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O FUTEBOL PARA LER COM TODA A MAGIA DO DEZ “VERCAUTEREN” Nº21

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Page 1: Jornal Dez 21

O FUTEBOL PARA LER COM TODA A MAGIA DO DEZ

“VERCAUTEREN”

Nº21

Page 2: Jornal Dez 21

“Joga-se melhor com 11... E se é com 12, melhor ainda”

Di Stefano

[email protected]

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zerozeroFotos: Getty Images

SPORTING

VERCAUTEREN CONTRA A CRISE

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Franky Vercauteren já foi oficialmente apresentado como novo treinador. O belga reconheceu que o Sporting tem «problemas» mas assume total ambição para ajudar o leão.«Claro que há um problema no Sporting. Não estamos a ganhar. Mas antes de mexer na equipa, a nível tático ou na escolha dos jogadores, temos de escolher a melhor altura para o fazer», referiu, acrescentando que o Sporting vive um período «difícil».«O Sporting vive um período difícil mas há talento na equipa. Nos últimos tempos tive oportunidade de refletir e escolher o melhor clube para mim. Sabia que projeto queria, em termos de qualidade, estrutura e atitude do clube», referiu o técnico, expressando-se em francês.O belga referiu que quer colocar o Sporting num lugar de acesso à Liga dos Campeões.

«Conversei com o presidente e falámos de várias coisas. O lugar do Sporting é no topo da tabela e a presença na Champions é importante, mas agora o objetivo é vencer jogo a jogo e pensar cada semana. Com o tempo logo vemos qual será a possibilidade de lá chegar», referiu.

Vercauteran começou também já a pedir desculpas.«Quero pedir desculpa desde já por não ter mostrado mais disponibilidade para falar com a imprensa. Mas há uma razão para isso: só falo sobre os problemas da equipa diretamente com os jogadores e a mais ninguém», sublinhou na sala de imprensa.

«O potencial dos jogadores tem

de ser explorado. A minha atitude é sempre positiva. Acredito nos jogadores. Hoje já lhes transmiti diretamente aquilo que espero deles», defendeu.

Vercauteren pede paciência aos adeptos

«Durante estes últimos tempos tenho refletido e definido as minhas prioridades. Trabalhei na Bélgica e decidi agora escolher o que queria fazer em termos de qualidade, de atitude e forma de jogar. O Sporting corresponde a tudo o que queria e era uma oportunidade que surgiu nesta altura. Às vezes surge no início da época e outras vezes a meio. Foi fácil escolher e não precisei de ver as instalações apenas o plantel», defendeu, arguementando que já fez alguns pedidos a Godinho Lopes.

«Pedi ao presidente para trazer alguém mas ainda não está nada decidido. Primeiro tenho de ver o que existe no clube. O que há de melhor e menos bom na estrutura. Primeiro vou criar um perfil e só depois vou escolher o melhor elemento que me possa ajudar», referiu.

O treinador belga tem estreia marcada com o Vitória de Setúbal, no Bonfim, em partida da oitava jornada da Liga Zon Sagres.

zerozeroFotos: Getty Images

VERCAUTEREN CONTRA A CRISE

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OCEANOS DE INCERTEZASTexto: zerozero

Fotos: Getty Images

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OCEANOS DE INCERTEZAS 90 minutos de jogo e apenas duas grandes ocasiões de golo, uma para cada lado, dizem bem

do mau jogo do Sporting na receção aos estudantes, naquela que foi a despedida de Oceano do comando técnico dos leões.

Uma despedida triste pelo jogo de hoje e também pelos maus resultados que obteve nos quatro encontros em que orientou os verdes brancos. Aliás, o empate desta noite com a Académica foi o melhor que Oceano conseguiu. Logicamente que o ex-jogador é dos menos culpados pela atual situação dos leões mas não deixa de ser um dos rostos deste pálido Sporting. Vercauteren tem bastante trabalho pela frente, disso não há dúvidas.

De resto, o belga sentou-se pela primeira vez nas bancadas de Alvalade e frente à Académica pôde ver a difícil missão que tem pela frente, pois uma equipa grande como o Sporting, principalmente a jogar em casa, não pode chegar ao final dos 90 minutos só com uma situação de golo criada.

Um remate de Ricky van Wolfswinkel, aos 76 minutos (leu bem!), defendido por Ricardo foi o melhor que os leões conseguiram fazer ao longo de todo o jogo. Muito pouco para quem precisa urgentemente de regressar às vitórias.

Até ao momento do remate do holandês, só a Académica tinha estado perto do golo. Na verdade, também era a equipa que mais tinha feito para isso. Valeu ao Sporting uma espetacular defesa de Rui Patrício após uma tentativa de chapéu de Marinho, depois de um passe errado de Gelson Fernandes. Estavam decorridos 60 minutos quando o lance aconteceu.

Oceano ainda lançou Betinho, avançado da equipa B, talvez na tentativa de que o jovem avançado conseguisse na equipa principal apontar os golos que tem feito na formação secundária. Mas tal não foi possível, embora o atacante tenha obrigado Ricardo a uma grande defesa. No entanto, o lance já tinha sido invalidado por a bola ter saído das

quatro linhas.

A verdade é que a divisão de pontos é justa e espelha claramente o que se passou dentro das quatro linhas, apesar de na segunda parte o jogo ter sido disputado na maior parte do tempo dentro do meio campo defensivo da turma da casa. Depois de uma primeira parte pobre e desinspirada por parte dos jogadores das duas equipas, a verdade é que na etapa complementar houve mais emoção, apesar das poucas oportunidades criadas e de o relvado também não permitir aos atletas praticarem o melhor futebol, devido à chuva que caiu sobre o tapete verde ao longo da partida.

A Académica, equipa com mais empates no campeonato, deixa Alvalade com oito pontos e à frente do Sporting, que é 11º classificado com apenas sete ponto. Os leões estão a dez pontos dos líderes Benfica e FC Porto e têm o segundo pior ataque da Liga, apenas melhor do que o Marítimo. Venha agora a era de Vercauteren, esperam os adeptos leoninos.

Texto: zerozeroFotos: Getty Images

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PORTO

AO RITMO DO CHA CHA CHATexto: zerozero

Fotos: Getty Images

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AO RITMO DO CHA CHA CHA Os jogadores do FC Porto presentearam Pinto da Costa, que frente ao Estoril chegou ao milésimo

jogo enquanto presidente dos dragões, com a subida à liderança partilhada com o Benfica após vencerem o Estoril por 1x2.Pela terceira vez esta temporada, os azuis e brancos estiveram em situação de desvantagem no marcador, algo que já tinha acontecido frente ao Olhanense e Rio Ave, mas no Estádio António Coimbra da Mota souberam dar a volta à situação e voltaram a colar-se ao Benfica no primeiro lugar.Steven Vitória, aos dez minutos, inaugurou o marcador e deu vantagem aos canarinhos, mas na segunda parte, em apenas três minutos, os bicampeões nacionais deram a volta ao resultado, com golos de Silvestre Varela e do inevitável Jackson Martínez, que já tinha estado em evidência ao assistir o internacional português para o tento do empate.Jackson Martínez, que a par de Éder, do SC Braga, é o melhor marcador do campeonato, até já ganha nas comparações com o compatriota Radamel Falcao, pelo menos no que diz respeito aos números dos primeiros dez jogos com a camisola do FC Porto.«Cha cha cha» apontou nove golos numa dezena de encontros oficiais, batendo a marca do atual goleador do Atlético de Madrid, que tinha somado apenas oito nas suas primeiras dez partidas como jogador do FC Porto. Jackson Martínez já é, sem dúvida, um caso de sucesso no ataque portista após uma temporada em que os adeptos tanto reclamaram pela ausência de um ponta de lança eficaz.Os primeiros 45 minutos foram bastante disputados e com várias ocasiões de golo, mas só uma equipa teve o mérito de introduzir a bola dentro da baliza e essa foi o Estoril.

