jornal amatra 21 nº 02

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Associação dos Magistrados do Trabalho da 21ª Região TST apresenta ao Congresso proposta de alteração de dispositivo da CLT Em uma entrevista exclusiva sobre o processo sucessório na Associação Nacional dos Magistrados do Trabalho - ANAMATRA - vice-presidente da entidade, Grijalbo Coutinho, também expôs sua opinião acerca de um dos assuntos mais polêmicos dos últimos tempos: a reforma da previdência. Com o início das discussões em torno das reformas tributária, trabalhista e previdenciária, no Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, a AMATRA 21 resgata o assunto sob diversas óticas. A preocupação da entidade de classe que congrega os Juízes do Trabalho que atuam na 21ª Região é de esclarecer possíveis alterações na legislação que acarretem prejuízos aos associados e à sociedade brasileira. A visão da AMATRA 21 está expressa em forma de editorial assinado pelo Presidente da Associação, Luciano Athayde. A ANAMATRA posiciona-se também através de artigo do seu Presidente Hugo Cavalcanti Melo Filho. Magistratura do Trabalho indica representantes para discussões do CDES Ano 3 nº 9 março de 2003 Natal RN Grijalbo Coutinho é vice-presidente da ANAMATRA e candidato à presidente no pleito do próximo dia 28 de abril p 3 p 6 p 9 e 10 ESMAT 21 promove curso de Especialização em convênio com a Universidade Potiguar Procurador-Chefe do Ministério Público do Trabalho no RN fala ao Jornal AMATRA 21 JORNAL AMATRA 21 Reformas Previdenciária e Trabalhista A Magistratura brasileira está sendo representada no Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social pelo Presidente da AMB - Cláudio Baldino Maciel. O CDES, criado pela Medida Provisória 103/03, foi instalado no dia 13/02. O Conselho funcionará como um canal direto da sociedade com o Governo. Composto por membros do Governo e por 82 representantes da sociedade civil, designados pelo presidente da República dentre cidadãos de reconhecida liderança e representatividade, tem como objetivo assessorar o presidente Lula na articulação das relações de Governo com representantes da sociedade. A AMB participará de quatro comissões temáticas no Conselho de Desenvolvimento. Já a ANAMATRA participará ativamente dessas discussões através dos grupos de trabalho. O nome do vice-presidente da Associação, Grijalbo Coutinho, foi um dos primeiros apresentados a integrar o grupo temático da Reforma Trabalhista. O presidente da ANAMATRA, Hugo Cavalcanti Melo Filho, e o Juiz Paulo Luiz Schimidt foram indicados para compor o grupo de trabalho da Reforma Previdenciária. Vice-presidente da ANAMATRA fala sobre processo eleitoral na entidade Arquivo ANAMATRA

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Jornal Amatra

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Page 1: Jornal AMATRA 21 Nº 02

Associação dos Magistrados do Trabalho da 21ª Região

TST apresenta ao Congressoproposta de alteração dedispositivo da CLT

Em uma entrevista exclusivasobre o processo sucessório naAssociação Nacional dosMagistrados do Trabalho -ANAMATRA - vice-presidenteda entidade, Grijalbo Coutinho,também expôs sua opinião acercade um dos assuntos maispolêmicos dos últimos tempos: areforma da previdência. Com o início das discussões emtorno das reformas tributária,trabalhista e previdenciária, noConselho de DesenvolvimentoEconômico e Social, aAMATRA 21 resgata o assuntosob diversas óticas.

A preocupação da entidade declasse que congrega os Juízes doTrabalho que atuam na 21ªRegião é de esclarecer possíveisalterações na legislação queacarretem prejuízos aosassociados e à sociedadebrasileira. A visão da AMATRA21 está expressa em forma deeditorial assinado pelo Presidenteda Associação, Luciano Athayde.A ANAMATRA posiciona-setambém através de artigo do seuPresidente Hugo CavalcantiMelo Filho.

Magistratura do Trabalho indicarepresentantes para discussões do CDES

Ano 3 nº 9 março de 2003 Natal RN

Grijalbo Coutinho é vice-presidente daANAMATRA e candidato à presidente

no pleito do próximo dia 28 de abril

p 3

p 6

p 9 e 10

ESMAT 21 promove curso deEspecialização em convêniocom a Universidade Potiguar

Procurador-Chefe do MinistérioPúblico do Trabalhono RN fala ao Jornal AMATRA 21

JORNAL AMATRA 21

Reformas Previdenciária e TrabalhistaA Magistratura brasileira está sendo representada no Conselho de DesenvolvimentoEconômico e Social pelo Presidente da AMB - Cláudio Baldino Maciel. O CDES,criado pela Medida Provisória 103/03, foi instalado no dia 13/02. O Conselhofuncionará como um canal direto da sociedade com o Governo. Composto pormembros do Governo e por 82 representantes da sociedade civil, designados pelopresidente da República dentre cidadãos de reconhecida liderança erepresentatividade, tem como objetivo assessorar o presidente Lula na articulaçãodas relações de Governo com representantes da sociedade. A AMB participará dequatro comissões temáticas no Conselho de Desenvolvimento. Já a ANAMATRAparticipará ativamente dessas discussões através dos grupos de trabalho. O nome dovice-presidente da Associação, Grijalbo Coutinho, foi um dos primeirosapresentados a integrar o grupo temático da Reforma Trabalhista. O presidente daANAMATRA, Hugo Cavalcanti Melo Filho, e o Juiz Paulo Luiz Schimidt foramindicados para compor o grupo de trabalho da Reforma Previdenciária.

Vice-presidente da ANAMATRAfala sobre processo eleitoral na entidade

Arquivo ANAMATRA

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Jornal AMATRA 212

Editorial

Agenda de eventos Aniversariantes

Acarreira da Magistratura é árdua e demanda enorme dedicação e renúncia de seus integrantes, características que, decerta forma, justificam as crescentes preocupações quanto aos rumos da reforma previdenciária que se descortina noPlanalto Central. Tratando-se de um tema tão delicado e que envolve um contingente enorme de pessoas, esperava-se que as discussões sobre a reforma previdenciária pública recebessem as cautelas necessárias para não se causar es-panto, tampouco apreensão por parte dos interessados. O que se tem observado, no entanto, é um rosário de ditos e

desmentidos, de afirmações seguidas de desautorizações, deixando todos perplexos ante à aparente inexistência de uma sólida pro-posta do novo Governo Federal.

Nem mesmo a instalação do Conselho Nacional de Desenvolvimento Social e Econômico,com seus quase cem membros, acalmou a geral preocupação sobre o tema, porquanto, ao invésde propostas concretas e razoáveis, tem-se ouvido das autoridades ataques de discutível em-basamento à aposentadoria no serviço público, construindo uma distorcida imagem dos númerose dos fatos.

É claro que a Magistratura trabalhista reconhece a existência de distorções e imperfeições,mas não concorda, como ponto de partida, com uma absoluta ruptura das bases do regime previ-denciário em vigor, mesmo porque compreendemos a aposentadoria do magistrado, com proven-tos integrais, como um corolário dos predicamentos da vitaliciedade e irredutibilidade de venci-mentos, dispostos no art. 95 da Carta Republicana, sem os quais estarão ameaçadas as bases doexercício da função judicante. Porém, não se pode tangenciar o debate. Para tanto, mister sefaz registrar a criação do Fórum Nacional da Previdência, recentemente instalado por doze en-tidades representativas da magistratura e dos servidores públicos, capitaneados pela ANA-MATRA, cujo documento preambular manifesta a defesa da correção dos desvios das fontes financeiras, a eliminação das fraudes,o aperfeiçoamento do sistema de seguridade social, a expansão do Regime Geral de Previdência Social e a manutenção dos regimespróprios dos servidores públicos, com a integralidade dos proventos e paridade entre ativos e inativos.

