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Informativo da Associação de Magistrados da Justiça do Trabalho da 8ª Região >> Continuação na página 03 ano 5 | nº 21 - edição 02/2014 página: 6 Magistrados da 8ª Região fazem bonito e aprovam 100% das teses apresentadas no XVII CONAMAT. página: 4 Nova coluna: AMATRA 8 Entrevista - Otávio Calvet. página: 8 AMATRA 8 se une às Associações Nacionais e consegue vitória no Senado. TJC Amatra 8 inova e crianças emocionam os participantes do II seminário Com o tema “conhecendo os direitos, conquistando a cidada- nia!” a AMATRA 8 promoveu o “II SEMINÁRIO DE FORMAÇÃO DE MULTIPLICADORES” do Programa TJC, em Belém, nos dias 10 e 11 de abril, com a presença de 200 professores e líderes de movi- mentos sociais. O evento ocorreu no auditório do Movimento Re- pública de Emaús, no bairro do Bengui, área periférica da Região Metropolitana de Belém. O II Seminário do TJC Amatra 8 inovou em dois aspectos, com resultados positivos: um, na rea- lização de várias reuniões preli- minares com os multiplicadores para a definição da temática que gostariam que fosse abordada no evento, o que teve como aspecto positivo o completo envolvimento do grupo na formatação e concep- ção do II Seminário, sem perder a perspectiva dos objetivos éticos e sociais do Programa TJC. Outra inovação, como estratégia de sensibilização, foi a inserção do grupo de crianças (de 4 a 6 anos de idade) da Escola Maria Amoras, para o encerramento do encontro. Orientadas por uma das professoras multiplicadoras, as crianças apren- deram a letra do Hino do TJC, de autoria do desembargador Vicente Malheiros da Fonseca, do TRT 8. As crianças fizeram uma emocionante apresentação, envolvendo e conta- giando a todos os participantes do evento. As estratégias adotadas pela co- ordenação do TJC Amatra 8 tiveram duas finalidades: uma, difundir desde cedo o conteúdo do TJC às crianças, já plantando uma semente de cida- dania em suas mentes e corações. A outra foi a de enfatizar aos jovens e adultos do Programa a responsabili- dade pelo conteúdo social do TJC, sob a perspectiva do futuro cidadão melhor para às crianças e adolescen- te do Brasil.

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Informativo da Associação de Magistrados da Justiça do Trabalho da 8ª Região

>> Continuação na página 03

ano

5 | n

º 21

- edi

ção

02/2

014

página: 6

Magistrados da 8ª Região fazem bonito e aprovam 100% das teses apresentadas no XVII CONAMAT.

página: 4

Nova coluna: AMATRA 8 Entrevista - Otávio Calvet.

página: 8

AMATRA 8 se une às Associações Nacionais e consegue vitória no Senado.

TJC Amatra 8 inova e crianças emocionam os participantes do II seminário

Com o tema “conhecendo os direitos, conquistando a cidada-nia!” a AMATRA 8 promoveu o “II SEMINÁRIO DE FORMAÇÃO DE MULTIPLICADORES” do Programa TJC, em Belém, nos dias 10 e 11 de abril, com a presença de 200 professores e líderes de movi-mentos sociais. O evento ocorreu no auditório do Movimento Re-pública de Emaús, no bairro do Bengui, área periférica da Região Metropolitana de Belém.

O II Seminário do TJC Amatra 8 inovou em dois aspectos, com resultados positivos: um, na rea-lização de várias reuniões preli-minares com os multiplicadores

para a definição da temática que gostariam que fosse abordada no evento, o que teve como aspecto positivo o completo envolvimento do grupo na formatação e concep-ção do II Seminário, sem perder a perspectiva dos objetivos éticos e sociais do Programa TJC.