Aos dez minutos, Steven Vitória, com a baliza escancarada após a bola ter batido no poste, não desperdiçou a oportunidade de colocar os canarinhos em vantagem.O defesa goleador dos canarinhos, curiosamente formado no FC Porto, bateu Helton e com isso colocou o Estoril em vantagem no marcador até ao intervalo, de nada valendo as intenções dos azuis e brancos em bater Vagner.Primeiro, ainda antes do golo de

Steven Vitória, Silvestre Varela, com um cruzamento-remate, enviou a bola à barra e depois, já com os bicampeões nacional em desvantagem, foi a vez de Jackson Martínez ver Bruno Andrade, com um grande corte, evitar o golo do empate.Não marcou o colombiano mas pouco tempo depois o atacante assistiu Otamendi para aquele que seria o golo empate. No entanto, aos 23 minutos, o defesa do FC Porto, com a baliza aberta, teve pontaria a mais e rematou ao poste para desespero de Vítor Pereira, que se preparava para festejar o golo.Entre este conjunto de iniciativas portistas, o Estoril assustou Helton por mais uma vez, com Licá, sem oposição dentro da área, a cabecear ao lado.

Em vantagem no reinício da partida, o Estoril foi a primeira equipa a dar sinal de perigo, com Jefferson, de livre, a obrigar Helton a uma defesa segura após a bola ter sofrido um desvio num jogador do FC Porto.No entanto, esse lance logo ao início da segunda parte foi dos poucos em que os canarinhos se conseguiram aproximar da área azul e branca. Todo o restante tempo foi praticamente disputado dentro do meio campo defensivo do Estoril e com a bola a passar entre os jogadores do FC Porto.Com o jogo praticamente de sentido único, parecia uma questão de tempo até os dragões chegarem à igualdade, algo que aconteceu aos 57 minutos com um cabeceamento de Silvestre Varela, após excelente trabalho de Jackson Martínez que assistiu o internacional português.Ainda os adeptos do FC Porto estavam entusiasmados com o golo do empate e já Jackson Martínez fazia o 2x1, dando, de cabeça, o melhor seguimento à bola após livre apontado por João Moutinho.

Pela primeira vez no encontro o FC Porto estava na frente do marcador e a vantagem só não foi ampliada pouco depois porque Jackson Martínez, com a baliza aberta e já preparado para festejar o bis, cabeceou por cima.

Texto: zerozero Fotos: Getty Images

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BENFICA

Eduardo PereiraFotos: Getty Images

NA LINGUA DE GIL VICENTE

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A vitória por 3-0, no passado sábado, no Municipal de Barcelos, teve assinatura

exclusivamente lusófona: Lima, Luisinho e André Gomes resolveram o encontro, ainda na primeira parte, e lançaram o Benfica para uma das exibições mais tranquilas da época. Os dois titulares portugueses demonstraram que não estão no plantel apenas para fazer número.

Numa deslocação ao terreno do Gil Vicente que parecia ter tudo para ser complicada, o Benfica viu-se na contingência de apresentar um onze inédito, facto que poderia levantar várias questões sobre a capacidade encarnada de levar os três pontos para a Luz. As maiores mudanças registraram-se na frente: Salvio e Gaitán, a contas com lesões, eram cartas fora do baralho para Jesus, que fez avançar Ola John para a esquerda e André Gomes - estreante na Liga principal - para o centro. A Enzo Pérez coube a função de ocupar a ala direita do ataque, enquanto que Óscar Cardozo, recuperado, regressou à titularidade, fazendo dupla com Lima. Mas o técnico encarnado não se ficou por aqui e remodelou também a defesa. Melgarejo, que vinha sendo titular desde o princípio da temporada, cedeu o seu lugar a Luisinho, na lateral esquerda, proporcionando ao português a estreia de águia ao peito na Liga Zon Sagres, isto depois de ter debutado também na Taça de Portugal diante do Freamunde. Com todas estas trocas, o Benfica poderia ter-se ressentido da ausência de alguns dos titulares habituais mas, ao invés disso, começou cedo a demonstrar que não tinha ido a Barcelos em ritmo de passeio. Aos 2 minutos, em lance que começa a desenhar-se no sector mais recuado, com a bola sempre transportada pelo

corredor direito, Lima aparece solto no coração da área e, de cabeça, atira para o 1-0, com Adriano a tocar no esférico mas incapaz de desviá-lo do caminho da baliza.Apanhado de surpresa e sem ter tempo para organizar o seu jogo, o Gil Vicente acusou o golo e tardou em colocar reais problemas ao Benfica, que ia agradecendo as facilidades concedidas e, à passagem do minuto 22, elevava para 2-0. Desta feita, foi a ala esquerda a desenhar todo o lance: Luisinho solicita Lima, o brasileiro descobre Enzo Pérez na esquerda, para a tabela, recebendo mais à frente e ganhando a linha de fundo. A partir daí, levantou a cabeça, descobriu Luisinho livre de marcação e entregou sem dificuldade para que o defesa rematasse fora do alcance de Adriano. Era o golo que coroava o acentuado domínio dos homens de Jorge Jesus, que até já haviam disposto de duas ocasiões para ampliar a vantagem: Ola John, primeiro, e Cardozo, pouco depois, não foram capazes de bater o guarda-redes gilista; Luisinho, friamente, não foi tão perdulário.Mandava no jogo a equipa encarnada, com os olhos na liderança do campeonato e, seguramente, disposta a deixar o F.C. Porto com a obrigação de vencer no Estoril, se quisesse manter-se no topo da classificação. Sem tirar o pé do acelerador, que é como quem diz, sem conceder espaço à formação da casa para criar perigo, o Benfica selou o triunfo já nos descontos do primeiro tempo. O jovem André Gomes foi o autor do 3-0, em lance de insistência que começou junto à marca de grande penalidade. Foi aí que o médio deixou para trás dois defesas contrários e, de seguida, rematou para intervenção incompleta de Adriano. Já dentro da pequena área, André Gomes reencontra-se com a bola, que desvia para o fundo

