jornal lcp dez. 2010

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Edição de Dezembro 2010 DISCURSO DE SUA EXCELÊNCIA O PRESI- DENTE DA REPÚBLICA POPULAR DA CHINA SR. HU JINTAO NO BANQUETE OFERECIDO POR SUA EXCELÊNCIA O PRESIDENTE DA REPÚBLICA POR- TUGUESA PROF. ANÍBAL CAVACO SILVA Excelentíssimo Senhor Presidente da República Prof. Cavaco Silva e Dr.ª Maria Cavaco Silva, Minhas Senhoras e Meus Sen- hores, Caros Amigos, Atendendo ao amável convite de Vossa Excelência, Senhor Presidente, tenho muito prazer em estar neste belo país de Por- tugal para efectuar uma Visita de Estado. Desde a chegada a Lisboa, temos sentido profundamente a amizade que o povo português tem pelo povo chinês. Agora, Senhor Presidente ofer- ece este grande banquete de boas-vindas em nossa honra e proferiu as palavras calorosas. Gostaria de, em nome da minha esposa e dos meus colegas, e de mim próprio, apresentar os sinceros agradecimentos a Vossa Excelência, Senhor Presi- dente, e à Senhora, bem como ao Governo e Povo Português pela gentileza e amabilidade com que fomos recebidos. Sendo um país europeu antigo e civilizado, Portugal dispõe de uma história longa e uma cultura brilhante. O povo português é diligente e inteligente, e as grandes navegações e Descobrimen- tos Marítimos estabeleceram uma ponte para promover o inter- câmbio entre as culturas orientais e ocidentais, fazendo uma contribuição significativa para o progresso e civilização do mundo. Hoje, Portugal continua a obter novos progressos no seu desenvolvimento económico-social e na promoção da sua cultura, desempenhando um papel cada vez mais importante nos assuntos internacionais, razão pela qual o povo chinês sente satisfação e admiração genuína enquanto amigo sincero do povo português. "Não importa a distância desde que nos entendamos, somos vizinhos mesmo que vivamos a milhares de quilómetros um do outro." Embora a distância geográfica entre a China e Portugal seja longínqua, a amizade entre os dois povos remonta desde há longa data. Desde o estabelecimento das relações diplomáti- cas entre a China e Portugal em 1979, as relações bilaterais têm-se desenvolvido de forma contínua e estável. Especial- mente em 1999, a solução com sucesso da Questão de Macau virou uma nova página na cooperação amistosa sino-por- tuguesa. Desde o estabelecimento da Parceria Estratégica Global sino-portuguesa em 2005, têm-se mantido frequentes as visitas de alto nível entre os dois países, tem sido estreitada a cooperação económica e comercial e dinamizado o intercâmbio cultural, alcançando resultados frutíferos. Hoje à tarde, mantive conversações frutíferas com o Senhor Presidente, chegámos a um amplo consenso sobre as relações bilaterais e outras questões de interesse comum. Estamos de acordos em que a cooperação amistosa sino-portuguesa dispõe de um firme alicerce político e uma ampla perspectiva do desen- volvimento. Actualmente, a situação internacional está a sofrer mudanças complexas e profundas, com a recuperação económica mundial ainda instável, o facto de promovermos o desenvolvimento das relações sino-portuguesas e estreitarmos a cooperação pragmática bilateral corresponde aos interesses fundamentais dos dois países e dois povos. O Governo Chinês atribui grande importância às relações com Portugal, e estamos empenhados em criar, juntamente com a parte portuguesa, uma nova situação do desenvolvimento completo e profundo das re- lações bilaterais, a fim de trazer maiores benefícios aos dois povos. Gostaria de propor agora um brinde, A prosperidade da República Portuguesa e ao bem-estar do povo português, Ao desenvolvimento contínuo da Parceria Estratégica Global sino-portuguesa, A saúde de Vossa Excelência, Senhor Presidente, e a Senhora, A saúde de todos os amigos aqui presentes! A saúde! (Lisboa, 6 de Novembro de 2010) LCP apoia a recandidatura do Professor Cavaco Silva a Presidência da República.

