ja, outubro 2011

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jornal Directora JOANA MARGARIDA CARVALHO - MENSAL - Nº 5489 - ANO 112 - DISTRIBUIÇÃO GRATUITA abrantes de OUTUBRO2011 · Tel. 241 360 170 · Fax 241 360 179 · Av. General Humberto Delgado - Ed. Mira Rio · Apartado 65 · 2204-909 Abrantes · [email protected] GRATUITO Paulo Constantino em defesa do Tejo O representante do PROTEJO, abre-nos a porta do movimento que luta pela defesa do Rio Tejo. Um trabalho que tem alcan- çado algumas conquistas em prol do rio. página 3 ENTREVISTA Baja Portalegre está quase aí A região vai estar bem representada. Cinco pilotos falam sobre a Prova de todo o Ter- reno e dos grandes objectivos para esta edição 2011. A Baja comemora 25 anos de existência. páginas 12 e 13 DESPORTO Abrantes vai ficar mais doce De 28 a 30 de outubro, a Feira de Doçaria chega à antiga rodoviária e mostra o me- lhor que se faz a nível nacional e regional no sector doceiro. Animação, exposições e actividades é o que se espera. página 5 GASTRONOMIA CONCELHOS DO MÉDIO TEJO VÃO SOFRER COM A FUTURA REORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA Universidades da Terceira Idade iniciaram aulas As três escolas da região arrancam com al- gumas novidades: novos corpos directivos, mais alunos, mais disciplinas e muita moti- vação. Três espaços com o bjectivo comum de ensinar os seniores da região. página 8 EDUCAÇÃO • Rio Maior • Santarém • Benavente • Coruche • Salvaterra de Magos • Ferreira do Zêzere • Sardoal • Mação • Cartaxo • Almeirim • Alpiarça • Chamusca • Abrantes • Tomar • Ourém • Alcanena • Golegã • Constância • Torres Novas • V. N. Barquinha • Entroncamento 18 6 15 9 7 3 3 2 2 2 2 1 página 4 Nova ESTA aguarda financiamento páginas 6 e 7

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jornalDirectora JOANA MARGARIDA CARVALHO - MENSAL - Nº 5489 - ANO 112 - DISTRIBUIÇÃO GRATUITA

abrantesde

OUTUBRO2011 · Tel. 241 360 170 · Fax 241 360 179 · Av. General Humberto Delgado - Ed. Mira Rio · Apartado 65 · 2204-909 Abrantes · [email protected]

Paulo Constantino em defesa do TejoO representante do PROTEJO, abre-nos a porta do movimento que luta pela defesa do Rio Tejo. Um trabalho que tem alcan-çado algumas conquistas em prol do rio. página 3

ENTREVISTA

Baja Portalegre está quase aíA região vai estar bem representada. Cinco pilotos falam sobre a Prova de todo o Ter-reno e dos grandes objectivos para esta edição 2011. A Baja comemora 25 anos de existência. páginas 12 e 13

DESPORTO

Abrantes vai ficar mais doceDe 28 a 30 de outubro, a Feira de Doçaria chega à antiga rodoviária e mostra o me-lhor que se faz a nível nacional e regional no sector doceiro. Animação, exposições e actividades é o que se espera. página 5

GASTRONOMIA

CONCELHOS DO MÉDIO TEJO VÃO SOFRER COM A FUTURA REORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA

Universidades da Terceira Idade iniciaram aulasAs três escolas da região arrancam com al-gumas novidades: novos corpos directivos, mais alunos, mais disciplinas e muita moti-vação. Três espaços com o bjectivo comum de ensinar os seniores da região. página 8

EDUCAÇÃO

• Rio Maior • Santarém

• Benavente

• Coruche

• Salvaterra de Magos

• Ferreira do Zêzere

• Sard

oal

• Mação

• Cartaxo• Almeirim

• Alpiarça • Chamusca

• Abrantes

• Tomar

• Ourém

• Alcanena

• Gole

• Constância

• Torres Novas

• V. N. Barquinha

• Entroncamento

186

15

9

7

3

3

2

22

2

1

página 4

Nova ESTA aguarda financiamento

páginas 6 e 7

jornaldeabrantes

OUTUBRO20112 ABERTURA

Concorda com a extinção e/ou fusão de freguesias?

Carlos Silva

Reformado, Abrantes

Sem estar bem esclarecido é difícil dar opinião. Os funcionários da jun-ta de São João têm trabalho asse-gurado em São Vicente? Se for pos-sível fazer melhor acho que deve avançar. Mas se isto implicar de-semprego e mais difi culdade em gerir as freguesias, acho que São João devia ser sempre São João.

Crise

IDADE 35RESIDÊNCIA ConstânciaPROFISSÃO Técnica Superior de Comunicação

UMA POVOAÇÃO ConstânciaUM CAFÉ Pézinhos no RioUM BAR Capítulo V, Praia da Oura

UM PETISCO LapasUM RESTAURANTE Furnas do GuinchoPRATO PREFERIDO Arroz de Tamboril com Gambas UM LUGAR PARA PASSEAR GerêsUM RECANTO PARA DESCO-

BRIR Curralinho, Fornos, Freixo

de Espada à CintaUM DISCO Crazy Love, Michael BubléUM FILME Primeiro CavaleiroUMA VIAGEM MaldivasUM LEMA DE VIDA A vida é de-masiado importante para ser le-vada a sério!

FICHA TÉCNICA

DirectoraJoana Margarida Carvalho

(CP.9319)

[email protected]

Sede: Av. General Humberto

Delgado – Edf. Mira Rio,

Apartado 65

2204-909 Abrantes

Tel: 241 360 170

Fax: 241 360 179

E-mail: [email protected]

RedacçãoJerónimo Belo Jorge

(CP.1907)

[email protected]

Alves Jana

André Lopes

PublicidadeMiguel Ângelo

[email protected]

SecretariadoIsabel Colaço

Design gráfico e paginaçãoAntónio Vieira

ImpressãoImprejornal, S.A.

Rua Rodrigues Faria

103, 1300-501 Lisboa

Editora e proprietáriaMedia On

Av. General Humberto Delgado

Edf. Mira Rio,

Apartado 65

2204-909 Abrantes

GERÊNCIAFrancisco Santos,

Ângela Gil

Departamento FinanceiroÂngela Gil (Direcção) Catarina

Branquinho, Gabriela Alves

[email protected]

MarketingSusana Santos

[email protected]

Recursos HumanosSónia Vieira

[email protected]

Sistemas InformaçãoHugo Monteiro

[email protected]

Tiragem 15.000 exemplares

Distribuição gratuita

Dep. Legal 219397/04

Nº Registo no ICS: 124617

Nº Contribuinte: 505 500 094

Sócios com mais de 10%

de capital

Sojormedia 100%

jornal abrantesdeFOTO DO MÊS EDITORIAL

INQUÉRITO

SUGESTÕES

No passado dia 13 de outubro, o país foi confrontado com o Orça-mento de Estado para os próximos anos. Ao que parece vêm aí tem-pos bem difíceis para a classe mé-dia portuguesa. Falou-se de cortes e mais cortes e nenhuma medida para o desenvolvimento económi-co apoiado em mais oportunida-des de emprego. A nossa região já começou a sofrer com estas novas medidas de austeridade. Por exem-plo, com a introdução de porta-gens na A23 a vida vai fi car mais dispendiosa para todos os que ne-cessitam de passar ali diariamen-te para os seus trabalhos. E mais do que esta despesa penosa para todos nós, será que a região não vai sofrer também? Não fi car ain-da mais isolada e interiorizada? Parece-me que sim. Estamos a en-frentar um verdadeiro desafi o, um desafi o do país, mas mais que isso, um desafi o para cada um de nós. Aqui no Médio Tejo temos empre-sas, associações, instituições, sec-tores, organizações, entidades e é nestes meios tão importantes nos dias que correm que deve passar a coragem de seguir em frente, sem-pre com qualidade nos trabalhos e prestações de serviços aos cida-dãos comuns. Talvez seja este o ca-minho para passar o que hoje co-meça a ser a palavra mais comum e normal para todos nós, crise!JOANA MARGARIDA CARVALHO

José André Pedro

Pedreiro, Souto

Já tinha ouvido falar, mas sincera-mente não tenho acompanhado os últimos desenvolvimentos. Ain-da assim, acho que a acontecer, não será bom. Acabaram com pos-tos médicos, escolas e agora até fre-guesias. Tenho receio que assim os meios de apoio passem também a ser reduzidos e as difi culdades au-mentem.

Pedro Bernardino

Empregado de balcão, Aldeia do Mato

Já tinha ouvido falar, mas agora ou-ve-se tanta coisa que nem se sabe se é verdade ou não. Preferia que fi -casse tudo como está. Se uma fre-guesia vai ter que assegurar o tra-balho de duas, não me parece que seja melhor, pois não acredito que as condições dadas aos autarcas para gerir sejam melhores.

SÓNIA CARECA, Técnica Superior de Comunicação

ABRANTES - O excesso de civismo dá nisto. Não é difícil é só colocar ao lado.

jornaldeabrantes

OUTUBRO2011 ENTREVISTA 3

PAULO CONSTANTINO – PORTA-VOZ DO MOVIMENTO PROTEJO

Na luta e defesa do Rio TejoJOANA MARGARIDA CARVALHO

O que é o Movimento ProTejo?

O ProTejo é um movimento que tem como objectivo informar e mobilizar os cidadãos para a defesa do rio Tejo e dos seus afl uentes, ou seja, de toda a bacia hidrográfi ca do rio.

Como e quando começou?

Surgiu devido à falta de água e de caudais insufi cientes que o Tejo manifestava desde 2004. No ano de 2009, em Vila Nova da Barqui-nha, aconteceu um encontro su-bordinado ao tema “Salvar o Tejo e a Água”, que na altura foi pro-movido pelo Instituto da Demo-cracia Portuguesa. Esta iniciati-va trouxe à vila várias associações ambientalistas ligadas à água e um membro da Plataforma em Defesa do Tejo de Talavera de la Reina. Este elemento foi uma peça fundamen-tal do encontro, pois fez uma apre-sentação dos problemas que o rio tinha na altura, na zona do médio Tejo espanhol. Foi a partir daqui que comecei a ter interesse e es-tabeleci contactos com esta orga-nização espanhola que trabalhava em defesa do Tejo.

Mais tarde, apresentei na Assem-bleia Municipal da Barquinha uma moção para que fosse apoiada a deslocação de pessoas interessa-das em participar numa manifes-tação que ia acontecer em Talave-ra de La Reina, a 20 de junho de 2009. Consegui, daqui foi um auto-carro com 40 pessoas que partici-param na manifestação que tinha como objectivo apelar à defesa do rio e dos seus afl uentes. Nesta ma-nifestação fi zemo-nos representar com uma faixa que tinha o nome de Vila Nova da Barquinha sob o tí-tulo “Pelo nosso rio, Pelo nosso fu-turo”. Fomos muito bem recebidos e ai se estabeleceu o primeiro con-tacto com espanhóis para a defesa da mesma causa.

No dia 30 desse mês, em Portu-gal, participei numa reunião que debatia as questões signifi cativas da água. Aí estabeleci contactos e conhecimentos com as entidades ligadas à água, como a Quercus e a Liga da Protecção da Natureza, en-tre outras. Foi neste encontro que se falou em criar um movimento. Levei a ideia por diante e a 5 de Setembro desse ano fundámos o Movimento ProTejo, na Barquinha, com 20 associações parceiras.

O que tem sido feito pelo Movi-

mento?

A nossa primeira actividade, a 17 de outubro de 2009, foi o primeiro debate Contra a Indiferença. Para divulgar o movimento fi zemos uma subida pelo rio Tejo, desde Lis-boa até Caneiras em parceria com a Cultura Avieira. Os municípios ce-deram os barcos, e o ProTejo orga-nizou a descida desde Alpiarça até Caneiras. Assim fi zemos o percurso por todas as aldeias avieiras.

Em 2010, realizámos a festa “Água no Tejo”, integrada nas Jornadas Técnico-Científi cas sobre Proteger o Rio e a Água, em Vila Nova Bar-quinha. Em 2011, promovemos as Jornadas Ibéricas em Defesa do Tejo, feitas na Azambuja, onde es-tiveram presentes todos os ele-mentos da Rede do Tejo Ibérica. Nestas jornadas todas as associa-ções e movimentos ligados à bacia do Tejo fi zeram as suas apresenta-ções. Foi muito gratifi cante para nós, pois foi a primeira vez que es-tas jornadas se realizaram em Por-tugal.

O que é a Carta Contra a Indife-

rença?

É a compilação de vários factores

que implicam a defesa do rio Tejo. É um documento que tem como objectivo mobilizar as pessoas e despertar a preocupação para o que se passa com o nosso rio. Já fi -zemos três vezes o Vogar Contra a Indiferença. O de 2009 incidiu na Cultura Avieira, o de 2010 foi sobre a questão nuclear e do urânio e das implicações que têm no rio, e por último em 2011 sobre a questão das barragens e dos açudes. Nes-te último, destacámos a regula-mentação das barragens e açudes no rio, face à importância do lazer, do turismo, da relação das popula-ções com o Tejo e da migração dos peixes. Temos uma preocupação acrescida com estes factores.

Tejo, “um jardim de peixes” e

agora “uma promessa fóssil”.

Que comentário faz a estas ex-

pressões da Carta Contra a Indi-

ferença?

Há muitos anos o Tejo era uma fonte de subsistência para as popu-lações ribeirinhas, onde as pessoas passavam o seu tempo, as lavadei-ras lavavam a sua roupa, as crianças tomavam banho, os pescadores ti-ravam o peixe… Tudo isto, com al-

teração dos modos de vida e com a industrialização, terminou. As des-cargas dos saneamentos come-çaram a ser uma realidade para o rio, com elas chegou a poluição e o consequente afastamento das po-pulações. O rio deixou de ter vida, cada vez tem menos peixes e nos festivais gastronómicos do país, in-felizmente não se come peixe do rio mas sim peixe que vem de fora, importado. É uma riqueza que es-tamos a perder com a quantidade de barragens que existem na fron-teira com a Espanha, que retêm muita água e que nos fazem per-der o nosso peixe. Cada vez mais o rio Tejo é um cadáver, poluído, sem água, que mantém um regime fl u-vial muito abaixo daquilo que seria razoável e necessário para a pre-venção ambiental e em particular das espécies.

O que pensa da construção das

mini-hídricas no Tejo?