Eduardo PereiraFotos: Getty Images

NA LINGUA DE GIL VICENTE

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das redes gilistas com um pequeno toque. Ola John ainda aparece para fazer balançar a rede mas o golo era mesmo do número 89 da Luz, que assim fechava a discussão dos três pontos e deixava no ar um prenúncio de goleada robusta.Não foi, porém, o que aconteceu na segunda parte. Ciente de que lhe bastava controlar as ocorrências, Jorge Jesus apostou em imprimir ao jogo uma toada mais calma, entregando a iniciativa ao Gil Vicente e deixando entender que estava satisfeito com o resultado. Ainda assim, foi Ola John quem primeiro poderia ter acrescentado mais história ao encontro, não tivesse a bola disparada pelo holandês saído um pouco ao lado da baliza adversária. Matic deu lugar a Bruno César aos 65 minutos, evitando arriscar um segundo amarelo que, face à expressão do marcador, era perfeitamente evitável, mas a expulsão acabaria mesmo por materializar-se, pouco depois, em Enzo Pérez. O argentino cometeu falta sobre Pio, quando este seguia em velocidade pelo corredor esquerdo do ataque gilista, e voltou a ver a cartolina amarela e a consequente vermelha. No minuto seguinte, os adeptos da casa festejaram mesmo o golo, mas o lance foi correctamente invalidado por Vasco Santos, que viu André Cunha empurrar

a bola com o braço para as redes de Artur. O guardião brasileiro teve uma noite muito tranquila, excepção feita a um cabeceamento de Yero, a 10 minutos do fim, que ainda levou a bola a embater na barra, já depois de um desvio providencial do guarda-redes encarnado. Por esta altura, já Rodrigo tinha entrado em campo e André Almeida faria o mesmo pouco depois, mas nem um nem outro trouxeram desequilíbrios a uma partida que já estava resolvida ao intervalo.Vitória tranquila do Benfica sobre um Gil Vicente muito macio e longe de demonstrar a mesma qualidade que, já esta época, lhe garantira a conquista de um ponto diante do F.C. Porto. Os comandados de Jesus seguraram, assim, o primeiro lugar, em igualdade pontual com os azuis-e-brancos, mas em vantagem pela diferença entre golos marcados e sofridos (saldo positivo de 13, contra 12 dos portistas). No próximo sábado, pelas 20:30 horas, o Benfica recebe o Vitória de Guimarães, equipa que, na temporada passada, saiu da Luz derrotada por duas bolas a uma.

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“Saem pretos de toda a parte como se fosse uma máquina de churros”

Jesus Gil y Gil

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REPORTAGEM

Texto: Francisco Gomes da SiivaFotos: Getty Images

DA GUERRA PARA O MUNDO

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Texto: Francisco Gomes da SiivaFotos: Getty Images

DA GUERRA PARA O MUNDO Pequeno croata de 27 anos. 175cm de futebol fluido, veloz, inteligente e diferente. São estas

as características que desmarcam Modric dos restantes jogadores.O croata é um jogador único e foi isso mesmo que Mourinho viu nele quando o quis contratar. Com Modric no plantel, o Real dispõe de várias alternativas. Luka Modric, pode actuar como médio recuperador, médio de transição ou como organizador de jogo. Na equipa madrilena, Modric, já assumiu vários papéis que podem ser vistos nas imagens. A sua inteligência táctica aliado à maneira como preenche o terreno de jogo, faz com que pensar na estratégia da equipa, seja pensar no papel de Modric, isto é, o croata afigura-se como uma peça fundamental no plano desta época. Um jovem, débil fisicamente que compensa as suas fragilidades com a relação que tem com a bola, com a sua qualidade técnica e com a sua capacidade de execução, a nível de remate e passe.Um pensador nato, Modric nasceu para jogar e fazer jogar. Um polivalente por natura que transporta para campo uma grande intensidade e ao mesmo tempo serenidade. Intenso nas transições e recuperações de bola, sereno na sua tomada de decisão. Um trabalhador exemplar que sabe transfigurar-se consoante o momento do jogo. Um verdadeiro temporizador dentro do campo.Aos 16 rumou até ao Dínamo de Zagreb onde explodiu saiu para o Tottenham em 2008, onde ficou até 2012, quando assinou pelo Real Madrid numa transferência a rondar os 35 milhões de euros.Mourinho pode agora contar com um jogador mais maduro e polivalente no seu plantel o que aumenta o seu lote de escolhas para o meio-campo. Modric já jogou como extremo-direito, médio

organizador e médio de transição. Tem sido como médio de transição que o técnico português tem apostado mais, como companheiro de Xabi Alonso que desempenha o papel de recuperador e com Ozil à frente destes dois pivots, a organizar a manobra ofensiva dos madrilenos.É certo que o Real não tem estado tão bem em relação à época passada mas tal não se deve à entrada de Modric na equipa. A equipa da capital espanhola, tem demonstrado algumas fragilidades defensivas no que toca à sua organização e transição defensiva. Contudo, a entrada de Luka Modric faz crescer o Real a todos os níveis, tornando-se hoje uma equipa mais adulta, cerebral e com mais opções. Um jogador que sabe responder aos desafios que o jogo lhe traz, quer jogue de início, ou seja uma das primeiras opções a sair do banco e isto tudo resume-se à sua capacidade única de ler o jogo e interpretar o mesmo.Em criança, foi vítima da Guerra dos Balcãs e hoje dá cartas na Europa fora. Da Guerra para o Mundo, esta é a história do intelectual Luka Modric, um jogador que sabe estar dentro e fora do campo. Homem de fato quando joga numa posição mais adiantada, menino irreverente quando joga mais atrás no terreno. Uma concepção diferente de todos os actuais jogadores a nível mundial. Uma mais-valia para o campeonato espanhol e em especial, para o Real Madrid. Uma contratação que vem trazer boas dores de cabeça a José Mourinho, uma vez que terá de repensar na estratégia da equipa para incluir o médio croata.

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[email protected]

“A SIDA é como um cartão vermelho mostrado por Deus”

Rabat Madjer, ex-jogador do FC Porto

A ASCENSÃO ASIÁTICA

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31/10/12REPORTAGEM

Texto: Miguel L. PereiraFotos: Getty Images

A ASCENSÃO ASIÁTICA

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Durante décadas o futebol asiático viveu entre os seus dois extremos, o eixo Japão-Coreia do Sul e o influente Médio Oriente.

Mas a pouco e pouco o cenário vai-se alterando e as repúblicas centro-asiáticas, herdeiras do império soviético na zona, começam a ganhar protagonismo. Será deles o futuro do futebol do continente?

Crescer no elo mais fraco do gigante asiático

Em 1992, quando se oficializou de forma definitivamente o desmantelamento da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas, uma significativa parte do território asiático controlado por Moscovo formalizou a sua independência.

Do nada nasceram quatro novas nações que, em conjunto, ocupam cerca de 1300 kms2 e têm uma população de 50 milhões de habitantes. À independência política, confirmada pela ONU no mesmo ano, juntou-se a independência futebolística Em 1994 Uzbequistão, Tajiquistão, Kirziguistão e Turquemenistão foram aceites pela FIFA como novos estados-membros, integrados na Confederação Asiática de Futebol. Os dirigentes do gigantesco continente enquadraram os quatro estados numa das suas sub-federações, a centro-asiática, lado a lado com India, Afeganistão, Paquistão e os pequenos países que circulam os Himalaias.

