alto padrão - ed. 44

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R$ 4,90 44 arquitetura | decoração | design | engenharia ano 06 | jan-fev/2011 DO BRASIL PRIMEIRO CONFORT RESIDENCE COM APARTAMENTOS EXCLUSIVOS POR ANDAR, RESIDENCIAL LUAR BIASA TRAZ PARA BALNEáRIO CAMBORIú O QUE Há DE MAIS SOFISTICADO NO CONCEITO DE MORAR BEM

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Revista Alto Padrão. Voltada ao público de decoração, arquitetura e design de Blumenau e região. Produzida pela Mundi Editora - Blumenau/SC.

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R$ 4,90

44

arquitetura | decoração | design | engenharia ano 06 | jan-fev/2011

do brasilprimeiro confort residence

Com apartamentos exClusivos por andar, residenCial luar Biasa traz para Balneário CamBoriú o que há de mais sofistiCado no ConCeito de morar Bem

ExpedienteCONSELHO EDITORIAL

Amanda Marques, Amauri Alberto Buzzi, Ângela Ferrari, Carla C. Back, Daniela P. Garcia, Danielle Fuchs, Jorge Luiz Strehl, Margareth Volles, Maurilio Bugmann, Odete Campestrini, Patrícia Serafim, Sidnei dos Santos, Silvana Silvestre e Valter Ros de Souza

/Editor-Executivo: Sidnei dos Santos 1198JP (MTb/SC) - [email protected]/reportagem: Iuri Kindlen e Mariana Tordivelli/Gerente de arte e desenvolvimento: Rui Rodolfo Stü[email protected]/Projeto Gráfico: Ferver Comunicação/Foto de Capa: Divulgação / Fukuoka/Editora-Chefe: Danielle [email protected]/Gerente Comercial: Eduardo Bellidio47 3035.5500 - [email protected]/diretor-Executivo: Niclas [email protected]

/Circulação: circulaçã[email protected]/sugestão de pauta: [email protected]

DIRETORIA

/Presidente: Amauri Alberto Buzzi/Vice Pres. para assuntos Estratégicos e Ma-teriais: Clemar Fernandes de Souza/Vice Pres. para assuntos da indústria imobi-liária: Valter Luiz Torresani/Vice Pres. para assuntos de rel. Trabalhis-tas e sindicais: Adalberto José da Silva/Vice Pres. para assuntos de obras Públicas: Jorge Luiz Strehl/Vice Pres. para assuntos de Economia e Es-tatística: Guilherme Augusto Mattos Voltolini/Vice Pres. para assuntos da administração: André Marin d´ Iglesias Y Vieira/Vice Pres. Para assuntos de loteamento: Ricardo Vasselai/diretor para assuntos de relações intersin-dicais: Maurílio Schmitt/diretora administrativa: Margareth Volles/1º secretário: Luciano Raymundi Filho/2º secretário: Roberta Silva Silveira/1ª Tesoureira: Eunice Marly Hohl Silveira/2º Tesoureiro: Marco Aurélio Eichstaedt;//Conselho Fiscal/Efetivos: Renato Rossmark Schramm, Marcos Rischbieter, Nilton Speranzini/suplentes: Valdir Damião Maffezzolli, Alziro Luiz Estevam, José Roberto Antunes Santos//delegados representantes/Efetivos: Jorge Luiz Strehl, Amauri Alberto Buzzi/suplentes: Renato Rossmark Schramm, André Marin d´ Iglesias Y Vieira/diretores: Giovani Isensee, Valter Ros de Souza, Jader Roney Tomazi, Carlos Alberto Ramos Schmidt, Leonardo Reges Marini da Cunha, Márcio Rogério Bruschi

/TiraGEM: 4.000 exemplares/TiraGEM VirTUal: 50.000 exemplares

/editorial

A construção civil é vErdE

O início de um novo ano nos remete à retomada das ideias, dos planos e, muitas vezes, da renovação e da mudança. É, portanto, uma situação de expectativas, porque não dizer, renovadas. Os primeiros meses do ano, incluindo-se o final do ano anterior, trazem também a disposição da natureza de forma mais exuberante, mais forte, mais verde. Afinal, como País tropical, esse período é quente, úmido e cheio de extremos e, por isso mesmo, podendo transformar-se de belo em assustador em apenas algumas horas.

As manifestações naturais desse período já são anunciadas e variam de estragos a catástrofes. As cidades, especial-mente, se revelam melhor diante da tragédia, pois é nesta condição extrema que se constata uma das piores doenças: a ocupação a qualquer custo. Não bastam os planos diretores estabelecerem as normas, na maioria das vezes, direcionados à preservação física e, por conseguinte, ao crescimento sustentável das cidades.

Se, de um lado, o monitoramento legal para o cumprimento das normas não leva a efeito a função, do outro lado, o cidadão consegue enxergar apenas o ponto por onde pode empurrar para fora da propriedade aquilo que, segundo entende, é com os outros, com o Poder Público.

Os resultados das ações das forças naturais mostram que o cidadão, na iniciativa informal, unifamiliar, é a maior vítima e, ao mesmo tempo, o maior causador da tragédia, pela forma pouco perceptível, porém, extremamente invasiva e silenciosa que atua no ambiente.

As iniciativas das empresas organizadas da construção são, via de regra, as que promovem as modificações no am-biente físico, porém, acabam sendo lembradas entre os primeiros responsáveis pelo, digamos, funcionamento, compor-tamento ou reação das cidades.

Os projetos deste setor planejam, com conhecimento técnico e Anotação de Responsabilidade Técnica, a cobertura verde, o aproveitamento das águas pluviais, a urbanização responsável, a promoção de áreas verdes, a drenagem das áreas, o tratamento dos efluentes, a construção segura, a racionalização do consumo. Por isso, cabe à atividade formal a obrigação de sustentabilidade na mesma intensidade que o direito de praticá-la.

Boa leitura!

Amauri Alberto BuzziPresidente Sinduscon Blumenau

Banco de imegens

/sumário

/especialConstrutora lança, na Barra Sul, em Balneário Camboriú, o primeiro edifício do Brasil com o conceito de confort residence. São 31 pavimentos com um apartamento por andar.

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divulgação

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/patrimônio /decoração

/44 /48

Pesquisa acadêmica preserva a memória e mostra o legado de Egon Belz, um ícone da arquitetura modernista em Santa Catarina.

Adesivol, ou tatuagens de parede, são opção prática, versátil e barata para transformar ambientes com muito estilo e bom-gosto.

divulgação

divulgação

/reforma Vida nova para a área de lazer

/projeto comercial Restaurante integra natureza aos ambientes

/design Novidades em objetos úteis, sustentáveis e bonitos

/sustentabilidade Telhado verde ajuda a humanizar construção

/piscinas Como ter e manter um verdadeiro oásis em casa

/projeto comercial A funcionalidade de um hospital veterinário

/jardinagem Flores para colorir os jardins no Verão

/como fazer Um cantinho para cultivar orquídeas

/construção Norma estabelece desempenho em edifícações

/ergonomia Design ajuda a manter postura à frente do computador

/museus História da indústria ganha espaço para a memória

/turismo Cenários paradisíacos e voos na Praia Vermelha

/gastronomia O talento do chef João Leme

/fermantados e destilados Vinhos que refrescam

/clic Alto Padrão/AP indica

/72/74/78/82/86/90/94/96/60

/paisagismoConheça as melhores árvores para produzir sombras e garantir um colorido hipnotizantes em jardins com espaços generosos.

divulgação

divulg

ação

/litoral

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Projetado para garantir conforto, lazer e diversão em um dos pontos mais atrativos do Litoral catarinense, o Parador Estaleiro Hotel está entre os mais premiados e charmosos empreendimentos de hospedagem do Sul do Brasil.

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/22 /28 /32 /40/52 /56/68/70

�resenteie sua casa com uma jóia.

Rua Theodoro Ho l t rup , 504 - V i l a Nova - B lumenau SC - Fone (47 ) 3488 6045

�onheça nossa nova loja, agora mais ampla para você.

Engetel_Anuncio_AltoPadrao_II

segunda-feira, 4 de outubro de 2010 12:44:24

/especial

O Litoral catarinense ganha o primeiro empreendimento residencial da Fukuoka. Com a ousadia de superar expectativas, a construtora especializada na área comercial se insere no mercado residencial despontando com o pri-meiro confort residence do Brasil. A intenção de aliar arte, design, tecnologia e conforto transformou o empreendimento Luar Biasa em um projeto dife-rente, exclusivo e inovador.

Com 31 pavimentos e um apartamento por andar, a construtora já tem negócios concretizados com clientes que investiram em média R$ 1,3 mi-lhão para desfrutar de um prédio seguro e com serviços que irão facilitar a vida dos futuros moradores. O residencial será construído na Barra Sul, Em Balneário Camboriú.

O projeto ganhará as linhas retas e a linguagem atual que traz para a fachada do Luar Biasa a arquitetura contemporânea, inserindo materiais al-ternativos. O contraste do aspecto amadeirado e o conjunto de espelhos de vidro formam uma harmonia com o revestimento cerâmico em pastilhas. Um charme clássico é o elevador panorâmico, um dos elementos de desta-que no residencial.

Com a mesma harmonia, os elementos irão transformar também os demais ambientes, inserindo requinte nos espaços de uso comum. O hall, com pé direito duplo, ganha um aspecto artístico com elementos de van-guarda. A escada escultural e a parede de areia contemplarão o espaço junto de um belo espelho d’água.

Na área de lazer, o contraste entre a piscina aquecida revestida de pasti-lhas azuis escuras e os decks todos amadeirados é valorizado pelas paredes verdes, compostas de plantas, criando uma atmosfera rica em detalhes. Inu-sitada é a face de vidro na lateral da piscina, que vai conferir uma sensação diferente para quem mergulhar e para quem observar de longe.

O mesmo esmero com o design poderá ser aproveitado em outros am-bientes comuns do residencial. Exemplo disso é o Mídia Lounge. Diferente do conhecido Home Cinema, o espaço multimídia une o ar cinematográfico com o despojo da sala de casa. O telão com projetor dispõe ainda de um vi-deogame. As conhecidas poltronas de cinema deixaram de compor o Mídia Lounge que foi desenhado com confortáveis sofás e pufes.

O Fitness Center irá dispor de equipamentos para exercícios aeróbicos e anaeróbicos. Esse bem-estar será proporcionado junto da vivacidade que os elementos de decoração proporcionam. De igual forma, a sauna úmida está projetada para singularizar conforto e funcionalidade. O design transforma o local em arte.

divulgação

simplEsmEntE morAr BEmO primeiro confort residence do Brasil traz formas e tecnologias inovadoras para o mercado imobiliário de Balneário Camboriú

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/especial

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singularidades do composto

Nas áreas de uso comum, a Fukuoka investe em conforto para todos, respeitando as individu-alidades. Exemplo disso é o projeto do salão de festas e espaço gourmet. Eles poderão ser usados em conjunto ou separadamente. É de forma se-parada que as bebidas poderão ficar armazena-das no espaço gourmet, onde, para cada família, haverá uma adega climatizada particular.

Todo o espaço de festas está projetado ex-terna e internamente com jardins verticais em alguns pontos. Sofisticação no design de reves-timentos ecológicos em materiais naturais, como placas cimentícias que imitam madeiras e reves-timentos de coco de babaçu.

O entretenimento das crianças ganha intera-tividade com o projeto que antes era utilizado so-mente em empreendimentos comerciais. Além do playground na área externa, a inserção do Dis-covery Place traz um elemento educativo e inte-rativo. A sala, totalmente voltada para as crianças, se transformará em um ambiente virtual.

Requinte e praticidade caracterizam a área de festas

Espaço infantilprivilegia o lúdico

conectividade e segurança

Itens que são lançados no ramo resi-dencial pela Fukuoka, no Luar Biasa, têm a pretensão de tornar-se referência em segu-rança, conforto e praticidade. A conectivi-dade via transformar a vida dos moradores.

A sensação de segurança do prédio irá muito além da cabine blindada da portaria. O acesso aos apartamentos poderá ser feito com senha, cartão ou com a autorização do proprietário no local ou a distância. Já os terceirizados e prestadores de serviço serão recepcionados e monitorados com o sistema RFID. Um cartão de acesso de uso obrigatório será interceptado pelos senso-res espalhados pelo empreendimento. Será possível verificar o local e o horário de cada acesso.

Para a comodidade de cada dia e para reduzir o tempo gasto com as tarefas do-miciliares, a tecnologia que será implanta-da forma incomparáveis facilitadores das atividades do lar. O exclusivo Easy Delivery levará do térreo, por meio de um compacto elevador, as pequenas encomendas para cada apartamento, sendo acionado pela portaria.

