o defensor 22

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  • 7/25/2019 O DEFENSOR 22

    1/16

    DefensorHFundado em 1994 - Director: Major Ussumane Conat - Ano XXI - Preo 500 Fcfa

    rgo de Informao Geral do Estado-Maior General das Foras ArmadasPeriodicidade: Mensal - CP n10 Bissau - Amura - Repblica da Guin-Bissau - N 22 - Quarta-Feira, 30 de Dezembro de 2015

    Nas bolanhas de Fa-Mandinga e Bricama

    Foras Armadas projetam colheita

    de 150 toneladas de arroz este ano

    As Foras Armadas da Guin-Bissau tm agora a viso de

    encontrar a soluo dos seus problemas, por isso, a nica pos-

    svel, para ns, criar alternativas prprias, se no, ficare-

    mos inteis camaradas.

    Mas, afirmo-vos que as Foras Armadas da Guin-Bissau

    no so inteis, visto que ningum nos doou a independnciaque foi conquistada por ns mesmos, graas s nossas

    capacidades e valentia. Portanto merecemo-la -Tenente-Gen-

    eral Biagu Na NTan Chefe de Estado-Maior General das

    Foras Armadas.

    Ministra da Defesa Nacional na celebrao

    do 51 Aniversrio das FARP

    Aqueles que defendema segurana nacional e

    a integridade territorial

    do pas, precisam

    ser tratadoscondignamente

    Esquecer o passado e fazer as correces dos avanos

    e recuos registados no percurso histrico das FARP

    - Apela Tenente-General Biagu Na NTan CEMGFA

    SadeFARP empenhadas na

    luta contra VIH/Sida

    carecem de meios

    materiais e financeiros

  • 7/25/2019 O DEFENSOR 22

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    2 O Defensor | 30-12-2015

    Hospital Militar Principal Sino-Guineense

    O DefensorFicha TcnicaFicha Tcnica

    DirectorMajor Ussumane Conat

    RedaoTenente Felismina G. da Silva

    Alferes Ado Quad

    Bacar Camar

    Augusto Francisco Gomes

    Fotografia

    Furriel Joaquim F. da Costa

    Soldado Lus Man

    Colaboradores

    Eng. Maj. Manuel da CostaAissatu S

    Alexandra Naquiem (Estagiria)

    Fadel Gomes

    Irina Ado Pereira (Estagiria)

    Edio EletronicaGazeta de Notcias

    Conselho Tcnico

    Gazeta de Notcias

    Tiragem: 500 exemplares

    Impresso: INACEP

    O Jornal O Defensor, foi fundado em 1990,

    como rgo de informao geral do EMGFA,

    com o objetivo de informar no s os militares

    mas tambm promover a aproximao com os

    civis com o objetivo de promover a paz, recon-

    ciliao e a unidade nacional.

    Por outro lado, este jornal visa divulgar as

    aes de educao cvica e social dos militares

    atravs das competentes estruturas, e formar osmilitares enquanto cidados nacionais.

    A partir do ano 2016, pretende-se diversificar

    os temas e as abordagens dos assuntos tratados

    neste jornal, abarcando todas as unidades e

    especialidades militares e para-militares.

    Assim, para diversificar as suas publicaes,

    O Defensor, rgo de Informao Geral do

    Estado-Maior General das Foras Armadas

    Revolucionarias do Povo (FARP), convida

    todos os especialistas militares, dos diferentes

    ramos a participarem activamente na sua pro-duo escrevendo textos, se possvel, acom-

    panhados de imagens ilustrativas do tema

    retratado.

    Convite

    aos leitores

    HOSPITAL MILITAR PRINCIPAL AMIZADE SINO-GUINEENSE

    # Gastroenterologia

    # Anesteseologia

  • 7/25/2019 O DEFENSOR 22

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    As Foras Armadas proje-

    tam uma colheita de 150

    toneladas de arroz, na cam-

    panha agrcola 2015-2016,

    nos 98 hectares das bola-

    nhas de F-Mandinga e Bri-

    cama (no leste do pas).

    Na cerimnia que mar-cou o incio da colhei-ta de arroz nos camposagrcolas das Foras Armadas,na localidade de F-Mandinga,o chefe de gabinete do Secret-rio de Estado do Plano e Inte-grao Regional disse que as150 toneladas de arroz que sai-ro do espao cultivado diminuiro volume do investimento dogoverno na alimentao dosmilitares.Augusto Gomes reconheceu osesforos e a iniciativa do Chefede Estado-Maior General dasForas Armadas, Biagu Na

    NTan, ao corresponder com avontade poltica das autoridadesdo pas atravs dos trabalhosrealizados nos campos agrcolas.Este representante do ministrioda Economia e Finanas revelouque, no incio deste projecto,

    previa-se um investimento de 43milhes de francos cfa, mas,devido s dificuldades que o

    pas vem enfrentando s foramdesbloqueados seis milhes defrancos cfa dois meses depois doincio dos trabalhos.Augusto Gomes anunciou que o

    governo tem um apoio de cercade trs milhes de francos cfa,

    no quadro da concluso dos tra-balhos, que sero aplicados emduas fases, nomeadamente, nacolheita e no descasque de arroz.Este responsvel revelou que ogoverno est disposto a levar acabo programas ligados pro-duo de autossuficincia noscampos militares de cultivo dearroz.No Oramento Geral de Esta-

    do para 2016 ser contempladoeste aspecto financeiro ao pro-

    jecto de campo de produomilitar com vista a garantir umambiente de paz e harmonianos quarteis, garantiu o repre-sentante do governo na ceri-mnia.Para o Chefe da Diviso de Pro-duo Militar, este trabalho deagricultura militar corrresponde expectativa do Presidente daRepblica que lanou um desa-

    fio a todos os guineenses nosentido de trabalharem para a

    autossuficincia alimentar nopas atravs do projecto Mon naLama.

    O Brigadeiro General LassanaIndami solicitou o apoio dogoverno no sentido de colocarmais materiais de cultivo dis-

    posio dos militares duranteos trabalhos para que possam ali-viar as despesas do Estado em

    termos de importao de arroz

    para o pas.

    Por falta de materiais, sofremos

    perdas na plantao no campo

    Bidinga Na Nhass, que mais

    espao tem, devido ao aumen-

    to da gua nas bolanhas, lamen-

    tou.

    Por sua vez o Director-Geral

    de Modernizao da Produo

    das Foras Armadas contou que

    durante os trabalhos s tiveram

    duas mquinas de cultivo dis-

    posio do projecto.

    O Engenheiro Manuel da Costa

    pediu ao governo para que finan-

    cie o projecto Batalha de

    Komo, atravs do qual ser

    possvel sanear todos os pro-

    blemas de produo nas For-

    as Armadas.

    No entanto, disse que dos novemilhes e quatrocentos mil inves-

    tidos ao longo do projecto, seis

    milhes cobriram os trabalhos da

    lavoura e os restantes 3 milhes

    e quatrocentos garantiro a

    colheita e debulha do arroz.

    O fim dos trabalhos de colhei-

    ta de arroz nos campos agrco-

    las est previsto para o ms de

    maro do ano 2016.

    A realizao atempada dos tra-balhos nos respectivos campos

    agrcolas s foi possvel gra-

    as a iniciativa do Chefe de

    Estado-Maior General das For-

    as Armadas que solicitou apoio

    do representante da Agncia de

    Desenvolvimento do Timor

    Leste na Guin-Bissau, Alber-

    to Carlos Xavier com o qual

    visitaram, no passado dia 6 de

    outubro, o campo Agropecurio

    de F Mandinga, na Regio de

    Bafat.

    Fadel Gomes

    Produo 3O Defensor | 20-10-2015

    Nas bolanhas de Fa-Mandinga e Bricama

    Foras Armadas projetam colheita de 150

    toneladas de arroz este ano

    A colheita do arroz foi iniciada. Na foto oficiais participam na cerimnia inaugural da colheita de

    arroz

    General Lassana Indami, falando imprensa

    Augusto Gomes, chefe de gabinete do Secretrio de Estado do Plano

    e Integrao Regional

  • 7/25/2019 O DEFENSOR 22

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    Cooperao4 O Defensor | 30-12-2015

    As Foras Armadas benefi-

    ciaram, no dia 19 Novembro

    de 2015, da parte do Gover-

    no portugus, atravs da

    Cooperao Tcnico-Militar

    (CTM), de dois botes pneu-

    mticos de 40 cavalos cada e

    a capacidade de transpor-

    tar, cada um, seis fuzileiros.

    Odonativo cuja entregaformal foi feita minis-tra de Defesa Nacional,Maria Adiato Djalo Nandigna,teve lugar nas instalaes daCTM em Bissau, pelo embai-

    xador de Portugal no pas.A cerimnia na qual estiveram

    presentes o Chefe do Estado-Maior General das FARP, Tenen-te-General Biagu Na NTan,o Vice-CEMGFA e o Inspetor-Geral, contou tambm com a

    presena dos Chefes de Estado-Maior dos trs Ramos e do Dire-tor Geral da Poltica de Defesa

    Nacional.Na ocasio a ministra disse queeste apoio, no mbito do Pro-grama Provisrio de CooperaoTcnico-Militar Luso-Guineense,

    para alm da dimenso material

    que representa, constitui umsinal forte do empenho do Gover-no Portugus em reforar as

    capacidades das instituies dopas encarregadas de vigiar oterritrio nacional, particular-mente, a rea martima.Portugal tem estado ao ladoda Guin-Bissau, particular-mente, nos momentos mais dif-ceis. Por isso, a nossa gratificaoem relao ao Estado, Governoe povo portugus incomen-survel, sublinhou.A ministra afirmou a necessidadedo pas continuar a progredirno domnio da cooperao comPortugal, para que, em conjun-

    to, possam materializar os obje-tivos do desenvolvimento sus-tentvel e inclusivo em que osdois pases esto amplamenteengajados.Aos tcnicos nacionais quevo ser confiados a responsa-

    bilidade de uso desses mate-riais, esperamos que vo saberfazer o seu bom uso, pois sassim que o nosso parceiro,

    irmo, ter maior motivaoem prosseguir com gestos dognero, disse a Ministra.de

    Defesa.Por sua vez o embaixador de Por-tugal na Guin-Bissau, Ant-nio Rocha, disse que a oferta, na

    prtica, j tinha sido feita peloGoverno Portugus, anterior-mente, no quadro do ProgramaProvisrio de Cooperao Tc-nico-Militar. Adiantou que porvrios motivos de ordem deagenda entre outros motivos,foi adiada a referida entrega e ques agora reunimos todas ascondies para organizar essacerimnia.

    Assegurou que os botes j tinhamsido oferecidos e na prtica per-tencem ao Governo da Guin-Bissau, concretamente s suasForas Armadas. No entanto,afirmou ser importantssimo adeciso de aguardar uma boaoportunidade pela relevnciada cooperao bilateral ao nvelda defesa e das Foras Armadasexistente entre os dois pases.

    Considerou a presena da Minis-tra e do Chefe do Estado-MaiorGeneral das Foras Armadas

    guineenses, nas instalaes daCooperao Tcnico-MilitarPortuguesa, na ocasio, como umato que destaca a cooperao

    bilateral portuguesa e guineen-se a este nvel. Garantiu que oPrograma Provisrio vai seguircom outras aes no seu quadro,mais amplo do que previsto,obedecendo prioridade domomento e ao programa quadroabrangente incluindo a sua plu-rianualidade com objetivos pre-vistos.Aps a formalidade da entrega

    do donativo as Foras Arma-das, o embaixador, disse queos dois botes sero de umaimportncia capital para o pase disse que Lisboa ser aindamais ativo na cooperao bila-teral com Bissau, neste e noutrosdomnios.

