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1 Espinho Ano XIX Nº 1 Fevereiro 2010

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Espinho Ano XIX Nº 1 Fevereiro 2010

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Evolução do Homem Primitivo

Há cerca de 2,5 e 1,6 milhões de anos atrás surge aprimeira espécie atribuída ao género Homo. O HomoHabilis tinha dentadura mais delicada e face mais plana doque o Australopitecos; são os inventores da primeira técnicade talhar a pedra. Ainda não são considerados homens.

Há de 1,9 milhões de anos, apareceram (e vivem aomesmo tempo que o Homon Habilis), o Homo Erectus, aindana África Oriental. Estes já são considerados verdadeiroshomens!

O Homo Erectus é o primeiro a dominar o fogo, a andarsobre os membros posteriores, daí o seu nome e, portanto,deixam de viver nas árvores. Aprendem a produzirinstrumentos de pedra (bifaces) com os quais podem maisfacilmente esquartejar a caça e controem as primeirashabitações resistentes ao frio e às tempestades.

Alguns deles deixam a Àfrica e espalham-se pelosoutros continentes.

O Homo Sapiens apareceu há cerca de 150 mil anos atrás, possivelmente na África,como resultado deadaptações do Homo Erectus ao meio em que eles viviam.

O seu esqueleto é mais leve, o seu tamanho médio é de 1,70m. Tem queixo proeminente e crânio redondo.As arcadas supraciliares, a face e os dentes foram diminuindo de tamanho.

O primeiro Homo Sapiens da Europa (100.000 e 40.000 anos atrás) é chamado neandertaliano uma vez queem 1856 se ter descoberto um esqueleto deste, numa gruta do vale do rio Neander.

Pensou-se que esta espécie teria sido destruída por guerras e substituída por outras espécies, mais evoluídasvindas de outros pontos da Terra.

Hoje há provas de que os neandertalianos terão evoluído para seres humanos mais complexos uma vez quealguns crânios mostram características próprias de neandertaliano e do homem de Cro-Magnon. Também emcertos depósitos de utensílios encontrados na natureza se vê a transição para as lâminas de sílex e para as pontasde espada já usadas pelo homem de Cro-Magnon.

Ainda não se sabe bem onde teriam aparecido os primeiros Homo Sapiens. Para alguns teria sido em África,para outros no Oriente.

Os fósseis mais antigos do homem moderno datam de 40.000 anos e foram encontrados primeiramente nalocalidade de Cro-Magnon, na região francesa da Dordogne, em 1868.

Sara Ramos Castelo - 5ºA

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STONEHENGE

Este monumento localiza-se nocondado de Wiltshire (Inglaterra) nasplanícies de Salisbury.

Stonehenge é um círculo depedras da Idade do Bronze. Aestrutura principal é formada pordois anéis monólitos de pedra,construídos a partir de 3100a.C.

A arquitectura tem relação como movimento do Sol e da Lua e algunsmonólitos possuem 9 metros dealtura.

Alguns arqueólogos atribuemaos druidas utilizarem esta construçãocom propósitos religiosos. Acredita-se também que os povos antigos da Europa tenham usado o Stonehenge com fins de observação astronómica,incorporando vários conceitos avançados de matemática.

Esta construção é também atribuída a seres alienígenas.É um dos pontos turísticos mais visitados da Europa, recebe mais de 700 mil visitantes por ano. É património

da humanidade.

Catarina Ganilho e Mateus Buzato - 5ºB

JERICÓ NO PERÍODO NEOLÍTICO

Jericó é uma cidade localizada perto do rio Jordão, nosterritórios da Palestina em Israel. Situada 250 metros abaixo donível do mar, Jericó é a localidade do mundo mais baixa em quevivem pessoas permanentemente.

Vários jardins em volta e no centro da cidade fizeram comque se tornasse agradável a vida humana há vários milhares deanos.

Os arqueólogos descobriram em Jericó várias ruínas depovoações, sendo que a mais antiga é de cerca de 9.000 a.C.,o que faz com que esta cidade seja considerada a mais antigado mundo.

6.800 a.C.

As escavações revelaram que a cidade antiga foi habitadadurante quatro intervalos seguidos nesta época.

O primeiro foi no primeiro Neolítico. Nesta chamado

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"An-Natifiyyun", que dependia da apanha de sementes para se alimentarem. Alguns destes grupos viviam emcavernas, enquanto outros grupos ocupavam aldeias primitivas. Assim começaram a construir cabanas redondasa partir de tijolos secos ao sol, planas no fundo e curvas no topo. Enterravam os seus mortos com as suas jóiaspessoais em túmulos escavados na rocha.

Estes povos cavavam canais para utilizar a água do rio para irrigação das suas terras. Construíram grandesmuros com cerca de 2 metros de largura à volta das suas aldeias. Construíram dentro destas aldeias grandes torrescirculares com 9 metros de diâmetro e 10 metros de altura. No seu meio havia escadas do chão até ao topo.

Estas pessoas praticavam a agricultura, domesticação de animais como as ovelhas e tecelagem para o fabricode cadeiras e tapetes assim como a caça de animais.

Utilizavam lanças e setas. Também utilizavam pequenos machados para cortar ramos das árvores.

5.500 a.C.

A construção de casas nesta altura mostra grandes progressos. Os quartos tinham cerca de 6,5 metros por5 metros ou 3 por 7 metros, normalmente rectangulares e com um pátio com 7 metros de comprimento e 7 de largura,utilizado para cozinharem. A grossura das paredes era de meio metro. Usavam pedras para construir as fundaçõese o resto da casa era feito de tijolos secos ao sol. A sua forma era como um rectângulo com arestas afiadas. Ochão era feito de lama coberta com uma massa colorida vermelha ou azul clara.

As casa tinham um ou dois andares e o telhado era feito de colmo ou lama. Usavam utensílios afiados epequenas estátuas feitas de lama. No passado estas estátuas tinham significado religioso. As estátuas femininasindicavam a deusa da fertilidade.

5.000 a 4.000 a.C.

Esta época antecedeu vários séculos a descoberta da cerâmica. As pessoas que viviam neste período eramviajantes que vinham de fora. Ficavam nestas terras e devem ter sido beduínos nómadas. Encontraram-se váriosobjectos destes povos incluindo adornos e jóias, mas as suas casas desapareceram.

Tiago Ribeiro Santos - 5ºC

RITOS FUNERÁRIOS

Os ritos funerários são as diferentes formas encontradas para o fim da vida na Terra.

Curiosidades

China - introduziam arroz cru na boca do defundo;Índia - a incineração é a manisfestação ritual

mais usada. O Sati, era um antigo costume Hindu queobrigava as viúvas a sacrificarem-se em nome domarido, numa fogueira, à qual chamavam pira. Hojeem dia esta prática foi proibida;

Roma - segundo a mitologia romana, a vida e amorte estavam separadas pelo rio da imortalidade, orio Estige, e o barqueiro Coronte transportava osmortos no seu barco, até ao reino do submundo. Osdefuntos levavam uma moeda na boca, como

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pagamento da travessia.Egípcios - acreditavam na vida para além da

morte, mas para tal acontecer era necessário queo corpo se preservasse e, por isso, começaram apraticar a mumificação. Primeiro, inseriam umgancho no nariz para retirar o cérebro, faziam umcorte para extrair as vísceras, mas o coração e osrins ficavam dentro do corpo. Depois de lavado, omorto era enfaixado e colocado num sarcófago.

Concluindo, cada povo, consoante a suareligião, recorre a rituais variados. Com o evoluirdos tempos, as práticas vão-se alterando: oscatólicos já permitem a cremação; em Áfricacontinuam a enterrar os mortos com objectos, masfazem caixas com formas estranhas, como a de umavião ou de uma garrafa de cerveja, conforme o gosto do defundo; nos EUA estão na moda os "funerais espaciais",em que se enviam as cinzas para lá da atmosfera. Assim, mesmo com alterações, os ritos funerários continuamcom grandes diferenças.

Rodrigo d`Alte e Artur Pinto - 5ºA

ARMAS USADAS PELOS LUSITANOS

Armamento ofensivo usado na luta corpo a corpo:

* Punhal de fio recto e antenas atrofiadas ou afalcatado.* Espada do tipo La Tene ou espada de antenas atrofiadas.* Falcata - lança de ponta de bronze* Labrys - machado de dupla lâmina que aparece em moedas romanas daLusitânia parece que não era usado pelos Lusitanos mas pelos Cantabros.

