ja março 2011

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jornal Director ALVES JANA - MENSAL - Nº 5482 - ANO 111 - DISTRIBUIÇÃO GRATUITA abrantes de MARÇO2011 · Tel. 241 360 170 · Fax 241 360 179 · Av. General Humberto Delgado - Ed. Mira Rio · Apartado 65 · 2204-909 Abrantes · [email protected] GRATUITO No Ano Europeu do Voluntariado, fomos conhecer a decana das nossas voluntárias. Tem quase 91 anos, e mantém a alma jovem que sempre teve. E dá-nos uma lição exemplar. página 3 O cancro tem sempre o rosto humano de quem o sofre. As taxas de sobrevivência são já ele- vadas. Mas os tratamentos (quimioterapia na foto) são devastadores. Tanto no bem-estar fí- sico, como na imagem corporal que a pessoa tem de si. E prevê-se que uma em cada qua- tro de nós vai ter de enfrentá-lo. Por isso, em Abrantes, em Torres Novas e por todo o país, o lema continua. “Não paramos enquanto não encontrarmos a cura.” No Tecnopolo do Vale do Tejo, ou TagusValley, em Abrantes, o Inov.Point é uma incubadora de empresas. Ali se ajudam a nascer e a crescer as empresas que hão de salvar a nossa economia. Fomos ver como é, para sabermos como pode ser. Especial nas páginas 17 a 24 Especial Casamentos páginas 9 a 16 CONTRA O CANCRO A LUTA CONTINUA À conversa com Mira Godinho Inov.Point, a incubadora do Vale do Tejo páginas 4 e 5

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Jornal de Abrantes - edição de Março 2011

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Page 1: JA Março 2011

jornalDirector ALVES JANA - MENSAL - Nº 5482 - ANO 111 - DISTRIBUIÇÃO GRATUITA

abrantesde

MARÇO2011 · Tel. 241 360 170 · Fax 241 360 179 · Av. General Humberto Delgado - Ed. Mira Rio · Apartado 65 · 2204-909 Abrantes · [email protected]

No Ano Europeu do Voluntariado, fomos conhecer a decana das nossas voluntárias. Tem quase 91 anos, e mantém a alma jovem que sempre teve. E dá-nos uma lição exemplar. página 3

O cancro tem sempre o rosto humano de quem o sofre. As taxas de sobrevivência são já ele-vadas. Mas os tratamentos (quimioterapia na foto) são devastadores. Tanto no bem-estar fí-sico, como na imagem corporal que a pessoa tem de si. E prevê-se que uma em cada qua-tro de nós vai ter de enfrentá-lo. Por isso, em Abrantes, em Torres Novas e por todo o país, o lema continua. “Não paramos enquanto não encontrarmos a cura.”

No Tecnopolo do Vale do Tejo, ou TagusValley, em Abrantes, o Inov.Point é uma incubadora de empresas. Ali se ajudam a nascer e a crescer as empresas que hão de salvar a nossa economia. Fomos ver como é, para sabermos como pode ser. Especial nas páginas 17 a 24

EspecialCasamentos

páginas 9 a 16

CONTRA O CANCROA LUTA CONTINUA

À conversa com Mira Godinho

Inov.Point, a incubadora do Vale do Tejo

páginas 4 e 5

Page 2: JA Março 2011

jornaldeabrantes

MARÇO20112 ABERTURA

Nesta época de crise está mais atento aos seus direitos de consumidor?

Samuel NetoAbrantes

É normal que esteja mais atento.

Mas é complicado recorrer às ins-

tituições que defendem os nossos

direitos como consumidores, pois

o país é feito de burocracias. Recla-

mar pode ser uma solução, mas os

estabelecimentos difi cultam a re-

clamação e na maioria das vezes

não há resultados práticos.

Dois anos

IDADE 30

RESIDÊNCIA Santa Margarida

PROFISSÃO Coordenador/Gestor

de Projectos e formador freelancer

UMA POVOAÇÃO Constância, San-

ta Margarida! Onde vivo e me sinto

bem.

UM BAR Naturalmente o MJBAR,

em Santa Margarida é a “loucura

controlada”, é a prova que se conse-

gue fazer grande em locais peque-

nos.

UM PETISCO Pimentos recheados

com soja e 4 queijos, embora não

seja o mais saudável...

PRATO PREFERIDO Os que cozi-

nho! Não pelo resultado, mas por-

que adoro o processo “cozinhar”!

UM LUGAR PARA PASSEAR Muito

difícil defi nir um... mas preferencial-

mente junto ao mar (talvez por ago-

ra viver longe)

UM RECANTO PARA DESCOBRIR

Caminhar junto à Ribeira da Foz... e

chegar à Pereira! É uma dádiva que

a natureza deixou em Constância.

UM DISCO Dois. “AENIMA” dos

TOOL, “Mellon Collie and the infi nite

Sadness” (dos Smashing Pumpkins,

técnicamente perfeitos!)

UM FILME Perfume…

UMA VIAGEM Aquelas que ainda

não fi z!

UM LEMA DE VIDA Não tenho um

lema, tenho valores que me vão

guiando no dia-a-dia e me dão o

“caminho” - verdade, seriedade, res-

peito e honestidade.

FICHA TÉCNICA

Director GeralJoaquim Duarte

DirectorAlves Jana (TE.756)

[email protected]

Sede: Av. General Humberto Delgado – Edf. Mira Rio,

Apartado 652204-909 Abrantes

Tel: 241 360 170 Fax: 241 360 179

E-mail: [email protected]

RedacçãoJerónimo Belo Jorge ([email protected]

Joana Margarida [email protected]

André Lopes

PublicidadeRita Duarte

(directora comercial)[email protected]

Miguel Ângelo [email protected]

Andreia [email protected]

Design gráfico e paginaçãoAntónio Vieira

ImpressãoImprejornal, S.A.

Rua Rodrigues Faria 103, 1300-501 Lisboa

Editora e proprietáriaJortejo, Lda.Apartado 355

2002 SANTARÉM Codex

GERÊNCIAFrancisco Santos,

Ângela Gil, Albertino Antunes

Departamento FinanceiroÂngela Gil (Direcção) Catarina Branquinho, Celeste Pereira,

Gabriela Alves e João [email protected]

MarketingPatricia Duarte (Direcção), Cata-

rina Fonseca e Catarina Silva. [email protected]

Recursos HumanosNuno Silva (Direcção)

Sónia [email protected]

Sistemas InformaçãoTiago Fidalgo (Direcção)

Hugo [email protected]

Tiragem 15.000 exemplaresDistribuição gratuitaDep. Legal 219397/04

Nº Registo no ICS: 124617Nº Contribuinte: 501636110

Sócios com mais de 10% de capital

Sojormedia 83%

jornal abrantesde

FOTO DO MÊS EDITORIAL

INQUÉRITO

SUGESTÕES

“A experiência é uma lanterna de-

pendurada nas costas que apenas

ilumina o caminho já percorrido”, diz

Confúcio há mais de 2.500 anos. Com

esta edição, o Jornal de Abrantes

cumpre o segundo ano desta nova

fase. Dá para ver o caminho percor-

rido. Em Abril de 2009 dissemos ser

nossa opção estratécia fazer “uma

informação que privilegia sobretu-

do o acontecer de média e longa

duração”, por nos ser “impossível co-

brir a actualidade fi na”, que deixáva-

mos aos semanários e às rádios. Ao

mesmo tempo, tivemos de procurar

garantir a sobrevivência económi-

ca. Porque um jornal só pode existir

se conseguir sobreviver do ponto de

vista económico. E nem todos temos

isso bem claro na cabeça. Passados

dois anos, satisfaz-nos ver como o

nosso trabalho tem sido apreciado e

requisitado de vários modos, e agra-

decemos os reparos e as insatisfa-

ções que também nos têm chega-

do. Também no jornalismo, o mais

importante não é o que já se fez,

mas o que ainda agora surge como

desafi o. Em cada mês. Assumimo-

nos claramente como parceiros do

desenvolvimento desta nossa zona

de implantação. A nossa forma de

participar é o jornalismo, o dar conta

das linhas de vida que nos alimen-

tam, com os seus êxitos e os nossos

problemas. Os desafi os são muitos.

Também para nós. Cá estamos, com

as mãos na massa. Hoje, com a mar-

ca do nosso tempo, como há 111

anos. Obrigado a todos os que nos

ajudam a fazer o nosso caminho.

ALVES JANA

Mário LopesSardoal

Já fui associado da DECO, que me

ajudou a resolver alguns proble-

mas de habitação. Os portugueses

não conhecem os seus direitos de

consumidores e várias vezes são

enganados sem que se percebam.

No supermercado, Já me aconte-

ceu algumas vezes o preço a pagar

ser mais elevado do que o da pra-

teleira.

Márcia SantosConstância

Nunca fi z nenhuma reclamação.

Contudo, costumo aceder ao site

da Deco, gosto de me manter in-

formada. Muitas vezes não existe

transparência na informação pres-

tada ao consumidor e a Deco reve-

la a “verdade escondida” em diver-

sas áreas.

DANIEL MARTINS, presidente da associação Quatro Cantos do Cisne

Abrantes, 2011Ao meio-dia, marca pou-co mais que 10 horas. Era um relógio de sol, o úni-co a nível nacional com ta-bela de conversão. Era um instrumento de precisão, embora da precisão neces-sária e possível nesse tem-po de outras exigências. E estava ainda funcional.Hoje, neste tempo tecno-lógico e da precisão nano-métrica, foi tratado como uma estátua, convertido em objecto decorativo. Hoje é um fóssil técni-co. Inutilizado. Testemu-nho de um certo modo de fazer as coisas.

S

u-ra -ta-

um o, ces-

em-s. al.o-no-

moo

-

Page 3: JA Março 2011

jornaldeabrantes

MARÇO2011 ENTREVISTA 3

MIRA GODINHO

A decana do voluntariadoALVES JANA

Estamos, em 2011, no Ano Euro-peu do Voluntariado. Mira Godi-nho, ou Maria Ramiro Godinho, tem quase 91 anos e continua uma vida inteira de doação voluntária a quem precisa. Hoje, sobretudo no serviço de Oncologia do Hos-pital de Abrantes, mas desde há muito nas Conferências Vicentinas também de Abrantes. A sua vida é um exemplo e um grito a todos quantos podem em nome de to-dos quantos precisam. Não queria falar de si, mas acabou por aceitar pela causa do voluntariado.

Como começou o seu trabalho de voluntária?

Quando eu tinha 17 ou 18 anos,

fundei aqui a Juventude Católica.

Houve então uma epidemia de tu-

berculose e muitos jovens contri-

buíram a doença, alguns morreram

mesmo. Eu nunca me afastei de-

les. Desde esses 18 anos que eu te-

nho “isto”. Nasceu comigo. Não pos-

so ver ninguém a sofrer. Cada um

de nós foi colocado no seu lugar, o

meu é este – dar-me.

Admiro-me como há pessoas que

não têm nada que fazer e não se

preocupam em ser úteis aos outros.

E à noite conseguem dormir des-

cansadas. Há pessoas a sofrer, há

mães de família que têm de sair de

manhã e voltam ao fi m do dia e não

têm ninguém que as ajude, nem di-

nheiro para pagar.

Uma das suas linhas de trabalho voluntário vem das Conferências

de S. Vicente de Paulo.Tenho 17 camas articuladas em

movimento pelas aldeias. Um dia,

numa reunião das Conferências, foi

referido o caso de um homem que

passava o dia a gritar. Quando saí,

fui logo bater-lhe à porta. Porque eu

bato à porta das pessoas. Se me re-

ceberem mal, isso é lá com elas, eu

faço a minha parte. Bati à porta e vi

um sofrimento horrível. Disse logo

para mim mesma: “Tenho de com-

prar uma cama articulada para este

homem”. Hoje, a Conferência já aca-

bou, mas as camas continuam a cir-

cular por quem precisa.

E no Hospital de Abrantes?Quando foi criado o voluntariado

no Hospital e a minha fi lha [enfer-

meira] me perguntou se eu não

queria ir, eu disse logo que sim

[apesar de ter mais de 80 anos], dis-

se que queria ir trabalhar com os

cancerosos. Porque porque o meu

marido morreu com um cancro.

Eu estou a olhar para eles e estou

a lembrar-me do que passei. [Emo-

ciona-se.] É ali, com eles, que quero

estar. Não é nas enfermarias, por-

que ali as pessoas passam e não sa-

bemos mais delas, ao passo que em

oncologia acompanhamo-las du-

rante meses e mesmo anos. E nós

sentimo-nos afectuosamente liga-

das a essas pessoas.

O que faz como voluntária no hospital?

A minha vivência lá é integrar-me

completamente naquilo que os do-

entes estão a passar. Eles percebe-

rem que está ali uma amiga a viver

aquelas horas com eles. E as minhas

colegas fazem o mesmo. Servimos-

lhe chá ou um refresco no verão,

umas bolachas, e sobretudo con-

vivemos com eles falando. Porque

há momentos muito difíceis para as

pessoas, em que precisam de mui-

ta ajuda. Procuramos que a vida dos

doentes, ali, seja o mais suave pos-

sível para eles. Converso com eles,

rio, conto-lhes anedotas se vejo que

o momento é adequado. Vejo que

eles sentem muito a minha falta, si-

nal de que a minha presença é im-

portante.

E continua com um espírito jo-vem.

A vontade é a mesma. Mas o corpo

começa a dizer que já não pode ser.

Eu a pedir, e o corpo… é como um

motor cansado. Isto é que dói um

bocadinho. Os médicos dizem que

eu preciso de descansar, “está bem,

eu tenho tempo de descansar de-

pois”. O desgosto que tenho de ser

velha não é por morrer, é por querer

fazer e já não poder. Mas ainda faço.

[Risos] Mas queria fazer mais.

Quero dizer que somos uma equi-

pa extraordinária. Voluntários, en-

fermeiros, auxiliares, cada um com

o seu trabalho, somos todos uma

família que trabalha toda para o

mesmo. Nisso temos tido muita sor-

te. E eu quero agradecer, em nome

de todas as voluntárias, a maneira

como fomos recebidas. Sinto-me

muito honrada por isso.

Mensagem fi nal.Eu faço um apelo às pessoas. Ti-

rem um bocadinho, uma ou duas

horas por semana que seja. Nem

digo que vão para o voluntariado

do hospital. Sejam voluntárias das

suas vizinhas. Batam às portas, não

se envergonhem. Eu, o primeiro do-

ente que fui ver, fui mal recebida,

mas não me importei. E não me ve-

nham cá dizer que não são capazes,

que não podem. Todos podem e to-

dos são capazes. Basta querer.

E ninguém pense que vai dar al-

guma coisa. Nós recebemos. Eu te-

nho recebido ali lições extraordiná-

rias, de aceitação, de força.

Há uma frase na Bíblia que diz “Po-

dem rezar muito, mas se não tive-

rem caridade, não vale de nada”. E

o amor ao próximo não é escolher

este ou aquele. Não, é para todos,

porque todos somos fi lhos de Deus

e irmãos uns dos outros. Ser volun-

tário é isto. É dar-se a quem precisa,

seja lá quem for.

Maria Ramiro GodinhoNascimento: 1920Idade: (quase) 91 anosResidência: AbrantesFilhos: 2Netos: 6Bisnetos: 6

Page 4: JA Março 2011

jornaldeabrantes

MARÇO20114 DESTAQUE

Cerca de 50 pessoas por mês são

atendidas em consultas de oncolo-

gia no Hospital de Abrantes e cerca

de 60 pessoas estão em tratamento

de quimioterapia às quais são minis-

tradas uma média de 15 sessões por

semana no “hospital de dia” do mes-

mo hospital. Isto no que respeita aos

chamados cancros sólidos. Estes va-

lores estão em baixo pelo facto de o

Hospital de Abrantes ter estado du-

rante dois anos sem primeiras con-

sultas, o que fez com que muitos do-

entes tivessem de dirigir-se para ou-

tros centros de atendimento, onde

agora são acompanhados.