Outra inovação, como estratégia de sensibilização, foi a inserção do grupo de crianças (de 4 a 6 anos de idade) da Escola Maria Amoras, para o encerramento do encontro. Orientadas por uma das professoras multiplicadoras, as crianças apren-deram a letra do Hino do TJC, de autoria do desembargador Vicente Malheiros da Fonseca, do TRT 8. As

crianças fizeram uma emocionante apresentação, envolvendo e conta-giando a todos os participantes do evento.

As estratégias adotadas pela co-ordenação do TJC Amatra 8 tiveram duas finalidades: uma, difundir desde cedo o conteúdo do TJC às crianças, já plantando uma semente de cida-dania em suas mentes e corações. A outra foi a de enfatizar aos jovens e adultos do Programa a responsabili-dade pelo conteúdo social do TJC, sob a perspectiva do futuro cidadão melhor para às crianças e adolescen-te do Brasil.

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informativo Amatra informativo Amatra

REUNIÕES ORDINÁRIAS DA

DIRETORIA AMATRA 8

08 de Agosto29 de Agosto

26 de Setembro

@amatra8

http://amatra-8.blogspot.com.br/

www.facebook.com/amatra08

Acesse:

Carta da diretoria

Expediente:Presidente: CLAUDINE TEIXEIRA DA SILVA RODRIGUES Vice-Presidente Administrativo: CARLOS RODRIGUES ZAHLOUTH JÚNIOR Vice-Presidente Legislativo: OCÉLIO DE JESUS CAR-NEIRO DE MORAIS Secretária-Geral: AMANACI GIANNACCINI Diretora Financeira: MARIA EDILENE DE OLIVEIRA FRANCO Diretor de Direitos e Prerrogativas: JORGE ANTONIO RAMOS VIEIRA Diretora Cultural: VANILZA DE SOUZA MALCHER Diretora de Direitos Humanos e Cidadania: MARIA ZUÍLA LIMA DUTRA Diretora de Aposentados: MARIA LÚCIA TEIXEIRA MA-CHADO Diretor para Juízes Fora de Sede: NATASHA SCHNEIDER Diretor de Substitutos: EDUARDO EZON NUNES DOS SANTOS FERRAZ Diretora Social: CAMILA AFONSO DE NÓVOA CAVALCANTI Diretora de Imprensa: ROBERTA SANTOS DE PINHO Diretor de Esportes e Qualidade de Vida: WELLINGTON MOACIR BORGES DE PAULAConselho Fiscal: VICENTE JOSÉ MALHEIROS DA FONSECA, ELIZABETH FÁTIMA MARTINS NEWMAN, MARIA VALQUÍRIA NORAT COELHO. Suplentes: MARILDA WANDERLEY COÊLHO, FILOMENA MARIA JORGE CHAVES e RUTH VALLE SIZO FIDALDO.

INFORMATIVO AMATRA 8. Edição 21 – abr/mai/jun de 2014. Tiragem – 600. Jornalista Responsável: Renata Torres DRT-PA 1840 – Assessora de Comunicação. Reportagens: Renata Torres. Revisão: Roberta Santos de Pinho. Fotos: Renata Torres, Ascom TRT8 e arquivo. Colaboradores: Maria Zuíla Lima Dutra, Océlio de Jesus Carneiro de Morais e Roberta Santos de Pinho. Projeto Gráfico: sSIx Comunicação.

Roberta Santos de PinhoDiretora de Imprensa da AMATRA 8

Coluna Amatra 8

>> TeseNo dia 28 de maio, no 33º Congresso Brasileiro de Previdên-cia Social da LTr, em São Paulo, o Vice-Presidente Legislativo da AMATRA 8, Océlio de Jesus Carneiro de Moraes, defen-deu e aprovou sua tese científica “Os efeitos automáticos da sentença judicial trabalhista para fins de averbação do tempo de contribuição”. A tese objetiva adotar as decisões judiciais trabalhistas como critério jurídico à efetividade total do direi-to social à previdência decorrente das relações de trabalho e do contrato de trabalho para fins de averbação do tempo de contribuição e, desse modo, efetivar a inclusão social pre-videnciária do trabalhador por força da decisão trabalhista transitada em julgado.

