jornal amatra 21 nº 12

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Associação dos Magistrados do Trabalho da 21ª Região Ano 6 nº 19 abril de 2006 Natal RN JORNAL AMATRA 21 Artigo: Banco de Horas, por Alexandre Érico Alves da Silva. A AMATRA 21 participou da reunião nacional do projeto “Trabalho, Justiça e Cidadania”, idealizado pela ANAMA- TRA. O encontrou foi uma promoção da AMATRA I e teve o objetivo principal de discutir as ações implementadas pelas Associações Regionais para divulgar os direitos básicos do trabalhador brasileiro, através da Cartilha do Trabalhador. Na reunião, a coordenadora do projeto no Rio Grande do Norte e Vice-presi- dente da AMATRA 21, Simone Medeiros Jalil Anchieta, trocou ex- periências com os outros co- ordenadores estaduais e traçou novas metas para o projeto na 21ª Região. Trabalho,Justiça e Cidadania AMATRA 21 participa de reunião nacional no RJ p 10 p 4 e 5 Escola Superior da Magistratura do Trabalho - ESMAT 21 terá site na internet. Programa de rádio da AMATRA 21 comemora primeiro ano no ar. AMATRA 21 participa de Congresso Nacional da ANPT O Presidente da AMATRA 21 Luciano Athayde Chaves participou como painelista do XI Congresso Nacional de Procuradores do Trabalho, promovido pela ANPT. O evento reuniu membros do Ministério Público e da Magistratura Trabalhista de todo o Brasil. p 10 p 12 p 9 Foto cedida pela AMATRAI Foto cedida pela ANPT

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Jornal AMATRA 21 Nº 12

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Page 1: Jornal AMATRA 21 Nº 12

Associação dos Magistrados do Trabalho da 21ª RegiãoAno 6 nº 19 abril de 2006 Natal RN

JORNAL AMATRA 21

Artigo: Banco deHoras, porAlexandre Érico Alves da Silva.

A AMATRA 21 participou da reuniãonacional do projeto “Trabalho, Justiça eCidadania”, idealizado pela ANAMA-TRA.

O encontrou foi uma promoção daAMATRA I e teve o objetivo principal

de discutir as ações implementadas pelasAssociações Regionais para divulgar osdireitos básicos do trabalhador brasileiro,através da Cartilha do Trabalhador.

Na reunião, a coordenadora do projetono Rio Grande do Norte e Vice-presi-

dente da AMATRA 21, Simone MedeirosJalil Anchieta, trocou ex-periências com os outros co-ordenadores estaduais etraçou novas metas para o projeto na 21ªRegião.

Trabalho,Justiça e CidadaniaAMATRA 21 participa de reunião nacional no RJ

p 10

p 4 e 5

Escola Superior daMagistratura do Trabalho -ESMAT 21 terá site nainternet.

Programa de rádio daAMATRA 21 comemoraprimeiro ano no ar.

AMATRA 21 participa de Congresso Nacional da ANPT

O Presidente da AMATRA21 Luciano Athayde Chavesparticipou como painelistado XI Congresso Nacionalde Procuradores do Trabalho,promovido pela ANPT. O evento reuniu membrosdo Ministério Público e daMagistratura Trabalhista detodo o Brasil. p 10

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Foto cedida pela ANPT

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Jornal AMATRA 212

Editorial

Agenda de eventos e cursos Aniversariantes

Entre os dias 3 e 6 de maio, Magistrados do Trabalho de todo o país reuniram-se em Maceió-AL em mais um Congres-so Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho – CONAMAT, que, neste ano, chamou à reflexão o desafiantepapel socialmente transformador do Juiz. E quão importante tem se mostrado a atuação coletiva dos Juízes do Trabal-ho no Brasil. Comprometidos com as causas trabalhistas e sociais, bem como fiéis na crença da função jurisdicional naconstrução de uma sociedade mais igualitária e justa, os Juízes do Trabalho vêm ocupando, a cada dia, maior presença

nos debates nacionais sobre os temas mais relevantes em torno da efetividade dos direitos sociais fundamentais estampados na Con-stituição Federal.

Num contexto de extrema fragilização do movimento sindical, em face das novas condicionantes do mercado de trabalho, ondeo emprego se tornou uma oportunidade escassa e rara de sobrevivência da chamada classe que vive do trabalho, é especialmente de-safiador garantir as condições existentes de regulação social. As forças globais de achatamento do mundo e os incríveis níveis decrescimento e atração de capital por parte de nações recém integradas ao sistema capitalista – onde os salários chegam a represen-tar um terço daqueles pagos em nosso país –, são elementos que constrangem os sindicatos a uma posição defensiva e participativa,recuando à trincheiras onde a luta por melhorias salariais e sociais cede lugar à busca obstinada pela manutenção dos empregos, àsvezes a custo muito alto.

Esse cenário é ainda mais pressionado pelas constantes propostas de precarização e flexibilização de direitos trabalhistas, de modoa tornar mais competitiva a economia para atrair investimentos e capitais.

Os recentes acontecimentos ocorridos na França mostram o potencial de tensão social desse debate. A sociedade francesa rechaçoua absorção do chamado “Contrato de Primeiro Emprego - CPE”, que, na prática, permitiria a despedida imotivada de jovens trabal-hadores num espaço de tempo de até vinte e quatro meses, sem direito a qualquer tipo de indenização. E não foram somente os jovensque saíram as ruas e exigiram a revogação da lei. Ao movimento também aderiram os trabalhadores em atividade, justamente pelotemor de que o CPE seja apenas o ponta pé inicial para a reforma precarizante da legislação social francesa. A mobilização fez efeitoe o chefe de governo recuou, revogando a proposta. No Brasil, o movimento não é diferente. Está pronta para a pauta da CâmaraFederal o projeto de lei geral das micro e pequenas empresas, que propõe, por exemplo, a redução dos depósito do FGTS para ape-nas 0,5%, eliminando, na prática, o sistema de indenização decorrente de despedidas arbitrárias em nosso país.

Contra essa proposta, a ANAMATRA – Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho já divulgou nota pública,conclamando os atores sociais envolvidos no processo político a reverem o paradigma de reforma adotado, porquanto aquele inscritono mencionado projeto conspira contra os interesses das camadas menos favorecidas do povo brasileiro.

Eis aqui uma das vertentes do papel da Magistratura nos dias de hoje: participar ativamente das decisões legislativas inerentes aomundo do trabalho, mormente num ambiente de grande fragilização dos movimentos sociais.

