jornal o defensor 21

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Fundado em 1994 - Director: Major Ussumane Conaté - Ano XXI - Preço 500 Fcfa Batalhão de Mansoa Apesar das dificuldades os militares estão com moral alto convite do CEMGFA, representante da Agência de Desenvolvimento de Timor Leste visita Tenente-General Biagué Na N’Tan faz balanço de um ano de exercício como CEMGFA Conselho de Ministros: Decreto-Lei do Fundo Especial de Pensão. Aprovado fundo para Forças Armadas de Defesa e rança, doravante designado Fundo Especial de Pe anexos, tabela do fundo de pensão. As Forças de Defesa e Segurança desempenharam e con a desempenhar um papel de primeiro plano na hist Guiné-Bissau. Razão porque, a Nação lhes reconhe profunda gratidão, a qual deve ser traduzida na cria melhores condições de vida, enquanto garantes da inte e da independência nacionais e da segurança dos cidad Págs.:12-13 Tenente-General Biagué Na N’Tan completou, no passado 17 de Setem- um ano de exercício como Chefe de Estado-Maior General das Forças Armadas da República da Guiné-Bissau. se quadro o CEMGFA concedeu uma entrevista exclusiva ao Jornal “O Defensor” em jeito de balanço do seu desempenho no cargo para que foi nomeado. anço é positivo, embora ainda haja muita a coisa a fazer para alcançar s objetivos que definiu como prioritários quando assumiu as funções de Chefe de Estado-Maior General das Forças Armadas. militares estão nas casernas, subordinados ao poder político, a fazer tra- alhos na educação, formação, cultura e desportos, produção agrícola e, ticularmente, na recuperação da boa imagem dos militares guineenses. Reportage

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Jornal o Defensor - edição 21 Guiné-Bissau

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Page 1: Jornal o Defensor 21

Fundado em 1994 - Director: Major Ussumane Conaté - Ano XXI - Preço 500 Fcfa

Batalhão de MansoaApesar das dificuldades

os militares estão com moral alto

A convite do CEMGFA, representante da Agência de Desenvolvimento de Timor Leste visita

Tenente-GeneralBiagué Na N’Tan

faz balanço de um ano

de exercício comoCEMGFA

Conselho de Ministros:Decreto-Lei do Fundo Especial de Pensão.

Aprovado fundo para Forças Armadas de Defesa e Segurança, doravante designado Fundo Especial de Pensão,

anexos, tabela do fundo de pensão. As Forças de Defesa e Segurança desempenharam e continuama desempenhar um papel de primeiro plano na história daGuiné-Bissau. Razão porque, a Nação lhes reconhece umaprofunda gratidão, a qual deve ser traduzida na criação demelhores condições de vida, enquanto garantes da integridadee da independência nacionais e da segurança dos cidadãos.Págs.:12-13

O Tenente-General Biagué Na N’Tan completou, no passado 17 de Setem-um ano de exercício como Chefe de Estado-Maior General das Forças

Armadas da República da Guiné-Bissau. Nesse quadro o CEMGFA concedeu uma entrevista exclusiva ao Jornal “O

Defensor” em jeito de balanço do seu desempenho no cargo para que foinomeado.

O balanço é positivo, embora ainda haja muita a coisa a fazer para alcançaros objetivos que definiu como prioritários quando assumiu as funções de

Chefe de Estado-Maior General das Forças Armadas. Os militares estão nas casernas, subordinados ao poder político, a fazer tra-

balhos na educação, formação, cultura e desportos, produção agrícola e,particularmente, na recuperação da boa imagem dos militares guineenses.

Reportagem

Page 2: Jornal o Defensor 21

O Chefe de Estado-MaiorGeneral das Forças Arma-das, acompanhado de che-fias militares, e o represen-

tante da Agência deDesenvolvimento do Timor

Leste na Guiné-Bissau,Alberto Carlos Xavier, visi-taram, no passado dia 6 deoutubro, o campo Agrope-

cuário de Fá Mandinga, naRegião de Bafatá.

A visita não foi realiza-da como inicialmentefoi programada porque,

devido as chuvas intensas, onível da água subiu e o terrenoestava completamente alagadoobrigando a que as indicações eas explicações sobre a produçãofossem feitas de longe .O Tenente-General Biagué NaN’Tan, CEMGFA, explicou queo objetivo da deslocação erafazer uma visita guiada com orepresentante da Agência deTimor Leste na Guiné-Bissau,Alberto Carlos Xavier, para lhemostrar o trabalho das ForçasArmadas nesta campanha agrí-

Como sabem o objetivo é aju-dar o Governo a melhorar ascondições das forças Armadas.A vista do representante timo-

ao campo agropecuáriode Fá Mandinga é muito impor-tante para as Forças Armadas eo Governo. Sem condições paraobservar o campo em geral masdá para ver que o trabalho quefizemos é positivo”, afirmou ooficial general.

com a visita de Alberto Xavier.Acho que o apoio que vamospedir ao representante de Timoré um pedido que vai ajudar asForças Armadas no futuro.” O Tenente-General sublinhouque precisam de técnicos paraagricultura, concretamente,máquinas que podem ajudar aaumentar a produção e a pro-dutividade das Forças Arma-das.‘’Sempre disse que a prepara-ção combativa que estamos afazer vai ser dividida em duaspartes, sendo 50 por centodedicado à agricultura dasforças Armadas’’, afirmou oCEMGFA.

Na reunião mantida com oCEMGFA foi-lhe explicado queas atividades das Forças Arma-

abastecer as unidades milita-res. Todavia, tendo em conta o queviu, Alberto Carlos Xavier,representante timorense, elo-giou o trabalho feito no campo

e parabenizou o esforço e a von-tade dos militares em tudo fazerpara garantir mantimentos nosquartéis.“Isso é uma ideia que mereceser acolhida pelo governo doTimor. Fiquei muito contentecom a vinda ao comandocentral de agricultura dasForças Armadas da Guiné-Bissau, para ver e observar oque fizeram, para Timorpoder dar o seu apoio paraprogredirem mais”, disseAlberto Carlos Xavier ao usarda palavra. O responsável timorense aindasublinhou que, depois de viverno país, há dois anos, a sua con-

para -labem de forma a benefi-ciar os guineenses.”“Comparando a Guiné-Bissaucom outras terras e outras nações,Timor não é nada na área agrí-cola pois 90 por cento do seu ter-

ritório é montanhoso enquantomais de 90 por cento do territórioda Guiné-Bisssau é plano. Issoé muito bom para a produçãoagrícola”, disse o responsáveltimorense.No seu entender se a Guiné-Bissau começar a concentrar-sena agricultura, um dia não vaidepender de outras nações na

importação de arroz.Alberto Carlos Xavier, aindareafirmou o compromisso desentar-se à mesa com as ForçasArmadas para definir as ajudasque vão proporcionar, de acordo com as suas possibilidadesO responsável timorense disseque outro ponto mais operacional “é dar um apoio de cincomilhões” para a reforma dascasernas da Divisão de Agricultura e comprar três máquinasde ceifa de arroz. Timor prometeu apoiar a Guiné-Bissau de 2015 a 2020.Está marcado para Novembropróximo uma visita ao Campoagrícola de Bricama e ao campoAgropecuário Bidinga Na Nhassé.

Ficha TécnicaFicha Técnica

Director

Redação

Fotografia

Colaboradores

Gazeta de Notícias

Gazeta de Notícias

Representante da agência timorense de desenvolvimento, a esquerda, em companhia do CEMGFAem Fa Mandinga

A convite do CEMGFA representante da Agênciade Desenvolvimento de Timor Leste visita

Campo Agropecuário de Fá Mandinga

Alberto Xavier, falando ao O Defensor

Page 3: Jornal o Defensor 21

O Tenente-General BiaguéNa N’Tam completou, no

passado 17 de Setembro, umano de exercício como Chefe

de Estado-Maior Generaldas Forças Armadas da

República da Guiné-Bissau. Nesse quadro, o CEMGFA

concedeu uma entrevistaexclusiva ao Jornal “ODefensor” em jeito de

balanço do seu desempenhonessas funções.