Representa mais um problema. Tem havido pouco sensibilidade por parte dos governos em relação à construção do aproveitamento hidroeléctrico entre a barragem de Castelo Bode e Constância. É

algo que vai piorar a qualidade das águas, pois vão estar paradas, é mais uma barreira aos peixes e aca-bamos com aquilo que chamamos rios vivos e correntes.

Como despertou em si o interes-

se pelo rio?

Surgiu de forma natural. Era uma preocupação que residia aqui na vila e também em mim. Desde 2004, com o abaixamento dos cau-dais acabei por fi car ainda mais in-teressado nesta causa. Sempre que vejo o rio seco ou quando o castelo de Almourol deixa de ser uma ilha, é preocupante e temos que fazer alguma coisa, quanto mais não seja sensibilizar e informar. Além disso, sou membro da Assembleia Municipal da Barquinha e da As-sembleia Intermunicipal do Médio Tejo, tenho que assumir as minhas responsabilidades.

ProTejo – Movimento pelo Tejo

Fundação: 5 de setembro 2009Membros: 68 pessoas independen-tes, 33 organizações e 1500 simpa-tizantes no FacebookContactos:movimentoprotejo.blogspot.com

PAULO CONSTANTINONaturalidade: EntroncamentoResidência: BarquinhaFormação: Economia (ISEG)Profi ssão: Inspector de FinançasFunção do Protejo: porta-vozIdade: 41 anos

jornaldeabrantes

OUTUBRO20114 DESTAQUE

JERÓNIMO BELO JORGE

Portugal tem 4259 freguesias dis-

tribuídas por 308 municípios em 18

distritos. Mas esta realidade vai mu-

dar no próximo ano com a reorga-

nização administrativa do país e a

reforma do poder local. O Governo

já apresentou o documento verde

que vai levar a uma proposta a ver

votada na Assembleia da Republica

em junho do próximo ano.

A reforma proposta pelo Governo através do ministro Adjunto e dos Assuntos Parlamentares, Miguel Relvas, que tem a tutela do poder local prevê três níveis de mexidas. A extinção ou fusão de freguesias, alterações à Lei eleitoral do poder local e ainda a alteração e diminui-ção considerável das chefi as no po-der local.

Já no que diz respeito a concelhos não está previsto nesta reforma a extinção ou fusão de concelhos.

Mesmo com os debates a terem de decorrer até ao fi nal do ano, nes-ta altura os presidentes das juntas de freguesia que podem estar em risco de extinção não querem ainda pronunciar-se. Aguardam mais por-menores e defi nições concretas da-quilo que poderá ser o documento fi nal desta reforma.

Se a proposta for aprovada pela Assembleia da República, como tudo indica, as freguesias com me-nos de 500 habitantes desapare-cem. Certa é também a fusão das freguesias que se situem na sede do município ou num raio de 3 qui-lómetros.

Exemplos: em Tomar, São João Baptista e Santa Maria do Olival vão dar lugar a apenas uma freguesia, o mesmo se passando em Santa-rém com São Nicolau, São Salvador, Marvila e Ribeira de Santarém, em Torres Novas com Salvador, Santa Maria, Santiago, São Pedro e Lapas, em Ourém com Nossa Senhora das Misericórdias e Nossa Senhora da Piedade, no Entroncamento com São João Baptista e Nossa Senhora de Fátima e em Abrantes com São João e S. Vicente.

Para a defi nição dos critérios de fusão e extinção de freguesias, os municípios foram divididos em três níveis: nível 1- com mais de 500 ha-bitantes por quilómetro quadrado e mais de 25 mil habitantes (na região não há nenhum que cumpra as duas premissas); nível 2 - entre 100 e 500 habitantes por km2 e mais de 25 mil

habitantes (Ourém, Santarém, To-mar, Torres Novas); nível 3 - municí-pios com 100 ou menos habitantes por km 2 ou menos de 25 mil habi-tantes (Abrantes, Alcanena, Almei-rim, Alpiarça, Benavente, Cartaxo, Chamusca, Constância, Coruche, Entroncamento, Ferreira do Zêzere, Golegã, Mação, Rio Maior, Sardoal e Vila Nova da Barquinha).

A principal diferença entre os 3 ní-veis consiste no número mínimo de habitantes para se poder constituir uma freguesia. Nos concelhos mais populosos (nível 1) o mínimo é três mil habitantes, nos de nível 2 o mí-nimo de habitantes é de mil e no ní-vel 3 o número de habitantes deve ser de pelo menos 500.

Signifi ca isto na prática que só

no concelho de Santarém, a títu-lo de exemplo, têm os dias conta-dos enquanto entidades adminis-trativas autónomas as freguesias de Abitureiras, Arneiro das Milhariças, Azóia de Baixo, Azóia de Cima, Ca-sével, Gançaria, Pombalinho, Póvoa de Santarém, Romeira, Santa Iria da Ribeira e Vaqueiros. Ou seja, 11 das 28 freguesias do concelho. A fusão com outras freguesias contíguas é a solução apontada neste e nos ou-tros casos. Resta saber como vão re-agir as populações quando forem confrontadas com a realidade, que para já aparece apenas como forma de cenário. Se olharmos a área de infl uência do JA, Abrantes tem em risco as freguesias de S. João, Aldeia do Mato e Souto. Sardoal e Barqui-

nha têm uma freguesia em risco e Mação e Constância deverão man-ter o mesmo mapa.

Também nos eleitos locais, a Câ-mara de Abrantes deverá ter dois vereadores a tempo inteiro e dois a meio tempo, enquanto que Barqui-nha, Constância, Mação e Sardoal deverão passar a ter um vereador a tempo inteiro e outro sem tempo.

Já nas chefi as, Abrantes passa a ter apenas um chefe de departamento e três chefes de divisão. Actualmen-te, a autarquia tem três chefes de departamento e um chefe de divi-são. Já os outros concelhos poderão ter um chefe de divisão.

É nestes termos que Maria do Céu Albuquerque, presidente da Câma-ra de Abrantes comentou a reorga-

nização. Se nos eleitos locais apenas defende a existência de um tercei-ro vereador a tempo inteiro em vez de dois a meio tempo, já nas chefi as tem muitas dúvidas sobre como vai funcionar a estrutura. É que, entre um concelho com 10 mil habitantes e um com 50 mil, não existe nenhu-ma categoria intermédia.

No que diz respeito à extinção de freguesias a autarca prefere espe-rar para ver defi nições mais com-plementares mas confi rmou que S. João, Aldeia do Mato e Souto estão em risco.

Nos outros municípios as posições são semelhantes. Ainda de alguma expectativa sobre as defi nições da reorganização e muitas dúvidas nas poupanças efectivas desta medida.

• Rio Maior • Santarém

• Benavente

• Coruche

• Salvaterra de Magos

• Ferreira do Zêzere

• Sard

oal

• Mação

• Cartaxo• Almeirim

• Alpiarça • Chamusca

• Abrantes

• Tomar

• Ourém

• Alcanena

• Gole

• Constância

• Torres Novas

• V. N. Barquinha

• Entroncamento

Lezíria do Tejo

NÚMERO

FREGUESIAS

EXTINTAS NO

DISTRITO

SANTARÉMAbitureiras, Alcanhões, Amiais de Baixo, Arneiro das Milhariças, Azoia de Baixo, Azoia de Cima, Casével, Gançaria, Marvila, Pernes, Pombalinho, Póvoa de Santarém, Romeira, S. Nicolau, Salvador, Ribeira de Santarém, Vale de Santarém e Vaqueiros.

RIO MAIORArruda dos Pisões, Azambujeira, Marmeleira, Ribeira de S. João, Malaqueijo e Assentiz.

TORRES NOVASAlcorochel, Brogueira, Chancelaria, Lapas, Meia Via, Olaia, Paço, Parceiros da Igreja, Pedrógão, Ribeira Branca, Salvador, Santa Maria, Santiago, São Pedro e Zibreira.

TOMAR Santa Maria, São João, Carregueiros, Além da Ribeira, Alviobeira, Beselga, Junceira, Pedreira e Sabacheira.

OURÉMFormigais, Ribeira do Fárrio, Cercal, Alburitel, Matas, Casal Bernardo e Espite.

ABRANTESS. João, Souto e Aldeia do Mato.

ALCANENAMalhou, Moitas Vendas e Vila Moreira.

ENTRONCAMENTONossa Senhora de Fátima e São João Baptista.

CONSTÂNCIAMontalvo e Santa Margarida.

REFORMA DA ADMINISTRAÇÃO LOCAL

Freguesias

FERREIRA DO ZÊZEREPaio Mendes e Pias

SARDOALValhascos e Montalegre

VILA NOVA DA BARQUINHATancos

18

6

15

9

7

3

3

2

2

2

2

1

Médio Tejo

6767186

15

9

7

3

3

2

22

2

1

Novo mapa das freguesias conhecido em 2012

jornaldeabrantes

OUTUBRO2011 ACTUALIDADE 5

Abrantes vai fi car mais doce en-

tre os dias 28 a 30 de outubro,

com a Décima Feira Nacional de

Doçaria Tradicional. Este ano o

certame volta à antiga rodoviária

e é uma organização da TAGUS e

da autarquia de Abrantes.

Pedro Saraiva, técnico coorde-nador da TAGUS, referiu ao JA que algumas iniciativas vão acontecer antes da feira, mas já associadas à doçaria, como o Mercado dos Doces Tradicionais. É um evento previsto para o dia 22 de outubro entre as 10 e as 19 horas, na Pra-ça dos Sabores, onde vai decorrer uma venda de bolos tradicionais.

Dia 28, o certame arranca por volta das 17 horas, com a inau-guração da exposição Palhinhas em 3D. É uma iniciativa levada a cabo pelos alunos das escolas do concelho, onde estes vão dar asas à imaginação e vão criar a fi gura do Palhinhas em vários materiais. Para este dia está previsto mais uma edição das “Merendas com Personalidade”, a TAGUS convida a comer vários preparados de me-rendas na Praça dos Sabores.

No segundo dia, pelas 10 horas da manhã, as Claras da região vão juntar-se no castelo da cidade. Esta actividade pretende concen-trar o maior número de pessoas com o nome “Clara”, que vão po-der participar num workshop de culinária “O que fazer com as cla-ras?” com receitas com claras de ovos. A esta iniciativa juntou-se a Liga Portuguesa Contra o Cancro, onde será feito um peditório na-

cional para a causa. Na manhã do dia 30 realiza-se

um peddy paper pelo centro his-tórico da cidade e a animação in-fantil continua com outras activi-dades. Para os três dias de feira vai ser promovido o 1º Encontro de Música Popular Portuguesa que traz à cidade grupos de cantares vindos de Marvão, Castelo Bran-co, Gavião, Riachos e Alvalade do Sado.

Pedro Saraiva adiantou que mui-tos dos pasteleiros da região estão a aderir à iniciativa e vão ter em mostra os doces regionais, como a famosa palha de Abrantes, as ti-geladas, as broas de mel e os quei-jinhos do céu de Constância.

Nesta Feira Nacional de Doçaria Tradicional pode saborear uma variada gama de doçaria, compo-tas, mel e licores de vários pontos do país.

Juntar as Claras no Castelo

Costuma dizer-se, em linguagem do-ceira, deixar as claras em castelo. Fala-mos das claras dos ovos. Tradição an-cestral, dos conventos, em que as claras eram aproveitadas para engomar os há-bitos das freiras por isso, para aproveitar as gemas dos ovos, surgiram ao longo dos séculos muitos doces conventuais, todos feitos à base dos ovos. Mas para fazer um bolo, um pão-de-ló, as claras têm de ser batidas para ganhar volu-me. Por isso as claras em castelo fazem parte da linguagem dos doces. A Ta-gus, por ocasião da 10ª Feira de Doçaria promove o encontro, a 29 de outubro, Claras no Castelo. O objectivo é sim-ples, juntar no Castelo de Abrantes o maior número possível de cidadãs com o nome Clara. Esta iniciativa, para além de estar integrada na Feira de Doçaria pretende também, segundo a organi-zação, ser um evento que possa anga-riar algumas verbas para a Liga Portu-guesa Contra o Cancro. Realiza-se ain-da uma workshop de culinária “o que fazer com as claras” e uma instalação artística “declaração às claras”. O encon-tro das Claras inicia-se às dez da manhã mas poderá fazer a inscrição através do sítio da Tagus na Internet e é uma inicia-tiva aberta a todas as Claras.

Feira de Doçaria chega Abrantes

jornaldeabrantes

OUTUBRO20116 EDUCAÇÃO

JOANA MARGARIDA CARVALHO

Com o início do ano lectivo neste

último mês de setembro, alguns fo-

ram os estudantes que chegaram à

cidade de Abrantes para se forma-

rem num curso superior. O Jornal

de Abrantes foi conhecer quais os

gastos mensais destes novos resi-

dentes. Será que estudar por aqui

fi ca mais em conta? Será que os alu-

nos gostam da cidade e da Escola?

Daniela Barreto, 18 anos, e João Santos, 18 anos, são caloiros, che-garam à cidade no fi nal do mês de setembro. Ambos não entraram na primeira opção mas como queriam Comunicação Social nem pensaram duas vezes em vir para Abrantes. Ambos consideraram a cidade aco-lhedora, gostaram da escola e fo-ram bem recibos.

Quanto às despesas, os dois dis-seram ao JA que estudar na cidade de Abrantes não fi ca muito caro. A Daniela está a pagar 160 euros de casa com despesas incluídas, água, luz e gás, gasta uma média de 20 euros por semana em alimentação e em transporte 20 euros de auto-carro nas duas viagens que realiza por semana. João Santos optou por fi car na residência para estudantes e está a pagar 71 euros de mensa-lidade, 20 euros de alimentação e de transporte também. Nas saídas à noite e no material escolar, as des-pesas ainda não foram signifi cati-

vas segundo ambos. A Daniela gas-ta assim uma média de 200 euros por mês e o João 111 euros o que para um estudante em Lisboa “não chega para uma casa alugada”, dis-se convicta Daniela Barreto. A acres-centar às despesas surgem as propi-nas, que são pagas por quatro pres-

tações, um valor total de 950 euros anual.

Para os alunos com mais matrícu-las na ESTA, os gastos não divergem muito. Falámos com três jovens que estão na cidade há cerca de três, quatro anos. A sua opinião é positi-va, mas há questões a melhorar, “o

edifício da escola e a falta de comér-cio mais actual e dinâmico”.