A modernização da Previdência Pública deve, assim, passar por um extenso e virtuoso debate com a sociedade, onde devemprevalecer os argumentos e não a retórica monolítica e unilateral que se vem observando. A efetiva participação dos diversos seg-mentos interessados é elemento essencial para a construção de um consenso sobre tema tão relevante, sem o qual dificilmentequalquer proposta de alteração legislativa logrará êxito no parlamento Federal.

09/02 Edwar Abreu Gonçalves

12/02 Lygia Maria de Godoy Batista

15/02 João Felipe Leite

14/03 Maria Auxiliadora B. M. Rodrigues

18/03 Alexandre Érico Alves da Silva

28/03 Carlos Newton de Souza Pinto

11/04 José Barbosa Filho

17/04 Maria Suzete Monte de H. Diógenes

17/04 Ricardo Luís Espíndola Borges

03/05 Maria de Lourdes Alves Leite

Expediente

A MMOODDEERRNNIIZZAAÇÇÃÃOO DDAA

PPRREEVVIIDDÊÊNNCCIIAA PPÚÚBBLLIICCAA

DDEEVVEE PPAASSSSAARR PPOORR UUMM

EEXXTTEENNSSOO DDEEBBAATTEE

CCOOMM AA SSOOCCIIEEDDAADDEE

LUCIANO ATHAYDE CHAVES

PRESIDENTE DA AMATRA 21

I Encontro Internacional de Direito ConstitucionalData: Maio/2003Local: Natal/RN

IV Congresso Internacional de Direito Processual ConstitucionalData: 15 e 18/05/2003Local: Recife/PE

XXVIII Congresso Nacional da MagistraturaData: 22 a 26/10/2003Local: Salvador/BA.

O INFORMATIVO AMATRA 21 É UMA

PUBLICAÇÃO BIMESTRAL DA

ASSOCIAÇÃO DOS MAGISTRADOS DO

TRABALHO DA 21ª REGIÃO/RN

PRESIDENTE

Luciano Athayde Chaves

VICE-PRESIDENTE

Simone Medeiros Jalil Anchieta

SECRETÁRIO

Décio Teixeira de Carvalho Júnior

TESOUREIRO

Alexandre Érico Alves da Silva

DIRETOR DE INFORMÁTICA E DE

DIVULGAÇÃO

Dilner Nogueira Santos

CONSELHO FISCAL

Tereza Olga Menescal de Carvalho,

Germano Silveira Siqueira e

Gláucia Maria Gadelha Monteiro

AMATRA 21

Rua Lauro Pinto, 2000 - Sala 112

Ed. Profissional Center

Lagoa Nova - Natal/RN

Telefax: (84) 234-77559

Site: www.amatra21.org.br

E-mmail: [email protected]

REDAÇÃO, EDIÇÃO E DIAGRAMAÇÃO

Método Soluções em Comunicação

Fone: (84) 611-22700

JORNALISTA RESPONSÁVEL

Anna Angélika Azevedo DRT/RN 887

E-mmail: [email protected]

Fone: (84) 9418-33744

PROJETO GRÁFICO

Terceirize

Page 3: Jornal AMATRA 21 Nº 02

OTribunal Superior do Tra-balho enviou à Câmara dosDeputados um anteprojetode lei com o objetivo de apri-morar a redação do artigo

670 e seus parágrafos da Consolidação dasLeis do Trabalho - CLT. Os referidos tre-chos tratam da composição e do fun-cionamento dos Tribunais Regionais doTrabalho em todo o Brasil.

A sugestão do TST se destaca pela pos-sibilidade de se criar Turmas julgadorasem 13 dos 24 Tribunais Regionais do Tra-balho existentes. Caso a proposta seja acei-ta, o andamento dos julgamentos será agi-lizado sem que para isso incorra em quais-quer gastos extras, já que será permitida aosTRTs uma divisão interna em Turmas in-dependente do tamanho de sua com-posição. De acordo com a legislação emvigor, somente os Tribunais compostos pormais de 12 Magistrados podem ser fra-cionados.

Atualmente, os Tribunais Regionais doTrabalho dos estados do Ceará, do Ama-zonas, da Paraíba, de Rondônia, do Mara-nhão, do Espírito Santo, de Goiás, deAlagoas, de Sergipe, do Piauí, do MatoGrosso, do Mato Grosso do Sul e do RioGrande do Norte, atuam com oito Magis-trados. Se aprovada a proposta de an-

teprojeto do TST, os Tribunais Regionaispoderão se dividir em Turmas julgadorascompostas por, no mínimo, três Juízes paraagilizar a resolução dos processos

Segundo a exposição de motivos doanteprojeto, desde a promulgação daEmenda Constitucional nº 24 de dezem-bro de 1999, que excluiu os chamadosJuízes classistas do sistema judicial traba-lhista, o artigo 670 da CLT está defasado.

"A partir da extinção da representaçãoclassista, formada por pessoas de quemnão se exigia formação jurídica, não sub-sistem motivos para se manter em cincoMagistrados a composição das Turmas,uma vez que não mais a integrará juiz leigo(classista), podendo esses órgãos fra-cionários funcionar, satisfatoriamente, comtrês Magistrados, pois togados", acrescen-ta o presidente do TST, Ministro Francis-co Fausto.

Outro ponto tratado pelo anteprojetoé voltado para suprir a omissão do textolegal em relação ao sistema de preenchi-mento de vagas nos TRTs. A idéia é a detornar expressa, na Lei, a regra constitu-cional que garante ao Ministério Públicodo Trabalho e à Ordem dos Advogadosdo Brasil a quinta parte das vagas dosTRTs. As demais vagas serão preenchidaspela promoção de Juízes de primeiro grau,

de acordo com os critérios de antigüidadee merecimento.

Jornal AMATRA 21 3

Posse

AAssociação dos Magistrados doTrabalho - AMATRA 21 - con-seguiu junto à Presidência doTRT da 21ª Região a alteraçãono texto do Provimento TRT

CR 007/2002. As mudanças realizadas estão em con-

sonância com a diretriz almejada pela As-sembléia Geral da AMATRA 21, a fim deque os Juízes de 1° Grau passem a expediros ofícios de execução de pequeno valor ea requisição de pagamento diretamente aosórgãos públicos, com o conseqüente seqües-tro em caso de inadimplência. A inovaçãofica por conta da remessa, pela Secretaria da

Vara, de cópia do ofício à Coordenação dePrecatórios, para que o Tribunal possa ali-mentar um banco de dados e, dessa forma,viabilizar a análise de termos de compro-misso em precatórios.

Outra preocupação da AMATRA 21refere-se à Lei Municipal sobre execução depequeno valor. O que chama a atenção dadiretoria da Associação é a possibilidade deentes municipais estabelecerem, por Lei mu-nicipal, um teto menor para a execução depequeno valor. Essa possibilidade foi aberta,em tese, pela Emenda Constitucional n°37/2002.

No Rio Grande do Norte, um município

já tentou adotar uma legislação de tal estirpe.No caso, o gestor municipal requereu aoTRT a observância do seu teto, que era deapenas R$ 300,00. Na ocasião, a Presidên-cia do TRT 21ª Região rechaçou o pleito,firmando entendimento que somente umaLei federal poderia dispor sobre a matéria.

Para a AMATRA 21, a posição daPresidência foi de grande valia, no momen-to que coíbe tentativas semelhantes por ou-tros municípios e evita situações compli-cadas como as já verificadas em outros es-tados da federação, a exemplo da Paraíba,onde é corriqueiro a instituição de Lei mu-nicipal dispondo sobre a matéria.