>> PrerrogativasO juiz Jorge Antonio Ramos Vieira esteve em Brasília,

na sede da Associação Nacional de Magistrados Trabalhis-tas – Anamatra, para participar da 1ª reunião dos Diretores e Comissões de Prerrogativas. O encontro reuniu diretores e membros das comissões de cada associação filiada no dia 30 de maio às 9h, para tratar, entre outros assuntos, do relacio-namento com os tribunais, corregedorias e advogados, porte e registro de arma de fogo, escolas judiciais e ainda o regula-mento da Comissão Nacional de Prerrogativas.

Nesta segunda edição do informativo da gestão 2014/2015 seguimos na divulgação dos passos do programa Trabalho, Jus-tiça e Cidadania, esse tão valioso movimento abraçado pela Amatra 8 com efetividade desde 2013, destacando também ou-tras realizações de nossa associação e de nossos associados.

Entretanto, pedimos licença para destacar algumas novida-des implementadas para reciclagem e melhoria do nosso ca-nal de comunicação, que poderão ser observadas já nesta edição.

A primeira, que se relaciona com nosso compromisso de trans-parência e garantia de participação do associado, é a divulgação do calendário trimestral de reuniões ordinárias da diretoria. Acre-ditamos que o interesse do associado na direção da Amatra 8 é enri-quecedor, e as portas estão sempre abertas àqueles que desejarem acompanhar as discussões e decisões sobre a atuação da entidade.

A segunda é a coluna permanente intitulada “Amatra 8 entrevista”. Conversaremos com Juízes e pessoas ligadas ao Judiciário sobre temas de nosso interesse, de modo a transmitir visões que nos despertem para inovações, críticas e reflexões, sempre pensando em nossa evolução en-quanto detentores do poder de influenciar e transformar a sociedade.

Por fim, comunicamos que o processo de confecção das car-teiras de associado está em andamento, e logo poderemos dis-por desse meio de identificação para melhor utilização dos inú-meros convênios firmados pela Amatra 8 em nosso benefício. Informem-se sobre as diversas vantagens disponíveis a nós, associa-dos da sede e de fora de sede, que estão em constante ampliação.

Esperamos que a leitura seja útil e proveitosa, e que as notícias expostas nesta carta e dentro do informativo fomentem em cada um de nós, associados, a confiança na intenção da diretoria da Ama-tra 8 de buscar e fazer sempre o melhor para a nossa coletividade.

>> Na MídiaO Vice-Presidente Administrativo da AMATRA 8, Carlos

Rodrigues Zahlouth Junior, falou sobre a emenda aprovada na PEC do Trabalho Escravo para a Rádio Justiça. A emenda trata da desapropriação das terras que comprovadamente explo-rem trabalho escravo. O Juiz do Trabalho também foi entre-vistado no Programa Sem Censura Pará, da TV Cultura. Dessa vez, o que estava em pauta eram os direitos e deveres das Empregadas Domésticas e de seus patrões. Sobre este mesmo tema, Carlos Zahlouth Jr. concedeu entrevista ao Programa Bom Dia Pará da TV Liberal.

>> Continuação da matéria de capa

ANAMATRA recebe visita de

novos juízesDirigentes da Anamatra e Presidentes

das Amatras receberam na noite do dia 3 de junho a visita dos novos juízes que estão em Brasília para o 16º Curso de Formação Inicial da Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados do Tra-balho (Enamat). A turma conta com ma-gistrados de nove Regiões Trabalhistas: 2ª (SP), 4º (RS), 8º (PA/AP), 11º (AM/RO), 15º (Campinas/SP), 16º (MA), 21º (RN), 22º (PI) e 23º (MT).