ODefensor (OD) –Tenente-General, osenhor acaba de com-

pletar um ano nas funções deChefe de Estado-Maior Gene-ral das Forças Armadas. Quebalanço faz do seu exercícionessas funções?CEMGFA - Aquando da minhainvestidura, comprometi-mecom a comunidade nacional einternacional sobre a minhaprioridade durante o tempo quevou fazer no exercício dessas fun-ções. Sabia que era um trabalhomuito difícil, mas mesmo assim,comprometi-me com a socie-dade guineense e a comunidadeinternacional indicando trêsprioridades: respeitar a Consti-tuição da República e demais leis;organizar as Forças Armadas; e,criar as condições favoráveis àformação dos jovens. Sobre o primeiro ponto, relati-vamente ao respeito à Consti-tuição da República, importaesclarecer que o compromisso é:respeitar e subordinar-se aopoder político democraticamenteeleito para poder cumprir asordem do governo sobre as For-

Armadas.A primeira etapa foi cumprida. Elementos da Divisão dos Assun-tos Sociais foram às regiões,nas unidades, junto aos milita-res e paramilitares, sensibilizá-los para que respeitem a Cons-tituição. As Forças Armadas precisamde organização? Porque é quecoloquei esse segundo pontocomo prioridade? Porque souoriundo da luta de libertaçãonacional. Conheço a realidade dasForças Armadas. A minha preocupação primordialfoi e é organizar as Forças Arma-das. De forma organizada, pri-meiramente, melhorar a ali-mentação; fazer reforma dosrefeitórios. Neste particular,melhorar a carpintaria militarpara poder construir mesas ecadeiras para os refeitórios;

A organização também passapela formação na área da culi-nária; melhoramento dos uni-formes e, compra de boinas paraos três ramos das Forças Arma-das, para diferenciar Exército,Força Aérea e Marinha.Também abrimos os campos deCumeré para treino militar; fize-mos a abertura da estrada parao campo agropecuário de Bidin-ga na Nhassé; reparação dasmáquinas agrícolas; compra-mos lençóis, capas da chuva, erecuparamos as viaturas desti-nadas aos militares.A formação é essencial umavez que a nova geração de mili-tares, que vai substituir-nos,deve estar muito bem prepara-da em todos os domínios. Por issoarrancamos com a realizaçãode seminário em Cumeré com140 pessoas que vão receberformação de base. Forças Armadas fizeram suces-so na área da agricultura, que

dutos cultivados vão servir danossa alimentação e tambémpara reduzir o encargo do gover-no. Este ano no campo agropecuá-rio de Fá Mandinga, plantamos83 hectares e 591 m²; em Bidin-ga na Nhasse plantamos 122 hec-tares e 98,38m². Também cria-mos condições para os diferentesbatalhões fazerem lavouras:batalhão de Gabu, cultivou 26,1hectares e 9, 974m²; Batalhão deBafafá lavrou 15 hectares... Nototal foram cultivados 246 hec-tares e 714m².

OD: As FA rubricaram acor-dos de parceria? CEMGFA: As Forças Armadasviveram momentos complicadose controversos por causa dosúltimos acontecimentos. Porisso, não tínhamos nenhum par-ceiro que nos apoiasse. Vivemoscom dificuldade. Mas, com anormalidade e estabilidade na

Neste momento temos comoparceiros Reino de Marrocos,Portugal, Cuba, Brasil, França,Estados Unidos da América,China, CPLP e CEDEAO. Devo dizer que fui eu quemassinou acordo com o Reino deMarrocos no domínio das For-ças Armadas.

OD: Quais são as perspectivasfuturas?CEMGFA: O meu sonho paraas Forças Armadas é confec-cionar as fardas nacionais, osínclitos nacionais (patente). A for-mação é prioridade das priori-dades; implementação da lei, oRegulamento da Disciplina Mili-tar (RDM); lei de condecoraçãomilitar e lei de honra militar. Pretendemos fazer a retoma daformação na unidade de Gabu,e, fazer a criação da Unidade deManutenção de Paz. Quero que o ano de 2016 seja umano de progresso militar, ano

espada; e, também que esse2016 seja ano em que vamos participar em missões de paz. Na reunião dos chefes de estado-maior em Dakar, fiz proposta para que um oficial daGuiné-Bissau fosse designadopara dirigir a força da ECOMIB.

OD: Qual é sua relação com aclasse castrense em geralCEMGFA: Como disse, as Forças Armadas passaram pormomentos turbulentos, estou atentar concertar os danos. Nãopodem ser eliminados de umavez, tem que ser paulatinamente. As Forças Armadas sãoorganização vertical, eestrutura é vertical. Começapelo Presidente da Repúblicaque é o Comandante-em-Chefedas Forças Armadas, Chefe deEstado-Maior General das Forças Armadas, e, as chefias dosRamos. A tranquilidade das Forças Armadas é de consenso de todosTodas as Força Armadas daGuiné-Bissau obedecem a linhavertical, orientadas pelo Chefede Estado-Maior General. Não sou todo-poderoso nas Forças Armadas, mas é porque funcionam em coletividades. Dessaforma, funcionando em coletividade obedecem as ordem porcomplemento: Chefe de Estado-Maior, Chefe de Estado-MaiorAdjunto, Chefes de Ramos eChefes de unidades...

OD: Nesse período, quais sãoos pontos negativos do seuexercício? CEMGFA. Não consegui colocar cadeiras e mesas em todas asunidades. Para o seminário emCumeré apenas conseguimoslevar o primeiro grupo. A expectativa inicial era duas vezes porano, de seis em seis meses, levarum grupo. Esses são os pontosnegativos mas temos esperançade superar as dificuldades observadas, que impediram a concretização do nosso plano emmatéria de formação. Na verdade, o meu maiorsonho é que as obras quecomecei nas Forças Armadas,tenham continuidade.

Tenente-General Biagué Na N’Tan

Page 4: Jornal o Defensor 21

Sob o lema, “Estudar paraMelhor Defender a Pátria”,

a unidade escolar 23 dejaneiro foi fundada empor iniciativa do então

Chefe da Direção PolíticaNacional das Forças Arma-

das Revolucionarias doPovo (FARP), o Comandan-

te Júlio César de Carvalhovulgo Julinho.

objetivo era levar a cabouma campanha de alfa-betização nas Forças

Armadas como forma de erra-dicar o analfabetismo no seio daclasse castrense. No início, a Unidade Escolar“23 de Janeiro” funcionava nasantigas casernas do batalhão daArtilharia do Exército portu-

que foram reabilitadas etransformadas em salas de aulas. Hoje, a escola evoluiu signifi-cativamente e conta com 7 esco-las divididas em blocos, comoexplica o Chefe da Repartição doEnsino, Cultura e Desportos,Major Cláudio de Jesus Ferrei-ra Monteiro, quando falava aorepórter de “O Defensor” sobrea evolução do ensino nas ForçasArmadas.

Segundo o oficial, o nome dadoà escola não foi escolhido por

23 de Janeiro é a data doinício da Luta de LibertaçãoNacional, por isso é que a Esco-la foi batizada com esse nome.

Como funcionava aUnidade Escolar?

De acordo com o Major Cláudio,Teresa Mónica do Partido Comu-nista Português (PCP), pessoaabnegada e dedicada aos tra-balhos da escola, como res-ponsável máxima da mesma fezcom que o Presidente e Funda-dor do Partido Comunista Por-tuguês visitasse a Unidade Esco-lar “23 de Janeiro”.A história da escola em refe-rência começou no ano de 1975após uma acção de formaçãodos militares em matéria peda-gógica, ministrada pelo pedagogo

As aulas começaram a funcio-nar nos períodos da tarde e danoite e, mais tarde, em 3 (Três)turnos porque na altura a esco-la gozava de boa reputação eatraía muitos alunos. As turmaseram ocupadas por militares ecivis, familiares e demais pessoasinteressadas em aumentar osseus conhecimentos.

O Major explicou a razão dofuncionamento em dois turnosna altura, tendo assegurado que,logo no início, pretendia-se comisso, que os militares se ocu-passem da preparação combativae política nas suas unidades no

período de manhã e, nos outrosperíodos, eram obrigados a fre-quentarem as aulas da 1ª classe

escolaridade foi aumentandosubstancialmente, o que fez comque os três períodos fossempreenchidos.

Tempos depois, finda a cam-panha de alfabetização de trêsanos, vieram mais 10 profes-sores portugueses do PartidoComunista Português (PCP),para leccionar diferentes disci-plinas. Entre eles se destacam Tei-xeira, Maria Ze, Hugo Ferraz,Ana Toyvolla, Henrique Cayat-te, Rosa, Ruivo, entre outros, e,criou-se também na altura, ojornal denominado “NÔSCOLA”, cuja primeira publi-cação foi em Julho de 1981.