Para lá daqueles, há ainda os can-

cros da bexiga e da próstata, que

são atendidos e acompanhados

pelo serviço de Urologia, que são

cerca de 500, e os cancros no san-

gue, os líquidos, que são atendidos

em Lisboa ou Coimbra, por falta de

especialista nesta zona. Não temos

também tratamento de radiotera-

pia. Para além do serviço médico,

há ainda um serviço específi co de

apoio social em próteses mamárias

e capilares para as doentes que pre-

cisarem deste apoio.

O Hospital de Abrantes es-teve dois anos sem primei-ras consultas em Oncolo-gia, por se ter reformado o médico que assegurava o trabalho neste sector, num processo que o JA foi acom-panhando.

Entretanto, foi contratado

um oncologista reforma-

do, José Albano, que vem

ao Hospital uma vez por se-

mana, normalmente às sex-

tas-feiras. E foi ainda encon-

trado um médico de me-

dicina interna, Pedro Pires,

para ser o “braço direito” do

oncologista e dar o apoio

continuado neste sector ao

longo da semana. É este o

esquema de trabalho que

está a ser seguido. Mais ou

menos o mesmo que nos

outros hospitais do Médio

Tejo.

Contudo, a situação ca-

minha para uma grave cri-

se. Os médicos reformados

estão na perspectiva, por

razões de contenção da cri-

se, de poderem continuar a

exercer. Ora o oncologista

que presta serviço no Hos-

pital de Abrantes está nes-

tas condições. Além disso, o

mesmo se passa com o on-

cologista de Torres Novas.

E em Tomar vai reformar-

se o “braço direito” do on-

cologista, o que assegura o

trabalho continuado. Este

talvez seja o problema de

mais fácil resolução, pelo

menos para quem vê de

fora, basta encontrar outro

médico de medicina inter-

na disposto a aceitar o de-

safi o. Mas, quanto aos casos

de Abrantes e Torres Novas,

continua a não haver onco-

logistas disponíveis, pois se

os houvesse já teriam sido

contratados. Aguardam-se

os próximos capítulos.

Os transportesOutro problema resulta

da alteração do sistema de

apoio aos transportes dos

doentes para tratamento.

Agora, o apoio fi nancei-

ro depende do cruzamen-

to de dados entre as Fi-

nanças e a Segurança So-

cial, ou seja, ninguém sabe

se um dado doente vai ser

apoiado ou não. Isto cria,

segundo Jorge Laíns, en-

fermeiro responsável pelo

Hospital de Dia do Hospi-

tal de Abrantes, “algum re-

ceio de estar a fazer pe-

didos de transporte que

depois as pessoas não pos-

sam pagar”. ́ ´E verdade que

“as orientações internas são

para se continuar a proce-

der do mesmo modo, mas

não sabemos os efeitos que

esse procedimento vai ter.

Os nossos doentes têm de

fazer muitos movimentos

entre casa-hospital e hospi-

tal-casa e em muitos casos

o ordenado mínimo não

chega para o transporte”.

Oncologia vai entrar em crise no Médio Tejo

O cancro no hospital de Abrantes

• Maria Emilia Silva, de Vila de Rei.

Page 5: JA Março 2011

jornaldeabrantes

MARÇO2011 DESTAQUE 5

No dia 20 de março vai ser inaugura-do o Grupo de Apoio de Abrantes da Liga Portuguesa Contra o Cancro.

Nesse dia celebra-se o 1º aniver-

sário da realização em Abrantes do

Um Dia Pela Vida, um projecto da

Liga Portuguesa Contra o Cancro. Há

um ano, a 20 de março, milhares de

pessoas fi zeram no Tecnopolo, em

Alferrarede, uma caminhada simbó-

lica pela vida e contra o cancro. Era o

resultado de quatro meses de semen-

teira por todo o concelho de Abrantes

e pelos concelhos vizinhos, sobretu-

do Constância que também partici-

pou de modo formal. Este ano, a se-

mente então lançada germina novos

frutos. A sede do Grupo de Apoio de

Abrantes (GAA) fi ca na Rua D. Afonso

Henriques, num dos espaços do anti-

go quartel de bombeiros, hoje cedido

pela Câmara Municipal à Cruz Verme-

lha de Abrantes. Inicialmente, o GAA

funciona duas vezes por semana, para

prestar apoio ao doente oncológico e

sua família. Todo o trabalho será asse-

gurado por um grupo de voluntários

que vão receber formação específi ca

para essa função. A educação para a

saúde e prevenção do cancro é no-

vamente um dos objectivos a atingir.

Para isso o GAA vai dispor de folhe-

tos informativos sobre vários tipos de

cancro, editados pela LPCC, e vai ser

prestado apoio psicológico ao doente

oncológico. A inauguração deste Ga-

binete está prevista para as 11 horas

da manhã do dia 20 de Março, e con-

tará com a presença da Presidente do

Núcleo Regional Sul da Liga Portu-

guesa Contra o Cancro, Manuela Ril-

vas. Segue-se uma Caminhada até ao

Parque de S. Lourenço, onde se fará

um piquenique de convívio. O lema

desta jornada continua a ser “só para-

mos quando encontrarmos a cura”.

Alves Jana

Torres Novas

Pela Vida

já conta com

52 equipas

O concelho de Torres No-

vas aderiu ao projecto Um

Dia Pela Vida, que será a 4

de Junho no Palácio de Des-

portos daquela cidade. No

passado dia 29 de janeiro

decorreu a sessão de lança-

mento e a 23 de fevereiro

cerca de 90 pessoas partici-

param na primeira reunião

de capitães, isto é, dos líde-

res das já então 40 equipas

já registadas. O prazo de ins-

crição de novas equipas de-

corre até 29 de Abril, segun-

da reunião de capitães. Isa-

bel Correia, da organização,

faz o balanço do momento

dizendo que a Câmara mos-

trou “uma receptividade

muito boa” e a população

“está a aderir muito bem”,

embora seja necessário “um

trabalho muito grande no

terreno” até ao dia 4 de Ju-

nho.

Abrantes continua caminhar contra o Cancro• Marcha de encerramento de Um Dia Pela Vida, em 2010

Page 6: JA Março 2011

jornaldeabrantes

6 ESPECIAL CASAMENTOS

O dia do casamento é singu-

lar. Marca uma opção de vida.

Por vezes uma mudança de

vida. Todos, noivos e ami-

gos, queremos que seja um

“dia feliz”. Para mais tarde re-

cordar. Mas, para isso, é pre-

ciso que seja marcado pela

qualidade – que não quer di-

zer luxo – tanto na prepara-

ção como no acontecimento.

Além de um acontecimento

pessoal e familiar, é um mar-

co social importante e tem

uma clara dimensão econó-

mica. Basta ver uma “feira do

casamento” para perceber

que é já signifi cativa a acti-

vidade empresarial que vive

do casamento e que trabalha

para que o casamento seja de

qualidade. Da qualidade que

os noivos e a família desejam

dar-lhe. Porque, se há expec-

tativas sociais, é importante

afi rmar que cada um sabe de

si, isto é, cada um é que sabe

até onde quer ir… e gastar.

Sim, o casamento é um mun-

do… tão grande que nele ca-

bem todos os sonhos.

O casamento é um mundo...para mais tarde recordar

Para casar é necessário tratar de uma serie de

situações como o local, a fl orista, o fotógrafo,

os fatos, os convites, as alianças, as lembran-

ças, enfi m… uma infi nidade de situações. Para

quem não tem o acompanhamento dos pais,

padrinhos, familiares e amigos, não é tarefa fá-

cil. Todo o processo tem um início. Primeiro é

necessário saber onde é local que vai realizar a

festa do casamento. Apesar da crise económi-

ca que está aí, esta é uma situação em que noi-

vos não deixam verdadeiramente de apostar.

Para “a festa” de casamento, 70 euros é o pre-

ço que algumas quintas da região pedem por

cada convidado. A tendência para proporcio-

nar um casamento com muito glamour e de

qualidade passa hoje pela redução do número

de convidados. Com o casal com quem esti-

vemos à conversa a Herdade dos Cadouços foi

palco de toda festa. “Foi amor à primeira vista.

Um lugar que é magnífi co pela natureza que o

envolve, pelo lago que o banha e pela paz que

transmite”. Se pretende casar deverá tratar do

local onde idealiza realizar a festa com um ano

de antecedência.

Casar um momento que não se esqueceO dia do casamento é um dos mais impor-tantes na vida de um casal, está sempre re-vestido de um simbolismo que refl ecte sen-timentos profundos, emoções e um sentido de partilha único. Ao longo das próximas 4 páginas o JA descreve os preparativos para este momento especial. Estivemos à conver-sa com um casal, que casou no ano passado e que nos contou como foi casar…

Joana Margarida Carvalho

Para casar é necessário “tirar um curso”

Page 7: JA Março 2011

jornaldeabrantes

MARÇO2011 ESPECIAL CASAMENTOS 7

A aliança é um elemento muito importante no dia do ca-

samento, é esta que fecha o contrato, a união entre o casal.

As alianças lisas, fi nas e em ouro amarelo têm caído em de-

suso. A maioria dos casais opta por modelos mais largos,

anatómicos e arredondados por dentro para garantir um

maior conforto. Há ainda quem opte por colocar diaman-

tes na aliança da noiva, por misturar acabamentos (polido

e fosco), por colocar gravações externas, e misture o ouro

amarelo e branco. Hoje, os noivos têm tendência a perso-

nalizar esta peça essencial.

Aliança símbolo da união

O fotógrafo é um orientador no dia do casamento

O JA descobriu junto do casal que no início

do casamento ambos os noivos se encontram

nervosos e ansiosos com momento da união e

sobretudo gostam de dar atenção a todos os

convidados. O fotógrafo assume um papel de

organizador e orientador dos próprios noivos.

O fotógrafo é uma peça fundamental, pois é

ele que nos alerta para as horas, que nos acal-

ma, que nos canaliza para os locais, entre ou-

tras tarefas que deve assumir no dia. Ele está

a assistir de fora a tudo o que se está a passar,

logo tem uma maior facilidade para alertar. A

sensação de ser fotografada é um pouco abor-

recida, sobretudo no que diz respeito às típicas

fotografi as com os pais, os padrinhos, os ami-

gos, etc... Uma pessoa quase acaba por esbo-

çar um sorriso mecânico, porque são muitas fo-

tografi as. Mas são estas fotografi as que fi cam

para um dia mais tarde recordar. Sendo assim,

é um momento a que devemos dar especial

atenção”.

Page 8: JA Março 2011

jornaldeabrantes

MARÇO20118 ESPECIAL CASAMENTOS

O vestido de noiva,

a peça chaveEste ano, as tendên-

cias dos vestidos de

noiva incidem nas

cores claras, na

aplicação de ren-

das e no formato

do vestido único.

Ou seja, não deve

optar pela separa-

ção do corpete e da

saia. Segundo a nos-

sa entrevistada, “hoje

em dia, o vestido de noi-

va ainda assume aquela im-

portância que todas as mulhe-

res lhe conferem. É principalmen-

te no dia do casamento que qualquer

mulher deve-se sentir bela, concretiza-

da, segura e, o mais difícil, calma! (risos)

A própria cor clara do vestido transmite

essa serenidade. Daí eu ter optado por

um vestido com uma cor pérola. As ten-

dências da moda acabam sempre por

infl uenciar a noiva. Eu segui as tendên-

cias do ano e senti-me verdadeiramente

especial com o que tinha vestido, e isso

também é muito importante para que o

dia corra bem”. Relativamente ao fato do

noivo, o preto está sempre na moda. Este

ano as tendências passam pela cor prata,

o castanho e o cinzento.

Ainda que o amor seja um dia de festa, há dias em que o amor se veste de gala

Esta pode ser a frase que compõe o convi-

te de casamento. Este tem tendência a per-

der o modelo clássico e tradicional para pas-

sar a ser uma peça que transmite uma men-

sagem e quanto casal está feliz. Existem

convites de vários estilos, padrões diferen-

tes, arrojados, divertidos, com um tipo de

letra diferente, enfi m… Se pretende casar,

tem muito por onde escolher. Mas segundo

o casal entrevistado, “esta peça que deve ter

alguma coerência com a decoração da fes-

ta, com o tema, os marcadores das mesas,

o menu, o placard, as lembranças, entre ou-

tros pormenores. Mas, mais importante, os

convites devem estar inteiramente ligados

ao gosto e à personalidade do casal.”

Page 9: JA Março 2011

jornaldeabrantes

MARÇO2011 ESPECIAL CASAMENTOS 9

O estilo de uma noiva não está completo sem

uma maquilhagem adequada. O dia do casamen-

to é normalmente sempre longo e se a maquilha-

gem não for feita com os cuidados necessários,

pode nã o”aguentar” até ao fi nal da festa.

Sendo assim, opte por uma maquilhagem com

tons claros, o mais natural possível. Muitas noivas

caem no erro de optar por uma maquilhagem

pesada, com tons mais escuros, o que no fi nal

do dia pode resultar num rosto completamen-

te borrado. Peça conselhos ao seu cabeleireiro

ou ao seu centro de estética e teste a maquilha-

gem antes do dia da festa. Para o ano de 2011,

os penteados para noivas incidem sobretudo nas

tranças a cair de lado, de prefe-

rência com fi os de cabelo

soltos. Para quem sem-

pre pretendeu levar

o cabelo apanhado,

opte por um estilo

mais arrojado, com

madeixas e fi os de

cabelo soltos. Se

tem uma franja cur-

ta pode prendê-la com

acessórios.

Flores, um elemento essencial

As fl ores assumem um valor muito im-

portante no dia do seu casamento. São es-

tas que dão a vida à decoração que vai op-

tar por colocar na igreja ou no local onde

se celebra o casamento. As fl ores devem

estar ligadas ao estilo e à personalidade

dos noivos.

No caso do casal com quem o JA falou,

a noiva deu especial atenção ao seu ramo.

“Era constituído por uma orquídea roxa,

um conjunto de pequenos jarros, uma ver-

dura e um arame que juntava todas as fl o-

res. Na imensidão da cor pérola do vestido,

o ramo destacava-se bastante. Penso que

é assim que deve ser, o ramo é um elemen-

to que não deve passar despercebido, mas

algo que chame atenção de todos os con-

vidados. As cores e o formato foram inspi-

rados nas tendências do ano e a opinião

do fl orista também foi importante”. Sen-

do assim, escolha as suas fl ores preferidas

e associe as mesmas à temática do casa-

mento e à decoração envolvente. O ramo

deve estar em harmonia com o vestido da

noiva. Trate de uma fl orista com quatro

meses de antecedência.

Ramo elaborado pelo fl orista “O Canteiro”Maquilhagem

e penteado

da noivaOs noivos devem dirigir-se juntos à

Conservatória do Registo Civil com os

seus respectivos bilhetes de identida-

de ou cartão de cidadão. O casamen-

to civil propriamente dito pode ser re-

alizado em qualquer lugar, desde que

os noivos encontrem um representan-

te do Registo Civil que se disponha a

deslocar-se ao local escolhido. Quan-

do se dirigirem à Conservatória os noi-

vos não devem esquecer dos seguin-

tes documentos: Documento de iden-

tifi cação (Bilhete de identidade ou

cartão de cidadão) ou sendo estran-

geiros, certifi cado de nacionalidade e

de capacidade matrimonial, autoriza-

ção de residência, passaporte ou do-

cumento equivalente. Se um dos noi-

vos tiver menos de 18 anos, terá de

apresentar uma declaração assinada

pelos pais com o consentimento para

proceder à união. Se um dos noivos já

tiver sido casado, terá de apresentar

um documento que prove que está

divorciado ou viúvo. Convenção an-

tenupcial, quando quiserem optar por

um outro regime que não o da comu-

nhão de bens adquiridos.

O que tratar junto

da Conservatória

Page 10: JA Março 2011

jornaldeabrantes

MARÇO201110 ESPECIAL CASAMENTOS

Planeie o seu casamentoSE VAI CASAR SAIBA O QUE TEM A FAZER!

Estas são algumas das tarefas e dos tempos sugeridos para uma boa or-ganização do seu casamento. Use a lista de forma inteligente, pois pode ser necessário fazer ajustamentos. Por exemplo, há restaurantes que exigem marcações com anos de an-tecedência. E seja feliz.