Durante o encontro os magistrados co-

nheceram a sede da entidade e tiveram a oportunidade de saber mais sobre sua atuação e objetivos. “Atuamos, por exem-plo, na defesa das questões relativas a subsídios, passivos, auxílio- alimentação e também do Direito do Trabalho, da valo-rização da Justiça do Trabalho, da ética e da moralidade”, explicou o vice-presiden-te da Anamatra, Germano Siqueira, ao dar as boas-vindas aos novos juízes e explicar sobre o funcionamento da entidade e do Conselho de Representantes, convidando-

-os a participar ativamente de suas entida-des.

Os dez novos magistrados da 8ª Re-gião foram recepcionados também pela Presidente da Amatra 8, a juíza Claudine Teixeira da Silva Rodrigues. São eles: El-bia Lidice Spenser Dowsley, Milena Abreu Soares, Avertano Messias Klautau, Ênio Borges Campos, Valternan Pinheiro Prates Filho, Natalia Luiza Alves Martins, Circe Oliveira Almeida, Manuela Duarte Boson Santos, Adélia Weber Leoni Almeida e Otávio Bruno da Silva Ferreira.

A temática do II Seminário foi a seguin-te: “As piores formas de trabalho infantil”, “Exploração sexual de crianças e adoles-centes”, “Políticas públicas e centros de apoio aos jovens”; “Adolescentes e o Di-reito do Trabalho (Estágio, Aprendizagem e Trabalho educativo)”, “Um novo olhar do adolescente às drogas”, “Os direitos do jovem aspirante a jogador de futebol” e “Direitos do trabalhador no contrato de trabalho temporário no serviço público”. As palestras foram proferidas por Juízes do Trabalho, Procuradores do Trabalho e Advogados, todos integrantes do grupo de voluntários do TJC da AMATRA8.

O Seminário adotou a seguinte dinâmi-ca: palestras sobre os temas escolhidos, pai-nel de “tira-dúvidas” a partir das questões

apresentadas pelos participantes, represen-tações cênicas relacionadas aos temas das palestras, consistindo, essa última atividade na mini-culminância do II Seminário.

Ainda como parte da dinâmica, nos in-tervalos das palestras, foram feitas apresen-tações musicais da Banda da Escola Cristo Redentor e do grupo de Percussão do Movi-mento República de Emaús, além de peças teatrais.

A coordenação regional do TJC – ao encargo dos juízes Maria Zuília Lima Dutra (coordenadora) e Océlio de Jesus C. Mo-rais (vice-coordenador) – avaliou como al-tamente positivo o II Seminário, seja pelo envolvimento responsável dos destinatários do Programa, seja pelo relevante espírito colaborativo de juízes trabalhistas, procura-

dores do trabalho e advogados trabalhis-tas, como voluntários, seja pela inserção do TJC na própria realidade das comuni-dades destinatárias.

Os coordenadores do Programa TJC Amatra 8, por fim, anunciaram que o tra-balho do Grupo de Voluntários do TJC da AMATRA8 continua com a programação do “I Seminário de formação na cidade de Macapá, a realizar-se no segundo semes-tre de 2014.

Fraternalmente,

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informativo Amatra informativo Amatra

O Tribunal Regional do Trabalho da 8ª Região e a Faculdade de Belém (FABEL) firmaram um convênio pioneiro que obje-tiva garantir a prestação de serviços de as-sistência judiciária gratuita aos autores de ações judiciais vinculadas ao Jus Postulandi. A assinatura foi realizada na Antessala da Presidência do Tribunal, pela Presidente do TRT8, Desembargadora do Trabalho Odete de Almeida Alves e pela Diretora Geral da Fabel, Professora Luna Freitas. O convênio possibilitará, além do atendimento especia-lizado do jurisdicionado que buscar a Justiça do Trabalho sem advogado, também o trei-namento dos acadêmicos que participarão do projeto, para atuar com o Processo Judi-cial Eletrônico (PJe)