Além da professora Teresa Móni-ca, também havia supervisores

Direcção Politica Nacional,Major e piloto-aviador FilintoFerreira Horta, e o Major Jeró-nimo William Mendes, da ForçaAérea.

O primeiro Director da Unida-de Escolar “23 de Janeiro” foi Isi-doro Taveira. Posteriormente,outros foram Diretores dessaescola, caso dos militares Dr.Dauda Bodjan, já falecido, quecursou Direito em Portugal,Bernardo Espírito Pandoupy,formado em jornalismo em Por-tugal e que há já muito tempo seencontra radicado em França,Domingos António Cuma, tam-bém formado em Portugal, Dr.

Simão Mané, médico formadona ex-URSS, Malam Camará,Braima Balde, André Correia,

ria, entre outros, e, finalmenteos falecidos Joaquim Nhaga, eJoão Fernando Malu, que era seuAdjunto, ligado ao ensino primário, foram também mais tardesubstitutos na direção da escola, acrescentou.

A contribuição de Professores militares

O Major explicou que,evoluir do tempo, muitos militares começaram a leccionardiferentes disciplinas nesse estabelecimento do ensino. Hojeem dia muitos militares bemcomo muitos civis se formaram, graças a esta escola que temabsorvido um número considerável de alunos, tanto militarescomo civis, ao longo dos anos.Cláudio Monteiro disse que“essa iniciativa merece louvor”,por isso, contenta a todos que,em colaboração com o Estado-Maior General das Forças Armadas ,através da Divisão da Educação Cívica Assuntos Sociaise Relações Públicas (DECASORP) e do Ministério da Educação Nacional, pois contribuina edificação e o consequentefuncionamento da Unidade Escolar “23 de Janeiro”. Nessa base,foram desdobrados para as diferentes unidades militares dopais, militares que receberamformação no domínio de alfabetização de forma a reformaremo funcionamento dos Blocos,para a qual foram impressosmanuais de leitura e de exercícios intitulados “O COMBATENTE”.

Por outro lado, admitiu que,neste momento, existem UnidadeEscolar “23 de Janeiro” de Bloco1 a 7. O Bloco-1 funciona no edifício principal no ex-QG; Bloco-2 no Regimento dos Comandos, no Aeroporto; Bloco-3 naMarinha de Guerra Nacional;Bloco-4 em Cumere; Bloco-5 noBatalhão de Mansoa; Bloco-6 noBatalhão de Bafatá e Bloco-7 noBatalhão de Gabu.

Evolução do Ensino nas Forças ArmadasUnidade Escolar “23 de Janeiro” conta agora com 7 escolas espalhadas pelas zonas militares

Unidade escolar “23 de Janeiro”

Page 5: Jornal o Defensor 21

Peregrinação à MecaCom bolsas doadas pelo Reino de Marrocos

15 Militares muçulmanos cumpriram o quinto pilar do islão

Os quinze militares guineenses oriundosdos diferentes ramos das Forças Armadas(11 homens e 4 mulheres), que se deslo-

caram à cidade santa de Meca (ArábiaSaudita) regressaram na última quarta-

feira (14 do corrente mês) ao país depoisde terem cumprido o quinto pilar do

Islão. A peregrinação foi realizada com o apoiodo Reino de Marrocos no quadro das bol-

sas oferecidas para o efeito.

e regresso ao país os peregrinos foram rece-bidos pelo Chefe de Estado Maior Generaldas Forças Armadas (CEMGFA) Biagué Na

N’tan que lhes desejou as boas-vindas e lhes for-mulou os votos de boa saúde e longa vida.Na ocasião o CEMGFA exortou os participantes damissão no sentido de transmitirem as suas expe-

riências da viagem e durante a peregrinação, aosseus camaradas ao nível das respectivas unida-des militares. Os 15 muçulmanos das Forças Armadas fizeramparte dos 21 peregrinos guineenses que se des-locaram à cidade santa islâmica, Meca na ArábiaSaudita, sob as diligencias do Alto Comissariado

para Peregrinação.Os cinco pilares do Islão são: o testemunho de fé,a oração, pagar o zakat (apoiar os necessitados),jejuar durante o mês de Ramadão e Peregrinação.

A delegação dos militares foir dirigida pelo Tenen-te-Coronel Inussa Cassamá.

De salientar que os peregrinos guineenses regres-saram todos, são e salvos.

CEMGFA recebeu os peregrinos no seu gabinete de trabalho

Os muçulmanos militares que cumpriram o quinto pilar do Islão

Page 6: Jornal o Defensor 21

IDN organiza seminário sob o tema

O Instituto de Defesa Nacio-nal, em parceria com o Ins-

tituto de Relação Cível eMilitar de Monterrey, Cali-

fórnia, com apoio daEmbaixada dos Estados

Unidos da América, sediadaem Dakar, realizaram, de 17a 21 de Agosto passado, umseminário sobre “Relações

Cívis-Militares” em Bissau.

O encontro que teve comoobjetivo refletir sobreas relações entre a clas-

se castrense e a sociedade civilcontou com 60 (sessenta) par-ticipantes sendo 30 (trinta) mem-bros da sociedade civil e 30(trinta) membros das forças deDefesa e Segurança. As relações civis-militares têmtido progressos notáveis nosúltimos anos, mas segundo osconferencistas, precisa de pro-gredir ainda mais em nome daestabilidade e desenvolvimento.É importante notar que as rela-ções entre civis e militares naGuiné-Bissau têm constituídomotivo de preocupação da comu-nidade internacional, particu-larmente, da sub-região. Osresultados democráticos só sãoalcançados se existir boas e soli-das relações entre civis e mili-tares nos países em que a demo-cracia ainda está na sua faseembrionária.

A conferência foi mar-cada por debates sérios efrancos entre os partici-pantes das diferentes fran-jas da sociedade.

nel Terêncio Mendes, disse queo objetivo da conferência eraaproximar os militares e civisbem como reforçar e solidificaressas relações.É segunda vez que IDN orga-nizou conferência desse gênero.

A primeira foi com apoio doUNOGBIS. Organizada com

apoio de centro especializado narelação entre civis e militares,permitiu que o seminário decor-resse de forma positiva duran-te cinco dias. Teve impacto posi-tivo porque foi notável a formacomo o debate e mesmo o rela-cionamento entre os partici-pantes se processou.O Tenente-coronel, no final,pediu que os órgãos da comu-nicação mediatizem esse tipode informação publicitando-ae fazendo as pessoas saberem quehá uma instituição que se preo-cupa com a relação entre civise militares, e que está a trabalharpara melhorar e aproximar todosos guineenses.

Um grande passo entreEUA e Guiné-Bissau

O responsável dos AssuntosPolíticos da Embaixada dosEstados Unidos da América,Gregory Gorland, no seu dis-curso, disse que o seminárioorganizado representa um gran-

de passo entre Estados Unidose a Guiné-Bissau. “Diversos oficiais já estão aparticipar nesses programasregionais, trabalhando em con-junto com homólogos dos paí-ses vizinhos, assim como osamericanos”, disse o diploma-ta. “Hoje, oficias, especialistasamericanos, principalmente doscentro civis e militares de Mon-terey de Califórnia, vieram atévocês. É um fluxo nos dois sen-tidos: enviar os guineenses paraestrangeiro e os americanos paraGuiné-Bissau”, explicou GregoryGorland. Segundo o diplomata, “o momen-to para o seminário poderia sermelhor, a mudança do vossogoverno, diferente lembra-nos orespeito pela constituição noprogresso da Guiné-Bissau. O

entendimento das funções decada órgão do estado é basepara uma governação estável.

Haverá sempre diferenças.” O diplomata sublinhou que “osecretário da Marinha dos EUAesteve em Bissau no mês deJulho, é civil ex-governadorque conduz a Marinha americanaatualmente. O Presidente daGuiné-Bissau é cívil. A Guiné-Bissau tem uma rica históriaque orgulha todos, instituiçõescivis e militares baseados nolegado nacional de ser a únicacolônia que ganhou a independência numa guerra contra exército Europeu.” “Espero que essa semana sejapasso importante na modernização nas Forças Armadas daGuiné-Bissau”, disse a concluir.

A ex-ministra Cadi Seidi falouda “reflexão e a relação entre oscívis e militares na República daGuiné-Bissau”. Relação queconsidera que, nos últimos tempos, tem vindo a melhorar “masainda é muito pouco”.