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Edição de Dezembro de 2010 do Jornal LCP

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Page 1: Jornal LCP Dez. 2010

Edição de Dezembro 2010

DISCURSO DE SUA EXCELÊNCIA O PRESI-DENTE DA REPÚBLICA POPULAR DACHINA SR. HU JINTAO NO BANQUETEOFERECIDO POR SUA EXCELÊNCIA O

PRESIDENTE DA REPÚBLICA POR-TUGUESA PROF. ANÍBAL CAVACO SILVA

Excelentíssimo Senhor Presidente da República Prof. CavacoSilva e Dr.ª Maria Cavaco Silva, Minhas Senhoras e Meus Sen-hores, Caros Amigos,

Atendendo ao amável convite de Vossa Excelência, SenhorPresidente, tenho muito prazer em estar neste belo país de Por-tugal para efectuar uma Visita de Estado. Desde a chegada aLisboa, temos sentido profundamente a amizade que o povoportuguês tem pelo povo chinês. Agora, Senhor Presidente ofer-ece este grande banquete de boas-vindas em nossa honra eproferiu as palavras calorosas. Gostaria de, em nome da minhaesposa e dos meus colegas, e de mim próprio, apresentar ossinceros agradecimentos a Vossa Excelência, Senhor Presi-dente, e à Senhora, bem como ao Governo e Povo Portuguêspela gentileza e amabilidade com que fomos recebidos.

Sendo um país europeu antigo e civilizado, Portugal dispõe deuma história longa e uma cultura brilhante. O povo português édiligente e inteligente, e as grandes navegações e Descobrimen-tos Marítimos estabeleceram uma ponte para promover o inter-câmbio entre as culturas orientais e ocidentais, fazendo umacontribuição significativa para o progresso e civilização domundo. Hoje, Portugal continua a obter novos progressos noseu desenvolvimento económico-social e na promoção da suacultura, desempenhando um papel cada vez mais importantenos assuntos internacionais, razão pela qual o povo chinêssente satisfação e admiração genuína enquanto amigo sincerodo povo português.

"Não importa a distância desde que nos entendamos, somosvizinhos mesmo que vivamos a milhares de quilómetros um dooutro." Embora a distância geográfica entre a China e Portugalseja longínqua, a amizade entre os dois povos remonta desdehá longa data. Desde o estabelecimento das relações diplomáti-cas entre a China e Portugal em 1979, as relações bilateraistêm-se desenvolvido de forma contínua e estável. Especial-mente em 1999, a solução com sucesso da Questão de Macauvirou uma nova página na cooperação amistosa sino-por-tuguesa. Desde o estabelecimento da Parceria EstratégicaGlobal sino-portuguesa em 2005, têm-se mantido frequentes asvisitas de alto nível entre os dois países, tem sido estreitada a

cooperação económica e comercial e dinamizado o intercâmbiocultural, alcançando resultados frutíferos.

Hoje à tarde, mantive conversações frutíferas com o SenhorPresidente, chegámos a um amplo consenso sobre as relaçõesbilaterais e outras questões de interesse comum. Estamos deacordos em que a cooperação amistosa sino-portuguesa dispõede um firme alicerce político e uma ampla perspectiva do desen-volvimento. Actualmente, a situação internacional está a sofrermudanças complexas e profundas, com a recuperaçãoeconómica mundial ainda instável, o facto de promovermos odesenvolvimento das relações sino-portuguesas e estreitarmosa cooperação pragmática bilateral corresponde aos interessesfundamentais dos dois países e dois povos. O Governo Chinêsatribui grande importância às relações com Portugal, e estamosempenhados em criar, juntamente com a parte portuguesa, umanova situação do desenvolvimento completo e profundo das re-lações bilaterais, a fim de trazer maiores benefícios aos doispovos.