Armamento ofensivo de arremesso:

* Dardos farpados de ferro* Lança de arremesso, toda de ferro

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Armamento defensivo:

* Elmo do tipo Montefortino. Usado durante a II Idade doFerro na Península Ibérica e resto da Europa

* Caetra: é um pequeno escudo de dois pés de diâmetro quese manejava com a mão esquerda.

* Cota de malha era feita de pequenas argolas de ferroentrelaçadas, era pesada, e usada apenas por alguns guerreiros,provavelmente os líderes.

* Couraça de linho, era o tipo de protecção mais usada, eramais leve e adaptada ao clima que as cotas de malha, e provavelmentemais barata.

* Elmos eram de couro, de nervos trançados ou de metal* Polainas eram feitas de couro para proteger as pernas.

Pedro - 5ºD

OS FENÍCIOS E O VIDRO

A arte de fabricar o vidro é muito antiga,ignorando-se a forma como surgiu.

O historiador romano Plínio, o Jovem, contaque uma noite, após desembarcar na Palestinaperto da foz do rio Belus, os Fenícios acenderamuma fogueira para preparar a sua refeição. Comonão encontrassem pedras apropriadas para pousaras suas vasilhas, voltaram ao navio para pegarquantidades de salitre que amontoaram para poderpousar os seus potes. O calor das chamas fez comque o salitre e a areia se fundissem e, parasurpresa dos Fenícios, aquilo provocou oaparecimento de um fluido desconhecido que, malesfriou, se transformou numa substânciatransparente e dura. Era o vidro.

É evidente que esta história não passa de uma lenda, pois para a produção do vidro são necessáriastemperaturas muito elevadas (> 2000º) e o calor produzido numa fogueira não pode atingir temperaturas destaordem de valores.

Mas de facto os Fenícios fabricaram vidro transparente e colorido, com ele produziram objectos muito variadose que eram muito apreciados pelos povos Mediterrâneos.

Francisco Carvalhinho, José Pedro Belo e Nuno Miguel Barros- 5º C

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COMÉRCIO FENÍCIO

A Fenícia foi um dos países mais prósperos da antiguidade. Assuas cidades desenvolveram uma florescente indústria que abasteciaos mais distantes mercados. Objectos de madeira talhada (cedro epinho) e tecidos de lã, algodão e linho tingidos com a famosa púrpurade Tiro, extraída de um molusco, foram as manufacturas fenícias demaior prestígio e difusão. Também eram muito procurados os objectosde metal; o cobre, obtido em Chipre, o ouro, a prata e o bronze foramos mais utilizados, em objectos santuários e em jóias de alto valor. Ostrabalhos em marfim alcançaram grande perfeição técnica na formade pentes, estojos e estatuetas. Os Fenícios descobriram ainda atécnica de fabrico do vidro e aperfeiçoaram-na para confeccionarbelos objectos.

O comércio fez-se principalmente pelo mar, já que o transporteterrestre de grandes carregamentos era dificílimo. Essa exigênciacontribuiu para desenvolver a habilidade dos Fenícios como construtores

navais e transformou-os em hábeis navegadores.

Bruna Catarina Martins e Cíntia Sofia Silva - 5ºE

MARE NOSTRUM

Mare Nostrum ("nosso mar", em latim) era o nome dado pelos antigos romanos ao mar Mediterrâneo.Após dominar toda a Península Itálica, os romanos partiram para as conquistas de outros territórios. Com

um exército bem preparado e muitos recursos,venceram os Cartagineses, liderados pelo generalAníbal, nas Guerras Púnicas (século III a.C). Estavitória foi muito importante, pois garantiu asupremacia romana no Mar Mediterrâneo.

Após dominar Cartago, Roma ampliou assuas conquistas, dominando a Grécia, o Egipto, aMacedónia, a Gália, a Germânia, a Trácia, a Síria ea Palestina.

Com as conquistas, a vida e a estrutura deRoma passaram por significativas mudanças. Oimpério romano passou a ser muito mais comercialdo que agrário. Povos conquistados foram escravizados ou passaram a pagar impostos para o império. Asprovíncias (regiões controladas por Roma) renderam grandes recursos para Roma. A capital do Império Romanoenriqueceu e a vida dos romanos mudou.

O Mar Mediterrâneo era muito importante, porque era o sitio onde todos os barcos Europeus passavam commercadorias valiosas (ouro, tecidos, cobre…).

Daniel Filipe Belinha, Eduardo Luís Dias e José Pedro Duarte - 5º F

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BRINCADEIRAS NA CULTURA ROMANA

Bolinhas de Gude (Berlinde)

O jogo era tão popular na Roma dos Césares, onde eraconhecido como "esbothyn", que o imperador César Augusto,tinha o costume de parar na rua para assistir às partidas.

Acabou sendo difundido pelo Império pelas LegiõesRomanas, ganhando assim o mundo.

Jogo tipicamente infantil, percorreu os séculos chegandoaté os dias de hoje.

O nome "gude" deriva de "gode", do provençal, quesignifica "pedrinha redonda e lisa".

Difundiu-se pelo mundo e no sec. XVII, famoso ficouum poema, de escritor anónimo inglês, que descrevia oestudante como "um asno na sintaxe, mas perito no gude".

Nos séculos XVIII até o início do século XX, o grandefabricante de bolas de gude foi a Alemanha. Mas a partir daí, difundiu-se o fabrico do brinquedo de um materialbem mais barato e acessível, o vidro, dando origem assim, ao brinquedo que hoje conhecemos.

O jornalista e cronista desportivo Orlando Duarte, no seu livro "História do Desporto" descreve duas formasde se jogar bolinhas de gude:

BIROCA: são feitos quatro buracos - as "birocas" - na terra. Os jogadores (de 2 a 4) jogam as suas bolinhasaté à primeira "biroca". Quem ficar mais perto dela, iniciará o jogo. A partir daí, deverá percorrer todo o "circuito",ou seja, colocar a sua bolinha em cada um dos buracos. Depois, poderá "matar" a bolinha dos adversários, ou seja,atingirá a bolinha do adversário com a sua, eliminando-o do jogo. Se errar a "biroca" ou a bolinha do adversário,"perde a vez". E assim por diante...

TRIÂNGULO: nesta modalidade, risca-se um triângulo na terra. São colocadas no interior deste, bolinhaspertencentes aos jogadores. A partir daí, os jogadores revezam -se "matando" as bolinhas no interior do triângulo,até que não existam mais bolinhas para serem atingidas.

André Dias, Diana Moreira da Silva e Tiago Moreira da Silva - 5ºH

BURGÚNDIOS

O nome dos burgúndios era antes ligado à região da moderna França que aindamantém seu nome. Entre os séculos VI e XX, contudo, as fronteiras e as conexõespolíticas da região mudaram com freqüência.

Nenhuma dessas mudanças teve algo a ver com os burgúndios originais. O nomeburgúndios refere-se hoje aos habitantes do território da Borgonha. Os descendentesdos burgúndios hoje são encontrados inicialmente entre os franco-falantes da Suíçae nas regiões fronteiriças da França.

Burgúndios conhecidos como "os Montanheses", são um antigo povo de origemescandinava. No Baixo Império Romano, instalaram-se na Gália e na Germânia na

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qualidade de foederati ("federados" em latim). Tendo procurado estender-se até à Bélgica, foram abatidos porAécio em 436 e transferidos para Savóia. De lá, espalharam-se pelas bacias do Saone e do Ródano. Foramsubmetidos pelos Francos em 532 e o seu território foi reunido à Neustria. Deram o seu nome à Borgonha.

Aproximadamente em 300, a população de Bornholm (ilha dos burgúndios), desapareceu quase totalmenteda ilha.

Havia, ao que parece, naquela época um relacionamento amigável entre os Hunos e os Burgúndios. Era umcostume Huno entre as mulheres ter o crânio alongado, este era apertado quando a criança ainda era um bébé.Túmulos germânicos foram encontrados com ornamentos Hunos e crânios de mulheres alongados.

Inicialmente, os burgúndios parecem ter tido um relacionamento tempestuoso com os romanos.