Foi em clima de descontração que a Pre-sidente Odete de Almeida Alves deu início à tarde de homenagens às mães do TRT8. Em parceria com a AMATRA 8 e Sicoob Credijustra, houve sorteio de brindes e distribuição de pipo-cas em uma divertida sessão de cinema com a exibição do filme “Minha mãe é uma peça”, no auditório da Escola Judicial do TRT8. Represen-tando a AMATRA 8, a Diretora de Imprensa da Associação, Roberta Santos de Pinho falou da sua emoção em poder compartilhar dessa data no estado do Pará. “Sou Sergipana e mesmo não podendo passar esse dia das mães com a minha mãe, me sinto acolhida e muito feliz por fazer parte desta homenagem bonita que o TRT8 está fazendo a todas elas”, finalizou a magistrada.

Integrando a programação “Memória do Judiciário: Um diálogo Social”, promovida em parceira entre o Tribunal Regional do Trabalho da 8ª Região, o Tribunal de Justi-ça do Estado do Pará e o Tribunal Regional Eleitoral do Estado do Pará, o “Museu sobre Rodas - História em Movimento” do TJPA, es-teve aberto para visitação em frente ao TRT8 de 20 a 23 de maio. Durante toda a semana, crianças que compareceram para realizar as visitas monitoradas ao TRT8, puderam co-nhecer também o Museu sobre Rodas, que, através da história oral e da interação, conta a história do TJPA e de alguns personagens significativos de sua história. O “Museu so-bre Rodas” surgiu em julho de 2013, através da Coordenadoria da Justiça Itinerante, onde todas as vezes que a Justiça Itinerante se des-loca ao interior do estado, o ônibus é levado para que as histórias sejam contadas.

“Museu sobre Rodas” integra programação sobre Memória do Judiciário

Termo de Cooperação entre TRT8 e Fabel oferecerá atendimento jurídico com PJe no Jus Postulandi

AMATRA 8 e TRT 8 fazem homenagem às Mães da 8ª Região

Amatra: O senhor utilizou em sua fala o termo “miopia” do judiciário em relação às demandas coletivas. A que o senhor atribui essa “miopia”?

Calvet: A um conservadorismo e um desejo dos magistrados de se manter na sua zona de conforto. Enquanto o Judici-ário mantiver a postura paternalista que atualmente adota perante os trabalhado-res, preocupado em resolver micro pro-blemas, sem pensar nos efeitos de suas decisões em escala macro, as ações cole-tivas continuarão vistas como um processo trabalhoso e de pouco resultado.

Amatra: Qual o reflexo social dessa postura conservadora da magistratura?

Calvet: A sociedade cobra cada vez mais do Judiciário por respostas, que no dia a dia, no julgamento de ações indi-viduais em massa, por maior que seja o esforço dos juízes, não são percebidas exatamente por não causarem impacto so-cial. Isso acarretou um forte sentimento de perda de status social do poder judiciário, pois as decisões judiciais pulverizadas tem pouca visibilidade social.

Amatra: Qual seria então uma boa so-lução para essa cobrança da sociedade?

Calvet: As decisões coletivas são uma das saídas para tratar com efetividade as questões postas pela sociedade perante o Judiciário, exatamente pela abrangência da decisão, pela possibilidade concreta de uma mudança sentida por uma cole-tividade. Outro passo importante é o for-talecimento das estruturas extrajudiciais, como sindicatos e comissões de conci-liação prévia, evitando a judicialização de todo e qualquer conflito.

Amatra: O objeto de ações individu-ais e coletivas, especialmente envolvendo direitos difusos e coletivos stricto sensu, costuma ser bem distinto. Isso também influencia no alcance social das decisões?

