intermediaria ii - aula 2 - patrimônio líquido

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UNIEST — EDUCACIONAL CENTRO-LESTE S/S LTDA.Contabilidade Intermediária II

2. Patrimônio Líquido

A Demonstração de Lucros e Prejuízos Acumulados (DLPA) é uma demonstração contábil não mais obrigatória visto que o seu conteúdo também pode ser visto em outra demonstração a Demonstração de Mutações do Patrimônio Líquido (DMPL). Para iniciarmos o assunto de ambas as demonstrações é necessário entender como se comporta o Patrimônio Líquido, O que é realmente, o que pode modificá-lo, qual sua composição e atribuições.

2.1. Plano de Contas

PATRIMÔNIO LÍQUIDOCAPITAL SOCIAL

CAPITAL SUBSCRITOCAPITAL AUTORIZADOCAPITAL A SUBSCREVER (DEVEDORA)

CAPITAL A INTEGRALIZAR (DEVEDORA)

RESERVAS DE CAPITALÁgio na emissão de ações / quotasReserva especial de ágio na incorporaçãoAlienação de partes beneficiáriasAlienação de bônus de subscriçãoPrêmio na emissão de debênturesDoações e subvenções para investimentos (contas por natureza)

RESERVAS DE REAVALIAÇÃOReavaliação de Ativos próprios (contas por natureza dos ativos)Reavaliação de ativos de coligadas e controladas avaliadas ao método da equivalência patrimonial

RESERVAS DE LUCROSReserva LegalReservas estatutárias (contas por tipo)Reservas de ContingênciasReservas de Lucros a realizarReservas de Lucros para expansãoReserva especial para dividendo obrigatório não distribuído

LUCROS OU PREJUÍZOS ACUMULADOSLucros AcumuladosPrejuízos Acumulados (conta devedora)

AÇÕES EM TESOURARIA (Conta devedora)

2.2. Conceituação

É a diferença entre o Ativo, o Passivo e o resultado de exercícios futuros. Representa o valor contábil pertencente aos acionistas.

É dividido em: Capital Social; Reservas de Capital;

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Reservas de Reavaliação; Reservas de Lucros e; Lucros e Prejuízos Acumulados.

2.3. Diferença entre Reservas e Provisões

Provisões São reduções do Ativo ou acréscimos do Passivo; Representam expectativas de perdas dos ativos, ou estimativas de valores a desembolsar,

Ex.o Depreciação;o Perda de valor de investimentos;o Provável não recebimento de créditos;o Estimativa de não recuperação de valores aplicados;o Estimativa de pagamento de Décimo terceiro salário;o Estimativa de pagamento de Férias;o Indenizações relativas a tempo de serviços transcorrido;o Possibilidade de ônus fiscais futuros já ocorridos;o Imposto de renda estimado a pagar;o Etc...

O princípio da competência e a exigibilidade de confrontação entre receitas e as despesas necessárias correspondentes representam quase que total necessidade de criação das provisões;

Pode ser criadas através de alguns fatos contábeis diretamente de outra conta do patrimônio Líquido, como é o caso de Ajustes de Exercícios anteriores;

Devem deixar de ser provisões assim que se tornam realmente definidas passando para sua real forma. Ex.: “Provisão de IR” deve ir para “IR a pagar”.

Reservas São parcelas que representa a diferença entre o Capital Realizado e o Patrimônio Líquido, se

positivas; São valores recebidos dos sócios ou de terceiros que não representam aumento de capital; e

que não transitam pelo resultado; Ex. não são receitas; (Não houve esforços que se conseguir) - (Reservas de Capital);

Ou Representam acréscimos de valor de elementos do Ativo quando da Reavaliação desses elementos; (Reservas de Reavaliação);

Ou se originam de lucros não distribuídos aos proprietários; (Reserva de Lucros e Lucros Acumulados);

2.4. Capital Social

É o investimento feito na empresa pelos sócios. Abrange não somente, as parcelas entregues, mas também as ainda não inseridas;

2.4.1. Capital Realizado - É o total efetivamente integralizado pelos acionistas;

2.4.2. Capital Autorizado – Algumas S.A. tem um valor ou numero de ações que podem ser lançadas automaticamente quando necessário.

