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FACULDADE MACHADO DE ASSIS CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS ÍNDICES FINANCEIROS: A PERSPECTIVA DE CRESCIMENTO DE UMA EMPRESA GILBERTO CESAR EMILIO RODRIGUES ALVES DEZEMBRO - 2002

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FACULDADE MACHADO DE ASSIS

CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS

ÍNDICES FINANCEIROS: A PERSPECTIVA DE CRESCIMENTO DE UMA

EMPRESA

GILBERTO CESAR EMILIO RODRIGUES ALVES

DEZEMBRO - 2002

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ÍNDICES FINANCEIROS: A PERSPECTIVA DE CRESCIMENTO DE UMA

EMPRESA

GILBERTO CESAR EMILIO RODRIGUES ALVES

Monografia submetida como requisito

parcial para obtenção do grau de bacharel

em Ciências Contábeis.

Orientadora: Sônia Maria Loureiro

Rio de Janeiro Faculdades Machado de Assis

2002

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DEDICATÓRIA

Os esforços aplicados a esta obra eu os

dedico a minha querida mulher, Iara

Soares Alves, pelos incentivos e

compreensão e a minha filha Leticia Soares

Alves.

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AGRADECIMENTOS

Em primeiro lugar a Deus, pela saúde e coragem que Ele deu-me, a meus

professores, que se propuseram a transmitir o ensinamento com determinação, e aos

colegas e amigos, que lutamos juntos buscando o mesmo ideal.

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RESUMO

A análise através de índices ou quocientes é uma das técnicas para

avaliar contas ou grupos de contas das demonstrações financeiras, visando

verificar o aspecto econômico e financeiro de uma empresa. A situação financeira

é analisada através dos índices da estrutura de capital que são: Participação de

Capitais de Terceiros; Composição do Endividamento; Imobilização do Patrimônio

Líquido; Imobilização dos Recursos Correntes e a liquidez através dos índices de :

Liquidez Imediata, Corrente, Seca e Geral. Já a situação econômica é verificada

pelos índices de Rentabilidade que são: Giro do Ativo, Margem Líquida,

Rentabilidade do Ativo e Rentabilidade do Patrimônio Líquido. As vantagens que

esses índices traz para o analista é a de relacionar grandes itens de demonstrações

financeiras permitindo uma visão ampla da empresa e a desvantagem e que ela não

verifica pontos específicos de falhas.

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BANCA EXAMINADORA

________________________________

Orientadora: Sônia M.ª de B. Loureiro

________________________________

Prof.º.: José Fernandes

________________________________

Prof.º.:

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SUMÁRIO

Página

FOLHA DE ROSTO ............................................................................................ .................i

BANCA EXAMINADORA..................................................................................................ii

DEDICATÓRIA................................................................................................... ...............iii

AGRADECIMENTOS ......................................................................................... ...............iv

RESUMO ............................................................................................................. ................v

INTRODUÇÃO.................................................................................................... ................8

CAPÍTULO 1 – CONCEITOS DE ÍNDICES FINANCEIROS............................... 9

1.1 – Índice da Estrutura de Capital e Endividamento ....................... 11

1.1.1 – Participação de Capitais de Terceiros .................................... 11

1.1.2 – Composição do Endividamento ............................................. 12

1.1.3 – Imobilização do Patrimônio Líquido ..................................... 13

1.1.4 – Imobilização dos Recursos não correntes ............................ 14

1.2 – Liquidez .................................................................................. 14

1.2.1 – Liquidez Imediata ................................................................. 15

1.2.2 – Liquidez Corrente ou Comum ............................................... 17

1.2.3 – Liquidez Seca ....................................................................... 18

1.2.4 – Liquidez Geral ...................................................................... 19

CAPÍTULO 2 – COMPARAÇÃO DOS ÍNDICES .............................................. 20

2.1 – Pelo significado intrínseco....................................................... 20

2.2 – Pela comparação ao longo de vários exercícios ........................ 21

2.3 – Pela comparação com índices de outras empresas – índices-

padrão...................................................................................... 21

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CAPÍTULO 3 – RENTABILIDADE E CAPITAL DE GIRO............................... 23

3.1 – Giro do Ativo .......................................................................... 23

3.2 – Margem Líquida ...................................................................... 24

3.3 – Rentabilidade do Ativo ............................................................ 24

3.4 – Rentabilidade do Patrimônio Líquido ....................................... 24

CAPÍTULO 4 – VANTGENS E DESVANTAGENS DOS ÍNDICES DAS

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS ...................................... 26

4.1 – VANTAGENS ......................................................................... 26

4.2 - DESVANTAGENS.................................................................... 26

CAPÍTULO 5 – EMPRESA ANALISADA......................................................... 28

5.1 – Contexto Operacional .............................................................................28 5.2 – Histórico ..................................................................................................28 5.3 - Balanço Patrimonial .................................................................................31 5.4 – Demonstração do Resultado do Exercício...............................................32 5.5 – Análise da Estrutura de Capital ...............................................................33 5.6 – Análise da Liquidez .................................................................................34 5.7 – Análise da Rentabilidade .........................................................................35

CAPÍTULO 6 - EXPERIMENTOS REALIZADOS EM ÍNDICES FINANCEIROS:

A PERSPECTIVA DE CRESCIMENTO DE UMA EMPRESA...............................36

CONCLUSÃO.....................................................................................................................46

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................................47

FOLHA DE APROVAÇÃO................................................................................................48

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INTRODUÇÃO

A contabilidade Gerencial dispõe na análise de índices financeiros de uma

grande técnica para medir a situação financeira e econômica de uma empresa

dando assim elementos para a tomada de decisão tanto para os administradores,

quanto para as pessoas ou empresas que se relacionam com esta, tais como:

Fornecedores, Clientes (Compradores), Bancos Comerciais, Bancos de

Investimentos, Sociedade de Créditos Imobiliário, Sociedades Financeiras,

Corretores de Valores e Público Investidor, Concorrentes, Governo,

Acompanhamento de Clientes e Fornecedores.

