jornal nº 21

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Nesta edi- ção:Nesta edi- ção: JEscola Fernando Namora ESCOLA SECUNDÁRIA FERNANDO NAMORA 3º TRIMESTRE #21 21 21 21 - 2009/2010 DIA DO PATRONO DIA DO PATRONO DIA DO PATRONO DIA DO PATRONO 1/5 1/5 1/5 1/5 CLUBE EUROPEU CLUBE EUROPEU CLUBE EUROPEU CLUBE EUROPEU 6 GRUPO DE GEOGRAFIA GRUPO DE GEOGRAFIA GRUPO DE GEOGRAFIA GRUPO DE GEOGRAFIA 7/9 7/9 7/9 7/9 LÍNGUAS & COMPA- LÍNGUAS & COMPA- LÍNGUAS & COMPA- LÍNGUAS & COMPA- NHIA NHIA NHIA NHIA 10/20 10/20 10/20 10/20 ÁREA de PROJECTO ÁREA de PROJECTO ÁREA de PROJECTO ÁREA de PROJECTO 12ºB 12ºB 12ºB 12ºB 21/22 21/22 21/22 21/22 ACANTONAMENTO ACANTONAMENTO ACANTONAMENTO ACANTONAMENTO E.M.R.C. E.M.R.C. E.M.R.C. E.M.R.C. 23 23 23 23 JORNAL do TAP JORNAL do TAP JORNAL do TAP JORNAL do TAP 26/29 26/29 26/29 26/29 E TAMBÉM: OLIMPÍADAS da FÍSICA PROJECTO TWIST FESTIVAL DO SECUNDÁRIO PARA DESCON- TRAIR SUPLEMENTO: FOLHA DO CNO PRIMEIRO PLANO Nesta edição: “Hoje eu vi, nesta Escola, os laboratórios animados, os vários cursos a apresentarem os seus trabalhos, os professores e funcionários envolvidos (…). A Escola está hoje em festa em torno da pessoa que foi o patro- no!” DIA DO PATRONO Drª Helena Libório, Directora Regional de Educação do Centro:

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Jornal da Escola Secundária Fernando Namora

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Page 1: Jornal nº 21

Nesta edi-

ção:Nesta edi-ção:

JEscola Fernando Namora

E S C O L A S E C U N D Á R I A F E R N A N D O N A M O R A

3º TRIMESTRE

#21212121 - 2009/2010

DIA DO PATRONODIA DO PATRONODIA DO PATRONODIA DO PATRONO 1/51/51/51/5

CLUBE EUROPEUCLUBE EUROPEUCLUBE EUROPEUCLUBE EUROPEU 6666

GRUPO DE GEOGRAFIAGRUPO DE GEOGRAFIAGRUPO DE GEOGRAFIAGRUPO DE GEOGRAFIA 7/97/97/97/9

LÍNGUAS & COMPA-LÍNGUAS & COMPA-LÍNGUAS & COMPA-LÍNGUAS & COMPA-

NHIANHIANHIANHIA

10/2010/2010/2010/20

ÁREA de PROJECTOÁREA de PROJECTOÁREA de PROJECTOÁREA de PROJECTO 12ºB12ºB12ºB12ºB

21/2221/2221/2221/22

ACANTONAMENTOACANTONAMENTOACANTONAMENTOACANTONAMENTO E.M.R.C.E.M.R.C.E.M.R.C.E.M.R.C.

23232323

JORNAL do TAPJORNAL do TAPJORNAL do TAPJORNAL do TAP

26/2926/2926/2926/29

E TAMBÉM:

• OLIMPÍADAS da FÍSICA

• PROJECTO TWIST

• FESTIVAL DO SECUNDÁRIO

• PARA DESCON-TRAIR

SUPLEMENTO:

FOLHA DO CNO

PRIMEIRO PLANO

Nesta edição:

“Hoje eu vi, nesta Escola, os laboratórios animados,

os vários cursos a apresentarem os seus trabalhos, os

professores e funcionários envolvidos (…). A Escola

está hoje em festa em torno da pessoa que foi o patro-

no!”

DIA DO PATRONO

Drª Helena Libório, Directora Regional de Educação do Centro:

Page 2: Jornal nº 21

Página 2 Jornal de Escola

A Senhora Directora Regional de Edu-

cação do Centro salientou “a impor-

tância que o Dia do Patrono pode ter

para reforçar a identidade da Esco-

la. Uma escola deve ter a sua identi-

dade. A identidade da escola reforça

os laços entre a Comunidade Edu-

cativa, reforça o entusiasmo dos

alunos pela sua escola, conhecendo

a história do seu patrono. Identifica-

rem-se com a escola que frequen-

tam é um passo significativo para

sentirem a escola como sua e, con-

sequentemente, aqui se sentirem

bem e fazerem as aprendizagens e

qualificações que pretendemos que

façam.”

Page 3: Jornal nº 21

Fernando Namora com os olhos do meu coração

Quando me pediram para falar um pouco sobre o nosso Patrono, confesso que fiquei

aturdida!

Falar da vida? Da obra? É fácil: lê-las em livros, revistas, jornais, on-line…

Assim, socorri-me de uma pequena reflexão do escritor que passo a citar:

“Tanto ou mais que as pessoas, os lugares vivem e morrem. Com uma diferença: mes-mo se já mortos, os lugares retêm a vida que os animou. No silêncio, sentimos-lhes os ouvi-dos vigilantes ou o rumor infatigável dos ecos ensurdecidos.” Fernando Namora, in 'Jornal sem Data'

Com estas palavras escritas pelo nosso patrono, tentarei reviver algumas das minhas memórias de infância.

As histórias que a minha bisavó (figura alta, esguia e imponente, que me fascinava e impunha respeito, por trás daqueles enormes óculos redondos que lhe escondiam a ceguei-ra) me contava…

Falava de meu pai e das suas tropelias e aventuras, enquanto aluno da “escola dos rapazes - hoje junta de freguesia - com um menino (um pouco mais velho) vizinho e amigo.

Esse menino, escusado será dizer, era Fernando Namora que, como todos os meninos, tinha uma vida singular, igual à dos outros meninos da sua época…

Pela lei natural da vida, o tempo foi passando, o menino cresceu e tornou-se no ilustre e famoso médico e escritor.

Mas não vos vou falar desse percurso sobejamente conhecido. São alguns flahs de meninice que recordo com alguma impressão de medo: Lembro-me ,talvez entre os 5 e os 6 anos, de ir com meus pais, para casa de um fami-

liar no Rabaçal e de ver muitos homens reunidos, a falar não sei de quê (parecia-me na altu-ra, que eles se queriam esconder, porque tinham feito algo de errado…).

Ora, entre esses homens (que para mim, tinham um ar sinistro) encontrava-se Fernan-do Namora, que na altura exercia clínica em Condeixa.

Quando comecei a ser”gente” percebi o que faziam “aqueles homens”: estavam mes-mo escondidos, não por terem feito algo de errado, mas para se protegerem da terrífica PIDE.

Continuando com as minhas lembranças de infância (quando tinha cerca de 7 anos), mais uma vez recordo, agora com alguma impressão de ansiedade, o nosso patrono.

Foi nessa altura que Fernando Namora, na altura assistente do IPO de Lisboa, apoiou e ajudou meu pai, que aí se teve de submeter a uma delicada intervenção cirúrgica e conse-quentes tratamentos.

Jornal de Escola Página 3

Page 4: Jornal nº 21

Fernando Namora foi o amigo, o médico, o psicólogo, o amparo e o confidente de

meus pais (minha mãe na altura estava grávida de meu único irmão, quase em fim de gesta-ção).

Eu não percebia muito bem o que se passava, pois era muito criança. Só me lembro de ir muitas vezes ao hospital, ver o meu pai e de, no quarto dele, aparecer um “tal” doutor de bata branca, que eu já conhecia e que me causava alguns arrepios, pois sempre que o via ficava com medo…

Com o passar dos anos percebi, então, tudo o que se passara e a forte amizade que ligava meu pai a Fernando Namora desde a infância.

Mais tarde, já eu era professora, talvez com trinta anos, a vida de minha família voltou a cruzar-se com o percurso profissional do nosso patrono, era Fernando Namora, na altura, director dos Laboratórios Farmacêuticos Vitória.

Meu irmão tinha concorrido a um lugar de delegado de informação médica do Vitória, não tendo conhecimento de quem era o seu director.