Hugo Codinha, 23 anos, natural da Nazaré, chegou a Abrantes por transferência de curso. Estava em Portalegre mas mudou-se para o curso de Tecnologias de Informa-ção e Comunicação na ESTA. Hoje paga por mês 125 euros de aluguer de casa mais despesas, 20 euros de alimentação e 20 euros de saídas à noite por semana e de transpor-te 30 euros semanais. Hugo Codi-nha diz que o curso na ESTA está a corresponder às expectativas e que “apesar das más instalações da Es-cola, o companheirismo entre alu-nos é muito grande e isso é mui-to importante. Quanto aos gastos, penso que estudar em Abrantes não fi ca muito dispendioso face a outras cidades onde as rendas das casas, por exemplo, são muito su-periores”.

Já Vítor Rosário e Carolina Balby, do curso de Vídeo e Cinema Documen-tal, gostam de Abrantes. Estão na ci-dade há cerca de três anos, Vítor Ro-sário é natural de Espinho e Carolina Balby vem do Estoril. Ambos esco-lheram Abrantes por causa do cur-so, da especialização em vídeo do-cumental. Na casa têm uma despe-sa mensal de 100 euros, 20 euros de material escolar por mês, 150 euros de alimentação e 100 euros de sa-ídas à noite e lazer, bem como os 950 euros anuais de propinas. Feitas as contas, sem o pagamento de pro-

pinas, ambos gastam 370 euros por mês e consideram os gastos aceitá-veis para um estudante no ensino superior. “Em Abrantes sem dúvida alguma é mais barato estudar, deve ser dos sitos do país onde ainda se praticam preços possíveis para os bolsos do português comum”, afi r-ma Vítor.

Em relação à cidade, os estudan-tes de cinema consideram que os hipermercados fi cam muito longe do centro histórico. Por isso, para um estudante sem carro torna-se muito complicado fazer as suas compras. No centro histórico as ofertas são satisfatórias diz Carolina, “Se preci-samos de material escolar, ou de fa-zer umas compras de alimentação e bens essenciais para casa, safamo-nos bem aqui no centro. Já quanto à roupa, não compro neste comér-cio”. Por sua vez, Vítor refere que “o comércio no centro é bastante se-lectivo, é feito para as pessoas de cá e não para as pessoas que che-gam de fora. Eu por exemplo não compro roupa na cidade, a oferta não é estimulante, nem actual”. Re-lativamente à Escola, Vítor diz que já são necessárias novas condições e que neste sentido a mudança para o Tecnopolo é uma mais-valia. “O actual edifício da ESTA está velho, é pequeno para a quantidade de alunos e cursos, no inverno faz um frio desgraçado, mas ainda assim eu gosto daquele espaço rústico que acima tudo une as pessoas”.

Os alunos e a cidade

A residência para estudantes

A residência para os alunos da ESTA está prevista para o anti-go edifício do IEFP. Este espaço, segundo Maria do Céu Albu-querque, estava para abrir por-tas neste ano lectivo, foi o que disse ao JA na última edição de junho. “A residência está num processo de licenciamento, no-meadamente quanto à segu-rança do equipamento. Não foi um processo tão simples e tão rápido como prevíamos. Fo-mos confrontados com uma série de processos administra-tivos e burocráticos que leva-ram ao desenvolvimento de mais projectos. É uma obra relativamente simples que va-mos lançar a curto prazo”, afi r-mou a presidente.

jornaldeabrantes

OUTUBRO2011

Alguns comerciantes elogiaram a

presença dos alunos da ESTA no

centro histórico da cidade. Uns di-

zem que os estudantes acabam por

contribuir para as receitas das lojas,

outros chegam mesmo a referir que

sem eles pouco faziam no centro.

“A presença dos estudantes é mui-to importante para a cidade, não é que sejam uns clientes muito assí-duos, mas compram-nos imensos artigos de papelaria, tabaco, jornais e dão-nos um certo movimento ao estabelecimento. Com a deslocação da ESTA para o Tecnopolo vamos perder esta dinâmica e a vida que os alunos dão ao centro histórico, mas temos de entender que a Esco-la parte para melhores condições e esse factor também é muito impor-tante”, disse Vítor Conde, da papela-ria Condes.

Nos cafés e bares, ao que apurá-mos, os alunos da ESTA também dão um forte contributo às caixas regis-tadoras. Por exemplo, Filipe Gomes do café Chave d´Ouro foi bastante directo face à nossa questão sobre a presença dos alunos na cidade, que caracterizou de “excelente”. E a partida da ESTA para Alferrarede? “É uma desgraça”. Já Hugo Correia, responsável pelos bares Scampy e Restauração, chega mesmo a dizer que sem alunos no centro nada faz sentido para o seu negócio. “É gra-ças aos alunos da ESTA que tenho os meus dois estabelecimentos a funcionar. No verão, com partida

deles para as suas terras, tenho um negócio muito fraco, a cidade tor-na-se uma cidade fantasma. No pri-meiro semestre, que se inicia em se-tembro, volto a recuperar e trabalho muito bem com a organização de festas temáticas, com os cursos que por sua vez também organizam fes-tas e sempre que há praxes a casa fi ca cheia e isso é óptimo para mim. Com a partida da ESTA para o Tec-nopolo, a cidade vai sofrer, acaban-do por fi car mais morta e vazia. Pen-so que o antigo edifício da ESTA de-via ser requalifi cado e mantido com a mesma valência”.

Esta é a opinião de alguns comer-ciantes que desejam ver os alunos

bem próximos do centro histórico. Já os comerciantes de Alferrarede anseiam pela partida da ESTA para o Tecnopolo, mas segundo Maria do Céu Albuquerque, presidente da Câmara Municipal de Abrantes, o processo de transferência está pendente por questões de fi nancia-mento comunitário. “Lançámos o procedimento para a construção da obra, condicionada à obtenção de fundos comunitários. Sabemos que neste momento não existe oportu-nidade para apresentar candidatu-ras para o que quer que seja, esta-mos aguardar respostas por parte do Governo. A Câmara de Abrantes colocou este projecto como um

projecto prioritário por sabermos que é necessária uma escola supe-rior com condições melhoradas e de qualidade, no sentido de sermos mais competitivos e mais atraentes para os jovens. Lançámos a emprei-tada e pedimos ao senhor Ministro da Educação uma audiência para que possamos apresentar este pro-jecto, que está associado ao desen-volvimento local e regional”.

A autarca de Abrantes considera que o Tecnopolo é um espaço de excelência para uma escola supe-rior com todas as condições, ao ní-vel, de dimensão, conforto e quali-dade. “Ao mantermos a Escola no centro histórico, temos apenas a ca-

pacidade para ter uma escolinha e não é essa a nossa pretensão. É evi-dente que a saída da ESTA do centro vai fazer com que os alunos se des-loquem para Alferrarede, sobretu-do durante o dia, mas isto não sig-nifi ca que o centro fi ca sem oportu-nidades. A construção do MIIA vai trazer outros públicos e animação e também todo o procedimento de regeneração urbana que estamos a levar a efeito vai criar certamente novas dinâmicas no nosso centro. Aquilo que é importante é voltar a ter habitação, que haja jovens inte-ressados a comprar ou alugar, pois não vamos ter vida no centro se não tivermos pessoas a residir”.

EDUCAÇÃO 7

A Escola Superior de Tecnologia de Abrantes comemorou a abertura do ano lectivo com uma cerimónia solene que aconteceu no passado dia 12 de outu-bro, no anfi teatro da escola. Nesta inicia-tiva foram divulgados os alunos que en-traram neste ano lectivo e segundo o di-

rector da escola, Luís Ferreira, “estamos com a casa cheia”. A ESTA conta com cer-ca de 500 alunos a frequentarem cursos de pós-graduação, licenciaturas e de es-pecialização tecnológica. Nos quadros em baixo mostramos os resultados fi nais do número de colocações:

O comércio local e os alunos da ESTA

Escola Superior com casa cheia

Licenciaturas "Nº Total AlunosLicenciaturas ESTA"

Comunicação Social 99Design e Desenvolvimento de Produtos 2Engenharia Mecânica 126Tecnologias de Informação e Comunicação 87Vídeo e Cinema Documental 77TOTAL 391

Alunos MatriculadosPós Gradução em Produção Industrial 16

Cursos de Especialização Tecnológica (CET) Alunos MatriculadosProjecto de Construções Mecâncias 18Desenvolvimento e Produção Multimedia 17Instalação e Manutenção de Redes e Sistemas Informáticos 21Tecnologias e Programação de Sistemas de Informação 7Electrónica Médica (matriculas em curso) 25TOTAL 88

ESCOLA SUPERIOR DE TECNOLOGIA DE ABRANTESNúmero Total de Alunos no ano lectivo 2011/12

(inclui 2a fase, mas falta ainda a 3a fase de candidaturas ao Ensino Superior)

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OUTUBRO2011

As Universidades da Terceira Ida-

de já iniciaram o ano lectivo para

os mais idosos da região voltarem

à escola. Aqui bem perto de nós,

estão no activo a Universidade da

Terceira Idade de Tramagal, UTIT, a

Universidade da Terceira Idade de

Abrantes, UTIA, e a Universidade

Sénior de Constância.

UTIA beneficia de mais computadores

A Universidade da Terceira Idade de Abrantes, UTIA, arrancou o ano lectivo no passado dia 6 de Outu-bro. Actualmente, junta cerca de 106 alunos, 21 novos que entraram este ano e que se juntaram ao gru-po para aprender e vivenciar novas experiências de aprendizagem.

A novidade deste ano centra-se numa nova direcção, que é dirigida por Vânia Almeida e por Maria do Rosário, a anterior presidente e ago-ra vice – presidente.

Com o início do ano lectivo, esta escola vai benefi ciar de uma nova valência que segundo a presidente é uma mais-valia, a sala de informá-tica. “Finalmente temos a nossa sala de computadores mais composta e agora, sim, vamos conseguir iniciar as aulas de informática aqui no es-paço da universidade, pois anterior-mente eram no edifício Pirâmide. Ainda não temos computadores su-fi cientes para todos mas já é um co-

meço”, referiu Vânia Almeida.À semelhança dos anos anterio-

res, a grande maioria das disciplinas dadas na UTIA vão manter-se, como Artes Decorativas, Língua e Cultura Portuguesa, Escrita Criativa, Histo-ria Local, Danças sem Idade, Espa-nhol, entre outras. Para além destas matérias, os alunos que ingressam na UTIA podem ainda frequentar o grupo de Cavaquinhos, a Tuna Sénior, as Danças de Salão e as Dan-

ças Regionais. Os idosos são pesso-as que trazem muito deles para as aulas, são muito participativos. Às vezes o que os professores prepa-ram para as aulas é insufi ciente por-que eles querem sempre mais. Há uma grande interactividade entre os docentes e os alunos e isso, é si-nais que estamos no bom caminho”,

afi rma a presidente.A UTIA nasceu a 4 de maio de 1998,

através de uma iniciativa da Palha de Abrantes e da TAGUS. Após três anos de funcionamento, a UTIA tor-nou-se independente e constitui-se como Associação Cultural com esta-tutos e órgãos sociais autónomos.Contactos: utiabran-

[email protected]

241 333 920

UTIT com novo corpo dirigenteO novo ano lectivo trouxe um

novo corpo dirigente à Universida-de da Terceira Idade de Tramagal, UTIT. António José Santos, Rui Ma-tos e Sara Pacheco são os respon-sáveis por este espaço educativo de Tramagal.

A UTIT reúne este ano já 89 alunos, mas ainda está aguardar por novas inscrições. Segundo o novo coor-denador, “a grande preocupação da nova direcção é trazer cada vez mais idosos para junto de nós, para que possam aprender e passar por momentos tão bons, como os que têm sido os dos últimos anos. Já te-mos connosco dois idosos estran-geiros, que residem em Tramagal e que este ano vêm para a escola”.

A UTIT reúne 23 disciplinas à es-colha dos mais idosos, como Arte da Vida Feliz, Artes e Bricolage, Ci-ências Sociais, Actividades Físicas, Cuidados de Saúde e Culinária, In-formática, Pintura, entre outras, e um grupo de cantares e de costura, que segundo António Santos são sessões bastante requisitadas pe-los idosos. “Eles adoram a compo-nente de canto e instrumentos mu-sicais, tal como o clube de costura e bordados. Todos os dias fi co sur-preendido e encantado com eles. Estes idosos são muito participa-tivos e gratos aos professores, são humildes e todos os dias vêm com uma vontade enorme de apreender cada vez mais”.

A UTIT está inserida na ARTRAM, Associação de Reformados de Tramagal, que comemora no pró-

ximo dia 29 de outubro 11 anos de existência. Contactos: UTITtramagal@gmail.

com

ARTRAM – 241 890 245

Constância promove ensino à terceira idade

São dois os pólos de ensino que existem no concelho de Constância à responsabilidade da Universidade Sénior. Um encontra-se na fregue-sia de Montalvo e o outro em Santa Margarida. Ao contrário das Univer-

sidades de Abrantes e Tramagal, a Universidade Sénior da vila poema tem um horário pós-laboral o que lhe permite ter um público-alvo mais abrangente, ou seja, não só os idosos mas também qualquer pes-soa a partir dos 18 anos de idade.

A Universidade junta cerca de 50 alunos distribuídos pelos dois es-paços de ensino. Actualmente, tem uma serie de disciplinas que valo-rizam mais a componente prática como, a Dança Social, Ioga, Artes Decorativas, Bordados, Informática, entre outras. Segundo o presiden-te da escola, Marco Gomes, “tenta-mos valorizar mais as práticas, pois são estas matérias que mais moti-vam os alunos, ao contrário das dis-ciplinas teóricas como o português, a matemática e as línguas”.

Com objectivos bem defi nidos para a escola, Marco Gomes disse ao JA que “pretendemos criar um pólo da universidade em Constân-cia, ainda mais porque tivemos um acréscimo considerável de inscri-ções para este ano lectivo”.

A Universidade Sénior está inte-grada na Associação Popular e So-cial de Constância, ou seja, os Bom-beiros Voluntários, e foi fundada em outubro de 2005. A sua origem es-teve ligada a um projecto de Luta Contra a Pobreza promovido pelos Bombeiros Voluntários da vila. Uma das missões do projecto era criar uma universidade sénior e a medi-da foi levada por diante.Contactos: universidadesenior-

[email protected]

912 387 131

8 EDUCAÇÃO

Estudar na terceira idade

• António Santos e Rui Matos, da UTIT

• Vânia Almeida, da UTIA

• Marco Gomes, da Universidade de Constância

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OUTUBRO2011 MAÇÃO 9

O passado dia 16 de setembro

deixou pintado de negro car-

regado, mais do que qualquer

um dos grandes incêndios,

este Concelho no centro geo-

métrico de Portugal – faleceu

o Senhor Elvino Pereira.

