jornal da sbhci edição especial bh

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Ano XIII | Edição Especial | 22, 23 e 24 de julho de 2010 Publicação especial da Sociedade Brasileira de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista Especial

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Publicação Especial da SBHCI - Sociedade Brasileira de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista, distribuída no Congresso 2010 - Belo Horizonte.

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Page 1: Jornal da SBHCI Edição Especial BH

Ano XIII | Edição Especial | 22, 23 e 24 de julho de 2010Publicação especial da Sociedade Brasileira de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista

Especial

Page 2: Jornal da SBHCI Edição Especial BH

P rezado colega, Você está recebendo a edição especial do

Jornal da SBHCI dedicada ao nosso Congres-so. A exemplo dos grandes congressos internacionais, idealizamos uma publicação especial. Este material tem o objetivo de contribuir para que sua estada na cidade durante os próximos dias seja a mais provei-tosa possível.

É um Jornal inédito, em novo formato e com conte-údo que vai além das informações sobre cardiologia e hemodinâmica, porém, foge ao padrão dos modelos que encontramos nos congressos do Brasil e do ex-terior. Nossa intenção foi criar uma publicação que atendesse a todas as possibilidades de necessidades com as quais um congressista se depara ao sair de sua cidade de origem para viajar até a sede do evento.

Assim, definimos que, neste Jornal, você encontra-ria as informações relevantes sobre a programação científica, os palestrantes e um guia de rápida con-sulta indicando todos os serviços presentes no Con-gresso, inclusive com as novidades da Indústria. Mas também criamos um guia de história, cultura e turismo sobre a cidade sede do XXXII Congresso da SBHCI, com dicas sobre pontos culturais, turísticos e gastro-nômicos da cidade.

Agradecemos ao Maurício de Rezende Barbosa, presidente da SBHCI; Marcelo Cantarelli, diretor administrativo; Marcos Antonio Marino, presidente do Congresso; e Fábio Sândoli de Brito Jr., diretor científico, pelo apoio nesta iniciativa, e ao jornalista André Ciasca e sua equipe, da take-a-coffee Comuni-cação, pelo brilhante trabalho executado. Esperamos que seja do seu agrado e desejamos que você tenha um ótimo congresso!

Alexandre Schaan QuadrosDiretor de Comunicação SBHCI

Prezados colegas,Ao aceitar o desafio de ser presidente da Sociedade

Brasileira de Hemodinâmica e Cardiologia Interven-cionista (SBHCI), ainda em 2009, tive a grande notícia de que o Congresso 2010 de nossa Sociedade seria realizado por aqui, em Belo Horizonte. Ao lado de Marcos Marino, cole-ga hemodinamicista de Belo Horizonte, sinto-me orgulhoso de trazer a capital mineira ao epicentro deste momento de ebu-lição científica que a hemodinâmica vive em todo o mundo.

Ao participar dos grandes eventos internacionais, como o EuroPCR 2010, em Paris, ou do Congresso do American College of Cardiology 2010, em Atlanta, nos Estados Unidos, tínhamos a clara sensação de que todo trabalho despendido pela Comissão Organizadora deste evento estava no caminho certo. Foram longas e inúmeras reuniões realizadas em São Paulo para debater temas, horários, formatos de apresentação, nomes de convidados nacionais e internacionais e inserção de novas tecnologias, para tornar o Congresso amplamente aces-sível até mesmo àqueles que não podem, por motivo de força maior, comparecer pessoalmente ao evento. Foram horas ao telefone ou trocando e-mails com colegas de todos os cantos do mundo. Foi um esforço que, paulatinamente, mostrou-se efi-ciente, eficaz e prazeroso.

Dia a dia, nossa planilha de programação científica foi sendo preenchida com a confirmação da participação de grandes no-mes da cardiologia e da hemodinâmica que vêm construindo a história da medicina moderna mundial. São ao menos 15 colegas da Europa, da América do Norte, da Ásia e da América Latina, que não poupam esforços em participar da expansão de conhecimento científico, mesmo que seja à distância, por meio das transmissões via satélite para os casos ao vivo.

Em paralelo ao incessante trabalho em busca da progra-mação científica ideal, sonhávamos em poder apresentar aos colegas congressistas um pouco da hospitalidade do povo de Minas Gerais. Assim, surgiu a ideia e a oportunida-de de criar esta edição especial do Jornal da SBHCI, que tem a missão de ser um guia de rápido acesso às principais informações do Congresso e um convite para conhecer me-lhor nossa capital mineira.

É com grande satisfação que recebo todos os colegas con-gressistas em minha cidade natal. Desejo que todos tenham um excelente Congresso e uma ótima estada na capital mineira.

Maurício de Rezende BarbosaPresidente da SBHCI

Meus amigos e colegas,Quando fui indicado para ser presidente

do XXXII Congresso da SBHCI, senti uma alegria em especial. Mais que um momento para discu-tir os avanços da tecnologia e os novos tratamentos da hemodinâmica, vislumbrei a fantástica oportunidade de apresentar aos colegas hemodinamicistas o que nossa Belo Horizonte tem de tão especial.

Nesta edição especial do Jornal da SBHCI, você co-nhecerá um pouco mais da programação científica que a Sociedade preparou ao longo dos últimos 12 meses, tendo à frente Fábio Sândoli de Brito Jr. como diretor científico. Serão três dias de programação científica, com sete transmissões ao vivo de casos internacionais e nacionais, além de conferências, debates e sessões de discussão sobre o que há de mais atual em nossa especialidade.

Como presidente do XXXII Congresso da SBHCI, mineiro de coração e anfitrião, abro as portas da capital mineira para compartilhar as atividades científicas pre-paradas com empenho por nossa comissão, e também faço um convite para que não percam a oportunidade de apreciar a cultura desta cidade, bem como sua gastrono-mia peculiar, destacada pela famosa comida de boteco. A cidade de Belo Horizonte é um local central, de fácil acesso, e a época – mês de julho – é de um clima ex-tremamente agradável. O modelo de programação, com o término do evento no sábado pela manhã, oferece a chance para estender este período longe do trabalho e curtir um programa diferente com a família, com os co-legas e com os amigos.

A previsão do tempo e a temporada de inverno pro-metem e permitem que esta viagem extravase o campo científico para conhecer um pouco da capital mineira. Particularmente, indico qualquer dos passeios, restau-rantes e bares que indicamos neste Jornal. Tenho a certeza de que, após três dias compartilhando conheci-mento científico, serão ótimos momentos de lazer tipica-mente mineiros.

Um abraço a todos,

Marcos Antonio MarinoPresidente do XXXII Congresso da SBHCI

PALAVRA DOS PRESIDENTES

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XXXII CONGRESSODA SBHCI

Um grande evento científico

PALESTRANTESINTERNACIONAIS

Conhecimento globalizado

GASTRONOMIA& CULTURA

Bom apetite

ENTREVISTA

Oscar, o brasileiro

CARDIOPATIASCONGêNITAS

Caso ao vivo inédito no Brasil

PARCEIROS

O que há de novo na Indústria

GASTRONOMIA& CULTURA

Dois lugares,quatro programas

UM POUCO DE HISTóRIA

Bem-vindo a Belo Horizonte

GUIA DO CONGRESSO

TURISMO

Um passeio pela capital das alterosas

INTERVENçõES EXTRACARDíACAS

Impactos da revascularização extracardíaca

CIDADES HISTóRICAS

Um convite à história viva do Brasil

Gestão 2010-2011

Presidente: Maurício de Rezende Barbosa (MG) • Diretor Administrativo: Marcelo José de Carvalho Canta-relli (SP) • Diretor Financeiro: Fernando Stucchi Devito (SP) • Diretor Científico: Fábio Sândoli de Brito Jr. (SP) • Diretor de Comunicação: Alexandre Schaan de Quadros (RS) • Diretor de Qualidade Profissional: Adriano Dias Dourado Oliveira (BA) • Diretor de Educação Médica Continuada: Antônio Carlos de Camargo Carvalho (SP) • Diretor de Intervenções Extracardíacas: Marco Vugman Wainstein (RS) • Diretor de Inter-venções em Cardiopatias Congênitas: Francisco José Araújo Chamié de Queiróz (RJ) • Editores do Jornal da SBHCI: Flávio Oliveira (PE), Hélio Castello (SP), João Luiz Manica (RS) e Luciana Constant Daher (GO)

www.sbhci.org.brRua Beira Rio, 45 – cjs. 71 e 74 – Vila OlímpiaSão Paulo, SP – CEP 04548-050 Fone: (11) 3849-5034

SOCIEDADE BRASILEIRA DE HEMODINÂMICA E CARDIOLOGIA INTERVENCIONISTA

Jornal da SBHCI é uma publicação trimestral da Sociedade Brasileira de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista – SBHCI. Os textos assinados são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não refletem necessariamente a opinião da SBHCI.

Edição e jornalista responsável: André Ciasca, mtb 31.963 • Reportagem: Aline Khoury e Carla Ciasca Revisão: Christina Domene • Projeto gráfico e direção de arte: Manoela Tourinho • Chefe de arte: Alexandre Louzada • Ilustração: Isabela Ayres • Edição de Fotos: Gislene Simonetti • Tiragem: 9.500 exemplares • Impressão: Ipsis

www.take-a-coffee.com Fone: (11) 3571.5353 Skype: take.a.coffee

EXPEDIENTE

Especial

íNDICE

Page 4: Jornal da SBHCI Edição Especial BH

4 | jornal da SBHCI edição especial

XXXII CONGRESSO DA SBHCI

Um grandeevento científico

Pela primeira vez, em evento exclusivo da SBHCI, haverá a transmissão de casos ao vivo realizados do exterior, em centros

de excelência dos Estados Unidos, Espanha e Canadá

[ Por Carla C iasca ]

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jornal da SBHCI edição especial | 5

Após um ano de preparativos, o XXXII Congresso da SBHCI está pronto para oferecer aos hemo-

dinamicistas um sólido cenário para dis-cussões relevantes sobre a essência do “estado da arte” na especialidade, con-templando o que existe de mais atual na cardiologia intervencionista, bem como os mais controversos assuntos da área. O local escolhido para receber o Congresso neste ano, o Expominas, é um espaço mul-tifuncional localizado a apenas dez minutos do centro de Belo Horizonte.

Toda a estrutura do evento foi monta-da no Pavilhão 1, e suas salas de apoio e foyers, em uma área total de mais de 10.000 metros quadrados, com uma dis-posição preparada para que os congressis-tas possam usufruir de toda a grade cien-tífica e ainda ter fácil acesso às novidades que as 51 empresas parceiras da SBHCI levaram aos estandes do Congresso.

Para facilitar a identificação de acesso aos congressistas, as salas do Pavilhão 1 levam o nome de belas cidades históricas de Minas Gerais. Os encontros científicos foram distribuídos em duas salas para cardiopatias adquiridas: Ouro Preto, uma ampla arena de 2.630 metros quadrados, também conhecida como pavilhão redon-

do, que tem capacidade para 600 pesso-as; e Araxá, uma sala com 300 lugares. O espaço dedicado às cardiopatias congê-nitas é a sala Diamantina, preparada para receber 210 pessoas. O Departamento de Enfermagem reunirá enfermeiros, auxi-liares e técnicos no auditório chamado Ma-riana, com capacidade para 450 pessoas. Os simpósios satélites serão realizados to-dos os dias, das 12h15 às 14h00, nestas quatro salas e, ainda, na sala Sabará, com capacidade para abrigar 140 pessoas.

Os 5.500 metros quadrados da área de exposições foram traçados para que o ca-minho entre os auditórios, entradas e saídas ofereçam aos visitantes a oportunidade de avistar praticamente todos os estandes. Nos intervalos, eles poderão visitar com calma e conhecer a tecnologia, rever contatos, obter informações extras sobre as novidades de sua área de interesse. Mais uma vez, os te-mas livres selecionados para apresentação oral foram mantidos em meio às sessões mais nobres do Congresso, valorizando a produção científica da cardiologia interven-cionista nacional.

A elaboração da grade científica foi amplamente discutida pela comissão or-ganizadora do evento, que desenvolveu a programação em várias etapas. Em um

Pela primeira vez, a

SBHCI fará transmissões pela internet

dos casos ao vivo

apresentados no Congresso

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Um grande

Painel de Cândido Portinari na Igreja São Francisco de Assis, na Pampulha

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* Das 12h15 às 14h00 haverá simpósios satélites nos auditórios Ouro Preto, Araxá, Diamantina e Sabará

XXXII CONGRESSO DA SBHCI

DIA 24 – SÁBADO*AUDITóRIO OURO PRETO AUDITóRIO ARAXÁ

9h00 10h30 Sessão : Tronco de Coronária Esquerda/Bifurcação Caso ao Vivo (Belo Horizonte, MG)

11h00 12h00 Conferência: O Laboratório de Hemodinâmica do Futuro Caso ao Vivo (Belo Horizonte, MG)

DIA 23 – SEXTA-FEIRA*AUDITóRIO OURO PRETO AUDITóRIO ARAXÁ

8h30 10h00 • Casos ao Vivo (Belo Horizonte, MG) • Tratamento Percutâneo da Estenose Aórtica Tema Livre Oral

10h30 12h00 • Mesa Redonda (Bioassist) Sessão Extracardíaco

14h00 15h00 • Conferência – Oclusão Percutânea do Apêndice Atrial Esquerdo • Caso ao Vivo (Montreal, Canadá)

Sessão Multiarteriais/ Diabéticos Tema livre ora

15h00 16h00 • Conferência – Intervenção em Tronco de Coronária Esquerda • Caso ao Vivo (Belo Horizonte, MG)

16h45 18h30 • Conferência Via Satélite• Lesões Complexas • Caso ao Vivo (Nova York, EUA)

Sessão • Terapêutica Farmacológica Adjunta Tema Livre Oral

• Sessão: Multiarteriais/ Diabéticos Tema livre oral

• Sessão: Terapêutica Farmacológica Adjunta Tema Livre Oral

DIA 22 – QUINTA-FEIRA*AUDITóRIO OURO PRETO AUDITóRIO ARAXÁ

8h30 8h40 • Abertura oficial

8h40 10h00 • Conferência Inaugural: Avaliação da Segurança dos Stents Farmacológicos• Caso ao vivo internacional (Madrid, Espanha)

10h30 12h00 • Mesa redonda dedicada Terumo • Sessão: Segurança dos Stents Farmacológicos Tema Livre Oral

14h00 16h00 • Mesa Redonda dedicada Cordis

• Caso ao vivo nacional (Belo Horizonte, MG)

• Sessão: Novas TecnologiasTema Livre Oral Stents Bioabsorvíveis

16h45 18h00 • Conferência: Tratamento Percutâneo de Valvopatias • Caso ao vivo nacional (São Paulo, SP)