O gerenciamento remoto possibilitará a automação dos apartamentos. Equipamen-tos passíveis de automatização poderão ser programados a distância a partir de um sof-tware entregue pela construtora. Banheira, ar-condicionado, luzes e televisão serão co-mandados de qualquer lugar pela internet.

O Controle de Despensa permitirá que o estoque de produtos seja controlado por meio de um software de automação. Cada apartamento recebe um equipamento a laser que fará registros das compras e re-tiradas dos produtos armazenados. Com consulta online à despensa, as compras poderão ser agilizadas a distância.

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Vidro, metal e espelho d’àgua formam conjunto harmônico no hall de entrda

Easy Delivery facilita o recebimento de pedidos

/especial

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Hábitos revolucionam ambientes

mimos e muito conforto

Antenados aos novos modelos familiares, os profissionais da Fukuoka adequaram os apar-tamentos ao dia a dia das pessoas. A arquiteta Luciana Senday explica que o projeto interno dos apartamentos foi desenvolvido conforme estudos feitos pela construtora. “Nós sabemos que as novas famílias querem conforto e prati-

cidade. Em nossos apartamentos, será possível observar a integração de alguns ambientes. Isto foi pensado para aquelas famílias que se encon-tram apenas à noite e que, neste tempo, ainda querem receber amigos, estar mais próximos”. Luciana caracteriza esse aspecto dos aparta-mentos como aliado da convivência.

Com esse conceito, os apartamentos ga-nham espaços compostos. O New Loft é um novo modelo de cozinha, adequado aos atuais costumes. As pessoas passam mais tempo e recebem as pessoas na cozinha. Uma amplitu-de nos espaços integrados da cozinha, sala de jantar e estar.

Além de toda a tecnologia e inovação nos 31 pavimentos do empreendimento, as famílias serão presenteadas, sem ônus algum, durante 10 anos, pela construtora, com serviços de qua-tro profissionais que irão sanar necessidades do dia a dia. Serão disponibilizados uma recepcionista e também um mensageiro para busca e entrega de encomendas e pagamentos de contas. Outros dois profissionais são o valet, que ficará responsável pe-las manobras dos automóveis na garagem, e um personal chef, que estará disponível para cuidar da gastronomia dos eventos no residencial.

O New Loft é um novo modelo de cozinha, ideal para receber amigos

Piscina é um dos destaques do empreendimento

Qualidade aliada à sustentabilidade

Toda a segurança, inovação e diferen-ciais do Luar Biasa estão enriquecidos pelo cuidado com a natureza. Os itens principais que serão fixados no empreendimento são aquecimento a gás, vidros laminados refle-tivos nos dormitórios da face norte, válvulas de descarga com dois níveis e medidores de consumo de água individuais. E nas áreas comuns será feito o reuso da água pluvial em torneiras e sanitários e iluminação com sensores de presença. Os elevadores econô-micos têm sistema Variação de Velocidade por Voltagem de Freqüência (VVVS), que reduz 35% do consumo. As madeiras utili-zadas são todas certificadas.

As escoras utilizadas são metálicas, diminuindo o uso de madeira, e o com-pensado é plastificado para evitar defeitos e, consequentemente, gastos com um se-gundo processo. Com o mesmo cuidado, os materiais utilizados são de primeira linha e passam por testes feitos pela construtora. AP

Charme e tecnologia também estão presentes na sauna

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Ficha técnica

Projeto:luar Biasa Confort residenceEmpresa:fukuoka arquitetura e ConstruçãoProfissionais:arq. luiz fukuoka, arq. luciana senday, arq. Caroline Cavalheiro, arq. priscila moura, arq. fernanda Junqueira e eng. elaine Barbosa Área Construída:8.404,91m2Previsão para término da Obra:junho 2012

Além da bonita vista, o elevador tem sistema que reduz consumo de energia

A Evolução dos AmBiEntEsProjeto de reforma atribui sofisticação e leveza em ambientes à prova de surpresas

/reforma

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A reforma em uma casa de dois andares conduzida pela arquiteta Claudia Lückmann Jandt foi marcada por espaços que valorizassem a convivência. Ela conta que a interferência mais significante foi justamente na área de festas, que recebeu churrasqueira, balcão, bancada, crista-leira, espaço de descanso e TV. Incluindo todos os equipamentos para as atividades gourmet.

Duas pequenas mesas cuidadosamente dis-

tribuídas garantem um bom espaço para livre circulação e um móvel de madeira de demolição serve como aparador para servir ao estilo bufê. O mesmo material foi usado como painel e revesti-mento na churrasqueira. A arquiteta conta que a linha rústica, porém chic, foi mantida, pois fazia o gosto dos clientes. Por isso, a madeira também foi utilizada para proteger a TV e em outros ele-mentos, assim como o vidro, o inox e a cor – no

caso, o vermelho, para aquecer e dar unidade ao ambiente.

Como a área externa da construção é pro-tegida por um muro de oito metros de altura, Claudia conseguiu promover a sensação de are-jamento através de passagens largas, vidros e um excelente trabalho de jardinagem. Com a área de convívio mais espaçosa e arejada, os clientes pas-saram a receber mais convidados em casa.

Fotos divulgação

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Após o amplo trabalho de reforma (ao lado), casa ganhou espaço ideal para receber amigos

/reforma

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Claudia recorda que, quando os quartos dos dois filhos do casal ficaram prontos, a cliente descobriu que estava novamente grávida. A vi-sita da cegonha que se aproximava fez com que uma suíte e o quarto de ginástica na garagem virassem o quarto de um dos meninos.

Para isso, a arquiteta transformou os dois banheiros em um só e os dois quartinhos em um único ambiente. Ela acrescenta que driblou a falta de janela com um espelho, que conferiu profundidade e luz ao ambiente.

Assim como o quarto de baixo, o de cima também é uma suíte. Por ambos serem meni-nos e pós-adolescentes, Claudia apostou nos móveis brancos, madeira, laca preta e efeitos de luz para quebrar a sobriedade.

O quarto do piso superior ganhou uma cama estilo tatame, que fica em cima de um degrau, além de elementos com detalhes em vermelho, na mesma tonalidade da guitarra do jovem.

Pouco se manteve para o quarto do bebê, já que a recém-chegada é uma menina. A ar-quiteta manteve apenas o guarda-roupas, que recebeu detalhes decorativos em rosa para acordar com o estilo provençal que dá o tom do cômodo. O papel de parede em sutil xadrez foi escolhido junto com a cor da tinta rosa e, junto com o lustre pendente e arandela com cristais, acrescentam delicadeza ao ambiente.

A suíte-máster recebeu um toque de so-fisticação, ousadia e contemporaneidade com o painel de couro croco preto em meia parede. Essa parede ainda é revestida por papel que imita a seda. A arquiteta conta que a moderna penteadeira de espelho recebeu uma cadeira em acrílico transparente para não brigar com os outros elementos do quarto. A leveza fica por conta dos móveis claros mesclados aos tons mais fechados, tapetes bem posicionados e es-tratégicos pontos de luz. AP

surpresa

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A arq

uiteta

Claudia lückmann Jandt é arquiteta formada pela universidade regional de Blumenau (furB) em arquitetura e urbanismo. pós-graduada em Gestão de projetos na Construção Civil pelo instituto Catarinense de pós-Graduação (iCpG). mantém escritório próprio desde 2002, tem projetos executados em são paulo, paraná e rio Grande do ssul, além de toda santa Catarina, especialmente Blumenau e região.

[email protected](47) 3329-2826 | 9928-7007

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Quarto foi caracterizado para agradar ao gosto jovem, mas com todo o conforto.

Abaixo, a suíte máster e ao lado o quarto de bebê

Quarto durante o processo de reforma

Fotos divulgação

/projeto comercial

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Natureza. Essa é a palavra que resume o am-biente do Restaurante Figueira, nome que vem da árvore plantada no centro do estabelecimento. O local, todo cercado por plantas, é considerado pelo proprietário Caio Fontenelle “um cantinho da natu-reza dentro da cidade”. Logo na entrada, é possível sentir o aroma de alecrim e do manjericão, plan-tados no muro. A ideia é que os clientes interajam com o restaurante e até peguem um raminho dos temperos.

Desde a fundação, em 6 de dezembro de 2006, o restaurante já foi redecorado três vezes. Durante os dias de Oktoberfest, o local fecha para reforma. A primeira cor do restaurante era amarela, depois pas-sou para amarelo-queimado e agora tem um tom

de ocre. “Busquei nessa cor o aconchego. Uma cor agradável para o cliente se sentir à vontade”, explica Fontenelle. O restaurante, especialista em carnes no-bres, a maioria uruguaias, é considerado slow food, onde o cliente vai para ficar horas, sem pressa de ir embora.

O proprietário sempre gostou de arquitetura, por isso, o local tem a cara dele. “Minha casa é o re-flexo do restaurante”. Ele conta que o local sempre passa por reformas porque gosta de mostrar novi-dades para os clientes e criar um impacto diferente e novo. Até o cardápio é mudado duas vezes por ano. “Temos bastante clientes assíduos e não queremos que eles cansem do lugar, por isso, gostamos de proporcionar coisas novas”, destaca.

Em 2010, Fontenelle refez toda a jardinagem, paisagismo, bar e cor do restaurante. No jardim, que fica nos fundos, antes havia uma horta e gra-mado. Agora, a ideia foi dar espaço para as crianças brincarem, como o parquinho de madeira. Foram colocados também vasos com ervas para o uso da cozinha do restaurante e dois bancos de ferro para as pessoas sentarem-se ao ar livre. No meio do jar-dim, tem uma jaqueira, preservada desde quando o restaurante foi construído, assim como mais quatro árvores que avançam pelo telhado.

Na entrada do restaurante, foi feito um hall para que os clientes possam esperar enquanto aguardam por mesas vagas. O telhado do hall é feito com te-cido de esteira de praia que Fontenelle comprou

A nAturEzA dEntro dA cidAdEAlém de boa comida e bebida, restaurante oferece aos clientes oportunidade de integração com o natural

Fotos daniel zimmernmann

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A churrasqueira fica à vista dos clientes e permite a integração com o assador

em uma fábrica de Registro, interior de São Paulo. “Gosto muito de antiguidades, por isso sempre trago das minhas andanças e viagens objetos diferentes, como uma máquina de linguiça, mesinhas, bal-des de leite, que incrementam a decoração do restaurante”, conta.

Ao lado do hall, fica a churrasqueira à lenha, desenhada nos moldes uruguaios de preparo da carne, que proporciona um leve sabor defumado e respeita o tempo de preparo adequado para cada tipo de assado. O proprietário conta que a churrasqueira fica à vista do cliente para que possa conversar com o churrasqueiro e trocar ideias. “Gosto que os clientes interajam com o restaurante e se sin-tam a vontade”.

O bar de madeira, que fica próximo à churrasqueira, foi feito em 2009. Na frente, estão expostos 40 tipos de cervejas de diversas nacionalidades e copos para os diferentes tipos da bebida. “Cada cerveja tem o copo certo para ser servida”, explica. Na decoração, também ficam as tequilas que Fontenelle trouxe do Exterior, como a preferida dele, a El Milagro, do México, é claro.

Ambientes para refeiçãoO restaurante conta com dois ambientes: o Deck, com mesas meno-

res em um local mais descontraído e despojado, e o Salão do Lago, com mesas maiores, dispostas em ambiente mais reservado, ideal para uma boa refeição em família ou em um grupo maior de amigos.

O Salão do Lago é dividido por biombos transparentes. “A ideia é um ambiente semi-reservado”, explica. Em cada espaço entre os biombos cabe uma mesa, mas estes podem ser levantados para ampliar o espaço.

No meio do segundo ambiente, fica um lago com carpas que po-dem ser alimentadas com ração pelas crianças. Ao redor, ficam mesas redondas com velas acesas para criar um clima mais romântico, onde o cliente pode escutar o som da água caindo no lago. Já o telhado de cima do lago é um teto retrátil, que é aberto no Verão.

Ao todo, o restaurante oferece 38 mesas e acomoda 180 pessoas. As mesas e cadeiras foram feitas de acordo com o padrão brasileiro de altura, cerca de 1,70 metro, pensando na comodidade do cliente.

A iluminação é mais localizada e focada nas mesas. “As luzes são na medida certa para o cliente se sentir bem. Sempre pensamos no bem--estar das pessoas”, afirma. Já os lustres foram desenhados pelo Fonte-nelle e feitos exclusivamente para o restaurante.

De acordo com o proprietário, o restaurante tem três pontos focais. A churrasqueira, que fica na entrada, é o primeiro, já que o cliente entra e já olha diretamente para ela. O segundo é a figueira plantada no meio do Deck, e o terceiro ponto é o lago, que dá um charme todo especial ao ambiente. Lago dá um charme especial à área central do restaurante. É possível alimentar as carpas com ração

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/projeto comercial

sustentabilidadeTodos os móveis do restaurante são feitos de madeira de demolição. “Fo-

ram utilizados madeiras de reciclagem, como dormentes de estrada de ferro e cruzetas de poste”, cita.