Para a Drª Cadi Seidi “é importante para a estabilidade e desenvolvimento, a submissão incondicional e inquestionável dasforças da defesa e segurança aopoder legalmente instituído.”O Instituto da Defesa Nacional(IDN) é uma estrutura do Ministério da Defesa Nacional, queserve de elo entre o Governo, asForças da Defesa e Segurança ea sociedades civil.

De salientar que o certame serviu, tal como se pretendia, paradebater as grandes questões davida nacional, a divergência deidéias e propostas da solução,para que, no fim, reine sempreo consenso. A relação civil e militar temganho, nos últimos tempos,importância no continente africano onde a construção de umaverdadeira democracia dependemuito da existência de boasrelações na manutenção da paz,segurança e respeito pelos direi

Gregory Gorland, responsáveldos Assuntos Políticos da Embai-xada dos EUA

A mesa que presidiu uma sessão do seminário

Tenente-coronel TerêncioMen-des, presidente do IDN

Page 7: Jornal o Defensor 21

Crise política"Militares prometeram neutralidade à ONU",

“Os militares afirmaramfirmemente que estão deci-

didos a ficar totalmente àmargem da cena política e a

observarem uma atituderepublicana de submissão

ao poder civil e de obediên-cia à Constituição”, disse,

Trovoada citado pela AFP.

M iguel Trovoada afir-mou na altura, ter-seencontrado recente-

mente com o chefe do EstadoMaior e com os comandantes dostrês ramos das Forças ArmadasO representante do secretáriogeral da ONU na Guiné-Bis-sau disse que um cenário decrises repetidas, sem paz nemestabilidade duradoura colocaráem risco o apoio internacional

Conselho de Segurança no diaa28 de Agosto, disse que as ForçasArmadas se comprometeremformalmente a manter a neu-tralidade na actual crise políti-ca que o país está a viver.A Guiné-Bissau tem um longohistorial de golpes de Estado –o último dos quais em 2012 –,violência política e intervençãodos militares no terreno políti-co.Esteve recentemente mergul-hada numa crise política desdeque, a 12 de Agosto, o Presidente,José Mário Vaz, demitiu o Gov-erno liderado pelo primeiro-ministro Domingos SimõesPereira.

A 21 de Agosto foi nomeadoum novo chefe de Governo,

justiça veio a declarar incon-stitucional a nomeação de Djáassim como o seu elenco gov-ernamental.

A 12 de Outubro, o novo governonomeado no dia 10, foi empos-sado nas novas funções.As Nações Unidas apelaram àsforças políticas guineenses paraseguirem a via do diálogo demodo pôr fim à escalada de lutapelo poder que ameaça a esta-bilidade do país africano.

Segundo a agencia de noticiasReuters, Trovoada disse aos 15membros do Conselho de Segu-rança que o Governo guineensedemitido “era inclusivo e com-posto por representantes dequase todos os partidos da

mentar”.“Parecia que estavam criadasas principais condições para umquadro de estabilidade políticafavorável a um adequado fun-cionamento do Estado”, acres-centou.O representante do secretário-geral disse que, para já, a actu-al crise não põe em causa oapoio da comunidade interna-cional à Guiné-Bissau, em par-ticular os mil milhões de eurosprometidos em Março para odesenvolvimento do país até2020, numa conferência dedoadores realizada em Bruxelas.Mas advertiu que “um cenáriode crises repetidas, sem paznem estabilidade duradoura”,colocará em risco esse apoio.

convidou o Conselho de Segu

rança a "não abandonar o povo"

ao mesmo tempo que disse

"compreender a frustração" dos

parceiros internacionais do país.

Soares da Gama valorizou "a

calma demonstrada pela popu

lação", assim como a "neutral

idade manifestada pelos mil

itares". "Esperamos que

mantenham essa atitude de não-

interferência", concluiu.

Page 8: Jornal o Defensor 21

Mansoa, a 60 km dacapital, Bissau, umadas três cidades daRegião de Oio, está

situada no centroNorte do país. Ali é

intensa a circulaçãopessoas e viaturas

procedentes de Bis-sau com destino ao

Leste e Sul, e para azona fronteiriça, pas-sando por Mansabá e

Farim. Desta cidadetambém pode-se

seguir para a cidadede Bissorã, que, por

estrada, liga Oio àRegião de Cacheu.

À entrada do Bata-lhão, nota-se umavedação a precisar

de beneficiação. Ao redor,é visível uma plantação demangueiras, limoeiros,plantas de acácias. Osespaços reservados parapequenos jardins foramtransformados em luga-res de cultivo de hortali-ças, amendoim, feijão,entre outras culturas, quepermitem a variação regu-lar da dieta alimentarcom produtos naturais.Esta Unidade apresentaruas muito bem urbani-zadas, com asfalto em

de Transição, para col-matar a crise de águaque apoquentava os mili-tares. Todavia, não che-gou de funcionar devidoa falta de gerador comcapacidade de arrancara eletrobomba que puxaa água para o depósitocentral facto que leva aoconsumo da água de doispoços improvisados pelos

militares, que durante aépoca da chuva facilita,porque tem muita água.Mas, na época da seca, osmilitares da unidade são

dul, para apanhar águapotável para as suasnecessidades.

As manutençõesnecessárias

O Batalhão de Mansoatem casernas a precisar demanutenção devido aoestado muito avançadode degradação em que

se encontram. Algumasestão sem telhado, comfalta de portas, janelase casas de banho. Osrefeitórios, o dos oficiais,e, o dos sargentos e pra

O Batalhão dispõe de umgerador de baixa potên-cia, 6KVA’s, que é usadoapenas para fornecimen-to da energia das 19 às 00horas, para garantir a ilu-minação assim como faci-litar os efetivos a carre-garem os seus telemóveisde forma a permitir-lhescomunicar com familiares. O gerador mais potente,segundo informações obti-das no local, não funcio-na há mais de dez anos,devido a uma avaria quea unidade não pode ultra-passar por falta de con-dições financeiras.

Conversa comadjunto do

comandante doBatalhão

A equipa de reportagemfalou com o Adjunto doComandante do Batalhão,Capitão Inhas Cabato,que diz que essa unidademilitar funciona com gran-des dificuldades, marca-

das pela falta de meios detransporte (só dispõe deduas viaturas). A duplacabine, é usada, nomea-damente, nas desloca-

camião é reservado aoserviço de logística,o levantamento de géneros alimentícios em Bissaue, para fazer outros trabalhos como recolha delenhas para cozinha eevacuação de lixos

O Adjunto do Comandante admitiu que o maiorproblema é falta de águaO furo da água, que abastecia o Batalhão, não funciona devido a falta deenergia. “O furo só precisade um gerador de 10KVA’spara funcionar e puxarágua potável de boa quallidade para abastecerquartel. Atualmente aágua do poço que se usanão está em boas condições e é muito arriscadopara a saúde”, explica ooficial.

No Batalhão deMansoa funciona

o Bloco-5 daEscola “23 de

Janeiro”

Inhas Cabato falou daescola do Batalhãoda internamente parafacilitar o processo deensino-aprendizagem dosmilitares, sem complexos, tendo em conta asidades e as localidadesdonde alguns vieramA escola está nestemomento em reparaçõesde forma a torná-la maisdigna. Os professores sãorecrutados a partir doLiceu de Mansoa paraajudar a orientaçãoensino. Foram construídasuma sala dos Professorese um gabinete para oDirector que a escola nãotinha. Os documentoseram transportados empastas de arquivo.funcionava de formaambulatório, o que não énormal, porque a questãodo ensino tem muitos

Batalhão de MansoaApesar das dificuldades os militares

estão com moral alto

Capitão Inhas Cabato, adjunto do Comandante do Batalhão de Mansoa

Falta água no quartel. Neste poço é que se apanha água potável

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dos exigem muita responsabili-dade devido a fuga que as vezesse verifica na emissão destedocumento”, acrescentou.O Capitão Cabato advertiu queessa escola funcionou no anopassado, com os níveis de 1ª a7ª classe, com 327 alunos, e, este

vai ser introduzido o 8º

Fora do quartel, a Escola “23de Janeiro” usa um edifício queeste ano vai permitir o funcio-namento no período noturno.No ano letivo findo, o Liceu“Quemo Mané” não funcionounesse período facto que impediumuitos alunos de recorrerem aessa instituição escolar. O Comandante Adjunto explicouque a escola, além de militares,tem civis. Foi nessa perspetivaque entabularam contatos como Programa Alimentar MundialPAM), no sentido de assegurardoação de géneros alimentícios

às crianças da escola.

