17/02/2002 - jornal amatra 21 nº 01

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Associação dos Magistrados do Trabalho da 21ª Região Presidente da ANAMATRA participa de Assembléia Geral da AMATRA 21 Numa sessão solene que contou com a participação de Juizes Trabalhistas, representantes de diversas associações de Magistrados, membros de outras carreiras jurídicas, serventuários da Justiça e familiares, a nova diretoria da AMATRA 21 tomou passe para o biênio 2002/2004. Durante o evento, o coral Habeas Chorus, do TRT - 21ª Região fez uma bela apresentação. Na oportunidade, foi inaugurada a galeria de fotos em homenagem aos ex-Presidentes da AMATRA 21 e oferecido um coquetel aos presentes. Novos diretores da AMATRA 21 tomam posse para o biênio 2002/2004 Ano 2 nº 8 dezembro de 2002 Natal RN Alexandre Érico Alves da Silva, Tereza Olga Menescal de Carvalho, Décio Teixeira de Carvalho Júnior, Simone Medeiros Jalil Anchieta, Luciano Athayde Chaves: Novos diretores da AMATRA 21 p 3 p 5 p 6 p 7 a 10 Des. Carreira Alvim ministra palestra sobre Código do Processo Civil na ESMAT 21 Presidente e Vice-Presidente do TRT 21ª Região falam ao Jornal AMATRA 21 JORNAL AMATRA 21 Sede da AMATRA 21 Desde o dia 10/10, a nova sede da Associação está funcionando na sala 112 do Ed. Profissional Center, na Rua Lauro Pinto, 200. Enquanto isso, o TRT da 21ª Região negocia a assinatura de um convênio com a Caixa Econômica Federal para a reestruturação do prédio da Av. Hermes da Fonseca, onde funcionavam as sedes das 1ª e 2ª Varas do Trabalho. O Presidente do TRT, Des. Carlos Newton, assinou a minuta de contrato de comodato, com o encargo da reforma do prédio e a cessão de parte dele à AMATRA-ESMAT. A outra parte será ocupada por uma agência bancária. A AMATRA 21 solicitou duas salas para 50 alunos, cada, e salas para a diretoria e secretaria, todas instaladas e mobiliadas. Assim, haverá mais espaço para as ações da AMATRA 21 e aumento nos cursos oferecidos pela Escola.

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Jornal da Amatra 21

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Associação dos Magistrados do Trabalho da 21ª Região

Presidente da ANAMATRAparticipa de AssembléiaGeral da AMATRA 21

Numa sessão solene quecontou com a participaçãode Juizes Trabalhistas,representantes de diversasassociações de Magistrados,membros de outras carreirasjurídicas, serventuários daJustiça e familiares, a novadiretoria da AMATRA 21tomou passe para o biênio2002/2004. Durante oevento, o coral HabeasChorus, do TRT -21ª Região fez umabela apresentação. Na oportunidade, foiinaugurada a galeria de fotosem homenagem aos ex-Presidentes daAMATRA 21 e oferecidoum coquetel aos presentes.

Novos diretores da AMATRA 21 tomam posse para o biênio 2002/2004

Ano 2 nº 8 dezembro de 2002 Natal RN

Alexandre Érico Alves da Silva, TerezaOlga Menescal de Carvalho, Décio

Teixeira de Carvalho Júnior, Simone Medeiros Jalil Anchieta,

Luciano Athayde Chaves: Novos diretores da AMATRA 21

p 3

p 5

p 6

p 7 a 10

Des. Carreira Alvim ministrapalestra sobre Código do Processo Civil na ESMAT 21

Presidente e Vice-Presidente doTRT 21ª Região falam ao Jornal AMATRA 21

JORNAL AMATRA 21

Sede da AMATRA 21Desde o dia 10/10, a nova sede da Associação está funcionando na sala 112 do Ed.Profissional Center, na Rua Lauro Pinto, 200. Enquanto isso, o TRT da 21ª Regiãonegocia a assinatura de um convênio com a Caixa Econômica Federal para areestruturação do prédio da Av. Hermes da Fonseca, onde funcionavam as sedesdas 1ª e 2ª Varas do Trabalho. O Presidente do TRT, Des. Carlos Newton, assinoua minuta de contrato de comodato, com o encargo da reforma do prédio e a cessãode parte dele à AMATRA-ESMAT. A outra parte será ocupada por uma agênciabancária. A AMATRA 21 solicitou duas salas para 50 alunos, cada, e salas para adiretoria e secretaria, todas instaladas e mobiliadas. Assim, haverá mais espaço paraas ações da AMATRA 21 e aumento nos cursos oferecidos pela Escola.

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Jornal AMATRA 212

Editorial

Agenda de eventos Aniversariantes do mês

Hoje, temos a satisfação de entregar aos colegas o novo formato do nosso tradicional Jornal AMA-TRA 21, veículo de informação e debate de idéias que passa a ter uma apresentação moderna e ágil,condizente com os grandes desafios que se descortinam. Compromisso desta Diretoria, o novo for-mato do nosso informativo também inaugura uma maneira mais profissional de transmitir as açõese informações do movimento associativo de magistrados, a exemplo de tantas outras agremiações

que já atentaram para a importância da aproximação do pensamento organizado da Magistratura Trabalhista coma sociedade brasileira.

E quão importante tem se mostrado ser necessária essa aproximação entre a Justiça e a po-pulação. Na ordem do dia, encontram-se temas de extrema relevância que exigem a ativa par-ticipação da sociedade. De um lado, temos a discussão da chamada Reforma do Judiciário, sobreo qual se exige uma definição, porquanto tramita no Congresso Nacional há mais de 10 anos.Nada obstante as procedentes críticas ao texto proposto, que, em grande parte, apenas reforçao modelo concentrador do Poder Judiciário, não podemos negar que a Justiça do Trabalho é con-templada com pelo menos uma importante reivindicação histórica: a ampliação de sua compe-tência material, medida urgente e necessária para adequar seu perfil àquele exigido pelos novoscontornos do mundo do trabalho, mais precarizado, informal e complexificado.

Afora isso, vem sendo anunciada pelo novo governo, que tomará posse no próximo dia 1º dejaneiro de 2003, uma intensa mobilização parlamentar, já nos primeiros meses de administração,para o debate sobre três propostas de ampla reforma estrutural: a reforma previdenciária, a fis-cal e a trabalhista, temas que não podem prescindir da ativa participação de todos os segmen-tos da sociedade, mormente pelo fato de que já se anuncia a possibilidade do fim da aposentaria integral no ser-viço público, com a adoção de um sistema previdenciário único, e a alteração da legislação trabalhista e sindical.

Como se pode perceber, estamos no limiar de um período de intensas transformações. Mais do que nunca, pre-cisamos informar e nos informar, eis que somente um povo informado pode exercer em plenitude sua cidadania.