Abraçado à causa pública desde 1963, como membro do Conselho Municipal, tornou-se Vereador da Câmara Municipal de Mação, dois anos depois, cargo que exerceu até ao 25 de abril de 1974.

Em 1980 ganhou as eleições autárquicas locais e assumiu a Presidência da Câmara Munici-pal tendo ao longo de 21 anos conduzido os destinos do seu Concelho.

Em 2001 iniciou uma nova etapa do seu percurso políti-co, assumindo a Presidência da Assembleia Municipal local, cargo que ocupou até setem-bro de 2008, quando se des-pediu da vida política, já com mais de 80 anos.

Durante a sua vida esque-

ceu-se frequentemente de si para que os outros pudessem ter um presente e um futuro melhores. De norte a sul do concelho qualquer canto ou recanto, qualquer adulto ou criança, transporta consigo re-fl exos desta vida altruísta. Do associativismo ao desporto, do desenvolvimento económico à saúde, da solidariedade ao ambiente passando pela edu-cação (tive a felicidade de o acompanhar a Coimbra quan-do se garantiu o fi nanciamen-to para a nova EB2,3+S) passou todos os dias da sua vida para que o “seu” Mação e a sua re-gião fossem progressivamen-te melhores. Elvino Pereira fi -cará na história do Concelho como primeira e cimeira fi gura da sua história recente. Um ser humano extraordinário, com uma humildade e simplicida-de fascinantes e contagiantes para com quem consigo tra-balhava, ou a si, por qualquer motivo, se dirigia.

A sua inteligência e lucidez

fi zeram com que, de forma consciente e deliberada, fosse, nos últimos anos, ocultando a sua enorme visibilidade, para que outros não vissem ofusca-da a sua acção.

Nutri por este Homem e nu-tro pela sua memória uma ad-miração sem limites, aprecia-va de forma quase obcecada a sua forma de estar, tendo-a adoptado como modelo nas decisões que diariamente sou chamado a tomar. Recordo já com saudade as muitas con-versas que tivemos; faláva-mos de muitas coisas, mas ha-via dois assuntos que nos eram particularmente queridos: Ma-ção e o Benfi ca.

A enormidade deste ser hu-mano que era Elvino Perei-ra, paradoxalmente ancora-do num corpo tão pequeno, não teve em vida (por vonta-de própria) o reconhecimento formal que merecia. A Assem-bleia da República na sessão de 7 de Outubro aprovou por unanimidade o voto de pesar

nº22/XII “…O Distrito de Santa-rém perdeu um dos seus mais prestigiados autarcas, um dos grandes combatentes contra a desertifi cação do interior do país e um exemplo de boa ges-tão e rigor nas contas. Um guar-dião na racionalidade dos inves-timentos públicos. Um homem e um líder que liderava pelo exem-plo. As suas causas, pequenas ou grandes, eram sempre as causas dos outros. A Assembleia da Re-pública manifesta o seu profun-do pesar pelo falecimento de um homem dedicado à causa pública, que deixa o seu exem-plo como político e como pai, apresentando à sua família en-lutada, as suas condolências.”

Temos agora, nós, a obri-gação de, numa organização de dimensão municipal, dizer obrigado a este grande Se-nhor, Elvino Vieira da Silva Pe-reira.

Que Deus permita que seja-mos capazes de honrar a sua memória.

José António Almeida

Mação perdeu um grande senhor

• Elvino Pereira

jornaldeabrantes

OUTUBRO201110 ECONOMIA

Em tempos de crise econó-mica e fi nanceira o BNI Estra-tégia de Abrantes apresen-tou-se em maio com objecti-vos claros: 40 empresas e dois milhões de euros de volume de negócios num ano.

Passados seis meses do ar-ranque formal os responsá-veis por este grupo de em-presários em rede fi zeram o balanço positivo da activida-de inicial, 41 empresas fazem parte do projecto e o volume de negócios já vai num valor de 1,5 milhões de euros. É por isso, segundo Luís Pires, presi-dente do BNI de Abrantes um balanço positivo tanto mais que o grupo conquistou o galardão de platina ao funcio-nar durante três meses com 50 empresas. O presidente do BNI Estratégia mostrou a sua

satisfação e orgulho já que este galardão é único na Eu-ropa, num projecto que se es-tende a quase meia centena de países em todo o mundo.

Outro motivo de orgulho dos dirigentes assenta no fac-to do elevado número de vi-sitas que as reuniões do BNI Estratégia de Abrantes têm tido, facto que coloca o pro-jecto num patamar eleva-do em Portugal. Este pata-mar começou logo no arran-que e apresentação pública. Um grupo a começar com 30 empresas e com 350 pes-soas na apresentação públi-ca nunca tinha acontecido. A apresentação foi mesmo re-corde na Europa. Mas, apesar dos recordes, a participação dos empresários neste grupo, com reuniões todas as sextas-

feiras às 6h30m e com um li-mite de apenas três faltas por ano, já levou a algumas saídas. Luís Pires revelou que é preci-

so muito esforço para cum-prir os parâmetros, daí as fl u-tuações de membros. Neste momento o BNI Estratégia de

Abrantes está aberto a novos elementos, até porque há um conjunto de sectores de ac-tividade que não existem e

que, na óptica dos responsá-veis, deveriam estar represen-tados. Quanto ao volume de negócios, um milhão 550 mil euros, foram gerados segun-do o slogan do BNI “dar para receber”. No entanto, Luís Pi-res, garantiu não ter a estatís-tica de quantos negócios, ou valor destes, foram gerados directamente entre os mem-bros do BNI. Quanto ao futuro, o presidente do BNI Estratégia assume uma postura de maior visibilidade pública do projec-to e, paralelamente, abraçar projectos sociais, embora esse não seja o objectivo. Por outro lado, não está prevista a revi-são dos objectivos quanto ao volume de negócios, manten-do-se a meta de dois milhões de euros num ano.

Jerónimo Belo Jorge

O Montepio Abrantino Soares Men-

des fez 155 anos de existência. A sua

fundação foi a 29 de setembro de

1856 e desde então vive para ajudar

o próximo, nomeadamente no âmbi-

to dos socorros mútuos.

Caracteriza-se como uma associação mutualista onde os associados pagam uma cota anual e depois benefi ciam de serviços de saúde. Actualmente, a área da saúde é a que mais preocu-pa associação devido aos problemas que se fazem sentir nos dias de hoje, como a falta de médicos de família, o número de horas de espera nas salas dos centros médicos e o provável fe-cho de algumas extensões de saúde na região.

Manuela Ruivo, a presidente da as-sociação, que tomou posse no últi-mo mês de julho, explicou ao JA como funcionam os serviços de saúde dis-poníveis aos sócios do Montepio. “Te-mos uma assistência médica e me-dicamentosa bastante efi caz que se centra em três médicos de clínica ge-ral e vários de especialidade, ginecolo-gia, neurologia, oftalmologia, psiquia-tria, entre outras. Os nossos utentes pagam 2 euros e 50 cêntimos por con-sulta e podem recorrer aos nossos serviços por marcação prévia ou nos dias fi xos em que os médicos se des-locam à sede. Relativamente às recei-

tas médicas, grande parte dos nos-sos utentes deixam as suas receitas de medicamentos e os nossos médicos vão passando as receitas, o que evi-ta as horas de espera que acontecem nos centros de saúde e ainda mais agora com a falta de médicos de famí-lia. Temos como objectivo alargar es-tes serviços a vários cidadãos do con-celho de Abrantes e também aos cida-dãos dos concelhos limítrofes, pois o problema no sistema de saúde é geral e afecta todo o país.

Para estes três anos de mandato, Manuela Ruivo referiu que a direcção tem como objectivo iniciar a obra de requalifi cação da sede do Montepio, que se encontra em elevado estado de degradação, bem como requalifi car a casa que se encontra colada ao edifí-cio sede, que está também em estado de deterioração e que pode ser apro-veitada para outras valências a explo-rar, como serviços jurídicos ou segu-rança social, entre outros. “Estamos a enfrentar uma fase complicada ao ní-vel de fi nanciamento por parte do Go-verno, mas a associação vai arregaçar as mangas e fazer tudo o que estiver ao nosso alcance para dar inicio à obra, bem como trazer mais médicos de clí-nica geral ao nosso sistema de saúde. Queremos também atrair mais sócios a juntarem-se a nós para que possam benefi ciar dos serviços de saúde por

um valor simbólico, o que compensa bastante nos dias difíceis que correm”.

O Montepio paga aos médicos que prestam o serviço à associação e vai buscar as suas receitas a algumas ca-sas alugadas que tem pela cidade e às cotas dos sócios. O Banco Montepio Geral sediado na parte inferior da sede do Montepio Abrantino é um exem-plo de uma entidade que paga uma renda para ter as suas instalações na-quele espaço. Com estas receitas con-seguidas, a presidente diz que há tra-dições que ainda se mantêm, como a doação de um frasco de álcool de cin-co em cinco meses. Uma tradição an-tiga do Montepio, que ainda hoje per-siste e que continua a ter muitos só-cios interessados. Sócios que no total são três mil, o que faz do Montepio a maior associação do concelho de Abrantes e uma das mais antigas.

Manuela Ruivo confessou ao JA que já há muito sentia uma enorme von-tade de fazer voluntariado e a opor-tunidade em julho passado chegou. “É com um gosto enorme que esta di-recção e corpos sociais estão a traba-lhar na ajuda ao próximo. Eu sinto que tenho uma grande responsabilidade por este concelho e quando este con-vite me chegou, senti que estava na al-tura de dar o exemplo na ajuda e na promoção do bem comum”.

Joana Margarida Carvalho

• Joaquim Serras, Luís Pires e António Paulo, representantes do BNI

BNI igual a negócios em tempo de crise

MONTEPIO ABRANTINO

Um trabalho de muitos anos na ajuda ao próximo

• Manuela Ruivo, presidente da Associação

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OUTUBRO2011

A Câmara Municipal de Abrantes

recebeu da RPP Solar uma garantia

bancária no valor de 500 milhões

de euros, que avaliza a capacidade

fi nanceira da empresa liderada por

Alexandre Alves para concluir a ins-

talação da fábrica de painéis sola-

res.

Este documento era uma das exi-gências feitas pela autarquia para não revogar as licenças de cons-trução à RPP Solar, uma vez que o início da laboração estava previsto para o início do ano de 2010.

Segundo a presidente da Câma-ra Municipal de Abrantes, Maria do Céu Albuquerque, o empresá-rio apresentou um conjunto de do-cumentos dos quais faz parte esta garantia bancária. A autarca não adiantou qual o banco que emitiu a garantia e, em comunicado, reve-lou que está ao abrigo do “direito de confi dencialidade”. Para além da garantia bancária, a empresa “apre-sentou, por escrito, a recalendariza-ção dos trabalhos ainda por execu-tar das obras da unidade industrial e o cronograma descritivo da insta-lação e início de laboração das uni-dades industriais, espaçadas entre o último trimestre de 2011 e 2013”,

refere o mesmo texto emitido pela Câmara. No mesmo comunicado a autarquia adianta que Alexandre Alves está “em negociações com os credores para pôr fi m aos processos judiciais em curso”, interpostos por fornecedores que pedem a insol-vência da RPP Solar alegando a exis-tência de dívidas não liquidadas.

A Câmara de Abrantes deliberou na reunião de 16 de setembro, por unanimidade, não declarar a cadu-cidade do licenciamento da obra e dar um novo prazo adicional de 60 dias úteis para a conclusão da pri-meira fase do investimento. Contu-do, o prazo só começou a contar a partir de 3 de outubro, data em que

a acta da reunião anterior foi apro-vada pelo executivo.

No empreendimento industrial, que está implantado num terreno com uma área total de 82 hectares junto à Central Termoeléctrica do Pego, os pavilhões estão pratica-mente concluídos, faltando apenas alguns arranjos exteriores e a colo-

cação das primeiras linhas de mon-tagem.

O início da produção dos painéis foto voltaicos poderá ser uma reali-dade antes de 2012, caso a RPP So-lar cumpra o timing que apresentou à autarquia.

“Querendo fazer fé que estes do-cumentos atestam a efectiva capa-cidade do empresário em realizar o investimento, estamos convic-tos de estar em condições, em 60 dias úteis, para ver a concretização da primeira fase deste negócio em Abrantes, o que será para nós uma grande satisfação”, disse ao JA a pre-sidente da Câmara de Abrantes, Ma-ria do Céu Albuquerque, sublinhan-do o potencial de exportação deste tipo de indústria.

O projecto inicial da RPP Solar pre-via um complexo de produção de painéis foto voltaicos num inves-timento de centenas de milhões de euros e que, em cinco anos, te-ria criado cerca de 1.100 postos de trabalho. Na altura de arranque das obras, o empresário Alexandre Alves anunciou já ter uma conside-rável carteira de encomendas, mes-mo antes da unidade ter iniciado os trabalhos de construção.

Jerónimo Belo Jorge

ECONOMIA 11

A Mitsubishi Fuso Truck Eu-rope, fábrica sedeada em Tramagal apresentou na sex-ta-feira dia 14 de outubro o novo modelo da linha Canter. A fábrica de Tramagal vai pro-duzir a nova Canter para ex-portar para todo o mercado europeu mas também com um piscar de olhos a África, nomeadamente a Marrocos.

Este evento contou com a presença do secretário de Es-tado do Empreendedoris-mo e Inovação, Carlos Olivei-ra, que testemunhou o desfi -le dos novos modelos e uma surpresa, uma Canter quatro por quatro, para um segmen-to de negócio, que embo-ra seja marginal do ponto de vista fi nanceiro, tem a sua im-portância.

Carlos Oliveira registou como uma boa noticia esta apresentação que representa produção e exportação numa

altura em que o país está em crise. Já Jorge Rosa, CEO da Mitsubishi Fuso Truck Europe, revelou que este novo mode-lo “nos lança para uma nova década”. O modelo mais li-geiro da Canter tem um peso muito importante na Fuso e na Daimler. Jorge Rosa disse ainda que este ano a empre-sa terá um volume de negó-cios de 130 milhões de euros. “2012 deverá ter um cresci-mento de 15%, em relação a este ano”, confi denciou Jor-ge Rosa salientando a bus-ca de novos mercados para colmatar a crise da economia dos países do sul.