    Irina Ado Pereira

    Doao portuguesa

    FARP beneficiam de botes para fiscalizao martima

    Os Servios de Sade das Foras

    Armadas Revolucionarias do Povo,

    que procuram reforar as activi-

    dades visando controlar o estado

    sanitrio das tropas efectuaram, no

    dia 1 de Dezembro 2015, na

    Fortaleza dAmura, em colabo-

    rao com uma equipa ligada ao

    Projecto Fundao Ricardo Sanh,

    testes voluntrios de despistagem

    de diabetes aos militares do Estado-

    Maior General das FARP.

    Os trabalhos que coincidiramcom o Dia Mundial de LutaContra VIH/Sida, alteraram ocalendrio de palestras alusivas a dataque acabaram por no terem lugarnesta unidade, decorreram no maiorcivismo e com uma aderncia massiva.

    Nesta ocasio, O Defensor faloucom a responsvel da equipa, aMdica Gina Santos a quem incitou aexplicar em que quadro se insere esseimportante trabalho de despistagem dediabetes e qual o seu objectivo. Aeste respeito, a mdica Santos disseque se trata de um projecto que consti-tudo por uma equipa multidisciplinarque inclui um nutricionista, trs

    peditricos, um endocrinologista deadultos e uma enfermeira que trabalha

    directamente ligada a diabetes.Este um projecto que elaboramosno sentido de perceber melhor qual a

    prevalncia de diabetes na Guin-Bissau. Assim sendo, ns aproveita-mos o Dia Mundial de Diabetes, 14 de

    Novembro, este ano, para iniciar asnossas actividades com uma marchasimblica que comeou no AeroportoInternacional Osvaldo Vieira e termi-nou na Praa dos Heris Nacionais.

    Neste dia fizemos um rastreio popu-lao. No dia 16 de Novembro passa-do realizamos uma formao ao pes-soal de sade no INASA (Instituto

    Nacional da Sade), durante a qualforam debatidos temas sobre a dia-

    betes.No mesmo contexto, a equipa visitou aPediatria do Hospital Nacional SimoMendes, o Hospital de Cumura, oHospital Casa Emanuel, onde entre-garam donativos compostos de insuli-na e materiais de tratamento de dia-

    betes s respectivas instituies.Ento, neste mbito, achamos que osmilitares ficam sempre fora de certasactividades de rastreio; assim, resolve-mos incluir os militares nesse rastreiocomeando com unidades da BaseArea, Para-Comandos (no dia 30 de

    Novembro) e um outro rastreio no

    Batalho de Mansa onde formosmuito bem tratados. Hoje, estamos nas

    instalaes do Estado-Maior Generaldas Foras Armadas com a mesmafinalidade, tentar saber qual a

    prevalncia de diabetes aqui.Segundo a mdica, Gina Santos, o pro-

    jecto comea a apoiar em termos demedicamentos e, de acordo com osmeios disponveis, depois de ter con-hecimento da prevalncia de diabti-cos no seio dos militares. Mas, noobstante tudo, promete deixar aosenfermeiros do hospital da BaseArea, alguns materiais que permitiroa continuidade das actividades de ras-treio, e seguir o tratamento dos mil-itares detectados com diabete pelo pro-

    jecto.Falando da colaborao com as institu-ies da sade militar para o tratamen-to dos diabticos j identificados,

    Santos disse que existe no pas umaassociao de diabticos com sede emBissau, que possui medicamentos masem comprimidos como por exemplometformina utilizado no tratamento dediabetes do tipo 2. Essa associao

    possui medicamentos com preosacessveis e tem endocrinologista, aMdica Nena Na Forna. Adiantou queo projecto vai continuar, no prximoano, as suas actividades envolvendo asFARP que estaro tambm no terreno,isso tendo em conta a dinmicademonstrada.Referindo-se aos dados estatsticos,Gina Santos disse que os resultadosexactos sero conhecidos no fim dostrabalhos, mas contudo, entre asunidades onde decorreram testes, onmero de pacientes diagnosticadoscom diabetes varia entre cinco e seismilitares.Recorde-se que o projecto conta com acolaborao da Fundao RicardoSanh e vrios laboratrios que deramapoios materiais e medicamentos que aequipa ofereceu a alguns hospitais do

    pas.

    Maj. Ussumane Conat

    Servios de Sade realizam testes de diabetes

    aos militares

  • 7/25/2019 O DEFENSOR 22

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    Ministra da Defesa Nacional na celebrao do 51 Aniversrio das FARP

    Aqueles que defendem a segurana nacional e a

    integridade territorial do pas, precisam sertratados condignamente

    Efemride 5O Defensor |30-12-2015

    A cerimnia de celebrao teve

    lugar nas instalaes do Estado-

    Maior General das Foras

    Armadas, na Fortaleza dAmura

    onde o ato solene foi presidido pela

    Ministra da Defesa Nacional na

    presena do Chefe de Estado-Maior

    General das FARP, oficiais superi-

    ores, subalternos e praas.

    OCongresso de Cassaca realiza-do de 13 a 17 de Fevereiro de1964 na aldeia do mesmo

    nome, sul do pas foi catalizador datomada de medidas e decises para acriao de vrias estruturas com vista dinamizao e progresso da LutaArmada para a libertao do pas do

    jugo colonial portugues. Na base documprimento destas ideias, o PAIGCcriou em 16 de Novembro de 1964, emBok, o seu brao armado denominadoForas Armadas Rvolucionrias doPovo (FARP).A criao da estrutura foi feita para

    superar as dificuldades e reforar asdiferentes frentes de luta pela liber-tao da Guin contra o colonialismo

    portugus. Esta estrutura foi constitu-da por seis membros que posterior-mente passou para sete.

    Na ocasio que marcou a comemo-rao de 51 anos da existencia dasFARP, a Ministra da Defesa Nacionalantes de profirir o discurso perante aschefias militares e os convidados,

    pediu a observao de um minuto desilncio em memria dos Combatentesda Liberdade da Ptria que tombaramdurante a Luta de Libertao Nacional,

    e, dos dois malogrados no trgico aci-dente de viao ocorrido em 3 deNovembro no troo Bambadinca-Bafata, quando da sua primeira visitas unidades militares do interior.A oportunidade permitiu a ministra,reiterar a sua satisfao e enormegratido por estar no ato solene decomemorao dos 51 anos da criaodas gloriosas FARP, e, enderearvotos de felicidades e palavras deencorajamento s nossas foras dedefesa, mas sobretudo palavras deesperana.Esperana de que este pas, cuja inde-

    pendncia foi conquistada pelas nossasgloriosas Forcas Armadas, vai viver naestabilidade, vai ter paz e desenvolvi-mento que nos permitam ter escolas

    para as nossas crianas, hospitais paraas nossas mulheres, energia, gua

    potvel, estradas , entre outras, e,sobretudo, para que possamos terorgulho da nossa Guin Bissau, sub-linhou a ministra.

    Para Adiato Nandigna o acto repre-senta no s uma simples comemo-rao, mas tambm o reconhecimentodo brilhante trabalho que as forasarmadas tm feito no percurso histri-co da Luta de Libertao Nacional e naconstruo do nosso Estado.De 1964 a 2015, so 51 anos de longae dura caminhada, de um percursoespinhoso de sacrifcios de luta e demuita abnegao que resultou na con-quista da independncia e da soberaniado nosso Estado.A Guin-Bissau, ao contrario da suadimenso geogrfica, teve um passado

    singular diferentes de qualquer outroEstado africano; conquistou a sua inde-pendncia por iniciativa prpria, assu-mindo os seus custos quando muitos,no acreditavam na independncia poressa via.Esta distino deve-se no s a cor-agem das nossas gloriosas ForcasArmadas mas particularmente a suaconvico e determinao, naquilo que

    julgam ser o caminho ideal e certo paraa conquista da sua independncia, ouseja, o direito de pensar e de agir porsi. O sacrifcio que caracteriza aexistncia das nossas gloriosas ForcasArmadas deve nos orgulhar, porque graas a ele que conseguimos no s,libertar o nosso pas mas de termosajudado os outros pases irmos, a con-quistar as suas independncias esoberania dos seus Estados. Prspero.

    Esse mrito deve-se aos Combatentesda Liberdade da Patria que aceitaramsacrificar-se e dar as suas propriasvidas para que tivessemos hoje, uma

    bandeira, um hino nacional e um terri-torio, o nosso Estado.A titular da defesa, disse que unscaram no campo e outros sobreviver-am; pois aos que caram temos a obri-gao de rend-los a eterna home-nagem e aos que sobreviveram deve-mos reconhec-los e dignific-los pelo

    papel que desempenharam na edifi-cao da nossa Ptria livre e indepen-dente e apelar a toda a sociedade paraque nunca se esquea dos sacrifcios

    por eles consentidos.Se olharmos pelo passado recente donosso pas, pelas constantes instabili-

    dades polticas e governativas que onosso pas conheceu nas duas ltimasdcadas, podemos perceber que a tare-fa da reorganizao das ForcasArmadas difcil rdua e custosa.Contudo seremos ns a prestar a contade desempenho das Foras Armadas,mas a tarefa da sua organizaoincumbe-se a cada um de nos, l ondeestiver e de acordo com as responsabil-idades que lhe forem confiadas.Por isso devemos agir de forma coor-denada e concertada, pois assim poder-emos corrigir os erros do passado econtribuir para que cada um possacumprir com xito as suas misses.Os ganhos alcanados at aqui com atransformao estrutural levada a caboa nvel do Ministrio da Defesa

    Nacional e, particularmente, doEstado-Maior General das Foras

    Armadas devem ser prosseguidos econsolidados.Vamos continuar a trabalhar na reestru-turao das Foras Armadas tal comoestamos a trabalhar de forma rdua nareviso do quadro legal nas definiesdo currculo, na formao, na con-struo e na reabilitao das infra-estruturas.

    No capitulo de reforma no sector defe-

    sa e segurana, a ministra disse que elaencontra-se numa fase muito avanadae a um ritmo acelerado, razo pela qualfixamos como um dos nossos grandesobjetivos neste domnio, a desmobi-lizao dos 500 efetivos das forcas dedefesa e segurana ate 31 de Dezembrodo corrente ano.Este objetivo ao concretizar-se serno s o inicio do culminar de um per-curso de, mais de nove anos, mas par-ticularmente a materializao dum doscomponentes indispensveis do

    processo da reforma do sector de defe-sa e segurana e justia.

    Estou convicto que com o apoio dosnossos parceiros, vamos poder desmo-bilizar de forma digna, honrada eresponsvel, o primeiro grupo a serdesmobilizado no mbito desta refor-ma.A recente visita efetuada a algumasunidades militares do pas e que foiinterrompida com o trgico acidenteque vitimou dois dos nossos irmos,

    permitiu-nos constatar na realidade asdificuldades com que os nossos irmosesto confrontados nas casernas.A este respeito, Adiato Djalo Nandignadisse querer assegurar que este gover-

    no liderado pelo Eng. Carlos Correia,trabalhar de forma mais rdua possv-el para inverter esta situao e criarmelhores condies de vida e de habit-abilidade nas casernas.Reconheceu que o pas tem as suaslimitaes, mas que no vo tambmignorar que aqueles que defendem asegurana nacional e a integridade ter-ritorial do nosso pas, precisam sertratados condignamente.Vamos continuar a exigir s nossasForcas Armadas o respeito ao poder

    poltico e a limitar-se as competnciasque a Constituio da Republica lhesconfere, mas no vamos deixar de tra-

    balhar.

    Soldado Paula Cristina Gomacha

  • 7/25/2019 O DEFENSOR 22

    6/16

    FARP estreitam laos com populao civilA aproximao entre as

    Foras Armadas Revolucio-

    nrias do Povo (FARP) e a

    populao civil guineense

    est a tornar-se, cada vez

    mais, um facto tangvel,

    atravs da realizao peri-

    dica de actividades conjun-

    tas de carcter social.