Os troncos de madeira de sustentação são de reflorestamento, assim como todas as madeiras utilizadas na construção.

As luminárias foram confeccionadas utilizando materiais alternativos e reciclados, como isoladores de poste, telas de ferro de demolição e galhos de bambu.

Toda a água quente utilizada no restaurante é aquecida na churrasqueira, sem a utilização de eletricidade. O óleo utilizado na cozinha é encaminhado para reciclagem. Os vidros, plásticos e papéis também são encaminhados para reaproveitamento.

O restaurante está integrado à natureza, com árvores, frutas, ervas e água. Todas as plantas foram preservadas e ainda foram plantadas diversas mudas nativas. “Tudo foi criado pensando na natureza”, diz Fontenelle.

Fotos daniel zimm

ermann

A tequila trazida do México é a preferida do proprietário

Logo na entrada, fica evidente a integração do restaurante com a natureza

o restauranteurCaio Fontenelle é empresário e proprietário do Figueira Restaurante e do

Pepper Jack. Ele é formado em Propaganda e Marketing em São Paulo, pós--graduado em Logística e Qualidade Total e mestrado em Administração de Novos Negócios. Por 25 anos, foi executivo, mas a paixão sempre foi a cozinha. “Fazia jantar para os amigos, viajava e trazia novidades. Assim surgiu a ideia do abrir o restaurante”, finaliza. AP

Figueira restaurante

www.figueirarestaurante.com.br(47) 3035-3710

Fontenelle largou o trabalho como executivo para assumir a paixão pela gastronomia

O restaurante é especializado em carnes nobres uruguaias

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/design

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O potencial criativo do design brasileiro foi apresentado no segundo semestre de 2010, em Curitiba, na Bienal de Design. O designer e proprietário da Bugstudium, Maurilio Bug-mann, conta que esta edição foi a primeira a ter uma temática: Design, Inovação e Susten-tabilidade. “O evento teve como foco a questão de como produzir e consumir bens, satisfazen-do as demandas do mundo atual, sem com-prometer o futuro do Planeta”, completa.

Bugmann afirma que um dos objetivos

desta Bienal foi democratizar o acesso ao pú-blico, por isso, ela foi realizada em sete locais diferentes da cidade, como em museus, uni-versidades, parques e pontos turísticos, tota-lizando nove mostras, além das exposições paralelas.

A principal mostra da Bienal apresentou cerca de 250 projetos, entre produtos, design de serviços e sistemas produto-serviço, in-cluindo design gráfico e de embalagens. A fi-nalidade da exposição Design, Inovação e Sus-

tentabilidade foi fazer um recorte da produção recente do design no Brasil, apresentando exemplos de trabalhos vindos de diferentes regiões do país.

Segundo o designer, a mostra Novíssimos apresentou 53 projetos, reunidos a partir de indicações de professores universitários de to-das as regiões do País. Já a exposição Memória da Indústria - O Caso Móveis Cimo apresentou cerca de 40 peças originais de mobiliário pro-duzidos pela empresa.

As FormAs dA sustEntABilidAdEDa concepção ao descarte, cada vez mais os produtos são pensados para agredir o menos possível o ambiente

Fotos divulgação

‘A Árvire Generosa’ desmontada e montada, ao lado

Tênis fabricado com couro de peixes

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ALTOpadrão

criativo e sustentável “O importante é ressaltar que na seleção dos

trabalhos, considerando a questão da sustentabi-lidade, não foi levado em conta somente o objeto em si, mas o ciclo completo de produção, consu-mo, utilização e descarte”, acentua Bugmann. Ele acrescenta que a questão sustentável vai além do discurso de marketing e que as pessoas estão cada vez mais conscientes e, naturalmente, vão optar por produtos ecologicamente corretos, pois desejam viver em um mundo mais saudável.

Segundo Bugmann, a bienal apresentou projetos de elevado nível, tendo a participação de empresas multinacionais e de grupos que tra-balham de forma artesanal. Estes apresentaram produtos elaborados com materiais retirados di-retamente da natureza e projetos com materiais

que utilizam a nano tecnologia para a fabricação. “Uma peça que chamou a minha atenção foi a série de brinquedos Critters, design de Chico Bi-calho e Isabella Torquato. Trata-se de pequenos bonecos movidos a corda, na contracorrente dos brinquedos eletrônicos. São pequenos motores sem carroceria, com ar retrô, que se movimentam de forma parecida com insetos. São muito diver-tidos e ficam muito bem também como objetos decorativo”, destaca.

Ao considerar o aproveitamento máximo de material, o designer cita o mancebo-estante ‘A Árvore Generosa’, de Pedro Useche. O item é fabricado com uma única placa de pinus de re-florestamento, sendo que o design da peça não gera sobras. A peça teve como inspiração o livro

de Shel Silverstein, de 1964, intitulado ‘A Árvore Generosa’, uma fábula sobre a relação entre um menino e uma árvore. A peça chega desmontada ao consumidor e acompanhada do livro, de forma que ele compartilhe uma reflexão sobre a susten-tabilidade.

A coleção de objetos com formas de animais pré-históricos também chamou a atenção do designer. De Kátia Canellas, Roselie de Farias Le-mos e Raquel Brocco, as peças têm características sustentáveis e base conceitual. Os cabides, porta lápis, seguradores de livros e portas são executa-dos com sobras vindas da indústria metálica e são inspiradas no formato de dinossauros e mamutes. As peças são recortadas a laser e têm montagem simples e aspecto robusto.

Da madeira aos restos de ferragens, a sustentabilidade deu o tom da Bienal de Curitiba

Bugmann desenvolve móveis e objetos decorativos e utilitários

/design

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Estes são apenas alguns dos geniais pro-dutos idealizados por mentes brilhantes do design brasileiro. Bugmann acredita que ain-da existe um bom caminho para ser trilhado, contudo, a cada dia que passa, as pessoas percebem o quanto o design contribui para a qualidade de vida, assim como as indústrias entendem que o design é estratégico para o fortalecimento e competitividade.

“Considero que o nosso design tem mui-to a mostrar ao mundo. O design brasileiro é resultado da diversidade cultural de sua po-pulação. Essa mistura é expressa em soluções criativas e ousadas que, além de inovadoras, são, em grande maioria, sustentáveis, fazendo muito com pouco”, afirma. AP

Fontes de inspiração

design de cada dia

Uma das vertentes do Bugstudium é o design de mó-veis, de objetos utilitários e decorativos, principalmente em madeira e acrílico, além da criação de sofás e poltronas. Os profissionais também atuam em projetos de design de inte-riores de lojas, residências, áreas de lazer, pousadas, hotéis, clínicas, entre outros.

“Existe uma paixão pelos trabalhos que envolvem criatividade, com os quais me envolvo em todos os deta-lhes; desde a parte conceitual, reunião com os clientes, até o acompanhamento da execução. Um elemento chave é a pesquisa que abrange livros especializados, revistas, sites, blogs, visita a mostras, exposições, viagens, filmes e outras fontes de inspiração”, exemplifica.

Fotos divulgação

daniel zimm

ermann

/litoral

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projEto prEmiAdoEntre as conquistas, a melhor é estar entre o sol e o mar

Indicado como Hotel Design pela edi-ção O Melhor do Brasil, da Revista Veja, em 2007, o Parador Estaleiro Hotel está conceituado como um dos mais charmo-sos empreendimentos de hospedagem do Sul do País.

Localizado na Praia de Estaleirinho, em Balneário Camboriú, o empreen-dimento possui um design harmônico com o verde da Mata Atlântica e a faixa

de areia da praia ainda preservadas. Seus principais elementos formam um aspecto náutico e lembram das grandes embarca-ções transatlânticas.

A primeira decisão do projeto, entre os investidores e o arquiteto responsável, Hugo Nieto, foi a utilização de estruturas metálicas, contrastando com a natureza do lugar. Muito bem executada, a estru-tura se uniu às caracteristicas da praia e

as configurações geofráficas permitiram aliar ao metal a transparência e a leveza do vidro.

Com este dois elementos, o critério do arquiteto foi de confundir os ambien-tes internos com os externos, sem inter-rupções. A ideia permitiu inserir outro importante elemento para que o em-preendimeno pudesse ganhar o aspecto náutico: a madeira.

divulgação

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O Parador Estaleiro é divido pelos setores de hospedagem, ambientes para eventos e áreas de lazer e espor-tes. Com uma espécie de eixo condutor, a contrução destes setores foi realizada atravessando o terreno disponível e permitindo que, em todos eles, exis-tam ângulos com direção para o mar.

Ao sucesso deste aspecto foi im-prescindível a transparência através das vidraças, para que a paisagem se tornasse parte da obra. Com isto, a escolha dos demais materiais também foi criteriosos para que formassem uma continuidade em relação à praia.

O aspecto contínuo também se manteve com um gateway elaborado no projeto, que foi construído entre o empreendimento e a praia. A passare-la reflete a intenção de pular sobre a restinga sem tocá-la e promover uma sensação da busca por um horizonte além mar.

Todo o projeto do Parador Etaleiro foi elaborado com diferenciais, evitando em cerca de 95% o uso de tijolos e reboco. Além do vidro e da madeira, o gesso acartonado foi um dos itens que gerou facilidade na montagem dos ambientes. O arquiteto Hugo Nieto percebe o uso destes elementos como de fácil subs-tituição e modificação. Segundo ele, as combinações transformam o empreendimento em algo moderno. “Com os elementos utilizados, não considero que se trate de uma obra que tenha a necessidade de ser decorada. Na realidade, não acredito na arquitetura decorativa e, de fato, o Parador Estaleiro é muito ho-nesto nesse sentido”.

todos osângulos ao mar

praticidade com estilo

Passarela permitiu deixar intocada a vegetação de restinga, essencial para a preservação da praia

daniel zimm

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divulgação

/projeto comercial

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Fotos daniel zimm

ermann No setor de hospedaria, 16 suítes dividem-se em cinco

superiores, seis luxo, quatro executivas e uma máster. Além de vários mimos, algumas tecnologias são encontradas como a fechadura da porta com cartão, cofre digital, tolhas de banho com fio egípcio e refrigeração e aquecimento central.

Todos os apartamentos possuem uma face de vidro no acesso à sacada, proporcionando um ambiente claro na maior parte do dia. O que não interfere na vontade do cliente em ficar no escuro com o uso das persianas que blo-queiam a incidência de luz.

Na área de eventos, existe uma grande flexibilidade dos ambientes e também facilidade em ajustes quanto à ne-cessidade de mudanças. Para evetos sociais, o hotel dispõe de uma estrutura completa. O salão possui a capacidade que pode ser ampliada com tendas, utilizando o lounge e também a área da pisicina.

Já os eventos corpotarivos podem ser realizados em uma sala com capacidade para 40 pessoas, com inclinação e confortáveis poltronas e equipamentos de som e proje-ção. Uma ante-sala deste auditório pode também ser utili-za para a recepção e espera das atividades.

Na área de esportes, que está ligada com as demais áreas de lazer, houve uma inversão quanto às paisagens na-turais. Distantes da praia e protegidos pelo vento, os locais ficam amparados pela estrutura principal de apartamentos.

Com um aspecto muito parecido com as áreas de lazer dos navios de cruzeiros, o ambiente possui psicina semi--olímpica e outra com hidromassagem, amplo lounge com home theater, quadra de tênis, quadra de squash e paddle.

A sauna está disponível seca ou a vapor e o espaço re-laxante tem hidromassagem e cromoterapia. A área ainda agrega academia e um jardim japonês com fonte de águas energizantes.

canto a canto div

ulgaç

ão

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Além de dispor de todo o conforto em hospedaria, o empreendimento possui anexo o Parador Beach Club, com uma superestrutura preparada para a realização de festas badaladas.

Para as incríveis noites de festa, o clube conta com um espaço para 1,5 mil pessoas. Todo o ambiente de lazer do hotel é aproveitado durante as festas e ainda são preparados os ca-marotes com vista para praia, piscina e varanda. Com o conceito de muita sofisticação e requinte, o Parador Beach Club recebe renomados DJ na-cionais e internacionais. AP

Beach Club

Fotos daniel zimm

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divulgação

praia e diversão

o calendário de eventos do clube já possui festas fixas muito procuradas, como parador fantasy, parador hawai, White party e réveillon.

/sustentabilidade

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tElHAdo vErdEMercado da arquitetura e da construção cada vez mais se utiliza do conforto térmico cedido pela natureza

Com ampla difusão no Exterior, a técnica sustentável do ecotelhado começa a ser inse-rida no Brasil. A Região Sudeste mantém-se na liderança de empreendimentos projetados com o telhado verde que, aos poucos, começa a aparecer em Santa Catarina.