Os principais mercados do Fuso Canter são a Alemanha, Reino Unido, França, Itália, Portugal e Bélgica. Em 2008, a Mitsubishi reforçou a sua pre-sença nos mercados da Euro-pa de Leste e exportou pela primeira vez o Fuso Canter

para a Hungria, Bulgária, Eslo-vénia, Croácia, Bósnia, Sérvia e Montenegro. A Mitsubishi Fuso conta com uma rede de distribuição alargada em 33 países europeus. Cerca de 90% da produção anual é ex-portada.

Em outubro de 2008, na ce-rimónia de comemoração da Canter número 150.000, e na presença do Governo Portu-guês, o membro do Conselho de Administração da Daimler AG e responsável pela Divisão de Camiões, Andreas Rensch-ler, afi rmou: “O sucessor do ac-tual Fuso Canter também será produzido no Tramagal. Ire-mos investir cerca de 30 mi-lhões de euros no desenvol-vimento do produto e da uni-dade fabril.”

A nova CanterInovadora, a nova Canter in-

troduz em estreia mundial a

DUONIC®, a primeira caixa de velocidades manual automa-tizada (AMT) de dupla em-braiagem para camiões ligei-ros. A economia, o conforto e a segurança evoluíram para novos patamares. A optimi-zação da cadeia cinemática permite economias de com-bustível signifi cativas e a sus-pensão foi novamente me-lhorada. Com três classes de peso bruto (3,5t, 6,0t e 7,5t), três tipos de cabina diferen-tes, três variantes de motores e seis distâncias entre eixos (de 2.500 mm até 4.750 mm), o novo conceito de chassis su-porta todos os tipos de carro-çarias mantendo elevada car-ga útil, em todas as classes de peso bruto.

O espaço interior na cabina foi completamente redese-nhado. Portas com apoios de braço integrados, porta-luvas com fechadura, espelhos ex-

teriores aquecidos como op-ção, bem como ar condicio-nado automático potente, são apenas alguns dos deta-lhes do novo cockpit. E, gra-ças à alavanca de mudanças integrada no painel de instru-mentos, os passageiros terão um amplo espaço interior.

Inaugurada em 1964, a fá-brica do Tramagal, situada a

150 quilómetros de Lisboa, iniciou o fabrico de produtos Mitsubishi em 1980. Desde 1996, a fábrica produz exclu-sivamente comerciais ligeiros Fuso Canter para o mercado europeu. Em 2004, a designa-ção social da empresa passou a ser “Mitsubishi Fuso Truck Europe, S.A.”.

Jerónimo Belo Jorge

FÁBRICA TEM 60 DIAS PARA INICIAR PRODUÇÃO

RPP Solar apresentou garantia de 500 milhões

Mitsubishi Tramagal iniciou produção da nova Canter

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OUTUBRO201112 DESPORTO

Pedro Morgado, natural do Pego, vai representar a região como co-piloto de Manuel Espadinha Pires. Os colegas de equipa vão competir numa Isuzu Rodeo, na categoria T2, via-tura TT de série. Desde há dez anos que Pedro Morgado par-ticipa em provas de TT, mas este é o primeiro ano que vai dis-putar a Baja Portalegre. “Só este ano é que consegui ter todas as condições favoráveis ao nível da viatura e patrocínios para ir à Prova Rainha. É de salientar que é um pouco dispendioso participar nestas competições. As inscrições são extremamen-te dispendiosas e hoje em dia arranjar patrocínios não está fá-cil. Estas condições adversas acabam por condicionar muito os que querem participar e o próprio desporto automóvel fi ca prejudicado”. À semelhança dos outros pilotos, Pedro Morga-do considera que o estado do tempo é bastante importante. “Era óptimo que chovesse um pouco, para que o terreno fi cas-se mais macio. Um tempo ameno proporciona que não haja tanto pó nem calor. O grande objectivo para mim é concluir a prova”. O co-piloto do Pego afi rmou que tem as suas expec-tativas elevadas e que tem treinado imenso. “Temos treinado, confi o na minha viatura e tenho contado com o apoio de co-legas que conhecem bem esta prova. A Baja Portalegre é, sem dúvida, uma prova mítica e de referência no TT. É com prazer que vamos dar o nosso melhor”.

BAJA PORTALEGRE 500

“A Prova Rainha” do Todo o Terreno junta os melhores da regiãoJOANA MARGARIDA CARVALHO

A prova de Todo o Terreno Baja Portalegre

500 comemora este ano 25 anos de exis-

tência. Foi em 1987 que José Megre e Pedro

Villas Boas promoveram a prova que se tor-

nou uma referência nacional e internacional.

À medida em que as provas iam decorren-do, de ano para ano o número de participan-tes também foi aumentando, chegando mes-mo atingir 450 pilotos em prova. Nesta edi-ção de 2011, que vai decorrer nos dias 27, 28 e 29 de outubro, a nossa região vai estar bem representada com a presença de vários pilo-tos já experientes no Todo o Terreno (TT). O Jornal de Abrantes falou com alguns e dá-lhe a conhecer um pouco da história de cada um.

Rui Marques leva o nome de Mação à Baja Portalegre desde o ano de 2007. Nesta edição 2011, Rui vai fazer-se representar na sua Nissan Navara e vai competir na cate-goria T8, veículo sem homologação. Rui Marques é um conhecedor de várias provas nacionais. “Desde criança que a paixão pelos carros e motos me acompanha. Par-ticipei já em vários campeonatos”. A Baja Portalegre é a prova que mais gozo dá ao piloto de Mação. “A Baja é a prova de Todo o Terreno em Portugal que qualquer par-ticipante tem um especial gozo em realizar. Tem uma envolvência diferente e um certo misticismo em torno dela, onde muitos pilotos mostram aquilo que realmen-te valem. Estou convencido que este ano muitos pilotos que estão afastados do TT vão voltar à competição. Vai ser muito gratifi cante participar junto dos melhores”. Rui Marques espera ganhar na sua classe. “No ano passado desisti a 60 km do fi nal da prova, havia muita água que atingiu a parte eléctrica do meu carro que acabou por parar. Este ano espero que tal não aconteça”.

Foi no ano de 2009 que Frederico Miranda se estriou na Baja Portalegre em “moto quatro”. A sua presença na Baja tem sido uma constante, não como piloto mas como assistente de ou-tros pilotos. Este ano, Frederico vai participar como piloto num buggy. “Nunca fi z nenhuma prova de buggy. O buggy é mui-to recente, é uma classe nova que tem vindo a crescer neste tipo de provas. Acaba por ser muito semelhante à “moto qua-tro”, mas com uma estrutura diferente. Já a adrenalina é muito semelhante, apanhamos tudo, a chuva, o pó, etc. O carro que tenho não é dos mais rápidos, atinge os 135 km hora… A es-trutura do buggy é um factor favorável, pois protege melhor o piloto, contudo tudo é perigoso no Todo o Terreno”.

Frederico Miranda confessou ao JA que vive com grande in-tensidade o ambiente do TT. “A Baja é uma prova emblemática. É um ambiente que nos deixa numa adrenalina constante. São três dias em que estou nas nuvens. Quanto à minha participa-ção, gostaria muito de terminar a prova, porque a Baja é bas-tante dura, sempre com condições adversas relativamente ao tempo. O ideal era chegar ao pódio na minha classe, é difícil mas sou ambicioso e estou optimista”.

“A Baja é uma prova de referência”

PEDRO MORGADO

“Uma prova que tem mistica”

RUI MARQUES

“ A Baja é uma prova emblemática”

FREDERICO MIRANDA

• Carlos Sainz na estreia do novo Race Tuareg na Baja de 2005

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OUTUBRO2011 DESPORTO 13

José Mendes, fi lho de Santinho Mendes, uma referência para todos os pilotos, vai estar em competição mais um ano. José Mendes fez a Baja Portalegre há 25 anos atrás na companhia do pai. “Por um desfasamento de tempo fi cámos em segundo lu-gar, foi uma experiência óptima. Desde então tenho participado em quase todas as provas”. A Mitsubishi Strakar foi a viatura escolhida, uma pick up que vai competir na categoria T1, viatu-

ra TT modifi cada. “A viatura tem evoluído muito bem em pro-vas que temos feito, onde te-mos obtido bons resultados”. O clima quente que se tem senti-do não é favorável para os par-ticipantes da Baja. José Mendes destaca um problema. “Com o tempo assim, o pó é uma cons-tante, o que nos difi culta imen-so a prova, temos de ter uma atenção redobrada”. Apesar do receio pelo tempo que se fi zer sentir, o piloto está optimista.

“Estou muito confi ante, vou de-fender as cores da minha terra e espero ganhar bem e espero que o público adira em massa. Sinto um carinho enorme por esta prova porque ela, na gran-de maioria das edições, atraves-sa a nossa terra. Tenha muito pena que não haja uma prova de TT em Abrantes. Espero que um dia possa ser possível, pois há muitos participantes bons e válidos e temos pistas das me-lhores aqui bem perto de nós”.

“Fiz a primeira Baja há 25 anos”Duarte Morgado natural de São Miguel

do Rio Torto é o segundo ano em que vai participar na “Prova Rainha” com o colega Ricardo Menezes. Duarte sonha desde os dez anos em ser piloto de motas de Todo o Terreno e volta a mostrar este ano o que vale na Baja Portalegre. “A vontade que te-nho de voltar à Baja é enorme. Concluir a prova de moto é o meu grande objectivo e fi co logo com vontade de voltar rapida-mente. É um sonho poder participar com os melhores pilotos do todo o terreno na-cionais e do mundo�. Para a competição na categoria das motas Duarte disse ao JA

que estão inscritos cerca de 130 partici-pantes. “Os 25 anos de Baja vão atrair sem dúvida mais pilotos, como também pilotos de referência como o Jean-Louis Schlesser, que já participou inúmeras vezes no Dakar e na Baja. As condições que a organização vai promover são as melhores e vão poder incluir em prova vários géneros de motas, motas clássicas, de maior cilindrada, etc . O clima é um factor que também preocu-pa o piloto de São Miguel. “Era óptimo que chovesse toda a semana anterior e que fi -zesse sol nesses dias de prova. O pó é um dos maiores inimigos dos pilotos”.

“O objectivo é concluir a prova”DUARTE MORGADO E RICARCO MENEZES JOSÉ MENDES

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OUTUBRO201114 MAÇÃO

Mação é um dos cinco municípios do distrito de Santarém onde está a ser implementado o Programa de Conforto Habitacional para Pessoas Idosas (PCHI). Este é um projecto destina-do a munícipes com idade igual ou superior a 65 anos. À semelhança do concelho de Sardoal, onde este pro-grama já foi implementado, agora é a vez de Mação. É um programa determinado pelo Governo, com o objec-tivo de intervir em territórios com uma taxa signifi cativa de população envelhecida.

O objectivo visado é a qua-lifi cação da habitação das pessoas idosas, que muitas vezes vivem sem o mínimo de condições, o que leva à sua institucionalização. Pre-tende-se, por isso, a manu-tenção dos idosos nas suas casas, proporcionando-lhes o maior conforto e condi-ções de habitabilidade.

A Câmara Municipal de Mação, em conjunto com o Ministério da Segurança Social, vai responsabilizar-se por algumas obras e pela

aquisição de alguns equipa-mentos suportando os en-cargos com os materiais e os equipamentos necessários até ao montante de 3.500€ por habitação. O programa foi apresentado no Conce-lho Local de Acção Social onde estão representadas todas as entidades do con-celho com competências nesta matéria, para que to-dos em conjunto possam identifi car e sinalizar todas as situações que possam ser alvo desta intervenção.

Segundo Vasco Estrela, ve-reador da Acção Social e vi-ce-presidente da Câmara Municipal da Vila de Mação, o objectivo deste programa é: “Evitar que os idosos com mais de 65 anos, em algu-mas circunstâncias se vejam forçados a recorrer a Institui-ções Particulares de Solida-riedade Social (IPSS) a nível de internamento e possam estar na sua própria habita-ção”. As candidaturas estão abertas no Serviço de Acção Social da autarquia a partir de 3 de outubro.

Filipa Pereira

O protocolo de geminação,

assinado no dia 5 de Outu-

bro, entre Mação e Buriti dos

Montes, um município brasi-

leiro do Estado do Piauí, nas-

ceu de um trabalho feito no

âmbito académico e cientí-

fi co.

A aposta que Mação faz na cultura, na investigação e na promoção da arqueologia, através da colaboração com o Instituto Politécnico de Tomar, pode agora dar fru-tos em termos económicos. O turismo cultural e o turis-mo de montanha são portas que se abrem para o desen-volvimento da região e a par-ceria com Buriti dos Montes permitirá a concretização de projectos em conjunto, no-meadamente no sector em-presarial.

As duas localidades agora geminadas têm em comum uma população com cer-ca de 10.000 habitantes e o facto de terem no seu terri-tório sítios arqueológicos de gravuras rupestres. Aliás, foi a descoberta de um destes sítios em Buriti dos Montes que fez com que esta locali-

dade aprofundasse a relação que já vinha a desenvolver com Mação. Depois de ter concluído o seu Mestrado Mundus em Mação, a então estudante Luana Campos voltou ao Brasil e, enquan-to arqueóloga, teve conheci-mento de um património de arte rupestre digno de ser es-tudado e decidiu pedir ajuda aos professores que conhe-ceu em Portugal. Luís Ooster-beek, director científi co do Museu de Arte Pré-Histórica e do Sagrado do Vale do Tejo, em Mação, e coordenador dos cursos de mestrado que ali funcionam, conta que um dia recebeu um mail de Lua-na Campos “a dizer que tinha aparecido um complexo de arte rupestre novo, no Brasil, e que era uma coisa extraor-dinária”. Verifi cando-se as ca-racterísticas exemplares do achado, aprofundaram-se relações. A arqueóloga re-conhece que o potencial ar-queológico do Brasil “é imen-so”, mas que “os profi ssionais são poucos”. Por isso mesmo, esta ligação com Mação per-mitirá que os especialistas portugueses venham a con-

tribuir para um melhor co-nhecimento das gravuras ru-pestres de Buriti dos Montes. Oosterbeek garante que “é uma grande honra ajudar a estudar essa realidade”.

Mação e Buriti dos Montes têm também em comum o facto de acreditarem na cul-tura como potencial de de-senvolvimento económico. A partir da arte rupestre, será possível aumentar o número de estudantes brasileiros em Mação, intensifi car os fl uxos entre as duas regiões e es-tabelecer negócios entre os empresários das duas comu-nidades.