    Nesse quadro, o Estado-Maior General, atravsdas Divises da Edu-cao Cvica Assuntos Sociaise Relaes Pblicas e da Ope-rao e Treino, efetuaram, no dia12 de Dezembro de 2015, uma

    jornada de limpeza em lugarespblicos tais como mercados ehospitais.As actividades de limpeza que,

    em Bissau, iniciaram no HospitalNacional Simo Mendes, esten-dendo-se aos mercados de Ban-dim, Caracol, Quelele e ao Hos-

    pital Militar Principal, decorreramsimultaneamente em todas ascidades do pas, onde existeaquartelamento.

    Entretanto, o programa de lim-peza elaborado pela Diviso deEducao Cvica e RelaesPblicas das FARP, que est a sercumprido, com grande vontadee abnegao, prosseguiu no dia19 do ms corrente, nos outrosmercados da capital e no Hos-

    pital de Cumura.Os trabalhos em curso visam, porum lado, reforar os laos deaproximao entre os militarese a populao civil, e, por outrolado, lutar contra as doenasdiarreicas, tais como clera ebola, envolveram mais de 600militares.Em gesto de solidariedade, aempresa gua Pura ofereceuaos participantes dez caixas degua enquanto a Direco doHospital Nacional Simo Men-des contribuiu com combustvel

    para abastecer os veculos queevacuaram o lixo daquela ins-tituio.Segundo o Chefe da Divisoda Educao Cvica do Esta-do-Maior General das Foras

    Armadas, Coronel AlbertinhoAntnio Cuma, os trabalhos delimpeza nos lugares pblicosdo pas so feitos no quadro documprimento das atividadescvicas, que visam o reforodos laos de aproximao entreas FARP e a populao. Alm domais, o Chefe do Estado-MaiorGeneral, recomendou aos mili-tares a realizar atividades sociais,em colaborao com civis, comvista a demonstrar que somosum povo armado, integrado nasforas armadas para servir e

    defender o povo. Porque, depoisdo servio militar, voltaremos

    para o povo.

    Major Ussumane Conat

    Efemride6 O Defensor | 30-12-2015

    Esquecer o passado e fazer as correces dos avanos

    e recuos registados no percurso histrico das FARP

    - Apela Tenente-General Biagu Na NTan CEMGFAO Chefe do Estado-Maior

    General das Foras

    Armadas, Tenetnte-General

    Biagu Na NTan, proferiu

    um discurso no ato solene

    da comemorao do 51

    aniversrio da criao das

    FARP presidido pela Minis-

    tra da Defesa Nacional na

    presena das chefias mil-

    itares dos Ramos, oficiais

    superiores, subalternos e

    praas.

    Eis na ntegra o seu discur-

    so:

    Hoje, as FARP queoutrora sacri-ficaram-se pelacausa da independncia daGuin-Bissau completaram 51anos de vida. Quero nesta ocasiosolene, aproveitar para felici-tar todos os nossos militaresque ontem, se uniram lado alado, sem distino de tnicanem de raa, para conquistar aliberdade nacional. Felicito par-ticularmente todos os combat-

    entes da liberdade da Ptria aquipresentes, assim como aquelesque no esto, e, tambm hom-enageio os que tombaram noscampos de batalha.As minhas principais preocu-

    paes hoje, concentram-se namelhoria das condies dasForas Armadas e dos jovens mil-itares mas, asseguro-vos quedevemos sempre agir, em con-

    junto, na procura de solues dosassuntos que nos dizem respeito,

    para termos uma sada honrosaCamaradas, 51 anos de vidano so 51 dias nem 51 semanas.Uma pessoa que nasceu em

    1964 (data da criao das FARP) hoje um adulto, maior. Porisso, quero aproveitar esta ocasio

    para lanar um apelo aos cole-gas Generais, Coronis, Tenentes-coronis, Majores e oficiais sub-alternos, no sentido de, emconjunto, pensarmos na criaode condies sociais nas ForasArmadas, procurarmos marcaruma diferena no desenvolvi-

    mento do pas e da classe cas-trense. Tambm digo que chegouo momento de mudar a pginada vida das Foras Armadas daGuin-Bissau; chegou o momen-to de esquecermos o passado e

    fazermos as correces dosavanos e recuos registados nonosso percurso histrico.Para tal, vamos somar os avanose recuos registados at agora e,tomar o ano 2001como ponto de

    partida para a construo dobem-estar e do desenvolvimentogeral. Esta a nica forma capazde ajudar as Foras Armadassair do lugar onde esto e tornar-

    se Foras Armadas republicanas,com capacidade de competircom as congneres da sub-regiooeste-africana e fazer parte domundo da globalizao.

    Por outro lado, apelo a todosos oficiais superiores e subal-ternos, no sentido de pensar-mos preparar colectneas mil-itares com vista a responder asexpectativas castrenses. Chegoua hora de pararmos de ir buscar

    pessoas que venham produzir

    documentos e livros para a for-mao dos nossos quadros. O quequeremos agora, a criao deescolas militares de capacitaoem Cumer e de formao dosoficiais subalternos em S.Vicente. Vamos organizar sem-inrios que podero ajudar-nosmuito no domnio do conheci-mento da matria que amanha

    permitiro, em conjuntos com osperitos estrangeiros, a elabo-rao de manuais e documentosde formao nas nossas escolasmilitares.

    Gostaria que a criao das referi-das escolas de formao sejauma iniciativa nossa, submeti-da ao Governo. Recordo quedurante o mandato do GeneralAntnio Indjai havia uma comis-so militar para a elaboraodo plano estratgico da escola deS. Vicente, comisso essa que eutive o privilgio de dirigir, quefoi entregue ao Governo.

    As Foras Armadas da Guin-Bissau tm agora a viso deencontrar a soluo dos seus

    problemas por isso, a nica pos-svel, para nos, criar alterna-tivas prprias, se no, ficare-mos inteis camaradas. Mas,afirmo-vos que as ForasArmadas da Guin-Bissau noso inteis, visto que ningumnos doou a independncia que foiconquistada por ns mesmos,graas s nossas capacidades evalentia. Portanto merecemo-

    la.

    Aproveitamos a oportunidadepara informar a Minist ra daDefesa Nacional de que as ForasArmadas republicanas precisamde ter um uniforme nacional.

    Nesta senda, apelo os cama-radas para pararem de pediresmolas para fardar os efetivos;menciono a necessidade de criarmedalhas para a condecoraodos camaradas pelos seus mri-tos. Sublinho que temos a neces-sidade de criar nas Foras

    Armadas, um instituto de lnguasestrangeiras (francs, ingls e por-tugus).Recordo, por outro lado, tersolicitado s NU a integrao dasnossas foras armadas em mis-ses de paz. Neste sentido deve-mos, no pas, formar umaunidade militar de manutenode paz.

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    7/16

    Cooperao 7O Defensor | 30-12-2015

    O chefe de gabinete da Secretaria de

    Estado de Plano e Integrao

    Regional anunciou que o governo

    est disposto a mobilizar fundos

    junto, dos seus parceiros, no sentido

    de apoiar as obras de reabilitao

    do Centro de Processamento de Pro-

    dutos Agrcolas de F-Mandinga

    (leste do pas).

    Augusto Gomes que falava, nopassado dia 19 de Dezembro, margem da cerimnia de incioda colheita de arroz nos campos agrco-

    las das Foras Armadas na localidade de

    F-Mandinga, disse que o governo estinteressado em acompanhar esta e out-ras iniciativas de formao e autossus-tentabilidade nas casernas.Vamos trabalhar com os parceiros inter-nacionais no sentido de acompanhar oEstado-Maior General das Foras Armadasnesta iniciativa, para torn-lo produtivona contribuio paz e desenvolvimen-to do pas, prometeu.

    Por sua vez o chefe da Diviso da Logs-tica do Estado-Maior General das ForasArmadas (CEMGFA), Coronel Mamad

    Saliu Bald disse que a obra em causacarece de financiamentos para a suaconcluso.A Repblica de Timor-Leste, atravs doseu representante no pas, durante a suavisita a esta localidade em companhia doChefe de Estado-Maior General dasForas Armadas doou uma soma decinco milhes de francos cfa para o in-cio dos trabalhos de reabilitao destainfraestrutura, mas no foi suficiente, disseo Coronel.O chefe da Diviso de Logstica do Esta-do-Maior General das Foras Armadasafirmou que, durante a execuo das

    obras de reabilitao do referido Centro,

    o EMGFA contraiu dvidas com osoperrios civis que realizaram os tra-

    balhos de restaurao daquela infraestru-tura militar de produo agrcola.O Coronel Mamad Saliu Bald garan-tiu que o centro ter como objetivo mel-horar a vida dos militares nas casernasatravs de formao de novos quadros nasreas da medicina, agricultura, con-struo civil, entre outras. No entanto, exor-tou o Governo no sentido de apoiar,financeiramente, a concluso das obrasde reparao daquele edifcio constru-do desde a poca colonial.

    Fadel Gomes

    Governo vai mobilizar fundos para obras de

    reabilitao do Centro de Processamento Agrcola

    de F-Mandinga

    A Diviso de Servio de

    Prduo do Estado-Maior

    General das Forcas Arma-

    das procedeu no dia 27 de

    Novembro 2015, a entrega

    de um donativo constitudode 450 (quatrocentos e cin-

    quenta) quilos de batata-

    doce s instituioes sanit-

    rias do Estado entre as quais

    o Hospital Nacional Simo

    Mendes e o Hospital Militar

    Principal.

    Acerimnia de entregado donativo que decor-reu sucessivamente nosdois hospitais j referidos, foi feita

    pelo Coronel Martinho Djata,Chefe Adjunto da Diviso de

    Produo na presena do Secre-tario de Estado de Gesto Hos-

    pitalar. Coube ao Hospital Nacio-nal Simo Mendes cinco sacosde 50 kg e ao Hospital Militar

    Principal quatro sacos (200 qui-los).O Coronel Martinho Djata, emrepresentao do Estado-MaiorGeneral disse durante o acto daentrega, que o gesto das FARPrefora os anteriores realizadoscom o objectivo de variar a dieta

    alimentar dos pacientes inter-nados, minimizar algumas difi-culdades com que se deparam asinstituioes beneficirias assimcomo, tambem, contribuir, amedida do possivel, no desen-

    volvimento do pas.As FARP esto e estaro sem-

    pre ao lado do povo garantindo-lhe proteo, segurana, paz eestabilidade. As FARP tm aresponsabilidade de ajudar quan-do possivel faz-lo e esperamosque este donativo mudar em

    alguns dias, a alimentao pacien-tes nos dois hospitais, disse ooficial.O Coronel agradeceu ao Estado

    pelos esforos feitos que,pela pri-meira vez, concedeu s FARP um

    oramento no valor de 43 milhesde Fcfa para a produo agrcola.Explicou que devido s dificul-dades que vivem as nossas finan-as pblicas, conseguiram levan-

    tar apenas 9.900.000 FCFA(nove milhes novecentos milfrancos cfa) dos quais foramutilizados 6.000.000 FCFA (seismilhoes) na campanha agrcola2014-2015.Portanto, peo outras entidadesque quiserem ajudar, em mate-riais, que o faam, porque temosfalta de mquinas para melhorara nossa colheita que, emboracom dificuldades, se tornou pos-svel. Desta forma, queremosdizer que hoje apostamos notrabalho para desenvolver a

    nossa agricultura e melhorar adieta alimentar da classe cas-trense. Apostamos neste momen-to na agricultura e trabalho rduo

    para o desenvolvimento das nos-

    sas Foras Armadas. No que-remos mais guerra mas sim tra-

    balhar e trabalhar para o bem-estar, defendeu o Coronel.Por sua vez, o Secretrio de

    Estado de Gesto Hospitalaragradeceu o gesto dos militaresque demonstram dessa forma otrabalho feito nas suas bola-nhas. Disse estar satisfeito coma deciso do Estado-Maior Gene-ral das FARP de doar alimentosaos doentes internados. Desejouque atos do gnero se repitammais vezes.Por seu turno Margarida Alfre-do Gomes, Diretora-Geral doHospital Nacional Simo Men-des, agradeceu o gesto dos mili-tares e apelou outras institui-

    es a seguirem o mesmoexemplo.