Min. Francisco Fausto: “Por serem os órgãos menores

mais ágeis, o fracionamentoem Turmas, mesmo das Cortes

integradas por oito juízes,resultará em significativo ganho

de produtividade nosjulgamentos, beneficiando

milhares de jurisdicionados”.

Sugestão da AMATRA 21para execuçãode pequeno valor é acatada pelo TRT

TST apresenta propostade mudança em dispositivo da CLT

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Page 4: Jornal AMATRA 21 Nº 02

Jornal AMATRA 214

Artigo

Todos os brasileiros sabemos que algo urgente precisa

ser feito em relação à Previdência. O problema está nosrumos que a discussão do tema tem tomado. Demagogiae má-ffé prevalecem na cobertura de alguns órgãos deimprensa. E o oportunismo tem norteado a conduta de

algumas autoridades. Nenhuma alteração que venha a se implementada resolverá o

crônico problema previdenciário no Brasil, se não for antecedida porum sincero diagnóstico das deficiências, dos desequilíbrios e dosentraves que hoje marcam a Previdência, seja no setor público, sejano privado.

O discurso fácil de atribuir toda a responsabilidade pelas maze-las do sistema aos "privilegiados" servidores públicos, juízes e mili-tares, já não pode ser aceito, porque é desleal e mentiroso. Asrazões efetivas do rombo previdenciário devem ser reveladas àsociedade brasileira que, sem dúvida, não se furtará até mesmo asacrifícios para a superação dessa caótica realidade.

Em primeiro lugar, como se pode falar em déficit da Previdência,se não existe um fundo previdenciário no Brasil, se não se sabequanto já foi recolhido historicamente, quanto foi desviado para ou-tras ações governamentais (como Transamazônica e Rio-NNiterói, oscasos mais notórios), quanto o Estado deixou de contribuir ao longode décadas?

No máximo se pode dizer que o que se recolhe hoje dos traba-lhadores em atividade é insuficiente para pagar aos que estãoaposentados. E o acúmulo de recursos que deveria existir, constituí-do ao longo do tempo?

Segundo a Associação dos Fiscais da Previdência (Anfip), se nãotivessem sido desviados, por exemplo, os saldos do sistema deaposentadoria e pensões do setor urbano privado para outras árease tivessem sido aplicados em um fundo de capitalização que remu-nerasse a razoáveis 6% de juros anuais, teriam sido acumuladasreservas equivalentes a cerca de 70% do PIB brasileiro, entre 1945 e1997.

Mesmo o desequilíbrio corrente entre receitas e despesas previ-denciárias merece um exame mais acurado. A Constituição pres-creve uma base diversificada para financiamento da seguridadesocial (aí incluídos saúde, assistência e previdência social), a partirde contribuições sobre o faturamento e o lucro das empresas e ascontribuições incidentes sobre a folha salarial.

Dados oficiais revelam que, em 2001, o total de arrecadação dascontribuições sociais foi de R$ 136,9 bilhões (receita previdenciárialíquida, COFINS, CSLL, CPMF, etc.), enquanto que a despesa totalfoi de R$ 105,4 bilhões (dos quais apenas R$ 73,6 bilhões combenefícios previdenciários). Superávit de R$ 31,5 bilhões, repassadoao Orçamento Fiscal da União, para gerar superávit primário e aten-der às exigências do FMI.

Além disso, cumpre ressaltar que a Emenda Constitucional 19,de 1998, vinculou as contribuições sobre a folha exclusivamentepara o financiamento dos benefícios do Regime Geral dePrevidência, abrindo a possibilidade de destinação das demaisreceitas para pagamento de benefícios assistenciais (que deveriamter uma fonte de receita própria).

Some-sse a isso o volume de recursos que deixa de serarrecadado, por renúncia fiscal e perdas de arrecadação, da ordemde R$ 9 bilhões por ano (entidades filantrópicas, setor rural, clubesde futebol, Simples), e com elisão e sonegação fiscal, estimada emR$ 11 bilhões por ano.

O Regime Próprio da Previdência, que abrange os trabalhadoresdo setor público, apresenta problemas mais graves. Enquanto opropalado rombo no Regime Geral é de R$ 17 bilhões, no setorpúblico é de R$ 53 bilhões, envolvendo a União, os Estados eMunicípios, equivalente a 1,3% do PIB. Na União, estima-sse em maisde R$ 20 bilhões.

Aqui, também, alguns mitos precisam ser desfeitos. Sustenta-sseque o déficit decorre de três principais aspectos: a paridade entreremuneração da atividade e proventos (determinada pela correçãodestes últimos nas mesmas datas e nos mesmos percentuais ofere-cidos aos ativos), a integralidade dos proventos e a isenção dosaposentados e pensionistas.

Para começar, registre-sse que o gasto com inativos do governofederal se manteve estável proporcionalmente ao PIB, entre 1995 e2002, enquanto que o do INSS aumentou mais de 1,5% do PIB, nomesmo período.

Resultado da falta de reajuste para os servidores públicos, emmais de sete anos (enquanto no setor privado, o aumento real dosbenefícios foi maior do que 25%). Logo, não há uma relação diretade causa e efeito entre a paridade vencimentos/proventos e dese-

quilíbrio nas contas da previdência. Já a integralidade de proventospara o setor público decorre de imposição aritmética.

Enquanto os vinculados ao Regime Geral contribuem com, nomáximo, R$ 171,00 (calculados sobre o teto de R$ 1.561,56), o pes-soal do setor público contribui com 11% sobre o total de seus ga-nhos mensais. Os primeiros terão o benefício de aposentadoria limi-tado ao mesmo teto de R$ 1.561,56. Os últimos terão proventosintegrais na inatividade. Como aceitar que se acuse de privilégioessa relação lógica?

Alguém poderá dizer: "Mas, nem que queiram, os trabalhadoresdo setor público poderão contribuir sobre patamares maiores,porque o limite de contribuição é compulsório." Que seja permitida,então, a contribuição sobre o total de ganhos a todos os traba-lhadores que desejem.

Nesse sentido, aliás, é a proposta do senador eleito Paulo Paim:elaboração de cálculos atuariais para definição do percentual decontribuição necessário para a garantia de aposentadoria integral,deixando-sse que o trabalhador decida quanto quer receber na ina-tividade, contribuindo mais ou menos.

Juízes e servidores não defendem privilégios. Mas não aceitama eliminação de garantia constitucional que lhes assegura dignidadena velhice. Ninguém quer levar vantagem. Se a contribuição de hojenão é suficiente para a garantia da integralidade, aceitaremos adefinição de novos parâmetros. Mas não é isso o que indicam cál-culos atuariais de isenção indiscutível.

O especialista em contas públicas Raul Velloso tem afirmadoque, consideradas as regras fixadas a partir da Reforma de 1998 (30anos de contribuição e 55 de idade para as mulheres; 35 anos decontribuição e 60 de idade para os homens), as alíquotas hoje prati-cadas são mais do que suficientes. O problema no setor público nãoestá na integralidade de proventos ou nas alíquotas, portanto.

O grande problema está na imensa massa de pessoas que con-seguiu aposentadoria integral sem ter contribuído o suficiente paraisso. A Constituição de 1988 assegurou a todos os que estavam vin-culados à Administração Pública, mesmo irregularmente (à mínguade aprovação em concurso público), há mais de cinco anos, asgarantias dos servidores.