Em Blumenau, a Vasselai Empreendimen-tos é a primeira construtora a utilizar a técnica em um condomínio. O Residencial Barolo, que será entregue em outubro de 2011, conta com um Espaço Gourmet anexo à torre onde a téc-nica foi aplicada.

São 30 metros quadrados de laje com mínima inclinação, onde foram instalados os elementos que compõe o telhado verde. Foi utilizado um sistema composto por módulos com dimensões externas de 70 cm de com-primento por 35 cm de largura e sete centí-metros de espessura, já vegetados e colocados lado a lado sobre uma membrana anti-raízes e uma membrana para a retenção de nutrientes. O método é de rápida instalação e proporciona conforto térmico.

O projeto elaborado pela Terra Arquitetura

e executado pela Vasselai Incorporações busca incentivar o uso de tecnologias sustentáveis que tragam benefícios internos e externos ao ambiente. A arquiteta Daniela Pareja Gar-cia explica que, com o uso do telhado verde no Espaço Gourmet, haverá uma considerável redução na sensação térmica do ambiente, diminuindo uso de refrigeração artificial. Ex-ternamente, o projeto reduz a incidência solar, excelente para diminuir a sensação térmica nos ambientes que possuem janelas voltadas para a lateral do Espaço Gourmet.

Banco de imagens

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Imagem do Residencial Barolo e, abaixo, a execussão do telhado verde,que vai garantir o conforto térmico do Espaço Gourmet do condomínio

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A correta instalação e montagem garantem a longa durabilidade do te-lhado verde. Se bem aplicados, sistema de drenagem, impermeabilização, ar-mazenamento de água e o espaço para crescimento das raízes extinguem a ne-cessidade de manutenção, dependendo também da planta que será utilizada.

A escolha da planta certa garante a qualidade do projeto. Normalmente, espécies de suculentas são as prefe-ridas, pois consomem uma média de quatro vezes menos água que os tipos de grama.

manutenção zero

Fotos divulgação

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ALTOpadrão/sustentabilidade

Ficha técnica

projeto: telhado verde do residencial Barolo (vasselai incorporações)empresa: terra arquiteturaprofissionais: daniela pareja Garcia, osvaldo rogério segundo de oliveira e Christian Krambeckárea Construída: 1.126,00m2 (total)início da obra: março de 2010previsão de término da obra: outubro de 2011

Espaço que recebeu o telhado verde. Abaixo, a arquiteta Daniela Pareja Garcia e o empresário e engenheiro civil Ricardo Vasselai

A Vasselai Empreendimentos aposta em projetos que atendam às necessidades atuais de responsabilidade e sustentabildade am-biental. A exemplo disso, todas as construções são planejadas para que não haja desperdício de materiais, partindo, inicialmente, de um treinamento dos colaboradores.

No Residencial Barolo, além da aplicação do telhado verde, ou-tros itens estão focados nestes valores, como o pomar, coletas de materiais recicláveis, hidrômetros individuais, vasos sanitários de baixa vazão e janelas amplas para maior ventilação e iluminação natural. Nas áreas comuns, as torneiras possuem temporizador e as lâmpadas têm sensores de presença. O sistema de captação da água da chuva armazena o líquido para ser utilizado nos trabalhos de manutenção e limpeza.

O engenheiro e empresário Ricardo Vasselai ressalta que é fun-damental, junto com a implementação dos itens de sustentabilida-de nos empreendimentos, repensar os hábitos e costumes, pois é insuficiente o edifício ter itens para racionalizar os recursos naturais se o usuário não tiver consciência e educação para usá-los. AP

construções corretas

divulg

ação

daniel zimmermann

vidA E oBrAProjeto de resgate pretende manter Egon Belz na memória dos blumenauenses

/patrimônio

Herdeiro de traçados modernistas adquiridos em suas passagens por escolas cariocas e paulistas, Egon Belz, nascido em Blumenau em 1931, é o ícone do estudo de resgate de vida e obra profissional realizado pela professora da Furb, Sílvia Odebrecht.

Do atleta da década de 1950, no Mackenzie, em São Paulo, ao arquiteto sonhador e perseverante, Egon Belz teve a oportunidade de aprendizado da profissão com diversos arquitetos modernistas de renome nacional.

De acordo com Silvia, esse aprendizado tornou Belz um profissional rigoroso e minucioso em seus projetos, sempre realizados com muita cautela, a exemplo dos projetistas de descendência alemã, como Hans Bross. “Durante anos, o arquiteto blu-menauense trabalhou com o conhecido profissional alemão, o que lhe conferiu uma vasta experiência processual de arquitetura, tanto nos modos técnico--construtivos quanto na concepção estética”, afirma a professora.

Essa mesma rigorosidade Egon Belz mantinha nas práticas esportivas. Ele se destacou em várias mo-dalidades, como voleibol, basquete e atletismo, sendo esse último o de maior importância com o salto triplo.

Desta forma, sem formação acadêmica, mas com vasta experiência, durante anos como aprendiz de arquitetura e praticante de diversas modalidades do esporte, o blumenauense serviu como uma ferra-menta importantíssima não só do desenvolvimento da arquitetura da cidade, mas, especificamente, do apelo municipal da construção de um ginásio espor-tivo à altura de Blumenau. Sua reputação como ma-nifestante de palavras e ações foi sempre de grande relevância para o processo político e econômico de apuração da construção do ginásio.

Belz obteve o diploma oficial de arquiteto so-mente em 1985, pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Depois, atuou no corpo docente do curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Regional de Blumenau (FURB).

Arquivo mundi Editora

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Projetos como da Fundação de Esportes (ao lado) e residenciais mostram o estilo modernista de Egon Belz

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avas “Terminei o projeto do Parque

das Itoupavas, com 1 milhão de metros quadrados de área, em 2001. Foi um convênio entre a Prefeitura e a Furb. A área fica entre a Rua Pedro Zimmermann e a 1º de Janeiro, com espaços para lazer, esportes, teleférico, hotel, lagos e muita natureza. Tenho um sentimento muito grande por aquela região, onde meu pai nasceu. Fazer um grande parque para o futuro ali é muito importante, porque a cidade está crescendo para aquele lado. Tenho esperança que seja implantado. Se não for hoje, será amanhã, ou depois. É uma obra que depende da vontade de toda a comunidade.”

Sílvia Odebrecht resgata a vida e a obra do arquiteto Egon Belz

/patrimônio

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Apaixonado pelo esporte e pela arquitetura, Egon Belz apresentou uma ideia inovadora de giná-sio, tanto pela modernidade arquitetônica, quanto pela múltipla utilidade esportiva e cultural.

A arena projetada pretendia atender às moda-lidades de basquete, voleibol, handebol, tênis, gi-nástica artística e futebol de salão, conforme normas vigentes na época. Tal empreitada precisaria de um espaço de público com capacidade de 3,5 mil pes-soas sentadas, que logo depois foi alterado para 5 mil, quando vislumbrou-se o crescimento do polo esportivo da cidade.

Para a realização do projeto, alguns exemplos foram visitados por Egon Belz. Entre eles, o Centro Baeta Neves, em Santo André, Parque Ibirapuera e Esporte Clube Pinheiros, em São Paulo, serviram

como indicadores de que o ginásio precisaria privile-giar a visão de todos os espectadores. Usualmente, a forma retangular das arenas formava arquibancadas oblongas ou elípticas, que desigualava a visão do público.

Isso trouxe ao projeto de Belz uma circunferên-cia sobre o retângulo da quadra de esportes e, ao redor, circunscreveu-se outra forma, um quadrado, que coincidia com a borda do terreno obtido pela Prefeitura – de 74 metros por 74 metros.

Outro detalhe, que normalmente seria tratado como problema, foi muito bem resolvido por Belz: a circulação de pessoas, principalmente, após os eventos. O arquiteto projetou a área de circulação maior que o entorno da arquibancada. O imenso quadrado possibilitou uma vazão sem os costumei-

ros atropelos nas saídas de ginásios e estádios. Para melhor resultado, o nível da arena ficava acima da entrada do ginásio, assim como a arquibancada.

A cobertura prevista seria de uma laje concre-tada, com o mesmo tamanho (74m x 74m), assen-tada sob quatro pilares-vértice e vazada no interior. A divisão seria em quatro painéis isolados, com a armadura principal na direção radial, semelhante a uma marquise, cujo engaste seria realizado por uma viga anelar.

Egon Belz concluiu seu projeto em 1968, quan-do foi apresentada uma maquete de exemplificação, porém, sua ideia nunca foi aprovada integralmente, com a alegação dos custos serem muito elevados. O arquiteto que tornou-se um ícone da profissão em Santa Catarina, faleceu em 21 de dezembro de 2007.

o projeto inicial

Devido à cultura esportiva histórica de Blumenau, com a vocação em diversas mo-dalidades oriundas, como a ginástica que inaugurou a Turnhalle, em 1924, o primeiro ginásio de esportes de Santa Catarina, a po-pulação local sempre se ateve à condição de cidade sede de diversos eventos esportivos.

Após o período da Segunda Guerra Mundial, muitas modalidades esportivas

não tinham as devidas estruturas para trei-nos e campeonatos. Com a criação dos Jogos Abertos de Santa Catarina (Jasc), em 1960, em Brusque, reacendeu-se o debate sobre a estrutura esportiva de Blumenau.

Em 1962, a Comissão Municipal de Es-portes (CME), comandada pelo então pri-meiro presidente Sebastião Miranda Cruz le-vantou a possível construção de um ginásio

coberto. O atleta e arquiteto Egon Belz teve concisa presença na elaboração do projeto.

Para tal feito, era preciso que a obra se localizasse próxima ao Centro da cidade, podendo servir para os mais diversos tipos de eventos esportivos, tanto na variedade de modalidades, quanto na capacidade de englobamento de uma sede de grandes partidas. AP

sebastião cruz, o Galegão

Maquete do Ginásio do Galegão, exatamente como foi concebido por Egon Belz

/ decoração

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Nenhuma parede é a mesma depois de um adesivo decorativo. O elemento que con-fere personalidade ao ambiente, traz motivos diversos e, o melhor, é versátil. O gerente da Copihaus, David Regis, explica que os adesi-vos decorativos estão por ai há dez anos, mas, somente com a evolução da impressão digi-tal, os decalques popularizaram-se e, agora, estampam paredes de casas e de ambientes comerciais.

Como é facilmente removível, não há limi-te para a aplicação dos adesivos decorativos, também chamados de tatuagens de parede. “O melhor é que se pode fazer o que vem à mente. Frases inspiradoras, desenhos, fotos, enfim, o que passar pela cabeça pode parar na parede”, afirma.

Para a aplicação ser perfeita, Regis avisa que a parede deve ser lisa. O próprio cliente pode aplicar o adesivo, contudo, se o desenho

for grande, é melhor contratar serviço especia-lizado para evitar dobras e enrugamentos.

Não só as paredes recebem os decalques. Espelhos, vidros, móveis e eletrodomésticos também ficam ótimos quando adesivados. Para Regis, o único cuidado é com o excesso. Colocar adesivo em todo canto da casa e mis-turar elementos pode carregar o ambiente. Na dúvida, o gerente sugere a consulta de um de-corador antes de sair adesivando por aí.

pEnso, loGo AdEsivoAs tatuagens de parede dão asas à criatividade e têm o poder de mudar a cara dos mais diversos ambientes

Fotos Banco de imagem

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para chamarde meu

Na Copihaus, Regis conta que há adesivos pré-concebidos, en-tretanto, o cliente pode enviar o desenho que quiser e escolher a cor que desejar para personali-zar o decalque. O gerente conta que é barato adesivar a casa. O preço pode variar de R$ 45,00 a R$ 130,00, dependendo do tama-nho e da complexidade do desenho. Sendo assim, se a parede estiver lá, branca e sem graça, adesivo nela.

um m

otivo

para

cada

ambie

nte Certas tatuagens de parede caem como luvas em determinados ambientes

Cozinha: frutas, legumes e verduras coloridos ficam lindos quando empilhadas em um canto da parede. aposte nas maças, nos tomates e nas pimentas, que são mais bonitos. na geladeira, flores e até um pinguim conferem personalidade ao eletrodoméstico.

Quarto: desenhos de cerejeiras e bambus são ótimas ideias para trazer o oriente para dentro do cômodo. flores em geral são românticas e frases de amor no quarto do casal conferem harmonia pura.

Banheiro: animais aquáticos colados no box do chuveiro, como sapinhos ou peixes, são as melhores pedidas. Bolinhas de sabão saindo da banheira ou da pia são irreverentes e engraçadas.

Sala: desenhos descontraídos e versáteis são as principais características dos arabescos. Cores alegres dão ao ambiente descontração e estilo. frases inspiradoras também ficam ótimas em salas e copas.