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CAPÍTULO 1

CONCEITOS DE ÍNDICES FINANCEIROS

Índice é a relação entre contas ou grupo de contas das demonstrações

financeiras, que visa evidenciar determinado aspecto da situação econômica ou

financeira de uma empresa.

Os índices constituem a técnica de análise mais empregada. Muitas vezes, na

prática, ou mesmo em alguns livros, confunde-se análise de balanço com extração de

índices. A característica fundamental dos índices é fornecer visão ampla da situação

econômica ou financeira da empresa.

Os índices servem de medida dos diversos aspectos econômicos e financeiros

das empresas. Assim como um médico usa certos indicadores, como pressão e

temperatura, para elaborar o quadro clínico do paciente, os índices financeiros

permitem construir um quadro de avaliação da empresa, há, porém, uma diferença.

Enquanto o médico pode ter certeza de que há algo errado com o paciente que

apresenta pressão muito alta - talvez a iminência de um derrame, na empresa, um

endividamento elevado não significa que esteja à beira da insolvência. Outros fatores,

como prestígio da empresa junto ao governo, relacionamento com o mercado

financeiro etc., podem fazê-la operar indefinidamente, mesmo que mantenha sempre

elevado o endividamento. O índice financeiro, porém é uma alerta.

O importante não é o cálculo de grande número de índice, mas de um

conjunto de índices que permita conhecer a situação da empresa, segundo o grau de

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profundidade desejada da análise é variável de usuário para usuário. O fornecedor

pode apenas querer rápidas informações sobre a empresa, a respeito de sua

rentabilidade, de seu índice de liquidez. Se esse mesmo fornecedor estiver interessado

não em vender mercadoria, mas em adquirir a própria empresa-cliente ou fundi-la

com a sua, evidentemente desejará uma análise muito mais profunda.

Portanto, a quantidade de índices que deve ser utilizada na análise depende

exclusivamente da profundidade que se deseja da análise.

Embora autores e profissionais de análise de balanço tenham alguns pontos em

comum quanto aos principais índices de que se valem, existem algumas diferenças em

suas análises.

Certos índices, como participação de capitais de terceiros, liquidez corrente e

rentabilidade do patrimônio líquido, são usados por praticamente todos os analistas.

Outros, porém, como composição do endividamento, liquidez seca, rentabilidade do ativo,

margem líquida de lucro, nem sempre fazem parte dos modelos de análise.

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1.1 – Índices da Estrutura de Capital

Esses indicadores procuram analisar como a empresa está

financiando seus ativos. Para sua utilização, o lado direito do balanço

patrimonial pode ser dividido quanto ao prazo e quanto a origem do recurso.

Quanto ao prazo, tem-se que os recursos podem ser de curto ou longo prazo.

Recursos de curto prazo são aqueles que compõem o Passivo Circulante; os de

longo prazo são representados pela soma do Exigível de Longo Prazo e o

Patrimônio Líquido.

Quanto a origem, os recursos podem ser próprios (Patrimônio

Líquido) ou de terceiros (Passivo Circulante e Exigível a Longo Prazo).

1.1.1 – Participação de Capitais de Terceiros

Esta comparação, que é chamada, por alguns profissionais, de índice de

endividamento, mostra a relação entre o capital de terceiros (passivo circulante e

exigível a longo prazo) e o capital próprio (patrimônio líquido).

É bastante significativa, pois evidencia se os capitais de terceiros envolvidos

no giro dos negócios da empresa superam ou não os capitais próprios. Quando este

quociente for superior a 100%, ficará evidenciado que a empresa utiliza mais capitais

de terceiros que capitais próprios, o que pode ser considerado anormal e

inconveniente, não só para a própria empresa, pois isso pode representar situação de

difícil solvência, como também para os credores, pois suas garantias são reduzidas.

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O simples fato de operar com próprio e levado alheio nem sempre indica

situação de insolvência para a empresa. Isso depende, é obvio, da forma como se

acham aplicados os capitais no ativo. Se o imobilizado for reduzido ou quase

inexistente, e grande o capital circulante, a liquidez da empresa poderá ser boa, a

respeito de seu reduzido capital próprio.

1.1.2 – Composição do Endividamento

Representa a composição do Endividamento total ou qual a parcela que se

vence a Curto Prazo sobre o Endividamento Total.

A empresa em franca expansão deve procurar financiá-la, em grande parte,

com endividamento de longo prazo, de forma que, à medida que ela ganhe capacidade

operacional adicional com a entrada em funcionamento dos novos equipamentos e

outros recursos de produção, tenha condições de começar a amortizar suas dívidas.

Por isto é que se deve evitar financiar expansão com empréstimos de curto prazo, a

não ser que o período de Payback dos ativos seja curtíssimo, fato que raramente

ocorre.

Cada empreendimento possui uma estrutura otimizante de composição de

recursos e não existem, a rigor, regras fixas. A natureza do endividamento, as taxas de

juros, os riscos, quando comparados com o retorno que tais recursos propiciam uma vez

investidos, devem ser, por sua vez, comparados com os custos alternativos da captação de

capital de risco. Mais importante do que uma posição estática de tais quocientes é sua

evolução no tempo e seus efeitos sobre a rentabilidade da empresa. Mesmo que durante

certo tempo a empresa se tenha beneficiado de uma alta taxa de endividamento, surgirá o

momento a partir do qual, pela grandeza dos custos financeiros, o endividamento adicional

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não será mais desejável, mesmo porque os emprestadores de dinheiro, a partir de certo grau

de endividamento da empresa, vêem aumentar seus riscos de aplicação de capital,

aumentando portanto a taxa de juros. Isto ocorre não apenas com empresas, mas também

com indivíduos e até com nações.

1.1.3 – Imobilização do Patrimônio Líquido

Esta relação indica até que ponto os capitais próprios (Patrimônio Líquido)

está imobilizado. Sendo o Ativo Permanente um tipo de aplicação a longo prazo, de

lenta recuperação (quotas de depreciação, amortização, exaustão, dividendos etc.), é

importante que seja financiado por fonte adequadas de recursos. No caso, portanto,

seria indicada a utilização de recursos próprios para garantir tais aplicações. Na

hipótese de insuficiência de recursos próprios, é recomendável o uso de recursos de

terceiros de longo prazo.