Saldanha Rocha, presiden-te da Câmara de Mação, não tem dúvidas: “A área cultural é, e continuará a ser, no meu espírito, um forte potencial para gerar riqueza. O Museu é um veículo importante por-que atrás do trabalho científi -co e das relações que se esta-belecem entre as duas partes virão outro tipo de oportuni-dades, que vão gerar riqueza e mais-valias para a econo-mia do nosso território.” Uma das formas de o fazer será através do turismo de monta-

nha, utilizando os estradões não só para desportos como o BTT, mas também para cir-cuitos arqueológicos e turísti-cos, o que aumentará o fl uxo de pessoas em Mação.

O autarca adiantou ain-da que o modelo de reordenamento da fl oresta de Mação pode vir a ser ex-portado para o Brasil. As re-lações académicas já deram origem a “contactos muito avançados com três Estados” brasileiros: Piauí, S. Paulo e Minas Gerais. Saldanha Rocha revela que as entidades brasi-leiras “estão verdadeiramen-te rendidas” às propostas de trabalho que estão a ser fei-tas por Mação para a gestão integrada do território. “Resta quantifi carmos para poder-mos apresentar uma propos-ta clara sobre os custos que podemos apresentar.” Con-siderando que os recursos existem e que o governo bra-sileiro já tem programas para este tipo de intervenção no território, o autarca está con-fi ante: “O nosso modelo pode muito bem ser replicado na-queles territórios.”

Hália Costa Santos

Programa de Conforto Habitacional em Mação

MAÇÃO E BURITI DOS MONTES, DO BRASIL EM GEMINAÇÃO

Gravuras rupestres dão origem a geminação

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OUTUBRO201116 TRADIÇÕES

O dia 1 de novembro, mais conheci-

do como o dia de “Todos os Santos”,

é considerado um feriado religioso

e foi criado pela igreja para celebrar

todos os cristãos que se encontram

na glória de Deus, quer tenham sido

canonizados ou não e para que os fi -

éis não se esquecessem dos Santos.

A Igreja celebra este dia Santo a 1 de

novembro, seguido do Dia dos Fiéis

Defuntos ou Dia de Finados a 2 de

novembro.

Esta tradição de recordar os “santos”, está na origem da composição do ca-lendário litúrgico em que constavam as datas de aniversário da morte dos cristãos, realizando-se nelas orações, missas e vigílias habitualmente no mesmo local ou nas imediações onde tinham sido mortos. Posteriormente e como acontece hoje em dia as pesso-as começaram a dirigir-se às igrejas e aos cemitérios. O dia 1 de novembro, para todos aqueles que nasceram fora das grandes cidades, traz à memó-ria as crianças logo pela manhã com um saco de pano, em grupos, indo de casa em casa nas aldeias, pedindo os “bolinhos” e recitando versos.

As pessoas davam o que podiam. Desde bolos a chocolates, rebuçados, romãs, dinheiro, nozes, etc. A tradi-ção de pedir os bolinhos teve origem em Lisboa no ano de 1756, um ano depois do terramoto que destruiu a capital portuguesa. Como a data do terramoto coincidiu com este feria-do religioso, a população aproveitou a solenidade do dia para desencade-ar, por toda a cidade, um peditório, com a intenção de minorar a situação de pobreza em que fi caram. As pes-soas percorriam a cidade, batiam às portas e pediam que lhes fosse dada

uma esmola. Qualquer coisa, mes-mo que fosse pão, dada a fome que permanecia pela cidade. E as pessoas pediam: “Pão por Deus”. Até meados do séc. XX, o “Pão-por-Deus” era uma comemoração que minorava as ne-cessidades básicas das pessoas mais pobres, principalmente na região de Lisboa. Foram então surgindo outras variações na forma e no nome da co-memoração. A designação de Dia dos Bolinhos em Lisboa nunca foi utiliza-da e nem sequer era conhecido com este nome. Com o decorrer dos tem-pos esta foi uma tradição que se foi perdendo e já é muito raro encontrar-mos esta tradição nas grandes cida-des, mas nas aldeias e vilas mais pe-quenas isto ainda acontece.

Dia de FinadosO Dia de Finados ou dos Fiéis De-

funtos é assinalado a 2 de novembro, logo depois do dia de Todos os San-tos. É um dos cultos mais antigos do mundo e esteve presente em quase todas as religiões. No inicio não era comemorado nos cemitérios, mas com o evoluir dos tempos, passou a comemorar-se nestes locais com ve-las e fl ores e com celebrações de mis-sas em nome dos fi nados. Tradicio-nalmente as fl ores depositadas nos cemitérios são os crisântemos. Estas representam o sol e a chuva, a vida e a morte. Podem ser amarelas, brancas ou vermelhas. Em Portugal e noutros países da Europa este dia é celebrado com muita tristeza pois são recorda-das pessoas de família e amigos que já morreram. Mas existem países em que o culto dos mortos é comemora-do de uma maneira completamente diferente. Como no México, que ape-

sar de também ser um país católico, este dia é celebrado com alegria e fes-ta.

Até mesmo no nosso país existem maneiras diferentes de celebrar este dia, enquanto no continente as pes-soas visitam os cemitérios, nos Aço-res e na Madeira é normal as pessoas abrirem a porta aos seus vizinhos du-rante todo o dia 1 de novembro. En-chem as mesas de bolos, castanhas assadas e água-pé para oferecer e vê-em-se grupos de pessoas a passear pelas ruas entrando de casa em casa.

Apesar de não existir uma explica-ção racional, na maioria dos Dias de Finados, chove ou o tempo está enu-blado. Segundo as crenças populares a chuva representa as lágrimas das pessoas que são derramadas do céu.

Bolos Típicos dos SantosEste dia, é também caracterizado

pelos bolos tradicionais de cada re-gião. Os bolos dos santos, as broas de mel e frutos secos e também pelas frutas, como a romã e o dióspiro que são tradicionais desta época do ano.

Apesar de hoje em dia, as crianças pedirem os bolinhos ou santinhos para receberem mais rebuçados e chocolates, do que bolos, dinheiro ou fruta, o que é tradicional nesta época.

Existe uma grande panóplia de re-ceitas e bolos típicos de cada região, específi cos desta época do ano. Ain-da que vejamos durante quase todo o ano em muitas pastelarias, as broas de mel e noz, estas são características deste dia do ano. Outros bolos mais específi cos são os chamados bolos dos santos, que variam de nome de região para região mas a receita é es-sencialmente a mesma.

Filipa Pereira

Humberto Felício

(Vocalista dos The Kaviar)Ia com a minha irmã e corría-mos as ruas todas da Chainça e era engraçado, porque era um dia diferente em que che-gávamos a casa com um saco cheio de bolos doces e rebu-çados. Era engraçado partilhar esse dia com a minha irmã.Recebia bolos doces e rebuça-dos. Ainda havia muitas pes-soas que davam uns trocos.

Francisca Laia

(Canonista do CD Patos)Sim, até aos 14 anos fui sem-pre. Essencialmente recebia doces e por vezes dinheiro mas pouco. Acho que é uma tradição que devia ser manti-da mas que se está a perder a pouco e pouco. Hoje em dia acho que muito menos gente vai e cada vez mais tarde.

Máximo Ferreira

(Presidente da Câmara Municipal de Constância)Sim. Era um momento de convívio com colegas e ami-gos fora do ambiente da es-cola, em que íamos todos jun-tos bater a algumas portas, pois havia algumas em que sabíamos que não se obtinha nada. Dê-me os bolinhos pelo louvor dos seus santinhos era como se pediam os bolinhos na minha altura. Recebíamos tremoços, rebuçados, passas de fi go, alguns tostões e aqui-lo que me recordo mais era das romãs da ti’ Narcisa.

Pedia os bolinhos?

Novembro… frio, chuva, castanhas assadas e crisântemos, muitos crisântemos nas ruas de Abrantes.

Actualmente, nas escadas das igrejas de S. João e S. Vicente, ainda há uns restos que fi caram des-sa tradição de Abrantes que teve origem na pri-meira metade do século XX.

Foi em Novembro de 1936 que foi realizada a primeira exposição de crisântemos no Jardim do Castelo. Foram na altura expostas 90 varieda-des. Era então chefe dos jardineiros municipais o Sr. Simão Vieira, que fazia da sua profi ssão uma arte.

Graças ao seu trabalho, a Câmara Municipal de Abrantes ganhou, na década de 40, vários pré-mios na secção de placas ajardinadas na Exposi-ção Nacional de Floricultura em Lisboa.

Mas voltando à tradição dos crisântemos em Abrantes, esta começa em 1936 com uma pri-meira exposição no jardim do castelo, foi cres-cendo de ano para ano e em 1949 fez-se a pri-meira exposição de crisântemos nas ruas da ci-dade de Abrantes.

Foram na ocasião, expostos 3000 vasos, com 371 variedades de crisântemos, muitas das quais criadas pelo jardineiro Simão Vieira.

A tradição continuou e reforçou-se na década de 50, quando a tradição da fl or atingiu o seu ex-poente máximo em Abrantes.

Muitos lembrar-se-ão ainda dessa profusão de fl ores, de formas e cores variadas que, em No-vembro, preenchia todos os recantos da cidade.

Depois a tradição foi decaindo e hoje dela res-tam apenas algumas dezenas de vasos de crisân-

temos, nas escadarias das igrejas de S. Vicente e S. João a lembrar que outrora, no mês de Novem-bro, a cidade de Abrantes se vestia de fl ores.

Isilda Jana

Estórias da nossa História

Fonte: Arquivo Municipal Eduardo Campos - Arquivo iconográfi co

Do passado ao presente... onde pára a tradição

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OUTUBRO2011 ACTUALIDADE 17

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O Dia Mundial da Poupança assinala-se no dia 31 de outu-bro. Este dia foi criado com o intuito de alertar os consumi-dores para a necessidade de disciplinar gastos e de amea-lhar alguma liquidez, de for-ma a evitar situações de so-bre-endividamento. A ideia de criar uma data especial para promover a noção de poupança surgiu em outubro de 1924, durante o primeiro Congresso Internacional de Economia, em Milão. A pou-pança tem um papel funda-mental na sociedade. Actu-almente, quando se fala de poupança, fala-se não só de dinheiro e sustentabilidade como também de recursos

naturais. O alerta para a uti-lização moderada dos recur-sos à nossa disposição e a protecção do planeta são as-suntos também tratados no Dia Mundial da Poupança. Este é um dia para repensar a maneira de estar no mun-do, e nos dias de hoje, com a disponibilidade de infor-mação ao alcance de um cli-que na internet, a divulgação e as formas de poupar estão cada vez mais próximas de cada um. Hoje, e sempre, a poupança é fundamental, se a entendermos como uma estratégia pessoal, nacional ou mundial, tendo em vista a possibilidade de um futuro sustentável.

Na última edição do Jornal de Abrantes do mês de se-tembro foi colocado na pá-gina 11 uma legenda erra-da. Por lapso apareceu Tiago

Alves da Quinta Vale do Armo em vez de Lurdes Caetano da Quinta de São José. Aos vi-sados os nossos pedidos de desculpa.

Algumas ruas da vila de Sardoal vão encher-se de vendedores para a realização da tradicional Feira de São Simão ou Feira da Fossa, como também é conhecida. Desde cas-tanhas, nozes, amêndoas, cereais, passando por roupa e calçado, vá-rios são os produtos que vão estar para venda dia 28 de outubro, na Avenida Luís de Camões, Praça da República e artérias adjacentes. Há cerca de 50 anos, no dia 28 de ou-

tubro, um grupo de pessoas vindo dos concelhos de Proença-a-No-va, Sertã e Oleiros, deslocava-se ao Sardoal para a apanha da azeitona. Mas esta feira remota a 1750, sendo uma das feiras mais importantes do norte do Ribatejo, até meados dos anos 70.

A Feira de São Simão era a grande oportunidade da população conce-lhia, e não só, para adquirir roupa e calçado para o Inverno que se apro-

ximava, para o que se contava com algumas poupanças da ceifa e com o produto da venda de algumas aves, que as aldeãs traziam, trans-portando-as em cestos à cabeça.

Caracterizada pelo comércio de cereais e de frutos secos, próprios deste período sazonal, a Feira de São Simão é sempre um certame que alia a vertente de mercado, a um âmbito mais vasto de convívio e animação.

Tradição na Feira de S. Simão, em Sardoal

Rectifi cação

A poupança é um gesto simples

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OUTUBRO201118 CULTURA

TERESA APARÍCIO

Este imponente templo domina

um planalto, de onde se avista um

soberbo panorama que se esten-

de desde os telhados antigos do

casario da vila, até ao Tejo que ser-

penteia, espraiando-se pelas pri-

meiras lezírias, acabadinho de sair

das apertadas colinas beirãs, mais

a montante.

Mas esta igreja, que hoje é a ma-triz, não o foi desde o início. A pri-mitiva foi na igreja de S. Julião, situ-ada em baixo, no largo onde hoje se encontra o pelourinho, mas as tropas de Napoleão, quando das Invasões Francesas, vandalizaram-na e deixaram-na incapaz para o culto. A matriz passou então para a igreja da Misericórdia, mas de tão pequena que era, depressa se viu que para isso não tinha condições. Mais tarde, o rei D. João VI, apenas a título provisório, transferiu-a para a Senhora dos Mártires, bonito e espaçoso templo, terminado ain-da não há muito tempo. De matriz provisória passou a defi nitiva, pois as obras, em S. Julião, nunca se che-garam a fazer, acabando mesmo as suas ruínas por serem completa-mente arrasadas.

O local onde se encontra esta igreja de Nossa Senhora dos Márti-res, tem, no que respeita ao sagra-do, já uma longa história. Alguns séculos atrás, existira, nas proximi-dades, uma capela com a mesma invocação, onde acorria gente de muito longe para rezar à imagem da Virgem, tida por milagrosa. Era um local de culto antigo, pelo que em meados do século XVI, já o pe-queno templo se encontrava mui-to arruinado e a precisar urgente-mente de obras. O bispo da Guar-

da, a cuja diocese pertencia esta povoação, constatando o facto, or-denou que se destruísse a capela e se construísse uma outra, nas pro-ximidades da antiga. Começaram as obras, mas o novo templo era, como o anterior, demasiado pe-queno para o povo que a ele acor-ria, pelo que, passado algum tem-po, a Confraria de Nossa Senho-ra dos Mártires resolveu construir, no mesmo local, uma outra igreja maior. Iniciaram-se as obras, que foram demorando longos anos, até porque o dinheiro não abundava. Até que em 1727, D. João V, com os cofres bem recheados com o ouro do Brasil, promoveu a arrematação das obras que faltavam e que de-viam ser concluídas com rapidez. A nova igreja era ampla e bela e cres-ceu tanto que acabou por envolver completamente a capela planea-da anteriormente, que acabou por ser destruída, restando dela ape-nas um arco, do lado do Evangelho, que ainda ostenta uma data -1637. As obras é que não foram tão rápi-das como o rei desejara, pois só no ano de 1765 o altar-mor foi conclu-ído e a igreja, enfi m, benzida e mes-mo assim, ainda algumas obras dos altares laterais estavam por con-cluir.