Para esta missão de informar, desejamos que o nosso novo Jornal AMATRA 21 desempenhe o seu papel. Paraisso, empenharemos todas as nossas energias.

26/12 Joanilson de Paula Rêgo Júnior

29/12 Zéu Palmeira Sobrinho

04/01 Joseane Dantas dos Santos

05/01 Hamilton Vieira Sobrinho

06/01 Lilian Matos P. da Cunha Lima

Expediente

FEELLIIZZ NAATTAALL

AA TTOODDOOSS EE UUMM

2003 PPLLEENNOO DDEE

RREEAALLIIZZAAÇÇÕÕEESS

EE PPAAZZ!!

LUCIANO ATHAYDE CHAVES

PRESIDENTE DA AMATRA 21

3° Congresso Internacional da ANAMATRAData: 10 a 18/03/2003.Local: Madri, Toledo e Barcelona.

Encontro Regional das AMATRAS - 6ª Região - PE / 21ª Região - RNData: 02 a 05/04/2003 Local: Hotel Blue Tree Park, Cabo de Santo Agostinho/ PE

XVIII Congresso da AMB Data: Outubro/2003 Local: Salvador/BA

O INFORMATIVO AMATRA 21 É UMA

PUBLICAÇÃO BIMESTRAL DA

ASSOCIAÇÃO DOS MAGISTRADOS DO

TRABALHO DA 21ª REGIÃO/RN

PRESIDENTE

Luciano Athayde Chaves

VICE-PRESIDENTE

Simone Medeiros Jalil Anchieta

SECRETÁRIO

Décio Teixeira de Carvalho Júnior

TESOUREIRO

Alexandre Érico Alves da Silva

DIRETOR DE INFORMÁTICA E DE

DIVULGAÇÃO

Dilner Nogueira Santos

CONSELHO FISCAL

Tereza Olga Menescal de Carvalho,

Germano Silveira Siqueira e

Gláucia Maria Gadelha Monteiro

AMATRA 21

Rua Lauro Pinto, 200 - Sala 112

Ed. Profissional Center

Lagoa Nova - Natal/RN

Telefax: (84) 234-77559

Site: www.geocities.com/amatra21

E-mmail: [email protected]

REDAÇÃO E EDIÇÃO

Método Soluções em Comunicação

Fone: (84) 611-22700

JORNALISTA RESPONSÁVEL

Anna Angélika Azevedo - DRT/RN 887

Fone: (84) 9418-33744

PROJETO GRÁFICO E DIAGRAMAÇÃO

Terceirize

Fone: (84) 211-55075

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Jornal AMATRA 21 3

Posse

No último dia 15 de agosto, anova diretoria da Associaçãodos Magistrados do Trabalhoda 21ª Região tomou possenuma solenidade muito presti-

giada. Estiveram presentes ao Plenário doTRT - 21ª Região membros do MinistérioPúblico e da Magistratura, advogados, servi-dores da Justiça e familiares dos novos diri-gentes da AMATRA 21.

O grupo que estará à frente da adminis-tração da Associação durante o biênio2002/2004 é composto pelos Juízes Trabalhis-tas Luciano Athayde Chaves - Presidente,Simone Medeiros Jalil Anchieta - Vice-Pres-idente, Décio Teixeira de Carvalho Júnior -Secretário, Alexandre Érico Alves da Silva- Tesoureiro,Tereza Olga Menescal de Car-valho, Germano Silveira Siqueira e GláuciaMaria Gadelha Monteiro - Membros doConselho Fiscal.

A cerimônia de posse foi presidida pela De-sembargadora Federal Maria de Lourdes AlvesLeite, Presidente em exercício do TRT - 21ªRegião e Presidente Benemérita da AMA-TRA 21. Diversas autoridades também inte-graram a mesa, como o Juiz André Luiz Me-deiros, representando o Juiz Virgílio Fernan-des Macedo Júnior, presidente da Associa-ção dos Magistrados do Rio Grande do Norte;o Juiz Federal Francisco Barros Dias, delega-do da Associação dos Juízes Federais no Es-tado do Rio Grande do Norte; o Juiz Guilher-me Newton Pinto, representante da Asso-ciação dos Magistrados do Brasil e o Procu-

rador do Trabalho Rosivaldo da Cunha Oli-veira, delegado da Associação Nacional dosProcuradores do Trabalho no Estado do RioGrande do Norte.

Compromissos e homenagens - Duran-te a solenidade, o coral Habeas Chorus, for-mado por funcionários do TRT/RN, fez umabela e emocionante apresentação musical emhomenagem à nova diretoria da AMATRA21, uma associação de classe com apenas 10anos de existência, mas com muitas vitóriasconquistadas na defesa dos predicamentos edas prerrogativas da Magistratura Trabalhis-ta.

No discurso de posse, o Juiz LucianoAthayde Chaves reiterou o compromisso deestimular o debate de idéias entre os asso-ciados, a fim de preservar e ampliar o espa-ço conquistado pela AMATRA 21 no âm-bito local e nacional.

Logo após a posse da nova diretoria daAssociação, os presentes participaram dainauguração da galeria de fotografias dosex-Presidentes da AMATRA 21. O pontoalto da solenidade foi o descerramento dacortina pelos colegas Eridson João Fernan-des Medeiros, primeiro Presidente da Asso-ciação, e Maria de Lourdes Alves Leite, queacabara de passar o cargo ao colega Lucia-no Athayde.

Na sua primeira década de existência, aAMATRA 21 teve cinco presidentes que de-senvolveram um trabalho de extrema impor-tância para o estabelecimento da Associaçãocomo uma entidade de classe atuante e re-conhecida por suas conquistas em prol dos as-sociados e, por conseguinte, de toda a socie-dade norte-rio-grandense.

No final da solenidade foi oferecido um

Inauguração da Galeriade ex-Presidentes daAMATRA 21: Eridson

João FernandesMedeiros e Maria deLourdes Alves Leite.

Nova diretoria da AMATRA 21toma posse em sessão solene

Membros da Diretoria oficializando orecebimento do cargo

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Jornal AMATRA 214

Posse

Ademocracia não tolera mais qualquer outra magistraturaque não seja a do juiz (GARAPON, Antoine. O juiz e ademocracia. Rio de Janeiro, Revan, 1999, p. 142). Comessa assertiva, a Sociologia Jurídica francesa descortina aposição do Poder Judiciário na sociedade contemporâ-

nea. Se, antes, a Magistratura Estatal dividia espaços com as chama-das 'magistraturas naturais', tais como a Igreja, as lideranças comu-nitárias locais, as autoridades patriarcais, dentre outras, hoje o PoderJudiciário desponta, sem dúvida, como o palco onde se expõe todoo leque de conflitos sociais.