ATÉ 12 MESES ANTESDefi nam a data em que pretendem

casar.

Defi nam que tipo de cerimónia e de

festa querem ter: civil ou religiosa, for-

mal ou informal, almoço ou jantar,

grande ou pequena?

Reservem o local para boda.

Marquem uma reunião com a equi-

pa de fotógrafos e reserve o serviço.

Solicitem um orçamento detalhado e

contrato por escrito.

Defi nam a lista inicial de convidados.

Pensem no tipo de convites e lem-

branças que pretendem para o vosso

casamento.

OITO MESES ANTESNo caso de o casamento ser religioso,

falem com o padre da paróquia onde

pretendem casar.

Convidem os padrinhos.

Convidem os meninos das alianças.

Marquem as férias do casamento e

comecem a seleccionar potenciais

destinos para a vossa lua-de-mel.

A noiva deve iniciar a procura do ves-

tido de noiva.

SEIS MESES ANTESPensem no ramo da noiva e nas fl ores

para a decoração da igreja e do local

do copo-d´água.

Defi nam a lista fi nal de convidados e

recolham os seus contactos.

Encomendem ou comecem a fazer

todo o material gráfi co, nomeada-

mente os convites, livros de igreja,

menus e cartões de agradecimento.

Encomendem ou comecem a fazer as

lembranças.

A noiva deve escolher o vestido de

noiva e todos os acessórios.

QUATRO MESES ANTESContratem a animação para o copo d’

água. Caso optem por uma cerimónia

religiosa, defi nam se vão ter coro ou

acompanhamento musical.

Escolham a fl orista para o ramo e para

os arranjos fl orais.

Escolham a(s) loja(s) onde vão colo-

car a vossa lista de casamento e co-

mecem a defi nir o que querem que

contenha.

Pensem onde vão passar a noite de

núpcias.

Marquem a lua-de-mel.

Obtenham as certidões de nascimen-

to no registo Civil, loja do cidadão ou

internet.

O noivo deve procurar o seu fato e os

respectivos acessórios.

A noiva deve escolher o penteado e a

maquilhagem com a ajuda da sua ca-

beleireira e esteticista.

A noiva deve comprar meias e lingerie

de acordo com o vestido de noiva.

TRÊS MESES ANTESA entrega dos convites já deve estar

concluída.

Encomendem o bolo de noiva.

Defi nam a viatura a utilizar.

Comprem as alianças.

Iniciem o processo no Registo Civil.

Ajudem os vossos pais a escolher os

respectivos vestidos e fatos.

A noiva deve fazer uma prova do ves-

tido e acessórios.

DOIS MESES ANTESOrganizem a distribuição dos convi-

dados pelas mesas.

Escolham o menu e discutam todos

os pormenores com a quinta.

Confi rmem: animação, fl orista, convi-

dados, reservas, lua-de-mel, cabelei-

reiro e esteticista.

Escolham as músicas pretendidas .

Confi rmem se todos os documentos

para a viagem estão prontos.

Caso optem por uma cerimónia reli-

giosa, conversem com o pároco que

irá celebrar a cerimónia e escolham as

leituras.

Marquem, se necessário, o ensaio da

cerimónia.

Escolham os respectivos fatos do dia

seguinte ao casamento.

UM MÊS ANTESPlaneiem as respectivas festas de sol-

teiros.

Marquem uma limpeza de pele ou

outros tratamentos de beleza.

Confi rmem tudo: local do copo-de-

água, catering, fotógrafo, animação,

fl orista, convidados que ainda este-

jam em dúvida, reservas, lua-de-mel,

cabeleireiro e esteticista.

Comecem a comprar o que vão preci-

sar de levar para a lua-de-mel (nome-

adamente malas, roupa apropriada

ao clima, lingerie e roupa de dormir e

protectores solares), fazendo uma lis-

ta do que vão precisar de levar con-

vosco.

A noiva deve ensaiar o penteado e a

maquilhagem.

QUINZE DIAS ANTESReconfi rmem tudo o que foi anterior-

mente referido.

Confi rmem número de convidados

com o local do copo d ́água.

Preparem a casa onde vão viver de-

pois do casamento: comece a arru-

mar os presentes de casamento que

já foram entregues e comecem a le-

var os vossos objectos pessoais para

a vossa nova casa preparando-a para

quando chegarem de lua-de-mel.

Façam a marcação dos locais para as

despedidas de solteiros.

A noiva deve fazer a prova fi nal do

vestido, com os sapatos, lingerie e to-

dos os acessórios que pretende usar.

A noiva deve começar a andar com os

sapatos em casa, para se ir habituan-

do a eles. Se o noivo também vai usar

sapatos que nunca usou, poderá fa-

zer o mesmo.

UMA SEMANA ANTESFaçam as despedidas de solteiros.

Façam as malas para a lua-de-mel.

Confi rmem o transporte para a igreja

e cerimónia.

A noiva deve ir buscar o vestido de

noiva.

A noiva deve fazer a depilação, a ma-

nicura e a pedicure.

A noiva deve confi rmar a hora com o

cabeleireiro para o dia do casamento,

tendo em atenção os horários, para

que o fotógrafo disponha do tempo

previamente acordado para realizar

as fotografi as da noiva em casa.

Façam uma revisão geral de todos os

aspectos e acertem os últimos por-

menores que possam ter escapado.

NO PRÓPRIO DIARelaxem e aproveitem ao máximo

este é o vosso dia!

Page 11: JA Março 2011

jornaldeabrantes

MARÇO2011 ESPECIAL CASAMENTOS 11

Antes, começávamos por arranjar a casa para onde íamos com os pou-cos tarimbecos que tínhamos. Ago-ra, na noite de casamento põem o melhor que têm. Mas nós, não. Pú-nhamos o mais ruim que tínhamos, por mor de usarmos. As coisas me-lhores, as mais bem feitas, fi cavam, eram só para vista.

Na véspera do casamento, os cacho-

pos iam levar os pratos de arroz doce

e um bolozito comprido [aos vizinhos

e amigos que não iam ao casamento],

e as mulheres davam algum dinheiri-

to, ou um litro de azeite, um bocado

de feijão, coisas que tinham das hor-

tas.

O casamento eram quatro dias, sex-

ta, sábado, domingo e segunda. Era a

boda. Eu casei num sábado do mês

do Natal, ao sol-posto, era quase de

noite.

O meu vestido era muito lindo. Foi a

ti Mari’ Gaiata que mo fez. Era creme. E

já levei véu. Os véus eram empresta-

dos. As pessoas que tinham é que em-

prestavam. Ou então eram alugados

em Abrantes, no Manelzinho.

No dia do casamento, a noiva saía de

casa com os seus convidados e junta-

va-se ao noivo na igreja. Casavam-se e

depois iam comer. Os convidados da

noiva iam comer para casa da noiva e

os do noivo para casa do noivo. Não

havia copo-de-água, ninguém sabia o

que era isso. Os noivos, depois de ca-

sados, comiam uma refeição na casa

do noivo e outra na casa da noiva.

Antes de casarem, o noivo comia em

casa dele com os seus convidados e a

noiva em casa dela com os seus. A ti

Isaltina Clementina era a cozinheira. A

comida era arroz com tripas. E “carne

fresca”, carne de borrego: quem podia

matava um borrego, quem não podia

comprava um pouco de carne. Na se-

gunda-feira, ao almoço, era já para co-

mer os restos.

Nos dias a seguir ao casamento, à tar-

de, íamos correr as casas. Os noivos e

os convidados todos passavam pelas

casas de cada um dos convidados. As

pessoas tinham na sala de fora a mesa

posta com pão, queijo, azeitonas, tre-

moços, laranjas cortadas aos quartos

com sal, o que as pessoas tinham, e vi-

nho… Aqui comia-se um meguelho

de pão com queijo, além três tremo-

ços… dançava-se um bocado… e ía-

mos para casa doutro convidado. Era

“correr as casas”. E o meu tio Soutenho

é que tocava concertina.

O baile era à noite. Na sexta-feira já

havia baile. E era em casa, dançava-se

na casa de fora.

Naquele tempo, e o casamento...FLOREANA GOMES CONTA COMO ERAM OS CASAMENTOS NO PEGO

• Floreana Gomes, 88 anos, conta como, no seu tempo, eram os casamentos no Pego.

Page 12: JA Março 2011

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MARÇO201112 ESPECIAL CASAMENTOS

1. O casamento é como tudo o mais,

está a mudar a grande velocidade. Não

se sabe para onde, mas sabe-se de onde

vem.

2. Até há pouco, era fácil responder à

pergunta “o que é o casamento?”. O casa-

mento é o contrato, sagrado ou raramen-

te profano, de um homem e uma mulher

que constituem família até que a morte

os separe. Assim era e assim devia ser.

3. Mas apenas entre nós. Sempre houve

povos com outras modalidades de casa-

mento. Entre os muçulmanos, talvez o

caso mais conhecido, um homem pode

casar-se com até quatro mulheres. Mas

há povos em que uma mulher pode ca-

sar com vários homens e outros, embora

mais raros, em que mais que duas pesso-

as casam com outras formando um gru-

po fechado. E ultimamente, vários países,

incluindo Portugal, reconhecem o casa-

mento entre dois homens ou duas mu-

lheres.

4. No nosso modelo tradicional, a coabi-

tação e a exclusividade da relação sexual

entre os membros do casal era a norma.

Mas também aí há mudanças. Hoje, é fá-

cil encontrar casamentos em que cada

um vive na sua casa e em que há um re-

lacionamento aberto ou liberdade de re-

lacionamentos sexuais.

5. Mas sobretudo, depois de ser prati-

camente não admitido, o divórcio tem

vindo a aumentar e é já hoje a “solução”

para mais de metade dos casamentos.

Além disso e ao mesmo tempo, aumen-

ta o número de casais que vive em união

de facto, sem pensar sequer em casar-se.

E multiplicam-se os homens e mulheres

que optam por viver sozinhos, o que não

signifi ca que não tenham vários “amigos

coloridos”.

6. A um tempo em que “nenhum rapaz

queria uma rapariga em segunda mão”

ou, como cantava Paco Bandeira, “A mu-

lher é como um livro (…) depois do livro

lido / o livro não presta mais”, sucede-

se um tempo de maior liberdade sexu-

al tanto para as mulheres como para os

homens.

7. O que não admira mesmo é que tan-

tas pessoas sintam que “o casamento

está em crise”.

Alves Jana

Tudo muda... e o casamento também

Page 13: JA Março 2011

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Page 14: JA Março 2011

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MARÇO201114 ABRANTES

Rodeada de uma beleza natu-ral, com uma vista panorâmica sobre a barragem do Castelo de Bode e em plena harmonia com a água, o ar puro e as ár-vores encontra-se a ABES Pou-sada.

António Lourenço dos Santos

e Ana Vian Costa, naturais de

Abrantes e Tomar respectiva-

mente, são os proprietários do

equipamento inovador.

Até ao ano de 2004, este es-

paço dava vida à antiga estala-

gem de São Pedro, que era en-

tão propriedade da ENATUR.

Quatro anos mais tarde, no dia

8 de Agosto de 2008, o equi-

pamento abre ao público com

uma nova identidade, um lar

para seniores. Pessoas que a

partir dos seus 65 anos de ida-

de, pretendam viver onde ape-

nas imaginaram passar umas

férias.

A ABES Pousada surge devi-

do à falta de espaços para alojar

idosos que necessitam de cui-

dados permanentes, conforme

conta ao JA António Lourenço

dos Santos. � Quando senti a

necessidade de alojar a minha

mãe num lar, a oferta aqui na

região era muito reduzida e as

poucas casas que visitei não me

agradaram, devido a uma serie

de carências que detectei ao

nível de condições básicas. Foi

neste sentido que decidimos

comprar este espaço, e torná-

lo num estabelecimento onde

o envelhecimento é vivido com

a máxima qualidade”.

Uma aposta na qualidadeConhecida como um “ho-

tel para seniores”, este espaço

é destinado a quem necessita

de cuidados continuados e te-

rapêuticos e de muito repou-

so. A ABES Pousada benefi cia

de uma série de serviços, como

enumera Ana Vian Costa. “Tem

um serviço de assistência de

enfermagem permanente, cui-

dados médicos duas vezes por

semana e fi sioterapia. Promo-

ve terapia ocupacional, activi-

dades ao ar livre, programas in-

dividualizados de recuperação,

hidroginástica e hidroterapia, e

por último, benefi cia ainda de

um serviço de estética e mas-

sagem. Animação e ocupação

de tempos livres, com jogos de

mesa, sessões de leitura e con-

vívio são também outras activi-

dades promovidas”.

Relativamente ao alojamento,

a Pousada dispõe de 18 quar-

tos. Todos estes climatizados,

com WC individual, amplos e

soalheiros, e uma capacidade

para 30 pessoas.

O edifício oferece ainda salas

de estar, salas de refeições, bi-

blioteca, acesso a internet, gi-

násio, jardim interior e exterior

e um terraço sobre a albufeira

do Castelo de Bode.

A cerca de dez minutos da ci-

dade de Tomar e de Abrantes

este equipamento tem actual-

mente instalado 16 idosos. Se-

gundo os proprietários a ade-

são por parte dos clientes tem

sido razoável e a procura incide

sobretudo no concelho de To-

mar e nos concelhos limítrofes.

HistóriaO edifício nasceu nos anos 50,

como residência dos engenhei-

ros que trabalhavam na barra-

gem do Castelo de Bode. Mais

tarde, até aos anos 70, o espa-

ço foi transformado em estala-

gem, que foi depois adquirida

por uma família que a mante-

ve por 5 anos. Em 1992, a ENA-

TUR fi ca responsável pelo equi-

pamento e transforma-o numa

pousada. Em 2004, fecha ao pú-

blico e reabre em 2008 como

uma pousada para seniores, a

actual ABES Pousada.

Joana Margarida Carvalho

Foram seis as empresas de Abrantes, uma de Mação e outra de Sardoal que conquistaram o galardão PME Excelência, relativo ao ano 2010. Ao todo, foram 42 distinguidas do distrito de Santarém e 1.105 no País.

Abranfrio (Comércio), Abranlimpa (serviços), Cre-

milcar (Comércio), F. do Vale (Construção), Isabel Pi-

nhão (Comércio), J C Bartolomeu (Construção), foram

as empresas do concelho de Abrantes distinguidas.

Em Mação a Distrimação (Comércio), e em Sardoal a

Rodrigues e Vermelho (Construção) também recebe-

ram o diploma do IAPMEI.

Os galardões PME Excelência são um estatuto de

qualifi cação empresarial criado pelo IAPMEI (Instituto

de Apoio às Pequenas e Médias Empresas e ao Inves-

timento), numa parceria com o Turismo de Portugal,

o Barclays, o Banco Espírito Santo, o Banco Espírito

Santo dos Açores, o Banco BPI, a Caixa Geral de Depó-

sitos, o Millenium bcp e o Santander Totta.

As PME Excelência são o subconjunto das PME Líder,

que manifestaram interesse junto do seu banco e que

cumprem adicionalmente vários critérios. Um desses

critérios é pertencerem aos dois primeiros níveis de

rating, baseado no relatório de contas de 2009 para

além do cumprimento critérios fi nanceiros, suporta-

dos nas demonstrações fi nanceiras também do ano

de 2009.

O IAPMEI entendeu fl exibilizar os critérios de acesso

ao Estatuto PME Excelência, podendo ser incumprido

apenas um dos indicadores, de acordo com: cresci-

mento do volume de negócios, autonomia fi nancei-

ra, rendibilidade dos capitais próprios, rendibilidade

do activo. Resta dizer que o estatuto PME Excelência

tem a validade de um ano.

Os empresários consideram que este estatuto con-

seguido revela o bom desempenho das suas empre-

sas, apesar da crise económica e fi nanceira interna-

cional, e pode constituir uma mais valia para as me-

sas, quer no marketing associado quer do ponto de

vista da gestão. José Eduardo Carvalho, à altura pre-

sidente da direcção do Nersant, considerou curioso

que 20% das PME Excelência de 2010 sejam do sector

da construção civil, um dos mais afectados pela crise,

mas sublinha não saber o que acontecerá em 2011, já

que pode haver uma retracção na economia.