Depois de ter feito alguns exames e posterior estágio entrou para o lugar. Numa das reuniões que teve em Lisboa, ao conversar com o director que não conhecia

descobriu que aquele nascera em Condeixa e que era Fernando Namora. Palavra puxa pala-vra, soube também que o seu director era um grande apreciador da gastronomia condeixen-se, nomeadamente o cabrito assado (prato que minha mãe confecciona divinamente).

Foi então que o convidou para vir almoçar a Condeixa. No dia combinado, cá estava Fernando Namora para provar o tão particular pitéu: o

dito “cabrito”. Quando meu irmão o encaminha para casa de meus pais, este ficou surpreendidíssi-

mo, pois não imaginava quem eram os pais de meu irmão! Nesse dia, Fernando Namora reviveu com um misto de alegria e nostalgia tempos de

meninice e juventude, segundo me contou minha mãe (eu com grande mágoa não estava presente, porque estava a dar aulas).

Alguns anos após este episódio, fui colocada em Condeixa, na Escola, na altura C+S de Condeixa (que veio a dar origem à nossa Escola, embora noutro edifício – o actual Centro Escolar).

Nessa escola era presidente do CD em 1989, ano da morte do nosso patrono. Recordo o dia 31 de Janeiro de 89 com bastante mágoa, pois meu pai ficou destroçado

com a notícia! Como era de esperar, os antigos amigos e companheiros deslocaram-se a Lisboa para

acompanhar o seu saudoso companheiro à última morada. Durante muito tempo meu pai não conseguia esquecer o seu amigo e à hora de almoço

(eu costumava estar presente), muito se falava de Fernando Namora. Em homenagem ao saudoso amigo de meu pai, propus o nome de “FERNANDO

NAMORA” para a biblioteca da Escola de que era, como já referi, presidente (nome esse que foi aceite).

Meu pai foi fazer-lhe companhia 4 meses e meio depois… Volvidos vinte anos, regressei a Condeixa, para ser professora bibliotecária da escola

que mais tarde veio a ter como patrono Fernando Namora. Para concluir, não posso deixar de ler três pequenos poemas do médico-escritor que,

segundo “os olhos do meu coração” se relacionam com o que vos acabei de ler:

Página 4 Jornal de Escola

Page 5: Jornal nº 21

Jornal de Escola Página 5

Coisas, Pequenas Coisas Fazer das coisas fracas um poema. Uma árvore está quieta, murcha, desprezada. Mas se o poeta a levanta pelos cabelos e lhe sopra os dedos, ela volta a empertigar-se, renovada. E tu, que não sabias o segredo, perdes a vaidade.

Fora de ti há o mundo

e nele há tudo

que em ti não cabe.

Homem, até o barro tem poesia!

Olha as coisas com humildade.

Fernando Namora, in "Mar de Sarga-

ços"

Profecia Nem me disseram ainda

para o que vim.

Se logro ou verdade

Se filho amado ou rejeitado.

Mas sei

que quando cheguei

os meus olhos viram tudo

e tontos de gula ou espanto

renegaram tudo

e no meu sangue veias se abriram

noutro sangue....

A ele obedeço,

sempre,

a esse incitamento mudo.

Também sei

que hei-de perecer, exangue,

de excesso de desejar;

mas sinto

sempre,

que não posso recuar.

Poema da Utopia A noite caiu sem manchas e sem culpa. Os homens largaram as máscaras de bons actores. Findou o espectáculo. Tudo o mais é arrabalde. No alto, a utópica Lua vela comigo E sonha coalhar de branco as sombras do mundo. Um palhaço, a seu lado, sopra no ven-tre dos búzios. Noite! Se o espectáculo findou Deixa-nos também dormir. Helena Araújo

Abril de 2010

Page 6: Jornal nº 21

No âmbito do Clube Europeu, realizou-se, mais uma vez, o intercâmbio escolar com os alunos ale-

mães do Liceu Edith-Stein de Bretten. Participaram na recepção os seguintes alunos: do 10ºA, André Bor-

ges, Daniela Simões, Joana Dias, Joana Carecho, Maria João Ventura; do 11ºB, Nuno Lourenço e Pedro

Galvão; do 11º C, Alexandra Rodrigues; do

12ºA Leonor Serra e do 12ºC Filipa Simões.

Estiveram presentes 13 alunos alemães, dois

professores e duas crianças que percorreram

Portugal desde Lisboa ao Porto, passando por

Coimbra - Montemor-o-Velho – Figueira da

Foz, não esquecendo o habitual roteiro turís-

tico por Condeixa.

Os professores Nazaré Monteiro e Vic-

tor Nunes agradecem aos hospedeiros e seus

respectivos Encarregados de Educação pelo

tempo disponibilizado e pela dedicação e empenho com que receberam os hóspedes. Agradecem tam-

bém à professora Anabela Lemos pela recepção do professor Christian Buschmann e à professora Zélia

Pereira pela recepção da professora Petra Wigand e seus filhos e por todo o tempo disponibilizado e

apoio dado de 15 a 22 de Abril, principalmente.

Finalmente, para concluir este ciclo de intercâmbio 2010, decorrerá a visita a Bretten de 6 a 13 de

Julho.

O Clube Europeu

Página 6 Jornal de Escola

INTERCÂMBIO ESCOLAR

Page 7: Jornal nº 21

Jornal de Escola Página 7

O grupo de Geografia apresenta o balanço final das actividades desenvolvidas

ao longo do ano lectivo 2009/10. Através das diversas actividades foram

proporcionadas novas vivências e aprendizagens. O grupo apresenta-se, por isso,

bastante satisfeito com os resultados obtidos.

20 de Março de 2010 - Vamos Limpar

Portugal

A convite da Directora da Escola, o

grupo de Geografia responsabilizou-se

pela campanha de sensibilização

Vamos Limpar Portugal. Os vários

docentes fizeram a divulgação em

todas as turmas e ainda participaram

activamente na recolha de lixos nas

matas de Condeixa-a-Velha

juntamente com a Directora da Escola,

Anabela Lemos.

22 de Março de 2010 – Comemoração

do dia Internacional da Água

Este dia foi assinalado com as seguintes

actividades:

- Palestra na sala de aula (7ºA e B)

- Concurso “Geografia das Águas em

Portugal” (7ºA e B)

- Exposições: bibliográfica, documental e

fotográfica no átrio principal e na

biblioteca da escola.

GRUPO DE GEOGRAFIA - ACTIVIDADES

Page 8: Jornal nº 21

22 de Abril de 2010 – Comemoração

do Dia da Terra

Continuando com as preocupações

ambientais, o grupo de Geografia assi-

nala o Dia da Terra com a presença da Dra. Filipa Domingos, (Gestora da mar-

ca: “Águas Serra da Estrela”), numa

palestra na Biblioteca destinada aos

alunos do 8ºano.

3 a 7 de Maio de 2010 – Semana da

Europa

Nesta semana decorreu no átrio princi-

pal uma exposição evocativa de Jean

Monnet para assinalar o dia da União

Europeia. Além do grupo de Geografia

a mesma contou com a participação do

Clube Europeu.

A partir do dia 14 de Junho estará patente

uma exposição documental e estatística, no átrio

principal, uma Exposição subordinada ao tema

“Condeixa através dos Censos”, realizada

pelos alunos do 8º ano sob a orientação do Pro-

fessor Rui Rato.

O Grupo de Geografia

Página 8 Jornal de Escola

Page 9: Jornal nº 21

Jornal de Escola Página 9

VISITA DE ESTUDO À

REGIÃO OESTE

No dia 19 de Março, os alunos do 10º e 11º anos turmas C,

realizaram uma visita de estudo à região Oeste, junta-

mente com os professores Rui Rato e Artur Alves. A visita

foi efectuada no âmbito da disciplina de Geografia com o

objectivo principal de consolidar conhecimentos adquiri-

dos nas aulas e desenvolver a capacidade de observação

como ferramenta e método fundamental da disciplina.

A visita iniciou-se pela Fábrica de Cimentos SECIL situa-

da em Maceira, Leiria, onde fomos recebidos pela res-

ponsável do Museu do Cimento. Num pequeno auditório,

um engenheiro da fábrica fez uma apresentação multimé-

dia sobre o processo de produção do cimento e orgânica

da própria unidade fabril. Seguidamente, realizámos uma

visita guiada pelos diferentes sectores da fábrica.

Depois de um retemperador almoço numa área de servi-

ço da auto-estrada A8, dirigimo-nos para a cidade das

Caldas da Rainha onde visitámos, guiados por uma das

suas responsáveis, o museu e parte do complexo termal

do Hospital.