E não são poucos os desafios que já estão se fazendo sentir noPoder Judiciário.

Por um lado, temos uma sociedade que se complexificanuma 'aceleração histórica' jamais vista, para usarmos umaexpressão de Antonio David Cattani (Trabalho e autonomia.Petrópolis: Vozes, 1996).

Cuida-sse de perceber que vivenciamos uma revolução de modossocietais. A cada dia, surgem novas formas de relações comerciais,especialmente com o uso dos meios telemáticos, bem como novasformas de intercâmbio produtivo, sem falar na crescente e incontro-lável movimentação de capitais financeiros, que se deslocam em fra-ção de segundo por todos os pontos do Planeta.

Nessa sociedade em transmutação - onde várias empresastransnacionais já movimentam capitais superiores ao Produto InternoBruto de muitos Estados Nacionais -,, talvez seja o trabalho, catego-ria histórica por excelência, que mais vem sentindo o descontrole e adesumanização do capitalismo contemporâneo, notadamente quan-do se percebe a insistente sobrevivência de formas primitivas deexploração do trabalho em sociedades como a nossa, que não maiscompete com as chamadas 'economias desenvolvidas', mas simcom países considerados 'greenfilds', isto é, verdadeiros paraísos deexploração da mão-dde-oobra operária.

Em recente reportagem estampada na edição de 10/0702 (Nachina é ainda mais barato), a Revista Veja revela a migração deinvestimentos produtivos de países como o México, outrora territórioonde se encontrava força de trabalho relativamente barata, para paí-ses como China, Tailândia e Vietnã, caracterizados por uma fragilís-sima proteção aos direitos sociais e onde se pode pagar salários nãosuperiores a Us$ 60 por mês, quase sete vezes menos que a médiapaga hoje a um operário mexicano.

Não é por outra razão que, desde o início da década de 90,estamos assistindo a um verdadeiro combate à regulação socialbrasileira. Temas como flexibilização, precarização, informalidade,dentre tantos outros, tomaram posição de destaque na agendasocial de nosso país, não raro desencadeando conflitos concretospara cuja resolução o Judiciário Brasileiro, especialmente oTrabalhista, ainda não encontra uma tranqüila atmosfera axiológica,porquanto os conceitos e os valores da sociedade estão sob ata-que e em constante ebulição.

Se esse contexto já se mostra assombrosamente desafiador parao Poder Judiciário, respiramos, de outra banda, um importante deba-te sobre a necessidade de se reformar o desenho da autoridade judi-ciária brasileira, debate esse que atualmente se concentra nas dis-cussões sobre a Proposta de Emenda Constitucional nº 29/2000, oraem análise no Senado da República.

Embora seja o Brasil um país em que, segundo o IBGE, apenas30% dos indivíduos envolvidos em disputas procuram a Justiça[SADEK, Maria Tereza (org.). 'Experiências de acesso à justiça' (intro-dução) In Acesso à justiça. São Paulo: Fundação Konrad Adenauer,2001], e onde é de domínio público a baixíssima relação 'populaçãoversus número de magistrados', encontramos na referida propostade reforma constitucional pouquíssimos avanços no sentido de dotaro Poder Judiciário Brasileiro de um aparato razoavelmente adequadopara atender às demandas de uma sociedade mais complexa eansiosa por eficiência, celeridade e efetividade na atuação da autori-dade judiciária.

Na verdade, vislumbramos na PEC 29/2000 muito mais pontosde convergência com os postulados descritos no DocumentoTécnico nº 319 do Banco Mundial, que traça linhas para uma refor-ma do Poder Judiciário na América Latina e Caribe, sustentando aidéia de um Judiciário mais 'previsível', ou seja, controlado pelascúpulas da burocracia judiciária, restando acentuadamente reduzidaa liberdade do julgador de 1º Grau. Disso resulta a proposta de efei-to vinculante das decisões dos Tribunais Superiores, para citar ape-nas um exemplo.

No seio deste debate, o movimento associativo de juízes tem semostrado incansável, participando ativamente do processo legislativoe levando aos Senhores Congressistas a colaboração dos

Magistrados Brasileiros quanto aos mais diversos temas que ora seencontram em discussão no Poder Legislativo Federal.

Acreditamos que a participação de todos os atores sociaisenvolvidos em tais reformas é condição indispensável ao processodemocrático de alteração das bases estruturais de um Poderessencialmente vinculado ao moderno conceito de EstadoDemocrático de Direito.

É, pois, diante desse quadro que assumimos hoje a Presidênciada AMATRA 21; uma associação jovem que acaba de completarapenas 10 anos de existência e, claro, com muita experiência aindapor incorporar.

Recebi o encargo de dirigir os destinos da AMATRA 21 ao lado deuma diretoria que honro integrar, eis que estou na companhia decolegas pelos quais nutro, há muito, o maior apreço, além de incon-dicional admiração por suas atuações profissionais.

O sufrágio livre e democrático referendou uma proposta de traba-lho onde o ideal de efetiva participação de todos os associados seráuma obstinada busca da AMATRA 21.

Esperamos construir um ambiente de fraternal congregação parao debate de idéias e a virtuosa convivência entre os seus associados.Como dissemos em nossa Carta Programa, 'as reuniões associativasdevem integrar o cotidiano de seus associados, em freqüência talque se incorpore aos seus hábitos'.

Continuaremos o trabalho de todos os que nos antecederam,especialmente na intransigente defesa dos predicamentos e prerro-gativas da Magistratura, historicamente considerados pelo movimen-to associativo dos juízes como uma garantia da Sociedade, antesque dos próprios Magistrados.

De igual sorte, preservaremos e buscaremos ampliar o espaçoque nossa associação já conquistou em âmbito nacional, quer sejana atuação ativa dentro do Conselho de Representantes da ANAMA-TRA (Associação Nacional dos Magistrados do Trabalho) e AMB(Associação dos Magistrados Brasileiros), quer seja junto às suasComissões de Assuntos Legislativos e de Reforma do Judiciário, res-pectivamente.

Com vigor, devoção e tenacidade, procuraremos cumprir comnossa missão, cientes de que, como já nos alertou Vinícius deMorais, 'são demais os perigos desta vida para quem tem paixão'.

Certamente, esperamos contar com a efetiva participação detodos os colegas para, dentro do melhor espírito dialético, desenvol-vermos nossas atividades associativas, orientados pelos rumos tra-çados por nossa Carta Programática, inclusive buscando a interaçãoe a integração com as demais associações de classe.

É, portanto, hora de trabalhar, e imprimir uma dinâmica à nossaAMATRA 21 em consonância com os novos tempos e com os atu-ais desafios.