Sessão: IAM SupraTema Livre Oral

PROGRAMAÇÃO CIENTÍFICA

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jornal da SBHCI edição especial | 7

Quais serão os maiores destaques na grade cientifica?Destaco ao menos seis grandes aspectos da grade científica:1) Logo na abertura do congresso, sere-mos brindados com a conferência sobre segurança de stents farmacológicos, pro-ferida por Stephan Windecker, da Suíça, que nos trará as informações mais recen-tes desta área.2) As intervenções em tronco de coroná-ria esquerda serão abordadas pelo italiano Marco Valgimigli, um dos principais inves-tigadores do importante estudo EXCEL, que deverá ter início ainda neste ano.3) As intervenções percutâneas para correção da estenose aórtica e da insufi-ciência mitral terão muito destaque neste evento, com casos ao vivo de implante percutâneo de bioprótese valvar aórtica e com conferências do norte-americano Ted Feldman, principal investigador do estudo EVEREST, e de Eberhard Grube (SP), que nos falará sobre as novas tecnologias em desenvolvimento neste campo.4) As novas tecnologias, como os stents com polímeros biodegradáveis, os stents sem polímero, os stents biodegradáveis e os balões liberadores de fármacos, serão amplamente discutidas em palestras e de-bates com diversos palestrantes nacionais e internacionais, como Alexandre Abizaid (SP), Eberhard Grube (SP), Ian Meredith (Austrália), Stephan Windecker (Suíça), Dario Echeverri (Colombia), entre outros.5) Casos ao vivo internacionais com inter-venções de alta complexidade transmiti-dos diretamente de Nova Iorque (Estados Unidos) e de Madri (Espanha), com Martin

Leon e Eulógio Garcia como operadores, seguramente nos mostrarão os novos hori-zontes da cardiologia intervencionista. Nos centros nacionais, casos extremamente didáticos, com intervenções coronarianas e extracardíacas serão demonstrados em conjunto com métodos de imagem discu-tidos por autoridades em ultrassom, como Gary Mintz (Estados Unidos), e em OCT, como Marco Costa (Estados Unidos).6) Temas importantes do dia-a-dia do intervencionista, como intervenção no infarto do miocárdio, terapêutica far-macológica adjunta e abordagem de multiarteriais e diabéticos não foram esquecidos e serão abordados de forma extremamente prática.

Este Congresso será tão grandioso quanto o de 2009, realizado no Rio de Janeiro?O Congresso da SBHCI realizado no Rio de Janeiro, em parceria com Socie-dade Lationamericana de Cardiologia Intervencionista (SOLACI), foi um mar-co em termos de evento científico. Para 2010, esperamos um Congresso com a mesma qualidade científica. Porém, por se tratar de um evento exclusivo da SBHCI, teremos a vantagem de poder interagir de maneira mais próxima com colegas do Brasil e do exterior, o que costuma gerar ótimos frutos. Além disso, em 2010, pela primeira vez em evento exclusivo da SBHCI, haverá a transmis-são de casos ao vivo realizados no exte-rior, em centros de excelência dos Esta-dos Unidos, Espanha e Canadá. Em Belo Horizonte, teremos, pela primeira vez, a transmissão de um procedimento extremamente novo, que, seguramente, vai ganhar espaço nos laboratórios de cardiologia intervencionista. Em uma ses-são conjunta com o grupo de cardiopatias congênitas, teremos a transmissão ao vivo do fechamento de apêndice atrial esquer-do, realizado em Montreal, no Canadá, por Reda Ibrahim, um dos proctors nos Esta-dos Unidos para o protocolo do Food And Drug Administration (FDA), departamento do governo norte-americano que regula o uso de drogas e alimentos. Este é um pri-vilégio para poucos eventos científicos e é por isso que eu acredito que temos tudo para nos firmar como um dos eventos mais importantes da cardiologia interven-cionista mundial. Será um evento conciso, focado, e, ao mesmo tempo, grandioso.

DUAS PERGUNTASpara Fábio Sândoli de Brito Jr., diretor científico da SBHCI e um dos responsáveis pela programação científica deste Congresso.

primeiro momento, foram definidos os tópicos de destaque a serem abordados. Os quatro principais temas, considerados extremamente atuais, estão focados no tratamento percutâneo das valvopatias aórtica e mitral; na avaliação da segu-rança de stents farmacológicos; no trata-mento de lesões do tronco da coronária esquerda; e em novas tecnologias, como stents farmacológicos com polímero bio-degradável, não-poliméricos e balões li-beradores de fármacos.

O passo seguinte foi estabelecer quais as principais lideranças científicas mun-diais destes quatro temas estariam aptas a proporcionar uma ótima oportunidade de atualização aos sócios da SBHCI. O con-vite foi feito aos convidados internacionais e nacionais, todos de altíssimo nível e re-conhecimento em todo o mundo. Outra im-portante decisão é que, pela primeira vez,

de forma exclusiva, um evento da SBHCI terá transmissões ao vivo de centros inter-nacionais de excelência, de modo a garan-tir que, além da teoria, os associados pos-sam ter acesso aos aspectos práticos de nossa área de atuação. E o cardiologista que não puder comparecer no Congresso terá acesso ao casos ao vivos que serão exibidos, em tempo real pela internet, no Portal da SBHCI (www.sbhci.org.br).

A última etapa da confecção da grade científica foi a definição das conferências, palestras e debates, a partir da confirma-ção dos nomes internacionais e convida-dos nacionais experientes e atuantes. A indicação dos palestrantes baseou-se na experiência e na produção científica pré-via de cada profissional. Vale ressaltar que também buscou-se a renovação com car-diologistas intervencionistas jovens e atu-antes que integram os quadros da SBHCI.

Apresentação dos Temas Livres será feita em local estratégico na

área de exposições do Congresso.

Casos ao vivo internacionais serão uma grande atração da

programação científica.

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Page 8: Jornal da SBHCI Edição Especial BH

ODepartamento de Interven-ção em Defeitos Estruturais e Congênitos da SBHCI prepa-

rou uma programação especial para o Congresso 2010, em Belo Horizonte (MG), que promete atrair a atenção de iniciantes e veteranos. Durante os três dias de evento, os congressistas inte-ressados na área de Congênitos parti-ciparão de uma série de encontros com convidados renomados, e terão o privi-légio de assistir à transmissão de um caso ao vivo nunca realizado no país.

Para os profissionais em início de carreira, haverá um minicurso sobre “Noções básicas de Cateterismo dos Defeitos Congênitos”, envolvendo te-mas como as principais vias de acesso, angiografia nos defeitos congênitos, seleção de material necessário para o estudo da hemodinâmica e interven-ção, e como lidar com as complicações mais comuns.

O programa contempla os mais va-riados temas divididos em encontros dinâmicos, como a miniconferência so-bre “Como minimizar os riscos biológi-cos da radiação ionizante em interven-ção pediátrica”; sessão interativa de “Casos Interessantes”; conferências sobre “Experiência atual com o implan-te pulmonar da valva Melody-Bonhoe-ffer” e “Material e Técnicas Utilizadas para resgate dos Principais Disposi-tivos empregados nas Oclusões Per-cutâneas dos Defeitos Congênitos”; mesa-redonda discutindo os “Aspectos ecocardiográficos dos principais defei-tos submetidos a fechamento percu-tâneo”; palestra sobre “Oclusão dos

apêndices atriais esquerdos; Indicação de resultados e aspectos técnicos”; dentre outras sessões.

Da mesma forma que o evento rea-lizado no ano passado, no Rio de Ja-neiro (RJ), neste ano, o foco é a reali-zação de casos ao vivo. Ao longo dos três dias do Congresso serão realiza-dos sete casos ao vivo, sendo quatro deles realizados, por operadores na-cionais de grande experiência, e três, por operadores estrangeiros, líderes da especialidade nos seus campos. Entre os convidados internacionais confirmados está Mário Carminati (Itália), diretor da Unidade Pediátrica de Cardiologia do San Donato Milane-se Hospital, em Milão.

O ponto alto do Congresso, dentro da área de Cardiopatias Congênitas, será uma apresentação de Ted Feld-man (Estados Unidos) na sessão ple-nária, sobre um tema da oclusão percu-tânea dos apêndices atriais esquerdos. Na oportunidade, pela primeira vez em um congresso brasileiro, assistiremos um caso ao vivo realizado por Reda Ibrahim (Canadá), que, juntamente com outros profissionais participantes do painel, poderá interagir e discu-tir sobre este importante tópico. “É a oportunidade de atualizar-se podendo privar do convívio, sempre agradável, dos colegas de todo o país, bem como de especialistas estrangeiros tão desta-cados e acessíveis, na aprazível cidade de Belo Horizonte”, afirma Francisco Chamié (RJ), diretor do Departamento de Intervenção em Defeitos Estruturais e Congênitos da SBHCI.

CARDIOPATIAS CONGêNITAS

A programação científica de Defeitos Congênitos e Estruturais está bem abrangente, com temas voltados tanto para profissionais iniciantes quanto para os mais experientes

Caso ao vivo inédito no Brasil[ Por Carla Ciasca ]

O ponto alto do Congresso, dentro da área de Cardiopatias

Congênitas, será uma apresentação de Ted Feldman

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8 | jornal da SBHCI edição especial

Transmissão de caso ao vivo de cardiopatias congênitas será realizada do Hospital Biocor, em Belo Horizonte.

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Page 9: Jornal da SBHCI Edição Especial BH

INTERVENçõES EXTRACARDíACAS

AUDITÓRIO DIAMANTINA

iníCio téRmino aulas8h40 10h00 • Minicurso: Noções Básicas para o

Cateterismo nos Defeitos Congênitos

10h30 12h00 • Mesa Redonda: Terapia Percutânea no Coração Direito• Miniconferência: Como Minimizar os Riscos Bilógicos da Radiação Ionizante em Intervenção Pediátrica

14h00 16h00 • Caso ao Vivo: CIA (Belo Horizonte, MG) • Temas Livres• Controvérsia: Cardiopatias com fluxo pulmonar ducto dependente

16h45 18h30 Mesa Redonda: Correlação anatomo-ecocardiográfica

Dia 22 - QUINTA-FEIRA

iníCio téRmino aulas8h30 10h00 • Caso ao Vivo: FOP (Belo Horizonte, MG)

• Conferência: Implante Percutâneo de Valvula Pulmonar

10h30 12h00 • Caso ao Vivo: CIV (Belo Horizonte, MG)• Conferência: Resgate dos Dispositivos Empregados nas Oclusões Percutâneas

15h00 16h00 • Mesa Redonda: O Estado da Arte: Intervenção em cardiopatia congênita

16h45 18h30 • Mesa Redonda: Sessão de casos interessantes• Caso ao Vivo: PCA (Belo Horizonte, MG)

Dia 23 - SEXTA-FEIRA

iníCio téRmino aulas9h00 10h30 • Caso ao Vivo: FOP (Belo Horizonte, MG)

• Conferência: Miscelânea de casos interessantes

11h00 12h00 • Caso ao Vivo: FOP (Belo Horizonte, MG)

Dia 24 - SÁBADO

jornal da SBHCI edição especial | 9

Especialistas do segmento de Extra-cardíacos terão espaço para deba-ter os avanços da área no XXXII

Congresso da SBHCI. Neste ano, os destaques serão os procedimentos em artérias carótidas, que ganharam força após a recente publicação de estudos favoráveis ao tratamento percutâneo, como o Carotid Revascularization Endar-terectomy versus Stent Trial (CREST), um ensaio clínico norte-americano, mul-ticêntrico, randomizado e controlado, que comparou a eficácia da endarterec-tomia cirúrgica com o stent carotídeo.

Outro destaque são os procedimentos em artérias renais, que tiveram resulta-dos controversos e desfavoráveis em es-tudos recentes, como o Angioplasty and Stenting for Renal Artery Lesions Trail (ASTRAL). A análise comparou os im-pactos da revascularização, utilizada na tentativa de evitar a progressão da do-ença, mais ainda não mostrou evidências conclusivas. As palestras serão dirigidas por profissionais da SBHCI, com pres-tígio e reconhecimento notório na área de Extracardíacos, como Marcos Marino (MG), Ari Mandil (MG) e Marco Vugman Wainstein (RS).

Vale ressaltar que a área coronariana também será abordada durante as ses-sões. “A grande novidade deste ano é que os temas de Extracardíacos serão

apresentados de forma combinada com os temas de Coronária e Estrutural”, afirma Marco Wainstein (RS), diretor de Intervenções Extracardíacas da SBHCI. “Assim, não será necessário o desloca-mento do congressista para uma sala es-pecial. Além disso, haverá casos ao vivo de procedimentos extracardíacos sendo apresentados na mesma sala dos temas de intervenções coronárias.”

Uma das novidades da área de Intervenções Extracardíacas para o Congresso é a apresentação na mesma sala dos temas de Coronária e Estrutural

Impactos da revascularizaçãoextracardíaca

[ Por Carla Ciasca ]

iníCio téRmino aulas10h30 12h00 • Sessão extracardíaco

• Tema Livre Oral

Dia 23 - SEXTA-FEIRAAUDITÓRIO ARAXÁ

Marco Wainstein (RS), diretor de intervençõe extracardíacas da SBHCI.

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Page 10: Jornal da SBHCI Edição Especial BH

PALESTRANTES INTERNACIONAIS

Conheça os 15 convidados internacionais que estarão em Belo Horizonte para participar do XXXII Congresso da SBHCI

Conhecimento globalizado

10 | jornal da SBHCI edição especial

Marco Valgimigli

Itália

Graduou-se em medicina em

1997 na Universidade de Bolonha

(Itália) com o grau summa cum laude.

Continuou seus estudos em medicina

interna na Universidade de Bolonha até 1999 e espe-

cializou-se em cardiologia na Universidade de Ferrara,

em 2003. No ano seguinte, obteve uma bolsa de es-

tudos em clínica e pesquisa no Laboratório de Catete-

rização do ThoraxCenter do Centro Médico Erasmus,

em Roterdã. Em novembro de 2005, mudou-se para

Caen, na região francesa da Normandia, para se qua-

lificar na abordagem transradial. Em 2006, assumiu

o posto de cardiologista sênior no Hospital da Uni-

versidade de Ferrara e, três anos mais tarde, foi desig-nado diretor do Laborató-rio de Cateterização.