Quando este indicador apresenta um índice igual a 1,00, significa que todos

os recursos próprios estão aplicados no Ativo Permanente, estando, por conseguinte,

todo o Ativo Circulante financiado por fontes externas de recursos (capitais de

Terceiros). Um quociente inferior a 1,00 indicará a existência de recursos próprios no

giro dos negócios (Ativo Circulante ou Ativo Realizável a Longo Prazo). Se por outro

lado o índice apurado for maior que a unidade, significa que existem capitais de

terceiros no financiamento do Ativo Permanente. Neste último caso, deve-se apurar

que tipo de fonte externa está oferecendo a cobertura complementar (curto ou longo

prazo).

Em princípio, o índice de imobilização do capital próprio deve ser sempre

menor que 1,00, ressalvando-se, entretanto, a hipótese em que haja suplementarão

por meio de pagamento, carência, tempo de “maturação” do investimento (período

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entre a aplicação dos recursos e o início do ciclo produtivo do item). De qualquer

forma, a cobertura do Ativo Permanente efetuada com recurso de curto prazo

(Passivo Circulante) caracteriza, em princípio, um processo de insolvência potencial.

1.1.4 – Imobilização dos Recurso não Correntes

Os elementos do Ativo Permanente tem vida útil que pode ser de 2, 5, 10 ou

50 anos. Assim , não é necessário financiar todo o Imobilizado com recursos próprios.

É perfeitamente possível utilizar recursos de longo prazo, desde que o prazo seja

compatível com o de duração do Imobilizado ou então que o prazo seja suficiente

para a empresa gerar recursos capazes de resgatar as dívidas de longo prazo.

Daí a lógica de comparar as aplicações fixas (Ativo Permanente) com os

Recursos não Correntes (Patrimônio Líquido + Exigível a Longo Prazo).

Uma consideração importante é que este índice não deve em regra ser

superior a 100%. Ainda que a empresa quase tenha necessidade de Ativo Circulante

(como é o caso das transportadoras), deve sempre existir um pequeno excesso de

Recursos não Correntes, em relação às imobilizações, destinado ao Ativo Circulante.

A parcela de Recursos não Correntes destinada ao Ativo Circulante é

denominada Capital Circulante Líquido (CCL). O CCL representa a folga financeira

a curto prazo, ou seja, financiamentos de que a empresa dispõe para os eu giro e que

não serão cobrados a curto prazo. O CCL é formado por duas parcelas: o Capital

Circulante Próprio (Patrimônio Líquido – Ativo Permanente) e o Exigível a Longo

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Prazo. Portanto, a folga financeira de uma empresa deve-se aos recursos próprios

mais as exigibilidades de longo prazo investidos no Ativo Circulante.

1.2– Liquidez

Os índices desse grupo mostram a base da situação financeira da empresa.

Muitas pessoas confundem índices de liquidez com índices de capacidade de

pagamento. Os índices de liquidez não são índices extraídos do fluxo de caixa que

comparam as entradas com as saídas de dinheiro. São índices que, a partir do

confronto dos Ativos Circulantes com as Dívidas, procuram medir quão sólida é a

base financeira da empresa. Uma empresa com bons índices de liquidez tem

condições de Ter boa capacidade de pagar suas dívidas, mas não estará,

obrigatoriamente, pagando suas dívidas em dia em função de outras variáveis como

prazo, renovação de dívidas etc.

1.2.1 – Liquidez Imediata

Este quociente é a comparação entre o disponível e o passivo circulante,

indicando a porcentagem dos compromissos que a empresa pode liquidar

imediatamente.

No Brasil, a média das empresas possui quociente de liquidez imediata variável

entre 10% e 20%. Há, entretanto, empresas sólidas que apresentam quocientes inferiores a

10%, o que prova não se poder estabelecer um padrão geral para todas as empresa.

Além disso, a liquidez das empresas varia de acordo com as circunstâncias do

mercado financeiro e da situação econômica do país, que podem ou não estimular

investimentos, ou recomendar cautela, ou seja, manter elevada a liquidez.

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Temos ainda a considerar que os valores apresentados pelo balanço em

determinado momento nem sempre representam a média mantida durante todo o

exercício. Um acontecimento de caráter particular pode alterar consideravelmente o

saldo de uma conta, e se for levantado um balanço e feita a análise nesse momento,

encontraremos uma situação anormal, que não corresponde ao saldo médio

apresentado pela conta durante o exercício.

O grupo do disponível, dada sua condição de reunir contas de movimentação

bastante rápida, é o que mais está sujeito a essas variações. Suponhamos, por

exemplo, que no dia 31 de dezembro a empresa pague quantias elevadas, com

gratificações aos empregados, e que o recebimento dos seus créditos, especialmente

alguns bastante significativos, tenha sido retardado, só se processando nos primeiros

dias do exercício seguinte.

Nessas circunstâncias, as disponibilidade apresentada pelo balanço de 31 de

dezembro será bastante reduzida, repercutindo no quociente de liquidez imediata da

empresa. Trata-se, entretanto, de situação transitória, de duração efêmera, que não

representa a tradição da empresa.

Poderia também ocorrer o inverso, ou seja, a empresa retardar pagamento do

dia 31 de dezembro, fazendo-os no 1º dia útil do exercício seguinte, do que resultaria

boa liquidez imediata, que não seria real, pois se modificaria logo após o balanço.

Nesses casos seria preferível considerarmos, para efeito de apuração de

quocientes, a média dos saldos mensais das contas, evitando-se assim interpretação

baseada em acontecimentos fortuito na vida da empresa, o que, por coincidência,

poderia Ter ocorrido em véspera de levantamento de balanço.