04/01 JJoosseeaannee DDaannttaass ddooss SSaannttooss05/01 HHaammiillttoonn VViieeiirraa SSoobbrriinnhhoo06/01 LLiilliiaann MMaattooss PP.. ddaa CCuunnhhaa LLiimmaa09/02 EEddwwaarr AAbbrreeuu GGoonnççaallvveess12/02 LLyyggiiaa MMaarriiaa ddee GG.. BB.. CCaavvaallccaannttii15/02 JJooããoo FFeelliippee LLeeiittee14/03 MMaarriiaa AAuuxxiilliiaaddoorraa BB.. MM.. RRooddrriigguueess18/03 AAlleexxaannddrree ÉÉrriiccoo AAllvveess ddaa SSiillvvaa28/03 CCaarrllooss NNeewwttoonn ddee SSoouuzzaa PPiinnttoo11/04 JJoosséé BBaarrbboossaa FFiillhhoo17/04 MMaarriiaa SSuuzzeettee MM.. ddee HH.. DDiióóggeenneess17/04 RRiiccaarrddoo LLuuííss EEssppíínnddoollaa BBoorrggeess03/05 MMaarriiaa ddee LLoouurrddeess AAllvveess LLeeiittee19/05 TTeerreezzaa CCrriissttiinnaa ddee AA.. CCaarrvvaallhhoo13/05 FFrraanncciissccoo FFaauussttoo ddee PP.. MMeeddeeiirrooss01/06 DDaanniieellaa LLuussttoozzaa MM.. ddee SSoouuzzaa06/06 AAnnttôônniioo SSooaarreess CCaarrnneeiirroo08/06 IIssaauurraa MMaarriiaa BBaarrbbaallhhoo SSiimmoonneettttii11/06 GGuussttaavvoo MMuunniizz NNuunneess 12/06 WWaallddeeccíí GGoommeess CCoonnffeessssoorr22/06 AAlluuiissiioo RRooddrriigguueess26/06 GGeerrmmaannoo SSiillvveeiirraa SSiiqquueeiirraa23/07 SSiimmoonnee MMeeddeeiirrooss JJaalliill AAnncchhiieettaa

24/07 LLuucciiaannoo AAtthhaayyddee CChhaavveess02/08 RRaacchheell VViillaarr VViillllaarriimm04/08 GGllaaúúcciiaa MMaarriiaa GGaaddeellhhaa MMoonntteeiirroo05/08 TTeerreezzaa OOllggaa MMeenneessccaall ddee CCaarrvvaallhhoo07/08 LLúúcciioo FFlláávviioo AAppoolliiaannoo RRiibbeeiirroo17/08 JJoosséé DDáárriioo ddee AAgguuiiaarr FFiillhhoo19/08 MMaarriiaa ddoo PPeerrppééttuuoo WW.. ddee CCaassttrroo24/08 EElliizzaabbeetthh FFlloorreennttiinnoo GG..ddee AAllmmeeiiddaa02/09 EErriiddssoonn JJooããoo FF.. ddee MMeeddeeiirrooss09/09 DDiillnneerr NNoogguueeiirraa SSaannttooss16/10 BBeennttoo HHeerrccuullaannoo DDuuaarrttee NNeettoo22/10 JJooaaqquuiimm SSiillvviioo CCaallddaass30/10 RRaaiimmuunnddoo ddee OOlliivveeiirraa15/11 RRoonnaallddoo MMeeddeeiirrooss ddee SSoouuzzaa18/11 DDéécciioo TTeeiixxeeiirraa ddee CCaarrvvaallhhoo22/11 HHeerrmmaannnn ddee AArraaúújjoo HHaacckkrraaddtt22/11 MMaaggnnoo KKlleeiibbeerr MMaaiiaa28/11 MMaannooeell MMeeddeeiirrooss SSooaarreess ddee SSoouussaa30/11 LLiissaannddrraa CCrriissttiinnaa LLooppeess23/12 JJoosséé VVaassccoonncceellooss ddaa RRoocchhaa26/12 JJooaanniillssoonn ddee PPaauullaa RRêêggoo JJúúnniioorr29/12 ZZééuu PPaallmmeeiirraa SSoobbrriinnhhoo

Expediente

XXI Congresso da ABMPData: 25 a 28 de maio de 2006 Local: Belo Horizonte/MG

Encontro Brasileiro de Direitos Humanos – Uma Pós-Graduação em realidadeData: 30 de julho a 03 de agosto de 2006Local: Curitiba/PR

XIX Congresso Brasileiro de MagistradosData: 15 a 18 de novembro de 2006 Local: Curitiba/PR

O JORNAL AMATRA 21 É UMA

PUBLICAÇÃO DA ASSOCIAÇÃO DOS

MAGISTRADOS DO TRABALHO DA 21ª

REGIÃO - AMATRA21

PRESIDENTE

LLuucciiaannoo AAtthhaayyddee CChhaavveess

VICE-PRESIDENTE

SSiimmoonnee MMeeddeeiirrooss JJaalliill AAnncchhiieettaa

SECRETÁRIO

DDéécciioo TTeeiixxeeiirraa ddee CCaarrvvaallhhoo JJúúnniioorr

DIRETOR FINANCEIRO

AAlleexxaannddrree ÉÉrriiccoo AAllvveess ddaa SSiillvvaa

DIRETOR DE INFORMÁTICA

DDiillnneerr NNoogguueeiirraa SSaannttooss

CONSELHO FISCAL

TTeerreezzaa OOllggaa MMeenneessccaall ddee CCaarrvvaallhhoo,,

GGeerrmmaannoo SSiillvveeiirraa SSiiqquueeiirraa ee

GGllááuucciiaa MMaarriiaa GGaaddeellhhaa MMoonntteeiirroo

AMATRA21

RRuuaa RRaaiimmuunnddoo CChhaavveess,, 22118822 - SSaallaa 330022

EEmmpprreessaarriiaall CCaannddeelláárriiaa - NNaattaall//RRNN

TTeell..:: ((8844)) 33223311-44228877//99440022-77556699

SSiittee:: wwwwww..aammaattrraa2211..oorrgg..bbrr

EE-mmaaiill:: aammaattrraa2211@@ddiiggii..ccoomm..bbrr

JORNALISTA RESPONSÁVEL

AAnnnnaa AAnnggéélliikkaa AAzzeevveeddoo - RRNN0000665533JJPP

EE-mmaaiill:: aannggeelliikkaa@@ddiiggiizzaapp..ccoomm..bbrr

TTeell..:: ((8844)) 99441188-33774444//33223344-55990044

PROJETO GRÁFICO

TTeerrcceeiirriizzee

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Jornal AMATRA 21 3

Nepotismo

Juízes do Trabalhoapóiam o fim do nepotismono Poder Judiciário brasileiro

Foi um luta iniciada pela Asso-ciação Nacional dos Magistra-dos da Justiça do Trabalho, masuma conquista de todo o PoderJudiciário Brasileiro.

A edição da Resolução nº 7 do Con-selho Nacional de Justiça, que pôs fim aonepotismo nos órgãos da Justiça brasileira,foi provocada por uma ação da ANA-MATRA pelo fim da prática na Justiçado Trabalho e que acabou sendo estendi-da a todo o Poder Judiciário.

A decisão do CNJ, em sua Resoluçãonº 7, vedou a prática do nepotismo no Ju-diciário até terceiro grau, bem como donepotismo cruzado, que acontece medi-ante reciprocidade nas nomeações ou de-signações. A norma alcança o parentesconatural e civil, na linha reta ou colateral,até o terceiro grau, alcançando ainda o pa-rente colateral de terceiro grau do cônjugeou companheiro dos membros e Juízes vin-culados ao Tribunal.

Antes da Resolução, em 27 Tribunaisde Justiça do país havia 1.148 parentesde Magistrados que ocupavam cargo deconfiança na Justiça Estadual. Nos Tri-bunais Superiores eram nove casos denepotismo, sendo quatro no Tribunal Su-perior do Trabalho e cinco no SuperiorTribunal de Justiça. Todos foram exone-rados.