Estamos, assim, diante de uma difícil e árdua jornada, que ape-nas se inicia com esta Assembléia festiva de posse. As dificuldadeshaverão de ser digeridas e superadas, até porque sempre comparti-lhamos com Clarice Lispector a crença de que 'uma vida dura é umavida que parece mais longa' (Um sopro de vida).

Encaminhando-mme para o encerramento, gostaria de destacar avirtuosa gestão da colega MARIA DE LOURDES ALVES LEITE, cujadiretoria tive a honra de integrar, na qualidade de Vice-PPresidente.Sou, portanto, privilegiada testemunha de seu esforço pelo engran-decimento de nossa AMATRA.

Igualmente gostaria de agradecer ao Presidente deste Tribunal,Dr. Carlos Newton Pinto, a fraternal acolhida desta Diretoria eleita,na oportunidade em que nos foi gentilmente disponibilizado esteimportante e simbólico espaço da Justiça do Trabalho da 21ªRegião para a realização desta Assembléia festiva da AMATRA 21.Saberá Sua Exª que seguramente encontrará na AMATRA 21 res-sonância e apoio para as iniciativas deste Tribunal que colimaremcom o fortalecimento da presença e das atividades da Justiça doTrabalho neste Estado.

De importante destaque, também, o exemplo de maturidadeassociativa e democrática demonstrada pelos Juízes do Trabalho da21ª Região quando de nossa recente eleição. Aos colegas, rendominha mais elevada homenagem. No vosso exemplo, inspirareiminhas ações.

Por fim, agradeço aos colegas que colaboraram com a reali-zação deste evento, bem assim ao pessoal do Cerimonial desteTribunal e ao Coral Habeas Chorus, que nos brindou com tãobelo programa.

Deus haverá de guiar nossos passos...a coragem e a obstinaçãohaverão de ser nossa companhia, mesmo porque, como já disse oPadre Antônio Vieira, mais valem os desacertos do intento que ascertezas da inércia.

Discurso de Posse

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Jornal AMATRA 21 5

Assembléia Geral

Presidente da ANAMATRA participa

No dia 26 de setembro, foi reali-zada, no Auditório da ESMAT21, a primeira Assembléia Geralda Associação dos Magistradosdo Trabalho da 21ª Região pre-

sidida pelos membros da nova diretoria daAMATRA 21.

A reunião deliberativa contou com um nú-mero significativo de associados, que discu-tiram, dentre outros assuntos, a autorizaçãopara que o Departamento Jurídico da Asso-ciação ajuíze uma Ação Ordinária a fim decobrar da União o pagamento retroativo daParcela Autônoma de Equivalência, previs-ta na Lei 8.448/92.

O fato se deve em decorrência da incidên-cia, na base de cálculo, dos valores relativosao auxílio-moradia e aos 14° e 15° saláriospagos aos parlamentares federais.

Os associados presentes também anali-

saram o projeto arquitetônico de reforma doprédio do Tribunal Regional do Trabalho - 21ªRegião, localizado na Avenida Hermes daFonseca, em Natal, e que não está sendo uti-lizado pelo TRT.

Através de uma ação conjunta da direto-ria da AMATRA 21 com o Setor de Enge-nharia do próprio Tribunal Regional do Tra-balho, na ocasião da Assembléia, já foi pos-sível mostrar aos associados um esboço desseprojeto. A conclusão do croqui facilitará aprocura por recursos financeiros que viabili-zem a realização da obra com a cessão de es-paço que servirá à instalação da nova sede daAssociação de classe e da Escola Superior daMagistratura do Trabalho - ESMAT 21.

Além da discussão acerca da cessão doprédio, também foi deliberada pela Assem-bléia, a instituição de um plano de investi-mento para a compra de um imóvel próprio

para a Associação. Outro assunto que foi aprovado pelos pre-

sentes foi o voto de aplauso ao colega EdwarAbreu Gonçalves que apresentou ao Cursode Ciências Sociais da Universidade Federaldo Rio Grande do Norte, a dissertação deMestrado com o tema 'O acidente de traba-lho fatal na construção civil'.

ANAMATRA - Em viagem oficial por di-versas capitais nordestinas, o presidente da As-sociação Nacional dos Magistrados do Tra-balho - ANAMATRA - Hugo Melo Caval-canti Filho participou da Assembléia Geral daAMATRA 21.

Na oportunidade, o colega falou aos pre-sentes sobre vários temas de interesse da Ma-gistratura do Trabalho.

Depois de encerrada a pauta de votação,os associados presentes participaram de umtradicional 'happy hour'.

Hugo Melo Filho

falou aos associados

da AMATRA 21 sobre

temas atinentes à

Magistratura do

Trabalho

Assembléia Geral da AMATRA 21: Sócios da AMATRA 21 e Presidente da ANAMATRA prestigiaram aprimeira reunião da nova diretoria

de Assembléia Geral da AMATRA 21

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Jornal AMATRA 216

AMATRA Informa

Apresentação doJornal e patrocínio

A Diretoria da AMATRA 21 assinou umcontrato de patrocínio com a CaixaEconômica Federal para a viabilização donovo jornal institucional, que terácirculação bimestral. O 'JornalAMATRA 21', tradicional veículo decomunicação impresso entre a nossaassociação e a sociedade, foicompletamente reformulado. Com anova formatação gráfica, design modernoe uma tiragem maior, esperamos entregaraos associados e à comunidadeassociativa um material de boa qualidadee de grande conteúdo, inclusive comespaço para publicação de textos dosassociados da AMATRA 21. Sugestões etextos poderão ser encaminhados àDiretoria de Divulgação, em mãos oupelo e-mail [email protected], aoscuidados do colega Dilner.

BibliotecaA Biblioteca da AMATRA 21 estápassando por um processo deincremento. A diretoria providenciou aremessa de ofícios às editoras de todo opaís, solicitando a doação de livros parao aumento do acervo e a modernizaçãotemática da nossa associação. Aspiramosreceber livros de todos os terrenoscognitivos, não somente da área jurídica.Encontram-se disponíveis em nossaBiblioteca títulos jurídicos que podem seremprestados aos associados.

Palestra Foi muito produtiva e prestigiada aexposição do Desembargador FederalCarreira Alvim, do TRF 2ª Região/Riode Janeiro, realizada no último dia11/10/2002, no Plenário do TRT/RN. Oevento contou com um númeroexpressivo de associados da AMATRA21, bem como de assessores, diretores eservidores do TRT da 21ª Região. Napalestra, o renomado jurista na área deDireito Processual revelou importantesaspectos da última fase da reforma doCódigo de Processo Civil e seus efeitossobre a jurisdição trabalhista. Com falacarismática e muito bom humor, oProfessor Carreira Alvim conseguiuprender a atenção de todos, semdescuidar de transmitir importanteslições de Direito Processual. O evento foipromovido pela ESMAT 21 com o apoiodo TRT da 21ª Região.