Calvet: Este é outro viés da “miopia” do Judiciário trabalhista. As ações indivi-duais, nas quais predominam as obriga-ções de pagar, limitam a Justiça do Traba-lho às tutelas eminentemente reparatórias, que pouco contribuem para uma mudança de postura frente aos direitos e deveres no contrato de trabalho. As tutelas coletivas, nas quais costumeiramente se discutem

obrigações de fazer ou não-fazer, tem o poder de restaurar a essência do direito do trabalho: a prevenção, o respeito aos direitos trabalhistas.

Amatra: Vivemos atualmente um des-pertar para o instituto das ações coleti-vas?

Calvet: Ficamos 10 anos sob a dis-ciplina da Súmula 310 do TST, que en-gessava totalmente a ação coletiva. Com seu cancelamento, considero sim que começamos a acordar para o instituto das ações coletivas. É importante para o juiz pensar sempre no impacto que sua decisão terá na sociedade. A fixação de multas (diárias e até horárias) nas tute-las coletivas de obrigação de fazer e não fazer garantem efetividade, exatamente porque geram impacto social. O juiz do trabalho precisa se redescobrir. Fazer mais do mesmo não é a solução.

Comissão de direitos humanos da AMB se reúne em Brasília

No dia 1º de abril, a AMB (que congrega 12 mil juízes) promoveu o primeiro encon-tro da Comissão de Direitos Humanos da entidade, composta de 31 membros, e teve a participação dos associados da AMATRA8 Antonio Oldemar Coêlho dos Santos (re-presentante trabalhista na AMB) e Maria Zu-íla Lima Dutra (membro da comissão).

Na oportunidade foram discutidos e selecionados seis eixos de atuação da Co-missão e formados os grupos responsáveis,

a saber: a) justiça criminal; b) corrupção e improbidade administrativa; c) questões agrárias e do meio ambiente; d) questões de gênero, crianças e adolescentes e ido-so; e) trabalho decente (que também in-clui a saúde dos juízes); f) formação de juízes. A associada Zuíla Dutra integra os três últimos grupos e, ainda, o grupo res-ponsável pela elaboração do Regimento Interno da Comissão de Direitos Humanos da AMB. Cada grupo começa a discutir as áreas de atuação, bem como as sugestões de atividades. A equipe volta a se reunir no final de maio para apreciação dessas propostas e do Regimento Interno. O as-sociado Antonio Oldemar integra a comis-são do trabalho decente.

A reunião contou com a presença do Presidente da entidade, Dr. João Ricardo Costa.

Amatra 8 Entrevista

Em Belém para participar de workshop sobre Ações Coletivas promovido pela Escola Judicial do TRT8, o Juiz do Trabalho da 1ª Região (RJ), Otávio Amaral Calvet, concedeu entrevista à AMATRA 8 e revelou-nos a experiência adquirida ao longo de sua trajetória no Judiciário Trabalhista sobre a visão da sociedade e dos juízes com relação às Ações Coletivas.

   

A miopia do Judiciário em relação às demandas coletivas

informativo Amatra

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informativo Amatra informativo Amatra

Assembleia Geral do 17º Conamat aprova 100% das teses apresentadas pela 8ª Região

Comissão nacional do programa TJC reúne-se em Gramado/RS

Integrantes da Comissão Nacional e co-ordenadores regionais do Programa Traba-lho, Justiça e Cidadania (TJC), da Anamatra, reuniram-se no dia 29 de abril, em Grama-do (RS), onde estava sendo realizado o 17º Congresso Nacional dos Magistrados da Jus-tiça do Trabalho – Conamat.

Na ocasião, os magistrados discutiram uma agenda de trabalho voltada ao forta-lecimento e ampliação do programa. “É de extrema relevância que as Escolas Judiciais incluam o TJC em seus programas de for-mação”, destacou a diretora de Cidadania e Direitos Humanos da Anamatra, Silvana

Abramo Margherito Ariano.Entre outros assuntos, os dirigentes

trataram do lançamento de um livro co-memorativo aos 10 anos do Programa TJC, que segundo a coordenadora nacional do Programa, Eliete Telles (Amatra 1), neces-sitará do apoio das Amatras para reunir o material histórico relativo ao projeto.