Infantil: o quarto dos pequenos ficará mais fofo com safáris coloridos, floresta, fundo do mar ou borboletas. um medidor de girafa, para acompanhar o crescimento da criança, é gracioso e funcional.

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/ decoração

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dicas

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stalaç

ão

Preparação: Certifique-se que a superfície onde vai aplicar o desenho não tenha umidade, sujeira ou rugosidade. a superfície deve estar limpa e seca para a melhor aderência. use um pano seco e, se necessário, limpe com detergente neutro.

1º passo: disponha o desenho na posição desejada e fixe a parte superior com uma tira de fita adesiva. Caso tenha recebido o desenho em mais de uma cartela, aplique primeiro a figura maior.

2º passo: agora desenrole a cartela e verifique o posicionamento.

3º passo: puxe para baixo e retire progressivamente o papel branco, deixando o adesivo colado apenas na máscara de transferência (papel transparente).

4º passo: pressione o adesivo. o ideal é usar uma espátula, pressione o adesivo.

5º passo: após fixar o adesivo, poderá começar a retirar a máscara de transferência. apenas o adesivo estará fixo. É aconselhável deslizar sobre a própria parede, tirando lentamente.

6º passo: se o desenho está dividido em várias peças, siga os passos anteriores priorizando sempre as cartelas maiores. se as partes são unidas, deve-se ter a precaução de montar a segunda peça sobrepondo a primeira em até três milímetros.

7º passo: se a parede foi pintada recentemente, deve ter-se a precaução ao retirar a fita adesiva para que não danifique a pintura. em todo caso, aplique fita de baixa aderência.

8º passo: caso tenham ficado bolhas, elas poderão ser eliminadas soprando o adesivo com um secador de cabelo e repassando a espátula.

fonte: Grudado Adesivos de Parede / www.grudado.com.br

/piscinas

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É Verão e você quer aproveitar o melhor de suas férias com muita sombra e água fresca. Água, muita água mesmo! As temperaturas desse perío-do fazem com que as pessoas busquem diversas formas de se refrescar. E para quem está longe da praia, ou mesmo para quem está perto, mas não curte a água salgada, as piscinas tornam-se a melhor pedida.

Com diversas opções no mercado, o tempo de instalação de uma piscina está cada vez menor. Hoje, é possível executar um projeto em até 20 dias. Mas, para que essa rapidez não gere proble-mas, é preciso que exista um bom planejamento.

É interessante que o local onde será instalada a piscina passe por uma avaliação profissional. Com isso, será possível verificar qual o melhor

projeto, para que não haja contratempos poste-riores com uma má instalação.

São conhecidas três técnicas construtivas. O projeto de alvenaria já foi muito utilizado, princi-palmente quando as áreas de lazer das residências passaram a dispor de espaço para piscinas. Atual-mente, a técnica ainda é usada em grandes proje-tos, visto a durabilidade e as mais diversas opções de azulejos e mosaicos.

Já as piscinas de fibra dispensam os aparatos construtivos como as paredes de alvenaria. Com uma boa manutenção, o tempo de vida também é prolongado. A facilidade de limpeza é um ponto positivo das unidades que vêm prontas e polidas. A instalação é rápida e os fabricantes oferecem modelos de diversos tamanhos e formas.

Mas o consultor de vendas Hiure Nunes Par-terno afirma que 55% da comercialização mun-dial já é a de piscinas em vinil. São diversos fatores que colocam a técnica em primeiro lugar. O vinil permite uma grande liberdade de tamanhos, for-matos e profundidade. A aplicação, na estrutura de alvenaria, pode ser realizada nos mais ousados projetos. Outro destaque é a diversidade de cores e estampas para a decoração, que pode ser per-sonalizada.

Tempo e dinheiro são economizados nos projetos de execução rápida. A facilidade de lim-peza supera os projetos em azulejo e fibra, pois a superfície do vinil dificulta a proliferação de fungos e algas, além de ter proteção contra raios ultravioleta.

oásis pArticulArVariedade de materiais, formar e tamanhos que o mercado oferece agradam a todos os gostos

Fotos divulgação

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piscina, praque te quero

Ao investir em uma piscina, é necessário pensar na estrutura em volta como um todo. Uma piscina por si só, muitas vezes, acaba perdendo o objetivo. É preciso que o ambiente proporcione as melhores sensações, sejam elas em família, entre amigos ou momentos em que se prefira a solidão.

Além da funcionalidade necessária, en-riquecer o ambiente visualmente inclui a va-lorização que os projetos atuais podem dar ao espaço. Com a consultoria de profissionais especializados e muita criatividade, pequenos elementos ou detalhes da geografia podem transformar uma simples piscina em algo de encher os olhos, acalmar a alma e refrescar o corpo.

Projetos ligados à natureza se destacam no ramo. É cada vez mais comum nos ambientes de piscina a inserção de decks de madeira, móveis ecologicamente corretos e plantas que, além do charme, ajudam na purificação e fres-cor do ar. Seja um pequeno lounge para des-cansar ou uma churrasqueira para promover as festas, os anexos projetados junto às piscinas seguem os aspectos mais contemporâneos.

verde vale piscinas rua: das missões, 326 - ponta aguda fone: (47) 3222- 1400Blumenau – sC www.verdevalepiscinas.com.br

De azulejo, vinil ou fibra, as piscinas devem compor ambiente previamente pensado para lazer e descanso

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/piscinas

uma vez piscina, sempre ativaQuando uma piscina é instalada, é neces-

sário que sejam mantidos alguns cuidados, tanto de preservação do projeto como das pes-soas que convivem no local.

Execute a manutenção da água com toda o rigor necessário para que não haja danos na estrutura e nos aparatos, como filtros e

tubulações.Manter a água nos padrões necessário é de

máxima importância, pois é preciso prevenir casos de alergias e outros problemas de saúde.

Existem itens de segurança dos locais como cercados removíveis e lonas que cobrem as piscinas em épocas de menos uso. AP

Flipper piscinasrua: paraíba, 161 – victor Konderfone: (47) 334 0- 1678 Blumenau – sC www.flipper.com.br

Faça diferente, faça a sua piscinaEspaços mais rasos anexos à piscina proporcio-

nam relaxamento. Os espelhos d’água com dese-nhos ou mosaicos podem diferenciar o projeto.

Além de ótimos para caminhar, é possível inse-rir cadeiras para tomar sol. Ao receberem uma ilu-minação diferenciada, o aspecto visual noturno fica

maravilhoso. A iluminação pode ser estabelecida em todo o projeto e realçar as cores, principalmente nos dias de festa.

Para quem gosta de fugir do convencional, a aposta são as curvas. Quebrando a monotonia, as curvas dão à piscina um aspecto único, como uma

obra de arte. Aposte também em movimentos. Mais futu-

ristas ou clássicos, os projetos que envolvam fontes, cortinas d’água ou chafarizes embelezam as pisci-nas. São vários modelos com efeitos diferenciados que agregam ainda mais requinte aos projetos

divulgação

soB mEdidA pArA os BicHinHosMuita pesquisa resultou em projeto de hospital veterinário que se destaca entre os empreendimentos da Região Sul

/projeto comercial

Planejado exclusivamente para receber a estrutura de um empreendimento hospitalar na área de medicina veterinária, o projeto do Hospital Veterinário Santa Cata-rina é destaque na Região Sul do País pela modernização e tecnologia de ponta. Localizado na Rua Iguaçu, em Blumenau, é um dos empreendimentos que revitalizou a região do Bairro Itoupava Seca, que volta a ser explorada comercialmente.

Os arquitetos Alexandre Fantin e Eduardo Siqueira, de São Paulo, estudaram diversos empreendimentos da área para criar um projeto que transmitisse segurança e envol-vimento.

A começar pela estrutura predial, o projeto foi elabo-rado para captar recursos naturais. Em todos os ambientes do edifício, dividido em dois pavimentos, o uso de panos de vidro é muito evidente. As grandes vidraças (sopro de luzes) permitem que a incidência da luz natural diminua o consumo de energia elétrica. Com este elemento, além do benefício ecológico, a estética ganhou uma personalidade contemporânea, considerando também que os panos de vidro utilizadas são refletivos, o que beneficia a manuten-ção da temperatura interna.

O conceito primou pela setorização, considerando as necessidades do fluxograma das funções do hospital ve-terinário. O bloco frontal abriga recepção, sanitários para clientes, pronto atendimento e os consultórios. No piso superior deste bloco estão a suíte do médico plantonista, copa, auditório e sala da administração – que consta do projeto como um mezanino – de onde é possível visualizar a área da recepção com pé direito duplo. Após este bloco, existe uma área que faz a ligação com o segundo bloco. Nela estão ambiente de fisioterapia, elevador e caixa de escadas.

No segundo bloco, ficam localizadas as áreas de inter-nação, com leitos normais, leito para animais com doenças infectocontagiosas e UTI. Também estão neste espaço o centro cirúrgico e uma biblioteca para que médicos vete-rinários possam realizar pesquisas.

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contrastesPara dar mais sofisticação ao branco uti-

lizado na quase totalidade da construção, os detalhes de piso e acabamento seguem a cor da veterinária. Os tons de verde podem ser observados no revestimento do piso nas áreas cirúrgicas e de internação.

Externamente, a fachada, com estilo arquitetônico contemporâneo, ganhou um aspecto futurista com grandes placas de alu-cobond na cor branca nas laterais e uma faixa central verde-escura. Além de fácil personali-zação, estas chapas podem ser pré-montadas

e aplicadas com rapidez. O responsável pelo projeto de comunica-

ção visual, Nicholas Alencar, optou por inserir uma faixa de alucobond verde-escura na fa-chada para dar mais vida ao prédio, predomi-nantemente branco. Isso destacou ainda mais o prédio e tornou mais fácil a associação com os materiais de comunicação utilizados pelo empreendimento.

O contraste fica por conta, também, do paisagismo, muito bem equacionado com plantas de pequeno porte e algumas palmei-

ras em pontos específicos das laterais e junto à construção. À noite, o visual também chama a atenção pelos pontos de iluminação.

O paisagismo pode ser notado também no interior do prédio. Nas laterais do corredor de acesso entre o consultório três e setor de internação de infectocontagiosos, que são ligadas por um túnel transparente, um jar-dim confere aspecto lúdico. Os elementos transparentes do corredor e a ornamentação paisagística eliminam o clima frio e asséptico que normalmente se encontra em hospitais.

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Estética aliada à tecnologia

Tão bem preparado esteticamente, o Hos-pital Veterinário Santa Catarina também se destaca pela tecnologia para o atendimento de pacientes. O Laboratório de Análises Clíni-cas e o Raio X são realizados por aparelhagens digitais. Com isto, os resultados de exames são mais rápidos e tornam os procedimentos mais ágeis.

No setor de fisioterapia, a estrutura é completa, com piscina aquecida para hidrote-rapia, phisio-ball e esteira aquática. No local, ainda é possível realizar exercícios para a pre-venção e controle de obesidade.

Verde, a cor da medicina veterinária, quebra a monotonia do branco no interior e na fachada do prédio

Estrutura completa Os mais de 900 metros quadrados do empre-

endimento são completos para a prática de medicina veterinária preventiva, diagnóstica e terapêutica. As internações são divididas em ala de infectocontagio-sos, ala para felinos, ala de internação comum e uni-dade de tratamento intensivo (UTI). O Centro Cirúrgico conta com duas salas equipadas para procedimentos operatórios e as ante-salas para preparação dos médicos e outra para preparação dos animais. Uma terceira sala contempla os serviços de esterilização dos instrumentos cirúrgicos (expurgo).

Todas as baias da internação foram construídas com o propósito de manter o máximo de higiene. Para que os animais não possuam qualquer conta-minação por contato com outros pacientes a estrutura que recebe resíduos fisiológicos dos animais são in-dividuais e foram projetados com um encanamento que segue individual até uma central. Desta central os dejetos passam para uma estação de tratamento de efluentes, para que somente em seguida seja deposi-tada junto da rede de saneamento público.

A política sustentável da empresa se estende também com as placas de aquecimento solar de água utilizada nos tanques hidroterápicos. E a cap-tação da água da chuva para o uso em sanitários e torneiras externas de serviço. AP

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Hospital veterinário santa catarina

rua iguacu, 177, itoupava seca – blumenau, sCwww.hovetsc.com.br

arquiteturaAlexandre Fantin e Eduardo Siqueirawww.fantinsiqueiraarq.com.br design e CriaçãoNicholas Alencar www.studioalencar.com.br

o paisagismo ajuda a integrar ambientes interno e externo

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Cultivar árvore e depois desfrutar de sua sombra é mais fácil que parece. Basta ter um bom jardim e tomar alguns cuidados. O professor de pai-sagismo e arquiteto João Francisco Noll ensina que a muda deve ter, no mínimo, 50 cm de altura para ser plantada em um jardim doméstico. Para adquirir a planta, ele recomenda consultar boas floriculturas que vendam ou produzam espécies nativas.