Diogo Sousa - 5ºG

MESQUITA DE CÓRDOVA

Construída por Abd al-Rahman I junto ao Guadalquivir onde antes tinha sido um templo cristão, foi iniciadaem 785 com reaproveitamento de materiais, sendo hojeuma das principais atracções da cidade de Córdova. Amesquita maior ou mesquita Aljama é o monumento maisimportante da arte hispano-muçulmana, denunciando váriosperíodos artísticos através das ampliações a que foi sujeita.

A primeira mesquita apresenta uma planta quadradade 79 metros de lado dividindo-se em duas partes iguais:tem a fun-ção de sala de orações e a setentrional era umpátio. A forma incomum de orientar a qibla e o mihrab

para sul,explica-se pelo facto de esta ser influência de mesquitas sírias paraas quais a orientação para Meca ficava a sul. As onze naves da salade orações dispõem-se perpendicularmente.

A mesquita sofreu várias ampliações, a maior esteve a cargode Al-Hakam II: derrubou a qibla e acrescentou doze tramos àestrutura. A novidade desta planta é o uso tardio da disposição dasnaves em T, cujas extremidades formam quatro cúpulas de arcoscruzados.

Sendo um dos mais deslumbrantes e soberbos monumentosislâmicos, a mesquita de Córdova preserva a estrutura original,incluindo os belíssimos arcos e pilares, o mihrab ( nicho deorações) e o maqsura ( recinto do califa), mas outras formasarquitectónicas foram acrescentadas pelos cristãos, como a capillade Villaviciosa, a primeira capela cristã, construída em 1371.

Ana Beatriz e Nelma Rocha - 5º H

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BATALHA DE POITIERS

A Batalha de Poitiers, também conhecida como Batalha de Tours, travou-se entre o exército do ReinoFranco, liderados por Carlos Martel e o exército do Califadode Córdova, liderado por Abd-al-Rahman, governante deCórdova.

Esta batalha é citada como sendo o marco do final daexpansão muçulmana na Europa medieval. O exército Francocolocou-se junto à cidade de Tours, para sua defesa. Oataque muçulmano foi rechaçado, com a morte do seucomandante, junto a cidade de Poitiers.

Embora Odo tivesse derrotado os invasoresmuçulmanos antes, quando eles retornaram, as coisas estavammuito diferentes. A chegada de um novo emir de Córdoba,Abdul Rahman Al Ghafiqi, que trouxe com ele uma grandeforça de cavaleiros árabes e berberes, dando início à grandeinvasão. Abdul Rahman Al Ghafiqi havia estado em Toulousee os cronistas árabes deixam claro que ele se opôs fortementeà decisão do emir de não assegurar as defesas externascontra uma força de socorro, o que permitiu a Odo e à suainfantaria atacar sem piedade antes que a cavalaria islâmicapudesse estar preparada. Abdul Rahman Al Ghafiqi nãotinha a intenção de permitir outro desastre. Desta vez oscavaleiros islâmicos estavam prontos para a batalha e osresultados foram terríveis para os aquitanianos. Odo, o heróide Toulouse, foi duramente derrotado na invasão muçulmana

de 732, na batalha do rio Garone e a cidade de Bordeaux foi saqueada. Odo fugiu ao encontro de Carlos em buscade ajuda, que por sua vez concordou em ir em seu resgate, desde que ele e a sua casa fossem reconhecidos comoseus soberanos - o que Odo fez oficialmente e de imediato.

A batalha de Tours deu a Carlos o cognome "Martel", pela crueldade com que ele batia os seus inimigos.Muitos historiadores, incluindo o grande historiador militar Sir Edward Creasy, acreditam que, tivesse elefracassado em Tours, o Islão provavelmente teria invadido a Gália e talvez o resto da Europa cristã ocidental.Edward Gibbon acredita claramente que os muçulmanos teriam conquistado de Roma ao rio Reno e até mesmoa Inglaterra com facilidade, caso Carlos Martel não vencesse. Creasy diz que "a grande vitória obtida por CarlosMartel deteve decisivamente o avanço árabe na conquista de Europa Ocidental, salvando a cristandade do Islão,e preservando as relíquias da Antigüidade e as origens da civilização moderna".

Actualmente, Matthew Bennett e seus co-autores de "Fighting Techniques of the Medieval World"("Técnicas de Ataque do Mundo Medieval"), publicado em 2005, argumenta que "poucas batalhas são lembradasdepois de 1.000 anos depois de disputadas… mas a Batalha de Poitiers (Tours) é uma excepção. Carlos Martelfez retroceder uma invasão muçulmana que se não fosse evitada, talvez tivesse conquistado a Gália". MichaelGrant, autor de "History of Rome", dá a Batalha de Tours tal importância que a coloca entre as principais datashistóricas da era romana.

Outro historiador contemporâneo, William Watson, acredita que o fracasso de Martel em Tours teria sidoum desastre, destruindo o que se tornaria a civilização ocidental e, depois, o Renascimento. Muitos historiadoresmodernos tais como William Watson e Antonio Santosuosso geralmente apoiam o conceito de Tours como umevento histórico importante que favoreceu a civilização ocidental e a Cristandade, apesar deste último acreditarque as vitórias de Martel nas campanhas de 737 terem sido consideravelmente mais vitais.

Bruno Gil - 5º G

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CONVENTO DE MAFRA

D. João V mandou construir obras grandiosas que marcaram a sua época e uma delas foi o Convento deMafra.

Com este e outras obras como o Aqueduto das Águas Livres, o monarca procura deslumbrar a Europa emostrar toda a sua riqueza e poder.

Esta grandiosa construção incluíao convento, o palácio real, uma igreja euma biblioteca.

É o mais importante monumentobarroco em Portugal.

Começou a ser construído em 1717e terminou a construção em 22 deOutubro de 1730 e gastaram-se 13 anosna sua edificação. Nele chegaram atrabalhar cerca de 2500 operários.

O conjunto arquitectónicodesenvolve-se simetricamente a partirde um eixo central, a basílica, pontoprincipal de uma longa fachada ladeadapor dois torreões, localizando-se na suazona posterior o recinto conventual daOrdem da são Francisco da Provínciada Arrábida.

Alguns dos exemplos do barroco no Convento de Mafra:* Os seus exteriores dourados;* O chão de mármore (ex. a biblioteca)* A basílica do palácio* Quase todo o seu interior é barroco.

A Basílica faz parte do conjunto monumental do Palácio Nacional de Mafra.Aqui se encontra a melhor colecção de estátuas italianas existentes em Portugal no século XVIII. Possui um

conjunto sonoro de seis órgãos, únicos no mundo, para os quais existem partituras que só aqui podem serexecutadas.

No total a Basílica possui 11 capelas com 450 esculturas de mármore, 45 tribunas e é servida por 18 portas.Todas as cerimónicas da Basílica eram acompanhadas de Canto Gregoriano. D. João V, apreciador da

mesma arte, reunia-se com frequência com os frades, chegando a cantar com eles no coro da Basílica.

Lucas Rocha Gomes - 6º F

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AQUEDUTO DAS ÁGUAS LIVRES

Por volta de 1730 a população de Lisboadevería rondar os 250.000 habitantes e apenasdispunha de 3 chafarizes de água potável e maldistribuídos pela cidade, estando o negócio dadistribuição entregue a particulares, que a entregavambastas vezes em más condições de salubridade.

Para resolver a situação, havia que trazer aágua para a cidade de nascentes que existiam, a nãomuita distância da cidade. As referências ao projectode construção dum aqueduto começam a ouvir-se eem Julho de 1729 foi decretado um imposto sobredeterminados bens de consumo para financiamnetoda obra.

Pelos vistos, D. João V não achou necessáriofinanciar a obra com o ouro e os diamantes quechegavam do Brasil, pelo que se pode dizer que apopulação pagou do seu bolso a água que passou abeber. Coisas do Absolutismo!

Foi então decidido onerar o azeite, a carne, osal, a palha e o vinho, para fazer o total de 300.000cruzados por ano, durante 4 anos.

O imposto indirecto é cego e a comunidade patriarcal, habituada a não pagar nada, achou-se prejudicadaqueixando-se ao rei que não quis saber, acabando ele próprio por contribuir com 10.000 cruzados.