Os debates acerca da legalidade daResolução e da legitimidade do CNJ de de-terminar tal mudança duraram meses eocuparam grande parte das rodas de dis-cussões de todo o país. As entidades re-presentativas de classe tiveram papel im-portante neste processo.

A ANAMATRA e a Associação dosMagistrados Brasileiros - AMB - defen-deram com afinco sua posição de evitar oparentelismo na Justiça e recorram aoSupremo Tribunal Federal para defendereste propósito.

A Ação Direta de Constitucionalida-

de - ADC - que a AMB impetrou no STFem favor da decisão do Conselho Nacionalde Justiça de acabar com o nepotismo noJudiciário foi um divisor de águas nas con-trovérsias: a partir do posicionamento doSupremo, a Resolução do CNJ deveria sercumprida ou teria o seu teor declarado in-constitucional.

A ANAMATRA reforçou o pleito daAMB e com a voz ativa de representantedos Magistrados do Trabalho ingressoucom uma ação de "Amicus Curiae" à açãoda AMB. Um ato de apoio incondicionalàs ações de moralização do Judiciário epelo fim da contratação de parentes noserviço público.

A convicção dos membros da Direto-ria e do Conselho de Representantes da As-sociação Nacional dos Magistrados daJustiça do Trabalho, e por conseguinte dosassociados às AMATRAs, é de que o Con-selho Nacional de Justiça tinha, e aindatem, a competência constitucional paraapreciar a validade dos atos administra-tivos praticados pelo Poder Judiciário.

A Associação Nacional acredita que aproibição do nepotismo é uma regra cons-titucional baseada nos princípios da im-pessoalidade e da moralidade administra-tivas. Argumentos estes aceitos pelo Supre-mo Tribunal Federal, que julgou Consti-tucional a Resolução do Conselho Na-cional de Justiça, proibindo a prática donepotismo no Judiciário brasileiro.

Mas, a questão do nepotismo não estáencerrada. O assunto ainda merece atençãoe muita discussão.

A Proposta de Emenda à Constituição- PEC 358/05, que trata da segunda etapada Reforma do Judiciário ainda está emtramitação na Câmara dos Deputados.Uma das alterações propostas pelo texto,que retornou do Senado, é a proibição dacontratação de parentes até segundo grau,como filhos, pais, avós, netos, irmãos, cu-nhados, sogros, genros, noras e enteados

por integrantes do Judiciário e do Mi-nistério Público, com exceção dos servi-dores efetivos das carreiras judiciárias.Estes, no entanto, não podem ser desig-nados para servir junto ao Magistrado quefor cônjuge, companheiro ou parente.

Atualmente, a proibição do nepotismoé um dos pontos da Proposta de EmendaConstitucional mais debatidos Para tanto,a Comissão Mista Especial da Reforma doJudiciário está realizando uma série de au-diências públicas sobre o assunto. Os par-ticipantes das reuniões defendem a medi-da. Alguns, no entanto, criticam sua li-mitação ao proibir a contratação de pa-rentes apenas até segundo grau de Ma-gistrados, sendo que a legislação atualproíbe o nepotismo até o terceiro grau deparentesco. Nesse caso, passariam a serincluídos na proibição cônjuges, sobri-nhos dos cônjuges, bisavós, bisnetos, tiose sobrinhos.

A PEC 358/05 já teve sua admissibili-dade aprovada pela Comissão de Consti-tuição, Justiça e Cidadania da Câmara dosDeputados no final do ano passado. Aprimeira etapa da Reforma do Judiciário foiconcluída em 2004.

Mas a linha de combate contra o fa-voritismo de familiares não é restrita aoPoder Judiciário. As associações de classerepresentantivas dos Juízes Trabalhistastambém apóiam à Proposta de EmendaConstitucional 334/96, que trata davedação à contratação de parentes emtodos os três poderes do República. A Di-retoria de Assuntos Legislativos da ANA-MATRA está acompanhando de perto atramitação desta PEC também.

Os Magistrados do Trabalho trouxerampara si tal responsabilidade quando ini-ciaram as discussões acerca do nepotismoe, naquela ocasião, firmaram um compro-misso ético com a sociedade brasileira emprol da Justiça e da moralidade no serviçopúblico.

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Jornal AMATRA 21

OO trabalho é inerente aohomem. Desde o surgi-mento da raça humanana terra o trabalho é fatordeterminante para a sua

sobrevivência. A atividade humana, noinício, era direcionada para a caça ins-tintiva ao alimento. Isso já era o traba-lho. Com a evolução humana e a des-coberta das culturas agrícolas o trabalhocontinuou sendo desempenhado pelohomem em proveito próprio e de seusfamiliares.

Mais adiante o trabalho passou a serexplorado pelo próprio homem, ou seja,o trabalho humano passou a ser presta-do em benefício de outrem mediante aobtenção de vantagens. Esse trabalhoprestado em favor de outrem mediantepaga é o que interessa para nosso estu-do.

No início nenhuma legislação existiae o trabalho era prestado de conformi-dade com as regras ditadas pelas leis natu-rais ou pelos costumes do lugar. Nãohavia limitação quanto à duração do tra-balho.

Somente com o advento da RevoluçãoIndustrial do Século VXIII e a máquinaa vapor é que a classe trabalhadora, sesentindo explorada e oprimida, iniciouum movimento organizado em busca daregulamentação das relações de traba-lho, inicialmente com regras coletivas eem um segundo momento com regras dedireito individual.

Naquela época a exploração obriga-va os trabalhadores a prestar serviços emjornadas diárias estafantes de 10, 12 eaté 18 horas. Trabalhavam em jornada ex-tensa, homens, mulheres e até crianças.O Estado liberal não interferia na áreaeconômica.

A necessidade de regulamentaçãoobrigou a intervenção estatal que pas-sou a expedir leis regulamentadoras paraas relações de trabalho com o intuito deproteger os trabalhadores contra a ex-ploração exacerbada dos patrões.

A criação de normas limitadoras daduração do trabalho teve por objetivo aproteção dos trabalhadores contra jor-nadas estafantes que direta e indireta-mente causavam danos irreparáveis a

saúde do trabalhador. A necessidade de haver uma limi-

tação foi constatada tendo em vista trêsaspectos fundamentais, a saber: biológi-co, social e econômico.Biológico: O corpo humano exposto alongas jornadas de trabalho fica cansa-do. Cansaço não apenas muscular, mas,também psicológico. Os fatores fisio-lógicos e psicológicos decorrentes da fadi-ga servem de argumento para a limitaçãoda jornada de trabalho.

Social: Fator relacionado com a própriadignidade da pessoa humana. O traba-lhador necessita da convivência com ou-tras pessoas, seus familiares em momen-tos de descanso.Econômico: Refere-se à vinculação daduração do trabalho com o desenvolvi-mento da infra-estrutura técnico-econômica. Estudos têm demonstradoque a limitação da jornada com a adoçãode novas técnicas de prestação do labortêm aumentado a produtividade.