A zona do continente onde o futebol é menos popular e em que poucos confiavam um futuro brilhante, asfixiados entre o emergente futebol do este asiático, com Japão e Coreia do Sul à cabeça, e as potências do Médio Oriente, reestruturadas desde os anos 70 graças à influência dos “petrodolares” investidos pelos seus dirigentes.

De certa forma assim foi.

Durante a década e meia seguinte os novos estados centro-asiáticos sofreram para integrar-se na estrutura futebolística asiática. Eram países que dentro da URSS sempre tinham competido em divisões inferiores, demasiado distantes, geográfica e financeiramente das potências

russas, ucranianas e caucasianas.

Ascensão na AFC

Mesmo assim, em 1994, o Uzbequistão estreou-se a vencer os Jogos Asiáticos, numa equipa onde pontificava o dianteiro Lebedev. Dois anos depois o país voltou a fazer história ao qualificar-se pela primeira vez para a AFC, a Taça das Nações asiáticas. No primeiro jogo do torneio, disputado nos Emirados Árabes Unidos, os uzbeques venceram a China por 1-0 e deram a surpresa. As posteriores derrotas com Japão e Siria não fugiram ao argumento original, mas ficou dado o aviso. Havia potencial na região, mais do que os analistas faziam crer.

Quatro anos depois, o Tajiquistão disputou até ao último dia o apuramento com o Iraque e o Uzbequistão voltou a apurar-se para o torneio, vencendo um grupo com cinco selecções sem conceder nenhuma derrota. Na fase final, no Libano, lograram apenas um empate, contra o Qatar. Em 2004, pela primeira vez, havia não uma mas duas equipas centro-asiáticas no torneio. Inseridos no mesmo grupo, Uzbequistão e Tajiquistão disputaram entre si o apuramento e a vitória caiu para o lado uzbeque, que se estreou nos Quartos de Final com uma derrota nos penaltis contra o Barhein. Dois anos depois o Tajiquistão venceu a primeira edição da Challange Cup, um torneio organizado pela AFC para nações emergentes, e consolidou a ideia de que o futebol centro-asiático estava a encurtar diferenças rapidamente. Em 2007 o Uzbequistão voltou aos Quartos de Final da Taça das Nações (perdeu com a Arábia Saudita) e em 2011 fez história ao chegar, pela primeira vez, às meias-finais do torneio.

Orientados por Rauf Inieliev, eleito em 2007 treinador do ano no continente, e graças à influência do central Odil Ahmedov e da veia goleadora do dianteiro Alexander Geynrikh, o Uzbequistão não só dominou a fase de grupos como derrotou categoricamente a Jordânia nos Quartos de Final. No encontro das meias-finais, frente à Austrália, uma copiosa goleada por 6-0 e uma posterior derrota com a Coreia do Sul,

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no jogo do terceiro e quarto lugar, deixaram claro o quanto ainda falta para o país poder ombrear de tu a tu com os grandes do continente.

Brasil 2014, o objectivo

Em quase vinte anos o futebol centro-asiático cresceu mais depressa do que quase todos os outros pontos geográficos do continente.

No mesmo período de tempo as exibições de gigantes populacionais como Índia China, Paquistão e Indonésia mantiveram-se similares e zonas como o sudeste asiático (Malásia, Singapura, Tailândia) apesar do crescimento económica, continuam a demonstrar sérios problemas competitivos, tanto a nível de clubes como de selecções, dentro da imensa estrutura do futebol asiático.

Por dimensão e população parece lógico que esta evolução seja liderada pelo Uzbequistão. Islam Karimov, presidente do país, entendeu que o futebol era um elemento fundamental na afirmação internacional do país. Desde a transição soviética que os dirigentes do país investiram em infra-estruturas e apoios financeiros directos para desenvolver o futebol nacional. Um dos países com maiores recursos energéticos da zona, com uma economia controlada pelo estado mas em crescimento, há espaço para fazer do beautiful game uma das suas bandeiras mais mediáticas e, ao mesmo tempo, oferecer uma alternativa às restantes potencias continentais. A vitória do Nasaf Quarshi FC na Asian Cup de 2011, competição de clubes para nações emergentes, foi o primeiro triunfo a nível de clubes para o país mas as performances do FC Bunyodkor na Champions League asiática tem chamado a atenção dos analistas internacionais depois de ter chegado às meias-finais em 2008. Esta época o clube está nas meias finais da prova, que disputará frente aos sauditas do Al-Ithiad.

Países mais pequenos mas com um significativo dinamismo económico, tanto o Tajiquistão como o Quirziguistão têm seguido o modelo uzbeque e investido bastante nos sectores que lhe permitem um maior reconhecimento internacional. O futebol é uma das bandeiras, sobretudo apoiando-se numa população bastante jovem de onde começam a sair

jogadores que vão deixando as ligas locais para afirmarem-se nos campeonatos russos e do Médio Oriente. Ao mesmo tempo o dinheiro investido permite atrair jogadores e técnicos de outras zonas do Mundo. A influência brasileira na região é evidente.

De certa forma o crescimento das repúblicas centro-asiáticas está dependente da qualificação para um dos próximos Campeonatos do Mundo. A inclusão da Austrália na zona asiática transformou-se num problema porque acabou com uma vaga menos para os países da zona, mas depois de ter ficado pelo play-off em 2006, o Uzbequistão tem condições para voltar a disputar um lugar no Brasil 2014.

Seria a consagração definitiva da metamorfose de uma zona do continente que passou de ser profundamente desconhecida a transformar-se numa das grandes sensações do futebol internacional na última década.

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“O futebol é um jogo imprevisível porque sempre começa 0-0“

Vujadin Boskov

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CHELSEA FCO clube dos famosos

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REPORTAGEM

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O Chelsea é um dos poucos clubes que nasceu depois do seu próprio estádio. A sua

localização, ao lado da artística King´s Road, foi sempre uma porta aberta para os famosos ilustres de Londres que desde os anos 60 transformaram os Blues no clube por excelência das celebridades.

Uma fundação sui generis

Durante largas décadas o Chelsea foi um ovni no futebol inglês.Em Londres sempre esteve longe da popularidade conseguida por Arsenal e Tottenham Hotspurs, clubes que logravam, à parte de simpatizantes, títulos de uma forma regular. Mesmo em relação com o modesto West Ham United, clube associado aos operários da capital, o Chelsea perdia em prestigio, troféus e apoiantes. De certa forma, numa das cidades com mais clubes do Mundo, os Blues eram um projecto que seguia por uma linha distinta à da maioria das instituições icónicas do futebol britânico.

A sua fundação, para começar, foi sui generis o suficiente para antecipar esse historial futuro.

Em 1904 o Fulham abandonou os terrenos onde foi construído Stanford Bridge. O clube mudava-se para o seu novo estádio, Craven Cottage, e deixava o dono dos terrenos, Gus Mears, sem ninguém que os ocupasse. Depois de ser reunir com alguns elementos do seu clube de gentlemans, o próprio oficializou a criação do Chelsea Football Club para rentabilizar o espaço. O projecto inicial passava por chamar ao clube London FC, mas depois de vários problemas administrativos, prevaleceu o bairro à cidade. Até aos 60 o clube manteve-se como um simpático desconhecido. Mas a partir dos “Swing

Sixties” ganhou um atractivo popular que não voltou a perder.