    Soldado Paula Cristina Goma-

    cha

    Cerimnia de entrega de donativo

    Estado-Maior General das FARP oferece batata

    aos hospitais

    Tenente-coronel Mamadu Saliu BaldMilho produzido no campo agrcola

    As obras de reabilitao do Centro de Processamento de Produtos Agrcolas de F-

    Mandinga

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    Entrevista8 O Defensor | 30-12-2015

    A frente comum de luta con-

    tra VIH/Sida organizada h

    dcadas pela comunidade

    internacional com a partici-

    pao activa das Naes

    Unidas, Estados, ONGs e os

    meios de comunicao social

    no exclui as forcas de defe-

    sa e segurana do mundo.

    As FARP, que so uma

    parte integrante da socieda-

    de nesta luta, tendo um

    ponto focal no Ministrio da

    Defesa Nacional, realizaram

    no dia 1 de Dezembro do

    corrente, nas diferentes uni-

    dades militares, palestras

    alusivas ao Dia Mundial de

    Luta Contra VIH/Sida.

    Com o interesse de ter

    conhecimentos sobre a

    situao real do VIH/Sida, a

    nvel da classe castrense, O

    Defensor entrevistou o

    ponto focal de luta contra

    VIH/Sida das Foras Arma-

    das Revolucionarias do

    Povo (FARP) no Ministrio

    da Defesa Nacional, Capit

    Vitria Sanca.

    ODefensor (OD)

    Quando que as

    FARP aderiram ao

    processo de luta contra

    VIH/Sida?

    Capit Vitria Sanca (CVS)De acordo com os parceiros dasForas Armadas Revolucionariasdo Povo (FARP) no combatecontra VIH/Sida, a classe cas-trense aderiu legalmente no pro-

    cesso em 2005 quando foi cria-do um comit militar de lutacontra VIH/Sida, do qual faz

    parte o ponto focal. Na altura,segundo o Secretariado Nacio-nal de Luta Contra Sida, foramcriados sete pontos focais entreos quais um das Foras Arma-das Revolucionarias do Povo.

    OD Agradecamos que fizes-

    se um breve historial das acti-

    vidades desenvolvidas pelo

    Comit militar na luta con-

    tra sida, desde a sua adeso ofi-

    cial ao processo.

    CVS Houve muitas coisaspositivas feitas graas ao empe-nho dos nossos camaradas inte-grados no programa de luta con-

    tra VIH/Sida. O Comit Militarde luta contra esta doena do qualfaz parte o ponto focal que sou formado por um presidenteque a Ministra da Defesa

    Nacional, Vice-presidente, Chefe

    do Estado Maior General dasFARP, um Ponto focal, um Assis-tente administrativo e um Direc-tor do Centro de Tratamento

    Ambulatrio.Este Centro de TratamentoAmbulatrio (CTA) instaladono Hospital Militar Principalatende para alm de militares,recebe pacientes civis que cons-

    tituem o maior nmero de aten-dimento. Recordo que CTA,que joga hoje um grande um

    papel no tratamento dos pacien-tes infectados pelo vrus foicriado em 2007, na altura em queo hospital militar ainda funcio-nava nas instalaes da BaseArea de Bissalanca. Na suadireco sucederam-se vrios

    directores entre os quais, a medi-ca, Tenente-coronel Cadi Seidiactual Ministra da Sade Pbli-

    ca, como ponto focal, CapitoIssufo Ciss assistente admi-nistrativo e o Mdico, Tenente-coronel Joo Wagna, Director doCTA.

    Na fase actual, como j disse,temos como Presidente do Comi-

    t Militar de Luta contraVIH/Sida, a Ministra de Defe-sa Nacional, como Vice-Presi-dente, o CEMGFA, Ponto focalsou eu Capit Vitria Sanca,como Director do CTA, mdico,

    Paulino Nan Cabi e como Assis-tente administrativo, Major Issu-fo Ciss. Portanto, apesar das in-meras dificuldades, alis sempre

    presentes, conseguimos desde acriao do comit, realizar vriasactividades, entre as quais tra-tamentos de pessoas infectadas

    pelo VIH/Sida, a sensibiliza-o nas diferentes unidades,educao sanitria na formatu-ra matinal e distribuio de pre-servativos.

    Em 2010 realizamos uma cam-panha de sensibilizao e des-pistagem voluntria de VIH/Sida,

    a formao dos educadores sani-trios para as unidades e queneste momento no posso pes-soalmente confirmar se estoou no a desempenhar plena-mente o seu papel. Mas o que

    posso dizer, que, aqueles que

    se encontram nos quartis estoa trabalhar a cem por cento, sque, esto agora em nmeromuito reduzido e isso tem a vercom a movimentao (transfe-rncia) do pessoal. Entre os

    educadores sanitrios forma-dos, alguns foram, em confor-midade com a natureza do ser-vio, transferidos para outras

    unidades, uns j so velhos eoutros faleceram.Por isso, tendo em consideraoesses trs factores, decidimosintroduzir no plano de actividadesdeste ano vrios programascomo a reciclagem dos educa-dores sanitrios e, tambm, aformao do pessoal. No quadro

    deste programa, ns propomosa realizao de campanha dedespistagem novamente com oobjectivo de termos um con-trolo fivel dos camaradas infec-tados pelo VIH/Sida.Falando dos progressos alcan-ados na luta contra sida, asse-guro-vos que hoje, quandoalgum chega numa unidade

    militar e pergunta: o que sida?Quais so as vias de transmissoe como evit-lo? Certamente

    haver poucos militares que nosabero responder essas per-guntas. Isso j um passo posi-tivo dado graas a realizao

    de campanhas de sensibiliza-o e educao sanitria.Ento, no dia 1 de Dezembro2015, realizamos palestras sobreVIH/Sida em quase todas asunidades militares do pas. Con-firmo que o ambiente foi muitoanimado e houve a participa-o massiva dos camaradas que,

    sem dvida,deram valiosas con-tribuies. Deram respostas cer-tas s perguntas colocadas,

    depois fizeram comentriosextraordinrios sobre o assunto.Isso deixa entender, que os mili-tares conhecem muito bem oque sida e as suas conse-quncias. Os sucessos alcana-dos devem-se aos enormes tra-

    balhos desenvolvidos no terrenopelos nossos elementos. E, comestes resultados, pode-se dizerque h vontade da nossa parte,agora, falta-nos ver a vontade dosgovernantes.

    Este ano, as palestras promovi-das so um exerccio de reflexoque permitira os militares com-

    preender porque eles so con-

    siderados como grupo alvo doVIH/Sida e o que devemos fazer

    para deixarmos de pertencereste grupo alvo.Somos considerados grupo-alvodesta doena devido naturezado servio militar (cumprimentode misses militares, situaesde conflitos armados), que mui-

    tas vezes levam os soldados aenvolverem-se com parceirasestranhas esquecendo as medi-das de preveno. Este tipo decomportamento constitui o prin-cipal factor de uma maior inci-dncia de prevalncia deVIH/Sida na classe castrenseem relao a populao civil.Mas, a transmisso do VIH/Sida

    acontece tambm com a pre-sena de foras de paz num

    pas, como hoje o caso da

    Guin-Bissau onde passaramas foras angolanas e agoraesto as da ECOMIB. Isso cons-titui motivo de situao de vul-

    VIH/SidaFARP empenhadas na luta contra VIH/Sida

    carecem de meios materiais e financeiros

    Capit Vitria Sanca falando ao O DEFENSOR

  • 7/25/2019 O DEFENSOR 22

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    9

    nerabilidade, porque os elementos des-

    sas foras tm poder financeiro, que

    certeza induzem as meninas e mulheres

    de famlias pobres a envolverem-se sem

    precaues com elementos dessas foras.

    Tambm, em situao de conflitos arma-

    dos, muitas mulheres e raparigas so

    violadas pelos militares, que por outro lado,

    se envolvem com as profissionais de

    sexo sem preservativos. So estes tipos

    de comportamentos que levam-nos a

    estarmos no centro dos grupos-alvos.

    Portanto,apelo aos nossos militares a pre-

    servarem a vida pensando no seu futu-

    ro, suas famlias, sua nao, enquanto

    defensores da integridade territorial, da

    segurana e da soberania nacional. Por-

    que, o exrcito de um pas no pode ser

    constitudo por doentes, incapazes de

    combater em caso de uma agresso ini-

    miga. Por esta razo, apelamos as insti-tuies da Defesa (MDN e EMGFA) a

    darem apoios financeiros e logsticos

    porque , de fac to, a pre valnc ia do

    VIH/Sida preocupante.

    Assim, pedimos o engajamento do Gover-

    no, no sentido de conceder meios finan-

    ceiros e materiais para podermos reali-

    zar campanhas de preveno na sade

    militar e sobretudo VIH/Sida.

    OD Gostaramos que falasse dos

    apoios financeiros e logsticos que

    beneficiaram da parte do MDN e doEMGFA, desde a criao do Comit

    Militar de luta contra sida.

    CVS -A nvel do Ministrio da Defesa

    Nacional, no sei se o ponto focal ante-

    rior, na pessoa da Dra. Tenente-coro-

    nel Cadi Seidi, chegou de alguma vez de

    receber apoios ou no. Infelizmente,

    no lhe solicitei essas informaes. Mas,

    a nvel do Secretariado Nacional de Luta

    Contra Sida (SNLS),que a instituio,

    o pulmo, pelo funcionamento at ento

    do nosso comit militar de luta contra

    VIH/Sida, abastece-nos de preservativos,meios de comunicao (cartes de recar-

    ga) que nos permitem manter contactos

    com os nossos pacientes e outros e fazer

    formaes.

    O D Neste momento quem o

    vosso parceiro?

    C V S O nosso parceiro hoje o

    Secretariado Nacional de Luta Contra

    Sida.

    O D Falou das dificuldades no exer-

    ccio laboral. Pode especific-las?C V S Elas so muitas, sobretudo no

    domnio financeiro e material. Imaginem

    um ponto focal que trabalha sem trans-

    porte. Em 2015, no conseguimos fazer

    nem sequer uma superviso nas unida-

    des de Bissau e do interior. Nesse caso,recorremos ao telemvel para inteirarmosdo andamento dos trabalhos atravs osnossos activistas. Mas, eu nunca conse-gui l chegar e inteirar in loco dos trabalhosfeitos e como foram feitos. Por isso,defendo que h necessidade de realizarsuperviso.Temos aqui os preservativos desde muitotempo, destinados s unidades mas que

    no conseguimos distribuir devido falta de transportes. Neste contesto, ape-nas os batalhes que tm carro vieramlevantar os seus preservativos.O nosso dever estar sempre ao lado dos

    pacientes infectados para sensibilizar emotiv-los para que no se sintam iso-lados. Imagine, a ltima campanha de des-

    pistagem de sida ocorreu em 2010 duran-te a qual detectamos alguns pacientes com

    VIH/Sida que merecem ser tratados masque no voltamos a visitar por falta detransporte. Portanto, a nica coisa que fize-mos, foi aconselha-los a seguiram osseus tratamentos nos CTA dos hospi-tais pblicos das regies e sectores.Assim, como posso saber e ter a certe-za que os pacientes so tratados ou no?Como?

    Nos ltimos tempos, para remediar um

    pouco a situao, estabelecemos cor-respondncia com colegas mdicos dos

    hospitais civis das regies que nos for-necem resultados e informaes sobre

    pacientes que recorreram aos seus cen-tros porque os pacientes tm a liberda-de de escolher hospitais para tratar-se.

    OD - Existem ou no estatsticas sobre

    a prevalncia de VIH/Sida?