Para avaliar se a muda é boa, o professor expli-ca que as raízes precisam estar presas em um bom torrão de terra, que não se desmanche com facili-dade. Ele sugere que o terreno seja preparado uma semana antes com terra orgânica. No ato do plantio, a muda deve ser colocada em uma cova de 60 cm por 60 cm, sem o plástico que envolve o torrão e, em seguida, a terra precisa ser regada até encharcar. O ideal é que a irrigação aconteça diariamente, du-rante as duas primeiras semanas, sendo a medida um balde de água por árvore. “É recomendado que o plantio ocorra no Inverno ou no Outono, já que o calor do Verão pode desidratar os brotos”, instrui.

somBrA, Frutos E BElEzANada se compara à energia de uma árvore crescendo sob seus cuidados. O agradecimento vem em forma de ornamentação, frutas e sombra

Fotos divulgação

poda de formação A árvore começou a crescer, porém ainda

precisa de cuidados. Para que a planta cresça com vigor, em um caule único, é preciso cortar os brotos que nascem no tronco. Para Noll, a altura ideal para permitir a bifurcação é de 1,50m a 2m.

Ao longo do desenvolvimento da árvore, é ne-cessário que se faça a poda de limpeza, quando são removidos os galhos secos. No entanto, o professor aconselha nada muito drástico.

Ao escolher a árvore que trará sombra, flo-res, frutos e beleza ao jardim, Noll indica algumas espécies:

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ALTOpadrão

ipêSeja qual for a cor das flores, esta árvore oferece som-

bra e cor ao espaço. No Verão, tem abundante copa e, no Inverno, o ipê perde as folhas, o que é ótimo para que a casa receba mais luz do sol nesta estação.

/paisagismo

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jabuticabeiraAlém da sombra, a árvore produz deliciosos fru-

tos. Cresce de 10m a 15m de altura e perde parte das folhas no Inverno. Por ser nativa da América do Sul, a jabuticabeira ocorre com abundância aqui no Vale.

Fotos divulgação

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QuaresmeiraCom lindas flores, roxas ou rosas, esta árvore pode

atingir até 10m. Mesmo quando não está em flor, a quaresmeira é ornamental. A copa é de cor verde es-cura, com formato arredondado. No Brasil, é utilizada na arborização urbana.

/paisagismo

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Guapuruvu:Esta linda espécie brasileira e nativa da região

pode atingir até 30m de altura. A árvore perde to-talmente suas folhas no inverno e cobre-se de flores amarelas na primavera. A copa produz uma sombra leve e cresce muito rápido. Por ter a madeira mole, os galhos podem quebrar-se com ventos e tempestade. Assim, é melhor plantá-la longe de edificações.

Fotos divulgação

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AroeiraÁrvore de pequeno a médio porte, ca-

paz de alcançar de 5m a 9m de altura. O fruto é a pimenta rosa, que serve como con-dimento por seu sabor levemente picante e adocicado. A aroeira é usada na arborização urbana. A frutificação ornamental aliada à rusticidade da planta faz com que seja ex-celente escolha para o paisagismo. AP

/jardinagem

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EscolHA As FlorEs pArA A vErãoVariedade de cores, formas e perfumes estão à disposição nas floriculturas para os amantes dos jardins

Os adeptos do cultivo de jardins sabem que existem flores para cada estação do ano. Do final da Primavera até o final do Verão, uma grande profusão de flores e cores podem enfeitar os can-teiros. Entre as chamadas plantas de ciclo curto, destacam-se algumas que podem ser cultivadas o ano todo, como a petúnia (Petunia hybrida), a verbena (Verbena) e a flor-canhota (Scaevola emula).

As petúnias podem entrar como comple-mento de outras plantas. Por exemplo, em grandes vasos ao redor de palmeiras, em vasos pendentes em cultivo unitário ou consorciadas com gerânios (Pelargonium peltatum) ou outras plantas verdes do tipo pendente, como as heras (Hedera helix).

Já a verbena e a flor-canhota são conside-radas bordaduras de canteiros e para cobertura vegetal de áreas sem pisoteio. Como são rastei-ras, também podem ser usadas para outros fins, como entradas de automóveis para substituir a grama, para jardineiras de edifícios, como pen-dentes, sozinhas ou consorciadas com outras plantas, como dracenas e heras.

As cores delicadas e folhagem decorativa se-rão atraentes por longo tempo.

Fotos Banco de imagens

ciclo longo

Petúnia

Verbena

Flor-canhota

A laços espanhois (Gaillardia), uma herbácia de ciclo longo, é um achado no paisagismo. Tem ciclo de dois a três anos e as flores em capítulos amarelo, vermelho e bicolores, em grandes maci-ços para média altura, enfeitam qualquer jardim. Pode ser usada em vasos junto a piscinas e áreas de lazer, para onde pode atrair borboletas e ale-grar muito os ambientes.

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romantismo

Laços espanhois

Gerânio

Flor-de-mel

Lobélia

Os românticos não podem deixar de ter em seus jardins a flor-de-mel (Alyssum montanum), a calêndula (Calendula offici-nalis) e a lobélia (Lobelia). Facilmente en-contrada em floriculturas, a flor-de-mel com flores brancas e flores rosas, extremamente perfumadas, pode ser usada combinando

as duas cores. A calêndula é uma planta medicinal,

que florece em capítulos amarelos ou laran-ja, folhas de forte perfume, que podem fazer parte do jardim, trazendo um toque alegre e gentil. E a lobélia, na cor azul-violeta inten-so, é um contraste adequado para a calêndu-

la ou outras flores amarelas. Nas floriculturas, pode-se encontrar

uma série de espécies adequadas para o cul-tivo no Verão, principalmente de as de ciclo curto. Então, o ideal é por a criatividade para funcionar e buscar misturas que encham os olhos e espalhem perfumes pelo ar. AP

/como fazer

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“Ao maior dos reis, leve um buquê de orquí-deas.” Essa frase é atribuída a uma escrava à rainha de Sabá, preocupada em escolher um presente à altura de Salomão, rei de Israel, por volta do ano 900 a. C. Belkiss, a rainha, teria aceitado de ime-diato a sugestão da escrava e, assim, conquistou o rei vizinho. Até hoje, nas vilas ao norte do lago Tana, na Etiópia, vivem cerca de 30 mil judeus chamados Falashas, que se dizem descendentes diretos de Menelik, filho do rei Salomão e da rainha de Sabá (atual Yêmen).

Como essa lenda demonstra, o fascínio pelas orquídeas não é de hoje. Atualmente, cada vez mais pessoas buscam o contato com estas plantas para aliar as tensões diárias. Depois de aprender o básico sobre o cultivo das diversas espécies de orquídeas, o desejo de qualquer iniciantes e ter em casa um espaço adequado para cuidar das plantas.

Na natureza, as orquídeas podem ser encon-tradas em florestas, montanhas, vales, pântanos e até em rochas. Por isso, fica difícil determinar de modo geral qual o melhor ambiente para cultivá-

-las. As epífitas, por exemplo, nascem em árvores e precisam de iluminação intensa e difusa, enquanto as terrestres podem tanto viver sob densas flores-tas, com baixa luminosidade, como em campos abertos, onde a luz é farta. Já as rupículas nascem fixadas em rochas, expostas ao sol pleno.

Mas, como a maioria das orquídeas cultiva-das são provenientes de florestas, de modo geral, pode-se afirmar que em ambientes onde as sa-mambaias se dão bem o cultivo de orquídeas terá sucesso.

o cAntinHo dAs orQuídEAsCom pouco espaço e materiais de fácil acesso é possível construir em casa um espaço para o cultivo de orquídeas

Fotos banco de imagens

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o orquidárioPara fazer um orquidário é importante ter um canti-

nho que receba o sol da manhã. No clima tropical, uma boa solução é construir ripados de madeira ou bambu, de modo que os raios solares fiquem filtrados, propor-cionando luz na medida exata.

Esses ripados se assemelham a armários, com cerca de 2,40 metros de altura. A parte do fundo, as laterais e a parte superior são feitas com ripas de madeira com cinco centímetros de largura. No teto, essas peças devem ser dispostas no sentido Norte-Sul, para o sol caminhar sobre as orquídeas no sentido Leste-Oeste e, gradati-vamente, ir passando sobre as plantas. Em geral, a dis-tância entre as ripas é de três centímetros, mas pode ser menor em regiões de luminosidade intensa,

Com essas condições, é possível montar um orqui-dário com capacidade para acomodar até 200 orquídeas, considerando-se uma largura média de cinco metros. Os exemplares maiores, que necessitam de bastante aera-ção junto às raízes, podem ficar pendurados. A prateleira central é um bom lugar para as mudas recém plantadas e em fase de crescimento. Na parte de baixo, apoiadas em blocos, podem ficar as espécies que gostam de mais sombra, como os cimbídios.

De preferência, use peroba sem pintura, a prateleira poderá ser pintada com óleo queimado e nos caibros de sustentação deve ser aplicado Neutrol, para evitar o apodrecimento da madeira. No mercado há ainda o Sombrite, uma tela especial para proteger as plantas do sol excessivo. Esse material, que substitui as ripas, chega a filtrar 60% dos raios solares, criando uma atmosfera ótima para a maioria das orquídeas, já que deixa os am-bientes bem ventilados e protegidos tanto do sol como de insetos e outros animais.

Seja qual for o material escolhido, a parte Sul deve ficar ao abrigo dos ventos. Portanto, deixe esse lado com a parede mais fechada e, nas épocas mais frias, coloque protetores de plástico transparente.

Se você não dispõe de espaço externo, pode tam-bém cultivar dentro de casa ou até no apartamento, pois a temperatura em interiores é ideal para essas plantas. É só construir prateleiras junto a janelas bem iluminadas (face Norte ou Oeste), protegidas no lado de fora por uma tela, para que os vasos recebam sol filtrado. AP

/construção

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Desde maio está em vigor a norma da Associação Brasileira de Normas Técnicas NBR 15575. Conhecida como a norma Brasileira de Desempenho de Edifícios, ela estabelece o desempenho mínimo obrigatório para os sistemas construtivos utilizados nos edifícios ao longo de uma vida útil. Padronização, economia, segurança, proteção ao consumidor, gestão de riscos, responsabilidade social são alguns benefícios da nor-matização.

A principal característica da NBR 15575, segundo o engenheiro civil Davi Eduardo Zimmermann, é que ela foi concebida com base no conceito de desempe-nho, diferentemente de quase todo normativo brasi-leiro, que está baseada em prescrição. “A diferença é que a abordagem de desempenho está preocupada com os resultados que um edifício ou sistema deve atingir quando em utilização (comportamento em uso) e não com a forma com que foi construído. Um

edifício bem adequado à norma é aquele que atende às expectativas dos usuários ao longo de uma vida útil. A norma é um estímulo para o desenvolvimento do conceito de desempenho e certificação no setor da construção civil brasileira”, afirma.

De acordo com o engenheiro civil, a NBR 15575 estabelece um desempenho mínimo obrigatório para alguns sistemas dos edifícios (estruturas, pisos inter-nos, paredes e vedações, coberturas e sistemas hidros-sanitários) e seguiu as diretrizes da ISO 6241 de 1984, que definiram quais são os requisitos de desempenho que devem ser atendidos. Alguns deles são segurança estrutural, segurança contra incêndio, desempenho térmico, acústico, lúminico, manutenibilidade (o grau de quanto é difícil ou fácil realizar a manutenção de um sistema), conforto tátil e antropodinâmico. “A estrutura da norma está baseada em três níveis: os requisitos que são quantitativos e os métodos de ava-

liação que permitem mensurar o atendimento ou não ao desempenho”, explica.

Do ponto de vista prático, o principal impacto para as construtoras está na necessidade de uma nova metodologia de projeto. O desempenho de um sistema ou edifício tem que ser resolvido no nível do projeto, que responde por mais de 50% do desempe-nho de uma obra.