Os reis do espectáculo vestem azul

Nessa Londres da década de sessenta, o futebol tornou-se num dos eixos nucleares de atracção popular mas, mais do que nunca, estava acompanhado pelo peso progressivo das indústrias culturais, a música, o teatro e o cinema que davam outra luz e som à capital inglesa. Apesar da maior parte dos artistas chegarem a Londres provenientes dos quatro cantos de Inglaterra, tendo portanto já as suas preferenciais desportivas bem assimiladas, as suas largas estâncias na capital forçaram muitos a procurar um segundo clube para apoiar. Esse clube tornou-se o Chelsea.

Sem o sentimento de rivalidade que podia despertar para os homens que chegavam de Birmingham, Liverpool, Manchester, Newcastle ou Leeds apoiar o Arsenal ou Tottenham, clube com uma marcada presença na zona urbana londrina, as celebridades viraram-se para os modestos Blues. Semanalmente Stanford Brige era palco de visitas de nomes conhecidos pelo grande público como Laurence Olivier, Richard Attenborough, Peter O´Toole, Michael Caine, Tim Lovejoy, Jimmy Page, Steve McQueen ou a popular Raquel Welch.

A época coincidiu igualmente com uma das eras mais bem sucedidas da história do clube. O Chelsea venceu em cinco anos uma Taça da Liga, uma Taça de Inglaterra e a Taça das Taças, sempre com os seus populares adeptos como testemunhas. À medida que a equipa entrava noutra espiral de maus resultados, que levou a várias despromoções durante os anos 70 e 80, a lista de adeptos famosos manteve-se em alta.

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REPORTAGEM

Dos Sex Pistols aos Madness, sem esquecer um dos seus adeptos mais fanáticos, o vocalista dos Blur, Damon Albarn, o mundo da música tornou-se num dos centros principais de apoio do clube. Bryan Adams, Lloyd Cole, Billy Idol, Gary Numan, Duran Duran, Depeche Mode, Danii Minogue e até Geri Helliwell, uma das componentes do grupo Spice Girls, professaram o seu amor às cores Blues.

Desde a década de 90, com o clube estabelecido definitivamente na elite da Premier League, Stanford Bridge tornou-se definitivamente no estádio com mais glamour do futebol inglês.

Admiração transversalFosse por admiração juvenil (casos de Sebastian Coe, Guy Ritchie, Steven Redgrave, Joseph Fiennes ou John Major) ou por simpatia profunda (Charlize Theron, Will Ferrell, Kevin Garnett, Simon Pegg ou Siena Miller) todos

passaram pelas bancadas do estádio, deram entrevistas aos orgãos de comunicação do clube londrino e posaram com a camisola, cachecol ou até com os títulos logrados pelo clube, particularmente na era Abramovich.

Ao contrário de Arsenal – associado com a classe média da cidade – e do Tottenham – ligada à comunidade judaica londrina – a natureza empresarial do Chelsea permitiu-lhe atrair adeptos de todos os sectores sociais, de todas as áreas do espectáculo, política e cultura.

Kings Road, no coração londrino, tornou-se não só o eixo central da vida nocturna de Londres mas também abriu uma relação de amor profunda entre o Chelsea e as grandes celebridades que dão a Londres esse toque de requinte das grandes urbes.

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“Trabalho como um preto,para viver como um branco”

Samuel Eto’o

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Chelsea e Manchester United protagonizaram o jogo grande desta jornada em Inglaterra e quem viu o jogo não sentiu motivos alguns

para se sentir defraudado. Aos três minutos, o Uni-ted já vencia o clássico em Londres com um golo com muita sorte no ressalto de van Persie: o ho-landês rematou ao poste após uma boa jogada de Rooney mas a bola, caprichosamente, foi embater em David Luiz e entrou na baliza do desamparado Cech. O guarda-redes checo também nada pôde fa-zer aos 12 minutos quando van Persie, sozinho na área, concluiu uma jogada de Valencia com um belo remate de pé direito, fazendo o 0-2. O jogo pare-cia completamente inclinado para os “red devils”, mas o Chelsea tem pergaminhos para defender e passou ao ataque. Os “blues” tiveram várias boas oportunidades na primeira parte mas só chegaram ao 1-2 aos 43 minutos com um livre superiormente marcado por Juan Antonio Mata ao canto superior esquerdo da baliza de De Gea. O espanhol foi, aliás, um protagonista na primeira parte, com uma exibi-ção de grande nível.

Já na segunda parte, e após uma jogada em que a

defesa do United não conseguiu retirar a bola da sua área, Ramires concluiu de cabeça um belo cru-zamento de Oscar, fazendo o 2-2 aos 53 minutos. O Chelsea continuou a pressionar, empurrado pelo ex-celente ambiente que se vivia em Stamford Bridge, mas aos 61 minutos Ivanovic viu o vermelho direc-to ao derrubar Ashley Young quando este se dirigia para a baliza. E se o lateral sérvio foi bem expulso, o árbitro da partida tornou-se uma das figuras da partida ao expulsar Torres com um segundo ama-relo duvidoso, aos 70 minutos, num lance dividido com Evans (nas imagens parece que Evans toca no espanhol, apesar de ficar a dúvida) e com um erro passados apenas quatro minutos ao validar um golo em claro fora-de-jogo de Chicharito após uma joga-da em que a bola andou a “passear” na linha de golo do Chelsea. 2-3, resultado que se manteve até ao final num jogo marcado por decisões polémicas da equipa de arbitragem. O United aproximou-se e está agora a apenas um ponto da equipa de Di Matteo.

O City aproveitou a vitória do grande rival United para se colocar também a apenas um ponto do líder Chelsea, mantendo-se empatado em pontos com os

PREMIER LEAGUETiago SoaresFotos: AP

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“red devils”, mercê de uma vitória sobre o Swansea. Um golo de Tévez bastou para a vitória da equipa de Mancini vencer o seu jogo em casa num jogo que foi bem difícil para a equipa campeã em título e em que esta apenas começou a subir de produção na segunda parte. O Swansea, por seu lado, tudo fez para sair do reduto do campeão com pelo menos um ponto, com várias oportunidades bem gizadas pe-los atacantes (perdulários); mas nada puderam fazer quando Tevez, com um golo espectacular, abriu o marcador e levou os adeptos ao delírio. Até ao final o resultado não sofreu mais alterações e o City está, claramente, na corrida.

O Tottenham de Villas-Boas venceu em Southampton por 2-1. Já após os “spurs” terem falhado algumas boas ocasiões, principalmente por Defoe, surgiu o golo de Gareth Bale num cabeceamento excelente no segundo poste. Dempsey, aos 39 minutos, mar-cou o segundo golo da equipa de AVB após um cor-te na linha de golo de um defesa do S’hampton a um remate de Defoe. Na segunda parte, e graças à já proverbial permissividade da defesa dos “spurs”, o Southampton chegou mesmo ao golo após um canto que parecia inofensivo. Até ao final, a equipa da casa teve várias oportunidades para conseguir o empate, mas a sorte que fugiu a AVB nas primeiras jornadas sorriu-lhe nesta jornada. E, com esta série de bons resultados, a equipa londrina já está em

quarto lugar, a apenas cinco pontos do Chelsea.