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Para análise precisa e interpretação correta da situação financeira de uma

empresa é preciso conhecer também seu tipo de organização e sua orientação de

vendas. Em se tratando de empresa varejista, que vende diariamente elevadas somas

à vista, sua disponibilidade pode modificar-se sensivelmente de um dia para outro, e

isso pode verificar-se no primeiro dia útil do exercício seguinte ao do balanço. Se a

empresa fizer grandes vendas à vista nos últimos dias do ano, por exemplo, ela

apresentará alto quociente de liquidez no balanço, mas poderá Ter compromissos

elevados a pagar nos primeiros dias do ano seguinte.

1.2.2 – Liquidez Corrente ou Comum

Este quociente, que é a comparação do ativo circulante com o passivo

circulante, nos dá a possibilidade de solução dos compromissos em caso de conversão

total dos direitos a curto prazo. Trata-se, portanto da relação entre o total do ativo

circulante e o passivo circulante.

Como vemos, pode-se definir como ativo circulante tudo que é suscetível

de conversão ou movimentação econômica, tal como: créditos (duplicatas a receber e

títulos a receber), estoques (produtos acabados e matérias-primas), disponível (caixa,

bancos e títulos do mercado aberto), valores mobiliários (títulos diversos) e despesas

diferidas (seguros a vencer e despesas antecipadas).

Para perfeita interpretação deste quociente seria necessário conhecer o critério

de avaliação dos estoques, pois o valor histórico, ou de custo dos estoques, em face da

desvalorização da moeda, não reflete com fidelidade o valor desse importante

elemento patrimonial.

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Na atividade normal das empresas, os valores do ativo circulante tem

geralmente prazo de conversão mais ou menos igual ao passivo circulante, salvo nos

casos em que elas possuem grandes estoques de mercadorias, cuja rotação não

alcança o prazo médio das operações comerciais normais.

O quociente de liquidez corrente ou comum é considerado normal quando

atinge cerca de 200%. Pode , entretanto, variar de acordo com o tipo de empresa, o

ramo de atividade e a política de vendas. Se a empresa vende à vista, ou a prazo

curto, de 30 a 60 dias, mantendo estoques cuja rotação é rápida, poderá estar em boa

situação de solvabilidade com um quociente bem inferior a 200%.

Os quocientes de rotação de estoques e de créditos são informações úteis para

boa interpretação do quociente de liquidez corrente, porquanto através deles

podemos conhecer a média de renovação dos valores conversíveis.

1.2.3 – Liquidez Seca

Por este quociente, que é a comparação do disponível, mais os direitos realizáveis a

curto prazo, com o exigível a curto prazo, conhecemos a situação de solvabilidade da

empresa em face das obrigações, depois de recebidos os créditos.

Como vemos, não estamos considerando a totalidade do ativo circulante,

mas apenas os direitos realizáveis a curto prazo, porquanto estes tem prazo de

conversão mais ou menos igual ao prazo de pagamento das exigibilidades a curto

prazo, podendo a empresa contar com seus direitos para fazer as obrigações.

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Além disso, os direitos tem prazo certo de conversão em disponibilidades, ao

passo que os estoques, por exemplo, embora sejam realizáveis em curto prazo, não

tem data certa de realização.

No Brasil é considerado normal um quociente de liquidez seco de 100%, isto é,

recebidos os créditos, a empresa deve estar em condições de satisfazer os

compromissos.

1.2.4 – Liquidez Geral

Este índice reúne todos os valores conversíveis, ativo circulante e realizável a

longo prazo, em cotejo com total das responsabilidades, passivo circulante e exigível a

longo prazo.

Não tem este índice, por considerar o realizável a longo prazo, a mesma

utilidade dos anteriores, que tem por finalidade determinar o estado de liquidez do

organismo econômico em face dos compromissos correntes.

No Brasil, a média do quociente de liquidez geral varia de 100 a 200%,

conforme as circunstâncias.

Para exata interpretação do quociente em questão é necessário conhecer a

natureza dos valores exigíveis a longo prazo, pois muitas vezes se trata de créditos de

sócios ou terceiros para futuros aumentos de capital, como é o caso das debêntures

conversíveis em ações, por exemplo. Nessas condições, não tem muita significação o

fato de ser este índice inferior ao índice de liquidez corrente, pois os créditos não

causam preocupação em virtude de sua remota exigibilidade.

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Devemos ainda levar em consideração o fato de que os créditos a longo prazo

geralmente decorrem de operações de financiamento para ampliação ou

reequipamento da empresa, liquidáveis em vários exercícios, podendo ser atendidos

com os próprios lucros a ser produzidos em exercícios futuros.

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CAPÍTULO 2

COMPARAÇÃO DOS ÍNDICES

2.1 – Pelo significado intrínseco

É possível, de maneira grosseira, avaliar índices pelo seu significado intrínseco.

Por exemplo, pode-se tentar qualificar a situação financeira de uma empresa com

base no índice de Liquidez Corrente: se apresentar valor de 1,5, sabe-se que para

cada real de dívida a curto prazo há R$ 1,5 de investimento a curto prazo. A folga de

50% pode ser considerada suficiente como margem de segurança à empresa; essa

conclusão é feita ou por intuição do analista ou por Ter trabalhado em empresas que

conseguiram operar bem com esse nível de Liquidez Corrente. Da mesma maneira,

pode-se considerar elevado o índice de Participação de Capitais de Terceiros, por

exemplo, quando for de 200%. Conclui-se nesse caso que para cada R$ 100 de capital

próprio existe R$200 de terceiros, e que terceiros estão, portanto, investindo na

empresa o dobro do que os próprios acionistas. Com relação à participação de

Capitais de Terceiros é preciso considerar a opinião da comunidade financeira. Se os

banqueiros, gerentes de banco e outras pessoas que decidem créditos considerarem

normal a participação de capitais de terceiros ao nível de 200%, a empresa

provavelmente continuará desfrutando de crédito bancário. Se, porém, esse nível for

considerado excessivo, então a empresa poderá Ter sérias dificuldades financeiras. No

caso de índices de rentabilidade, pode-se julgar um índice de rentabilidade, digamos

de 20%, em função de um expectativa desejada pelos empresários.

De qualquer maneira, análise do valor intrínseco de um índice é limitada e só

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deve ser usada quando não se dispõe de índices-padrão proporcionados pela análise de um

conjunto de empresas.