No País o IAPMEI distinguiu empresas que se evi-

denciaram pelos melhores desempenhos do univer-

so das PME Líder nacionais.

Em conjunto, as 1.105 PME Excelência geram mais

de 37 mil postos de trabalho directos e foram respon-

sáveis por um volume de negócios superior a 4,5 mil

milhões de euros no último ano, com uma taxa média

de crescimento de 11%.

Jerónimo Belo Jorge

Oito empresas são PME Excelência 2010

ABRANTES, MAÇÃO E SARDOAL

ABES POUSADA - ASSISTÊNCIA E BEM-ESTAR DE SERVIÇOS A SENIORES

Um “hotel para seniores” num recanto do céu

• Os proprietários António dos Santos e Ana Costa

Page 15: JA Março 2011

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MARÇO2011 ABRANTES 15

Comemorou no dia 16 de

fevereiro o seu 100º aniver-

sário, a resistente de cinco

irmãs. E está para fi car. De-

pois do falecimento de suas

irmãs, Laura Paulo, Aurora

Marques, Júlia Damião e Ma-

ria Guilhermina Velez, Maria

da Piedade de Jesus, cega

de uma vista desde muito

cedo, e agora com um ele-

vado grau de surdez, conti-

nua a não dispensar umas

horinhas diárias em sua casa,

onde lê o jornal, faz malha e

panos de cozinha.

Diariamente, o seu fi lho

ou a sua nora vão deixá-la

em casa pelas 10 da manhã,

e depois vão buscá-la pelas

17h00 para passar a noite

em casa deles, e ver um pou-

co de televisão.

Já é vulgar chegar-se aos

100 anos, mas Maria da Pie-

dade é um exemplo de gos-

to pela vida, pois mesmo

cega de uma vista, muito sur-

da, e já a andar bem devagar,

cá continua com uma luci-

dez digna de relevo, e a fazer

a sua vidinha como gosta. E

pelo que observamos diaria-

mente, atrevemo-nos a dizer:

até para o ano, Ti Maria. Esta-

mos certos de que com a sua

vida pausada, ainda nos fará

companhia.

O Jornal de Abrantes regis-

ta e associa-se ao aniversário

desta resistente centenária.

Fernando Velez

Depois de no ano passo o Rosé

Casal da Coelheira ter sido con-

siderado o melhor rosé do mun-

do, a colheita de 2010 conquis-

tou este mês a medalha de ouro

no Vinales Internatonales, um sa-

lão que se realiza em Paris.

Nuno Falcão, enólogo do Casal

da Coelheira, revelou que a co-

lheita de 2010 não repetiu o feito

de 2009 mas estava a contar com

isso, porque aquele prémio só foi

conquistado por três vezes por

vinhos portugueses, sendo um

deles o Rosé Casal da Coelheira.

Por outro lado, há sempre uma

expectativa, depois do galardão

de 2009, saber o que acontece-

ria com a colheita de 2010, e esta

deu medalha de ouro.

Nuno Falcão sublinhou que

esta nova medalha vem dar re-

conhecimento “pelo trabalho

que foi feito não só na vinha mas

também na adega”.

Estes prémios do Rosé têm

constituído para o Centro Agrí-

cola de Tramagal um mediatis-

mo que nunca tinha sido conse-

guido com os outros vinhos e o

Casal da Coelheira já tem no seu

portfólio uma grande quantida-

de de medalhas de ouro.

Ainda segundo o enólogo, es-

tes prémios podem constituir

uma nova forma dos portugue-

ses olharem para os rosés, já que

têm mais consumo na Europa

Central e do Norte.

Apesar de ter conquistado

nova medalha de ouro, o Casal

da Coelheira Rosé 2010 já está

esgotado no produtor, podendo

ser apenas encontrado em três

distribuidores, um no Algarve,

outro na zona de Fátima e outro

em Lisboa.

Nuno Falcão revelou ainda que

há capacidade para no próximo

ano aumentar a produção do vi-

nho rosé.

Jerónimo Belo Jorge

ROSÉ 2010

Casal da Coelheira ganha medalha de ouro em Paris

MARIA DA PIEDADE DE JESUS

Comemorar 100 anos

Page 16: JA Março 2011

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MARÇO201116 ACTUALIDADE

O até há pouco e durante 17

anos presidente da direcção da

Nersant, José Eduardo Carva-

lho, foi eleito no passado dia 3

presidente da AIP, onde já era

vice-presidente. Como sem-

pre, este dirigente associativo

do sector empresarial não pre-

tende ser apenas fi gura decora-

tiva. Por isso, iniciou a sua acti-

vidade com a afi rmação de que

são necessárias medidas que

compensem a impossibilidade

da descida dos salários.

Entretanto, a nova presiden-

te eleita do Nersant, Salomé

Rafael, toma posse no próximo

dia 22 deste mês.

A Associação Portuguesa

de Técnicos de Comunicação

Autárquica, APTECA, foi cons-

tituída no dia 9 de Fevereiro

e tem a sua sede nacional em

Mação. O objectivo é promover

a profi ssão e os profi ssionais de

comunicação autárquica. Vera

Dias, técnica de comunicação

na Câmara de Mação, é a pre-

sidente. À Antena Livre, Vera

Dias destacou algumas inicia-

tivas que a Associação vai pro-

mover já este ano, como o En-

contro (nacional) de Comuni-

cação Autárquica, a realizar no

Entroncamento, a criação de

um Fórum para os técnicos de

comunicação autárquica, a cria-

ção de manuais de comunica-

ção autárquica e iniciar o servi-

ço de assessoria a câmaras mu-

nicipais, e criar o prémio anual

“autarca pela comunicação”,

que visa premiar um autarca

que se tenha distinguido “pela

sua atenção ao problema da co-

municação nas autarquias”.

No dia 25 de Fevereiro, os 157 militares que entretanto já partiram para o Kosovo receberam a Bandeira Nacional no castelo de Abrantes. Estes militares, que são comandados pelo abrantino tenente-coronel Amaral Lopes, vão integrar as forças da Kfor durante cerca de meio ano.

157 MILITARES NO CASTELO DE ABRANTES

A caminho do Kosovo

Técnicos de comunicação

autárquica criam associação

de âmbito nacional

José Eduardo Carvalho eleito

presidente da AIP

Page 17: JA Março 2011

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Uma das estruturas decisivas do Tagus Valley, ou Tecnopo-lo do Vale do Tejo, é o Centro de Ino-vação Incubação e Desenvolvimento de Empresas. Ali se joga muito do futu-ro tecnológico das nossas empresas e da sustentabilidade da nossa economia. E também da inser-ção do nosso en-sino superior poli-técnico no mundo empresarial que ele deve servir. O JA foi ver como é, num trabalho de Joana Margarida Carva-lho e Alves Jana.

ESPECIAL

Centro de Inovação Incubação e Desenvolvimento de Empresas

Page 18: JA Março 2011

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MARÇO201118 ESPECIAL iNOV.POINT

O Inov.Point é uma incubado-ra do Médio Tejo, ou seja, uma estrutura, associada a uma equipa de pessoas, que pres-ta serviços a empreendedores empresariais do Médio Tejo.

Esses serviços são de apoio

à estruturação de um negócio

a partir de uma ideia, à consti-

tuição de uma empresa, e de-

pois, no máximo durante os

primeiros quatro anos, ao de-

senvolvimento dessa empre-

sa. A ideia é que a empresa, ao

fi m desses quatro anos, possa

sair para o mercado e compe-

tir autonomamente e em pé

de igualdade com as outras.

O período de quatro anos é,

actualmente, um pouco alar-

gado, segundo Homero Car-

doso, responsável pelo de-

partamento de incubaçlão de

novos projectos, “porque há

ainda espaço disponível e por-

que não temos ainda criada a

infraestrutura de aceleração

de empresas, e porque há in-

teresse mútuo nesta situação.

Mas em 2012, quando tiver-

mos o acelerador de empre-

sas construído, as empresas,

ao fi m de quatro anos vão ter

de mudar-se para o outro edi-

fício”.

Os serviçosSão essencialmente três os

serviços do Inov.Point aos em-

preendedores e às empresas

nele sediadas. Um serviço aos

empreendedores que ainda

não constituíram a empresa,

ou seja, a pré-incubação, que

tem um custo de 30€ por mês.

Depois da constituição da

empresa, há duas opções.

Uma com a incubação física,

em que a empresa se instala

num espaço dentro do edifí-

cio, usufruindo da electricida-

de, limpeza, internet, telefone,

das salas de reuniões do audi-

tório e dos espaços comuns e

do apoio da equipa. Esta op-

ção tem um custo dependen-

te da dimensão do espaço que

a empresa ocupa, com um pa-

gamento que tem um descon-

to inicial que vai sendo redu-

zido até ao pagamento total

no fi nal do prazo de incuba-

ção. Se não tiver incubação fí-

sica, por a empresa não neces-

sitar de ocupar um espaço fí-

sico de escritório, o Inov.Point

disponibiliza o serviço de do-

miciliação onde, por um va-

lor de 50€ por mês, a empresa

tem o apoio de acompanha-

mento pela equipa do Inov.

Point e o acesso aos espaços

comuns, mas não tem um es-

paço físico da empresa.

Durante este ano, vamos lan-

çar uma opção que é ter, não

um espaço físico exclusivo,

mas ter acesso a um posto de

trabalho, um espaço que será

dividido com outras pessoas.

Para além da cedência do es-

paço, o Inov.Point há ainda o

apoio dado às empresas pelos

técnicos do Inov.Point. Pode

dizer-se que, no essencial, a

equipa está de posse de conh-

cimento que pode ser muito

útil à empresa. Esta, muitas ve-

zes não suspeita de que tal co-

nhecimento exista ou lhe será

útil ou então tem difi culdade

de acesso a ele.

Por exemplo, o “gabinete de

inserção profi ssional” dá infor-

mação sobre programas de

estágio, e fá-lo não apenas às

empresas instaladas no Inov.

Point. Ou o apoio à procura de

fi nanciamento. Ou mediação

no contacto com outras em-

presas ou instituições.

O que o Inov.Point não faz é

contabilidade, nem dá forma-

ção específi ca. Para isso há ou-

tras instituições.

A inovaçãoUm dos requisitos para uma

empresa se poder instalar no

Inov.Point é ter uma dimen-

são de inovação naquilo que

a empresa faz, sejam produtos

ou serviços. “

A inovação é um conceito re-

lativo”, explica Homero Cardo-

so, “pois o que hoje e aqui é

inovador já não o é amanhã e

pode não o ser no concelho ao

lado, mas, mesmo assim, pro-

curamos que sejam empresas

inovadoras”. Não são admi-

tidas, porém, “empresas que

não acrescentam nada ao pro-

duto, por exemplo que façam

apenas armazenagem, ou seja,

compra e venda”, explica.

Posto isto, importa dizer que

o Tagus Valley, de que o Inov.

Point faz parte, tem quatro

áreas preferenciais, a metalo-

mecânica, o agro-alimentar, as

TIC ou tecnologias de informa-

ção e comunicação, e a ener-

gia. E todas estas áreas estão já

representadas através de em-

presas sedeadas no Inov.Point.

Algumas actividadesO núcleo duro da actividade

do Inov.Point é a captação de

empresas e o apoio a projec-

tos empresariais. Mas tem de-

senvolvido outras actividades

complementares, como labo-

ratórios de ideias para possí-

veis projectos, dinamização do

projecto do empreendedoris-

mo nas escolas de vários con-

celhos do Médio Tejo e apoio

a outras incubadoras noutros

territórios (Caldas da Rainha,

Marinha Grande e Aveiro). É

também dinamizado o Con-

curso de Projectos Empresa-

riais Inov.Point, que terá a se-

gunda edição este ano.

Entretanto, o Inov.Point sub-

meteu-se já a uma auditoria

a fi m de ser certifi cado como

BIC – Business Innovation

Center pela European BIC Ne-

twork, encontrando-se na fase

fi nal do processo de reconhe-

cimento.

Alguma históriaO actual edifício do Inov.Point

foi inaugurado em Outubro de

2009 e arrancou a actividade

em Abril de 2010. Mas já exis-

tia, em instalações mais mo-

destas desde 2006, onde hoje

se encontra sedeada o núcleo

de Abrantes da Nersant.

AssociadosO Inov.Point assenta numa

estrutura associativa, a do Ta-

gus Valley, culos associados

são o Município de Abrantes,

o Instituto Politécnico de To-

mar, o Instituto Politécnico de

Santarém, o Nersant e a Tejo

Energia.

UtilizadoresPresentemente, o Inov.Point

abriga oito empresas e três

instituições não empresariais,

que dão trabalho a cerca de

quarenta pessoas.

INOV.POINT

Semear ideias, colher empresas e construir um futuro sustentável

O Inov.Point é um Centro de Inovação e

Incubação com capacidade para 28 em-

presas, que inclui uma área para o aloja-

mento de laboratórios e oferece meios lo-

gísticos e humanos a empresas de base

tecnológica e/ou inovadoras que preten-

dam instalar-se.

Objectivos• Tornar ideias de projectos tecnológicos

em sucessos de mercado, em empresas

de base tecnológica bem sucedidas no

mercado;

• Incentivar o empreendedorismo;

• Promover o aparecimento de novas em-

presas;

• Promover o desenvolvimento integrado

da região;

• Promover a cooperação com universi-

dades, enquanto parceiros geradores de

projectos spin-off e start-ups inovadores;

• Contribuir para a fi xação na região de in-

vestimento nacional e estrangeiro.

Critérios para a entrada de empresas na incubadora1 – A base tecnológica do projecto;

2 – A viabilidade económico-fi nanceira ;

3 – O potencial de impacto na economia

regional.

O que é o Inov.Point

Page 19: JA Março 2011

jornaldeabrantes

MARÇO2011 ESPECIAL iNOV.POINT 19

A Agência Ofi cial Optimus Negó-cios de Abrantes surgiu no mês de maio de 2010, numa parceria com a empresa Sonae com.

Instalada no Inov.Point, em

Alferrarede, esta empresa foi criada

devido a uma carência de agências

da rede Optimus Negócios na re-

gião. Por isso, Edgar Ferreira lançou

a LedCom Negócios na qualidade

de representação local da Optimus

Negócios.

Laetitia Fernandes, parceira do

projecto, explicou ao JA que “antes

da nossa existência, alguns agentes

da Optimus Negócios provenientes

de Lisboa e outras zonas do país ti-

nham de se dirigir à nossa região

para resolver problemas e dar as-

sistência aos nossos clientes. Desde

a entrada da LedCom Negócios no

mercado, essa necessidade desapa-

receu. Nós agora garantimos os ser-

viços que uma agência de negócios

Optimus garante”.

A Agência Ofi cial Optimus Negó-

cios de Abrantes tem como objec-

tivo estabelecer contractos de tele-

comunicações, prestar um serviço

permanente, acompanhar a cartei-

ra de cliente, desde o inicio do con-

tracto ao fi nal, ou seja, não só no

momento decisivo da venda. Ela-

bora as melhores propostas ten-

do em atenção os diferentes servi-

ços que cada pessoa pode usufruir,

apresenta planos de telecomunica-

ções, completamente moldáveis, e

estuda o perfi l do cliente de forma

ajustar-lhe o melhor tarifário. Ainda,

apresenta uma solução de tarifários

de roaming e tarifários internacio-

nais, mediante a área de actuação

do cliente e por último, expõe no-

vas campanhas empresariais.

Estes serviços são destinados a

empresários em nome individual,

pequenas e médias empresas e en-

tidades públicas.