Este aqueduto, incluindo ramais e condutas, tinha 60Km de extensão e era suportado por 127 arcos.A sua dimensão monumental traduz-se nos números seguintes: o aqueduto principal, com 18,5 km de

comprimento, atravessa os 940 m do vale da Ribeira de Alcântara, com 35 arcos dos quais um é o maior arco depedra do mundo. Tem uma rede de captação de 30 km de galerias visitáveis e alimenta uma rede de distribuiçãode 12 km. Com as nascentes, mães de água, reservatórios e chafarizes, constitui um conjunto de alto valorpatrimonial pela qualidade da construção e pela beleza da arquitectura. Esta construção, que poderia não terpassado de uma obra técnica, tornou-se um verdadeiro Templo da Água, pelo cuidado e a sensibilidade com quenela é tratada a água como elemento essencial e central – a água, que constitui um elemento maior da arquitecturado século XVIII.

Bárbara Bleco - 6º J

TORRE DOS CLÉRIGOS

Iniciada em 1754, estava construída nove anos depois, em 1763. É a torre mais alta de Portugal, com seisandares e 76 metros de altura. É tida como o ex-libris da Cidade do Porto.

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Por barroquismo, ou arte barroca, entende-se o tipo de arte que surgiu, entre nós, nos séculosXVII e XVIIIe que se caracteriza pela abundância da decoração, pelo deslumbramento da decoração, de que a Torre é um casoexemplar.

Uma escadaria de 225 degraus dá acesso aos varandins do último andar donde se pode gozar um panoramadeslumbrante.

CORPO PRINCIPAL

1º andar - Por cima da porta exterior da Torre vê-se umaimagem de S. Paulo e abaixo, dentro dum medalhão, um texto de S.Paulo, na Carta aos Romanos. Neste 1º andar a espessura dasparedes, de granito, mede dois metros e vinte centímetros.

2º andar - No segundo andar vemos uma janela oval.3º andar - Há quatro sineiras e aí está instalado o carrilhão de

concerto, utilizando 49 sinos. Um computador controla o carrilhão,marcando as horas e debitando a música. Está programado para tocarao meio dia e às 18 horas, está ligado a um relógio atómico, naInglaterra ou na Alemanha; o computador capta as ondas emitidas eorganiza as horas a partir desses relógios.

4º andar - apresenta uma janela abalaustrada, na face sul, equatro mostradores de relógio.

Logo ao deixar as escadas, vemos as torres da Igreja da Lapa:um pouco para a direita, a torre branca da Igreja da Senhora daConceição, ao Marquês; um pouco mais altaneiras, as torres doBonfim; mesmo à sua frente, logo em baixo, o edifício da Câmara doPorto.

Olhando para a direita temos o Porto antigo, aninhado junto àSé; ao lado, o imponente Paço Episcopal e Igreja dos Grilos; logoadiante o Rio Douro e as Caves do Vinho do Porto.

A cortar o horizonte, o Monte da Virgem, com as antenas da TV e dos Correios. Olhando para a direita,vertente sul; em baixo, o Jardim da Cordoaria, a antiga Cadeia da Relação, o Mosteiro de S. Bento. Mais longea Ponte da Arrábida. Agora, a parte final; por trás de si, uma cancela fechada dá acesso ao cume da torre. Láem baixo a Faculdade de Ciências e as torres geminadas das igrejas do Carmo e das Carmelitas.É todo um Portovisto de cima, um Porto que nem se imagina, projectado para os lados de Gaia, de Gondomar, Maia, Boavista, atéao mar...

A Torre é sem dúvida, a mais admirável obra de arte arquitectónica de Nasoni e constitui a última fase destaimponente construção, tendo servido em tempos, como telégrafo comercial ( referente à navegação ) e relógioda cidade. No interior tem uma escada de caracol de 218 degraus que permite o acesso aos varandins abalaustradosdo quinto andar.

Márcia Oliveira - 6º H

IGREJA DA ORDEM DO TERÇO

Esta igreja está situada na Rua Cimo de Vila e as suas origens prendem-se com a devoção e fé cristã emvolta do terço.

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Conta-se que naquela rua e nas ruas contíguas existia um grupo de moradores que em devoção à NossaSenhora do Terço se juntavam à noite e em conjunto rezavam o terço, num oratório que existiu próximo do localonde hoje se encontra a igreja.

Vendo isto o padre Geraldo Pereira em conjunto com o padre João Moreira juntaram o seu próprio dinheiroao das esmolas angariadas e compraram, em 1754, umas casa velhas que após demolidas dariam lugar aonascimento de uma igreja em honra da Nossa Senhora.

Assim as obras começaram a 8 de Setembro de 1756 ficando concluídas em três anos.Esta igreja é um edificio de proporções modestas com uma decoração exuberante.O interior da igreja é composto por uma só nave, coberta por uma abóbada de tijolo e é forrada por azulejos

de relevo amarelos e brancos, quatro altares separados por pilastras ladeiam a igreja sendo que à direita temoso de S. Francisco de Paula e o de Nossa Senhora das Dores e à esquerda o do Senhor Jesus e o da Nossa Senhorada Conceição. .

No século XIX foi acrescentado um painel bem expressivo da devoção mariana: Nossa Senhora do Terço,sentada com o Menino e rodeada de anjos, pendendo das mãos de todos terços.

Na igreja predomina a exuberância das formas, com revestimento a ouro e também o uso do azulejo.Do edifício em si salientamos a fachada, que está decorada com elementos de estilo rococó, o remate da

frontaria, como os alçados e as molduras do interior têm tradição italiana. A Nasoni pertence o janelão centralrodeado por um terço, cujo crucifixo está da parte de cima.

Marta Couto Silva - 6º M

QUINTA DA PRELADA

A Casa da Prelada foi construída em meados do séc.XVIII e é uma das obras mais emblemáticas do arquitectoitaliano Nicolau Nasoni. Está inserida numa quinta onde sedestacam os obeliscos, os jardins - no "maior labirinto daPenísula Ibérica" -, um castelo e um lago. O projecto naaltura da construção ficou incompleto - a casa deveria serconstituída por quatro torres, mas acabou por ficar comuma. Francisco Noronha de Menezes, doou a propriedadeà Santa Casa da Misericórdia do Porto, com a condição deque fosse criado um serviço que prestasse cuidados desaúde.

Beatriz Januária Silva - 6º M

O PALÁCIO DE CRISTAL

O Palácio de Cristal data do século XIX e localiza-se na freguesia de Massarelos, na cidade do Porto.O Palácio era da autoria do arquitecto inglês Thomas Dillen Jones e do engenheiro W. Shields, que se

inspiraram no Crystal Palace londrino para o projectar.

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O Palácio de Cristal foi construído em granito, ferroe vidro e media 150 metros de comprimento por 72 metrosde largura.

Começou a ser construído em 1861 e, a 18 deSetembro de 1865 foi inaugurado pelo rei D. Luís.

Este edifício foi concebido para acolher a grandeExposição Internacional do Porto, que foi organizada pelaAssociação Industrial Portuense da época. Nestaexposição estiveram presentes o rei D. Luís, D. Maria, opríncipe herdeiro e uma grande quantidade de expositoresvindos de várias partes do mundo.

O compositor Viana da Mota e a violoncelistaGuilhermina Suggia foram alguns dos nomes importantesligados à música, a realizarem importantes concertosnaquele espaço.

A Câmara Municipal do Porto adquiriu este edifício e os seus jardins em 1933. Chegando o ano de 1951,o Palácio foi mandado demolir pela autarquia. O edifício foi demolido em menos de um ano e o seu magnífico órgãode tubos foi destruído à martelada.

Na altura houve uma enorme contestação popular à demolição e, talvez por isso, a designação"Palácio deCristal" tenha sobrevivido até aos nossos dias. No seu lugar foi construída uma nave de betão armado, que em nadase assemelha ao antigo palácio.

Joana Milheiro Gonçalves - 6º A

O ROMANTISMO

O Romantismo surge em meados do século XVIII e prolonga-se até ao século XIX, manifestando-se nasmais variadas áreas, como a pintura, literatura, arquitectura e música.

O Romantismo na Arquitectura

O Romantismo, ligado à recuperação de formasartísticas medievais, acompanhada pelo gosto pelo exóticocontido nas culturas orientais, favoreceu a mistura de váriosestilos, como o românico, o gótico, o bizantino, o chinês ouo árabe.