2.2 – Pela comparação ao longo de vários exercícios

A comparação dos índices de um empresa como os valores observados nos

anos anteriores revela-se bastante útil por mostrar tendências seguidas pela empresa.

Por exemplo: se por um lado uma empresa pode endividar-se mais a cada exercício e,

simultaneamente, apresentar aumento de sua rentabilidade, por outro lado pode

ocorrer redução dos índices de liquidez. Essas informações permitem ao analista

formar uma opinião a respeito de diversa políticas seguidas pela empresa, bem como

das tendências que estão sendo registradas. É fundamental em qualquer avaliação

que os índices que sejam analisados conjutamente.

2.3 – Pela comparação com índices de outras empresa – índices-padrão

A avaliação de um índice e a sua conceituação como ótimo, bom, satisfatório,

razoável ou deficiente só pode ser feita através da comparação com padrões. Não

existe o bom ou o deficiente em sentido absoluto. O bem só é bom em relação a outros

elementos. Assim, é preciso definir um conjunto (universo) e, em seguida, comparar

um elemento com os demais do conjunto para atribuir-lhe determinada qualificação.

Esse é um processo é um processo natural do raciocínio humano onde todas

avaliações são feitas por comparações, ainda que quase nunca tabuladas

metodologicamente (daí as divergências de opiniões). É importante, ao fazer a

comparação, saber se um índice é: quanto maior, melhor, ou quanto menor, melhor.

Suponha-se que uma empresa possua índice de Liquidez Corrente de 1,93; se 80%

das empresas do ramo possuem índice menor do que o dessa empresa e se a Liquidez

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Corrente é do tipo quanto maior, melhor, a conclusão é de que a empresa possui bom

índice de Liquidez Corrente em relação às demais empresas do ramo. Essa é um

conclusão objetiva. O uso de índices-padrão é vital na análise de Balanços. Não se

pode conceber uma boa análise sem a comparação dos índices da empresa analisada

com padrões.

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CAPÍTULO 3

RENTABILIADAE E CAPITAL DE GIRO

3.1 – Giro do Ativo

É medido pelo quanto que a empresa vendeu para cada R$1,00 de investimento total.

O sucesso de uma empresa depende em primeiro lugar de um volume de vendas adequado.

O volume de vendas tem relação direta com o montante de investimentos. Não se pode dizer se

uma empresa esta vendendo pouco ou muito olhando-se apenas para o valor absoluto de suas vendas. Uma

empresa que vende R$10.000.000,00 por mês tem vendas elevadas se seu Ativo é de R$5.000.000,00.

Certamente, suas vendas serão baixas se o Ativo for de R$200.000.000,00.

Esse índice mede o volume de vendas da empresa em relação ao capital total investido.

O desempenho comercial de uma empresa pode ser comprometido: Pela retração do mercado

como um todo: o mercado passou a comprar menos produtos, diminuindo as vendas de todas as empresas do

ramo; Perda da participação de mercado a empresa perdeu mercado para outros concorrentes que sabem

vender melhor ou tem produtos mais competitivos; e Estratégia da empresa: a empresa aumenta seus preços –

dispõe-se a vender menos, mas com margem de lucro maior, compensando assim a queda das vendas. A

vantagem dessa medida, quando bem-sucedida, é manter ou aumentar o lucro, com muito menor volume e,

portanto, menor risco.

3.2 – Margem Líquida

Esse índice indica quanto a empresa obtém de lucro para cada R$100,00

vendidos, e quanto maior o índice, melhor será a margem líquida.

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Serve também para medir se o lucro esta sendo satisfatório em relação as

vendas.

3.3 – Rentabilidade do Ativo

Esse índice mostra quanto a empresa obteve de lucro da parte da empresa.

Não é exatamente uma medida de rentabilidade do capital, mas uma medida da

capacidade da empresa em gerar lucro líquido e assim poder capitalizar-se. E ainda

uma medida de desempenho comparativo da empresa ano a ano.

3.4 – Rentabilidade do Patrimônio Líquido

A verificação pura e simples do valor do lucro líquido de uma empresa

não é esclarecedora. É preciso comparar esse valor com o Capital Próprio investido.

Uma empresa com lucro líquido de R$ 10.000.000,00 pode Ter desempenho superior

à outra cujo lucro líquido foi de R$ 200.000.000,00 pois pode ser que a primeira

(20%) tenha patrimônio líquido, por exemplo, de R$ 50.000.000,00 em segunda

(6,25%) de R$ 3.200.000.000,00.

O papel do índice de Rentabilidade do Patrimônio líquido é mostrar a taxa de

rendimento do Capital Próprio. Essa taxa pode ser comparada com a de outros

rendimentos alternativos no mercado, como Caderneta de Poupança, CDB’s, Letras

de Câmbio, Ações, Alugueis, Fundos de Investimentos etc. Com isso se pode avaliar

se a empresa oferece rentabilidade superior ou inferior a essas opções.

Como o Lucro Líquido se acha expurgando a inflação, a taxa de Rentabilidade do

Patrimônio é real. Assim, ao ser comparada com o rendimento da Caderneta de Poupança,

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torna-se apenas a taxa de juros desta e deixa-se de lado a Correção Monetária. Idem em.

relação à comparação com o rendimento de outras aplicações.

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CAPÍTULO 4

VANTAGENS E DESVANTAGENS DOS ÍNDICES DAS DEMONSTRAÇÕES

FINANCEIRAS

4.1 – Vantagens

A análise através de índices Financeiros é genérica; relaciona grandes itens das

demonstrações financeiras e permite dar uma avaliação à empresa da sua situação

financeira e econômica.

Além de permitir uma análise comparativa ao longo de vários exercícios, ela

também permite através dos índices-padrão do setor q que pertence verificar sua situação

junto as empresa concorrentes do mesmo setor.

4.2 – Desvantagens

Os índices financeiros suprem apenas uma parte da informação necessária

para avaliar o desempenho e a eficiência globais de uma empresa. Outras medidas

estatísticas – tais como o risco – devem ser levadas em conta para a obtenção de um

quadro completo da situação financeira de uma empresa.