Na Vila de Óbidos, um técnico do museu local, acompa-

nhou-nos num percurso pedestre pelas ruas da vila. Nas

imediações de Óbidos, tivemos ocasião, ainda, de con-

cretizar uma visita guiada a uma casa de Turismo em

Espaço Rural onde fomos recebidos amavelmente, por

uma das suas funcionárias. Já se fazia tarde, mas ainda

tivemos tempo para uma breve paragem na área de ser-

viço da Nazaré, situada em plena A8, para recuperar

energias antes de regressarmos à nossa escola.

No final, foi com agrado que constatámos o interesse e

participação activa de todos os alunos bem como a forma

cordial e colaborativa como fomos recebidos em todos os

locais visitados.

O Grupo de Geografia

ÓBIDOS

SECIL

SECIL

Page 10: Jornal nº 21

Página 10 Jornal de Escola

Línguas & Companhia

Triste… É assim que me sinto Cada vez que te vejo. Triste e com alma de perdedora Apesar de seres o meu mundo Sinto-me sozinha no universo És tudo para mim Mas mesmo assim sou triste Toda eu sou tristeza. Qual brilho, qual sorriso? Tudo se esvoaçou com a tua ida Triste por não te ter Perdedora porque por ti não luto Mas… Afinal perdedora não posso ser Pois por ti nunca lutei Fico somente triste e sozinha Perdida neste mundo que és tu Mundo que nunca poderei agarrar Triste, assim sou eu Somente triste B�l 19/05/2008

Vivo numa sombra Sozinha, sem forças Sem nenhum amparo À beira do precipício Procuro no passado E encontro momentos Momentos que me fazem recuar Olho o presente E há instantes que me fazem avançar Continuo aqui, à beira do precipício Resta-me esperar, tenho que esperar Que teus olhos sejam a luz Teu corpo minha companhia Tua mão meu amparo Teu coração meu refúgio Mas até lá, continuo assim Vivendo na sombra Sozinha sem forças À beira do precipício B�l 30/05/2008

Tudo não passa de um jogo Sem árbitro, nem leis Pensas que és a estrela Neste mundo de infiéis Só existe uma arena E tu julgas-te imperador Pensas que és o rei E eu um mero gladiador Enquanto luto perante teu olhar Meu génio sempre irei esconder Não és digno, consideras-te superior Meu espírito nunca irás conhecer Posso fingir, disfarçar eternamente Que uma espada não sei erguer Mas se descesses até mim Saberias que o sei fazer Luto! Para que um dia do teu trono caias Para que nos possamos defrontar Sem mentiras, nem aparências Só um ao outro para olhar

Gladius 30/01/2010

Ana Rita Acúrcio nº1 12ºB

Page 11: Jornal nº 21

Jornal de Escola Página 11

«Não sabes para onde te ergues

Nem para que te expandes

Nem o quanto os contrastes dessa mentali-

dade

Que é só tua, e tão somente vil,

São ténues, meu amor.»

Mariana Linharelhos Fernandes, 9º A

A essência do meu ser

Está nas emoções

Que transmito

Através de cada palavra

No sorriso arrancado

Pelo pôr-do-sol

Nos dias de tempestade

E no rebentar das ondas

Com o inquieto mar

A tocar no meu corpo

Com tanta intensidade

Que mergulho

Num sonho naufragado

Enfim,

A essência do meu ser

Está na eternidade

Deste salgado olhar…

Joana Pereira – 9º C

Em plena Primavera, havendo o chilrear das aves e o desabrochar de flores

de muitas cores, os nossos alunos continuaram a “dar voz” à Poesia e a colorir,

ainda mais, a nossa Escola. Atrevi-me, também e novamente, a colaborar na liber-

tação das palavras e a pincelar sentimentos, mesmo quando os tons foram mais

escuros. Para o Futuro, aqui vos deixo essas tonalidades…

A professora Célia Mafalda Oliveira

O único amor eterno

Que nem a distância

esmorece

É o amor de mãe,

Esse sentimento puro e

sublime

Que jamais perece.

Vélia, 9ºC

Mãe, eterno e doce amor!

Que dás aos teus filhos vida,

aconchego e calor!

Mãe, sublime flor!

Que lutas e sofres pelos frutos

do teu ventre,

vencendo qualquer dor!

Mãe, fiel companheira!

Que carinho tão profundo mora

na tua alma conselheira!

Mãe, recebe esta homenagem

de coração,

Esta rosa singela,

Esta minha gratidão.

Vélia, 9ºC

Page 12: Jornal nº 21

Página 12 Jornal de Escola

Não sei o que fazer,

Sinto-me a corroer por dentro

A ânsia de te ver cresce,

Mas, com ela a dor,

Quero lutar, só que não consigo

Minha alma está vazia,

Meu coração cheio de solidão.

Neste barco à deriva

Olho o pôr-do-sol,

Lembro-me de ti

E encho-me de esperança,

Um dia tudo vai acabar…

Rezo por ti,

Mas porque teima ele em te fazer sofrer?!

Não compreendo,

Porquê tu, logo tu?!

Joana Pereira – 9º C

A mágoa da percepção da realidade

É cada vez maior,

Ter-te tão perto e tão longe,

Faz crescer a revolta, revelada no pesa-delo,

Que é não te ter.

A liberdade dos sonhos

Cativa o meu coração,

Poder sentir o calor do teu corpo,

O toque suave da tua pele,

O desejo ardente dos teus lábios;

Tudo isto me fascina, mas acordo

E a realidade deste amor,

Faz-me querer

Possuir-te cada vez mais.

Meu sonho és tu,

Meu pesadelo o nosso amor,

Mas só assim consigo saciar

Esta sede que me persegue,

A sede de te amar. Joana Pereira – 9º C

O que és para mim! Aqui está mais uma prova do meu amor

Volta a ser meu, por favor…

Não há ninguém que te ame como eu,

Deixa-me ser tua e tu meu…

Tu invadiste o meu coração,

Mudaste a minha maneira de ser,

Mas quando me dizes “NÃO”

Eu fico sem vontade de viver!

Tu para mim és vida,

Tudo acabou, estarei a sonhar?

Meu coração tem uma ferida,

Sem ti por perto, ela não vai sarar!

Tudo que quero és tu,

Para sempre aqui,

Num banco de jardim,

Estarei eu a aguardar por ti!

Beatriz Pires – 7º A

Page 13: Jornal nº 21

Jornal de Escola Página 13

QUERO…

Quero uma razão para viver,

Uma razão para amar,

Uma razão para cair

E voltar a levantar.

Sei que não há uma lógica para tudo,

Que há muita injustiça neste mundo.

Por vezes prefiro não acordar,

E por outras não estar a sonhar.

Perco as forças,

Perco o ar,

Quando mais preciso de continuar.

O silêncio pode ser reconfortante,

E o escuro vir a valer mais que diamante.

Posso não vir a ter razão,

Mas isto explica porque me sinto só,

E como gostava que o vento me levasse,

Como se se tratasse de pó.

Às vezes esse silêncio mais parece ferir-

me os ouvidos.

Ou será por causa dos meus gritos?

Podem ser de dor,

De felicidade

Ou de paixão,

Mas todos partem do meu coração.

Já vi quem tenha chegado,

Quem tenha partido,

Mas raro é o momento em que me lembre,

De quem tenha ficado

E sorrido,

Pedido,

Para me lembrar que o fim ainda não che-

gou.

Falta encontrar o resto fio da vida,

Da pessoa que sou...

Ana Neves nº2 10ºC

Coragem Coragem é amar,

Acordar a pensar em ti

E pensar que tudo um dia pode mudar

Tu és tudo para mim, desde o primeiro

dia que te vi.

Aconteceram coisas lindas enquanto te

tive por perto,

Coisas que me faziam sonhar,

Perdi-te no meio do deserto,

Quero-te encontrar,

e, se coragem for sonhar, desejo nunca

mais acordar.

Procurei-te, mas sem forças caí no

chão,

Mas uma queda não me vai fazer desis-

tir,

Porque estarás sempre no meu coração,

Pois desta vez nada me vai fazer cair.

Coragem é amar,

Coragem é sonhar,

Mas, para mim,

Coragem é não desistir de ti.

Beatriz Pires – 7º A

Page 14: Jornal nº 21

Página 14 Jornal de Escola

Afago

Vieste sem te chamar

Olhaste nos meus olhos tristes

Leste a minha alma transparente

Procuraste me confortar

Trataste-me como gente…

Há tanto tempo que alguém

me perdera no abismo

e me deixara abandonada

ao sabor do vento e do orvalho!

Há tanto tempo que alguém

me negara o fascínio

e me deixara maltratada

sem me dizer quanto valho!