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2.4.3. O capital a integralizar e o capital a subscrever são contas redutoras, sendo assim a conta de Capital Social, como credora, representa o saldo diminuindo essas contas;

2.5. Reservas de Capital

2.5.1. Reservas de Capital são valores recebidos da empresa não oriundos do seu resultado, sendo assim, não constituem receita, ou seja, a empresa não necessitou de esforço para adquiri-las.

2.5.2. Dentro do conceito mais moderno (all-inclusive concept) e para evitar discussões e julgamentos errôneos a tendência é de se diminuir a abrangência dessas reservas e outras mutações patrimoniais fora do resultado.

2.5.2.1. Reserva especial de ágio na incorporação – recebe o ágil da incorporação de sua controladora;

2.5.2.2. Alienação de partes beneficiárias e bônus de subscrição - partes beneficiárias e bônus de subscrição são valores mobiliários que podem ser alienados e nesse caso, na sua alienação devem ser registrados na conta correspondente;

2.5.2.3. Prêmio na emissão de Debêntures – Quando o preço da emissão de debêntures for superior ao seu valor nominal à diferença constituirá um prêmio que deve ser registrado nessa conta;

2.5.2.4. Doações e subvenções para investimentos – Valores recebidos a título de doações e valores recebidos de para patrocinarem investimentos da empresa devem ser registrados nessa conta. Em caso geral praticamente não existem essas subvenções para investimentos um exemplo atual pode ser a devolução, isenção ou redução de impostos devidos pela empresa;

2.6. Reservas de Reavaliação

Nas suas sub-contas sintéticas devem ser classificadas reavaliações feitas pela empresa em seus próprios bens a preço de mercado que exceder o valor líquido contábil anterior desses bens ou a reavaliação dos ativos de coligadas e controladas quando esses investimentos estiverem sendo contabilizados pelo método da equivalência patrimonial.

2.7. Reservas de Lucros

2.7.1. Reserva Legal – Reserva constituída para dar proteção ao credor. A cada ano a empresa tem de transferir para a reserva legal 5% do seu lucro até que atinja 20% do capital social realizado ou ainda quando o saldo dessa reserva, somado às reservas de capital atingem 30% do capital social; (obrigado por lei);

2.7.2. Reservas Estatutárias – Alem da reserva legal o estatuto da S.A. pode estabelecer reservas para diversas finalidades. Porém estas reservas não podem restringir o pagamento do dividendo obrigatório. Caso haja reservas estatutárias com finalidade igual a alguma prevista em lei, deve ser considerada a prevista em lei.

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2.7.3. Reserva de Contingências – Serve como prudência para resguardar a empresa de possíveis perdas de lucros futuros por perdas extraordinárias;

2.7.4. Reserva de Lucros a Realizar – Interfere na destinação dos lucros do exercício, porém é optativa não obrigatória. Serve para evidenciar a parcela do lucro que ainda não foi realizada financeiramente. Para que o pagamento dos dividendos não interrompa o Capital de Giro da empresa.

2.7.5. Reserva de Lucros para Expansão (Retenção de Lucros) – Serve para reter parte dos lucros do período para projetos de expansão que estejam acontecendo. Esta retenção deverá estar justificada pelo Orçamento de Capital da empresa.

2.7.6. Reserva especial para dividendo obrigatório não distribuído – Quando a empresa tiver dividendos obrigatórios a distribuir e não tiver possibilidades financeiras fazê-lo deve se utilizar dessa reserva.

2.8. Lucros ou Prejuízos Acumulados

Representa o saldo remanescente dos lucros (ou prejuízos) líquidos das apropriações para reservas de lucros e dos dividendos distribuídos. Essa conta faz a interligação entre o Balanço e a Demonstração do Resultado do Exercício.