Além do mais, comparações de índices podem distorcer vários resultados. Uma

empresa pode Ter adotado normas contábeis novas; isto é, ela pode Ter mudado de

método de avaliação de estoques, do PEPS para o UEPS. Ela pode Ter mudado do

método linear de depreciação para o método de depreciação acelerada. Através de

fusões, a empresa pode se identificada como uma nova indústria. O valor dos ativo da

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empresa também pode estar subavaliado devido a uma inflação elevada. Alguns

dados da indústria podem estar distorcidos, especialmente se as médias incluem

muitas pequenas empresas com problemas financeiros específicos.

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CAPÍTULO 5

EMPRESA ANALISADA

5.1 – Contexto Operacional

A Bolsa de Valores de São Paulo ("Bolsa") é uma associação civil, sem fins

lucrativos, e tem por objetivo manter local ou sistema adequado à realização de

operações de compra e venda de títulos e valores mobiliários, em mercado livre e

aberto, especialmente organizado e fiscalizado pela própria Bolsa, pelas sociedades

corretoras associadas e pelas autoridades competentes, dotando o seu estabelecimento

de meios materiais, administrativos e técnicos necessários ao desenvolvimento do

mercado e à realização das operações.

5.2 – Histórico

Fundada em 23 de agosto de 1890, a Bolsa de Valores de São Paulo -

BOVESPA tem uma longa história de serviços prestados ao mercado de capitais e à

economia brasileira. Até meados da década de 60, a BOVESPA e as demais bolsas

brasileiras eram entidades oficiais corporativas, vinculadas às secretarias de finanças

dos governos estaduais e compostas por corretores nomeados pelo poder público.

Com as reformas do sistema financeiro nacional e do mercado de capitais

implementadas em 1965/66, as bolsas assumiram a característica institucional que

mantêm até hoje, transformando-se em associações civis sem fins lucrativos, com

autonomia administrativa, financeira e patrimonial. A antiga figura individual do

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corretor de fundos públicos foi substituída pela da sociedade corretora, empresa

constituída sob a forma de sociedade por ações nominativas ou por cotas de

responsabilidade limitada. A Bolsa de Valores de São Paulo é uma entidade auto-

reguladora que opera sob a supervisão da Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

Desde a década de 60, tem sido constante o desenvolvimento da

BOVESPA, seja no campo tecnológico, seja no plano da qualidade dos serviços

prestados aos investidores, aos intermediários do mercado e às companhias abertas.

Em 1972, a BOVESPA foi a primeira bolsa brasileira a implantar o

pregão automatizado com a disseminação de informações on-line e em real time,

através de uma ampla rede de terminais de computador. No final da década de 70, a

BOVESPA foi também pioneira na introdução de operações com opções sobre ações

no Brasil; nos anos 80 implantou o Sistema Privado de Operações por

Telefone(SPOT). Na mesma época, a BOVESPA desenvolveu um sistema de custódia

fungível de títulos e implantou uma rede de serviços on-line para as corretoras. Em

1990, foram iniciadas as negociações através do Sistema de Negociação Eletrônica -

CATS (Computer Assisted Trading Sistem) que operava simultaneamente com o

sistema tradicional de Pregão Viva Voz. Em 1997, foi implantado com sucesso o novo

sistema de negociação eletrônica da BOVESPA, o Mega Bolsa. Além de utilizar um

sistema tecnológico altamente avançado, o Mega Bolsa amplia o volume potencial de

processamento de informações e permite que a BOVESPA consolide sua posição

como o mais importante centro de negócios do mercado latino-americano.

A ampliação do uso da informática foi a marca das atividades da

BOVESPA em 1999, com o lançamento do Home Broker e do After-Market, ambos

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meios para facilitar e tornar viável a desejada participação do pequeno e médio

investidor no mercado.

O Home Broker permite que o investidor, por meio do site das Corretoras

na Internet, transmita sua ordem de compra ou de venda diretamente ao Sistema de

Negociação da BOVESPA. Neste sentido, o sistema da BOVESPA é único no mundo.

Nos Estados Unidos, as ordens são executadas, em sua maioria, fora do âmbito das

bolsas de valores e, portanto, nem sempre ao melhor preço.

O After-Market é outra inovação da BOVESPA, pioneira em termos

mundiais, que oferece a sessão noturna de negociação eletrônica. Além de atender aos

profissionais do mercado, este mecanismo também é interessante para os pequenos e

médios investidores, pois permite que enviem ordens por meio da Internet também no

período noturno.

Atualmente, a BOVESPA é o maior centro de negociação com ações da América

Latina, destaque que culminou com um acordo histórico para a integração de todas

as bolsas brasileiras em torno de um único mercado de valores - o da BOVESPA.

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5.3 – Balanço Patrimonial BALANÇOS PATRIMONIAIS LEVANTADOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2001 E DE 2000 (Valores expressos em milhares de reais - R$)

ATIVO 2001 2000 PASSIVO 2001 2000 CIRCULANTE CIRCULANTE Caixa e bancos 905 903 Fornecedores 2.966 4.318 Aplicações financeiras 306.818 210.258

Encargos sociais e provisões 2.624 3.767

Contas a receber 6.812 39.445 Impostos e taxas a recolher 5.150 3.707

Valores a receber por venda de títulos patrimoniais 6.799 12.646

Campanha de estímulo ao aumento de negócios - 1.587

Outras contas a receber 2.136 2.631 Outras contas a pagar 1.030 2.534 Despesas antecipadas 1.139 814 Total do circulante 11.770 15.913 Outros créditos 507 635 Total do circulante 325.116 267.332 PATRIMÔNIO LÍQUIDO Patrimônio social 350.000 300.000

REALIZÁVEL A LONGO PRAZO Reserva de ganho na colocação de títulos patrimoniais - 7.282

Valores a receber por venda de títulos patrimoniais 6.708 14.352

Reserva para aquisição de títulos patrimoniais 29.794 65.910

Imóveis destinados à venda 6.838 4.024

Títulos patrimoniais em tesouraria - (26.335)