Então as lágrimas brotaram

e purificaram esta cruz,

lavaram o meu rosto

e nos olhos nasceu a luz…

Foi tão ténue o carinho

Foi tão vidente o teu coração

Foi tão sábia a palavra

Foi tão forte a emoção.

E eu renasci outra vez

Decidida a não recuar

seja por sendas ou estradas

hei-de ir e não vacilar.

Nem que a chuva regresse

e o vento me tente levar,

estarei, com certeza, mais forte

não irei fraquejar!

Teimosamente direi

aqui, ali e além,

sou gente desta terra

não olhes para mim com desdém!

Nem o medo do passado

ou as névoas da manhã

prenderão esta vida

outrora chamada “afã”…

E virão os deuses desalmados

à pressa e em desatino,

trazidos por Mercúrio

a este Olimpo terreno,

procurando a razão

de tão urgente consílio

e ficarão apenas a saber

que aqui vive gente, boa gente,

audaz e muito tenaz,

que nem sempre diz o que sente,

mas deixa ler a alma,

mesmo quando inventa um sorriso,

e, por isso, podem crer:

é verdadeira, nunca mente!

Professora Célia Mafalda Oliveira

Abril de 2010

Page 15: Jornal nº 21

Jornal de Escola Página 15

Fados…

Houve um dia nos teus olhos

uma opaca escuridão,

e tu, com medo de te perderes,

olhaste em redor, deste-me a mão.

Mas o tempo foi passando,

e as águas dos ribeiros também.

Viste-te só e perdido

no meio de gente de bem!

Como poderá isso ser?

Que tamanha contradição!

Tanta gente à tua volta,

e tu sem ninguém…

Foste Apolo noutras eras,

Baco em festas divinais,

Júpiter no teu harém,

Hércules entre os mortais…

Até que houve um dia

em que tudo se tornou real:

perdeste o teu semblante

de deus e de herói,

olhaste em teu redor,

e eras um entre os demais…

Fados, quiçá!...

Só outros deuses o saberão…

E tu aprendeste a ouvir

tantas vezes a palavra “não”,

aquela que rima com coração,

e ainda rima com razão,

e se tu até deixares

poderá rimar com paixão…

Fados, quiçá!...

Professora Célia Mafalda Oliveira

Abril de 2010

Ser poeta é…

Ser cantor de sentimentos, de amor ou de

dor

Ser livre

Conhecer o íntimo das palavras

Ser sonhador

Poder viajar nas emoções

É ter amor para dar

Ser grande entre os maiores

Expressar os sentimentos no papel

E à Vida ser fiel.

Poema colectivo – 9º E

Page 16: Jornal nº 21

Origem das expressões popularesOrigem das expressões popularesOrigem das expressões popularesOrigem das expressões populares

Hoje em dia, é muito comum na nossa linguagem recorrermos a expressões populares que tiveram origem em tempos remotos, e muitas das quais acabaram até por ser alteradas, ou na forma, ou no significado ou em ambos. A sua origem é muitas vezes desconhecida, contudo existem algumas razões que a explicam.

Ter para os alfinetes

Significado: Ter dinheiro para viver.

Origem: Em outros tempos, os alfinetes eram objecto de adorno das mulheres e daí que, então, a fra-se significasse o dinheiro poupado para a sua compra porque os alfinetes eram um produto caro. Os anos passaram e eles tornaram-se utensílios, já não apenas de enfeite, mas utilitários e acessíveis. Todavia, a expressão chegou a ser acolhida em textos legais. Por exemplo, o Código Civil Português, aprovado por Carta de Lei de Julho de 1867, por D. Luís, dito da autoria do Visconde de Seabra, vigente em grande parte até ao Código Civil actual, incluía um artigo, o 1104, que dizia: «A mulher não pode privar o marido, por convenção antenupcial, da administração dos bens do casal; mas pode reservar para si o direito de receber, a título de alfinetes, uma parte do rendimento dos seus bens, e dispor dela livremente, contanto que não exceda a terça dos ditos rendimentos líquidos.»

Do tempo da Maria Cachucha Significado: Muito antigo.

Origem: A cachucha era uma dança espanhola a três tempos, em que o dançarino, ao som das casta-nholas, começava a dança num movimento moderado, que ia acelerando, até terminar num vivo vol-teio. Esta dança teve uma certa voga em França, quando uma célebre dançarina, Fanny Elssler, a dan-çou na Ópera de Paris. Em Portugal, a popular cantiga Maria Cachucha (ao som da qual, no séc. XIX, era usual as pessoas do povo dançarem) era uma adaptação da cachucha espanhola, com uma letra bastante gracejadora, zombeteira.

À grande e à francesa

Significado: Viver com luxo e ostentação.

Origem: Relativa aos modos luxuosos do general Jean Andoche Junot, auxiliar de Napoleão que che-gou a Portugal na primeira invasão francesa, e dos seus acompanhantes, que se passeavam vestidos de gala pela capital.

Coisas do arco-da-velha

Significado: Coisas inacreditáveis, absurdas, espantosas, inverosímeis.

Origem: A expressão tem origem no Antigo Testamento; arco-da-velha é o arco-íris, ou arco-celeste, e foi o sinal do pacto que Deus fez com Noé: "Estando o arco nas nuvens, Eu ao vê-lo recordar-Me-ei da aliança eterna concluída entre Deus e todos os seres vivos de toda a espécie que há na terra." (Génesis 9:16)

Arco-da-velha é uma simplificação de Arco da Lei Velha, uma referência à Lei Divina.

Há também diversas histórias populares que defendem outra origem da expressão, como a da exis-tência de uma velha no arco-íris, sendo a curvatura do arco a curvatura das costas provocada pela velhice, ou devido a uma das propriedades mágicas do arco-íris - beber a água num lugar e enviá-la para outro, pelo que velha poderá ter vindo do italiano bebere (beber).

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Page 17: Jornal nº 21

Dose para cavalo

Significado: Quantidade excessiva; demasiado.

Origem: Dose para cavalo , dose para elefante ou dose para leão são algumas das variantes que circu-lam com o mesmo significado e atendem às preferências individuais dos falantes.

Supõe-se que o cavalo, por ser forte; o elefante, por ser grande, e o leão, por ser valente, necessitam de doses exageradas de remédio para que este possa produzir o efeito desejado.

Com a ampliação do sentido, dose para cavalo e suas variantes é o exagero na ampliação de qual-quer coisa desagradável, ou mesmo aquelas que só se tornam desagradáveis com o exagero.

Dar um lamiré

Significado: Sinal para começar alguma coisa.

Origem: Trata-se da forma aglutinada da expressão «lá, mi, ré», que designa o diapasão, instrumento usado na afinação de instrumentos ou vozes; a partir deste significado, a expressão foi-se fixando como palavra autónoma com significação própria, designando qualquer sinal que dê começo a uma actividade.

Historicamente, a expressão «dar um lamiré» está, portanto, ligada à música (cf. Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa).

Nota: Escreve-se lamiré, com o r pronunciado como em caro.

Memória de elefante

Significado: Ter boa memória; recordar-se de tudo.

Origem: O elefante fixa tudo aquilo que aprende, por isso é uma das principais atracções do circo .

Lágrimas de crocodilo

Significado: Choro fingido.

Origem: O crocodilo, quando ingere um alimento, faz forte pressão contra o céu da boca, comprimin-do as glândulas lacrimais. Assim, ele chora enquanto devora a vítima.

Mal e porcamente

Significado: Muito mal; de modo muito imperfeito.

Origem: «Inicialmente, a expressão era "mal e parcamente". Quem fazia alguma coisa assim, agia mal e ineficientemente, com parcos (poucos) recursos.

Como parcamente não era palavra de amplo conhecimento, o uso popular tratou de substituí-la por outra, parecida, bastante conhecida e adequada ao que se pretendia dizer. E ficou " mal e porcamen-te", sob protesto suíno.»1

Pra Inglês ver:

A expressão surgiu por volta de 1830, quando a Inglaterra exigiu que o Brasil aprovasse leis que impedissem o tráfico de escravos. No entanto, todos sabiam que essas leis não seriam cumpridas, assim, essas leis eram criadas apenas “pra inglês ver”. Daí surgiu o termo.

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Fazer tijolo

Significado: Morrer.

Origem: Segundo se diz, existiu um velho cemitério mouro para as bandas das Olarias, Bombarda e Forno do Tijolo. O almacávar, isto é, o cemitério mourisco, alastrava-se numa grande extensão por toda a encosta, lavado de ar e coberto de arvoredo.