BACENJUDO associado que ainda não recebeu oManual para utilização do BACENJUD(Banco Central Judiciário) em seuendereço domiciliar deve entrar emcontato com a Secretaria da AMATRA21 para que sejam solicitados exemplaresextras, de modo que todos possam contarcom esse apoio para manejar o sistemade solicitações judiciais do BancoCentral. O Manual do BACENJUD éproduzido e distribuído pela AMATRA 5e pela ANAMATRA, com supervisão doBanco Central. O BACENJUD é umprograma oriundo de uma parceria doTST com o BC, para a realização dapenhora on-line. Quem for cadastradopara esse serviço pode proceder, viainternet, com a penhora de dinheirodepositado em conta corrente dequalquer instituição bancária brasileira.Os interessados em participar doprograma devem se cadastrar junto àCorregedoria do TRT 21ª Região e obtersua senha pessoal.

InternetEstá em pleno funcionamento a novalista de discussões da AMATRA 21 naInternet. E-mails de vários associados jáforam cadastrados. Para enviarmensagem aos colegas e trocar idéias,basta endereçá-la à:[email protected]. Interessadosem participar dessa ciranda devem entrar em contato com a Secretaria da Associação.

Novos diretores Na primeira Assembléia Geralconvocada pela nova diretoria daAMATRA 21, novos diretores foramempossados. No dia 26 de setembro, oJuiz Dilner Nogueira Santos assumiu arecém instituída Diretoria de Informáticae de Divulgação. O Juiz GermanoSilveira Siqueira, membro efetivo doConselho Fiscal não pôde comparecer àsessão solene e também tomou possedurante a Assembléia Geral.

Assinatura RevistaSolicitamos aos colegas a emissão deartigos e decisões judiciais de destaque afim de encaminharmos ao ConselhoEditorial de nossa revista nacional - aRevista Jurídica Forense/ANAMATRA.É importante a participação de todos, jáque nos é dada a prioridade parapublicação. Aqueles que ainda nãoassinaram a revista, encontra-se àdisposição dos interessados a ficha desolicitação na Secretaria da AMATRA21. A assinatura anual da Revista, que possui periodicidade bimestral, é de R$ 100,00, podendo ser dividida em 4 vezes.

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Jornal AMATRA 21 7

Entrevista Carlos Newton

AMATRA - Qual a primeiraimpressão de V. Exª. ao assumir aPresidência do TRT da 21ª Região?

CN - Os que me antecederam fizeramum trabalho excelente, mantiveram oTribunal na ordem do dia e defende-ram a Justiça do Trabalho. Mas, erauma expectativa muito difícil, devidoao orçamento. O Tribunal é pequenoe a obtenção de orçamento maior foiuma luta difícil, complicada. Há umadificuldade crônica que é o tempo daelaboração do orçamento e da duraçãoda gestão. Uma coisa não coincidecom a outra! Sempre tem seis mesesde fim de orçamento da gestão ante-rior. Nesse momento, estou trabalhan-do com orçamento do Dr. Raimundo.Não estou trabalhando! Estou fazen-do das tripas coração. Só vou poderrealmente empreender a minha ges-tão a partir de janeiro, quando o meuorçamento chegar.

AMATRA - Como o senhor avalia osseis primeiros meses de trabalho àfrente da Presidência do TRT/RN?

CN - Modéstia à parte, eu me consi-dero um vitorioso. Três coisas funda-mentais já consegui fazer. Estávamoscom problema na construção da novasede. O TCU esteve aqui e na audito-ria constatou irregularidade. As ou-

tras gestões absolutamente não ha-viam praticado qualquer irregularida-de, mas o TCU levantou uma defasa-gem de preço e disse que havia super-faturamento. Solicitei sindicância eauditoria do TST. Vieram três funcio-nários especialistas na área que fizeramo levantamento da obra e demonstra-ram que não havia irregularidade. Atese que sustentávamos era que haviadefasagem de índices. Em 1993, o ín-dice adotado era o INCC, aplicado aoscontratos de construção civil de ordempública. Ao longo dos anos surgiu o ín-

dice regional Sinap/RN. O contratoera baseado no INCC, autorizado e re-conhecido pelo TST e TCU como vá-lido, mas em 2001, o valor do INCC

era diferente do Sinap/RN. Aí o TCUdiz: "Superfaturamento". Quando nóscontra argumentamos acharam queera mera defesa, mas mostramos quea questão era essa. Isso foi contorna-do e já temos a liberação do prossegui-mento da obra no Congresso Nacional.Tínhamos uma gratificação que euchamava "podre". Quando Dr. JoséRocha instalou o Tribunal não haviaautorização legal para a criação de gra-tificações. Na época, o TCU e o TSTadmitiam a criação de gratificaçõespor resoluções administrativas daCorte, para que ela pudesse funcionar.Só que ao longo do tempo o TCU disseque precisava de Lei autorizando acriação das funções. O Min. Benja-mim Zingler disse que iria extingui-las, porque não tinham amparo legal.Eu disse a ele: "Nós somos 15 Varas doTrabalho, oito Juízes na 2ª Instância;213 funções, equivalem a 1/3 desseTribunal. Se o senhor acabar com 213funções no Rio de Janeiro, tudo bem!Porque lá tem 79 Varas na capital e ou-tras 80 no interior e 213 funções nãogeram nenhum impacto". Ele me deuum prazo para resolver o problema. Agestão anterior tinha feito um projetode legalização das funções, mas preci-

Só vou poder

empreender a minha

gestão a partir de

janeiro, quando meu

orçamento chegar.

ODesembargador FederalCarlos Newton de SouzaPinto está à frente do TRT- 21ª Região desde junhode 2002. Nos primeiros

meses de gestão, adotou como principalmeta a implantação da Gestão de Quali-dade Total em todos os setores do Tribu-nal, um passo, que para muitos é inova-dor, mas que para o Presidente doTRT/RN é irreversível. Autodeclaradootimista, Carlos Newton concedeu en-trevista exclusiva ao Jornal AMATRA 21.

Fé e esperança

Page 8: 17/02/2002 - Jornal AMATRA 21 Nº 01

sávamos ampliar, então alterei o pro-jeto. A Lei 10.475 autorizava a trans-formação de funções e a utilização deuma função nova, a FC-6. Então crieisete funções do desmembramento, masmantive o mesmo valor. Precisava da sala onde a AMATRA-ESMAT funcionavam, porque o Tribu-nal não tem espaço para colocar os se-tores de Qualidade, Engenharia e Ad-ministração. A única forma foi tentarfazer a transposição da AMATRA parao prédio da Hermes da Fonseca. Achoque é uma boa solução, porque a casatem condição de ser uma grande sededa Escola e da AMATRA. Não se tratade um espaço imenso, mas de um es-paço funcional, que permita realizaras atividades que temos que realizar. Senós fizermos duas salas de 40 pessoas,local para a diretoria e para a secreta-ria, acho que dá para abrigar muitobem. Nós já assinamos a minuta doconvênio que permitirá a reforma doprédio, mas ainda não há uma previ-são para o início da obra.