Foi na Inglaterra que se verificaram as primeirasmanifestações da arquitectura romântica. Paralelamenteao revivalismo estilístico, a arquitectura do século XIXapresentou um outro vasto campo de desenvolvimento,proporcionado pelos novos materiais de construção surgidoscom a industrialização, como o ferro e o vidro.Embora aInglaterra tenha sido pioneira na utilização do ferro para

construção de estruturas arquitectónicas, foi em França que esta tecnologia encontrou uma mais significativaexpressão estética.

O Palácio da Pena é o expoente máximo do Romantismo em Portugal.

Ivo Bernardo, José Caetano e José Cruz - 6º G

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FERNÃO PERES DE TRAVA

Fernão era filho de Pedro Froilaz de Trava, da Casa de Trava, amais poderosa do reino da Galiza na época. Participou na revolta galaico--portuguesa contra Urraca de Leão e Castela, liderada pelo seu pai em1116, em aliança com Teresa de Leão. Esta insurreição pretendiadefender os direitos de Afonso Raimundes, coroado rei da Galiza egarantir a autonomia do Condado Portucalense frente à rainha castelhano-leonesa.

Os triunfos nas batalhas de Vilasobroso e Lanhoso selaram aaliança entre os Trava e Teresa de Portugal. a regência do CondadoPortucalense. Fernão Peres de Trava passou então a governar o Portoe Coimbra e a firmar com Teresa importantes disposições e documentosno Condado de Portugal .

Com a morte de Urraca, Fernão tornou-se um grande aliado do reiAfonso VII de Leão e Castela no Reino da Galiza. Tanto que lhe foiconfiada a importante tarefa de ser preceptor do seu filho, o futuro reiFernando II de Leão. A “Crónica Latina de Castilla” considera que a sua influência foi determinante para que,no testamento de Afonso VII, os reinos de Galiza e Leão se separassem de Toledo e Castela.

Teresa exerceu a regência do Condado Portucalense durante a menoridade de D. Afonso Henriques. Masem 1122, sob a orientação do arcebispo Paio Mendes de Braga , Afonso pretendeu assegurar o seu domínio doCondado e armou-se cavaleiro em Tui. Juntando os cavaleiros portugueses à sua causa contra Fernão Peres eTeresa de Leão, derrotou ambos na Batalha de S. Mamede em 1128, quando pretendiam tomar a soberania doespaço galaico-português e assumiu o governo do Condado.

Ana Rita Valente e Mariana Isabel Ferreira - 5ºF

VIDA E OBRA DE NICOLAU NASONI

Nicolau Nasoni nasceu a 2 de Junho de 1661 às 2 horas da manhã em Sam Eiotani di Sopra na Toscanana zona de Florença.Era filho de Giuseppe Francesco Nasoni e de Margaretta, filha de Nicodó Rossi, sendo o

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primeiro de nove filhos. Seu pai trabalhava na Casa Davanzatb, talvez comoadministrador de bens. Como consequência, Nasoni ia manter futuras relações comfidalgos do Porto, vários dos quais eram padrinhos dos seus numerosos irmãos.

Viveu em Siena, depois mudou-se para Roma e, mais tarde para Malta. Em1724 assinou e datou um dos tectos que pintou, no palácio de La Valeta, obra estadirigida ao frei D. António Manuel de Vilhena, Grão Mestre da Ordem de Malta e deu,assim, os primeiros passos na arquitectura.

Não se sabe ao certo quando veio para o Porto, mas em Novembro de 1725iniciou as pinturas da Sé do Porto e pensa-se que terá vindo no Verão desse ano.

Casado por duas vezes, teve um filho de Isabel de Rixaral (falecida no parto)e cinco de Antónia de Mascarenhas de Malafaia.

Foram várias as suas obras de arquitectura, pintura e talha em igrejas, sés,solares e palácios, sendo a última a Torre dos Clérigos (um dos ex-libris da cidade do

Porto), onde foi sepultado quando faleceu em 30 de Agosto de 1773, com 82 anos , aparentemente na miséria.

Sara Maria Gonçalves - 6ºC

Rafael Bordalo Pinheiro

Nascido Rafael Augusto Prostes Bordalo Pinheiro, viveu entre 1845 e1905, filho de Manuel Maria Bordalo Pinheiro e de D. Maria Augusta do ÓCarvalho Prostes. Nasceu em família de artistas, cedo ganhou o gosto pelasartes. Em 1860 inscreveu-se no Conservatório de Belas Artes (desenho dearquitectura civil, desenho antigo e modelo vivo) e, posteriormente, matriculou--se sucessivamente, no Curso Superior de Letras e na Escola de Arte Dramática,para, logo de seguida desistir. Estreou-se no Teatro Garrett, embora nunca tenhavindo a fazer carreira como actor.

Em 1863, o pai arranjou-lhe um lugar na Câmara dos Pares, onde acaboupor descobrir a sua verdadeira vocação, derivada das intrigas políticas dosbastidores.

Casou com Elvira Ferreira de Almeida, em 1866 e, no ano seguinte, nasceuo seu filho Manuel Gustavo Bordalo Pinheiro.

Começou por tentar ganhar a vida como artista plástico com composiçõesrealistas, apresentando, pela primeira vez trabalhos seus em 1868, na exposiçãopromovida pela Sociedade Promotora das Belas – Artes, onde apresentou oito aguarelas inspiradas nos costumese tipos populares, com preferência pelos campinos de trajes vistosos. Em 1871, recebeu um prémio da ExposiçãoInternacional de Madrid, paralelamente foi desenvolvendo a sua faceta de ilustrador e decorador.

Em 1875, criou a figura do Zé Povinho, publicada na “Lanterna Mágica”. Nesse mesmo ano, partiu para oBrasil onde colaborou em alguns jornais e enviava a sua colaboração para Lisboa, voltando a Portugal em 1879,tendo lançado o "António Maria".

Experimentou trabalhar o barro em 1885 e começou o fabrico de louça artística da Fábrica das Faiançasdas Caldas da Rainha.

Faleceu em 23 de Janeiro de 1905, em Lisboa, no nº 28 da rua da Abegoaria (actual Largo Rafael BordaloPinheiro), freguesia do Sacramento. Em Lisboa.

Pedro Gomes Martins – 6º H

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JÚLIO VERNE

Júlio Verne foi o filho mais velho dos cinco filhos de Pierre Verne,advogado e de Sophie de La Fuye, esta de uma família burguesa de Nantes.É considerado por críticos literários o precursor do género de ficçãocientífica, tendo feito nos seus livros previsões sobre o aparecimento denovos avanços científicos, como os submarinos, máquinas voadoras eviagem à Lua.

Júlio Verne passou a infância com os pais e irmãos na cidade francesade Nantes, na casa de Verão da família. A proximidade do porto e das docasconstituíram provavelmente grande estímulo para o desenvolvimento daimaginação do autor sobre a vida marítima e viagens a terras distantes. Foimandado pelo seu pai para Paris, para estudar Direito, com a esperança deque o seu filho seguisse a carreira de advogado. Ali começou a interessar--se mais pelo teatro do que pelas leis, tendo escrito livretes de operetas epequenas histórias de viagens. O seu pai, ao saber disso, cortou-lhe o apoiofinanceiro, o que o levou a trabalhar como corretor de acções. Foi quandoconheceu uma viúva com duas filhas, chamada Honorine de Viane Morel, com quem se casou em 1857 e teve,em 1861 um filho chamado Michel Jean Pierre Verne.

A carreira literária de Júlio Verne começou a destacar-se quando se associou a Piere Jules Hetzel, editorexperiente que trabalhava com grandes nomes da época, como Victor Hugo, George Sand…

Hetzel publicou o primeiro romance de sucesso de J. Verne em 1862, o relato de uma viagem à África embalão intitulado "Cinco Semanas em Balão". Esta história continha detalhes tão minuciosos de coordenadasgeográficas, culturas, animais, etc que os leitores se perguntavam se era ficção ou um relato verídico. Na verdadeJúlio Verne nunca tinha estado num balão ou viajado à África. Toda a informação sobre a história veio da suaimaginação e da capacidade de pesquisa.

Júlio Verne ganhou fama e dinheiro com esta obra e a sua produção literária seguia em ritmo acelerado,publicando quase todos os anos um livro: "Vinte Mil Léguas Submarinas"; "Viagem ao Centro da Terra", "A Voltaao Mundo em Oitenta Dias", "Da Terra à Lua". O seu último livro chamou-se "Paris no Século XX", escrito em1863.