Gostaria de propor agora um brinde,A prosperidade da República Portuguesa e ao bem-estar dopovo português,Ao desenvolvimento contínuo da Parceria Estratégica Globalsino-portuguesa,A saúde de Vossa Excelência, Senhor Presidente, e a Senhora,A saúde de todos os amigos aqui presentes!A saúde!

(Lisboa, 6 de Novembro de 2010)

LCP apoia a recandidatura do ProfessorCavaco Silva a Presidência da República.

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A China e os Direitos do Homem (esquecidos)parte 1

António dos Santos QueirósProfessor e Investigador 07.12.10

A Declaração Universal dos Direitos Humanos foi adoptada pelaONU em 10 de Dezembro de 1948 (A/RES/217). Esboçada prin-cipalmente por J. P. Humphrey, do Canadá, teve no Dr. P.C.Chang, representante da República Popular da China_RPCH edas posições dos países asiáticos, o principal mediador dos con-sensos estabelecidos nos seus 30 artigos.Num período de profunda crise das democracias e das econo-mias ocidentais, tais direitos são frequentemente reduzidos àsdenominadas “liberdades políticas” e a opinião pública mobi-lizada para focalizar na China a ausência desses direitosdemocráticos fundamentais. Alimentam esta censura a situaçãodo Tibete e a atribuição do Prémio Nobel da Paz ao dissidenteChinês co-autor da chamada Carta O8.

Os Direitos do Homem (esquecidos)

No que respeita ao conjunto dos 30 artigos, as nossas democra-cias ocidentais deixam muito a desejar no seu cumprimento. Valea pena citar dois destes artigos:

“Artigo 23°1. Toda a pessoa tem direito ao trabalho, à livre escolha dotrabalho, a condições equitativas e satisfatórias de trabalho e àprotecção contra o desemprego. 2. Todos têm direito, sem discriminação alguma, a salárioigual por trabalho igual. 3. Quem trabalha tem direito a uma remuneração equitativa esatisfatória, que lhe permita e à sua família uma existência con-forme com a dignidade humana, e completada, se possível, portodos os outros meios de protecção social. 4. Toda a pessoa tem o direito de fundar com outras pessoassindicatos e de se filiar em sindicatos para defesa dos seus inter-esses. Artigo 25°1. Toda a pessoa tem direito a um nível de vida suficientepara lhe assegurar e à sua família a saúde e o bem-estar, princi-palmente quanto à alimentação, ao vestuário, ao alojamento, àassistência médica e ainda quanto aos serviços sociaisnecessários, e tem direito à segurança no desemprego, nadoença, na invalidez, na viuvez, na velhice ou noutros casos deperda de meios de subsistência por circunstâncias indepen-dentes da sua vontade. 2. A maternidade e a infância têm direito a ajuda e a assistên-cia especiais. Todas as crianças, nascidas dentro ou fora domatrimónio, gozam da mesma protecção social.”

Analisemos sumariamente a evolução destes direitos na China:A revista americana Time de 28.09.09 dedicou à China a suacapa e publicou um quadro comparativo da nação chinesa, antese depois da República Popular, fundada em 1 de Outubro de1949:A população, que era de 542 milhões, cresceu para 1.300 mil-hões de cidadãos. A esperança de vida passou de 36,5 para 73,4anos. O rendimento per capita elevou-se de 51 dólares para2.770. As “foreing-exange reserves”, anteriormente inexistentes,elevaram-se até 2 “triliões” de dólares, as maiores do mundo.

O número de estudantes no ensino superior passou de 112.000para 2.200 milhões, em cada ano lectivo. O analfabetismo, queatingia 80% da população, praticamente foi erradicado e o ensinobásico e secundário abrange hoje 206 milhões de jovens. A mor-talidade infantil caiu de 1.500 para 34,2 por 100.000 nascimen-tos.