Destaque ainda para a vitória do Arsenal contra o QPR por 1-0 (golo de Arteta a derrubar a fabulo-sa exibição de Júlio César, guarda-redes da equipa de Bosingwa) e para o empate do Liverpool com o Everton em Goodison Park, com mais um jogo cheio de polémica, como é apanágio destes derbies da ci-dade dos Beatles. 2-2 foi o resultado final, com go-los de Baynes (p.b.) e Suarez a colocarem os “reds” a vencer por 0-2 e de Osman e Naismith a restabe-lecerem a igualdade. No final, aos 93 minutos, mais um caso numa jornada difícil da liga inglesa: Suarez faz o 2-3 e o golo é anulado por um fora-de-jogo inexistente, algo que promete causar polémica nos próximos dias.

Classificação1 Chelsea: 22 pontos2 Man. United: 213 Man City: 214 Tottenham: 175 Everton: 16

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Na abertura da 9ª jornada da Bundesliga, o Au-gsburg recebeu o Hamburgo e perdeu por 0-2, numa partida entre duas equipas que se forta-

leceram nas últimas jornadas. Ainda assim, os visi-tantes eram favoritos. Sobretudo na primeira parte, os visitados foram claramente superiores, criando mais oportunidades. Apesar disso, o Hamburgo foi mais eficaz e adiantou-se no marcador, dilatando a vantagem no segundo tempo. Foi a primeira vitória da equipa do Norte da Alemanha vez no terreno des-te adversário. Depois da partida, o Augsburg mante-ve os 6 pontos e desceu ao 17º posto. O Hamburgo respira muito melhor, é 7º com 13 pontos.No sábado, houve mais cinco partidas. A mais im-portante dizia respeito à deslocação do campeão Borussia Dortmund à Schwarzwald (Floresta Negra) para defrontar o perigoso Freiburg. O jogo terminou com a vitória do campeão por 0-2 e ficou claramen-te marcado pelo enorme nevão que transformou o relvado num grande tapete branco. Ferido no orgu-lho pela derrota frente ao Schalke na última jorna-da, o campeão teve dificuldades em se adaptar às condições climatéricas e ao adversário no primeiro tempo, melhorando significativamente na segunda parte. O Freiburg, mais forte na primeira parte, foi inoperante depois e não conseguiu evitar a derrota em casa. Assim, O Freiburg continua com 10 pon-tos, mas caiu para o 12º lugar, enquanto o campeão

alemão venceu pela primeira vez fora de casa nesta edição da Bundesliga e tem agora 15 pontos, conti-nuando no 4º posto.Ao mesmo tempo, em Gelsenkirchen, o Schalke 04 recebeu e venceu o Nürnberg por 1-0, continuando com o ego em cima, depois de ter vencido Dort-mund e Arsenal na mesma semana. Apesar de terem maior posse de bola durante a primeira parte, os homens de Huub Stevens tiveram muitas dificulda-des para criar perigo face a uma equipa compacta e que nunca se soltou muito. O único tento do en-contro surgiu no segundo tempo e para os homens da casa. Assim, o Schalke 04 ascendeu ao 2º posto com 20 pontos, estando agora a quatro pontos do Bayern de Munique. Há 41 anos que o Schalke 04 não começava tão bem um campeonato. O adversá-rio continua com 8 pontos e no 15º posto, mesmo em cima da linha de água. Foi a quinta derrota nas últimas seis jornadas. Noutro campo, o Mainz 05 recebeu o Hoffenheim, vencendo por uns esclarecedores 3-0. Nos últimos desafios, estes conjuntos estavam em ascensão, sobretudo, juntando pontos a boas exibições. No desafio, o Mainz assumiu desde cedo o comando do jogo, conseguindo uma vantagem justa de três golos. Do outro lado, os pupilos de Markus Babbel, tentaram contrariar os acontecimentos, mas tive-ram sempre muitas dificuldades. O segundo tempo

BUNDESLIGAJoão SilvaFotos: AP

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pertenceu na totalidade à formação da casa, que já se apoderou dos lugares cimeiros da classificação, subindo ao 6º lugar com 14 pontos. O Hoffenheim está novamente em queda de produção e é 14º com 8 pontos, mais dois que o último classificado. Há ainda um dado curioso sobre esta equipa do Sul da Alemanha: esta época, sempre que Tim Wiese jo-gou, o Hoffenheim nunca venceu.Em Düsseldorf, o Fortuna local recebeu o Wolfsburg, que começou a partida como lanterna vermelha. Neste encontro, o Wolfsburg foi o natural vencedor, triunfando por claros 1-4. Além disso, a equipa deu o primeiro passo para superar a crise que vivera nas últimas semanas e que terminou com o despedi-mento do treinador Felix Magath a um dia do início da 9ª jornada da competição. A primeira parte não ofereceu grandes oportunidades de golo. Contudo, na segunda metade, os visitantes transfiguraram--se por completo e chegaram rapidamente a uma vantagem confortável, passando a ditar todos os acontecimentos da partida. Com a derrota, o For-tuna Düsseldorf cai para 13º com 10 pontos e não vence há três partidas. Nas duas últimas jornadas, disputadas em casa, sofreu 9 golos e só marcou 1. O Wolfsburg parece querer aceder rapidamente aos lugares cimeiros. Para já, subiu ao 16º lugar com 8 pontos.Num duelo entre Sul e Norte da Alemanha, o Greu-ther Fürth recebeu o Werder Bremen e o resultado foi um empate a um, o que penaliza mais os foras-teiros, uma vez que criaram mais oportunidades de golo e, principalmente na segunda parte, domina-ram as incidências do jogo. Contudo, os homens da casa também conseguiram colocar em sentido a defensiva contrária. No final da partida, o empate acaba por se aceitar. O Greuther Fürth tinha a am-bição de alcançar os primeiros pontos e de marcar os primeiros golos em casa na sua época de estreia na Bundesliga. Conseguiu tal feito, mas caiu para o 18ºlugar, somando agora 6 pontos.Depois da goleada ao Borussia Mönchengladbach, o Werder Bremen queria consolidar os seus proces-sos. Todavia, tem que se contentar com um ponto, somando agora 11. A equipa do Norte desceu ao 11º posto. No domingo, disputaram-se as restantes partidas. Ao início da tarde, o Estugarda recebeu e venceu o Eintracht Frankfurt por 2-1. A equipa da casa foi sempre superior, tendo criado muito mais oportuni-dades de golo do que o adversário. Esta foi a pri-meira vitória do conjunto do Sul da Alemanha nesta edição da prova. Neste momento, o Estugarda soma 12 pontos e já está no 8º posto. A equipa parece refeita do mau início de época. Por outro lado, o Eintracht Frankfurt terá perdido algum do “gás” que mostrou nos primeiros jogos. Nas últimas três parti-das, os homens de Armin Veh averbaram duas der-