AMATRA - Quais as expectativasorçamentárias do TRT 21ª Regiãopara o exercício 2003?

CN - O meu orçamento está bom, comalguma gordurinha. Não é que eu sejagastador, é que no Serviço Público exis-te uma coisa que é um contra-senso.Em outros países quando você traba-lha e não gasta tudo, você tem umapremiação e depois retorna aquilo paravocê com um plus. No Brasil, se fazexatamente o contrário: se você nãogastou é porque não precisou e aí di-minuem o teu orçamento. O bom ad-ministrador é aquele que gasta, entãoo que você faz é planejamento de gastoe não planejamento de economia. Éum absurdo!

AMATRA - Na previsãoorçamentária estavam incluídosrecursos para a conclusão da obra danova sede do Tribunal?

CN - Nós temos uma inclusão na pre-visão orçamentária para a construçãoda obra, mas não o término dela. Erauma construção normal dentro dosparâmetros de 2003 e 2004. Mas oque está aparecendo no horizonte é apossibilidade desta dotação vir logo. OMinistro Fausto liberou R$ 710 milpara voltarmos a construir agora em

dezembro. Quero concluir o Comple-xo Trabalhista até o final da minhagestão, entregar a obra e que o Min.Fausto venha inaugurar.

AMATRA - Qual a avaliação de V.Exª. quanto à implantação doprograma de Qualidade Total noâmbito do Tribunal Regional doTrabalho?

CN - Comecei a implantar a Qualida-de Total no orçamento do Dr. Raimun-do; gerou problema, porque não esta-va previsto isso. Então tive certas dis-torções e dificuldades. Mas, não podiadeixar de iniciar a Qualidade Total.De qualquer outro Tribunal no Brasilnós estamos atrás, todos estão ligadosà Qualidade Total. Isso é um fato ir-reversível. O nosso Diretor Geral, Dr.Davi, é um especialista, a Drª RosaCavalcanti estuda reengenharia hámais de 10 anos. Eles são as colunasda Qualidade Total no TRT. Precisa-va deles para reverter o quadro, dar umchoque, uma visão nova. Passei 10 diasna Escola Superior de Guerra. Sabe oquê eu estudei lá? Método para o pla-nejamento estratégico. Os militaresestão estudando, porque estão vendoque se não planejar vamos viver sem-pre dependente do outro

AMATRA - Quais os pontospositivos e negativos encontrados noprojeto de Reforma do PoderJudiciário que está em tramitação naComissão de Constituição e Justiçado Senado?

CN - Sou a favor, à ampliação dacompetência material da Justiça doTrabalho, dos acidentes do Trabalho,da abrangência dos servidores estatu-tários, dos crimes contra a adminis-tração da Justiça, os habeas corpus ehabeas data, todos os processos queoriginarem, mesmo de outros órgãosjudiciais e de outras pessoas jurídicas,mas cuja matéria esteja ligada à Jus-tiça do Trabalho e ao Contrato deTrabalho. Sou a favor também da Sú-mula Vinculante; a Impeditiva de Re-curso, ao meu ver, seria um paliati-vo, é ultrapassada. Penso contraria-mente à eleição direta para Presiden-te dos TRTs. Isso partidariza a admi-nistração e a Magistratura. Enquan-to um vai pegar o poder econômicoou outro o político, o poder sindi-cal... Também destaco uma emendaque elimina a imposição de realizaçãode concurso para a Magistratura porentidades externas ao Poder Judiciá-rio. Ela foi rejeitada; estão determi-nando que os concursos sejam feitospor entidades externas. Acho issouma aberração!A Justiça Federal estátentando a aprovação de uma emen-da que inclui os crimes de redução dapessoa à condição de escravo na com-petência dela. Não consigo vislumbrarisso! Se consideramos o trabalho decompetência da Justiça do Trabalho,o trabalho escravo tem que ser daJustiça do Trabalho. Eles estão se pe-gando a idéia da escravidão, paradizer que está havendo o cometimen-to de um crime geral. Só que o crimefederal existe porque o trabalho é es-cravo. Não é o seqüestro ou o cárce-re privado é o "trabalho" do escravo.

AMATRA - O senhor gostaria defazer algum comentário final?

CN - Eu creio que 2003 vai ser umgrande ano. Um ano de definições.Acho que esse país vai crescer, vai sefundamentar em princípios muito sin-ceros. Eu sou um otimista, sou um bra-sileiro. Eu tenho orgulho de vestir a ca-

No Brasil, o bom

administrador é o que

gasta, então o que

você faz é

planejamento de

gasto...

Jornal AMATRA 218

Entrevista Carlos Newton

Passei dez dias na

Escola Superior de

Guerra. Sabe o quê

estudei lá? Método

para o planejamento

estratégico.

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AMATRA -Qual foi a primeiraimpressão de V. Exª. ao assumir ocargo de Vice-presidente do TRT da21ª Região?

ML: Eu já me sentia muito próxima docargo e de todos porque estou no TRThá 3 anos. Foi tudo muito natural, sem-pre me senti psicologicamente apta asuperar qualquer situação adversa, por-que já tenho experiência para isso.

AMATRA - O Poder Judiciário vemenfrentando, nos últimos anos, gravesproblemas orçamentários. Como asenhora analisa essas dificuldades,sobretudo na Justiça do Trabalho?

ML: O Problema orçamentário é crôni-co. Não adianta a gente pensar alto, por-que tem que baixar a cabeça. Tem-seque administrar os recursos na medidada disponibilidade. Desde o começo da21ª Região o Tribunal já se instalou nesse

impasse de dificuldade econômico-fi-nanceira. O surgimento do prédio novodo Tribunal foi um momento muito feliz,que não durou muito. Nós estamos coma obra parada, porém com expectativade verba suplementar.

AMATRA - Com relação à primeirainstância, a falta de estrutura não é muito grande?