Após o terramoto de 1755, começando a reedificação da cidade, o barro era pouco para as constru-ções e daí aproveitar-se todo o que aparecesse.

O cemitério árabe foi tão amplamente explorado que, de mistura com a excelente terra argilosa, iam também as ossadas para fazer tijolo. Assim, é frequente ouvir-se a expressão popular em frases como esta: 'Daqui a dez anos já eu estou a fazer tijolo '.

in 'Dicionário de Expressões Correntes' ; Orlando Neves

Verdade de La Palisse

Significado: Uma verdade de La Palice (ou lapalissada / lapaliçada) é evidência tão grande, que se torna ridícula.

Origem: O guerreiro francês Jacques de Chabannes, senhor de La Palice (1470-1525), nada fez para denominar hoje um truísmo. Fama tão negativa e multissecular deve-se a um erro de interpretação.

Na sua época, este chefe militar celebrizou-se pela vitória em várias campanhas. Até que, na batalha de Pavia, foi morto em pleno combate. E os soldados que ele comandava, impressionados pela sua valentia, compuseram em sua honra uma canção com versos ingénuos:

"O Senhor de La Palice / Morreu em frente a Pavia; / Momentos antes da sua morte, / Podem crer, inda vivia."

O autor queria dizer que Jacques de Chabannes pelejara até ao fim, isto é, "momentos antes da sua morte", ainda lutava. Mas saiu-lhe um truísmo, uma evidência.

Segundo a enciclopédia Lello, alguns historiadores consideram esta versão apócrifa. Só no século XVIII se atribuiu a La Palice um estribilho que lhe não dizia respeito. Portanto, fosse qual fosse o intui-to dos versos, Jacques de Chabannes não teve culpa.

Nota: Em Portugal, empregam-se as duas grafias: La Palice ou La Palisse.

Ter ouvidos de tísico

Significado: Ouvir muito bem.

Origem: Antes da II Guerra Mundial (l939 a l945), muitos jovens sofriam de uma doença denominada tísica, que corresponde à tuberculose. A forma mais mortífera era a tuberculose pulmonar.

Com o aparecimento dos antibióticos durante a II Guerra Mundial, foi possível combater este doença com muito maior êxito.

As pessoas que sofrem de tuberculose pulmonar tornam-se muito sensíveis, incluindo uma notável capacidade auditiva. A expressão « ter ouvidos de tísico» significa, portanto, «ouvir tão bem como aqueles que sofrem de tuberculose pulmonar».

Queimar as pestanas

Significado: Estudar muito.

Origem: Usa-se ainda esta expressão, apesar de o facto real que a originou já não ser de uso. Foi, ini-cialmente, uma frase ligada aos estudantes, querendo significar aqueles que estudavam muito. Antes do aparecimento da electricidade, recorria-se a uma lamparina ou uma vela para iluminação. A luz era fraca e, por isso, era necessário colocá-las muito perto do texto quando se pretendia ler o que podia dar azo a " queimar as pestanas".

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Pensar na morte da bezerra:

A história mais aceitável pra explicar a origem do termo é proveniente das tradições hebraicas, onde os bezerros eram sacrificados pra Deus como forma de redenção de pecados. Um filho do rei Absalão tinha grande apego a uma bezerra que foi sacrificada. Assim, após o animal morrer, ele ficou lamentando-se e pensando na morte da bezerra. Após alguns meses o garoto morreu.

O pior cego é o que não quer ver:

Em 1647, em Nîmes, na França, na universidade local, o doutor Vincent de Paul D`Argent fez o primeiro transplante de córnea num aldeão de nome Angel. Foi um sucesso da medicina da época, menos pra Angel, que assim que passou a enxergar ficou horrorizado com o mundo que via. Disse que o mundo que ele imaginava era muito melhor. Pediu ao cirurgião que arrancasse seus olhos. O caso foi acabar no tribunal de Paris e no Vaticano. Angel ganhou a causa e entrou pra história como o cego que não quis ver.

Conto do Vigário:

Duas igrejas de Ouro Preto receberam uma imagem de santa como presente. Para decidir qual das duas ficaria com a escultura, os vigários contariam com a ajuda de Deus, ou melhor, de um burro. O negócio era o seguinte: colocaram o burro entre as duas paróquias e o animalzinho teria que caminhar até uma delas. A escolhida pelo quadrúpede ficaria com a santa. E foi isso que aconteceu, só que, mais tarde, descobriram que um dos vigários havia treinado o burro. Desse modo, conto do vigário passou a ser sinónimo de falcatrua e malandragem.

Ficar a ver navios:

Dom Sebastião, rei de Portugal, havia morrido na batalha deAlcácer-Quibir, mas seu corpo nunca foi encontrado. Por esse motivo, o povo português recusava-se a acreditar na morte do monarca. Era comum as pessoas visitarem o Alto de Santa Catarina, em Lisboa, para esperar pelo rei. Como ele não voltou, o povo ficava a ver navios.

Não entendo patavina:

Os portugueses encontravam uma enorme dificuldade em entender o que falavam os frades italianos patavinos, originários de Pádua, ou Padova, sendo assim, não entender patavina significa não entender nada.

“Caiu o Carmo e a Trindade”:

Significado: Desgraça; aparato; barulheira; surpresa; confusão.

Origem: O Terramoto de 1755 deixou muitas marcas físicas. Mas há marcas culturais que também persistem. Uma delas é esta expressão. Durante o terramoto, ouviu-se um enorme estrondo por toda a cidade de Lisboa. Quando os habitantes descobriram qual tinha sido a verdadeira causa de tal barulheira, logo disseram: “Caiu o Carmo e a Trindade”, isto é, desabaram os Conventos do Carmo e da Trindade.

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Quem não tem cão caça com gato:

Na verdade, a expressão, com o passar dos anos, adulterou-se. Inicialmente, dizia-se quem não tem cão caça como gato, ou seja, esgueirando-se, astutamente, traiçoeiramente, como fazem os gatos.

“Ir para o maneta”:

Significado: Estragar-se; desaparecer; morrer.

Origem: Conta-se que, por alturas da invasão de Portugal, por parte dos franceses, um General, cha-mado Loison, tinha perdido um braço numa anterior batalha. Esse General era responsável pelas tor-turas aos presos e tinha, inclusivamente, causado várias mortes. Por ser tão terrível nas torturas que executava, surgiu um medo popular do General Loison, mas ninguém o tratava por esse nome. Para o povo, Loison era “o maneta”. E quando havia perigo de se ser capturado, ouvia-se logo o conselho: “Tem cuidado, que ainda vais para o maneta.” Duzentos anos depois, o General Loison ainda vive nesta expressão habitualmente utilizada. “Resvés Campo de Ourique”:

Significado: Por um triz; à justa.

Origem: No dia 1 de Novembro de 1755 – ironicamente, dia de Todos os Santos – uma das maiores tragédias de todos os tempos abateu-se sobre Portugal. Um terramoto de elevada magnitude, segui-do de um tsunami, atingiu a cidade de Lisboa, matando milhares de pessoas. A força do tsunami foi de tal ordem que as águas entraram por Lisboa adentro e chegaram bem perto do Campo de Ouri-que. Foi resvés.

"OK”: Significado: Está tudo bem; não há problema.

Origem: Nos dias em que não havia baixas, durante a Guerra Civil Americana, os militares america-nos chegavam alegremente às suas casernas e penduravam tabuletas à porta com as iniciais “O K”, que significava “0 killed” (zero mortos). A moda pegou e, hoje em dia, “OK” é das palavras mais ditas em todo o mundo.

Ovelha negra: Na Antiguidade, os animais pretos eram considerados maléficos e, por isso, sacrificados em oferenda aos deuses ou

para acertar certos acordos. Daí o hábito de chamar de "ovelha negra" aqueles que se diferenciam por desagradar e

chocar aos demais.

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Daniela Soares, 11ºA

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No dia 14 de Dezembro de 2009, o nosso grupo, Two Faces, foi visitar uma instituição de mães adolescentes, em Coimbra. Não vamos revelar o nome nem o local preciso da instituição porque as jovens pretendem ficar em total anonimato. Não revelamos também o nome das entrevistadas, pois isso poderia trazer danos psicológicos.

Entrevista:

- Como se sente vivendo nesta casa?