Marco Costa Estados Unidos

É diretor do Centro de Intervenção Cardiovascular e do Centro de Pesqui-sa e Inovação do Instituto Cardiovascular Harrington-McLaughlin. É também profes-sor de medicina da Universidade Case Western Reserve. Graduou-se em medicina na Universidade Federal de Mi-nas Gerais e fez doutorado em Cardiologia Intervencionista na Universidade Erasmus, em Roterdã. Foi membro efetivo do corpo de cardiologistas e diretor de pesquisas em car-diologia intervencionista do Instituto de Cardiologia Dante Pazzanese, em São Paulo. Costa foi ainda nomeado diretor de pesquisa, professor associado e diretor dos Laborató-rios Centrais de Imagem Cardiovascular da Universidade da Flórida, nos Estados Unidos. Suas áreas de maior co-nhecimento são intervenções percutâneas coronarianas, doença arterial periférica e doença cardíaca adulta estrutu-ral adquirida ou congênita. Fundou o Laboratório Central de Tomografia Cardiovascular de Coerência óptica e liderou estudos nacionais e internacionais utilizando TCCO para avaliar aterosclerose e stents coronários.

Ted Feldman Estados Unidos

Graduou-se em medicina na Uni-versidade de Indiana e cursou resi-dência Médica como residente-chefe no Centro Médico Rush-Presbyterian de Saint Luke, em Chicago. Após concluir sua bolsa de estudos em cardiologia na Universidade de Chicago, permaneceu ali como professor de medicina e diretor do Laboratório de Cateterização Cardíaca. Atualmente, exerce a profissão no Hospital Evanston, como diretor do Laboratório de Cateterização Cardíaca. Feldman ocupa hoje a cadeira Walgreen em Cardiologia Intervencionis-ta e é professor de clínica médica da Escola de Medici-na da Universidade de Chicago. Publicou mais de 400 estudos, entre capítulos, resumos e editoriais. É um dos coautores do Guia de Orientações para a Intervenção Coronária Percutânea e participa do Comitê de Exames Escritos de Cardiologia Intervencionista da Câmara Ame-ricana de Medicina Interna. Participa de inúmeras pesqui-sas clínicas. Suas linhas de pesquisa de maior interesse são as que incluem reparos não-cirúrgicos, percutâneo, da válvula mitral, substituição da válvula aórtica com base em cateterismo, fecho em desvio para doenças cardíacas congênitas e para enxaqueca, fecho ancilar do átrio es-querdo, implante de stent carotídeo e desenvolvimento de novos stents coronários.

Page 11: Jornal da SBHCI Edição Especial BH

Darío Echevarri

Colômbia

Especializou-se em medicina inter-

na, cardiologia clínica, intervenções car-

diovasculares e cateterização. Exerceu

o cargo de Cientista III na Universidade

de Kentucky, em Lexington, nos Estados

Unidos. Atualmente, é diretor da área de diagnóstico car-

diovascular invasivo e intervencionista e diretor do Labo-

ratório de Pesquisa sobre Função Vascular da Fundação

Instituto de Cardiologia Cardio Infantil. Echevarri é também

professor da Faculdade de Medicina da Universidade de

Rosário e ex-presidente da Associação Colombiana de He-

modinâmica. Hoje, exerce o cargo de presidente da So-

ciedade Latino-Americana de Cardiologia Intervencionista

(SOLACI). É um pioneiro no campo de pesquisa básica

em aterosclerose e em reestenose coronariana em modelos

animais e no estudo da função vascular in vitro. Recebeu

mais de 30 prêmios nacionais e internacionais. Autor de

três livros, vários artigos de revisão, apresentações em con-

ferências internacionais e capítulos de livros, além de ser

co-orientador de dúzias de teses de graduação.

Mário Carminati

Itália Graduou-se em medicina na Universidade de Pavia, Itália, onde fez especialização em Doen-ças Cardiovasculares. Foi membro da Comissão Científica do Jornal Ecocardiografia e membro do Conselho Editorial do Jornal Italiano de Car-diologia, entre 1988 e 1993. Em 1994, especializou-se na área de Pediatria, na Universidade de Milão. Desde agosto de 1998, é consultor da Associação Europeia de Cardiologia Pediátrica (AEPC). Foi presidente da Sociedade Italiana de Cardiologia Pediátrica entre 1998 e 2001, fellowship da Sociedade Italiana de Cardiologia In-tervencionista (Gruppo Italiano di Studi Emodinamici - GISE) desde 2003. Atualmente é diretor da Unidade Pediátrica de Cardiologia do San Donato Milanese Hospital, em Milão. Carminati produziu mais de 100 publicações na imprensa nacional e internacional. Também escreveu cerca de 150 resumos científicos e 95 artigos para livros médicos. Uma de suas últimas publicações, sob o tema “Fechamento percutâneo da CIV (oclusão de comunicação interventricular) residu-al: resultados em curto e médio prazo”, foi veiculada recentemente na seção de Cateterismo e Intervenções Cardiovasculares do jornal oficial da Sociedade de Angiografia e Intervenções Cardíacas.

Ian Meredith

Austrália

Chefe de pesquisas cardiovasculares no Centro Médico da Universidade Monash, em Melbourne, Meredith é também professor e di-retor de cardiologia na Southern Health. Com 20 anos de experiência em clínica e interven-

ção cardiológicas, já atendeu mais de 15 mil pacientes. Poucos anos depois de sua graduação, já havia conquistado um posto de referência internacional nestas áreas, concluindo seu PHD no Baker Institute. Em seguida, atuou durante três anos em cardiologia inter-vencionista no Hospital Brigham & Women’s e na Escola Médica de Harvard, na Inglaterra. Em 1997, foi cofundador da Brighton Heart Care. Soma hoje mais de 8 mil intervenções cardíacas e proce-dimentos de coronária. Publicou 150 artigos, sendo pesquisador de 20 centros internacionais, incluindo ensaios clínicos randomi-zados pioneiros com stents farmacológicos. Meredith é membro do Conselho da National Heart Fundation, chairman da Sociedade de Cardiologia da Austrália e Nova Zelândia e membro do comitê organizador da ANZET, além de ser o único australiano no Con-selho da Sociedade Internacional de Angiografia Cardiovascular e Intervenções (SCAI). Atua também como consultor em comissões profissionais e do governo australiano.

Oscar Mendiz

Argentina

Graduado pela Universidade de Buenos Aires, especializou-se em hemodinâmica e an-giografia na mesma faculdade e em terapia com cateterismo pela Universidade Favaloro. Atuou como secretário científico da comissão diretora do Colégio Argentino de Cardiologistas Intervencionistas (CACI), de 2006 a 2007, e como cardiologista intervencionista no Instituto Cirúr-gico de Callao, e médico de hemodinâmica do Hospital Universitário Austral. Somente na Fundação Favaloro trabalhou como chefe do De-partamento de Cardiologia Intervencionista, plantonista na Unidade de Atendimento Coronário e assessor de implantes de endopróteses de aorta, além de ter sido membro do Conselho Diretor. Teve experiência em assessoria de implante de endopróteses de aorta abdominal e an-gioplastia com proteção distal no Irã, Jordânia e Líbano. Atualmente, é chefe do Departamento de Cardiologia Intervencionista da Fundação Favaloro, membro do Conselho de Hemodinâmica SAC, e secretá-rio, presidente do comitê científico, e membro da comissão diretora do CACI. Mendiz é membro fundador da Sociedade Latino Americana de Cardiologistas Intervencionistas (SOLACI), ocupando o cargo de vice-presidente. A Sociedade de Angiografia Cardíaca e Intervenção e o American College of Cardiology (ACC) são algumas das instituições das quais é membro atuante no momento. Mendiz apresentou mais de 140 resumos em congressos internacionais e tem 43 trabalhos publicados na Argentina e em outros países.

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Stephan Windecker

Suíça

Graduado na conceituada universida-de alemã de Heidelberg, Windecker, atua no Centro de Cardiologia Invasiva do Hospital Universitário de Bern, na Suíça. Como dire-tor do setor, supervisiona os procedimentos e tratamentos com catéter em deficiências estruturais e coroná-

rias. Sua principal área de pesquisa clínica envolve avaliações de stents no tratamento da artéria coronária, bem como intervenções não-coronárias no tratamento percutâneo de forame oval patente e defeitos do septo atrial. Estabeleceu um recorde em ensaios clí-nicos cardiovasculares, sendo o principal pesquisador de diversos estudos clínicos em cardiologia. Participou de dezenas de ensaios multicêntricos internacionais. Windecker é ainda membro de um consórcio de pesquisa acadêmica que recomenda um padrão de definições de desfecho clínico em ensaios de stents coronários, a fim de facilitar a avaliação de segurança e eficiência deste dispo-sitivo, permitindo comparações históricas e indiretas.

Reda Ibrahim

Canadá

Especialista em cardiologista interven-cionista, Ibrahim é membro do Centro de Car-diopatias Congênitas e Adultas, do Instituto do Coração de Montreal, Canadá, onde realiza um trabalho de monitoramento de pacientes que so-frem de doenças graves do coração, desde a infância até a fase adulta. É também professor adjunto da Faculdade de Medicina da Universida-de de Montreal. Participa de uma equipe de 10 médicos especialistas, em Quebec, que estuda a implantação de uma pequena prótese cir-cular no átrio esquerdo do coração. Entre suas recentes publicações, está um artigo científico sobre o “Efeito do sangramento, tempo de revascularização e um ano de evolução clínica da abordagem radial du-rante a intervenção coronária percutânea primária em pacientes com infarto agudo do miocárdio com elevação do segmento ST”, que tem o objetivo de relatar a redução da incidência de complicações hemorrá-gicas durante o tratamento.

12 | jornal da SBHCI edição especial

Gary Mintz

Estados Unidos

Graduado em química pela Universi-

dade da Pensilvânia, em 1970, especiali-

zou-se em Medicina, pela Universidade de

Medicina Drexel, em 1974. Foi diretor do

Programa de Ultrassom Coronariano do

Centro de Formação e Educação Cardiovascular do Wa-

shington Hospital Center, em Washington DC, Estados Uni-

dos. Lecionou no Hospital-Universidade Hahnemann por

13 anos, onde também atuou como diretor do Laboratório

de Ultrassom Cardíaco, diretor da Unidade Coronariana e

cardiologista intervencionista sênior. Desde 1991, é diretor

de publicações e serviços editoriais da Fundação de Pesqui-

sa Cardiovascular. Atua ainda como médico-diretor e editor-

chefe do site TCTMD.com (The Source for Interventional

Cardiovascular News and Education). Autoridade pioneira

e reconhecida na área de imagens intravasculares, Mintz é

autor de mais 600 artigos científicos, com publicações que

indicam perícia e liderança do pensamento em sua área es-

pecífica. Entre suas obras, destaque para o livro “Intracoro-

nary Imaging”.

PALESTRANTES INTERNACIONAIS

Motomaru MasutaniJapão

Com graduação e P.h.D pela Facul-dade de Medicina de Hyogo (Japão), foi professor assistente da divisão de deficiên-cias coronárias e diretor do laboratório de cateterismo na mesma faculdade. Atuou no início dos anos 90 no Departamento de Medicina Interna Kaibara, da Cruz Vermelha. Masutani é membro da So-ciedade Japonesa de Cardiologia, das faculdades TOPIC, CTO, TRICO (índia), Faculdade de Singapura, Faculdade de Terapia Intervencionista da China e Faculdade Coreana de Angioplastia. Suas atuações recentes englobam a orga-nização do comitê de demonstração Kamakura, bem como a direção do grupo de estudos Kinki TRI e do Laboratório de Cateterismo da Universidade de Hyogo. Atualmente, é também conselheiro da Sociedade Japonesa de Cardiolo-gia Intervencionista e da Associação Japonesa de Terapias de Cateterismo Cardiovascular.

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jornal da SBHCI edição especial | 13

Michael Wyman

Estados Unidos

Após graduar-se na Universidade

Johns Hopkins, em Baltimore (Estados Uni-

dos), atuou como parceiro dos hospitais

Beth Israel e da Universidade de Harvard,

em Boston. Foi professor e médico assis-

tente do Medical College de Virginia, bem como membro

da equipe ativa dos hospitais Bom Samaritano e da Penín-

sula de São Pedro, na Califórnia. Nos anos 90 atuou como

diretor no Instituto do Coração do Hospital Bom Samari-

tano e no Laboratório Mary Hospital, na Califórnia, local

onde também trabalhou na coordenação de incrementos de

qualidade e resultados. Os principais grupos dos quais par-

ticipa atualmente são Associação Americana de Medicina,

Clube Japonês CTO, Phi Beta Kappa, Associação Médica

da Califórnia e de Los Angeles. Wyman recebeu o prêmio

Chemical Rubber Company em química geral e homena-

gens da Phi Beta Kappa e do Pomona College.

Martin LeonEstados Unidos

Graduado pela Faculdade de Medicina de Yale, Estados Unidos, concluiu sua especia-lização em cardiologia no Hospital New Haven de Yale. Foi diretor de Pesquisa e Educação Cardiovascular no Lenox Hill Instituto Vascu-lar, em Nova York, também atuou como diretor de Pesquisa Cardiovascular no Washington Center Cardiologia do Hospi-tal Central de Washington, e foi professor clínico de Medicina na Georgetown University Medical Center. Leon é fundador e presidente emérito da Fundação de Pesquisa Cardiovascular e codiretor da Divisão de Pesquisa Médica e Educação. Também é professor de medicina na Universidade de Columbia e asso-ciado do Centro de Terapia Vascular Intervencionista do Hos-pital Presbiteriano de Nova York. Cardiologista intervencionista de renome internacional, fez contribuições significativas para quase todos os desenvolvimentos no campo da terapia vascular intervencionista nos últimos 20 anos. Ele tem realizado mais de 7 mil intervencionistas e tem coautoria em mais de 1.100 pu-blicações científicas.

Eberhard Grube

Alemanha

Graduou-se na Universidade de Friedrich-Wilhelm Rhenish, em Bonn, na Alemanha, em 1972, onde trabalhou por muitos anos como médico sênior do De-partamento de Cardiologia da Faculda-

de de Medicina. Foi professor consultor do Departamento de Medicina Cardiovascular da Universidade de Stanford, Estados Unidos. Atualmente é chefe do Departamento de Cardiologia e Angiologia do Centro Cardíaco de Siegburg,Alemanha. Membro do Conselho Federal Alemão de Me-dicina, do Jornal Alemão de Cardiologia e do Conselho Editorial da Revista Internacional de Intervenções Cardio-vasculares, Grube é reconhecido internacionalmente por sua influente liderança no desenvolvimento e teste clínico de novos dispositivos e procedimentos da cardiologia in-tervencionista.

Eulogio García Fernandez

Espanha

Formado em medicina em 1971, especializou-se em cardiologia pediátrica no Hospital Henry Ford, em Detroit, e na Univer-sidade Western Reserve, em Cleveland, nosEstados Unidos. Foi chefe da Cardiologia Pe-

diátrica no Hospital Geral Universitário Gregório Marañón, em Madri, Espanha. Desde 1991, atua como diretor do Departa-mento de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista deste hospital. É membro da Sociedade Espanhola de Cardiologia, da qual foi presidente da Seção de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista entre 1995 e 1998. É membro da Socieda-de Europeia de Cardiologia, Sociedade Latino Americana de Cardiologia Intervencionista, entre outras importantes entidades internacionais. Possui mais de 600 contribuições científicas, incluindo artigos publicados em periódicos espanhóis e interna-cionais, trabalhos apresentados em encontros científicos e livros médicos. García também participa do grupo de diretores de um dos cursos mais importantes da especialidade na Europa, o Te-rapia Endovascular e Miocárdica (TEAM), realizado anualmente em Madri.