Com a fixação da jornada diária detrabalho o contrato de trabalho, decaráter sinalagmático, gera direitos e obri-gações recíprocas, quais sejam: a de oempregado prestar o número de horasfixados em lei para sua categoria e, por

outro lado, de o empregador não exigirdo empregado que este trabalhe além dolimite legal.

A legislação criou mecanismos de fle-xibilização que permitem que essa regraseja adaptável em determinadas situa-ções. A permissão para o trabalho emhoras extras é uma delas.

Uma vez necessário o prolongamen-to da jornada, é lícito ao empregador exi-gir do trabalhador a prestação de laborextraordinário, respeitados os limites im-postos pela própria legislação, desde queremunere o empregado com o pagamentodo adicional de hora extra prescrito pelalei ou norma coletiva. Essa obrigaçãopossui antes de tudo uma conotaçãopedagógica que visa a inibir a exigênciadessa prestação extra.

Na nossa legislação a regra geral paraa jornada de trabalho está inserta no art.7º, XIII da Constituição Federal confir-mada pelo disposto no art. 58 da CLT.

Desta forma, a lei prescreve que se otrabalhador for obrigado a prestar serviçoalém do limite máximo de horas diárias,o empregador se obriga a remunerá-lascom o adicional ou permitir que essashoras sejam compensadas com folga cor-respondente ao mesmo número de horastrabalhadas a mais.

Para nós a regra geral é a de que o tra-balhador deve prestar, no máximo, oitohoras diárias e/ou quarenta e quatro se-manais (art. 7º, XIII, CF) salvo negocia-ção ou acordo coletivo que poderá reduzirou compensar.

Entretanto a legislação infraconstitu-cional (art.59 da CLT) admite a prestaçãode até duas horas extras diárias medi-ante celebração de acordo escrito entreempregador e empregado ou, ainda, me-diante acordo coletivo de trabalho. Tam-bém admite que essa jornada seja aindamaior nas hipóteses de necessidade im-periosa ou força maior. Nesse caso a jor-nada poderá ser de até 12 horas e dis-pensado o acordo individual ou coletivo,o empregador se obriga a comunicar ofato a autoridade do Ministério do Tra-balho no prazo de 10 dias.

Para algumas categorias específicas olimite da jornada de trabalho é diferen-ciado. Como exemplo podemos citar acategoria dos bancários (06 horas), os

Banco de Horas

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4

Artigo

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Jornal AMATRA 21

Artigo

empregados domésticos (sem limite), osjornalistas (05 horas), operadores de tele-fonia (06 horas), empregados em minasde subsolo (06 horas), médicos (02 a 04horas), advogados (04 horas) e outras.

Sabe-se que no dia a dia de algumasempresas as formalidades da lei quantoà jornada de trabalho não são observadase a prestação de horas extras se dá cor-riqueiramente. Essa prática tem geradoum número bastante elevado de ações naJustiça do Trabalho versando sobre opagamento de horas extraordinárias. Écomum a existência de prestação de horasextras acima do limite legal que, sem pre-juízo das sanções administrativas a seremimpostas pela autoridade do Ministériodo Trabalho, terminam por serem inde-nizadas pecuniariamente com os adi-cionais respectivos, nunca inferiores a50% do valor da hora normal.

Sem prejuízo de outras medidas deordem legal, o Brasil tem adotado medi-das de flexibilização em vários aspectosao longo do tempo. O fim da estabili-dade decenal e a criação do FGTS efe-tivamente já foram sinais nítidos de flexi-bilização das relações laborais em nossopaís.

Ocorre que antes da C.F. de 1988 acompensação de horário de trabalho jáera permitida e era adotada mediantesimples acordo individual, com exceçãopara as mulheres que somente poderiamcompensar mediante acordo coletivo.Essa compensação somente era possívelse implementada dentro da mesma sema-na sendo vedada a compensação foradesse prazo. Bastante difundida pelos em-pregadores era usada para se eliminar anecessidade do trabalho aos sábados, am-pliando a jornada dos empregados du-rante os dias da semana. Na prática se nãofossem observados os requisitos legais oempregador se obrigava a pagar em pecú-nia apenas o adicional respectivo do queexcedesse da oitava hora diária. Nova-mente tudo se resolveria com a conver-são em pagamento do adicional conformeestatuía a Súmula 85 do C. TST.

Com a intenção de inibir demissões equiçá ampliar a oferta de empregos nomercado algumas medidas foram tomadaspelo governo federal dentre as quais acriação do contrato de trabalho a tempoparcial da Lei nº 9.601/98 que deu novaredação ao art. 59 na CLT e que veio aser novamente modificado pela MP 2164-41/2001 que também criou o banco dehoras.

Os doutrinadores têm dispensado

duras críticas a esse tipo de flexibilizaçãopondo em dúvida se efetivamente o ob-jetivo tem sido alcançado, já que issoocorre em detrimento da redução e di-reitos dos trabalhadores. Para nós, nocaso específico do banco de horas, nãoestá havendo redução de direitos mastão somente uma equação que traz bene-fícios a ambos os contratantes na medi-da em que a jornada global do emprega-do permanece inalterada.

O banco de horas nada mais é do queuma forma flexibilizada de compensaçãode jornada de trabalho que ainda subsistee está prevista no inciso XIII do art. 7ºda Constituição Federal.

O dispositivo constitucional permitea compensação de horas extras com fol-gas correspondentes. Vale ressaltar queo instituto em tela pode ser adotado paratodas as categorias de trabalhadores já quea lei não restringe seu uso e que este nãose coaduna com as hipóteses de prestaçãocotidiana de horas extras. A principalinovação da lei 9601/98 foi no que tangeao prazo durante o qual a compensaçãoé permitida que foi ampliado para 120dias, posteriormente acrescido pra 12meses pela MP 2164-41/2001.

Portanto, analisando o texto legalpodemos extrair os requisitos para a vali-

dade do banco de horas: Acordo escritoe/ou homologado pelo sindicato profis-sional; Observância de limite diário de 10(dez) horas diárias; Compensação inte-gral das horas prorrogadas em até 12meses;

Esses requisitos são cumulativos.Todos precisam estar presentes ao mesmotempo sob pena de nulidade do que foipactuado. Mas, na prática, quais seriamos efeitos dessa nulidade? Seria uma nuli-dade absoluta ou relativa? Todo acordoficaria prejudicado ou apenas parte dele?

a) Se não for preenchido o requisitoessencial que impõe o fechamento anualda soma das jornadas, a nulidade im-portará ineficácia total do acordo de com-pensação, devendo o empregador pagartodas as horas extras que sobejarem olimite legal de oito horas.

b) Se na prática a compensação anualfor regularmente satisfeita, contudo coma inobservância dos demais requisitos delei - ausência de acordo escrito homolo-gado pelo sindicato e/ou extrapolamen-to do limite de dez horas diárias - a nuli-dade será parcial, aplicando-se a Súmu-la nº 85 do TST no todo ou em parte doacordo, dependendo do caso.