-Sinto-me bem. -O facto de estar a viver numa casa com mais jovens numa situação semelhante à sua ajuda-a a ultrapassar melhor esta fase da sua vida? -Sim. Quer dizer, por vezes fico deprimida, sim porque eu tenho uma depressão nervosa, porque olho para este berço que está no meu quarto e não vejo lá o meu filho, porque nós estávamos noutra instituição, e eles tiraram-me o meu filho, aquela coisa preciosa, lindo mesmo. Mas pronto, foram injustos comigo, vá, fiz algumas asneiras. E agora vim pra esta instituição a fim de o ter de volta.

-Falando então de si em particular, na sua perspectiva, quais foram as causas que levaram à sua gravidez? -Eu engravidei porque quis, a sério. Eu e o meu namorado achámos que estava na altura de ter um filho. Só que depois, quando ele soube que eu estava à espera de um filho, começou a dizer que o filho se calhar até nem era dele e essas coisas que tu sabes, e foi-se embora. Ainda bem que o meu tesouro não é parecido com ele! Só que, quando eu tinha treze anos também engravidei, mas só soube quando abortei. Sabes aquelas coisas de ir a um bar e tal, nunca deixes o teu copo, bebe-o todo antes de ires para qualquer lado porque a mim, meteram-me coisas na bebida e pronto, foi assim que engravidei. Mas a sério, bebe sempre o copo todo, é um conselho de amiga, mesmo, que te dou.

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ÁREA DE PROJECTO ---- 12ºB12ºB12ºB12ºB

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-Na sua opinião, existe informação suficiente para prevenir muitas das gravidezes em adolescentes? -Sim, claro que sim, até porque hoje em dia engravidar já não é um acidente de percurso. Olha, no meu caso foi porque quis, como já te disse. -Qual foi a sua reacção ao saber que estava grávida? - Ai fiquei muito contente! O pior foi quando fui contar àquele………Depois tive raiva e assim……mas encontrei-me com ele algumas vezes, depois disso, e ele nunca aceitou o meu filho.

-Teve algum acompanhamento pré-natal? -Sim, lá na instituição onde eu estava levavam-me às consultas e isso tudo. -Após o parto, como viu o seu bebé? Cresceu algum tipo de afecto? -Quando eu vi o meu filho pela primeira vez foi como se visse…….era mesmo lindo (mostrou uma foto do menino). Vês, não é lindo?…….sinto mesmo a falta dele. Não vejo a hora de o ter aqui, o juiz vai decidir no dia 16. Vou agora dirigir-me para um campo mais familiar: -Como reagiu a sua família? Como é actualmente a vossa relação? -A minha família?! Não reagiu propriamente bem porque eu já tinha estado grávida antes, mas continuámos a falar uns com os outros. Mas falo mais com a minha irmã, que está agora na Universidade. Falo com ela, digo-lhe as coisas que podem acontecer e assim, porque como eu já sou mãe, já passei por isso, não quero que a minha irmã faça o mesmo tão cedo, porque parecendo que não um filho prende: é acordar a meio da noite porque ou está a chorar, ou quer comer ou mudar a fralda. Mas pronto, agora só estou à espera é que o juiz decida que o meu filho fica comigo. Ana Acúrcio Camila Reis Carina Valente Tânia Pires Soraia Fernandes

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Bem, não existem palavras certas para descrever o que passámos lá. Se fossemos suficientemente capazes, podíamos explicar cada momento mais vivido, cada desafio e cada hesitação. Mas os momen-tos ficaram marcados com um valor muito forte, e só para quem os presenciou.

Gestos que mexeram connosco e que nos fizeram sentir um grupo verdadeiramente valorizado, palavras ditas com uma receptividade absolutamente fantástica. Apesar de algumas mudanças, prevaleceu o divertimento. Foram dias óptimos, em que quase corríamos contra o tempo para aproveitar cada coisa, e em que a despedida era, de certo modo, um momento que tentávamos afastar.

O monitor, absolutamente espectacular, teve a capacidade inexplicável de nos proporcionar momentos fascinantes. Há pessoas realmente fantásticas que entram nas nossas vidas e deixam marcas.

A despedida foi, sem dúvida, emocionante. Foi bom e acabou rápido. Fica a promessa de que queremos mais.

Pelo grupo Rita Ferreira 9º E

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ACANTONAMENTO DE E.M.R.C. NA QUINTA DO CRESTELO - SEIA

27 e 28 de Março

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Página 24 Jornal de Escola

Sábado, 24 de Abril de 2010, realizaram-se as Olimpíadas da Física em Coimbra,

onde os alunos Daniel Branco e Daniel Fernandes do 11ºA e André Alexandre San-

tos, António Frois, Guilherme Vítor Lucas do 9ºD participaram, realizando uma pro-

va teórica e, de seguida, uma última prova – a experimental!

Realizadas as provas, os alunos reuniram-se com os professores Ana João Santos,

Assunção Brigas e José Carlos Teixeira, seus acompanhantes, e seguiram para a

cantina do departamento de Física, onde almoçaram.

Terminado o almoço, seguiu-se para as visitas programadas. A primeira iniciou-se

na Universidade, de seguida aos museus, o da Ciência e da Física, com o objectivo

de alargar os conhecimentos dos alunos participantes .

Durante as visitas, os professores acompanhantes tomaram o lugar de guia dos alu-

nos, onde explicaram e contaram históricas do espaço interior e exterior, no qual

já tiveram experiência e viveram momentos dos seus tempos de faculdade, tirando

assim dúvidas e respondendo a perguntas dos alunos.

Ao fim da tarde, foi altura de voltar ao departamento para assistir aos resultados

dos vencedores, anunciados às 17h.

Apesar do esforço, nenhum dos participantes foi além da participação, não conse-

guindo melhor do que o 4º lugar.

Daniel Fernandes, 11ºA

OLIMPÍADAS DA FÍSICA

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Os alunos Ana Teixeira, Bárbara Pita, Daniel Branco do 11ºA e Francisco Lopes do 11ºB inte-

graram a equipa do projecto Twist que participou no concurso promovido pela EDP. Esta equipa

desenvolveu actividades ao longo do ano lectivo tendo terminado a sua participação com o rela-

tório final. Entre estas actividades destacam-se:

. A realização, na fase inicial e final do projecto, de inquéritos aos hábitos de consumo energéti-

co junto da comunidade escolar, com o objectivo de caracterizar os hábitos no dia-a-dia relacio-

nados com a eficiência energética e avaliar o impacto das acções implementadas na mudança

de comportamentos.

. A organização, na escola, de uma “Mini-Conferência” (no dia catorze de Maio de 2010) para a

comunidade escolar, tendo como objectivo sensibilizar o público para temas relacionados com a

eficiência energética e as alterações climáticas. Os temas apresentados pelos elementos da

equipa foram ''Aquecimento Global'', ''Protocolo de Quioto e Mercado de Carbono'', ''Energias

Renováveis'' e ''Electricidade''.

. A Auditoria ao Consumo Energético da Escola, que se iniciou em dezassete de Fevereiro e ter-

minou a treze de Abril de 2010, com o objectivo de caracterizar energeticamente a escola e os

sistemas instalados, assim como identificar e estudar medidas que visam a redução do consumo

energético.

Jornal de Escola Página 25

PROJECTO TWIST PROJECTO TWIST PROJECTO TWIST PROJECTO TWIST ---- A tua energia faz a diferençaA tua energia faz a diferençaA tua energia faz a diferençaA tua energia faz a diferença !