Carta O8

A análise da Carta 08, cuja autoria é atribuída ao Nobel da Pazdeste ano, Liu Xiaobo e que estaria na base da sua condenaçãoem 2008 pelo Tribunal Popular da China, tem-se centrado noOcidente na área das suas reivindicações de mudança do sis-tema político, preconizando a evolução da China para o modelode democracia ocidental.Mas, manda o método e o rigor das ciências políticas, que separte sempre da avaliação das propostas de economia política.Transcrevemos aqui o seu núcleo fundamental: “We should establish a Committee on State-Owned Property, re-porting to the national legislature, that will monitor the transfer ofstate-owned enterprises to private ownership in a fair, competi-tive, and orderly manner. We should institute a land reform thatpromotes private ownership of land, guarantees the right to buyand sell land, and allows the true value of private property to beadequately reflected in the market.”Na época actual a economia chinesa está profundamente ligadaao sistema capitalista internacional, pelo que, a sua resiliênciamerece uma atenção especial, liberta de preconceitos ideológi-cos, nomeadamente da visão eurocêntrica que menospreza a(s)cultura(s) americana (s) e desconsidera as culturas orientais, quemal conhece. É provável que o epíteto de “vulnerable economie”,com que a revista The Economist em Dezembro de 2008 aindabrindava a economia chinesa, soe agora como estranho, face aoseu comportamento em plena crise, e tanto mais que no mesmonúmero a revista reconhece que, actualmente, dois terços daprodução de mercadorias na China provêm de empresas quenão pertencem ao sector nacionalizado, enquanto que o estadodomina os sectores chave da banca, telecomunicações, energiae comunicação social. (The Second Long Marsh, pág. 29). Nesteartigo, citando as estatísticas do Banco Mundial, The Economistilustra com três quadros o progresso da democracia económicana China, nos últimos trinta anos, sem nunca mencionar aqueleconceito: 200 milhões de cidadãos retirados à pobreza, o quadru-plicar do rendimento da população rural e um crescimento de70% da produção de cereais, num país continental que, em com-paração com a Europa, possui apenas 40% de terra arável.Neste contexto, as propostas dos subscritores da Carta 08 sig-nificam o desmantelamento do sector estatal e a sua privatizaçãomundial, que constituiu a base da resistência da economia chi-nesa aos efeitos devastadores da crise financeira ocidental e osuporte da “economia de mercado socialista” e da redistribuiçãoda riqueza nacional, traduzida no na nova fórmula do Artº 6º daConstituição da República Popular da China (1999)”. «A base dosistema económico socialista da República Popular da China é apropriedade pública socialista dos meios de produção, desig-nadamente a propriedade de todo o povo e a propriedade colec-tiva do povo trabalhador. O sistema de propriedade públicasubstitui o sistema de exploração do homem pelo homem eaplica o princípio «de cada um conforme as suas capacidades, acada um segundo o seu trabalho» «No período inicial do social-ismo, o Estado persiste no sistema económico fundamental,tendo por principal a propriedade pública com o desenvolvimentoconjunto da economia de propriedades diversificadas, e no sis-tema de distribuição tendo por principal «a cada um segundo oseu trabalho» com a coexistência de meios diversificados de