Efetivamente a utilização do bancode horas tem bastante utilidade para em-presas que eventualmente necessitem deum acréscimo de mão de obra cujas cir-cunstâncias desaconselhem a contrataçãode novos empregados. São aquelas em-presas que regularmente passem por situa-ções de necessidade momentânea de pro-longamento de jornada de trabalho emface do acréscimo de tarefas que em ou-tros períodos decrescem dando a opor-tunidade para a concessão de folgas com-pensatórias aos trabalhadores propor-cionando a desobrigação do pagamentode horas extras.

A nosso ver a inconstitucionalidadenão pode subsistir quando se sabe que nocontexto geral a flexibilidade da jornadaé consagrada explicitamente pela Cons-tituição Federal e, ainda, convive paci-ficamente com o disposto no seu preâm-bulo relativamente à dignidade da pes-soa humana e aos valores sociais do tra-balho e da livre iniciativa.

Alexandre Érico Alves da SilvaJuiz do Trabalho Substituto na 21ª RegiãoEspecialista em Direito e Cidadania/UFRNEspecialista em Administração Judiciária/

ESMAT21/UNP.

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5

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Consórcio Imobiliário CAIXA

A chave do seu novo imóvel está mais perto do quevocê imagina. Pois o CONSÓRCIO IMOBILIÁRIO CAIXA éuma excelente alternativa para quem deseja adquirir oucons-truir um imóvel, residencial ou comercial, ou aindacasa de campo, de praia, sítio ou fazenda. Na aquisição,o imóvel deve ser pronto, na condição de novo ou usado.Após a contemplação, você pode optar pela modalidade

construção. Mas vale ressaltar que essa modalidade só épermitida para imóveis urbanos, comercial ou residen-cial, em terreno próprio.O CONSÓRCIO IMOBILIÁRIO CAIXA funciona de maneira muito simples. Primeiro

você escolhe um valor de carta de crédito compreendido entre R$ 20 mil e R$ 200mil, com prazos entre 60, 90 e 120 meses, dependendo do valor do "Bem Objeto doPlano". Feito isso, aguarda-se a formação do grupo, que é rapidamente constituído,resultado da abrangência nacional de nossa comercialização.Após a formação, o Grupo realiza a sua primeira assembléia, que a partir de então,

ocorre mensalmente até o encerramento do mesmo. Cada assembléia pode con-templar pelo menos três consorciados, um por sorteio e dois por Lance (Fixo e Livre),respectivamente dependendo do valor arrecadado pelo grupo no mês.E a sua pontualidade vale prêmio. Durante 12 meses, você concorre a um prêmio

de R$ 10 mil em títulos de capitalização. No caso de ser sorteado, o valor será usadopara abater o saldo devedor.O CONSÓRCIO IMOBILIÁRIO CAIXA ainda é sinônimo de comodidade. Pela Internet

/Serviços On line, por exemplo, você pode consultar extrato, ofertar lance, conferiros resultados do seu grupo e até emitir segunda via de boleto, tudo isso sem sair decasa e com a segurança que só a CAIXA oferece. Com tudo isso, conquistar a chavedo seu imóvel ficou muito mais fácil.

Veja algumas vantagens

É o único consórcio imobiliário do mercado, que contacom a garantia da CAIXA;

Você pode optar pela modalidade construção;Não é devida a cobrança de taxas de juros sobre o saldo devedor;Possui uma das menores taxas de administração do mercado;Possibilidade de utilização do FGTS para oferta de lances;Facilidade de contratação;Os lances podem ser ofertados pela Internet, pela Central de Relacionamento ou

em uma das Agências da CAIXA;Permite utilizar o valor ofertado como lance para amortizar o valor das prestações

ou diminuir o prazo de pagamento;A Carta de Crédito não tem prazo de validade. Caso o consorciado não tenha

interesse em usá-la na ocasião da contemplação, o valor da mesma é devidamente cor-rigido, até o encerramento do grupo;

O valor da Carta de Crédito e, conseqüentemente do saldo devedor e dasprestações são atualizados, a cada período de 12 meses, contados a partir do mês daassembléia de inauguração do grupo, pela variação do INPC dos últimos 12 meses;

Mantendo o pagamento das prestações em dia você concorre a sorteios mensaisde R$10 mil em títulos de capitalização, durante 12 meses, para abater no saldo deve-dor.

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AMATRA Informa

JurisprudênciaO Tribunal Superior do Trabalho fixouprecedente sobre o preenchimento devagas destinadas para portadores dedeficiência física em concursos públicosna Justiça do Trabalho - ROMS1.545/2004-000-04-00.3. O caso, relatado pela ministra MariaCristina Peduzzi, tratou de situação emque o percentual para aprovadosdeficientes, aplicado ao número devagas oferecido, resultava em umafração. A decisão passará a integrar ajurisprudência do TST sobre o tema,onde há decisão semelhante do Pleno -ROMS 696740/2000.5 - tomada emoutro caso, igualmente favorável a umcandidato deficiente.

Fragmentos doAtivismo da

MagistraturaFoi lançado durante o CONAMAT, emMaceió/AL, o livro "Fragmentos doAtivismo da Magistratura" do ex-presidente da ANAMATRA, Juiz doTrabalho Grijalbo Fernandes Coutinho.A obra traz textos e ensaios sobre oPoder Judiciário, a Justiça do Trabalho,o Direito do Trabalho, o Sindicalismo eo Associativismo de Juízes. Editado pela LTr, a obra é prefaciadapelo atual Presidente da ANAMATRAJosé Nilton Pandelot.

Concurso demonografias da

ANAMATRAA Asosciação Nacional dos Magistradosda Justiça do Trabalho - ANAMATRA- estará com as inscrições abertas até odia 30 de julho para o Concurso deMonografias ANAMATRA 30 anos. O tema do concurso, que premiará ostrês primeiros colocados, é“Magistratura e Transformação Social:Trabalho, Justiça e Cidadania”. Oprêmio é de R$ 8 mil.Serão premiados os três primeiroscolocados. Poderão participar doconcurso todos os associados àANAMATRA, exceto os que compõema atual diretoria. O edital do concursoestá disponível no site:www.anamatra.org.br

Miguel RealeA Associação Nacional dos Magistradosda Justiça do Trabalho divulgou nota depesar em razão do falecimento dofilósofo e jurista Miguel Reale, ocorridoem 14 de abril, aos 95 anos.Nascido em 06 de novembro de 1910,Miguel Reale formou-se em Direito pelaUSP e dedicou a vida aos estudos nasáreas da Filosofia e do Direito. Autor devários livros como a "TeoriaTridimensional do Direito" e a revisãodo Código Civil brasileiro, convertidana Lei 10.406, de 10 de janeiro de 2002.