Os Efetivos de Mansoaestão com moral

muito alto

O Adjunto do Comandante afir-mou que os militares estão commoral muito forte”, e a qualquer

momento que forem chamadosestarão a altura de cumprir qual-quer missão, por terem um fun-cionamento coeso e solidário.A equipa de reportagem encon-trou os militares ocupados numtrabalho voluntário de limpeza dasinstalações da unidade.No que concerne a preparaçãocombativa, o Capitão Cabatodefendeu que a capacidade deintervenção e a prontidão doshomens são “satisfatórias”, por-

“a preparação combativapara eles é constante”, e nessapreparação estão incluídas aulasda educação cívica, de acordo

Relações Públicas).

Situação Sanitária noBatalhão de Mansoa

O Centro de Saúde do Batalhãode Mansoa, tem falta de mate-riais e medicamentos para aten-der os primeiros socorros, epoder responder as necessida-des que nortearam o espíritoda criação dos postos sanitá-rios nos quartéis. O edifício ondefunciona não espelha o verdadeiroaspeto de saúde em termoshigiénicos e não só, pois funcionacom dois enfermeiros-técnicos ecinco socorristas.

Para o adjunto do Enfermeiro-Chefe do Centro Sanitário doBatalhão, Ednilson António Sanca,“a estrutura física do centro estaem péssimas condições” aoponto de uma parte começar acair. Não tem casa de banho; ape-nas tem uma sala, uma mesa euma cadeira para consultas;uma sala para curativos; uma salapara internamentos com trêscamas todas sem colchões. Nãodispõe de maca para movimen-tação e transporte dos pacien-tes.Ednilson Sanca disse que o cen-tro não recebe medicamentosregularmente do Hospital Prin-cipal em Bissau. Segundo ele, osfornecimentos acontecem devez em quando. Não dispõe denenhuma caixa de materiais deprimeiro-socorro contendo pin-ças, tesouras, fios de sutura,luvas, ligaduras, entre outros,para prestar as primeiras assis-tências aos necessitados. Os poucos medicamentos queconseguem Por iniciativa dostécnicos que se deslocam a Bis-sau, todos os meses, para enta-bular contactos, conseguemalguns medicamentos essen-ciais que levam à unidade. Essesmedicamentos são fornecidosa título de empréstimo aos sol-dados, mediante o compromis-so de pagarem no final do mês.“Isso é para ajudar” os efetivosda unidade.Este responsável sanitário expli-cou que tinham alguns materiaismas com a deslocação de algunshomens para o posto avançadoem Farim, foram disponibilizadosa esse grupo, e, “agora ficamossem nada”.Ednilson garantiu que os técni-cos do Batalhão têm uma boarelação com a Direção sectorialda Saúde de Mansoa cujos téc-nicos dão apoio ao posto sanitáriomilitar. “Qualquer assunto foradas nossas capacidades, noquartel, solicitamos ao hospital

vez, não hesita. Não aplicamalgumas cobranças aos doentesevacuados pelos serviços sanitários do Batalhão. O hospitalgarante todo o apoio necessárioao centro do Batalhão.”

Opiniões

O Furriel Lamine Sanó afirma que“a situação de alimentaçãomelhorou bastante” do final datransição a esta data, porque,para ele, alguns ingredientesque não entravam na cozinha,agora entram. Segundo elecondições alimentares aumentaram e “melhoraram a 95%Lamine Sané lamenta a falta demedicamentos com que se depara o posto sanitário, e defendeque, em termos de recursoshumanos não têm razões dequeixa. Dispõe de um “médicoincansável”, e, os quadros, sobretudo os que foram colocadosrecentemente na unidade, cujotrabalho elogia por terem estado a satisfazer a necessidade dosmilitares no posto. Às vezes, ostécnicos, com esforços próprios,contraem dívidas em medicamentos para ajudar os pacientes.Em termos de logística, o furrielgarante que têm camas, colchões, mosquiteiros e, recentemente, receberam novos lençóis com as respetivas fronhas.Mas, deixou um apelo, a de direito”, no sentido de “reforçar colchões e mosquiteirosporque em algumas casernasobserva-se escassez. Em Mansoa mosquiteiros são imprescindíveis porque a cidade é considerada um dos locais commaior predominância de mosquitos. Já passaram dois anos desdeque foram fornecidos os últimos mosquiteiros ao Batalhão.

Faltam medicamentos no postomédico

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Com o objetivo de criaruma equipa puramente

militar para integrar o cam-peonato nacional organiza-do pela Federação de Fute-bol da Guiné-Bissau, para

aproximar a classe castrenseda sociedade civil, foi criado

o Grupo Desportivo,Recreativo e Cultural das

Forças Armadas Revolucio-nárias do Povo (FARP).

.

O ato da criação teve lugara 5 de Abril de 1975, naMarinha de Guerra

Nacional. Mais tarde a equipa foiregistada oficialmente com onome da Estrela Negra de Bis-sau no Cartório Nacional.A equipa que nos primeirostempos da sua criação, conheceumomentos mais alto do seu apo-geu na história do futebol gui-neense, nos anos posteriorestem oscilado de mal para pior,devido a má gerência das suces-sivas direções e o não cumpri-mento das responsabilidadespor parte dos membros daAssembleia Constituinte deste

O clube apesar do seu objetivoser, na origem, fazer atividadesmeramente no seio militar, nãoconseguiu manter-se nesses limi-tes, porque mesmo nos primei-ros anos da sua fundação jovenscivis, por gosto, integraram aequipa. Hoje quase todos osjogadores da equipa são civis,isso porque há anos não se rea-lizou o recrutamento de novosmancebos para as Forças Arma-das o que permitiria a seleção denovos jogadores para a equipa. A explicação é do Chefe daRepartição do Ensino Cultura eDesporto do Estado-Maior Gene-ral das Forças Armadas, MajorCláudio de Jesus Ferreira Mon-teiro, quando fazia a retrospetivada implementação do Desportona classe castrense e, conse-quentemente, procedia ao balan-ço da época desportiva 2015, nodia 11 de Setembro de 2015,que para ele foi “negativo” parao clube porque desceu da pri-meira para a segunda divisãode futebol.

O major Cláudio Monteiro con-sidera esse ano como “negro” e

a época “negativa” para o ClubeEstrela Negra de Bissau, devi-do a falta de uma Direção pro-vocada pela saída do seu Presi-dente, Carlos Alberto MendesTeixeira (Caíto), para a FederaçãoNacional de Futebol. Este res-ponsável foi substituído peloseu “vice”, Braima Cabo, “quenunca apareceu no Clube” dei-xando assim um vazio na lide-rança da equipa, que passou afuncionar só com a DireçãoTécnica, suportada pela Divisãoda Educação Cívica AssuntosSociais e Relações Públicas doEstado-Maior General das For-ças Armadas, provocando destemodo a descida da equipa à IIDivisão no Campeonato Nacio-nal.

Desporto nas ForçasArmadas - Estruturado Grupo DesportivoRecreativo e Cultural

das FARP

O Chefe da Repartição do Ensi-no Cultura e Desportos doEMGFA, Major Cláudio deJesus Ferreira Monteiro disseque a ideia da fundação destaequipa surgiu em Harmonco-

nou-se realidade a 5 de Abril de1975 na Marinha de Guerra

Nacional quando nasceu o GrupoDesportivo Recreativo e Cul-tural das FARP, com o intuito deaproximar os jovens militares doscivis.

Reestruturação doClube

Já com a reestruturação do Clube,o primeiro Presidente eleito foio Deputado Djana Sané, em

Mendes Teixeira (Caito) em2011 que, finalmente, conse-

guiu enquadrar o Clube mili-tar no topo. Durante os 3 (Três)anos que esteve a frente doClube, que conseguiu fazer Esta-tuto do Clube, e registá-lo no Car-tório Nacional com o nome de

Clube Estrela Negra de Bissau.