rotas. Com o desaire desta jornada, perderam, pela primeira vez, o segundo lugar. Com 19 pontos, o E. Frankfurt caiu para o 3º posto.Ao final da tarde, houve mais duas partidas da jor-nada. Foram dois jogos muito bons, disputados ao mais alto nível e com muita emoção. Em Munique, o Bayern de Munique recebeu o Bayer Leverkusen e perdeu, surpreendentemente, por 1-2. Foi a primeira derrota do líder esta temporada, e, 23 anos depois, o Bayer Leverkusen conseguiu vencer o Bayern para a Bundesliga. No encontro, os visitados dominaram por completo, mas os visitantes conseguiram ser mais eficazes. Depois deste desafio, o recordista de campeonatos na Alemanha continua líder com 24 pontos, mas permitiu que o Schalke 04 ficasse agora a quatro pontos. A tentar fixar-se na frente, os visitantes ficaram agora com 15 pontos e estão no 5º lugar. Em Hannover, houve um maravilhoso desafio entre dois conjuntos europeus. O Hannover 96 recebeu o Borussia Mönchengladbach e perdeu por 2-3, de-pois de estar a vencer por 2-0 na segunda parte. Foi a primeira derrota caseira do Hannover 96 desde abril de 2011. Após a partida, os visitados conti-nuam a somar 11 pontos e caíram para o 10º lugar. Os visitantes somam agora 12 pontos e encontram--se em 9º. No que respeita aos dados estatísticos, a jornada teve 26 golos, 3 vitórias em casa, 5 fora e um em-pate. Nos estádios, estiveram 382 913 mil especta-dores, o que dá uma média de 42 546 mil por jogo.Individualmente, Mandzukic, do Bayern de Munique é o melhor marcador com 8 golos, seguido de Adam Szalai, do Mainz com 7 tentos e de Stefan Kiessling, do Bayer Leverkusen, com 7. O guarda-redes menos batido é Manuel Neuer do Bayern de Munique com 4 golos sofridos.

Classificação1 Bayern Munique: 24 pontos2 Schalke 04: 203 Eintracht Frankfurt: 194 Borussia Dortmund: 155 Bayer Leverkusen: 15

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O jogo grande da jornada em França, no pas-sado domingo, teve um protagonista inespe-rado: o tempo. Devido aos ventos fortes que

assolavam a região de Marselha, o jogo teve de ser adiado para data a designar, como se lia no site de internet do Marselha.

O grande beneficiado foi o Paris SG, que havia joga-do já no sábado contra o Nancy fora de portas. Os parisienses venceram o seu jogo por 1-0, com um golo da grande figura Zlatan Ibrahimovic, num belo remate de pé esquerdo de fora da área após resistir a cargas de adversários e a um passe falhado para um companheiro. A equipa parisiense colocou-se com 22 pontos no campeonato (mais três que o Tou-louse e Marselha e mais quatro que o Lyon, tendo os últimos dois um jogo a menos).

O Toulouse subiu para o segundo lugar com uma vitória por 3-1 sobre o Brest. Depois de cinco derro-tas consecutivas, a equipa visitante tentava pontuar pela primeira vez fora de portas mas apenas aguen-tou 30 minutos até Ben Yedder marcar um golo de muita qualidade da entrada da área. Capoue marcou o 2-0 num ressalto feliz após um canto, resultado com que se chegou ao intervalo; na segunda parte, o Brest teve uma ténue esperança de conseguir sal-var algo desta partida após o golo, aos 75 minutos,

de Lesoimier, a castigar um lance extremamente po-bre da defensiva do segundo classificado francês. Mas, aos 93 minutos, o Toulouse garantiu a vitória com um golaço de Regattin, aproveitando a lentidão e permissividade da equipa visitante.

Ainda no sábado, um jogo cheio de golos apimentou esta jornada. Lorient e Ajaccio empataram a quatro bolas (!) numa partida com golos de todas as formas e feitios. Belghazouani (Ajaccio) inaugurou o mar-cador no decorrer do primeiro minuto com um belo golo de fora da área e o segundo golo veio apenas 10 minutos depois por Adrien Mutu (sim, esse Mutu. Está a jogar no Ajaccio também.), também com um belo gesto técnico dentro da área. Lautoa esboçou uma reacção para a equipa da casa ao concluir uma jogada algo fortuita com um remate de pé esquerdo muito bem colocado aos 33 minutos, mas Eduardo fez dois golos (aos 40 e aos 45 minutos, com re-mates de belo efeito e praticamente iguais) e fez o resultado ao intervalo: 1-4. Poucos previam uma reacção da equipa da casa, mas ela veio mesmo: no primeiro minuto da segunda parte, Aliadiére fez o 2-4 a culminar uma jogada pela esquerda e, aos 79 minutos, o mesmo jogador fez o 3-4 num cabe-ceamento ao segundo poste em que parece fazer falta sobre os defesas contrários. E, aos 93 minu-tos, a apenas 45 segundos de terminar o tempo de

FRANÇA - LIGUE 1Tiago SoaresFotos: AP

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compensação, um remate de primeira ao segundo poste de Sunu levou ao delírio os adeptos a equipa da casa. Jogo espectacular em França entre duas formações de aspirações modestas.

O Bordéus, adversário do Marítimo na Liga Europa, foi derrotado em Bastia por 3-1. O jogo começou mal para os “girodinos”, pois aos seis minutos já perdiam por 1-0 graças a um belo golo de Thauvin que contou com a ajuda da defesa da equipa de Bor-déus. Aos 17 minutos, Thauvin bisou (e fez o segun-do golo na liga…) aproveitando uma defesa incom-pleta de Carrasso a um contra-ataque da equipa da casa. Gouffran ainda reduziu aos 30 minutos após a defesa do Bastia lhe ter estendido uma passadeira no decorrer de um canto, mas já na segunda parte, aos 56 minutos, Khazri estabeleceu o resultado fi-nal na execução irrepreensível de um livre directo. Novaes (bela exibição do guarda-redes do Bastia) segurou vários remates já no final do encontro para manter o resultado inalterado e sentenciar a derrota do Bordéus.

Nota final para o Montpellier, campeão da época passada, que venceu finalmente mais um jogo. Foi em casa, na recepção ao Nice, por 3-1, com uma exibição simplesmente desastrosa da defesa da equipa visitante – não há palavras, só vendo o re-

sumo. Aproveite e veja o penalti marcado no último minuto pelo Nice, por intermédio de Cvitanich.

Classificação1 Paris SG: 222 Toulouse: 193 Marseille: 19 (menos um jogo)4 Lyon: 18 (menos um jogo)5 Saint-Étienne: 15

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A Juventus, para não variar, venceu o seu en-contro desta jornada, desta vez em Catania. Torna-se difícil para qualquer cronista ou jor-

nalista relatar ou encontrar adjectivos para o início de época da Juve, visto que o verbo “vencer” e os adjectivos “impenetrável” ou “forte” são complica-dos de substituir. Desta vez, no entanto, a vitória não se fez sem polémicas: o Catania marcou um golo aos 26 minutos que foi anulado sem qualquer vestígio de fora-de-jogo ou de falta atacante e levou a quatro (!) amarelos à equipa da casa e à expulsão do presidente do banco da equipa por protestos. Por outro lado, o golo da vitória, de Arturo Vidal e já na segunda parte, é precedido de fora-de-jogo de Bendtner no decorrer do lance e a equipa da casa ainda teve um jogador (bem) expulso. Esta vitória suada permite à equipa campeã manter-se isolada na liderança do “Calcio”.