Com seis funcionários, a Agên-

cia Ofi cial Optimus Negócios de

Abrantes pretende ser o rosto do

cliente promovendo um acompa-

nhamento permanente. Laetitia

Fernandes explica. �Habitualmente,

quando um agente de telecomuni-

cações se dirige às empresas, o em-

presário sente que o intuito é ape-

nas a venda do serviço. A nossa

missão é muito mais que isso. Nós

garantimos todo acompanhamen-

to. Se o empresário tiver um proble-

ma técnico, não tem necessidade de

contactar Lisboa ou o Porto. Nós es-

tamos sempre em contacto duran-

te os anos de contrato. Vamos à em-

presa e reunimos frequentemente

com o cliente. Devido a este acom-

panhamento, bastante presente, já

criámos laços e já temos uma cartei-

ra de clientes, apesar da nossa curta

existência”. Além disso, �alguns dos

nossos clientes já trouxeram empre-

sários amigos para se tornarem nos-

sos clientes. Isto é sinal que estamos

a fazer um bom trabalho e estamos

no caminho certo”. A LedCom Ne-

gócios é agora a Agência Ofi cial da

Optimus Negócios em Abrantes.

A Classe A+ é uma empresa que presta serviços na área da arqui-tectura, engenharia e certifi ca-ção energética de edifícios.

Jovem, com uma forte dinâmi-

ca e com um crescimento consi-

derável desde a sua criação, ac-

tua principalmente na zona do

Médio Tejo.

Quando se instalou no Inov.

Point, em 2008, centrava o seu

trabalho essencialmente no do-

mínio da certifi cação energética.

Aproveitando esse impulso, sem

nunca descurar as suas valências

na área da arquitectura e enge-

nharia. A Classe A+ consolida a

sua posição no mercado, procu-

rando distinguir-se da concor-

rência através da qualidade, do

rigor e da proximidade com o

seu cliente.

Actualmente, com cerca de

1800 certifi cados energéticos

emitidos e diversos processos

de licenciamento de edifícios,

oferece um serviço integrado e

com acompanhamento.

Qualidade para o seu bem-estar

Desde a concepção ao licen-

ciamento dos edifícios, com

uma compatibilização das dife-

rentes especialidades, a empre-

sa consegue a optimização das

soluções. Ao nível da utilização,

a Classe A+ procura o conforto

térmico e acústico e privilegia o

bem-estar dos utilizadores com

menores custos, para uma me-

lhor qualidade de vida no seu

dia-a-dia.

A equipa da Classe A+ é com-

posta por quatro engenheiros,

um arquitecto e uma adminis-

trativa.

Indirectamente possui uma

rede multidisciplinar de parcei-

ros que permite dar resposta às

várias solicitações do mercado

de uma forma coerente e coor-

denada.

A Agência Optimus de Negócios com

garantia de bom acompanhamento

Um serviço especializado

em Arquitectura,

Engenharia e Certifi cação

Energética

CLASSE A+, PROJECTOS E CERTIFICAÇÃO ENERGÉTICA

LEDCOM NEGÓCIOS

• Edgar Ferreira e Laetitia Fernandes

Page 20: JA Março 2011

jornaldeabrantes

MARÇO201120 ESPECIAL iNOV.POINT

A Médio Tejo 21 é uma agência re-gional de energia e ambiente do Médio Tejo e do Pinhal Interior Sul. Tem como missão contribuir para a sustentabilidade energética da re-gião.

Fundada no dia 29 de maio de

2009, dia em que se celebra a Ener-

gia, a associação nasceu da vonta-

de de empresas e de municípios. Os

municípios que hoje são associados

são Abrantes, Alcanena, Ferreira do

Zêzere, Mação, Oleiros, Proença-a-

Nova, Sardoal, Sertã, Tomar, Torres

Novas, Vila Nova da Barquinha, Vila

de Rei e o Entroncamento. A presi-

dência da associação cabe à Câma-

ra Municipal de Abrantes.

Em Fevereiro de 2010 foi quando a

Médio Tejo 21 arrancou a sua activi-

dade. Instalada no Inov.Point, a As-

sociação marca uma presença regu-

lar em cada um dos municípios as-

sociados.

“A nossa preocupação final é a eficiência energética”

Mónica Martins, técnica da agên-

cia, referiu ao JA que a principal ta-

refa da Médio Tejo 21 é garantir a

efi ciência energética do meio do-

méstico, empresarial e municipal.

Em janeiro passado, a Associa-

ção lançou o Gabinete de Energia,

que garante uma análise da factu-

ra energética pessoal, aconselha o

munícipe em técnicas para raciona-

lização de energia e propõe alterna-

tivas para o contracto que a pessoa

estabelece com a empresa fornece-

dora de energia. Por exemplo, a Mé-

dio Tejo 21 pode aconselhar-lhe a

optar por um ciclo bi-horário. “Este

ciclo baliza o dia em vários preços,

ou seja, numa parte do dia o pre-

ço da energia eléctrica é mais caro,

noutra parte é mais barato. Com

isto, tentamos que o munícipe pa-

gue menos pela energia eléctrica

e opte por um ciclo que melhor se

adapte à sua habitação”, explicou

Mónica Martins.

Estes serviços que o Gabinete de

Energia promove são assegurados

por telefone ou, caso a pessoa ne-

cessite, pode deslocar-se ao gabi-

nete da Médio Tejo 21. Na prática a

pessoa envia a sua factura electróni-

ca para a Agência, que depois será

analisada de forma pormenorizada.

A responsabilidade social é uma

das outras valências da Agência,

que desenvolve campanhas de sen-

sibilização energética junto da po-

pulação e de Instituições Particula-

res de Solidariedade Social.

A Médio Tejo 21 é uma associa-

ção sem fi ns lucrativos que preten-

de promover tecnologias mais efi -

cientes de conversão e utilização de

energia, melhorar o desempenho

do tecido económico, social e insti-

tucional. Além disso, procura reduzir

custos para consumidores empresa-

riais, públicos, sociais e domésticos,

apoiar e aconselhar os agentes eco-

nómicos sobre temáticas do am-

biente e optimização do consumo

energético, entre outros objectivos

energéticos.

O Grupo Incentea presta servi-ços no sector das Tecnologias de Informação e Comunicação. Fundado em 2010, o grupo con-ta com 201 colaboradores, for-mados, certifi cados e com expe-riência.

Um serviço em áreas de negócio distintas

Consultadoria e Gestão. A in-

Centea implementa sistemas de

informação para a gestão (Gexor,

PHC, Primavera e SAP), incluin-

do na reengenharia e digitaliza-

ção de processos. Desenvolve

módulos específi cos, autónomos

ou integrados com as soluções

implementadas nas plataformas:

Microsoft SharePoint, OutSytems

Agile, entre outras. Integra solu-

ções de recolha de dados, mobi-

lidade, gestão documental, Bu-

siness Intelligence e portais em-

presariais. Por último, apresenta

soluções Web empresariais, inclu-

ídos webdesign e alojamento.

Redes e Comunicações. O

grupo desenvolve projectos de

consultadoria, implementação

e suporte a redes informáticas,

de comunicação e seguran-

ça. Faz ainda um trabalho de

consultadoria e gestão de comu-

nicações fi xas e móveis, voz e da-

dos e interface na relação com

operadores, incluindo o acompa-

nhamento na implementação.

Sistemas e Segurança. A in-

Centea garante um serviço de

consultadoria, implementação

e suporte de redes informáticas,

nomeadamente em servidores e

soluções de protecção e seguran-

ça interna.

Engenharia e Desenvolvi-mento do Produto. O grupo de-

senvolve um trabalho na área da

consultadoria e implementação

de soluções para o desenvolvi-

mento e gestão de produto CAD/

CAM/CAE e PLM, bem como de

criação de desenhos em moldes

3D e estudos reológicos de peças

de plástico injectadas. Promo-

ve ainda, soluções para a criação

de modelos e pequenas séries

de peças plásticas e de soluções

de engenharia inversa, (scanners

3D).

Inovação, Satisfação, Sustentabilidade

Estas são as linhas que defi nem

a estratégia do grupo. Para além de Abrantes, a incentea tem dele-gações, Lisboa e Porto, e sede em Leiria, apostando ainda no merca-do internacional, nomeadamen-te, em Angola, em Moçambique e Cabo Verde. Com uma forte apos-

ta na inovação e na satisfação do

cliente, o grupo inCentea é um

parceiro qualifi cado para as tec-

nologias de gestão.

A sua agência de energia

MÉDIO TEJO 21

• “Acção de divulgação do GABENERGIA em Ferreira do Zêzere, promovida pela Médio Tejo 21”

Líder na implementação

de sistemas de informação

e gestão

INCENTEA • António Poças, presidente do Conselho de Aministração do Grupo inCentea.

Page 21: JA Março 2011

jornaldeabrantes

MARÇO2011 ESPECIAL iNOV.POINT 21

A Inforuje foi pioneira no país, ao desenvolver e instalar uma primeira versão da aplica-ção informática de gestão de autarquias locais (GAL), base-ada no POCAL. Foi devido a este serviço que, desde o dia 1 de Janeiro de 2000, a empre-sa começou a garantir o cum-primento, em tempo real, do Plano Ofi cial de Contabilida-de das Autarquias Locais no município de Abrantes.

“Temos um enorme or-

gulho por ter contribuído

com as nossas aplicações

informáticas, de forma a me-

lhorarmos a qualidade dos

serviços prestados aos cida-

dãos abrantinos”, afi rmou

José Leitão. Acrescentando

que “para melhorar a qualida-

de do serviço prestado, resol-

vemos instalar-nos no conce-

lho de Abrantes”.

O primeiro projecto desen-

volvido a partir do Inov.Point,

a aplicação informática de

Gestão de Águas do Gal.Net,

foi instalado nos Serviços Mu-

nicipalizados de Abrantes em

setembro de 2010, coroado

de êxito, prevendo-se para os

próximos dias a instalação do

portal SMA online.

O GAL.Net é um dos

software concebidos pela

empresa que tem como fi nali-

dade, promover uma solução

global de gestão autárquica

personalizada.

Rui Dias, disse que “com es-

tas efi cazes ferramentas e so-

luções informáticas interacti-

vas, permitimos ao cliente um

aumento da sua produtivida-

de e uma resposta mais rápi-

da ao seu público-alvo”.

Para além do trabalho com

autarquias a Inforuje traba-

lha com empresas de várias

áreas de negócio, provenien-

tes de diversas zonas do país.

Na prática a empresa desco-

la-se à organização em ques-

tão, faz uma análise da neces-

sidade do cliente, desenvolve

e instala-lhe o software mais

indicado para o seu negó-

cio e por fi m, garante-lhe um

acompanhamento e manu-

tenção do serviço. “Para cada

organização apostamos na

personalização e adaptamos

projectos com todas as parti-

cularidades que o cliente ne-

cessita. Pois, cada empresa ou

entidade tem a sua própria

identidade e objectivo”, re-

feriu José Leitão. A equipa é

composta por seis elementos

e acredita que personalização

é “a chave para o sucesso,

marca que pretende deixar

na história da informática”.

Com objectivos bem defi ni-

dos, os proprietários afi rma-

ram ao JA que pretendem

dar continuidade ao serviço

de gestão do município de

Abrantes e garantir o mesmo

serviço a outros municípios

do Médio Tejo. Têm também

como missão desenvolver

software para outras empre-

sas do país.

A Inforuje foi fundada em

1995 com sede em Lisboa.

Em 2008, no mês de fevereiro,

José Leitão e Rui Dias, proprie-

tários da empresa, aceitando

o convite de responsáveis do

município de Abrantes com

vista à criação em conjunto

de vários projectos de ges-

tão, instalaram o seu centro

de desenvolvimento no Inov.

point, em Alferrarede. A em-

presa desenvolve, a partir da-

qui, software para qualquer

género de empresa e entida-

de, e garante toda a manu-

tenção e evolução do serviço

informático.

A Bioqual, empresa especiali-zada em Qualidade, Higiene e Segurança Alimentar abriu um escritório no InovPoint em Agosto de 2009.

A empresa disponibiliza vá-

rios serviços, nomeadamente

a implementação de Sistemas

de Segurança alimentar, HAC-

CP, NP EN ISO 22000:2005, ISO

9001:2008; ERS 3002:2006; Au-

ditorias, Sistema de Gestão da

Qualidade nas Respostas So-

ciais, análises laboratoriais, Se-

gurança e Higiene no Traba-

lho, controlo de pragas e a co-

mercialização de produtos de

higienização e equipamentos

consumíveis de apoio ao HAC-

CP, Hazard Analysis Critical Con-

trol Point.

A aposta na qualidade do seu serviço

Presente em todo o país atra-

vés de uma rede de escritórios,

a Bioqual promove um serviço

com consultores especializa-

dos e de larga experiência no

ramo da Segurança Alimentar.

No Inovpoint, a Bioqual é re-

presentada por Nuno Duarte

que assegura o trabalho

de consultoria em qualida-

de, higiene e segurança ali-

mentar em todo o distrito de

Santarém.A consultadoria nes-

te sector que tem sido fei-

ta no concelho de Abrantes

“tem sido muito fraca”, na opi-

nião de Nuno Duarte, justifi -

cando, “as empresas que pres-

tam o serviço de consultadoria

só disponibilizam o HACCP. Ao

contrário da Bioqual que faz

um acompanhamento ao clien-

te e está a atenta às necessida-

des do mesmo. Porque, para a

nossa empresa, cada cliente é

um cliente. Assim, adequamos

o nosso sistema de qualidade à

realidade do estabelecimento

em questão”.

No concelho de Abrantes, ao

nível da qualidade e segurança

alimentar, o sector da restaura-

ção é o que ainda está a neces-

sitar de uma maior sensibiliza-

ção, admitiu Nuno Duarte. “As

pessoas que trabalham na res-

tauração têm de ter consciên-

cia que devem ter tempo para

nós. Pois somos nós que ten-

tamos garantir a máxima qua-

lidade do produto fi nal. A falta

de tempo, de formação e de co-

nhecimento das exigências ac-

tuais para o controlo da segu-

rança alimentar, são carências

que constatamos com alguma

frequência”.

A Bioqual tem como objectivo

garantir que o cliente aumente

a qualidade do seu serviço, que

trabalhe com maior efi ciência

e que melhore a relação entre

o preço e a qualidade do pro-

duto. Em Abrantes, a empresa

pretende ser uma referência no

mercado, nas suas áreas de ne-

gócio, pela excelência de solu-

ções que apresenta.

A prevenção é o caminho para o sucesso

BIOQUAL ABRANTES

• Nuno Duarte, da Bioqual.

Pioneira na informática de gestão autárquica

INFORUJE

Page 22: JA Março 2011

jornaldeabrantes

MARÇO201122 ESPECIAL iNOV.POINT

A OTIC.ipt é a entidade mediado-ra nas relações entre o IPT, Instituto Politécnico de Tomar, as instituições parceiras, o mundo empresarial e a sociedade em geral.

A ofi cina é coordenada por Clara

Amaro, directora executiva, que re-

feriu ao JA que “a OTIC.ipt tem como

objectivo promover a transferên-

cia e o desenvolvimento de ideias

e projectos inovadores, contribuin-

do para a competitividade e o de-

senvolvimento económico, social e

empresarial da região e do país”.

É através da OTIC.ipt que são de-

fi nidos e contratualizados os pres-

supostos dos projectos e parcerias

e é da sua responsabilidade a ges-

tão dos projectos e o relacionamen-

to entre as empresas e o IPT. Um

exemplo é o caso do Laboratório de

Inovação, Industrial e Empresarial,

Line.ipt.

A OTIC.ipt gere os projectos e o re-

lacionamento com o tecido empre-

sarial, deixando aos investigadores

a resolução dos problemas técni-

co-científi cos. A OTIC.ipt assume-

se também como uma rede de con-

tactos, garantindo um serviço de

procura dos parceiros adequados

para o desenvolvimento de projec-

tos, tanto para a comunidade aca-

démica do IPT como para outras en-

tidades ou empresas. Clara Amaro

dá um exemplo. “Uma empresa na

área da bioquímica tem um proble-

ma e vem falar com a OTIC. Nós en-

caminhamos a empresa para a área

tecnológica ou investigador especí-

fi cos, que consigam a resolver situ-

ação”.