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O que há de novo na IndústriaO XXXII Congresso da SBHCI recebe o apoio de 51 parceiros da indústria de dispositivos percutâneos, produtos radiológicos e farmacêuticos, que receberão os congressistas no pavilhão de exposições do Expominas. Conheça as principais novidades que as empresas trouxeram para o evento

O simpósio da Abbott Vascular vai abor-dar temas atuais como o futuro das no-vas plataformas de stents e a transferên-cia de seus dados clínicos, por David Rutledge (Estados Unidos), e a angio-plastia em lesão de tronco e o estudo Excel, que avaliará a eficácia do uso de stent farmacológico com everolimus no tratamento de lesões de tronco, por Mar-co Valgimigli (Itália).

Terumo apresenta o Guia para OTC, Cros-swire NT – Oclusão Crônica, com excelente desempenho no cruzamento de lesões crô-nicas, calcificadas e de alta complexidade; Ponta Distal em Platina e Irídio, com exce-lente visibilidade para a identificação da pon-ta; Revestimento Hidrofílico, com navega-bilidade em artérias tortuosas; Pontas com Peso Progressivo: 10g, 40g e 80g, que garantem o cruzamento de oclusões totais.

14 | jornal da SBHCI edição especial

PARCEIROS

A Bioassist mostra em primeira mão a AMPLATZER Cardiag® Plug, uma pró-tese de fechamento de apêndice atrial esquerdo. No mesmo espaço, a Biosen-sors divulga sua tecnologia de polímero biodegradável, com aplicação ablumi-nal e droga Biolimus A9, que demons-trou eficácia na apresentação do estudo LEADERS 2Y.

A Boston Scientific apresenta o Platino-Cro-mo, uma nova geração de stents farmacoló-gicos. Na divisão de imagens, a novidade é o equipamento para ultrassom intracoronário iLab, com novo software que permite a visu-alização colorida das placas de ateroma. A Boston Scientific ainda apresenta um caso ao vivo diretamente de Curitiba, tendo como operador Costantino R. Costantini, e a parti-cipação de Gary Mintz como palestrante.

Page 15: Jornal da SBHCI Edição Especial BH

A Philips destaca o Dose Aware, um medi-dor do nível de Dose, quantidade de radia-ção emitida pelos equipamentos de raio-X. Outro destaque é o Allura Xper CV20, me-didor que pode ser utilizado em procedi-mentos cardíacos intervencionistas, diag-nósticos de radiologia e eletrofisiologia. E o Xper Swing, um software inovador.

Os primeiros resultados do estudo RESOLUTE All Comers demonstraram que o stent Resolute eluído com zotaroli-mus é seguro e eficaz. O stent farmaco-lógico Resolute é indicado para melhorar o diâmetro luminal coronário e reduzir a reestenose em pacientes com doença car-díaca isquêmica sintomática.

A XPRO celebra o lançamento da tercei-ra geração do AngiX e, entre as principais inovações, está o Arco com movimentos mais rápidos e flexíveis, permitindo estu-dos de Angiografia Rotacional e Recons-trução 3D; Mesa com capacidade de 300 kg e pivotamento de 110º para cada lado.

A Toshiba lança uma nova opção de tamanho do painel detector de 30cm x 30cm, projetado para trabalhar na área cardíaca, criando assim uma excelente opção de equipamento para uso não so-mente em hemodinâmica, como também em regiões extracardíacas.

A Boynton, distribuidora exclusiva da linha de produtos da empresa Lifetech, traz mais uma vez ao Congresso, como palestrante internacional em um caso ao vivo, o car-diologista Zhi-Wey Zhang (China), com ampla experiência no uso de próteses de fechamento do Defeito do Ventrículo Sep-tal, sem a necessidade de cirurgia.

CCL e Eurocor apresentam o DIOR PTCA CATETER, um cateter de duplo lú-men coronariano de troca rápida com um balão e duas marcas radiopacas (proximal e distal), que facilitam o posicionamento do balão no X-Ray fluoroscopia; o cate-ter é revestido com Paclitaxel ingredien-tes farmacêuticos ativos (3 mg/mm²).

A Biomedical lança o cateter de infusão de drogas ClearWay RX, um balão de PTFE com microporos que libera o medicamento diretamente na lesão, em uma concentra-ção infinitamente maior do que se injetada por IV ou através de cateter Guia.

A B.Braun apresenta o SeQuent® Ple-ase, o primeiro cateter balão liberador de fármaco para tratamento dos vasos coronarianos.

A Shimadzu apresenta a série Bransist SAFIRE, aparelho equipado com o FPD de Selênio amorfo (a-Se) que garan-te imagens de alta definição com baixa dose de radiação, que possibilitam a vi-sualização dos stents com maior facilida-de e segurança.

A Biotronik apresenta seus produtos re-cém-lançados como o Streamer, fio-guia 0,014” polimérico com revestimento hi-drofílico e outros produtos como o Pan-tera Lux, balão coronário eluidor de Pacli-taxel e o Fortress, introdutor aramado 4F.

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Empresa genuinamente gaúcha, a Disco-med é a importadora nacional exclusiva do RenalGuard®, stent fabricado pela ame-ricana PLC Medical System, Inc., e que tem por objetivo proteger os pacientes da Nefropatia Induzida por Contraste (NIC).

O novo Stent MGuard é uma endoprótese coronariana revestida por malha microscó-pica e biocompatível, que proporciona a prevenção da embolização distal, aprisio-nando o material trombótico entre o stent e o vaso, além de difundir a pressão criada entre a parede da artéria e o stent.

A LifeLine disponibiliza produtos de alta tecnologia como o Over and Under, o úni-co stent 100% recoberto com pericárdio, como a solução para ponte de safena e aneurismas; e o Satinflex, um stent com menor quantidade de níquel, com exce-lente flexibilidade e força radial.

A Justesa informa aos profissionais do segmento de diagnósticos por imagem que o contraste radiológico Iopamiron (Iopamidol) está disponível para o merca-do brasileiro em todas as apresentações e concentrações (300 mg e 370 mg).

O Agrastat - cloridrato de tirofibana é indicado para prevenção de isquemia, em combina-ção com heparina, em pacientes com angina instável ou IAM sem elevação do segmento ST; prevenção de complicações coronárias isquêmicas relacionadas ao fechamento da coronária tratada em pacientes submetidos a angioplastia coronária ou aterectomia.

A nova linha de stents da Clinical Thinks é composta de sistema de tratamento tipo en-xerto para artérias coronárias e periféricas que apresentam aneurisma, ruptura ou perfu-ração. Sua estrutura é pré-montada no balão SDS e conta com uma excelente força radial, conferindo segurança, flexibilidade, garantin-do conformidade em anatomias tortuosas.

A EPTCA apresenta um novo produto aos congressistas: o balão Conic, de-senvolvido para reduzir a dissecção dis-tal em procedimentos de angioplastia e que acompanha a anatomia da coronária.

A Translumina oferece o stent YUKON CHOICE DES, com tecnologia farma-cológica livre de polímero, para a im-pregnação in-loco de Rapamicina a 2%. Estudos recentes comprovam a eficácia e segurança em longo prazo.

O stent coronário Cappella Sideguard é dedi-cado para ramo lateral e seu exclusivo sistema de entrega fabricado em nitinol grau cirúrgi-co, pré-montado em sistema autoexpansível. Projeto cilíndrico cortado a laser, conta com extremidade em forma de coroa, projetado para acomodar-se à anatomia tridimensional do ostium de um ramo coronário lateral.

A Neomex divulga os Oclusores Septais Cardia, que estarão presentes em um dos casos ao vivo do Congresso; os produtos da Blue Medical: XTRM WAY Cateter Ba-lão para PTCA e CTO, XTRM FIT Stent Coronariano de Aço e XTRM TRACK Stent Coronariano de Cromo-Cobalto; e o Cateter Aspirador de Trombos – THROMBUSTER.

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PARCEIROS

Page 17: Jornal da SBHCI Edição Especial BH

A SISMED lança o DIGISTAR 600 com Flat Panel Detector, a nova geração de equipamento com sistema de captura digi-tal de imagens. Outra novidade é o KIT para processadores de imagens integrado com uma câmera, que atenderá aos clientes que necessitam fazer upgrade em seus equipa-mentos geradores de imagem médicas.

A Barrfab, líder em mesas cirúrgicas no Brasil, apresentará aos congressistas a mesa cirúrgica hemodinâmica com tampo em fibra de carbono totalmente motorizada.

A St. Jude Medical destaca o Pressure Wire, aparelho destinado a avaliar o grau da lesão da artéria através do FFR (Fluxo Fracionado de Reserva). Este método foi publicado num estudo chamado FAME e provavelmente se tornará um novo pa-drão para diagnóstico de lesões coroná-rias e decisão para implante de stents.

A novidade da Angiolux é o CCFlex ProAc-tive, um sistema coronário de Stent Cobalto Cromo com Revestimento Camouflage®, que possui excelente flexibilidade, sem com-prometer a força radial. Suas principais ca-racterísticas são redução da espessura dos segmentos de ligação e excelente adaptação do stent expandido com a anatomia vascular.

A Nuclemed apresenta novidades em materiais de proteção plumbífera contra radiações, a exemplo de seus novos ócu-los, com armações mais modernas e le-ves em modelos nacionais e importados; novos aventais com design e corte dife-renciados, mais leves e flexíveis; e novos acessórios para hemodinâmica.

A empresa Tecmedic, distribuidora auto-rizada dos produtos Occlutech, partici-pará de um caso ao vivo com a prótese para fechamento percutâneo de comuni-cação interatrial (CIA).

O BioSTAR® Implante Septal Bioabsorví-vel foi projetado com o objetivo de garantir a máxima eficácia no fechamento do defeito (tanto comunicação interatrial quanto fora-me oval patente) e acelerando o processo de cicatrização. É construído a partir de hastes de MP35N ao qual a camada de co-lágeno intestinal porcino (ICL) é costurada.

A Transmai apresenta a nova linha de ele-trocardiógrafos modelos EX-01 e EX-03, que oferece a mais avançada tecnologia em representação gráfica, na qual as cur-vas e os dados são processados através de um sofisticado tratamento de imagens realçando assim a sua apresentação.

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ELETROCARDIÓGRAFO EMAI

3 canais e 12 derivaçõesDisplay gráfico de ECGImpressão de tempo de registro e BPM

3 canais e 12 derivaçõesDisplay gráfico de ECGImpressão de tempo de registro e BPM

CERTIFICAÇÃO

Boas Práticas deFabricação

Além de trazer as principais novidades da indústria em seus estandes, os parceiros também investem em ações de confraternização entre os congressistas. O jantar especial para os palestrantes e o coquetel de abertura do XXXII Congresso da SBHCI serão oferecidos pelas empresas:

Confraternização

Page 18: Jornal da SBHCI Edição Especial BH

Bem vindo

S ão cerca 2,3 milhões de habitan-tes. Nem todos mineiros, pois, há algum tempo, a cidade passou a

atrair o interesse de brasileiros cosmo-politas que desejam continuar vivendo em um grande centro urbano, mas sem as loucuras, as correrias e os incômodos inevitáveis de São Paulo e Rio de Janei-ro, por exemplo. O resultado desta mis-tura é um mosaico refletido na variedade de opções culturais. O perfil eclético não se limita à cultura e invade o vasto leque das alternativas de lazer e possibilidades de gerir e criar novos negócios.

Tanto o agito da vida noturna quanto o capricho da culinária local tornaram-se famosos por todo o país. Belo Horizon-

te é a cidade brasileira com mais bares (ou botecos, que vão de simples, com atendimento de balcão, ao sofisticado, com atendimento em bandeja de prata) por habitante, e não faltam opções para todos os estilos culturais e musicais. Além do preparo dos estabelecimentos, o conforto é garantido pela localização geográfica da capital mineira. Há quem reclame de tanto sobe e desce pelas ruas da cidade, mas não do clima agra-dável para passeios ao ar livre e prática de esportes durante o ano todo, em es-pecial no inverno de ar frio e céu azul.

Sua viagem a Belo Horizonte não foi a passeio? Provavelmente não, como a de muitos que chegam à cidade pela

primeira vez e acabam se apaixonando pelos mineiros e pela capital mineira.

Não é de hoje que Belo Horizonte dis-puta com as capitais carioca e paulista eventos comerciais, industriais e profis-sionais de todos os setores. A capital mineira passou a ser parada obrigató-ria de importantes eventos nacionais e internacionais. Efeito da solidez das indústrias automobilística, siderúrgica, eletrônica e da construção civil, que atraíram outros setores, outros profis-sionais e deram a importância e impo-nência econômica ansiada pelos minei-ros e já refletida pela história da cidade, e do Estado, e de muitos personagens que nasceram ou viveram por ali.

UM POUCO DE HISTóRIA

A tradição e a inovação caminham juntas em Belo Horizonte.

Mesmo consolidada como quinto maior parque industrial da América

do Sul, a cidade preservou o charme histórico que abre as

portas para receber convidados do XXXII Congresso da SBHCI

[ Por Aline Khoury ]

a Belo Horizonte

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Page 19: Jornal da SBHCI Edição Especial BH

UM LONGO TRAJETOPara alcançar o status de capital cos-

mopolita, comparável às cidades de países desenvolvidos, Belo Horizonte passou por um caminho de lutas e pe-culiaridades interessantes. Desde a In-confidência, planos de uma nova capital começaram a ser traçados para ganhar força com o espírito republicano, anos depois. Os ideais positivistas do fim do século XIX já não condiziam com o perfil colonial e imperial de Vila Rica, anos de-pois rebatizada como Ouro Preto.

Como sede desta missão, foi escolhido Curral Del’Rei, um povoado fundado por volta de 1700. Ao longo de quase 200 anos, a área foi completamente reestru-

turada até sua inauguração em 1897, quando passou a ser chamada de Cidade de Minas, e tornou-se a primeira cidade planejada do Brasil. Quem rabiscou os primeiros traços da capital mineira foi o engenheiro paraense Aarão Reis. Ele deu ênfase à modernidade e buscou separar os setores urbanos dos suburbanos. Ruas largas, quarteirões simétricos e um par-que central procuravam trazer toques de metrópole europeia. Porém, o crescimen-to superou as expectativas, e algumas das previsões acabaram frustradas.