Já a Lei 8.112/90, transformou todos os que prestavam serviçosà União em servidores públicos federais, ampliando - temerária einconstitucionalmente - o âmbito pessoal de beneficiários daaposentadoria integral. Estima-sse em mais de 500 mil o número decontemplados. Pessoas que não haviam contribuído para a previ-dência ou contribuído sobre o teto do INSS. Também merece relevoa elevação da idade para ingresso no serviço público, que já foi de46 anos, situação que permitia até 24 anos de contribuição, antes daaposentadoria.

No atual sistema há um elemento extremamente nocivo quedeve ser, o quanto antes, eliminado. Não é razoável que alguémcontribua por 25 anos sobre o teto, no Regime Geral, e, ingressan-do no setor público, contribua por apenas 10 anos sobre a integrali-dade de seus ganhos para adquirir direito à integralidade de proven-tos.

Não se estabelece, nesses casos, uma relação saudável aoequilíbrio atuarial, por razões óbvias. Além disso, é extremamenteinjusto para com os demais servidores e mais ainda com os traba-lhadores da iniciativa privada.

A reforma pela reforma não passa de exigência dos organismosfinanceiros internacionais aos países periféricos (nomeadamentereformas do tipo estrutural que se revelaram fracassadas, em paí-ses como México, Argentina, Uruguai e Chile).

Com efeito, o mercado considera que regimes financeiros derepartição associados a planos de benefícios definidos não se coa-dunam com o ajuste do setor público. Impõe-sse a adoção deregimes de capitalização e contribuição definida, sem definição dobenefício, numa espécie de loteria administrada pelo próprio merca-do.

Com tais propósitos a sociedade brasileira não pode compac-tuar. Devemos insistir na realização de uma auditoria isenta no sis-tema previdenciário brasileiro, especialmente para que se produzaum acerto de contas entre as instâncias do setor público e a seguri-dade social.

Identificados os focos de dispersão de recursos e os entraves àarrecadação, poderão ser definidos parâmetros mais eficientes, queviabilizem atuarialmente o sistema e concorram para a retomada dodesenvolvimento em bases socialmente mais justas.

Acerto de contas: Reforma da Previdência deve ser precedida de estudo

Hugo Cavalcanti Melo Filho* Pte. da ANAMATRA

Revista Consultor Jurídico, 05/02/2003.

Page 5: Jornal AMATRA 21 Nº 02

Jornal AMATRA 21 5

AMATRA Informa

Novas Varasdo Trabalho

Já existe o compromisso do líder do PTna Câmara dos Deputados, DeputadoNelson Pelegrino, de analisar junto àassessoria técnica do partido o Projeto deLei 3384/00, que prevê a criação de 269novas Varas do Trabalho em todas asregiões do Brasil.

Defesa daPrevidência Social

Entidades representativas de Juízes eservidores públicos lançaram o FórumNacional em Defesa da PrevidênciaSocial.O principal objetivo almejado pelo grupoé de produzir um diagnóstico daPrevidência Social brasileira de forma aviabilizar a elaboração de propostasconcretas a serem encaminhadas aoGoverno Federal.

Signatário deManifesto

Representantes da ANAMATRA,juntamente com os de diversas entidadesde classe assinaram o Manifesto em favorda Previdência Social. O documentodefende a correção dos desvios das fontesfinanceiras, a eliminação das fraudes, oaperfeiçoamento do sistema deseguridade social, a expansão do RegimeGeral da Previdência Social e amanutenção dos regimes próprios dosservidores públicos, como a integralidadedos proventos e a paridade entre ativos einativos. Subscreveram o manifesto:Sindicato dos Trabalhadores do PoderJudiciário e do Ministério Público daUnião (SINDJUS/DF), AssociaçãoNacional dos Fiscais da PrevidênciaSocial (ANFIP), Sindicato Nacional dosAuditores Fiscais do Trabalho (SINAIT),Sindicato dos Servidores do PoderLegislativo Federal e do Tribunal deContas da União (SINDLEGIS),Sindicato Nacional dos Técnicos daReceita Federal (SINDTEM), SindicatoNacional dos Auditores Ficiais daReceita Federal (UNAFISCO Sindical),Associação dos Magistrados da JustiçaMilitar (AMAJUM), UNACON eASSECOR .

ReformaPrevidenciária

A ANAMATRA encomendou umestudo, em parceria com a Associaçãodos Juízes Federais do Brasil, sobre oequilíbrio atuarial da aposentadoria dosMagistrados e o reflexo que amanutenção da aposentadoria integraldos juízes teria sobre o sistemaprevidenciário. Esse estudo terá como fonte principal asinformações estatísticas sobre osvencimentos e proventos daMagistratura trabalhista, que serárepassado pelo Tribunal Superior doTrabalho.O material deve ser entregue no mês deabril e tem o propósito de traçar o perfildo impacto da tão discutida reformaprevidenciária brasileira.

AdministraçãoJudiciária

Através de um convênio com aUniversidade Potiguar, a Escola daMagistratura Trabalhista da 21ª Região -ESMAT 21/AMATRA 21 - estarápromovendo, a partir do mês de abril, ocurso de Especialização sobreAdministração Judiciária. As inscrições poderão ser feitas na sededa AMATRA 21 ou no Campus de Pós-Graduação da UnP. O curso será aberto a toda a comunidadejurídica norte-rio-grandense, masMagistrados e servidores do TRT terãoprioridade no preenchimento das vagas.A presidência da AMATRA 21 estánegociando com o a presidência doTribunal Regional do Trabalho - TRT/21- para que seja subsidiada, total ouparcialmente, a participação dosMagistrados da 21ª Região. A previsão é de que a Especialização sejaministrada em três semestres.

Cartão de identificação

A diretoria da AMATRA 21 estáestudando uma proposta de lay-out paraa confecção de cartões de identificaçãodos associados e dependentes nasinstituições conveniadas à Associação. O cartão será personalizado com foto eassinatura do titular.

Convênio Audi

A AMATRA 21 firmou convênio com aAudaz, concessionária de veículos Audi,oferecendo serviços, produtos eatendimento em condições diferenciadasaos associados. Maiores informações acerca dos termosda parceria podem ser obtidas com Nairaatravés do telefone 3086-1513.

PáscoaVoluntária

Através do projeto “Criança precisasorrir”, a AMATRA 21 está realizandouma experiência de trabalho voluntáriona Casa de Passagem. Em comemoração à Páscoa, osassociados estão promovendo uma festapara as 20 crianças que atualmente estãono abrigo provisório. O objetivo é levarlanche, presentes, brincadeiras e umpouco de atenção aos pequenos. Quem tiver interesse em participar desseprimeiro passo da Associação no campodo voluntariado, camisetas estão sendovendidas a R$ 10,00 como forma dearrecadar fundos que viabilizem acomemoração.A Casa de Passagem funciona em umprédio ao lado do novo Fórum de Natal.A festa da Páscoa será no dia 11/04, às9h00. A sua presença é muito importante!

Page 6: Jornal AMATRA 21 Nº 02

Jornal AMATRA 216

AMATRA Informa

ConvênioOcean Palace

Já foram distribuídos pela AMATRA 21,os cartões Vip Card - Ocean Palace. Através de um convênio firmado com ohotel cinco estrelas, os associados terãoacesso gratuito ao parque aquático e àárea de lazer do complexo hoteleiro. Quem ainda não recebeu o cartão emcasa deve entrar em contato com asecretaria da AMATRA.

Encontro Regionaldas AMATRAS

Aos associados que se inscreveram noEncontro Regional das AMATRAS - 6ªRegião e 21ª Região, que será realizadono período de 02 a 05 de abril, no HotelBlue Tree Park, em Cabo de SantoAgostinho/PE, a AMATRA 21encaminhou ofício ao Presidente doTRT, Desembargador Federal, CarlosNewton, solicitando o afastamento dasfunções judicantes de todos os Juízesinscritos no encontro.