A OTIC.ipt trabalha com empre-

sas de diversas áreas, desde as en-

genharias informática e mecânica

até às tecnologias de informação e

comunicação, por exemplo. Empre-

sas localizadas, na sua maioria, na

região do Médio Tejo, mas que vêm

também um pouco de todo o país.

Cultura de inovação tecnológica

A OTIC.ipt é uma entidade pro-

motora da cultura de inovação

tecnológica e da sociedade de infor-

mação, promovendo a transferên-

cia do conhecimento gerado nos la-

boratórios do IPT para as empresas.

Das áreas tecnológicas do IPT, po-

dem destacar-se Design e Desen-

volvimento do Produto, Engenha-

ria Civil, Engenharia Electrotécnica,

Engenharia Mecânica, Gestão Tu-

rística e Território, Instrumentação

e Automação Industrial, Engenha-

ria Informática, Marketing e Comu-

nicação, Tecnologias de Informação

e Comunicação, entre outras.

Outro dos seus objectivos é pro-

mover o empreendedorismo e

apoiar a criação de novas empresas

de serviços ou produtos inovado-

res, que venham a acrescentar valor

ao panorama económico regional.

“Criamos tecnologia”

LINE.IPT

O Line.ipt é um laboratório de inovação in-dustrial que está inteiramente direccionado para o trabalho com o sector empresarial. Nasceu de uma parceria entre o IPT, a Tagus Valley e a Câmara Municipal de Abrantes, com a colaboração da Nersant.

O laboratório assume-se como catalisador

da inovação e do desenvolvimento tecnoló-

gico da região. Promove o desenvolvimento

de novos produtos tecnológicos e melhora

e adapta produtos já existentes ou proces-

sos industriais.

Além disso, procura fomentar a incorpora-

ção de tecnologia e a inovação nas empre-

sas, desenvolver as competências nas áreas

das engenharias e promover a criação de

empresas de base tecnológica.

O Line.ipt desenvolve a sua actividade

maioritariamente nas áreas de mecânica

e electrotecnia, recorrendo às outras com-

petências disponíveis no IPT (Engenharia

Informática, Design Industrial, por exem-

plo) sempre que necessário. Segundo Bru-

no Chaparro, um dos coordenadores do la-

boratório, “a ideia de construir o laboratório

passou pela necessidade de juntar diferen-

tes áreas tecnológicas, por exemplo mecâ-

nica e electrónica, permitindo desenvolver

os mais diferentes projectos, destinados ao

sector industrial”. Na prática, o Line.ipt é um

laboratório do IPT que desenvolve projec-

tos para as empresas. A procura pelo sector

empresarial tem sido satisfatória, “chega ao

Line.ipt em média uma solicitação por se-

mana”, afi rmou Pedro Granchinho, outro co-

ordenador do laboratório.

Instalado no Inov.Point há cerca de cinco

meses, o Line.ipt já foi solicitado por empre-

sas da região do Médio Tejo, empresas espa-

lhadas pelo país e mesmo empresas inter-

nacionais.

“O objectivo é aumentar a competiti-vidade das empresas, através da ino-vação tecnológica”

Este é objectivo principal do laboratório,

referido por Bruno Chaparro ao JA.

O Line.ipt, entre outros objectivos, pre-

tende fortalecer as competências científi -

cas e tecnológicas regionais, promovendo

a formação e requalifi cação profi ssional dos

quadros técnicos das empresas. Os projec-

tos desenvolvidos no Line.ipt, de carácter

científi co e tecnológico, poderão ser de ori-

gem académica, empresarial ou resultantes

Promover a tecnologia

e o conhecimento

OTIC.IPT

• Clara Amaro, directora executiva da Otic.ipt

Page 23: JA Março 2011

jornaldeabrantes

MARÇO2011 ESPECIAL iNOV.POINT 23

A Now What? é uma empresa que desenvolve software para o sector empresarial. Iniciou a sua actividade em 2005 e ins-talou-se um ano depois no Inov.Point.

A partir da ideia de dois co-

legas, Alves Vieira e Nuno

Abreu, que juntaram as suas

competências nas áreas de

gestão empresarial e no de-

senvolvimento de sistemas

informáticos, surgiu a Now

What?.

A ideia deu lugar a um pro-

jecto coeso e, hoje em dia, a

empresa dedica-se, funda-

mentalmente ao desenvol-

vimento e fornecimento de

“software” de suporte à ges-

tão operacional das empre-

sas.

Com várias aplicações já de-

senvolvidos e com valências

diferentes, “a empresa tem

sido bastante solicitada, em

particular no que diz respeito

às aplicações disponibilizadas

através da internet”, afi rmou

Alves Vieira.

O “software” denominado

“Legislação What” tem como

função dar todo o suporte à

gestão da conformidade le-

gal das organizações, forne-

cendo não só a legislação

aplicável em cada caso parti-

cular, como também campos

estruturados para análise da

aplicabilidade e da conformi-

dade, entre outras funcionali-

dades.

“Provas What” é outro

software, que se destina à

gestão de salas de prova or-

ganoléptica de azeites. Vítor

Guedes é uma das empresas

utilizadoras deste serviço.

Por último, “HACCP What”

que se destina a empresas do

sector alimentar, tem como

objectivo a gestão de siste-

mas de segurança alimentar.

O acesso a estas três apli-

cações informáticas, é

disponibilizado pela a Now

What? através da internet me-

diante um aluguer que, além

do serviço, assegura toda a

correspondente assistência

técnica.

Segundo, Alves Vieira, “qual-

quer tipo de problema que

o nosso cliente tenha, é por

nós rapidamente resolvido

pelo telefone, uma vez que

o software está instalado no

nosso servidor, isto sem pre-

juízo de uma assistência local

sempre que necessário”.

A aposta na formaçãoA Now What? pretende fi -

xar-se em outros segmentos

de mercado e aumentar a sua

posição no mercado nacional.

Ambiciona, ainda, manter a

fi delização dos clientes já reu-

nidos, através de uma relação

sólida e estável e perspectiva

aumentar o número de cola-

boradores da empresa.

Com clientes espalhados

pelo país e sobretudo aqui

na região do Médio Tejo, esta

empresa desenvolve softwa-

res “à medida” para as empre-

sas, no estrito cumprimen-

to dos princípios éticos e dos

requisitos legais aplicáveis às

actividades desenvolvidas.

A Hipermerd é uma empresa que disponibiliza ao sector da saúde produtos de elevada qua-lidade, cientifi camente testados e com garantia internacional de fabrico.

Fundada em 2005, a Hipermed

distribui produtos e equipa-

mentos para todas as especiali-

dades de medicina, bem como

também para a área da estética

corporal.

Iniciou o seu ciclo de distri-

buição comercial com a área

de medicina dentária. Passados

cinco anos, desenvolveu o seu

sector administrativo, de produ-

ção, logística e formação, e as-

sim, submeteu toda actividade

ao processo de certifi cação de

qualidade. Além disso, alargou

a distribuição para outras áre-

as de negócio, como a estética

corporal, medicina veterinária e

urologia.

Para além da mediação co-

mercial, a Hipermed tem a sua

própria linha de produção de

equipamento para medicina

dentária e garante formação

na mesma área. Formação que

promove para todos os especia-

listas dessa área da saúde, como

médicos, assistentes e técnicos

de laboratório.

Idalécio Sousa de Jesus é o

proprietário da empresa e re-

feriu ao JA que as pessoas ain-

da não apostam o sufi ciente na

saúde dentária sobretudo, na

prevenção. “Só vão ao dentista

quando já não há muito a fazer.

Cada vez mais devemos ter es-

pecial atenção com a nossa saú-

de oral”, afi rmou o empresário.

“Queremos estar perto de si, sempre e quando precisa”

Este é um dos lemas da Hiper-

med para os profi ssionais aos

quais se dirige. A empresa reú-

ne nove funcionários e trabalha

com mais de 19 fabricantes in-

ternacionais.

Os clientes são cerca de dois

mil e estão espalhados do nor-

te a sul do país. A Hipermerd re-

presenta todo o tipo de material

médico.

Equipamentos

de qualidade

HIPERMED - REPRESENTAÇÃO DE MATERIAL MÉDICO, LDA

A criação de softwares à medida

das suas necessidades

NOW WHAT? CONSULTADORIA, LDA

Page 24: JA Março 2011

jornaldeabrantes

MARÇO201124 ESPECIAL iNOV.POINT

A Tagus é uma associação resul-tante de uma parceria de vinte e seis entidades, públicas e priva-das, que representam as principais forças vivas da região, que vão dos municípios e associações dos vá-rios sectores de actividade até es-tabelecimentos de ensino e algu-mas empresas privadas. São enti-dades colectivas que têm algum papel e alguma preponderância no desenvolvimento da região.

E a Tagus é a associação destas

entidades que tem como princi-

pal objectivo promover o desen-

volvimento integrado do Ribatejo

Interior, no caso os concelhos de

Abrantes, Constância, Sardoal, Ma-

ção e Vila Nova da Barquinha. Para

os concelhos de Abrantes, Cons-

tância, Sardoal, a Tagus é gesto-

ra de uma linha de fi nanciamen-

to do PRODER que é a abordagem

LEADER, destinada ao desenvol-

vimento rural. Mas noutros pro-

jectos, a Tagus trabalha também

com os concelhos de Mação e Vila

Nova da Barquinha, por exemplo,

no âmbito do QREN e em conjun-

to com outros parceiros, está a de-

senvolver uma estratégia de efi ci-

ência colectiva.

As actividadesAs actividades dividem-se em

três linhas de trabalho, o apoio às

pequenas empresas e pequenas

iniciativas empresariais, o apoio

à preservação do património e à

identidade da região, e a promo-

ção da qualidade de vida das po-

pulações rurais.

Uma outra área de trabalho é

a promoção dos produtos e dos

produtores locais, tal como das

potencialidades turísticas. Nes-

te trabalho contam-se iniciativas

como os projectos na área do vi-

nho e do azeite ou as feiras de do-

çaria e do fumeiro. Outra linha de

acção consiste em organizar e es-

truturar rotas e assim captar mais

visitantes para a região. Aqui, por

exemplo, a Tagus está a promover

a defi nição de um percurso pedes-

tre e de BTT com os municípios de

Abrantes, Constância e Vila Nova

da Barquinha, que deverá ir desta

última vila até Belver. Além disso,

organiza eventos, como o AQUA-

paper, uma prova que visa a pro-

moção das potencialidades da al-

bufeira do castelo de Bode e dos

outros recursos turísticos da re-

gião. Pedro Saraiva, técnico supe-

rior da Tagus, resume o trabalho

da associação. “O nosso trabalho

é o de organizar e promover, por

um lado, e, por outro, o de apoiar

os agentes que estão no terreno.”

A Tagus e o Inov.PointA Tagus assinou um “protocolo

de articulação funcional” em que a

associação presta alguns serviços e

cede algum pessoal à Tagus Valley

com vista ao bom funcionamento

do Inov.Point. A partir da experi-

ência adquirida pela Tagus no do-

mínio da organização de eventos

e dos processos de comunicação,

bem como da experiência já de-

monstrada na realização de candi-

daturas a fundos de fi nanciamen-

to, e ainda pelo facto de Pedro Sa-

raiva ter funções de coordenação

ao nível da Tagus Valley, “conside-

rou-se que não fazia sentido dupli-

car serviços e competências, pelo

que se decidiu utilizar os da Tagus,

rentabilizando os recursos exis-

tentes”, explica o próprio Pedro

Saraiva. Além disso, “a presença

da Tagus no Inov.Point é para nós

importante, por um lado, por es-

tarmos associados a local de pro-

moção do empreendedorismo e

da inovação, e, por outro, por atra-

vés do Centro de Transferência da

Tecnologia Agro-Alimentar poder-

mos fazer uma aproximação do

conhecimento às nossas empre-

sas, pois nós lidamos muito com

os produtos tradicionais”, explica

ainda Pedro Saraiva.

Os desafiosPedro Saraiva faz a síntese, em

poucas palavras. “Temos uma es-

tratégia local de desenvolvimen-

to rural até 2013 aprovada, temos

um plano estratégico para os Mer-

cados do Tejo também aprova-

do e e somos promotores de um

projecto de animação dos portos

fl uviais de Abrantes, Constância e

Vila Nova da Barquinha em articu-

lação com a promoção dos produ-

tos locais. São estes os próximos

grandes desafi os que se colocam

à Tagus.”

TAGUS

Ao serviço do desenvolvimento ruralTAGUS Associação para o Desenvolvimento Integrado do Ribatejo InteriorContactos: Tel. 241 372 180

Web: www.tagus-ri.pt

ASSOCIADOSCâmara Municipal de Abrantes

Câmara Municipal de Constância

Câmara Municipal de Mação

Câmara Municipal de Sardoal

Câmara Municipal da Barquinha

Ass. Comercial de Abrantes,

Constância, Mação e Sardoal

Ass. de Agricultores de Abrantes,

Constancia, Mação e Sardoal

NERSANT – Ass. Empresarial - Núcleo

de Abrantes

ADIMO – Ass. de Desenv. Integrado

das Mouriscas

Associação “Os Quatro Cantos do Cisne”

Montepio Abrantino “Soares Mendes”

Palha de Abrantes

EPDRA – Esc. Prof. de Desenv. Rural

de Abrantes

Instituto Politécnico de Tomar

Turismo de Lisboa e Vale do Tejo

ABRANFLÔR – Gestão de Espaços Verdes

ALFGAB – Cont. Gestão, Lda

Caixa de Credito Agrícola Mútuo

de Tramagal

Casario Ribatejano

Centro Agrícola de Tramagal

Gabinete de Advogados - J. C. Rufi no

Ribeiro

Mendes Transportes e Construções, Lda

Soc. Agro Almada e Melo Furtunato Men-

donça, Lda.

Sociedade Agrícola da Mascata, Lda

STI - Sist. Técnicas Ind.

Victor Guedes S.A

Edifício Inov´Point

ENTIDADE PESSOA RESPONSÁVEL CONTACTO E-MAIL

Tagusvalley Dr. Pedro Saraiva 241 330 330 / 914 909 819 [email protected]

Tagus Dr. Pedro Saraiva 241 372 180 / 914 909 819 [email protected]

Classe A +Eng.º Filipe Rodrigues Eng.º Pedro Rito

241 330 336 / 962 885 242241 330 336 / 963 007 002

[email protected]

ND Consultores - Bioqual Nuno Duarte 241 330 330 / 938 242 906 [email protected]

InforujeRui DiasJosé Leitão

241 330 333 / 919 667 463241 330 333 / 919 667 463

[email protected]

OTIC Dr.ª Clara Amaro 241 330 330 / 916 164 197 [email protected]/[email protected]

Line Eng.º Bruno Chaparro 241 330 330 / 962 782 447 [email protected]

Incentea Flávio Pereira 241 330 330 / 925 660 095

Hipermed Dr. Idalécio 241 362 369 / 962 051 984 [email protected]

Optimus Negócio Edgar Ferreira 241 330 330 / 938 040 711 [email protected]

Priconsulting Dr. Paulo Gomes 241 330 330 / 938 413 125 [email protected]

Now What Eng.º Alves Vieira 241 330 334 / 938 045 789 [email protected]

Agência Médio Tejo 21Dr.ª Maria Do Céu AlbuquerqueEng.ª Mónica Martins

241 330 330914 408 842

[email protected]

Page 25: JA Março 2011

jornaldeabrantes

MARÇO2011 OPINIÃO 25

Neste momento encontro-me a es-crever a mais de 3000km de distân-cia da nossa cidade fl orida, mas a escrever-vos com o coração e sau-dade.

Já se passaram três anos desde

a minha despedida da cidade e,

como tal, penso ser uma boa altu-

ra para vos enviar uma carta a parti-

lhar esta experiência pessoal de dei-

xar (e vê-la bem de longe) a cidade

que me viu nascer e crescer.

Dizem que o sonho comanda a

vida e eu sou um desses exemplos -

até porque penso mesmo que uma

vida sem sonhos não faz sentido e

não pode ser recompensadora.

Guiada pelo sonho e pela força do

destino, a minha vida deu uma vol-

ta de 180º graus em Setembro de

2007. Para trás tive de deixar o con-

forto do status quo: família, amigos

e escuteiros, bem como todos os

locais, cheiros e comidas que até aí

eram a minha vida.