Rebatizada de Belo Horizonte em 1906, a cidade atraía cada vez mais brasileiros, principalmente por suas qua-lidades climáticas e topográficas. Diver-

sos municípios que concorriam ao posto de capital de Minas Gerais ofereciam as mesmas facilidades para drenagem dos terrenos e construção de redes de esgoto. Mas a eleita foi Belo Horizonte. Havia quem defendesse a permanência do nome Vila Rica, para evitar despesas. Mas, certamente, muitas de suas relíquias arquitetônicas e históricas teriam sido de-vastadas com o crescimento posterior. Neste sentido, a fundação de Belo Ho-rizonte teve grande importância para a preservação de parte valiosa da história brasileira. E, ao que indica o progresso econômico, industrial e científico das últi-mas décadas, seu papel será fundamental para o país também no futuro próximo.

Uma única visita à capital mineira é su-ficiente para encantar turistas. Da noite boêmia de cardápios fartos, passando pelo luxo dos shopping centers e pubs moderninhos, a capital não para de cres-cer e surpreender, seja pela renovação da vida cosmopolita ou pelos bate-papos com os habitantes, que não perdem a chance de lembrar os grandes mineiros que fizeram a história do nosso país.

É por isso que uma única visita a Belo Horizonte também é o suficiente para deixar o visitante com a sensação de que falta algo, com o sentimento de que pre-cisa voltar, porque sempre faltará uma história para ser contada, um prato para experimentar ou um lugar para visitar.

a Belo HorizonteA capital não

para de crescer e surpreender,

seja pela renovação

da vida cosmopolita

ou pelosbate-papos

com os habitantes

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Vista da Casa do Baile, criada por Oscar Niemeyer, no Complexo da Pampulha.

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Page 20: Jornal da SBHCI Edição Especial BH

A s últimas entrevistas concedidas por Oscar Niemeyer foram em 2007, quando completou 100

anos de vida e participou de comemora-ções e homenagens em todo o Brasil e também em outros países. Nesses últimos três anos, o mestre da arquitetura moderna afastou-se da mídia, mas não do trabalho.

Só em 2009, concluiu pelo menos dois projetos imponentes: uma torre em forma de cogumelo de 60 metros de altura, em Nite-rói – cidade localizada a 15 km do Rio de Janeiro – projetada para ficar a dez passos da baía de Guanabara e que pode ser avista-da a quilômetros de distância; e o prédio que abrigará a Biblioteca América do Sul-Países Árabes, em Argel, capital da Argélia.

Poucos dias após conceder esta breve entrevista exclusiva e inédita, recebemos a notícia de que Oscar estava internado e

que passaria por uma cirurgia. Foi a pri-meira de uma série de internações que o deixaram ainda mais debilitado. Forte de alma e espírito, o brasileiro ainda tem na agenda alguns projetos na fila de espera. É o caso do Museu Casa Pelé em Santos, cidade no litoral de São Paulo; o Porto da Música de Rosário, na Argentina; uma pra-ça em Brasília; um auditório em Ravello, na Itália; e um parque aquático em Postdam, na Alemanha. Respeitando seu cansaço e saúde debilitada, conseguimos que o mes-tre respondesse a quatro perguntas. As histórias, algumas já muito conhecidas e diversas vezes publicadas, ficaram de lado para dar lugar à objetividade de quem não quer perder mais tempo com bobagens. O passado ficou para trás. O que importa é o que se mantém em pé e será capaz de transformar o futuro.

DA SIMPLICIDADE à GENIALIDADETalvez, nenhum outro homem nascido no

Brasil tenha sido tão bem sucedido em suas metas pessoais. Eram infinitos os sonhos de garoto que se tornaram cerca 500 tra-balhos produzidos a cada década de vida. Menções, premiações, reconhecimentos e honrarias por todo o mundo mostram o quanto grandes e poderosos homens se curvaram pessoal e moralmente diante do mestre da arquitetura moderna. Sim, moral-mente. Após mais de uma década de vivên-cias e experiências, manter-se na retidão de atitudes e pensamentos defendidos ao longo da vida é só mais um galardão que este brasileiro carrega.

Carioca da zona sul, Oscar Niemeyer So-ares Filho nasceu em 15 de dezembro de 1907, no bairro das Laranjeiras. Formado em arquitetura e engenharia pela Escola

ENTREVISTA

Muitos grandes homens e mulheres saíram de

Minas Gerais para ganhar o mundo. Mas ninguém

foi tão longe quanto Oscar Niemeyer, o maior arquiteto

moderno que o mundo já conheceu

[ Por André Ciasca e Carla Ciasca ]

o brasileiroOscar,‘‘

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A herança cultural e intelectual do mes-tre é administrada pela família. A neta Ana Lúcia foi a idealizadora da Fundação Oscar Niemeyer. Ainda entre os netos, Ana Elisa desenvolve e acompanha os projetos, Car-los Henrique faz as maquetes e Carlos Edu-ardo fotografa. Paulo Sérgio, um dos bis-netos, também é arquiteto e assume parte do legado do bisavô, com quem mora em Ipanema, no Rio de Janeiro. Foi com a aju-da dele que conseguimos esta entrevista.

Qual foi a primeira vez em que o senhor se imaginou um arquiteto?

Quando projetei a Igreja da Pampulha e ve-rifiquei que a minha ideia de uma arquitetura mais livre e criativa foi bem recebida. Senti que estava no caminho certo.

Por diversas vezes o senhor se mostrou, de certa forma, pessimista diante da vida. Como é possível um homem tão bem sucedido ser pessimista?

É claro que isso é possível. Sempre digo que a vida é mais importante que a arquitetura; que colaborar para um mundo mais justo de-veria ser o principal objetivo para todos.

uma vez, o senhor escreveu “minha posição diante do mundo é de invariável revolta”. De onde vem este sentimento? é algo que se mantém vivo no senhor?

Eu poderia dizer que das misérias do mundo decorre esse sentimento permanente de re-volta, embora reconheça que os momentos de felicidade que o mundo às vezes nos pro-porciona nos fazem sorrir um pouco. Hoje, aos 103 anos, o senhor é capaz de refletir e dizer qual o maior prazer que encontrou ao longo de sua vida?

Um deles é sentir que as respostas que hoje acabo de lhes dar seriam as mesmas que lhes daria 50 anos atrás, o que me agrada em particular.

QUATRO PERGUNTAS PARA O MESTRE

Nacional de Belas Artes, no Rio de Janeiro, em 1934, passou a frequentar o escritório do arquiteto Lucio Costa, famoso e de ex-trema importância na história da arquitetura brasileira dos anos de 1930. Suas ideias pouco convencionais para um arquiteto da-quela época – e muitas ainda o são para alguns profissionais de hoje – ganharam o espaço e o impulso que precisavam para abrir caminho para a criação de novos e grandes marcos da arquitetura. Foi naquela época que Niemeyer conheceu Charles-Edouard Jeanneret, o renomado arquiteto franco-suíço Le Corbusier, influência defi-nitiva em seu trabalho e trajetória de vida.

Entre as primeiras obras que surgiram em sua carreira está a construção do edi-fício do Ministério da Educação e Saúde, no centro do Rio de Janeiro, com um sis-tema de pilares de concreto que mantém o prédio “suspenso”, permitindo o trânsito livre de pedestres em seu vão. O prédio possui azulejos de Portinari, esculturas de Alfredo Ceschiatti e jardins de Burle Marx, reunindo características que o tornaram o primeiro grande marco da arquitetura mo-derna no Brasil. Foi apenas o começo.

Nas décadas seguintes, surgiram ami-zades e contatos que fortaleceram a ideia de Niemeyer de desenhar com traços mais livres e modernos. E as encomendas come-çaram a aparecer. Uma delas veio do então prefeito de Belo Horizonte, em Minas Ge-rais, Juscelino Kubitschek. Niemeyer dese-nhou um conjunto de edificações conhecido como Conjunto Arquitetônico da Pampulha. De acordo com Niemeyer, este foi o grande divisor de águas em sua carreira.

Oscar Niemeyer afirma que ao projetar

balho deste arquiteto visionário sugerem um homem grande, forte, com todo o di-reito de ser esnobe com quem e quando quiser. Mas ele não é assim. Oscar Nie-meyer é um homem baixo, de fala con-tida e que se declara desinteressado de suas conquistas e glórias terrenas. Esta é a descrição que o jornalista brasileiro e recifense Geneton Moraes Neto fez após seu último contato com o arquiteto, em 2004. Passaram-se cinco anos. Em 2007, Niemeyer completou um século de vida, foi comemorado e homenage-ado em sessões das quais participou perfeitamente lúcido e ativo. Recebeu a mais alta condecoração do governo francês pelo conjunto de sua obra: o título de Comendador da Ordem Na-cional da Legião de Honra. No mesmo ano, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional decretou o tomba-mento de 35 obras de Oscar Niemeyer, a maioria foi selecionada pelo próprio arquiteto. Hoje, sua atitude é a mesma de 2004. Niemeyer não se acanha em demonstrar enfado e pessimismo diante da vida e da humanidade. Não se trata de uma crítica, mas de um elogio que revela a retidão, a lucidez e a coerên-cia do homem centenário em relação ao jovem arquiteto que fazia declarações semelhantes há mais de meio século, ao escrever que sua “posição diante do mundo é de invariável revolta”.

Apesar de ser carioca,

Niemeyer tem seu coração em Minas.

Ele é o criador de quase todos

os cartões postais de Belo

Horizonte

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‘‘a Igreja da Pampulha, e durante a obra, percebeu, pela primeira vez, que estava no caminho certo. Suas ideias e concei-tos não eram tão absurdos quanto alguns comentavam. Pelo contrário, eram traços bem aceitos que demonstravam que a ar-quitetura livre e criativa era possível. Nie-meyer não parou mais de projetar obras de arquitetura, de arte e da humanidade que se tornariam cartões-postais. A lista é imensa. Parque do Ibirapuera e o Edifício Copan, em São Paulo; o Sambódromo do Rio de Janeiro; e, claro, Brasília, a capital do país, outra encomenda do amigo Jus-celino. Enquanto arquitetos projetam casas e edifícios, Niemeyer projetou uma cidade inteira. Ao sobrevoar a capital do Brasil, ainda hoje, Niemeyer se pergunta como foi possível, em apenas três anos, erguer uma cidade em um lugar onde não havia nada.

Em 1965, suas convicções político-partidárias o levaram ao exílio, quando instalou-se em Paris, na França, onde viveu por mais de 15 anos, durante todo o pe-ríodo da ditadura no Brasil. No exílio, sua estrela brilhou acima de todas. Na França, ele projetou a sede do Partido Comunista Francês, a Bolsa de Trabalho de Bobigny, o Centro Cultural Le Havre, e mais uma série de trabalhos pela Europa, como a Editora Mondadori, na Itália. Suas obras se esten-deram a Portugal, Alemanha, Inglaterra, Noruega, Argélia, Israel... A lista é longa.

O currículo e a grandiosidade do tra-

jornal da SBHCI edição especial | 21

Edifício Niemeyer, inaugurado em 1955, é umas das obras

mais antigas do arquiteto

A Cidade Administrativa Presidente Tancredo Neves, inaugurada em março de 2010, é a mais recente obra

de Niemeyer inaugurada em Belo Horizonte

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Acidade, carinhosamente chama-da de “Beagá”, é famosa pela inigualável hospitalidade de seus

habitantes e por suas paisagens tão par-ticulares, revelando cenários que mesclam o clássico e o contemporâneo em uma arquitetura eclética e rica, com caracterís-ticas que vão de obras-primas do arquite-to Oscar Niemeyer e do artista Cândido Portinari a encantadores parques e jardins projetados pelo paisagista Burle Marx.

O agradável passeio merece começar pela Praça Rui Barbosa, ponto principal do antigo ramal ferroviário, também conhecida como Praça da Estação. Hoje, o trem dá

lugar ao moderno metrô, que vive bastante movimentado na região. A imponente torre do relógio, construída em 1922, é um dos cartões postais da cidade.

Ao lado da Estação, e na lista dos gran-des símbolos de BH, está a Praça do Papa. A mais de 1100 metros de altitude, o local traz uma das vistas privilegiadas da cidade. Seu nome original é Praça Israel Pinheiro, mas recebeu o apelido depois da admiração do papa João Paulo II pelo horizonte visto dali. Além de encontros religiosos, a praça costuma ser palco de shows musicais. Bem perto dali, ainda é possível conferir um ponto curioso e bas-

tante popular entre os belo-horizontinos. A Rua do Amendoim chama a atenção pela ilusão de ótica proporcionada por sua to-pografia: os carros desligados e em pon-to morto parecem subir sozinhos a suave ladeira. Parece papo de mineiro abusado! Não é. Depois de passar pela Praça do Papa, faça você mesmo o teste da ladeira!

Ainda no circuito das belas praças, não poderia faltar a imponente Liberdade. Combinando diversos estilos, o espaço reflete a evolução da capital com o neo-clássico do final do século XIX, art déco dos anos 1940, moderno das décadas de 1950 e 1960 e pós-moderno. Fundada

TURISMO

Do alto da Serra do Curral, que cerca parte de Belo Horizonte, é possível

deslumbrar belezas naturais, simbolizadas por extensas

áreas verdes e arranha-céus, que abraçam os valiosos

conjuntos arquitetônicos da cidade conhecida por suas

alterosas montanhas mineiras

[ Por Aline Khoury ]

Um passeio‘‘

pela capital das alterosas

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logo no início da construção de Belo Ho-rizonte, ela foi projetada para sediar o Po-der Executivo do Estado. Até hoje mantém essa função, hospedando boa parte das Secretarias de Estado e o Palácio da Li-berdade, de onde despacha o governador.

BERÇO DE OUROPara continuar este passeio pelo nas-

cimento de Belo Horizonte, vale visitar o Museu Mineiro, na região central. O pró-prio edifício faz parte do acervo. Em estilo eclético com elementos neoclássicos, foi erguido no final do século XIX para sediar o extinto Senado Mineiro. Ali dentro, po-

dem ser apreciadas várias coleções sobre a cultura local da época, com destaque para a Arte Sacra colonial.

Ainda no roteiro dedicado à história da capital mineira, uma atração inédita no país é o Museu de Artes e Ofícios, que conta a trajetória do trabalho no Brasil. Ferramentas antigas como tornos e teares retratam profissões já extintas ou que ins-piraram ocupações modernas. A Estação Rodoviária, completamente restaurada, é a sede deste interessante acervo. Mas, para narrar o passado, o museu optou por uma exposição mais interativa e dinâmica, utili-zando tecnologias do presente.

Outro ponto que acompanhou o cres-cimento da cidade foi o Mercado Central, com as portas abertas há oito décadas. Queridinho dos belo-horizontinos, é ide-al para comprar as delícias locais, como o requeijão e a goiabada. A variedade de aromas e cores das frutas e dos vegetais chega também ao artesanato. Peças em palha, pedra sabão e cipó surpreendem quem espera apenas quitutes. Ao longo de quase 14 mil metros quadrados, é possível beliscar uma ou outra delícia na degusta-ção das 380 bancas. Aos finais de sema-na, os bares fervem com a freguesia fiel que busca o tradicional fígado acebolado.