Outra atividade, conforme aponta Zimmermann, que é essencial para que o projeto contemple o de-sempenho potencial do edifício é a caracterização das condições de entorno, fundamental para a concep-ção do produto voltado ao desempenho. “Como, por exemplo, o atendimento do desempenho acústico e térmico de um edifício depende do nível de ruído externo, das condições climáticas da região onde o mesmo será construído, assim como os materiais e sistemas utilizados”, finaliza. AP

dEsEmpEnHo EstABElEcidoObjetivo da NBR 15575 é que os edifícios atendam às expectativas dos usuários durante toda vida útil

Norma determina desempenho mínimo nas construções, que vão da fase de projetos ao uso final

NEW YORK CHICAGO MEXICO MONTERREY SANTO DOMINGO PANAMA MONTEVIDEO PUNTA DEL ESTE ASUNCION ANGOLA 60 LOJAS BRASIL

Rua Itajaí 3333 Tel (47) 3340.8200 Blumenau

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[ ECOLOGICAMENTE CORRETA ]

Jan.qxd:Class Casa Anuario.qxd 1/20/11 3:37 PM Page 1

/ergonomia

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pArA trABAlHAr com conFortoDesign com soluções ergonômicas facilita o uso do computador nos postos de trabalho e em casa

Problemas gerados pela má-postura no ambiente de trabalho têm sido alvo constante de estudos para aprimorar a relação entre homem e máquina. A ergonomia é a ciência que auxilia o de-senvolvimento de móveis e objetos cada vez mais alinhados com o corpo humano, trazendo conforto e bem-estar em casa e no local de trabalho.

A evolução de mecanismos e ferramentas para as atividades do dia a dia tem acompanha-do essa necessidade. O melhor exemplo é o uso do computador, que se tornou indispensável nas empresas. A posição inadequada para utilização desse equipamento é responsável pelo aumento nos casos de Lesões por Esforço Repetitivo (LER).

Para resolver a questão no próprio ambiente de trabalho, o técnico industrial Jonas Reichert desenvolveu o suporte para monitor. Segundo

ele, que trocou a engenharia civil para seguir com a empresa de produtos ergonômicos, a Reliza, sentia fortes dores no braço direito. O espaço re-duzido, sem apoio para o braço e o bloco de con-creto pré-moldado usado para colocar o monitor foram os exemplos que ajudaram Reichert a criar algo novo.

Feito com ferro e base de vidro, o suporte, que no início não tinha regulagem, passou por seis me-ses de estudo até que ficasse com a estrutura ideal e ajustável. As armações de ferro recebem trata-mento e pintura eletrostática, que garantem mais resistência à corrosão. O vidro pode ser ajustado em quatro alturas diferente, o que permite que o pro-duto se adapte a pessoas com diferentes estaturas.

De acordo com Reichert, alguns produtos podem levar até um ano para entrar no mercado,

pois são testados exaustivamente para garantir a segurança do usuário. Em alguns casos, é o pró-prio cliente quem aponta dificuldades e dá início ao desenvolvimento de um novo produto, que considera funcionalidade, segurança, praticidade e estética.

O engenheiro aponta que o conceito de er-gonomia ainda é algo novo para os brasileiros, mas as empresas já estão atentas aos benefícios da prevenção. “O bem-estar do funcionário se reflete diretamente na produtividade”, argumenta Reichert. A posição incorreta pode trazer proble-mas crônicos e afastamento do trabalho. Fadiga, cansaço e irritação ocular, visão turva, tensão muscular, dores de cabeça, estresse, dores no pescoço, costas e braços são algumas das queixas mais frequentes.

Fotos daniel zimm

ermann

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Jonas Reichert se baseou nas dificuldades que encontrava no trabalho para desenvolver produtos ergonômicos

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Está na leiOs produtos ergonômicos devem seguir

a Norma Regulamentadora de número 17 (NR 17), que estabelece recomendações relativas ao ambiente do trabalho. A lei 2586/96 também protege os trabalha-dores das lesões por esforços repetitivos, estabelecendo normas de prevenção dessa doença.

A Reliza nasceu em Blumenau há cinco anos e hoje atua em quase todo o território nacional. O faturamento da empresa cresceu 151% de 2008 para 2009 e Reichert atribui o bom desenvolvimento ao aumento do mix de produtos, além da expansão no número de representantes pelo Brasil. O suporte para monitores é o carro-chefe da empresa, mas uma linha bastante diversificada foi criada para atender às necessidades ergonômicas. Apoios para pés em MDF ou em revestimen-to com magnéticos e massageadores, apoio para antebraço e suportes para notebooks são alguns exemplos.

O notável aumento na venda de note-books levou o empresário a criar um supor-te leve e prático para o dia a dia. Apesar da mobilidade e praticidade, o teclado do no-tebook não é ideal para a postura. Reichert recomenda que, enquanto a pessoa estiver na estação de trabalho, utiliza teclado e mouse separados, para ter o apoio neces-sário.

A inovação é produzida com plástico in-jetado (ABS), que é mais resistente. A altura é regulável em cinco inclinações diferentes, pesa 250 gramas e suporta até cinco quilos. Como ocupa pouco espaço, pode ser levado na mesma mala do note para viagens. O rack para notebook foi uma solução encontrada para trazer mais conforto e movimento em casa ou no escritório. A plataforma articu-lada tem movimentos giratórios, basculante e é multiuso, podendo ser utilizada como mesa de apoio até para o café da manhã ou lanche na cama ou no sofá.

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/ergonomia

Mercado específicoPara atender a um mercado bastante específico, a Baher,

empresa de Blumenau com 26 anos de atividade, que trabalha com soluções ergonômicas, importa do oriente um suporte ar-ticulado para monitores LCD e notebooks. Com design arrojado, o suporte funciona com um pistão interno a gás, que sustenta o monitor de LCD. Após a colocação do monitor, é feita uma regu-lagem de pressão, que é necessária porque o suporte é preparado para vários tipos de monitores de pesos diferentes. O resultado dessa tecnologia é que o monitor fica em qualquer posição em peso zero, sem resistência por parte do suporte no posiciona-mento do equipamento.

O suporte é feito em alumínio extrusado e oferece total mo-bilidade. De acordo com o gerente comercial da Baher, Carmo Alfredo Ziehlsdorff, essa propriedade é a solução para problemas de posição incorreta dos monitores e a falta de espaço livre nos postos de trabalho. Para atender às necessidades biotécnicas, o equipamento possui sete movimentos diferentes. Como pode ser colocado em qualquer posição, permite a perfeita visualização da tela, evitando a fadiga da nuca e cabeça.

As aplicações e formas de fixação desse produto são as mais variadas possíveis. Desde mesas, paredes, painéis e máquinas, ele pode ser usado em salas de controle, escritórios, consultórios, clí-nicas, hospitais, em equipamentos técnicos, laboratórios, linhas de produção, residências e onde mais a criatividade permitir. AP

Suportes permitem que os monitores fiquem na altura ideal para cada usuário

mais informações

www.reliza.com.br(47) 3327-4000

www.baher.com.br47 3221-4400

/museus

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indústriA E ArQuitEturAInaugurado em novembro, Museu Hering conta história da industrialização e preserva patrimônio arquitetônico

Parte fundamental da história da industria-lização de Blumenau e de Santa Catarina está acessível aos blumenauenses e visitantes desde novembro do ano passado, com a inauguração do Museu Hering. O empreendimento cultural im-plantado em comemoração aos 130 anos de fun-dação da empresa criada pelos irmãos Hermann e Bruno Hering, além de resgatar a história da indústria têxtil, preserva um importante exemplar da arquitetura típica dos colonizadores alemães.

Para abrigar o museu, a Cia. Hering restaurou um imóvel enxaimel tombado pelo Patrimônio Histórico Estadual em 2002. Não existem registros precisos, mas estima-se que a casa, hoje junto à sede da companhia, foi construída no final do Século 19, quando a família transferiu a malharia

da Rua XV de Novembro para a sede definitiva, no Bairro Bom Retiro.

O arquiteto Paulo Zutter, especialista em cons-truções históricas e responsável pela primeira res-tauração da casa, em 2000, diz que, provavelmen-te, o prédio foi desmontado de outro endereço e montado junta à empresa. Na restauração coman-dado por Zutter, a casa foi novamente desmontada e remontada, após tratamento de cada uma das peças de madeira e tijolos. Todos os tijolos, conta o arquiteto, foram numerados para a remontagem da construção.

Para a instalação do museu, foi feita nova in-tervenção, sob o comando do arquiteto Jonathan Marcelo Carvalho. As principais mudanças foram o redimensionamento das instalações elétricas e

hidráulicas, a climatização dos ambientes e aces-sibilidade. Na parte externa, um deck e o paisagis-mo criaram um espaço de convivência que poderá ser usado para promoções culturais. Junto à casa foi instalada uma escultura doada pelo Instituto Nacional do Câncer e que se refere à campanha de combate ao câncer de mama, que tem participa-ção decisiva da Cia. Hering.

Segundo o diretor-industrial da empresa, Car-los Tavares D’Amaral, o museu é a materialização de um sonho antigo, deixado expresso em carta pelo industrial Ingo Hering. Um grupo de nove profissionais da Supernova Comunicação recep-ciona e informa os visitantes. A Cia. Hering pre-tende desenvolver trabalho com professores para, depois, atrair a visita de estudantes ao museu.

divulgação

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Museu oferece uma perfeita combinação entre tecnologia e história. Acima, detalhe dos tijolos que foram todos numerados na restauração, em 2000

tempo ao tempoA mistura de história com tecnologia

criou uma exposição interativa, batizada ‘Tempo ao Tempo’. Entre as principais atra-ções estão dois teares manuais que foram restaurados e permitem ao visitante tecer a malha como se fazia no Século 19. Os equipamentos foram recuperados por Sido Stribel, trabalhador aposentado que atuou por 41 anos na Cia. Hering (1948 a 1989) e trabalhou na construção de 158 teares para a empresa.

De acordo com a museóloga Marília Xavier Cury, da Universidade de São Paulo (USP), responsável pelo projeto museoló-gico, o acervo segue duas linhas de infor-mação: a história da família Hering – com biografias, fotos, genealogia e documento –; e a história da empresa e desafios – o empreendedorismo dos fundadores, ma-quinário e tecnologia.

Ao final do passeio pela história, que inclui campanhas publicitárias da empresa, marcas, peças do vestuário e 130 depoi-mentos em vídeo de colaboradores, ex-co-laboradores e diretores, ainda será possível fazer uma estampa em um software de criação e sair do museu com uma camiseta Hering personalizada.

Fotos

danie

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/museu

museu Hering

Rua Hermann Hering, 1790, Bairro Bom Retiro, BlumenauExposição Tempo ao TempoVisitação: terça a sexta-feira, das 9h às 18h Sábados, domingos e feriados, das 10h às 16h(entrada gratuita até fevereiro)Informações: (47) 3321-3341

Tear restaurado permite fazer malha como no Século 19. Acima, a casa-museu, que faz parte do complexo industrial instalado pelos fundadores da Cia. Hering no Bom Retiro

Fotos daniel zimm

ermann

/turismo

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Um pouco mais à frente dos 60 quilôme-tros entre Blumenau e o centro de Penha, no Litoral, está a Praia Vermelha. Pouco conhecida e tão bem preservada, a praia é procurada por turistas que gostam de apreciar as mais belas paisagens naturais.

Não bastasse a beleza, é possível ain-da ser testemunha de um encontro entre as águas salgadas do mar com as águas doces de uma cachoeira, escondida em meio à

Mata Atlântica fechada. Para chegar ao local das pequenas que-

das de água doce, vindas do alto do morro, o visitante precisa se afastar um pouco da praia e caminhar por cerca de meia hora por costões de pedras.

Entre uma pedra e outra, o caminho tam-bém é feito pelas pequenas possas de águas for-madas pelo mar. Logo depois, o caminho é feito pela mata, ainda fechada.

Mais na frente, já é possível avistar as águas da cachoeira que deságuam morro abaixo e vão, aos poucos, em direção do mar. É irresistível chegar até o local e não se banhar nas pequenas lagoas de água doce que se formam no trajeto.

O reduto, totalmente agreste, já é área de preservação ecológica e, por isso, quem visita o local precisa de muita cautela e respeito com o meio ambiente para manter a rica diversidade de animais e vegetais preservada.

áGuA docE nA mAréEm um refúgio de Penha, a cachoeira da Praia Vermelha encanta amantes da natureza

rafael saldanha

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praia vermelhaCom uma paisagem de mar aberto e fortes ondas que que-

bram entre areia e rochas, a natureza é quase intocada na Praia Vermelha. A límpida água é propícia para a pratica de mergulho e também para a pesca. As ondas também são muito procuradas por praticantes de surfe.

As encostas, que surgem diretamente da beira da praia em alguns pontos, elevam-se em grandes paredões, que dividem a baía em pequenas praias. O nome surgiu dos desenhos formados pela terra vermelha que desce do morro junto com as águas dos dias de chuva forte.

Fotos divulgação

/turismo

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miranteConsiderado, pelos amantes de voo livre como o melhor pon-

to de Santa Catarina para a prática de parapente, o Mirante da Praia Vermelha revela grandes belezas. A vista proporciona uma sensação emocionante, com a mistura da Mata Atlântica, oceano e horizonte. Para quem salta, a sensação é de plena liberdade até

pisar novamente nas áreas das praias próximas, como a Verme-lha, Praia do Monge ou Praia do Lucas.