Eleições naANAMATRA

Foi encerrado no dia 28 de fevereiro oprazo para a inscrição de chapasinteressadas em participar da eleiçãopara a escolha dos novos membrosdiretores da Associação Nacional dosMagistrados do Trabalho -ANAMATRA. A votação será realizada no dia 28 deabril e a posse dos novos presidente,vice-presidente, diretores e membros dosconselhos será no dia 30 de maio.

NovoCódigo Civil

A ESMAT 21, em parceria com aAMATRA 21, promoverá o semináriode atualização jurídica sobre 'O NovoCódigo Civil e o Direito do Trabalho".O expositor será o Professor e Juiz doTrabalho da 1º Região, AlexandreAgra Belmonte. O evento está marcado para o dia 25de abril a partir das 8:00h e serárealizado no Auditório do Edifício-sededo TRT da 21ª Região. As inscrições serão feitas na sede daAMATRA 21, mediante o pagamentode uma taxa de R$ 30,00 paraestudantes e de R$ 60,00 paraprofissionais.

AMATRA 21virtual

O Diretor de Informática e deDivulgação da AMATRA 21, DilnerNogueira Santos, informa que o site daAssociação na Internet está em novoendereço: www.amatra21.org.br

Versos e poesia

O Juiz do Trabalho Joaquim SílvioCaldas foi o grande vencedor do prêmio"Desembargador Wilson Dantas" depoesia com a obra "Poemas do Dia aDia". O concurso, exclusivo para membros dacarreira da Magistratura, foi promovidopela Associação dos Magistrados do RioGrande do Norte - AMARN.O colega Sílvio Caldas recebeu o prêmiode R$ 1 mil do presidente da AMARN,Virgílio Fernandes de Macedo Júnior, emuma solenidade realizada na sede doTribunal de Justiça do Rio Grande doNorte.A comissão julgadora era formada porDiógenes da Cunha Lima, Horácio Paivade Oliveira e Lilibeth Lima de Oliveira.A poesia vencedora terá a publicaçãopatrocinada pela AMARN ainda esteano.

ConvênioTaurus

Os associados da AMATRA 21interessados em adquirir armamentospodem solicitar maiores informações aNaira, na secretaria da Associação. A diretoria da AMATRA recebeu avisita do representante da Taurus doBrasil, que ofereceu facilidades nacompra de diversos modelos da marca,inclusive a moderna pistola 40 PT 640- calibre 40 - de uso privativo doexército, cuja venda foi autorizada, noano passado, para Magistrados e paramembros do Ministério Público.

FormaturaESMAT 21

Foi realizada no dia 28 de março, asolenidade de formatura e de entrega dosdiplomas aos 20 alunos concluintes doCurso de Especialização em DireitoProcessual Civil e Trabalhista promovidopela ESMAT 21 no ano passado. O evento ocorreu no Plenário doTribunal Regional do Trabalho da 21ªRegião.

Inauguraçãosede

A presidenta em exercício da AMATRA21, Simone Medeiros Jalil, representou, aAssociação na solenidade de inauguraçãoda nova sede do Ministério Público doTrabalho da 21ª Região. Também estevepresente ao evento, como representanteda ESMAT 21, o colega Décio Teixeirade Carvalho Júnior.

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Entrevista Grijalbo Coutinho

AMATRA - V. Exa. é candidato naturalà Presidência da ANAMATRA, casovitorioso, quais seriam as principaismetas de sua gestão?

GC - O processo eleitoral, efetivamente,encontra-se em curso, com data desig-nada para o dia 28/04. No último dia27/02 procedi a inscrição da chapaCidadania e Luta para concorrer aopleito sucessório na ANAMATRA.Em razão das constantes ameaças aodesmantelamento do Direito do Tra-balho, não podemos ficar inertes frenteàs investidas do capital, contrapondo-seao discurso fácil da mídia com a defesavigorosa dos princípios que orientam amatéria, especialmente o da proteçãoao trabalhador, célula matriz da inter-venção do Estado nas referidas relações,rejeitando, por conseqüência, as pro-postas flexibilizadoras que valorizam o in-dividualismo e fragilizam a força-de-tra-balho, verdadeira produtora da riquezanacional. Nesse particular, combatere-mos com medidas práticas a forma maisdegradante de exploração do trabalhohumano: a escravidão, além da luta per-manente contra as fraudes perpertradasnas comissões prévias de concilição enas falsas cooperativas de trabalho.Pretendemos, no entanto, propor mu-danças que alterem o modelo sindical vi-gente para imprimir verdadeira liber-dade nas negociações coletivas, iniciandopelo fim da unicidade e pela extinção do

imposto sindical.No âmbito interno, a luta iniciada pelaatual gestão deve ter prosseguimento,no sentido de democratizar os tribunais,acabando com o nepotismo e permitin-do maior participação dos juízes de 1ªinstância nas decisões, seja na eleição dosdirigentes, na formulação da propostaorçamentária e a sua execução. Estaremos atentos quanto à defesa dasprerrogativas da magistratura, constitu-cionalmente asseguradas, desde a refor-ma previdenciária anunciada, que deve-rá observar princípios ligados ao regimepúblico, à integralidade e à paridadeentre ativos e inativos, até a forma deprovimento dos cargos, em todas as ins-tâncias. Havendo qualquer violação depreceito, a ANAMATRA tem a obri-

gação de buscar a reforma do ato pelavia judicial, além da denúncia política.

AMATRA - Há algum projeto imediato

que V. Exa. pretende pôr em prática casovenha a assumir a Presidência daANAMATRA?

GC - Posso assinalar que as últimasgestões foram marcadas por grandes êxi-tos, tendo a honra de ter integrado asequipes conduzidas pelos colegas TadeuAlkmim e Hugo Melo, sempre preocu-pados com o modelo de um Judiciárionovo, transparente e altivo.Além das inúmeras batalhas a seremtravadas no Congresso, no STF e noTST, entendo que a ANAMATRA, en-quanto entidade da sociedade civil, deveperseguir diuturnamente uma efetivaaproximação entre esta e o Poder Judi-ciário, propiciando aos setores margina-lizados pelo sistema além do acesso àJustiça, o conhecimento de seus direi-tos e o exercício da cidadania. Mas nãosó isso. A Associação deve ter açãopolítica voltada à construção de ummundo mais justo e fraterno, opondo-sea todo tipo de agressão externa a outropaís que redunde na violação do princí-pio da autodeterminação dos povos. AANAMATRA deve ter posição emquestões que possam afetar a cidadania,credenciando-se como uma voz a serouvida nos grandes temas em debate.

AMATRA - Como V. Exa. acredita quedeva ser a atuação das AMATRAs juntoa ANAMATRA para tratar de assuntosde interesse nacional?

A Associação deve

ter ação política

voltada à construção

de um mundo mais

justo e fraterno...

Presidente da AMATRA X evice-presidente da AssociaçãoNacional dos Magistrados doTrabalho, o Juiz do TrabalhoGrijalbo Fernandes Coutinho

é candidato natural à presidêcia da ANA-MATRA. As vésperas do término doprazo para a inscrição das chapas quedisputarão o pleito, Dr. Grijalbo con-cedeu entrevista exclusiva ao Jornal A-MATRA 21, onde fala sobre as principaismetas e projetos de sua administração,caso seja eleito, no próximo dia 28 deabril.