Yara Pinto – 6º G

ALEXANDRE HERCULANO

Alexandre Herculano de Carvalho e Araújo nasceu em Lisboa noano de 1810. Foi um escritor da era do Romantismo, um historiador, umjornalista e um poeta português.

A família habitava uma pequena casa no Pátio do Gil, perto de S.Bento e vivia com dificuldades. Muito inteligente e estudioso, Alexandregostaria de ir para a Universidade de Coimbra, mas como o pai não lhe podiapagar estudos tão demorados, optou por um curso prático e rápido que lhepermitiria arranjar emprego como funcionário público.

Acontece que as aulas de um desses cursos funcionavam na Torredo Tombo, local onde se guardavam (e guardam) documentos históricospreciosos. Ali terá descoberto a sua paixão pela História e desenvolvido o

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seu talento para a escrita. Ainda muito novo já frequentava reuniões e encontros de escritores, jornalistas,intelectuais.

Tornou-se amigo da Marquesa de Alorna, que o incentivou a aprender alemão, para poder ler as obras deautores românticos alemães que tinham alcançado grande sucesso. Ele seguiu esse conselho, que lhe veio a serútil, porque lhe permitiu salvar a pele num momento de grande perigo. Alexandre Herculano viveu o período delutas entre liberais e absolutistas. Era liberal, participou numa conspiração falhada, cujos responsáveis foram quasetodos mortos. Mas ele salvou-se, porque se escondeu na casa do padre capelão da colónia alemã que vivia emLisboa. Daí fugiu para Inglaterra, depois para França. Só voltou a Portugal como soldado das tropas liberais quese instalaram no Porto, onde ficaram cercadas durante um ano.

Alexandre Herculano sabia aproveitar o tempo à sua maneira: além de tomar parte nos combates, quandoos havia, organizou a Biblioteca Pública do Porto por ordem do rei D. Pedro. Depois da vitória do Liberalismo,instalou-se em Lisboa e entregou-se de alma e coração à escrita, à investigação histórica, às vezes ao debatepúblico.

Tornou-se um homem admirado e respeitado por toda a gente, incluindo a família real. O marido de D. MariaII, D. Fernando, nomeou-o Director da Biblioteca do Palácio da Ajuda, cargo que lhe permitiu dar largas ao seudesejo de investigação e ao seu talento de escritor.

Manteve-se, no entanto, sempre um homem austero, pouco dado a honrarias.Da sua obra constam, por exemplo “Lendas e Narrativas”, “Eurico , o Presbítero”, “O Bobo” de “O Monge

de Cister”.Morreu em Vale de Lobo em 1887.

Luísa Margarida Montenegro Paulo - 6ºA

A FAMÍLIA REAL NO BRASIL

Foi na cidade da Baía que surgiu uma das primeirasmedidas tomadas pore D. João VI no Brasil – foi a aberturados portos brasileiros às nações amigas, em 1808,possibilitando assim que a Inglaterra pudesse fazerabertamente o comércio com o Brasil.

Ainda em 1801, em Março, D. João VI transferiu-separa o Rio de Janeiro, transformando a cidade em sede daMonarquia. Aí formou o seu ministério, aboliu a proibição

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da criação de indústrias, fundou escolas, bibliotecas, etc.O documento mais importante do Rio de Janeiro foi a Carta Régia. Em primeiro lugar sintetiza e justifica

as medidas e compromissos estabelecidos pela Corte, procurando tranquilizar politicamente os interesseseconómicos e, em segundo lugar, procura minimizar os efeitos do Tratado Luso-Britânico.

Em 1815, elevou o Brasil a Reino Unido. Os domínios portugueses da época ficaram ,a partir de então,oficialmente chamados de Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves e D. João passou a ostentar o título dePríncipe Real do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves.

Com a partida do rei D. João VI para Portugal em Abril de 1821, começam as lutas políticas entre as cortese o regente D. Pedro, entre os que pretendiam reduzir o Brasil novamente a colónia e os que defendiam o progressoobtido com a estadia de D. João VI no Brasil e já tinham em mente a emancipação política.

D. Pedro declara o Brasil independente em 7 de Setembro de 1822, tornando-se o primeiro imperador noBrasil.

Neuza Viviana Pereira e Maria Inês Madureira Costa - 6º D

OS BANDEIRANTES

Os bandeirantes eram um grupode homens que, a partir do séculoXVI, iam para o interior do Brasil àprocura de riquezas minerais,principalmente da prata . Osbandeirantes também apanhavamnegros e índios selvagens para venderaos colonizadores.

Os bandeirantes eram na suamaioria compostos por índiosescravos e aliados por mestiços deíndios com brancos e de brancos queeram capitães.

Esses homens vestiam-se comuma camisa de algodão, chapéu de

abas largas, usavam botas de cano alto (alguns andavam descalços por influência dos índios).Eles levavam para comer mandiocas, milho, feijão e carne seca. Para dormir levavam redes.Muitos dos bandeirantes não voltavam a ver as famílias, pois morriam. Essas mortes ou eram causadas por

febres ou por picadas de cobras.

Nuno Rio -6ºE

O FIM DA ESCRAVATURA NO SÉCULO XX

A segunda metade do século XVIII e o princípio do seguinte foram a época de maior desenvolvimento dotráfico esclavagista. Em 1786, 38.000 africanos rumaram às colónias da América e, mais tarde, ao Brasil paratrabalharem, sobretudo nas minas de diamantes.

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A partir dos finais do século XVIII começaram aelevar-se vozes humanitárias e a surgirem as primeirasideias de abolição. Em França, Montesquieu, um"iluminado" ataca o comércio feito à volta dos negros e,à medida que o século foi avançando, maiores eram osmovimentos anti-esclavagistas e mais pessoas semostravam a favor da libertação dos escravos.

Portugal declarou efectiva a libertação dosescravos em todos os domínios portugueses nos finaisda década de 1880.

No decorrer do século XVIII a escravatura foisendo abolida na maior parte dos estados europeus,fazendo valer a igualdade perante Deus. Esta lutaconverteu-se numa atitude defendida por intelectuais earistocratas "iluminados". Os navios ingleses passarama ser uma espécie de corpo policial nos mares por ondepassaram, tentando pôr, assim, fim ao tráfico de escravosna África, na Ásia e América.

Na sequência do Tratado de Viena, em 1815,assinado por Inglaterra e Portugal, estes dois paísescomprometiam-se a atenuar o tráfico de escravos naspossessões portuguesa e suprimi-lo totalmente a nortedo Equador.

Carlota Lameiras Ferreira - 6º I

ATAQUES DOS HOLANDESES AO BRASIL

Os holandeses, depois de terem criado, em 1621 a Companhia das Índias Ocidentais, decidiram atacar oBrasil açucareiro. Saquearam a Baía em 1624, mas a cidade de Salvador foi recupera em 1625. Repelidos da sededo Governo Geral, os ataques dirigiram-se em seguida a Pernambuco, a capitania mais florescente com numerososengenhos de açúcar. Olinda caiu nas mãos dos holandeses em 1630, mas a resistência portuguesa no interior durouaté 1632. Entretanto, os invasores além de se fortificarem e de se reforçarem, organizaram administrativamentea conquista. Depois de destruírem Olinda, iniciaram, com a ajuda de reforços vindos da Holanda, a ocupação deIgaraçu e Itamaracá, Paraíba do norte ea ilha Fernão de Noronha.

Em 1635 tinham consolidado as suas posições e, em 1637, chegou , como governado,r Maurício de Nassau,que levou a região ao apogeu cultural e científico. Depois da sua partida, o Brasil holandês, entrou em declínio atéà capitulação do Recife, em 1654.

Do ponto de vista administrativo, o período da monarquia dual foi assinalado por transformações naorganização judiciária. A Relação do Estado do Brasil foi criada em 1609 e extinta em 1626, por ocasião dos ataquesholandeses.

Com a Restauração da Independência de Portugal (1640), os luso-brasileiros decidiram-se a tentar aexpulsão dos invasores. Em 1645 iniciou-se a insurreição fomentada na Metrópole e na Baía levada a efeito pelossenhores de engenho de Pernambuco e capitanias vizinhas.