    CVS - Temos as estatsticas dos ltimos

    estudos feitos em 2010, mas h tam-bm outros estudos anteriores, feitosentre 1992/1995 pelo Medico, CoronelAntnio Biagu,com um grupo de mdi-

    cos suecos do projecto, tambm sueco,

    cujos estudos abrangeram os militares eparamilitares. Mas ali somente a estatsticada classe castrense que nos interessaapresentar.

    Recordo-me que em 2011, tnhamos nopas, a presena de tropas angolanas,em 2009/2010, as nossas foras esta-vam na fronteira norte e agora temos asforas da ECOMIB. Nesta base, imagi-

    nem qual poder ser a taxa de prevalnciaagora, se tiver em conta os factores de

    pobreza, monetrios, e dos comporta-mentos ora referidos. Os estudos de1992/1995 e 2005 revelaram um aumen-to de infeco de VIH entre os quais1592 indivduos em 1992/1995 e 725 indi-vduos em 2005. A prevalncia total doVIH-1, VIH-2 e VIH-1+2 (dupla infec-o) foi de 3,2%, 7,3% e 0,7% respec-

    tivamente.Contudo, os estudos mais recentes apon-tam significantes alteraes de prevalnciado VIH-1 e VIH-2 entre 1992/1995 e2005. A prevalncia geral do VIH em1992/1995 foi de 9,5%, sendo 1,1% doVIH-1, 8,4% do VIH-2 e 0,1% da duplainfeco VIH 1+2. Em 2005, consta-tou-se que a prevalncia subiu em vez de9,5% passou para 14,0% e esta percen-

    tagem foi constante at 2005. de salientar que nas despistagens que

    fizemos em 2010 tnhamos mais oumenos a ideia das unidades militarescom mais elementos infectados. Como

    j disse entre 2005/2010, a prevalnciafoi de 14% sendo 7,7% do VIH-1, 5,1%do VIH-2 e 1,9% da dupla infeco.Enquanto a prevalncia a nvel da popu-lao em geral da Guin-Bissau, segun-do os dados de SNLS de 3,25% no ano

    2015.

    Enquanto ponto focal do Ministrio daDefesa Nacional na luta contra VIH/Sida

    nas foras armadas, considero de lamen-

    tvel a situao, sobretudo, quando no

    temos os camaradas no controlo. Foi

    por esta razo que apelamos sempre a os

    nossos dirigentes a fazerem diligncias

    para travar a doena.

    OD Tendo em conta as dificuldades

    que vivem neste momento, pode dizer

    quais so, neste caso, as vossas pers-

    pectivas?

    CVS No obstante as dificuldades

    vigentes, h perspectivas. Por isso esta-

    mos a bater portas com vista a encontrar

    meios indispensveis (meios materiais e

    financeiros) para a luta contra VIH/Sida.

    Queremos em 2016 implementar os pla-

    nos de actividades de 2015 que no con-

    seguimos devido a falta de meios finan-

    ceiros. Queremos realizar campanha de

    despistagem em todas as unidades mili-

    tares do pas, a fim de podermos conhe-

    cer qual o nmero de infectados que

    temos no seio das FARP, para assim

    podermos definir as nossas necessidades

    reais para depois solicitar os apoios cor-

    respondentes. No queremos que o nosso

    CTA seja totalmente dependente do

    SNLS que nos fornece medicamentos

    enquanto aqui ns temos aparelhos.

    Temos apenas um aparelho de bioqumica

    para alguns exames de controlo de

    pacientes com VIH/Sida (aparelho CD-

    4). muito importante t-lo.

    Gostaria que o CTA no funcionasse

    apenas no Hospital Militar Principal

    mas sim, em todos os postos sanitrios

    das unidades. Sobre o assunto preve-

    mos falar com SNLS no sentido alargar

    a formao de tratamento anti-retroviral

    e tambm colocar CTA nas unidades

    sobretudo com maior prevalncia de

    VIH/sida. Pensamos realizar formaes

    no s dos mdicos e enfermeiros ao nvel

    do programa mas tambm queremos

    fazer a reciclagem dos educadores e tra-tamentos.

    Maj. Ussumane Conat

    Entrevista O Defensor | 30-12-2015

    A Capit, falando da estatstica do HIV/Sida

  • 7/25/2019 O DEFENSOR 22

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    Histria da Luta Armada da Libertao Nacional10 O Defensor | 30-12-2015

    O crescimento constante, no

    seio dos combatentes, de

    novos quadros militares for-mados nos pases amigos e o

    surgimento de novos corpos

    do exrcito regular nas filei-

    ras da guerrilha que luta

    pela independncia da

    Guin e Cabo Verde, revolu-

    cionou a capacidade tctica

    e combativa dos nacionalis-

    tas. As premissas de mudar

    a forma de luta para derro-

    tar o inimigo e expuls-lo

    fora dos territrios ocupa-

    dos, esto agora criadas;

    intensificaram-se as opera-

    es contra os quartis econtra as colonas militares

    coloniais que, como sabem,

    os jeitos de manobras so

    cada vez mais reduzidos.

    Graas a esta evoluo posi-

    tiva da guerra, os guerri-

    lheiros do PAIGC decidiram

    assim criar corredores livres

    e seguras para facilitar as

    suas movimentaes ao

    longo da linha da fronteira

    norte, sobretudo nas zonas

    situadas entre Farim e

    Barro.

    Para tornar esta ideiarealidade, a DirecoSuperior do Partido,

    PAIGC, decidiu na base dasorientaes do Secretrio-Geral,Eng. Amlcar Lopes Cabral,criar entre Farim e Barro para lda fronteira com Senegal, cor-redores livres para facilitar amovimentao dos guerrilheirosao longo daquele espao norte,explica Coronel Albertinho Ant-nio Cuma, chefe de Diviso daEducao Cvica Assuntos

    Sociais e Relaes Pblicas doEstado-Maior General das For-as Armadas.Tudo tornou-se possvel a par-tir do momento em que se mudoua estratgia, e o sistema de com-

    bate, marcada com a chegada nafileira dos guerrilheiros de novosquadros militares formados nos

    pases amigos do nosso partido.Nesta ptica, um grupo de guer-rilheiros da Frente Norte recebeuordem superior do Partido paraneutralizar por completo o quar-tel colonial de Bigene, nomea-

    damente, as duas peas de arti-lharia terrestre (canhes de130mm) que impediam as movi-mentaes dos combatentes. bom sublinhar que a tabanca

    de Bigene que se encontra situa-da a cerca de 16 km da frontei-ra com Senegal, tinha um quar-tel fortificado, equipado comdois canhes 130 que no davamtrguas.Deste modo, a Direco superiordo Partido tomou a iniciativade destacar um grupo de guer-rilheiros corajosos, bem treina-

    dos e preparados moralmente, quetinham como misso funda-mental assaltar em plena luz dodia, o quartel de Bigene e des-truir os dois canhes 130. Amisso to perigosa e complexadirigida pelo valente Coman-dante, Joaquim Mantam Bia-gu foi cumprida com xito, e,no perodo indicado por Aml-car Cabral. No houve perdahumana nem material do lado daguerrilha.A guerrilha conseguiu penetrarno interior do quartel colonial por-

    tugus e destruir as duas peasde canho, destruir o arsenal,inclusive as munies, incen-diar o depsito de combustvele dar a populao a oportunidade

    de saquear algumas lojas.O assalto que ocorreu na pocade chuva, no ms de Agosto de1972, surpreendeu toda a foracolonial que no conseguiu dis-

    parar nem um tiro. Entretanto, opouco nmero das tropas que nomomento se encontravam noquartel no tinham outra soluoseno procurar salvar a sua pele.

    No entretanto, para realizar comxito a misso, a guerrilha apro-veitou o momento em que ogrosso da fora colonial saiu

    para uma patrulha na estradaque liga Bigene-Barro.

    O Coronel Albertinho AntnioCuma, explica que operao foi

    preparada e planeada a partirde Conakry pelos dirigentes doPartido e depois comunicadaao comando da Frente Norteem Sambuia, a qual enviou,mais tarde, um lote de farda-

    mento camuflado portugus,inclusive armas, lana roque-tes, AKM novas, cintilas cuba-nas e mantimentos para oshomens alinhados para a misso.

    Na Frente Norte, foram desta-cados um total de 25 guerri-

    lheiros, sendo 19 na barraca deHermo Kono e 6 na barracade Cumbanghor. Depois da dis-tribuio dos equipamentos mili-tares, os guerrilheiros receberam,durante trs dias, as instruessobre a realizao da missoincumbida pelos rgos supe-riores do Partido.Quando terminou o perodo deinstruo, os 25 guerrilheiros,

    bem equipados, deixaram Her-mo Kono de carro para a bar-raca de Fayar e depois paraCumbanghor onde permanece-

    ram durante 5 (cinco) dias antesde passar para o local a partir doqual devia ser lanada a opera-o. Para o efeito, foi escolhidacomo base central (para realizara operao), as barracas de Sin-dina e Pabedja.Tnhamos como guio, os cama-radas Ansu Bercko, comandan-te de uma das barracas da rea,Issufo Bodjam e Adjal Manga,explica o Combatente da Liber-dade da Ptria.As barracas de Sindina e dePabedjal esto situadas entre 9

    e 12 quilmetros da tabanca deBigene. Foi, precisamente, nesterea que o nosso destacamentose encontrava vigiando as movi-mentaes das tropas coloniaise procurando buracos (oportu-nidade) para realizar em plena luzdo dia, o assalto relmpago con-tra o quartel e destruir as duas

    peas de canhes 130.Para se ocupar das nossas refei-es dirias, o comando da mis-so nos afectou dois rapazes;tnhamos igualmente connoscoalguns bolos tradicionais, pre-

    parados a base da farinha demilho preto pelas mulheres daaldeia de SambumacundaKolda, explica Coronel Alber-tinho Antnio Cuma, chefe deDiviso da Educao CvicaAssuntos Sociais e RelaesPblicas do Estado-Maior Gene-ral das Foras Armadas.O Combatente da Liberdade daPtria continua: Qual era oobjectivo da nossa presenanesse mato? Era permanecernaquele mato e estudar as pos-sibilidades de chegar Bigene

    entrar na tabanca e dar um golpeduro ao quartel. Tnhamos comoComandante da missao JoaquimMantam Biagu; no grupo esta-vam igualmente os camaradas

    Gabriel Iabna Kundock, AlupaManga, Adjal Manga, Alm e eu

    Albertinho Antnio Cumaenquanto chefe do grupo de ati-radores de bazuka. Desta manei-ra, tnhamos que ficar no mato,fazendo pequenas incursessecretas at perto dos lugaresde mancarra, o espao livre per-mitia-nos ver o quartel e depoisvoltar ao nosso esconderijo. Osespaos cultivados pela populaoajudava-nos de facto na obser-vao dos movimentos dos tugase segui-los atentamente.O que sempre nos interessava,no obstante os riscos, era pro-

    curar uma posio favorvelpara realizar o assalto planeadocontra o quartel, o que deviaacontecer somente no momen-to em que chovia porque era onico perodo propcio que se

    podia aproveitar para avanar atao quartel atravessando os vas-tos campos lavrados, sem servisto ou sem que ningum desseconta. Era a altura em que oslavradores ficavam mais ocu-

    pados nas suas actividades e astropas coloniais tambm iam

    patrulha.

    Era o momento favorvel paraavanarmos sem despertar aateno da populao porquens vestamos uniformes camu-flados do tipo usado pelas tropascoloniais. Tudo o que fizemos,eram instrues que foram dadas

    pelo Secretrio-Geral do parti-do, camarada Amlcar Cabral,conta o coronel Cuma.

    Nesta circunstncia o grupoficou no mato nos arredores deBigene vigiando a movimenta-o das tropas portuguesas e,tambm, aguardar a queda opor-

    tuna da chuva para poder atra-vessar os grandes espaos demancarra antes de penetrar noquartel. Por esta razo, foramobrigados a permanecer no mato,nos arredores de Bigene, duran-te uma semana fazendo cons-tantes vai-vem entre a barraca eas proximidades do quartel.Todos os dias deixavam a barracade manh e voltavam a noite. Era

    preciso ter pacincia persistn-cia e esprito de patriotismo.