Luta ecidadania

Arquivo ANAMATRA

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GC - As AMATRAs, na atualidade, jádesenvolvem essa atividade, a partir domomento em que participam do Con-selho de Representantes da ANAMA-TRA, principal Órgão de deliberaçãono dia-a-dia. Além do mais, todo o es-paço político é concedido aos dirigentesque revelam interesse em colaborar,sejam diretores ou não da entidade maiordos magistrados trabalhistas. Ressalto,porém, que a orientação principal daAMATRA externada ao Conselho deveguardar consonância com a democraciainterna de cada associação local, atravésdas decisões das Assembléias e das con-sultas formuladas aos associados.Por outro lado, interesses menores oude fração quantitativamente inexpressivade associados, sobretudo quando nãorespaldados pelo conjunto, jamais podemcomprometer a atuação do dirigente,que a partir da decisão do Conselho deRepresentantes, em nome da saudávelDemocracia, submete-se à deliberaçãocoletiva das AMATRAs.

AMATRA - Os assuntos de interesselocal, envolvendo questões específicas aalgum associado, podem e devem serencaminhados a ANAMATRA paraserem debatidos?

GC - Desde que o fato implique naviolação, em tese, de qualquer garantiaou prerrogativa do magistrado, é indis-pensável que a Entidade Nacional sejaprovocada para tomar as medidas ade-quadas. Em sentido contrário, abusospoderiam ser praticados com o silêncioda ANAMATRA sob o falacioso argu-mento de tratar-se de questão mera-mente local e que só diz respeito aosjuízes de determinada região.

AMATRA - Do ponto de vista de V.Exa., quais os pontos negativos epositivos encontrados na Reforma doJudiciário, mormente no que se refere àJustiça do Trabalho?

GC - Destaco como pontos negativos asúmula vinculante, a ausência de eleiçõesdiretas para os cargos de direção dos tri-bunais, a forma de recrutamento de ma-gistrados de 2ª instância por nomeaçãodo Presidente da República e também deministros dos tribunais superiores e doSTF. Também não é verdadeira a afir-mação de que a Reforma do Poder Ju-diciário irá resolver o problema da mo-rosidade, quando a solução pode estarna alteração da legislação processual or-

dinária. Para a Justiça do Trabalho, oaspecto mais relevante é a ampliação desua competência para abranger todas aslides oriundas do trabalho, incluindoservidores públicos, crimes contra a or-ganização do trabalho e as questões pre-videnciárias e fiscais, cumprindo a suaverdadeira vocação. Temos tambémnorma proibitiva do nepotismo em todoo Poder Judiciário, quarentena para in-gresso na carreira e para o exercício daadvocacia, regras extremamentesaudáveis.O nosso trabalho consistirá na defesado aproveitamento dos pontos conside-rados como avanços, mediante a votaçãoe promulgação imediata, com o início deuma proposta nova que mude o perfildo Poder Judiciário.

AMATRA - Como V. Exa. vê a ReformaPrevidenciária, na forma proposta peloatual Governo?

GC - Ainda não há proposta concretalançada pelo Governo, apesar de al-gumas declarações que marcam as reaisintenções do Planalto. O fim do regimepúblico de previdência será o grandemote. Apesar de alguns equívocospropositais quanto aos números do dé-ficit, o fato é que as contas estão de-sequilibradas, não pela forma atual decontribuição, mas pelas inúmeras ir-regularidades no gerenciamento, caben-do destacar que após a lei nº 8.112/90,de 11/12/90, 500 mil servidores foramincorporados ao regime jurídico único,com direito à previdência pública, semque tivessem contribuído até entãosobre a integralidade de seus venci-mentos, pois eram regidos pela CLT erecolhiam a parcela sobre o limite doRegime Geral da Previdência Social.Como já mencionado antes, cerrare-mos fileiras para garantir a todos osmagistrados, atuais e futuros, previ-dência pública, integralidade e pari-

dade entre ativos e inativos.

AMATRA - O Ministro da Previdência,Ricardo Berzoini, chegou a afirmar naimprensa nacional que a aposentadoriaintegral dos Juízes representa um"privilégio". Como V. Exa. interpretaesse tipo de afirmação?

GC - Como manifestação de alguém queestá querendo agradar os verdadeirostubarões ávidos pelo mercado da previ-dência privatizada e também que elesentir a reação dos juízes. É lamentávelque o discurso neoliberal seja incorpo-rado de forma tão rápida por re-pre-sentante de um Governo aclamado pelasurnas exatamente pela oposição sis-temática ao Estado mínimo.

AMATRA - Em relação à nomeação deservidores nos Tribunais, V. Exa. achaque todos os cargos do Tribunal devemser ocupados por membros do quadrode carreira, acabando com a livrenomeação?

GC - Entendo que os cargos em comis-são devem ser ocupados, preferencial-mente, por servidores do quadro,compequena margem para permitir a livrenomeação para os cargos técnicos ondenão houver servidores efetivos habilita-dos para tanto.

AMATRA - V. Exa. é favorável arealização de concursos próprios para oscargos de confiança, com requisitosespecíficos?

GC - Confesso que nunca examinei essapossibilidade com maior profundidade.Ressalto que não vislumbro ser muitocompatível a hipótese. No entanto, oestabelecimento de regras rígidas, im-pessoais e moralizadoras para o desem-penho do cargo em comissão pode ser oprimeiro passo para acabar com a farrada distribuição de favores pelos donos dopoder.

AMATRA - V. Exa. gostaria de fazeralgumas considerações finais?GC - Consigno a minha satisfação empoder dirigir-me aos colegas da 21ª Regiãoe registro, por uma questão de justiça,agradecimentos ao Presidente da AMA-TRA, Luciano Athayde, incansávelformulador de propostas legislativas noâmbito da Comissão própria e talvez umdos mais atuantes dirigentes em Brasília,marcas que o levaram a integrar a chapaCIDADANIA E LUTA, na condição deDiretor Financeiro.

Para a Justiça do

Trabalho, o aspecto

mais relevante da

reforma do Judiciário

é a ampliação de sua

competência...

Jornal AMATRA 218

Entrevista Grijalbo Coutinho

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Ocupando o cargo de Procu-rador-Ghefe do Trabalho da21ª Região desde setembrode 2001, o Procurador Re-gional do Trabalho José de

Lima Ramos Pereira é um defensor nato dapolítica da boa vizinhança como forma defortalecimento das Instituições brasileiras.Apaixonado pelo trabalho desenvolvidopelos membros do Ministério Público, emespecial, o do Trabalho, José de Lima con-cedeu entrevista coletiva na véspera dasolenidade de inauguração da nova sededo MP do Trabalho no Rio Grande doNorte.

Jornal AMATRA 21 9

Entrevista José de Lima Ramos Pereira

... a aceitabilidade e a

credibilidade da

instituição “Ação Civil

Pública” são muito

grandes.

AMATRA -Como as empresas têm seportando frente aos compromissosassumidos através dos Termos de Ajustede Conduta firmados perante aProcuradoria Regional do Trabalho da21ª Região?