ML: A 1ª Instância hoje está melhor doque durante todo o tempo em que eu fuijuíza. Hoje eu vejo a 1ª instância digna-mente instalada, com uma equipe boa defuncionários, em um prédio novo. Quan-do eu era Juíza de Junta tive oportuni-dade, lamentavelmente, de fazer cotacom os funcionários e os colegas para aju-dar no serviço de limpeza. Hoje eles nãotêm esse problema. Não estamos combonança é claro, porque a situação dopaís não permite, contudo, há um am-Juíza do Trabalho há 21 anos, a Desem-

bargadora Federal Maria de LourdesAlves Leite ocupa a vice-presidênciado Tribunal Regional do Trabalho da21ª Região desde junho de 2002. Ex-

presidente da AMATRA 21, Maria deLourdes é parte importante da História daJustiça do Trabalho no Rio Grande doNorte. Em entrevista ao Jornal AMATRA21, a colega se posicionou sobre a Refor-ma do Poder Judiciário e outros assuntosde interesse da classe.

Princípioe

tradição

Jornal AMATRA 21 9

Entrevista Maria de Lourdes Leite

Nós somos aqueles

profissionais

abnegados, de vida

sacerdotal para o

exercício da

Magistratura.

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Jornal AMATRA 2110

Entrevista Maria de Lourdes Leite

AMATRA - Dentro do projeto deReforma do Poder Judiciário, em votaçãono Senado Federal, que pontos, negativose positivos, a senhora destaca,principalmente no que se refere à Justiçado Trabalho?

ML: Um ponto importante é o que versasobre a súmula vinculante. O objetivomaior é garantir o princípio da celerida-de do processo, e quem criou a celerida-de no processo, quem deu a eficácia, foia Justiça do Trabalho. Hoje, já se quertransferir isso para todo o poder judiciá-rio. É um filtro para que se evite as repe-tições de decisões, os recursos aos Tribu-nais Superiores. A súmula vinculante vaiser uma coisa formidável dentro da Re-forma do Poder Judiciário. Muitos aspectos que as Associações Na-cionais estão tentando implantar dentrodessa reforma estão sendo vencidos, comopor exemplo, a escolha do dirigente do Tri-bunal, democraticamente, por todos os co-legas. Inclusive o próprio relator não deuo entusiasmo que os defensores dessa mu-dança estavam querendo. E esse foi umdos aspectos que teve uma repercussãomaior nos debates empreendidos no Con-gresso para se implantar a Reforma doPoder Judiciário. No momento não vaivingar. Como também outro aspecto quese pretende implantar, mas acredito quenão vai dar certo, porque o momentonão está próprio, é a eliminação do quin-to constitucional. Esse quinto constitu-cional diz respeito a participação do Mi-nistério Público e da Ordem dos Advo-gados dentro do quadro dos TribunaisSuperiores, 2ª e 3ª instâncias. Há umatentativa de eliminar esse quinto consti-tucional. Isso é uma consagração consti-tucional, que vem desde a Constituiçãode 1945, e eu sou simpática a essa idéiaque nós, e os Tribunais Superiores, só de-vemos nos manter com juízes de carrei-ra para evitar a ingerência ou a partici-pação daqueles que não têm a formaçãode magistrado. Nós somos aqueles profis-sionais realmente abnegados, de vida sa-cerdotal para o exercício da magistratu-ra. Isso aí, de qualquer modo, está fora docontexto dessa Reforma, mas persiste aluta de que algum dia se implante. Outro ponto refere-se ao Poder Judiciá-rio, dentro de sua Reforma, eliminar tam-bém os Tribunais especiais, e os membrosdos Tribunais assim constituídos integra-rem o Tribunal como um todo, tambémé uma medida salutar. Há anos esses Tri-

bunais especiais já vinham acontecendoe chegou a um amadurecimento tal quedeve haver uma incorporação.

AMATRA - A senhora é a favor daampliação da competência material daJustiça do Trabalho, inclusive paraabranger crimes contra a administraçãoda Justiça e Organização do Trabalho?

ML: Sim, totalmente a favor. Digamosque nós tenhamos hoje 5 mil reclama-ções ano, sem dúvida, com o aumento danossa competência, nós vamos ter 10 mil.Existe até o interesse dos colegas da Jus-tiça Federal Comum de que nós não te-nhamos essa fatia de trabalho, porque elespensam que vão ficar meio esvaziados e,no futuro, quem sabe, haja até uma mu-dança estrutural, como a que se pensouem fazer com a Justiça do Trabalho. Mascom o país crescendo, nós precisamos édar condição ao Poder Judiciário de satis-fazer o jurisdicionado da forma mais rá-pida possível. E essa celeridade, quempode implementar é a Justiça do Traba-lho. Somos nós, os Juízes do Trabalho,que temos um feitio próprio, de trabalhorápido, portanto, capazes de atrair essacompetência material que pertence à Jus-tiça Estadual Comum ou à Justiça Fede-ral. Nós que temos, na nossa natureza,essa formação de dinamismo, de saberaplicar a celeridade dentro do contextocomo realmente é necessário. Nós temoscondições de, por essas razões, satisfazermelhor a sociedade.

AMATRA - A Justiça do Trabalho estápreparada para receber esse volumemaior de trabalho?

ML: Inicialmente deve haver um impac-to. Temos que fazer seminários, congres-sos, para que a gente discuta os procedi-mentos. A AMATRA precisa ser muitoatuante nisso, congregando os colegas,

tanto do Tribunal quanto os juízes da 1ªinstância. Mas os juízes trabalhistas, todossão dotados de um QI tão especial, queeu não tenho dúvida, que já estejam adap-tados. Até porque o juiz do Trabalho, co-menta-se muito, tem um código que é di-ferente dos outros. Nós aplicamos o Có-digo de Processo Civil, mas nas omissõesda nossa legislação, cada Juiz do Trabalhoé um legislador, porque trabalha com ana-logia, busca textos, estabelece parâme-tros, dá uma dimensão da norma tão gran-de, que encontra o Direito, nunca deixauma lacuna.

AMATRA - A senhora ocupou, atépoucos meses, a Presidência daAMATRA 21, sendo hoje sua presidentebenemérita. Qual a experiência que oexercício de tal função lhe proporcionou?

ML: A experiência que eu trouxe daminha administração é que eu tive sortede encontrar um clima muito tranqüiloe ter passado a presidência para Dr. Lu-ciano em uma fase boa da AMATRA21 com relação ao Tribunal. Foi muitofácil dirigir a Associação dos Magistradosdo Trabalho. Hoje, fazendo parte daCorte, eu tenho os interesses que às vezesnão são os mesmos da AMATRA. Aindanão estão sabendo distinguir isso. Euacredito que será muito melhor o Tribu-nal quando estiver bem integrado coma Associação, porque os interesses têmque ser comuns. Nós ainda não conse-guimos entrar nessa sintonia. Como pre-sidente da AMATRA, da forma como eume relacionava bem com a 1ª instância,também me relacionava com a 2ª. Tantoque, todos os pleitos que eu levei para oTribunal deram certo. Claro que foi omeu trabalho político, de relacionamen-to social com os meus colegas, que pro-porcionou isso. Foi um período de paz quenós tivemos. Eu deixei a presidência daAssociação e, dois meses depois, já co-meçou o descompasso. Eu, a essa altura,estando fora da AMATRA, não pudesegurar a barra. Parece que todo o suces-so estava enquanto eu recebia a repre-sentação dos colegas da 2ª instância, elesrespeitavam ao máximo. Isso não signi-fica que são todos os colegas que toma-ram uma posição meio adversa à AMA-TRA. E a AMATRA está lutando parareconquistar o que pretende e que foipossível naquela época. Eu continuo de-fensora por tradição dos princípios quea Associação defende.