Na lista dos grandes

símbolos de BH, está a Praça

do Papa

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A Praça do Papa é um fabuloso mirante para ser visitada no fim

das tardes mineiras.

A Praça da Liberdade une diversos estilos

arquitetônicos, da art déco a edificações pós-modernas.

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A PULSAÇÃO DE BHÉ na Pampulha que o principal com-

plexo turístico espera o visitante. Nos arredores da famosa lagoa que leva o nome do bairro, estão a Igreja São Fran-cisco de Assis, a Casa do Baile, o Iate Tênis Clube e o estádio Mineirão. Em uma combinação única de paisagismo, artes plásticas e arquitetura, o Conjunto da Pampulha é tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. À parte os pontos imperdíveis, há um vas-to espaço para corrida e ciclismo, além de bares e restaurantes. O cenário fica completo com as luxuosas residências e clubes campestres das redondezas. íco-ne do desenvolvimentismo de Juscelino Kubitscheck como prefeito da cidade, a Pampulha une os traços modernos de Niemeyer e o paisagismo de Burle Marx aos afrescos de Portinari e esculturas de Cheschiatti, Zamoiski e Pedrosa.

Primeiro projeto de Niemeyer na região, o Museu de Arte da Pampulha sediou um cassino até 1946. Dez anos depois, pas-sou a sediar o museu e ganhar fama com o apelido de Palácio de Cristal. Arte contem-porânea é a principal tendência das expo-sições periódicas, mas há também obras de outras escolas de artistas renomados como Di Cavalcanti, Cândido Portinari, Al-fredo Volpi, Ivan Serpa e Thomie Ohtake.

Outra célebre construção de Niemeyer é a Casa do Baile, o maior salão de dança da cidade até o final da década de 1940. Rei-naugurada em 2002, abriga um memorial à arquitetura e ao design. Por sua vez, o Iate Tênis Clube mantém a ousadia arquitetônica do complexo da Pampulha. Como um barco que se lança no espelho d´água, o clube tem uma bela vista para as demais atrações turís-ticas. O paisagismo de Burle Marx coloriu a construção com jardins e painéis.

Também compondo as belezas da lagoa, a Igreja São Francisco de Assis foi inau-gurada em 1945. Mais uma vez, as mãos de Niemeyer dão forma a um experimen-to inusitado, com uma abóboda em con-creto que dispensa alvenaria. A ousadia das curvas da igreja chocou autoridades eclesiásticas, que, por 14 anos, proibiram a celebração de cultos ali. Completaria o escândalo o painel de Portinari no qual um cachorro representa um lobo ao lado de São Francisco de Assis. O mesmo artis-ta assina a Via Sacra do interior da igreja, junto a obras raras de Paulo Werneck e bronzes de Alfredo Ceschiatti.

Se a Pampulha abriga de um clube es-portivo a um museu de arte, o Mineirão só vem reforçar esta diversidade. Segundo maior estádio brasileiro – perde apenas para o Maracanã – a arena comporta 130 mil pessoas. O Estádio Governa-dor Magalhães Pinto foi inaugurado em 1965 e sediou duelos memoráveis. Já

no ano da inauguração, foi palco de um episódio histórico na final do campeonato mineiro. O Cruzeiro vencia o Atlético por 1 a 0, quando, 10 minutos antes do final da partida, alguns diretores atleticanos in-vadiram o campo, alegando a marcação de um pênalti irregular. Então, o Atlético simplesmente abandonou o jogo, ceden-do o título ao clássico rival. Este evento é considerado o marco inicial da “Era Mi-neirão”, que assistiu ao crescimento im-pressionante do Cruzeiro.

No total, 22 títulos regionais fazem do Atlético o maior vencedor do torneio mi-neiro. Mas desde a “Era Mineirão”, o Cru-zeiro é dominante : 22 troféus após 1965, contra 18 do adversário. Ronaldo, Reinal-do, Éder Aleixo e Tostão estrearam neste campeonato. A arena de tantos craques foi reformada em 2004, e, para inveja de paulistas, cariocas e gaúchos , está na lista de favoritos da Fifa para a Copa de

2014. Entre as obras exigidas pela FIFA, estão previstos o rebaixamento do grama-do, o aumento dos setores de imprensa e número de vagas no estacionamento, a construção de uma estação de metrô mais próxima do estádio, além da extinção da “geral” . Muitos mineiros dizem que será mais fácil atender a todas as exigências do que ver São Paulo construindo um novo estádio para substituir o Morumbi. Será?

MUDANDO DE ASSUNTOQuatro galerias de exposições, anfiteatro

para concertos de câmara, sala multimídia, cinema, centros de convivência, classes para ensaio, biblioteca, musicoteca, ateli-ês, videoteca e oficinas cenográficas. Tan-tos espaços culturais assim já formariam um leque invejável de opções espalhadas pela capital. Mas, a melhor parte é que to-das estão reunidas em apenas um lugar: o grandioso Palácio das Artes. Inaugurado

Além dos passeios

únicos por diferentes

temas e épocas, BH é destino certo para compras

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TURISMO

O Museu de Artes e Ofícios conta a história das profissões e ofícios no prédio da Estação Ferroviária.

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em 1971, o templo artístico fica em uma das principais avenidas da cidade, bem na ligação com a Serra do Curral. O Gran-de Teatro com mais de 1700 lugares é a maior e mais confortável casa de espetá-culos de todo o Estado.

Nas redondezas do Palácio das Artes, o visitante encontra a mais ampla área verde de Belo Horizonte. O Parque das Manga-beiras é um dos maiores parques urbanos da América Latina, com mais de 2 milhões de metros quadrados. Amostras da típica vegetação mineira e uma centena e meia de espécies de aves são alguns dos des-taques deste refúgio. Localizado a mil me-tros de altitude, o local traz o paisagismo inconfundível de Burle Marx. Além de cen-tros de pesquisa em botânica, conta ainda com estrutura para espetáculos. O pulmão da capital tem acesso fácil e garante a tran-quilidade que mantém o belo-horizontino sempre de bem com a vida.

DE MALAS CHEIASAlém dos passeios únicos por diferen-

tes temas e épocas, Belo Horizonte é um destino certeiro para compras. Quem gosta de levar mais do que fotos – mas al-gumas sacolas – costuma surpreender-se com a agitação do comércio local. Lojas de rua, shopping centers e grandes feiras trazem opções variadas de moda e deco-ração à tecnologia ou estética.

O programa mais tradicional é a Feira de Artesanato da Avenida Afonso Pena. Quando foi criada, em 1969, era cha-mada de Feira Hippie e ocupava a Praça da Liberdade. Anos mais tarde, a onda hippie passou, mas o ponto continuou crescendo. Tantas barracas foram agre-gando-se que, em 1991, a praça já não tinha espaço suficiente, e a maior aveni-da de BH passou a ser o novo endereço. O que começou como um movimento cultural de artesãos, tornou-se um com-plexo com muitos outros produtos. As principais atrações são as bancas gastro-nômicas. Mais de 100 vendedores ofe-recem caldos, salgados e quitutes para serem degustados entre uma pechincha e outra. Peças exclusivas do Vale do Je-quitinhonha, bijuterias, sapatos e boas malhas do Sul de Minas são exibidos em meio aos músicos e estátuas-vivas neste excêntrico lugar.

Para quem prefere a comodidade dos shopping centers, uma boa pedida é o BH Shopping. Pioneiro no Estado, há mais de 30 anos reúne as tendências em diversão, conforto e moda. Vila Romana, Centauro, Track & Field, Crawford, Sibe-rian, Brooksfield e TNG são alguns dos destaques para o público masculino. En-tre as mulheres, fazem sucesso Anima-le, Arezzo, Zara, Bob Store, Patachou e Gregory. Além das lojas, há opções de lazer como cinema, exposições, jogos eletrônicos, praça de alimentação, espa-ço gourmet e afins.

Aliás, gourmet já virou sinônimo de Belo Horizonte, com suas dezenas de empórios, adegas, rotisserias e outros templos da boa cozinha. Uma incrível variedade de rótulos está disponível em espaços sofisticados ou singelos arma-zéns. Para os apreciadores do vinho, a Enoteca Decanter, no bairro do Savas-si, traz 500 opções de tintos, brancos e espumantes de várias nacionalidades. Os 70 tipos de queijo são outra espe-cialidade, acondicionados em uma cave com temperatura ideal para maturação. Alguns deles são exclusivos, como o francês Brienangis.

Com mais de 800 rótulos de vinhos de todo o mundo, a Boníssima é uma das de-licatessens mais requintadas da capital. A loja em Gutierrez traz ainda 100 marcas de cerveja e destilados em geral. Já a Casa

do Vinho com unidades no Sion e no Barro Preto é referência no ramo desde 1947. Entre as 500 rolhas da Europa e América do Sul, o destaque fica para a nova safra de espanhóis, como o Valdelosfrailes Jovem e o Matarromera Prestigio. Sommeliers ficam à disposição, e cursos e degustações perio-dicamente são promovidos.

Porém, toda a sofisticação europeia não pode dispensar uma boa lembrança regional. A visita a Minas não é completa sem a degustação de sua genuína cacha-ça. A marcante bebida é tão procurada, que muitas lojas se especializaram no ramo. Uma delas é a Adega da Pinga, em Lourdes, que oferece 380 marcas de todo o Brasil. Destacam-se raridades

envelhecidas por até 50 anos na Região da Pedra Azul. As vendas são feitas em garrafas e em barris de carvalho de até 200 litros. Outra boa opção de onde comprar a “marvada” é a Casa da Ca-chaça, no mesmo bairro. Além dos 120 rótulos da famosa aguardente, oferece licores de todo o Estado, doces e artesa-natos típicos.

Entre iguarias, guloseimas, fotos e en-feites, certamente, o melhor que se leva de Belo Horizonte é a vontade de retor-nar. Poucos dias bastam para que você entenda porque a capital atrai cada vez mais pessoas. Os encantos locais mere-cem novas visitas, e seu estado de espí-rito também.

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A Enoteca Decanter, no bairro da Savassi, oferece 500 opções de vinhos.

O Estádio do Mineirão é palco de histórias que colocam mineiros, paulistas, cariocas e gaúchos em lados opostos.

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Ouro Preto

CIDADES HISTóRICAS

O Centro de Convenções Expominas batizou suas salas e auditórios com nomes de cidades históricas de Minas Gerais. São belas cidades marcadas pelo ciclo do ouro, que guardam relíquias da arte barroca e são conhecidas no mundo inteiro pelas obras de artistas como Aleijadinho e Mestre Ataíde. Pegamos carona na ideia e apresentamos sugestões que completam o Circuito das Cidades Históricas de Minas Gerais

[ Por Carla Ciasca ]

Um convite à história viva doBrasil

Famosa por sua arquitetura colonial e pelas obras de Aleijadinho, Ouro Preto foi a primeira cidade brasileira a ser declarada o Patrimônio His-tórico e Cultural da Humanidade pela Organização das Nações Unidas

para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). A cidade impressiona pela riqueza e grandiosidade do maior conjunto de arquitetura barroca do Brasil. Além de igrejas, capelas, museus e monumentos, a cidade abriga o mais antigo teatro em funcionamento da América Latina, o Teatro Municipal de Ouro Preto.

PASSEIOS IMPERDÍvEISPraça Tiradentes: É a praça central de Ouro Preto. A antiga Casa da Câ-mara e Cadeia, construída no século XVIII, abriga hoje o Museu da Inconfi-dência.

Igreja da Ordem Terceira de São Francisco de Assis da Penitência: Uma das obras-primas de Aleijadinho, a igreja foi construída entre 1771 e 1794. Possui belíssimas pinturas de teto feitas por Mestre Ataíde no início do século XVIII. As esculturas na fachada, feitas por Aleijadinho, são um marco da cidade. Funciona de terça a domingo, das 8h30 às 12horas, e das 13h30 às 17horas.

Parque Municipal da Cachoeira das Andorinhas: Localizado em uma área montanhosa, possui cachoeiras e piscinas naturais e a maior queda d’água da região, com 40 metros de altura. A cachoeira que dá nome ao parque está no interior de uma formação rochosa semelhante a uma gruta e é assim chamada por abrigar grande quantidade de andorinhas-de-coleira no verão.

Considerada uma das mais importantes cidades do Circuito do Ouro, tem como grande atrativo turístico a Mina da Passagem. Conhecida como berço de Minas Gerais, ainda possui relíquias do tempo em que era capi-

tal, a exemplo das belas igrejas construídas com ouro dos garimpos. Sua impor-tância para a história é percebida pela arquitetura colonial de casarões, igrejas, praças e ruas do município, fundado em 1711. Na Catedral da Sé e na Igreja de São Francisco de Assis encontram-se primorosos trabalhos da arte barroca.

PASSEIOS IMPERDÍvEISCasa da Câmara e Cadeia: Construída em 1784, a antiga Casa da Câmara, atu-al sede da Prefeitura de Mariana, é considerada uma das principais obras da arqui-tetura colonial brasileira. Funciona das 8h às 11horas, e das 13h00 às 17horas. Endereço: Praça Minas Gerais, 89 – Centro – tel.: (31) 3557-1158.

Mina da Passagem: Maior mina de ouro aberta à visitação do mundo. A des-cida até as galerias subterrâneas é feita em um trólei (carrinho sobre trilhos), chegando a 120 metros de profundidade, onde se vê um maravilhoso lago na-tural. O passeio tem um visual deslumbrante. Funciona das 9h00 às 17horas.Endereço: 5 km a partir do centro da cidade.

Maria-fumaça: Passeio turístico de maria-fumaça entre as belas paisagens de Ouro Preto e Mariana. Funciona de sexta, sábado, domingo e feriados na-cionais. Horário de saída do percurso Mariana-Ouro Preto: 14h00. Distância do percurso: 18 km. Duração: 55 minutos.

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Acidade fica no coração do sertão de Minas Gerais e é um convite para um passeio pelas ruas íngremes e de calçamento feito com pedras do centro histórico. Terra de Chica da Silva e do presidente Juscelino Kubitscheck, Diamantina possui um dos mais expressivos

acervos históricos do País. Dona de um belíssimo conjunto arquitetônico e igrejas que retratam fielmente a riqueza da arte barroca, a cidade também é Patrimônio Histórico da Humanidade e considerada um dos roteiros culturais e turísticos mais ricos do Brasil.