Semana do Meio Ambiente encerra com caminhada ecológica e passeio ciclístico

No dia 7 de junho, o Tribunal Re-gional do Trabalho da 8ª Região en-cerrou a programação da Semana do Meio Ambiente com uma Caminhada Ecológica e Passeio Ciclístico no Par-que Ambiental do Utinga, em parceria com o Tribunal de Justiça do Estado do Pará (TJ-PA) e Tribunal Regional Eleitoral (TRE-PA). Integrantes da “Jus-tiça Verde”, os três Tribunais promove-ram, durante toda a semana, diversas programações voltadas a sensibiliza-ção dos servidores e magistrados. Com o tema “O meio ambiente é você”, o evento de encerramento teve por ob-jetivo integrar e despertar a atenção de todos para a importância da preserva-

ção ambiental.Para a Presidente do TRT8, Desembar-

gadora do Trabalho Odete de Almeida Alves, este foi um momento de congraça-mento. “É muito bom que estejamos aqui reunidos privilegiando o meio ambiente. Como está escrito em nossas camisas, ‘o meio ambiente é você’, é você que faz e precisamos desenvolver a cultura de res-peitar o meio ambiente. É muito impor-tante que tenhamos esta consciência, pois estamos aqui de passagem, mas seremos sucedidos por outros e esse mundo será deles”.

Durante o passeio, além de conhecer o Parque Ambiental, os participantes pu-deram praticar rapel e realizar passeio de

barco. A Presidente da Comissão de Ges-tão Ambiental do TRT8, Juíza do Trabalho Substituta Meise Oliveira Vera, participou do evento e considerou muito positivo o resultado alcançado. Para ela, o trabalho de conscientização não encerra com a Se-mana do Meio Ambiente. “A proposta não é só de integrar, mas principalmente é fa-zer entrar na cabeça das pessoas. É um tra-balho constante, não acabou aqui, temos que estar sempre divulgando, trabalhando e incentivando as pessoas a cuidarem de si e do meio ambiente. Se as pessoas pen-sarem que o meio ambiente somos nós, tudo vai mudar. Buscamos fazer com que os novos conceitos de sustentabilidade sejam internalizados”, finalizou.

Fonte: Ascom TRT8.

Foi realizado entre os dias 29 de abril e 2 de maio, em Gramado (RS), o 17º Con-gresso Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho (Conamat) com a aprovação de 88 teses pela Assembleia Geral, sendo 3 de autoria de magistrados da Oitava Região. A Amatra 8 foi representada com as seguintes teses: “Igualdade de Gênero no Processo de Vitaliciamento da Magistratura do Traba-lho”, elaborada pela Juíza Substituta Katari-na Mousinho Brandão, “Pacto Federativo de Cooperação Ambiental e Proteção do Meio Ambiente do Trabalho”, do Juiz Titular Ney Stany Maranhão e “O Programa Trabalho, Justiça e Cidadania - TJC. Diálogos neces-sários para a construção da cidadania”, da Juíza Titular Maria Zuíla Lima Dutra.

Tendo como tema central “Judiciário e sociedade: um diálogo necessário”, o even-to reuniu os juízes trabalhistas de todo o país com o objetivo de fomentar o aper-feiçoamento e a difusão da magistratura do Trabalho, aprimorar o desenvolvimento técnico e científico dos associados e deli-berar rumos para a magistratura trabalhista. Pela primeira vez na história do Conamat,

entidades da sociedade civil também pu-deram encaminhar teses para debate.

Os ministros Ricardo Lewandowski, vi-ce-presidente do Supremo Tribunal Fede-ral (STF), e Brito Pereira, corregedor-geral da Justiça do Trabalho, que participaram do evento e acompanharam as discussões da Assembleia, avaliaram positivamente o formato do Congresso.