JL: Hoje em dia a coisa está bem melhor.Em 2002, recebemos cerca de 270 denún-cias e houve a assinatura de 100 repre-sentações. É um número muito significa-tivo. A atuação da Procuradoria inten-ta em descongestionar inclusive o Judi-ciário. Em relação aos empregadores, tantoentre empresas privadas quanto entreentes públicos, a aceitabilidade e a credi-bilidade do instituto "Ação Civil Pública",bem como do Termo de Ajuste de Con-duta, são muito grandes, então você con-segue resolver muita coisa. A média dedescumprimento do TAC gira em tornode 10%. Na realidade, o signatário pre-cisa cumprir os termos, caso contrárionós ganhamos a parte de conhecimentotoda. O cumprimento do TAC, tal qualuma conciliação, é um acordo de cava-lheiros. Quem sai perdendo vai ser quemassinou, quem se comprometeu. Eu sem-pre digo. "Se você não for cumprir, nãoassine" O bem de uma Ação Civil Pública é tãogrande, o Direito coletivo que hoje é anossa onda moderna é de um imensobenefício à sociedade, pois desconges-tiona a Justiça do Trabalho. Você ajuízauma ação porque a empresa está exigin-do 12 horas de trabalho dos em pregados.Você vai fechar 100 empregados cada umajuizando uma ação? Ou 10 ações múlti-plas? Você pega várias ações e fazumaúnica ação. Resolve a situação dess-es 100 empregados e dos próximos! Porquea Ação Civil Pública já tem uma visãopara o futuro. A gente atinge vários Di-reitos, o difuso, o coletivo, o homogêneo

Se soubermos trabalhar em conjunto,Justiça do Trabalho e Ministério Públicodo Trabalho, a força que vamos ter seráenorme. O Ministério Público atua deuma forma muito objetiva, a gente nãopode tornar nada subjetivo para investi-gar e buscar provas, porque na hora quea gente ajuíza uma ação a gente tem queser muito parcial! Buscar e defender aque-le Direito, defender a Lei. Pelos exem-plos que a gente tem, não só no Minis-tério Público do Trabalho, mas no Minis-tério Público em geral houve um benefí-cio muito grande desde a Constituição.

AMATRA - A terceirização de serviços,de forma irregular, ainda é práticacomum no Rio Grande do Norte? Comoa PRT da 21º Região tem agido nessescasos?

JL: A terceirização veio como um ins-trumento que seria benéfico se bem usado.Só que ela está sendo mal usada. O enun-ciado é simples. Terceirização - atividade fimnão pode, atividade meio pode. O princi-pal argumento forte que a Jurisprudênciatem a favor disso é a dificuldade da efe-tividade das decisões judiciais. Cria-se maisum obstáculo para a Justiça do Trabalho.A possibilidade recursal que você oferecefacilita o não pagamento dos Direitos Tra-balhistas. A execução já é difícil quandosabemos quem é a empresa responsávelpelo trabalhador, imagine sem saber. Paraminimizar casos de terceirização irregulara Procuradoria instala procedimentos epode até tomar decisões mais formais. Ten-tamos chamar a empresa, fazer audiênciae dar a oportunidade para ela assinar umTAC. O que elimina da Justiça um Termo deAjuste de Conduta é uma coisa muito posi-tiva, porque você dá uma resposta imedia-ta comparando com uma Ação Judicialque tem todo aquele trâmite, toda aquela

Parceirode trabalho

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Jornal AMATRA 2110

Entrevista José de Lima Ramos Pereira

formalidade, toda aquela instrução. Quan-do estamos fazendo uma instrução, uma in-vestigação para a Ação Civil Pública nósdispomos de instrumentos legais e por issoé que as pessoas vêm ao Ministério Públi-co.

AMATRA - Freqüentemente tem-seouvido falar de trabalho escravo emalguns estados brasileiros, já houve casossemelhantes no RN? e Qual a realidade,hoje, do trabalho infantil no nossoEstado?

JL: Não há registros de trabalho escravono Rio Grande do Norte e isso se deve àprópria situação geográfica do estado. Naregião Norte, os estados são muito grandes.Em algumas localidades para você chegarpassa o dia todo viajando e isso facilita otrabalho escravo. A geografia de lá, aocontrário da do Rio Grande do Norte, fa-vorece à essa prática. Trabalho forçadoexiste, com certeza! Tudo que possa denegrir o trabalhador, apessoa que é explorada 12, 14 horas detrabalho por dia, para mim, é vítima detrabalho forçado, que nada mais é que autilização de horas de trabalho extra maisdo que o permitido pela Lei, forçando aoempregado a um desgaste maior de seu or-ganismo. Já o trabalho infantil nós temos aqui, mastambém temos programas para tentar pelomenos amenizar a situação. Temos açõesem parceria com o Ministério Público Es-tadual, com a Delegacia do Trabalho, coma Secretaria de Assistência Social e com oCorpo de Bombeiros que viabilizam a fis-calização noturna da exploração sexual demenor. Essa é uma investida contra a piore a mais degradante forma de exploraçãodo trabalho infantil. Também participamosdo projeto Canteiros da Cidadania, onderecolhemos as crianças e as levamos paracasa para colocá-las em programas de as-sistência social. O problema é que a situa-ção é cultural, uma coisa aprofundada e nãopode ser somente a nossa atuação. Nós sóconseguimos agir pontualmente contra aempresa "X" e "Y", o trabalho em si, emgeral, não. Em casa não devemos empre-gar uma pessoa menor de idade, porquedessa forma estaremos prejudicando o ado-lescente e a criança. A gente tem que ten-tar semear na sociedade potiguar umaidéia de que há aqui uma Justiça do Tra-balho, há quem fiscalize o cumprimento dasLeis do Trabalho, no caso o MinistérioPúblico, e que essas atuações conjuntas e

que vão surtir efeito e trazer benefícios.AMATRA - Do ponto de vista de V.Ex.a., quais os pontos negativos epositivos encontrados na Reforma doJudiciário, mormente no que se refere àJustiça do Trabalho?

JL: Eu tenho medo das reformas no Brasil!Eu nunca vi reforma de textos legais paramelhorar a vida de ninguém. Tudo o quefoi reformado nos últimos tempos foi parapior, como essa flexibilização da LegislaçãoTrabalhista. Isso é como flexibilizar o quejá está mais do que esticado, então vaiquebrar. Na Universidade, eu aprendi que a Leioferece o mínimo e com a flexibilizaçãoestão querendo fazer que nem esse míni-mo seja garantido. Concordo com o minis-tro da Justiça Márcio Thomaz Bastosquando diz que "As Leis existem, se a genteconseguir fazer com que elas funcionem esejam colocadas em prática, aí vamos con-seguir alguma coisa". Só com um adendo: Na parte Trabalhistae na parte Penal, se tiver que mudar temque ser para mais, porque a que está hojejá está pouco. A reforma do Judiciário, na parte Traba-lhista, a maior reforma que poderia acon-tecer já aconteceu: a extinção da JustiçaClassista. Agora, a reforma da forma comoestá vindo, e ninguém sabe o que vai vir,eu acredito que o poder Judiciário, tinhaque ser independente, autônomo e capazde sobreviver a si próprio, com salário dignoe uma situação de tranqüilidade. E querer tirar do Judiciário, e quando eu

falo do Judiciário incluo o Ministério Públi-co como instituição essencial à Justiça, avantagem política e transformá-lo em setorpúblico é um perigo! Vamos deixar de teruma figura do Estado no Estado, o Estadode Direito, o agente político. Quanto mais se prejudica o Judiciário e oMinistério Público, tenha certeza, isso paraa ditadura é um passo. A reforma deve serbem aceita, desde que seja feita ouvindo

as partes envolvidas.AMATRA - V. Exa. é a favor da ReformaPrevidenciária, na forma proposta peloatual Governo?

JL: Na questão da previdência deve-severificar primeiro o recolhimento que osJuízes, agentes políticos, Procuradoresfazem do seu salário - 11% - verifiquepelos anos trabalhados. Veja que ele jápagou o salário integral. Ninguém vê isso.Vê só que se ganha muito bem e que nãopode ter o salário integral. Essas reformas para a política, para en-fraquecer as Instituições, eu não sou afavor. Para que haja uma reforma da Pre-vidência é necessário que se veja quemsão os culpados. Eu sei quem me deve,porque me deve, quanto me deve, quan-do deveria pagar. A Previdência tambémtem que saber isso. É tão fácil. Veja deonde saiu mais do que recebeu. Eu achoque a reforma será muito bem vinda, senão enfraquecer mais ainda as Institui-ções.