Reforma do JudiciárioA comissão especial da Câmara dos Deputados que analisa a segunda fase da reforma do Judiciário realizou audiência públicacom os presidentes da AJUFE, Jorge Antônio Maurique, e da CONAMP, José Carlos Cosenzo, para debater a Proposta deEmenda à Constituição 358/05, que institui uma série de medidas para modernizar a Justiça. A PEC traz uma série de medidas com a finalidade a modernização da Justiça e dos Tribunais. Uma delas obriga os Magistradosa permanecer três anos no cargo, em vez dos dois atualmente determinados pela CF 88, para se tornarem vitalícios na função. Jáo Procurador-Geral da República só poderá ser reconduzido uma vez ao cargo. Atualmente, não há limite determinado para arecondução. No caso de um Juiz, para que seja promovido por merecimento, ele deverá integrar a primeira metade da lista deantigüidade. Hoje, é preciso integrar a primeira quinta parte da lista, número menor do que previsto pela PEC.Na promoção de Juízes Federais para Tribunais Regionais Federais também serão exigidos mais de cinco anos na respectivaclasse. Até agora, bastam cinco anos de exercício em qualquer nível da Magistratura de primeiro grau, independentemente daclasse. A Proposta de Emenda Constitucional também proíbe a prática do nepotismo. Também estão previstas alterações emrelação à Ação de Constitucionalidade, à Súmula Impeditiva de recursos e às competências dos diversos ramos da Justiça. Aadmissibilidade da PEC foi aprovada em 2005 na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, da Câmara.

Competência do CNJO Conselho Nacional de Justiça nãotem competência para regular matériarelacionada aos Tribunais de Contas.Embora, o artigo 75 da ConstituiçãoFederal estabeleça isonomia detratamento entre o órgão de fiscalizaçãofederal e os Tribunais de Contas dosEstados, Distrito Federal, Tribunais eConselhos de Contas dos Municípios, oCNJ esclareceu que como os Tribunaisde Contas não integram a estrutura doJudiciário, o mesmo não temcompetência para regular esse tipo dematéria.

Ciclo de Estudos sobreCompetência

A AMATRA I está promovendo doisCiclos de Estudos sobre Competência aserem realizados no segundo semestrede 2006. O primeiro ciclo acontecerá no Rio deJaneiro nos dias 10 e 11 de agosto. O segundo Ciclo será realizado emBrasília no período de 27 e 28 desetembro e integrará a programaçãocomemorativa aos 30 anos daANAMATRA.

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Concurso PúblicoO Tribunal Regional do Trabalho da 21ªRegião concluiu o V Concurso paraIngresso na Magistratura do Trabalho da21ª Região. Dos 698 candidatos, foram aprovadoscinco para o cargo de Juiz do TrabalhoSubstituto, sendo eles: Francisca PolianaAristótelis Rocha de Sá, José AugustoSegundo Neto, Maria Rita ManzarraGarcia de Aguiar, Evellyne FerrazCorreia de Farias e Ariane Xavier Ferrari.A posse dos novos Juízes será no dia 16de maio. No dia seguinte, tem início oCurso de Formação Inicial àMagistratura.

SubsídiosO Conselho da ANAMATRAconstituiu Comissão para elaborarestudos visando a apresentação depropostas ao Conselho Nacional deJustiça. A idéia é de apresentar sugestões para afinxação de um reajuste periódico paraa Magistratura da União e de retornodo adicional por tempo de serviço. Em 18 de abril, o CNJ recebeu asentidades representantes daMagistratura, a fim de discutir amatéria.

Informática efilantropia

O "Lar Fabiano de Cristo" e a "CasaMenino Jesus" receberam do TribunalRegional do Trabalho da 21ª Regiãoequipamentos de informática que nãosão mais utilizados pelo Tribunal. Os equipamentos já estão obsoletos parao uso nas atividades do TRT 21, masajudarão imensamente às entidadesfilantrópicas.As duas instituições beneficiadastrabalham com assistência social naprofissionalização de menores, adultos eidosos carentes. Antes de serem doados, osequipamentos foram avaliados pelaSecretaria de Tecnologia da Informaçãodo Tribunal e só então iniciado oprocesso de doação.

Depósito prévio para indenização trabalhistaAprovado pela Comissão de Trabalho, Administração e Serviço Público da Câmara dos Deputados o Projeto de Lei 4734/04,que obriga o empregador, antes de recorrer de uma sentença trabalhista em que foi condenado, a efetuar o depósito da quantiadevida.Essa importância não poderá exceder 60 salários mínimos, no caso de recurso ordinário, e 100 salários para recurso de revista ourecurso posterior. Pela legislação atual, o empregador só é obrigado a efetuar o depósito prévio nas condenações cuja importânciafor menor que dez vezes o valor de referência regional. A CTASP rejeitou o PL 3165/04 que também condicionava a interposição de recursos na JT a prévio depósito de importânciano valor da condenação, aprovando o substitutivo.O substitutivo levou em conta sugestões da ANAMATRA, que propõs as seguintes alterações: substituição do termo "Vara" por"Juiz do Trabalho", em inciso no qual se estabelece que, no caso de condenação de valor indeterminado, o depósitocorresponderá ao que for arbitrado, para efeito de custas, pelo juiz do Trabalho ou Juiz de Direito ou pelo Tribunal Regional; e aforma como será realizado o depósito recursal.De acordo com o projeto, esse depósito deverá ser feito em conta-correntevinculada ao FGTS pertencente ao empregado. O substitutivo acrescenta que, nos litígios que não envolvam relação deemprego, o depósito deverá ser realizado em conta judicial à disposição do Juiz. A exigência de prévio depósito no valor da condenação para a interposição de recursos na Justiça Trabalhista tem as finalidadesde desestimular os atos protelatórios e assegurar a futura execução da sentença condenatória, estabelecendo proteção jurídicaem favor do credor.O projeto, que tramita em caráter conclusivo, segue agora para a Comissão de Constituição, Justiça e de Cidadania.

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III Encontro Norte-Nordeste de Juízes e

Procuradores doTrabalho

O III Encontro Norte-Nordeste deJuízes e Procuradores do Trabalho serárealizado no período de 17 a 19 deagosto, em Recife/PE. A AMATRA VIé uma das responsáveis pela organizaçãodo evento, que teve a sua ediçãoinaugural realizada em Natal no ano de2004.

Votação prioritáriaPara marcar o mês de maio, como mês do Trabalhador, a Câmara irá apreciar, comprioridade, matérias trabalhistas. Atualmente, tramitam naquela Casa Legislativa 203projetos relacionados ao tema, dos quais 28 que podem ser qualificados comoprioritários. Esses projetos tratam de assuntos como assédio moral, estrutura sindical,aposentadoria rural e direitos dos empregados domésticos. Vários dos Projetos de Leicom temática trabalhista estão com a análise bastante avançada e muitos nemprecisam passar pelo plenário, por tramitarem em caráter conclusivo, nas Comissões.Uma das propostas consideradas prioritária é o Projeto de Lei 6273/05, da DeputadaFederal norte-rio-grandense Sandra Rosado, que propõe a proibição de descontos nosalário de empregados domésticos relativos ao fornecimento de alimentação, vestuário,produtos de higiene e moradia.

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SentençasDecisões proferidas por Magistrados doTrabalho que atuam na 21ª Regiãoestão à disposição dos associados no siteda AMATRA 21. O material está sendo disponibilizadopara consulta pelos próprios Juízes,servindo de fonte de pesquisa para acomunidade jurídica em geral e, emespecial, para os membros daMagistratura Trabalhista do Rio Grandedo Norte. Os interessados em publicar suassentenças, teses e artigos de sua autoriapodem encaminhar o material para oendereço eletrô[email protected].