Festejos da Comemora-ção do 37º aniversário

do clube

sem se ter comemorado o aniversário do Clube, Caito fezquestão de não deixar a datapassar despercebida assim, juntou várias entidades desportivas de diferentes Clubes paracomemorar os 37 anos da existência do Clube. Nesse contesto, pela primeira vez na históriade futebol da Guine Bissau, foiconvidado o Sport Lisboa eBenfica de Portugal através daDirecção da Estrela Negra de Bissau, sob a presidência de Caito,em cuja caravana se encontravao maestro do futebol portuguêso internacional Chalana queencantou tudo e todos sobretudo aquando da deslocação dacaravana a cidade de Gabu apedido dos populares daquelalocalidade. A recepção foi calorosa, ao ponto de Chalana dizerque “ não esperava essa recepção, nem se algum dia pisava osolo guineense e ver este calorhumano que considero espantosoporque até os velhotes com paussaíram à rua, à beira da estrada,para me saudar. Para mim esteé um marco histórico para todaa minha vida.”

A boa organização daEstrela Negra é reconhecida

O Major Cláudio afirma quemesmo a Federação de Futebol da Guine Bissau reconhecea boa organização interna doClube porque não fazia nadaque público sem a participaçãoou opinião da Direcção da Estrela Negra de Bissau.

Prova disso, é que há bem poucotempo chamaram o Presidente daDireção para ocupar uma dasvagas que existia na Federação. Isso originou uma puxa-puxaentre a Direção da Estrela Negrade Bissau e a Federação.Em relação ao desporto nas unidades, este responsável afirmouque é pouco praticado porque temhavido falta de apoio dos Comandantes das Unidades aos responsáveis de desporto das mesmas.

Por falta de Direção Estrela Negra de Bissau desce para II Divisão

do Campeonato Nacional de Futebol

Antigo presidente da Estrela Negra, Carlos AlbertoMendes Teixeira (Caíto)

Major Cláudio Monteiro

Celebração do 37º aniversário do clube

Alguns troféus ganhos pela Estrela NegraBallet fazendo apresentação durante os festejos

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Finalistas do Liceu “23 de Janeiro” promovemjornada de limpeza ao Hospital Militar Principal

O grupo (5º) de 164 finalis-tas do liceu 23 de Janeiro,

Bloco II, da Base Aéreapromoveu no dia (29 do

mês de agosto), uma jorna-da de limpeza ao nível do

Hospital Militar Principal(HMP).

No acto o administra-dor do referido hospi-tal, Major José

Tchemba, elogiou a ação eexortou aos jovens dos dife-rentes estabelecimentos esco-lares, associações juvenis dopaís à adotarem as mesmasiniciativas ao nível dos estabe-lecimentos sanitários assimcomo nos diferentes centrosde saúde e hospitais nacionais.

Para José Tchemba, a direçãodo hospital, sozinha, não con-segue realizar todos os traba-lhos da sua instituição sem aajuda de outras organizações.

“Somos uma instituição mili-tar dependente da sua hierar-

Forças Armadas (CEMGFA)Biagué Na Ntam do qual espe-ramos ordens e apoios para aexecução de certas tarefasinternas”, revelou Major

Tchemba.

Quanto à situação da falta deágua ao nível do hospital,

empenho da administraçãojunto da Empresa deEletricidade e Águas daGuiné-Bissau (EAGB) que,através dos seus técnicos e os

do Estado-Maior, e, inclusivemais um do batalhão da enge-nharia formado na área daelectrotecnia (que reparou a

água que se verificava.

Por sua vez, o representantedos finalistas, AbduramaneBaldé, qualificou o gesto dalimpeza do hospital como

contributo de cidadãos ejovens finalistas do 12º anopara o país no âmbito da pre-

“Entendemos que podemoscomeçar a contribuir para odesenvolvimento do país apesar de ainda estarmos nestafase estudantil. Por issozamos este trabalho de limpeza no HMP para salvar a vidados pacientes e dos seusacompanhantes”, disse.

Baldé explicou que a escolhado Hospital Militar em detrimento dos restantes estabelecimentos hospitalares do país,deveu-se ao facto de que a suaescola (23 de JaneiroHMP estarem sob a mesmatutela, as Forças Armadas, esão dotados do mesmo sistema de atendimento público.

O porta-voz dos alunos apeloua administração, assim comoos usuários do referido hospital, no sentido de fazerem usoapropriado daquele estabelecimento hospitalar de serviço

O responsável do serviço de sanguedo Hospital Militar Principal

(HMP), em Bissau, disse que estainstituição nunca teve “stock” de

sangue para ser usado caso algumpaciente tiver necessidade.

Marciano Mandim disse quejá contactaram a instituiçãomáxima da saúde no país

para que ajude, em termos de meiosfinanceiros, na realização de uma cam-panha de recolha de sangue ao nívelnacional, mas até então não surtiu efei-

No entanto, reconheceu que o HMPtem enfrentado enormes dificuldadesdevido a falta de meios.

“Às vezes, quando um doente carece

de sangue, o hospital tem que fazer ospossíveis para ligar os familiares dopaciente no sentido de contribuíremcom a doação de sangue”, revelouMandim.

Aquele responsável afirmou que adirecção do Hospital Militar Principaltem feito os possíveis no sentido deconseguir algumas bolsas de sanguepara poder responder as necessidadesdos pacientes.

Marciano Mandim disse que a situaçãoé do conhecimento da direcção do hos-pital, que prometeu acionar mecanis-mos com vista a encontrar soluçõespara o caso mas, até a data, não apre-sentaram sinais.

“Contactamos a ministra da defesademissionaria no sentido de nos conceder audiência mas não surtiu efeitos;por ultimo avistei-me com o seu director de gabinete e este nos assegurouque iria agendar um encontro com aministra, na altura, mas infelizmente ogoverno veio a ser deposto e ficamosbloqueados novamente”, lamentou.

Exortou aos guineenses a ajudarem nadoação de sangue ao banco do hospitalatravés de uma acção social que nãovisa só os pacientes mas sim todos oscidadãos guineenses.

Fadel Gomes da Silva

Hospital Militar Principal carece de reserva de sangue para socorrer os pacientes

Marciano Mandim, responsável dobanco de sangue

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ARTIGO 15º (Pensão mínima)

A pensão mínima de reforma, em casonenhum, poderá ser inferior ao saláriomínimo da Função Publica.

CAPÍTULO IIGESTÃO E AUDITORIA DO FUNDO

ESPECIAL DE PENSÃO SEÇÃO IGESTÃO

ARTIGO 16.° (A Gestão)

1. O Fundo Especial de Pensão será geri-do por uma instituição financeira' privada pre-sente no território nacional, nos termosdo respetivo contrato de gestão. 2. A seleção e contratação da entidadegestora serão feitas de acordo com a Lei deConcursos Públicos da Guiné-Bissau.

ARTIGO 17.°(Capitalização de Fundo Especial de

Pensão)

1. A entidade gestora do Fundo Especial dePensão poderá, nos termos do contrato deconcessão, aplicar os recursos financeirosdo fundo que não devem ser utilizadospara o pagamento das prestações. 2. A capitalização do fundo deve limitar-seaos produtos que apresentem mínimos ris-cos de perdas no leque das possibilidadesoferecidas pelo mercado nacional e inter-nacional de investimentos. 3. O disposto nonúmero anterior não prejudica as even-tuais exigências do financiador nos termosdo acordo de financiamento.

SEÇÃO II AUDITORIA ARTIGO 18.° (Auditoria)

1. A auditoria à gestão do fundo especial depensão pela entidade gestora será feitapor um gabinete de reconhecido méritointernacional, selecionado e contratadosegundo as regras e os procedimentosinternacionalmente aceites. 2. O contrato de concessão de gestão espe-cificará a periodicidade e as condições da audi-toria ao fundo. 3. 0 disposto nos númerosanteriores não prejudica as eventuais exi-gências do financiador nos termos do acor-do de financiamento.

ARTIGO 19° (Comissão de seguimento)

O seguimento do fundo especial de pensãoserá assegurado por uma comissão deseguimento, doravante designada comissão,na qual participam também os doadores inter-nacionais e outros parceiros contribuintesdo Fundo Especial de Pensão.

ARTIGO 20.° (Missão da comissão)

A comissão terá como missão seguir a evo-lução do fundo, identificar as necessidadese permitir ao mais alto nível a troca perió-dica de informações entre o Governo e osdoadores internacionais e outros parcei-ros.

A ARTIGO 21.° (Com posição da comissão)

A Comissão será composta pelos repre-sentantes das seguintes entidades:

a) Ministério da Economia e Finanças, quepreside; b) Ministério da Defesa;c) Ministério da Administração interna; d) Ministério da Justiça; e) Ministério dos Negócios Estrangeiros,da Cooperação Internacional e das Comu-nidades; f) Ministério da Função Pública e ReformaAdministrativa; g) Ministério da Mulher, Família, CoesãoSocial; h) Representantes dos doadores do fundo.