Depósitos judiciais 2.787 2.722 Superávit acumulado 120.548 118.558 Total do realizável a longo prazo 16.333 21.098

Total do patrimônio líquido 500.342 465.415

PERMANENTE TOTAL DO PASSIVO 512.112 481.328

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Investimentos 95.009 117.048 Imobilizado 67.950 68.268 Diferido 7.704 7.582 Total do permanente 170.663 192.898 TOTAL DO ATIVO 512.112 481.328

5.4 – Demonstrações do Resultado DEMONSTRAÇÕES DO RESULTADO PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2001 E DE 2000 (Valores expressos em milhares de reais - R$)

2001 2000 RECEITAS OPERACIONAIS Anuidades de sociedades anônimas 12.342 8.985 Emolumentos de pregão 66.242 83.433 Processamento de dados e sistema de telefonia 21.868 21.469 Resultado de equivalência patrimonial 7.438 8.311 Outras receitas 5.329 5.370 Total 113.219 127.568 DESPESAS OPERACIONAIS Pessoal (26.295) (23.574) Processamento de dados e sistema de telefonia (23.862) (23.294) Programa de aprimoramento tecnológico (9.265) (6.331) Serviços de terceiros (4.846) (4.555) Manutenção e material de consumo (2.753) (3.305) Promocionais e divulgação (6.123) (4.601) Comunicações (1.335) (1.087) Depreciações e amortizações (líquidas de recuperação da CBLC no valor de R$3.540; R$2.812 em 2000) (7.590) (6.622)

Impostos e taxas (3.611) (3.194) Campanha de estímulo ao aumento de negócios (9.918) (31.064) Outras despesas (4.498) (4.038) Total (100.096) (111.665) RESULTADO OPERACIONAL 13.123 15.903

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RESULTADO FINANCEIRO Receitas financeiras, líquidas das despesas de R$9.409 (R$7.698 em 2000) 31.153 26.074

RESULTADO NÃO OPERACIONAL 432 (1.287) SUPERÁVIT DO EXERCÍCIO 44.708 40.690

5.5 – Análise da Estrutura de Capital

Índices de Estrutura de Capital 2001 2000

Participação de Capitais de Terceiros

(Endividamento) – CT/PL x100 2,35 3,42

Composição do Endividamento – PC/CT x 100 100 100

Imobilização do Patrimônio Líquido – AP/PL x 100 34,11 41,44

Imobilização dos Recursos Não Correntes –

AP/PL+ELP x 100 34,11 41,44

Pelos índices de participação de capitais de terceiros (endividamento) pode-se

verificar que a empresa mantêm-se com Capitais Próprios. Mantendo-se assim na

independência financeira, pois o que se deve a terceiros em relação ao Patrimônio

Líquido é pouco.

A Composição da dívida da empresa está toda ela concentrada no curto prazo,

em ambos os exercícios, pois como será visto mais adiante a empresa não apresenta

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dívida a longo prazo. As dívidas são perfeitamente cobertas pelo Ativo Circulante

como veremos adiante no índice de Liquidez Corrente.

A imobilização do Patrimônio Líquido devido ao tipo de atividade é alto, mas

podemos observar que houve uma diminuição significativa de um exercício para outro,

melhorando assim sua imobilização.

Já a Imobilização dos Recursos Não Correntes é o mesmo que o da Imobilização do

Patrimônio Líquido porque a empresa não tem exigibilidade a longo prazo.

5.6 – Análise da Liquidez

Índices de Liquidez 2001 2000

Liquidez Imediata – Disponibilidades / PC 26,14 13,27

Liquidez Corrente – AC / PC 27,62 16,80

Liquidez Seca – AC - Estoques / PC 27,62 16,80

Liquidez Geral – AC + RLP / PC + ELP 29,01 18,12

A empresa que já apresentava bons índices em relação a sua Liquidez teve

uma excelente melhora de um exercício para outro, em média 50% mais, em todos os

seus índices.

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Cabe ressaltar que os índices de Liquidez Corrente e Seca são os mesmos

devido a empresa não ter estoques, e que o índice de Liquidez Geral também é bom

porque a empresa não tem nenhuma exigibilidade a longo prazo.

5.6 - Análise da Rentabilidade

Índices de Rentabilidade 2001 2000

Giro do Ativo – Vendas Líquidas / Ativo 0,22 0,26

Margem Líquida – Lucro Líquido / Vendas Líquidas x

100 39,48 31,89

Rentabilidade do Ativo – Lucro Líquido / Ativo x 100 8,73 8,45

Rentabilidade do Patrimônio Líquido – Lucro Líquido

/ Patrimônio Líquido Médio x 100 9,26 8,74

O giro do Ativo apresentou uma pequena queda de um exercício para o outro, e o retorno

em ambos os exercícios foi pouco em relação ao que foi investido, em torno de R$0,24 em média

para cada real investido.

A Margem Líquida apresentou um acréscimo de um exercício para o outro, o retorno que

em 2000 foi bom apresentou um acréscimo em 2001 melhorando ainda mais o seu lucro em

relação as vendas.

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A empresa manteve um desempenho constate em ambos os exercícios, obtendo assim um retorno de

R$8,59 em média para cada R$100,00 investido. O que podemos considerar uma Rentabilidade do Ativo

boa.

A sua rentabilidade em relação ao Patrimônio Líquido não é uma das melhores, mas seus índices em

ambos os exercícios estiveram acima do mercado que é em torno de 6% ao ano.

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CAPÍTULO 6

EXPERIMENTOS REALIZADOS EM ÍNDICES FINANCEIROS: A

PERSPECTIVA DE CRESCIMENTO DE UMA EMPRESA

A colaboração das pessoas abaixo citadas, foi fundamental para a realização deste trabalho

monográfico; foi formada uma estrutura enriquecida de dados, a qual proporcionou uma maior abrangência

na conclusão da pesquisa, fortalecendo o princípio de coerência e conveniência na interpretação do que foi

exposto.