Encontro Regional daAMATRA 6

O presidente da AMATRA 21,Luciano Athayde Chaves, participou daprogramação científica do XV EncontroRegional dos Magistrados do Trabalhoda 6º Região. A edição deste ano teve como temacentral "Os Direitos Fundamentais e asRelações de Trabalho" e foi realizada noperíodo de 05 a 09 de abril de 2006 noSummerville Resort, em Porto deGalinhas/PE. Luciano Athayde falou sobre "Direitosfundamentais do trabalho na novaordem global" na conferência deabertura do evento.Como nas edições anteriores, aAMATRA 6 disponibilizou inscriçõespara associados de outras AMATRAs.

ESMAT 21 on-lineO Diretor de Informática de AMATRA 21, Juiz do Trabalho DilnerNogueira Santos, está participando de reuniões técnicas com aempresa responsável pela criação do site da Escola Superior daMagistratura do Trabalho da 21ª Região - ESMAT 21 - para discutiraspectos referentes à programação visual e à funcionalidade dapágina da Escola na internet. Pelo projeto da AMATRA 21/ESMAT 21, o site, além de um visualmais moderno, terá seções especiais sobre a história, corpo docente ecursos oferecidos pela Escola, uma seção de acesso restrito aprofessores e alunos para acesso on-line a consulta de notas,download de documentos acadêmicos e, em especial, de materialdidático, agenda acadêmica, links para sites de outras escolas,

Tribunais, bases de pesquisa, fontes de referência, bem como informações institucionais da coordenação da Escola em Mossoró eem Natal. A primeira prova foi apresentada à AMATRA 21 e já está sendo aperfeiçoada.

Promoção pormerecimento no CNJ

A Presidência da AMATRA 21participou, no dia 29 de março, dasessão administrativa ordinária do TRT21 que apreciaria o ATO TRT 06/2006,que trata da fixação dos critériosobjetivos para promoção pormerecimento. No entanto, a matéria foiexcluída da pauta, a fim de que acomissão constituída pelo ato a serreferendado pudesse se reunir. A AMATRA 21 encaminhou àANAMATRA ofício solicitando ainclusão na pauta do Conselho deRepresentantes proposta para sersugerida ao Conselho Nacional deJustiça a adoção de umaregulamentação nacional sobre amatéria, tal como já aprovado emreunião da Assembléia Geral daAMATRA 21. Como poucos Tribunaisregulamentaram os critérios depromoção por merecimento, o Conselhoda ANAMATRA atendeu à postulaçãoda AMATRA 21.

Calendário oficialConfirmado o nome do Magistrado doTrabalho Cláudio Brandão, do TRT daBahia, como palestrante do Seminário“Acidente de Trabalho eResponsabilidade Civil do Empregador”a ser realizado no dia 18 de maio paraos Juízes do Trabalho da 21ª Região. O evento integra a programação oficialda ESMAT 21, com o tradicionalevento no mês de maio.

Obras clássicasA fim de facilitar acompra de obras clássicas do Direitopelos associados à AMATRA 21, aDiretoria da Associação firmouconvênio com a editora Bookseller, deCampinas.

Sede da ESMAT 21Na reunião da Assembléia-Geral daAMATRA 21 do mês de abril foiexaminada a proposta financeira para aaquisição de imóvel a fim de instalar asede própria da ESMAT 21.

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Residência fora daComarca

A AMATRA 21 encaminhourequerimento ao TRT 21 dosassociados interessados na autorizaçãopara a residir fora da Comarca ondeatuam. O documento foi acompanhado dedecisão administrativa proferida peloTRT de Pernambuco concedendo aautorização a todos os Magistrados quea requereram. Além do referidoprecedente, também foi enviada aoTribunal uma nota técnica sobre oassunto.A AMATRA 21 já havia enviado aosassociados minuta de requerimento. Namesma época, a Corregedoria-Regionaldo TRT 21 encaminhou expedientepara os Juízes do Trabalho, em especialaos titulares, solicitando informaçõesacerca do cumprimento da Resoluçãoque determina a observação da regraconstitucional sobre residência naComarca. A AMATRA 21 participou de reuniãocom a Presidência do TRT 21 a fim dediscutir o assunto, já que, noentendimento da Associação, a matériaé mais complexa do que se apresenta eque a Emenda Constitucional nº45/2004 não tornou mais rigorosa aregra. Pelo contrário, seguindo atendência da LOMAN, passou apermitir que seja autorizada a residênciafora da Comarca.

BACEN JudDepois da Justiça do Trabalho, queadotou o sistema de penhora on-lineatravés do Bacen Jud desde o anopassado, chegou a vez do sistema quepermite o bloqueio em tempo real dascontas correntes de empresascondenadas ser adotado nas ações decobrança na Justiça comum e na áreatributária. A expectativa do BancoCentral é de que em 2006 haja umagrande demanda do Bacen Jud,diferentemente de 2005 em que o usodo sistema teve um crescimentomodesto, devido a sua complexidade. Anova versão corrigiu algumas falhas nosistema antigo que geravam resistênciados Juízes a aderir ao método,principalmente em relação à falta deagilidade para desbloquear recursospenhorados em excesso.

Momento do TrabalhadorComo forma de divulgar a "Cartilha do Trabalhador", a AMATRA 21 estápromovendo desde 2005, em parceria com a Rádio Nordeste Evangélica de Natal, oprograma de rádio "Momento do Trabalhador". O Momento do Trabalhador é um programa semanal que vai ao ar todas às quartas-feiras úteis das 15h00 às 15h30 contando sempre com a participação de umMagistrado, membro do Ministério Público ou advogado.O objetivo do programa é esclarecer à sociedade dúvidas acerca dos direitos básicosdo trabalhador brasileiro e como o mesmo pode ter acesso à instituição denominadaJustiça do Trabalho. O programa é apresentado pelos radialistas Ajoseleide Alves e Ezequiel Lima. Jáparticiparam do "Momento do Trabalhador", os Procuradores do Ministério Públicodo Trabalho da 21ª Região, José de Lima e Éder Sirvers, os DesembargadoresFederais do Trabalho Eridson João Fernandes de Medeiros, Vice-presidente do TRT21, e José Barbosa Filho, Ouvidor-Geral do TRT 21, os Juízes do Trabalho Hermannde Araújo Hackradt, Décio Teixeira de Carvalho, Manoel Medeiros Soares deSousa, Daniela Lustoza Marques de Souza Chaves, Dilner Nogueira Santos, LucianoAthayde Chaves, Magno Kleiber Maia e Alexandre Érico Alves da Silva além dosadvogados Gilmar Melo, Luís Gomes e Joanilson de Paula Rêgo, Presidente daOAB/RN. Os interessados em participar do programa podem entrar em contato coma AMATRA 21.

Cartilha do TrabalhadorA Vice-presidente da AMATRA 21 e Coordenadora do Projeto da Cartilha doTrabalhador no Rio Grande do Norte, Juíza do Trabalho Simone Medeiros Jalil Anchieta,participou nos dias 30 e 31 de março do Encontro Nacional dos Coordenadores do projeto"Trabalho, Cidadania e Justiça", da ANAMATRA, no Rio de Janeiro. O evento foi uma promoção da Associação Nacional com o apoio da AMATRA I paradiscutir as estratégias e encaminhamentos do projeto em todo o Brasil e contou com aparticipação de representantes de vinte Associações de Magistrados do Trabalho. O projeto "Trabalho, Cidadania e Justiça" já está em funcionamento em quatro estadosbrasileiros: Rio de Janeiro, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Pernambuco. No Rio Grande do Norte, a coordenação estadual dará uma nova formatação às ações aserem implementadas em breve. Uma outra oportunidade para a troca de idéias e experiências sobre a divulgação da"Cartilha do Trabalhador" ocorreu durante o 13º Congresso Nacional dos Magistrados doTrabalho - CONAMAT, em maio, quando os coordenadores estaduais voltaram a sereunir.