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distribuição.»Por outro lado, o maior feito do regime chinês, designado deRepública Popular (democracia popular), é ter tirado 500 milhõesde camponeses sem terra da miséria, restituindo-lhes a posse daterra que tornaram agricultável ao longo de quarto mil anos decivilização (Artigo 17° da Declaração Universal dos Direitos doHomem: Toda a pessoa, individual ou colectivamente, tem direitoà propriedade) e tê-los libertado do flagelo dos senhores daguerra, e conquistado a paz, a coexistência pacífica entre 56 na-cionalidades, instrução, cuidados primários de saúde e assistên-cia social básica.Ora a proposta de Liu Xiaobo e do seu grupo, de liberalizaçãodo comércio da terra, significa, em qualquer sistema económico,a concentração da propriedade rural privada e a concorrência ru-inosa para os pequenos agricultores e as suas cooperativas.O contrário, o novo Artº 8º que resulta da revisão constitucionaljá citada, harmoniza os direito á posse e usufruto pessoal daterra cultivada, com a competitividade no mercado através da or-ganização cooperativa: «As unidades colectivas económicas ru-rais aplicam o sistema de exploração de dois estratos integradosde unificação com a separação, tendo por base a exploração pormeio de contrato do agregado familiar. Pertencem ao sector daeconomia socialista de propriedade colectiva do povo trabalhadortodas as formas de economia cooperativa de produção, dis-tribuição e circulação, de crédito e de consumo. Os trabalhadoresque são membros de unidades colectivas económicas rurais têmo direito de, nos limites definidos pela lei, cultivar parcelasaráveis e terrenos montanhosos destinados a uso particular e odireito de se dedicar a uma economia auxiliar e à criação degado por conta própria.»Finalmente, os autores da Carta 08 omitem qualquer crítica àsnebulosas sociedades financeiras, alojadas no coração dos esta-dos democráticos, como a Suíça, o Mónaco francês, a inglesaGibraltar e na própria China de Hong Kong e que estão naorigem da actual crise, constituindo um novo poder global acimados estados e do direito internacional, que funciona sem pátrianem moral, na procura de lucros instantâneos e especulativos,ameaçando a própria estabilidade do sistema bancário e do es-tado democrático, porque, ao contrário destes, nada as vincula àeconomia social e ao controle da lei.

REALIZAÇÃO DA 3ª. REUNIÃO DOS FUN-CIONÁRIOS DE ALTO NÍVEL DO FÓRUM DE

MACAU

A 3ª. Reunião dos Funcionários de Alto Nível do Fórum de Macaufoi realizada em 11 de Novembro de 2010, no World Trade Cen-ter, 5º andar, Sala Lótus. Participaram na presente Reunião osAltos Funcionários dos Ministérios do Comércio da China, os Em-baixadores dos Países de Língua Portuguesa em Pequim, osPontos Focais do Fórum de Macau nos Países de Língua Por-tuguesa e os membros do Secretariado Permanente do Fórumde Macau.

Os participantes da Reunião debruçaram sobre o projecto finaldo Plano de Acção para a Cooperação Económica e Comercial -3ª. Conferência Ministerial do Fórum de Macau, e tomaram con-hecimento do programa da 3ª. Conferência Ministerial.

A 3ª. Conferência Ministerial do Fórum para a CooperaçãoEconómica e Comercial entre a China e os Países de LínguaPortuguesa será realizada nos dias 13 e 14 de Novembro do cor-

rente ano. O Dirigente do Conselho do Estado da China, os Diri-gentes dos Países de Língua Portuguesa, as Delegações Oficiaisda China e dos Países de Língua Portuguesa, as DelegaçõesEmpresariais e dos Quadros da Área Financeira do interior daChina, Macau e dos Países de Língua Portuguesa e Delegaçõesdas Organizações Internacionais, no total aproximado de 1500pessoas, participará na Cerimónia de Abertura da 3ª. Conferên-cia Ministerial a ter lugar no dia 13 de Novembro, parte damanhã, na Nave Desportiva dos Jogos da Ásia Oriental.

Na parte da tarde do dia 13 de Novembro, realizar-se-á tambéma Conferência dos Empresários e dos Quadros da Área Finan-ceira da China e dos Países de Língua Portuguesa, no VenetianBallroom, 3º piso, no Venetian Macao-Resort-Hotel.

A Conferência Ministerial será realizada no dia 14 de Novembro,na parte da manhã, com a assinatura do Plano de Acção para aCooperação e Comercial-3ª. Conferência Ministerial pelos Min-istros da tutela do Fórum da China e dos Países de Língua Por-tuguesa.