Para voos de parapente com acompanhamento profissional o agendamento pode ser feito pelos telefones (47) 9986-8822 ou 8409-0350.

Fotos divulgação

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como chegar

Local: praia vermelha – penha/sCDistância de Blumenau – 65 quilômetrosDistância de Balneário Camboriú – 42 quilômetros

Acessos:

pelo Canto Grande da praia de armação, o acesso é de cinco quilômetros, em grande parte pela rua do turismo. a estrada não é pavimentada, porém com boa manutenção

outra opção é o acesso nas proximidades do Beto Carreiro World, pela rua tijucas, que também não é pavimentada, mas possui ótimas condições de tráfego. a referência por este acesso é o hotel vila olaria.

outras praias de penha: praia alegre, praia da saudade, praia do quilombo, praia de armação, praia do itacoporoy, praia da paciência, praia de são miguel, praia da lola, praia Bacia da vovó, praia do manguinho, praia da fortaleza, praia da Cancela, praia do Caminho, praia do monge, praia do lucas e praia do poá AP

A Praia Vermelha possui uma faixa de areia muito generosa, assim como a área de restinga, bem preservada. Mesmo nos dias em que muitos turistas a visitam, a praia continua com um aspecto deserto, onde imperam os sons das ondas que quebram nas rochas dos costões ou do vento que bate na mata. Há quem vá até o local para simplesmente observar a fauna e flora e o nascer do sol. divulgação

rafael saldanha

/gastronomia

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cozinHA BrAsilEirA pArA o mundoGastrônomo 24 horas, João Leme está entre os nomes que fazem o mundo render-se ao talento brasileiro

Gastronomia vai além do que é servido na mesa, é um modo de viver, define o presidente da Associação Brasileira de Alta Gas-tronomia (Abaga), João Leme. O chef começou a carreira em 1986, em um restaurante japonês de São Paulo, quando tinha apenas 15 anos. Trabalhou durante seis anos com culinária oriental, até ir a Paris em busca de uma forma-ção profissional que atendesse às ambições no universo da gastro-nomia.

Na França, formou-se em co-zinha e confeitaria na escola Le Cordon Bleu. Ainda na Europa, fez estágios de cozinha e confeitaria nos hotéis Plaza Athenée e Bristol, em Paris, e trabalhou como cozi-nheiro nos restaurantes Duques-noy, também na capital francesa, e Scimmie, em Milão, na Itália.

De volta ao Brasil, o chef atuou em restaurantes famosos com o Limone, Cia. Asiática, Ca-pim Santo e Narciso, todos em São Paulo, além de ter assessorado ou-tros restaurantes. Em 2003, abriu o Rôti, um misto de restaurante, rôtisserie e pâtisserie, especializa-do em cozinha francesa contem-porânea. As influências da clássica culinária francesa, unidas a toques orientais, herdados da experiência como sushiman, ajudaram-no a criar um cardápio original e varia-do para a casa.

Em 2008, depois de passar

Fotos daniel zimm

ermann

por uma reforma, o Rôti ganhou novo nome – Balneário das Pedras. Leme vendeu sua quota para o sócio Cássio Machado para poder se dedicar mais à Abaga e aos cinco restaurantes que tem, desde 2007, em Balneário Camboriú: Edomare (japo-nês), La Table (francês), Schenecka´s (mistura de cozinha texana com mexicana), Bom Sucesso (cozinha brasileira) e Forneria Garden (cozinha italiana).

O chef acumula no currículo diversas participações em concursos nacionais e internacionais e muitas premiações, como o primeiro lugar do Concurso Iberame-ricano 2006, em Madri, na Espanha; o segundo lugar no Icelandic Chef 2007, em Reikjavik, na Islândia; e o primeiro lugar no Global Chefs Brasil 2007, em São Paulo. O Brasil passou a ser reconhecido pela World Association of Chefs (WACS) como um dos países promissores dentro da gastronomia, a colocação nas competições abriu vaga para chefs participarem de campeonatos de gastronomia no Exterior.

Leme entrou para a diretora da Abaga quando participava de competições gas-tronômicas. “Hoje, os chefs brasileiros já têm fama no Exterior e, quando vamos para lá, eles comentam que o Brasil vai vencer. Tem também cadeias internacionais de hotéis que só querem contratar chefs brasileiros”, orgulha-se, ressaltando que 93 países são associados da WACS, com total de 12 milhões de membros, mas no Brasil são apenas 200.

Ele conta que a preocupação na Abaga atualmente é promover o produto e o profissional brasileiro. Faz isso tentando melhorar a educação e dando condições melhores aos estudantes de Gastronomia. “Já é um grande avanço”, acredita Leme, que está há um ano na presidência da associação.

Em 2010, o chef fez um trabalho na Abaga visando o profissional. “Já tinha a categoria de chefs, mas implantei a de profissionais, docentes e estudantes e cursos de panificação e confeitaria, além de instituir diretorias regionais para organizar eventos no Estado e centralizar a informação. É um meio de estabelecer uma co-municação mais forte”, afirma.

Em 2009, Leme foi o primeiro brasileiro nomeado membro associado da “Aca-demie Culinarie de France e o primeiro brasileiro certificado como jurado oficial para com-petições nacionais e in-ternacionais pela WACS.

Leme revela que para ser gastrônomo pre-cisa ser sábio, centrado, ter objetivo e amor para seguir a pro-fissão. “Sou gastrônomo 24 horas”. AP

/gastronomia

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GostinHo dE vErãoChef João Leme ensina a preparar um delicioso Haddock, prato perfeito para a estação

O chef e presidente da Associação Bra-sileira de Alta Gastronomia, João Leme, se divide entre a associação e os restaurantes em Balneário Camboriú. No bistrô La Table, cozinha de base francesa contemporânea, ele procura explorar as técnicas francesas adaptadas à cozinha moderna. “Sempre gosto de me atualizar e vai da criatividade de montar os pratos”, destaca. “Prefiro a alta gastronomia, mas um bom chef precisa sa-ber cozinhar do simples ao sofisticado”.

Para Leme, as pessoas estão adquirindo cada vez mais cultura, pois viajam e conhe-

cem coisas novas. “Quando elas voltam ao Brasil, valorizam o prato, porque aqui é bem feito”, comenta.

Para dar um gostinho na boca, o chef prepara um Haddock, do peixe obtido atra-vés de um processo de defumação. O peixe Gadhus Morua, que já é comprado defuma-do, é servido com batatinhas, manteiga de ervas, ovo poche, aspargo e caviar, prato propício para o Verão. O Haddock também pode ser servido com risoto ou purê de ba-tatas.

Para acompanhar, Leme sugere um

champanhe Brut ou um bom vinho branco seco. Para finalizar, a sobremesa pode ser uma pêra em calda de especiarias servida com azeite de baunilha e mousse de quei-jo branco, acompanhado com frutas secas maceradas no conhaque. A orientação é que a sobremesa seja servida quando a pessoa estiver terminando vinho.

A porção da receita é para uma pessoa e pode ser servida tanto no almoço como no jantar. O prato pode ser de entrada ou prin-cipal, mas, geralmente, Leme serve como principal.

Fotos daniel zimmermann

Haddock

Ingredientes

1 ramo de salsa, manjericão, dill e cebolinha verde1 aspargo cozido5 batatinhas cozidas em água e sal100ml de vinagre branco (de arroz ou vinho)200g de haddock200ml de leiteágua

1 folha de loro10g de caviar para enfeitar30g de cebola picada60g de manteiga1 ovosalpimenta do reino

Preparo

Manteiga de ervas

Coloque em uma panela a cebola para cozinhar com 50ml de vinagre. deixe reduzir o vinagre pela metade. adicione as ervas picadas, sal, pimenta do reino e, em seguida, a manteiga, mexendo sempre com um batedor para emulsioná-la. reserve.dica: pique as ervas na hora do preparo, assim fica mais saboroso.

Peixe

Coloque em uma panela o leite, 200ml de água, a pimenta, o sal, a folha de loro e deixa ferver. quando estiver fervendo, coloca o peixe para cozinhar por cerca de 8

minutos. reserve.

Guarnição

Corte as batatinhas ao meio e dore na manteiga com sal e pimenta. por último, dore o aspargo. reserve.

Ovo pocheColoque em uma panela 50ml de vinagre, 1 litro de água, sal e deixa formar bolinhas no fundo da

panela, como se fosse começar a ferver, e mexa. quebre o ovo em um recipiente e coloque na água virando para que a clara envolva melhor a gema. deixe por cerca de 4 minutos. reserve.

o prato pode ser montado de acordo com a criatividade de cada um. Bon appétit! AP

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opçõEs cErtEirAs pArA o vErãoValorizar a sazonalidade é sempre uma escolha inteligente no mundo dos vinhos

/fermentados e destilados

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A arte de receber bem só é comple-ta quando se oferece um bom vinho aos convidados. Com as temperaturas em ele-vação, o sommelier Igor Maia, da impor-tadora Decanter Vinhos Finos ensina que, no Verão, os brancos e rosados oferecem muito prazer, já que são estilos alicerçados no frescor e na boa acidez.

Maia explica que as opções mais leves possuem incríveis versatilidades à mesa. São bebidas de aperitivo por exce-lência, mas também se prestam a acom-panhar iguarias variadas, pratos leves à base de frutos do mar, pescados brancos e até carne de porco.

“Para pratos leves, como um saint--pierre grelhado na brasa ao perfume de funcho, o Sauvignon Blanc chileno será uma escolha instigante. A paella com camarões, mexilhões e mariscos fará par perfeito com um rosado espanhol de Tempranillo. Mas, se por ventura, a opção recair num robalo ao molho cremoso e delicado de cogumelos, um Chardonnay com moderado amadurecimento em barricas de carvalho será uma experiência sublime”, romantiza o sommelier.

Os espumantes também são a cara do Verão. Maia recomenda o brut , brut rosé, Champagne, Cava, Crémant de Bourgog-ne. Na dúvida, ele sugere aventurar-se e conhecer os vários estilos; certamente será uma prazerosa experiência.

A estação pede distância dos vinhos tintos devido à estrutura gustativa mais densa e incorpada. Para o sommelier, vale à pena abrir mão dos tintos carregados na cor e encorpados por brancos e rosados delicados e aromáticos.

Fotos banco de imagens

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ALTOpadrão

Definido o estilo da bebida, Maia atenta para a quantidade certa para evitar saia justa na festivida-de. “Essa quantidade depende de quais bebidas serão servidas no almoço ou jantar, mas, se formos con-siderar somente vinho durante a festa, uma garrafa serve com tranquilidade até três pessoas”, instrui.

Para os convidados que querem impressionar os anfitriões, ele afirma que optar por clássicos é a melhor saída, como um Malbec argentino ou um Ca-bernet chileno. Para aqueles que realmente querem surpreender, Maia recomenda um Riesling alemão, um Borgonha tinto ou um Barolo, estes são presentes que dispensam maiores explicações e emocionarão o presenteado. Entretanto, conhecer bem o produtor é a maior segurança da qualidade.

Anfitrião e convidado Igor Maia é sommelier da importadora Decanter

divulg

ação

/fermentados e destilados

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Na Decanter, vinhos novos de antigos parceiros e também de novos produtores vão encher a adega dos apreciadores. Maia acre-dita que valha a pena citar o italiano Lam-brusco Medici Ermete. Da França, Domaine de Lagrézette e Domaine L’Oustal Blanc. Da Es-panha e de Portugal, a importadora recebeu muitas novidades, já que este é o ano da Pe-nínsula Ibérica na Decanter. Sendo assim, os espanhois recomendados são Arzuaga Navar-ro, José Pariente, Peique e Celler L’Encastell. Já os portugueses são Quinta de Gomariz, Quinta de Foz de Arouce, Conde de Vimioso - Falua e o extraordinário Dona Maria, que foi o produtor do Ano em Portugal. AP

vinhos pararefrescar a alma

Fotos daniel zimmermann

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símBolo dE ForçAConstruída a partir de 1896, Ponte do Salto ruiu em 1982, foi reconstruída e é

importante ligação entre as duas margens do Itajaí-Açu até hoje

/clic Alto Padrão

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Fotos daniel zimmermann

A Ponte do Salto foi a primei-ra a ser construída em Blumenau sobre o rio Itajaí-Açu, a partir de 1896. Inaugurada em junho de 1913, teve a estrutura importada da Alemanha. Do porto até à cida-de, o material, que pesava 155 to-neladas, foi transportado por trem. Na época, a obra possuía 175,5 metros de comprimento, seis me-tros de largura e oito de altura.

Em janeiro de 1982, a ponte veio abaixo e, em menos de um ano, foi reconstruída com base no projeto original. Ganhou ainda 60 centímetros adicionais para pas-sagem de pedestres e tubulações. Firme até hoje, a Ponte do Salto tem capacidade para suportar até 24 toneladas. AP

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