenciados duas vagas para o 2011 SCAI Fall Fellows Course que ocorrerá de 6 a 9 de dezembro de 2011 em Las Vegas, Estados Unidos.

COMO PARTICIPAR?Para estar apto a concorrer, é necessário que o mesmo tenha publicado em 2010 e/ou 2011 um artigo original como primeiro autor na Revista Brasileira de Cardiologia Invasiva (RBCI), ou que o envie para publicação e receba o aceite da revista até a data de 29/09.

A SBHCI e a SCAI oferecerão o curso com todas as despesas pagas aos contemplados no sorteio que será realizado no dia 30/09, na sede da SBHCI, e auditado por Normatiza Auditores.

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vencedor 2010

vencedor 2010

Gestão 2010-2011Presidente: Maurício de Rezende Barbosa (MG) | Diretor Administrativo: Marcelo José de Carvalho Cantarelli (SP) | Diretor Financeiro: Fernando Stucchi Devito (SP) | Diretor Científico: Fábio Sândoli de Brito Jr. (SP) | Diretor de Comunicação: Alexandre Schaan de Quadros (RS) | Diretor de Qualidade Profissional: Adriano Dias Dourado Oliveira (BA) | Diretor de Edu cação Médica Continuada: Antônio Carlos de Camargo Carvalho (SP) | Diretor de Intervenções Extracardíacas: Marco Vug man wainstein (RS) | Diretor de Intervenções em Cardiopatias Congênitas: Francisco José Araújo Chamié de Queiróz (RJ)

Equipe AdministrativaNorma Cabral | gerência administrativa | [email protected] Ribeiro | científico | [email protected] Peixinho | financeiro | [email protected] Peruzi | sócios | [email protected] Roberta Fonseca | eventos | [email protected]ânia Fernandes | secretaria | [email protected]

Sociedade Brasileira de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista

www.sbhci.org.brRua Beira Rio, 45 – cjs. 71 e 74 Vila Olímpia – São Paulo, SPCEP 04548-050 Fone: (11) 3849-5034

OUtUBROdias 7 e 8CAAt 2011 - São PauloCurso Avançado em AterotromboseDiagnóstico e tratamentoSão Paulo, SPwww.caat2011.com.br

dia 14Simpósio SBHCI Congresso Goianode CardiologiaGoiânia, GOwww.sbhci.org.br

dias 14 e 15CAAt 2011 - Rio de JaneiroCurso Avançado em AterotromboseDiagnóstico e tratamentoRio de Janeiro, RJwww.caat2011.com.br

dias 20 a 22CAAt 2011 - Porto AlegreCurso Avançado em AterotromboseDiagnóstico e tratamentoPorto Alegre, RSwww.caat2011.com.br

dias 28 e 29Curso Anual de Revisão em Hemodinâmicae Cardiologia Intervencionista 2011São Paulo, SPwww.sbhci.org.br

NOVEMBROdias 3 a 5CCt 2011Complex Cardiovascular therapeuticsKobe, Japãocct.gr.jp/2011dias 7 a 11

tCt 2011São Francisco, Estados Unidoswww.tctconference.com

dias 12 a 16American Heart Association Scientific Sessions 2011 (AHA)Orlando, Estados Unidos scientificsessions.americanheart.org

dias 25 e 26CARDIO INtERV 2011Curitiba, PRwww.cardiointerv.com

DEzEMBROdia 25th Imaging & Physiology Summit 2011Seul, Coreia do Sul www.imaging-physiology.com/2011

dia 3VIII Simpósio de Cardiologia Clínica e Hemodinâmica do Hospital Mario Lioni (AMIL Par RJ)Rio de Janeiro, RJtel. (21) 2775-3000

dias 7 a 10Reunião Científica Anual SOCIME 2011Puebla, Méxicowww.socime.com.mx

dias 9 e 10Endovascular Summit 2011San Juan, Porto Rico www.endovascularsummit.net

JUNHO/2012dias 20 a 22xxxIV Congresso da SBHCISalvador, BAwww.sbhci.org.br

AGENDA

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Page 28: Jornal da SBHCI - ed. 42 - 03/2011

20 a 22

cartaz congresso 2012] 1 5/23/11 10:32 AM

20 a 22

cartaz congresso 2012] 1 5/23/11 10:32 AM