AMATRA - V. Ex.a. gostaria de fazeralgumas considerações finais?

JL: A importância da função do Mi-nistério Público do Trabalho como órgãoagente que é exatamente essa parte deações, chamada de Coordenadoria de De-fesa dos Direitos Difusos, Coletivos e Ho-mogêneos, e como a parte de Fiscal da Leié muito grande. Então os processos deinteresse público estão com o Procurador,que é uma forma de observar se a decisãojudicial está com a razão. Se a Justiça doTrabalho como um todo começar a perce-ber que as suas decisões com toda a eficá-cia irão atingir a um número maior depessoas, por meio de Ações coletivas ecomeçar a dar atenção maior a essasAções poderá significar o bem do país ea sua efetividade real terá condição demelhorar ainda mais o bem estar do Brasil.O Ministério Público do Trabalho aqui noestado é uma das instituições que pos-sivelmente apresentou o maior número derecursos ao Tribunal Regional do Traba-lho. E nem por isso há no relacionamen-to desentendimento, porque as pessoasverificam quem não há pessoalidade nisso.Nós levamos recursos porque entendemosque aquela visão não atendeu ao pedidoda nossa solicitação ou de outra Ação deinteresse público. Mas não significa quehá qualquer abalo ou personificação.Tanto é que há uma harmonia muitagrande entre o Tribunal e seus vários juízes

Não há registros de

trabalho escravo no

Rio Grande do Norte.

Trabalho forçado,

existe, com certeza!

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A CAIXA tem mais de um século de serviços prestados aos brasileiros eé uma das empresas públicas mais forte, eficiente e melhoradministrada no país.Dentro da sua missão de promover a melhoria contínua da qualidade devida da sociedade, intermediando recursos e negócios financeiros eatuando no fomento ao desenvolvimento urbano, nos segmentos dehabitação, saneamento e infra estrutura, nos orgulhamos em ter umaempresa que tem em seu resultado, registrado, um lucro líquido de R$ 564,4 milhões no primeiro semestre de 2002, representando umarentabilidade de 13,1% sobre o Patrimônio Líquido.Dentro do seu papel de administrar fundos, programas e serviços decaráter social, destaque para o Bolsa-Escola, com 8,5 milhões de criançasbeneficiadas; Previdência Social, com 13,7 milhões de benefícios ; Seguro-Desemprego, com 10,1 milhões de benefícios pagos; Auxílio-Gás, com 4,9milhões de famílias beneficiadas; A CAIXA atendeu no primeiro semestredeste ano, 9,3 milhões de pedidos de saques do FGTS e o valor total pagoaos trabalhadores atingiu R$ 9,8 bilhões;O semestre fechou com uma rede de 14.323 pontos integrados epresentes em todos os 5.561 municípios brasileiros, realizando transaçõesem tempo real; Somente nos correspondentes bancários foram realizadas2,4 milhões de transações bancárias e pagos R$ 227 milhões embenefícios sociais às comunidades de pequenos municípios do Brasil;Nas Casas Lotéricas, presentes em 3.516 municípios, foram efetuadas 410milhões de transações bancárias e 847 milhões de jogos, comarrecadação de R$ 1,3 bilhão;Na área de Desenvolvimento Urbano, os resultados são significativos. ACAIXA financiou 149.816 moradias, beneficiando 652 mil pessoas dediferentes faixas de renda. Os investimentos em habitação, saneamento einfra-estrutura foram de aproximadamente R$ 2,5 bilhões; Destaque para os financiamentos com recursos do FGTS e para o PARque juntos ficaram com 75% dos investimentos. Os financiamentosimobiliários realizados pela CAIXA ajudaram a cerca der 238 milempregos diretos e indiretos. As atividades da CAIXA incluem, ainda, o patrocínio ao esporte, emparceria com o Ministério dos Esportes, e à cultura, por iniciativa própria eem conjunto com o Ministério da Cultura. No cenário empresarial, eladetém 48% do capital da CAIXA Seguros. É a patrocinadora da Fundaçãodos Economiários Federais - FUNCEF, que trata das aposentadorias deseus empregados, o segundo maior fundo de pensão do Brasil. No âmbito Regional, o Escritório de Negócios Natal, responsável pelaatuação da CAIXA no RN contribuiu para o desempenho global através dassuas 27 agências, 28 Postos de Atendimento Eletrônico, 128 UnidadesLotéricas e 90 Correspondentes Bancários com os seguintes números:16,9 milhões aplicados em habitação, sendo 14 milhões com recursos doFGTS e 2,9 milhões com recursos CAIXA; 321.648 Contas de Poupança ,com captação líquida no primeiro semestre de 42,5 milhões; 3.818Operações de Crédito Pessoa Jurídica totalizando 28,5 milhões; 60.710Operações de Crédito Pessoa Física totalizando 77,1 milhões; 139.712Pagamentos de Benefícios de Seguro-Desemprego totalizando 31,3milhões; 258.767 Pagamentos de Benefícios da Previdência Socialtotalizando 63,5 milhões; 6.305 Pagamentos de Abonos do PIS, totalizando1,1 milhão; 19.826 Pagamentos de Rendimentos e Quotas do PIS,totalizando 1,4 milhão. O Bolsa-escola beneficiou 1,3 milhão de crianças, oAuxílio-gás pagou 685 mil benefícios e a Bolsa Alimentação: 61 mil.

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Solidez que geraqualidade de vida

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Jornal AMATRA 2112

Acontece

O Ministro Corregedor Geral da Justiça doTrabalho Ronaldo José Lopes Leal esteve no RioGrande do Norte no dia 12/03 para realizar acorreição periódica junto ao TRT da 21ª Região.Na oportunidade, o Diretor de Informática eDivulgação da Associação, Dilner Nogueira Santos,o Diretor-Secretário, Décio Teixeira CarvalhoJúnior, a Presidenta em exercício, Simone MedeirosJalil, e o Diretor-Tesoureiro, Alexandre Alves daSilva, fizeram uma visita de cortesia ao Ministroque se encontrava na sede do TRT da 21ª Região.

No dia 24/02, foi realizada a reunião ordinária dos membrosdiretores da AMATRA 21. Participaram das discussões, opresidente da Associação, Luciano Athayde Chaves, o diretor-secretário, Décio Teixeira de Carbalho Júnior, a vice-presidenta,Simone Medeiros Jalil, o diretor-tesoureiro, Alexandre ÉricoAlves da Silva e o diretor de informática e divulgação, DilnerNogueira Santos. Na ocasião, vários associados participaramtambém da Assembléia Geral da AMATRA 21 realizada,mensalmente, com o fito de deliberar acerca de assuntosimportantes para a administração da entidade.

A entrega dos diplomas de Pós-Graduação da turma de 2002 docurso de Especialização em Direito Processual Civil e Trabalhistada ESMAT 21 foi prestigiada por vários colegas. Na foto:Hermann de Araújo, diretor da ESMAT 21, Luciano Athayde,presidente da AMATRA 21, Maria Luciene Wanderley Alves,diretora acadêmica da CIE, e Manoel de Souza Câmara, assessorpara assuntos de pós-graduação da UnP.

Solenidade de assinatura do convênio UnP/AMATRA 21 paraa realização do curso de pós-graduação em AdministraçãoJudiciária. O encontro ocorreu no dia 19/03, na UnP. Estiveram presentes, o assessor para assuntos de pós-graduaçãoda UnP, Manoel Cãmara, a vice-presidenta da AMATRA21,Simone Jalil, o reitor da UnP, Mizael Araújo Barreto e osecretário da AMATRA 21, Décio Teixeira.

Visita Corregedor do TST

Reunião de diretoria eAssembléia Geral

Convênio UnP

Formatura ESMAT 21