A equipa do projecto Twist

Um aspecto da Mini-Conferência, no

dia 14 de Maio

Page 26: Jornal nº 21

Página 26 Jornal de Escola

Jornal do Curso Profissional de Técnico de Apoio Psicossocial

para saber mais: http://psicossocial-aquelabase-blogspot.com

Sobre a violência. «O que dói não é a dor, mas a irredutível humanidade de quem nos ofende»; poder-se-ia contestar, claro, que tem de haver humanidade em falta no indivíduo que nos ofende – agride, abusa, viola, bate, insulta, tortura, mata, eu sei lá. Bem, diz-se que qualquer efeito tem uma causa: talvez tal indivíduo tenha alguma «avaria no processador central»; talvez a «lotaria genética» lhe tenha sido madrasta; talvez a pobreza do meio ou da situação ou da educação tenha causado défices irre-cuperáveis no seu desenvolvimento; talvez seja simplesmente uma pessoa má; talvez seja a (má) sorte que não o larga ou (o que vai dar ao mesmo) talvez tenha o diabo no corpo (ou um deus irado e absurdo, se for Job). Ainda assim resta um facto que resiste a todas estas hipóteses comuns de «expli-cação»: ele é uma pessoa como nós, um ser humano e por vezes damo-nos conta que também somos nós, ou até que o desejamos, ou que poderíamos ter sido nós. Mas será que quem agride, maltrata, violenta ou mata é mesmo como qualquer um de nós? Afinal, nós reconhecemos que por vezes nos excedemos, que temos desejos incon-fessáveis de dar umas estaladas a certo «anormal» que nos tira do sério, que damos (ou ameaçamos dar) uma palmada ao infante lá de casa quando a paciência se esgo-ta perante o desrespeito descarado – e se reconhecemos, é porque somos capazes de evitar fazê-lo (se sei que devo, então é porque posso, lá dizia o outro), e sobretu-do de reconhecer que, se o fizemos, errámos, porque o rosto ferido do outro é o espelho da nossa humanidade também ferida (há quem lhe chame culpa, remorso, arrependimento). A existência dessa diferença não anula a estranheza da maldade humana, o facto de haver alguém que trata outrem como um objecto ou um instrumento para os seus fins (prazer, poder, riqueza), mas ajuda-nos a perceber que a prática de um acto violento parece estar associado a certas condições sociais de desenvolvimento nas quais a percepção e atenção às necessidades dos outros não foram interiorizadas e a certos traços de personalidade, nomeadamente o egocentrismo, a impulsividade, a ausência de empatia, a agressividade, a incapacidade de diferir o desejo e a labilida-de; como refere o criminologista Jean Pinatel, «é necessário abandonar a ideia de que existe uma diferença de natureza entre o delinquente e o não delinquente; que, pelo contrário, não existe entre eles senão uma diferença de grau, desde o criminoso ocasional (o mais ligeiro) até ao reincidente mais endurecido.» (Pinatel, 1995: Dalloz) No trabalho deste terceiro período, no Curso TAP, procurámos estudar a violência intencional e interpessoal, que alguém definiu como «um comportamento voluntá-rio, directo ou indirecto, que surge num contexto de interacção ou relação entre duas (ou mais) partes envolvidas, em situação de desigualdade de poder, e que se caracteriza pelo uso da força, coacção ou intimidação, de carácter individual ou colectivo, comportando vários graus de gravidade e atingindo a vítima nas suas necessidades, integridade física e moral, nos seus bens e, ou, nas suas participações simbólicas e culturais, causando prejuízo, dano e sofrimento.» (Magalhães, 2010: IUC) Fizemo-lo porque a violência é um problema social grave, que um profissional cujo trabalho consiste em apoiar outrem tem de compreender e saber como enfrentar, mas também porque a aceitação da violência que nos cerca – no trabalho, na televi-são, em casa, na rua, na escola – nos torna cúmplices das circunstâncias sociais, eco-nómicas, culturais e psicológicas que a causam e, sobretudo, que nada nos leva a fazer para combatê-la. Mas o estudo da violência não tem de ter apenas um âmbito teórico ou conceptual (em Psicopatologia, por exemplo): a expressão plástica ou a expressão dramática permitem-nos aprender a escutar o olhar e o corpo – alguns dos trabalhos dos formandos em Expressão Plástica e Dramática visaram precisamente realizar esta finalidade; apresentamos aqui alguns exemplos desse trabalho. Mas houve outros aspectos, mais felizes, que também nos ocuparam neste último período lectivo – fica aqui uma breve amostra desse trabalho; não sabemos se tor-námos a escola melhor por isso, mas seria suficiente que nos tivéssemos tornado a nós um pouco melhores como que fizemos.

Page 27: Jornal nº 21

Uma história de mulheres. Tendo por motivação próxima um convite da Dr.ª Margarida Guedes para participar-mos nas comemorações do centenário da República, os formandos e a formadora de Expressão Dramática criaram uma peça performativa que, tendo por motivos organizadores do movimento performativo alguns factos históricos referentes a história das mulheres em Portugal, se centro sobretudo no discurso de Ana de Castro Osório em sessão pública de 28 de Agosto de 1908, que constitui o primeiro grande texto que procura pensar a possibilidade da igualdade entre homem e mulher e se constitui como uma crítica da discriminação com base no género e da violência sobre as mulheres; algumas imagens deste evento (que também apresentámos na Semana Aberta do Agrupamento de Escolas de Condeixa, no dia 9 de

Junho e na Festa Psicossocial, dia 7 de Junho). Elenco: Ana Soares, Anabela Cardoso, Andreia Craveiro, Cristiana Carvalho, Rosa Santos e Soraia Palrilha.

Jornal de Escola Página 27

Page 28: Jornal nº 21

No âmbito do trabalho realizado nas disciplinas de Psicologia, Comuni-

dade e Intervenção Social e Psicopatologia, os formandos do Curso TAP reali-

zaram uma actividade de formação nos Serviços Sociais da Câmara Municipal

de Coimbra; foram formadores nesta actividade, a Sr.ª Vice-Presidente da

Câmara Municipal de Condeixa, Dr.ª Margarida Guedes, e as Técnicas de Ser-

viços Social, Dr.ª Cristina Póvoa, Dr.ª Graça Martins e Dr.ª Carla Ribeiro.

A actividade consistiu em dois momentos, o primeiro de natureza infor-

mativa e teórica; o segundo de natureza prática. Na primeira parte a Dr.ª Mar-

garida Guedes esclareceu o enquadramento dos Serviços Sociais na estrutura da Câmara Municipal e indicou

os seus objectivos e funções. A Dr.ª Cristina Póvoa fez uma apresentação sobre as actividades desenvolvidas

pelos serviços sociais e apresentou, de forma esquemática, um diagnóstico dos principais problemas sociais de

Condeixa; a Dr.ª Carla Barbeiro explicou como funciona a rede social de Condeixa, quais as instituições que a

constituem e quais os seus objectivos, tendo dado particular ênfase à Loja Social de Condeixa e às suas valên-

cias; a Dr.ª Graça Martins falou-nos de alguns problemas específicos, nomeadamente a situação de crianças e

jovens vítimas de abuso ou abandono; dada a sua longa experiencia em Condeixa, deu-nos uma visão muito

precisa dos problemas dos jovens e das crianças, o que suscitou um interessante debate que permitiu esclare-

cer diversas questões colocadas pelos formandos.

A última parte da actividade consistiu numa visita às instalações dos Serviços Sociais, nomeadamente aos

serviços de atendimento, às salas de reuniões e à Loja Social de Condeixa, uma valência que, num tempo de

graves dificuldades sociais, tem grande relevância para as pessoas.

Página 28 Jornal de Escola

Solidariedade com o Centro de Acolhimento de Crianças de Con-

deixa. A realização desta actividade justifica-se porque, em primeiro lugar, é o resultado de uma iniciativa dos próprios formandos, que

assumiram trabalhar para, em Dezembro, oferecer alguns livros e

jogos educativos às crianças do CAT e, em segundo lugar, porque

desenvolve essa intervenção (a que chamámos «Traz um livro tam-

bém»), dando-lhe agora um objectivo um pouco mais ambicioso em

termos organizacionais e de trabalho.

A ideia fundamental subjacente à actividade que agora se conclui é

dar conteúdo a uma das áreas nucleares do Curso TAP – a relação de

ajuda, não simplesmente como uma relação puramente profissional,

mas como uma relação de compromisso ético para com outrem; não

significa isto que o profissional TAP tenha de ser melhor pessoa que

qualquer (embora fosse bom que tal acontecesse: fazer bem o bem),

mas porque para se ser profissional numa área na qual o «instrumento

de trabalho» é o próprio trabalhador e a relação com outras pessoas,

o «produto», há certas características relativas ao perfil pessoal e rela-

cional que têm de ser aprendidas e desenvolvidas.

Na sua primeira fase (Traz um livro também), a actividade, no que

se refere ao aspecto acima referido, visou sobretudo propiciar aos

formandos a possibilidade de conhecerem uma realidade – o Centro

de Atendimento Temporário de Crianças – e a problemática social

que o envolve, além de possibilitar a realização da recolha e oferta de

livros e jogos educativos às crianças do CAT; nesta segunda fase, o

objectivo foi mais ambicioso – colocar os formandos na situação de a)

criar uma actividade capaz de recolher donativos para as crianças do

CAT (oficina de pintura em tela, no dia do Patrono) e b) organizar uma

actividade lúdica e cultural (visita ao Portugal dos Pequenitos e teatro

no Exploratório de Coimbra).