Precisamos dar

condição ao Poder

Judiciário de

satisfazer o

jurisdicionado de

forma rápida.

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A CAIXA tem mais de um século de serviços prestados aos brasileiros eé uma das empresas públicas mais forte, eficiente e melhoradministrada no país.Dentro da sua missão de promover a melhoria contínua da qualidade devida da sociedade, intermediando recursos e negócios financeiros eatuando no fomento ao desenvolvimento urbano, nos segmentos dehabitação, saneamento e infra estrutura, nos orgulhamos em ter umaempresa que tem em seu resultado, registrado, um lucro líquido de R$ 564,4 milhões no primeiro semestre de 2002, representando umarentabilidade de 13,1% sobre o Patrimônio Líquido.Dentro do seu papel de administrar fundos, programas e serviços decaráter social, destaque para o Bolsa-Escola, com 8,5 milhões de criançasbeneficiadas; Previdência Social, com 13,7 milhões de benefícios ; Seguro-Desemprego, com 10,1 milhões de benefícios pagos; Auxílio-Gás, com 4,9milhões de famílias beneficiadas; A CAIXA atendeu no primeiro semestredeste ano, 9,3 milhões de pedidos de saques do FGTS e o valor total pagoaos trabalhadores atingiu R$ 9,8 bilhões;O semestre fechou com uma rede de 14.323 pontos integrados epresentes em todos os 5.561 municípios brasileiros, realizando transaçõesem tempo real; Somente nos correspondentes bancários foram realizadas2,4 milhões de transações bancárias e pagos R$ 227 milhões embenefícios sociais às comunidades de pequenos municípios do Brasil;Nas Casas Lotéricas, presentes em 3.516 municípios, foram efetuadas 410milhões de transações bancárias e 847 milhões de jogos, comarrecadação de R$ 1,3 bilhão;Na área de Desenvolvimento Urbano, os resultados são significativos. ACAIXA financiou 149.816 moradias, beneficiando 652 mil pessoas dediferentes faixas de renda. Os investimentos em habitação, saneamento einfra-estrutura foram de aproximadamente R$ 2,5 bilhões; Destaque para os financiamentos com recursos do FGTS e para o PARque juntos ficaram com 75% dos investimentos. Os financiamentosimobiliários realizados pela CAIXA ajudaram a cerca der 238 milempregos diretos e indiretos. As atividades da CAIXA incluem, ainda, o patrocínio ao esporte, emparceria com o Ministério dos Esportes, e à cultura, por iniciativa própria eem conjunto com o Ministério da Cultura. No cenário empresarial, eladetém 48% do capital da CAIXA Seguros. É a patrocinadora da Fundaçãodos Economiários Federais - FUNCEF, que trata das aposentadorias deseus empregados, o segundo maior fundo de pensão do Brasil. No âmbito Regional, o Escritório de Negócios Natal, responsável pelaatuação da CAIXA no RN contribuiu para o desempenho global através dassuas 27 agências, 28 Postos de Atendimento Eletrônico, 128 UnidadesLotéricas e 90 Correspondentes Bancários com os seguintes números:16,9 milhões aplicados em habitação, sendo 14 milhões com recursos doFGTS e 2,9 milhões com recursos CAIXA; 321.648 Contas de Poupança ,com captação líquida no primeiro semestre de 42,5 milhões; 3.818Operações de Crédito Pessoa Jurídica totalizando 28,5 milhões; 60.710Operações de Crédito Pessoa Física totalizando 77,1 milhões; 139.712Pagamentos de Benefícios de Seguro-Desemprego totalizando 31,3milhões; 258.767 Pagamentos de Benefícios da Previdência Socialtotalizando 63,5 milhões; 6.305 Pagamentos de Abonos do PIS, totalizando1,1 milhão; 19.826 Pagamentos de Rendimentos e Quotas do PIS,totalizando 1,4 milhão. O Bolsa-escola beneficiou 1,3 milhão de crianças, oAuxílio-gás pagou 685 mil benefícios e a Bolsa Alimentação: 61 mil.

INFORME PUBLICITÁRIO

Solidez que geraqualidade de vida

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Jornal AMATRA 2112

Acontece

Os Juízes do Trabalho de Mossoró e a OAB/RNestão de parabéns pela realização com sucesso deuma Noite Jurídico-Cultural. O evento, realizadono último dia 24 de outubro de 2002, na Estaçãodas Artes Eliseu Ventania, teve o apoioinstitucional da AMATRA 21.A programação contou com a palestra da colegaGláucia Maria Gadelha Monteiro, sobre o tema'Assédio Moral no local de trabalho' e o lançamentodo livro 'Enquanto houver uma flor', do colegaJoaquim Sílvio Caldas. Na ocasião, foi entregue otítulo de cidadão mossoroense ao colega ZéuPalmeira Sobrinho. O coral Habeas Chorus fez umabelíssima apresentação e uma justa homenagem àcolega Maria de Lourdes Alves Leite, pelo apoiosempre dispensado às atividades do coral.

O Juiz Hugo Melo Cavalcanti Filho, presidente daANAMATRA, em passagem por Natal no últimomês de setembro, conheceu as instalações do TRT21ª Região e das Varas do Trabalho e visitou osJuízes da Corte. Acompanhado da Vice-presidenteda AMATRA 21, Juíza Simone Medeiros JalilAnchieta, Hugo Melo Filho fez umavisita de cortesia ao Presidente doTRT/RN, Desembargador Federal Carlos Newton.

A tradicional confraternização natalina daAMATRA 21 foi um sucesso. A animação rolousolta ao som eletrônico do DJ Bruno Giovannique fez o chão do Olimpo Recepções tremer.Cada associado recebeu duas senhas com direitoao coquetel e ao jantar. Foram sorteados CDsJurídicos e cesta natalinas entre os presentes. Os associados também receberam um porta-cartão de prata.

Em momento de descontração, oscolegas Alexandre Érico Alves daSilva, Luciano Athayde Chaves,Simone Medeiros Jalil Anchieta eDaniela Lustoza Marques deSouza participam de um animado"happy hour" no Salão de eventosdo TRT/RN.

Jurídico e Cultural

Visita Pte. ANAMATRA

Happy hour

Natal