Éa mais distante de todas as cidades históricas, a 374 km de Belo Horizonte, mas vale a pena percorrer esta distância para conhecer sua bela paisagem. Araxá integra o Circuito das Águas de Minas Gerais, reconhecido pelas propriedades medicinais diversificadas

de suas águas e pelo clima agradável durante o ano todo. O Complexo do Barreiro é o local perfeito para relaxar e aliviar as tensões. Oferece banhos terapêuticos, aromaterapia, massa-gens, ducha escocesa e saunas.

PASSEIOS IMPERDÍvEISIgreja Nossa Senhora do Carmo: Concluída em 1765, é a igreja mais suntuosa da cidade, com rica talha dourada, trabalho de Aleijadinho e Manuel Pinto. Um dos maiores músicos sacros setecentistas da América Latina, José Américo Lobo de Mesquita, tocou no órgão desta igreja, que é todo trabalhado em ouro. Funciona de terça a sábado, das 9h00 às 12horas e das 14h00 às 18horas; e de domingo, das 9h00 às 12horas.

Casa de Chica da Silva: Mansão construída pelo contratador João Fernandes de Oliveira para servir de residência a sua amante, a ex-escrava Chica da Silva. É uma das mais interessantes cons-truções residenciais coloniais mineiras. Anexa a ela, existe uma capela dedicada a Santa Quitéria, local em que Chica da Silva fazia suas orações. Funciona de terça a sábado, das 12h00 às 17h30; e de domingo, das 9h00 às 12horas.

Gruta do Salitre: Catedral gótica esculpida pela natureza, é uma das atrações mais fabulosas de Diamantina. Nas fendas da rocha existem grutas subterrâneas de até 15 metros de profundidade. No interior, um imenso salão circular, com jardins e acústica perfeita. Alguns concertos com bandas de música são realizados no local. Fica a nove quilômetros da cidade, pela estrada de terra que leva ao distrito de Extração.

PASSEIOS IMPERDÍvEISMuseu Histórico de Dona Beja: Construído na primeira metade do século XIX, o museu conta a história da cidade, com acervo composto de peças indígenas, liteira, móveis do período do império, louças coloniais, documentos históricos e obras contemporâneas. Funciona de quarta a segunda, das 10h00 às 17horas.

Complexo do Barreiro - Parque das Águas: Principal ponto turístico de Araxá, atrai milha-res de visitantes por sua magnitude, riquezas minerais, águas radioativas e sulfurosas e sua natureza em abundância.

Grande Hotel: Impõe-se pela magnitude de seu conjunto arquitetônico. Com aproximadamente 43 mil metros quadrados de área construída, impressiona pelos seus imponentes salões, reves-tidos com mármore de Carrara e decorados com rico mobiliário, lustres de cristal da Boêmia, janelas com cristais franceses bisotados, obras de arte em afresco e vitrais.

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L Localizada na região metropolitana de Belo Horizonte, é um retrato fiel de um dos perío-dos mais fascinantes da história do Brasil. O carro-chefe da arquitetura da cidade são os elementos barrocos de suas igrejas e casarões. Sua história é contada por meio das minas

escondidas em suas montanhas, pelas bateias e outros instrumentos rudimentares utilizados na extração, ainda hoje encontrados no fundo dos rios. O patrimônio cultural, com valiosas obras de Aleijadinho, está muito bem preservado no centro histórico de Sabará, em um roteiro que pode ser visitado a pé.

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PASSEIOS IMPERDÍvEISCapela Nossa Senhora do Ó: Erguida em 1717, impressiona pelos ricos detalhes esculpidos em madeira. É um belo exemplar da primeira fase do barroco mineiro. Cartão-postal da cidade de Sabará e conhecida internacionalmente, fica localizada no bairro Siderúrgica. Funciona de terça a domingo, das 9h00 às 12horas e das 14h00 às 17h30.

Casa da Ópera: Construído em 1770, é o segundo teatro mais antigo do Brasil em pleno funcionamento. É considerado também o teatro mais famoso de Minas Gerais. Possui excelente acústica, e suas linhas arquitetônicas têm a influência dos teatros ingleses do reinado de Elizabeth I. Também é conhecido como Teatro Elizabetano. Funciona todos os dias, das 8h00 às 12horas e das 13h00 às 17horas.

Museu do Ouro: Autêntico exemplar da rude arquitetura colonial brasileira do século XVIII, a anti-ga Casa de Intendência e Fundição é a única construção com estas características ainda em pé no Brasil. O museu tem exposição permanente de peças de mobiliário e arte sacra, e no andar térreo, calçado com pedras redondas, são guardadas peças relacionadas à extração do ouro. Funciona de terça a domingo, das 12h00 às 17h30.

B erço do sentimento revolucionário que deu origem à Inconfidência Mineira, Tiradentes foi uma das cidades que mais teve ouro de superfície no Brasil. Seu estilo arquitetônico do século 18 é mantido até os dias de hoje. Ainda era chamada de Vila de São João del Rei

quando, em 1889, o governo republicano decidiu trocar o nome do município em homenagem à fi-gura ilustre do mártir Joaquim José da Silva Xavier, nascido às margens do Rio das Mortes, naquela mesma vila. Hoje, a região faz parte de um roteiro turístico que pode ser conferido em um passeio de Maria-fumaça em máquinas e vagões similares aos da época. O trem foi inaugurado em 1881 por Dom Pedro II. O trajeto entre Tiradentes e a cidade vizinha São João del Rei revela a paisagem bucólica marcada pelos rios. Localizados ao pé da Serra de São José, a cidade e todo o seu entor-no paisagístico são tombados pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN).

PASSEIOS IMPERDÍvEISGruta Casa da Pedra: A gruta de superfície é toda iluminada e possui formações calcárias, com 400 metros de extensão e cinco salões. A visita guiada dura 30 minutos. Funciona aos sábados e domingos, das 10h00 às 16h30.

Chafariz de São José: Um dos mais belos exemplares do período colonial, o Chafariz de São José foi construído pela Câmara Municipal em 1749, para abastecer a cidade de água potável. Apresenta elementos tipicamente barrocos: pilastras, coruchéus, volutas e cruz. Possui três carran-cas esculpidas em pedra, das quais jorram água em um tanque único, um pequeno nicho com a imagem de São José de Botas e um brasão com as armas de Portugal.

Roteiro Noturno – Jardineira 1935: É um passeio de, aproximadamente, 80 minutos, reali-zado à noite pelo centro histórico de Tiradentes, em uma charmosa jardineira Chevrolet do ano de 1935. Durante o percurso, o condutor apresenta histórias, causos e lendas de Tiradentes de maneira descontraída. As saídas ocorrem todos os dias, a partir das 19horas.

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C idade vizinha de Tiradentes, São João Del Rei foi erguida em um vale extenso na época do ciclo do ouro do Brasil. A pequena cidade de 85 mil habitantes é a terra natal do ex-presidente Tancredo Neves. Co-

nhecida por suas tradicionais festas religiosas, as suntuosas igrejas, herança do período colonial, são parada obrigatória do programa turístico de qualquer pessoa que visita a cidade.

PASSEIOS IMPERDÍvEISIgreja São Francisco de Assis: Construída em 1774, a igreja é conside-rada a obra-prima de Aleijadinho, juntamente com a Igreja da mesma Ordem, em Ouro Preto. É um dos mais belos exemplares do barroco mineiro.

Museu de Arte Sacra: Está localizado onde funcionava a segunda Ca-deia Pública da Vila de São João del Rei. O acervo reúne cerca de 200 peças dos séculos 17, 18 e 19, entre objetos sacros, porcelana, cerâmi-ca, indumentária e prataria, cedidos pelas irmandades religiosas locais. Entre os destaques está a escultura da cabeça de Cristo, atribuída a Alei-jadinho; a pintura “Fuga para o Egito”, de Venâncio do Espírito Santo; e o retábulo da Capela de Nossa Senhora da Ajuda, remanescente da Fa-zenda do Pombal. Funciona de terça a domingo, das 11h00 às 17horas.

Solar dos Neves: No Largo do Rosário está o imponente solar onde viveu o ex-presidente Tancredo Neves, natural de São João del Rei. Chama a atenção por ser um dos mais belos e conservados sobrados da cidade. Hoje, o casarão pertence à família Neves.

Centro de Preservação Ferroviária: O museu ferroviário funciona nas dependências da estação da Estrada de Ferro Oeste-Minas, uma construção típica do século 19, com belíssima cobertura em ferro. Re-úne equipamentos, peças mecânicas, painéis didáticos e fotografias que contam a história da ferrovia na região. Exibe, também, a primeira loco-motiva com vagão de luxo utilizada e uma coleção de 11 locomotivas a vapor Baldwin, além de carros e vagões de carga. Funciona de terça a domingo, das 9h00 às 11h30 e das 13h00 às 17horas.

Antigamente era conhecida como Congonhas do Campo, mas seu nome foi mudado em 1948, embora muitas pessoas continuem chamando-a pela velha denominação. A cidade sempre teve como foco o centro de

mineração e, por conta disso, muitos homens construíram grandes fortunas por lá. Muitos historiadores indicam que a cidade abrigava famílias de larga pros-peridade por conta da enorme concentração de ouro encontrada no Rio Mara-nhão. Mas a fama de “afortunada” estampada nos monumentos históricos civis e religiosos não é o único motivo que atrai multidões todos os anos à cidade. Congonhas abriga um dos mais admiráveis patrimônios artísticos mineiros: o complexo do Santuário do Bom Jesus de Matosinhos, reconhecido pela Unes-co como Patrimônio Cultural da Humanidade, onde podem ser vistas as es-culturas em tamanho natural dos Doze Profetas Bíblicos, obras de Aleijadinho.

PASSEIOS IMPERDÍvEISSantuário do Senhor Bom Jesus de Matosinhos: Templo construído em ra-zão de uma promessa feita pelo arcepispo Feliciano Mendes que, acometido de uma enfermidade, prometeu construir uma igreja em homenagem ao padroeiro, caso fosse curado. Em 1757 começava a ser edificado o maior santuário de Mi-nas Gerais. O templo causou grande transformação na vida local, pois se tornou um centro de devoção popular que atrai centenas de fiéis. A fama do Santuário não se deve apenas à questão religiosa, mas, também, por guardar um dos maio-res patrimônios artísticos do Brasil: Os 12 Profetas Bíblicos. As famosas obras executadas por Aleijadinho, que completam o caráter sacro do Santuário, foram esculpidas em pedra-sabão em tamanho natural entre 1800 e 1805. O santuário funciona de terça a domingo, das 6h00 às 18horas.

Romaria: É uma enorme construção circular de 1932, que servia de hospeda-gem para os fiéis que iam a Congonhas para as festas religiosas. No começo da década de 1960, a pousada foi demolida para a construção de um hotel, o que acabou não acontecendo. Tombada em 1981, foi totalmente reconstruída e hoje abriga um importante espaço cultural e turístico. Funciona de segunda a sexta, das 7h00 às 18horas, e aos sábados e domingos, das 9h00 às 17horas.

Salão dos Ex-Votos: No Pátio da Basílica, está o inusitado espaço forrado de pinturas, retratos, ceras modeladas no formato de braços, mãos e cabeças, cartas, entre outros itens que registram os milagres obtidos por intermédio do Bom Jesus de Matosinhos. Algumas peças datam do século 18. A “Coleção dos 89 Ex-votos de Congonhas” foi tombada em 1981 pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN).

são João del Rei Congonhas201 km 83 km

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São João del Rei Congonhas

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GASTRONOMIA & CULTURA

C om clima das antigas fazendas co-loniais, o restaurante Dona Lucinha ficou tão requisitado, que inaugurou

a segunda unidade para atender a clientela. A chef que dá nome à casa teve grande cuidado ao escolher cada prato, pesquisando costu-mes, receitas e ingredientes da época do ciclo do ouro. O resultado da pesquisa é um menu requintado com sabor de comida caseira e a dedicação pessoal de Maria Lucia Clementino Nunes – a própria Dona Lucinha – no fogão. “Estar na cozinha para mim é estar feliz, reali-zada”, ela afirma, sem revelar como o segredo do sabor que faz a gente saborear a primeira garfada de olhos fechados. Dona Lucinha não indica seu prato, dá a dica para experimentar o frango com ora-pro-nóbis, o purê de cará, a rabada com agrião e a traíra no fubá. Antes de escolher o prato, considere os tradicionais

angu e tutu à mineira. Você não vai se arre-pender. Pelos R$ 39 do bufê, o cliente pode servir-se à vontade das sobremesas caseiras, como doces de figo, manga e leite, goiabada e ambrosia. Na saída, a degustação de licores caseiros é cortesia da casa.

O Rokkon foi eleito pelas revistas Gula e Encontro o melhor restaurante japonês da cidade. Nos ambientes modernos de suas duas unidades, as robatas – pratos grelhados – ganham destaque por terem mais de 20 op-

ções de sabores. O lugar de mais pedidos da casa pertence aos temakis, cones de algas recheado com sabores exclusivos do Rokkon, entre eles, o de ovas de peixe voador e o de caranguejo. As okonomiakis – panquecas japonesas de massa bem fininha – são outra opção interessante do menu, ao lado das trouxinhas de camarão, cenoura e tofu como entrada. Agora, se o apetite não estiver para comida oriental, dê uma passadinha lá para ex-perimentar o ice tempurá, um sorvete de creme empanado com calda de chocolate, para completar a refeição típica de qualquer lugar do mundo.