    (Continua no prximo nmero)

    Maj. Ussumane Conat

    Bigene 1972

    Grupo de guerrilheiros neutraliza artilharia colonial

    Coronel Albertinho Antnio Cuma, chefe de Diviso da Educao

    Cvica Assuntos Sociais e Relaes Pblicas do Estado-Maior

    General das Foras Armadas

  • 7/25/2019 O DEFENSOR 22

    11/16

    Sade 11O Defensor | 30-12-2015

    As Foras Armadas Revolu-

    cionarias do Povo (FARP),

    que a partir da dcada de 80

    mantm uma estreita cola-

    borao com o Ministrio da

    Sade Publica e as ONG

    vocacionadas, participaram

    no dia 28 de Novembro de

    2015, em Bissau, na marcha

    alusiva ao 30 aniversrio da

    criao do Secretariado

    Nacional de Luta contraVIH/Sida.

    Amarcha organizada peloSecretariado Nacional deLuta contra VIH/Sidacomeou na rotunda do Aero-

    porto Internacional OsvaldoVieira e terminou na Praa dosHeris Nacionais depois de ter

    percorrido 7 km.Alm dos civis, militares dasunidades de Bissau, paramilitarese o contingente da CEDEAO(ECOMIB) no pas, participarama ministra da Defesa Nacional,Maria Adiato Djalo Nandigna,o Ponto focal das FARP na lutacontra VIH/Sida no Ministrioda Defesa, mdicos e tcnicos da

    sade militar.A participao massiva das tro-

    pas guineenses e da ECOMIB noevento, demonstra o nvel deconhecimento e a conscincia queas Foras da Defesa e da Segu-rana tm sobre as consequn-cias desta pandemia, que hdcadas ceifa milhares de vidashumanas no planeta, fazendosurgir de um lado, lares de rfos

    e do outro, reduz os rendimen-tos econmicos das famlias.

    A titular da pasta de defesanacional cuja presena teste-munhou o interesse que o Gover-no tem em combater VIH/Sidano pas e nas FARP, disse queestava muito satisfeita por

    participar na marcha de vidaactiva e saudvel em come-morao do 30 aniversrio dacriao do Secretariado Nacio-nal de Luta Contra Sida naGuin-Bissau.Estamos mais satisfeitos porquehoje, as nossas FA acabam demostrar que ns tambm somosuma fora activa na vida socialda Repblica de Guin-Bissau;

    o que significa que, o que oscivis fazem, ns igualmente

    podemos faz-lo. Demonstra-mos mais uma vez que somosfilhos do povo, somos do povoe estamos com o povo. Queroconvidar-vos a partir de hoje atomar parte ativa na luta contraSida, porque a nossa institui-o uma instituio que trabalhacom homens saudveis, disse

    a ministra.Assim, solicitou a colaboraode todos na sensibilizao popu-lar porque a nossa camada uma sociedade mais vulner-vel tendo em conta a natureza danossa misso. Portanto temosque mudar o nosso comporta-mento; sensibilizar as pessoas eaceitarmos que, Sida existe defacto. No entretanto, para termosa certeza da sua existncia, seriamelhor aderir ao processo efazer o teste de sida para conhe-cer o estado de sade, disse

    Nandigna. Adiantou ainda que,hoje h pessoas contaminadascom sida mas que quando sedescobre que esto infectadas efazem tratamento atempado con-

    seguem viver.

    A Ministra apelou mudana decomportamento para evitar novasinfeces, porque esta doenaainda no tem cura. Na mesmasenda, recomendou a no dis-criminar os viventes comVIH/sida, que so nossosirmos e que devemos acari-nhar e encoraja-los. Segundo ela,os militares devem ser agentesde difuso e propagao da men-sagem sobre sida junto s popu-laes das localidades onde seencontram ou podero estar emmisso.Portanto, se ontem lutamoscontra a dominao colonial econseguimos vencer e proclamara independncia, penso que hoje,na qualidade de combatentes,

    iremos transformar-nos em com-

    batentes e lutar contra sida.Acreditamos que iremos vencero VIH/Sida na Guin-Bissau,

    porque lutamos para vencer e nopara ser vencidos, garantiu aministra da Defesa Nacional.Maria Adiato Djal Nandignaagradeceu os organizadores doevento e os participantes inclu-sive a fora da ECOMIB, no

    pas envolvidas na marcha. Subli-nhou estar muito satisfeita por

    participar na marcha de vidaactiva e saudvel alusiva acomemorao do 30 anivers-rio de criao de Secretariado

    Nacional de Luta Contra Sida naGuin-Bissau

    Maj. Ussumane Conat

    A equipa mdica militar das foras

    armadas marroquinas que esteve no

    pas entre Maio e Agosto de 2015,

    em misso humanitria de consultas

    mdicas e tratamentos gratuitos aos

    cidados guineenses no mbito das

    relaes de cooperao bilateral

    entre a Guin-Bissau e o Marrocos,

    ofereceu no fim da sua estada um

    lote de medicamentos ao Estado-

    Maior General das Foras Armadas

    Revolucionrias do Povo.

    Aequipa mdica militar que aolongo de quatro meses ocupouuma parte das instalaes daEscola Attadamun em Bissau, foi muito

    procurada por milhares de populares dacapital assim como do interior do pas,

    que afluam durante todo o dia ao hos-pital de campanha militar marroquino.Com o fim da misso humanitria, umadelegao da equipa encabeada pelomdico-chefe, Coronel Hicham Para-qui e chefe da misso mdica, foi rece-

    bida pelo Chefe do Estado-Maior Gene-ral das FARP a quem apresentou oscumprimentos de despedida. O evento,ocorreu na Sala de Reunies do Estado-Maior General, na presena do Vice-Chefe de Estado-Maior General, do Ins-

    petor-geral e das Chefias militares.Na ocasio, o Tenente General Biagu Na

    NTan agradeceu, em nome das FARP eem seu nome prprio, a equipa mdicamilitar marroquina e as Foras Armadas

    do Marrocos em geral pelo importante tra-balho de assistncia mdica e medica-mentosos gratuitos prestados aos militaresguineenses e paramilitares, e, popula-o civil. Assegurou ao chefe da equipamdica que as FARP esto sempre ao ladodas suas congneres do Reino de Marrocoscom as quais se procura firmar relaesde cooperao tcnico-militar. Adian-tou que a visita do Rei Mohammed VI ao

    pas um acontecimento histrico cujofruto permitiu salvar vidas de muitosguineenses. Portanto, o vosso regresso vai

    constituir uma grande falta para os mili-tares, paramilitares e a populao civil emgeral.

    O General Biagu realou o valor das con-sultas e tratamentos gratuitos prestadosaos guineenses que nunca tinham sido vis-tos na histria recente do pas. Por estarazo, agradeceu imensamente a equipamdica militar, ao povo marroquino emgeral e as FAR (Foras Armadas Reais).

    No domnio da sade militar guineense,o General no escondeu a verdade sobreas dificuldades crnicas que este sectorenfrenta, at se tornar incapaz de garan-tir uma assistncia mdica e medica-mentosa aos efectivos nas diferentes

    unidades militares. Hoje, apenas o Hos-pital Militar Principal tem capacidade deatender pacientes militares e civis, emdiversas especialidades. Para minimi-

    zar as carncias vigentes no sector sani-trio, o General solicitou apoio das For-as Armadas do Reino de Marrocos.O Coronel, Hicham Paraqui, Chefe daequipa mdica militar marroquina, subli-nhou que estiveram no pas em missohumanitria autorizada pelo reino e con-siderou-a de positiva. Conseguimos

    prestar apoio ao povo guineense que muito acolhedor. Realou igualmente acooperao e a boa colaborao manti-das com o Estado-Maior General dasFARP.

    No entretanto, entre Maio e Agosto2015, a equipa mdica militar marroquina

    conseguiu consultar 17.863 pacientes, 30mil prestaes sanitrias, 6.710 receitas,262 intervenes cirrgicas e 672 inter-namentos. Os resultados realizadosincluem ambos os sexos e diferentesfaixas etrias.O Reino concedeu ainda este ano, no qua-dro das relaes de cooperao tcnico-militar entre as duas foras armadas, 15(quinze) bolsas de peregrinao cida-de Santa de Meca.

    Major Ussumane Conat

    Cooperao tcnico-militar Marrocos/Guin-Bissau progrideEquipa mdica marroquina despede-se do CEMGFA

    Militares participam na marcha contra VIH/Sida

  • 7/25/2019 O DEFENSOR 22

    12/16

    Sade12O Defensor | 30-12-2015

    O Ministrio da Sade Pblica, com

    o apoio tcnico e financeiro da Uni-

    cef, OMS e outros parceiros, fez o

    lanamento no dia 4 de Dezembro

    2015, no bairro de Hafia, nos arre-

    dores de Bissau, da campanha

    nacional integrada de vacinaocontra Sarampo, suplementao em

    vitamina A e a desparasitaao com

    Mebendazol, s crianas dos 6 aos

    59 meses de idade.

    Tratou-se da segunda dose anual desuplemento da vitamina A bemcomo a desparasitaco com meben-tazol das crianas a partir do primeiro anode vida..

    A campanha de vacinao gratuita queteve lugar de 4 a 9 de Dezembro, em todo

    o territorio nacional, que visou abrangercerca de 300 mil crianas, enquadra-senos esforos globais da erradicao dosarampo no mundo. A ao do Governoda Guin-Bissau que contou com o apoioda UNICEF e da OMS enquadra-se nos

    esforos globais da erradicao do saram-po no mundo at 2020.

    A Ministra da sade Cadi Seide, disse queesta doena altamente contagiosaconstituindo uma ameaa sria, pois

    pode propagar-se muito rapidamenteem situaes de superlotao e falta decondies sanitrias susceptveis de viti-mar os mais fracos, nomeadamente, ascrianas.

    Na Guin-Bissau o sarampo a quartamaior causa da mortalidade infanto-

    juvenil a seguir ao paludismo, as doen-as diarricas e a pneumonia. A vacinacontra o sarampo imuniza a criana e reduzconsideravelmente o nmero de mor-tes por ela causada.

    A Ministra agradeceu, em nome doGoverno, aos parceiros de cooperao peloapoio inestimvel prestado, para tornaruma realidade essa operao de assistncia

    preventiva junto das crianas guineenses.Disse que urge apelar a todas as familiasem particular os lderes tradicionais e reli-giosos, medias e cidados singulares e indi-ferentes cusa da criana, a mobilizaremesforos para fazerem vacinar as suascrianas. Prometeu que o Ministerio daSade Pblica continuar a tudo fazer paraque os objectivos visados pela realizaoda campanha sejam plenamente atingi-dos.

    Programa das Naes Unidas para o

    Desenvolvimento (PNUD)

    A Representante residente do PNUD,Maria do Valle Ribeiro, para demonstrara gravidade desta doena, disse que noano passado foram registrados 114,9mil bitos por sarampo em todo mundo,ou seja em cada hora, 13 pessoas mor-rem de sarampo sendo a maioria crian-as menores de 5 anos de idade. Umacriana que sofre de carncia de vitaminaA tem 25 por cento de maior probabili-dade de morrer de sarampo, paludismo

    ou diarria.Convem recordar que no primeiro tri-mestre de 2015 as autoridades sanitariasnacionais identificaram uma epidemia desarampo com 147 casos suspeitos em 9

    regies sanitrias, sendo confirmados20 casos e 2 bitos, referiu Ribeiro. uma triste estatstica que pode serinvertida facilmente, j que desde 1963,existe vacina. Entretanto ainda depara-mos com esta doena, porque muitos

    no tomam vacina e impedem que as suascrianas beneficiem da imunizao.A Representante residente do PNUDaproveitou a ocasiao para, em nome dosistema das Naes Unidas, agradecer ocompromisso do governo na erradicaodo sarampo reiterando o apoio da orga-nizao .

    importante referir que as equipas daUNICEF e da OMS prestaram a suacolaborao tcnica aos especialistasdo Ministrio da Sade Pblica na pre-

    parao da campanha que decorreu de 4a 9 de Dezembro 2015 e que foi orada

    em 215 milhes de francos cfa faculta-dos pela UNICEF para custear a opera-o da dose necessria das vacinas,assim como todo o material (seringas,diluidores) e na formao de 508 vaci-nadores, 320 voluntrios, 105 supervisorese mais de 100 sensibilizadores com o intui-to de cobrir todo o territrio guineense,

    para reduzir a mortalidade.