Parti, então, rumo a Brno e à Uni-

versidade de Masaryk, com uma

grande desarrumação interior de

sentimentos. Mas, pouco a pou-

co, fui organizando-os; assim, com

muito para fazer e com a ajuda dos

novos amigos e colegas mais expe-

rientes, a caminhada foi feita a pas-

sos de gigante.

Avaliando o meu percurso nes-

tes três anos e meio como estudan-

te de Medicina em Brno (Repúbli-

ca Checa), não mudaria nada. En-

tre momentos de alegria, saudade,

sucesso e fraqueza, hoje sei que foi

“o melhor” que me aconteceu na

vida. Para além de uma grande ex-

periência académica, com óptima

qualidade de ensino e de infra-es-

truturas disponíveis, não posso es-

quecer o bom sistema de saúde em

vigor neste país e a autonomia que

os nossos professores nos confi am

apesar da barreira linguística.

Esta experiência ensinou-me a ser

emigrante e cidadã do mundo, mas

principalmente portuguesa - é bem

verdade que só na ausência damos

valor às coisas boas da vida e por-

tanto é com sotaque de emigrante

que hoje em dia dou mais valor a

tudo o que tinha em Portugal, prin-

cipalmente em Abrantes. Cada fa-

chada tipicamente abrantina, a pa-

lha de Abrantes, as lojas, os cafés, os

cheiros, mas principalmente as pes-

soas, são agora mais bonitas.

Com as fronteiras resumidas a pra-

ticamente nada, hoje sou uma cida-

dã com mente e espírito abertos a

novas culturas e pessoas. Em três

anos conheci mais de 30 naciona-

lidades, tornei-me vice-presiden-

te da Associação de Estudantes de

Medicina da Universidade de Masa-

ryk (MIMSA) e, muito sinceramente,

posso referir que sair do nosso habi-

tat natural e da nossa zona de con-

forto nem sempre é mau ou pre-

judicial… de facto, pode abrir-nos

muitas portas e horizontes, não só

para outras culturas, mas também

para nos conhecermos melhor a

nós próprios.

Como todos sabemos, quem faz o

lugar são as pessoas, portanto não

podia terminar esta carta sem re-

ferir a força da união e da amizade

que existem na comunidade portu-

guesa, a qual encarnou o papel do

emigrante no seu todo, defenden-

do o nosso país e os nossos com

todas as forças, quer mantendo

inalteradas algumas das tradições

portuguesas, quer adaptando-as à

cultura checa. (Por exemplo, a tradi-

cional praxe que todos os anos em

Setembro recriamos e melhoramos

como forma de recepção ao caloiro

masaryko que, assim como eu che-

guei, vem numa confusão de sen-

timentos e de dúvidas.) At last but

not the least (Por último mas não

menos importante) o meu grupo

de amigos.

Amigos que estiveram presen-

tes em cada momento, como canta

Mariza: gente que fi ca na história da

história da gente. Partilhámos ale-

grias e tristezas, sucessos e derrotas,

foram e são a minha família nesta

minha nova cidade.

Na esperança de um reencontro

para breve, despeço-me agradecen-

do a todos os abrantinos que me re-

cebem sempre com tanto carinho a

cada regresso e que partilham com

a minha família e amigos a dor da

saudade. Mas principalmente um

especial agradecimento aos meus

pais, irmã e amigos, pois sem o vos-

so apoio nada disto seria possível.

QUERIDOS CONTERRÂNEOS

From Czech Republic whit love

RITA MATOS

Page 26: JA Março 2011

jornaldeabrantes

MARÇO201126 ABRANTES

CONVOCATÓRIAASSEMBLEIA GERAL ORDINÁRIA DO

A.D.S.A.C - AGRUPAMENTO DE DEFESA SANITÁRIA DE ABRANTES E CONSTANCIA

Ao abrigo do art. 12º dos Estatutos do seu nº5, convoco os produtores associados que se encontrem em pleno gozo dos seus direitos, a reunirem em Assembleia Geral a realizar no dia 29 de Março de 2011, pelas 14:30 horas, na sede do A.D.S.A.C, sita na Av. Dr. Solano de Abreu, n.º 38 em Abrantes, com a seguinte ordem de trabalhos:

1. – Apresentação para apreciação e votação do Relatório e Contas da Direcção e Parecer do Concelho Fiscal;

2. – Proceder à eleição dos novos Corpos Sociais da A.D.S.A.C. para o triénio 2011/2013.

Não havendo número sufi ciente de produtores associados para a Assembleia funcionar à hora indicada, a mesma funcionará uma hora depois, com qualquer número de produtores associados presentes.

Abrantes, 3 de Março de 2011

O Presidente da Mesa da Assembleia GeralVictor Manuel Bastos Silva

CARTÓRIO NOTARIAL DE VILA DE REIJUSTIFICAÇÃO

- Nos termos do artigo 100º do Código do Notariado, certifi co que por escritura de 17 de Fevereiro de 2011, lavrada a folhas 101 do Livro de notas para escrituras diversas n.º 62 – E, deste CARTÓRIO PÚBLICO, na qual, CUSTÓDIO LOPES PEREIRA e mulher, MARIA CRISTINA DO CARMO SEABRA, casados sob o regime da comunhão geral, naturais, ele da freguesia de Alcaravela, concelho de Sardoal, ela da freguesia de Rio de Moinhos, concelho de Abrantes, residentes no lugar de Aldeinha, freguesia de Rio de Moinhos, concelho de Abrantes,declararam que são donos e legítimos possuidores, com exclusão de outrem, do prédio rústico, sito em “VALADARES” freguesia de Rio de Moinhos, concelho de Abrantes, composto de terra de mato, pinhal, construção rural, terreno estéril e cultura arvense, com área de setenta e quatro mil oitocentos e vinte e nove metros quadrados, que confronta pelo norte com Maria Fernanda Pereira Gonçalves e outro, pelo sul com Herdeiros de Serafi m Álvaro Pereira, pelo nascente com a Estrada Municipal e outros e pelo poente com Maria Teresa Cordeiro Moura Neves, inscrito na matriz sob o artigo 43 Secção L.- Que o mencionado prédio, com a indicada composições, veio à sua posse, por volta do ano de mil novecentos e oitenta, por compra verbal a José da Costa Oliveira Falcão, solteiro, maior, residente na Rua Capitão Renato Batista, 94, cave Esquerda, em Lisboa, não tendo sido reduzida a escritura pública a referida compra.- Que desde essa data, em que se operou a tradição material do prédio, passaram a cortar o mato e os pinheiros, a cultivá-lo, a limpá-lo, a usufruir de todos os seus frutos e rendimentos, a suportar os seus encargos, agindo com a convicção de serem proprietários daqueleimóvel e como tal sempre por todos foram reputados.- Que nos termos expostos, vêm exercendo a posse sobre o mencionado prédio, com a indicada composição, ostensivamente, à vista detodos, sem oposição de quem quer que seja, em paz, continuamente, há mais de vinte anos.- Que tais factos integram a fi gura jurídica da USUCAPIÃO, que invocam, para efeitos da primeira inscrição no registo predial, por não poderem provar a alegada aquisição pelos meios extrajudiciais normais.Está conforme o seu original.

Vila de Rei, 17 de Fevereiro de 2011O Escriturário Superior - Manuel Rosa Dias

(em Jornal de Abrantes, edição 5482 – Março de 2011)

35 MIL EUROS PARA DESENVOLVER PROJECTOS

FimSocial apoia projectos de associaçõesSão oito projectos de seis asso-ciações do concelho de Abrantes que vão receber da autarquia uma subvenção de 35 mil euros para desenvolverem projectos de âmbito social. É a primeira vez que a autarquia abrantina desen-volve estes apoios para projec-tos sociais, tendo já outros pro-gramas para apoio ao desporto, à cultura e a eventos.

Neste primeiro ano, o FinSocial

apoia projectos de associações

que vão desde o apoio aos jovens,

idosos ou à inclusão étnica. Um

dos projectos, da associação Cres.

Ser, pretende ter uma interven-

ção “dirigido à comunidade cigana

existente no concelho”.

Ana Rita Santos, vice-presidente

da associação, revelou que a ideia

está muito no início mas preten-

de trabalhar com as mulheres e

mães da comunidade de etnia ci-

gana de

Abrantes no sentido de aumen-

tar o conhecimento sobre esta

etnia por forma a poder criar uma

melhor integração com a restante

comunidade.

É um trabalho, segundo Ana Rita

Santos, que trará resultados a mé-

dio e longo prazo e para o qual de-

verá existir uma parceria forte com

outras instituições da cidade.

Por outro lado, esta associação

vai continuar a desenvolver o Vi-

ver.Sénior, um programa de apoio

e trabalho cultural com a popula-

ção mais idosa de diversas fregue-

sias do concelho.

A Associação Cultural Os Amigos

de Martinchel pretende criar con-

dições para o desenvolvimento

de acções de mobilidade dos seus

idosos. Para isso pretende criar ac-

ções que minimizem a solidão de

muitos dos idosos da freguesia, se-

gundo Hélder Ramos, presidente

da colectividade.

Já em Barreiras do Tejo, o Cen-

tro Recreativo e Cultural preten-

de criar um ponto de internet para

ocupar os mais jovens com forma-

ção nas novas tecnologias.

Paulo Almeida, presidente do

Centro, explicou que as acções de

formação do ano passado foram

muito positivas e por isso avan-

çam agora com este projecto.

Já a Universidade da Terceira Ida-

de de Abrantes (UTIA) pretende

criar acções de combate ao isaola-

mento social da população sénior

através da etnografi a e dança.

A Palha de Abrantes continua

com as fi lmArtes infantil e juvenil,

com actividades de artes plásticas

e recolhas antropológicas.

O Clube Desportivo Os Patos

quer trabalhar a inclusão pela arte

com actividades destinadas aos

mais novos.

Jerónimo Belo Jorge

Page 27: JA Março 2011

jornaldeabrantes

MARÇO2011 ABRANTES 27

A escola primária de Bioucas, fregue-

sia do Souto, no Norte do concelho de

Abrantes, é uma das muitas que fechou

portas devido à falta de alunos.

Entre portas fechadas, as escolas pro-

priedade da Câmara de Abrantes têm

vindo, na maior parte, a ser cedidas para

o funcionamento de associações. No

caso de Bioucas, a antiga escola primária

vai ser uma capela e casa mortuária.

A Câmara de Abrantes e a Fábrica da

Igreja Paroquial do Souto assinaram, no

dia 11 de Fevereiro, a escritura de cons-

tituição e doação de direito de superfície

relativa à cedência do edifício da antiga

escola primária de Bioucas.

O documento foi outorgado pela Pre-

sidente da Câmara, Maria do Céu Al-

buquerque e pelo pároco do Souto, na

qualidade de representante da Fábrica

da Igreja Paroquial da freguesia, padre

Pedro Tropa.

Maria do Céu Albuquerque sublinhou a

importância do acto, por se tratar de “de-

volver a escola à comunidade para uma

função social. É um fi m muito digno que

permite ao edifício continuar a ter uma

função social”, sublinhou Maria do Céu

Albuquerque adiantando que existe um

projecto novo para ocupar algumas es-

colas, mas tem de ser dado um passo de

cada vez.

O pároco Pedro Tropa revelou que este

acordo permite dar às pessoas de Biou-

cas um espaço “que sentem seu e próprio

para a oração, para a sua fé”. O pároco dis-

se que agora há que pôr mãos à obra,

elaborar o projecto que permita introdu-

zir no edifício as alterações necessárias a

torná-lo num espaço para a oração.

A ocupação de escolas primárias

devolutas no concelho de Abrantes não

é novidade. Neste momento existem

35 edifícios que foram escolas do pri-

meiro ciclo que estão cedidos a associa-

ções. Muitos dos edifícios são colocados

ao serviço das comunidades locais e ga-

nham novas funcionalidades.

ASSEMBLEIA MUNICIPALDE SARDOAL

EDITAL N.º 03/2011MIGUEL JORGE ANDRADE PITA MORA ALVES

PRESIDENTE DA ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE SARDOAL

FAZ PÚBLICO que, para efeitos do art.º 91º da Lei n.º 169/99, de 18 de Setembro, na redacção dada pela Lei n.º 5-A/2002, de 11 de Janeiro, se publica as deliberações da Assembleia Municipal, tomadas em sessão ordinária, realizada no dia 28 de Fevereiro de 2011:

- Proposta de Regulamento do Arquivo Municipal;(Deliberado por unanimidade aprovar a Proposta de Regulamento do Arquivo Municipal).

- Centro de Associativismo;(Deliberado por maioria, com treze votos a favor e seis abstenções, aprovar a Proposta para transformar o edifício municipal, em Centro do Associativismo.)

E para constar se lavrou o presente Edital e outros de igual teor que vão ser afi xados nos lugares públicos de estilo.

Paços do Município de Sardoal, 09 de Março de 2011

O Presidente da Assembleia MunicipalMiguel Jorge Andrade Pita Mora Alves

NOTARIADO PORTUGUÊSCARTÓRIO NOTARIAL DE SÓNIA

ONOFRE EM ABRANTESA CARGO DA NOTÁRIA SÓNIA MARIA ALCARAVELA ONOFRE.

- Certifi co para efeitos de publicação que por escritura lavrada no dia dezasseis de Fevereiro de dois mil e onze, exarada de folhas cento e sete a folhas cento e dez, do Livro de Notas para Escrituras Diversas OITENTA E SETE – A, deste Cartório Notarial, foi lavrada uma escritura de JUSTIFICAÇÃOna qual os Senhores MANUEL AMARO e mulher ILDA DIOGO SOUSA, casados no regime da comunhão geral, ambos naturais da freguesia de Pego do concelho de Abrantes, residentes na Rua da Alagoa, número 47, primeiro andar esquerdo, em Almeirim, DECLARARAM que, com exclusão de outrém, são donos e legítimos possuidores dos seguintes prédios:UM) Prédio Rústico, sito em Tendeiros, na freguesia de Pego, do concelho de Abrantes, composto de fi gueiras, olival e solo subjacente de cultura arvense com olival, com a área de mil setecentos e cinquenta metros quadrados, a confrontar de Norte e Nascente com Constâncio da Silva Amaro, de Sul com Joaquim Vicente Serrano Moedas e de Poente com Caminho Público, omissona Conservatória do Registo Predial de Abrantes, inscrito na respectiva matriz sob o artigo 10 da secção A.- DOIS) UM SEXTO do Prédio Rústico, sito em Concelhos, na freguesia de Pego do concelho de Abrantes, composto de oliveiras, fi gueiras, pinhal, sobreiros e solo subjacente de cultura arvense com olival, descrito na Conservatória do Registo Predial de Abrantes sob o número SEISCENTOS E TRÊS/PEGO, sem inscrição quanto ao sexto que ora se justifi ca, inscrito na respectiva matriz sob o artigo 11 da secção O.- TRÊS) UM SEXTO do Prédio rústico, sito em Concelhos, na freguesia de Pego, do concelho de Abrantes, composto de olival e fi gueiras, descrito na Conservatória do Registo Predial de Abrantes sob o número SEISCENTOS E DOIS/PEGO, sem inscrição quanto ao sexto que ora se justifi ca, inscrito na respectiva matriz o artigo 220 da secção C. Que os prédios ora justifi cados estão inscritos na matriz, em nome dele justifi cante marido e que são possuidores dos prédios acima identifi cados por lhes terem sido doados, verbalmente, por sua mãe e sogra Emília Joaquina,viúva de Daniel Dias Amaro, residentes que foi em Pego, Abrantes, antes do ano de mil novecentos e sessenta, logo há mais de vinte anos.- Que, desde a referida data, vêm exercendo continuamente a sua posse, à vista de toda a gente, usufruindo de todas as utilidades dos prédios, amanhando-os, na convicção de exercer direito próprio, ignorando lesar direito alheio, sendo reconhecidos como seus donos por toda a gente da freguesia e de freguesias limítrofes, pacifi camente, porque sem violência, continua e publicamente, de forma correspondente ao exercício do direito de propriedade, sem a menor oposição de quem quer que seja e pagando os respectivos impostos, verifi cando-se assim todos os requisitos legais para que a aquisição dos citados imóveis seja por usucapião.Está conforme ao original e certifi co que na parte omitida nada há em contrário ou além do que nesta se narra ou transcreve.