D. João IV, ora procurava aplacar o poder holandês, prometendo a entrega das capitanias rebeladas, ora,às escondidas, lhes enviava socorro e, com grandes dificuldades, os insurrectos conseguiram manter-se em campo,reunindo para a luta,tropas brasileiras com soldados negros e ameríndios.

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Em 1648 e 1649, os holandeses foram derrotados em duas batalhas nos outeiros dos Guararapes, mas opoderio naval holandês e a inferioridade portuguesa no mar não permitiu a sua expulsão.

O início da guerra entra a Holanda e a Inglaterra, em 1652, veio dar a oportunidade desejada: uma esquadrada Companhia do Comércio do Brasil , fundada em 1649, completou por mar o cerco dos invasores e, em 7 deJaneiro de 1654, o domínio português foi restaurado no nordeste brasileiro.

Alexandre dos Santos Amorim – 6ºL

SINÉDRIO

Um grupo de homens em 24 de Agosto de 1820 veio a instaurar o regime liberal em Portugal. Os abusosdos invasores ingleses mantiveram-se desde essa altura, tal como a miséria pública e a necessidade de reformasurgentes. É assim fundado o Sinédrio, em 22 de Janeiro de 1818, por quatro sujeitos do Porto: Fernandes Tomás,Ferreira Borges, Silva Carvalho, todos juristas e Ferreira Viana, comerciante.

Rapidamente acolhe outros elementos, homens de outras profissões liberais, vindos das mais diversasregiões do país. Nem todos eram maçons, embora todos se tenham assim tornadona altura do levantamento de 1820. Contudo a importância da Maçonaria na acçãoe na composição do Sinédrio é relevante, pois ele colabora mesmo com lojasmaçónicas existentes ou com elementos seus em todo o país.

Norteados pelo projecto liberal, vários eram os objectivos a que se votaramos membros do Sinédrio. Acima de tudo era importante controlar a opinião pública,observando os sentidos de expressão e vigiando as novas que vinham de Espanha,observando para saber, tentando antecipar e controlar todos os acontecimentos.Tudo isto era previsto estatutariamente. Com todo o organismo controlado ouapoiado pela Maçonaria, viam-se os membros deste grupo do Porto impelidos ajurar e manter segredo face à sociedade sobre tudo o que faziam ou planeavam,ao mesmo tempo que deviam preservar um sentido de lealdade comum, renovadoperiodicamente em jantares na Foz do Douro todos os dias 22 de cada mês. Ofuturo era aí discutido, planificando as acções e estratégias, embora houvesseoutras reuniões de noite preferencialmente. De acordo ainda com os estatutos eno caso de haver qualquer movimento ou revolta, o Sinédrio conduzi-lo-ia sempresalvaguardando a fidelidade dos seus membros e ideais à Casa de Bragança

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A entrada gradual de militares no movimento dinamizá-lo-á, tornando-o mais agressivo e operacional emvez de apenas vigilante. Este grande número de militares que aderia de várias unidades do país, principalmentedo norte, não era conhecedor dos objectivos e das ordens principais.

Depois do golpe de 1820, ver-se-á neste ocultar de objectivos primordiais uma das causas para asdesavenças que levaram à formação de partidos políticos e à cisão no seio da família liberal portuguesa.

Os meios militares eram fundamentais para o seguimento do movimento revolucionário do Sinédrio.Tentava-se, assim, controlar as informações no seu interesse, visto que as cadeias de comando interno, poderiamser afectas ou fiéis em grande parte ao regime e, dado que muitos dos seus chefes eram ingleses, deitar por terraqualquer conspiração, pondo em perigo o Sinédrio.

O Sinédrio afirmava-se simultaneamente nacionalista, chegando mesmo a recusar, na pessoa de FernandesTomás, qualquer tendência para a União Ibérica, pretendida por alguns membros do grupo, influenciados pelointercâmbio crescente com liberais espanhóis.

Ana Luísa Sousa e Ana Raquel Sousa – 6º B

A MÁQUINA A VAPOR

Revolução Industrial

A substituição das ferramentas pelasmáquinas, da energia humana pela energia motriz edo modo de produção doméstico pelo modo deprodução fabril, constituiu a Revolução Industrial;revolução com um enorme impacto sobre a estruturada sociedade, num processo de transformaçãoacompanhado por notável evolução tecnológica.Aconteceu na Inglaterra, na segunda metade doséculo XVIII e encerrou a transição entre ofeudalismo e o capitalismo, a fase de acumulaçãoprimitiva de capitais e de preponderância do capitalmercantil sobre a produção. Completou ainda omovimento da revolução burguesa iniciada naInglaterra no século XVII.

Surgiram fábricas com assalariados, semcontrolo sobre o produto do seu trabalho. Aprodutividade aumentou por causa da divisão social, isto é, cada trabalhador realizava uma etapa da produção.

O desenvolvimento da máquina a vapor no século XVIII contribuiu para a expansão da indústria moderna.Até então, os trabalhos eram executados na dependência exclusiva da potência dos músculos dos operários e daenergia animal, do vento ou da água. A única máquina a vapor realizava o trabalho de centenas de cavalos. Forneciaa energia necessária para accionar todas as máquinas de uma fábrica. Podia ainda deslocar cargas pesadas agrandes distâncias num único dia. Os navios a vapor ofereciam transporte rápido, económico e seguro.

André Gonçalves, João Renato, Orlando Pinto e Pedro Silva - 6ºJ

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O VINHO DO PORTO

O vinho do Porto, é um vinho único e extraordinárioproduzido em Portugal e que gera grande riqueza ao nosso País.

A sua produção provém das vinhas cultivadas nas encostasdo rio Douro, desde a fronteira Espanhola até ao Porto.

A toda essa zona é chamada região do Douro, e é tambémdenominada como região demarcada do vinho do Porto. Noentanto as gentes simples da região Duriense gostam de chamar--lhe, não vinho do Porto, mas antes Douro Fino.

A partir dessa época, todos os anos, os agricultores deixavamde lado algumas uvas melhores, para amadurecerem mais e fazero vinho do Porto

Esta, dizem os habitantes da Região do Douro, é a verdadeirahistória.

No entanto, é do conhecimento geral no mundo inteiro, em especial de quem aprecia este vinho que esteproduto único e de qualidade assumidamente superior como bebida de classe, nasceu nas encostas do rio Douropor volta do século III, ou IV da era cristã.

Vestígios arqueológicos de lagares e recipientes para vinho têm sido achados por toda a região durienseevidenciando os registos documentais que se conheciam há muito tempo; no entanto , o nome pelo qual ficouconhecida a mais famosa bebida portuguesa só adquiriu essa designação há cerca de 300 anos, quando se começoua dar mais atenção à viticultura e à exportação do vinho, levando-o ao expoente máximo de classificação ao sercriada a região demarcada mais antiga do mundo, em 1756, por Sebastião José de Carvalho e Melo, o Marquêsde Pombal.

Depois vieram as doenças nos vinhedos produzidas pelo oídio (um fungo) e pela filoxera (um parasitaimportado nas vides americanas) a partir de meados do século XIX, com a destruição de grande parte das vinhase ampliação da linha de demarcação para o Douro Superior onde o problema se fazia sentir em menor escala.

Surgiram novas técnicas de plantio, selecção de castas e enxertos, uso de adubos e evolução no processode vinificação; todavia os problemas só estavam a começar, pois o inimigo maior surgia na forma de uma crisecomercial aliada às primeiras fraudes e imitações do vinho do Porto.

No início do século XX, surge a denominação “Porto” para os vinhos com graduação alcoólica mínima de16,5º, deixando a protecção e fiscalização da marca a cargo da Comissão de Viticultura da Região do Douro.

Guilherme Paulino – 6º A

MUSEU DOS COCHES

O Museu Nacional dos Coches fica junto ao rio Tejo, na Praça Afonso de Albuquerque, no bairro de Belém,em Lisboa, Portugal.

Era antigamente uma escola de equitação, o Picadeiro Real do Palácio de Belém, construída pelo arquitectoitaliano Giacomo Azzolini, em 1726. Em 1905, foi transformada num museu pela rainha D. Amélia, esposa do reiD. Carlos, sob o nome de Museu dos Coches Reais que, após o golpe republicano, teve o seu nome alterado.