    A cerimnia de lanamento da campanhaque decorreu no bairro de Hafia, emBissau contou com a presena da Minis-tra de Sade Pblica, da Representan-te residente do PNUD, Maria do Valle

    Ribeiro, da UNICEF Abubacar Sultan,representanes da comunidade e da popu-lao de Hafia.

    Soldado Paula Cristina Gomacha

    Campanha de vacinao gratuitaMinistrio da Sade Pblica lana campanha

    de vacinao contra sarampo

  • 7/25/2019 O DEFENSOR 22

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    Reportagem 13 O Defensor | 30-12-2015

    A Ministra da Defesa Nacional,

    Maria Adiato Djalo Nandigna, visi-

    tou de 20 a 28 de Outubro de 2015,

    em companhia do Chefe de Estado-

    Maior General das Foras

    Armadas, Tenente-General Biagu

    Na NTan e dos Chefes dos trs

    Ramos das Foras Armadas, todos

    os quartis do sector Autnomo de

    Bissau.

    Ocumprimento da agenda, avisita aos quartis, comeoupelos estabelecimentos deBissau, nomeadamente, o Estado-

    Maior de Exrcito, o Batalho daEngenharia e Servio Material,Estado-Maior da Fora Area, DefesaAntiarea, Regimento de ArtilhariaTerrestre, Para-comandos, BrigadaMecanizada 14 de Novembro, ZonaMilitar Centro, Tribunal Militar eEstado Maior da Armada.

    No final da visita s unidades militaresde Bissau, a ministra disse que a sua

    primeira visita, enquanto responsvelda Defesa Nacional, foi feita no senti-do de fazer um levantamento exausti-vo e ver em que condies se encon-

    tram as nossas foras de defesa.Conseguimos visitar os quartis doSector Autnomo de Bissau e vimos ascasernas, os lugares onde dormem osnossos militares. Visitamos as cozin-has, as salas de aulas e, tambm, os

    postos mdicos que do assistnciamedica e medicamentosa aos nossoshomens e mulheres, revelou ela para aseguir reconhecer que, realmentealgumas coisas foram feitas no sentidode melhorar o estado dos quartis do

    pas, mas ainda falta muita coisa parase fazer.

    No entanto, a ministra pediu a soli-dariedade, empenho e dedicao detodos aqueles que fazem parte dessainstituio da Defesa Nacional porques trabalhando com rigor e disciplina que os objetivos sero alcanados.Maria Adiato Djal Nandigna disse tera noo das prioridades no momentomas adiantou que tem que se sele-cionar as mais prioritrias com vista aminimizar o sofrimento dos militaresguineenses.

    Visita as unidades de zonas militaresSul, Leste e Norte

    No quadro das visitas s unidades mil-itares do interior, a comitiva ministeri-al da Defesa Nacional prosseguiu a suavisita, desta vez nas zonas militaressul, leste e norte do pas, comeando

    pelo Comando da Zona Militar Sul,Batalhes de Buba e Quebo.

    Nos discursos proferidos nas unidadesmilitares visitadas Adiato Djal

    Nandigna, disse que o objetivo do seupriplo era inteirar-se da situao dosaquartelamentos e vermos, em conjun-

    to, as possibilidades de trabalhar emequipa a fim de encontrar solues

    para as dificuldades que se verificamno seio das Foras Armadas, atravs daimplementao de reformas no sectorda Defesa e Segurana.

    Como podemos preparar para odesafio que a constituio daRepblica nos imputa? Como

    podemos garantir a soberania nacional,paz, estabilidade e tranquilidade ao

    povo guineense?, questionou a minis-tra para mais a fente reconhecer que um desafio de todos ns. Sozinha no

    posso fazer tudo, reconheceu.A ministra da Defesa Nacional sublin-hou, que preciso, neste contexto, acontribuio de cada um dos atores dosector nas suas respectivas unidadescumprindo a misso que lhe foiincumbida e execut-la a tempo ehoras.Mais a frente defendeu que s assim

    que se pode mudar a situao do pasporque o atual estado em que vive hojeo pas consequncia dos trabalhosrealizados no passado.Portanto, para mudarmos esta reali-dade precisamos de trabalhar, na basede solidariedade, confiana e respeitomtuos, entre os camaradas, para

    podermos, em conjunto, construir umaGuin-Bissau melhor no futuro, afir-mou.A governante considerou urgentemelhorar alguns comportamentos no

    seio dos militares, para poderem ter ascondies indispensveis para ocumprimento das respectivas obri-gaes, dignas das Foras ArmadasRevolucionrias do povo.Em tempo de paz temos outra misso.Qual a nossa misso? Na qualidadede uma fora viva da nao, a nossamisso ajudar a combater a pobreza,que est instalada e enraizada no seiodo povo da Guin-Bissau. Este maisum desafio. Uma obrigao que temos

    perante o nosso povo e aqueles quedeixamos para trs; que realmente con-seguiram justificar os valores daIndependncia, disse a ministra que,

    prosseguindo, agradeceu a presena daECOMIB fora da CEDEAO paraapoio a manuteno da estabilidade no

    pas.

    Irina Ado Pereira

    Ministra da Defesa Nacional visita quartis

    de Bissau e do interior

    A ministra visita instales da carpintaria

  • 7/25/2019 O DEFENSOR 22

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    Acidente de viao provoca dois mortos e oito feridosDois mortos e oito feridos,

    entre os quais um em estado

    grave, foi o balano do aci-

    dente ocorrido no dia 3 de

    Novembro passado, no troo

    que liga Bambadinca

    Bafat aquando da visita daMinistra da Defesa

    Nacional, Maria Adiato

    Djal Nandigna, s unidades

    militares do interior do pas.

    Oacidene envolveu a via-tura da Policia Militar(PM), que garantia asegurana da comitiva minis-terial da qual fazia parte o Chefedo Estado-Maior General dasFARP, Tenente-General Biagu

    Na NTan e outras chefias mili-tares.

    O trgico acidente que, conse-quentemente, interrompeu a

    visita da titular da pasta da Defe-sa Nacional, foi provocado pelorebentamento de um dos pneusda frente da viatura, que anda-va em grande velocidade. A via-tura que descapotou foi embater-se contra uma rvore a uma

    distncia de sete metros do localonde rebentou a roda originan-do a morte do 2 SargentoArmando Djedjo Djata de 42anos de idade, natural de S.Domingos, casado e pai de setefilhos, e do Soldado, JucoofQuintino Gomes Fernandes, de25 anos de idade, natural deBissau e pai de dois filhos.Entre os feridos graves figuraDomingos Fernando

    Nancobo, que sofreu uma fra-tura na perna direita e foi eva-

    cuado no dia 8 de Novembro/para Senegal para receber tra-

    tamentos medicos adequados.

    A origem do acidente

    Sobre o acidente, O Defensorfalou com o Tenente-coronelde Infantaria dos Comandos,

    Orlando Pungana Nan Cabna,Coordenador da Unidade daPolicia Militar que disse que aviatura em que seguiam osacidentados no momento doacidente andava em velocida-de normal porque, sempre temadvertido aos motoristas emmisso que andem em veloci-dade moderada.

    Segundo o Tenente-coronel oacidente foi devido a um erro

    tcnico isso porque a viaturaquando chegou em Amuraestava j com problemas queforam logo detectados peloComandante de Companhiada Policia Militar, Major

    Fidel. Nesta optica, as viaturasforam levadas ao ServioMaterial para efeitos de manu-teno. Ali os mecanicosdetectaram que algumas peasestavam ressecadas. Paraultrapassar essses problemas,na altura, efectuaram as devi-das manutenoes.

    Explicou que o acidente tinhasido provocado pela explosodo pneu da frente na altura em

    que a viatura estava numa des-cida, facto que fez com que omotorista no conseguissecontrolar a mesma. Mas, sefosse numa subida o acidenteteria sido menos grave. Disse

    que, nem o motorista sabeexplicar exatamente o queaconteceu no momento.

    A viatura, como levou umapancada muito forte acaboupor ejectar os oito homens quese encontravam na parte tra-seira, tendo de seguinda capo-tado em cima deles o que ori-ginou a morte dos dois cama-radas, explicou o Tenente-coronel Orlando.

    Armando Djedjo Djata ingressou nas FARPdurante o conflito poltico-militar de 1998. Nofim do conflito, Djata se formou na Artilharia Ter-restre na zona militar sul, no batalho de Nhala.Foi Chefe da 3 Seco de GP-1, da Bateria de

    Nan Deme Indjai.Em 2004 Djata, fez o juramento Bandeira noCentro de Instruo Militar de Cumer; em 2009o malogrado foi transferido para o batalho de Man-so exercendo as funes de Chefe de seco deGP-1.O Soldado, Joucoof Quintino G. Fernandes,ingressou nas FARP em 15 de junho 2013 e fez

    o juramento bandeira no Centro de InstruoMilitar de Cumer no dia 27 de Outubro domesmo ano.Concluiu a 11classe na Unidade Escolar 23 deJaneiro. O primeiro posto de servio ocupado por

    Jucoof nas FARP foi no Batalho de Assegura-mento na companhia da Defesa Antiarea do Esta-do-Maior General. Em 14 de Setembro de 2014Jucoof, foi transferido para a companhia daPolicia Militar (PM) onde trabalhou at a data dasua morte.O malogrado ingressou nas fileiras das ForasArmadas da Guin-Bissau, em 15 de junho 2013e fez o seu juramento para defender a ptria nocentro de formao e instruo Militar de Cume-r no dia 27 de Outubro do mesmo ano.O primeiro posto ocupado por Jucoof nas For-ar Armada foi no Batalho de Asseguramento

    na Companhia da Defesa Antiarea de Estado-Maior General das Foras Armadas.Em 14 de setembro de 2014 Jucoof, foi trans-ferido para companhia da Policia Militar ondeexerceu at a data da sua morte.

    Breve biografia dos malogrados

    Estado-Maior General oferece lanche aos filhos dos funcionrios

    Para a celebrao da festa natalcia, que marca o nascimento de Jesus Cristo,o Estado-Maior General das Foras Revolucionarias do Povo organizou nopassado 23 de Dezombro 2015, na Fortaleza dAmura, um lanche para os fil-hos dos funcionarios afetos a esta instiutio. O gesto que constitui o primeiro nahistria recente das FARP tem como objetivo fundamental, fortalecer o esprito deunidade entre os civis e militares.

    Segudo o Tenente-general Mamad Tur, as crianas que presentes no evento, assimcomo as outras em casa, so os nossos herdeiros e nossa maior riqueza. Durantea Luta Armada de Libertao Nacional, Amilcar Lopes Cabral, disse: As crianasso as flores da nossa lua, a razo da nosso combate.O CEMGFA, Biagu Na NTan, aproveitou a ocassiao para felicitar o pessoal dizen-

    do que todos os funcionrios do Estado-Maior General, comeando por mim, BiaguNa Ntan at a ltima categoria, esto de parabns!Devemos saber que as crianasso os nossos sucessores, no seio delas podero sair futuros generais, presidentes,

    professores enfim, garndes dirigentes deste pas. Por isso empenharmo-nos aeduc-las, ensin-las a boa cultura, a pensar no futuro.Desejo a todas essas crianas um santo natal e um Novo Ano 2016 cheio de sade,

    paz, amor e prosperidade ao lado das suas famlias.O General Biagu Na NTan recordou que a organizao do s crianas foi uma ini-ciativa geral do pessoal de Estado-Maior General. O meu desejo continuarcom esse evento no s dentro do Estado-Maior General, mas tambem nos Ramose nas zonas militares, como forma de respeitar os princpios do funcionalismo.