Page 29: Jornal nº 21

Jornal de Escola Página 29

Festa Psicossocial 2010. Realizámos no dia 7 de Junho a nossa Festa, que é uma mostra de algumas das aprendizagens que rea-

lizámos ao longo do ano; neste primeiro ano, no Cineteatro de

Condeixa, organizámos uma exposição dos nossos trabalhos de

expressão plástica e organizámos um espectáculo, para os alu-

nos da pré-escola e do ensino básico, no qual colaborou a

APPACDM de Coimbra com o «Pote Vazio», uma adaptação tea-

tral e musical de um conto chinês, que o nosso público – convi-

dámos os alunos da nossa escola do ensino básico, dos quais

estiveram presentes os alunos do 1º EI, e os alunos do Agrupa-

mento de Escolas de Condeixa, que esteve presente com alunos

do Centro Educativo e da Escola Azul – aplaudiu com entusias-

mo.

Mas não esqueçamos o principal…, o Curso TAP! Nós também

fizemos a Festa: apresentámos uma adaptação para Fantoches

do Patinho Feio, que foi a nossa primeira experiência com este

género dramático e voltámos a apresentar a nossa «História de

Mulheres».

No nosso Blogue, http://psicossocial-aquelabase-blogspot.com, podem ver (quase) tudo sobre a nos-

sa festa e também sobre o nosso curso.

Page 30: Jornal nº 21

Página 30 Jornal de Escola

Festival do Secundário O Festival do Secundário é um evento idealizado para os estudantes do ensino secundário, que este ano contou com a 7ª edição. Realizado desde 2003, este festival já passou por vários pontos do país, entre eles: Praia de Quiaios, Praia de Mira, Barcelos e, nos últimos anos, Gouveia. Durante os 5 dias em que se realiza o evento, podemos participar em diversos torneios, fazer Paintball, Rappel, Escalada, BTT e Orientação, entre outras das muitas actividades que o festival nos oferece. Para a noite, a animação nocturna não é esquecida, contando com concertos e dj’s pela noite den-tro. É uma experiência inesquecível para todos os alunos do ensino secundário, tendo sido cada vez mais procurada por estes jovens, de tal forma que este ano estiveram presentes 5000 alunos. O site deste festival é: http://festivalsecundario.com. Aqui se encontra o vídeo e fotos desta e de anteriores edições.

O grupo da escola que participou na 7ª edição do Festival do Secundário

Mariana Silva, 11ºA

Festivais de Verão

O nosso país tem uma grande variedade de Festivais de Verão. Ao longo desta estação, reali-zam-se festivais de música em vários locais, apresentando diversos géneros musicais. Estes fes-tivais reúnem diferentes artistas, no mesmo local, para apresentarem concertos. Duram, no mínimo, 2 dias e são frequentados por pessoas de todas as idades, dependendo também do tipo de música apresentado. O maior festival realizado (de maior produção) é o Rock In Rio, no parque da Bela Vista, que conta com a presença de vários artistas internacionais e nacionais. Porém, a opinião geral do público afirma que este é um espectáculo cada vez mais comercial, que não dá atenção a bandas menos conhecidas. Existem outros festivais também muito popula-res como o Sudoeste TMN, Optimus ALive, Summol Summer Fest e Paredes de Coura, dedican-do-se este último à apresentação de bandas rock. Para além destes, existem muitos outros festi-vais de música de menor dimensão que não têm muita publicidade, mesmo que tenham boa qualidade musical.

Os festivais devem apostar mais na divulgação da música portuguesa, pois embora já haja fes-tivais somente dedicados à música nacional, o seu reconhecimento é ainda bastante pouco.

Bárbara Pita, 11ºA

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Jornal de Escola Página 31

PARA DESCONTRAIR

Qual é a única comida que liga e desliga?

- O Strog-On-Off.

O que é que uma impressora diz para a outra?

- Essa folha é tua ou é impressão minha?

Diz a massa para o queijo:

- Que maçada!

Responde o queijo:

- E eu ralado!

Sabem quando é que os americanos comeram

carne pela primeira vez?

- Foi quando lá chegou o Cristóvão Co-lombo.

O que é que a galinha foi fazer à igreja?

- Assistir à Missa do Galo.

Como é que as enzimas se reproduzem?

- Fica uma enzima da outra.

Porque é que na Argentina as vacas vivem a

olhar para o céu?

- Porque tem ‘Boi nos Ares’!

Porque é que a mulher do Hulk se divorciou

dele?

- Porque ela queria um homem mais maduro.

O Batman pegou no seu bat-sapato social e no

seu bat-blazer. Onde é que ele foi?

- A um Bat-zado.

Já conheces a piada do fotógrafo?

- Ainda não foi revelada.

SABES QUAL É O FILME?

Numa cidade havia muitas motas Yamaha e

só duas Honda.

P: Qual é o filme?

R: Pouca Hondas.

Um homem aceitou o desafio de beber 1000

latas de coca-cola de uma vez. Bebeu 999 e

desistiu.

P: Qual é o filme?

R: Mil são impossível.

Um homem tinha como profissão cuidar de

ursos. Certo dia decide deixar a profissão.

P: Qual é o filme?

R: Ex-ursista.

Um homem senta-se, acidentalmente, em

cima de um cão.

P: Qual é o filme?

R: Sento em um Dálmata.

Um cão quer ver um filme e senta-se na pol-

trona. Uma mola solta espeta-se no rabo.

P: Qual é o filme?

R: O furacão.

A pequena Marina, para fugir à rotina, resol-

veu ir passear o seu lindo pónei para o cam-

po. De repente, apareceu uma manada de

milhares de éguas selvagens que atropelou

a menina.

P: Qual é o filme?

R: Vinte mil éguas sobre Marina.

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Página 32 Jornal de Escola

FICHA TÉCNICAFICHA TÉCNICAFICHA TÉCNICAFICHA TÉCNICA

Colaboração Colaboração Colaboração Colaboração Alunos e Professores

Revisão de texto, composição e grafismoRevisão de texto, composição e grafismoRevisão de texto, composição e grafismoRevisão de texto, composição e grafismo Maria Pia Pinto Serra

Coordenação Editorial e Redactorial Coordenação Editorial e Redactorial Coordenação Editorial e Redactorial Coordenação Editorial e Redactorial Maria Pia Pinto Serra

Sede e Impressão Sede e Impressão Sede e Impressão Sede e Impressão Escola Secundária c/ 3º Ciclo Fernando Namora

Rua Longjumeau - 3150-122 CONDEIXA-A-NOVA

EmailEmailEmailEmail [email protected]

Edição online Edição online Edição online Edição online http:// 194.210.65.204

Periodicidade Periodicidade Periodicidade Periodicidade Trimestral

EM DESTAQUE A PROFESSORA ESCRITORA Ana Paula Mabrouk nasceu em 1968, na aldeia de Ribeira de Frades, concelho de Coimbra, sob o nome de Ana Paula Ramos Amaro. É licenciada em Lín-guas e Literaturas Modernas, variante de Estu-dos Ingleses e Alemães, e possui a pós-graduação no Curso de Especialização em Tra-dução, pela Faculdade de Letras da Universida-de de Coimbra.

Desenvolve a actividade de professora há vinte anos e está colocada na Escola Secundária Fer-nando Namora, em Condeixa-a-Nova.

É autora do livro de contos «Alfabeto no Feminino», da Editora Mar da Palavra (2005) e «Em Carne Viva», da Editora Bubok – online – (2010) e co-autora das colectâneas «Travessias» e «Rosa-dos-ventos» das Edições AG (Brasil) (2008/2009), «Entre o Sono e o Sonho», Antologia de Poesia Contemporânea, edita-da pela Chiado Editora (2009) e Poiesis, Vol. XVIII, da Editorial Minerva (2010). Será co-autora, em breve, da colectânea “Vivências” das Edições AG.

Foi vencedora de vários prémios em Portugal e no Brasil, nas categorias de conto, crónica e poesia.

É membro do Grupo Poético de Aveiro (GPA) e da Associação dos Amigos de Avis (ACA). Tem um blogue literário – Escrevi-nhando: Riscos e Rabiscos – que pode ser consultado em http://anamabrouk.blogspot.com. Tem páginas no Facebook e no Mural de Escritores.

PARABÉNS ao docente

Fernando de Sousa Moreira

pelo seu Mestrado!

A Dissertação para a obtenção

do grau de Mestre em Ciên-

cias da Educação na área de

especialização: Supervisão

Pedagógica e Formação de

Formadores - “ Orientações

Curriculares de Ciências Físi-

cas e Naturais do 3º Ciclo do

Ensino Básico — Concepções

e crenças dos professores”,

que apresentou na Faculdade

de Psicologia e de Ciências da

Educação da Universidade de

Coimbra, encontra-se ao dis-

por dos interessados, na

Biblioteca Escolar Fernando

Namora.