ARTIGO 22.°(Direção da comissão)

1. A comissão será dirigida por um Presidente,um vice-Presidente e dois Secretários. 2. O vice-presidente e os dois Secretáriosserão eleitos na primeira reunião desteórgão para um mandato de um ano, reno-vável.

ARTIGO 23.° (Organização e funcionamento da

comissão)

1. A organização e funcionamento da comis-são serão definidos no seu regulamentointerno. 2. O presidente apresentará o pro-jeto do regulamento interno, para aprova-

CAPÍTULO IVDISPOSIÇÕES FINAIS

E TRANSITÓRIAS

ARTIGO 24.°(Extinção fundo especial de pensão)

1. O fundo especial de pensão extingue-seapós 5 (cinco) anos; 2. Após a extinção do fundo especial de pensão os beneficiários em vida continuarão abeneficiar das respetivas pensões sem prejuízo do exposto no número 1 (um) doartigo 8.°.

ARTIGO 25.°(Destino final dos recursos)

As extinções do Fundo Especial de pensão,nos termos do ponto 1 (um) do artigo 24º,os recursos disponíveis revertem-se a favordo regime geral de pensões do Estado.

ARTIGO 26.°(Dúvidas)

As dúvidas que surgem da aplicação ouinterpretação do presente diploma serão solucionadas por despacho do Primeiro-ministro.

ARTIGO 27º(Revogação)

São revogadas todas as disposições legaisque contrariem o disposto no presentediploma.

ARTIGO 28º(Entrada em vigor

O presente Diploma entra em vigor após asua publicação no Boletim Oficial.

Aprovado em Conselho de Ministros, de26 de fevereiro de 2015. - O Primeiro-Ministro, Eng.° DomingosSimões Pereira. – A Ministra da Defesa Nacional, Drª CadiSeidi. – O Ministro da Administração Interna, a.i.Dr. Doménico Oliveira Sanca. – O Ministro da Economia e Finanças, Dr.Geraldo João Martins.

Promulgado, em 21 de Abril de 2015.

Publique-se.

Conselho de Ministros:Decreto-Lei do Fundo Especial de Pensão.

Aprovado fundo para Forças Armadas de Defesa e Segurança, doravante designado Fundo Especial de Pensão, anexos, tabela do fundo de pensão. BO. Nº15/2015

(Conclusão)

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Decreto-Lei do Fundo Especial de Pensão

PATENTESSALÁRIO MENSAL

(FCFA)

PERCENTAGEM DAPENSÃO PARA

COMBATENTES(%Constante)

MONTANTE DA PENSÃO PARA

COMBATENTES (FCFA)

PERCENTAGEM DAPENSÃO PARA

NÃO COMBATENTES (% Variável)

MONTANTE DA PENSÃO PARA NÃO COMBATENTES

(FCFAl)

General 672 000

100%

672 000

65 %

436 800

Tenente-General 600 000 600 000 390 000

Major-General 528 000 528 000 343 200

Brigadeiro-General 460 000 460 000 312 000

Oficiais Superiores

Coronel 444 000

100%

444 000

70%

310 000

Tenente-Coronel 420 000 420 000 294 000

Major 334 000 334 000 233 000

Oficiais Subalternos

Capitão 196 000

100%

196 000

80%

156 800

Tenente 146 400 146 400 117 120

Alferes 122 000 122 000 97 600

Sargentos

Sargento-Mor 72 000

100%

72 000

90%

64 800

Sargento-Chefe 64 800 64 800 58 320

Sargento Ajudante 62 400 62 400 56 160

1º Sargento 60 000 60 000 54 000

2º Sargento 48 000 48 000 43 200

Furriel 40 000 40 000 36 000

Praças

Cabo 30 000100%

30 000100%

30 800

Soldado 28 000 28 000 28 000

ANEXO I: TABELA DE FUNDO DE PENSÃO

ANEXO II: SUBSÍDIO DE RESIDÊNCIA, MOBILIÁRIO E VIATURA

Patente Subsídio de Residência(FCFA)

Subsídio de Viatura(FCFA)

Subsídio de Mobiliário(FCFA)

Oficiais Generais 18 000 000 5 000 000 2 500 000

Oficiais Superiores 16 000 000 4 000 000 2 000 000

Oficiais Subalternos 15 000 000 Não Aplicável 1 500 000

ANEXO III : CÁLCULO DE GRATIFICAÇÃO

COMBATENTES NÃO COMBATENTESCRITÉRIOS CRITÉRIOS

- Subvenção pela Luta de Libertação para Combatentes da Liberdade da Pátria. O mon-tante sugerido foi uma média de 500 000 FCFA.

- Número de Anos de Luta: Número de anos de luta pela Libertação da Pátria.- Abono de Família (2% do Salário Mensal)- Assistência Médica (2% do Salário Mensal)- Subsídio por Tempo de Serviço (2% do Salário Mensal)

- Subsídio de Residência (Média de Preços do Mercado) e categorizado de acordo comas patentes

- Mobiliário (Média de Preços do Mercado) e categorizado de acordo com as patentes- Subsídio de Viatura (Média de Preços do Mercado) e categorizado em função de

SM - Salário MensalNAS - Número de Anos de Serviço (Máximo de 30 anos)AF - Abono de (2% ou 60% do Salário Mensal)AM - Assistência Médica (2% ou 60% do Salário Mensal)STS - Subsídio Tempo de Serviço (2% ou 60% do Salário Mensal)Obs - Os 2% acima citados aplicam-se aos postos de oficiais generais à Majores e os60%aplicam-se aos restantes

SR - Subsídio de Residência (Média de Preços do Mercado e categorizados de acordo comas patentesMob - Mobiliário (Média de PReços de MErcado) e categorizado de acordo com aspatentesSV - Subsídio de Viatura (Média de Preços do Mercado e categorizado em função depatentes.

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Antiga ministra da Defesa doa 300 conjuntos de equipamentos desportivos aos militares

O Estado-Maior do Exércitofoi palco da entrega de 300

trezentos) conjuntos deequipamentos desportivos

contendo cada um cincopeças diferentes. O donati-

vo foi feito pela antigaministra da Defesa Nacional

Cadi Seidi.cerimónia da entregafoi feita na presença doChefe de Estado-Maior

do Exército (CEME), Major-General Augusto Mário, Adjun-to de Assuntos Sociais, Tenen-te-Coronel Jorge Gastão, e oMajor Cláudio Monteiro, Chefedo Departamento de Ensino deCultura e Desportos, entre outros

Os donativos desportivos foramdivididos aos três ramos dasForças Armadas, Exército, Mari-nha de Guerra Nacional e ForçaAérea, tendo cada ramo a sua cor.Ao Exército coube a cor verde;Marinha de Guerra NacionalPreto e Branco e, a Força Aérea,

a cor azul.

Os antigos atletas e fundado-

res da equipa das FARP, estão deparabéns porque isso mostraque estamos intensificando para

colocar os nossos jovens queexistem atualmente nas ForçasArmadas para praticar despor-

to. “As Forças Armadas de qualquerpaís do mundo têm que ter uma

preparação diferente, porquecada um de nós, jovens ou maisvelhos, tem direito de fazer exer-cício. Os exercícios ajudam navida diária, ajudam na compe-tição entre os jovens”, disse oCEM do Exército.

O CEME explicou que “os mate-riais que receberam não sãopara uso pessoal, mas sim paracriar equipa na unidade. Sabemosque a Força Aérea e a Marinha,beneficiaram, mas vamos resol-ver o problema do exército por-que é a unidade com maiorextensão, tem quatro zonas egrandes unidades. Estamos aprecisar de mais equipamentospara poder completar todos asunidades e zonas do exército.”Segundo o Major-General, os

jovens e os organizadores dodesporto devem preparar comovai ser usado. Vamos fazer um torneio entre uni-dades para podermos selecio-nar os melhores para formaçãoda equipa que vai participar nocampeonato Nacional. “O esse equipamento desporti-vo não pode ser usado por pes-soas que não sejam jogadores”recomendou.

“Apelamos a quem de direito, quereforce mais equipamentos aoExército, para distribuir às uni-dades. Porque, cada unidade doExército tem a sua equipa”,disse o Chefe de Estado-Maior

do : “Espero que recebam oequipamento com honra, respeitem o desporto, e desenvolvam o respeito no seio das Forças Armadas.”