Este templo ainda hoje impres-siona pela sua beleza, podendo nele destacar-se a harmonia da dis-tribuição dos espaços e as estátuas de estuque branco que contrastam com o colorido das talhas e pintu-ras. Tem oito capelas laterais, qua-tro de cada lado, salientando-se en-tre elas a de Nossa Senhora da Boa Viagem, padroeira dos barqueiros do Tejo, em tempos a principal ocu-pação dos homens desta vila. Ain-da hoje se faz em Constância, em segunda-feira de Páscoa, uma fa-

mosa procissão que vai até ao rio, onde é dada a bênção aos barcos engalanados.

A imagem da Virgem da Boa Via-gem estivera, em tempos, na igreja de S. João Baptista, mas como esta, a certa altura, começou a fi car bas-tante danifi cada, transitou para a de S. Julião, que também já não estava nas melhores condições. Como os marítimos queriam uma residên-cia condigna para a imagem que tanto veneravam, congregaram-se e conseguiram oferecer à Virgem este bonito altar, onde fi cou a mo-rar defi nitivamente.

Nos fi ns do século XIX, foram fei-tas obras e então o tecto foi en-riquecido com uma pintura de Malhoa. Representa a Virgem da Assunção, com formas de deusa grega, rodeada de anjos e com um jovem e um ancião aos pés. Este úl-timo representará o Tejo e o outro o Zêzere, menos corpulento mas muito mais impetuoso.

Esta igreja tem ainda muitos ou-tros motivos de interesse, merece-dores de uma visita atenta e de-morada. Entre eles destacam-se uma pintura de Nossa Senhora da Conceição, atribuída a Domingos Sequeira e uma imagem de pedra, muito antiga, encontrada numas obras feitas em 1953, metida numa parede, onde talvez tenha sido pos-ta voluntariamente, para evitar o roubo ou a profanação. Não foi ain-da identifi cada, mas pensa-se que poderá ser a primitiva imagem de Nossa Senhora dos Mártires, da an-tiga capela ali existente e que fora objecto de grande devoção por parte das populações locais.Bibliografi a. Coelho, António Ma-tias, “Histórias do Património do Con-celho de Constância”, edição da Câ-mara Municipal de Constância, 1999.

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A igreja de Nª Senhora dos Mártires

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OUTUBRO2011 CULTURA 19

RETRATO TIPO PASSE

O Sr. João, ou melhor, o Dr. Pires da Silva“Tive muita sorte, mas trabalhei

muito para tê-la, e aproveitei todas

as oportunidades”

Nasci na Carregueira de Mação em Janeiro de 1949. Aqui fi z a escola pri-mária, hoje primeiro ciclo, e fui tra-balhar para Mação num armazém de mercearias, a empacotar arroz, açúcar e farinha. Dois anos depois fui convidado para aprender um ofí-cio, que era na altura uma coisa im-portante. Calhou-me o de maleiro, que não era sujo como o dos me-cânicos nem violento como o dos que andavam a acarretar madei-ras. Ali permaneci dos 11 até quase aos 19 anos. No último ano, come-cei a estudar à noite e fi z os exames de admissão ao liceu e o primeiro ci-clo de acesso à Escola Comercial de Abrantes. Nesse ano, 1967, abriu em Abrantes uma Secção do Liceu Na-cional de Santarém e consegui en-trar como contínuo. Era o “Sr. João”, o único contínuo, e a D. Albertina a única contínua. Já tinha uma secre-tária para mim, andava de gravata e convivia com um tipo de pessoas completamente diferente das que tinha na profi ssão anterior. Estive ali dois anos, muito importantes para mim pelo novo ambiente e porque

consegui continuar a estudar. Matri-culei-me na Escola Comercial, à noi-te, mas percebi logo que assim iria demorar muito tempo. Então, no se-gundo ano deixei a Escola e fui fazer como externo a parte de letras do actual terceiro ciclo e… tive que ir para a tropa, em 1969.

Não cheguei a ir ao Ultramar, mas fui sempre estudando e quando acabei a tropa, três anos depois, já só me faltava uma disciplina para acabar o ensino secundário (en-tão 7º ano). Fi-la e entrei em Direito, também à noite porque entretanto empreguei-me num banco, em Lis-boa. Casei, tive dois fi lhos, sempre a trabalhar e a estudar. Depois fi z o estágio de advocacia, e ainda exerci durante quatro ou cinco anos, o que até era bem visto pelo próprio ban-co. Desiludi-me completamente da advocacia e na primeira oportunida-de enveredei pela carreira de direc-ção bancária. Fiz aí a minha carreira, onde tive muita sorte, mas onde tra-balhei muito para tê-la, e aproveitei todas as oportunidades que se me proporcionavam. E foi daí que me reformei.

Entretanto, no início da carreira directiva, fui convidado para fazer a primeira pós-graduação em Gestão

Bancária e Seguros, num projecto do Instituto de Gestão Bancária com a Universidade Católica. Foi um mar-co muito importante na minha vida. Por um lado, pela séria difi culdade que tive, pois é um curso essencial-mente destinado a economistas e onde se trabalha com instrumentos matemáticos, que eu não dominava de todo. Foi violento, mas foi muito gratifi cante. Por outro lado, abriu-me uma série de portas, não só no

próprio banco, onde fomos apenas três a fazer esse curso, mas também no mundo académico, pois fi quei li-gado ao Instituto de Gestão Bancá-ria. Primeiro porque, impulsionado pelo Dr. Hernâni Lopes, o director do curso, fui o motor da constituição da Associação dos Antigos Alunos des-te curso, de que sou o sócio número um. Há seis anos, reformei-me, por-que entendi que a minha carreira tinha chegado a um ponto em que

não valia a pena insistir mais. Como director dos Recursos Humanos que fui durante muitos anos, tinha visto muitas pessoas que tinham tenta-do levar a carreira até ao limite em que já não lhes restava nada senão ir para casa… e tratar das doenças. Por isso, saí. Tive então a sorte de ser convidado pelo Instituto onde fi z a referida pós-graduação para dirigir a escola para jovens, com o 9º ou 12º anos, que se candidatam à ban-ca. Foi uma nova experiência, mui-to interessante, de seis anos. No ano passado deixei a direcção da escola e sou apenas professor. Lecciono di-reito bancário, fi scalidade, técnicas e vendas, e mundo actual, que é a nova ordem económica mundial. Esta última a meu pedido, porque é muito aliciante, pois ali pensa-se o que será o mundo daqui a cem anos ou duzentos. E pronto, espero con-tinuar assim mais uns anitos, a ensi-nar o que me ensinaram a mim.

Ao longo dos anos, tenho mantido a minha ligação à Carregueira, por-que tinha cá a minha mãe e ainda cá estão os meus sogros e por causa das oliveiras, um hobbie que eu te-nho. O azeite que se come na minha casa tem ido todo daqui.

por Alves Jana

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OUTUBRO201120 CULTURA

Abrantes Até 30 de Outubro – Expo-sição Antevisão III do Mu-seu Ibérico de Arqueologia e Arte – Castelo de AbrantesAté 31 de Outubro – Exposi-ção das Vindimas – Posto de Turismo, das 9h30 às 17h30Até 25 de Novembro – Ex-posição Carrilho da Graça – Galeria Municipal de ArteA partir de 21 de Outu-

bro – Exposição de fotogra-fi a “Ribatejo, o outro lado da cor” - Átrio do Hospital de Abrantes 18 a 28 de Outubro – Expo-sição “Partilhas” de Fernando Renato Machado e Maria Isa-bel Machado21 de Outubro – II Jorna-das Internacionais do Mu-seu Ibérico de Arqueologia e Arte – Biblioteca Munici-pal António Botto, das 9h00 às 18h0021 de Outubro – Concerto com Dora Maria – Espectá-culo de solidariedade a favor do Centro de Acolhimento Temporário de Crianças em Risco “Casa de S. Miguel – Ci-ne-teatro S. Pedro, às 21h3027 de Outubro – Encontro com o escritor João Tordo – Biblioteca António Botto, às 21h3028 de Outubro – Teatro “Ala-dino e a Gruta Mágica”, pati-nagem, ginástica, canto ao vivo e magia – Cine-teatro São Pedro, às 10h30 e 14h30 28, 29 e 30 de Outubro - Feira Nacional de Doçaria TradicionalCinema Espalhafi tas – Cine-teatro São Pedro, às 21h30:26 de Outubro – As quatro Voltas

Barquinha

Até 31 de Outubro - Mos-tra bibliográfi ca de Ilse Lie-blich Losa – Biblioteca Muni-cipal, 9h00 às 12h30 e 14h00 às 17h30

Até 12 de Novembro – Ex-posição “Palha d´Abrantes” – Trabalho de pintura em aguarela, pela Associação Palha d´Abrantes – Centro Cultural, das 14h00 às 17h30, Sábados 15h00 às 18h00

Constância

Até 23 de Outubro – Expo-sição “Crianças do Mundo” – Pintura de Helena Moleiro – Posto de TurismoAté 31 de Outubro – Mostra Bio-bibliográfi ca de Gonçalo M. Tavares – Biblioteca Ale-xandre O´Neill, das 10h00 às 18h30Até 31 de Outubro – Expo-sição “Tejo como te Revejo” - Fotografi a de Pedro Inácio - Casa-Memória de CamõesAté 30 de Novembro – Ex-posição “Letras e Cores, Ideias e Autores da República” - Bi-blioteca Alexandre O´Neill26 de Outubro – Atelier de Artes Decorativas – Biblio-teca Alexandre O´Neill, das 20h30 às 22h30DVDteca à Sexta – Biblioteca Alexandre O´Neill, às 15h00:21 de Outubro – Duplex28 de Outubro – O Clube dos Poetas Mortos

Mação 1 de Novembro – Feira de Todos os Santos – Venda de cereais, feijão, grão, aveia, ce-vada, frutos secos e outros

Sardoal Até 22 de Novembro – Ex-posição “Lugares com Me-mória” fotografi a de Mendes de Almeida – Centro Cultural23 de Outubro – Cinema – “Panda do Kung Fu 2” – Cen-tro Cultural, às 16h00 29 de Outubro – Teatro “Amália – Nossa Senhora do Fado” – Centro Cultural, às 21h30 – 5 €

AGENDA DO MÊS

“Ler é perigoso” ... e com um serial Killer por perto!

“Amália, Nossa Senhora do Fado”, teatro no Sardoal

Biblioteca Alexandre O´Neill comemora república

“Amália, Nossa Senhora do Fado” vai estar no palco do Centro Cultural Gil Vicente, em Sardoal, no dia 29 de outu-bro. O musical, produzido pela Companhia de Teatro do Ribatejo, com texto e encenação de João Coutinho, retra-ta a vida dramática de Amália Rodrigues e é uma viagem musical e teatral ao fado, onde se poderá compreender os mistérios, a dor, a alegria e o desespero que marcaram a existência pessoal e artística da fadista. A Companhia de Teatro do Ribatejo tem sede na Chamusca, produz espec-táculos teatrais e conta com mais de 20 pessoas no elen-co. O preço de cada bilhete é de 5 euros, estando os mes-mos à venda a partir de 25 de outubro nas bilheteiras do Centro Cultural, entre as 16h00 e as 18h00, ou 45 minutos antes do início do espectáculo.

A Galeria de Arte de Abrantes tem patente até ao dia 25 uma exposição sobre algumas das obras mais recentes de Carrilho da Graça. “João Luís Carrilho da Graça, obras recentes” vai dar a conhecer o trabalho do arqui-tecto que é o autor do projecto do futuro Museu Ibérico de Ar-queologia e Arte de Abrantes. Carrilho da Graça é licenciado pela Escola de Belas Artes e ctu-almente, é professor convida-do no Dep. de Arquitectura da

Universidade Autónoma de Lis-boa. Foi distinguido com o “Pi-ranesi Prix de Rome” em 2010 pela musealização da área ar-queológica da Praça Nova do Castelo de São Jorge e o prémio “Valmor” em 1998 pelo Pavilhão do Conhecimento dos Mares - Expo’98. Esta exposição é organizada pela Ordem dos Arquitectos, através da Secção Regional do Sul e do Núcleo do Médio Tejo. Terça a sábado, da 10 às 12h30 e das 14 às 18h30.

O livro A inverosímil história de um serial killer e outros con-tos, de Artur Dagge, foi apre-sentado ao público na Escola D. Miguel de Almeida. O autor, que é professor naquela esco-la, confessa que “ler é perigo-so” e, como autor, talvez seja o serial killer que desafi a, não os potenciais leitores, e sobretu-do releitores, para enfrentarem o novo livro de contos. Trata-se de um livro negro? Ou um poli-cial? A verdade é que a sessão de lançamento esteve povoada de fantasmas. Os “que habitam por entre nós”, disse-se ali.

“Haverá, porventura, quem venha a encontrar nestes con-tos infl uências óbvias da litera-

tura negra. Não creio, contudo, que assim seja. A infl uência, a haver, é da própria vida. Que consegue ser bastante mais ne-gra do que estes negros con-tos.” Escreve Artur Dagge. São dez contos. Por dez euros.

O município de Constância, através da Biblioteca Alexandre O’Neill está a comemorar a Im-plantação da República, com a exposição em cartazes “Letra e Cores, Ideias e Autores da Repú-blica”. Esta é uma exposição ela-borada pela Direcção-Geral do Livro e das Bibliotecas em cola-boração com a Comissão Nacio-nal para as Comemorações do Centenário da República. A Direc-ção-Geral do Livro e das Biblio-tecas convidou dez ilustradores entre eles, João Vaz de Carvalho,

Afonso Cruz, Bernardo Carvalho, Marta Torrão, entre outros, para tratar plasticamente dez temas representativos do contexto so-cial, político, cívico e cultural da época. O resultado da exposição mostra de que forma a literatura e a arte, o passado e o presente, se podem cruzar de forma coe-rente e harmoniosa, dando cor-po a um percurso fulcral da his-tória portuguesa contemporâ-nea. A exposição vai estar aberta ao público até ao dia 30 de no-vembro, na Biblioteca Municipal

Alexandre O´Neill, das 10horas às 18h30. Outra aposta da Bibliote-ca Municipal Alexandre O’Neill é a promoção do livro e da leitura, desenvolvendo assim novas for-mas de acesso à informação e ao conhecimento. Durante o mês de outubro têm lugar as seguin-tes iniciativas: às segundas-feiras, a partir das 14horas, “Conhece a Biblioteca”, às quartas-feiras, a partir das 10h30 a “Hora do Con-to”, este mês com Machado dos Santos – O herói da Rotunda, de José Jorge Letria.