    EMGFA14O Defensor | 30-12-2015

    Irina A. Pereira

  • 7/25/2019 O DEFENSOR 22

    15/16

    FARP de luto:

    Faleceram dois oficiais, Combatentes da Liberdade

    da Ptria

    Filho de Tombom NChamena e de Maria Quad, casado, segun-do uso de custumo, pai de onze filhos, nasceu no dia 16 de Abrilde 1945 em Biambe, Seco de Encheia, Sector de Bissor, Regiode Oio.Em 1956, iniciou os seus estudos na Escola Primria de Santo Ant-

    nio de Biambe, onde concluiu a 4 Classe em 1963.Em 1962, ingressou nas fileiras do PAIGC como militante, tendoem 1963, com o comeo da Luta Armada de Libertao Nacional,integrado a Base do Sector de Biambe sob o comando do camara-da Julio Lopes.Em 1966, Lcio Tombom foi nomeado Comandante e Chefe de 25homens, tendo sido transferido dois meses depois juntamente como grupo para a Base de Encherte, onde permaneceram durante cincomeses para depois voltarem novamente Base de Biambe com amesma funo. Em 1967 foi nomeado Comandante do 1 Bi-Grupo do Corpo do Exrcito de Choque no Sector de Naga (NagaBiambe). Em 20 de Julho de 1967 foi transferido para o Corpo do Comando da Fren-te Norte, sob o Comando do camarada Irnio Nascimento Lopes (falecido). Em20 de Maio de 1968, Lcio Tombom foi selecionado para ir frequentar o curso deComandante de Destacamento na ex-URSS, com a durao de 12 meses. Em 1969,

    aps seu regresso da formao, foi nomeado Comissrio Poltico do Sector de Bula,funes que exerceu durante 2 anos e meio, sob o Comando do camarada BraimaBangura (falecido).Em 12 de Abril de 1971 foi transferido para o Corpo do Exrcito 199-D-70 Fren-te Bula-Canchungo, como Comandante-Adjunto onde, um ms depois, foi nomea-do Comissrio Poltico do mesmo Corpo, comandado pelo camarada Jos Sanhque, dois anos depois, foi substitudo por Jos Joo Nancassa, funo que desem-

    penhou at ao fim da Luta de Libertao Nacional em 1974.Em 1975 Tombom foi novamente nomeado Comissrio Poltico do batalho de Can-chungo, tendo como Comandante, o camarada Braima Bangura. No dia 4 deAbril de 1975, foi nomeado Chefe de Estado-Maior do referido Batalho.

    No dia 26 de Julho de 1976, foi destacado para frequentar o Curso de Tropa Geralem Cuba, com a durao de dois anos e meio. Em 1978 foi transferido para o Bata-lho de Infantaria de Gab como Comandante onde, um ano depois, passou a desem-

    penhar as funes de Chefe de Estado-Maior, tendo como o Comandante Mrio

    Sousa Delgado.Em Agosto de 1980, foi transferido para o Batalho de Infantaria de Mansoa comoChefe do Estado-Maior. No dia 8 de Dezembro de 1981, na sequncia da movi-mentao de Batalhes, a referida unidade foi igualmente transferida para Gab.Tombom manteve-se nas nas mesmas funes.

    Em 7 de Janeiro 1984, Lcio Tombom foi transferido para o Esta-do-Maior General das Foras Armadas Revolucionrias do Povo onde

    posteriormente foi destacado para um estgio na ex-URSS com adurao de cinco meses. No dia 25 de Agosto de 1985, foi nomea-do Chefe Adjunto do Departamento de Recrutamento e Mobiliza-

    o do Estado-Maior General das Foras Armadas Revolucionriasdo Povo. A 19 de Novembro de 1985 foi transferido para o Batalhode Infantaria de Quebo (ao sul) como Comandante.Em 22 de Fevereiro de 1986, foi transferido de Quebo para o Esta-do-Maior General das Foras Armadas Revolucionrias do Povo.

    No dia 8 de Maro de 1988, foi transferido para a Brigada Meca-nizada 14 de Novembro como Comandante de Batalho Mecanizado.Em 16 de Novembro de 1992, foi promovido ao posto de Tenente-Coronel do Exrcito. No dia 12 de Setembro de 1998, com a eclo-so do conflito poltico-militar, integrou a Junta Militar (BaseArea), sendo no mesmo ano, transferido para o Batalho de Bafa-

    t como Comandante.Em de Dezembro de 1998, voltou ao Comando Supremo da Junta Militar no esta-do de reserva. No dia 10 de Agosto de 2000, o camarada Lcio Tombo integroua Comisso de Reajuste de Patentes nas Foras Armadas e Paramilitares, tendo sido

    promovido ao posto de Coronel.Neste percurso militar, Lcio Tombom foi nomeado no dia 1 de Janeiro de 2007,Coordenador da Seco Fnebre do Estado-Maior General das Foras Armadas.Em 22 de Maro de 2008, foi nomeado Chefe da Diviso de Recrutamento,Mobilizao e Desmobilizao do Estado-Maior General das Foras Armadas. Nomesmo ano, passou reserva do Estado-Maior General das Foras Armadas(Adido ao Quadro). Em 4 de Agosto de 2010, foi nomeado Chefe da Comisso dePagamento dos Combatentes da Liberdade da Ptria no Norte, concretamente nasRegies de Oio e Cacheu durante 1 (um) ano.Em 3 de Novembro de 2013, por Decreto Presidencial n15/2013, Lcio Tombomfoi promovido Brigadeiro-General, passando a exercer as funes de ConselheiroPrincipal do Chefe de Estado-Maior General das Foras Armadas Revolucion-rias do Povo, at a data da sua morte.As ltimas homenagens ao malogrado foram rendidas nas instalaes do Estado-Maior General das Foras Armadas em Amura na presena da Ministra da Defe-

    sa Nacional, do Representante do Secretrio de Estado dos Combatentes daLiberdade da Ptria, Chefe de Estado-Maior General das Foras Armadas e seu Staff,oficiais superiores, subalternos sargentos, familiares e conhecidos.O malogrado foi sepultado no Cemitrio Municipal de Bissau com honras mili-tares.

    Registo Biogrfico do Brigadeiro-General Lcio Tombom

    As FARP esto de luto. Faleceram dois oficiais, ambos valo-

    rosos Combatentes da Liberdade da Ptria, que cumpri-

    ram o seu dever, integralmente, em obedincia s leis superiores

    da Ptria.

    O Brigadeiro-General, Lcio Tombom, faleceu em Bissau

    no dia 8 de Novembro de 2015, no Hospital Militar Principal

    vtima de doena.

    O 1 Tenente da Marinha de Guerra Nacional, Fernando da

    Silva Gomes, faleceu no dia 09 de Dezembrode 2015, vtima

    de doena.

    Os protagonistas da Luta Armada de Libertao Nacional, Com-

    batentes da Liberdade da Ptria, arquitetos do Estado guineense,

    verdadeiros museus e bibliotecas, verdadeiras fontes da his-

    tria recente da Guin-Bissau desaparecem dia aps dia,

    como da natureza humana.

    Assim, para que fique registado, nesta edio publicada a

    biografia do Brigadeiro-General Lcio Tombom com a pro-

    messa de, no prximo nmero, publicar o registo biogrfico

    do 1 Tenente Fernando da Silva Gomes.Brigadeiro-General Lcio Tombom usando da palavra num seminrio

    Luto 15O Defensor | 30-12-2015

  • 7/25/2019 O DEFENSOR 22

    16/16

    rgo de Informao Geral do Estado-Maior General das Foras Armadas

    Periodicidade: Mensal -Ano XII - Preo: 500 Fcfa - AmuraTelm: (+245) 550 9977 / 661 6047 - email: [email protected]

    Fundado em 1994 - Director: Major Ussumane Conat

    O Defensor H

    Formados formadores em matria de lideranaservidora, cidadania e resoluo de conflitos

    No mbito de capacitao,dos militares e paramilita-res, no domnio da resolu-o de conflitos, teve lugarno dia 8 de Dezembro de2015 no Clube das ForasArmadas Revolucionriasdo Povo (FARP), a cerim-nia de encerramento eentrega de certificados de

    freqncia aos jovens quedurante 15 dias receberama formao de formadoresem matria de lideranaservidora, cidadania e reso-luo de conflitos.

    OCoronel SarafimEmbal, que presidiua cerimnia de encer-ramento, recomendou aos for-mandos o bom desempenhodos conhecimentos adquiridosna resoluo de conflitos emfuno de Bem Servir como

    diz o prprio nome. Pediuigualmente s chefias milita-res e para-militares para avali-zarem o projeto para quetenha pernas para andar.Reiterou a necessidade decontinuar a formao dos mais

    jovens.Da sua parte o Coronel,Arafam Man asegurou queo futuro deste pas est nasmos dos jovens fardados

    pelo que, devem apostar naformao e no trabalho paraque sejam amanh bons lde-

    res desta terra. claro que, com esta forma-o vocs devem pr em prti-ca tudo aquilo que vos for

    incumbido e formar os outroscolegas ausentes aqui, paramelhor servir e saber transfor-mar os conflitos em dialogo.Esta a melhor forma de atin-gir os objectivos na transfor-mao do homem sublinhouo oficial.Para o Coronel hoje, nsestamos aqui e amanha vamos reforma. Recordou mais a

    frente que Amilcar Cabralensinou nos que devemos pre-

    parar o homem de amanh querespeite, os princpios demo-

    crticos e d continuidade aosideais deste.O Coordenador do Ubuntu, oTenente Abu Cadri Indjaicomeou por gradecer as insti-tuies que disponibilizaram eenvidaram todos os esforo

    para que esse projecto fosserealidade. Recomendou atodos os formandos a poremem prtica os conhecimentosadquiridos, e que faam bomuso dos mesmos em prol dodesenvolvimento da nossaquerida Ptria. Apelou os

    Chefes da Diviso e EducaoCvica Assuntos Sociais eRelaoes Pblicas do Estado-Maior General assim como doMinistrio do Interior no sen-tido de prestarem atenoespecial ao projecto.

    UBUNTU

    O Projecto BEM SERVIR

    nasceu da iniciativa de trsjovens, formados naAcademia UBUNTU, um pro-

    jecto que veio Guin-Bissaucom o objetivo de criar dina-mismo e capacitar os jovensguineenses em matria deliderana servidora eempreendedorismo social.A estratgia da academiaUBUNTU serviu de ponte de

    partida a outros projetos paraum desafio de saber projetar e

    bem servir. Estavam divididosem trs e com metodologias

    deferentes. Mas, com o tempoacabaram por unir formandouma s frente com o nome deProjeto para Defesa eSegurana, que deu origem aoProjeto Bem Servir com o

    lema servir as nossas forasde defesa e segurana. Estefoi escolhido em benefcio dasforas armadas e da popula-o. O Projecto teve vriosoutros nomes na sua fase ini-cial e teve igualmente quatrosesses.Em Setembro teve lugar a pri-meira atividade de formaodos membros do projeto e no

    parou por a. Neste momento50 elementos finalizam a suaformao e aguarda-es comexpectativa a assinatura de ummemorando ou acordo de par-ceria com o Estado-MaiorGeneral e o Ministrio doInterior para dar pernas ao

    projeto.O Tenente Incio Nhaga,quando usava da palavra noacto solene de encerramento,convidou todos os jovensmilitares e para-militares aaderirem ao Projecto Bem

    Servir para que estejam livrese tenham a capacidade deresoluo de conflitos.

    Soldado Paula Cristina

    G h