É o museu mais visitado de Portugal.Feitos em Portugal, Itália, França, Áustria e Espanha, os coches abrangem três séculos e vão dos mais

simples aos mais sofisticados. A galeria principal no estilo Luís XVI, é ocupada por duas filas de coches construídos

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para a realeza portuguesa. A colecção começa pelocoche de viagem de Filipe I de Portugal, de madeira ecouro vermelho, do século XVII. Os coches sãoforrados a veludo vermelho e ouro, com exterioresesculpidos e decorados com alegorias e as armasreais, trabalho denominado talha dourada. As filasterminam com três enormes coches barrocos feitosem Roma para o embaixador português no Vaticano,D. Rodrigo de Almeida e Menezes, marquês deAbrantes, em embaixada enviada ao papa ClementeXI a mando do rei D. João V. Estes coches de 5toneladas têm interiores luxuosos e esculturas douradasem tamanho natural; durante muitos anos nenhummonarca europeu enviou embaixadas ao Vaticano pornão conseguir igualar tamanha magnitude.

Destacam-se ainda, entre outros, os Coches da Coroa, de D. João V e a Carruagem da Coroa, mandadaexecutar por D. João VI, quando regressou do Brasil e que foi utilizado pelos dois últimos reis nas suas aclamações.

A galeria seguinte tem outros exemplos de carruagens reais, incluindo cabriolés de duas rodas da FamíliaReal. A caleche do século XVIII, com janelas que parecem olhos, foi fabricada durante a época de Pombal. Agaleria superior exibe arneses, trajos da corte e retratos a óleo da família real.

O último coche deste museu que foi utilizado foi a Carruagem da Coroa, aquando da visita de Isabel II deInglaterra a Portugal, em 1957.

Diogo Yaguas e Diogo Maia – 6ºG

HISTÓRIA DE ÍLHAVO

Apesar de muito se escrever sobre as suas origens, não se sabe ao certo a sua origem histórica, nem quandofoi designado como Concelho. Sabemos, no entanto, que é um Concelho antigo, mencionado em documentosdatados de 1095. Um documento histórico relevante que o reconhece é a Carta de Foral de D. Dinis, de 13 deOutubro de 1296. Outro documento que reafirma essa atribuição é também o Foral concedido por D. Manuel I,em 8 de Março de 1514 e que rege a vida concelhia nacional até à Lei de Mouzinho da Silveira, de 16 de Maiode 1832, que vai abolir os Forais. O Município de Ílhavo é um dos 19 Concelhos do Distrito de Aveiro, da RegiãoCentro de Portugal. Com uma área de 76 Km2, este concelho tem as suas primeiras referências históricas há cerca

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de nove séculos e meio. Foi do mar, que nasceu comocolónia grega ou fenícia. Sendo um concelho de gentede terra e mar, Ílhavo tem o mar como realidade vivana geografia, na história e na cultura. No conjunto debeleza natural de, sol, mar e ria, encontra duas toalhasde água, presença da Bela Ria de Aveiro no Concelhode Ílhavo. Estes canais (o de Mira e de Ílhavo)utilizados para a prática de actividades náuticas e depesca, reflectem uma beleza única e permitem di-ferentes utilizações do espaço natural .

Durante o século XII inicia-se, em mareslongínquos, a pesca do bacalhau, passando a converter--se em um dos mais importantes pilares da riqueza dosilhavenses. O desenvolvimento experimentado pelapopulação leva a D.Manuel a conceder-lhe o Foral queacima já foi referido.

O aproveitamento da terra através de uma agricultura intensiva e a fundação no ano de 1824 da fábrica deporcelanas Vista Alegre, produtora de uma das porcelanas mais prestigiosas do mundo fazem do século XIX umaépoca de grande prosperidade. No ano de 1836 eleva-se à categoria de concelho.

Durante o século XX surge com força a construção naval e a indústria do frio. No final do século a pescasofre uma crise e o desemprego dirige-se à indústria e às actividades relacionadas com o comércio marítimo.

Hoje em dia o turismo é uma das suas principais fontes de riqueza, graças às suas magníficas praias e osseus famosos museus.

Diogo Sousa, Gonçalo Valente e Rita Ferreira - 5º G

O BARCO MOLICEIRO

O barco moliceiro destinou-se, na sua origem à apanhae transporte do moliço, nos braços da ria de Aveiro.

Os barcos moliceiros são baixos para facilitar ocarregamento do moliço(vegetação existente na ria).

O seu comprimento total é de cerca de 50 metros, decostados muito baixos, medindo a frente 2,5 metros. Comuma proa e uma ré muito elegantes, têm normalmentepinturas que ridicularizam o dia a dia.

Navega facilmente em pouca altura de água. Éconstruído de madeira de pinheiro e resiste, em média doze

anos ao serviço. O castelo da proa é coberto e fechado com porta e chave.A apanha dos moliços foi primitivamente realizada pelos agricultores que, mais tarde inventaram a profissão

de moliceiro.O moliço é utilizado como fertilizante na transformação dos terrenos arenosos e improdutivos em excelentes

terrenos agrícolas. O barco moliceiro está em vias de desaparecer .Hoje é praticamente usado na ria de Aveiro para fins

turísticos.

Alunos do Clube do Património

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PADRE ANTÓNIO VIEIRA402 ANOS SOBRE O SEU NASCIMENTO

Nasceu a 6 de Fevereiro de 1608, em Lisboa, e faleceu na Baíaa 18 de Julho de 1697. Foi um dos maiores escritores da línguaportuguesa e, também, um dos mais inspirados e completos oradoresda história da Europa.

Aos seis anos vai para o Brasil com os pais e fixa-se na Baía ondefez os primeiros estudos no Colégio dos Jesuítas em Salvador, onde,principiando com dificuldades, veio a tornar-se um aluno brilhante. Porvolta dos catorze anos, começa a ser notado: escreve bem o portuguêse domina com facilidade o latim. Em 1623 inicia o noviciado naCompanhia de Jesus. Ordena-se sacerdote em 1635 e exerce funçõesde pregador nas aldeias baianas. Em 1641, restaurada a independência,regressa a Portugal e cativa o favor de D. João IV, sendo por elenomeado pregador régio.Inicia uma carreira diplomática sobressaindopela vivacidade de espírito e como orador.

Em Portugal havia quem não gostasse de suas pregações emfavor dos judeus. Após tempos conturbados acabou voltando ao Brasil,de 1652 a 1661, foi missionário no Maranhão e no Grão-Pará, sempredefendendo a liberdade dos índios.

Em 1654, pouco depois de proferir o célebre "Sermão de Santo António aos Peixes" em São Luís, no Estadodo Maranhão, o padre António Vieira partiu para Lisboa, junto com dois companheiros, a bordo de um navio daCompanhia de Comércio, carregado de açúcar. Tinha como missão defender junto do monarca os direitos dosindígenas escravizados, contra a cobiça dos colonos portugueses.

É expulso do Maranhão pelos colonos, em 1661, e regressa a Lisboa. Em 1665 é preso em Coimbra peloTribunal do Santo Ofício sob a acusação de acreditar nas profecias do poeta Bandarra. Três anos depois éamnistiado e retoma as pregações em Lisboa. Em 1669 parte para Roma e obtém grande sucesso como pregador,combatendo o Tribunal do Santo Ofício. Regressa a Portugal em 1675; mas, agora sem apoios políticos e desiludidopela perseguição aos cristãos-novos (que tanto defendera), retira-se de vez para a Baía em 1681 onde se entregaao trabalho de compor e editar os seus Sermões.

Deixou uma obra complexa que exprime as suas opiniões políticas. Além dos Sermões redigiu o "ClavisProphetarum", livro de profecias que nunca concluiu. Entre os inúmeros sermões, referiremos alguns dos maiscélebres: o "Sermão da Quinta Dominga da Quaresma", o "Sermão da Sexagésima", o "Sermão pelo Bom Sucessodas Armas de Portugal Contra as de Holanda", o "Sermão do Bom Ladrão", e o "Sermão de Santo António aosPeixes" entre outros.

Os seus sermões eram inflamados, belos, magistrais.

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Propriedade: EB 2/3 Sá Couto 4500 EspinhoProfessores coordenadores/dinamizadores: Augusta Barbosa e Carminda BatistaColaboração directa: Departamento de Ciências Sociais e HumanasComposição e Processamento de Texto: Professoras Augusta Barbosa e CarmindaBatistaOffset: Sr. Hugo CastroTiragem deste número:700 ex.