Carrilho da Graça em Abrantes

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OUTUBRO2011 CULTURA 21

O Cine Teatro São Pedro em Abrantes abre as portas à Fadista abrantina Dora Maria, no próximo dia 21 de outubro, onde irá apresentar ao vivo o seu pri-meiro trabalho discográfi co intitulado “Mar de Tanto Amar”, cujo lançamen-to teve lugar no passado mês de abril. Desde então, este trabalho tem estado em digressão nacional e internacional, e tem sido muito bem recebido. Após ter chegado de França, onde cantou e encantou, Dora Maria fi nalmente che-ga a Abrantes com este aguardado es-pectáculo, cujas receitas revertem a favor do centro de acolhimento tem-porário de crianças em risco “Casa de São Miguel”, com a qual a Fadista tem uma ligação especial, como contou ao JA: “A Casa de São Miguel e eu temos uma ligação emocional forte por to-dos os motivos. Já ali desenvolvi várias iniciativas, e ao actuar na minha cida-de não poderia deixar de ajudar, como sempre fi z, até com outras instituições. Esta é uma grande obra do Padre José da Graça”. O espectáculo está marcado para as 21h30 e a acompanhar Dora Maria estarão os músicos Bruno Mira na guitarra portuguesa, João Chora na viola e Rui Santos no contrabaixo. Os convidados especiais da noite serão André Natanel Teixeira e Raúl Caldeira. Pode adquirir a sua entrada na livraria de Santa Maria, Igrejas de S. Vicente e S. João, Salão Paroquial, Casa Munique, Casa Varela e Pastelaria Tágide.

Paulo Delgado

Vende-se ou Aluga-se

Escritório com 38m2,com divisória para outra salaBem situado na Av.ª 25 de Abril n.º320 em Abrantes

Trata telef. 262187753 ou 918630759

Dora Maria em Abrantes

João Tordo apresenta livro “O Bom Inverno” em Abrantes

A Biblioteca Municipal António Botto vai receber o escritor João Tordo para um encontro “Entre nós e as palavras...”. O li-vro “O Bom Inverno”, lançado há um ano e que vai estar em destaque no dia 27 de outubro em Abrantes, retrata a vida de um escritor que quando se desloca a Budapeste para um encontro literário, conhece um escritor italiano que o con-vence a ir com ele até Sabaudia, em Itália, onde um produ-tor de cinema reúne convidados excêntricos numa casa es-condida no meio de um bosque. A partir deste aconteci-mento, João Tordo conta uma história cheia de suspense, onde o amor e a literatura se misturam com sexo, crime e metafísica. A apresentação deste “Entre nós e as Palavras…”, com início às 21h30, vai estar a cargo de Paula São Pedro.

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OUTUBRO201122 PUBLICIDADE

ABRANTES: Ed. S. Domingos - Rua de S. Domingos – 336 – 2º A – Apart. 37Tel. 241 372 831/2/3 – Fax 241 362 645 - 2200-397 ABRANTES

LISBOA: Rua Braamcamp – 52 – 9º EsqºTel. 213 860 963 – 213 862 922 - Fax 213 863 923 - 1250-051 LISBOA

E.Mail: [email protected]

Eurico Heitor Consciência

João Roboredo Consciência

Teresa Roboredo Consciência

Rui Roboredo Consciência

ADVOGADOS

NOTARIADO PORTUGUÊSCARTÓRIO NOTARIAL DE SÓNIA ONOFRE EM ABRANTES

A CARGO DA NOTÁRIA SÓNIA MARIA ALCARAVELA ONOFRE

- Certifi co para efeitos de publicação que por escritura lavrada no dia vinte e oito de Setembro de dois mil e onze, exarada de folhas trinta e sete a folhas trinta e oito verso, do Livro de Notas para Escrituras Diversas NOVENTA E TRÊS – A, deste Cartório Notarial, foi lavrada uma escritura de JUSTIFICAÇÃO na qual os Senhores FRANCISCOJOSÉ GARRINHAS FELICIO, contribuinte fi scal número 107 839 750 e mulher MARIA JOSÉ ALMEIDA NUNES DA SILVA FELICIO,contribuinte fi scal número 122 687 760, casados sob o regime da comunhão de adquiridos, ambos naturais da freguesia de Alvega, do concelho de Abrantes, residentes na Rua D. Dinis, número 8, em Alvega, Abrantes, DECLARAM que, com exclusão de outrem, são donos e legítimos possuidores do seguinte prédio:-Prédio urbano, sito na Rua D. Dinis, número 8, na freguesia de Alvega, do concelho de Abrantes, composto de rés-do-chão para habitação, com sótão amplo e varanda, com a área coberta de cento e um metros quadrados e logradouro com a área de noventa e nove metros quadrados, omisso na Conservatória do Registo Predial de Abrantes, inscrito na respectiva matriz sob o artigo 1958.- Que o prédio ora justifi cado está inscrito na matriz em nome dele justifi cante marido.- Que, eles justifi cantes, são possuidores do prédio acima identifi cado por ter sido construído em terreno que lhes foi doado, verbalmente, por seus sogros e pais Adriano Nunes da Silva e mulher Maria da Graça Almeida, casados entre si no regime da comunhão geral de bens, residentes que foram em Alvega, Abrantes, antes do ano de milnovecentos e setenta e seis, logo há mais de trinta anos.- Que, desde a referida data, vêm exercendo continuamente a sua posse, à vista de toda a gente, usufruindo de todas as utilidades do prédio, fazendo a sua conservação e obras de benefi ciação, na convicção de exercer direito próprio, ignorando lesar direito alheio, sendo reconhecidos como seus donos por toda a gente da freguesia e freguesias limítrofes, pacifi camente, porque sem violência, continua e publicamente, de forma correspondente ao exercício do direito de propriedade, sem a menor oposição de quem quer que seja e pagando os respectivos impostos, verifi cando-se assim todos os requisitos legais para que ocorra a aquisição do citado imóvel por usucapião.- Está conforme ao original e certifi co que na parte omitida nada há em contrário ou além do que nesta se narra ou transcreve.

Abrantes, 28 de Setembro de 2011

A NotáriaSónia Maria Alcaravela Onofre

(em Jornal de Abrantes, edição 5489 de Outubro 2011)

NOTARIADO PORTUGUÊSCARTÓRIO NOTARIAL DE SÓNIA ONOFRE EM ABRANTES

A CARGO DA NOTÁRIA SÓNIA MARIA ALCARAVELA ONOFRE

- Certifi co para efeitos de publicação que por escritura lavrada no dia dezasseis de Setembro de dois mil e onze, exarada de folhas cento e quarenta e oito a folhas cento e cinquenta verso, do Livro de Notas para Escrituras Diversas NOVENTA E DOIS – A, deste Cartório Notarial, foi lavrada uma escritura de JUSTIFICAÇÃO na qual a Senhora CELESTE MARIA, contribuinte fi scal número 106 527 061, casada com Rafael Leitão, no regime da separação de bens, natural da freguesia de Abrantes (São João), do concelho de Abrantes, residente no Bairro da Cruz Vermelha, número 1, no Sardoal, DECLARA que, com exclusão de outrém, é dona e legítima possuidora do seguinte prédio:- Prédio urbano, sito no Bairro Calouste Gulbenkian, número 1, na freguesia e concelho de Sardoal, composto de casa de habitação de rés-do-chão com a área coberta de setenta e quatro metros quadrados e logradouro, com área de trinta metros quadrados, a confrontar de Norte e de Nascente com Caminho publico, de Sul com Antónia Rosa Horta e de Poente com Herdeiros de Guilherme da Costa Rios, omisso na Conservatória do Registo Predial de Sardoal, inscrito na respectiva matriz sob o artigo 1678.- Que o prédio ora justifi cado está inscrito na matriz em nome dela justifi cante e que é possuidora do mesmo, desde pelo menos, mil novecentos e setenta e nove, o qual veio á sua posse por doação meramente verbal, da Cruz Vermelha, com sede no Palácio dos Condes de Óbidos, em Lisboa.- Que, ela justifi cante, se encontra na posse do referido prédio desde a referida data, portanto, há mais de trinta anos, e vem exercendo continuamente a sua posse, á vista de toda a gente, usufruindo de todas as utilidades do prédio, fazendo a sua conservação e obras de benefi ciação, na convicção de exercer direito próprio, ignorando lesar direito alheio, sendo reconhecida como sua dona por toda a gente, pacifi camente, porque sem violência, continua e publicamente, de forma correspondente ao exercício do direito de propriedade, sem a menor oposição de quem quer que seja e pagando os respectivos impostos, verifi cando-se assim todos os requisitos legais para que ocorra a aquisição do citado imóvel por usucapião.- Está conforme ao original e certifi co que na parte omitida nada há em contrário ou além do que se narra e transcreve.

Abrantes, 16 de Setembro de 2011

A NotáriaSónia Maria Alcaravela Onofre

(em Jornal de Abrantes, edição 5489 de Outubro 2011)

Eng. Agrónomo José Francisco Miguel Bairrão

Missa do 30º Dia e Agradecimento

Os fi lhos, nora e neto do Eng. Agrónomo José Francisco Miguel Bair-rão, falecido em 21 de Setembro de 2011, comunicam que será cele-brada Missa do 30º Dia, no dia 21 de Outubro de 2011 (6ª feira), às 19.15h, na Igreja de S. Vicente, em Abrantes.Agradecem a todos os familiares e amigos que se fi zerem presentes e expressaram a sua solidariedade por ocasião do seu passamento

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OUTUBRO2011 SAÚDE 23

CENTRO MÉDICO E DE ENFERMAGEMDE ABRANTES

Largo de S. João, N.º 1 - Telefones 241 371 566 - 241 371 690

CONSULTAS POR MARCAÇÃO

ACUPUNCTURADr.ª Elisabete SerraALERGOLOGIADr. Mário de Almeida; Dr.ª Cristina Santa MartaCARDIOLOGIADr.ª Maria João CarvalhoCIRURGIADr. Francisco Rufi noCLÍNICA GERALDr. Pereira Ambrósio - Dr. António PrôaDERMATOLOGIADr.ª Maria João SilvaGASTROENTERELOGIA E ENDOSCOPIA DIGESTIVA Dr. Rui Mesquita; Dr.ª Cláudia SequeiraMEDICINA INTERNADr. Matoso FerreiraNEFROLOGIADr. Mário SilvaNEUROCIRURGIADr. Armando LopesNEUROLOGIADr.ª Isabel Luzeiro; Dr.ª Amélia Guilherme

OBSTETRÍCIA E GINECOLOGIADr.ª Lígia Ribeiro, Dr. João PinhelOFTALMOLOGIADr. Luís CardigaORTOPEDIADr. Matos MeloOTORRINOLARINGOLOGIADr. João EloiPNEUMOLOGIADr. Carlos Luís LousadaPROV. FUNÇÃO RESPIRATÓRIAPatricia GerraPSICOLOGIADr.ª Odete Vieira; Dr. Michael Knoch;Dr.ª Maria Conceição CaladoPSIQUIATRIADr. Carlos Roldão Vieira; Dr.ª Fátima PalmaUROLOGIADr. Rafael PassarinhoNUTRICIONISTADr.ª Carla LouroSERVIÇO DE ENFERMAGEMMaria JoãoTERAPEUTA DA FALADr.ª Susana Martins

O papel dos serviços de saúde pública

SAÚDE É ... Secção da responsabilidade da Unidade de Saúde Publica do ACES do Zêzere

A estrutura de protecção civil organiza-se ao nível na-cional, regional e municipal. A existência do Plano Mu-nicipal de Protecção Civil é obrigatória em todos os con-celhos, naturalmente adapa-tado á realidade especifi ca de cada um.

Existe uma Comissão Mu-nicipal que é sempre pre-sidida pelo Presidente da Câmara ou um seu repre-sentante. Entre as varias en-tidades com lugar na Comis-são Municipal de Proteção Civil (Bombeiros, GNR, PSP, Agrupamento de Centros de Saúde, entre outros) os representantes dos serviços de saúde, nomeadamente o Director Executivo e o Dele-gado de Saúde, têm papéis fulcrais nas tomadas de de-

cisão, em consequência das funções que lhes estão atri-buídas. No âmbito da deno-minada Saúde Pública, com-pete ao Delegado de Saúde concelhio, na sua qualida-de de Autoridade de Saúde, decidir em representação do Estado na “… prevenção da doença e na promoção e proteção da saúde, bem como no controlo dos facto-res de risco e das situações susceptíveis de causarem ou acentuarem prejuízos graves à saúde dos cidadãos ou dos aglomerados populacionais.” (Decreto Lei nº 82/2009).

O Delegado de Saúde de-fi ne e difunde recomenda-ções de caracter sanitário em caso de emergência, sendo também sua competência a direcção das acções de con-

trolo de doenças, contro-lo ambiental, da qualidade dos bens essenciais nomea-damente da água de consu-mo público e dos alimentos, a vigilância epidemiológi-ca de situações patológicas, em especial as infecciosas, o controlo da deposição e tra-tamento dos resíduos, sóli-dos e líquidos.

É sua atribuição, em coor-denação com outras enti-dades, o estabelecimento da ligação aos hospitais de evacuação, mantendo um registo de meios humanos e recursos naturais a dispo-nibilizar em caso de emer-gência. Através dos Planos de Emergência de Protec-ção Civil Municipais, as co-munidades pretendem de-senvolver estruturas sociais

capazes de proporcionarem a cada indivíduo, na medi-da do possível, condições que lhes permitam assegu-rar a manutenção de níveis de saúde e bem-estar acei-táveis, competindo aos pro-fi ssionais dessa área envol-vidos no processo “a arte e a ciência de prevenir adoença, prolongar a vida, promover a saúde e a efi ciência física e mental mediante um esforço organizado da cominidade. Abrangendo o saneamento do meio, o controle das infec-ções, a educação dos indiví-duos nos princípios de higie-ne pessoal, …o diagnóstico precoce e o pronto tratamen-to das doenças “ (Winslow, Charles-Edward Amory).

Paulo BastosTécnico de Saúde Ambiental

PLANO MUNICIPAL DE PROTECÇÃO CIVIL