Os Ministros da tutela do Fórum da China e dos Países de Lín-gua Portuguesa e o Secretário para a Economia e Finanças doGoverno da RAEM irão presidir a Cerimónia Inaugural do Centrode Formação do Fórum para a Cooperação Económica e Comer-cial entre a China e os Países de Língua Portuguesa (Macau).Na Cerimónia de Abertura da 3ª. Conferência Ministerial doFórum de Macau, conta com a presença do Primeiro-Ministro daConselho do Estado da China, Wen Jiabao, Presidente daRepública Democrática de Timor-Leste, José Ramos Horta,Primeiro-Ministro da República Portuguesa, José Sócrates,Primeiro-Ministro da República da Guiné-Bissau, Carlos GomesJúnior, Primeiro-Ministro da República de Moçambique, AiresBonifácio Baptista Ali, Ministro do Estado e das Infra-estruturas,Transportes e Telecomunicações da República de Cabo Verde,Manuel Inocêncio Sousa, Ministro da Economia da República deAngola, Abraão Pio dos Santos Gourgel e Vice-Ministro para As-suntos Económicos e Tecnológicos do Ministério das RelaçõesExteriores da República Federativa do Brasil, Pedro LuizCarneiro Mendonça, Chefe do Executivo do Governo da RAEM,Fernando Chui Sai On e Ministro do Comércio da China, ChenDemin.

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O tempo para recordar

LIGA DOS CHINESES EM PORTUGAL GALARDAO EMPRESA DO ANO: MOTA-ENGIL

MENSAGEM:

O Grupo Mota-Engil tem pautado a sua actividade por uma grande abertura e disponibilidade de diálogo com cul-turas e civilizações diversas. Tem sido desta forma que o Grupo tem alargado a sua actividade Internacional.Desde a sua fundação, temos desenvolvido a nossa actividade em vários Continentes, sempre com a afirmação deum princípio: respeitar as culturas e os povos de cada um dos países. Desta forma, foram e são nossos colabo-radores - com estatuto idêntico - pessoas dos mais diversos países e culturas.Por outro lado, a par da nossa actividade empresarial, o Grupo Mota-Engil sempre apostou numa política de sus-tentabilidade e responsabilidade social. Ao longo dos mais de 60 anos da nossa história promovemos o apoio a enti-dades e organizações que desenvolvem iniciativas dirigidas a imigrantes e a grupos minoritários. Pelaparticularidade da nossa actividade, pelo facto de sermos um Grupo multinacional, sempre fomos defensores da in-tegração e diálogo intercultural.Focando-nos na comunidade chinesa, também ao nível das parcerias, entendo como fundamental a promoção deum relacionamento empresarial entre Portugal e a China mais forte e em consonância com o que são as oportu-nidades diversas de colaboração.Com esta Visão estratégica, destaco, ao nível da Mota-Engil, o Acordo que em 2009 celebrámos, através da partici-pada Log-Z, com a Nam Kwong (conglomerado de empresas públicas chinesas com actividade no sector financeiro,comércio e logística), para a sua integração no capital da Plataforma Logística, promovendo-se ainda a constituiçãoda empresa Chinalog, detida em partes iguais, com o intuito de prestar um conjunto de serviços e de consultadorialogística, em Xangai, às empresas chinesas.Sendo a Plataforma do Poceirão o maior Investimento do Programa Portugal Logístico, e detendo uma localizaçãoprivilegiada num sector de elevada competitividade internacional como é o caso da Logística, o Acordo celebradotem por intuito promover um maior intercâmbio comercial que permita assegurar às empresas chinesas um apoiologístico privilegiado para as suas operações para a Europa e para outros Continentes.Será através deste tipo de iniciativas empresariais, entre outras, que vemos como viável o fortalecimento das re-lações entre ambos os Países.

Jorge Coelho, Mota-Engil S.G.P.S., S.A. Presidente Executivo

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(2010年11月6曰,里斯本)中华人民共和国主席胡锦涛

尊敬的席尔瓦总统和夫人,女士们,先生们,朋友们:

应席尔瓦总统盛情邀请,我很高兴来到 美丽的葡萄牙进行囯事访问。从抵达里斯本 起,我们就深切感受到葡萄牙人民对中国人 民的友好情谊。现在,总统先生为我们举行 盛大欢迎宴会,并发表热情洋溢的讲话。在 这里,我谨代表我的夫人和同事们,并以我个人的名义,对总统先生和夫人、葡萄牙政 府和人民的盛情款待和周到安排表示衷心感 谢!