EMPRESAS

1. UNIBANCO

2. VALESUL

3. BANCO REAL

4. SANTEL

5. ALTANA PHARMA

6. BANERJ

7. HSBC

8. Prof. MARCOS FRAGA

9. CONTADOR CARLOS MAGNO

10. CONTADOR DEVAIR FERREIRA

1) Qual o percentual de empresa que hoje utilizam-se da análise dos

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coeficientes?

a) 0 a 20%

b) 21 a 40%

c) 41 a 60%

d) 61 a 80%

e) 81 a 100%

50%

20%

10%

20% 0 a 20%

41 a 60%

61 a 80%

81 a 100%

Verificou-se que metade dos entrevistados acreditam que poucas

empresas utilizam-se deste tipo de análise. Os demais acreditam que é bem

utilizada pelas empresas.

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2) Como deve ser considerado o grau de confiabilidade que as empresas

depositam na análise através dos índices?

a) Excelente

b) Ótimo

c) Bom

d) Regular

e) Ruim

20%30%

50%

Excelente

Ótimo

Bom

Constatou-se que a confiabilidade é boa, em 50% dos entrevistados,

e os demais também atribui um grande grua de confiança das empresas na

análise.

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3) Como as instituições consideram os índices padrões publicados pelo

mercado?

a) Excelente

b) Ótimo

c) Bom

d) Regular

e) Ruim

10%

80%

10%

Ótimo

Bom

Regular

Uma grande maioria dos entrevistados acham bom os índices

padrões, publicados pelo mercado.

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4) As empresas deficientes que passam a adotar a análise de índices para

buscar uma melhora, é considerado?

a) Excelente

b) Ótimo

c) Bom

d) Regular

e) Ruim

20%

70%

10%

Ótimo

Bom

Ruim

Aqui, a maioria dos entrevistados acham que as empresa devem

adotar a análise por meio dos índices para buscar um crescimento.

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5) A análise das demonstrações financeiras realizadas através de índices é

considerada uma ferramenta importante para a empresa?

100%

Sim

Estabelece critérios comparativos para avaliar tendências e orientar

as medidas a serem tomadas na decisão.

Acredito ser uma ferramenta de grande importância que esta a

disposição dos analista.

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6) As informações extraídas dos índices financeiros são considerados

importantes para a tomada de decisões?

90%

10%

Sim

Não

Sim. Porque após a extração dos índices é que serão tomadas as

decisões, tendo como base as informações geradas pela análise dos índices.

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7) Dada a globalização do mercado e a grande concorrência, que hoje existe,

cabe estudar os concorrentes através da análise dos índices?

90%

10%

Sim

Não

Para quase a totalidade dos entrevistados é importante estudar os concorrentes

através dos índices financeiros. Creio eu ser importante traçar planos para melhorar sua situação

no mercado.

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8) A análise tende mais a apontar problemas a serem investigados do que indica soluções?

50%50%

Sim

Não

A análise não aponta problemas ou soluções, é um espelho do que está

acontecendo dentro da empresa ou porque os problema apresentados, ainda serão

examinados para depois solucionados. Eu acredito que os índices apontarão

problemas que deverão ser investigados.

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9) Hoje em relação ao passado o profissional contábil é peça fundamental para o gerenciamento

de um empresa, dados os seus conhecimentos?

Com certeza. Entretanto que hoje e sempre o profissional em

contabilidade tem importância dentro de uma organização dado sua

característica de ser o gerador de informações para a tomada de decisão.

Hoje o profissional de contabilidade deixou de ser aquele guardador

de livros, para ser um profissional de suma importância dentro do

gerenciamento e na tomada de decisões de qualquer organização.

10) Dentre os vários meios de se analisar uma empresa, você considera a análise

por meio de índices financeiros mais confiável?

Sim. Porque ela aponta problemas a serem investigados, mas que

dependendo do tipo de empresa e o que se deseja saber aplica-se outro tipos de

análise. A análise através de índices é confiável, mas não é utilizada como a único

meio de análise, sendo em alguns casos complementadas pela análise

vertical/horizontal.

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CONCLUSÃO

Acredito que a análise através dos índices financeiros é o melhor

método de ser avaliar as demonstrações contábeis das instituições, para que

elas possam estudar e mensurar seu crescimento em relação a si e aos seus

concorrentes e assim traçar um planejamento de crescimento dentro das suas

possibilidades financeiras e econômicas.

Cabe ressaltar que dependendo do ramo da empresa , vale considerar

outros tipos de análise para que venham somar nos resultados obtidos pela

análise dos índices.

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REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

BRAGA, Hugo Braga. Demonstrações Contábeis. 3 ed., São Paulo Atlas, 1998. FRANCO, Hilário. Estrutura , Análise e Interpretação de Balanços. 15 ed., São Paulo Atlas. GITMAN, Lawrence J. Princípios de Administração Financeira. 7 ed., São Paulo: HARBRA, 1997. GROPPELLI, A A e Ehran Nikbakht. Administração Financeira. 3 ed., São Paulo: Saraiva, 2001. IUDÍCIBUS, Sérgio. Análise de Balanços. 7 ed., São Paulo: Atlas, 1998. MATARAZO, Dante Carmine. Análise Financeira de Balanços. 5 ed., São Paulo: Atlas, 1998. SILVA, César Augusto Tibúrcio, NIYAMA, Jorge Katsumi, PISCITELLI, Roberto Bocaccio. Exame de Suficiência em Contabilidade. 1 ed., São Paulo.

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FACULDADE MACHADO DE ASSIS

BACHARELADO EM CIÊNCIAS CONTÁBEIS

A MONOGRAFIA: ÍNDICES FINANCEIROS: A

PERPECTIVA DE CRESCIMENTO DE

UMA EMPRESA

ELABORADA POR: GILBERTO CESAR EMILIO

RODRIGUES ALVES

Foi ___________________ pelos Professores e aceita pela

Direção da Faculdade Machado de Assis como requisito parcial a Título de

Bacharel em Ciências Contábeis.

________________________________

Prof.ª Sônia Maria Loureiro ________________________________

Prof. ___________________________

_______________________________

Prof. ___________________________

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Rio de Janeiro, _____ de __________________ de 2002.