“Talvez isso possa ser o embrião. De ouvir em um primeiro momento de ma-neira informal os juízes brasileiros acerca de ideias da categoria e, em um segundo momento, através do Conselho Nacional de Justiça, fazer consultas formais sobre questões de caráter institucional”, avalia Lewandowski sobre as teses. Já o ministro Brito Pereira considerou o Conamat uma agradável experiência de convivência, congraçamento e oportunidade de co-nhecer melhor os problemas que vive a Magistratura.

A Presidente da Associação dos Magis-trados da Justiça do Trabalho (AMATRA 8), Claudine Teixeira da Silva Rodrigues, que participou do Conamat e acompa-

nhou a Assembleia, afirmou que considera extremamente importante levantar a temá-tica do diálogo entre o juiz e a sociedade. “Os magistrados atuam em benefício da sociedade e é necessário aproximar essa das questões próprias da magistratura, ampliando os diálogos sociais não só aos usuários da Justiça, mas também a todos os seguimentos da comunidade. O XVII CONAMAT é um marco associativo. Foi pensado e organizado para propiciar o debate entre esses dois segmentos da so-ciedade brasileira de uma forma dinâmica e responsável

Ao final do evento também foi refe-rendada a Carta de Gramado, que sintetiza as principais premissas extraídas dos qua-tro dias do evento, entre elas a melhoria do diálogo com a sociedade, o respeito ao princípio da separação dos poderes, a valorização da Magistratura, a democra-tização do Judiciário, entre outras. Você pode ler a carta, na íntegra acessando o site da Anamatra.

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informativo Amatra

Magistrados conseguem a aprovação da PEC 63 no Senado Federal

A Presidente da AMATRA 8, Claudine Teixeira da Silva Rodrigues, e uma comitiva de magistrados estiveram na Comissão de Constituição e Justiça do Senado Federal no dia 21 de maio. Após muito trabalho de con-vencimento com os Senadores da República, foi aprovada a Proposta de Emenda Cons-titucional nº 63 - PEC 63, que restabelece

o adicional por tempo de serviço como medida de valorização da carreira da ma-gistratura.

A AMATRA 8 trabalha com esse assun-to há mais de um ano e já reuniu com de-putados e senadores da bancada paraense, em um café da manhã com a Presidência do TRT8, para discutir a matéria.

A magistrada esteve em Brasília atu-ando em conjunto com a Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB) e Associa-ção Nacional dos Magistrados do Trabalho (ANAMATRA).

Manhã de autógrafos marca lançamento de obras jurídicas no TRT 8

Foi em clima de descontração que, na manhã do dia 13 de junho, no Espaço Cul-tural Ministro Orlando Teixeira da Costa, no TRT 8, o juiz do trabalho titular Ney Stany Morais Maranhão lançou os livros “O novo aviso-prévio: questões polêmicas suscita-das pela Lei n. 12.506/2011” e “Direito e Cristianismo: Temas atuais e polêmicos”. A cerimônia contou com a presença da Presi-dente do TRT 8, desembargadora Odete de Almeida Alves, do Presidente da Assembleia

de Deus, Pastor Samuel Câmara e da Presi-dente da AMATRA 8, Claudine Teixeira da Silva Rodrigues.

Dr. Ney Maranhão é coordenador da obra coletiva “Direito e Cristianismo: Te-mas atuais e polêmicos” (Editora Betel, 2014), que tem parceria com o doutorando em Religião Antônio Carlos da Rosa Silva Junior e o também magistrado Rodolfo Pamplona Filho. A obra conta com artigos escritos por outros magistrados trabalhistas

da 8ª Região, como Francisco Milton Araújo Junior e Raimundo Itamar Lemos Fernandes Junior, que também participaram da sessão de autógrafos.

Já “O novo aviso-prévio: questões po-lêmicas suscitadas pela lei n. 12.506/201” (LTr, 2014) é um livro escrito por ele em coautoria com o advogado e professor Jor-ge Boucinhas Filho.