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AMATRA Informa Novos dirigentes do TSTA solenidade de posse dos Ministros Ronaldo Lopes Leal, Rider Nogueira de Brito eLuciano de Castilho Pereira nos cargos de Presidente e Vice-presidente do TribunalSuperior do Trabalho e Corregedor-Geral da Justiça do Trabalho, respectivamente,ocorreu no último dia 17 de abril. A sessão solene foi bastante prestigiada, por autoridades dos poderes Executivo,Legislativo e Judiciário, do Ministério Público, advogados e membros das diversascarreiras jurídicas. De acordo com o regimento interno do TST, os cargos de direção do Tribunal sãopreenchidos mediante eleição, na qual concorrem os Ministros mais antigos daCorte, em número correspondente ao dos cargos, sendo proibida a reeleição.Deixaram, a direção do TST, os Ministros Vantuil Abdala, como Presidente,Ronaldo Lopes Leal na vice-presidência e Rider Nogueira de Brito, comoCorregedor-Geral da Justiça do Trabalho.A AMATRA 21 foi representada no evento pelo seu Presidente, Luciano AthaydeChaves.

Novos Ministros doTST

O Tribunal Superior do Trabalho temquatro novos Ministros.O então presidente do TribunalSuperior Vantuil Abdala, ratificou nodia 16 de março, a posse de HorácioRaymundo Senna Pires, Rosa MariaWeber Candiota da Rosa, Luiz PhilippeVieira de Mello Filho e Alberto LuizBresciani de Fontan Pereira no CorteSuperior.

ADI 3684O Procurador-Geral da Repúblicaajuizou Ação Direta deInconstitucionalidade - 3684 - noSupremo Tribunal Federal contra osincisos I, IV e IX do artigo 114 da CF,alterados pela EC 45/04. Esses dispositivos tratam dacompetência da Justiça do Trabalhopara solucionar conflitos entretrabalhadores e empregadores, além deatribuírem competência criminal àJustiça do Trabalho.Na ADI, o Procurador-Geral daRepública Antônio Fernando Souzaalega que a EC 45 foi promulgada emdezembro de 2004 após de ter sidoaprovada em dois turnos pela Câmarados Deputados e pelo Senado, porémque houve desrespeito ao processolegislativo durante a tramitação damatéria no Congresso Nacional, já queo texto da Reforma do Judiciárioaprovado pela Câmara foi alteradoposteriormente no Senado. OProcurador sustenta que a matériadeveria ter retornado à Câmara dosDeputados.O Conselho de Representantes daANAMATRA autorizou a entidade aingressar, com “Amicus Curiae” nosautos da ADI, através da qual é atacadaa competência criminal da Justiça doTrabalho e, mais do que isso, o processolegislativo que culminou com apromulgação do inciso I do art. 114. A ANAMATRA entende que nãohouve irregularidade formal natramitação da Emenda Constitucional.

CursosA AMATRA 21 promoverá a partir do dia 17 de maio em conjunto com o TRT da21ª Região, o Curso de Formação para novos Juízes do Trabalho. Através do Setor de Recursos Humanos do Tribunal, a Presidência do TRTpretende oferecer o curso aos novos Juízes do Trabalho Substitutos que serãoempossados em breve. A AMATRA 21 sugeriu ao TRT a realização de estudos quanto à regulamentaçãodo curso e do período de estágio judicante, assim como quanto à possibilidade deconstituição de uma comissão de Juízes para o acompanhamento do curso.A Associação também está discutindo a proposta de convênio para a realização decursos de Especialização com a FAL. Estão participando das reuniões a ProfessoraCarla Muniz, representante da FAL, e o Juiz do Trabalho Décio Teixeira deCarvalho Júnior. A intenção é oferecer o curso na área de Direito Constitucional,Direito Social e Direitos Humanos.

CONAMAT 2006O XIII Congresso Nacional dosMagistrados do Trabalho - CONAMAT -foi realizado no período de 03 a 06 demaio em Maceió, Alagoas. Este ano, otema central do evento foi “Magistratura eTransformação Social - 30 anos de Luta”.Como nos eventos anteriores, aAMATRA 21 solicitou à Presidência doTRT 21 a liberação dos Magistrados doTrabalho que participaram do

CONAMAT das atividades judicantes durante o evento.

Trabalho degradanteEstá em tramitação na Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional daCâmara dos Deputados, o Projeto de Lei 2108/03 que proíbe empresas nacionais ousediadas em território brasileiro de fechar contratos com firmas que explorem ostrabalhos escravo ou infantil. A proibição também alcança outros tipos de trabalhoque violem a dignidade da pessoa e acordos, tratados ou atos internacionaisratificados pelo Brasil.A entidade ou empresa brasileira que descumprir a obrigação será impedida deassinar contratos com o Governo, participar de licitações ou se beneficiar derecursos públicos de qualquer natureza, por um período de cinco anos. Já a Organização Internacional do Trabalho - OIT - discutirá a adoção de políticasnacionais para a proteção dos trabalhadores contra o trabalho precário, na suapróxima conferência, a ser realizada no próximo mês de junho.

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Acontece

O Presidente da AMATRA 21, naqualidade de Diretor de AssuntosLegislativos da ANAMATRA, Juiz doTrabalho Luciano Athayde Chaves,participou do painel "A evolução dosdireitos fundamentais na Justiça doTrabalho e no Ministério Público doTrabalho", durante a programação doXI Congresso Nacional deProcuradores do Trabalho realizadopela Associação Nacional dosProcuradores do Trabalho - ANPT,em Brasília, no período de 23 a 26 demarço.

O evento contou com a participaçãode 257 Procuradores do Trabalho detodo o país, além da presença de Juízesdo Trabalho e Presidentes de entidadesde classe para discutir a atuação doMinistério Público do Trabalho comopromotor dos direitos fundamentais eos mecanismos de defesa dos direitosdos cidadãos.A conferência de abertura foi proferidapelo Professor Catedrático daUniversidade de Sevilha e consultor daOrganização Internacional do Trabalho- OIT, Antonio Ojeda Avilés, que

falou sobre os direitos genéricos dotrabalhador como a dignidade, aintimidade, a igualdade, a vida e aotrabalho livre. Também participaram do evento aProcuradora-Geral do Trabalho,Sandra Lia Simon, a SecretáriaNacional de Justiça, Cláudia Chagas, oPresidente do Tribunal Superior doTrabalho - TST, Ministro VantuilAbdala, o Presidente e a Vice-presidente da ANPT, Sebastião VieiraCaixeta e Juliana Vignoli,respectivamente.

XI CongressoNacional de

Procuradores doTrabalho