葡萄牙是欧洲文明古国,有着悠久历史和灿烂文化。葡萄牙人民勤劳智慧,伟大的 航海大发现为东西方文化交流搭建了桥梁, 更为世界文明进步作出重要贡献。今天,贵 国在发展经济、弘扬民族文化、促进社会发 展等方面又不断取得新成就,在国际事务中 发挥着日益重要的作用。作为葡萄牙人民的真诚朋友,中囯人民为此感到由衷的高兴和 钦佩。

“相知无远近,万里尚为邻。”中葡虽 然相距遥远,但两国人民友谊源远流长。 1979年建交以来,中葡关系持续稳定发展, 特别是1999年澳门问题顺利解决为中葡友 好合作翻开了新的一页。2005年中葡建立全 面战略伙伴关系以来,两国高层往来频繁, 经贸合作密切,文化交流活跃,取得了丰硕 成果。

今天下午,我同席尔瓦总统举行了富有 成果的会谈,就双边关系和其他共.同关心的问题达成广泛共识。我们一致认为,中葡友 好合作有着坚实政治基础和广阔发展前景。 当前,囯际形势正在发生深刻复杂变化,世 界经济复苏仍不稳定,推动中葡关系发展、 加强双方务实合作符合两国和两国人民的根 本利益。中方高度重视同葡萄牙的关系,愿同葡方一道开创两囯关系全面深入发展新局 面,更好造福两国人民。现在,我提议:

为葡萄牙共和囯繁荣昌盛、人民幸福,为中葡全面战略伙伴关系不断发展,为席尔瓦总统和夫人的健康,为在座各位朋友的健康,

欧浪网08月16日报道,8月7日,张备三大使、大使夫人张路、领事部主任郑希、王海涛领事一行来到PORTO市的一家中国餐馆,这家中国餐馆在葡萄牙当地已经有了30多年的历史,很多当地葡萄牙人都知道这家中国餐馆,而这家餐馆的主人就是旅葡著名华侨周洪泽先生。

张大使一行此次是来到周老先生的餐馆,还会见了葡萄牙国中国和平统一促进会执行长周一平先生和葡萄牙华人联合总会会长王小伟先生。

周一平先生告诉大使,奔月葡萄牙国中国和平统一促进会,将邀请一些在葡萄牙国具有影响力的政治,工商,企业人员访问中国,现已确认了他们具体行程。他们一行人员将于2010年8月22日上午8点到达北京,24日晚离京将返贵州省访问。26日下午返回上海,28日离开中国返回葡萄牙国。

张大使对此事大加赞赏并表示支持,希望旅葡华侨多多做出这样增进中国和葡萄牙两国之间相互访问交流的工作。

周洪泽老先生向张大使展出了他的个人荣誉:葡萄牙总理颁发的骑士勋章和PORTO市奖牌。张大使表示,周老先生是中国人在葡萄牙的知名老华侨,为中国人在葡萄牙赢得了荣誉,在葡萄牙生活了50多年的周老先生被大使称之是与葡萄牙结缘可比金婚50年的中国人。

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2010 - 122

2010年11月9日,中非民间商会同葡萄牙华人华侨联合会签署关于加强双方合作的协议。中非民间商会秘书处主任张丽女士和葡萄牙华人华侨联合会执行委员会主席周一平先生分别作为双方代表签署合作协议。

此次签约是继今年8月葡萄牙国会议员、葡中友好议员团主席维塔利诺·卡纳斯(Vitalino Canas)先生率领葡萄牙中国和平统一促进会代表团一行7人访问我会的后续行动。