O seu mais directo perseguidor, o Nápoles, venceu pelo mesmo resultado (mas em casa) a equipa do Chievo. O golo, curiosamente, foi no mesmo minuto do da Juventus (57 minutos) e quem o marcou foi Hamsik, o jovem internacional eslovaco. Um belíssi-

mo golo de pé esquerdo num lance bem construído pela equipa napolitana e que foi concluído também do lado esquerdo do ataque da equipa onde Mara-dona subiu ao Céu e desceu ao Inferno. O Nápoles mantém-se na luta e somou um triunfo convincente contra um Chievo que nunca pareceu ter soluções para travar o poderio napolitano.

O Inter teve um jogo complicado em Bolonha, onde defrontou a equipa local. A equipa de Milão chegou à vantagem aos 26 minutos num cabeceamento de belo efeito de Ranocchia após um livre bem cobra-do por Cambiasso. Após o intervalo tivemos direito a 20 minutos com três golos: aos 52 minutos, Milito fez o 0-2 após um passe de morte de Palácio; aos 57 minutos, a equipa orientada por Roberto Donadoni (antiga glória do futebol italiano) conseguiu reduzir para 1-2 com um golo de cabeça de Cherubin. No entanto, Cambiasso deixou novamente a sua marca no jogo e, após um passe de Palácio, fez o 1-3 com um toque de extrema classe e assim fechou o mar-cador aos 64 minutos. O Inter mantém-se assim em terceiro a quatro pontos da Juventus e a apenas um da equipa do Nápoles, parecendo ter encontrado o

SERIE ATiago SoaresFotos: AP

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trilho das vitórias.

A Fiorentina venceu a Lazio por 2-0 num dos en-contros mais aguardados desta jornada. A equipa de Florença, que tem estado arredada dos grandes palcos, recebeu a equipa da Lazio que havia venci-do a equipa do AC Milan na jornada anterior. Após já ter proporcionado uma excelente defesa ao guarda--redes laziale e ter falhado um penalti (o nosso bem conhecido Matias Fernandez enviou a bola com es-trondo ao poste), a Fiorentina chegou à vantagem com um golo de Ljajic num remate à entrada da área. Em mais decisões polémicas de um fim-de-semana complicado para os árbitros um pouco por todo o lado, a Lázio teve um penalti claro não assinalado a seu favor e Mauri marcou um golo que foi anulado por um fora-de-jogo inexistente. Luca Toni fez o 2-0 aos 90 minutos (num golo espectacular) já depois de Ledesma e Hernanez terem sido expulsos numa equipa da Lázio em evidente descontrolo emocional.

O gigante adormecido AC Milan é notícia esta se-mana pelas melhores razões: venceu um jogo! Mas, infelizmente para os seus adeptos, não foi uma exi-bição de encher o olho dos “rossoneri”: foi mais uma exibição pobre de uma equipa instável e pouco con-fiável em termos exibicionais. Um golo de El-Shaa-rawy (que celebrava o seu aniversário) fez os adep-tos do Milan esquecer um pouco a péssima exibição

em Málaga em noite de Champions League. Quer na primeira parte, quer na segunda, a equipa milanista pouco criou e o que foi criando foi sendo pronta-mente sacudido pela equipa de Génova, que só so-çobrou na jogada do golo: passe de Ignazio Abate e finalização fácil do jovem egípcio que tem sido a grande revelação da época na equipa do Milan.

Realce ainda para a derrota da Roma em casa com a Udinese, com o “atrevimento” de Di Natale ao mar-car um penalti à Panenka, aos 88 minutos, em casa de quem é useiro e vezeiro nisso: Totti.

Classificação1 Juventus: 25 pontos2 Nápoles: 223 Inter: 214 Lazio: 185 Fiorentina: 15

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COURTUOIS

No mundo do futebol costuma-se dizer que a primeira defesa é o ataque, mas ter um bom guarda-redes dá maior segurança e permite a equipa jogar com mais confiança, assim como Thibaut Courtois.Este jovem de 20 anos, nasceu em Bree, Bélgica e começou a dar os primeiros toques como defesa esquerdo no Bilzen V.V. apenas com 5 anos, mas dois anos depois já no Racing Genk converteu-se em guarda-redes onde jogou desde 1999 até 2011. Formou-se como jogador e como pessoa e fez a sua estria pela equipa principal com apenas 16 anos, conquistou uma Taça Belga em 2008/2009 e foi peça fundamental na conquista do campeonato Belga na época de 2010/2011, onde conseguiu manter a sua baliza inviolável em 14 jogos tendo obtido o prémio do guarda-redes do ano e melhor jogador do Genk do ano. Com toda esta influência no sucesso da sua equipa logo o Chelsea o contractou em 2011, assinando por 5 anos. Para ganhar mais maturidade e experiência na alta gíria da Europa, foi emprestado ao Atlético de Madrid, actuando numa liga considerada uma das melhores do mundo se não a melhor, onde se afirmou a titular e conquistou a Liga Europa de 2011/2012, 3-0 ao At. Bilbao e a Supertaça Europeia de 2012 contra o Chelsea, 4-1. Fez parte das escolhas da selecção sub-18 Belga e faz parte imprescindível da selecção principal da Bélgica nos dias de hoje.É um guarda-redes que apesar de jovem, possui muita presença dentro da área, junta à sua altura (1,99m), uma grande agilidade e rápidos reflexos. Tem personalidade calma, assertiva, transmitindo confiança, tranquilidade e segurança tanto nas saídas dos postes como debaixo dos mesmos. A pequena área é o seu território por natureza, onde todas as bolas por alto são suas e onde comanda os seus colegas de equipa. Muito forte, intuitivo e rápido no um para um, joga bem com os pés e coloca muito bem as bolas nos seus colegas na reposição servindo-os na maior parte das vezes em condições jogáveis. “Outros guarda-redes da Liga Inglesa não possuem tanto talento como Thibaut” e “é um dos melhores talentos do futebol Europeu” foram alguns dos elogios do seu colega de profissão, Petr Cech que ainda afirmou” é um facto que ainda quero jogar aqui o máximo tempo possível, o que significa que necessito ser melhor que ele”.Personalidade, talento, reflexos e agilidade, tudo o que o bom guarda-redes precisa para ter sucesso, Petr Cech tem um substituto à altura… Courtois um miúdo maravilha de hoje para o amanhã.

Texto: Pedro MartinsFotos: google.com

MIÚDO MARAVILHA

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“Pisa-o, pisa-o! Ao inimigo nem água“

Bilardo, ex-treinador

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EDITORIALCoordenação: Carlos Maciel e Ricardo Sacramento

Editor Chefe: João Sacramento

Direcção de arte e maquetização:Carlos Maciel

Redação: Tiago Soares, João Sacramento, Tiago Jordão, Pedro Martins, Bruno Gonçalves, Ricardo Sacramento, João Silva, Francisco Gomes da Silva, Carlos Maciel, Nuno Pereira, Francisco Baião, José Lopes, Pedro Vinagreiro

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