Equipas vão ser organizadas

Para o Major Cláudio Monteiro,Chefe do Departamento de Ensino, Cultura e Desporto,tivo do donativo em materiaisdesportivos, é dar moral à camada juvenil militar para poderparticipar no torneio que vai serrealizado em breve. “Vamos organizar para cadazona uma equipa de seleçãopara jogar, uma vez que sabemosque o torneio traz trocas de

experiências, fortifica os laçosde amizade e mata a saudadeentre colegas das diferentes unidades. Também vamos voltar ajogar no campeonato nacional”,disse o Major Monteiro“É com muita honra que recebemos esses donativos da parteda ex-ministra Cadi Seidirealçando, contudo, que o donativo é insuficiente dado que oExército tem mais componentesque os restantes ramos das Forças Armadas. No entanto, apelou para que“cada unidade administre essesequipamentos muito bem.”

Page 15: Jornal o Defensor 21

“A Guiné-Bissau não participa nas actividades culturais, desportivas e de saúde militar por falta”

de estruturas”, diz o Coronel Sedja Anibal Costa

A Guiné-Bissau nãotem participado nas

actividades culturais,desportivas e desaúde militar por

falta de estruturaspara tal disse em

entrevista exclusivaao “O Defensor”, o

coronel Sedja AnibalCosta.

Ooficial adiantouque, de acordocom a nova

estrutura das ForçasArmadas, as atividades

Chefe de Estado-MaiorGeneral das ForçasArmadas (CEMGFA) aocontrário do que severifica noutros países.

O coronel explicou queo CEMGFA pode ser res-ponsável pela parteoperacional, desportose saúde, mas a gestãodos recursos do exércitodeve ser da responsabi-lidade da área adminis-trativa, nomeadamente,do Ministério da DefesaNacional.

mento as atividadessociais, devem ser umaresponsabilidade políti-ca. Portanto, deve ser oMinistério da tutela aencarregar-se delas”,explicou. Disse quecaso um país amigo,sendo anfitrião, decidirconvidar a Guiné-Bissaupara participar numadada atividade; aí sim,seria da comparênciadas Forças Armadas(FA’s) fazer as diligên-cias.

ca, que reflete a ques-tão das referidas moda-lidades, que ainda nãofoi aprovada emConselho de ministrose, consequentemente,publicada no boletimoficial.

Aquele oficial defendeua criação da direção dosserviços de saúde eassuntos sociais parafazer de ponte de liga-ção entre as áreas dasaúde e do desporto aonível das FA’s.

existem entre a

Direcção-Geral

Defesa Nacional e aDivisão dos Recursos

Humanos ao nível doEstado-Maior General”

pois, muitas vezespessoas não conseguem

perceber o papel de um

e do outro.

“Quando o Ministério da

Defesa Nacional foi cria

do, antes de 7 de junhode 1998 (conflito políti

co militar), sempre fezquestão de coabitar

com o Estado-Maiorgeneral”, explicou o

Coronel Sedja Costa

adiantando que as duasinstituições sempre têm

andado de mãos dadascomplementando-se

nos trabalhos mutuamente.

Em tom crítico explicou

que, depois dos acontecimentos do 7 de Junho

de 1998, houve esfor

ços da parte de certaspessoas, que por moti

vos de índole política epessoal, fizeram ques

tão de separar o EstadoMaior-General do

Ministério da Defesa

Nacional.

Page 16: Jornal o Defensor 21

Periodicidade: Mensal -Ano XII - Preço: 500 Fcfa - Amura Telm: (+245) 550 9977 / 661 6047 - email: [email protected]

Fundado em 1994 - Director: Major Ussumane Conaté

Ministério da Defesa NacionalNova ministra promete dar continuidade

aos projectos da reforma no seio das forças da defesa e segurança

A nova ministra da DefesaNacional prometeu na quin-ta-feira (15 de outubro cor-rente), em Bissau, que irádar continuidade aos gran-des projectos da reformaem curso no seio das Forçasda Defesa e Segurança.

Na cerimônia de passa-ção, realizada noMinistério da Defesa

Nacional, a recém nomeadaministra, Adiatu DajlóNandigna reconheceu a difíciltarefa que lhe foi incumbida, edisse ter “plena consciência”da sua dimensidão e comple-xidade e prometeu dedicar-se“inteiramente ao serviço destanobre instituição que é a defe-sa nacional.”

Exortou a todos os homens emulheres do Ministério daDefesa no sentido de redobra-rem os esforços face às difí-ceis tarefas a serem cumpri-das, porque “são depositadasgrandes as expectativas emvolta dos seus trabalhos que

ças armadas republicanas.”“Como exemplo raro de esta-bilidade na África, as nossasForças Armadas demonstra-ram um exemplo de distancia-mento às guerras políticas.Isso leva-nos a acreditar que aGuiné-Bissau reúne, hoje, ascondições para protagonizar oestatuto de país mais estávelda sub-região”, defendeu.Disse contar com a colabora-ção e dedicação de todos e, emespecial, da sua predecessoraque “não saiu mas apenas

mudou de quarto”, afirmou.Antiga ministra

agradece a colabo-ração que lhe foi

prestada

Por sua vez a ministra cessan-te, Cadi Seidi, disse estar felizpor ter ocupado o cargo deministra da Defesa Nacional eque, durante um ano de traba-lho conseguiu entre outrascoisas, criar condições estru-turantes para o andamento dasinstituições sob a tutela dopelouro, nomeadamente,melhoria de aspecto físico,gestão e transparência, váriosprocessos em curso, tais como

Economia e Finanças, banca-rização dos salários deGenerais a Majores estandoem curso o processo de banca-rização dos salários de capi-tães a primeiros-sargentos.

Evocou também a reavaliaçãode subsídios de chefias milita-res, e também disse que estáem curso, sob a orientação doMinistério, a implementaçãoatravés do inspetor geral doMinistério da Defesa, o levan-tamento dos patrimônios de

Estado afectos às Forças daDefesa e as Forças Armadas”,contou.

No entanto, avisou a suasucessora de que se encontraagora sob sua responsabilida-de “os contentores de madei-ras apreendidas pela comissãoda madeira”, entidade quegarante a segurança da madei-ra que se encontra no quintaldo Ministério da Defesa e norecinto do antigo Estado-Maior General das ForçasArmadas assim como naForça Aérea nacional.Seidi teceu elogios e agradeci-mentos aos funcionários doMinistério e aos militares gui-neenses, aos quais realçou a

tica que se viveu no país, altu-ra em que os militares soube-ram demonstrar a sua exem-plaridade.“Como eu disse em 12 denovembro de 2014, noInstituto da Defesa Nacional,acreditava e tinha fé de que osmilitares jamais tomarão artenos conflitos e nem deixariamser levados, pelos políticos, aentrar nos seus conflitos”,referiu.

Recordou que nenhum minis-

tro da defesa nacional ouchefe militar tira dinheiro doseu bolso para melhorar ascondições nas casernas, e quetodo o dinheiro vem doGoverno da Guiné-Bissau.“Portanto, nenhum militardeve aceitar dar golpe contra oseu próprio governo. Por isso,digo aos militares que nós, osgovernantes, vamos estar aoseu lado e trabalhar em con-junto para a mudança paulati-na de mentalidades mas,sobretudo, reforçar as suascapacidades intelectuais comvista a torná-los homens inde-pendentes tendo em conta assuas capacidades em termosde formação enquantohomens”, referiu a antiga

trabalho árduo” e fazendovotos para que que não sejaem qualquer momento impulsionado a proceder fora dascompetências que lhe são atribuídas pela lei.Conforme a ministra cessante,o Estado da Guiné-Bissaudeve continuar a assumir assuas responsabilidades relativamente aos salários, alimentação e a melhoria das condições dos militares, mas também exigir a gestão correctadesses bens colocados ao seu

dispor.

Sublinhou que a missão principal das forças da defesa esegurança nacional é dedefender a Pátria em todas assuas vertentes e não ao serviçode uma instituição especial deEstado, nem de um individuo,nem de uma confissão religiosa, étnica ou tribal, quantomais a um grupo de amigos,mas sim, devem defender aPátria com toda a integridaderespeitando a lei.Exortou as forças da defesa esegurança no sentido de tecerem uma cooperação franca eleal com a sua sucessora deuma forma honesta para quepossa terminar os trabalhos de