双方将加强合作,充分利用中非民间商会拥有的民营企业资源和葡萄牙华人华侨联合会在非洲葡语国家的便利条件,为企业开展在非洲葡语国家的业务提供相关服务。

会上葡方代表提出在莫桑比克建设工业城及在几内亚比绍开展农业渔业项目的建议,几内亚比绍气候适宜,一年可种植三季作物,渔业资源丰富。双方还达成意向共同开展葡语培训项目,针对有意进入非洲葡语国家的人员进行葡语交流培训工作。

此次签约圆满结束。中央统战部五局邹宇先生,光彩事业基金会吴秀和处长,天津侨务办公室华侨服务中心吴贵增主任和我会秘书处代表共同见证。

欧浪网08月16日(记者熙杰 )报道,8月7日,在葡萄牙北部坡华娱乐中心,旅葡北部侨领及各社团华人代表举办晚宴,热烈欢迎中国驻葡萄牙大使张备三、大使夫人张路、领事部主任郑希、王海涛领事一行来北部视察。出席这次活动的北部华人协会社团有:葡萄牙华人工商联和总会、葡萄牙华侨华人总会、葡萄牙华人华侨维拉贡德分会、葡萄牙华人联合总会、和统会、葡华侨联、葡萄牙福建同乡会、中葡艺术家协会、南欧葡萄牙广东华侨华人协会、华人工商维拉贡德联合会、中葡经贸合作总会等诸多社团协会。

南欧葡萄牙广东华侨华人协会永远名誉会长林炳新先生首先致辞,他对张大使能够来葡萄牙北部看望当地华人华侨表示十分热烈的欢迎。林先生说,在葡萄牙近年来,华人逐渐增多了起来,很多华人华侨在葡萄牙取得了很好的成就和地位,这与我们祖国的繁荣强盛是分不开的,没有强大的祖国做后盾,也没有我们华人今天在葡萄牙的生活和工作发展。中国驻葡萄牙大使馆作为祖国在葡萄牙的政府代表,时刻都在关心和帮助我们生活和工作在葡萄牙的华人同胞。今天,张大使到访北部,又一次让我们感受到了对我们北部旅葡华人的热心关怀。

中国驻葡萄牙大使张备三在讲话中表示,自己到葡萄牙两个月左右,公务确实比较繁忙,这次有机会来葡萄牙北部和当地侨胞们相聚,他十分高兴。他有一个心愿,就是中国和葡萄牙两国的关系发展,不光要靠政府的推动,还要靠当地华侨华人的一起努力,为两国友好发展做出自己的贡献。

张大使还说到,他临来葡萄牙之前,和几位他的前任,就是历届中国驻葡萄牙大使比如马恩汉前大使、高克祥前大使都交谈过,这些前任大使都表示他们在葡萄牙的工作期间内,得到过每一位现场侨胞的帮助和支持,并且都很十分想念大家。在此,他也带来了这些历届驻葡大使的亲切问候,祝大家及家人身体健康!

张大使说到,前不久他刚刚从葡萄牙南部走访慰问了当地那里的侨胞。在和他们谈话的时候,一些侨胞说起了当初在葡萄牙创业的艰辛让他深有感触。他知道了每一位在国外的侨胞都有一个艰辛创业的过程经历,并且大家在祖国有灾难雪灾水灾的时候,纷纷解囊捐助祖国灾区人民,祖国人民感谢你们了,他对大家的这种爱国之情表示深深最崇高的敬意和真挚的感谢。

张备三大使最后说到,他自从参与中国与葡萄牙的澳门回归谈判时开始,就体会到和感受到外国人不敢小看我们中国人了,这些不仅是祖国的日益强大,还有在国外的侨胞们的贡献,希望大家的第二代第三代都融入到葡萄牙的主流社会,每人都有更好的生活和发展。也希望在他的任期内,通过使馆和大家侨胞的努力,中国和葡萄牙的关系更好发展。

之后,欢迎晚宴在友好的气氛中开始。