Inaugurado em março, o botequim é fruto da união dos proprietários de dois badalados bares de Belo Horizonte, Le-

onardo Marques, dono do Boteco da Car-ne, e Nicola Vizioli, do Família Paulista, que resolveram juntar suas experiências e abrir a casa em um dos principais polos gastro-nômicos da capital mineira. A cozinha traba-lha com pedidas dos dois bares: um entra com saborosas carnes, e o outro, com os famosos tira-gostos de boteco. O resultado é um cardápio variado que inclui picanha maturada, bife de chorizo, picanha suína e peito de frango, todos temperados exclusi-vamente com azeite extravirgem e tempero pronto em pó; além das porções de carne de panela, fígado acebolado, língua, dobra-dinha, moela, pé de porco e torresmo de barriga. Como destaque, pastéis de sabo-res variados como carne, queijo, frango, palmito, camarão ou bacalhau em porções de dez unidades. O bar oferece quatro mar-cas de cerveja nacionais, sete importadas e a linha completa da mineira Backer, incluin-do chope, long neck e garrafa.

sERviçoGonzaga ButiquimRua Tomaz Gonzaga, 578 - Lourdes(31) 2512-8578.Aberto de terça e quarta, das 17h30 à 0h30; quinta, das 17h30 à 1h30; sexta, das 17h30 às 2horas; sábado, das 12h00 às 2horas; domingo, das 12h00 às 22horas.

sERviçoRokkonRua São Paulo, 2164 –Lourdes(31) 3275-2940De quinta a sábado, aberto das 12h00 à 1hora.www.rokkon.com.br

sERviçoDona Lucinha IRua Sergipe, 811 – Savassi(31) 3261-5930Dona Lucinha IIRua Padre Odorico, 38 – São Pedro – (31) 3227-0562Abertos das 12h00 às 15horas e das 19h00 às 23horas; aos sábados, o almo-ço vai até às 16horas; e aos domingos, a casa só serve almoço até às 17horas.www.donalucinha.com.br

Panela de vovó

Japonês de Minas Boteco de luxo

Bom apetiteCom a supervisão e aprovação dos presidentes do Congresso e da SBHCI, selecionamos nove sugestões de restaurantes e bares para quem quiser conhecer o espírito gastronômico de Belo Horizonte[Por Aline Khoury]

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O Specialli Pizza Bar envolve e supreende desde a entrada. O pé direito alto e o amplo espaço entre as mesas eliminam o velho espírito paulistano de pizzaria. O piso de madeira dá ares de ambiente rústico. A parede com

poucos elementos, a iluminação levemente enfraquecida e o cheirinho de pizza pronta terminam de envolver o visitante recém-chegado ao ambiente. Se você é daqueles cuja opinião é de que só paulistano sabe fazer pizza de verdade, é hora de reavaliar o conceito. As quarenta opções que recheiam a massa fina da casa têm sabores que parecem suspeitos, mas conquistam o paladar de quem quer fugir do tradicional. Bacalhau, parma, queijo fontina com cogumelos portobelo e doce com Nutella são algumas delas. Boa massa se come com bom vinho, dizem os sommeliers. A carta da Specialli traz 150 rótulos de, pelo menos, 10 países. Além das redondas, há menu de saladas e paninis para agradar o paladar dos mais exigentes, e entrada de petiscos feitos com massa de pizza temperada com molho de pimenta, alho e sal grosso.

Albano’s é o nome do bar mineiro que há 11 anos é eleito o melhor chope da cidade, segundo a Veja BH. Albano Cellini é o nome do dono do bar, que também e dono do famoso bar Pinguim de Ribeirão Preto, no interior

de São Paulo, meca dos aficionados por chope. O Pinguim existe desde 1964 e é dono de várias lendas sobre a qualidade da bebida servida no interior de São Paulo. Cellini fundou a casa de Belo Horizonte em 1996, e assim nasceu a ver-tente mineira de lendas sobre o melhor chope da cidade. Sem esconder segredos, Cellini conta a história para quem o puxar para uma conversa. O chope passa 48 horas em uma câmara fria e as paredes de suas tulipas evitam a formação de bo-lhas. É uma preciosidade servida a zero grau. Para acompanhar, queijos, conservas e patês recheiam o balcão de antepastos. O clima descontraído se completa na decoração com cerca de 2 mil pinguins trazidos de vários cantos do mundo. Cos-tela defumada, mandioca, carne de sereno e linguiça caçadora são as estrelas do famoso Combinado Albano´s.

Oambiente pequeno garante um charme de esquina parisiense e permite o atendimento personalizado. Chef e sommelier, o proprietário Rodrigo Fonse-ca passa de mesa em mesa para indicar o vinho que combina com o prato

escolhido. “A boa comida deve ser acompanhada de bons vinhos, promovendo uma harmonização entre os sabores, seja pela semelhança ou pelo contraste,” ele afirma. Composta por nada menos do que 700 rótulos, a carta de vinhos é a mais premiada de Belo Horizonte, trazendo clássicos e exóticos. Alguns exclusivos vêm da impor-tadora do próprio chef. Anexa ao restaurante, funciona uma enoteca com descontos bem atrativos. Vinhos à parte, a criação do menu recebe a mesma dedicação.Cuidado e requinte franceses são aplicados especialmente na criação mais antiga da casa: os leves e variados suflês. Em um deles, a delícia regional surubim ganha um plaisir française ao lado do queijo gruyère. Também na sobremesa o suflê é favorito com o toque de chocolate.

sERviçoSpecialli Pizza barRua Fernandes Tourinho, 805 – Lourdes – (31) 3284-7060Aberto de segunda a sexta a partir das 18horas, e aos finais de semanaa partir das 12horas.www.specialipizzabar.com.br

sERviçoTaste-VinRua Curitiba, 2105 – Lourdes (31) 3292-5423De segundas a quintas-feiras, está aberto da 19h30 às 0hora; Sextas e sábados, até às 23horas. Não abre aos domingos.www.tastevin-bh.com.br

sERviçoAlbano´s Rua Pium-í, 611 – Anchieta – (31) 3281-2644Abertos das 18horas até último cliente.Aos finais de semana, as portas se abrem às 15horas.www.albanos.com.br

à moda parisiense

O básico incrementado

Poderoso colarinho branco

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Lugarzinho bom

Feijoada com chorinho

O chef da Assembleia

Embalado pela viola e sanfona do Trio Xapuri, o tradicional restaurante é um refúgio da agitação urbana. O terreno

de 8 mil metros quadrados tem um quarto de sua área construída com decoração rústica. O restante é vegetação e natureza para desfru-tar depois da refeição. Nelsa Trombino é a chef, dona e idealizadora do Restaurante Xapuri. É ela quem lidera o mutirão da cozinha, produzindo diariamente vinte receitas tipicamente mineiras. Ela é tam-bém uma figura muito querida de qualquer um que visite o restaurante, a quem sempre rece-be com sorriso, simpatia e muitas histórias. O talento no fogão e a simpatia já conquistaram celebridades e críticos de gastronomia, gente que não abre mão de experimentar o clássico

carré de porco ao melaço e a linguiça enchida na casa, quando passa por Belo Horizonte. É gente que não sai do Xapuri sem passar pe-las lojinhas da Dona Nelsa, onde são vendi-dos peças de artesanato em ferro, madeira, cerâmica ou potes dos doces servidos como sobremesa no restaurante.

sERviçoRestaurante XapuriRua Mandacaru, 260 – Pampulha(31) 3496-6198De terças a quintas, das 11h00 às 23horas. Sextas e sábados, das 11h00 às 2horas. Domingos e feriados, das 11h00 às 18horas.www.restaurantexapuri.com.br

A dica é simples: sábado de feijoada ao som de chorinho em um ce-nário espetacular. Em uma área verde de 30.000m2. Ao se apro-ximar do casarão onde está o restaurante, a impressão é de que

se está chegando à casa principal de uma antiga fazenda. Não é à toa. As madeiras que deram forma ao casarão foram reaproveitadas das antigas fazendas. Pias, mesas e cristaleiras antigas ajudam a dar o ar imponente sem perder o lado simples e bucólico do campo. Lagoas, viveiros, baia, curral e cavalgadas são alguns dos atrativos oferecidos para tornar a tarde ainda mais agradável, além do que uma bela refeição pode proporcionar. O cardápio original é variado, com carnes, peixes e aves. A novidade para esta época é o cardápio de inverno, com fondues e caldos, que ficam ainda melhores com o cheiro de mato, o frescor do fim de tarde e o clarão da Lua.

sERviçoRestaurante Fazenda PaladinoAv. Gildo Macedo Lacerda, 300 – Pampulha – (31) 3447-6604De terças a quintas, das 11h00 às 0hora; Sextas e sábados, das 11h00 às 1h30; Domingos e feriados, das 11h00 às 18 horas.www.restaurantepaladino.com.br

Colaborador e consultor de fes-tivais no Brasil e no exterior, o chef Ivo Faria é referência em

diversas culinárias. Prazeres da Mesa, Guia Quatro Rodas e Wine Spectator são algumas das publicações que pre-miaram o chef, à frente do restaurante Vecchio Sogno desde 1995. Políticos, gourmets, artistas, jornalistas e as tradi-cionais famílias da região são frequen-temente vistos no Vecchio. As cozinhas criativas da Itália e do Brasil são as principais inspirações, mas não faltam toques de outros países para compor o

menu cosmopolita e original. “Apesar de ter estudado a linha francesa, optei pelo italiano porque tem mais em comum com a cozinha brasileira”, afirma Faria. “Gosto de valorizar as coisas de nossa terra.” Mais de 240 vinhos compõem a sofisticada carta. Portanto, não faltam opções que harmonizam com o tartare de salmão ao caviar ou com o lombo de bacalhau à la sarda. Criação exclusiva do chef, o nhoque sapori di maré acom-panha um prato pintado à mão que pode ser levado como presente pelo cliente como recordação do pedido.

sERviçoRestaurante Vecchio Sogno

Rua Martim de Carvalho, 75, 1º Piso da Assembleia Legislativa de Minas Gerais –

Santo Agostinho – (31) 3292-5251De segundas a quintas, das 11h00 às 0h30; Sextas, das 11h00 às 2horas;

Sábados, das 18h00 às 2horas; Domingo, das 12h00 às 18horas.

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Casa do Baile Museu de Arte da Pampulha

Dois lugares, quatro programas

Referência da arquitetura moderna brasileira, o projeto original e o pai-sagismo da Casa do Baile foram concebidos por Oscar Niemeyer e Roberto Burle Marx que propunham uma integração total com o am-

biente da lagoa. Niemeyer afirma ter sido o projeto com o qual ele se ocupou das curvas (sua marca registrada) com mais desenvoltura. A planta se desen-volve a partir de duas circunferências que se tangenciam internamente. Delas desprende-se uma marquise sinuosa, bem ao gosto barroco, que provoca o olhar e dialoga com as curvas das margens da represa. Essa marquise é suportada por colunas e termina em outro pequeno volume de forma ame-bóide. À frente desse volume, há um pequeno palco circular cercado por um lago. O projeto estrutural é de autoria do engenheiro Albino Froufe.

Originalmente construído para abrigar um cassino, o Museu de Arte da Pampulha, de Oscar Niemeyer, é uma das mais belas edificações brasileiras. As exposições de arte acontecem no Salão Nobre, no Me-

zanino e no Auditório. O prédio, parte integrante do Conjunto Arquitetônico da Pampulha, foi projetado, em 1940, por Niemeyer, com jardins criados pelo paisagista Roberto Burle Marx, a pedido do então prefeito de Belo Horizonte, Juscelino Kubitschek. Completam o Conjunto Arquitetônico da Pampulha a Casa do Baile, a Igreja São Francisco e o Iate Clube. Em seu acervo, com-posto por aproximadamente mil obras, figuram as mais diversas escolas e ten-dências da arte moderna e contemporânea, como Guignard, José Pedrosa, Di Cavalcatni, Ivan Serpa, Ceschiatti, Franz Weissmann, Portinari, Renina Katz, Faiga Ostrower, Mary Vieira, Iberê Camargo, Edith Berhring, Goeldi, Tomie Ohtake, Amilcar de Castro, Burle Marx, Volpi, entre outros.

olHaR PamPulHaMostra de 50 trabalhos selecionados e premiados no concurso fotográfico “Olhar Pampulha”, que destaca aspectos sobre a paisagem, meio ambiente, elementos arquitetônicos e atrativos turísticos da Pampulha. Promovido pela Associação dos Repórteres Fotográficos e Cinematográficos de Minas Gerais. Endereço: Av. Otacílio Negrão de Lima, 751 - PampulhaPeríodo: de 23/7 a 3/8.Horário: 3ª a domingo, das 9h00 às 19horasInformações: (31) 3277-7443

CoisáRio Cassino musEuA mostra exibe um lote rico de obras nunca exposto integralmente, com pe-ças de importantes nomes da história da arte inglesa, de artistas brasileiros e de outros acervos, procurando dialogar com coleções mineiras, públicas e privadas. Apresenta também artistas convidados como João Castilho, que traz um ensaio fotográfico sobre a arquitetura do Museu, e Sávio Reale.Endereço: Av. Otacílio Negrão de Lima, 16.585 - PampulhaPeríodo: até dia 25/7Horário: 3ª a domingo, das 9h00 às 19horasInformações: (31) 3277-7946

Selecionamos duas edificações históricas e tradicionais na cidade de Belo Horizonte criadas porOscar Niemeyer que são passagem obrigatória para quem quer conhecer a cidade. Mais do que referências arquitetônicas, as edificações se tornaram centros culturais e abrigam exposições itinerantes que valem a visita[ Por Carla Ciasca ]

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Praça

Guia do Congresso

POSTERES

Araxá

Restaurante

Lanchonetes

Sala deReuniões

Credenciamento

SalaPalestrantes

AcessoMídiaDesk

Mariana

Diamantina

Abbott

Área de circulação

Os 84 trabalhos de Temas Livres aprovados estarão expostos e serão apresentados neste espaço nos intervalos da programação científica, sendo 66 em hemodinâmica, divididos nas categorias, doença cardiovascular adquirida e doenças extracardíacas; e 18, em enfermagem/técnicos.

Criamos este guia com as principais informações do XXXII Congresso da SBHCI para que você encontre facilmente todos os espaços do Expominas e concilie a programação científica com a exposição e os serviços oferecidos no evento

Hall de credenciamento

Auditórios

Sanitários

Área de acesso à internet

Praça

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Hall de Credenciamento

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TRANSPORTE

RESTAURANTE

Ouro Preto

DiamantinaSabará

Todas as manhãs e ao final de cada dia do Congresso haverá transporte gratuito entre o Expominas e os seguintes hotéis:• Mercure Lourdes• Belo Horizonte Plaza• Clarion Lourdes• BH Platinum Promenade• Ouro Minas Palace Hotel

O Boteco da Carne, do mesmo dono do Gonzaga Butiquim (indicado na seção de gastronomia) é o responsável pela área de alimentação do Congresso. A sugestão de Leonardo Marques, dono do restaurante, é o prato “Vem Kafka Comigo”, kafta a milanesa no espetinho, acompanhada de molho de alho especial, jiló japonês, batata frita com ervas e pétalas de cebola ao creme de leite e parmesão.

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1. Abbott Vascular2. Angiomed 3. Barrfab4. Boston Scientific 5. BBraun6. Bioassist/Biosensors7. Biomedical8. Biotronik9. Boynton10. Cardiolife11. Cardiosystem12. Cellofarm13. Clinical Thinks14. CMS15. Covidien16. CRC17. Discomed18. Eli Lilly19. EPTCA 20. Eurocor/CCL 21. Fundação Costantini22. GE Healthcare23. Guerbet24. Hexacath25. HTS26. Intermedical27. Johnson & Johnson28. Justesa29. Line Life30. Medrad do Brasil31. Medtronic 32. Micromedical33. Neomex34. Nuclemed35. Philips36. St. Jude Medical37. Scitechmed38. Shimadzu39. Siemens40. Signus do Brasil41. Sismed42. TEB43. Tecmedic44. Terumo45. Toshiba46. Transmai47. X-Pro

EXPOSIçãO DA INDúSTRIARecomendamos que você aproveite os horários reservados na programação científica: das 10h00 às 10h30, das 16h00 às 16h45, no intervalo para almoço, e após as 18h30.

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