Abrantes, 16 de Fevereiro de 2011

A NotáriaSónia Maria Alcaravela Onofre

(em Jornal de Abrantes , edição 5482 – Março de 2011)

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Escola primária de Bioucas vai ser capela

Page 28: JA Março 2011

jornaldeabrantes

MARÇO201128 CULTURA

Abrantes Até 18 de março – Exposição – “Enciclopé-

dia, um projecto de Desenho”, de Engrácia

Cardoso – Galeria Municipal de Arte

Até 29 de abril – Exposição “A I República na

Génese da BD e no olhar do século XXI” – Bi-

blioteca António Botto

18 de março – Concerto de Rodrigo Leão

“Instrumental” – Cine-teatro São Pedro, às

21h30

24 de março – “Entre nós e as palavras” com

o escritor Luís Carmelo - Biblioteca António

Botto, às 21h30

26 de março a 6 de maio – Exposição de

cerâmica de Ilda Bragança – Galeria Munici-

pal de Arte

6 a 9 de Abril – Djelem, Djelem - Semana da

Cultura Cigana

CINEMA16 de março – “Norte”

23 de março – “Canino”

30 de março – “China, China”, “Rapace” e

“Canção de Amor e Saúde”

6 e 7 de Abril – Djelem, Djelem - Semana da

Cultura Cigana

Barquinha Até 31 de março - 1 mês, 1 escritor, expo-

sição bibliográfi ca de José Jorge Letria - Bi-

blioteca Municipal, das 9h às 12h30 e das

14h às 18h

Até 22 de abril - Exposição de pintura da

Associação Pint´arte - Centro Cultural da

Barquinha

Constância Até 31 de março - Mostra Bio-bibliográfi ca

sobre Ana de Castro Osório – Biblioteca Ale-

xandre O’NeillAté 31 de março - Exposição de ves� dos de Noiva do século XX - An� ga Cadeia de Cons-tância

Sardoal 26 de março - Teatro “Um Casal Moder-

no”, pela TEIA - Alvarim - Centro Cultural Gil

Vicente, às 21h30

Cinema - Centro Cultural Gil Vicente, às

16h00

13 de março – “Megamaind”

3 de abril - Entrelaçados.

AGENDA DO MÊS

Semana da Cultura Cigana, em Abrantes

Vila Nova da Barquinha recebe,

até ao dia 3 de Abril, mais uma edi-

ção do Mês do Sável e da Lampreia.

Realizada pelo 17º ano consecuti-

vo, esta mostra gastronómica tem

como objectivo “promover o con-

celho e acarinhar a cozinha típica da

região, que vai buscar os seus recur-

sos aos três rios que banham o con-

celho, o Tejo, o Zêzere e o Nabão”.

Conforme referiu ao JA Fernando

Freire, vereador na Câmara Munici-

pal de Vila Nova da Barquinha.

Pratos típicos como a açorda de

sável e o arroz de lampreia vão a ser

servidos à mesa de sete restauran-

tes daquele concelho. O Almourol,

o Chico, a Palmeira, a Platina, o Sol-

tejo, o Stop e a Tasquinha da Adélia

são os restaurantes que aderiram à

iniciativa.

Para além desta mostra do Sável

e da Lampreia, pode ainda aprovei-

tar para visitar o Castelo de Almou-

rol. Pois, ao sentar-se num dos res-

taurantes aderentes, ganha bilhe-

tes para os passeios de barco que

o transportam até ao monumento

histórico, uma das 21 maravilhas de

Portugal.

De 6 a 9 de Abril, a Palha de Abrantes

leva a efeito uma Semana de Cultura

Cigana com o objectivo de promover

“um ponto de encontro multifacetado,

um espaço de diálogo e coesão social”

e “promover o conhecimento desta mi-

noria étnica”. A Semana pretende as-

sumir uma dimensão de “festa” e trazer

a Abrantes “fi guras importantes e rele-

vantes na área do cinema e da cultura

cigana”. Destaques. Dias 6 e 7 de Abril,

cinema com a presença dos realizado-

res no dia 6. Dia 8, teatro. Dia 9, espec-

táculo musical. Às 21h30, no cine-teatro

de S. Pedro. Esta iniciativa assume um

particular signifi cado face aos confl itos

resultantes da presença de várias comu-

nidades ciganas entre nós. Promover o

conhecimento é o primeiro passo para

a compreensão.

Sável e lampreia na Barquinha

Luís Caramelo na Biblioteca António Botto

Rodrigo Leão em Abrantes

Luís Carmelo vai estar na Biblioteca António

Botto, em Abrantes para a iniciativa “Entre nós

e as palavras”. Romancista, ensaística, dramatur-

go, poeta e autor multifacetado, o escritor de

“Entre o eco do espelho”, “O inventor de lágri-

mas” e “ E Deus pegou-me na cintura” vai estar

em destaque no dia 24 de Março. A apresenta-

ção estará a cargo de José Alves Jana. Luís Car-

melo doutorou-se em Línguas e Literaturas Mo-

dernas na Holanda, é também bloguer e cronis-

ta do Expresso Online. O encontro com o autor

acontece às 21h30.

Rodrigo Leão anda a percorrer o país com uma nova

série de espectáculos, num registo diferente daquele

com que tem brindado o público. A digressão “Instru-

mental” que começou no dia 20 de Janeiro vai passar

por Abrantes a 18 de Março. Desta vez o compositor

será acompanhado pelo grupo Ensemble, de dimen-

sões mais reduzidas - um quinteto com o próprio

Rodrigo Leão em teclados e ainda um trio de cordas e

um acordeão. Os concertos vão ser apenas instrumen-

tais, sem voz. Contudo o músico quer, posteriormente,

desenvolver estes temas em versões vocais e lançar um

novo disco. O concerto tem lugar no Cine-teatro São

Pedro, às 21h30. Os bilhetes já se encontram à venda no

Posto de Turismo (15€).

O encontro está marcado, na pri-

meira quinta-feira de cada mês, na

Biblioteca António Botto. A Univer-

sidade Popular de Abrantes, numa

parceria da Galena, Associação Cul-

tural, e da própria Biblioteca, leva ali

a efeito uma conferência “sobre as

grandes questões do nosso tempo”.

O “conferencista residente” é Alves

Jana e a organização pretende que,

depois de uma exposição inicial, se

abra a conversa ao modo de tertú-

lia. Na primeira sessão, neste mês

de Março, o tema foi “Portugal 2011:

como é que chegámos a isto?”. Para

Abril o tema já anunciado para o dia

7, às 21h30, será “Isto é o caos! Viva

a liberdade”.

Não vai ser uma abordagem liber-

tária, mas uma análise que vai da fí-

sica contemporânea à discussão do

estatuto da liberdade.

Verdade e consequências

Page 29: JA Março 2011

jornaldeabrantes

MARÇO2011 CULTURA 29

Situou-se este Convento na zona onde hoje fi ca a torre das telecomu-nicações, entre o Hotel de Turismo e o Edifício Pirâmide e foi o terceiro da Ordem de S. Francisco, construído na região de Abrantes.

O primeiro foi fundado em 1526,

na Ribeira da Abrançalha, junto à ca-

pela de Nossa Senhora da Luz. Reina-

va então D. João III e os gastos esti-

veram a cargo de D. Lopo de Almei-

da, 3º Conde de Abrantes. Enquanto

decorreram as obras, os frades fun-

dadores recolheram-se nas depen-

dências da ermida de Nossa Senho-

ra da Ribeira, em Alferrarede, onde

também viveram as freiras, que fo-

ram depois para o Convento de Nos-

sa Senhora da Esperança.

Os frades estiveram na Ribeira da

Abrançalha durante quarenta e cin-

co anos, mas “obrigados por muitas

doenças”, acabaram por pedir licen-

ça a D. Duarte de Almeida, fi lho de

D. Lopo, para vender o convento e

suas terras e, com o dinheiro daí re-

sultante, poderiam contribuir para

a construção de um segundo, este

agora situado em Vale de Rãs, sí-

tio onde havia água em abundân-

cia. Deste mosteiro já falámos mais

detalhadamente, num Jornal de

Abrantes anterior e dele ainda se

encontram alguns vestígios visíveis,

num edifício bastante degradado,

hoje pertencente à Câmara Munici-

pal de Abrantes.

Os frades viveram ali apenas du-

rante vinte cinco anos, pois o lugar

era húmido e os frades continua-

vam “atacados de morrinha”. Então,

em 1953, pediram autorização a Fi-

lipe I, para construírem um terceiro

convento, sendo a primeira pedra

lançada em 15 de Maio de 1601. O

sítio, conhecido por Fonte do Ouro,

agora já bem próximo da vila, era

seco e muito arejado, pelo que os

frades se mantinham bem mais sau-

dáveis que nos anteriores. O dinhei-

ro para a sua construção proveio da

venda do de Vale de Rãs, das esmo-

las do povo e o rei Filipe II contri-

buiu também, revertendo a favor do

convento alguns impostos que lhe

eram devidos. D. António de Almei-

da, neto do conde fundador, D. Lopo,

ofereceu o produto da venda de al-

guns imóveis.

A igreja da Ordem Terceira de S.

Francisco fi cava quase anexa ao

mosteiro, mas foi construída mais

tarde, tendo sido iniciada apenas em

1717 e a primeira missa foi ali reza-

da em 14 de Abril de 1721. Segundo

testemunhos da época, “embora pe-

quena, era muito bonita e asseada”.

O convento e a igrejas fecharam

em 1834, quando da extinção das

ordens religiosas. Em 1859 já estava

tudo em ruínas que foram, por essa

data, compradas pela Câmara Muni-

cipal. Passado pouco tempo, foi tudo

arrasado, tendo a Câmara, no local da

igreja, construído, em 1860, o Mata-

douro Municipal e é onde se encon-

tra hoje o Edifício Pirâmide. As duas

colunas, que podemos ver na parte

central do edifício, pertenceram a

esse matadouro. Em consequência

de tudo isto, deste património anti-

go nada resta, a não ser uma cisterna

que as crianças coloriram e que está

junto ao eléctrico da Telepizza. Con-

tinua, no entanto, vivo na memória

da toponímia, pois o local ainda se

chama Largo de Santo António, mas

já poucos sabem porquê.

Bibliografi a:Morato, António Manuel, Memória

Histórica da Notável Vila de Abrantes”

, edição da Câmara Municipal de

Abrantes, 1981

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Page 30: JA Março 2011

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Carmina da CruzN. 15-05-1921 F. 20-02-2011

AgradecimentoSeus familiares, vêem por este meio agradecer, a todas as pessoas que lhe manifestaram solidariedade nos mo-mentos dolorosos que viveram e a todas as que acom-panharam a sua ente querida até à sua última morada.A todos um muito obrigado.

GAVIÃO

Francisco Lopes RodriguesN. 30-05-1941 • F. 01-02-2011

AgradecimentoMaria Adélia Dias Lopes Carreira vem por este meio agradecer a todas as pessoas que acompanharam o seu ente querido à sua última morada.A todos um Bem Haja.

A cargo de: Funerária Momentos Solenes Rua 5 de Outubro, 54 A-2230 Sardoal • Telem. 964 589 223 - 968 887 137

António AlvesN. 23-04-1931 F. 04-02-2011

AGRADECIMENTOA sua família agradece a todas as pessoas que o acom-panharam até à sua última morada ou que por qualquer forma manifestaram o seu pesar. Um agradecimento es-pecial a todos quantos o apoiaram e se interessaram pela sua doença.A todos o seu bem haja.

RIO DE MOINHOS – ABRANTES

Ana Luísa CamposN. 01-08-1930 • F. 21-02-2011

AgradecimentoSeu marido e fi lhos vem por este meio agradecer a todas as pessoas que acompanharam o seu ente querido à sua última morada.A todos um Bem Haja.

A cargo de: Funerária Momentos Solenes Rua 5 de Outubro, 54 A-2230 Sardoal • Telem. 964 589 223 - 968 887 137

SARDOAL

Rui DiasN. 05-03-1937 • F. 14-02-2011

AgradecimentoSua esposa, fi lhos, genro e netos vem por este meio agradecer a todas as pessoas que se interessaram pelo estado de saúde de seu marido, pai, sogro e avô e acompanharam o seu ente querido à sua última morada.

Agradecem muito em especial ao médicos/as, enfermeiros/as, auxiliares dos Hospitais de St.ª Marta, Hospital Universitário de Coimbra, Hospital de Abrantes, ao Dr. Valério que demonstraram o seu carinho e profi ssionalismo, durante a sua doença.

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AgradecimentoSeu fi lho, nora e netos vem por este meio agradecer a todas as pessoas que acompanharam o seu ente querido à sua última morada.A todos um Bem Haja.

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Manuel de Jesus Beirão21/03/1933 – 08-02-2011

AgradecimentoEsposa, fi lhos, netos, genro e nora na impossibilidade de o fazerem pes-soalmente, vem por este meio agradecer a todos quantos manifestaram a sua solidariedade e amizade, durante a sua doença e no seu funeral.Agradecem também a todos os profi ssionais do Serviço de Cirurgia 2 do Hospital de Abrantes, especialmente às Drªs Cristina Duarte e Luiza Gonzales, bem como a todos os profi ssionais do Hospital de Dia da mesma Unidade Hospitalar.A Todos o nosso Bem Hajam.

Page 31: JA Março 2011

jornaldeabrantes

MARÇO2011 SAÚDE 31

Cancro do colo do útero, prevenir é o melhor remédio

SAÚDE É ... Secção da responsabilidade da Unidade de Saúde Publica do ACES do Zêzere

O cancro do colo do útero é uma do-

ença evitável e uma das mais frequentes

nas mulheres entre os 35-50 anos. A vaci-

nação contra o HPV – Papilomavirus Hu-

mano – preferencialmente, antes do iní-

cio das relações sexuais, constitui um efi -

caz meio de prevenção primária.

A realização de uma Citologia Cervi-cal/Teste Papanicolau, é a melhor for-

ma de detecção precoce (fase inicial) de

células alteradas do colo do útero e por

isso, de prevenir este cancro.

Comparativamente com a Europa, Por-

tugal apresenta um número elevado de

novos casos de cancro de colo do úte-

ro (CCU). A infecção por HPV é uma in-

fecção sexualmente transmissível muito

frequente. Existe uma forte relação entre

esta infecção e o cancro do colo do útero.

Alguns tipos deste vírus, chamados papi-

lomavirus de alto risco, infectam as células

do colo do útero e transformam-nas, cau-

sando lesões que, após um longo perío-

do de tempo, podem progredir para le-

sões cancerígenas.

O início da actividade sexual em idades

muito jovens, um maior número de par-

ceiros sexuais, o tabagismo (baixa imu-

nidade celular), a imunodefi ciência, a

contracepção hormonal e a presença de

outras infecções sexuais anteriores, au-

mentam o risco de evolução desta infec-

ção. A maioria das vezes, o cancro não dá

sintomas. A mortalidade está fortemente

associada ao diagnóstico tardio e às fases

avançadas da doença. A vacinação con-

tra HPV, introduzida no Programa Nacio-

nal de Vacinação e efectuada gratuita-

mente às raparigas com 13 anos, permite

a prevenção de infecções pelo papiloma-

virus humano e a longo prazo, do cancro

do colo do útero. Hábitos de vida sau-dáveis como a alimentação equilibrada

(rica em fruta), a ausência de tabagismo e

evitar comportamentos sexuais de risco,

são outras “armas” que cada um dispõe

para prevenir a doença. A realização de

citologia cervical, é a melhor forma de

detectar precocemente alterações das

células do colo útero e prevenir este can-

cro. Zelar pela saúde está nas suas mãos -

lembre-se que mais vale prevenir que re-

mediar!

Paula GilEnfermeira

Page 32: JA Março 2011